são paulo, 08 de outubro de 1998 · por trazerem a realidade para dentro da secretaria, e também...

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO DOS AGRONEGÓCIOS - CODEAGRO Av. Miguel Estéfno, 3900 Água Funda - CEP: 04301-903 - São Paulo Fones: (11) 5067-0377/0378 Fax (11) 5073-4101 E-mail: [email protected] Ata da 18º Reunião da Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos Informações gerais Data: 14/03/2012 Horário: 10h00 Local: Centro de Exposição Imigrantes São Paulo SP Participantes: Alexandre Pinto Cesar (Anpovinos); André F. S. Alvarenga (Irmãos Fleury Ltda); Arnaldo S. Vieira Filho (Aspaco/ Câmara Setorial); Artur Luiz A. Felício (CDA/SAA); Bruno Cesar P. Nunes (ICA/Codeagro); Bruno Garcia Moreira (Aspaco); Camila Raineri (FMVZ/USP); Carlos R. F. Bueno (IEA/SAA); Carlos Renato Tiezzi Furlanetto (ICA/Codeagro); Cecília José Veríssimo (IZ/APTA/SAA); Claucia Cristina Paro da Paz (APTA/SAA); Cleiton Gentili (Codeagro); Deborah A. B. Terencio (Sebrae); Decio Ribeiro dos Santos (Agrocentro); Diogenes Kassaoka (ICA/Codeagro); Eduardo A. Cunha (IZ); Elizabete Inácio (Codeagro); Emilio Bocchino (Codeagro); Fernando A. P. O. Penteado (FEAP/SAA); Herbert Danilo F. de Sá (Sebrae/NA); João Francisco Adrien Fernandes (Soc Rural Brasileira); João José Demarchi (IZ/APTA/SAA); Josieli Priscila de Almeida (UTSPR); Lenira El Faro (APTA/SAA); Luiz Claudio N. Mendes (FMVZ/Unesp); Marcelo Peres Lemos de Melo (Soc Rural Brasileira); Marcia M. Harada (ITAL/APTA); Márcio A. G. de Oliveira (Aspaco); Maria do Carmo C. S. H. Lara (Instituto Biológico); Marina Brasil Rocha (IEA/SAA); Marina Montovani (GSAA); Maristela V. Cardoso (IB/SP); Miriam Corrêa (Sebrae); Mônika Bergamaschi (SAA); Nelson P. Staudt (Codeagro/SAA); Nicolau T. Arcara (IBGE); Paulo Afonso Sehwab (ARCO); Rodrigo César Fredrico (Instituto Biológico); Rogério Fantini R. Guilherme (ICA/Codeagro); Simone R. de Oliveira (ITAL/SAA); Suetonio Vilar Campos (ARCO); Suzely de Miranda (Codeagro); Wallace Scott (Capripaulo); Wander M. C. Dias (Câmaras Setoriais/SAA) Pauta 1. Abertura; 2. Resultados finais do projeto sobre sanidade de caprinos e ovinos no Estado de São Paulo, desenvolvidos no Instituto Biológico entre 2008 e 2011 (Instituto Biológico); 3. Metodologias desenvolvidas para análise de custo na produção de cordeiros (FMVZ/USP); 4. Apresentação do estudo para implantação de mini abatedouros SISBI para ovinos, suínos e bovinos (Sebrae); 5. Outros assuntos; 6. Encerramento. No dia 14 de março de 2012, na sala Jacarandá do Centro de Exposição Imigrantes, durante a 9ª. Feinco,ocorreu a reunião da Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos. Aproveitando a presença da secretária de agricultura, Mônika Bergamaschi, pela primeira vez em uma reunião da câmara de caprinos e ovinos, o presidente da câmara Arnaldo dos Santos Vieira Filho fez um histórico desde a criação da câmara em 2005,

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO

COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO DOS AGRONEGÓCIOS - CODEAGRO Av. Miguel Estéfno, 3900 – Água Funda - CEP: 04301-903 - São Paulo

Fones: (11) 5067-0377/0378 – Fax (11) 5073-4101 E-mail: [email protected]

Ata da 18º Reunião da Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos

Informações gerais

Data: 14/03/2012 Horário: 10h00 Local: Centro de Exposição Imigrantes – São Paulo – SP

Participantes: Alexandre Pinto Cesar (Anpovinos); André F. S. Alvarenga (Irmãos Fleury Ltda); Arnaldo

S. Vieira Filho (Aspaco/ Câmara Setorial); Artur Luiz A. Felício (CDA/SAA); Bruno Cesar P. Nunes

(ICA/Codeagro); Bruno Garcia Moreira (Aspaco); Camila Raineri (FMVZ/USP); Carlos R. F. Bueno

(IEA/SAA); Carlos Renato Tiezzi Furlanetto (ICA/Codeagro); Cecília José Veríssimo (IZ/APTA/SAA);

Claucia Cristina Paro da Paz (APTA/SAA); Cleiton Gentili (Codeagro); Deborah A. B. Terencio (Sebrae);

Decio Ribeiro dos Santos (Agrocentro); Diogenes Kassaoka (ICA/Codeagro); Eduardo A. Cunha (IZ);

Elizabete Inácio (Codeagro); Emilio Bocchino (Codeagro); Fernando A. P. O. Penteado (FEAP/SAA);

Herbert Danilo F. de Sá (Sebrae/NA); João Francisco Adrien Fernandes (Soc Rural Brasileira); João

José Demarchi (IZ/APTA/SAA); Josieli Priscila de Almeida (UTSPR); Lenira El Faro (APTA/SAA); Luiz

Claudio N. Mendes (FMVZ/Unesp); Marcelo Peres Lemos de Melo (Soc Rural Brasileira); Marcia M.

Harada (ITAL/APTA); Márcio A. G. de Oliveira (Aspaco); Maria do Carmo C. S. H. Lara (Instituto

Biológico); Marina Brasil Rocha (IEA/SAA); Marina Montovani (GSAA); Maristela V. Cardoso (IB/SP);

Miriam Corrêa (Sebrae); Mônika Bergamaschi (SAA); Nelson P. Staudt (Codeagro/SAA); Nicolau T.

