saoremo_1edicao_2001

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RIACHO DOCE Problemas causados pela inundação de fevereiro ainda não possuem resposta São Remo Abril de 2011 ANO XVIII nº 1 comunidade Novo quadro de Horário COCESP afirma que hora de funcionamento dos portões será regulado PÁG. 06 Notícias do Jardim esportes Esporte e cidadania Entrevista com professor da escolinha debate formar atletas e cidadãos PÁG. 11 mulheres Barreiras até a profissão Acompanhe dicas para as São Remanas driblarem esse problema! PÁG. 10 são remano Astros do Youtube Vídeos de cantores da São Remo brilham em site da internet PÁG. 08 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA QUEM É O RESPONSÁVEL? JOÃO PAULO FREIRE ELEIÇÕES DIA 15 DE MAIO: ELEIÇÃO PARA O NOVO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES! PARTICIPE! POLÊMICA É da Subprefeitura ou da Universidade? A Universidade de São Paulo (USP) e a Subprefeitura do Butantã não entram em consenso sobre a quem pertence a região do Riacho Doce. PÁG. 05 SITUAÇÃO E como estão os moradores? Um mês depois da inundação, habitantes do Riacho Doce continuam vivendo em área de risco, uma vez que não há recursos ou providências. PÁG. 05 DEBATE Busca por possíveis providências Após inundação, a sociedade espera medidas governamentais que ajudem a solucionar os problemas apresentados pelos moradores do Riacho Doce. PÁG. 02 ENTREVISTA Políticas públicas de habitação Em entrevista para o jornal Notícias do Jardim São Remo, a professora Glória da Anunciação Alves discute infra-estrutra urbana e especulação imobiliária. PÁG. 03 são reminho É páscoa no São Reminho! Acompanhe todas as aventuras pascoais do Cão Reminho!

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POLÊMICA mulheres Políticas públicas de habitação Barreiras até a prossão são remano esportes SITUAÇÃO ELEIÇÕ ES DIA 15 DE MAIO:ELEIÇÃO PARA ONOVO PRESIDE NTEDAASSOCIA ÇÃODOS MORADO RES!PARTICIP E! Acompanhe dicas para as São Remanas driblarem esse problema! PÁG. 08 PÁG. 06 PÁG. 05 PÁG. 05 PÁG. 02 PÁG. 03 PÁG. 10 A Universidade de São Paulo (USP) e a Subprefeitura do Butantã não entram em consenso sobre a quem pertence a região do Riacho Doce. PÁG. 11

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RIACHO DOCE

Problemas causados pela inundação de fevereiro ainda não possuem resposta

São Remo Abril de 2011 ANO XVIII nº 1

comunidadeNovo quadrode HorárioCOCESP a"rma que horade funcionamento dosportões será regulado

PÁG. 06

Notícias do Jardim

esportesEsporte ecidadaniaEntrevista com professorda escolinha debate formar atletas e cidadãos

PÁG. 11

mulheresBarreiras atéa pro"ssãoAcompanhe dicas paraas São Remanas driblarem esse problema!

PÁG. 10

são remanoAstros doYoutubeVídeos de cantoresda São Remo brilhamem site da internet

PÁG. 08

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Q U E M É O R E S P O N S Á V E L ?

JOÃ

O PA

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FREIR

E ELEIÇÕESDIA 15 DE MAIO:ELEIÇÃO PARA O NOVO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO

DOS MORADORES!PARTICIPE!

POLÊMICAÉ da Subprefeitura

ou da Universidade?A Universidade de São Paulo (USP) e a Subprefeitura do Butantã não entram em consenso sobre a quem pertence a região do Riacho Doce.

PÁG. 05

SITUAÇÃOE como estão os

moradores?Um mês depois da inundação, habitantes do Riacho Doce continuam vivendo em área de risco, uma vez que não há recursos ou providências.

PÁG. 05

DEBATEBusca por possíveis

providênciasApós inundação, a sociedade espera medidas governamentais que ajudema solucionar os problemas apresentados pelos moradores do Riacho Doce.

PÁG. 02

ENTREVISTAPolíticas públicas

de habitaçãoEm entrevista para o jornal Notícias do Jardim São Remo, a professora Glória da Anunciação Alves discute infra-estrutra urbana e especulação imobiliária.

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são reminhoÉ páscoa no São Reminho!Acompanhe todasas aventuras pascoais do Cão Reminho!

debate

A tragédia no Riacho Doce já ocorreu há mais de um mês. No total, 21 famílias ainda estão de-sabrigadas e cerca de 300 pesso-as se encontram em área de ris-co. Mesmo assim, a subprefeitura Butantã ainda não apresentou uma solução.

Nesta edição, o NSJR oferece voz aos moradores da comuni-dade para se expressarem sobre o dilema da moradia.

Segundo Maria Auxiliado-ra a comunidade deveria “insis-tir com as autoridades para dar moradia, mesmo que provisória, para os cidadãos afetados pela enchente de fevereiro”.

Já para Rafael Freire e Rodri-go Ferreira, a solução deveria ser permanente. Os dois morado-res do Riacho Doce dizem que a prefeitura deveria parar de fazer pouco caso e que a solução ide-al seria oferecer moradias pelo CDHU, a Companhia de Desen-volvimento Habitacional e Urba-no. Izaura Ventura, desabrigada após a enchente, concorda: “nin-guém aqui quer albergue, aqui ninguém é cachorro, aqui não tem mendigo”.

Vários moradores também con-cordam que as autoridades de-veriam prestar mais atenção nos problemas habitacionais. Segun-do Poliana dos Santos Silva, “a coordenadoria da USP empura–

ra [a solução do problema] para a prefeitura, a prefeitura empur-

-de continua “sem repostas”,diz.

