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SÃO PAULO - XX MAIO DE 2018 - EDIÇÃO 237

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SÃO PAULO - XX MAIO DE 2018 - EDIÇÃO 237

O SANTUÁRIO DA PENHAMAIO DE 20182

Dia 01 de maio celebramos São José Operário e o dia do trabalhador. O pai adotivo de Jesus transmitiu-lhe seu ofí-cio, por isso Jesus é chamado não só de “o filho do carpinteiro” (Mt 13,55), mas também “o carpinteiro” (cf. Mc 6,3). As-sumindo o trabalho humano, Jesus o torna fonte de bênção e meio de santificação.

Na figura de José, trabalhador, mi-grante (quando migrou para o Egito); pai e esposo, vemos o rosto de tantos irmãos que, como ele, são também trabalhadores, migrantes, pais e esposos, cujos corações muitas vezes se angustiam diante dos desafios da vida, do desemprego, da falta de perspectivas. Suplicamos a intercessão de São José por todos os que sofrem e que precisam de forças para continuar caminhando na fé, por todos os que são vítimas da fome, da miséria, da exploração, das guerras e das perseguições. O mundo precisa aprender a partilhar e acolher, caso contrário, a vida se tornará inviável.

Além de recordarmos o operário José, esposo de Maria, lembramos também da mãe de Jesus. Apesar do frio que se aproxima pela chegada do inverno, nosso coração se mantém aquecido na fé quan-do dirigimos nosso olhar e nossa mente para a Mãe de todos nós, mulher forte, santa, acolhedora, servidora, cheia de

EDITORIAL / IGREJA

fé. Maria, dada pelo Senhor como mãe de todos os seus discípulos e também de toda a humanidade renovada pelo seu Mistério Pascal, ajuda-nos a entender como a fé não decepciona. Ela viveu, acreditou, sofreu, manteve-se obediente e fiel e, por fim, foi glorificada por Deus, a quem sempre serviu com amor. Ela deve servir-nos de inspiração e exemplo! Mas não é só isso, ela nos ajuda! Como Mãe e intercessora, pede sempre ao Filho por nós!

Primeiro foi mãe, depois se tornou dis-cípula do Filho. Com a vinda do Espírito, torna-se também missionária a proclamar, com os apóstolos e demais discípulos e discípulas em Pentecostes, as maravilhas que Deus realizou pelo seu Povo por meio do seu Filho, Jesus. Vive a Igreja nascente, faz parte dela como membro mais eminen-te, torna-se figura da Igreja peregrina e triunfante ao mesmo tempo. Sendo mãe dos discípulos e discípulas de todos os tempos, é Mãe da Igreja também, pois gerou Aquele que se tornou a Cabeça da Igreja, Cristo Jesus, cujos membros somos nós.

É tendo em conta o papel de Maria, nos-sa mãe, na história da salvação e também o retrato que os Evangelhos, os Atos dos Apóstolos e o Apocalipse nos dão dela, que devemos ler os fatos em torno de sua ma-nifestação, por especial desígnio de Deus,

Maio de José e Mariaem tantos momentos da história da Igreja e de tantos modos diferentes, assim como aconteceu em Fátima, Aparecida, aqui na Penha e em tantos lugares do mundo. Em todos estes acontecimentos temos Maria exercendo seu papel de Mãe, Intercessora do Povo de Deus junto ao Filho Jesus e como Missionária do Reino. Como Mãe, mostra seu carinho e ternura para com seus filhos e filhas, sinal da ternura e carinho de Deus para com seu Povo; como Intercessora, pede ao Filho em favor daqueles que são seus membros, a Igreja, e também pela hu-manidade inteira, de modo que encontrem em Cristo a salvação que Deus oferece a todos indistintamente, em seu amor pelos seres humanos, como em Caná ela deseja a felicidade daqueles a quem ama; como Missionária ela é, em primeiro lugar, anun-ciadora do Evangelho e exemplo de vivência da Palavra, suas mensagens querem trazer os corações para seu Filho e para a lei do amor que Ele nos deixou.

A recordação da Mãe de Jesus neste mês de maio nos reporta também à comemora-ção do dia de todas as mamães. Sabendo do mandamento que nos pede para honrar pai e mãe, agradecemos ao Senhor por aquela que, na nossa vida, é um reflexo de Seu amor e Sua ternura: nossa mamãe. Rezemos por elas e saibamos também ser gentis, gratos e atenciosos para com elas.

Pensando em José e em Maria, o querido pai adotivo de Jesus e a santa Mãe de Deus,

não podemos deixar de elevar uma súplica a ambos em favor de nossas famílias, nos-sas comunidades, nossa Igreja pelo mundo e por todos os homens e mulheres de boa vontade que, com sua vida e trabalho se empenham para tornar este mundo melhor.

Parabéns a todos os irmãos e irmãs trabalhadores e que Deus lhes conceda a graça de poderem colher o fruto de seu trabalho e obter vida com dignidade para si e suas famílias, e de terem seus direitos respeitados! Parabéns a todas as mamães, sinais da ternura de Deus, mulheres fortes e geradoras de vida! Que Deus lhes dê, por intercessão da Virgem Maria, a graça de poderem ser felizes vendo seus filhos crescerem com saúde, alegria, dignidade e de receberem a gratidão que merecem por parte deles.

Um abraço fraterno com muitas bên-çãos de Deus.

Pe. EDILSON DE SOUZA SILVA

Pároco da Basílica de Nossa Senhora da Penha

AGENDA PAROQUIAL de MAIO e JUNHO

04/mai Formação para Liturgia às 19h30, no Salão Paroquial.10/mai Terço dos Homens às 19h00, na Basílica de N. Sra. da Penha.10 a 12/mai Tríduo na Comunidade Nossa Senhora de Fátima13/mai Missa em ação de graças pelos 130 da Abolição da Escravatura às 10h na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.13/mai Procissão e Missa na Comunidade Nossa Senhora de Fátima às 17h30.17/mai Terço dos Homens às 19h00, na Basílica de N. Sra. da Penha.19/mai Reunião de Formação para Catequistas das 15h00 às 17h00, no Salão Paroquial.19/mai Pastoral do Batismo - palestra para pais e padrinhos ás 18h00, na Basílica.20/mai Pastoral do Batismo – celebração do batismo às 09h00, na Basílica.24/mai Terço dos Homens às 19h00, na Basílica de N. Sra. da Penha.25/mai Reunião de Formação para Equipes de Liturgia das 19h30 às 21h30, no Salão Paroquial.26/mai Reunião de Formação para Ministros e Ministras às 09h30, Salão Paroquial.31/mai Missas de Corpus Christi às 07h30; 10h30 e 19h na Basílica.07/jun Terço dos Homens às 19h00, na Basílica de N. Sra. da Penha.