Arcara (IBGE); Paulo Afonso Sehwab (ARCO); Rodrigo César Fredrico (Instituto Biológico); Rogério

Fantini R. Guilherme (ICA/Codeagro); Simone R. de Oliveira (ITAL/SAA); Suetonio Vilar Campos

(ARCO); Suzely de Miranda (Codeagro); Wallace Scott (Capripaulo); Wander M. C. Dias (Câmaras

Setoriais/SAA)

Pauta

1. Abertura; 2. Resultados finais do projeto sobre sanidade de caprinos e ovinos no Estado de São Paulo,

desenvolvidos no Instituto Biológico entre 2008 e 2011 (Instituto Biológico); 3. Metodologias desenvolvidas

para análise de custo na produção de cordeiros (FMVZ/USP); 4. Apresentação do estudo para implantação de

mini abatedouros SISBI para ovinos, suínos e bovinos (Sebrae); 5. Outros assuntos; 6. Encerramento.

No dia 14 de março de 2012, na sala Jacarandá do Centro de Exposição Imigrantes, durante a 9ª.

Feinco,ocorreu a reunião da Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos. Aproveitando a presença da secretária de

agricultura, Mônika Bergamaschi, pela primeira vez em uma reunião da câmara de caprinos e ovinos, o

presidente da câmara Arnaldo dos Santos Vieira Filho fez um histórico desde a criação da câmara em 2005,

época em que não se acreditava que a caprino e ovinocultura estivessem maduros no estado o suficiente para

justificar a sua criação. Detalhou que após muita insistência e uma reunião de sensibilização que contou com

várias dezenas de representações, finalmente a câmara foi instalada em 2006. Citou ainda todos os avanços

alcançados desde 2006, dando destaque às adequações da linha do FEAP para a caprino e ovinocultura, a

qual passou a contemplar muito bem as necessidades dos produtores de tal forma que a grande maioria

daqueles que se enquadram no programa já se beneficiou do financiamento. Por sua vez, a secretária de

agricultura elogiou o trabalho das câmaras e disse que elas são a melhor forma de consultoria que poderia ter,

por trazerem a realidade para dentro da secretaria, e também pontuou os diversos setores da secretaria que

estão trabalhando em prol da caprino e ovinocultura no estado.

Dando prosseguimento à pauta, a pesquisadora Maristela Cardoso, do Instituto Biológico, apresentou os

resultados finais do projeto sobre sanidade de caprinos e ovinos no estado de São Paulo, desenvolvido no

Instituto Biológico entre 2008 e 2011. Com o objetivo de estudar, com enfoque diagnóstico clínico e

epidemiológico (questionário), através de estudos de casos e avaliações laboratoriais, a situação sanitária

atual dos rebanhos de caprinos e ovinos, para as enfermidades leptospirose, parasitoses, linfadenite,

clostridiose, mastite, micoplasmose, brucelose, chlamydophilose, lentivirose, língua azul, toxoplasmose e

neosporose, o projeto coletou amostras de 1453 animais de 365 propriedades, gerando um cenário bastante

fidedigno da realidade do estado sanitário da caprino e da ovinocultura no estado de São Paulo. A

apresentação foi seguida de uma discussão sobre a problemática que representa a sanidade caprina e ovina

no país, inclusive impedindo exportações mesmo que houvesse produção suficiente para atender também ao

mercado externo. E foi notória a indignação da ausência de ação pelo governo federal para a elaboração do

programa nacional de sanidade caprina e ovina, o que impede os estados legislarem sobre o assunto mesmo

conscientes da importância e urgência que tal assunto demanda. Em seguida, a doutoranda da FMVZ/USP,

Camila Raineri, detalhou as áreas da ovinocultura que estão sendo trabalhadas pelo Laboratório de Análise

Socioeconômicas e Ciência Animal, dando maior detalhe para sua área de atuação mais direta, que é a

elaboração de um índice de custos de produção do cordeiro paulista (ANEXO 1). Por sua vez, o analista

técnico do Sebrae, Helbert de Sá, fez uma apresentação (ANEXO 2) do estudo para implantação de mini

abatedouros SISBI para ovinos, suínos e bovinos, mostrando a atual fase do projeto e as perspectivas com a

finalização deste. Ressaltou que esse estudo está sendo preparado pela CNA e Sebrae, sendo que a primeira

está focada em formatar o modelo para uso por prefeituras, através de utilização de verba pública para a

construção, e o segundo está elaborando uma planilha de custos de viabilidade técnica e financeira para

construção e administração pela iniciativa privada, com posterior arrendamento das plantas para prefeituras,

cooperativas de produtores, etc. Para finalizar, a pesquisadora da Apta, Lenira El Faro, demonstrou como será

o programa de avaliação genética de ovinos de corte de São Paulo (ANEXO 3), o qual está em estágio inicial

e em busca de propriedade para aqueles que desejarem participar, que sejam criadores das raças Santa Inês

ou Morada Nova e que tenham controle zootécnico de todos os animais, ressaltando a diferença desse

programa que é ajudar o produtor a identificar seus melhores animais para selecioná-los.

Nada mais havendo a tratar o Presidente da Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos, Sr. Arnaldo dos Santos

Vieira Filho agradeceu a todos participantes e finalizou a reunião. Eu, Wander M. C. Dias, Secretário Executivo

desta Câmara Setorial, lavrei a presente ata, a qual vai assinada pelo Presidente e Secretário Executivo desta

Câmara Setorial e pelo Secretário Geral das Câmaras Setoriais.

.

ARNALDO DOS SANTOS VIEIRA FILHO WANDER M C DIAS

Presidente Secretário Executivo

Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos

NELSON PEDRO STAUDT

Secretário Geral das Câmaras Setoriais

Secretaria de Agricultura e Abastecimento

Anexo 1

AVANÇOS E DESAFIOS DA

GESTÃO E DA ANÁLISE

ECONÔMICA NA OVINOCULTURA

Camila Raineri

Doutoranda no Programa de Pós Graduação em Nutrição e Produção

Animal – FMVZ/USP

Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal - LAE

Relatar avanços e desafios para a

ovinocultura de corte no Brasil...

