saÚde mental e educaÇÃo: construindo diÁlogos · a profissionais da educação e pais de alunos...

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SAÚDE MENTAL E EDUCAÇÃO: CONSTRUINDO DIÁLOGOS CHRISTIANE MARIA RIBEIRO DE OLIVEIRA IRLA PAULA ANDRADE AMARAL ISADORA EDUARDA BARROS BRAZ DE CARVALHO Saúde

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SAÚDE MENTAL E EDUCAÇÃO: CONSTRUINDO DIÁLOGOS

CHRISTIANE MARIA RIBEIRO DE OLIVEIRAIRLA PAULA ANDRADE AMARAL

ISADORA EDUARDA BARROS BRAZ DE CARVALHO

Saúde

CONTEXTUALIZANDO...

Diante da gravidade do avanço de problemas relacionados à saúdemental na adolescência, programas preventivos tornam-se necessáriose urgentes. Nessa perspectiva, a escola apresenta-se como um espaçode excelência para o desenvolvimento de atividades no âmbito dapromoção da saúde mental, além da possibilidade de contribuir areduzir tabus, estigmas e preconceitos em relação a problemas desaúde mental.

• Diante disso, o presente projeto de extensão busca promoverações/atividades de caráter educativo-informativo para profissionaisda educação e pais de alunos no âmbito da promoção e prevençãoda saúde mental dos(as) estudantes.

INTRODUÇÃO

Problemas relacionados à saúde mental na adolescência:

Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que cerca de20% dos jovens do mundo, a cada ano, enfrentam algum tipo de problemarelacionado à saúde mental.

A escola e a promoção da saúde mental:

A escola como lugar de manifestação da vida, além de ambienteprivilegiado para o desenvolvimento dos jovens e para a construção deconhecimento, apresenta-se como um espaço de excelência para odesenvolvimento de atividades no âmbito da promoção da saúde mental.(ESTANISLAU; BRESSAN, 2014).

INTRODUÇÃO

Conceitos sobre saúde mental:

O paradigma da saúde mental tem evoluído nas últimas décadas,ampliando conceitos até então puramente biológicos, abarcando ainteração de determinantes genéticos, biológicos, psicológicos, sociais eculturais.

Saúde mental e estigma:

O estigma é um dos problemas de maior impacto na saúde mental.

Geral:

Promover ações/atividades de caráter educativo-informativo juntoa profissionais da educação e pais de alunos visando a promoção eprevenção da saúde mental dos (as) estudantes, assim como a reduçãodo estigma/preconceito associado a questões envolvendo saúdemental.

OBJETIVOS PROPOSTOS

Específicos:• Realizar oficinas temáticas e ciclo de palestras para docentes e pais

sobre temáticas relacionadas à saúde mental de jovens.

• Realizar oficinas temáticas e ciclo de palestras para docentes e paissobre sinais e comportamentos relacionados com determinadascondições emocionais/mentais, tais como ansiedade, depressão,suicídio, automutilação, transtornos alimentares, etc;

OBJETIVOS PROPOSTOS

Específicos:• Produção de material didático-informativo para professores e

demais profissionais da educação;

• Desenvolver uma pesquisa junto aos docentes que avalie ossentidos atribuídos a saúde mental;

• Potencializar a reflexão e a mudança de atitudes relacionadas àsaúde mental.

OBJETIVOS PROPOSTOS

• Realizar ciclo de palestras para docentes e pais sobre temáticasrelacionadas à saúde mental de jovens;

• Potencializar a reflexão e a mudança de atitudes relacionadas àsaúde mental;

• Elaborar o projeto de pesquisa a ser desenvolvida com os docentessobre sentidos atribuídos a saúde mental e submetê-lo ao Comitêde ética.

OBJETIVOS PARCIALMENTE ALCANÇADOS

• Oficinas temáticas e ciclos de palestras

• Produção de materiais didático-informativos

• Público alvo atendido

O Projeto está sendo desenvolvido junto aos docentes do IFPE,campus Recife, assim como docentes de uma escola da Rede Públicade Ensino Fundamental e/ou Ensino Médio. Também participam paise/ou responsáveis por estudantes do IFPE, campus Recife.

