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Nº 233 Março 2014 BISCOITOS l CANDIES l CHOCOLATES l SNACKS l SUCOS E REFRESCOS SAUDABILIDADE Mercado poderia crescer bem mais se a regulamentação de confeitos fosse mais rápida PECCIN DIRCEU PEZZIN FALA SOBRE INOVAÇÃO AMENDOIM FESTAS JUNINAS E COPA INCENDEIAM O CONSUMO

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Nº 233Março 2014

BISCOITOS l CANDIES l CHOCOLATES l SNACKS l SUCOS E REFRESCOS

saudabilidadeMercado poderia crescer bem mais se a regulamentação de confeitos fosse mais rápida

peccin Dirceu Pezzin fala sobre inovação

AMenDOiM festas Juninas e coPa incenDeiam o consumo

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Considerado um mero nicho até passado recente, o filão que hoje agrupa diversas vertentes

nutricionais sob o guarda-chuva da saúde e bem-estar, tema de capa da presente edição, se alastra por todas as categorias de alimentos – confei-tos e guloseimas inclusos –, por con-ta do interesse crescente dos consu-midores em uma vida mais saudável. Magnetizado pela oferta de produtos que evo-luíram para a promessa de entregar bem-estar e beleza, o público de todas as faixas de idade e classes sociais adere cada vez mais ao con-sumo de itens isentos de açúcar, de gorduras e com baixo teor de sódio. A preferência agora é por versões enriquecidas com vitaminas e sais minerais, antioxidantes ou com ingredientes que agreguem algum benefício ao organismo. O brasileiro hoje em dia está realmente mais preocupado com sua alimentação, constata a Pesquisa Refeição Assert Preço Médio 2014, da Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador. Dados desse estudo mostram que o aumento percebido pelos estabelecimentos no consumo de frutas no ano passado foi de 61%. No caso das verduras e legumes, houve um crescimen-to de 69% e a preferência por sucos naturais bateu em 70%. Uma das conclusões é que os estabelecimentos associam a alimentação saudável a saladas (82% dos entrevistados) e a legumes (50%). A preocupação com a oferta de produtos frescos e bem escolhidos é um quesito praticamente unânime (94%). Do lado da indústria, também é unânime a percepção de que esse filão seria ainda maior, caso não sofresse as limitações impostas pela Anvisa em relação às alegações de benefícios e a de-corrente demora no prazo de registro. Na ala de desenvolvimentos a dificuldade também re-side em pesquisar substâncias oriundas da flo-ra brasileira. Especialistas assinalam que trata-

-se da maior diversidade do planeta, com seis biomas, mas o estudo do patrimônio genético esbarra em fatores como a repartição de bene-fícios com as comunidades indígenas. O Brasil, no entanto, se alinha com as principais ten-dências mundiais, a exemplo do uso do café verde (rico em ácido clorogênico, colaborador do controle de peso), de linhas de probióticos e prebióticos e de microorganismos vivos, que ajudam no equilíbrio da flora intestinal, além de novidades como a quitosana, pródiga em polissacarídeo desacetilado, mais um auxiliar no combate às gorduras. Outra preocupação que atinge o setor diz respeito à rotulagem nutricional. A propósito, o governo americano anunciou no início do ano uma reformulação na apresentação que vem sendo organizada há mais de uma década e representa a pre-ocupação crescente dos consumidores com a saúde e com ingredientes usados nos produ-tos industrializados. Os novos rótulos alteram as porções servidas, exibem com mais clareza a contagem de calorias e incluem informações sobre o açúcar adicionado, medidas que os defensores da saúde já vinham tentando im-plementar. A proposta inclui tamanhos de por-ções mais realistas para muitos itens. Poucos consumidores consideram uma barra de cho-colate ou uma garrafa de refrigerante de 500 ml como mais de uma porção, e os novos rótu-los traduzem isso. Resta saber se o reflexo de mudanças como essas terá impacto no Brasil e quanto tempo isso demandará. •

Doce Revista é uma publicação mensal da Editora Definição Ltda. (CNPJ 60.893.617/0001-05)

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E ESPECIaLIzaDaS.

A vitrine do bem-estAr

3Março 2014 Doce Revista

Carta do Editor

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28 CAPA SAÚDE E BEM-ESTAR um mercado de R$ 20 bilhões

Com crescimento anual na faixa de 12%, o filão que engloba produtos funcionais, diet/light, especiais e orgânicos poderia cravar avanço ainda maior se superasse desafios como as limitações impostas por assuntos regulatórios

08 INOVAÇÃO PECCIN o caminho das pedras

Depois de sobressair na cena de balas, com itens inéditos no cardápio da indústria doméstica, a empresa azeita seu ingresso no mercado de chocolate com o mesmo brilhantismo

16 EQUIPAMENTOS JAF INOX a globalização chegou

O nome construído na cena local e internacional de máquinas para processamento de chocolate do grão ao produto final conduz a indústria paulista a unir forças com o grupo holandês Royal Duyvis Wiener

18 VITRINE ATACADISTA MARSIL hora de mudanças

Ao completar 53 anos de atividade, o atacado doceiro número um do país muda seu modelo de operação, encampando um mix de atacado distribuidor e varejo de autossserviço

20 PDV AMENDOIM produto não vai faltar

A aproximação das Festas Juninas e dos jogos da Copa do Mundo eletriza as vendas do setor de confeitos doces e salgados à base do grão, alimentando expectativa de salto inédito no balanço da indústria para esse período

SEÇÕES06 MiX na Arcor, Ricardo Suárez assume a direção geral dos negócios, entre outros destaques12 cOnSULTOReS a análise de especialistas dos mercados de açúcar e cacau 14 inSUMOS a Cargill anuncia investimento de US$ 140 milhões em ingredientes para alimentos de maior valor36 DeSTAQUe enquete exclusiva apura opinião do trade sobre vendas de candies na Copa do Mundo38 GiRO os lançamentos que enfeitam as prateleiras do atacado distribuidor doceiro42 SAÚDe e BeM-eSTAR Pesquisadores da Esalq testam avanços na fermentação de cacau na Bahia

Doce Revista Março 20144 www.docerevista.com.br

Sumário

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Doce Revista Março 20146 www.docerevista.com.br

MIX

Depois de anos sondando o mer-cado brasileiro, via parceria com a importadora Aurora, a marca

de chocolate premium Lindt decidiu investir em uma rede de lojas no país. A primeira unidade deve ser aberta no Shopping Iguatemi, em São Paulo, até julho, confirma Renata Moraes Vichi, vice-presidente do grupo cRM, deten-tor das grifes Kopenhagen e Chocolates Brasil Cacau, eleito como coadjuvante do empreendimento. Uma joint-venture formalizada em março entre a com-panhia brasileira e a corporação Lindt & Sprüngli, dona da marca suíça, criou a L&S Holding. Pelo acordo firmado, o grupo suíço fica com 51% da empresa que vai administrar as lojas da marca no Brasil e a fatia restante, com a dona da Kopenhagen. A princípio, os pontos de venda (PDVs) serão próprios, mas o grupo tem planos para, no futuro, pro-mover uma expansão por meio de fran-quias. A companhia suíça está presente em cerca de 100 países e sua divisão de varejo global, com cerca de 200 lo-jas, boutiques e cafés, cresce de forma constante, alcançando cerca de 9% das vendas do grupo em 2013. A aliança faz parte da estratégia da Lindt de expandir

CHOCOLATE PREMIUM

PArceriA finA

CARREIRA

novA direção

A Arcor anunciou em março a che-gada do executivo Ricardo Suá-rez à direção geral dos negócios

de guloseimas, chocolates e biscoitos da companhia no país. Graduado em Economia, pela Universidade de Bue-nos Aires, com pós-graduação em Administração de Empresas pela Uce-MA (Universidade Del Cema), Suárez ingressou no grupo Arcor em 1990. A trajetória de sucesso o conduziu pe-las áreas de Finanças, Planejamento

e Controle de Gestão. Foi responsá-vel por projetos como a aquisição da empresa Dos en Uno, no Chile, e da La Campagnola, na Argentina. Tam-bém participou da joint-venture com a Danone para a composição da Bagley Latinoamerica e da associação com a Bimbo para o desenvolvimento da Mundo Dulce, no México. Ele substitui o executivo Oswaldo Nardinelli, que assumiu o posto em 2011, vindo da Kraft Foods (atual Mondelez).

seu negócio geograficamente e, com isso, aumentar entre 6% e 8% suas vendas neste ano. Em comunicado, a fabricante suíça afirmou que a parce-ria deve ser entendida “como um sinal claro do compromisso de longo prazo da Lindt com o terceiro maior mercado de chocolate do mundo, além da sua intenção de continuar a se expandir em novos mercados emergentes”. A companhia esclareceu, no entanto, que continuará sua parceria com a Aurora, distribuidora de seus produtos no varejo brasileiro, em lojas no formato duty free em aeroportos e nas grandes redes de autosserviço.

Segundo Renata, os novos espa-ços da marca terão um portfólio mais abrangente, de cerca de 200 produ-tos, todos também importados. Além de itens já conhecidos dos brasileiros, como as trufas Lindor e os tabletes

Lindt, serão ofertadas opções para pre-sente, pralinés e a linha jovem Hello. O preço médio dos produtos é seme-lhante ao da Kopenhagen. A companhia suíça, comenta Renata, busca crescer em países emergentes, e o Brasil, ter-ceiro maior mercado de chocolates do mundo, é uma das prioridades. Essa é a primeira ofensiva da Lindt na Améri-ca Latina, mas a marca está presente em quase todos os países da região por meio de parceria com distribuido-res locais. Recentemente, ela instalou subsidiárias na China e África do Sul. Ter no portfólio lojas da Brasil Cacau, da Kopenhagen e da Lindt contribui para o amadurecimento do mercado de cho-colaterias no Brasil, nota a empresária. “O consumidor que pensar em chocola-tes, de qualquer classe ou faixa etária, vai encontrar uma opção fora do super-mercado”, assinala ela.

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www.docerevista.com.br 7Março 2014 Doce Revista

MIX

Estudo coordenado pela pes-quisadora Elizabeth Nabeshi-ma, do Cereal Chocotec –

Centro de Tecnologia de Cereais e Chocolate, do Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos), validou a quantificação de glúten em produ-tos alimentícios pelo método ELISA. Também analisou a sua eficiência em produtos isentos de glúten na composição, tendo em vista as di-ficuldades ocasionadas pelo fato de a farinha de trigo in natura ser o principal elemento causador de contaminação na análise. Segundo

a especialista, foram feitas as aná-lises das amostras com kit comer-cial através de método ELISA-R5, com limite de detecção de 3 ppm, de acordo com os limites estabele-cidos pelo Codex Alimentarius. “Os resultados obtidos são válidos, pois atendem os requisitos do kit para curva padrão”, argumenta a pes-quisadora. O teor de glúten obtido, acrescenta ela, foi considerado satisfatório, com os valores de <3 ppm para pré-mistura para pão de queijo, polvilho e macarrão de ar-roz e 99,8 ppm para cereal infantil,

próximos dos dados de literatura, demonstrando a eficiência do mé-todo e validando a implementação desta análise no laboratório do Ce-real Chocotec. Sob a orientação de Nabeshima, o estudo Validação da Análise de Quantificação de Glúten em Produtos Alimentícios contou com a colaboração das pesquisa-doras Renata da Cunha, Christiane Ruiz Mendes, Cristiane Rodrigues Gomes Ruffi e Carla Léa Cruz, po-dendo ser conferido na íntegra no site de Doce Revista (www.docere-vista.com.br).