Pamela Gonçalves, de 17 anos, é direta: “todos que moram aqui

querem uma vida melhor”. “eles estão esperando o pior aconte-cer”, acrescenta Dona Izaura, que exigiu a presença de autoridades como o Prefeito Gilberto Kassab (DEM-SP) na comunidade.

Do compromisso socialSofia Soares

Chuvas intensas e contínuas causam o transbordamento de rios, gerando enchentes.

Quando isso acontece em re-giões naturais, a própria natu-reza reabsorve a água. Porém, quando ocorre em áreas urba-nizadas, resulta em inundações.

Suas conseqüências não apa-recem apenas na hora, a exem-

plo da derrubada de casas, mas também depois, com as doen-ças trazidas pela água.

Portanto, é necessária a rea-lização de planos preventivos contra essas catástrofes. A pre-feitura deve ter a responsabili-dade de assumir a frente des-ses problemas.

Entretanto, ano após ano, presenciamos a repetição deles, como se não fosse possível pre-vê-los e preveni-los.

Um passo importante é inten-sificar os planos de auxílio-mo-radia, para garantir a seguran-

ça daqueles que habitam áreas de risco. A coleta de lixo tam-bém deve ser fortalecida, não só para evitar bueiros entupi-dos, mas também para evitar a proliferação de doenças.

Diversas obras, como a cons-trução de diques, barragens, va-las ou tanques de contenção, se feitas, reduzem notavelmente o efeito das inundações.

Ainda podemos citar a revi-talização de rios como uma das medidas a serem tomadas. Não faltam soluções, faltam solucio-nadores. Está faltando compro-

metimento dos orgãos governa-mentais e da própria sociedade.

Porém, não podemos acusá--los como os únicos culpados. Nós também precisamos ter o compromisso social de lembrá--los de que foram eleitos para defender os interesses da socie-dade como um todo.

Cabe a nós cobrar as provi-dências e as medidas que eles devem tomar.

Se for para construir uma so-ciedade melhor, o compromisso social deve vir de todos aqueles que a integram.

Publicação do Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Reitor: João Grandino Rodas. Diretor: Mauro Wilton de Sousa. Chefe de depar-tamento: José Coelho Sobrinho. Professores responsáveis: Dennis de Oliveira e Luciano Guimarães. Edição, planejamento e diagramação: alunos do primeiro ano de jornalismo. Secretária de Redação: Sofia Soares. Secretária Adjunta: Luísa Granato. Secretários Gráficos: Wellington Rafael e Mariana Rosa. Editor de Imagens: Vinicius Pereira. Editores: Anaïs Fernandes, Fillipe Augusto Galeti Mauro, Ja-queline Mafra, Renata Garcia, Sophia Neitzert e Verônica Catharin. Suplemento infantil: Carolina Moniz e Sofia Franco. Repórteres: Caroline Monteiro, Celia Moliner, Érika Kamikava, Felipe Ruiz, Gabriel Roca, Giovanni Santa Rosa, Henrique Balbi, Isabella Bono, João Ortega, João Paulo Freire, Mariana Bastos, Mariana Giovinazzo, Mariana Grazini, Mariana Zito, Rodrigo Neves, Ruan de Sousa Gabriel, Tainá Shimoda e Victor Augusto de Souza . Correspondência: Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443 - Bloco A. Cidade Universitária CEP 05508-990. Fone: 3091-1324. E-mail: [email protected] Impressão: Grá-fica Atlântica. Edição Mensal: 1500 exemplares

“Todos que moram aqui querem uma vida melhor”

PAMELA GONÇALVES, MORADORA

Riacho Doce exige direito a moradiaOs moradores ainda vivem em abrigos e sofrem com a demora de soluções definitivas

Rodrigo Neves

O P I N I Ã O

2 Notícias do Jardim São Remo Abril de 2011

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Casas destruídas pela enchente: famílias ainda estão em abrigos

O deslizamento das políticas públicasEspecialista em Geografia Urbana fala da fraqueza dos projetos de habitação em São Paulo

entrevistaAbril de 2011 Notícias do Jardim São Remo 3 3

Cenas da São Remo

Isabella Bono

João Paulo Freire

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NJSR

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“Quando existe vontade política, se encontram os recursos”

GLÓRIA DA ANUNCIAÇÃO ALVES, PROFESSORA DA USP

Glória: “a enchente não ataca porque é pobre ou rico”

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Há pelo menos 28 anos a pro-fessora Glória da Anunciação Al-ves se dedica ao estudo dos pro-blemas que afetam todos os dias as grandes cidades.

Infra-estrutura urbana, políti-cas públicas de habitação e espe-culação imobiliária: em entrevista para o NJSR, a docente da Univer-sidade de São Paulo relaciona es-ses elementos e avalia a enchente que atingiu os moradores da área do Riacho Doce em fevereiro.

NJSR – Qual a correlação entre a formação e expansão das perife-rias e as enchentes que atingem São Paulo?

Glória Alves – A formação das periferias é efeito do processo de especulação imobiliária. Então as pessoas são jogadas cada vez mais longe das áreas que possuem sa-neamento básico. Por exemplo, no passado, pessoas foram retiradas da área da Berrini para que se mo-

NJSR – Então São Paulo foi cons-truída sem um planejamento para enchentes?

GA – O problema é que em São Paulo não há um programa efeti-vo do Estado para disponibilizar moradias. Aqui você quer mo-rar aonde você pode morar. Esse “pode morar” tem várias opções: tem as áreas que sofrem enchen-tes todo ano bem como áreas de escorregamentos de terra.

