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SÃO PAULO, 29 DE NOVEMBRO A 1 DE DEZEMBRO DE 2014

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SÃO PAULO, 29 DE NOVEMBRO A 1 DE DEZEMBRO DE 2014

A Bandeirantes não esquece: Projeto de Lei para desativação do Minhocão

volta à discussão na CMSP

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Árvore de Natal no Ibirapuera vai ser inaugurada com atraso; Fonte

Multimídia começa funcionar hoje

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Donos levaram seus cães para caminhada no Parque da Aclimação

promovida pela OAB-SP

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Fundo do Meio Ambiente seleciona projetos de educação

Reclamações recebidas sobre falta de água em bebedouros do Parque do Ibirapuera

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Últimas semanas para visitar a Bienal de Artes do Parque do Ibirapuera

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Fonte iluminada começa hoje

Árvore de Natal do Parque do Ibirapuera vai ser inaugurada no dia 13 de

dezembro

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Falando em Meio Ambiente

A Lei Federal de nº 10.257/2001, conhecida como Estatuto da Cidade, regulamentou

os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, estabelecendo as regras e diretrizes da

política e gestão urbana de nosso país. A mencionada lei estabeleceu desta forma, no

bojo do Estatuto da Cidade, o chamado Plano Diretor. O Plano Diretor é o instrumento

básico para orientar a política de desenvolvimento e de ordenamento da expansão

urbana dos municípios. Cada cidade, através de uma lei municipal, com a participação

dos vereadores e da sociedade civil, estabelece, organiza o crescimento, o

funcionamento, o planejamento territorial da cidade, orientando nas suas prioridades

e seus investimentos. Objetiva o Plano Diretor orientar as ações do Poder Público, com

o intuito de compartilhar os interesses coletivos, garantindo de forma mais justa os

benefícios para a população, como urbanização e reforma urbana, garantindo a todo

cidadão direito à cidade e cidadania, como também uma gestão mais democrática da

cidade em que vive. Tem como funções o Plano Diretor: garantir o atendimento das

necessidades da cidade; garantir uma melhor qualidade de vida na cidade; preservar e

restaurar os sistemas ambientais; promover a regularização fundiária, e, ainda,

consolidar os princípios da reforma urbana. O Plano Diretor é obrigatório para os

municípios com mais de 20 mil habitantes, municípios integrantes de regiões

metropolitanas, municípios de interesse turístico, como também aos municípios que

estão situados em áreas de influência de empreendimentos ou atividades com

significativo impacto ambiental na região ou país. Deve o Plano Diretor articular-se

com outros instrumentos de Planejamento, dentre eles a Agenda 21, a Conferência das

Cidades, Plano de bacias hidrográficas, planos de preservação do patrimônio cultural,

dentre outros planos de desenvolvimento sustentáveis. Ressalte-se que a participação

de todo cidadão do município é de grande importância e valia. Deve o processo de

elaboração do Plano Diretor conduzido pelo Poder Executivo, articulado com o poder

Legislativo e a sociedade Civil. Procure saber do Plano Diretor de sua cidade. Sua

participação é importante.

Plantas do Brasil prestes a desaparecer

Estudo mostra que estão ameaçadas cinco vezes mais espécies da flora

do que se imaginava

O número de espécies de plantas prestes a desaparecer no Brasil é cinco vezes superior à previsão oficial atual, alertam especialistas. Com isso, muitos avanços para a sociedade — como, por exemplo, remédios para doenças graves que poderiam ser descobertos a partir da flora — simplesmente jamais vão acontecer. Segundo o estudo, há pelo menos 2.118 espécies brasileiras com chances de sumir para sempre no país mais verde da América Latina.

“Todas as espécies em risco de extinção trazem uma consequência econômica e social”, afirmou o biólogo Gustavo Martinelli, coordenador do Livro Vermelho da Flora do Brasil (2013), segundo o portal Ecodebate. Mês passado, a publicação ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria Ciências Naturais.

