são paulo - lei 11228, de 04/06/92

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    CDIGO DE OBRAS E EDIFICAES - COELEI N 11.228/92

    Dispe sobre as regras gerais e especficas aserem obedecidas no projeto, licenciamento,

    execuo, manuteno e utilizao de obras eedificaes, dentro dos limites dos imveis;revoga a Lei no 8.266, de 20 de junho de 1975,com as alteraes adotadas por leisposteriores, e d outras providncias.

    LUIZA ERUNDINA DE SOUZA, Prefeita do Municpio de So Paulo, usando dasatribuies que lhe so conferidas por lei. Faz saber que a Cmara Municipal, emsesso de 04 de junho de 1992, decretou e eu promulgo a seguinte lei:

    Art.1. - Fica aprovado o Cdigo de Obras e Edificaes, que dispe sobre asregras gerais e especficas a serem obedecidas no projeto, licenciamento,execuo, manuteno e utilizao das obras e edificaes, dentro dos limites dosimveis, no Municpio de So Paulo.

    Pargrafo nico - Integram a presente lei os Captulos e Sees do Anexo I etabelas constantes dos Anexos II e III assim discriminados:

    ANEXO I

    1) OBJETIVOS

    2) DIREITOS E RESPONSABILIDADES3) DOCUMENTOS PARA CONTROLE DA ATIVIDADE DE OBRAS E

    EDIFICAES4) PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS5) PREPARAO E EXECUO DE OBRAS6) PROCEDIMENTOS FISCAIS7) EDIFICAES EXISTENTES8) USO DAS EDIFICAES9) COMPONENTES - MATERIAIS, ELEMENTOS CONSTRUTIVOS E

    EQUIPAMENTOS10) IMPLANTAO - AERAO E INSOLAO DAS EDIFICAES

    11) COMPARTIMENTOS12) CIRCULAO E SEGURANA13) ESTACIONAMENTO14) INSTALAES SANITRIAS15) CONDIES DE INSTALAO E ARMAZENAGEM DE PRODUTOS

    QUMICOS, INFLAMVEIS E EXPLOSIVOS16) EXIGNCIAS ESPECFICAS COMPLEMENTARES

    ANEXO II

    Tabela de Taxas devidas para o exame e verificao de projetos e construes,

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    fixando as alquotas, bases de clculo e perodo de incidncia do fato gerador dotributo.

    ANEXO III

    Tabela de Multas por desatendimento a disposies do Cdigo de Obras e

    Edificaes, fixando as alquotas e bases de clculo em razo do dispositivoinfringido.

    Art. 2-Enquadram-se na categoria de especiais, regidos pela Lei no 8.777, de 14de setembro de 1978, os seguintes processos:

    I. Alvar de Alinhamento e Nivelamento;II. Alvar de Autorizao;III. Alvar de Aprovao;IV. Alvar de Execuo;V. Alvar de Funcionamento de Equipamentos;

    VI. Certificado de Concluso;VII. Alvar de Licena para Residncias Unifamiliares;VIII. Certificado de Mudana de Uso.

    Art. 3-A execuo de qualquer obra, em imvel totalmente atingido por plano demelhoramento pblico e sem decretao de utilidade pblica em vigor, serpermitida pela Prefeitura do Municpio de So Paulo, observado o disposto naLegislao de Obras e Edificaes e na Legislao de Parcelamento, Uso eOcupao do Solo.

    Pargrafo nico - Considera-se como totalmente atingido o imvel:

    cujo remanescente no possibilite a execuo de edificao que atenda aodisposto na Legislao de Obras e Edificaes e na Legislao de Uso eOcupao do Solo;

    no qual, por decorrncia de nova situao de nivelamento do logradouro,seja dificultada a implantao de edificaes, a juzo da Prefeitura doMunicpio de So Paulo.

    Art. 4-A execuo de qualquer obra, em imvel totalmente atingido por plano demelhoramento pblico e com decretao de utilidade pblica em vigor, ser

    permitida pela Prefeitura do Municpio de So Paulo, a ttulo precrio e observadoo disposto na Legislao de Obras e Edificaes e na Legislao deParcelamento, Uso e Ocupao do Solo, no sendo devida ao proprietrioqualquer indenizao pela benfeitoria ou acesso quando da execuo domelhoramento pblico.

    Art. 5- execuo das obras, em imveis parcialmente atingidos por plano demelhoramento pblico aprovado por lei e sem decretao de utilidade pblica emvigor, aplicam-se as seguintes disposies:

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    a) as edificaes novas, e as novas partes das edificaes nas reformas comaumento de rea, devero atender aos recuos mnimos obrigatrios, taxade ocupao e ao coeficiente de aproveitamento estabelecidos pelaLegislao de Parcelamento, Uso e Ocupao do Solo, em relao ao loteoriginal;

    b) as edificaes projetadas devero observar solues que garantam, aps aexecuo do plano de melhoramento pblico, o pleno atendimento, pelasedificaes remanescentes, das disposies previstas na Legislao deObras e Edificaes e na Legislao de Parcelamento, Uso e Ocupao doSolo, em relao ao lote resultante da desapropriao.

    Pargrafo nico - Observadas as disposies deste artigo, a execuo deedificaes na faixa a ser desapropriada de imvel parcialmente atingido por planode melhoramento pblico aprovado por lei e com decretao de utilidade pblicaem vigor poder ser permitida pela Prefeitura do Municpio de So Paulo, a ttuloprecrio, no sendo devida ao proprietrio qualquer indenizao pela benfeitoria

    ou acesso quando da execuo do melhoramento pblico.

    Art. 6 - Fica assegurado aos proprietrios de imveis, quando doarem Prefeitura do Municpio de So Paulo a parcela necessria execuo domelhoramento, o direito de, no clculo do coeficiente de aproveitamento, acrescera rea doada rea remanescente; nestas condies, a implantao do projetofar-se-, unicamente, sobre a rea remanescente.

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 7 - As taxas para exame e verificao de projetos e construes, fundadas

    no poder de polcia do Municpio tm, como fato gerador, o pedido obrigatrio delicenciamento.

    1-Considera-se ocorrido o fato gerador no ato do protocolamento dos pedidosde:

    I. Emisso de Ficha Tcnica;II. Anlise de Diretrizes de Projeto;III. Apresentao de Comunicao;IV. Emisso de Alvar de Alinhamento e Nivelamento;V. Emisso de Alvar de Autorizao;

    VI. Emisso de Alvar de Aprovao;VII. Emisso de Alvar de Execuo;VIII. Emisso de Alvar de Funcionamento de Equipamentos;IX. Emisso de Alvar de Licena para Residncias Unifamiliares;X. Emisso de Certificado de Mudana de Uso.

    2-Fica adotada a tabela constante do anexo II, para fixao das alquotas, basede clculo e ocorrncia do fato gerador, correspondentes a cada espcie depedido.

    3-A taxa dever ser integralmente recolhida, no momento da ocorrncia do fato

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    gerador, pelo proprietrio do imvel, titular do seu domnio til, possuidor aqualquer ttulo ou por quem efetivar o pedido respectivo.

    4-Na omisso total ou parcial do recolhimento de eventual diferena, caberlanamento de ofcio, regularmente notificado o sujeito passivo, com prazo de 30(trinta) dias para pagamento ou impugnao administrativa.

    5-Os dbitos resultantes do procedimento previsto no pargrafo anterior, nopagos nas pocas prprias, ficaro acrescidos de multas de 20% (vinte por cento)do valor, sujeitos a atualizaomonetria, alm dos juros moratrios de 1% (umpor cento) ao ms, contados estes ltimos do ms seguinte ao do vencimento,sem prejuzo, quando for o caso, de honorrios advocatcios, das custas e demaisdespesas judiciais, nos termos em que dispuser a legislao municipal pertinente.

    Art. 8 - Ficam isentos do pagamento da taxa o requerimento de Alvar deLicena para Residncias Unifamiliares, previsto no item 3.10 do anexo I, quandose tratar de edificao de moradia econmica, bem como a comunicao de

    pequenas reformas previstas no item 3.3, letra "d", do anexo I.

    Pargrafo nico - Para os efeitos desta lei, considera-se moradia econmica aresidncia unifamiliar destinada ao uso do proprietrio, de carter popular, comrea total no excedente a 80,00m2 (oitenta metros quadrados) cuja execuono exija clculo estrutural e que no constitua parte de agrupamento ou conjuntode realizao simultnea.

    Art. 9-As construes de moradia econmica podero gozar de fornecimentogratuito, pela Prefeitura, de projetos de arquitetura e executivo.

    Pargrafo nico - Mediante convnio, a ser firmado com o rgo de classe dosengenheiros e arquitetos, a Prefeitura poder ainda fornecer, gratuitamente,assistncia e responsabilidade tcnica de profissional habilitado, para oacompanhamento das obras.

    Art. 10 - O desatendimento s disposies desta lei ensejar os procedimentosfiscalizatrios e aplicao das penalidades pecunirias previstas no Captulo 6 doAnexo I e no Anexo III.

    Art. 11 - Os prazos fixados pela presente lei so expressos em dias corridos,contados a partir do primeiro dia til aps o evento origem, at o seu dia final,

    inclusive; quando no houver expediente neste dia, prorroga-se automaticamenteo seu trmino para o dia til imediatamente posterior.

    Art.12 - Os projetos para reas sob interveno urbanstica promovida pelo PoderPblico, bem como os programas habitacionais de interesse social, podero serobjeto de normas tcnicas especiais diversas das adotadas por esta lei eapropriadas finalidade do empreendimento e fixadas por ato do Executivo.

    Pargrafo nico - So considerados programas habitacionais de interesse social,dentre outros, a reurbanizao de favelas, interveno em cortios e construoorganizada por mutires.

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    Art. 13 - O Executivo, vista da evoluo da tcnica e dos costumes, promover aconstante atualizao das prescries desta lei fixando, para isso, os seguintesobjetivos:

    a) promoo de avaliaes peridicas da legislao, reunindo os resultados dos

    trabalhos tcnicos que sero desenvolvidos no sentido de sua modernizao eatualizao;

    b) promoo dos remanejamentos e adequaes administrativos necessrios aoprocesso de modernizao e atualizao desta lei, inclusive no que se refere estrutura operacional de fiscalizao;

    c) estabelecimento de novos procedimentos, que permitam a reunio do maiornmero de experincias e informaes de entidades e rgos tcnicosexternos Prefeitura;

    d) estabelecimento de rotinas e sistemticas de consulta a entidadesrepresentativas da comunidade.

    DISPOSIES TRANSITRIAS

    Art. 14 - Poder haver opo pelo exame de projetos e execuo da obra,integralmente de acordo com a legislao anterior ou, ento, totalmente pelasnormas da presente lei, nos seguintes casos:

    I. De pedidos, protocolados e numerados na Prefeitura at a data deincio da vigncia desta lei, ainda sem despacho decisrio ou com

    interposio de recurso dentro dos prazos legais, referentes alicenciamento das construes ou alteraes de projetos comalvars expedidos e ainda no caducos;

    II. De pedidos, ingressados aps a data da publicao desta lei, dealterao ou modificao de projetos com alvars expedidos emvigor.

    Pargrafo nico - No caso de opo pelo exame de acordo com a legislaoanterior, no sero admitidas, seja durante o andamento do pedido referido noitem I ou quando j exista licenciamento no caso do item II deste artigo, quaisquer

    mudanas, alteraes ou modificaes que impliquem no agravamento dasdesconformidades ou criao de novas infraes a esta lei.

    DISPOSIES FINAIS

    Art. 15 - As regularizaes das edificaes continuam regidas, no que couber,pelas disposies do art. 5o da Lei no 8.382, de 13 de abril de 1976, e legislaocorrelata posterior.