NJSR – A melhor apropriação do centro é uma solução?

GA – Não só do centro, mas de vá-rias áreas urbanizadas. Mas o Es-tado parece não ter essa mesma idéia. Por exemplo, o que estão sendo feito com a operação “Nova Luz”? Pessoas estão sendo tiradas de seus cortiços e recebem em tro-ca uma bolsa de R$400,00.

NJSR – A senhora acredita que

GA – O Estado não pode deixar eles construírem moradias em lo-cais inadequados.Então não pode-

que não pode ocorrer. O Estado -

tos com os moradores. A partir do momento em que o lugar se valo-riza, aí rapidamente eles retiram

vem dizendo “você está em área de risco, área que sofre enchente”.

NJSR – Há falta de recursos?

GA – Quando há vontade políti-ca, os recursos são encontrados.

NJSR – A população local tem al-guma culpa?

GA – Culpa não é a palavra cer-ta. Não é agora, quando acontece o problema, que eu vou falar “tá vendo, quem mandou morar ali?” A responsabilidade é do Estado. As pessoas podem minimizar o problema? Sim, mas vai depender também de como a educação vai ser trabalhada pelo estado.

NJSR – Que política poderia atender o Jardim São Remo?

GA – Existem vários projetos de reurbanização de favelas em São Paulo, como é o caso da comuni-dade do Jaguaré, na zona oeste do município. Mas as reurbanizações têm dois lados: algumas pessoas sempre vão ter que sair, enquanto

muito de como a associação de moradores lida com isso.

comunidade“Agora o jeito é jogar [o lixo] onde estavam jogando antes [na USP]”GERSON NASCIMENTO DA SILVA

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4 Notícias do Jardim São Remo Abril de 2011

Entulho acumula-se na rua AquianésLixo não é recolhido há cerca de um mês e prejudica moradores da comunidade

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Veículos e pessoas precisam driblar o entulho

O entulho acumulado na Rua Aquianés está saindo do espaço da lixeira e invadindo a via públi-ca. O caminhão responsável pela coleta do lixo não passa há apro-ximadamente um mês, de acordo com depoimentos de moradores do Jardim São Remo.

Os vizinhos da lixeira alegam ter ligado várias vezes para a Prefeitura, pedindo a retirada do entulho. “Eles dizem que vão ti-rar, mas só tiram do Roldão [su-permercado localizado na Av. Corifeu de Azevedo Marques] pra lá”, explica Gerson Nasci-

mento Silva, que mora em fren-te ao local.

A lixeira foi construída pelos próprios moradores da região, usando material fornecido pela Universidade de São Paulo. An-tes o entulho era jogado dentro da universidade.

O caminhão costumava passar regularmente. Porém, por volta de agosto de 2010, o serviço co-meçou a falhar. A empresa Lim-peza Pública, encarregada da co-leta, diz ter passado na São Remo na terça-feira, 29 de março. Ape-

-ce com certa regularidade, a Pre-feitura esclarece ser necessária a solicitação do serviço.

A reportagem do jornal consta-tou em 31 de março que o entu-lho continua espalhado em gran-de quantidade, invadindo a rua, atrapalhando a passagem dos ve-ículos e servindo de criadouro de bichos, como ratos e escorpiões, além do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

Como pedir a retirada do lixoLimpeza Pública:

(11) 3735-3733

Portal da Prefeitura:www.capital.sp.gov.br

Telecentro Grupo Erê recupera internetCursos sobre informática e atalhos de teclado serão oferecidos no mês de abril

Após três semanas com pro-blemas na conexão, o Telecentro Grupo Erê voltou a ter internet. A

situação foi normalizada na pri-meira semana de abril.

Os telecentros começaram a ser implantados pela Prefeitura em 2001, na gestão Marta Suplicy

(PT). O Telecentro Grupo Erê, lo-calizado no Jardim São Remo, funciona desde 1º de junho de 2010. É um espaço dotado de vin-te computadores, disponíveis aos moradores de forma gratuita, po-dendo ser usados para acessar a internet, redigir documentos, ler notícias, fazer impressões, além de oferecer cursos ligados à área da informática.

Para ter acesso a tudo isso, bas-ta um cadastro na sede do telecen-tro, localizada na Rua Aquianés, 36. Esse cadastro é feito imediata-mente, mediante apresentação de documento de identidade e com-provante de residência. Crianças menores de 12 anos só podem fa-zer o cadastro com a presença dos

Introdução à informática no sistema GNU Linux

Inscriçõesa partir de 11 de abril14 vagas

Períodode 16 de abril a 14 de maiodas 9h às 13h

Teclas de Atalho

Inscriçõesa partir de 11 de abril14 vagas em cada turma

Períodode 25 a 29 de abrildas 9h às 11h ou das 15h às 17h.

pais ou responsáveis. Caso não possuam documento de identida-de, pode ser apresentada a certi-dão de nascimento.

No entanto, mesmo com esses serviços, a demanda é baixa. A procura maior é pela internet e por jogos. O público principal é de jovens.

Segundo o site da Prefeitura, há 446 usuários cadastrados no Telecentro, que correspondem a 53% de mulheres, 13% que pos-suem ensino médio completo e 26% que estão na faixa etária en-tre 11 e 16 anos.

O funcionamento do telecentro é das 8h30 às 18h10, de segunda à sexta-feira, e das 9h às 16h10, aos sábados.