Conta Social: árvores contra poluição

Ferramenta desenvolvida em escola promove consciência ambiental entre

as crianças

Quantas árvores uma criança precisaria plantar para ‘anular’ a poluição que produz? Professores criaram uma ‘calculadora de dióxido de carbono (CO2)’, que verifica a quantidade do gás poluente produzida, por ano, nas idas e voltas ao colégio, no tempo debaixo do chuveiro e vendo televisão, entre outras atividades da rotina dos alunos. A partir desta quantidade de CO2, acha-se o número de árvores que cada um deve plantar durante o período para amenizar os prejuízos causados ao meio ambiente. O CO2 é um dos gases que causam o efeito estufa. Ele é liberado na atmosfera quando combustíveis são queimados.

Alunos do Colégio Termomecanica: consciência ambiental Foto: Divulgação

A ferramenta foi desenvolvida por professores de do Colégio Termomecanica, em São Bernardo do Campo (SP), com a colaboração de um aluno da Faculdade de Tecnologia Termomecanica e os setores de Comunicação e Tecnologia da Informação da Fundação Salvador Arena. O serviço está disponível no site www.cefsa.org.br.

“Incentivar o consumo consciente da água e energia, e ensinar conceitos de preservação do meio ambiente, refletindo com os alunos os prejuízos futuros caso isso não ocorra, são funções básicas da escola. A participação dos familiares também é muito importante”, afirma Cristina Favaron Tugas, diretora pedagógica do colégio.

Entrada de água no Cantareira é a 3.a menor da história

Com chuvas abaixo do esperado em novembro, o Sistema Cantareira registrou o terceiro mês com menor entrada de água do ano e também nos 84 anos da história do manancial, de acordo com relatórios publicados pela Agência Nacional de Águas (ANA). O sistema continua com o nível de água caindo, e ontem, no 16.º dia consecutivo de queda, chegou a 8,8% da capacidade, já incluídos os 105 bilhões de litros da segunda cota do volume morto. O Cantareira abastece 6,5 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo. Até a última sexta-feira, quando o relatório foi atualizado, a média de água que entrou no reservatório foi de 6 mil litros por segundo, apenas 19,4% da média histórica mensal. No mês, entraram cerca de 14,5 bilhões de litros de água no Cantareira. A média em novembro do ano passado tinha sido de 50,2 bilhões de litros. Até então, o novembro mais seco tinha sido registrado em 1954, quando a média de entrada de água foi de 12,4 mil litros por segundo. A média de precipitação também não ajudou. Em novembro, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), caiu um total de 135 milímetros de água na região até ontem, abaixo da média histórica de novembro, que é de 161,2 milímetros. Ao longo do mês, o reservatório perdeu 3,4 pontos porcentuais.>>Se por um lado a entrada de água foi baixa, por outro a saída foi muito maior. A Sabesp retirou um total de 48,4 bilhões de litros de água do reservatório durante o mês. Procurada, a companhia não comentou se haverá mudança na vazão da água. Precipitação constante Segundo Rubem La Laina Porto, engenheiro e professor de Hidrologia da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), por estar muito seco, o solo do sistema apenas absorve o que chove, sem aumentar o volume de água. “Apesar de o mês estar chuvoso, a precipitação precisa ser mais constante nas cabeceiras das bacias do Sistema Cantareira, no sul de Minas Gerais”, afirmou. “O solo está muito seco, então, o chão absorve muita água. Faz diferença, porque o que chove acaba não sendo proporcional ao que foi sugado pelo solo.” Em outubro, o Sistema Cantareira teve o mês com a menor vazão de sua história. Desde 1930, os rios que alimentam o reservatório não tinham ficado com uma vazão tão baixa. A média foi de 4 mil litros por segundo, cerca de 14,8% da média histórica mensal do reservatório.

