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SÃO PAULO, 12 DE NOVEMBRO DE 2014

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SÃO PAULO, 12 DE NOVEMBRO DE 2014

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Congresso mundial para preservação do meio-ambiente acontece esta

semana na Austrália

Especialistas de 160 países se reúnem a partir desta quarta-feira na Austrália para participar de um congresso que acontece a cada dez anos sobre os parques naturais que precisam de esforços redobrados para a preservação de sua biodiversidade em perigo.

A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) é um organismo que agrupa agências governamentais, especialistas e organizações não governamentais, e espera reunir aproximadamente 5 mil participantes de todo o mundo em Sidney, do dia 12 a 19 de novembro.

Um estudo científico publicado na quarta-feira destacou a falta de ação dos governos na luta contra a deterioração de zonas protegidas, com risco de perder os benefícios sociais, ecológicos e econômicos.

"Durante os últimos cinco anos, muitos países renunciaram seus compromissos", explicou à AFP o professor James Watson da University of Queesland e principal autor do estudo publicado na revista Nature.

Segundo o cientista, seria preciso destinar 45 bilhões de dólares para a proteção eficaz dessas zonas. Nos Estados Unidos, o National Park Service teve que adiar projetos de preservação calculados entre 9 e 13 bilhões de dólares por falta de recursos, afirmou.

- Ilhas Galápagos em perigo -

Esse congresso, que discutirá o tema "Parques, populações e o planeta: soluções inspiradoras", será realizado um mês depois da reunião, na Coreia do Sul, dos 194 países membros da Convenção da Diversidade Biológica (CDB) da ONU, e quase um ano antes da conferência prevista para dezembro de 2015 em Paris sobre as mudanças climáticas.

De acordo com James Watson, "as 33 cidades mais populosas do mundo extraem mais da metade dos seus recursos de água das zonas protegidas. Sem as áreas protegidas, essas cidades não existiriam".

O congresso vai trazer a discussão fundamental sobre a aceleração das medidas adotadas para alcançar a meta mundial assumida pela CDB em 2010: que pelo menos

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17% das terras e 10% dos oceanos passem a fazer parte da rede de áreas protegidas até 2020.

Entre 2010 e 2014, as zonas terrestres protegidas passaram de 13% a 15,4% e as áreas marítimas de 1% a 8,4%. Dentre elas, estão incluídos o Grand Canyon nos Estados Unidos, Machu Picchu no Peru e o parque de Serengeti na Tanzânia.

"Alguns dos locais protegidos, como as Ilhas Galápagos, sofreram uma degradação significativa, em parte devido à incapacidade das autoridades responsáveis em lidar com elas de forma eficaz", disse o co-autor do estudo publicado na Nature, Marc Hockings.

No dia 14 de novembro, o congresso irá anunciar publicamente uma "lista verde" com as zonas protegidas da IUCN que incluirá cerca de 20 áreas distribuídas por 8 países.

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Meio Ambiente: ANA divulga projetos selecionados para o Programa

Produtor de Água que receberão R$ 5,8 milhões

A Agência Nacional de Águas (ANA) divulga a listagem dos projetos selecionados para receber R$ 5,8 milhões no âmbito do Programa Produtor de Água, que estimula práticas conservacionistas para água e solo em propriedades rurais a fim de revitalizar bacias hidrográficas. A ANA fará o repasse máximo de R$ 700 mil por projeto de pagamento por serviços ambientais (PSA).

Os trabalhos foram selecionados pela Agência em duas modalidades. Para apoio técnico e financeiro, categoria que envolve os trabalhos que receberão recursos da Agência, foram selecionados nove projetos de Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Sergipe. No máximo, as iniciativas terão um repasse de R$ 700 mil e no mínimo R$ 466,5 mil. Nesta modalidade, outros nove trabalhos foram habilitados e ainda podem receber recursos, caso haja disponibilidade orçamentária.