Informações sobre cursos

Victor Augusto de Souza

Tainá ShimodaMariana Giovinazzo

comunidade“Estão esperando chover e o pessoal morrer. Eles não vão tomar providência alguma”

LAURA DA SILVA GONÇALVES

Abril de 2011 Notícias do Jardim São Remo 5

Moradores aguardam auxílio-moradiaSem recursos, habitantes do Riacho Doce continuam em área de risco Aconteceu

em fevereiro

Ruan Gabriel

No dia 27 de fevereiro, a en-chente no Riacho Doce atin-giu 58 famílias e deixou cerca de 300 pessoas com suas casas danificadas.

A Desefa Civil orientou os moradores a se retirarem das áreas de risco e mudarem-se para um albergue na Rua Car-deal Arcoverde. Eles se recu-saram por ser muito longe da comunidade, do trabalho e da escola das crianças.

As pessoas que tiveram suas casas destruídas foram provi-soriamente abrigadas no Pro-jeto Alavanca e em casas de parentes e amigos.

O subprefeito do Butan-tã, Daniel Barbosa Rodriguei-ro, visitou as áreas atingidas pela chuva e prometeu tomar atitudes dentro de um mês. Nada foi feito até agora.

MA

RIA

NA

GR

AZIN

I

O bebê de Vanessa Sobral nasceu e ambos vivem em area de risco

COCESP e Subprefeitura do Butantã discutem propriedade do Riacho DoceDocumentos oficiais devem indicar verdadeiro dono do local

Situação no Riacho Doce continua a mesma

JOÃ

O PA

ULO

FREIR

E SAN

TOS

Mariana Bastos

A enchente na região do Riacho Doce, no dia 27 de março, deixou muitos desabrigados. A Subpre-feitura do Butantã forneceu às ví-timas colchões, cobertores e ces-tas básicas. No entanto, até agora, ninguém recebeu auxílio-mora-dia, conforme prometido ante-riormente pelo subprefeito Daniel Barbosa Rodrigueiro.

Inicialmente, os moradores abri-garam-se na sede do Projeto Ala-vanca e na igreja católica Nos-sa Senhora de Fátima, mas foram retirados devido à indisponibi-lidade de espaço. No momento, a maioria dos desabrigados está hospedada na casa de parentes e amigos, algumas localizadas no próprio Riacho Doce.

A Defesa Civil constatou que os barracos encontram-se em área de risco, mas não houve iniciativa de interdição de imóveis nem retira-da de moradores.

A situação dos barracos é pre-cária. Ocorrem vazamentos cons-tantes e tremores. Além disso, o odor do lixo acumulado no córre-go também incomoda os que vi-vem no local. ”De madrugada, a gente sente tudo isso tremendo. Até quando não chove, treme.”,

do Riacho Doce que estava grávi-da de nove meses.

A falta de recursos é o principal motivo pelo qual os moradores do Riacho Doce não deixam suas ca-sas. “Nós dependemos do auxí-lio-moradia para sair daqui, esta-mos abandonados. Precisamos da presença do subprefeito urgen-temente!”, diz dona Maria Izau-

e dorme em um banheiro cedido por amigos.

Mariana Grazini

O incidente ocorrido no Jardim São Remo trouxe novamente a dúvida sobre quem é responsável pela re-gião afetada: a Prefei-tura da cidade ou a Universidade de São Paulo (USP).

A Coordenadoria do Campus da Capi-tal (COCESP) alega que o terreno pertence à Prefeitura. Já a Subpre-

feitura do Butantã responde que a USP concedeu a área à comunida-de no passado, mas que a univer-sidade continua tendo sua posse.

Os desabrigados e aqueles que perma-necem em áreas de risco só poderão rece-ber auxílio após uma

-bre o assunto.

Segundo Daniel Bar -bosa Rodrigueiro, atual subprefei-to do Butantã, foram requeridos

documentos para indicar os pro-prietários do Riacho Doce.

Rodrigueiro diz também que, -

sabilidade da USP sobre o terre-no, poderão haver acordos com a universidade para que a Subpre-feitura consiga atuar no local.

Até o momento, a única provi-dência tomada pela Subprefeitu-ra do Butantã foi a dedetização do local e a retirada do entulho, que ainda assim não foi totalmente re-movido da região.

“NÃO ESTAMOS QUESTIONANDO DE QUEM É O TERRENO, MAS O DESTINO DOS DESABRIGADOS”

LAURA DA SILVA GONÇALVES

Metrô Butantã inaugura após atrasosHorário de funcionamento reduzido, das 8h às 15h; ônibus liga Metrô ao campus da USP

Os portões da USP não serão fechados, mas os horários de funcionamento passarão a se-guir o padrão de todos os por-tões da USP, segundo Cristina Guarnieri, diretora de Relações Institucionais da Coordenadoria da USP (COCESP).

Ela diz que “a circulação de to-dos os acessos ao campus deve ter o mesmo padrão, com horá-rios de acesso livre, acesso con-trolado (quando for o caso) e

portões fechados, quando o flu-xo de pessoas ao campus não fi-zer sentido”.

Os portões que li-gam a USP a São Remo terão um com portamento se-melhante aos por-tões principais da USP, como o Portão 1, que dá acesso a Avenida Afrâ-nio Peixoto.

Segundo Cristina, o assunto está sendo discutido com a As-sociação de Moradores da São Remo. O projeto não é imposto

pela USP, mas construído junta-mente com o órgão representan-

te da comunidade.A população dis-

corda do fecha-mento. Uma das principais lide ran-ças da comuni dade em relação a esta questão é Dona

Eva, proprie tária de um estabe-lecimento ao lado de um dos por-tões e que poderia ter prejuízos em caso de fechamento. Foi ela quem espalhou a notícia pela co-munidade e quem se reúne para

discutir a situação com a Coorde-nadoria do Campus.