    Art. 16 - Fica constituda, pelo prazo de 1 (um) ano, Comisso Especial deAvaliao do Cdigo de Obras e Edificaes, coordenada pela Assessoria Tcnica

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    da Comisso de Edificaes e Uso do Solo, CEUSO, da Secretaria da Habitao eDesenvolvimento Urbano, SEHAB, composta ainda por representantes deEntidades Civis e representantes das Secretarias Municipais das AdministraesRegionais - SAR, do Planejamento - SEMPLA, de Servios e Obras - SSO e dasVias Pblicas - SVP objetivando:

    a) avaliao do presente texto de lei e eventuais problemas decorrentes desua aplicao;

    b) propostas de remanejamentos e adequao administrativa, casonecessrio, aps aprovao do Plano Diretor e instalao dasSubprefeituras, inclusive no que se refere estrutura operacional defiscalizao.

    Art. 17 - O Executivo regulamentar a presente lei no prazo de 90 (noventa) dias.

    Pargrafo nico - O Executivo fixar as Normas Tcnicas Oficiais, ou emanadasda autoridade competente, a serem observadas no projeto e execuo das

    edificaes, conforme expressamente previsto nas disposies desta lei ousempre que sua aplicao seja conveniente.

    Art. 18 - Esta lei entrar em vigor 90 (noventa) dias contados de sua publicao.

    Art. 19 - Revogam-se as disposies em contrrio e, em especial, a Lei no 8.266,de 20 de junho de 1975 e legislao modificativa posterior, bem como, no que forpertinente, a Lei no 9.668, de 29 de dezembro de 1983.

    CDIGO DE OBRAS E EDIFICAES

    NDICE DE CAPTULOS E SEES

    1-OBJETIVOS1.1-Conceitos1.2-Siglas e Abreviaturas

    2-DIREITOS E RESPONSABILIDADES2.1-Do Municpio2.2-Do Proprietrio2.3-Do Possuidor2.4-Do Profissional

    3-DOCUMENTOS PARA CONTROLE DA ATIVIDADE DE OBRAS EEDIFICAES.

    3.1-Ficha Tcnica3.2-Diretrizes de Projeto3.3-Comunicao3.4-Alvar de Alinhamento e Nivelamento3.5-Alvar de Autorizao3.6-Alvar de Aprovao3.7-Alvar de Execuo3.8-Alvar de Funcionamento de Equipamentos

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    3.9-Certificado de Concluso3.10-Alvar de Licena para Residncias Unifamiliares3.11-Certificado de Mudana de Uso

    4-PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS4.1-Anlise dos Processos

    4.2-Prazos para Despacho4.3-Prazo para Retirada de Documento4.4-Procedimentos Especiais

    5-PREPARAO E EXECUO DE OBRAS5.1-Canteiro de Obras5.2-Fechamento do Canteiro de Obras5.3-Plataforma de Segurana e Vedao Externa das Obras

    6-PROCEDIMENTOS FISCAIS6.1-Verificao da Regularidade da Obra

    6.2-Verificao da Estabilidade, Segurana e Salubridade da Edificao6.3-Penalidades

    7-EDIFICAES EXISTENTES7.1-Reformas7.2-Reconstrues

    8-USO DAS EDIFICAES8.1-Habitao8.2-Comrcio e Servio8.3-Prestao de Servios de Sade

    8.4-Prestao de Servios de Educao8.5-Prestao de Servios de Hospedagem8.6-Prestao de Servios Automotivos8.7-Indstrias, Oficinas e Depsitos8.8-Locais de Reunio8.9-Prtica de Exerccio Fsico ou Esporte8.10-Atividades e Servios de Carter Especial8.11-Atividades Temporrias8.12-Uso Misto

    9-COMPONENTES - MATERIAIS, ELEMENTOS CONSTRUTIVOS E

    EQUIPAMENTOS9.1-Desempenho9.2-Componentes Bsicos9.3-Instalaes Prediais9.4-Equipamentos Mecnicos9.5-Elevadores de Passageiros9.6-Edificaes de Madeira

    10-IMPLANTAO, AERAO E INSOLAO DAS EDIFICAES10.1-Condies Gerais de Implantao e de Fechamento de TerrenosEdificados

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    10.2-Dispositivos para Atendimento da Aerao e Insolao10.3-Classificao dos Volumes de uma Edificao10.4-Aerao e Insolao do Volume Inferior "Vi"10.5-Aerao do Volume Superior "Vs." - Faixa Livre "A"10.6-Aerao e Insolao do Volume Superior "Vs." - Espao Livre "I"10.7-Aerao e Insolao do Volume Enterrado ou Semi-Enterrado "Ve"

    10.8-Aerao Induzida10.9-Aerao e Insolao Alternativas10.10-Ajustes da Faixa Livre "A" e Espao Livre "I"10.11-Mobilirio10.12-Salincias e Obras Complementares10.13-Obras Junto a Represas, Lagos e Cursos Dgua10.14-Movimento de Terra

    11-COMPARTIMENTOS11.1-Classificao e Dimensionamento11.2-Aberturas (portas e janelas)

    12-CIRCULAO E SEGURANA12.1-Normas Gerais12.2-Espaos de Circulao12.3-Escadas12.4-Rampas12.5-Potencial de Risco12.6-Lotao das Edificaes12.7-Dimensionamento dos Espaos de Circulao Coletiva12.8-Disposio de Escadas e Sadas12.9-Espaos de Circulao Protegidos

    12.10-Condies Construtivas Especiais12.11-Sistemas de Segurana

    13- ETACIONAMENTO13.1-Acesso13.2-Circulao13.3-Espaos de Manobra e Estacionamento

    14-INSTALAES SANITRIAS14.1-Quantificao14.2-Dimensionamento

    15-CONDIES DE INSTALAO E ARMAZENAGEM DE PRODUTOSQUMICOS, INFLAMVEIS E EXPLOSIVOS

    16-EXIGNCIAS ESPECFICAS COMPLEMENTARES16.1-Habitao16.2-Prestao de Servios de Educao16.3-Indstrias, Oficinas e Depsitos16.4-Locais de Reunio16.5-Atividades e Servios Pblicos do Carter Especial16.6-Atividades Temporrias

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    CAPTULO 1

    1- OBJETIVOS

    Este Cdigo disciplina, no Municpio de So Paulo, os procedimentos

    administrativos e executivos, e as regras gerais e especficas a serem obedecidasno projeto, licenciamento, execuo, manuteno e utilizao de obras,edificaes e equipamentos, dentro dos limites dos imveis em que se situam,inclusive os destinados ao funcionamento de rgos ou servios pblicos, semprejuzo do disposto nas legislaes estadual e federal pertinentes, no mbito desuas respectivas competncias.

    1.1-CONCEITOS

    Para efeito de aplicao deste Cdigo, ficam assim conceituados os termos:

    ANDAR: volume compreendido entre dois pavimentos consecutivos, ou entre opavimento e o nvel superior de sua cobertura.

    REA EDIFICADA: rea total coberta de uma edificao.

    TICO: parte do volume superior de uma edificao, destinada a abrigar casa demquinas, piso tcnico de elevadores, caixas dgua e circulao vertical.

    COROAMENTO: elemento de vedao que envolve o tico.

    DEMOLIO: total derrubamento de uma edificao; a demolio parcial ou o

    total derrubamento de um bloco de um conjunto de edificaes caracteriza-secomo reforma.

    EDIFICAO: obra coberta destinada a abrigar atividade humana ou qualquerinstalao , equipamento e material.

    EDIFICAO PERMANENTE: aquela de carter duradouro.

    EDIFICAO TRANSITRIA: aquela de carter no permanente, passvel demontagem, desmontagem e transporte.

    EQUIPAMENTO: elemento destinado a guarnecer ou completar uma edificao, aesta integrando-se.

    EQUIPAMENTO PERMANENTE: aquele de carter duradouro.

    EQUIPAMENTO TRANSITRIO: aquele de carter no permanente, passvel demontagem, desmontagem e transporte.

    JIRAU: mobilirio constitudo por estrado ou passadio instalado a meia altura emcompartimento.

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    MEZANINO: pavimento que subdivide parcialmente um andar em dois andares.

    MOBILIRIO: elemento construtivo no enquadrvel como edificao ouequipamento.

    MOVIMENTO DE TERRA: modificao do perfil do terreno que implicar em

    alterao topogrfica superior a 1,00m (um metro) de desnvel ou a l000m3 (milmetros cbicos) de volume, ou em terrenos pantanosos ou alagadios.

    MURO DE ARRIMO: muro destinado a suportar desnvel de terreno superior al,00m (um metro).

    OBRA: realizao de trabalho em imvel, desde seu incio at sua concluso, cujoresultado implique na alterao de seu estado fsico anterior.

    OBRA COMPLEMENTAR: edificao secundria, ou parte da edificao que,funcionalmente, complemente a atividade desenvolvida no imvel.

    OBRA EMERGENCIAL: obra de carter urgente, essencial garantia dascondies de estabilidade, segurana ou salubridade de um imvel.

    PAVIMENTO: plano de piso.

    PEA DESCRITIVA: texto descritivo de elementos ou servios para acompreenso de uma obra, tal como especificao de componentes a seremutilizados e ndices de desempenho a serem obtidos.

    PEA GRFICA: representao grfica de elementos para a compreenso de um

    projeto ou obra.

    PERFIL DO TERRENO: situao topogrfica existente, objeto do levantamentofsico que serviu de base para a elaborao do projeto e/ou constatao darealidade.

    PERFIL ORIGINAL DO TERRENO: aquele constante dos levantamentosaerofotogramtricos disponveis ou do arruamento aprovado, anteriores elaborao do projeto.

    PISO DRENANTE: aquele que permite a infiltrao de guas pluviais no solo

    atravs de, no mnimo, 20% (vinte por cento) de sua superfcie por metroquadrado.

    REFORMA: obra que implicar em uma ou mais das seguintes modificaes, comou sem alterao de uso: rea edificada, estrutura, compartimentao vertical,volumetria.

    PEQUENA REFORMA: reforma com ou sem mudana de uso na qual no hajasupresso ou acrscimo de rea, ou alteraes que infrinjam as legislaesedilcia e de parcelamento, uso e ocupao do solo.

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    RECONSTRUO: obra destinada recuperao e recomposio de umaedificao, motivada pela ocorrncia de incndio ou outro sinistro fortuito,mantendo-se as caractersticas anteriores.

    REPARO: obra ou servio destinados manuteno de um edifcio, sem implicarem mudana deuso, acrscimo ou supresso de rea, alterao da estrutura, da

    compartimentao horizontal ou vertical, da volumetria, e dos espaos destinados circulao, iluminao e ventilao.

    RESTAURO OU RESTAURAO: recuperao de edificao tombada oupreservada, de modo a restituir-lhe as caractersticas originais.

    SALINCIA: elemento arquitetnico proeminente, engastado ou aposto emedificao ou muro.

    1.2-SIGLAS E ABREVIATURAS

    Para efeito de citao neste Cdigo, as seguintes entidades ou expresses seroidentificadas por siglas ou abreviaturas:

    COE: Cdigo de Obras e EdificaesLOE: Legislao de Obras e EdificaesLPUOS: Legislao de Parcelamento, Uso e Ocupao do SoloNT: Norma TcnicaNTC: Norma Tcnica de ConcessionriaNTO: Norma Tcnica Oficial (registrada na ABNT)PMSP: Prefeitura do Municpio de So Paulo

    2- DIREITOS E RESPONSABILIDADES

    Este Captulo trata dos direitos e responsabilidades do Municpio, do proprietrioou do possuidor de imveis, e dos profissionais atuantes em projeto e construo,observadas as disposies desta lei e legislao complementar.

    2.1-DO MUNICPIO

    Visando exclusivamente a observncia das prescries edilcias do Municpio, daLPUOS e legislao correlata pertinente, a PMSP licenciar e fiscalizar a

    execuo, utilizao e manuteno das condies de estabilidade, segurana esalubridade das obras, edificaes e equipamentos, no se responsabilizando porqualquer sinistro ou acidente decorrente de deficincias do projeto, execuo ouutilizao.

