saúde - 21 de junho de 2015

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Sa úde Caderno F MANAUS, DOMINGO, 21 DE JUNHO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017 e bem- estar Cuidados na hora do sono do bebê Página 6 DIVULGAÇÃO Proteja sua pele O verão está chegando e os especialistas alertam para o uso de protetor solar, a fim de evitar o melanoma O Amazonas é um estado de ele- vadas temperaturas, onde o sol não dá descanso. Diante disso, especialistas alertam para o uso de protetor solar, um hábito que deve ser diário, principalmente nos meses de Verão que se aproximam para evitar diversos tipos de doença na pele, inclusive, o câncer. A vendedora Maria do Rosário da Mota, se tornou usuária dos protetores solares há 4 anos. As manchas em sua pele, relata, foram o alerta que ela precisou para tomar os cuidados ne- cessários diariamente, principalmente por conta da profissão. “Vendo cosméticos e passo boa parte do dia visitando as clientes, portanto fico muito exposta ao sol. Antes era pior ainda porque não usa nada, nem camisas de manga longa por causa do calor e muito menos protetor solar”, lembra. A história começou a mudar quando Maria percebeu algumas manchas na pele. Logo de cara ela imaginou que seria por conta dos raios solares e procurou atendimento médico. “Eu sempre soube do risco, mas com o corre-corre do dia a gente esquece. Foi preciso eu pensar que teria um câncer de pele para me cuidar de verdade”, conta. Após os exames, o susto de Maria do Rosário foi grande, visto que o médico especialista alertou que o quadro pode- ria evoluir para algo mais grave. Desde então, a vendedora revela que não abre mão dos protetores, que estão sempre na bolsa dela. “Foi um susto. Agora pode faltar batom, base, escova de cabelo, mas os bloqueadores não podem faltar. Hoje aplico e reaplico várias vezes por dia. É melhor prevenir”, diz. Prevenção Para a dermatologista Luana Oliveira Ramos, a sociedade está mais consciente quando o assunto são os cuidados com a pele. Mesmo assim, os amazonenses precisam se cuidar mais diante do índice de câncer no estado. De acordo com Luana, os agricultores que trabalham no interior do Amazonas são um exemplo de como as pessoas não se conscientizam sobre os cuidados com a pele, e acabam tendo que se deslocar para fazer tratamento mais agressivo na capital. “Eles ainda não têm a consciência de que devem usar o protetor. A taxa de câncer de pele no Amazonas é muito alta, e essas pessoas ficam muito expostas ao sol. O amazonense precisa cuidar muito mais da sua pele”, aponta. A profissional orienta que o uso dos bloqueadores deve ser diário e aplicado a cada duas horas. “Hoje existem muitos tipos de protetores solares, como o spray, em creme e até maquiagem. A pessoa tem que se conscientizar e escolher o que melhor se adequa a sua rotina”. No Amazonas O câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no País, conforme os dados do Ministério da Saú- de. O tipo mais agressivo, o melanoma maligno, caracteriza-se pelo crescimento descontrolado das células produtoras de pigmento da pele, a melanina, e, apesar de representar apenas 4% das neoplasias malignas no órgão, tem alta possibilidade de metástase e elevado índice de letalidade. Segundo dados da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), foram registrados 29 casos de câncer de pele em 2014 e 43 em 2013, apenas na fundação. De acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, são esperados para este ano, em todo o Amazonas, 20 casos de câncer melanoma.

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Saúde -Caderno de saúde do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Saúde - 21 de junho de 2015

SaúdeCa

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o F

MANAUS, DOMINGO, 21 DE JUNHO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017

e bem-estar Cuidados na hora do sono do bebê

Página 6

DIVULGAÇ

ÃO

Proteja sua peleO verão está chegando e os especialistas alertam para o uso de protetor solar, a fi m de evitar o melanoma

O Amazonas é um estado de ele-vadas temperaturas, onde o sol não dá descanso. Diante disso, especialistas alertam

para o uso de protetor solar, um hábito que deve ser diário, principalmente nos meses de Verão que se aproximam para evitar diversos tipos de doença na pele, inclusive, o câncer.

A vendedora Maria do Rosário da Mota, se tornou usuária dos protetores solares há 4 anos. As manchas em sua pele, relata, foram o alerta que ela precisou para tomar os cuidados ne-cessários diariamente, principalmente por conta da profi ssão.

“Vendo cosméticos e passo boa parte do dia visitando as clientes, portanto fi co muito exposta ao sol. Antes era pior ainda porque não usa nada, nem camisas de manga longa por causa do calor e muito menos protetor solar”, lembra.

A história começou a mudar quando Maria percebeu algumas manchas na pele. Logo de cara ela imaginou que seria

por conta dos raios solares e procurou atendimento médico. “Eu sempre soube do risco, mas com o corre-corre do dia a gente esquece. Foi preciso eu pensar que teria um câncer de pele para me cuidar de verdade”, conta.

Após os exames, o susto de Maria do Rosário foi grande, visto que o médico especialista alertou que o quadro pode-ria evoluir para algo mais grave. Desde então, a vendedora revela que não abre mão dos protetores, que estão sempre na bolsa dela. “Foi um susto. Agora pode faltar batom, base, escova de cabelo, mas os bloqueadores não podem faltar. Hoje aplico e reaplico várias vezes por dia. É melhor prevenir”, diz.

PrevençãoPara a dermatologista Luana Oliveira

Ramos, a sociedade está mais consciente quando o assunto são os cuidados com a pele. Mesmo assim, os amazonenses precisam se cuidar mais diante do índice de câncer no estado.

De acordo com Luana, os agricultores que trabalham no interior do Amazonas são um exemplo de como as pessoas não se conscientizam sobre os cuidados com a pele, e acabam tendo que se deslocar para fazer tratamento mais agressivo na capital. “Eles ainda não têm a consciência de que devem usar o protetor. A taxa de câncer de pele no Amazonas é muito alta,

e essas pessoas fi cam muito expostas ao sol. O amazonense precisa cuidar muito mais da sua pele”, aponta.

A profi ssional orienta que o uso dos bloqueadores deve ser diário e aplicado a cada duas horas. “Hoje existem muitos tipos de protetores solares, como o spray, em creme e até maquiagem. A pessoa tem que se conscientizar e escolher o que melhor se adequa a sua rotina”.