Visite a página oficial da Basílica nossa senhora da penha sp Dê sua opinião e divulgue para seus contatos/amigoshttps://www.facebook.com/basilicansradapenhasp/

EDITORIAL

O SANTUÁRIO DA PENHA MAIO DE 2018 3PUBLICIDADES

“DAI-NOS, Ó MARIA, A FORÇA DE QUE PRECISAMOS PARA ANDAR DECIDIDAMENTE NO CAMINHO DA VIDA, REDENÇÃO E LIBERTAÇÃO, DE VOSSO FILHO JESUS”

O SANTUÁRIO DA PENHAMAIO DE 20184FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

ROBERTO ALVES DE OLIVEIRA | Equipe de Comunicação

Therezinha Martins S. Ramos Dizimista 9/maiEmerson Pinfildi Equipe de Comunicação 10/maiMaria Antonia L. de Mello Dizimista 10/maiRosa E. dos Santos SASP 10/maiValdemar dos Reis Liturgia/Coral 11/maiManuel Gouveia Dizimista 12/maiGenessi da S. Furicho Dizimista 13/maiEsmael Roberto Versori Junior Dizimista 13/maiIracy Araújo Liturgia/Coral 13/maiCarla Dias Correa Dizimista 14/maiMario Roberto de Andrade Dizimista 14/maiAntonio Martins Veras Dizimista 15/maiVera Lúcia Ferreira Dizimista 19/maiMaria de Fátima Barrada Leal Dizimista 20/maiHélio Balduíno Dizimista 20/maiPaulo Roberto Carvalho Dizimista 20/maiMaria Conceição S. Rodrigues Liturgia/Coral 20/maiMarinalva T. dos Santos Dizimista 20/maiRosangela Maria de Pace Dizimista 20/maiRita de Cássia Feres Liturgia 22/maiZilma Aires Liturgia/Coral 22/maiManoel Moreira Pinto Equipe de Noivos 23/maiMaria Heliodora P. de Souza Dizimista 23/maiPedro Moreira Rodrigues Dizimista 23/maiFátima Terezim Nogueira Dizimista 25/maiBernardete Santos Bahia Dizimista 26/maiRaimundo Alves de Sá Acolhida 26/maiWalmir Moreira Floriano Funcionário 26/maiJosé Carlos da Silva Dizimista 27/maiJoão Barbosa de Oliveira Dizimista 28/maiIzaltina Fátima S.Rodrigues Dizimista 29/maiJanete Leite de Camargo Dizimista 29/maiBenedita dos Santos Bertola Dizimista 30/maiMarcia Ferreira de Amorim Dizimista 30/maiEdnei Ferreira Alves Dizimista 31/maiBerenice Maria Bueno Dizimista 02/junLuiza Aparecida Altemari Comunidade de Fátima 02/junMaria de Lourdes C. Jenkino Dizimista 02/junMariana Peres Santana Dariano Dizimista 02/junAureny S. P. da Silva (Lílian) SASP 03/junElisabete da Costa Vilela SASP 03/junPaulo Alves de Lima Dizimista 05/junAdvaldo Amaral Ferreira Dizimista 07/jun

PARA VOCÊ LEMBRAR!

CONFISSÕES INDIVIDUAIS

MISSAS NA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA:2ª feira às 15:00 h, no Ossário.4ª feira às 15:00 h (Novena Perpétua) 6ª feira às 15:00 h. (Pelos Enfermos)DOMINGO às 07:30 h, 10:30 h e 19:00 h.MISSA DO DIA 08: Missa de Nossa Senhora da Penha na Basílica às 07:30 h; 15:00 h e 19:00 h.MISSAS NA COMUNIDADE NOSSA SENHORADE FÁTIMA:Todos os Domingos às 09:00 h.

MISSAS NO SANTUÁRIO EUCARÍSTICO:3ª a 6ª feira às 07:15 h e 17:00 h.Sábado às 07:15 h e 16:00 h.DOMINGO às 9:30 h.MISSAS NA IGREJA DO ROSÁRIO:2ª feira às 11:00 h.CELEBRAÇÃO DA PALAVRA NA IGREJA DO ROSÁRIO:Todo primeiro domingo do mês às 10:00 hMISSA NA CAPELA DO CLUBE ESP.DA PENHA:2° e 4° Domingo do Mês às 09:00 h.

GRUPO DE ORAÇÃO – MISERICÓRDIA DIVINA:6ª feira 19:30 h na Igreja do Rosário.GRUPO DE ORAÇÃO – RENOVADOS PELO ESPÍRITO:Domingo às 16:30 h na Igreja do Rosário.CATEQUESE: Sábado das 09:00 h às 11:00 h.TERÇO DOS HOMENS: 5ª feira as 19:00 h, na Capela

do Santíssimo da BasílicaBATIZADOS e CASAMENTOS: Marcar de2ª à 6ª feira das 08:30 h às 11:30 h e das14:00 h às 17:00 h e Sábado das 08:30 hàs 11:30 h e das 14:00 h às 15:30 h nasecretaria da Basílica.

SANTUÁRIO EUCARÍSTICO DIOCESANO:Terça à Sexta: das 09:00 h às 11:00 h e das 15:00 h às 16:00 h

Sábado: das 09:00 h às 11:00 h.BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA:

Sexta: das 16:00 h às 17:30 h. - Sábado: das 9:00 às 11:00 e das 14:00 h às 15:00 h.

NOTAS!O SANTÍSSIMO SACRAMENTOFica exposto durante o dia (exceto às 2ª feiras) no San-tuário Eucarístico Diocesano (Igreja Velha da Penha).

VISITA AOS DOENTES:Para receber a visita do Padre ou de Ministros (as) para comunhão, neces-sário agendar na livraria ou na secre-taria (deixando: endereço, telefone e

horários mais convenientes).

CAMPANHA DOS ALIMEN-TOS PARA AS

FAMÍLIAS CARENTES:Trazer como ofertório nas missas do dia 08 de cada

mês, na Basílica.

SECRETARIA DA BASÍLICASegunda à Sexta-Feira das 08:30 h às 12:00 h e das 14:00 às 17:30 h

Sábado das 08:30 h às 12:00 h e das 14:00 às 16:00h. A secretaria está fechada aos Domingos e Feriados

Dízimo do mês de Abril 2018 - R$ 7.123,00 Ganhador(a) da Bíblia sorteada em 08 de Abril 2018

Maria de Freitas Timóteo Gouveia – Nº 182

PASTORAL DO DÍZIMO

ÓRGÃO INFORMATIVO E FORMATIVO DA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA PADROEIRA DA CIDADE DE SÃO PAULO DIOCESE DE SÃO MIGUEL PAULISTA | RUA SANTO AFONSO, 199 – FONES: 2295-4462 – SÃO PAULO.