Quem mora no entorno das represas do Sistema Cantareira se diz triste e impressionado com o cenário de seca. “Eu vejo a formação de nuvens no céu, elas ficam escuras, mas, quando é para chover, a água não vem. Só cai sereno aqui”, afirmou o corretor de imóveis Francisco Ricardo de Souza, de 59 anos, que mora em Piracaia, no interior do Estado, cidade onde está localizada a Represa Cachoeira. “Eu trabalhei nas represas quando era mais jovem e nunca tinha visto uma situação dessa. É triste ver tudo secando. Parece que a água realmente vai acabar.” Outros reservatórios Os outros reservatórios que abastecem a capital e a Grande São Paulo também fecharam novembro com chuvas abaixo da média histórica. Ontem, quatro deles registraram queda no nível da água - o único estável foi o Guarapiranga, com 33,7%, embora tenha perdido 5,5 pontos porcentuais durante o mês. O volume acumulado de chuvas ali foi de 109,3 milímetros, quase 12% abaixo da média histórica, de 124 milímetros. O Alto Tietê voltou a registrar queda de 0,1 ponto porcentual. Ontem, o manancial operava com 5,7% da capacidade. Comparado com o início do mês, quando estava com 8,9%, são 3,2 pontos porcentuais a menos, tendo chovido cerca de 16% menos do que a média do mês. Alto Cotia, Rio Grande e Rio Claro que, juntos, atendem 3,1 milhões de pessoas, também tiveram quedas. O primeiro estava com 30,1% e caiu para 29,9%. O segundo desceu de 64% para 63,8%, enquanto o último foi de 32,4% para 32,1%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Maior do que Cantareira, Billings tem água 'perdida'

Morador há 30 anos do Parque Cocaia, no extremo sul da capital, o pintor Raimundo Barbosa, de 38 anos, aponta para a Represa Billings e lamenta a degradação. "É uma injustiça não poder beber a água por causa da poluição. É uma pena não usar toda essa água nessa época de crise", afirma, sem saber que o manancial, com capacidade superior a todo o Sistema Cantareira, poderia ajudar a afastar o risco de desabastecimento.

Da represa que banha São Paulo, Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, 7,7 mil litros de água por segundo são destinados hoje para o consumo da população - em potência máxima, o Cantareira produz 33 mil litros por segundo. Outros 6 mil litros seguem para a Baixada Santista, onde geram energia e vão para o mar.

A subutilização do manancial como fonte de abastecimento, porém, não é explicada apenas pela quantidade de água destinada para a Usina Hidrelétrica Henry Borden, em Cubatão. Poluição, ocupação irregular das margens e assoreamento do corpo da represa compõem a lista. "O esgoto é jogado no córrego (que deságua na represa) até pelas casas que têm relógio de água (onde a coleta de esgoto é regularizada)", diz Barbosa.

No bairro Pedreira, na margem oposta onde vive o pintor, a população viu a degeneração da Billings a partir dos anos 1990, com o bombeamento das águas do Rio Pinheiros, em dias de temporal. "Quando eu cheguei aqui, em 1987, a represa tinha pássaros, macacos e área verde. Depois que começaram a puxar a água do rio ficou degradado", diz o líder comunitário Ricardo Prieto, de 46 anos.

A combinação de ocupação irregular às margens da Billings com a poluição do manancial já fez a represa perder 20% de sua capacidade de armazenamento, ou 240 milhões de litros de água. Segundo estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), o impacto no espelho d'água equivale a 2 mil campos de futebol.

O presidente da entidade, o ambientalista Carlos Bocuhy, afirma que a Billings não recebe atenção, mesmo na crise. "O governo fala em tratar o esgoto do Rio Pinheiros, mas não em despoluir a Billings. Por que, em seca histórica, tiramos 6 mil litros por segundo da população para energia elétrica?"

Para a especialista em Saneamento Ambiental da Universidade Federal do ABC (UFABC) Tatiane Araújo de Jesus, é preciso tirar o esgoto da represa não só para aumentar a vazão destinada ao abastecimento, mas para proteger a população. "O esgoto cria um ambiente mais propício para bactérias, que, por sua vez, produzem toxinas que causam problemas para a saúde", diz. Segundo ela, uma alternativa seria tratar o esgoto para produzir água de reúso.