No Amazonas O câncer de pele é o mais frequente

no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no País, conforme os dados do Ministério da Saú-de. O tipo mais agressivo, o melanoma maligno, caracteriza-se pelo crescimento descontrolado das células produtoras de pigmento da pele, a melanina, e, apesar de representar apenas 4% das neoplasias malignas no órgão, tem alta possibilidade de metástase e elevado índice de letalidade.

Segundo dados da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), foram registrados 29 casos de câncer de pele em 2014 e 43 em 2013, apenas na fundação. De acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, são esperados para este ano, em todo o Amazonas, 20 casos de câncer melanoma.

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE JUNHO DE 2015F2 Saúde e bem-estar

EditorMellanie [email protected]

RepórterAlik Menezes

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Um estudo espanhol divulgado pela publicação científi ca Journal of Food Science concluiu que colocar as verduras para ferver – uma das formas mais comuns de se prepará-las – faz com que elas percam uma quantidade signifi cativa de vitaminas e outros antioxidantes. A conclusão principal do trabalho foi que a água “não é a melhor amiga da cozinha” quando se trata de preparar verduras e hortaliças. Para evitar a perda nutritiva, descasque e corte os alimentos pouco antes de prepará-los para o consumo; deixe de molho por pouco tempo; espere a água ferver para colocar os alimentos; coloque uma pitada de vinagre ou suco de limão na água onde estiver cozinhando; cozinhe os legumes ‘al dente’ e os esfrie o quanto antes; e aproveite a água que cozinhou as verduras para fazer outros alimentos.

Preserve vitaminas no cozimento de verduras

Ter otimismo e satisfação: meios de prolongar a vida

RevisãoDernando Monteiro

DiagramaçãoAdyel Vieira

Importância política do médico em Platão

João Bosco [email protected] / www.historymedicine.net | www.historiadamedicina.med.br

Na tentativa de fortalecer o seu va-lor social, o médico grego, começou a expor perante o público os problemas da relação saúde-doença sob a forma de conferência e discurso pre-parado.

João Bosco Botelho

Doutor Honoris Causa, França;

Humberto Figliuolohfi [email protected]

Humberto Figliuolo

A gestação

Humberto Figliuolo

farmacêutico

Dores nas pernas e costas po-dem ser amenizadas com corre-ção postural, técnicas de relaxamento ou até in-tervenções como acu-puntura ou RPG.

Além de ser uma fase marcante da vida da mulher, também é a temporada de cuidar da saúde do corpo, veículo da nova vida ao mundo, muitas mudanças hormo-nais e físicas alteram o organismo das grávidas, mas com cuidados especiais podem contribuir a favor das gestantes, principalmente para aquelas que desejaram ser mãe.

O desenvolvimento de um feto no útero, porém, acarreta diver-sas mudanças e adequações no organismo feminino. No primeiro trimestre da gestação, por exem-plo, costumam ocorrer os famosos enjoos. Já passados alguns meses, o aumento do tamanho da barriga e o ganho de peso, podem causar difi culdades para respirar e dores nas costas. Porém apesar dos sin-tomas, é possível desenvolver uma gravidez tranquila e saudável.

No caso específi co dos enjoos, as pacientes podem-se devidamente acompanhadas e orientadas pelo médico especialista, aliviar os sin-tomas com algumas fórmulas an-tieméticas prescritas e hábitos na rotina que conseguem contornar os sintomas dos enjoos e ânsias. Costuma-se dizer que os desejos alimentícios das grávidas, por mais estranho que pareçam, devem ser atendidos. Outros ensinamentos,

por exemplo, fracionar a dieta da gestante e evitar alimentos pe-sados, como frituras e gorduras. Mantendo-se uma dieta saudável e abstendo-se de hábitos como jejum, é possível contornar o qua-dro. Já o edema nas pernas tende a ser progressivo com o decorrer da gestação. O melhor será utilizar meias de compressão com as per-nas elevadas por alguns períodos durante o dia.

As dores nas pernas, costas fre-quentes podem ser amenizadas com correção postural, técnicas de relaxamento ou até interven-ções como acupuntura ou RPG, o importante é que não podem ser usados medicamentos anti-in-fl amatórios, não é recomendado nesta fase da gravidez. Para manter a saúde em dia durante a gravidez, a gestante deve ter uma alimenta-ção balanceada, fazer atividades físicas regulares e moderadas e sempre ter um acompanhamento médico, fazendo um monitoramen-to da pressão arterial e glicemia, já que a hipertensão e o diabetes na gravidez são condições de ris-co para a mamãe e o bebê. Em geral, a indicação médica de uma suplementação vitamínica frente as necessidades, elevadas nesses períodos. No período da gestação

não pode haver automedicação, devido o risco da teratogenicidade ao feto, ou seja, o risco de afetar a formação fetal. Qualquer tipo de medicamento deve ser prescrito pelo profi ssional obstetra, quem é que vai avaliar corretamente o risco (existe ou não) e a real necessidade dá ingestão do medicamento.

Os maiores riscos da automedi-cação em grávidas se aplicam a formação fetal, mas alguns casos evoluem riscos de aborto ou compli-cações no parto ou no período após o parto. Algumas outras restrições quanto à alimentação, são carnes e peixe crus em mulheres suscetíveis a infecção por toxoplasmose. Para estas e todas as outras pacientes também se deve prestar uma aten-ção especial à lavagem de frutas e verduras antes da ingestão.

Outros hábitos que são signifi ca-mente prejudiciais ao feto, como a ingestão de álcool e o cigarro, os efeitos são diretos, com o uso das substâncias no baixo peso dos fetos até o retardo mental, patologias ligadas a essas drogas.

Além disso, os cuidados com os medicamentos, cigarro e álcool devem persistir até a amamen-tação, pois podem ser excreta-dos no leite materno e promove reações no lactente.

O modo grego antigo de conceber a intricada relação dos homens e das mulheres com o mundo visível, isto é, como partes vivas da natureza, sementou novas analogias da saúde. As doenças deixaram de ser compre-endidas isoladamente, e passaram a compor o produto resultante do desequilíbrio com a natureza.

Esse é um dos pontos fundamentais da Medicina grega, dos séculos V e IV, marcando a união entre a Filosofi a jônica da natureza e os conceitos de saúde e de doença.

O centro harmonioso dessa confl u-ência formou-se em torno da teoria do médico, do século V, Empédocles (495-435 a.C.). Segundo o fi lósofo de Agrigento, os corpos são formados por quatro elementos eternos que permanecem em movimento cons-tante � fogo, terra, água e ar.