Site: www.basilicadapenha.com.br / e-mail: [email protected]://www.facebook.com/basilicanossasenhoradapenha

• DIRETOR: Pe. Edilson de Souza Silva • EDITOR: Roberto Alves de Oliveira • JORNALISTA RESPONSÁVEL: Ricardo Bigi - MTb 39.450 • SUPERVISÃO DE TEXTO E DIGITAÇÃO: Soleimar Maria Rossi e Roberto A. de Oliveira • REVISÃO: Eduardo Mazzocatto • RELAÇÕES PÚBLICAS/ COMERCIAIS: Roberto A. de Oliveira e Elvis R. Bertola • ASSINATURAS: José Pinfildi Filho • REPOR-TAGEM e PESQUISAS: Roberto A. de Oliveira • COLABORADORES: Pe. Edilson de Souza Silva, Elvis Roberto Bertola, Soleimar M. Rossi, Roberto A. de Oliveira, Ralph Rosário Solimeo, Claudio e Maria Pincinato, Emilia T. Costa Tierno, Paulo Imparato, Marta Ap. L. de Ana, Marilena Alfano Teixeira Lima, Leonardo C. de Almeida e Atílio Monteiro Jr. • ILUSTRAÇÕES e FOTOS: Roberto A. de Oliveira, Memorial Penha de França, Inventy Soluções Criativas, site da Diocese de São Miguel Paulista • TIRAGEM: 3.000 exemplares • DIAGRAMAÇÃO: José Hildegardo– Fone: (88) 99974-9086 • FOTOLITO e IMPRESSÃO: Atlântica Gráfica e Editora Ltda Fone: (11) 4615-4680.

As matérias assinadas são de total responsabilidade de seus autores, isentando este jornal de qualquer responsabilidade sobre as mesmas.

AVISOS COMUNITÁRIOS - PROGRAME-SEMATRÍCULAS PARA A CATEQUESE - TODOS OS DOMINGOS DE

MAIO, ANTES E APÓS AS MISSAS – NA ENTRADA DA BASÍLICA.VENHAM REFORÇAR NOSSO CORAL E GRUPOS DE CANTO – PARA

FAZER A LITURGIA MAIS VIVA (CONTATOS NAS MISSAS DOMINICAIS).OS INTERESSADOS EM PARTICIPAR DA PASTORAL DA ACOLHIDA

ENTRAR EM CONTATO COM PAULO, NA MISSA DOMINICAL DAS 07:30 H; ELVIS NA MISSA DAS 10:30 H OU ROBERTO, NA MISSA DAS 19:00 H.

CASAIS INTERESSADOS EM PARTICIPAR DA EQUIPE DE NOIVOS E MATRIMÔNIO – ENTRAR EM CONTATO COM PADRE EDÍLSON DURANTE AS MISSAS DOMINICAIS OU DEIXAR O CONTATO NA SECRETARIA DA

PARÓQUIA (FONE: 2295-4462).TERÇO DOS HOMENS – PARTICIPEM DESTE MOMENTO DE ORAÇÃO

TODAS AS QUINTAS-FEIRAS ÀS 19H, NA CAPELA DO SANTÍSSIMO DA BASÍLICA.

LITURGIA – FORMAÇÃO DIAS 04/05 E 25/05 ÀS 19H30, NA BASÍLICA.

O SANTUÁRIO DA PENHA MAIO DE 2018 5PUBLICIDADES

“A PALAVRA NOS APROXIMA UNS DOS OUTROS, POIS ELA É FONTE QUE SUSTENTA NOSSOS JUSTOS DESEJOS DE JUSTIÇA E DE DIGNIDADE”

O SANTUÁRIO DA PENHAMAIO DE 20186

MINISTÉRIO DA PALAVRA e PASTORAL DO BATISMOMês de Maio: Correr como Nossa Senhora!

FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

Há pouco tempo assisti a um pequeno vídeo que mostrava uma tradicional procissão numa cidade do interior da Espanha. Tratava-se de uma espécie de “procissão do encontro”, mas com uma variável muito interessante: de um lado, numa enorme praça, vinha o andor de Jesus Ressuscitado, do outro, trazido por muitos homens trajados para a ocasião, vinha outro andor com uma imagem tamanho natural de Nossa Senhora, com um manto negro. A certa altura, a um sinal, o manto cai e aparece a imagem por baixo ricamente vestida e, então, aqueles numerosos homens lite-ralmente correm com a imagem de Nossa Senhora em direção a Jesus Ressuscitado.

A cena acima é, sem dúvida, uma expressão bonita da religio-sidade popular do povo espanhol. Ela acontece como parte das ce-lebrações da Páscoa, embora não pertença à Liturgia da Igreja. No entanto, o que leva à reflexão, não é tanto a festa em si, mas o ato de “correr” de Maria. Em primeiro lugar, simboliza toda a alegria incontida de Nossa Senhora ao saber e ver seu Filho vivo. É a expansão da certeza que ela guardava, em silêncio, como sempre, em seu imaculado coração!

Mas a “corrida” de Maria evoca outra coisa também. Que o cristão é aquele que corre. O cristão deve ter pressa. O católico não pode esperar. Pressa de que? Pressa em correr ao encontro de Cristo e “viver como Ele

viveu”. Vejamos alguns testemunhos dessa atitude espiritual de seguimento:

Em Mateus 9, 9 lemos: Ao pas-sar, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu-o.

Em Lucas 2, 16, os pastores cor-rem pressurosos a Belém encontrar Maria e o Menino recém-nascido.

Do mesmo modo, em mais um exemplo, Maria nos dá o exemplo, ao seguir “apressadamente” para ajudar sua prima Isabel (Lc 1, 39), pois a Deus também se encontra na pessoa e no serviço dos irmãos.

A Epístola aos Hebreus nos exorta: “Corramos com perseveran-ça, no certame que nos é proposto, com os olhos fixos em Jesus, que

vai à frente da nossa fé e a leva à perfeição.” (Hb 12, 1)

São Bento em sua Regra para os monges diz que: “Se queremos habitar na tenda real do acampa-mento desse reino, é preciso correr pelo caminho das boas obras, de outra forma nunca se há de chegar lá” (RB, Prólogo, 22) e ainda, nos versículos 42 a 44 do mesmo Pró-logo: “E se, fugindo das penas do in-ferno, queremos chegar à vida eterna, enquanto é tempo, e ainda estamos neste corpo, e é possível realizar todas essas coisas no decorrer desta vida de luz, cumpre correr e agir, de forma que nos aproveite para sempre.”

Do mesmo modo, esta “pressa” pelo seguimento de Cristo se faz urgente na vida de vários e grandes santos que conhecemos. Vemos na vida do popular Santo Expedito – cujo nome já indica pressa! – que a tentação o sugeria deixar para “amanhã” sua opção por Cristo, e ele valorosamente diz “Hoje!”