Selecionados da modalidade Apoio Técnico e Financeiro

1º – Canindé do São Francisco (SE) – Prefeitura – R$ 699.863,25

2º – Serviço Autônomo de Água e Esgoto – Viçosa (MG) – R$ 700.000,00

3º – Doresópolis (MG) – Prefeitura – R$ 699.740,41

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4º – Município de Jaguariúna (SP) – R$ 700.000,00

5º – Prefeitura Municipal de Mirassol d’Oeste (MT) – R$ 699.930,00

6º – Prefeitura Municipal de Alta Floresta (MT) – R$ 527.750,00

7º – Município de Igarapé (MG) – R$ 699.740,00

8º – Município de Bom Despacho (MG) – R$ 611.248,13

9º – Salesópolis – Prefeitura (SP) – R$ 466.500,00

Para apoio técnico e financeiro (categoria que recebe recursos da ANA), os recursos repassados pela Agência deverão ser utilizados em ações de conservação de água e solo, como: construção de barraginhas (bacias de captação e infiltração de água da chuva), plantio de mudas de espécies nativas, construção de terraços de nível, cercamento de áreas de interesse para conservação ambiental, adequação de estradas rurais, entre outras medidas. Os recursos da ANA não poderão ser disponibilizados para o pagamento por serviços ambientais, o que é realizado por outras instituições parceiras, como, por exemplo, comitês de bacias.

A outra modalidade da seleção foi para capacitação e apoio técnico, o que não envolve repasse de recursos financeiros. Dos cinco projetos inscritos, quatro foram selecionados. As iniciativas acontecem em São João da Boa Vista (SP), Itanhandu (MG), Amparo (SP) e Delfim Moreira (MG).

Selecionados da modalidade Capacitação e Apoio Técnico

1º – Prefeitura Municipal de São João da Boa Vista (SP) – Produtores de Água da Serra Paulista

2º – Prefeitura Municipal de Itanhandu (MG) – Produtor de Água – Itanhandu

3º – Serviço de Água e Esgoto (SAAE) de Amparo (SP) – Mais Água Camanducaia

4º – Prefeitura Municipal de Delfim Moreira (MG) Conservador dos Mananciais de Delfim Moreira

A seleção foi aberta a órgãos e entidades da administração direta e indireta dos municípios, estados, Distrito Federal e consórcios públicos. Os projetos devem garantir o PSA para produtores rurais, obedecendo as condições do Programa Produtor de Água, contidas no edital do processo seletivo. Caso os R$ 5,6 milhões disponíveis não sejam totalmente utilizados na primeira etapa da seleção, será aberta uma segunda etapa de inscrições entre 20 e 30 de novembro.

Produtor de Água da ANA

O Programa Produtor de Água foi lançado pela ANA em 2001 e tem foco no estímulo à política de pagamento por serviços ambientais voltada à proteção hídrica no Brasil. A

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iniciativa estimula práticas conservacionistas em propriedades rurais de forma a melhorar a qualidade da água e aumentar sua vazão, revitalizando as bacias hidrográficas.

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Cinco medidas que podem aliviar falta d'água em SP

Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari, em Joanópolis

O baixo nível de um dos principais sistemas de abastecimento de água do Estado de São Paulo tem batido recordes de forma recorrente. O volume morto, que inicialmente era visto como solução, já está em uso e a chegada das chuvas não serviu para amenizar as reservas paulistas.

O governador Geraldo Alckmin já fala em outras possibilidades como o tratamento de água do esgoto para evitar possível racionamento. Veja cinco opções que podem amenizar o problema.

1. Uso de água do mar - Francisco Lahóz, secretário executivo do Consórcio PCJ (Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) sugeriu a dessalinização e bombeamento de água do mar do litoral para a capital. Ele explica que essa tecnologia já é usada em outros lugares, inclusive áreas costeiras do nordeste brasileiro.

2. Tratamento de esgoto é feito em outros países e já está em processo de implantação em São Paulo. A estação que vai produzir água de reúso deve estar pronta somente no fim de 2015 e gastará o dobro do preço do método convencional de captação.

3. Aquífero Guarani tem água de excelente qualidade e servirá para desafogar o Sistema Cantareira. Entretanto, a solução servirá apenas para cidades abastecidas no interior do Estado, na região de Piracicaba.

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4. Transposição da água da Bacia do Rio Paraíba do Sul para as represas do Sistema Cantareira está próxima de sair. O presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) Vicente Andreu disse que o projeto é tecnicamente viável. Falta apenas a avaliação do governo federal e o aval dos governos de Minas Gerais e Rio de Janeiro. O governador do Rio Luiz Fernando Pezão disse que vai acatar a decisão do Planalto.

5. Poços artesianos - O prefeito Fernando Haddad pretende lançar licitações para perfurar poços em caso de uma possível falta d’água. A medida, porém, é vista como emergência e visa solucionar apenas racionamento dentro da cidade de São Paulo.