Pela primeira vez consolidou-se uma proposta teórica para explicar a origem das as doenças conhecidas e das que viessem aparecer. Toda e qualquer enfermidade seria determi-nada pelo desequilíbrio entre um ou mais elementos.

Empédocles foi mais longe e uti-lizou a clepsidra para ilustrar a sua teoria da respiração, segundo a qual o corpo transpira através dos poros es-palhados por toda a superfície da pele. É possível estabelecer uma relação

direta entre a teoria da respiração de Empédocles com a doutrina cosmo-lógica de que o ar é uma substância corpórea. Este raciocínio é, por si só, signifi cativo na relação concreta da Medicina com a Filosofi a grega.

A partir do estudo dos livros que chegaram até nós fi cou clara a exis-tência, entre os séculos V e III a.C., de uma compreensão diferenciada de dois principais grupos sociais que se interessavam pela Medicina: os médicos e os eruditos de outras áreas do saber.

Na tentativa de fortalecer o seu valor social, o médico grego, co-meçou a expor perante o público os problemas da relação saúde-doença sob a forma de conferência e discurso preparado.

Platão (Político, 296a, b, c) siste-matizou o pensamento corrente da época ao descrever a nova postura do médico e do político. Ambos, ba-seados no conhecimento, deveriam, sempre que necessário, intervir para promover melhoras na sociedade:

“Estrangeiro: É interessante. Dizem, com efeito, que se al-guém conhece leis melhores que as existentes não tem o direito de dá-las à sua própria cidade senão que for necessário para promover melhoras na sociedade.

Sócrates, o Jovem: Muito bem!

Não estarão eles certos?Estrangeiro: Talvez. Em todo

o caso, se alguém dispensa esse consenti”mento e impõe a reforma pela força, que nome se dará a esse golpe? Mas, espera. Voltemos primei-ro aos exemplos precedentes.

Sócrates, o Jovem: Que queres di-zer? Estrangeiro: Suponhamos um médico que não procura persuadir seu doente, senhor de sua arte, im-põe a uma criança, a um homem ou uma mulher o que julga melhor, não importando os preceitos escritos. Que nome se dará a essa violência? seria por acaso o de violação da arte e erro pernicioso? E a vítima dessa coerção não teria o direito de dizer tudo, menos que foi objeto de manobras perniciosas e ineptas por parte de médicos que as impuseram.

Sócrates, o Jovem: Dizes a pura verdade.

Estrangeiro: Ora, como chamaría-mos aquele que peca contra a arte política? Não o qualifi caríamos de odioso, mau e injusto?”

Esse diálogo platônico refl ete a explosão coletiva de consciência, como as que seguem as rupturas em certos conhecimentos acumula-dos. Estabelece parâmetros muito claros da nova posição social do médico atuando como agente de uma Medicina como paidéia.

O otimismo e a satisfação com a própria existência pro-longam a vida. É o que diz um estudo publicado no periódico Psychological Science, que mostrou como uma satisfação maior com a própria vida, depois dos 50 anos, seja, de fato, ligada a um menor risco de morte. Em cada um dos nove anos do estudo, foi pedido para 4,5 mil mulheres e homens responderem a uma pergunta quando estivessem felizes com a própria existência, dando uma nota de 1 a 10. Quando a satisfação aumentava, o risco de mortalidade se reduzia em 18%. Quando acontecia o contrário, com uma maior variabilidade, o aumento do risco de morte era de 20%. As pessoas com alto nível de contentamento com a vida tendem a ter um menor risco de mortalidade, independentemente das variações do tempo.

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Page 3: Saúde - 21 de junho de 2015

MANAUS, DOMINGO, 21 DE JUNHO DE 2015 F3Saúde e bem-estar

Osteoporose: doença de idoso?

Nutrição em [email protected]

Nutrição em foco Flávia Cunha

Flávia CunhaNutricionista Clínica

99322-1385

Se você é daqueles que ain-da pensam em osteoporose como algo a se preocupar quando a velhice chegar, es-pero, sinceramente, que seu pensamento mude hoje.

Osteoporose é a perda de massa óssea e deterioração do tecido ósseo, provocando fraturas que podem levar a óbito. Tal enfermidade vem atingindo, de forma abrupta, a sociedade jovem. O que deveria começar a aconte-cer aos 40 anos, tanto em homens quanto em mulheres, está se iniciando na casa dos 30. Motivo? O estilo de vida cotidiano que levamos.

O fumo acelera o processo de perda óssea. Se você é fumante, eis aqui um bom

motivo para pensar em pa-rar com este vício. Consumo exagerado de refrigerantes e de café interfere na capa-cidade que o corpo tem de manter os ossos saudáveis. Vida sedentária também nos prejudica, uma vez que os ossos precisam de uma cer-ta quantidade de exercícios para permanecerem fortes (não são apenas os músculos não, viu?), histórico na famí-lia, uso excessivo de álcool, uso de certos medicamentos, menopausa precoce...

Mas “puxando a sardinha” para a minha área, vamos adentrar no quesito alimenta-ção. Faz-se importante obter-mos cálcio através de alimen-tos, diariamente. Vegetais de

folhas verdes escuras, feito o brócolis, devem fazer parte do seu dia a dia. Aliás, as três melhores fontes de cálcio, que realmente permanecem nos ossos são: brócolis, cou-ve e repolho. Gergelim, chia, linhaça, castanha-do-pará, amêndoa e sardinha também são ótimas opções. Quanto à suplementação de cálcio, apenas quando for prescrita por um profi ssional. E aqui, já devo dizer, que se você é da-queles que entra na drogaria para comprar comprimidos de cálcio, pare já! O cálcio é um mineral que precisa de outros minerais para que seja agregado ao osso e lá permaneça. Caso contrário, o cálcio fi cará nas articu-

lações e artérias, podendo provocar enfarto, fraturas e morte súbita.

A osteoporose é chamada de “doença silenciosa”. Nor-malmente, só é descoberta quando há uma fratura, que em 50% dos casos, são bem dolorosas. Mas existem al-guns sintomas sim: dores nas costas sem motivo aparente, perda de estatura e fraturas recorrentes ou resultantes de trauma mínimo. Sendo ela “silenciosa”, frequentemente passa despercebida durante anos até ocorrerem uma ou várias fraturas.