Assim, poderíamos indicar ainda inúmeros exemplos e passagens da Escritura que nos exortam a esta santa pressa pelas coisas de Deus e pelo seguimento de Jesus.

Paradoxalmente, vivemos num tempo em que, sobretudo nas grandes cidades, todos têm pressa; pressa de ganhar dinheiro, pressa de conquistar cargos, fama, po-sições, reconhecimento, poder, beleza, bens materiais de todo tipo e conquistar pessoas de todo tipo. Todos têm pressa de alguma coisa: de uma cura, de um trabalho novo, de um relacionamento que o/a satisfaça. Mas certas “pressas” tornam as pessoas “presas” de seu próprio eu, de sua própria visão egocêntrica, pois seu referencial não está colocado fora de si, mas em si mesmas. São pressas de mor-

PASTORAL DA CATEQUESE

SASP – Serviço Social da Penha

te, porque buscamos a nós mesmos e, por isso, não nos encontramos em lugar nenhum. A pressa de Deus é outra: é serena, é cheia da verda-deira paz, não estressa, não engana, não mata. A verdadeira pressa da qual fala o texto de Hebreus e São Paulo em suas epístolas é a santa pressa focada fora do nosso eu, por-que tem como meta a Cristo, pois o desejo Dele deve ser a mola que nos impulsiona a buscá-lo.

Os que se consagram na vida religiosa, o fazem (pelo menos espera-se), porque têm pressa de viver já, no aqui-agora, o ainda-não do céu. É o exemplo de Maria, nossa Mestra de seguimento de Cristo. Seu amor a impulsionou sempre, como também Paulo testemunha: “O amor de Cristo nos impulsiona” (2 Cor 5,14). Pois no seguimento de Cristo, ou se progride ou se retrocede. Não existe ficar parado. Ou se vai de bem a melhor, ou se vai de mal a pior (Sto. Inácio de Loyola)

Neste mês de Maio, portanto, ainda sob os influxos das alegrias da Páscoa, retomemos o ardor amo-roso do seguimento de Cristo, que tantas testemunhas nos oferecem e a Igreja nos exorta para isso, e com a força da graça que os sacramentos pascais e a Palavra de Deus nos conferem.

E que Maria, nossa Mãe, a “pressurosa” de encontrar seu Filho ressuscitado, nos faça sentir a mesma alegria que ela teve, para que neste ano do laicato, o povo de Deus se mova e renove na pres-sa de ser verdadeiros discípulos e missionários do Ressuscitado onde quer que esteja.

ATÍLIO MONTEIRO JÚNIORMinistro da Palavra e

do Batismo

Caros leitores, segundo Hebreus 3:4 “Toda casa é construída por alguém, mas Deus é o edificador de tudo”. Assim, neste mês, transcrevo abaixo o texto cujo título é “A loja de Deus” de autor desconhecido. Espero que gostem! Beijos carinhosos!

MARTA AP. L. da ANA - Catequista

“Entrei e vi um Anjo no balcão. Maravilhado, disse-lhe: – Santo Anjo do Senhor, o que vendes ?Respondeu-me: – Todos os dons de Deus.Perguntei: – Custa muito?Respondeu-me: – Não, é tudo de graça.Contemplei a loja e vi jarros com sabedoria, vidros com fé, pacotes com esperança, caixinhas com sal-

vação, potes com amor. Tomei coragem e pedi: – Por favor, Santo Anjo, quero muito amor, todo o perdão, um vidro de fé, bastante felicidade e salvação eterna para mim e para minha família também.

Então o Anjo do Senhor preparou-me um pequeno embrulho, tão pequeno, que cabia na palma da minha mão. Maravilhado, mais uma vez, disse-lhe:

– É possível tudo estar aqui ? O Anjo respondeu-me sorrindo: – Meu querido irmão, na loja de Deus não vendemos frutos. Apenas sementes”.

No momento em que você foi criado, Deus sorria e pensava amoro-samente em você. Cada um de nós é uma obra rara, inigualável, porque somos diferentes uns dos outros. Você não é igual a ninguém e ninguém é igual a você. Por isso você é muito especial! E somente Deus poderia criar dessa maneira tão especial, criativa e amorosa. Quando Deus cria, Deus ama, só algo de muito extraordinário pode acontecer. Deus é puro amor e fez de nós seus filhos e filhas muito amados. Nos momentos mais difíceis devemos nos lembrar sempre disso: Deus está sempre conosco, desde a nossa criação. Seu amor é tão grande que nos deu seu único Filho para nos redimir e tornar-nos dignos de alcançar o seu Reino. Neste mês em que comemoramos o Dia da Mães, vamos agradecer ao nosso Divino Pai pela criatura maravilhosa que Ele nos Deus: nossa mãezinha querida e nossa mãezinha do céu! Que todos tenhamos lindos momentos, lembrando-se das palavras de Jesus na cruz: “Filhos, aí está sua mãe; mãe, aí estão os seus filhos”.

SOLEIMAR MARIA ROSSI | Equipe do SASP

O SANTUÁRIO DA PENHA MAIO DE 2018 7

“DEUS NOS DEU O DOM DE TRABALHAR PARA NOSSO SUSTENTO E TAMBÉM É O MODO DE PARTICIPARMOS DE SUA OBRA CRIADORA”

PUBLICIDADES

O SANTUÁRIO DA PENHAMAIO DE 20188FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

ANGELUS - Praça de São PedroDomingo, 30 de Maio de 2010Queridos irmãos e irmãs!

Depois do tempo pascal, con-cluído no domingo com o Pente-costes, a liturgia volta ao “tempo comum”. Mas isto não significa que o empenho dos cristãos deva diminuir, aliás, tendo entrado na vida divina mediante os Sacra-mentos, somos chamados quoti-dianamente a estar abertos à ação da Graça, para progredir no amor a Deus e ao próximo. O domingo da Santíssima Trindade, num certo sentido, recapitula a revelação de Deus que aconteceu nos mistérios pascais: morte e ressurreição de Cristo, a sua ascensão à direita do Pai e a efusão do Espírito Santo.

A mente e a linguagem humanas são inapropriadas para explicar a relação existente entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e, contu-do os Padres da Igreja procuraram explicar o mistério de Deus Uno e Trino, vivendo-o na própria exis-tência com fé profunda.

De facto, a Trindade divina começa a habitar em nós no dia do Batismo: “Eu te batizo – diz o ministro –em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. O nome de Deus, no qual fomos batizados, recordamo-lo todas as vezes que fazemos em nós mesmos o sinal da cruz. O teólogo Romano Guardini, a propósito do sinal da cruz, observa: “Fazemo-lo antes da oração, para que... ponha-nos espiritualmente em ordem; con-

centrem em Deus pensamentos, coração e vontade; depois a ora-ção, para que permaneça em nós o que Deus nos doou... Ele abraça todo o ser, corpo e alma,... e tudo se torna consagrado em nome do Deus uno e trino” (Lo spirito della liturgia. I santi segni, Brescia 2000, págs. 125-126).