... Apresentar as iniciativas que vêm sendo

desenvolvidas no LAE.

Objetivo

Conteúdo

• Introdução

• Indicadores econômicos

o Indicador de preços do cordeiro paulista

o Indicador de custos de produção do cordeiro

paulista

• Sistemas de informação

o Software Custare

• Otimização e modelagem matemática

• Conclusão

• Ovinocultura: atividade emergente...

Introdução

Mudança de foco/local

Lacuna de informações

Inovações tecnológicas

Indicadores econômicos

• Ferramentas para superar problemas:

o Falta de organização e comunicação entre os

segmentos de produção e comercialização,

o Assimetria de informações,

o Fluxo ineficiente de informações pouca

transparência no mercado de carne.

Indicadores econômicos

• Parceria UNICETEX/FZEA/USP e

LAE/FMVZ/USP.

• Conduzido desde dezembro de 2008.

• Levantamentos semanais dos preços

praticados para cordeiros para abate.

• Análise de sua variação em Reais.

Indicador de preços do

cordeiro paulista

• Cotação em 8 macrorregiões de SP.

o Preços pagos por kg vivo e kg de carcaça.

o Média ponderada pelo volume de abates.

• Divulgação por boletins eletrônicos, sites

de associações e mídia impressa

especializada.

Indicador de preços do

cordeiro paulista

Indicador de preços do

cordeiro paulista

3.20

3.70

4.20

4.70

5.20

5.7022/1

5/2

19/2

5/3

19/3

2/4

16/4

30/4

14/5

28/5

11/6

25/6

9/7

23/7

6/8

20/8

3/9

17/9

1/10

15/10

29/10

12/11

26/11

10/12

R$/kg P. MÉDIO

P. MÁX.

P. MÍN.

3.20

3.70

4.20

4.70

5.20

5.70

22/1

5/2

19/2

5/3

19/3

2/4

16/4

30/4

14/5

28/5

11/6

25/6

9/7

23/7

6/8

20/8

3/9

17/9

1/10

15/10

29/10

12/11

26/11

10/12

R$/kg P. MÉDIO

P. MÁX.

P. MÍN.

Figura 1 - Variação dos preços médio, mínimo e máximo do cordeiro no

estado de São Paulo ao longo do ano de 2010 (R$/kg vivo)

• Em fase de desenvolvimento.

• Objetivos:

o Modelo para cálculo, acompanhamento e

análise de custo da ovinocultura de corte.

o Elaboração de um índice de custo de

produção.

Índice de custos de produção

do cordeiro paulista

Índice de custos de produção

do cordeiro paulista

• Expectativas...

o Dados confiáveis para se ter idéia do perfil da

ovinocultura paulista,

o Ferramenta para tomada de decisão pelos

criadores,

o Ferramenta para avaliação da rentabilidade

do negócio,

o Instrumento para auxílio na precificação do

produto.

• Metodologia:

o Identificação das características “típicas” das

criações de cordeiros para abate em SP

base para o modelo em estudo.

o Levantamento dos preços dos insumos

utilizados, e cálculo dos custos de produção

de cordeiros.

o Elaboração do índice de custos

método de Laspeyres.

Índice de custos de produção

do cordeiro paulista

• Levantamento das características das

propriedades: método de Painel.

o Almeida, 2010, Carvalho et al., 2009, CEPEA; CNA,

2003, Coble et al., 1996, Conab, 2010, Costa et al.,

2005, Costa et al., 2008, Costa; Martins, 2008; Deblitz,

1999; Ferreira, 2006, Ferreira Filho et al., 2009, Hadley,

2002, Plaxico; Tweeten, 1963, Richardson et al., 2007,

Tavares et al, 2009, Vereijken, 1994, 1995, 1996, 1997,

1998, 1999, Zen; Peres, 2002.

Índice de custos de produção

do cordeiro paulista

MesorregiãoRebanho

(cabeças)

Proporção

do estado

(%)

São José do Rio Preto 89.188 19,1%

Bauru 53.212 11,4%

Araçatuba 45.088 9,6%

Campinas 35.972 7,7%

Piracicaba 19.728 4,2%

Total 243.188 52,0%

Tabela 1 - Efetivo dos rebanhos ovinos das mesorregiões do

estado de São Paulo.

Fonte: IBGE (2011)

Índice de custos de produção

do cordeiro paulista

Índice de custos de produção

do cordeiro paulista

• Dificuldades:

o Desconhecimento dos índices produtivos...

− Ausência de escrituração zootécnica,

− Desconhecimento das quantidades e valores

exatos.

o Atividade complementar rateio dos

custos...

− Mão de obra, energia, combustíveis,

depreciação de máquinas...

• Estabelecemos:

o Depreciação de pastagens e instalações...

− Instalações antigas, reaproveitadas...

o Custos de oportunidade...

− Ex. Alimentos, terra, etc.

o Remuneração do proprietário...

− Muitas vezes pessoas de custo elevado.

Índice de custos de produção

do cordeiro paulista

Índice de custos de produção

do cordeiro paulista

• Resultados preliminares:

o Considerável heterogeneidade,

o Geralmente baixa eficiência técnica,

o Gestão deixa muito a desejar,

o Atividade complementar,

o Reutilização de recursos existentes,

o Investidores de outros setores da economia.