    2.2-DO PROPRIETRIO

    Considera-se proprietrio do imvel a pessoa fsica ou jurdica, portadora do ttulode propriedade registrado em Cartrio de Registro Imobilirio.Ver RESOLUCAO CEUSO 065-93

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    2.2.1 - direito do proprietrio do imvel neste promover e executar obras,mediante prvio conhecimento e consentimento da PMSP , respeitados odireito de vizinhana, as prescries desta lei e a legislao municipalcorrelata.

    2.2.2 - O proprietrio do imvel, ou seu sucessor a qualquer ttulo,

    responsvel pela manuteno das condies de estabilidade, segurana esalubridade do imvel, suas edificaes e equipamentos, bem como pelaobservncia das prescries desta lei e legislao municipal correlata,assegurando-se-lhes todas as informaes cadastradas na PMSP relativasao seu imvel.

    2.2.3 -A anlise dos pedidos de emisso dos documentos previstos nesteCOE depender, quando for o caso, da apresentao do Ttulo dePropriedade registrado no Registro de Imveis, respondendo o proprietriopela sua veracidade, no implicando sua aceitao por parte da PMSP, emreconhecimento do direito de propriedade.

    2.3-DO POSSUIDOR

    Considera-se possuidor a pessoa fsica ou jurdica, bem como seu sucessor aqualquer ttulo, que tenha de fato o exerccio pleno ou no do direito de usar oimvel objeto da obra.

    2.3.1 - Para os efeitos desta lei, direito do possuidor requerer, perante aPMSP, Ficha Tcnica , Diretrizes de Projeto, Comunicao de servios ouocorrncias que no impliquem em alterao fsica do imvel, e Alvars deAlinhamento e Nivelamento, Autorizao e Aprovao.

    Ver LEI 11948-95

    2.3.2 - Poder o possuidor exercer o direito previsto no item anterior, desdeque detenha qualquer dos seguintes documentos:

    a) contrato, com autorizao expressa do proprietrio;b) compromisso de compra e venda, devidamente registrado no Registro

    de Imveis;c) contrato representativo da relao obrigacional, ou relao de direito

    existente entre o proprietrio e o possuidor direto;d) certido do Registro Imobilirio contendo as caractersticas do imvel,

    quando o requerente possuir escritura definitiva sem registro ou quandofor possuidor "ad usucapionem" com ou sem justo ttulo ou ao emandamento.

    2.3.2.1-Quando o contrato apresentado no descrever suficientementeas caractersticas fsicas, as dimenses e a rea do imvel, ser exigidaa certido do Registro Imobilirio.

    2.3.2.2-Em qualquer caso, o requerente responde civil e criminalmentepela veracidade do documento apresentado, no implicando suaaceitao em reconhecimento, por parte da PMSP, do direito de

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    propriedade sobre o imvel.

    2.3.2.3-O possuidor ou o proprietrio que autorizar a obra ou serviosero responsveis pela manuteno das condies de estabilidade,segurana e salubridade do imvel, edificaes e equipamentos, bemcomo pela observncia dasprescries desta lei e legislao municipal

    correlata, assegurando-se-lhes todas as informaes cadastradas naPMSP relativas ao imvel.Ver LEI 11948-95

    2.4-DO PROFISSIONAL

    Profissional habilitado o tcnico registrado junto ao rgo federal fiscalizador doexerccio profissional, podendo atuar como pessoa fsica ou como responsvel porpessoa jurdica, respeitadas as atribuies e limitaes consignadas por aqueleorganismo.

    2.4.1 - obrigatria a assistncia de profissional habilitado na elaboraode projetos, na execuo e na implantao de obras, sempre que assim oexigir a legislao federal relativa ao exerccio profissional, ou a critrio daPMSP, sempre que entender conveniente, ainda que a legislao federalno o exija.

    2.4.2 - O profissional habilitado poder atuar, individual ou solidariamente,como Autor ou como Dirigente Tcnico da Obra, assumindo suaresponsabilidade no momento do protocolamento do pedido da licena oudo incio dos trabalhos no imvel.

    2.4.2.1-Para os efeitos desta lei, ser considerado Autor oprofissional habilitado responsvel pela elaborao de projetos, queresponder pelo contedo das peas grficas, descritivas,especificaes e exequibilidade de seu trabalho.

    2.4.2.2-Para os efeitos desta lei, ser considerado Dirigente Tcnicoda Obra o profissional responsvel pela direo tcnica das obras,desde seu incio at sua total concluso, respondendo por suacorreta execuo e adequado emprego de materiais, conformeprojeto aprovado na PMSP e observncia das N.T.O..

    2.4.3-Ser comunicado ao rgo federal fiscalizador do exerccioprofissional a atuao irregular do profissional que incorra em comprovadaimpercia, m f, ou direo de obra sem os documentos exigidos pelaPMSP.

    2.4.4- facultada a substituio ou a transferncia da responsabilidadeprofissional, sendo obrigatria em caso de impedimento do tcnico atuante,assumindo o novo profissional a responsabilidade pela parte j executada,sem prejuzo da atuao do profissional anterior.

    2.4.4.1-Quando a baixa e a assuno ocorrerem em pocas

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    distintas, a obra dever permanecer paralisada at que sejacomunicada a assuno de nova responsabilidade.

    2.4.4.2-A PMSP se exime do reconhecimento de direitos autorais oupessoais decorrentes da aceitao de transferncia deresponsabilidade tcnica ou dasolicitao de alterao em projeto.

    3- DOCUMENTOS PARA CONTROLE DA ATIVIDADE DE OBRAS EEDIFICAES

    Mediante requerimento padronizado ou formalizao de processo e, pagas astaxas devidas, a PMSP fornecer dados ou consentir na execuo e implantaode obras e servios, atravs da emisso de:

    a) Ficha Tcnica;b) Diretrizes de Projeto;c) Comunicao;d) Alvar de Alinhamento e Nivelamento;

    e) Alvar de Autorizao;f) Alvar de Aprovao;g) Alvar de Execuo;h) Alvar de Funcionamento de Equipamentos;i) Certificado de Concluso;

    j) Alvar de Licena para Residncias Unifamiliares;k) Certificado de Mudana de Uso.

    3.1-FICHA TCNICA

    Mediante procedimento administrativo e a pedido do interessado, a PMSP emitir

    Ficha Tcnica do imvel, da qual constaro informaes relativas ao uso eocupao do solo, a incidncia de melhoramentos urbansticos e demais dadoscadastrais disponveis.

    3.1.1-A Ficha Tcnica prescrever em 90 (noventa) dias a contar da data depublicao do despacho para sua emisso, garantido ao requerente o direito desolicitar anlise de Diretrizes de Projeto, Alvar de Aprovao e Alvar de Licenapara Residncias Unifamiliares conforme a legislao vigente poca doprotocolamento do pedido de Ficha Tcnica, caso ocorra nesse perodo alteraoda legislao e desde que a nova lei no disponha de modo contrrio.

    3.2-DIRETRIZES DE PROJETO

    Mediante procedimento administrativo e a pedido do interessado, a PMSPanalisar Diretrizes de Projeto em etapa anterior a seu desenvolvimento total eoportuno pedido de aprovao.

    3.2.1-As peas grficas do pedido, devidamente avalizadas por profissionalhabilitado devero conter elementos que possibilitem a anlise daimplantao, movimento de terra, volumetria, Aerao, previso de vagasde estacionamento, ndices urbansticos e reas da edificao a serprojetada.

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    3.2.2-A aceitao do Projeto de Diretrizes ter validade de 180 (cento eoitenta) dias a contar da data de publicao do despacho de sua emisso,garantido ao requerente, o direito de solicitar Alvar de Aprovao ouAlvar de Licena para Residncias Unifamiliares conforme a legislaovigente poca do protocolamento do pedido de Diretrizes, caso ocorranesse perodo alterao da legislao e desde que a nova lei no disponha

    de modo contrrio.

    3.3-COMUNICAO

    Em funo da natureza do servio ou obra a serem executados, ou ocorrncia aser notificada dependero, obrigatoriamente, de Comunicao prvia PMSP:

    a) execuo de restauro em edificaes tombadas ou preservadas, desdeque obtida a prvia aprovao dos rgos competentes;

    b) execuo de reparos externos em edificaes com mais de dois andares;c) execuo de reparos externos em fachadas situadas no alinhamento;d) execuo de pequenas reformas;

    e) execuo de obras emergenciais;f) execuo de muros e gradis nas divisas do lote;g) incio de servios que objetivem a suspenso de embargo de obra

    licenciada;h) incio, paralisao e reincio de obras para efeito de comprovao da

    validade do Alvar de Execuo;i) implantao de mobilirio;

    j) transferncia, substituio, baixa e assuno de responsabilidadeprofissional.

    3.3.1-A comunicao ser apresentada em requerimento padronizado,

    avalizada por profissional habilitado quando a natureza do servio ou obraassim o exigir, e instruda com peas grficas, descritivas ou outras julgadasnecessrias para sua aceitao.

    3.3.2-A comunicao ter eficcia a partir da aceitao, cessandoimediatamente sua validade se:

    a) constatado desvirtuamento do objeto da comunicao, adotando-se,ento, as medidas fiscais cabveis;

    b) no iniciados os servios, objeto da comunicao, 90 (noventa) diasaps a aceitao, quando enquadradas nas letras "a", "b", "c", "f" e "i".Ver LEI 11948-95

    3.4-ALVAR DE ALINHAMENTO E NIVELAMENTO

    Mediante procedimento administrativo e a pedido do interessado, a PMSP emitirAlvar de Alinhamento e Nivelamento.

    3.4.1-O pedido de Alvar de Alinhamento e Nivelamento ser instrudo comdocumento de propriedade para verificao da confrontao do imvel como logradouro pblico; no sendo possvel tal verificao atravs dodocumento de propriedade, ser exigida a apresentao de levantamentotopogrfico que permita a exata localizao do lote na quadra.

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    3.4.2-O Alvar de Alinhamento e Nivelamento somente perder suavalidade quando houver alterao do alinhamento do logradouro, aprovadapor lei.

    3.5-ALVAR DE AUTORIZAO

    Mediante procedimento administrativo e a pedido do interessado, a PMSPconceder, a ttulo precrio, Alvar de Autorizao, o qual poder ser cancelado aqualquer tempo quando constatado desvirtuamento do seu objeto inicial, ouquando a PMSP no tiver interesse na sua manuteno ou renovao.Dependero obrigatoriamente de Alvar de Autorizao:

    a) implantao e/ou utilizao de edificao transitria ou equipamentotransitrio;

    b) implantao e/ou utilizao de canteiro de obras em imvel distinto daqueleonde se desenvolve a obra;

    c) implantao e/ou utilizao de estande de vendas de unidades autnomasde condomnio a ser erigido no prprio imvel;

    d) avano de tapume sobre parte do passeio pblico;e) utilizao temporria de edificao, licenciada para uso diverso dopretendido;

    f) transporte de terra ou entulho.

    3.5.1-O pedido de Alvar de Autorizao ser instrudo com peas descritivase grficas, e ser devidamente avalizado por profissional habilitado quando anatureza da obra ou servio assim o exigir, dependendo sua renovao derecolhimento semestral das taxas devidas.Ver RESOLUCAO CEUSO 064-93

    3.6-ALVAR DE APROVAO

    Mediante procedimento administrativo e a pedido do proprietrio ou do possuidordo imvel, a PMSP emitir Alvar de Aprovao para:

    a) movimento de terra;b) muro de arrimo;c) edificao nova;d) reforma;e) aprovao de equipamento;f) sistema de segurana.