EM NOSSO SITE

de olho no glúten

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Doce Revista Março 20148 www.docerevista.com.br

DiRceU pezzin LANçAMENTOS EM SINTONIA COM TENDêNCIAS DA FEIRA ISM.

sAi dA frenteDepois de triunfar no circuito de candies, a Peccin conquista lugar ao sol na cena de chocolates

Nem é preciso lembrar que inova-ção é uma palavra-chave na in-dústria de confeitos. Há 57 anos

instalada em Erechim (RS), a peccin se relaciona tão bem com o termo que, ao dominar o seu uso, construiu nome no setor de balas e hoje sobressai na dis-puta de chocolates. Um dos maiores trunfos da empresa foi mudar o cálculo para bancar lançamentos. Até então, as ideias transformadas em produto e intro-duzidas nas gôndolas seguiam um rotei-ro bastante conhecido. Os confeitos eram desenvolvidos, os custos levantados, o investimento em máquinas e produção era feito e a novidade subia às pratelei-ras com preço teoricamente calculado para promover o devido retorno, com margem de contribuição assegurada. O modelo mostrou que não se sustentava, comprometendo a rentabilidade nas pon-tas da indústria e do trade. Pensando em mudar a equação, Dirceu Pezzin, diretor presidente da companhia, introduziu uma maneira totalmente inovadora de viabi-lizar os desenvolvimentos. Primeiro, os custos eram delimitados de forma a as-segurar margem de ganho. Depois, o ta-manho, formato, embalagem e eventuais ingredientes entravam na planilha até se chegar a um orçamento que garantisse o lançamento. “Foi o início das inovações que começamos a introduzir no mercado e única maneira de, na prática, trabalhar na ala de candies, categoria ultrassen-

sível a variações de custos”, relembra o empresário. Na entrevista a seguir, ele reflete sobre o conceito de inovação e comenta alguns dos principais cases da Peccin no reduto de candies.DR – como a peccin trabalha com o conceito de inovação?

pezzin – A empresa sempre teve na inovação um de seus maiores diferen-ciais. Inovação faz parte do nosso DNA e, com certeza, continuará sendo o grande foco estratégico, cobrado e trabalhado incansavelmente pela diretoria e conse-lho de administração. A importância da inovação se justifica na medida em que o mercado se apresenta cada vez mais competitivo, preparado e exigente. Bus-car surpreender o consumidor com pro-dutos diferenciados e alinhados com no-vas expectativas, acompanhando ou até mesmo criando tendências é, na nossa visão, o caminho do sucesso.

DR – Qual é a mais recente inovação introduzida?

pezzin – É a bala Pura, um produ-to que, além de conter polpa da fruta, incorpora corantes e aromas naturais. Desenvolvemos esse projeto em parceria com alguns fornecedores, acompanhan-do a atual tendência de consumo, voltado para um contexto de saudabilidade. Além do produto, desenvolvemos também um posicionamento de design e embalagem diferenciados, em sintonia com novidades apresentadas em janeiro na feira ISM, na Alemanha. A bala Pura possui uma em-balagem altamente diferenciada em seu substrato. Mescla uma base fosca com detalhes em brilho metalizado, que explo-ra a parte visual com grande participação das imagens de frutas do mix, extrema clareza e objetividade de informações, sem a existência de janela. O target obje-tivado é o de jovem adulto com hábito de consumo saudável ou que busca alterna-tivas que atendam suas novas demandas.DR – e qual foi a mais antiga inovação da empresa?

pezzin – Todos os projetos, sem ex-ceção, nos trazem lembranças felizes e grande aprendizado. Na história das inovações da companhia devemos des-tacar a Frutomila. Foi um produto extre-mamente inovador, uma verdadeira re-volução em uma linha significativa para o setor naquele momento da história. A Frutomila foi a primeira bala mastigável

INOVAÇÃO

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Doce Revista Março 201410 www.docerevista.com.br

pRODUTOS inOVADOReS PECCIN MUDA O PERFIL DA CATEGORIA DE BALAS.

DiFeRenciAçãO LINHA DE CHOCOLATES COM 38% DE SóLIDOS DE CACAU.

recheada das Américas e a segunda, no âmbito mundial. Para isso, as adequações e investimentos na fábrica foram minun-ciosamente trabalhados para garantir um lançamento sem falhas ou rupturas. Sabí-amos que o diferencial era significativo e que geraria uma explosão de demanda. A embalagem também agregou diferenciais de visibilidade nos rótulos e o design de uma forma geral foi totalmente trabalhado para gerar a curiosidade sobre o diferen-cial do produto.DR – O que destacaria em termos de inovação nos últimos dez anos?

pezzin – Além de lançar a Frutomi-la, introduzimos no período a minibala da marca, que também foi outra tacada pioneira no mercado nacional. Inserimos ainda a Tribala, confeito mastigável, re-cheado e drageado, que ainda perma-nece sem concorrência direta, mesmo decorridos oito anos de seu lançamento. Outro desenvolvimento que se encaixa no conceito de inovação foi a linha Trento, de wafer recheado e coberto com chocolate com 38% de sólidos de cacau.

exemplo, a participação no curso de ino-vação promovido pela Abicab (Associação Brasileira da indústria de chocolate, ca-cau, Amendoim, Balas e Derivados) /ABDi (Agência Brasileira de Desenvolvimento industrial). Trata-se de um trabalho sério realizado com as indústrias do setor, a partir de uma visão profissional e focada no senso prático, na eficácia do dia a dia da inovação dentro das empresas. É uma espécie de MBA da inovação, que está trazendo resultados concretos e diferen-ciais significativos.DR – A peccin fez algum investimento na fábrica recentemente?

pezzin – Estamos constantemente aprimorando processos para unir a apti-dão às exigências impostas pelo mercado interno e externo, pelo posicionamento voltado à inovação e, principalmente, pela nossa cultura e história de sucesso ser fundamentada nesse diferencial. A par-tir disso a empresa planejou e trabalhou exaustivamente ao longo de mais de três anos seu ingresso no mercado de choco-lates. O lançamento da linha Trento, em

premium, a partir de matérias-primas no-bres, o domínio total do processo de pro-dução e da qualidade do chocolate com 38% de sólidos de cacau. Dessa forma, triplicamos nosso volume de produção de chocolates, totalizando investimentos su-periores a R$ 25 milhões. DR – O que está previsto para 2014?

pezzin – Estamos trabalhando na con-solidação da linha Affetto, lançada em ou-tubro de 2013. Mais importante que sim-plesmente lançar produtos e trabalhar a inovação é garantir a sua eficácia no mer-cado. Sobre investimentos podemos dizer que o mercado pode continuar contando com uma Peccin agressiva e inovadora.DR – O que destacaria na área administrativa?

pezzin – Paralelamente ao projeto de chocolates, a empresa gerou, interna-mente, uma mudança importantíssima no seu modelo de gestão. O desenvolvimen-to e implantação do processo de gover-nança corporativa foram determinantes para que a companhia pudesse continu-ar alinhada com os modernos conceitos, mantendo, acima de tudo, seus valores e referências para a atual e as futuras gerações da família Peccin. Entendemos que inovar em produtos é o grande elo de ligação com o mercado. Mas a inovação verdadeira vai muito além dos produtos. Aliás, ela somente é obtida com sucesso se for vivida e evidenciada pela empresa em todas as etapas do processo e se fi-zer, efetivamente, parte do DNA de cada um de nós. •

DR – como a fábrica se adapta às inovações trabalhadas na empresa?

pezzin – Ela é sempre um elo fun-damental na cadeia do desenvolvimento da inovação. Apesar de temos um gru-po multidisciplinar dedicado à criação, desenvolvimento e implementação dos projetos, é no chão de fábrica que efetiva-mente a inovação acontece de fato. Para isso, desenvolvemos ao longo da trajetó-ria uma sinergia muito forte e estrutura-da para a inovação, reciclando constan-temente conceitos e renovando nossas abordagens através de um planejamento estratégico. Recentemente, iniciamos, por

2011, foi um dos maiores e mais agres-sivos projetos de inovação da história da companhia. Hoje, passados praticamente três anos do lançamento, comemoramos a consolidação da linha no cenário nacio-nal contando com dez SKUs contra três inicialmente apresentados. Todo êxito e expertise desenvolvidos foram motivado-res de uma nova investida e, em 2013, ampliamos a capacidade e apresentamos mais uma linha de produtos: Affetto. Da mesma forma ela é fruto da agressivida-de da empresa para elevar sua participa-ção no mercado de chocolates. A linha Affetto busca um posicionamento mais

INOVAÇÃO

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www.docerevista.com.br 11Março 2014 Doce Revista

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Doce Revista Março 201412 www.docerevista.com.br

Praticamente repetindo o comportamento do mês anterior, os preços do cacau

em março continuaram a evoluir para o lado. A diferença entre as cotações de fechamento nos últi-mos dias de fevereiro e de março não passou de ínfimos US$ 2. A única ação de maior impacto foi uma tentativa dos grandes fundos especulativos, responsáveis pela

sustentação do mercado, de provocar uma nova alta e forçar os preços para superar o nível psicológico importante de US$ 3.000, mas a manobra não fruiu. Depois de alguns dias no meio do mês, em que os preços passaram desse nível, eles cederam à pressão de vendas especulativas que contaram com algu-ma participação dos grandes produtores africanos – Costa do Marfim e Gana – e as cotações do contrato de maio/2014 na Bolsa de nova York, atual referência para os negócios físicos, retornaram para a faixa de US$ 2.900-2.980, dentro da qual vêm oscilando desde a última grande alta no final de janeiro. Como reflete o comportamento dos preços, não houve qualquer novidade de relevância no campo fundamental. As perspecti-vas da safra mundial continuam boas, a previsão do déficit da safra internacional 2013/2014 sofreu uma pequena correção para baixo e é visto atualmente entre 80 e 100 mil toneladas (t), sem que isto significasse uma mudança perceptível na conjuntura de oferta/demanda. As previsões para as moagens mundiais do primeiro trimestre de 2014 indicam um aumento de 2-5%, também dentro das expectativas, portanto de efeito neutro sobre as cotações. Em suma, pouco ou nada aconteceu nos mercados de cacau, que continuam sendo o palco do cabo de guerra entre os dois campos de fundos especulativos.

Perante esse cenário, não se vislumbra qualquer movimen-tação mais substancial. Os fundos especulativos altistas conti-nuam carregando posições compradas vultosas, próximas ao

Thomas Hartmann é cacauicultor, analista do mercado internacional de cacau e titular da

TH Consultoria e Estudos de Mercado.

volume recorde da virada do ano, e dificilmente teriam fôlego para continuar a aumentá-las, o que seria necessário para pro-mover uma nova alta. A indústria consumidora tampouco de-monstra disposição para forçar os preços para cima. Quanto aos fundos especulativos baixistas, estes fazem repetidas tentati-vas de desencadear uma correção para baixo, mas esbarram sempre no aumento do interesse comprador, principalmente da indústria, quando os preços se aproximam ao limite inferior da faixa de variação. Seria necessário um evento de impacto para alterar este quadro.

No mercado dos produtos de cacau, o ratio da manteiga de cacau no mercado spot norte-americano iniciou o mês em alta, cotado a 2,68 x Bolsa de Nova York, e cedeu em seguida para terminar em 2,66, um nível ainda bastante elevado. O ratio do pó de cacau 10/12 continuou em queda e recuou de 0,75 no começo do mês para 0,71 no seu final. Por consequência, o ratio combinado ficou reduzido de 3,41 para 3,37, enquanto o ratio do liquor de cacau se manteve estável em 1,50.