No sinal da cruz e no nome do Deus vivente está, portanto contido o anúncio que gera a fé e inspira a oração. E, como no Evangelho Jesus promete aos Apóstolos que “quando Ele vier, o Espírito da verdade, guiar-vos-á a toda a verdade” (Jo 16, 13), assim acontece na liturgia dominical, quando os sacerdotes dispensam, de semana em semana, o Pão da Palavra e da Eucaristia. Também o Santo Cura d’Ars o recordava aos

SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE | PAPA BENTO XVI

seus fiéis: “Quem acolheu a vossa alma – dizia – ao primeiro entrar na Vida? O sacerdote. Quem a nu-tre para lhe dar a força de realizar a sua peregrinação? O sacerdote. Quem a preparará para cumprir diante de Deus, lavando-a pela última vez no sangue de Jesus Cristo?... sempre o sacerdote” (Carta de proclamação do Ano sacerdotal).

Queridos amigos, façamos nossa a oração de Santo Hilário de Poitiers: “Conserva incontaminada esta fé reta que está em mim e, até ao meu último respiro, dá-me igualmente esta voz da minha consciência, para que eu perma-neça sempre fiel ao que professei na minha regeneração, quando fui batizado no Pai, no Filho e no Espírito Santo” (De Trinitate, XII, 57, CCL 62/a, 627). Invocando a Bem-Aventurada Virgem Maria, primeira criatura plenamente ina-bitada pela Santíssima Trindade, pedimos a sua proteção para pros-

NOS CAMINHOS DE MARIA

Perfume doce de flores do an-dor; cortejos de crianças vestidas como anjinhos; orações, ladainhas e cânticos populares; pétalas de rosas pelo chão; toalhas, cortinas, rendas e mantos azuis e brancos; sinos e procissões; terços ou velas às mãos e lágrimas nos olhos... Assim é, para muitas de nossas comunidades, o mês tradicional de maio, mês de Maria, Mãe da Igreja, a Quem coroamos como Senhora e a Quem assim nos dirigimos neste Tempo Pascal: “Regina Co-eli” - Rainha do céu... E Rainha de todos os povos da terra!

As manifestações de devoção que a piedade popular presta a Maria alcançam seu ápice neste mês mariano com as coroações das imagens da Virgem, comu-mente no dia 31, Festa Litúrgica da Visitação de Nossa Senhora. O gesto da coroação, repleto de sentimento e afeição, não é meramente ingênuo, sentimental e infundado. A coroação de Ma-ria, por traz do simbolismo, que evoca a Mulher do Apocalipse (Ap 12,1-2), é uma prestação de devido reconhecimento Àquela

que pelo Deus Libertador foi preservada da mancha do peca-do em previsão dos méritos de Cristo, de Quem tornou-se Mãe e fiel Colaboradora no plano divino da salvação. Elevada aos céus de corpo e alma, Maria nos permite antever o prêmio da eterna glória. Filha, Esposa e Mãe do Deus Uno e Trino, a Senhora recebe a coroa esplendorosa da glória celestial.

Ao fazermos memória desse mistério nas cerimônias de coro-ação de Maria, reconhecemo-La não apenas como Rainha dos céus, mas Rainha das nações todas, que encontram n’Ela um sinal da proteção do Alto. Nesse sentido, as variadas etnias atribuem a Ela um sem-fim de títulos, invocações e nomes que evidenciam sua mis-são como Mãe da Igreja, bendita herança que o Cristo nos deixou antes de sua morte (Jo 19,26-27). Esses títulos, com tantas e distintas formas de represen-tações iconográficas, designam a mesma Mãe de Deus e nossa, podendo fazer referência geográ-fica alusiva ao desenvolvimento da devoção em questão (como

em Nossa Senhora da Penha, de Fátima, de Lourdes, de Nazaré, do Monte Carmelo, de Guadalupe); referência a alguma característica pessoal da Senhora (a partir de analogias, inclusive) ou a algum atributo que Ela apresenta (como em do Perpétuo Socorro, do Di-vino Amor, Auxiliadora, Porto da Eterna Salvação, da Rosa Mística, do Rosário, da Candelária, das Graças ou da Medalha Milagrosa, da Escada); referência a episódios bíblicos da caminhada terrena de Maria ou a pontos dogmáticos (como em Imaculada Conceição, Mãe de Deus – “Theotokos”, da Anunciação, da Expectação do Ó, do Bom Parto, do Leite, do Des-terro, da Boa Morte, da Assunção, das Dores, Rainha dos Apóstolos); referência a alguma necessidade da Igreja e da humanidade (como da Saúde, do Bom Conselho, da Boa Viagem, do Bom Sucesso, do Patrocínio, do Trabalho, dos Navegantes, da Ajuda, da Defesa); ou, ainda, referência à maneira como se deu a aparição/manifes-tação da Virgem (como Aparecida, Achiropita), além de outras formas

possíveis de categorização dessas invocações. Obviamente, alguns títulos marianos se enquadram, simultaneamente, em duas ou mais dessas categorias, que dialogam entre si.

Em todo lugar, situação ou época histórica em que a vida se esvai e as trevas doridas da injus-tiça, da escravidão, da penúria, da carestia, dos desastres naturais, da opressão, da peste, da deso-lação, da guerra, do preconceito, da enfermidade, da perseguição, da crise social, ética e política e de outras tantas intempéries se abatem sobre os povos, Ma-ria torna atual seu Magnificat, evidenciando a predileção divina pelos pequenos e dando sentido e concretude à sua missão de Mãe da Igreja. Providencialmente, nesses

Maio de Maria, Mãe e Mestra, de mil nomes.

momentos cruciais e críticos da História da humanidade, Ela se manifesta em aparições, imagens ou inspirações que principiam as devoções e os títulos marianos, os quais trazem alento e, tal como nas Bodas de Caná, o Vinho Novo da Alegria, Jesus Cristo, aplacan-do todas as vicissitudes. Cabe a nós, assim, render graças, porque a majestade servidora de Maria nos permite chamá-la, antes de Rainha, “Mãezinha do céu”, como muitos cantamos, filialmente, nas noites plácidas de coroação deste mês de maio...

LEONARDO CAETANO DE ALMEIDA

Equipe de Comunicação e Associado da Academia

Marial de Aparecida

seguir bem a nossa peregrinação terrena.