Custos de produção para a

região de CampinasA - CUSTOS VARIÁVEIS Dezembro/11 Janeiro/12 Fevereiro/12

I - DESPESAS DE CUSTEIO DA CRIAÇÃO

1. Alimentação R$ 293,98 R$ 302,97 R$ 312,45

2. Mão-de-obra

2.1 Mão-de-obra permanente R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00

2.2. Mão-de-obra temporária R$ 150,00 R$ 150,00 R$ 150,00

3. Gastos veterinários

4. Energia e combustíveis

4.1. Diesel R$ 36,80 R$ 37,28 R$ 37,80

4.2. Energia elétrica R$ 32,34 R$ 32,34 R$ 32,34

5. Manutenção e conservação

5.1. Pastos R$ 4,88 R$ 4,94 R$ 5,01

5.2. Volumosos para corte R$ - R$ - R$ -

5.3. Instalações R$ 21,53 R$ 21,55 R$ 21,56

Subtotal - custeio da criação R$ 840,79 R$ 850,31 R$ 860,43

III - DESPESAS FINANCEIRAS

1. Juros R$ - R$ - R$ -

2. Impostos e taxas R$ - R$ - R$ -

Subtotal - despesas financeiras R$ - R$ - R$ -

SUBTOTAL CUSTOS VARIÁVEIS R$ 840,79 R$ 850,31 R$ 860,43

B - CUSTOS FIXOS

IV - DEPRECIAÇÕES

1. Benfeitorias e instalações R$ 861,04 R$ 862,18 R$ 862,40

2. Máquinas e implementos R$ 107,46 R$ 107,46 R$ 107,46

3. Machos reprodutores R$ 9,17 R$ 9,17 R$ 9,17

Subtotal - depreciações R$ 977,67 R$ 978,80 R$ 979,03

V - OUTROS CUSTOS FIXOS

1. Manutenção periódica máquinas e equipamentos R$ 40,33 R$ 42,79 R$ 42,79

2. Encargos sociais R$ 177,00 R$ 177,00 R$ 177,00

Subtotal - outros custos fixos R$ 217,33 R$ 219,79 R$ 219,79

SUBTOTAL CUSTOS FIXOS R$ 1.195,00 R$ 1.198,60 R$ 1.198,82

C - CUSTO OPERACIONAL (A + B) R$ 2.035,79 R$ 2.048,91 R$ 2.059,25

VI - RENDA DE FATORES

1. Remuneração - instalações R$ 166,77 R$ 167,44 R$ 161,57

2. Remuneração - equipamentos R$ 157,37 R$ 157,80 R$ 152,22

3. Remuneração - reprodutores R$ 9,68 R$ 9,71 R$ 9,37

4. Remuneração - capital de giro R$ 97,71 R$ 99,08 R$ 96,72

5. Terra R$ 312,50 R$ 312,50 R$ 312,50

Subtotal - renda de fatores R$ 744,03 R$ 746,53 R$ 732,39

D - CUSTO TOTAL (C + VI) R$ 2.779,81 R$ 2.795,44 R$ 2.791,64

Custo total por cordeiro (cabeça) R$ 165,47 R$ 166,40 R$ 166,17

Custo total por cordeiro (kg vivo) R$ 4,73 R$ 4,75 R$ 4,75

Custo total por cordeiro (kg de carcaça) R$ 10,99 R$ 11,06 R$ 11,04

Índice de custos de produção

do cordeiro paulista

Meses Índice de custos

Dezembro/2011 100,0000

Janeiro/2012 100,4743

Fevereiro/2012 100,3316

Tabela 3 - Índice de custos de produção de cordeiros (ICPC) para

os meses de dezembro de 2011 (mês base) a fevereiro

de 2012, para a região de Campinas

Sistemas de informação

• Necessidade de organização dos dados:

gerar informações que permitam análises

econômicas.

Sistemas de informação

• Software Custare...

o Demanda de produtores e do Laboratório de

Produção de Ovinos e Caprinos (LAPOC) da

Universidade Federal do Paraná (UFPR).

o Aprofundamento do estudo de custos de

produção e viabilidade econômica de

sistemas de criação.

Sistemas de informação

Otimização e modelagem

matemática

• Pesquisa Operacional:

o Formulações ótimas de dietas para

terminação de cordeiros,

o Otimização do uso de fatores de produção,

o Otimização do nível de produção.

Otimização e modelagem

matemática

Planejamento de uma fazenda

-

Função objetivo:

• Efeito da variação dos preços relativos dos

ingredientes sobre o custo de dietas

otimizadas para ovinos em terminação.

• Ingredientes:

o 13 alimentos disponíveis em SP,

o Série de preços de 10 anos.

Otimização e modelagem

matemática

Sujeito a:

(1)

(2)

(3)

(4)

(5)

(6)

(7)

(8)

(9)

(10)

(11)

(12)

(13)

(14)

(15)

(16)

Características dos concentrados gerados

pelo modelo para GMD de 0,300 kg/dia

Ingrediente (g/animal/dia) Períodos de tomadas de preços

1

jun/02 mar/03 jun/05 mar/06 jun/08 mar/09 jun/11

Farelo de trigo (Q1) - - - - - - -

Farelo de algodão (Q2) - - - - - - -

Farelo de arroz (Q3) - - - - - - -

Farelo de soja (Q4) 229,38 220,05 220,05 220,05 220,05 220,05 220,05

Farelo de girassol (Q5) - - - - - - -

Fubá de milho (Q6) - - - - - - -

Milho em grão (Q7) 350,08 328,78 328,78 328,78 328,78 328,78 328,78

Soja em grão (Q8) 305,81 310,72 310,72 310,72 310,72 310,72 310,72

Caroço de algodão (Q9) - 24,75 24,75 24,75 24,75 24,75 24,75

Polpa cítrica (Q10) - - - - - - -

Resíduo de cervejaria (Q11) - - - - - - -

Sorgo em grão (Q12) - - - - - - -

Calcário (Q13) 18,69 19,42 19,42 19,42 19,42 19,42 19,42

Conclusão

Os avanços ainda são bastante modestos em

relação aos desafios...

... Mas como são os desafios que estimulam

o progresso científico!

Agenda bastante farta para os próximos

anos!

Conclusão

• Prof. Dr. Augusto Hauber Gameiro,

• Camila Raineri,

• Carina Simionato de Barros,

• Rinaldo Rodrigues,

• Thayla Stivari,

• Luciano Lagatta,

• Evelyn da Silva Pereira,

• Thiago Inojosa.

Equipe do LAE...

Anexo 2

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

Agri BR

“Plano e Estudos econômicos para a construção e implantação de

abatedouros de pequeno porte de bovinos, ovinos, caprinos e suínos,

com base nas Plantas de orientação editadas pelo DIPOA/MAPA”.