AndAndo de lAdo

Thomas Hartmann

Cacau

Consultores

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www.docerevista.com.br 13Março 2014 Doce Revista

A safra 2014/2015 está para se iniciar no Centro-Sul e as per-sistentes incertezas estão relacionadas ao mix de produção, tama-nho da safra, clima e exportações, entre outras variáveis importantes para definição dos preços, exigindo um monitoramento constante do mercado.

Há 20 anos, a JOB economia vem realizando esse trabalho de acompanhar os desdobramentos no mercado de açúcar, com o ob-jetivo principal de antecipar movimentos para um posicionamento correto nas estratégias empresariais de seus clientes, contribuindo assim para melhorar os resultados dos negócios.

O mercado internacional de açúcar iniciou o mês de março dando continuidade

ao forte movimento de alta re-gistrado em fevereiro. O clima no Centro-Sul, maior região produ-tora de cana-de-açúcar do país, continuou ditando os preços. Pas-sada a primeira semana do mês, foi iniciada uma correção nas co-tações, em parte sustentada pelo

retorno das chuvas em algumas áreas canavieiras do Centro--Sul. Na visão do mercado, a manutenção desse clima minimi-zaria a quebra da safra 2014/2015 na região.

Na última semana do mês, foi registrado um novo movimento de alta, dessa vez em função da possibilidade da ocorrência do fenômeno El Niño no segundo trimestre do ano, com perspectivas de afetar a safra do Centro-Sul na primavera.

Em resumo, março terminou em cima do muro, sem uma tendência clara para os preços. O noticiário sobre o clima con-tinuará exercendo acentuada influência sobre os preços, bem como sobre o tamanho da safra.

O gráfico a seguir mostra o comportamento dos preços do açúcar demerara ao longo de fevereiro na Bolsa de Nova York, tomando como base o vencimento de maio.

Ronaldo Lima Santana é sócio-gerente da JOB Economia e Planejamento

No mercado interno, os preços do açúcar (cor até 250 ICU-MSA) acompanharam o movimento ocorrido no mercado inter-nacional de futuros na Bolsa de nova York.

O comprador de açúcar encerrrou o mês apresentando uma postura recuada devido às incertezas com relação à tendência dos preços e a proximidade do início da nova safra 2014/2015 no Centro-Sul.

O gráfico a seguir apresenta os preços médios semanais negociados em São Paulo apurados pelo Índice JOB Economia de preços. •

em cimA do muro

Ronaldo Lima Santana

Açúcar

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Doce Revista Março 201414 www.docerevista.com.br

menu de PontACargill anuncia investimento de US$ 140 milhões na expansão de ingredientes para alimentos de maior valor

Número um do agronegócio mun-dial, a cargill anunciou em março investimento mínimo de US$ 140

milhões nos próximos dois anos no Bra-sil. Segundo Laerte Moraes, diretor da unidade de negócios Amidos e Adoçantes da companhia, o aporte será direcionado para expandir a operação de ingredien-tes para a indústria alimentícia, incluindo confeitos e guloseimas. A unidade sob seu comando processa anualmente um milhão de toneladas de milho e agora planeja ampliar o portfólio de produtos mais elaborados, de olho em segmentos como o de alimentação infantil, sorve-tes e bebidas esportivas . “São os mais promissores para amidos e adoçantes de alto valor agregado”, observa o exe-cutivo. Responsável pelo arremate de quase 2% de todo o milho consumido no mercado brasileiro, Moraes se dedica ao monitoramento dos preços do insumo e cuida das estratégias de compra da uni-

Insumos

dade sob seu comando. Sua preocupa-ção nos próximos meses é com o clima para a segunda safra de milho, que está terminando de ser plantada no Paraná e Mato Grosso. “A chamada safrinha po-derá ser tanto de 40 ou 45 milhões de toneladas, como de 15 ou 20 milhões. Não se sabe como vai ser por conta do clima”, insere ele. Pelas estimativas da companhia nacional de Abastecimento (conab), o Brasil deverá colher 43,8 mi-lhões na safrinha, depois das 31,4 mi-lhões de toneladas colhidas na safra de verão do atual ciclo (2013/2014). Apesar das incertezas, Moraes aposta em uma boa oferta doméstica nos próximos me-ses, com preços contidos após a dispa-rada observada com a quebra na safra americana de 2012/2013, elevando a demanda externa pelo cereal brasileiro. Na entrevista a seguir, o executivo deta-lha a atual ofensiva da Cargill na ala de ingredientes.

DR – De quanto será a expansão na demanda de milho da unidade?

Moraes – Apesar das ampliações, o consumo de milho da divisão de negó-cios da Cargill não deverá crescer após a conclusão das novas instalações, já que o foco está na agregação de valor.

DR – Qual o destino dos investimentos? Moraes – Do montante previsto para

os próximos dois anos, cerca de US$ 40 milhões seguirão para a unidade de Uberlândia (MG) na expansão em 40% da produção de maltodextrina, ingre-diente derivado do milho utilizado em diversas categorias de alimentos infan-tis e isotônicos. Essa operação também vai receber em torno de US$ 75 milhões para elevar sua produção de ácido cítri-co, amidos modificados e ração animal. Já a unidade da companhia em Castro (PR) ficará com cerca de US$ 25 milhões para a criação de uma nova linha de ami-do modificado industrial.

DR – por que alimentação infantil, sorvetes e bebidas esportivas são os mercados mais promissores para amidos e adoçantes?

Moraes – Quando falamos em nossa

MORAeS MONITORAMENTO DO MILHO PARA COBRIR ExPANSõES NAS UNIDADES DE AMIDOS E ADOçANTES.

eXpAnSãO eM inGReDienTeS APOSTA DA CARGILL DE OLHO NO FILãO INFANTIL.

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www.docerevista.com.br 15Março 2014 Doce Revista

linha de produtos, os adoçantes têm uma abrangência grande e são representados principalmente pelos xaropes de glicose, xaropes de glicose desidratados e mal-todextrinas. As maltodextrinas e xaropes desidratados são considerados de maior valor devido à maior quantidade de eta-pas no processo produtivo e posterior secagem. Também são os mais requisi-tados nesses mercados. Dentro da linha de xaropes, existem diferentes tipos, adequados a cada aplicação na produção de balas e confeitos, por exemplo.

DR – em que a produção de maltodextrina da cargill sobressai?

Moraes – Além de bebidas esporti-vas, sorvetes e alimentação infantil, a maltodextrina também pode ser utilizada como fonte de energia e carboidratos em muitos alimentos, tais como produtos de conveniência (misturas em pó, como capuccino, pós para preparo de bebidas quentes, sopas etc.) e itens como acho-

colatados e leites modificados ou su-cedâneos lácteos. A maltodextrina vem ganhando muito mercado nos últimos anos principalmente devido ao alto pre-ço da lactose (o açúcar natural do leite) e também com o próprio crescimento do mercado alternativo. Ela é um ótimo substituto à lactose e, devido ao seu alto valor energético e custo menor que a lac-tose, tem ganhado mercado frente a este ingrediente. Hoje a Cargill é a principal fornecedora de maltodextrina no merca-do brasileiro, com plantas em Uberlândia (MG) e Porto Ferreira (SP).

DR – Qual a posição que a operação de ácido cítrico ocupa hoje no país?

Moraes – A Cargill é a principal for-necedora de ácido cítrico no mercado brasileiro. Estamos investindo também na fábrica de Uberlândia para atender a crescente demanda dos mercados de bebidas, alimentos e industrial. En-tre as aplicações mais convencionais, o

produto está presente em praticamente todas as categorias de confeitos, com ênfase em balas, drops, pastilhas e de-rivações.

DR – e no mercado de amidos modificados?

Moraes – As aplicações de ami-dos modificados são amplas e cobrem desde molhos, maioneses e iogurtes a confeitos, bebidas, sopas, pratos conge-lados, entre outras. A Cargill hoje ocupa uma posição de relevância, porém ainda tímida no mercado brasileiro de amidos modificados. Mas contamos com muita tecnologia, know-how para desenvolvi-mentos e inovação de nossas operações globais, que serão introduzidas no mer-cado brasileiro após a conclusão desses investimentos anunciados. Temos gran-de expectativa para este projeto tam-bém e acreditamos que teremos uma posição de maior destaque após a sua implantação. •

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Doce Revista Março 201416 www.docerevista.com.br

Referência em linhas para proces-samento do chamado chocolate gourmet, desde a torra e prensa-

gem do grão de cacau até o refino da massa, a JAF inox construiu seu nome a jato na cena chocolateira local. A fama ul-trapassou fronteiras e, também em uma negociação a toque de caixa, a empresa se juntou em março ao grupo holandês Royal Duyvis Wiener (RDW), blue chip global em instalações completas para cacau e chocolate. “A RDW nos procu-rou no final do ano passado e, como as as linhas JAF Inox se encaixavam como luvas no portfólio da companhia, comple-mentando o mix no segmento premium, decidimos bater o martelo pela fusão”, resume Adriano Sartori Pedroso, diretor da indústria, desde 2007 estabelecida em Tambaú (SP). Sem abrir detalhes da transação, ele posiciona que, por diferen-ça pequena, a RDW passou a ser acionis-ta majoritária da JAF.

Até meados da década passada pra-ticamente inexistia no país uma oferta

nacional de linhas para chocolate do tipo bean to bar, ou seja, da matéria-prima ao produto final. Direcionados ao chamado mercado bulk (de grandes volumes), os equipamentos monopolizados por grifes globais eram predominantemente im-portados. Para capacidades menores, acionadas hoje no filão do chamado cho-colate gourmet, sequer eram produzidos modelos. Mas havia a possibilidade de a indústria adaptar máquinas específicas para ensaios de laboratório que, certa-mente, não justificavam o investimen-to. Esse paradigma foi quebrado com o surgimento da JAF Inox, que se propôs a suprir essa lacuna. Suas máquinas para processamento do chocolate gourmet exibem tecnologia e padrão construtivo das linhas bulk, diferenciando-se, no en-tanto, pelas capacidades. Enquanto uma planta bulk opera acima de duas tonela-das/hora, as linhas da JAF exibem poten-cial de 150 a 500 quilos/dia de chocolate.

Como é formada hoje, a Royal Duyvis Wiener, por sua vez, combina quase 400

elA AgorA é globAl JAF Inox promove fusão com o grupo holandês Royal Duyvis Wiener

Equipamentos

anos de experiência na transformação de grãos de cacau em chocolate. Essa traje-tória se iniciou com a aquisição da cente-nária Wiener em 2004. Seis anos depois, o grupo incorporou outra empresa com mais de 100 anos, a F.B.Lehmann. No ano passado, foi a vez da Thouet, que agregou ao mostruário tecnologias de mistura, conchagem e pulverização. “Com a JAF Inox, a mais nova integrante da família, a Royal Duyvis Wiener dá mais um im-portante passo na globalização. Seremos agora capazes de servir e oferecer supor-te na América do Sul, a partir do nosso novo endereço no Brasil”, celebra Mirjam van Dijk, CEO da RDW. Para a executiva, a JAF Inox também reúne plenas condições de fornecer soluções completas (turn key) para produção de chocolate bean to bar. “Mas as linhas padrões são economica-mente mais eficientes nas capacidades de 2,5 até 200 quilos por hora, englo-bando as etapas de limpeza da amêndoa, torra, descascamento, refino em cinco rolos, conchagem, temperagem, molda-gem e cobertura”, nota ela.