METODOLOGIA E DISCUSSÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS

1. Revisão bibliográfica e Reuniões de estudos: Formação teórica e metodológicabuscando um aprofundamento da temática do projeto;

2. Realização de ciclo de palestras com os pais e professores do IFPE e da EscolaMunicipal do Recife: Planejamento e desenvolvimento das oficinas e palestrasatravés das quais busca-se trabalhar questões relacionadas a promoção eprevenção da saúde mental;

3. Produção de materiais didático-informativos: Elaboração de folder, panfletos eoutros recursos que subsidiarão o trabalho informativo;

4. Pesquisa junto aos docentes: Elaboração e desenvolvimento de um projeto depesquisa que irá avaliar junto aos docentes os sentidos construídos sobre saúde

mental.

ETAPAS DO PROJETO

Revisão bibliográfica e reuniões de estudos:

• Ampliação dos conhecimentos sobre saúde mental e adolescência,além de fornecer uma análise mais clara e objetiva;

• Leitura de artigos científicos e livros acadêmicos;

• Dentre as temáticas estudadas, destacamos, assuntos comoestigma, saúde mental e adolescência, tendo em vista a importânciade sua interlocução com o nosso objeto de estudo e ações.

AÇÕES DESENVOLVIDAS

Ciclo de palestras com os pais e professores do IFPE e daEscola Municipal do Recife:

• Reuniões da equipe para discussão dos critérios de seleção dasescolas municipais que iriam participar do projeto;

• Com relação aos professores do IFPE, participamos de reuniões emalguns Departamentos para apresentação do projeto;

• Com os pais e/ou responsáveis dos alunos, participamos de uma dasreuniões que os órgãos gestores fazem com os pais e a equipeapresentou o projeto de extensão; Foi realizado um levantamentode temáticas com os pais e definido que a primeira palestra teriacomo tema: “Adolescência e Saúdemental”.

AÇÕES DESENVOLVIDAS

Convite aos pais

Apresentação e convite aos pais para o projeto

Primeiro encontro do ciclo de palestras com os pais

Primeiro encontro do ciclo de palestras com os pais

Primeiro encontro do ciclo de palestras com os pais

Primeiro encontro do ciclo de palestras com os pais

Produção de materiais didático-informativos:

• Estão sendo elaborados os materiais didático-informativos que serãoutilizados no decorrer do projeto a título de melhor informar os docentessobre assuntos relacionados à saúde mental.

AÇÕES DESENVOLVIDAS

Pesquisa junto aos docentes:

• Objetivo: Analisar os sentidos sobre saúde mental construídos porprofessores;

• Utilização de um questionário online para a coleta de dados queserá aplicado após a aprovação pelo comitê de ética;

• De acordo com a resolução CNS 466/12 do ministério da saúde, énecessário submeter ao comitê de ética em Pesquisa Humana todoe qualquer projeto que seja relativo a seres humanos (direta ouindiretamente).

AÇÕES DESENVOLVIDAS

• Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco– IFPE, Campus Recife. Av. Prof. Luís Freire, 500, Curado, CEP:50.740-540 - Recife-PE

• Escola Municipal da prefeitura do Recife

LOCAL DE REALIZAÇÃO

• Dar continuidade ao ciclo de palestras para docentes e pais sobre temasrelacionados à saúde mental de jovens;

• Como suporte será produzido material didático-informativo para professores edemais profissionais da educação;

• Promover a reflexão sobre a importância da promoção e prevenção da saúdemental dos jovens e a mudança de atitudes relacionadas à saúde mental, com ointuito de estimular o público-alvo ao pensamento crítico e reflexivo sobre suasações e conceitos relacionados à saúde mental;

• Desenvolver uma pesquisa junto aos docentes do IFPE campus Recife que viseavaliar os sentidos atribuídos à saúde mental.

PERSPECTIVAS FUTURAS

• As escolas, as instituições sociais, as empresas, os espaços de lazerprecisam estar preparados e abertos a receberem as pessoas emsofrimento mental, dar-lhes a oportunidade do convívio saudável, eprecisam, do mesmo modo, serem mais tolerantes com asdiferenças;

• O projeto vem buscando compartilhar conhecimentos acerca desaúde mental e a adolescência com os pais e/ou responsáveis deestudantes do IFPE, bem como os professores, com o objetivo dedesmistificar a temática saúde mental.