    3.6.1-Um nico Alvar de Aprovao poder abranger a aprovao de mais deum dos tipos de projetos elencados no "caput" desta Seo.

    3.6.2-O pedido de Alvar de Aprovao ser instrudo com:a) documentao referente ao imvel, contendo dados que permitam sua

    caracterizao e a anlise do projeto, inclusive nos aspectos relativos LPUOS;

    b) peas grficas e descritivas que permitam a perfeita compreenso eanlise do projeto, em especial quanto ao atendimento das condiesmnimas previstas na LOE e na LPUOS;

    c) apresentao de levantamento topogrfico para verificao das

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    dimenses, rea e localizao do imvel, quando necessrio.

    3.6.2.1-Somente sero aceitas divergncias de at 5% (cinco por cento)entre as dimenses e rea constantes do documento de propriedadeapresentado e as apuradas no levantamento topogrfico. Quando,dentro deste limite, a rea real apurada for superior rea do ttulo de

    propriedade, os ndices relativos LPUOS sero observados emrelao aos dados constantes do ttulo.

    3.6.2.2-Havendo divergncia superior a 5% (cinco por cento) entrequalquer dimenso ou rea constante do documento de propriedade e aapurada no levantamento topogrfico, poder ser emitido o Alvar deAprovao, ficando a emisso do Alvar de Execuo condicionada apresentao de escritura reti-ratificada.

    3.6.3-Quando a obra for constituda por conjunto de edificaes cujosprojetos foram elaborados por diferentes profissionais, estes respondero

    solidariamente apenas pela implantao do conjunto.

    3.6.4-O Alvar de Aprovao prescrever em 1 (um) ano a contar da datade publicao do despacho de deferimento do pedido, podendo serprorrogado por iguais perodos, desde que o projeto atenda legislao emvigor na ocasio dos pedidos de prorrogao

    3.6.4.1-Quando se tratar de edificao constituda por um conjuntode mais de 1 (um) bloco isolado ou cujo sistema estrutural permitaesta caracterizao, o prazo do Alvar de Aprovao ser dilatadopor mais 1 (um) ano para cada bloco excedente, at o prazo mximode 5 (cinco) anos.

    3.6.4.2-A revalidao do Alvar de Aprovao no ser necessriaquando houver Alvar de Execuo em vigor.Ver RESOLUCAO CEUSO 095-99

    3.6.4.3-O prazo do Alvar de Aprovao ficar suspenso mediantecomprovao, atravs de documento hbil, da ocorrnciasuspensiva, durante os impedimentos a seguir mencionados:a) existncia de pendncia judicial;b) calamidade pblica;c) declarao de utilidade pblica ou interesse social;d) pendncia de processo de tombamento.

    3.6.5-Podero ser emitidos diversos Alvars de Aprovao de projeto paraum mesmo imvel enquanto no for requerida a emisso de Alvar deExecuo.

    3.6.6-O Alvar de Aprovao poder enquanto vigente o Alvar deExecuo, receber termo aditivo para constar eventuais alteraes dedados, ou a aprovao de projeto modificativo em decorrncia de alteraodo projeto original.

    3.6.6.1-O prazo dos Alvars de Aprovao e de Execuo ficarsuspenso durante o perodo de aprovao de projeto modificativo.

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    3.6.7-O Alvar de Aprovao, enquanto vigente poder a qualquer tempo,mediante ato da autoridade competente, ser:

    a) revogado, atendendo a relevante interesse pblico;b) cassado, juntamente com o Alvar de Execuo, em caso de

    desvirtuamento, porparte do interessado, da licena concedida;

    c) anulado, em caso de comprovao de ilegalidade em sua expedio.

    3.7-ALVAR DE EXECUO

    Mediante procedimento administrativo e a pedido do proprietrio do imvel, aPMSP emitir Alvar de Execuo, indispensvel execuo de:

    a) movimento de terra;b) muro de arrimo;c) edificao nova;d) demolio total;e) reforma;

    f) reconstruo;g) instalao de equipamentos;h) sistema de segurana.

    3.7.1-Um nico Alvar de Execuo poder abranger o licenciamento de maisde um tipo de servio ou obra elencados no "caput" desta seo. Quandohouver mais de um Alvar de Aprovao em vigor ser concedido Alvar deExecuo para um nico projeto aprovado.

    3.7.2-Os pedidos de Alvar de Execuo, excetuados aqueles para demoliototal e reconstruo, sero instrudos com:

    a) ttulo de propriedade;b) projeto aprovado, devidamente avalizado pelo Dirigente Tcnico da

    Obra;c) Alvar de Aprovao;

    3.7.2.1-Quando se tratar de demolio total sero instrudos com ttulo depropriedade e, ainda, em se tratando de prdio com mais de 2 (dois)andares, aval do Dirigente Tcnico da Obra.

    3.7.2.2-Quando se tratar de reconstruo sero instrudos com:

    a) ttulo de propriedade;b) laudo tcnico de sinistros;c) documentos comprovantes da regularidade da obra sinistrada;d) peas descritivas, devidamente avalizadas pelo Dirigente Tcnico da

    Obra.

    3.7.3-O Alvar de Execuo poder ser requerido concomitantemente aoAlvar de Aprovao e seus prazos correro a partir da data de publicaodo despacho de deferimento do pedido.

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    3.7.4-Quando o Alvar de Execuo for destinado ao licenciamento de umconjunto de servios ou obras a serem executados sob a responsabilidadede diversos profissionais, dele constar a rea de atuao de cada um.

    3.7.5-Quando o Alvar de Aprovao compreender mais de um bloco deedificao, poder ser requerido Alvar de Execuo para cada bloco

    isoladamente, observado o prazo de vigncia do Alvar de Aprovao.

    3.7.6-Durante a vigncia do Alvar de Execuo somente sero permitidasalteraes nas obras mediante prvia aprovao de projeto modificativo.

    3.7.7-No expediente que originou o Alvar de Execuo, ser comunicado,pelo Dirigente Tcnico da Obra, o andamento das obras ou serviosdurante suas etapas, at a total concluso, quando ser requerida aexpedio do Certificado de Concluso.

    3.7.7.1-Sero consideradas etapas da obra a concluso:a) do sistema estrutural da fundao;

    b) da superestrutura da edificao, excludo o tico.

    3.7.8-O Alvar de Execuo, quando destinado exclusivamente amovimento de terra prescrever em 1 (um) ano a contar da data depublicao do despacho de deferimento do pedido, podendo serprorrogado, a pedido, por iguais perodos.

    3.7.9-Para os demais casos, o Alvar de Execuo prescrever em 2 (dois)anos a contar da data de publicao do despacho de deferimento dopedido, se no for devidamente comunicada a concluso do sistemaestrutural de fundao.

    3.7.9.1-Concludo o sistema estrutural de fundao, o Alvar deExecuo prescrever em 1 (um) ano se no forem devidamenteprotocolados comunicados que comprovem o andamento das obras.3.7.9.2-Concluda a superestrutura da edificao, o Alvar deExecuo no mais prescrever.3.7.9.3-Poder ser revogado, atendendo a relevante interessepblico, o Alvar de Execuo de edificao cuja obra permanecerparalisada por um perodo superior a 5 (cinco) anos.

    3.7.10-Quando se tratar de um conjunto de edificaes, ou de umaedificao cujo sistema estrutural permita a execuo em etapas, o Alvar

    de Execuo prescrever:a) a)em 2 (dois) anos a contar da data de publicao do despacho dedeferimento do pedido, desde que no tenha sido concludo osistema estrutural de fundao de, pelo menos, um dos blocos;

    b) b)em 1 (um) ano se no forem devidamente protocoladoscomunicados que comprovem o andamento das obras do bloco jiniciado ou a concluso do sistema estrutural de fundao de outrosblocos.

    3.7.10.1-Concluda a superestrutura de um bloco, o Alvar de Execuono mais prescrever para este bloco.

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    3.7.11-O prazo do Alvar de Execuo ficar suspenso mediantecomprovao, atravs de documento hbil, da ocorrncia suspensiva,durante os impedimentos a seguir mencionados:

    a) existncia de pendncia judicial;b) calamidade pblica;c) decretao de utilidade pblica ou interesse social;

    d) pendncia de processo de tombamento.

    3.7.12-Durante a vigncia do Alvar de Aprovao, desde que as obras notenham sido iniciadas, novo Alvar de Execuo poder ser emitido paraoutro projeto aprovado cancelando-se, ento, o Alvar de Execuoanterior.3.7.13-As obras paralisadas e com Alvar de Execuo prescrito, poderoser reiniciadas aps reexame do projeto e revalidao simultnea dosAlvars de Aprovao e Execuo, desde que esteja atendida a legislaoem vigor por ocasio da concesso da nova licena.Ver RESOLUCAO CEUSO 095-99

    3.7.13.1-Poder ser aceita, caso a caso e a critrio da PMSP, acontinuao de obras paralisadas e parcialmente executadas desdeque:a) no se agrave eventual desconformidade com a LOE e a LPUOS

    no que diz respeito s condies de higiene e salubridade daedificao, e ndices de ocupao e aproveitamento;

    b) a edificao for utilizada para uso admitido na zona pela LPUOS:c) a edificao for adaptada s normas de segurana.

    3.7.14-O Alvar de Execuo, enquanto vigente, poder a qualquer tempo

    receber termo aditivo para constar eventuais alteraes de dados eexecuo de projeto modificativo.

    3.7.15-O Alvar de Execuo, enquanto vigente, poder a qualquer tempo,mediante ato da autoridade competente, ser:

    a) revogado, atendendo a relevante interesse pblico;b) cassado, juntamente com o Alvar de Aprovao, em caso de

    desvirtuamento, por parte do interessado, da licena concedida;c) anulado, em caso de comprovao de ilegalidade em sua expedio

    3.8-ALVAR DE FUNCIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS

    Mediante procedimento administrativo e a pedido do interessado, devidamenteassistido por Profissional habilitado, a PMSP emitir Alvar de Funcionamento deEquipamentos, inclusive para aqueles integrantes do Sistema de Segurana.Ver RESOLUCAO CEUSO 084-97

    3.8.1-O Alvar de Funcionamento de Equipamentos ter validade de 1 (um)ano a contar da data de publicao do despacho de sua emisso.3.8.2-Os pedidos de revalidao de Alvar de Funcionamento seroobrigatrios e formulados anualmente.3.8.3-O Alvar de Funcionamento de Equipamentos poder ser requerido

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    concomitantemente ao Certificado de Concluso.

    3.9-CERTIFICADO DE CONCLUSO

    Mediante requerimento no expediente que originou o Alvar de Execuo, e apedido do proprietrio, devidamente assistido pelo Dirigente Tcnico da Obra, a

    PMSP expedir Certificado de Concluso quando da concluso de obra ou serviopara a qual seja obrigatria emisso de Alvar de Execuo.

    3.9.1-Podero ser concedidos Certificados de Concluso de Edificao emcarter parcial, se a parte concluda atender, para o uso a que se destina,as exigncias mnimas previstas na LOE e na LPUOS.3.9.2-Podero ser aceitas pequenas alteraes que no descaracterizem oprojeto aprovado, nem impliquem em divergncia superior a 5% (cinco porcento) entre as metragens lineares e/ou quadradas da edificao,constantes do projeto aprovado e as observadas na obra executada.3.9.3-A expedio de Certificado de Concluso depende da prvia soluode multas porventura incidentes sobre a obra.

    3.9.4-A expedio de Certificado de Concluso para edificao tratada noitem 9.3.4. depende da execuo do sistema de armazenamento,tratamento e destinao de esgoto.

    3.10-ALVAR DE LICENA PARA RESIDNCIAS UNIFAMILIARES

    Por opo do proprietrio, devidamente assistido por profissional habilitado,poder ser requerida a emisso de Alvar de Licena para ResidnciasUnifamiliares, como procedimento alternativo queles previstos nas sees 3.6(Alvar de Aprovao), 3.7 (Alvar de Execuo) e 3.8 (Certificado de Concluso).