FONTE:http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/

angelus/2010/documents/hf_ben-xvi_ang_20100530.html

por ROBERTO A. de OLIVEIRA

Equipe de Comunicação

O SANTUÁRIO DA PENHA MAIO DE 2018 9PUBLICIDADES

“O FILHO ETERNO DO PAI, QUE VIVEU ENTRE NÓS E FEZ SUA A NOSSA HUMANIDADE, SUBIU AO CÉU, PARA QUE VIVENDO O QUE NOS ENSINOU, FOSSEMOS COMO ELE”

O SANTUÁRIO DA PENHAMAIO DE 201810FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

CATEQUESE DO PAPA FRANCISCO

FORMANDO COM A IGREJA - Salve Rainha

EQUIPE DE ACOLHIDASer acolhida

AUDIÊNCIA GERALPraça São Pedro

Quarta-feira, 31 de Maio de 2017

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Na iminência da solenidade de Pentecostes não podemos deixar de falar da relação que há entre a esperança cristã e o Espírito Santo. O Espírito é o vento que nos impele para a frente, que nos mantém no caminho, que nos faz sentir pere-grinos e forasteiros, e não permite que descansemos sobre os nossos próprios louros e que nos tornemos um povo “sedentário”.

A Carta aos Hebreus compara a esperança a uma âncora (cf. 6, 18-19); a esta imagem podemos acrescentar a da vela. Se a âncora é o que dá à barca a segurança e a mantém “ancorada” entre as ondas do mar, ao contrário a vela é o que a faz caminhar e avançar sobre as águas. A esperança é deveras como uma vela; ela recolhe o vento do Espírito Santo e transforma-o em força motriz que impele a barca, dependendo das circunstâncias, ao

largo ou à beira-mar.O apóstolo Paulo conclui a sua

Carta aos Romanos com estes votos: ouvi bem, escutai bem que auspício bonito: «O Deus da esperança vos encha de toda a alegria e de toda a paz na vossa fé, para que pela virtude do Es-pírito Santo transbordeis de esperança» (15, 13). Reflitamos um pouco sobre o conteúdo desta belíssima palavra.

A expressão “Deus da esperança” não significa somente que Deus é o objeto da nossa esperança, ou seja, Aquele que esperamos alcançar um dia na vida eterna; quer dizer tam-bém que Deus é Aquele que já neste momento nos faz esperar, aliás, nos torna «alegres na esperança» (Rm 12, 12): alegres agora por esperar, e não só esperar para ser alegres. É a alegria de esperar e não esperar para ter alegria, já hoje. “Enquanto houver vida, haverá esperança”, diz o ditado popular; e é verdade também o contrário: enquanto houver esperan-ça, há vida. Os homens necessitam de esperança para viver e precisam do Espírito Santo para esperar.

São Paulo — ouvimos — atribui ao Espírito Santo a capacidade de nos fazer até “transbordar de es-

perança”. Transbordar de esperança significa nunca desanimar; significa esperar «contra qualquer esperança» (Rm 4, 18), ou seja, esperar até quando falta qualquer motivo hu-mano para esperar, como aconteceu com Abraão no momento em que Deus lhe pediu para sacrificar o único filho, Isac, e como sucedeu também, ainda mais, com a Virgem Maria aos pés da cruz de Jesus.

O Espírito Santo torna possível esta esperança invencível dando-nos o testemunho interior de que somos filhos de Deus e seus herdeiros (cf. Rm 8, 16). Como poderia Aquele que nos entregou o seu único Filho não nos dar também com Ele todas as coisas? (cf. Rm 8, 32). «A esperança — irmãos e irmãs — não desilude: a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado em nos-sos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado» (Rm 5, 5). Portanto, não desilude, porque há o Espírito Santo dentro de nós que nos impele a ir em frente, sempre! E por esta razão, a esperança não desilude.

Há mais: o Espírito Santo não nos torna somente capazes de espe-rar, mas inclusive de ser semeadores de esperança, de ser também nós — como Ele e graças a Ele — “pa-ráclitos”, ou seja, consoladores e defensores dos irmãos, semeadores de esperança. Um cristão pode semear amarguras, pode semear perplexidades, e isto não é cristão, e

quem faz isto não é um bom cristão. Semeia a esperança: semeia óleo de esperança, semeia perfume de esperança e não vinagre de amargura e de desesperança. O Beato cardeal Newman, num seu discurso, dizia aos fiéis: «Instruídos pelo nosso próprio sofrimento, pela nossa própria dor, aliás, pelos nossos próprios pecados, teremos a mente e o coração treina-dos para qualquer obra de amor em relação aos necessitados. Seremos, conforme a nossa capacidade, con-soladores à imagem do Paráclito — ou seja, do Espírito Santo — e em todos os sentidos que esta palavra comporta: advogados, assistentes, portadores de conforto. As nossas palavras e os nossos conselhos, o nosso modo de fazer, a nossa voz, o nosso olhar, serão gentis e tran-quilizadores» (Parochial and Plain Sermons, vol. v, Londres 1870, pp. 300 s.). E são sobretudo os pobres, os excluídos, os desamados a preci-sar de alguém que para eles se torne “paráclito”, ou seja, consolador e defensor, como o Espírito Santo faz com cada um de nós, que estamos aqui na praça, consolador e defensor. Nós devemos fazer o mesmo com os mais necessitados, com os mais descartados, com aqueles que mais precisam, aqueles que mais sofrem. Defensores e consoladores!

O Espírito Santo alimenta a espe-rança não só no coração dos homens, mas também na criação inteira. Diz o

Apóstolo Paulo — parece um pouco estranho, mas é verdade: que também a criação “aguarda ansiosamente” com a esperança de ser também ela libertada e “geme e sofre” como que dores de parto (cf. Rm 8, 20-22). «A energia capaz de mover o mundo não é uma força anónima e cega, mas é a ação do Espírito de Deus que “pairava sobre as águas” (Gn 1, 2) no início da criação» (Bento XVI, Homilia, 31 de maio de 2009). Também isto nos impele a respeitar a criação: não se pode manchar um quadro sem ofender o artista que o criou.

Irmãos e irmãs, a próxima festa de Pentecostes — que é o aniversário da Igreja — nos encontre concordes na oração, com Maria, Mãe de Jesus e nossa. E o dom do Espírito Santo nos faça transbordar de esperança. Dir-vos-ei algo mais: que nos faça prodigalizar esperança a todos aque-les que mais necessitam, que são mais descartados e a todos aqueles que dela precisam. Obrigado.