São Paulo - 2011

Márcio Caparroz

[email protected] R. Olimpíadas, 205, 4 Andar - Vila Olímpia

04551-000 São Paulo-SP Brasil

Telefone: 011 3728-9226

Cel.: 011 8256-1666

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

“Plano e Estudos econômicos para a construção e implantação de abatedouros de pequeno porte de bovinos, ovinos, caprinos e suínos, com base nas Plantas de orientação editadas pelo DIPOA/MAPA”.

1- Apresentação

O presente estudo está baseado nos requisitos estabelecidos pelo Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento por meio da Nota Técnica: “Carnes submetidas a

Controle Sanitário Oficial – Abastecimento voltado principalmente para cidades de

pequeno porte, no âmbito local ou regional – Plantas de orientação para a construção de

abatedouro de bovinos, ovinos, caprinos e suínos, o que possibilita aos pequenos

municípios, organizados individualmente ou de forma regional, a assumirem seu papel

no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA) e na adesão ao

Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI).1

Registre-se que o presente documento é um estudo inicial, assim como a própria

proposta da planta orientadora, e foi baseado, em preços praticados na região sudeste,

onde se encontram a maior parte das indústrias de equipamentos e serviços para

abatedouros, por isso poderá haver variações nos preços, em função de terreno, fretes e

até mesmo surgirem soluções locais mais em conta.

1 Nota Tecnica abatedouro carnes SISB.pdf

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

2- Introdução

O Desafio da Agricultura Mundial na perspectiva do ano de 2050, segundo a FAO é

produzir mais alimentos e fibras a fim de alimentar uma população crescente, com mão

de obra menor, assim como, mais matéria prima para um mercado de bioenergia

potencialmente grande, e deve contribuir ao desenvolvimento global de vários países em

desenvolvimento que dependem da agricultura, adotar métodos de produção mais

eficazes e sustentáveis e adaptar se às mudanças climáticas.

A experiência de países que alcançaram a redução da fome e da má nutrição demonstra

que o crescimento econômico e as políticas públicas de redução da pobreza por si só

não garantem automaticamente o seu êxito: a fonte de crescimento econômico também

importa. Uma análise feita em vários países mostra que o PIB devido à agricultura é, em

média, pelo menos duas vezes mais benéfico para a metade mais pobre da população de

um país do que o crescimento gerado por outros setores. Esse resultado não surpreende,

uma vez que 75% da população de pobres nos países em desenvolvimento vivem em

zonas rurais e encontra meios de sobrevivência na agricultura e atividades associadas.

A contribuição da agricultura à redução da fome não consiste apenas na produção de

alimentos, mas também na criação de emprego, na geração de renda e ao apoio aos

meios de vida rurais.

Ainda segundo a FAO, a redução da pobreza requer investimentos em âmbitos

diferentes:

1- Investimentos nos setores vinculados ao crescimento da produtividade agrícola,

tais como as infra-estruturas rurais (estradas, portos, energia, armazenamento e

sistemas de irrigação);

2- Investimentos em instituições e ambientes que favoreçam aos agricultores

(pesquisa e serviços de extensão, sistemas de posse da terra, sistemas

veterinários e de controle da inocuidade dos alimentos, seguros e gestão de

riscos) e

3- Investimentos fora do ambiente agrícola para produzir efeitos positivos sobre o

bem-estar humano, particularmente em redes de seguridade específicas em

matéria de alimentos, programas sociais e transferência de recursos financeiros

para os mais necessitados.

Nesse contexto, é responsabilidade primordial dos serviços veterinários governamentais

o controle e a redução dos perigos que ameaçam a saúde pública e a dos animais

mediante a inspeção ante-mortem e post-mortem das carnes.

Tradicionalmente considera-se a carne como veículo de um percentual significativo de

doenças humanas transmitidas por alimentos. A visão sobre as doenças transmitidas

pela carne, de importância em saúde pública, vem se alterando em função das mudanças

nos sistemas produtivos e de preparação. A comprovação deste fato se dá por meio de

estudos, em anos recentes, de vigilância em seres humanos, relacionados a patógenos

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transmitidos pela carne tais como Escherichia coli O157:H7, Salmonella spp.,

Campylobacter spp e Yersinia enterocolitica. Além dos perigos biológicos, químicos e

físicos existentes, novas ameaças estão surgindo, por exemplo, o agente

da encefalopatia espongiforme bovina (BSE). Além disso, o consumidor tem

expectativas sobre questões de adequação que não são necessariamente importantes para

a saúde humana.

Em nível nacional, as atividades da autoridade competente que tem jurisdição sobre o

matadouro (normalmente administrações veterinárias) perseguem freqüentemente

objetivos relacionados com a sanidade animal e a saúde pública. Isto é o que acontece,

especialmente, no caso da inspeção ante-mortem e post-mortem na qual o matadouro é

um ponto chave na vigilância da sanidade animal, incluindo as zoonoses. È importante

que se conheça essa dualidade de funções independentemente da organização

jurisdicional e que se integrem as atividades pertinentes relacionadas com a saúde

pública e sanidade animal.

Nesse contexto, há que se buscar mecanismos de fortalecer e/ou viabilizar o Sistema

Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI) componente do Sistema

Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária (SUASA), organizado pelo Decreto

5.74, de 30 de março de 2006 que regulamenta os artigos 27-A, 28-A e 29-A da Lei

9.712, de 20 de novembro de 1998.

3- Objetivos

O presente estudo visa dar uma noção dos preços praticados na construção de

estabelecimentos de abate de pequeno porte (bovinos, ovinos, caprinos e suínos),

baseado na planta de orientação editada pelo DIPOA, com o propósito de apoiar e

incentivar empreendimentos privados ou públicos no setor do suprimento de carnes

sanitariamente controldas, dando oportunidade a esses empreendimentos de serem

integrados ao SISBI, na dependência de medidas complementares de responsabilidade

das administrações municipais ou estaduais das regiões envolvidas.

4- Contextualização

Muitos municípios brasileiros não possuem um Serviço de Inspeção Sanitária de

Produtos de Origem Animal organizado, isto é, a inspeção sanitária não é realizada na

maioria dos municípios em nosso país.