    3.10.1-O requerimento dever ser instrudo com:

    a) ttulo de propriedade do imvel ou compromisso de compra e venda;b) pea grfica que demonstre a implantao, movimento de terra,

    volumetria, ndices urbansticos e reas da edificao a ser projetada;c) levantamento topogrfico para verificao das dimenses, rea e

    localizao do imvel, quando necessrio.3.10.1.1-As disposies internas dos compartimentos, suas dimensese funo sero de total responsabilidade dos profissionais envolvidos edo proprietrio.3.10.1.2-Somente sero aceitas divergncias de at 5% (cinco porcento) entre as dimenses e a rea constantes do documento depropriedade apresentado e as apuradas no levantamento. Quando , em

    virtude desta divergncia, a rea real apurada for superior rea dottulo de propriedade, os ndices relativos a LPUOS sero observadosem relao aos dados constantes do ttulo.

    3.10.2-O Alvar de Licena para Residncias Unifamiliares prescrever, seno iniciada a obra, aps 3 (trs) anos a contar da data de publicao dodespacho do requerimento, ou aps 2 (dois) anos de comprovadaparalisao da obra, podendo ser prorrogado por iguais perodos desde queo projeto atenda legislao em vigor na ocasio do pedido deprorrogao.

    3.10.2.1-Para os efeitos do disposto neste item caracteriza-se o

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    incio de obras pela concluso do sistema estrutural de fundao.3.10.2.2-Concluda a cobertura, o Alvar de Licena paraResidncias Unifamiliares no mais prescrever.

    3.10.3-O prazo do Alvar de Licena para Residncias Unifamiliares ficarsuspenso mediante comprovao, atravs de documento hbil, da

    ocorrncia suspensiva, durante os impedimentos a seguir mencionados:a) existncia de pendncia judicial;b) calamidade pblica;c) decretao de utilidade pblica ou interesse social;d) pendncia de processo de tombamento.

    3.10.4-O Alvar de Licena para Residncias Unifamiliares poder,enquanto vigente, receber termo aditivo para constar eventuais alteraesde dados constantes da pea grfica aprovada ou a aprovao de projetomodificativo em decorrncia de alterao do projeto original.

    3.10.4.1-O prazo de Alvar de Licena para ResidnciasUnifamiliares ficar suspenso durante o perodo de aprovao deprojeto modificativo.

    3.10.5-O-Alvar de Licena para residncias Unifamiliares, enquantovigente, poder a qualquer tempo mediante ato da autoridade competente,ser:

    a) revogado, atendendo a relevante interesse pblico;b) cassado, em caso de desvirtuamento por parte do interessado, da

    licena concedida;

    c) anulado, em caso de comprovao de ilegalidade em sua expedio.

    3.10.6-Concluda a obra, ser o evento comunicado PMSP peloproprietrio e pelo Dirigente Tcnico da Obra.

    3.10.6.1-Podero ser aceitas pequenas alteraes que noimplicarem em divergncia superior a 5% (cinco por cento) entre asmetragens lineares e/ou quadradas da edificao, constantes dapea grfica aprovada e as observadas na obra executada.

    3.10.6.2-A aceitao de obra concluda ser objeto de aditamento ao

    Alvar de Licena para Residncias Unifamiliares, aps prviasoluo de multas porventura incidentes sobre a obra.

    3.10.6.3-A aceitao de obra concluda para edificao tratada noitem 9.3.4. depender da execuo do sistema de armazenamento,tratamento e destinao de esgoto.

    3.11-CERTIFICADO DE MUDANA DE USO

    Mediante procedimento administrativo, e a pedido do proprietrio do imvel, aPMSP emitir Certificado de Mudana de Uso para as edificaes existentes que,

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    atendida a LPUOS, e sem necessidade de alterao fsica do imvel, venham ater seu uso alterado.Ver RESOLUCAO CEUSO 091-99

    3.11.1-O requerimento ser instrudo com:

    a) peas grficas que representem a edificao existente, com sua novautilizao e com o novo destino de seus compartimentos;

    b) documento que comprove a regularidade da edificao.

    3.11.2-A expedio de Certificado de Mudana de Uso depender de prviasoluo de multas porventura incidentes sobre a obra.

    4-PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

    Os requerimentos sero instrudos pelo interessado e analisados frente alegislao Municipal, conforme a natureza do pedido, observadas as normas

    edilcias emanadas da PMSP, em especial as prescries desta lei e da LPUOS,sem prejuzo da observncia, por parte do Autor de Projeto, das disposiesestaduais e federais pertinentes.Ver RESOLUCAO CEUSO 082-97

    4.1-ANLISE DOS PROCESSOS

    Em um nico processo podero ser analisados os diversos pedidos referentes aum mesmo imvel, e anexados tambm os eventuais pedidos de Reconsideraoou Recurso.

    4.1.1-Os processos que apresentarem elementos incompletos ouincorretos, necessitarem de complementao da documentao exigida porlei ou esclarecimentos, sero objeto de comunicados ("comunique-se") paraque as falhas sejam sanadas.

    4.1.1.1-Os pedidos sero indeferidos caso no atendido o"comunique-se" em 30 (trinta) dias a contar da data de publicao dachamada.

    4.1.2-O prazo para formalizao de pedido de reconsiderao de despachoou recurso ser de 30 (trinta) dias, a contar da data de publicao do

    despacho de indeferimento.4.1.2.1-Para os processos relativos a pedido de concesso deCertificado de Concluso, o prazo ficar dilatado para 60 (sessenta)dias.

    4.2-PRAZOS PARA DESPACHO

    O prazo para despacho no poder exceder a 90 (noventa) dias, inclusive nospedidos relativos a reconsiderao de despacho ou recurso.

    4.2.1-O curso desse prazo ficar suspenso durante a pendncia do

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    atendimento, pelo requerente, de exigncias feitas em "comunique-se".4.2.2-Prazos menores podero ser fixados por ato do Executivo.4.2.3-Escoado o prazo para deciso de processo de Alvar de Aprovao,poder ser requerido Alvar de Execuo. Decorridos 30 (trinta) dias desterequerimento, sem deciso no processo de Alvar de Aprovao, a obrapoder ser iniciada, sendo de inteira responsabilidade do proprietrio e

    profissionais envolvidos a eventual adequao da obra s posturasmunicipais.4.2.4-Escoado o prazo para deciso do processo relativo a emisso deCertificado de Concluso, a obra poder ser utilizada a ttulo precrio, nose responsabilizando a PMSP por qualquer evento decorrente de falta desegurana ou salubridade.

    4.3-PRAZO PARA RETIRADA DE DOCUMENTO

    O prazo para retirada de documento ser de 30 (trinta) dias a contar da data dapublicao do despacho de deferimento, aps os quais o processo ser arquivado

    por abandono, sem prejuzo da cobrana de taxas devidas.

    4.4-PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

    Podero ser objeto de regulamentao, por ato do Executivo, os procedimentos eprazos diferenciados para exame de processos relativos ao licenciamento de:

    a) edifcios pblicos da administrao direta;b) habitaes de interesse social;c) edificaes geradoras de trfego ou de impacto ambiental;d) servios ou obras que, por sua natureza, admitam procedimentos

    simplificados.

    5- PREPARAO E EXECUO DE OBRAS

    A execuo de obras, incluindo os servios preparatrios e complementares, suasinstalaes e equipamentos, ser procedida de forma a obedecer ao projetoaprovado, boa tcnica, s N.T.O. e ao direito de vizinhana, a fim de garantir asegurana dos trabalhadores, da comunidade, das propriedades e doslogradouros pblicos, observada em especial a legislao trabalhista pertinente.

    5.1-CANTEIRO DE OBRAS

    O canteiro de obras compreender a rea destinada execuo edesenvolvimento das obras, servios complementares, implantao de instalaestemporrias necessrias sua execuo, tais como alojamento, escritrio decampo, depsitos, estande de vendas e outros.

    5.1.1-Durante a execuo das obras ser obrigatria a manuteno dopasseio desobstrudo e em perfeitas condies, conforme legislaomunicipal vigente, sendo vedada sua utilizao, ainda que temporria,como canteiro de obras ou para carga e descarga de materiais deconstruo, salvo no lado interior dos tapumes que avanarem sobre ologradouro.

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    5.1.2-Nenhum elemento do canteiro de obras poder prejudicar aarborizao da rua, a iluminao pblica, a visibilidade de placas, avisos ousinais de trnsito, e outras instalaes de interesse pblico.

    5.2-FECHAMENTO DO CANTEIRO DE OBRAS

    Para todas as construes, excetuadas as residncias unifamiliares, serobrigatrio o fechamento no alinhamento, do canteiro de obras, por alvenaria outapume com altura mnima de 2,20m (dois metros e vinte centmetros).

    5.2.1-Durante o desenvolvimento de servios de fachada nas obrassituadas no alinhamento ou dele afastadas at l,20m (um metro e vintecentmetros) ser obrigatrio, mediante emisso de Alvar de Autorizao,o avano do tapume sobre o passeio at, no mximo, metade de sualargura, de forma a proteger o pedestre.

    5.2.1.1-Quando a largura livre do passeio resultar inferior a 0,90m

    (noventa centmetros) e se tratar de obra em logradouro sujeito aintenso trfego de veculos, dever ser solicitada autorizao para,em carter excepcional, e a critrio da PMSP, desviar-se o trnsitode pedestres para parte protegida do leito carrovel.5.2.1.2-Enquanto os servios da obra se desenvolverem a alturasuperior a 4,00m (quatro metros) do passeio, o tapume serobrigatoriamente mantido no alinhamento, permitida a ocupao dopasseio apenas para apoio de cobertura para proteo de pedestres,com p direito mnimo de 2,50m (dois metros e cinqentacentmetros).5.2.2.2-Concludos os servios de fachada, ou paralisada a obra por

    perodo superior a 30 (trinta) dias, o tapume ser obrigatoriamenterecuado para o alinhamento.

    5.3-PLATAFORMAS DE SEGURANA E VEDAO EXTERNA DAS OBRAS

    Nas obras ou servios que se desenvolverem a mais de 9,00m (nove metros) dealtura, ser obrigatria a execuo de:

    a) plataformas de segurana a cada 8,00m (oito metros) ou 3 (trs)pavimentos;

    b) vedao externa que a envolva totalmente.

    6- PROCEDIMENTOS FISCAIS

    Toda obra dever ser vistoriada pela PMSP, devendo o servidor municipalincumbido desta atividade ter garantido livre acesso ao local.

    6.1-VERIFICAO DA REGULARIDADE DA OBRA

    Dever ser mantido no local da obra o documento que comprove a regularidadeda atividade edilcia em execuo, sob pena de intimao e autuao, nos termosdesta lei e legislao pertinente.

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    6.1.1-Constatada irregularidade na execuo da obra, pela inexistncia dosdocumentos necessrios, pelo desvirtuamento da atividade edilcia comoindicada, autorizada ou licenciada, ou pelo desatendimento de quaisquerdas disposies desta lei, o proprietrio ou possuidor e o Dirigente Tcnicoda Obra sero intimados e autuados, ficando as obras embargadas.

    6.1.1.1-O prazo mximo para o incio das providncias tendentes soluo das irregularidades apontadas ser de 10 (dez) dias.6.1.1.2-Durante o embargo s ser permitida a execuo dosservios indispensveis eliminao das infraes.6.1.1.3-Em se tratando de obra aceita, autorizada ou licenciada pelaP.M.S.P., o embargo somente cessar aps a eliminao dasinfraes que o motivaram e o pagamento das multas impostas.6.1.1.4-Em se tratando de obra sem o documento que comprove aregularidade da atividade, o embargo somente cessar aps ocumprimento de todas as seguintes condies:a) eliminao de eventuais divergncias da obra em relao s

    condies indicadas, autorizadas ou licenciadas;b) pagamento das multas impostas;c) aceitao de comunicao, ou expedio da autorizao ou

    alvar de execuo.