Disponível em: https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/audiences/2017/documents/papa-francesco_20170531_udien-za-generale.html

Neste mês de maio, mês das mães, mês do modelo das mães, que é Maria, reapresentamos aos nossos leitores excertos finais da obra do Pe. Dr. Manoel Vidal Rodriguez, La Salve Explicada, em que o erudito sacerdote comenta a oração Salve Rainha, com mara-vilhosas súplicas e louvores à Santa Mãe de Deus. “Doce confiança a que Maria inspira a todos os corações crentes que a amam com fervor, a invocam em suas atribulações e cantam os seus louvores em todas as línguas da Terra. O enfermo recorre a Maria para pedir a sua cura; a alma inquieta, a paz; o coração angustiado, a resignação e a calma; o ânimo angustiado um pouco de esperança... Ó Maria! Quem sois e o que sois, para que todo esse conjunto de necessitados recorra a Vós, e tão prontamente recobre a esperança? Quem sois? Uma Mãe para todos, que devolveis aos corações mais feridos e abandonados a esperança e a vida. Mãe compassiva, que se compadece de todo sofrimento, de todo abandono e de toda a dor. Mãe amorosa, que se comove ao menor grito dos seus filhos e acode ao ouvir o mais ligeiro suspiro. Mãe vigilante, que vê, compreende e sabe tudo, e não descansa enquanto tem algum bem a dispensar... Ó Mãe amada! Sempre sereis toda poderosa, toda misericordiosa, boa integralmente para todos. O sorriso de vossos lábios atrairá sempre o pobre, o que sofre, o culpado, e ninguém se retirará sem levar, dadas por Vós, a paz e a esperança.

Ó Mãe Santa! Ninguém pode aproximar-se de Vós sem experimentar em si mesmo algo mais santo, se é puro. Como a luz sempre ilumina e o fogo sempre aquece, assim vossa santidade sempre santifica. Concedei-nos que, ao menos por um instante, aproximem-se de Vós as almas que nos são queridas e vivem afastadas de Deus... Ó Mãe amável! Em todas as circunstâncias, sempre dais algo àquele que para Vós estende as mãos, ou que mal se dirige a Vós do mais íntimo de seu coração. Qualquer que seja o estado de uma alma – seja débil, seja culpável, ora covarde ou desesperada -, jamais se retirará de vossa presença pronunciando esta tristíssima expressão: Ela me rechaçou! Graças, meu Deus, por me terdes dado Maria! Graças Santa Igreja Católica, por me haverdes inspirado a doce obrigação de recorrer a Maria! Graças, minha mãe amada, por me terdes ensinado, em minha infância, a balbuciar esse dul-císsimo nome!”

Supliquemos, ainda, a Virgem Santa: Santíssima Mãe, nunca se ouviu dizer que quem recorre a Vós é por Vós abandonado. Aten-dei, pois, a minhas súplicas, cobrindo-me com o Vosso manto, protegendo-me de todos os males da alma, do corpo e da mente e inflamando o meu coração e o coração de todos os homens, com as chamas de Vosso imenso amor.

RALPH ROSÁRIO [email protected]

Acolhida é união, trabalho conjunto. Faz-se necessário para um bom acolhedor que se desdobre na educação e que cada membro faça sua parte sendo o mais recep-tível possível usando do companheirismo sua ferramenta de trabalho.

Fazer da acolhida um exemplo de pos-tura, e que nossa casa, a casa de Deus, que está nos dando esta oportunidade, triunfe de alegria, e que cada membro seja um merecedor de pertencer a esta tão nobre Pastoral.

PAULO IMPARATO

Coordenador da Equipe de Acolhida

O SANTUÁRIO DA PENHA MAIO DE 2018 11PUBLICIDADES

“É PRECISO ESTAR CONSCIENTE DE QUE O ANÚNCIO DO EVANGELHO É DE NOSSA RESPONSABILIDADE E OBRIGAÇÃO, POIS SOMOS CRISTÃOS”

O SANTUÁRIO DA PENHAMAIO DE 201812FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

MENSAGEM DA CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL

AO POVO DE DEUSO que vimos e ouvimos nós

vos anunciamos, para que também vós tenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo (1Jo 1,3)

Em comunhão com o Papa Francisco, nós, Bispos membros da CNBB, reunidos na 56ª Assembleia Geral, em Aparecida – SP, agra-decemos a Deus pelos 65 anos da CNBB, dom de Deus para a Igreja e para a sociedade brasileira. Convidamos os membros de nossas comunidades e todas as pessoas de boa vontade a se associarem à reflexão que fazemos sobre nossa missão e assumirem conosco o compromisso de percorrer este caminho de comunhão e serviço.

Vivemos um tempo de politi-zação e polarizações que geram polêmicas pelas redes sociais e atingem a CNBB. Queremos promover o diálogo respeitoso, que estimule e faça crescer a nossa comunhão na fé, pois, só permanecendo unidos em Cristo podemos experimentar a alegria de ser discípulos missionários.

A Ascensão do Senhor, que acontece 40 dias após a Páscoa, celebra a subida de Jesus ao céu.

Após sua ressureição, Jesus permaneceu 40 dias com os apóstolos, lhes ensinando sobre o reino dos céus. Quando sobe aos céus, Jesus se torna mediador en-tre Deus e homens. A ida de Jesus para o céu não significa uma se-paração, conforme explicou Papa Francisco. A Ascensão mostra ao homem que seu caminho é o Pai e que Jesus permanece conosco. O Papa diz que “Mesmo se nós não O vemos, Ele está ali! Acompanha-nos, guia-nos, toma-nos pela mão e nos levanta quando caímos”.

Quando rezamos a Oração do Creio, lembramos a Ascensão, reafirmamos nossa fé e crença de que Jesus está conosco “Subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai, todo poderoso”.

A Igreja fundada por Cristo é mistério de comunhão: “povo reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (São Cipriano). Como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela (cf. Ef 5,25), assim devemos amá-la e por ela nos doar. Por isso, não é possível compreender a Igreja simplesmente a partir de catego-rias sociológicas, políticas e ide-ológicas, pois ela é, na história, o povo de Deus, o corpo de Cristo, e o templo do Espírito Santo.

Nós, Bispos da Igreja Católica, sucessores dos Apóstolos, estamos unidos entre nós por uma fraterni-dade sacramental e em comunhão com o sucessor de Pedro; isso nos constitui um colégio a serviço da Igreja (cf. Christus Dominus, 3). O nosso afeto colegial se concretiza também nas Conferências Episco-pais, expressão da catolicidade e unidade da Igreja. O Concílio Vaticano II, na Lumen Gentium, 23, atribui o surgimento das Con-ferências à Divina Providência e, no decreto Christus Dominus, 37, determina que sejam estabeleci-

das em todos os países em que está presente a Igreja.

Em sua missão evangelizadora, a CNBB vem servindo à sociedade brasileira, pautando sua atuação pelo Evangelho e pelo Magistério, particularmente pela Doutrina Social da Igreja. “A fé age pela caridade” (Gl 5,6); por isso, a Igreja, a partir de Jesus Cristo, que revela o mistério do homem, promove o humanismo integral e solidário em defesa da vida, desde a concepção até o fim natural. Igualmente, a opção preferencial pelos pobres é uma marca distin-tiva da história desta Conferência. O Papa Bento XVI afirmou que “a opção preferencial pelos pobres está implícita na fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós, para enriquecer-nos com a sua pobreza”. É a partir de Jesus Cristo que a Igreja se dedica aos pobres e marginalizados, pois neles ela toca a própria carne sofredora de Cristo, como exorta o Papa Francisco.