O consumo de carne vermelha no Brasil tem despertado mais atenção nos últimos

tempos, com ampla discussão na sociedade organizada sobre a qualidade dos produtos

disponíveis no mercado. A mídia veicula reportagens com denúncias e aberrações

assustadoras de doenças, com foco preferencial na clandestinidade e no descontrole

sanitário de boa parte dos matadouros privados ou mantidos por prefeituras municipais,

evidenciando o desrespeito a regras básicas de higiene (ALENCAR, 2007).

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O mercado globalizado impôs uma nova realidade à economia levando a uma

competitividade crescente entre as empresas, dentre as quais, a que aperfeiçoar seus

processos reduzindo custos e melhorando a qualidade e a segurança de seus produtos,

conquista a preferência do consumidor (SIMBALISTA, 2000).

Existe uma preocupação constante das empresas em tornar os processos cada vez mais

preventivos e menos corretivos, tendência verificada a partir da década de 1980, quando

se descobriu que os sistemas tradicionais de inspeção e controle de qualidade dos

alimentos eram falhos. Havia também a necessidade de racionalizar recursos e

aperfeiçoar processos, procurando se aproximar ou se igualar aos mecanismos de

controle reconhecidos internacionalmente (SIMBALISTA, 2000).

Mais da metade da carne consumida sem controle sanitário no Brasil sai de abatedouros

clandestinos. Maus hábitos de compra por parte do consumidor, aliados à falta de

fiscalização e à alta sonegação fiscal, reforçam o quadro negativo e a preocupação com

a saúde pública (REVISTA NACIONAL DA CARNE, 1996).

Entendem-se como maus hábitos de consumo a pouca importância dada às marcas e a

opção por estabelecimentos sem qualquer condição de garantir a qualidade do produto

(ausência de refrigeração e higiene, por exemplo). O baixo investimento dos pequenos

abatedouros acaba por estimular a clandestinidade e reduz a praticamente à zero sua

eficiência técnica – produtiva (REVISTA NACIONAL DA CARNE, 1996).

O SISBI/SUASA foi criado para corrigir discrepâncias no processo de inspeção de

produtos de origem animal e representa a solução para a reestruturação dos Serviços de

Inspeção Municipais, Estaduais e Distrital, com a finalidade de contribuir para a

sanidade animal e a inocuidade dos alimentos, a segurança alimentar, o bem estar

animal, a preservação do meio ambiente e para o desenvolvimento econômico de

pequenos produtores.

Os Municípios, Estados e o Distrito Federal podem solicitar, a equivalência dos seus

serviços de inspeção com o Sistema Coordenador do SISBI, MAPA. Para obtê-la, estes

precisam comprovar que têm condições de avaliar a qualidade e a inocuidade dos

produtos de origem animal com os mesmos critérios técnicos utilizados e estabelecidos

pelo MAPA (instância central) e assim, poderão realizar o comércio de seus produtos

em todo o território nacional.

O SISBI/SUASA foi criado para corrigir discrepâncias no processo de inspeção de

produtos de origem animal e representa a solução para a reestruturação dos Serviços de

Inspeção Municipais, Estaduais e Distrital, com a finalidade de contribuir para a

sanidade animal e a inocuidade dos alimentos, a segurança alimentar, o bem estar

animal, a preservação do meio ambiente e para o desenvolvimento econômico de

pequenos produtores.

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Os Municípios, Estados e o Distrito Federal podem solicitar, a equivalência dos seus

serviços de inspeção com o Sistema Coordenador do SISBI, MAPA. Para obtê-la, estes

precisam comprovar que têm condições de avaliar a qualidade e a inocuidade dos

produtos de origem animal com os mesmos critérios técnicos utilizados e estabelecidos

pelo MAPA (instância central) e assim, poderão realizar o comércio de seus produtos

em todo o território nacional.

5- Bases técnicas e legais

Segundo o documento da EMBRAPA Gado de Corte, 2009, “Conhecendo a carne que

você consome”, Definir "qualidade da carne bovina" é bastante complicado, pois como

qualidade pode-se entender o conjunto de atributos que satisfaz as necessidades do

consumidor, chegando a ultrapassar as suas expectativas iniciais. O produto cuja

qualidade apenas satisfaz as necessidades encontra sempre competidores que oferecem

"algo mais".

Não basta, portanto, conhecer bem o produto; é preciso conhecer as expectativas do

consumidor. Nesse caso, o conceito de qualidade é variável e dependente do mercado,

envolvendo aspectos culturais e econômicos.

Para ter qualidade, uma carne deve atender aos aspectos: visual (influir na decisão de

compra pelo consumidor), organoléptico (satisfação em comer a carne), nutricional

(oferecer o que o corpo humano precisa ou deseja) e de segurança (ter sido higiênica e

sanitariamente obtida, ou seja, não causar doenças).

Em síntese, a carne de "ótima qualidade" é aquela que atrai o consumidor (apresenta cor

atraente, pouca gordura, frescor e pouco suco na embalagem), que é macia, suculenta e

saborosa quando consumida, que tem alto valor protéico e uma baixa densidade calórica

e que seja livre de microorganismos patogênicos e resíduos químicos e que apresente

baixa contagem de microorganismos deterioradores.

O fato de o consumidor encontrar, no mercado, carne em quantidade, qualidade e a

preço acessível não garante sua satisfação final. Tudo pode ser perdido caso o método

de cocção não seja apropriado.

Em resumo, a carne só terá qualidade no momento de consumo se todos os elos da

cadeia produtiva forem conscientizados de que a qualidade forma-se em todos os

ambientes: o produtor deve abater animais jovens e bem acabados; o frigorífico deve

abater e processar de forma adequada; o ponto de venda deve embalar, conservar e

expor apropriadamente, e, por último, porém não menos importante, o consumidor deve

preparar cada corte da maneira mais adequada.

Para melhorar a distribuição e comercialização de carnes bovinas no Brasil, o Ministério

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) instituiu as Portarias 304/96 e

145/98 que estabelecem:

1. A temperatura da carne comercializada não pode passar de 7º C;

2. O produto deve estar embalado e identificado com carimbos oficiais e em cortes

padronizados (BRASIL, 1969, Portaria nº 304).