    6.1.1.5-Decorrido o prazo assinado, a Prefeitura nos 5 (cinco) diassubsequentes vistoriar a obra e, se constatada resistncia aoembargo, dever o funcionrio encarregado da vistoria:a) expedir novo auto de infrao e aplicar multas dirias at que a

    regularizao da obra seja comunicada, e verificada pelaPrefeitura em prazo de 5 (cinco) dias contados a partir da

    comunicao, repartio competente;b) requisitar fora policial, requerendo a imediata abertura de

    inqurito policial para apurao da responsabilidade do infratorpelo crime de desobedincia, previsto no Cdigo Penal, bemcomo para as medidas judiciais cabveis.

    6.1.1.6-A resistncia ao embargo ensejar ao profissionalresponsvel pela obra, tambm, a aplicao da multa diria prevista.

    6.1.1.7-Para os efeitos desta lei, considera-se resistncia aoembargo a continuao dos trabalhos no imvel sem a adoo das

    providncias exigidas na intimao.

    6.1.2-Lavrado o auto de flagrante policial e aberto o respectivo inquritoser o processo encaminhado para as providncias de ajuizamento da ao

    judicial cabvel, sem prejuzo da incidncia das multas, no caso decontinuao das irregularidades.

    6.1.3-O servidor municipal que lavrar o auto de infrao, por ocasio daabertura do inqurito policial, ser responsvel pela inexatido dos dadosque possam prejudicar as medidas administrativas ou judiciais cabveis.

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    6.1.4-No sero objeto de regularizao as edificaes que, em razo dainfrigncia legislao edilcia, sejam objeto de ao judicial, bem comono podero ser anistiadas as multas aplicadas em razo dasirregularidades da obra.

    6.2-VERIFICAO DA ESTABILIDADE, SEGURANA E SALUBRIDADE DA

    EDIFICAO

    Verificada a inexistncia de condies de estabilidade, segurana e salubridadede uma edificao, sero o proprietrio ou o possuidor intimados a promover, nostermos da lei, o incio das medidas necessrias soluo da irregularidade, noprazo mximo de 5 (cinco) dias, devendo a Prefeitura, nos 5 (cinco) diassubsequentes ao prazo assinado na intimao, vistoriar a obra a fim de constatara regularidade exigida.

    6.2.1-No caso de a irregularidade constatada apresentar perigo de runa oucontaminao, poder ocorrer a interdio parcial ou total do imvel e, se

    necessrio, o do seu entorno, dando-se cincia aos proprietrios eocupantes dos imveis.

    6.2.1.1-O no cumprimento da intimao, para a regularizaonecessria ou interdio, implicar na responsabilizao exclusivado intimado, eximindo-se a P.M.S.P. de responsabilidade pelosdanos decorrentes de possvel sinistro.

    6.2.2-Durante a interdio somente ser permitida a execuo dos serviosindispensveis eliminao da irregularidade constatada.

    6.2.3-Decorrido o prazo concedido, sem o cumprimento da intimao, ouverificada desobedincia interdio, dever o funcionrio encarregado davistoria:a) expedir auto de infrao e aplicar multas dirias ao infrator at serem

    adotadas as medidas exigidas;b) requisitar fora policial, requerendo imediatamente abertura de inqurito

    policial para apurao da responsabilidade do infrator pelo crime dedesobedincia previsto no Cdigo Penal, bem como para adoo dasmedidas judiciais cabveis.

    6.2.4-Lavrado o auto de flagrante policial e aberto o respectivo inqurito

    ser o processo encaminhado para as providncias de ajuizamento da aocabvel, sem prejuzo da incidncia das multas, no caso de continuao dasirregularidades.

    6.2.5-O atendimento da intimao no desobriga o proprietrio ou opossuidor do cumprimento das formalidades necessrias regularizao daobra ou servio, sob pena da aplicao das sanes cabveis.

    6.2.6-No sendo atendida a intimao, estando o proprietrio ou opossuidor autuado e multado, os servios, quando imprescindveis estabilidade da edificao, podero ser executados pela PMSP e cobrados

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    em dobro do proprietrio ou do possuidor, com correo monetria, semprejuzo da aplicao das multas e honorrios profissionais cabveis.

    6.2.7-Independentemente de intimao e assistido por profissionalhabilitado, o proprietrio ou possuidor de imvel que constatar perigo deruna ou contaminao, poder dar incio imediato s obras de emergncia,

    comunicando por escrito PMSP, justificando e informando a natureza dosservios a serem executados.

    6.2.7.1-Comunicada a execuo dos servios, a P.M.S.P., vistoriando oimvel objeto da comunicao, verificar a veracidade da necessidade deexecuo de obras emergenciais.

    6.2.8-O servidor municipal que lavrar o auto de infrao, na ocasio daabertura do inqurito policial, ser responsvel pela inexatido dos dadosque possam prejudicar as medidas administrativas ou judiciais cabveis.

    6.3-PENALIDADES

    A inobservncia de qualquer disposio legal ensejar a lavratura do competenteauto de infrao e multa, com notificao simultnea do infrator para, no prazo de10 (dez) dias corridos, pagar ou apresentar defesa autoridade competente sobpena de confirmao da penalidade imposta e de sua subsequente inscrio comodvida ativa.

    6.3.1-A notificao far-se- ao infrator, pessoalmente ou por via postal, comaviso de recebimento ou, ainda, por edital, nas hipteses de recusa dorecebimento da notificao ou no localizao do notificado.

    6.3.2-Para os efeitos desta lei, considera-se infrator o proprietrio oupossuidor do imvel e, ainda, quando for o caso, o sndico, o usurio, oresponsvel pelo uso e o dirigente tcnico responsvel pela execuo dasobras.

    6.3.3-Respondem tambm pelo proprietrio os seus sucessores a qualquerttulo e o possuidor do imvel.

    6.3.4-Nos casos de estar prevista multa ao proprietrio e ao dirigentetcnico a responsabilidades solidria, considerando-se ambos infratores.

    6.3.5-Do despacho decisrio que desacolher a defesa, a ser publicado noDirio Oficial do Municpio, caber um nico recurso, com efeitosuspensivo, no prazo de 15 (quinze) dias corridos, contados da notificao, autoridade superior notificante, mediante prvio depsito do valor damulta discutida.

    6.3.6-As pendncias administrativas ou judiciais referentes imposio dasmultas estabelecidas nesta lei suspendero, apenas provisoriamente, ainscrio e a cobrana da dvida correspondente.

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    6.3.7-Quando prevista a reaplicao de multas, ser admitida defesa desdeque consubstanciada em comunicao de regularizao da situao.

    6.3.8-As multas administrativas impostas na conformidade da presente lei,no pagas nas pocas prprias, ficam sujeitas atualizao monetria eacrescidas de juros moratrios de 1% (um por cento) ao ms, contados do

    ms seguinte ao do vencimento, sem prejuzo, quando for o caso, doshonorrios advocatcios, custas e demais despesas judiciais, nos termosem que dispuser a legislao municipal pertinente.

    6.3.8.1-O valor do depsito, se devolvido por terem sido julgadosprocedentes reclamaes, recursos ou medidas judiciais, seratualizado monetariamente, de conformidade com o que dispuser alegislao municipal pertinente.

    6.3.9-A aplicao das multas pecunirias, estabelecidas nesta lei, noexime o infrator das demais sanes e medidas administrativas ou judiciais

    cabveis, inclusive a apurao de sua responsabilidade pelos crimes dedesobedincia contra a administrao pblica, previstos na legislaopenal.

    6.3.10-A execuo de obra ou servio sem o devido licenciamento ou emdesacordo com o mesmo constitui infrao sujeita aplicao daspenalidades previstas na tabela constante do Anexo III desta lei.

    6.3.10.1-As multas sero aplicadas ao proprietrio ou ao possuidorpelo valor indicado na tabela, cabendo ao Dirigente Tcnico da Obra,se houver, multa no valor de 80% (oitenta por cento) dos valores

    anteriormente referidos.6.3.10.2-A autuao de residncias unifamiliares se far atravs doitem 7 da tabela constante do Anexo III desta lei.6.3.10.3-A reincidncia da infrao gerar a aplicao daspenalidades de forma progressiva, a ser fixada por regulamentaoprpria.

    6.3.11-As penalidades por inobservncia s disposies desta lei,referentes a imveis de valor artstico ou histrico preservados, a serempreservados, ou ainda queles que, em razo do gabarito de altura erecuos so necessrios preservao da volumetria do entorno, podero

    atingir at 10 (dez) vezes o estipulado na tabela constante do Anexo III.

    6.3.12-Na aplicao dos dispositivos previstos nas sees 6.1 e 6.3 dopresente Captulo s moradias econmicas, os prazos sero dilatados at otriplo do prazo previsto, e o valor das multas ser reduzido em 50%(cinqenta por cento) do valor devido.

    7- EDIFICAES EXISTENTES

    Uma edificao ser considerada regularmente existente ainda que sua reaedificada seja inferior, igual, ou superior at 5% (cinco por cento) constante do

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    documento utilizado para comprovao de sua regularidade.

    7.1-REFORMAS

    A edificao regularmente existente poder ser reformada desde que a edificaoresultante no crie nem agrave eventual desconformidade com a LOE ou com a

    LPUOS.

    7.1.1-A edificao existente irregular, no todo ou em parte, que atenda aodisposto na LOE e na LPUOS, poder ser regularizada e reformada,expedindo-se Certificado de Concluso para a rea a ser regularizada eAlvar de Aprovao para a reforma pretendida.

    7.1.2-A edificao irregular, no todo ou em parte, que no atenda na parteirregular ao disposto na LOE ou na LPUOS, poder ser reformada desdeque seja prevista supresso da infrao.

    7.1.2.1-No ser concedido Certificado de Concluso para areforma, parcial ou total, sem que a infrao tenha sido suprimida.

    7.1.3-Nas edificaes a serem reformadas com mudana de uso e emcomprovada existncia regular em perodo de 10 (dez) anos, podero seraceitas, para a parte existente e a critrio da PMSP, solues que, porimplicaes de carter estrutural, no atendam integralmente sdisposies previstas na LOE ou na LPUOS relativas a dimenses erecuos, desde que no comprometam a salubridade nem acarretemreduo da segurana.Ver RESOLUCAO CEUSO 085-97

    7.1.4-Edificaes com solues alternativas de proteo contra incndios,aceitas pela PMSP, sero consideradas "conformes", nos termos desteCOE.

    7.2-RECONSTRUES

    A edificao regular poder ser reconstruda, no todo ou em parte, dependendo desua conformidade com a LOE e a LPUOS.

    7.2.1-A reconstruo de qualquer edificao, caso se pretenda introduziralteraes em relao edificao anteriormente existente, serenquadrada como reforma.

    7.2.2-A reconstruo de edificao que abrigava uso instaladoirregularmente, s ser permitida se:

    a) for destinada a uso permitido na zona, eb) adaptar-se s disposies de segurana.

    7.2.3-A edificao irregular no poder ser reconstruda.

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    7.2.4-A PMSP poder recusar, no todo ou em parte, a reconstruo nosmoldes anteriores, de edificao com ndices e volumetria em desacordocom o disposto na LOE ou na LPOUS que seja considerada prejudicial aointeresse urbanstico.

    8-USO DAS EDIFICAES

    Para efeito das disposies constantes desta Lei, as edificaes agrupar-se-oconforme sua finalidade se assemelhar, no todo ou em parte, a uma ou mais dasatividades aqui previstas.