Os horários de funcionamento de todos os portões da Cidade Universitária, inclusive os que se ligam ao Jardim São Remo, podem ser encontrados no site da COCESP.

“A circulação de todos os acessos ao campus deve ter o mesmo padrão”CRISTINA GUARNIERI, DA COCESP

COCESP nega fechamento de portões

O BOATODO FECHAMENTO

DO PORTÃO É DE LONGA DATA,

MAS É INFUNDADO

Victor Augusto de Souza

Victor Augusto de SouzaMariana Zito

comunidade6 Notícias do Jardim São Remo Abril de 2011

Portas de vidro e arquitetura inovadora são destaque na Linha 4

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Boato é antigo na comunidade, mas horários de acesso serão regulados pela Coordenadoria

Coordenadoria do CampusCOCESPhttp://www.usp.br/cocesp

Telefone: (11) 3091 4600

A nova estação da linha amarela foi inaugurada no dia 28 de março, após meses de atraso, na Avenida Vital Brasil. Também foi inaugura-do, no dia 29, um terminal de ôni-bus junto à estação, com uma das linhas fazendo o trajeto da esta-ção à Cidade Universitária, a linha 8012/10 Metrô Butantã-Cidade Uni versitária. O horário de funcio-namento dessa estação e desse ôni-bus, no entanto, é reduzido, das 8h às 15h, de segun das às sextas-fei-ras, incluindo feriados.

O início das operações da nova estação era previsto para novembro de 2010, mas acabou sendo adiado para este ano. Já quanto ao horário reduzido de funcionamento, a previsão é de que até junho a Estação Butan-

tã e as demais estações da Linha Amarela (Faria Lima e Paulis-ta) passem a atender no horário normal, das 4h40 à meia-noite, exceto aos fins de semana. A en-trega da Estação Pinheiros, tam-

bém na linha amarela, está pre-vista para o mês de maio.

Apesar dos problemas, a ava-liação sobre o novo metrô foi, no geral, positiva entre os são-re-manos. “Eu acho que vai fazer

bem [para a comunidade]. O me--

denora Maria de Lima, morado-ra. Bruna Caroline, por sua vez, usava três ônibus para se des-locar para a Zona Sul e acredita que o metrô vai facilitar esse pro-cesso. Mas reclama do preço dos transportes: “Três reais tá mui-to caro”, diz, a respeito da passa-gem do ônibus.

O preço da tarifa do metrô so-freu aumento em fevereiro e a do ônibus, em janeiro. Uma viagem de metrô passou a custar R$2,90 e a de ônibus, R$3,00. Uma série de manifestações contra os au-mentos tem acontecido na região do centro da cidade, com partici-pação de estudantes e membros do movimento Passe Livre, que reivindica um transporte públi-co de maior qualidade.

“Os moradores são responsáveis para que a Associação aconteça”

ROSANGÊLA COSTA, DO PROJETO ALAVANCA papo reto

Abril de 2011 Notícias do Jardim São Remo 7

Associação terá eleição em 15 de maio

Será aberto o prazo para a inscri-ção de chapas que concorrerão à presidência da Associação de Mo-radores do Jardim São Remo. As chapas deverão se inscrever nas datas e locais determinados (ver quadro). A eleição ocorrerá no dia 15 de maio e todos os moradores da São Remo podem participar.

O ex-presidente, Valdir dos San-tos Rocha, está com o mandato ven-cido. Ele ocupa o cargo há quatro anos. O motivo de estar por tem-po prolongado na posição é a falta de outros candidatos. Agora, Val-dir nega-se a continuar no cargo.

Situação atualA Associação está sem um local

Os encontros ocorriam onde hoje é o Telecentro, que ocupa grande

-zação da Associação.

Muitos moradores reclamam da falta de divulgação. Outros di-zem já ter visto alguma coisa em bares, padarias e mercados. Car-

em locais estratégicos, mas não recebem atenção.

Poucos participam das reuni-

importantes para a comunidade.

-riam ser tomadas com uma par-ticipação mais efetiva da popula-

podem evoluir por não serem de conhecimento de todos.

Inscrição das chapas

Projeto Girassol

Rua Grande Arrozal, 36

8, 15 e 29 de abril

das 9 às 17 horas.

Igreja Católica

Rua Pires Brandão, 87

9, 16, 23 e 30 de abril

das 9 às 17 horas.

Assembleia Geral Ordinária

da Associação de Moradores

Eleição

15 de maio às 16 horas

Rua Aquianês, 109

Fique atento!

O atual presidente, há 4 anos no cargo, afirma que não pretende se candidatar novamente

Tainá Shimoda

Mariana Zito

Mariana Giovinazzo

Porque a comunidade deve se organizarUma Associação de Moradores

é um órgão criado pelas pessoas

a qualidade de vida de seus asso-ciados em geral, defendendo-os e organizando-os. Também desen-volve tra balhos sociais e distribui gratuitamente benefícios alcança-dos junto aos órgãos municipais,

estaduais, federais e à iniciativa privada.

Por ser formada por moradores, a partici-pação é indispensá-vel para a discussão e efetuação dos pro-jetos. Os membros da Associa-ção devem organizar um Estatuto

com as regras e a de-terminação de direi-tos e deveres daque-les que participam. Também têm direi-to de eleger os seus administradores.

A administração, entretanto, não trabalha sozinha. É necessário que

os moradores compareçam às reu-

para que possam dizer o que está ocorrendo de errado.

A Associação de moradores serve como um espaço onde seus membros tentam resolver juntos os problemas que envolvem toda a comunidade.