A osteoporose não é uma doença grave se for diag-nosticada e tratada. Sendo o mais importante neste caso,

a prevenção. Prevenir fratu-ras, reduzindo a incidência de quedas, é de suma impor-tância. Mudar o seu estilo de vida para uma dieta balan-ceada, tirar o fumo da sua rotina (caso já seja fumante) e praticar uma atividade fí-sica, só tendem a lhe bene-ficiar e retardar a chegada desta doença na sua vida. Evite cafeína (chá mate, chá preto, café, guaraná natural, chocolate), bem como o ex-cesso de sódio/sal, excesso de gordura, de proteína e de bebidas alcoólicas.

Aliás, você tem feito o exame de densitometria óssea...?

Grande abraço e até a pró-xima .

Alimentos podem aumentar a libidoAlém de serem fontes de nutrientes, alguns alimentos impulsionam a produção de neurotransmissores e hormônios relacionados à sensação de prazer

Embora as pessoas nem sempre as-sociem a alimentação ao sexo, ela interfere diretamente na libido e no desempenho sexual. Segundo a médica

Myrna Campagnoli, especialista em endocri-nologia que integra o corpo clínico do Delboni Medicina Diagnóstica, alguns alimentos atuam positivamente na nossa saúde, estimulando a produção de neurotransmissores e hormônios relacionados à sensação de bem-estar e pra-zer, infl uenciando no bom funcionamento dos órgãos genitais e até da fertilidade.

“Para quem procura melhorar o desempenho sexual, o segredo está em combinar certos ali-mentos-chave, que infl uenciam no desempenho sexual”, afi rma. Embora não haja comprovação científi ca de que alimentos isolados despertem estímulos sexuais, alguns fatores comprovada-mente prejudicam o desempenho sexual. O exces-so de gorduras na alimentação é um deles.

“Vale ressaltar que os hábitos de vida tam-bém interferem na saúde sexual. Sedentaris-mo, estresse, excesso de álcool, cigarros e o uso de drogas reduzem o prazer e prejudicam o funcionamento dos órgãos sexuais”, comple-menta a médica. Além disso, doenças,como o diabetes, sobrepeso e obesidade, problemas cardíacos e desequilíbrios hormonais também têm efeito negativo no sexo.

O ideal é manter a alimentação saudável, balanceada e variada. “O bom desempenho sexual é fruto de uma vida regrada, com a manutenção de bons hábitos todos os dias, e de uma alimentação balanceada”, orienta.

Estimulantes da felicidadeMyrna Campagnoli revela alguns dos ali-

mentos que devem fazer parte da rotina de

quem quer apimentar a relação , como as fontes de zinco. “Es-sas melhoram a produção do hormônio testosterona, que é essencial para a função sexu-al e reprodutora masculina, sendo também importante para a libido e fertilidade feminina”, indica. Ele é encontrado nas legumi-nosas (feijões, ervilhas, lentilhas, semente de abóbora e soja).

Sabe aquela sensa-ção boa que dá logo após comer um pe-daço de chocolate? Ela é gerada devido à produção de seroto-nina, hormônio rela-cionado ao prazer. “Por isso, consumir alimentos que esti-mulam essa produção hormonal ajuda a afastar o estresse e só tende a contribuir para a libido. Outras boas fontes são: aveia, banana, leguminosas, frutas oleaginosas, folhas verdes escuras, pimenta, e frutas cítricas, como a laranja e o caju”, diz.

Os alimentos fontes do comple-xo B (vitaminas B6 e B12), contri-buem para as atividades cerebrais e ajudam a combater o cansaço e a ansiedade. Esses nutrientes podem ser encontrados principalmente nos ovos, leite e carnes.

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Page 4: Saúde - 21 de junho de 2015

F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 21 DE JUNHO DE 2015 F5

Chegou uma das épocas mais gostosas do ano, então aproveite as delícias juninas sem brigar coma balança

SÃO JOÃO SEM EXAGEROJunho chegou e com ele

as quermesses e festas juninas recheadas de tentações e delicias tí-

picas da época. É impossível escapar de paçocas, canji-cas, arroz doce, cachorro-quente, bolos e das deliciosas receitas com milho. Como aproveitar todas as comidas típicas da época sem brigar com a balança? A nutricionis-ta Cintya Bassi dá dicas para quem deseja não se privar as delicias de São João.

Os principais vilões dessa época são os alimentos com maior quantidade de açúcar e gordura e consequentemente mais calóricos. “Nesse grupo podemos incluir o amendoim,

paçoca, doce de abóbora e ca-chorro quente como os mais calóricos. Os menos calóri-cos são a pipoca e o milho, desde que consumidos sem manteiga”, diz Cintya Bassi, do Hospital e Maternidade São Cristóvão.

No entanto, há maneiras de reduzir essas calorias, e uma delas é fazer a sua festa em casa e optando por receitas adapta-das. “Existem pratos típicos que podem substituir o açúcar por adoçante sem comprometer o sabor, como paçoca, doce de abóbora e bolos, tornando as receitas menos calóricas”, ex-plica a profi ssional.

E, na hora de consumir as bebidas, a chave é a modera-ção. O vinho quente é o mais calórico, com cerca de 200 calorias a porção – aliás, quen-tão e suco de uva têm pratica-mente a mesma quantidade. “O primeiro possui entre 100 e 130 calorias – dependendo da receita – e o suco possui cerca de 140 calorias em um copo, por isso é preciso ter cuidado com a quantidade ingerida” diz Cintya.

AmendoimÉ fonte de ácidos

graxos monoinsaturados, as gorduras boas, que contribuem para

reduzir o colesterol ruim (LDL), aumentar o colesterol bom (HDL) e diminuir a oxidação celular e fi bras que auxiliam o funcionamento

intestinal e prolongam a sensação de saciedade. Mas ele contém ainda outros nutrientes como ferro, fósforo e potássio. Apesar disso, além de

ser um alimento de alta densidade calórica, contendo cerca de 550 calorias na porção

de 100g, muitas vezes é torrado com sal, o que o torna um alimento que

deve ser consumido com muita cautela e moderação.

Pipoca A pipoca preparada em casa

é um alimento benéfi co, por-que contém boa quantidade de fi bras e ainda um pouco de vitamina A. Porém devemos evitar acrescentar temperos industrializados ou gorduras (margarina) na preparação, a fi m de ressaltar o sabor, para não tornar o alimento preju-dicial. O mesmo vale para a pipoca de micro-ondas que contém quantidades signifi -cativa de gordura.