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Na Amazônia, tecnologia usa raios UV e sol para purificar água de rios

Apelo de índios fez INPA desenvolver tecnologia que usa painéis solares.

Pesquisador diz que equipamento tem eficiência de 99,99% na

desinfecção.

Criada por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), a tecnologia nomeada "Ecolágua" utiliza raios ultravioleta (UV) para purificar água de rios e torná-la potável em poucos segundos. A ideia surgiu após apelo de indígenas, que revelaram mortes por ingestão de água contaminada no interior do Amazonas. Movido pela energia solar, o equipamento sustentável pode ser uma alternativa para problemas de escassez de água. O Ecolágua purifica até 400 litros de água por hora. O vídeo acima mostra o momento em que uma comunidade indígena recebe a tecnologia.

Situado em boa parte da Região Norte, o Rio Amazonas é o maior do mundo em volume de água doce. Apesar disso, muitas áreas ainda têm dificuldades em dispor de água tratada. Com o objetivo de mudar essa realidade, o "Ecolágua" foi oficialmente lançado em outubro deste ano. No Amazonas, a tecnologia já foi implantada em 19 comunidades do município de Benjamin Constant, como Cristo Rei e Santa Luzia, além de 10 equipamentos instalados em oito aldeias indígenas.

Segundo o desenvolvedor do equipamento, o pesquisador alemão Roland Vetter, a iniciativa para elaboração da tecnologia veio em forma de apelo. Índios da etnia Deni pediram ajuda para frear a ocorrência de doenças causadas por água contaminada. “Nós queríamos instalar para eles um secador solar para madeira e frutas. Eles disseram ‘É muito bom, mas não é disso que precisamos’. Eles estavam morrendo por ingerir água suja do rio Xeruã”, contou.

Conforme Vetter, 11 indíos Deni morreram vítimas de doenças diarreicas causadas por bactérias do grupo escherichia coli somente em 2005. O quadro clínico, semelhante ao da cólera, assustou os indígenas. Após dois anos de pesquisa, o primeiro conjunto provisório da tecnologia foi instalado em 2008 na aldeia Morada Nova. A iniciativa contou com a ajuda do Pastor Walter Sass, que trabalhava na época em nome do Conselho de Missão entre Índios (Comin).

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Desinfeccção solar de água na aldeia indígena Morada Nova, da tribo Deni, no Amazonas Foto: Divulgação/ QLuz)

De acordo com o pesquisador, a desinfecção da água ocorre porque os microorganismos, em contato com os raios ultravioleta tipo C, perdem a capacidade de se multiplicar. Em termos técnicos, a luz provoca um dano fotoquímico instantâneo no material genético das microbactérias, o que causa o efeito desinfetante. Além da purificação imediata da água, o equipamento utiliza apenas energia solar e bateria para funcionar, o que dá portabilidade à tecnologia para comunidades isoladas e aldeias, por exemplo.

A tecnologia Anteriormente nomeado ‘Água Box’, o equipamento pesa cerca de 15 kg e pode "limpar" facilmente águas de rios, poços e da chuva. De acordo com o pesquisador Roland Vetter, águas de rios urbanos, como a Bacia do Turamã, em Manaus, ou o Rio Tietê, em São Paulo, também podem ser purificadas pelo equipamento, que realiza uma filtragem prévia para conter alguns resíduos sólidos, como areia e outros sedimentos.

O sistema simples necessita apenas de um rio ou afluente nas proximidades. A luz do sol é capturada por painéis solares, os quais mantêm carregada uma bateria dentro do equipamento. Desta forma, a tecnologia garante o funcionamento de uma lâmpada ultravioleta, responsável pela destruição dos microorganismos. A energia solar assegura ainda o desempenho do Ecolágua mesmo na ausência de luz, como durante as noites ou dias chuvosos, segundo explica Vetter.

"A água é um elemento que pode absorver os raios ultravioleta, que são emitidos por uma lâmpada situada em um tubo dentro da máquina. Assim, a água, que é bombeada de um rio, poço ou lago, para uma caixa d'água, passa por um filtro e chega a uma torneira, de onde já sai completamente limpa e potável", disse ele ao ressaltar que o equipamento purifica até 400 litros de água por hora e pode amparar as necessidades de um grupo de cerca de 200 pessoas.