Estreia na InterpackA constatação de que a demanda de

chocolates exibia potencial explosivo no Brasil foi, primeiramente, percebida pela ala de máquinas. Ainda dependente de linhas de produção e tecnologia de domí-nio estrangeiras, o setor foi beneficiado, mais recentemente, por diversos fatores conjunturais, entre os quais a disponi-bilidade de crédito, câmbio favorável e a tendência de equipamentos menores e mais acessíveis. Os fabricantes de li-nhas de grande porte perceberam que havia oportunidades para a colocação de máquinas para médias e pequenas produções e, valendo-se da tecnologia que dominam, foram adaptando-a para a criação e lançamento de modelos mais

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www.docerevista.com.br 17Março 2014 Doce Revista

compactos. A procura de linhas menores para atendimento a doçarias e confeita-rias foi a porta de entrada da JAF Inox nesse mercado efervescente. Ao incorpo-rar essa indústria ao seu negócio, a RDW queimou etapas, ganhando de lambujem instalações industriais e infraestrutura para desenvolvimentos e assistência téc-nica já existentes.

Para a JAF Inox, além do enorme pedigree anexado à sua marca, o atalho conquistado na fusão com a RDW impul-siona a companhia ainda mais na cena internacional. A graduação da empre-sa como fornecedora de primeira linha, aliás, partiu da grife francesa chocolat Bonnat que, ao adquirir há dois anos um conjunto completo JAF Inox para 400 quilos de chocolate por batch, inseriu a marca no circuito de chocolate gourmet mundial, relembra Pedroso. Ele observa que um dos fatores levados em conta no fechamento de negócio com a RDW

foi uma certa pressa para incluir um equipamento da JAF no mostruário da Duyvis Wiener na feira interpack 2014, mostra trienal do setor de embalagens e máquinas de processamento de doces,

programada para maio próximo na Ale-manha. “Vamos expor uma linha bean to bar para laboratório, que sintetiza a eficiência e excelência da tecnologia que utilizamos”, antecipa Pedroso. •

JAF inOX MAIOR EFICIêNCIA EM LINHAS BEAN TO BAR DE 2,5 A 200 QUILOS.

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Doce Revista Março 201418 www.docerevista.com.br

Passadas mais de cinco décadas atuando como atacado doceiro tra-dicional, a Marsil sinaliza mudan-

ças no modelo de operação, enfatizando o formato que é um mix de atacado dis-tribuidor e varejo de autossserviço. Foi na passagem do 53.º aniversário, celebrado em fevereiro, que a direção reuniu forne-cedores e clientes em um café da manhã na sede do bairro do Pari para anunciar a inovação. “Aproveitamos a oportunida-de para apresentar oficialmente o novo time de gestão, que foi totalmente pro-fissionalizado, e está levando adiante os projetos de expansão”, assinala Al-berto Marques, diretor da Marsil. Entre as ações mais imediatas da ofensiva em curso no estado de São Paulo, ele sublinha a inauguração em abril de um centro de distribuição (CD) em Boracéia (SP), na região de Bauru (SP). “Vai dar suporte aos 140 novos representantes que nomeamos no último ano para co-brir o varejo em todo o estado, além dos cinco novos gerentes da Capital”, relata Eder Tadeu Tuckumantel, gerente geral de vendas da atacadista, que também se juntou ao quadro recentemente. Ao lado de Gracieti Affini, gestora administrativa da empresa, ele vem implementando

Vitrine Atacadista

ALBeRTO, GRAcieTi e eDeR NOVA DIRETORIA COM PLANOS DE ABRIR MAIS LOJAS EM SãO PAULO.

as mudanças na ala comercial externa. Ainda sem definição de número de lojas, locais e prazo para instalação, a Marsil planeja investir na formação de uma rede de atacarejo nos próximos cinco anos, repassa Tuckumantel.

Com 3.000 metros quadrados de área de armazenagem, o CD da Marsil em Boracéia é apto a operar até 2.000 posições de paletes. “Está localizado bem no centro do estado e vai atender todo o interior”, reforça o gerente geral, contabilizando vendas em 540 muni-cípios, decorrentes da campanha que a atacadista vem imprimindo no varejo desde o ano passado. A ideia, inclusive, é ultrapassar as fronteiras do estado, por enquanto viável apenas no Paraná, onde

recentemente foi implantada a Substituição Tributária (ST), re-gime que regula o recolhimento do ICMS em São Paulo e em es-tados conveniados. “Ainda não há uma sinalização clara de que a ST será estendida a mais es-tados vizinhos, mas certamente terá que haver uma solução para essa questão. Estamos aguar-dando”, comenta Tuckumantel.

Empório de importadosEnquanto a expansão para fora de São

Paulo é mantida em banho-maria, a Marsil cuida de ampliar as vendas em seu pró-prio quintal. “Há vários anos atendemos clientes que são empresa jurídica e tam-bém o consumidor final. Mas a fama de atacadista de certa forma inibia a dona de casa, o estudante, enfim o consumidor de varejo. Estamos trabalhando para mudar isso também”, grifa Gracieti, responsável por transformações recentes no interior da loja do Pari. Entre os espaços criados para atrair essa clientela de interesse da distribuidora, ela destaca o Empório Mar-sil, divisão que reúne cerca de 900 itens, entre guloseimas, candies e bebidas im-portadas, linhas diet/light e chocolate pre-

mAior e melhor Marsil amplia rede de representantes e enfatiza atividade de distribuição

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www.docerevista.com.br 19Março 2014 Doce Revista

mium. “Segue o conceito de loja dentro da loja (a store within a store), em um espaço reservado no interior da loja, com exposi-ção diferenciada, checkout independente e corpo de atendentes exclusivo”, informa a executiva. Apesar de ativada há mais tempo, outra tacada de fidelização parte do Centro Culinário Marsil, criado para atender interessados em cursos de con-feitaria, ela complementa.

Ocupando uma área de 20.000 me-tros quadrados, a Marsil opera diretamen-te com 180 fornecedores da indústria e exibe um portfólio de 4.500 SKUs (Stock Keeping Unit), que inclui a linha Prov’s, marca própria da distribuidora. ”Não dá para dizer que o espaço ficou pequeno, mas a expansão que cogitamos prevê levar a marca e o perfil da Marsil, de ope-rar exclusivamente com doces, a outros pontos da capital e interior”, argumenta Alberto Marques. Em 2013, acentua ele, a campanha com novos representantes gerou o cadastramento de 10.000 novos

LOJA DO pARi 20.000 METROS QUADRADOS E 4.500 SKUS.

CNPJs, conduzindo a empresa a registrar crescimento de 17,5%. Dos atuais 20.000 clientes cadastrados, cerca de 11.000 são positivados mensalmente, através de um fluxo diário na loja de cerca de 500 com-pradores. “Desde que profissionalizamos

a gestão, temos trabalhado com suporte de consultorias para estabelecer um pla-no estratégico para os próximos cinco anos, e a meta para o presente exercício é de alcançar um crescimento de 14%”, repassa o executivo. •

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PDV

exPlosão no consumoCopa do mundo e festas juninas empolgam o setor de confeitos à base de amendoim

Acombinação de futebol com festa junina certamente já põe em brasa o consumo de confeitos salgados e doces à base de amendoim. Em ano de Copa do Mundo com

os jogos no mesmo período em campos brasileiros, a mistura fica ainda mais explosiva. A expectativa gerada na área da in-dústria é de que a venda sazonal de guloseimas cresça em tor-no de 20-30%, consideradas as empresas de maior porte que

operam com a categoria. “Se levarmos em conta apenas os meses de maio a julho, que englobam os dois eventos, o nosso crescimento será ainda mais expressivo e ficará no patamar de 35%”, estima Luciana Persoli, gerente de marketing da San-ta Helena. A alta esperada no giro de doces e salgadinhos de amendoim também vai ser temperada com ações promocio-nais, preparadas sob medida para o grande evento esportivo,

AMenDOiM DEMANDA ExPLOSIVA COM FESTA JUNINA E COPA DO MUNDO.

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www.docerevista.com.br 21Março 2014 Doce Revista

confirma Jean Carlos Paiva, gerente sê-nior de marketing da Dori. “A nossa pre-visão é que elas gerem um aumento em torno de 20% a 25% no período de abril a junho”, repassa ele. Em anos normais, isto é, sem a agitação provocada pela re-alização do mundial de futebol, o segun-do trimestre abocanha 28% das vendas anuais na Agtal, informa o diretor André Guedes. “Neste ano, o período deve al-cançar 35% do giro anual, com elevação significativa da demanda dos itens sal-gados, em geral mais consumidos em partidas de futebol”, observa ele.

Os preparativos para a queima de estoques no período junino e da Copa englobam diversas frentes, incluindo o desenvolvimento de apresentações, for-matos, tamanhos e produtos alusivos aos acontecimentos. “Criamos uma li-nha específica de itens sob a grife Brasil, que abrange as marcas Coloreti Brasil, Ducrem Ball Brasil e Bolitas Brasil, com as cores verde e amarelo, exaltando a paixão do brasileiro pelo futebol”, insere Christina Zuardi, gerente de marketing da Jazam. Apesar de as novidades não incluírem a linha de amendoim, a em-presa aposta no aumento da demanda da categoria por ela já ser associada aos hábitos de consumo e à cultura dos bra-sileiros. “Os estrangeiros que estarão no país nesse período irão certamente ade-

rir ao consumo de salgadinhos à base de amendoim, aumentando as vendas na temporada acima de 15%, referência que já é praxe nas festas juninas”, torce a executiva.

Considerado produto genuinamente brasileiro e com preço popular, o amen-doim frequenta a mesa do consumidor nas ocasiões de alegria e confraterniza-ção. Recente pente-fino do Ibope, enco-mendado pela Associação Brasileira da indústria de chocolate, cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), constatou que 66% dos brasileiros consomem a oleagi-nosa, principalmente em encontros com amigos, por exemplo, para assistir e tor-cer nas partidas de futebol. “A Copa do Mundo e as festividades juninas no meio do ano deverão impactar fortemente os negócios do setor e, por conta das esti-mativas preliminares, as indústrias estão bastante otimistas”, afirma André Gue-

des, também vice-presidente de Amen-doim da Abicab. Carlos Pires, sócio-líder de Mercados de Consumo da consultoria KpMG no Brasil observa que as oportuni-dades de negócios geradas com a reali-zação da Copa do Mundo realmente mo-bilizam as atenções de todos os setores da economia. “As cifras envolvidas são astronômicas, tanto em investimentos básicos em infraestrutura, como em de-sembolsos diretos para viabilizar a reali-zação dos jogos. Também é expressivo o número de visitantes esperados, sejam eles estrangeiros, ou os próprios brasi-leiros que gostam de esportes. Em mo-mentos como esses, as oportunidades costumam ser democráticas, atingindo vários segmentos”, sublinha o executivo. É natural, acrescenta ele, que a atenção dos turistas e fãs do esporte seja dedica-da especialmente às atividades ligadas ao megaevento. Por isso, preparar estra-

LUciAnA, DA SAnTA HeLenA CRESCIMENTO DE 35% NAS VENDAS POR CONTA DA COPA.

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Doce Revista Março 201422 www.docerevista.com.br

PDV

tégias que atraiam o interesse dos fãs de esportes para as compras será uma medida essencial para aproveitar de fato as oportunidades criadas. “Investir em estratégias de marketing será, por-tanto, um diferencial que tem potencial de impulsionar os resultados durante o período festivo. Também é necessá-rio planejamento apurado e afinado na gestão de estoques e na capacidade de atendimento diante das perspectivas de vendas projetadas”, orienta o consultor.