    8.1-HABITAO

    Destinadas moradia de carter permanente, podendo ser unifamiliar,multifamiliar ou coletiva incluindo, dentre outros, os seguintes tipos:

    a) casas;b) prdios de apartamentos;

    c) pensionatos;d) moradias de religiosos ou estudantes;e) orfanatos e asilos.

    8.2-COMRCIO E SERVIO

    Destinadas comercializao de mercadorias ou prestao de serviosadministrativos ou pessoais incluindo, dentre outros, os seguintes tipos:

    a) venda de mercadorias em geral;b) venda e consumio de alimentos e bebidas;c) venda de bens ou servios;

    d) instituies financeiras;e) escritrios administrativos, tcnicos, consultrios ou de administrao

    pblica;f) servios de limpeza, manuteno ou reparo;g) manufatura em escala artesanal;h) tratamento esttico ou institutos de beleza.

    8.3-PRESTAO DE SERVIOS DE SADE.

    Destinadas prestao de servios de assistncia sade em geral, inclusiveveterinria, com ou sem internao incluindo, dentre outros, os seguintes tipos:

    a) clnicas mdica, odontolgica, radiolgica ou de recuperao fsica oumental;b) ambulatrios;c) prontos-socorros;d) postos de sade ou puericultura;e) hospitais ou casas de sade;f) bancos de sangue ou laboratrios de anlises.

    8.4-PRESTAAO DE SERVIOS DE EDUCAO

    Destinadas prestao de servios de educao e ensino em geral incluindo,

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    dentre outros, os seguintes tipos:a) creches, escolas maternais ou pr-escolas;b) ensino de primeiro e segundo grau;c) cursos supletivos, de madureza ou preparatrios;d) ensino tcnico profissionalizante;e) ensino superior ou ps-graduao;

    f) cursos livres.

    8.5-PRESTAO DE SERVIOS DE HOSPEDAGEM

    Destinadas prestao de servios de hospedagem ou moradia de cartertransitrio incluindo, dentre outros, os seguintes tipos:

    a) hotis, hotis-residncia e motis;b) penses, hospedarias e albergues.

    8.6-PRESTAO DE SERVIOS AUTOMOTIVOS

    Destinadas prestao de servios de guarda, abastecimento , limpeza,manuteno ou reparo, com ou sem comercializao de produtos incluindo, dentreoutros, os seguintes tipos:

    a) estacionamentos ou edifcios-garagem;b) postos de abastecimento, lavagem ou servios;c) oficinas mecnicas;d) venda de acessrios com servios destinados sua instalao;e) concessionrias de veculos;f) garagem de caminhes ou nibus.

    8.7-INDSTRIAS, OFICINAS E DEPSITOS

    Destinadas extrao, beneficiamento, desdobramento, transformao,manufatura, montagem, manuteno ou guarda de matrias-primas oumercadorias de origem mineral, vegetal ou animal incluindo, dentre outros, osseguintes tipos:

    a) pedreiras ou areais;b) beneficiamento de leite;c) serrarias, carpintarias ou marcenarias;d) serralherias;e) grficas e tipografias;f) tecelagem e confeco;

    g) qumicos e farmacuticos;h) matadouros e frigorficos;i) beneficiamento de borracha natural ou sinttica;

    j) aparelhos eltricos ou eletrnicos;k) veculos e mquinas;l) estocagem de mercadorias, com ou sem comercializao.m) terminal particular de carga.

    8.8-LOCAIS DE REUNIO

    Destinadas a abrigar eventos geradores de pblico incluindo, dentre outros, os

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    seguintes tipos:Ver LEI 11424-93

    a) cinemas, auditrios, teatros ou salas de concerto;b) templos religiosos;c) sales de festas ou danas;

    d) ginsios ou estdios;e) recintos para exposies ou leiles;f) museus.

    8.9-PRTICA DE EXERCCIO FSICO OU ESPORTE

    Destinadas prtica de atividade fsica ou lazer incluindo, dentre outros, osseguintes tipos:

    a) clubes esportivos ou recreativos;b) academias de natao, ginstica ou dana;c) recintos para competies.

    8.10-ATIVIDADES E SERVIOS DE CARTER ESPECIAL

    Destinados a atividades especficas, no enquadrveis nas demais sees desteCaptulo incluindo, dentre outros, os seguintes tipos:

    a) delegacias;b) casas de deteno;c) quartis;d) terminais de carga ou passageiros;e) velrios ou cemitrios;f) parques pblicos;

    g) centros de pesquisa mdico-cientfico;h) sistema de transporte de massa, de mdia e grande capacidade;i) torres de transmisso.

    8.11-ATIVIDADES TEMPORRIAS

    Destinadas a abrigar determinadas atividades, seja por perodos restritos detempo, seja em edificaes de carter transitrio incluindo, dentre outros, osseguintes tipos:

    a) circos ou parques de diverses;b) bancas de jornais ou quiosques promocionais;

    c) caixas automticas.

    8.12-USO MISTO

    A implantao em uma edificao de mais de uma atividade, caracterizando usomisto, estar condicionada a LPUOS e a esta lei, em especial no que se refere aespaos destinados a circulao e segurana.Ver RESOLUCAO CEUSO 089-99

    8.12.1-A atividade "estacionamento" somente ser aceita, juntamente com

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    outra atividade, desde que no seja reduzido o nmero mnimo de vagasexigido para a atividade principal.

    8.12.2-Em indstrias, oficinas e depsitos ser permitida a comercializaode produtos fabricados ou depositados no prprio estabelecimento.

    8.12.3-Nas atividades temporrias ser permitido uso misto, desde quesejam estabelecidos, pelo Executivo, os tipos de acesso a serem utilizadosem cada caso.

    9-COMPONENTES - MATERIAIS, ELEMENTOS CONSTRUTIVOS, EEQUIPAMENTOS

    Alm do atendimento s disposies desta Lei, os componentes das edificaesdevero atender s especificaes constantes das N.T.O., mesmo quando suainstalao no seja obrigatria pela LOE.

    9.1-DESEMPENHO

    O dimensionamento, especificao e emprego dos materiais e elementosconstrutivos devero assegurar a estabilidade, segurana e salubridade dasobras, edificaes e equipamentos, garantindo desempenho, no mnimo, similaraos padres estabelecidos neste Cdigo.

    9.1.1-O desempenho obtido pelo emprego de componentes, em especialdaqueles ainda no consagrados pelo uso, bem como quando emutilizaes diversas das habituais, ser de inteira responsabilidade doProfissional que os tenha especificado ou adotado.

    9.1.2-A PMSP poder desaconselhar o emprego de componentesconsiderados inadequados, que possam vir a comprometer o desempenhodesejvel, bem como referendar a utilizao daqueles cuja qualidade sejanotvel.

    9.1.3-As edificaes devero assegurar condies de acesso, circulao euso por pessoas idosas ou portadoras de deficincias, nos termos da LeiOrgnica do Municpio de So Paulo.Ver LEI 11345-93

    9.1.4-As edificaes devero observar os princpios bsicos de conforto,higiene e salubridade de forma a no transmitir aos imveis vizinhos e aoslogradouros pblicos rudos, vibraes e temperaturas em nveis superioresaos previstos nos regulamentos oficiais prprios.

    9.1.4.1-Visando o controle da proliferao de zoonoses, oscomponentes das edificaes, bem como instalaes eequipamentos, devero dispor de condies que impeam o acessoe alojamento de animais transmissores de molstias, observadas asNormas especficas emanadas do rgo municipal competente.

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    9.2-COMPONENTES BSICOS

    Os componentes bsicos da edificao, que compreendem fundaes, estruturas,paredes e cobertura, devero apresentar resistncia ao fogo, isolamento trmico,isolamento e condicionamento acsticos, estabilidade e impermeabilidadeadequados funo e porte do edifcio, de acordo com as N.T.O., especificados e

    dimensionados por Profissional habilitado.

    9.2.1-As fundaes e estruturas devero ficar situadas inteiramente dentrodos limites do lote e considerar as interferncias para com as edificaesvizinhas, logradouros e instalaes de servios pblicos.

    9.2.2-A parede que estiver em contato direto com o solo, ou aquelaintegrante de fachada voltada para o quadrante sul, devero serimpermeabilizadas.

    9.2.3-As paredes dos andares acima do solo, que no forem vedados por

    paredes perimetrais, devero dispor de guarda-corpo de proteo contraqueda, com altura mnima de 0,90m (noventa centmetros) resistente aimpactos e presso.

    9.2.4-Quando se tratar de edificaes agrupadas horizontalmente, aestrutura de cobertura de cada unidade autnoma ser independente,devendo a parede divisria entre as unidades chegar at a face inferior datelha.

    9.3-INSTALAES PREDIAIS

    A execuo de instalaes prediais, tais como, as de gua potvel, guas pluviais,esgoto, luz, fora, pra-raios, telefone, gs e guarda de lixo observaro, emespecial, as N.T.C.

    9.3.1-No ser permitido o despejo de guas pluviais ou servidas, inclusivedaquelas provenientes do funcionamento de equipamentos, sobre ascaladas e os imveis vizinhos, devendo as mesmas serem conduzidas porcanalizao sob o passeio rede coletora prpria, de acordo com asNormas emanadas do rgo competente.

    9.3.2-As edificaes devero dispor de instalao permanente de gs

    combustvel.

    9.3.2.1-Os ambientes ou compartimentos que contiveremequipamentos ou instalaes com funcionamento a gs devero terventilao permanente, assegurada por aberturas diretas para oexterior, atendendo as N.T. da autoridade competente.9.3.2.2-O armazenamento de recipientes de gs dever estar foradas edificaes, em ambiente exclusivo dotado de aberturas paraventilao permanente.

    9.3.3-Visando o controle da proliferao de zoonoses, os abrigos

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    destinados guarda de lixo devero ser executados de acordo com asNormas emanadas do rgo municipal competente, ficando proibida ainstalao de tubos de queda de lixo.

    9.3.3.1-Excetuadas as residncias, qualquer edificao com mais de750,00m2 (setecentos e cinqenta metros quadrados) dever ser

    dotada de abrigo destinado guarda de lixo, localizado no interior dolote e com acesso direto ao logradouro.Ver LEI 12936-99

    9.3.4-As edificaes situadas em reas desprovidas de rede coletorapblica devero ser providas de instalaes destinadas ao armazenamento,tratamento e destinao de esgoto, de acordo com as N.T.O.

    9.3.4.1-O projeto do sistema ser apresentado quando da solicitaode Alvar de Aprovao de edificaes novas ou de Alvar deLicena para Residncias Unifamiliares.

    9.4-EQUIPAMENTOS MECNICOS

    Todo equipamento mecnico, independentemente de sua posio no imvel,dever ser instalado de forma a no transmitir ao imvel vizinho e aos logradourospblicos rudos, vibraes e temperaturas em nveis superiores aos previstos nosregulamentos oficiais prprios.

    9.4.1-Os guindastes, pontes-rolantes e outros equipamentos assemelhadosque possurem, junto s divisas, altura superior a 9,00m (nove metros)medidos a partir do perfil original do terreno, ficaro condicionados, a partir

    desta altura, a afastamento mnimo de 3,00m (trs metros) no trecho emque ocorrer tal situao.

    9.4.2-As balanas para pesagem de veculos podero se situar emqualquer posio no imvel, inclusive nas faixas de recuos previstos pelaLPUOS.

    9.4.3-Os equipamentos mecnicos, independentemente do porte, no seroconsiderados como rea edificada.

    9.4.4-Incluem-se nas disposies do item 9.4 os aparelhos de transporte

    vertical de carga ou passageiros situados no imvel.