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Tubo guarda lâmpada com radiação ultravioleta, que garante a desinfecção (Foto: Jamile Alves/G1 AM)

Com o processo de filtragem adequado - cujo equipamento específico é anexado ao Ecolágua -, o pesquisador do Inpa Ray Cleise, que fez parte da concepção da tecnologia, garante que águas turvas podem se tornar límpidas. Nesse sentido, a tecnologia pode ser uma alternativa também para resolver os problemas de seca em algumas regiões do país. “A lâmpada tem potência para trabalhar com todo tipo de água. Um afluente poluído, independentemente do grau, não ficará mais contaminado ao passar pelo Ecolágua”, ressalvou.

A máquina garante a eficiência de desinfecção em 99,99%, conforme testes feitos em laborátório. Uma mostra d'água coletada do Rio Solimões constatou a contaminação por bactérias Escherichia Coli, que estão presentes no intestino humano, além de índices de turbidez superiores ao admissível. Após o tratamento com a tecnologia, as bactérias foram destruídas e a turvação passou de 27,90 UNT - Unidade Nefelométrica de Turbidez - para 1,64 UNT.

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Equipamento utiliza energia solar para funcionar e torna portável água de rios, chuvas e poços (Foto: Jamile Alves/G1 AM)

O produto começou a ser disponibilizado no mercado há cerca de dois meses, pela empresa Qluz Ecoenergia. De acordo com o empresário responsável pela venda do produto, Roberto Lavor, a expectativa é de que a máquina beneficie não só brasileiros, mas também pessoas de todas as regiões do Brasil e do mundo. "Nós temos um grande potencial de água doce, que não é mais potável, pois está suja e cheia de impurezas. Vivemos na maior bacia hidrográfica do planeta, mas que não garante aos ribeirinhos o acesso à água potável. O 'Ecolágua' é um instrumento viável que torna a água potável de forma quase instantânea", explicou Lavor.

Segundo Vetter, a tecnologia não garante a desinfecção de águas com metais pesados. Por esse motivo, o equipamento não pode ser instalado em locais próximos a áreas de garimpo. O Ecolágua deve ser instalado até o fim do ano em seis municípios no interior do Amazonas. Na capital, uma unidade demonstrativa foi montada no Bosque da Ciência, área do Inpa, na Zona Centro-Sul. Segundo Roberto Lavor, a empresa já articula com entidades da África e de países da América Latina para exportar a tecnologia.

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BH recebe hoje a Jornada Nacional sobre Cidades e Mudanças Climáticas

Evento começa nesta quarta-feira e reúne representantes das capitais

brasileiras, do Ministério do Meio Ambiente e especialistas para debater o

papel das cidades no enfrentamento às mudanças climáticas

A Jornada Nacional Sobre Cidades e Mudanças Climáticas começa na manhã desta quarta-feira em Belo Horizonte. A partir das 9h, na prefeitura da capital, será discutido o papel das cidades frente às questões climáticas. Entre os assuntos abordados estão a criação de enfrentamento às mudanças no clima com desenvolvimento de baixo carbono, bem como a adaptação das cidades aos efeitos dessas mudanças. A jornada engloba o 5º Encontro Nacional do Fórum dos Secretários de Meio Ambiente das Capitais Brasileiras (CB27) e Cidades do Projeto Urban LEDS. O encontro também inclui atividades em estações do BRT/Move, uma visita ao complexo arquitetônico da Pampulha e ao Estádio Mineirão, na sexta-feira, para a entrega do Selo de Certificação Ambiental da PBH – BH Sustentável. O evento reunirá representantes das capitais brasileiras, do Ministério do Meio Ambiente e especialistas para debater o papel das cidades no enfrentamento às mudanças climáticas, gargalos à ação local no contexto brasileiro e a importância da coordenação entre políticas nas diferentes esferas de governo. Outro propósito da jornada é promover o intercâmbio de experiências entre as cidades e oferecer oportunidades de capacitação. Após a abertura serão iniciadas as palestras, debates e apresentações de casos das cidades brasileiras que, assim como Belo Horizonte, desenvolvem ações voltadas às questões climáticas. O objetivo das discussões é fomentar o debate no âmbito nacional

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sobre o papel das cidades frente às transformações da natureza, notadamente no que se refere à elaboração de inventário de gases de efeito estufa nas capitais, além de apresentar exemplos e ferramentas para apoiar ações locais.

Belo Horizonte já realizou dois inventários de gases de efeito estufa e, com base neles,

trabalha o Plano Municipal de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa/PREGEE,

que comporta um conjunto de medidas para viabilizar a redução das emissões sem

prejudicar o desenvolvimento econômico da cidade. Com esse objetivo, diretrizes

foram formuladas para a gestão ambiental do município, definindo ações de curto,

médio e longo prazo que levem a uma economia de baixo carbono, cumprindo as

metas do Planejamento Estratégico até 2030.