RESULTADOS E CONTRIBUIÇÕES PARCIAIS DO PROGRAMA/PROJETO À COMUNIDADE

• AMARANTE, P. Saúde mental, políticas públicas e instituições: programa de educação a distância. Módulo 3. Rio deJaneiro: Fiotec/Fiocruz, Ead/Fiocruz, 2003.

• ARRUDA, M. A. et al. Projeto atenção Brasil: saúde mental e desempenho escolar em crianças e adolescentesbrasileiros. Análise dos resultados e recomendações para o educador com base em evidências científicas. RibeirãoPreto, SP: Instituto Glia, 2010.

• DADOORIAN, Diana. Psicanálise, adolescência e saúde mental: um diálogo possível. Desidades, 2016.

• ESTANISLAU, G.M; BRESSAN, R. A. org. Saúde mental na escola: o que os educadores devem saber. Porto Alegre:Artmed; 2014.

• FERNANDES, M. H.; ROCHA, V. M.; SOUZA, D. B. A concepção sobre saúde do escolar entre professores do ensinofundamental (1ª a 4ª séries). História, Ciências e Saúde, Manguinhos, v. 12, n. 2, 2005.

• BLEGER J. O psicólogo clinico e a higiene mental. In: Psico-higiene e psicologia institucional. Porto Alegre: ArtesMédicas; 1984.

• BRASIL. Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras detranstornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Brasília: Ministério da Saúde; 2001

• MACIEL, S. C; PEREIRA, C. R; LIMA, T. J. S & SOUZA, L. E. C. Desenvolvimento e Validação da Escala de Crenças sobre aDoença Mental. Psicologia Reflexão e Critica [online]. 2015, vol.28, n.3, pp.463-473

• MACIEL, S. C. et al.Exclusão social do doente mental: discursos e representações no contexto da reforma psiquiátrica.Psico-USF. 2008, vol.13, n.1, pp.115-124.

• MACIEL, S. C., BARROS, D. R., SILVA, A. O., & CAMINO, L. Reforma psiquiátrica e inclusão social: Um estudo comfamiliares de doentes mentais. Psicologia: Ciência e Profissão, 29, 436-447, 2009.

• MINAYO, M. C. de S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 9. ed. São Paulo: Hucitec, 2006.

REFERÊNCIAS

• MÂNGIA, E. F. et al. Necessidades de adolescentes com sofrimento psíquico. Revista de Terapia Ocupacional daUniversidade de São Paulo, São Paulo, v. 14, n. 3, p. 123-132, 2003 [online]. Disponível em:<www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-91042003000300005&lng=pt&nrm=iso>.Acesso em: 18 ago. 2011.

• ORGANIZAÇÃOMUNDIAL DA SAÚDE. Prevenção do suicídio: Manual para Professores e Educadores, 2000.

• PEDRÃO, L., GALERA, S., SILVA, M., GONZALEZ, A., COSTA, M., MELLO E SOUZA, M. C. B. & SENMACHE, G. U. (2005).Perfil das atitudes de formandos em enfermagem frente aos transtornos mentais no Brasil, Chile e Peru. RevistaLatino- -Americana de Enfermagem, 13, 339-343.

• PRADO, A. BRESSAN, R. O estigma da mente: transformando o medo em conhecimento. São Paulo, 2016.

• RODRIGUES, C. R., & FIGUEIREDO, M. A. Concepções sobre a doença mental em profissionais, usuários e seusfamiliares. Estudos de Psicologia (Natal), 8, 117-125,2003.

• SAGGESE, E. G. & LEITE, L. C. Saúde mental na adolescência: um olhar sobre a reabilitação psicossocial. Cadernos,Juventude, Saúde e Desenvolvimento, 1999.

• SILVA, A. A interface família escola e saúde mental na infância e adolescência. 2010. Disponível em:<www.mp.go.gov.br>. Acesso em: 22 jun. 2015.

• ARRUDA, M. A. et al. Projeto atenção Brasil: saúde mental e desempenho escolar em crianças e adolescentesbrasileiros. Análise dos resultados e recomendações para o educador com base em evidências científicas. RibeirãoPreto, SP: Instituto Glia, 2010.

REFERÊNCIAS

OBRIGADA

E-mail: [email protected]

E-mail: [email protected]