Maçã do amor A melhor opção é sempre

consumir a fruta in natura, que é rica em pectina, fi bra que

auxilia na redução de coles-terol. Porém a maçã do amor é mergulhada, entre outras

coisas, no açúcar, e por isso, deve ser consumida com

moderação.

Paçoca – A paçoca é ba-sicamente a mistura en-tre amendoim e açúcar. As versões originais são car-regadas de açúcar e não devem fazer parte de uma dieta habitual. Porém hoje, já encontramos versões light que oferecem além do sabor, mais saúde ao organismo.

Doce de abobora - A abó-bora é um vegetal muito rico em nutrientes, o que a associa em estudos, com a redução de alguns tipos de câncer e problemas cardiovasculares, além de conferir proteção a visão, devido a quantidade de vitamina A. O que ocorre com o doce de abóbora é o mesmo que acontece com a paçoca, nesse caso acrescen-ta-se açúcar, um alimento que não possui nutrientes, apenas calorias, provocando uma rápida elevação nos ní-veis de açúcar no sangue e otimizando o depósito de gordura nas células.

Quentão – A bebida típica possui boas proprie-

dades, como o gengibre, que entre outras coisas fortalece o sistema imunológico. Porém o álcool e o açúcar também estão presentes na prepara-ção. Se possível, deve se op-tar pela versão sem álcool, o que diminui a oferta calórica, porém ainda assim, deve ser consumido com moderação.

Cachorro-quente – Mais um alimento que deve ser evitado ou consumido com moderação, pois seu ingre-diente principal, a salsicha, é uma fonte importante de gor-dura saturada, que estimula o aumento de colesterol LDL e aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Além disso, possui alta concentração de só-dio, corantes e conservantes.

Pé-de-moleque – Mesmo caso da paçoca, o amendoim é um alimento nutritivo embora calórico, porém o pé de mole-que é muito rico em açúcar. Por isso deve ser evitado, ou consumido com moderação.

MilhoÉ um cereal rico em car-

boidratos e outros nutrien-tes como vitamina B1 e B2, vitamina E e fi bras, além de possuir importantes antioxi-dantes que contribuem para a saúde da visão, zeaxantina e luteína. O alimento in na-tura é saudável, porém deve-mos evitar o excesso de sal e margarina ou manteiga.

Bolo de fubá Possui baixo va-

lor nutricional, por-tanto também deve ser consumido com moderação.

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 21 DE JUNHO DE 2015 F5

Chegou uma das épocas mais gostosas do ano, então aproveite as delícias juninas sem brigar coma balança

SÃO JOÃO SEM EXAGEROJunho chegou e com ele

as quermesses e festas juninas recheadas de tentações e delicias tí-

picas da época. É impossível escapar de paçocas, canji-cas, arroz doce, cachorro-quente, bolos e das deliciosas receitas com milho. Como aproveitar todas as comidas típicas da época sem brigar com a balança? A nutricionis-ta Cintya Bassi dá dicas para quem deseja não se privar as delicias de São João.

Os principais vilões dessa época são os alimentos com maior quantidade de açúcar e gordura e consequentemente mais calóricos. “Nesse grupo podemos incluir o amendoim,

paçoca, doce de abóbora e ca-chorro quente como os mais calóricos. Os menos calóri-cos são a pipoca e o milho, desde que consumidos sem manteiga”, diz Cintya Bassi, do Hospital e Maternidade São Cristóvão.

No entanto, há maneiras de reduzir essas calorias, e uma delas é fazer a sua festa em casa e optando por receitas adapta-das. “Existem pratos típicos que podem substituir o açúcar por adoçante sem comprometer o sabor, como paçoca, doce de abóbora e bolos, tornando as receitas menos calóricas”, ex-plica a profi ssional.

E, na hora de consumir as bebidas, a chave é a modera-ção. O vinho quente é o mais calórico, com cerca de 200 calorias a porção – aliás, quen-tão e suco de uva têm pratica-mente a mesma quantidade. “O primeiro possui entre 100 e 130 calorias – dependendo da receita – e o suco possui cerca de 140 calorias em um copo, por isso é preciso ter cuidado com a quantidade ingerida” diz Cintya.

AmendoimÉ fonte de ácidos

graxos monoinsaturados, as gorduras boas, que contribuem para

reduzir o colesterol ruim (LDL), aumentar o colesterol bom (HDL) e diminuir a oxidação celular e fi bras que auxiliam o funcionamento

intestinal e prolongam a sensação de saciedade. Mas ele contém ainda outros nutrientes como ferro, fósforo e potássio. Apesar disso, além de

ser um alimento de alta densidade calórica, contendo cerca de 550 calorias na porção

de 100g, muitas vezes é torrado com sal, o que o torna um alimento que

deve ser consumido com muita cautela e moderação.

Pipoca A pipoca preparada em casa

é um alimento benéfi co, por-que contém boa quantidade de fi bras e ainda um pouco de vitamina A. Porém devemos evitar acrescentar temperos industrializados ou gorduras (margarina) na preparação, a fi m de ressaltar o sabor, para não tornar o alimento preju-dicial. O mesmo vale para a pipoca de micro-ondas que contém quantidades signifi -cativa de gordura.

Maçã do amor A melhor opção é sempre

consumir a fruta in natura, que é rica em pectina, fi bra que

auxilia na redução de coles-terol. Porém a maçã do amor é mergulhada, entre outras

coisas, no açúcar, e por isso, deve ser consumida com

moderação.

Paçoca – A paçoca é ba-sicamente a mistura en-tre amendoim e açúcar. As versões originais são car-regadas de açúcar e não devem fazer parte de uma dieta habitual. Porém hoje, já encontramos versões light que oferecem além do sabor, mais saúde ao organismo.

Doce de abobora - A abó-bora é um vegetal muito rico em nutrientes, o que a associa em estudos, com a redução de alguns tipos de câncer e problemas cardiovasculares, além de conferir proteção a visão, devido a quantidade de vitamina A. O que ocorre com o doce de abóbora é o mesmo que acontece com a paçoca, nesse caso acrescen-ta-se açúcar, um alimento que não possui nutrientes, apenas calorias, provocando uma rápida elevação nos ní-veis de açúcar no sangue e otimizando o depósito de gordura nas células.