Outro tema que será discutido nesta quarta-feira, durante a tarde, será o Painel

Cidades, Adaptação e Resiliência. O coordenador municipal de Defesa Civil, coronel

Alexandre Lucas Alves, fará uma apresentação sobre a experiência de Belo Horizonte

na gestão de riscos de desastres. Essa experiência fez de Belo Horizonte a vencedora

do prêmio Sasakawa 2013, concedido pela Organização das Nações Unidas (ONU). A

série de ações, que têm como lema “A Defesa Civil Somos Todos Nós”, reunindo

trabalhos de prevenção, preparação e recuperação de áreas para evitar ou minimizar

efeitos de desastres naturais.

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China e EUA assinam acordo contra mudanças climáticas e viram o jogo do

aquecimento global

Histórico: é a melhor definição para o acordo que acaba de ser anunciado entre China e EUA para redução das emisões de CO2. Ainda que sua implementação seja difícil e os resultados insuficientes, o anúncio marca uma virada importantíssima. E joga tremenda pressão sobre o Brasil e outro países em desenvolvimento.

A grande novidade é que a China, pela primeira vez, se compromete a reduzir emissões -ainda que sem fixar números. O país produz um terço dos gases estufa. É o maior poluidor do planeta e acaba de aceitar a redução, que deve começar, no máximo, até 2030. Além de passar produzir 20% de toda sua energia a partir de fontes renováveis.

Já os EUA, segundo maior poluidor, se comprometeram a reduzir em até 28% suas emissões, comparativamente a 2005 _a meta anterior era de 17%. Mal saiu o anúncio, o líder da oposição Republicana no Senado, Mitch McConnell, acusou Obama de "pouco realista". Vencedor nas recentes eleições no país, o partido deve travar a aprovação da medida no Congresso.

O acordo vem sendo negociado há meses. Foi anunciado pelo presidente da China, Xi Jinping, e dos EUA, Barack Obama, numa entrevista coletiva em Pequim, onde participam da cúpula da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico). Recente relatório do Painel Intergovernamental do Clima, mostrou que é urgente reduzir todas as emissões do planeta em 70% até 2050. O clima esquenta para Brasil, Índia e outros países em desenvolvimento. Até aqui eles têm evitado compromissos importantes de redução, fazendo exigências e pedindo dinheiro dos países desenvolvidos para combater suas emissões. Com o acordo de hoje, seus argumentos começam a desmoronar.

No Brasil, um terço das emissões vem do desmatamento, um terço dos combustíveis e um terço da agropecuária. O governo Dilma vem pressionando por um fundo que dê dinheiro ao país para preservar suas florestas. O crescimento de 122% no desmatamento da Amazônia, revelado após as eleições, e o histórico acordo China/EUA, podem cortar essa pretensão pela raiz.

Isso sem contar que Dilma continua subsidiando a gasolina. Deixando de lado o fato de que com isso ela usa dinheiro público para beneficiar os mais favorecidos, do ponto de vista do aquecimento global essa é uma política suicida. E quanto ao agronegócio, quem no Brasil tem cacife para colocar regras no seu modus operandi? O desmatamento, portanto, parece a única carta do Brasil nesse jogo.

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Para produzir 20% de energia de fontes limpas, como acaba de anunciar, a China terá que gerar até mil gigawatts sem usar petróleo ou carvão. Isso equivale a quase toda a energia produzida nos EUA em um ano. Ou mais do que todas as usinas a carvão atualmente em operação na China produzem.

Para o principal líder do movimento contra as mudanças climáticas, entretanto, muito mais deve ser feito. "Precisamos de um acordo global, de todas as nações. Mas o anúncio mostra um compromisso sério dos dois maiores poluidores", disse o ex vice-presidente norte-americano, Al Gore.

Semana passada no Brasil, Gore ministrou treinamento de líderes contra as mudanças climáticas, quando destacou a importância da Conferência Global sobre o Clima de Paris no ano que vem, a COP-21.

A conferência COP-20, que acontece no Peru mês que vem, já era vista apenas como uma preparação para Paris –este ano o clima das negociações estava morno. O anúncio de hoje, entretanto, promete esquentar os debates em Lima e, quem sabe, pavimentar a estrada para Paris.