Capacidades ampliadas Pensando na cobertura dessa de-

manda, algumas indústrias anteciparam providências, a partir de quando o Bra-sil começou a ser cogitado para sediar o mundial. Em 2012, duas operações de grande porte acrescentaram 7.000 tone-ladas mensais à capacidade do setor, to-talizando investimento de R$ 40 milhões. A Santa Helena cortou em abril daquele ano a fita inaugural de sua planta dedi-cada a confeitos à base da oleaginosa pela qual desembolsou R$ 30 milhões. Em junho, foi a vez da Dori, que acionou as linhas de sua Unidade 40, despejando cerca de R$ 10 milhões no projeto. De olho na projeção da demanda de confei-tos de amendoim nas festas juninas em ano de Copa, a Santa Helena considerou a possibilidade de faltar produto. Assim, os 70 anos da empresa, completados em

março de 2012, demarcou o projeto de instalação de uma planta zero quilôme-tro para sua expansão na ala de snacks, que começou a sair do papel pelo menos dois anos antes. A unidade foi projetada dentro de um conceito de “produção ver-tical”, uma inovação praticamente exclu-siva da empresa. Capacitado a produzir 4.000 toneladas mensais de confeitos de amendoim, o complexo exibe alto índice de automação em 11 mil metros quadra-dos de área construída e ocupa três an-dares industriais, totalizando 26 metros de altura. Os produtos são formulados e fabricados no andar de cima, finaliza-dos no piso intermediário e, através de um sistema de transporte pneumático, embalados no térreo, sendo encaminha-dos para armazenamento anexo. Caso a unidade precise operar a plena carga, a capacidade total da Santa Helena dobra, atingindo 8 mil toneladas por mês. A an-tiga fábrica passou por um processo de reforma e continua abrigando todas as li-nhas doces da Santa Helena, como Paço-quita, Crokatto, Gibi e Molecão, entre ou-tras, enquanto a unidade de snacks vem sendo acionada exclusivamente na pro-dução dos confeitos Mendorato, Crokíssi-mo, Grelhadito’s, Amindu’s e Troféu.

Batizada de Unidade 40, a fábrica de-dicada a confeitos de amendoim da Dori opera desde junho de 2012 com uma capacidade em torno de 3.000 tonela-

das mensais de itens doces e salgados. A empresa havia investido R$ 6 milhões na instalação, mas para transformá-la em uma fábrica autônoma e integra-da de derivados de amendoim, injetou mais R$ 4 milhões e, no transcorrer de 2013, mobilizou novo aporte, totalizando R$ 15 milhões. Todo esse investimento foi direcionado a aprimoramentos nos processos produtivos, ampliação das linhas e desenvolvimento de projetos inovadores para afiar a competitividade da Dori. Com essas melhorias, a com-panhia potencializa sua eficiência ope-racional, conseguindo melhores custos, flexibilidade, confiabilidade e velocidade. Instalada em 12.000 metros quadrados, a Unidade 40 apresenta layout horizon-tal e utiliza o conceito sustentável de produção limpa, de fluxo contínuo e o mínimo de geração de resíduos. Possui também um laboratório montado com os mesmos equipamentos da fábrica para o desenvolvimento de produtos em escala menor, sem a necessidade de interrom-per a produção. Entre outros recursos de ponta, exibe seletoras eletrônicas Satake e secadoras Aeroglide, pois além da pro-dução dos confeitos, a unidade também cuida das etapas de seleção dos grãos, torração, drageamento, coloração, brilho, classificação, empacotamento e expedi-ção. Com essa unidade, a Dori centra-lizou a fabricação de todos os itens à base de amendoim das marcas Dori (nas versões japonês, torrado sem pele, cho-colate e colorido) e Pettiz (tipo japonês, torrado e salgado sem pele, coberto com mel e crocante saborizado em quatro versões).

Mudanças na apresentaçãoPara aproveitar o aumento esperado

na demanda junina, a ala de marketing da Santa Helena aperfeiçoa, constante-mente, os materiais de ponto de venda

pAiVA, DA DORi DUPLICAçãO DA CAPACIDADE ANTECIPADA PELA ExPECTATIVA DE GIRO ALTO.

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Doce Revista Março 201424 www.docerevista.com.br

PDV

(PDV) temáticos. “Além disso, a produção de todas as nossas linhas estará rodando a plena capacidade”, salienta Luciana. Nos últimos cinco anos, nota ela, as ven-das no período junino têm crescido na faixa de dois dígitos, sustentando uma tradição nacional que é bastante signifi-cativa para a Santa Helena. Para 2014 a grande aposta da empresa é justamente a linha de aperitivos salgados. “Elas caí-ram no gosto dos brasileiros ao combinar muito bem com as partidas de futebol. Mas a perspectiva de aumento na de-manda de produtos doces típicos, como Paçoquita, Crokatto e Gibi, também fará com que eles recebam maior atenção e investimento da empresa no período”, si-naliza executiva. As barracas exclusivas colocadas nas redes de supermercados serão recheadas este ano com itens es-peciais voltados para a Copa do Mundo. Entre os exemplos, Luciana insere a linha Amindu’s, que foi submetida a uma revi-talização nas embalagens de 150g incor-porando os sabores pimenta com limão e mostarda e mel em seu mix. O amen-doim sem sal também ganha nova ver-são, com peso de 200g. “Adotamos nas embalagens da marca elementos que retratam a ocasião de consumo (amen-doim na cumbuca, bolacha de chope) e interagem com o consumidor, associan-do o produto a momentos de lazer e des-

contração”, interpreta a gerente. Frases que interagem com o consumidor, convi-dando-o para uma das várias situações de consumo, como o happy hour, tam-bém foram inseridas nas apresentações, acrescenta ela. Já as cores tradicionais e características das embalagens anti-gas, vermelha para o Amindu’s torrado e salgado e branca para o Amindu’s sem sal, foram mantidas. “Essas novidades reafirmam a identidade da marca e a re-juvenescem, estreitando ainda mais sua relação com o consumidor”, sublinha Luciana. Luís Bertella, diretor comercial da Santa Helena, completa que os lança-mentos ocorrem em momento oportuno, com a aproximação da Copa do Mundo. “Revitalizamos a marca, ampliamos o mix de sabores e ofereceremos mais op-ções de compra, atendendo a diversos perfis de consumidores”, assinala ele.

Na Dori, as atenções no momento se concentram na expansão de capacidade das linhas de amendoim que, a médio prazo, terão seu atual potencial de pro-dução dobrado, informa Paiva. Nos últi-mos anos, observa ele, a demanda das marcas da Dori tem acusado um siste-mático crescimento que, somado aos eventos sazonais, conduziu à decisão de disparar a ampliação já em 2014. “Esta-mos também introduzindo diversos itens para consumo imediato com foco em

atacado e varejo ou para grandes com-partilhamentos nos canais de atacado e distribuição”, argumenta o gerente. Além disso, a Dori providencia farto material de PDV específico para cada um dos eventos. Para a Copa, exemplifica Paiva, entra no ar ainda em abril uma campa-nha direcionada a consumidores finais, com distribuição de prêmios como car-ros e televisores. “Também iniciaremos promoções de incentivo de vendas para todos os nossos públicos de contato di-reto, como atacadistas, distribuidores, equipes comerciais e de merchandising, premiando nossos parceiros por desem-penho e resultados”, detalha o gerente sênior. Entre os meses de abril e junho, posiciona ele, a Dori promove mais três sabores na linha de amendoins crocan-tes, inserindo uma variedade de tipos e formatos de embalagens que proporcio-nam mais comodidade e praticidade na hora de consumir. Os lançamentos serão repartidos entre as marcas Dori e Pettiz. Além de três novos sabores (calabresa, pizza e churrasco), com embalagens de 150g e 500g temáticas do mundial de futebol, a linha Pettiz ganha apresen-tação de 1,01 quilo, visando reforçar a distribuição no canal de atacado. O novo formato sobe às gôndolas nas versões pimenta vermelha, cebola e salsa, japo-nês, salgado, natural e torrado.

Promoções na CopaGuedes, da Agtal, nota que o item de

maior avanço no período junino é a tradi-cional paçoca de amendoim, com cres-cimento estimado em 40% e bem aci-ma das demais linhas consumidas nas comemorações. “Mas devido à Copa do Mundo a nossa aposta é o amendoim ja-ponês”, adianta. No início do ano, a Agtal introduziu o Mixed Nuts com Mel, uma extensão da linha do Mixed Nuts que harmoniza o sabor dos grãos com uma

GUeDeS, DA AGTAL APOSTAS EM AMENDOIM JAPONêS E LINHA DE NUTS ADOCICADA.

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Doce Revista Março 201426 www.docerevista.com.br

cobertura suavemente adocicada e cro-cante. Em maio, acena com o lançamen-to de uma versão do Amendoim Brasil, a marca para o amendoim tipo japonês, com redução de sódio. “Será o primeiro amendoim japonês light, com baixo teor de sal”, anuncia o diretor. Para sustentar os desenvolvimentos, a Agtal não para de investir em sua operação. Entre o se-gundo semestre de 2013 até o segundo semestre deste ano, a previsão é de que os aportes injetados nessa ala somem R$ 7 milhões, orça Guedes. “Desse mon-tante, aproximadamente R$ 2,2 milhões foram investidos no acréscimo de área construída na nossa unidade de Queluz (SP)”, informa o dirigente. Com 40 distri-buidores e cobertura estendida a quase todo país, a Agtal supre a demanda em

estágios de desenvolvimento diferentes. A região sul começou a ser explorada há pouco tempo, mas já apresenta um crescimento bastante significativo. Mi-nas Gerais é a região onde os trabalhos são mais recentes. As áreas de cobertura mais maduras são os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e a região Nordeste, sendo menos explorado o Centro-Oeste brasileiro.

Christina, da Jazam, também acena com promoções no período da Copa. Além das ações de merchandising di-retamente nos PDVs, através de pontos extras, balcões de degustação e mate-riais promocionais, a empresa banca este ano a campanha Copa de Prêmios Jazam. Em campo desde fevereiro e com duração até 14 de julho, ela prevê

cHRiSTinA, DA JAzAM CAMPANHA DE PRêMIOS E LINHA INSPIRADA NO MUNDIAL.

o sorteio de smart TVs de 46”, Iphones 5C, notebooks e produtos oficiais da se-leção brasileira. “O grande prêmio é uma viagem com acompanhante para uma das cidades-sede dos jogos com tudo pago”, anuncia a executiva. Para ela, a demanda de guloseimas no período ju-nino nos últimos anos tem crescido de 20% a 25%. Por conta desse avanço, que tem se mantido firme, a expectativa é de que a empresa emplaque um cres-cimento de 30% neste ano em relação a 2013. “Para sustentar esse ciclo positivo, a Jazam investiu em 2013 cerca de R$ 5 milhões na modernização das linhas de produção e, continuadamente, promo-ve ações de marketing e lançamentos, atendendo a expectativa do mercado”, argumenta Christina.