A CNBB não se identifica com nenhuma ideologia ou partido

político. As ideologias levam a dois erros nocivos: por um lado, transformar o cristianismo numa espécie de ONG, sem levar em conta a graça e a união interior com Cristo; por outro, viver entregue ao intimismo, suspeitando do compro-misso social dos outros e conside-rando-o superficial e mundano (cf. Gaudete et Exsultate, n. 100-101).

Ao assumir posicionamentos pastorais em questões sociais, econômicas e políticas, a CNBB o faz por exigência do Evange-lho. A Igreja reivindica sempre a liberdade, a que tem direito, para pronunciar o seu juízo moral acerca das realidades sociais, sem-pre que os direitos fundamentais da pessoa, o bem comum ou a salvação humana o exigirem (cf. Gaudium et Spes, 76). Isso nos compromete profeticamente. Não podemos nos calar quando a vida é ameaçada, os direitos desres-peitados, a justiça corrompida e a violência instaurada. Se, por este motivo, formos perseguidos, nos configuraremos a Jesus Cristo, vivendo a bem-aventurança da perseguição (Mt 5,11).

A Conferência Episcopal, como instituição colegiada, não pode ser responsabilizada por palavras ou ações isoladas que não estejam em sintonia com a fé da Igreja, sua liturgia e doutrina social, mesmo quando realizadas por

eclesiásticos.Neste Ano Nacional do Laica-

to, conclamamos todos os fiéis a viverem a integralidade da fé, na comunhão eclesial, construindo uma sociedade impregnada dos valores do Reino de Deus. Para isso, a liberdade de expressão e o diálogo responsável são indispen-sáveis. Devem, porém, ser pauta-dos pela verdade, fortaleza, pru-dência, reverência e amor “para com aqueles que, em razão do seu cargo, representam a pessoa de Cristo” (LG 37). “Para discernir a verdade, é preciso examinar aquilo que favorece a comunhão e promove o bem e aquilo que, ao invés, tende a isolar, dividir e contrapor” (Papa Francisco, Men-sagem para o 52º dia Mundial das Comunicações de 2018).

Deste Santuário de Nossa Se-nhora Aparecida, invocamos, por sua materna intercessão, abundan-tes bênçãos divinas sobre todos.

Aparecida-SP, 19 de abril de 2018.

Cardeal Sergio da RochaArcebispo de Brasília – DF

Presidente da CNBB

Dom Murilo Sebastião Ra-mos Krieger, SCJ

Arcebispo São Salvador da Bahia

Vice-Presidente da CNBB

Era da tribo de Levi que provi-nham os sacerdotes e os levitas; por isso este livro, que trata dos deveres dessas categorias de pessoas, é com razão chamado Levítico. Ele vem a ser um ritual, um conjunto de nor-mas que disciplinam a vida litúrgica dos israelitas. Fala principalmente dos sacrifícios de diversos tipos, das leis de pureza e santidade, das festas do calendário, do grande Dia das Expiações e termina com bênçãos e maldições. Inclui tam-bém leis de caráter tipicamente moral, sobre justiça e caridade, como aquela citada por Jesus em Mt 22,39: “Amaras teu próximo como a ti mesmo” (Lv 19,18). Continua interrompida a narração dos fatos relativos à caminhada do povo pelo deserto, que o livro anterior havia contado, até o episódio do bezerro de ouro (Êx 32). As normas cultuais são apre-

ASCENÇÃO DO SENHOR GOTAS DE FORMAÇÃO CRISTÃ – Livro do Levítico

Que a festa da Ascensão ve-nha para nos lembrar que antes de partir, Jesus disse aos discípulos que estaria com eles até o fim. E assim devemos viver na alegria e na fé em Jesus, continuando sua missão de anunciar a boa nova do Reino de Deus.

FONTE: http://www.a12.com/santuario/campanha-dos-devotos/noticias/o-que-signifi-

ca-a-ascensao-do-senhor

por ROBERTO A. de OLIVEIRA

Equipe de Comunicação

sentadas como dadas por Deus a Moisés no contexto da aliança do Sinai, mas, na realidade, ao lado de leis antigas, as maiorias das disposições são muito posteriores, pois só receberam sua forma atual após o retorno do exílio em 538 a.C., época da redação definitiva do livro. O Levítico reafirma a cada passo a santidade de Deus, que se estende às pessoas, lugares e obje-tos que entram em contato com ele. O refrão, várias vezes repetido, é: “Sede santos porque eu sou santo” (Lv 11,44), que no Novo Testamento se exprimirá no “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). O livro pretende levar o povo a participar dessa santidade, porque a presença de Deus no meio do povo exige que ele seja santo.

Trata-se de um testemunho valioso sobre uma mentalidade religiosa que, apesar de suas

limitações, tem muito a ensinar ao mundo de hoje no tocante ao cultivo do senso do sagrado. Recordando a palavra de Os 6,6: “Prefiro a misericórdia ao sacrifí-cio”, Jesus mostra que a religião não consiste em belas cerimônias cumpridas na perfeita fidelidade a um ritual, mas em amar a Deus e fazer sua vontade (Mt 9,13). Todos aqueles sacrifícios do Anti-go Testamento eram ainda figura e preparação do único sacrifício plenamente agradável a Deus, o de seu Filho Jesus, que se ofereceu por nós uma vez por todas (Hb 7,27).

FONTE: Deus Conosco Dia a Dia – maio/2018 – pág. 03 - Pe. José Raimundo Vidigal, Bíblia de Aparecida – Editora Santuário.

por ROBERTO A. de OLIVEIRA

Equipe do Terço dos Homens

O SANTUÁRIO DA PENHA MAIO DE 2018 13

“SOMOS CHAMADOS PARA VIVER SEGUNDO O ESPÍRITO DE CRISTO, CAMINHAR COM ELE NO ESPÍRITO DE SEU AMOR VIVO E RESSUSCITADO”

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O SANTUÁRIO DA PENHAMAIO DE 201814FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

“É O ESPÍRITO DE CRISTO RESSUSCITADO QUE NOS ENCAMINHA NA VERDADE DIVINA, FAZ NOVAS TODAS AS COISAS, NOS SANTIFICA E NOS VIVIFICA”

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“A SANTÍSSIMA TRINDADE, PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO, É COMUNHÃO ETERNA DE AMOR, TRÊS PESSOAS DISTINTAS NUMA ÚNICA NATUREZA DIVINA”

O SANTUÁRIO DA PENHAMAIO DE 201816

“A NOVA E ETERNA ALIANÇA DO PAI COM NOSSA HUMANIDADE SE REALIZA SOBRE O ALTAR, POR MEIO DE SEU FILHO JESUS, NOSSO REDENTOR”

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