Quentão – A bebida típica possui boas proprie-

dades, como o gengibre, que entre outras coisas fortalece o sistema imunológico. Porém o álcool e o açúcar também estão presentes na prepara-ção. Se possível, deve se op-tar pela versão sem álcool, o que diminui a oferta calórica, porém ainda assim, deve ser consumido com moderação.

Cachorro-quente – Mais um alimento que deve ser evitado ou consumido com moderação, pois seu ingre-diente principal, a salsicha, é uma fonte importante de gor-dura saturada, que estimula o aumento de colesterol LDL e aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Além disso, possui alta concentração de só-dio, corantes e conservantes.

Pé-de-moleque – Mesmo caso da paçoca, o amendoim é um alimento nutritivo embora calórico, porém o pé de mole-que é muito rico em açúcar. Por isso deve ser evitado, ou consumido com moderação.

MilhoÉ um cereal rico em car-

boidratos e outros nutrien-tes como vitamina B1 e B2, vitamina E e fi bras, além de possuir importantes antioxi-dantes que contribuem para a saúde da visão, zeaxantina e luteína. O alimento in na-tura é saudável, porém deve-mos evitar o excesso de sal e margarina ou manteiga.

Bolo de fubá Possui baixo va-

lor nutricional, por-tanto também deve ser consumido com moderação.

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE JUNHO DE 2015F6 Saúde e bem-estar

www.personalfi tnessclub.com.br

Qual o melhor horário para malhar? Manhã, tarde ou noite, não

importa. Aprenda a iden-tifi car qual o seu turno.

A discussão é muito grande, fruto de inúmeros estudos, mas até hoje não houve uma palavra fi nal sobre qual o melhor ho-rário do dia para malhar, mas para ajudar a todos, listamos alguns dos prós e os contras de cada horário.

Escolha o Melhor horário

para malhar •Manhã:Prós

– Facilita na hora de incluir os exercícios físicos no dia a dia e ainda assim manter a agenda organizada;

– Organismo e metabolismo acelerados logo no início do dia;

– Menor chance de cansaço ou preguiça;

– Melhor recuperação do organismo;

– Mais disposição para o restante do dia;

– Horário em que o parque/academia ainda não está muito cheio(a);

– Menos carga de estresse durante o dia, entre outros.

• Manhã: Contras– Se seu sono e descanso não

foram ideais, o treino não será de qualidade;

– Maior cuidado com a ali-mentação pré e pós-treino, já que o organismo estará sem alimentar-se há algum tempo;

– Cuidado maior com a ceia do dia anterior para não comer nada excessivamente pesado.

• Tarde: Prós– Costumeiramente é o ho-

rário em que as academias

ou locais para realização de exercícios físicos estão menos cheios;

– O corpo neste horário está mais forte, uma vez que as atividades metabólicas neste período do dia estão intensi-fi cadas;

– O corpo está no período ideal para a eliminação do es-tresse do dia, pois hormônios como o cortisol e a adrenalina têm seus efeitos intensifi cados neste período;

– O corpo ainda não está to-talmente exausto, o que ainda faz com que seu treino renda bastante;

– Para alguns é o melhor horário para treinar muscu-lação, uma vez que as ati-vidades metabólicas estarão mais intensifi cadas.

• Tarde: Contras– Se você treinar logo após

a refeição, correrá o risco de ter problemas de digestão alimentar;

– Em algumas regiões do país e em certas épocas do ano o clima está muito quente e seco, o que difi culta traba-lhos ao ar livre ou até mesmo em ambientes fechados sem ventilação adequada;

– Este é o horário, princi-palmente no fi m de tarde, em que o trânsito nas grandes ca-pitais começa a intensifi car, e caso você fi que preso no trânsito, pode ser que perca a vontade de treinar e o cansaço fale mais alto.

• Noite: Prós– É o horário do dia em

que o clima está melhor, com temperaturas mais amenas, o que estimula o organismo;

– Na maioria das acade-mias, este é o horário em que as grades de aulas são mais intensas com maior va-riedade de aulas, o que torna essa “estadia” na academia mais agradável;

– Assim como o período da tarde, treinar a noite também auxilia na diminuição do nível de estresse causado ao de-correr do dia;

– Este é um período onde normalmente as pessoas não têm mais nada para fazer após os treinos, então não há a fa-mosa pressa para treinar e o treino acaba rendendo mais.

• Noite: Contras– É o horário onde a maio-

ria das academias estão mais cheias e que o revezamento de aparelhos torna-se quase ine-vitável. Argumento válido tam-bém para parques e praças;

– Àqueles que gostam de treinos ao ar livre, infeliz-mente a segurança pública de nosso país deixa a desejar, então se torna o horário mais perigoso. Este também é váli-do para quem gosta de correr na rua, pois o trânsito este horário é maior e há maior probabilidade de acidentes;

– O exercício físico muito próximo à hora de dormir pode causar insônia, e ge-rar um efeito contrário do esperado;

– A alimentação deverá ser cuidadosa, uma vez que o metabolismo funcionará de maneira mais lenta assim que você adormecer.

Vale lembrar que, indepen-dente do horário, O MELHOR É PRATICAR EXERCÍCIOS FÍ-SICOS regulares.

Prof. Esp. Zeudo Lavor

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Coordenador na Personal Fitness Club

Personal Fitness Club

Deixar a criança dormir no berço é a melhor saída para evitar asfi xia durante o sono

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) determinou que berços da marca Burigotto, modelo Nanna, fossem

retirados do mercado por causar risco de asfi xia em bebês. A proibição causou preocupação aos pais, pois se nem no bercinho se pode confi ar para que os fi lhos tenham uma noite de sono tranquila, que medidas e cuidados devem ser tomados durante o sono das crianças?

A técnica em enfermagem Olívia Freire, mãe de primeira viagem, passou por momento aterrorizante que tenta esquecer há mais de um ano. Sendo uma daquelas mães super preocupadas com o conforto do fi lho, Olívia adquiriu um berço com colchão macio envolto por lençóis. Entretanto, o que deveria ser uma boa noite de sono quase vira um pesadelo para a mãe. “Fui verifi car como ele estava, como faço sempre, antes de me deitar. Quando cheguei ao berço, notei que estava meio avermelhado. Foi um desespero”, lembra.