    9.5-ELEVADORES DE PASSAGEIROS

    Qualquer equipamento mecnico de transporte vertical no poder se constituir nonico meio de circulao e acesso s edificaes.Ver DESENHO 9-I

    9.5.1-Devero ser servidas por elevadores de passageiros as edificaescom mais de cinco andares e/ou que apresentem desnvel, entre opavimento do ltimo andar e o pavimento do andar inferior - includos

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    pavimentos destinados a estacionamento - superior a 12,00m (doze metros)observadas as seguintes condies:a) no mnimo um elevador, em edificaes at dez andares e/ou com

    desnvel igual ou inferior a 24,00m (vinte e quatro metros);b) no mnimo dois elevadores, em edificaes com mais de dez andares

    e/ou com desnvel superior a 24,00m (vinte e quatro metros).

    9.5.1.1-No cmputo dos andares e no clculo do desnvel no seroconsiderados o tico, o pavimento de cobertura, os andares destinados zeladoria ou de uso privativo de andar contguo.

    9.5.2-Todos os andares devero ser servidos, obrigatoriamente, pelomnimo de elevadores determinado nesta Seo.

    9.5.3-Com a finalidade de assegurar o uso por pessoas portadoras dedeficincias fsicas, o nico ou pelo menos um dos elevadores dever:a) estar situado em local a eles acessvel;

    b) estar situado em nvel com o pavimento a que servir ou estar interligadoao mesmo por rampa;

    c) ter cabine com dimenses internas mnimas de 1,10m (um metro e dezcentmetros) por 1,40m (um metro e quarenta centmetros);

    d) ter porta com vo de 0,80m (oitenta centmetros);e) servir ao estacionamento em que haja previso de vagas de veculos

    para pessoas portadoras de deficincias fsicas.Ver LEI 11859-95

    9.5.3.1-Ser indispensvel a instalao de elevador em edificaes quepossurem mais de um pavimento e populao superior a 600

    (seiscentas) pessoas, e que no possuam rampas para atendimento dacirculao vertical.

    9.5.4-A rea do poo do elevador, bem como de qualquer equipamentomecnico de transporte vertical, ser considerada no clculo da reaedificada de um nico andar.

    9.5.5-Os espaos de circulao fronteiros s portas dos elevadores, emqualquer andar, devero ter dimenso no inferior a 1,50m (um metro ecinqenta centmetros).

    9.5.6-O hall de acesso a, no mnimo, um elevador dever ser interligado circulao vertical da edificao por espao de circulao coletiva ,podendo os demais elevadores ter esta interligao garantida por espaode circulao privativa.

    9.5.6.1-A interligao por espao de circulao privativa serdispensada se o elevador que serve ao hall considerado for dotadode sistema de segurana que garanta sua movimentao mesmo emcaso de pane no sistema ou falta de energia eltrica.

    9.6-EDIFICAES DE MADEIRA

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    As edificaes que possurem estrutura e vedao em madeira devero garantirpadro de desempenho correspondente ao estabelecido nas sees desteCaptulo, quanto ao isolamento trmico, isolamento e condicionamento acsticos,estabilidade e impermeabilidade.

    9.6.1-A resistncia ao fogo dever ser otimizada, atravs de tratamentoadequado, para retardamento da combusto.

    9.6.2-Os componentes da edificao, quando prximos a fontes geradorasde fogo ou calor, devero ser revestidos de material incombustvel.

    9.6.3-As edificaes de madeira ficaro condicionadas aos seguintesparmetros:a) mximo de 2 (dois) andares;b) b)altura mxima de 8m (oito metros);c) c)afastamento mnimo de 3,00m (trs metros) de qualquer ponto das

    divisas ou outra edificao;d) d)afastamento mnimo de 5,00m (cinco metros) de outra edificao de

    madeira.

    9.6.3.1-Estes parmetros podero ser alterados por soluo que,comprovadamente, garanta a segurana dos usurios da edificao eseu entorno.

    10-IMPLANTAO, AERAO E INSOLAO DAS EDIFICAES

    A implantao de qualquer edificao no lote, alm do atendimento s

    disposies previstas na LPUOS, dos afastamentos em relao s guascorrentes ou dormentes, faixas de domnio pblico de rodovias e ferrovias, linhasde alta tenso, dutos e canalizaes , dever respeitar as normas previstas nestalei, visando assegurar a qualidade de vida das edificaes vizinhas, bem como ahigiene e salubridade dos seus compartimentos.Ver RESOLUCAO CEUSO 075-95Ver RESOLUCAO CEUSO 092-99

    10.1-CONDIES GERAIS DE IMPLANTAO E DE FECHAMENTO DETERRENOS EDIFICADOS.

    As condies gerais, constantes desta Seo, sero aplicadas sem prejuzo dasdemais disposies desta lei.

    10.1.1-As edificaes, obras complementares ou mobilirio que possurem,junto s divisas, altura superior a 9,00m (nove metros) medidos a partir doperfil original do terreno, ficaro condicionadas, a partir desta altura, aafastamento mnimo de 3,00m (trs metros) no trecho em que ocorrer talsituao.Ver RESOLUCAO CEUSO 078-96

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    10.1.1.1-O disposto neste item no se aplicar s edificaessituadas em reas sujeitas a diretrizes urbansticas prprias ouoperaes urbanas, para as quais haja expressa dispensa daobservncia dos recuos previstos pela LPUOS.Ver DESENHO 10-I

    10.1.1.2-Os anteparos verticais, gradis, muros, alambrados eassemelhados, que apresentarem superfcie vazada uniformementedistribuda inferior a 90% (noventa por cento) de sua superfcie total,sero includos no clculo da altura, tratada neste item.

    10.1.2-Para os terrenos edificados ser facultativa a construo de muro defecho em suas divisas.

    10.1.2.1-Quando executados, os muros tero altura de:a) 3,00m (trs metros) no mximo, acima do passeio, quando junto

    ao alinhamento;b) 3,00m (trs metros) no mximo, quando junto s demais divisas,

    medidos a partir do nvel em que se situarem, excetuados os dearrimo que tero altura compatvel com o desnvel de terra.

    10.1.2.2-Os anteparos verticais que possurem superfcie vazadauniformemente distribuda superior a 90% (noventa por cento) notero limite de altura.

    10.1.3-Nos cruzamentos dos logradouros pblicos dever ser previsto cantochanfrado de 3,50m (trs metros e cinqenta centmetros), normal

    bissetriz do ngulo formado pelo prolongamento dos alinhamentos, salvo setal concordncia tiver sido fixada de forma diversa em arruamento ou planode melhoramento pblico.

    10.1.3.1-Em zonas sujeitas a diretrizes urbansticas prprias, para asquais haja expressa dispensa da observncia dos recuos previstosna LPUOS, ser admitido o avano sobre o canto chanfrado da parteda edificao que se situar a altura superior a 3,00m (trs metros) dopasseio.

    10.1.4-Em observncia ao disposto no Cdigo Civil, dever haver reserva

    de espao para passagem de canalizao de guas provenientes de lotes amontante, exigncia esta extensvel a canalizaes de esgoto.

    10.1.5-As condies naturais de absoro das guas pluviais no lotedevero ser garantidas pela execuo de um ou mais dos seguintesdispositivos:a) reserva de, no mnimo, l5% (quinze por cento) da rea do terreno livre

    de pavimentao ou construo;b) construo de reservatrio ligado a sistema de drenagem.

    10.1.5.1-Na hiptese de utilizao de piso drenante para atendimento

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    letra "a", apenas sua rea efetivamente vazada ser considerada comolivre de pavimentao.

    10.1.5.2-Considera-se reservatrio qualquer dispositivo dimensionadode acordo com a frmula:

    V = (0,15 x S - Sp) x IP x t , onde:

    V = volume do dispositivo adotado;S = rea total do terreno;Sp = rea do terreno livre de pavimentao ouconstruo;IP = ndice pluviomtrico igual a 0,06m/hora;t = tempo de durao da chuva igual a 1 (uma) hora.

    10.1.5.3-O volume de gua captado e no drenado em virtude dacapacidade de absoro do solo, determinado conforme critrios

    fixados pelas N.T.O., dever ter seu despejo no sistema pblico deguas pluviais retardado, para to logo este apresente condies dereceber tal contribuio.

    10.2-DISPOSITIVOS PARA ATENDIMENTO DA AERAO E INSOLAO

    Observados os mnimos previstos nesta lei, a aerao e a insolao naturaispodero ser proporcionadas por:

    a) recuos obrigatrios previstos na LPUOS;b) reas livres internas do lote;c) espao dos logradouros;

    d) faixa livre de aerao "A";e) espao livre de aerao e insolao "I";f) aerao induzida;g) alternativa natural que comprovadamente garanta desempenho, no mnimo,

    similar ao obtido quando atendidas apenas as disposies gerais desta lei.

    10.2.1-As reentrncias em fachadas, com largura igual ou superior a uma vez emeia sua profundidade, sero integradas ao espao de aerao e insolaolindeiro.Ver DESENHO 10-II-AVer DESENHO 10-II-B

    10.2.2-As aberturas destinadas aerao e insolao dos compartimentosdevero estar voltadas para os espaos de aerao e insolaocorrespondentes.

    10.3-CLASSIFICAO DOS VOLUMES DE UMA EDIFICAO

    A volumetria da edificao determinar os afastamentos necessrios aerao einsolao, na dependncia da altura estabelecida a partir:

    a) do desnvel "d", medido em metros de piso a piso entre pavimentos

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    consecutivos;b) do ndice volumtrico "n", obtido em funo do desnvel "d", sendo:

    n = 1, quando 2,00m < d < 3,00m;n = 1 + 1/3 (d - 2), quando d < 2,00m;n = 1 + 1/3 (d - 3), quando d > 3,00m;

    c) da somatria "N" dos ndices volumtricos "n" dos andares considerados,podendo ser somatria total dos andares quando for considerado o volumetotal da edificao, ou somatria parcial quando houver seu escalonamento.

    10.3.1-Quando se tratar de andar nico ou de cobertura, o desnvel "d" ser op-direito do andar.Ver DESENHO 10-III-C

    10.3.1.1-Quando o piso ou o teto forem inclinados, o desnvel "d"considerado ser a altura mdia do andar.

    Ver DESENHO 10-III-D

    10.3.2-Quando se tratar de chamins e torres em geral, e caixas dguaisoladas, o desnvel "d" considerado ser a distncia entre a base o pontomais elevado.

    10.3.3-Os volumes de uma edificao sero classificados em funo dasomatria "N", obtida sempre a partir do pavimento trreo definido na LPUOS,sendo:Ver DESENHO 10-III-A

    a) Volume inferior "Vi", quando N < 3 ;b) Volume superior "Vs", quando N > 3 ;c) Volume enterrado ou semi-enterrado "Ve", aquele situado abaixo do

    volume "Vi"Ver DESENHO 10-III-B

    10.4-AERAO E INSOLAO DO VOLUME INFERIOR "Vi"

    Para compartimentos situados no volume "Vi" sero suficientes a aerao einsolao naturais proporcionadas pelos seguintes espaos:

    a) espaos constitudos pelos recuos obrigatrios previstos na LPUOS;b) espao livre dos logradouros pblicos, quando a LPUOS admitir aimplantao de edificaes no alinhamento;

    c) espaos livres internos ao lote, que possurem rea mnima de 5,00m2(cinco metros quadrados) e largura mnima de l,50m (um metro e cinqentacentmetros).

    10.4.1-Quando a edificao for constituda pelos volumes "Ve" e "Vi" e desdeque o ndice "N" total seja menor ou igual a 3 (trs), sero suficientes aaerao e insolao naturais proporcionadas pelos espaos estabelecidosnesta seo.

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    Ver DESENHO 10-IV

    10.5-AERAO DO VOLUME SUPERIOR "Vs."- FAIXA LIVRE "A"

    O volume "Vs.", independentemente da existncia de aberturas, dever ser

    contornado por uma faixa livre "A", destinada aerao da edificao e do seuentorno.

    10.5.1-A faixa livre "A", cujo valor ser expresso em metros, poder serescalonada e dever ser dimensionada de acordo com a frmula:Ver DESEN