A PARTICIPAÇÃO É INDISPENSÁVEL

PARA A DISCUSSÃO E EFETUAÇÃO

DOS PROJETOS

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são remano

São remanos brilham em site de vídeosPublicando clipes na internet, moradores chegam mais perto de sonho de serem famosos

“Meu sonho é ser cantor e me apresentar para várias pessoas”A. T. KELLY, CANTOR

Virada Cultural agita

a cidade de São Paulo

No Sesc Pinheiros:

Música03h – Encontro de Rodas: Samba da Maria Cursi, Pagode da 27 e Kolombolo12h – Flávio Guimarães16h – Rap de Repente

Circo17h e 18h – Casa de Ar

Multimídia e Internet00h – Balada Bacana LegalArtes Plásticas e Visuais19h – Projeto Impressões10h – Veículo de Idéias

Dança18h – E Aí Vamos Dançar?19h40 – Tempo Ausente21h30 e 2h – Ragas

Literatura20h – Sarau Malocália

Cinema e Vídeo18h – Virada em Vídeo22h – Drácula Musicado ao Vivo

Teatro19h – Cortejo Ventoforte13h30 – Buzum! – Darwin Br

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A. T. e MC Leandrinho: “sou uma espécie de empresário do Alê”

Giovanni Santa Rosa

Nos dias 16 e 17 de abril, acon-tece a Virada Cultural. O evento traz atrações gratuitas em vários pontos da cidade.

região central de São Paulo. No entanto, haverá também outros locais com atividades. Para os são remanos, a melhor opção é o Sesc

Leme, número 195.

A unidade terá apresentações de teatro, música e dança, entre ou-tros. Destaque para o encontro de três rodas de samba – sendo uma delas o Pagode da 27 –, a apresen-

-culo de literatura Malocália.

A previsão é de que o transpor-te público funcione durante todo o evento. A SPTrans e o Metrô informaram que na semana do evento divulgarão os horários de funcionamento.

Caroline Monteiro

O YouTube, site que permite o compartilhamento de vídeos, já lançou diversos astros, como Justin Bieber e Luan Santana. Agora, está sendo responsável também pela divulgação do trabalho de alguns são remanos, como A. T. Kelly e DJ

Alexandre Geraldo, conhecido na comunidade como A. T. Kelly já postou três vídeos no YouTube, a pedido de seus amigos, somando quase 3 mil visualizações. Entre elas

apelido. A. T. Kelly já tem uma lista de novas músicas para compor e publicar. Seu estilo preferido é o romântico, mas entre seus ídolos

Perguntado sobre o impacto das suas produções no YouTube, A.T.

que voltou com a namorada devido a uma música que fez para ela.

Após a garota ver a composição no site de vídeos o casal fez as pazes.

trajetória parecida com a de A. T. Começou a postar vídeos a pedido de amigos que não conseguiam encontrar suas músicas na web.

Adepto do site de vídeos há quatro anos, ele é muito grato ao serviço: “o YouTube é nota 10. Para mim é

Sonho

estúdio para poder produzir com

Alexandre, patrocinado por um colega, terá a oportunidade de gravar em um estúdio. Seu desejo é cantar para o público: “meu sonho é ser cantor e me apresentar para

Veja os vídeos de A. T. Kelly e DJ

e.

8 Notícias do Jardim São Remo Abril de 2011

são remano

São remanos brilham em site de vídeosPublicando clipes na internet, moradores chegam mais perto de sonho de serem famosos

“Meu sonho é ser cantor e me apresentar para várias pessoas”A. T. KELLY, CANTOR

Virada Cultural agita

a cidade de São Paulo

No Sesc Pinheiros:

Música03h – Encontro de Rodas: Samba da Maria Cursi, Pagode da 27 e Kolombolo12h – Flávio Guimarães16h – Rap de Repente

Circo17h e 18h – Casa de Ar

Multimídia e Internet00h – Balada Bacana LegalArtes Plásticas e Visuais19h – Projeto Impressões10h – Veículo de Idéias

Dança18h – E Aí Vamos Dançar?19h40 – Tempo Ausente21h30 e 2h – Ragas

Literatura20h – Sarau Malocália

Cinema e Vídeo18h – Virada em Vídeo22h – Drácula Musicado ao Vivo

Teatro19h – Cortejo Ventoforte13h30 – Buzum! – Darwin Br

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A. T. e MC Leandrinho: “sou uma espécie de empresário do Alê”

Giovanni Santa Rosa

Nos dias 16 e 17 de abril, acon-tece a Virada Cultural. O evento traz atrações gratuitas em vários pontos da cidade.

região central de São Paulo. No entanto, haverá também outros locais com atividades. Para os são remanos, a melhor opção é o Sesc

Leme, número 195.

A unidade terá apresentações de teatro, música e dança, entre ou-tros. Destaque para o encontro de três rodas de samba – sendo uma delas o Pagode da 27 –, a apresen-

-culo de literatura Malocália.

A previsão é de que o transpor-te público funcione durante todo o evento. A SPTrans e o Metrô informaram que na semana do evento divulgarão os horários de funcionamento.

Caroline Monteiro

O YouTube, site que permite o compartilhamento de vídeos, já lançou diversos astros, como Justin Bieber e Luan Santana. Agora, está sendo responsável também pela divulgação do trabalho de alguns são remanos, como A. T. Kelly e DJ

Alexandre Geraldo, conhecido na comunidade como A. T. Kelly já postou três vídeos no YouTube, a pedido de seus amigos, somando quase 3 mil visualizações. Entre elas

apelido. A. T. Kelly já tem uma lista de novas músicas para compor e publicar. Seu estilo preferido é o romântico, mas entre seus ídolos

Perguntado sobre o impacto das suas produções no YouTube, A.T.

que voltou com a namorada devido a uma música que fez para ela.