Henrique, hoje com 1 ano e cinco meses, rolou no berço e fi cou bem encostado no acolchoado ao redor do berço. A mãe Olívia diz que, se demorasse mais alguns minutos, algo mais sério poderia ter acontecido, e o

Lugar de dormir é no berço

Colocar o bebê para dormir de bruços é con-traindicado por-que pode levar à asfi xia

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ALIK MENEZESEspecial EM TEMPO

seu bebê teria morrido por asfi xia. “Desde então, muitas dúvidas surgiram. Você fi ca meio sem chão. Foi desesperador, por isso ela passou ele passou vários meses dormindo com a gente”, conta Olívia.

CuidadosO medo e as dúvidas de Olívia são mais

comuns do que se pensa. Para a enfermeira Eurania Pita, que presta serviços de consul-toria para grávidas, a melhor posição para o bebê dormir é de peito para cima. “A posição sempre indicada é essa, pois em qualquer outra o bebê corre o risco de asfi xia”.

A especialista diz, ainda, que para a segu-rança do bebê todo tipo de excessos devem ser evitados. “Por mais que fi que bonito, travesseiros, panos acolchoados e lençóis em excesso não devem existir no berço”, indica.

De acordo com a profi ssional, o berço ainda é o local mais indicado para os bebês dormirem. “Ao colocar a criança de lado ou de bruços, há o aumento das chances de o bebê ter asfi xia, principalmente quando a criança tem riscos de síndromes cardíacas. Essa situação pode levar a situações como a síndrome de morte súbita infantil”, acrescenta.

A enfermeira destaca que entende a pre-ocupação de muitos pais e os motivos pelos quais os levam a colocar a criança para dormir junto com eles. Ela afi rma, no entanto, que isso é um erro e pode ter consequências fatais. “O risco é muito grande. A mãe ou pai, cansados, podem se virar na cama e cair por cima do bebê. Isso também pode causar asfi xia. Por isso, defi nitivamente, o berço é o melhor local”, avalia.

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE JUNHO DE 2015 F7Saúde e bem-estar

No Junho Vermelho, Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) orienta sobre procedimento que salva vidas voluntariamente

Mitos e verdades da

doação de sangue

Doar sangue é um ator de amor e pode salvar muitas vidas. Por con-ta disso, em comemo-

ração ao Dia Mundial do Doador de Sangue, que aconteceu no 14 de junho, a Associação Brasi-leira de Hematologia, Hemote-rapia e Terapia Celular (ABHH) orienta sobre o procedimento que salva milhares de vidas o ano inteiro. A partir do mês Junho Vermelho, a associação esclarece as principais dúvidas da população sobre o ato, que é indolor, rápido, voluntário e que pode salvar pacientes, desde aqueles submetidos a cirurgias ou em casos de emergências.

Confira os principais mitos e verdades sobre a doação de sangue, de acordo com a entidade:

1 Idosos não podem doar sangue. MITO. A partir de 2013, houve aumento na

idade máxima dos doadores de sangue pelo Ministério da Saú-de. Atualmente, pessoas entre 16 e 69 anos podem realizar o ato de doação.

2 A doação é restrita a pessoas sem piercing e tatuagem. MITO. Ape-

nas pessoas com piercing na cavidade oral não podem re-alizar a doação, pois a boca está mais receptiva a infec-ções do que outras áreas do corpo. Sobre pessoas com tatuagens, é indicada que a doação seja feita após um ano da realização do desenho, pois é o tempo adequado para manifestações de doenças contagiosas que possam ser transmitidas pela agulha.

3 O peso influencia na doação. VERDADE. O peso do voluntário deve

ser a partir de 50 quilos.

4 Gestantes e lactan-tes não podem doar. VERDADE. Mulheres

grávidas ou que estejam amamentando não devem doar. As lactantes devem aguardar 12 meses após o parto. E no período pós-parto, a mulher poderá ser doadora após 90 dias, em casos de parto normal e 180 dias em cesárias.

5 Descanso e alimenta-ção influenciam na do-ação. VERDADE. É ne-

cessário estar descansado e não ter praticado atividades

físicas intensas pelo menos cinco horas antes da doação. Em relação à alimentação, é preciso estar bem nutrido, com refeições prévias leves e sem gordura. Além disso, é proibido o consumo de bebidas alcoólicas até 24 horas antes da doação.

6 Doadores estão susce-tíveis a doenças trans-missíveis via sangue.

MITO. A partir da imple-mentação do teste NAT com fomento da ABHH, doenças como HIV, Hepatites B e C, são detectadas pelo proce-dimento que tem capacidade de identificar se a pessoa está contaminada mesmo que haja um curto período, entre o dia de contaminação e a doação.

7 O doador pode realizar o ato a cada 30 dias. MITO. A doação de

sangue deve realizada com intervalo mínimo de 60 dias para homens e 90 dias para as mulheres, ou seja, em um período de 12 meses, há possibilidade de doação de até quatro vezes por ano, no caso de doador masculino e três em caso de doadora.

No Amazonas, doações podem ser feitas no Hemoam, localizado na avenida Constantino Nery

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F8 MANAUS, DOMINGO, 21 DE JUNHO DE 2015Saúde e bem-estar

Estresse ocupacional

Psicologia no divã[email protected]

Psicologia no divã Fabíolla Fonseca

Segundo os levantamentos realizados pela Previdência Social, os Transtornos Men-tais está em terceiro lugar dos motivos que ocasionam afas-tamento do trabalho, perden-do apenas para as doenças do Sistema Ortomolecular, como a lesão por esforço repetitivo – (LER) e as lesões de ordem traumáticas.

Estresse Ocupacional origi-na-se de inúmeros fatores, oca-sionando em graves doenças psiquiátricas. O cumprimento de metas abusivas, as horas extras excedidas, as cobran-ças indevidas, perseguições e a competitividade nos ambien-tes corporativos e uma pressão elevadíssima, faz com que o profi ssional chegue ao nível de exaustão e completo estresse. Vivenciando todas essas cir-cunstancias desgastantes e massifi cadoras, este indivíduo desenvolvera doenças como: Estresse, Depressão, Ansieda-de, Vícios, Síndromes como a de Burnaut, Transtornos Mentais e comprometimentos emocio-nais gravíssimos.

Muitas das vezes as pessoas que desenvolvem essas patolo-gias sequer conseguem detec-tar e avaliar que se trata de uma doença grave e que necessita de ajuda especializada. Muitas das vezes, elas acham que é passageiro e que logo conse-guirão fi car bem novamente. E não sabem que o quadro pode

ser agravado a medida que o tempo se passa.