Concepção. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) ressaltou que a Billings foi concebida para a geração de energia elétrica. "Por esse motivo, e não por questões ligadas à qualidade da água, é que ela não é usada em maior escala para o abastecimento", informou a empresa, em nota.

Além disso, a companhia informou que a água destinada à Henry Borden acaba sendo usada para o abastecimento via Rio Cubatão.

Responsável pela usina, a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) afirmou que precisa de 6 mil litros por segundo para fazê-la funcionar. A Henry Borden produz 889 megawatts, energia suficiente para abastecer 2 milhões de pessoas. Seu foco principal, porém, são as indústrias da Baixada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nova York investe em preservação para garantir abastecimento de água

Seca mata mais do que terremotos, enchentes e furacões juntos, diz ONU.

Andrew Hudson: "A maior barreira não é financeira ou técnica. É política".

Quase 800 milhões de habitantes do planeta não têm acesso à água potável. É um problema que o mundo inteiro precisa resolver. Na quinta reportagem da série especial que o Jornal Nacional está apresentando nesta semana, o correspondente Alan Severiano mostra como os Estados Unidos agem para evitar uma crise no abastecimento.

O mais rico estado americano está de mal com o céu. Sem chuva, o nível dos principais reservatórios da Califórnia caiu para 30% da capacidade. A usina hidrelétrica parou de funcionar nessa que é uma das piores secas da História. O governo agiu logo: decretou estado de emergência e pediu para a população diminuir o consumo em 20%.

O estado, que é o maior produtor de frutas do país, vai colher menos este ano. A agricultura é o destino de 70% de toda a água consumida no planeta. Vinte por cento vão para as indústrias e 10% para as residências.

Desde 2010, a ONU considera o acesso à água potável um direito essencial. Água é sinônimo de desenvolvimento, atrai empresas e serviços para as regiões onde ela é abundante. Um direito básico, que segundo as Nações Unidas, está cada vez mais ameaçado: 780 milhões de pessoas no mundo não bebem água potável. Em 2025, serão 1,8 bilhão em regiões com escassez de água.

O consumo vai aumentar com o crescimento da população. E o aquecimento global deve provocar mais seca que, segundo a ONU, hoje já mata mais do que terremotos, enchentes e furacões juntos. O problema é maior na Ásia, na Austrália, no oeste americano, no Nordeste brasileiro e nos extremos da África.

Andrew Hudson, da Agência de Desenvolvimento da ONU, diz que o clima é um desafio, mas que no geral a crise da água é uma crise dos governos, de má administração e de corrupção. "A maior barreira não é financeira ou técnica. É política", afirma.

Esse foi um dos desafios da maior metrópole americana. Nos últimos 100 anos, Nova York enfrentou cinco grandes secas e teve que aprender com o trauma. A cidade investiu num ambicioso sistema de abastecimento, que hoje fornece água de qualidade, uma das melhores dos Estados Unidos. Muita gente bebe direto da torneira.

A água vem de reservatórios como o mostrado no vídeo, a 170 quilômetros da cidade. Para garantir a pureza, Nova York comprou terrenos em regiões de mananciais no interior do estado. A área preservada já é equivalente à metade do município do Rio de Janeiro. A aquisição de terras ganhou força nos anos 80, quando o governo federal pressionou a cidade a seguir novos padrões de qualidade da água.

Para não construir uma estação de filtragem de US$ 10 bilhões, a saída foi manter as nascentes livres da ocupação humana e da poluição. As fazendas da região tiveram de mudar a rotina. A de Jim recebeu da prefeitura o equivalente a R$ 3 milhões em benfeitorias.

A vegetação foi plantada na beira do córrego para filtrar os detritos que descem com a água da chuva. Agora, o córrego segue livre de contaminação porque os animais são mantidos longe das margens. Eles não bebem mais água lá. O reservatório de água fica no alto da montanha. O esterco das vacas agora é armazenado em um depósito, bancado pela prefeitura.

O esforço para manter a água limpa inclui investimento pesado nas estações de tratamento de esgoto dos municípios da bacia.