A distribuição, de alcance nacional, acompanha a sazonalidade da deman-da dos itens juninos salgados e doces à base de amendoim. As marcas Crocante, Paçoca, Paçoquinha e Tubitos, por exem-plo, registram o maior giro no estado do Pará, nota Christina. “Em segundo lugar no placar de vendas vem o Maranhão, com São Paulo na terceira posição”, completa ela. A Jazam atualmente ope-ra com mais de 50 representantes e 15 distribuidores, que atendem um cadastro com aproximadamente 5.000 clientes ativos de norte a sul do país. •

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Doce Revista Março 201428 www.docerevista.com.br

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Destaque maior do desempenho da indústria de alimentos, que avançou em torno de 5% em

2013, o setor de produtos saudáveis, inclusos confeitos e guloseimas diet/li-ght, funcionais e orgânicos, não para de crescer. A performance evidencia o forte engajamento do consumo, catapultado pela quase eliminação de diferenças sensoriais entre itens regulares e espe-ciais. Os preços dos produtos, melhora-dos pelo efeito da escala de produção sobre os custos dos insumos, também contribui para o quadro positivo. As mu-danças no perfil dos consumidores de-correntes do fortalecimento da classe média e, principalmente, da população de baixa renda, valorizaram o culto à boa forma física, disseminando a busca de informação por todas as classes sociais. Elas também estimularam metas de longevidade e beleza estética, através de uma maior seletividade na nutrição, diretamente associada à saúde e bem--estar. Desde o início da última década, o acesso de dezenas de milhões de con-sumidores elevou a escala de produção de uma gama crescente de guloseimas,

abrindo caminho para o enriquecimento das linhas como forma de agregar valor e aperfeiçoar a qualidade. Os itens en-quadrados na nomenclatura “zero%”, “livre de” e “baixo teor”, bem como os que incorporam alegação de proprieda-de medicinal, as chamadas “claims”, ga-nharam posição prioritária ou estratégica no planejamento da indústria. A condição de produtos de nicho, associados ao menu dietético ou para fins especiais, destinados a portadores de doenças ou distúrbios nutricionais, foi substituída por gôndolas inteiras destinadas a esse con-sumo engajado na onda saudável.

A categoria de alimentos funcionais, por exemplo, totalizou 91 novos regis-tros no ano passado na Anvisa (Agência nacional de Vigilância Sanitária), contra 178 registrados entre 2011 e 2012. Se-gundo a entidade, até hoje 734 produtos foram aprovados, principalmente nos segmentos de “alegações de proprie-dades funcionais ou de saúde” e de “substâncias bioativas e probióticos com alegações de propriedades funcionais ou de saúde”. “O Brasil já exibe a quinta maior taxa de crescimento mundial nes-

se setor”, dimensiona Carlos Eduardo Gouvêa, presidente da Abiad (Associação Brasileira das indústrias de Alimentos para Fins especiais e congêneres). Dados da consultoria euromonitor international, repassa ele, indicam que o país movi-menta US$ 10 bilhões somente com as vendas de produtos nutracêuticos, seg-mento cujo crescimento deve alcançar aproximadamente 20% até 2017. Para Elzo Velani, vice-presidente da Asso-ciação Brasileira das empresas do Setor Fitoterápico, Suplemento Alimentar e de promoção da Saúde (Abifisa), que reúne 32 associadas, o tamanho desse merca-do seguramente é ainda maior, conside-rados todos os segmentos de alimentos funcionais, naturais, orgânicos e diet/light. “Somando tudo, chega a R$ 20 bilhões, com crescimento entre 10% e 12% ao ano”, avalia o dirigente.

Esse filão seria ainda mais inflado, se conseguisse superar desafios como as limitações impostas pela Anvisa em relação a alegações de benefícios dos produtos, a demora no prazo de registro, a falta de ensaios clínicos e a dificulda-de de pesquisar novas substâncias, nota

bem-estAr Pede AgilidAdeLegislação põe freio no desenvolvimento de confeitos com alegações de saudabilidade

SAÚDe e BeM-eSTAR MERCADO ESTIMADO EM R$ 20 BILHõES, COM CRESCIMENTO DE 12% AO ANO.

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www.docerevista.com.br 29Março 2014 Doce Revista

Gouvêa. “O grande problema é o custo de desenvolvimento de qualquer projeto em função do tempo exagerado, do início do processo à sua aprovação”, assinala ele. No caso brasileiro, acrescenta, o produ-to com alguma inovação e alegação de propriedade medicinal tem que ter uma comprovação científica. Isso significa que, no projeto de desenvolvimento, é preciso incluir estudos clínicos, que garantam ao mesmo tempo a segurança e a eficácia do produto. Para Gouvêa, a questão re-gulatória talvez não seja tão rigorosa em outros países como no Brasil. “A Anvisa tem uma preocupação muito grande com a segurança do consumidor, que tem seu lado positivo. O problema é quando o ri-gor é tão extremo que os produtos não conseguem ser lançados”, argumenta. A preocupação do regulador deve realmen-te levar em conta a segurança do consu-midor. Mas os estudos exigidos hoje em dia são extremamente complexos. “O que se discute em primeiro lugar é o nível da

complexidade. Precisa ser tão rigoroso assim? Acho que é possível encontrar um meio termo”, pondera o dirigente.

Ele exemplifica com o caso dos suple-mentos vitamínicos e minerais, categoria cujo eventual registro pode inspirar de-senvolvimentos no segmento de candies enriquecidos. A discussão hoje em dia gira em torno da exigência de todo suple-mento, que é considerado alimento, ter de se enquadrar abaixo da IDR (Ingestão Diária Recomendada). “Não significa dizer que, se está um pouco acima, o produto é inseguro, é nocivo. O cálculo da dosagem da IDR leva em conta a quantia necessária para uma vida saudável, de um cidadão comum no meio da população”, esclarece Gouvêa. Pela legislação atual, no entan-to, se o produto apresenta uma dosagem acima da IDR não é considerado alimento, já é tachado como medicamento. Nesse caso, a legislação exige estudos ainda mais complexos, além daqueles neces-sários quando se tem uma alegação de

propriedade medicinal. “São estudos de estabilidade, de zona climática 4, que é a do Brasil, comprovando a resistência à temperatura e à umidade por determina-do tempo, enfim são ensaios sofisticados e caros, que a indústria de alimentos hoje não faz nessa profundidade”, grifa o es-pecialista. As complicações, emenda ele, começam com a questão do dossiê de re-gistro. Tudo acima de 100% da IDR pas-sa a ser avaliado como medicamento e, nesse caso, o dossiê para registro é muito mais rigoroso e o processo, muito mais longo. A autorização de funcionamento da própria empresa é diferenciada, porque é exigida a instalação de laboratório cujas análises não podem ser terceirizadas.

Saúde e beleza Alheias a esse quadro, a oferta e de-

manda no filão de saúde e bem-estar avançam em várias frentes. Acompa-nhamento da Euromonitor no segmento de alimentos enquadrados na rubrica

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Doce Revista Março 201430 www.docerevista.com.br

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GFY (Good For You/ saudáveis) – inclusas guloseimas diet/light , funcionais e orgâ-nicas – mostra que as vendas no Brasil saltaram de US$ 6,26 bilhões em 2007 para US$14,8 bilhões em 2010. Pelos radares da consultoria o mercado GFY cravou crescimento de 11% em valores nesse exercício, mesmo índice registrado no ano anterior, e projeta avanço constan-te de 28% de 2010 a 2015. Já a venda de produtos diet/light, sem glúten, sem

lactose, integrais, naturais e orgânicos cresceu 82% de 2004 a 2009, atingindo patamar de R$ 15 bilhões ao ano. Proje-ções da Euromonitor inserem que a pers-pectiva de crescimento para esse filão até 2014 é de 40%.

Aproveitando o clima de Páscoa, a consultoria nielsen informa que as vendas de ovos de chocolate diet/light cresceram 78,2% em volume e 42,7% em valor em 2012 em comparação ao exercício ante-rior. Em contraste com essas cifras, o giro de ovos regulares decresceu 3,7% em volume, cravando alta de apenas 3,5% em valor, no mesmo período.

De olho nas tendências e estatísticas favoráveis a esse consumo saudável, a agenda da indústria inclui o contínuo aperfeiçoamento nas formulações. Entre as inovações na bancada dos laborató-rios, sobressaem as novidades da Gelita, responsável pelo fornecimento de gelati-na e proteína de colágeno aos principais players do mercado mundial de doces,

snacks e confeitos saudáveis. A empresa também é referência no mercado brasi-leiro, onde seus ingredientes podem ser encontrados em ampla diversidade de guloseimas, desde ovos de Páscoa e bar-ras de chocolate a cookies funcionais e gomas de gelatina, passando por barras de cereais, marshmallow, gomas de mas-car e caramelos mastigáveis, entre outras aplicações. “ É a única empresa do mer-cado global de gelatina e proteínas de co-lágeno que fornece produtos específicos para diferentes funcionalidades”, resume Eduardo Araújo, responsável pelas ações de marketing e comunicação da empresa na América do Sul. Ele detalha que a am-pla linha de peptídeos bioativos de colá-geno conta com itens que beneficiam di-ferentes partes do corpo, tais como pele, músculos, articulações e células. Voltados ao público que busca bem-estar e saúde, os produtos estão alinhados às dietas de controle de peso e às tendências glo-bais de envelhecimento saudável (Health

GOUVêA, DA ABiAD PROJETOS TêM ALTO CUSTO PELO TEMPO ExAGERADO PARA APROVAçãO.

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www.docerevista.com.br 31Março 2014 Doce Revista

Ageing) e de beleza de dentro para fora (Beauty From Within).

Entre os destaques da linha de colá-genos, Araújo pinça o peptídeo bioativo de colágeno Verisol, única versão do gênero totalmente desenvolvida para os cuidados com a beleza da pele. Com ampla com-provação científica de sua eficácia, Verisol estimula a derme (camada mais profunda da pele) a continuar produzindo colágeno. Essa atividade metabólica do organismo

humano é desacelerada naturalmente a partir dos 25 anos, principalmente nas mulheres, observa o executivo. Entre os itens saídos do forno formulados com Ve-risol, Araújo insere a linha de cookies da Goodsoy e um lançamento para a Páscoa 2014. Trata-se do ovo Beauty Care, da chocolife, disponível em versão de 160g com 16g de colágeno em cada unidade.

Segundo o porta-voz da Gelita, o co-lágeno foi objeto de um recente estudo da Universidade de Kiel, da Alemanha. Conduzida com a participação de 114 mulheres com idades entre 45 e 65 anos, a pesquisa científica mostrou relevante diminuição das rugas, aumento da elas-ticidade e da hidratação da pele entre as que ingeriram 2,5 gramas diários de Veri-sol. “O teste durou oito semanas, mas os resultados positivos já foram constatados a partir da quarta semana de ingestão do colágeno, fator surpreendente e inovador, uma vez que o produto é o único biopep-tídeo de colágeno do mercado que res-

ponde à dosagem de apenas 2,5 gramas diários”, sublinha Araújo.

Candies funcionais Fonte concentrada de proteína de

colágeno, o Peptiplus é outra solução da Gelita para fabricantes de doces e confei-tos, informa o executivo. Estudos também recentes, acrescenta ele, mostraram que a suplementação com o ingrediente, alia-da a atividades físicas regulares, ajuda a combater um mal comum da vida moder-na: a sarcopenia, síndrome caracterizada pela perda progressiva da massa mus-cular, que ocorre com maior prevalência em pessoas acima de 65 anos. “Podendo ser usado em qualquer tipo de candy fun-cional, incluindo gomas de mascar fortifi-cadas, grande tendência internacional, o Peptiplus fornece nutrientes que células e músculos necessitam para se manter tonificados”, complementa ele.

Devido ao seu baixo valor calórico (360 cal/100g), as gelatinas e proteínas

ARAÚJO, DA GeLiTA INEDITISMO NO OVO DA CHOCOLIFE COM 16g DE COLÁGENO.