Após a garota ver a composição no site de vídeos o casal fez as pazes.

trajetória parecida com a de A. T. Começou a postar vídeos a pedido de amigos que não conseguiam encontrar suas músicas na web.

Adepto do site de vídeos há quatro anos, ele é muito grato ao serviço: “o YouTube é nota 10. Para mim é

Sonho

estúdio para poder produzir com

Alexandre, patrocinado por um colega, terá a oportunidade de gravar em um estúdio. Seu desejo é cantar para o público: “meu sonho é ser cantor e me apresentar para

Veja os vídeos de A. T. Kelly e DJ

e.

8 Notícias do Jardim São Remo Abril de 2011

são remano“Contar a história do samba é bom, mas fazer parte dela é melhor ainda”NENÉM, INTEGRANTE DA PAGODE DA 27

Veja lugares para comer na comunidadeNJSR indica os melhores estabelecimentos da São Remo para se recorrer na hora da fome

Henrique Balbi

Para quem quiser se alimentar no Jardim São Remo, a melhor op-ção é pedir uma pizza ou comer

-tras opções, como salgadinhos e

Se a escolha for pela pizza, há

A Pizzaria San Remy, na Balta-

gerenciada por José “Peixinho” de

entregas em lugares como o Con-junto Residencial da USP e a Rei-toria, mas chega a ir até à rua Hen-

Para aqueles que gostam de fei-joada, existem três opções do pra-

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esposa, Maria Aparecida, o esta-belecimento oferece também jan-

além da tradicional feijoada, -

aberto a partir das onze e meia

casa, mas ela cozinha também sa-rapatel, caldo de mocotó e de fei-

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O trailer de dona Vanda é uma -

Giovanni Santa Rosa

A roda começou há cinco anos entre amigos, num bar do Gra-

de tocar com nomes da música brasileira como Leci Brandão e Rappin’ Hood e aparecer na

samba faz sua estreia na Virada

um dos integrantes da Pagode da

Grupo Pagode da 27 faz samba de raizNovatos na Virada Cultural, grupo faz sua estréia no evento junto a outras rodas de samba

AONDE IR PIZZARIA FLORA – 3714-9570, 3421-0777

BAR & RESTAURANTE GILMAR – 3768-9849R. CIPOTÂNEA, 23

SAN REMY – 3768-9360, 3765-1425, 3714-8808R. BALTAZAR RABELO, 09

RESTAURANTE DE ANTÔNIO CARNEIRO ALVESR.G, 56

FEIJOADA DA DONA ANA MARIA GODOIR. PIRES BRANDÃO, 30

TRAILER DE DONA VANDAR. PIRES BRANDÃO

NJSR – Qual a expectativa de vocês para a Virada Cultural?

Neném –

trinta minutos, mas tenho certeza

NJSR – O que o público pode es-– O que o público pode es-O que o público pode es-perar da apresentação?

N – A gente faz nossos sambas de raiz, são todos sambas inédi-tos, mas nunca fugindo do estilo

-qui da zona sul gosta bastante, e quem for no Sesc Pinheiros pode com certeza esperar muito samba

NJSR – Como você acha que vai ser tocar acompanhado de outras rodas de samba?

N – -

soal do Samba da Maria Cursi e do Samba da Vela em outras oportunidades, então tenho certe-

Abril de 2011 Notícias do Jardim São Remo 9

Compareça: encontro de rodas, 17 de abril às 3h no Sesc Pinheiros, Rua Paes Leme, 195

A maioria das mulheres entrevistadas relata ter deixado de lado a formação profissional

mulheres”Eu vou fazer 25 anos e não tenho uma porta de emprego”PRISCILA EDUARDO DE REZENDE

Os desafios até a profissionalização

10 Notícias do Jardim São Remo Abril 2011

Érika Kamikava

As jovens da São Remo rela-

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Visão das são remanas

A jovem moradora Dora Silva ---

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Beth é universitária e trilíngue

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Abril de 2011 Notícias do Jardim São Remo 11111“O importante é não desistir do sonho”JEFFERSON “CAFU”, JOGADOR

DO TABOÃO DA SERRA

esportes

José Mariano de Santana é fun-cionário do Hospital Universitário e técnico da escolinha de futebol da São Remo às quintas, sextas e sába-dos. Os treinos acontecem das 13 as 16h, com meninos de 6 a 20 anos.

Liberado do serviço de auxiliar de manutenção do HU por algu-mas horas, Mariano divide os atle-tas entre três faixas de idade para a realização dos treinos. “Começou com 5 ou 6, e hoje tem essa multi-dão”, diz o professor. Cerca de 40 jovens participam das atividades.

Após as partidas, uma oração de agradecimento é feita e um lan-che é distribuído para a garota-da. O apoio é dado pelo Hospital Universitário, especialmente por Maria Lúcia Pascoal, diretora da unidade. “Esse lanchinho é impor-tante demais. Dá gosto ver a crian-çada comendo depois do jogo”,

do HU, a São Reminho conta com

apoio do vereador Aurélio Miguel, que ajuda nos transportes e na con-fecção dos uniformes.

Mas, para o técnico, muito mais importante que o futebol é tirar os meninos da rua. Para participar dos treinos, Mariano exige que os meninos freqüentem a escola e não faltem as aulas.

“Tem que estudar. Depois, quan-do chegam a idade de se tornarem

-dos. Aí, se não tiver cabeça, podem ir parar no mundo das drogas”.

O técnico conta da recente tris-teza de ver um ex-aluno seu sendo preso. “Assistir a ele sendo alge-mado na minha frente e não poder fazer nada para ajudar me partiu o

-riam melhores”.