Diane Galusha, da ONG que administra os investimentos, diz que tudo é uma questão de economia. "Nova York percebeu que preservar é mais inteligente e barato do que limpar", diz. Esse ano, mesmo com chuva abaixo do normal, o abastecimento na cidade não foi comprometido.

Bons exemplos é o que o brasileiro Leo Heller vai tentar multiplicar a partir do mês que vem. Ele vai assumir o cargo de relator especial do direito à água potável e ao saneamento, uma espécie de fiscal da água da ONU.

“A palavra de ordem é planejamento estratégico adequado que leve em conta as alterações do clima. Há uma sazonalidade nas chuvas, na vazão dos rios etc. Mas não é obrigatório que pouca água nos rios implique em falta de acesso das populações à água”, conta o futuro relator do direito à água da ONU, Leo Heller.

Anfitrião da Conferência das Nações Unidas pede resultados honrosos na

COP20

O presidente peruano, Ollanta Humala, anfitrião da Conferência das Nações Unidas

sobre Mudanças Climáticas (COP20), que será realizada em Lima entre 1º e 12 de

dezembro, exortou nessa sexta-feira (28) que se resolvam "de forma honrosa" as

questões referente aos temas, a um ano de um acordo definitivo na COP de Paris.

"Não podemos olhar para a COP seguinte, em Paris, se não resolvermos a COP20 de

forma honrosa, se não conseguirmos falar de compromissos nacionais, da capitalização

do Fundo Verde e das ações concretas de mitigação que cada país tomará", assegurou

Humala ao inaugurar a sede onde delegações de 195 países negociarão sobre o futuro

do planeta.

O presidente peruano ressaltou que um resultado honroso permitirá contar com "um

esboço de documento para chegar com expectativas reais a um documento definitivo

que deverá ser assinado em 2015, em Paris".

"Temos que contribuir para dar uma esperança ao planeta, dar uma chance de vida às

próximas gerações", acrescentou Humala, na presença de Christiana Figueres,

secretária executiva da Convenção-quadro das Nações Unidas sobre Mudanças

Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês), e o chanceler peruano, Gonzalo Gutiérrez.

Humala exortou, ainda, "à comunidade internacional a construir a maior aliança da

história, que é a luta contra o aquecimento global".

O local que receberá mais de 12.000 participantes à COP20 fica dentro da gigantesca

sede do quartel-general do exército peruano.

A organização, segundo o presidente, teve um custo de US$ 90 milhões.

A COP20 começará com um otimismo moderado, devido ao recente acordo entre

China e Estados Unidos, que fixa "por volta de 2030" o pico de emissões de gases de

efeito estufa para o país asiático, os compromissos da Europa para o mesmo ano e a

primeira capitalização do Fundo Verde, com US$ 10 bilhões para 2015-2018 para

financiar projetos de adaptação e redução dos GEEs.

Na capital peruana, espera-se que surjam as linhas gerais para limitar a 2º C o

aquecimento global. A temperatura média da Terra subiu 0,8º C com relação à era pré-

industrial.

Se tudo correr bem, as negociações de Lima devem deixar aberto o caminho para que

a próxima reunião, em dezembro de 2015, em Paris, permita um acordo multilateral

vinculante.

Paralelamente à COP20, Lima organizará uma Cúpula dos Povos, na qual a sociedade

civil será representada. Uma grande passeata na capital peruana e em outras partes do

mundo foi convocada para o dia 10 de dezembro.

5 motivos de esperança na luta contra as mudanças climáticas

Quando um acordo internacional parecia impossível, China e EUA deram uma virada histórica. Países se preparam para abandonar o petróleo de vez. Outros investem pesado em energia solar, enquanto ONGs e índigenas usam tecnologias baratas e muita inteligência para combater o desmatamento. Veja a seguir algumas boas notícias na luta contra as mudanças climáticas.

1) China e EUA, maiores poluidores, assinam acordo contra mudanças climáticas Eles foram responsáveis pela falência do Protocolo de Kyoto. Eles respondem por quase dois terços dos gases estufa lançados na atmosfera. São os maiores vilões do aquecimento global. Mas assinaram recentemente um acordo bilateral histórico: pela primeira vez, a China se comprometeu a reduzir suas emissões. E os EUA ampliaram seus compromissos voluntários.