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3. A carne para venda no varejo já deve estar desossada, fracionada, devidamente

embalada e identificada (BRASIL, 1998, Portaria nº 145).

Desta forma, o consumidor final tem como identificar a procedência da carne com a

certeza de ser um produto inspecionado. No caso da caren de origem clandestina

começa um problema que persiste até o final da cadeia de produção: aspectos essenciais

de conservação e higiene são deixados de lado, negando ao consumidor o direito a

produtos de qualidade. Carne inspecionada é garantia de qualidade para o consumidor

final (ALENCAR, 2007).

Nas pequenas indústrias, ainda é preciso resolver questões importantes relativas à

aplicação das Boas Práticas de Fabricação (BPF). Nas médias e grandes empresas do

ramo ocorrem, também, deficiências de qualidade tecnológica e baixa disseminação

(APPCC) da Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (BRANDIMARTI,

1999).

Em relação aos abatedouros de pequeno porte, a Nota Técnica, do DIPOA/SDA/MAPA

chama a atenção para aspectos envolvidos na implantação, administração e operação

dos estabelecimentos de abate de pequeno porte sejam eles municipais ou privados que

exigem vontade política, legislação e estruturas adequadas.

A referida Nota Técnica ressalta ainda: “além dos problemas vinculados ao

abastecimento de carnes e outros de natureza econômica, essa categoria de

empreendimento envolve relações muito fortes com questões da maior importância para

o país e para a sociedade em geral, a saber:

a) Saúde Publica (controle sanitário oficial, incluindo inspeção ante-mortem e post-

mortem, condições higiênico-sanitárias das operações e das instalações e

equipamentos, abastecimento de água, conservação e transporte dos produtos).

Além das doenças transmitidas por alimentos, em estabelecimentos de pequeno porte

existe uma particularidade em relação à qualidade dos animais encaminhados para o

abate.

No caso dos pequenos abatedouros há, como agravante, uma particularidade que deve

ser enfatizada: trata-se da qualidade da maioria dos animais encaminhados para abate.

São em grande parte animais de descarte, particularmente vacas e machos adultos

(marrucos, bois erados, etc.), eliminados do rebanho em boa parte por idade avançada

com a finalização da vida produtiva e declínio natural das condições de saúde e

nutrição, por baixa fertilidade, inclusive por brucelose, mastites e metrites e outros

problemas. O estado de saúde desses animais, abatidos em estabelecimento operando

sem inspeção sanitária, implica em enorme risco para a saúde dos consumidores e, por

outro lado, quando a atividade é submetida a um controle sanitário oficial eficaz, como

deve ou deveria ser, redunda em grande número de condenações, condição bastante

problemática de enfrentar em abatedouros não apropriadamente equipados, acarretando,

ademais, grandes dificuldades econômicas para o empreendimento.

b) Saúde animal - Problemas decorrentes da dificuldade ou impossibilidade do

controle de:

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• Disseminação de doenças, em face da ausência de inspeção eficaz e destinação

apropriada de carcaças e partes condenadas e dos resíduos oriundos do abate.

• Movimentação de animais e seus produtos.

• Eventuais programas especiais voltados para a área de saúde animal.

• Efluentes (águas residuais).

• Veículos transportadores de animais (Lavagem e desinfecção).

c) Meio ambiente - Problemas decorrentes da dificuldade ou impossibilidade do

controle de:

• Destinação adequada de gordura, sangue, fezes, conteúdo ruminal (estrume e outros

resíduos do abate).

• Tratamento dos efluentes para prevenir a poluição do ambiente, principalmente de rios

e lagoas.

• Emissão de odores.

O SUASA/SISBI, como dito anteriormente, foi criado para corrigir essas discrepâncias

no processo de inspeção de produtos de origem animal em todo o país e, representa a

solução para a reestruturação dos Serviços de Inspeção Municipais, Estaduais e do

Distrito Federal, com a finalidade de contribuir para a sanidade animal e a inocuidade

dos alimentos, a segurança alimentar, o bem estar animal, a preservação do meio

ambiente e para o desenvolvimento econômico de pequenos produtores.

O SISBI adota o principio universal da equivalência, com regras claras e bem definidas

sobre as obrigações a serem cumpridas pelos serviços oficiais de inspeção, bem como

os estabelecimentos candidatos à adesão. O conjunto de dispositivos legais que ampara

as decisões relacionadas aos procedimentos de adesão é composto por Leis, Decretos e

Legislação complementar, abaixo discriminado:

1- Lei no

7.889, de 23 de novembro de 1989 – Dispõe sobre a inspeção sanitária e

industrial dos produtos de origem animal, e dá outras providências.

2- Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991 – Dispõe sobre a política agrícola.

3- Lei no 9.712, de 20 de novembro de 1998 – Altera a Lei no 8.171, de 17 de janeiro

de 1991, acrescentando-lhe dispositivos referentes à defesa agropecuária.

4- Decreto no 5.741, de 30 de março de 2006 - Regulamenta os arts. 27-A, 28-A e 29-

A da Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991, organiza o Sistema Unificado de

Atenção à Sanidade Agropecuária, e dá outras providências.

5- Instrução Normativa no 19, de 24 de julho de 2006 – Estabelece os requisitos para

adesão dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, individualmente ou por

meio de consórcios, ao Sistema Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária,

integrado pelo Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal,

Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Sistema Brasileiro

de Inspeção de Insumos Agrícolas e Sistema Brasileiro de Inspeção de Insumos

Pecuários, na forma dos Anexos I,II,III e IV. (REVOGADA pela IN 36, de 20 de

julho de 2011.)

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6- Circular DIPOA/SDA/MAPA no52, de 20 de dezembro de 2006 – Padroniza os

procedimentos para analise de processos para adesão ao Sistema Brasileiro de

Inspeção de Produtos de Origem Animal / SUASA.

7- Instrução Normativa no36, de 20 de julho de 2011 – Estabelece os requisitos para

adesão dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, individualmente ou por

meio de consórcios, ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária,

integrado pelo Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal, em

sua forma.