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Doce Revista Março 201432 www.docerevista.com.br

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de colágeno da empresa também são indicadas como ingrediente de doces e confeitos destinados a dietas de con-trole de peso. Com 85% de proteína em sua composição, gelatinas e proteínas de colágeno são não alergênicas e livres de gordura, carboidrato, colesterol e glúten. Além de alto teor protéico, tais ingredien-tes apresentam nove dos dez aminoáci-dos essenciais ao corpo. “Com a gelatina é possível enriquecer candies e confeitos de forma proteica. Numa barra de cereal, por exemplo, ela reduz a sua quantidade de açúcar. Num iogurte, minimiza a quan-tidade de gordura e, em sucos, é capaz de aumentar o teor proteico e agregar características técnicas”, sustenta Araújo. Além de ingredientes funcionais, gelatina e colágeno podem ser usados pela indús-tria de candies e confeitos para aplica-ções técnicas, como agentes gelificantes, aglutinantes e aerantes, exemplifica ele.

Apesar dessas vantagens, o uso da gelatina e dos peptídeos de colágeno no Brasil não tem acompanhando a evolução internacional. “Tendências já consolida-das em mercados maduros, como a de gomas fortificadas com colágeno, estão chegando somente agora ao Brasil. As balas de goma fortificadas, por sinal, se adequam perfeitamente à demanda por alimentos saudáveis e com apelos funcio-nais”, diz Araújo. Além das aplicações na indústria de doces e confeitos, a gelatina pode ser usada em preparações culiná-rias, sobremesas (como mousses, pudins e cheesecakes), recheios, coberturas de bolos e tortas (doces e salgadas), patês e doces caseiros. “Nesses casos, ela pro-

move a possibilidade de congela-mento do alimento sem alteração de sua qualidade no descongela-mento”, ressalta.

Merengue e papo de anjo

Na visão dos fabricantes de gu-loseimas que apostaram na onda saudável atraídos pela demanda diet/light, apenas nos últimos 5-10 anos esse filão vem sendo encor-

pado pelos grandes players da área de alimentos, invertendo uma ordem natural no setor. No passado recente, eram as corporações que ditavam as tendências, lançando em primeira mão itens depois copiados pelos escalões mais interme-diários da indústria. “Com o aumento exponencial de produtos com a deno-minação zero%, assediando assim não apenas o consumo de diabéticos, mas

distúrbios alimentares e doenças (celíaca, intolerância à lactose) criaram um merca-do de pessoas que não querem se sentir diferentes ou impedidas de poder ter uma vida normal”, acentua a diretora.

Em paralelo à adesão de consumido-res a linhas de candies saudáveis, a prin-cípio com preços mais salgados para o paladar e bolso da maioria dos brasileiros, o acesso crescente a insumos importados permitiu o desenvolvimento no Brasil de uma oferta com a mesma qualidade dos produtos encontrados em outros países. “No início, esses itens eram restritos ao segmento diet/light, mas com o crescen-te surgimento de ingredientes de ponta (polióis, xilitol, sucralose etc.) o leque de aplicações se abriu”, observa Elaine,

Hoje em dia as opções diet/light, funcionais e especiais são consideradas alternativas para quem não pode ou não

ALLAin, DA JASMine META DE CRESCER 34% COM 40 LANçAMENTOS EM 2014.

eLAine, DA DOce AMOR ESTREIA NO ATACADO E VAREJO DOCEIROS COM CANDY DIET.

o contingente preocupado com a saúde e a boa forma, esse mercado deu uma guinada mudando desde o conceito mer-cadológico até o posicionamento da cate-goria. E desde então vem mantendo um crescimento constante, na casa de dois dígitos”, interpreta Elaine Holstein de Ca-margo, diretora comercial da Doce Amor, indústria com nome feito nas gôndolas de saúde e bem-estar, através do Me-renguinho Diet, um dos pioneiros entre os confeitos diet/light. Para ela, esse avanço é fruto da conscientização da população em geral sobre a necessidade de cultivar hábitos saudáveis. “Além do aumento da expectativa de vida, também o cresci-mento do número de diabéticos e outros

quer consumir a sacarose ou se preocu-pa com as calorias. “Esses consumido-res buscam e têm o direito de desfrutar do mesmo sabor e prazer de quem opta pelos produtos com açúcar ou mais caló-ricos”, assinala a diretora da Doce Amor. Para orientar esse consumo, a empresa destaca as informações nutricionais (sem açúcar, baixa caloria) nos rótulos e mate-riais de apoio (folders,cartilhas), buscando identificação e interação com a clientela. “Recentemente descobrimos que nossos merenguinhos também são consumidos por pessoas que buscam alimentos com alto índice proteico, de baixa caloria e sa-bor agradável”, comenta. Além da linha de merenguinhos e tortas, o portfólio diet

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Doce Revista Março 201434 www.docerevista.com.br

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da Doce Amor sobressai pelo ineditismo de incorporar itens como papo de anjo, ambrosia e leite condensado, quindim e pudim de leite condensado em porções individuais congeladas. Recém-saído da incubadora, a linha Pirulitos Zero Açúcar, no sabor morango, promove a estreia da empresa no atacado e varejo doceiros.

Embalada pela avanço acelerado no consumo de alimentos saudáveis, do-ces e guloseimas inclusos, a Doce Amor projeta como meta para 2014 vendas na faixa de 50%, mesma cifra registrada no ano passado, informa Elaine. Para suprir a demanda decorrente dessa projeção, a indústria investiu pesado na produ-ção, elevando o potencial da fábrica em 300%, crava a empresária sem abrir va-lores. Para ela, os hábitos de consumo associados às mudanças sociais (uso da internet, maior expectativa de vida, me-nos filhos, acesso à viagens) estão de-finindo o surgimento das necessidades, sejam elas resultantes de questões de saúde ou de tendências da moda, levan-do a indústria a seguir o estouro da boia-da. “Uma coisa é certa: as empresas têm que ser cada vez mais ecologicamente corretas”, opina a diretora, identificando entre as tendências em voga produtos especiais para portadores de doenças, como os celíacos, e consumidores com intolerância à lactose.

Pioneirismo saudávelNa Jasmine, o diretor de mercado Da-

mian Allain concorda com Elaine que os brasileiros estão mais criteriosos na esco-lha dos alimentos, selecionando opções de maior potencial nutritivo. A tendência é mundial e vem se acentuando com a ampliação da expectativa de vida da po-pulação em geral, confirma. Não basta ter uma vida prolongada, observa, é preci-so que ela seja também saudável e com qualidade. “E os alimentos desempenham um papel chave para que isso aconteça”, assinala Allain. Alimentos saudáveis mos-tram grande expansão nos últimos anos, com tendência de forte crescimento e taxa superior a 10% para 2014, crava ele.

Para o diretor, o consumidor brasileiro “acordou” e busca produtos mais nutri-tivos, mas sem abrir mão do sabor. Ele agora procura cuidar da saúde por meio da incorporação de melhores hábitos de vida, agregando o consumo de alimentos integrais, orgânicos, sem aditivos quími-cos e corantes ou conservantes artificiais. “Nesse contexto, toda a linha da Jasmine se encaixa dentro dessa expectativa pois, além de diferenciada, atende o público de dietas restritivas, como celíacos e diabéti-cos, sempre considerando a indulgência e a saudabilidade”, argumenta Allain.

Ele destaca do portfólio o lançamento do primeiro pão de mel integral, o choco-

late sem lactose, o açúcar mascavo e in-gredientes naturais sem aditivos ou con-servantes químicos. A Jasmine também assina a linha Gran Cookies, que inclui os primeiros itens da categoria com apelo funcional. Além de apostar na tendência das superfrutas (goji berry, cranberry e açaí) e no beneficio do consumo de nuts (castanha do Pará, de caju e amendoim) com gotas de chocolate vegetal, a em-presa desenvolveu a primeira pipoca para micro-ondas com zero% de gordura, o primeiro cookie diet com edulcoran-te 100% natural e uma linha de snacks saudáveis (soytoast, mix de sementes e mix de sementes com frutas). “Desenvol-ver alimentos que promovam a saúde e o bem-estar sempre foi a filosofia da Jas-mine. Acreditamos que um dos pilares do equilíbrio saudável entre corpo, mente e espírito está naquilo que comemos. Por isso, buscamos oferecer alimentos que estejam mais próximos do seu estado en-contrado na natureza, na sua forma inte-gral”, define Allain. A companhia, lembra ele, foi pioneira na introdução da granola no Brasil, com a marca Grain Flakes, e da primeira bebida vegetal orgânica, o Biov. “Fomos ainda a primeira empresa a lançar uma linha de alimentos orgânicos para bebês”, completa o dirigente.

Com esse perfil, a Jasmine registrou crescimento de 26% no último ano, im-pulsionado por lançamentos e apostas em inovações na ala de funcionais. A expectativa é que, em 2014, o avanço continue e, com base no planejamento de marketing, incluso o lançamento de 40 SKUs em 2014, a meta é crescer 34%, estima Allain. A empresa investe per-manentemente em laboratório de P&D, análise da qualidade, corpo profissional e normas de segurança. No ano passado, abriu duas filiais, uma na capital paulista que opera como centro de distribuição (CD) e outra em São José dos Pinhais (SP). “O maior investimento de 2014 será a ampliação da fábrica de biscoitos com mais uma linha de produção”, anuncia Allain, sem abrir detalhes. •

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Doce Revista Março 201436 www.docerevista.com.br

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www.docerevista.com.br 37Março 2014 Doce Revista

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Doce Revista Março 201438 www.docerevista.com.br

Giro

QUeM: FLOReSTALpRODUTO: MARSHMALLOWGAncHO: pATATi e pATATÁ

A parceria de três anos da Florestal com a dupla de palhaços Patati e Pata-tá rendeu novidades no portfólio. Desde março, a linha de produtos licenciados com a marca conta com uma variante de marshmallows personalizados. “Eles são referência para as novas gerações, e agora, além de fazer parte das linhas de balas mastigáveis e pirulitos tipo bola e plano, emprestam a irreverência a mais

essa categoria de candies”, assinala Adriano Orso, gerente de marketing da indústria gaúcha. Ele acrescenta que, além de estampar a imagem da dupla, o produto também traz na parte poste-rior a marca Fofs, em cinco versões com diferentes formatos. Orso lembra que a dupla, originada na década de 80, con-ta com mais de 200 produtos licencia-dos em diversas categorias. O sucesso alcançado ao longo do tempo tratou de colocar os palhaços em canal aberto da TV, encantando, diariamente, as crianças de todo o Brasil. Para a linha de marsh-mallows, a Florestal desenvolveu dois formatos exclusivos no sabor baunilha. Em embalagem de 500g podem ser conferidos pequenos chapéus de mar-shmallows, concebidos no formato e cores das roupas utilizadas pela dupla. “Pequenos chapéus azuis com flores, semelhante ao do Patati, e chapeuzi-nhos verdes com listras, semelhante ao do Patatá, certamente irão conquistar

as crianças fãs dos palhaços”, confia Orso. A embalagem na cor amarela rece-be o mesmo padrão de qualidade da linha Fofs, com os perso-nagens licenciados ao lado de uma janela que permite a visuali-zação do produto.