2) Índios usarão celulares em árvores para vigiar floresta no Pará

A terra indígena Alto Rio Guamá, localizada entre duas rodovias no Pará, já foi bastante desmatada e é seguidamente invadida por madeireiros. Por isso foi escolhida pela ONG Rainforest Connection, que desenvolveu o novo sistema de monitoramento, para implantar a tecnologia em parceria com o governo do Pará.

3) Seis países latino-americanos instalam mais de 700 MW de energia solar am 2014 Segundo dados da GTM Research, os recordistas no continente são, pela ordem, Chile (308 MW), México (97 MW), Honduras (72 MW), Equador (64 MW), Uruguai (59 MW) e Brasil (51 MW).

4) Dinamarca vai zerar uso de petróleo e gás até 2050

País tem política de combate às mudanças climáticas mais ambiciosa do mundo. Até

2050 vai acabar com a queima de combustíveis fósseis não só na produção de eletricidade como também nos transportes.

5) China decide reduzir consumo de carvão O Conselho de Estado do país acaba de apresentar seu Plano Estratégico de Ação Energética prevendo, pela primeira vez, cortes no consumo de carvão já a partir de 2020. A China é o maior poluidor do planeta e o uso de carvão para gerar energia a maior fonte de emissões do país .

Desmate cresce 117% na Amazônia, revela Inpe

O desmatamento na Amazônia aumentou 117% entre os meses de agosto, setembro e outubro de 2014, em relação ao mesmo período no ano anterior, segundo dados oficiais medidos pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A área total devastada no período foi de 1.924 km², ante 886 km² nos mesmos meses de 2013. Em agosto, foram estimados 890 km² de alertas de corte raso. Em setembro, a estimativa atingiu 736 km² e, em outubro, 298 km².

Segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) - que realiza um monitoramento não oficial operado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) -, o desmatamento foi de 437 km² em agosto, 402 km² em setembro e 244 km² em outubro, totalizando 1.083 km² de área devastada.

Embora a área seja menor do que a estimada pelo Deter, o SAD detectou um aumento maior do desmate (de 227%) em relação ao mesmo trimestre de 2013, quando teriam sido destruídos 331 km². O SAD usa imagens do mesmo sensor e do mesmo satélite empregados pelo Deter, mas faz os cálculos com metodologia diferente. De acordo com o pesquisador sênior do Imazon Carlos Souza Júnior, embora exista disparidade entre os números dos dois sistemas, os dados do Deter demonstram que o desmatamento realmente cresceu. "A ordem de grandeza varia, mas a tendência não muda. O desmatamento está aumentando na Amazônia."

Divulgação

Desde setembro, o Inpe não divulgava os dados do Deter. Na ocasião, os números referentes a junho e julho indicavam aumento de 195% no desmatamento, em relação ao mesmo período de 2013.

Em 7 de novembro, o jornal Folha de S.Paulo obteve os números de agosto e setembro que mostravam crescimento de 122%, em relação aos mesmos meses em 2013. Segundo a reportagem, o governo federal já conhecia os dados antes do segundo turno da eleição presidencial, realizado em 26 de outubro, mas decidiu adiar a divulgação para depois do pleito.

O Inpe, porém, divulgou nota alegando que o atraso na divulgação tinha o objetivo de garantir ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o uso exclusivo dos dados, a fim de obter vantagem em suas atividades de fiscalização.

De acordo com o instituto, a divulgação dos dados do Deter era feita com 30 dias de atraso para garantir essa vantagem, mas o Ibama solicitou ao Inpe uma alteração no cronograma, porque os inquéritos sobre o desmatamento ilegal levam mais de um mês para serem concluídos.

"O Ibama percebeu que os dados do Deter estavam sendo usados pelos agentes que realizam desmatamentos ilegais para se prevenir contra os inquéritos", informou a nota.