Por outro lado, Mariano também comemora a satisfação de ver al-guns de seus atletas em times pro-

sobre os atletas nesta seção).

Escolinha forma jogadores e cidadãosMeninos de 6 a 20 anos de idade treinam futebol com apoio do HU e de vereador

Gabriel Roca

Jogadores do São Reminho Social Clube reunidos após o treino

Os meninos que treinam futebol na Escola São Reminho podem ver seu sonho se tornar realidade.Vários dos garotos estão jogan-do pelo Pão de Açúcar, conhecido pela formação de jogadores, e ou-tros em clubes maiores, como Jo-seense de São José dos Campos, São Paulo e um jogador no fute-bol holandês.

-ta de 19 anos, já passou pelo Flu-

minense de Feira de Santana, mas agora está no Clube Atlético Ta-boão da Serra, clube próximo de São Paulo. A mudança ocorreu principalmente por causa da pro-ximidade da cidade e da melhor estrutura do clube.

Já o atacante Reverson William, de apenas 15 anos, mudou-se para o sul do país para jogar no Figuei-rense. O clube paga todas as des-pesas, como as de estudo e alo-jamento. Por isso, sua família apoiou a mudança.

O principal sonho dos dois é o mesmo: jogar na Seleção Brasilei-ra. Porém, é preciso lutar muito para chegar lá, assim como luta-ram para chegar onde estão. Je-

-de os 14 anos, enquanto Reverson começou aos 10.

Para entrar em um clube, é pos-sível participar de peneiras, ou seja, concursos em que vários me-ninos mostram seus talentos, e aqueles que se destacam são cha-mados, como é o caso de Rever-

son. Ou ainda olheiros podem ver novas promessas em jogos de campeonatos, e chamá-las para o time que representa, como acon-

Vendo esses dois como exem-plo, e tantos outros que batalha-ram para se tornar jogadores de futebol, os meninos da São Remi-nho sabem que existe uma chance.

disse como recado para os mais novos, o importante é “não desis-tir do sonho”.

Jogadores da Escolinha em times profissionaisJoão Di Pierro Ortega

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Garotos treinam chute ao gol

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12 Notícias do Jardim São Remo Abril de 2011

esportes“O horário dos jogos é muito ruim, termina tarde e no dia seguinte a gente trabalha”JOSÉ MARIANO DE SANTANA, TREINADOR DA ESCOLINHA SÃO REMINHO

O Notícias do Jardim São Remo fez uma enquete para saber quais

amadores da comunidade prefe-ridos pelos moradores. Compa-ramos os resultados das torcidas

a realizada em 2008 pelo Ibope

A diferença entre as torcidas de Corinthians e São Paulo é bem menor na São Remo que na cida-de (quatro pontos percentuais na

-

to as torcidas de Palmeiras e San-tos, os valores batem com a pes-

pessoas que não torcem para time algum na cidade é de 20%, bem maior que os 11% da comunida-de, o que revela grande interesse dos são remanos por futebol.

Com relação às torcidas dos ti-mes da São Remo é grande o nú-mero de pessoas que não torce para nenhum, o que revela a falta de di-vulgação dos campeonatos inter-nos. Destaca-se a grande torci-da do Catumbi, time que disputa campeonatos amadores.

Os times do coração da São RemoPesquisa revela a preferência das torcidas pelos clubes profissionais e da São Remo

Felipe Gomes Ruiz

Atualmente os jogos que são transmitidos na televisão duran-te a semana começam às 10 ho-ras da noite. O horário é mui-to ruim tanto para os torcedores que vão ao estádio quanto para aqueles que acompanham pela televisão. O problema apontado pelos são remanos é a dependên-cia de transporte público na vol-ta dos estádios e a hora que os jo-gos terminam, considerando-se que o dia seguinte é de trabalho para os telespectadores. “O horá-rio dos jogos é muito ruim, termi-

na tarde e no dia seguinte a gente trabalha”, disse Mariano, técnico da escolinha de futebol São Remi-nho. O principal empecilho para a mudança de horário dos jogos é o interesse da Rede Globo em man-ter os jogos às 22 horas.

Outras emissores de telivisão manifestaram interesse em trans-mitir os jogos em outro horário, como a Rede Record que fez uma proposta milionária ao Clube dos 13 para transmitir o Campeona-to Brasileiro às 8 horas da noite. O melhor horário na opinião dos são remanos seria às 20h na quar-ta-feira e às 16h no domingo.

Futebol na quarta-feira Pipa também é esporte

Soltar pipa pode ser uma brin-cadeira de rua, mas poucos sabem que essa atividade também é um esporte.

Existem campeonatos espalha-dos pela cidade, como o realizado no dia 3 de abril na represa Gua-rapiranga.

Porém, essa atividade é perigo-sa quando competem cortando pipas com ajuda do cerol.

Não é recomendável utilizar cerol, que pode machucar quem empina e quem passa de bicicle-ta ou moto.

Isso gera a preocupação de muitas mães da São Remo, que

-narem pipas.

Também não é aconselhável soltá-las perto de redes elétricas, ruas movimentadas e em dias de tempestades de raios.

Os melhores lugares para prá-tica deste esporte são parques ou pipódromos que existem pela ci-dade. O mais próximo à São Remo é o do Parque Villa Lobos na Av. Prof. Fonseca Rodrigues , nº 2001, Alto de Pinheiros, mas ainda exis-te o Parque Ecológico do Tietê, na zona leste.

Felipe Gomes Ruiz Celia Moliner Vicente

Torcidas na São Remo e na cidade de São Paulo Torcidas pelos times da São Remo

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