QUeM: pRODASApRODUTO: BiScOiTOS pROFiTGAncHO: FORMATO e SABOReS DiFeRenciADOS

Ao constatar que saudabilidade não é apenas uma tendên-cia, mas parte incor-porada aos hábitos do dia a dia e cada vez mais presente na vida dos consumidores,

a Prodasa vem promovendo uma revi-talização em seu portfólio. O objetivo é agregar diferenciais associados à saúde e bem-estar, porém sem abrir mão de características de sabor que induzem à indulgência. Para isso, a empresa desen-volveu uma linha de biscoitos, que com-porta sabores especialmente pensados para clientes que buscam unir saudabili-dade e prazer, insere Cleber José Vorussi, assessor de marketing da indústria pa-ranaense. Ofertados em embalagens de 400g, modernas e com visual chamativo, nota ele, a linha integral Profit pode ser conferida nas versões Maizena Integral com Cereal, Ameixa e Coco com Cereal e Frutas Vermelhas e Cereal. “Além da apresentação em formato diferenciado, a linha de biscoitos integrais Profit ofe-rece ainda vantagens nutricionais como fonte de fibras”, sublinha Vorussi. Com teor de sódio adequado às recomenda-ções da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), Profit vem se somar à linha integral da Prodasa, que já conta com a variante MiniBisk Integral, oferecida em embalagens de 80g.

QUeM: MOnDeLezpRODUTO: HALLS SOFTGAncHO: SABOReS SORTiDOS

Depois de surpreender os fãs de Halls com uma versão de bala mastigável e o diferencial de não grudar nos dentes, a Mondelez anuncia o lançamento de Halls Soft Fruit Mix, uma variante sortida de três sabores dentro do mesmo pacote com dez unidades. A novidade incorpo-ra a combinação dos sabores preferidos

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Doce Revista Março 201440 www.docerevista.com.br

Giro

dos consumidores brasileiros: moran-go, laranja e limão. Além do frescor do mentol em seu recheio, Halls Soft não gruda nos dentes e insere a tecnologia de um recheio em pó que se transforma em líquido no momento da mastigação. “O objetivo é sempre surpreender nosso consumidor com inovações e sabores diferentes. Os resultados da versão Soft no mercado brasileiro são muito positi-vos, e a expectativa é grande com a in-trodução do Fruit Mix”, repassa Nathalia Tercero, gerente de marketing de Halls da Mondelez Brasil. Segundo ela, de-vem ser mantidas no portfólio da linha Soft as três opções de pacotes com dez unidades de Halls Soft nos sabores la-ranja, morango e menta, também dispo-níveis em versões individuais no display sortido. O pacote com dez unidades tem preço sugerido ao varejo de R$ 1,00 e a versão individual, de R$ 0,15.

QUeM: BAUDUccOpRODUTO: cOOKieS inTeGRAiSGAncHO: pARceRiA KeLLOGG’S

Referência em panetones, torradas e

wafers, a Bauducco oferece mais uma opção para o consumidor que busca sa-bor sem abrir mão de uma opção saudá-vel: a linha Cookies Integrais. A novidade é fruto de uma parceria, que une a expe-riência da Bauducco com o aporte nutri-cional da Kellogg’s, empresa reconheci-da pelos produtos a base de cereais rico em fibras e barrinhas. E segue a tendên-cia de agregar ainda mais benefícios nu-tricionais aos alimentos. “Trata-se de um casamento, cujo resultado é bastante diferenciado, combinando sabor a uma forma prática e saudável”, resume André Britto, gerente de marketing da Bauduc-co. Pensando em facilitar o dia a dia do

consumidor, outro diferencial da linha é a sua apresentação. Os cookies podem ser encontrados em pacotes de 140g, com sete unidades embaladas individual-mente (20g cada), mantendo o biscoito sempre fresco e crocante. “É uma ótima opção para deixar no trabalho, por exem-plo, e ir abrindo um por vez, na hora da-quela fominha do meio da tarde”, reco-

menda Britto. A linha exibe ainda versões unitárias (40g), práticas para serem le-vadas na bolsa e consumidas a qualquer hora e lugar, ele conclui. Disponíveis nas versões Cacau e Avelã, Aveia e Passas e Granola e Mel, o produto já está à venda em todo o Brasil ao preço sugerido de R$ 5,49, o pacote de 140g; e R$ 1,85, o pa-cote individual de 40g.

QUeM: BOAViSTenSepRODUTO: BALA BAnzÉGAncHO: FORMATO De OSSinHOS

A mais recente ampliação no portfólio de balas de goma da Boavistense agre-ga novos itens à marca Banzé. Sobressai uma versão em formato que imita ossi-nhos em alusão à guloseima preferida do cãozinho que personifica a marca. “A escolha desse formato se relaciona ao personagem Banzé, que já provou o seu carisma e sucesso junto aos consumido-res. Além de ser uma exclusividade, é a única bala de goma com esse desenho”, argumenta Adriano Orso, gerente de

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www.docerevista.com.br 41Março 2014 Doce Revista

Top do mês

marketing da companhia gaúcha. O lan-çamento, segue ele, amplia a família de balas de goma da Boavistense de nove itens em três formatos diferentes, agora turbinada com mais três opções. A bala de goma no formato de ossinhos tem peso individual de 5g e pode ser con-ferida nos sabores morango, limão, uva e tangerina, comercializados no mesmo pacote de forma sortida. Para deixar o produto ainda mais atraente, as balas recebem uma cobertura de açúcar gra-nulado, característica das balas de goma da Boavistense. A novidade está dispo-nível em pacotes de 100g, 200g e 700g, sendo a nova versão na cor azul produzi-da para diferenciar do restante da linha, concebida em vermelho. Estampando o pacote, a imagem do cãozinho Banzé acompanha os ossinhos, que ganham

vida em personagens aplicados no pai-nel frontal e preenchem todo o fundo da embalagem com sua imagem.

QUeM: neSTLÉpRODUTO: DOceLLOGAncHO: nOVAS SOBReMeSAS

A Nestlé Professional, divisão de food service da grife suíça, introduz duas bases para sobremesas na linha Docello: Crème Brullê e Semifredo. Voltadas para chefs de hotéis, restaurantes e padarias, as novida-des se incorporam às outras três versões já disponíveis no Brasil: Recheio para Torta Holandesa, Mousse de Chocolate Branco e Brownie/Petit Gateau. “Docello é uma mar-ca global que insere o conceito de criar di-versas sobremesas com apenas uma base”, explica Andrea Rosas, chef da Nestlé Pro-fessional. Para ela, o diferencial da marca

é facilitar o trabalho dos chefs na correria diária das cozinhas profissionais, permi-tindo que eles deem seu toque criativo e ofereça aos clientes sobremesas elabora-das, padronizadas e exclusivas, sem utilizar o tempo necessário para a preparação dos pratos salgados do cardápio. “A sobremesa não é apenas o término de uma refeição, é também um grand finale. Este toque final permite aos chefs demonstrar toda a sua expertise”, completa Andrea. •

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Doce Revista Março 201442 www.docerevista.com.br

A pesar dos avanços na cultura do cacau e na industrialização de cho-colate, o Brasil ainda não frequenta

o clube dos principais fornecedores glo-bais de produtos considerados premium. Mas os esforços para aprimorar os cam-pos de cacau no sul da Bahia, principal re-gião produtora do país, vêm colecionando alguns trunfos. Entre eles, a produção ainda incipiente de cacau fino, base para o chocolate com alto teor de sólidos, este sim, considerado de qualidade superior. Todavia, etapas anteriores ao processa-mento do grão ainda deixam a desejar no país, comprometendo, inclusive, um melhor aproveitamento dos compostos conhecidos como flavonóides, presen-tes no cacau e responsáveis pela ação benéfica do alimento. Ao impulsionar o aumento da produção de óxido nítrico, substância química produzida pelo corpo, os flavonóides atuam no relaxamento e dilatação das artérias. Assim, o consu-mo de chocolate enriquecido com esses compostos auxilia a redução da pressão sanguínea, contribuindo para diminuir o risco de doenças cardíacas. Nos proces-sos produtivos agroindustriais do queijo, vinho e cerveja, por exemplo, a etapa da fermentação – anterior ao processamen-to do grão, no caso do cacau – está, em grande parte, estabelecida e utiliza micro-organismos selecionados ou melhorados geneticamente para obtenção de maior qualidade e rendimento. “Em comparação com esses produtos, a fermentação das sementes de cacau no Brasil encontra-se em um estágio bastante rústico”, susten-ta Luiz Humberto Gomes, biólogo do setor de Química, do Departamento de Ciências Exatas (LCE), da escola Superior de Agri-cultura Luiz de Queiroz (USp/esalq). Sob sua orientação, o biólogo Marcos Pinto Monteiro de Oliveira, mestrando em Mi-

crobiologia Agrícola da Esalq, desenvolve uma pesquisa na área de fermentação de cacau no laboratório de Química Orgânica e Produtos Naturais. Na entrevista a se-guir, Gomes comenta algumas descober-tas do estudo, ainda em andamento. DR – Quais as implicações desse processo rústico na fermentação de cacau?

Gomes – Na ponta dessa cadeia pro-dutiva, o chocolate paga a conta e, apesar de ser um produto nobre, não é oferecido a partir de um processo mais ágil, seguro e que possa ostentar, na prateleira, maior valor agregado. Ou seja, um chocolate com características de aroma e sabor de melhor qualidade e saudabilidade. DR – O que seria preciso para reverter essa situação?

Gomes – Para obtenção de uma matéria-prima do chocolate excelente é necessária uma fermentação prévia das sementes, pois nessa etapa ocorrem modificações bioquímicas que viabilizam a formação dos precursores do sabor e aroma da massa. Atualmente, as fermen-tações conduzidas nas fazendas ainda são rústicas e sem qualquer controle, re-sultando em amêndoas fermentadas de baixa qualidade.

DR – Qual é o principal objetivo dessa pesquisa com as sementes de cacau?

Gomes – Isolar leveduras das fermen-tações naturais, avaliá-las através de um programa de seleção e reintroduzi--las em alta concentração no processo, de modo que essas sementes obtenham uma qualidade superior em menor tempo, aumentando o rendimento e eficácia da fermentação. DR – Onde vem sendo executada a parte prática do estudo?

Gomes – Até aqui, os experimentos foram realizados em fazendas localiza-das em Itabuna, no sul da Bahia, e os resultados obtidos se mostram extrema-mente promissores. Fatores como maior eficiência na drenagem do mel, redução do tempo de fermentação, diminuição da concentração de ácido lático e o não apa-recimento de bolores na semente durante a secagem (mesmo em períodos de chu-va) apontam para a prática de inoculação de leveduras selecionadas como uma so-lução para a padronização das fermenta-ções de cacau e garantia de qualidade da semente. Outro fator observado nas fer-mentações foi a redução da umidade nas sementes durante a secagem, reduzindo o aparecimento de fungos produtores de microtoxinas.DR – Quem participa da pesquisa?

Gomes – Ela é realizada no âmbito de projetos do conselho nacional de Desen-volvimento científico e Tecnológico (cnpq), coordenado pelo professor Antonio Vargas de Oliveira Figueira, do centro de energia nuclear na Agricultura (cenA), da Univer-sidade de São paulo (USp) de Piracicaba (SP), em colaboração com a professora Irene Coelho, da Universidade Federal Ru-ral do Rio de Janeiro (UFRJ) e do professor Gildemberg L.A. Junior, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). •

GOMeS, DA eSALQ CHOCOLATE AINDA ESTÁ LONGE DO SEU POTENCIAL DE QUALIDADE.

Saúde & Bem-Estar

buscA dA Perfeição Esalq pesquisa aprimoramentos na fermentação de cacau no Brasil

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www.docerevista.com.br 43Março 2014 Doce Revista

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