Por outro lado, encontramos ambientes de trabalho que cor-roboram e muito para o adoe-cimento de seus colaboradores. Como por exemplo: As con-dições precárias do ambiente físico e estrutural, as brigas de egos entre funcionários, a falta de projetos motivacionais, a inabilidade em administrar os confl itos existentes que geram todo um estresse ocupacional, sendo que 85% dos funcioná-rios têm que lidar com algum tipo de confl ito que afetam diretamente o fl uxo do trabalho e sua saúde também.

A principal causa dos desenti-mentos no trabalho está ligada ao estresse. Se as organizações investirem na conscientização dos membros da equipe para aprimorar os relacionamentos, elas verão que a energia ge-rada pelo atrito interpessoal traz lampejos de criatividade, ao invés de crises destrutivas. Confl itos bem manejados po-dem injetar maior confi ança na equipe e ocasionar melhor tomada de decisões.

A prevenção de doenças ocu-pacionais pode ser exercida tanto para a empresa como para o trabalhador. São medi-das simples, mas, que se usadas de forma correta, podem livrar muitos trabalhadores de diver-sos problemas de saúde.

O profi ssional passa uma

A prevenção de doenças ocupacionais pode ser exercida tanto para a empre-sa como para o trabalhador.

Psicólogacontato pelo fone:

991610218

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grande parcela da vida na empresa, então é necessário que tenha boas condições físicas e psíquicas de traba-lho. No campo das doenças mentais, é muito comum o descuido das pessoas.

O que fazer para evitar o estresse ocupacional? A prin-cípio identifi que o que está ocasionando o estresse no tra-balho e daí tome uma atitude mais acertada. Às vezes, o problema está em você mes-mo. Fique alerta aos sinais que seu corpo indica em especial ao cansaço, desanimo fadigas

intensas, irritabilidade, difi cul-dade de atenção e concentra-ção, comportamento explosi-vo além do surgimento de disfunções gastrointestinais, insônia, compulsão alimentar, dores crônicas e etc.

Não queira abraçar o mundo com as pernas, seja mais fl exí-vel, cuide de si mesmo, reserve um tempo para isso, não se cobre tanto. Comunique-se, se algo está lhe incomodando, fale, se abra com a pessoa em questão, muitas das vezes seu colega de trabalho também está estressado e nem se toca

que está ocasionando celeu-mas desnecessárias.

Mas se os problemas per-sistirem é preciso conversar sobre eles, por mais difícil que possa ser, já que o ambiente profi ssional é muitas vezes opressor e estressante mes-mo e se ainda assim não se resolver pense se vale a pena você continuar num ambien-te de trabalho desgastante. Contudo, vale a pena tentar fazer um esforço para propor-cionar harmonia e equilíbrio e minimizar os estresses no ambiente de trabalho.

Sem medo de pegar no volanteTrauma, medo, ansieda-

de, falta de prática e até baixa estima contribuem para que algumas pesso-as, mesmo habilitadas não consigam assumir a direção de seus veículos. No Brasil para conduzir um automóvel é necessário adquirir a Car-teira Nacional de Habilita-ção (CNH), pois o documento atesta a habilidade técnica do motorista para dirigir pe-las vias do país. No entan-to, muitas pessoas, mesmo já possuindo a “carteira de motorista”, não se sentem aptas a dirigir. Mas quem passa por essa situação pode procurar ajuda especializa-da e ir para trás do volante com plena confi ança.

A analista de recursos hu-manos Patrícia de Souza da Silva, 31, saiu segura da autoescola em 2008, mas após tentativas frustradas e estressantes de conduzir o próprio veículo nas ruas, desenvolveu um medo de assumir o volante. “Eu fi z autoescola e passei ‘de pri-meira’, mas quando fui tentar dirigir com o meu namorado, hoje marido, ao meu lado, o carro estancava e aquilo me marcou. Tentei outras vezes, mas sempre fi cava estressada e não conseguia sair do lugar”, conta.

Após 20 aulas em um centro especializado no

treinamento de habilitados com insegurança no volan-te, concluídas em 2014, a analista diz que com a ajuda da psicóloga identifi cou o motivo do trauma, conseguiu resolvê-lo e, fi nalmente, se sentiu segura para assumir a direção do carro.

“Fiz todo o tratamento prático e psicológico, du-rante as aulas dirigia com o apoio do gestor nas ruas e contava com o atendimen-to do profi ssional (psicólogo) para trabalhar o emocional. Sem dúvida, o centro foi fundamental para solucio-nar o meu medo no volante, hoje me sinto autoconfi ante e totalmente apta a dirigir o carro”, conta a motorista.

Sem estresseUnindo aulas práticas e

atendimentos psicológicos, a metodologia aplicada pelos profi ssionais do centro Dirigin-do Bem é exclusivo, e há toda uma estrutura para trabalhar as necessidades e difi culdades distintas dos alunos.

“Temos um serviço de ex-celência buscando trabalhar cada detalhe, não apenas exercícios e carro, mas a qualidade de vida da pes-soa. E isso compreende tudo que englobe seus afazeres diários, desde a garagem da própria residência, esta-cionamento em supermer-

cado, shopping, trabalho e até ladeira”, conta Kennedy Macedo, um dos sócios da franqueada e gestor.

De acordo com a psicóloga Tirzah de Oliveira Menezes, que faz parte da equipe do centro Dirigindo Bem, o apoio psicológico no pro-cesso ajuda a verbalizar os motivos que os levaram a deixar o carro na garagem.

“Muitos falam da falta de prática e não percebem que o que falta é uma es-trutura emocional. Se está bem, ao errar no volante você acaba persistindo, mas se não está, logo desiste”, explica a profi ssional.

O suporte é baseado em atendimentos estruturados para cada difi culdade. “Uma pessoa com baixa autoesti-ma não terá a determinação para persistir caso palavras negativas sejam proferidas a ela, então trabalhamos essa parte para poder ir à outras”, revela a psicóloga.

O medo é uma coisa boa, ressalta Tirzah, pois “sem ele, atravessaríamos a rua sem olhar para os lados, por exemplo. Mas quando a in-tensidade deste sentimento afeta sua liberdade é hora de procurar ajuda especia-lizada”, conclui.

*Colaborou Hellen Miranda

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