8- Nota Técnica, de 20 de janeiro de 2011. Nota Técnica abatedouro carnes SISBI

6- Conceitos

1- Abatedouro (matadouro, matadouro-frigorífico), baseado no Art. 21 do

RIISPOA Brasil, 1952:

§ 1º - Entende-se por "matadouro-frigorífico" o estabelecimento dotado de instalações

completas e equipamentos adequados para o abate, manipulação, elaboração, preparo e

conservação das espécies de açougue sob variadas formas, com aproveitamento

completo, racional e perfeito, de subprodutos não comestíveis; possuirá instalações de

frio industrial.

§ 2º - Entende-se por "matadouro" o estabelecimento dotado de instalações adequadas

para a matança de quaisquer das espécies de açougue, visando o fornecimento de carne

em natureza ao comércio interno, com ou sem dependências para industrialização;

disporá obrigatoriamente, de instalações e aparelhagem para o aproveitamento completo

e perfeito de todas as matérias-primas e preparo de subprodutos não comestíveis.

Entende-se por “abatedouro” o mesmo que “matadouro”, sendo uma termologia mais

leve e mais humanitária que “matadouro”, sendo a definição usada para animais com

menos de 60 kg de peso vivo (CASTILHO, 2008).

2- Atividade Clandestina - Toda atividade que envolva qualquer uma das etapas

de abate, manipulação, transformação, elaboração, preparo, conservação, embalagem,

acondicionamento, estocagem, rotulagem ou expedição de quaisquer produtos de

origem animal sem prévio registro no órgão competente para inspeção e fiscalização de

sua atividade.

3- Equivalência - Capacidade de diferentes serviços de inspeção e certificação

atingirem os mesmos objetivos.

4- Equivalência de Medidas Sanitárias - É o estado no qual as medidas sanitárias

aplicadas por um Serviço de Inspeção, ainda que não sejam iguais às medidas aplicadas

por outro Serviço de Inspeção, garantam o nível de proteção sanitária definido pelo

Serviço de Inspeção Coordenador.

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5- Medidas Sanitárias - Todas as medidas aplicadas para assegurar a saúde da

população dos riscos resultantes da presença de aditivos, contaminantes, toxinas ou

organismos patogênicos nos alimentos, dos riscos procedentes de enfermidades

transmitidas pelos alimentos de origem animal e seus derivados ou de quaisquer outros

riscos que surjam de perigos presentes nos alimentos.

As medidas sanitárias incluem toda a legislação, requisitos e procedimentos pertinentes,

critérios relativos ao produto final; processos e métodos de produção; procedimentos de

análises, inspeção, certificação e aprovação; disposições referentes a métodos

estatísticos pertinentes, procedimentos de amostragem, métodos de avaliação de riscos;

requisitos de embalagem e rotulagem diretamente relacionados com a inocuidade dos

alimentos.

6- Serviços de Inspeção - Serviço público oficial instituído pelo órgão Federal,

Distrital, Estadual ou Municipal responsável pela inspeção higiênico-sanitária e

tecnológica de produtos de origem animal.

7- Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários –

SISBI - Sistema integrante do SUASA que tem por objetivo inspecionar e fiscalizar os

produtos de origem animal e vegetal e os insumos agropecuários.

8- Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal – SISBI/POA -

Sistema integrante do SUASA que tem por objetivo inspecionar e fiscalizar os produtos de

origem animal.

9- Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária – SUASA - Sistema

organizado sob a coordenação do Poder Público nas várias instâncias federativas, no âmbito de

sua competência, incluindo o controle de atividades de saúde, sanidade, inspeção, fiscalização,

educação, vigilância de animais, vegetais, insumos, produtos e subprodutos de origem animal e

vegetal.

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7- Considerações sobre a Implantação de Estabelecimentos de Abate

7.1 - Planejamento inicial

De acordo com a Nota Técnica abatedouro carnes SISBI, é necessário que todos os

segmentos envolvidos nos processo, quer públicos ou privados, estejam conscientes de

que a construção de estabelecimentos de acordo com as plantas sugeridas pelo MAPA-

DIPOA não são independentes e suficientes para que a localidade / região tenha

garantia do abastecimento de carne dentro dos padrões de inocuidade. È necessário que

os estabelecimentos a serem construídos, além de equipados e construídos

adequadamente, sejam operados e mantidos seguindo os padrões higiênico-sanitarios e

que o Serviço de Inspeção da localidade assuma suas responsabilidades.

7.2 – Viabilidade

Faz parte do planejamento de qualquer atividade econômica o Estudo de Viabilidade

Econômico e Financeiro (EVEF) que tem como objetivo avaliar o plano de

investimento a ser realizado, demonstrando a viabilidade ou inviabilidade do projeto,

considerando as atividades, a oferta de matéria-prima (animais para abate) e a demanda

do mercado.

7.3 – Localização e abrangência do estabelecimento

Deve-se considerar, também, a área de abrangência de acordo com as características da

localidade / região (número de habitantes, núcleos urbanos a serem atendidos, densidade

populacional, etc.), bem como a existência de estabelecimentos similares na região, o

que certamente levaria à falta de matéria prima.

7.4 – Equipe técnica e funcionários

Para que as operações e processos, em um estabelecimento de abate, ainda que de

pequeno porte, sejam conduzidos de forma adequada é necessário que todos estejam

treinados e aptos à sua execução. Este componente deve ser considerado quando do

planejamento, o plano de capacitação de funcionários em sua admissão, bem como de

atualização periódica. É ainda recomendado que esta equipe seja permanente e não

represente conflitos de interesses.

7.5 - Projeto de Construção Civil (com base na planta de orientação)

A Nota Técnica MAPA-DIPOA esclarece ainda que os projetos de construção civil

desses estabelecimentos, com base nas plantas orientadoras, podem sofrer ajustes para

adaptação às condições locais e aos propósitos dos empreendedores.

Adicionalmente o estabelecimento deverá ainda cumprir todos os requisitos

estabelecidos para a construção e o seu funcionamento, como:

- Aprovação previa do projeto junto ao órgão de inspeção sanitária, conforme o âmbito

de comercialização pretendido;

- Atendimento aos códigos de posturas municipais e estaduais, dispositivos relacionados

à saúde publica e ao controle do exercício profissional, exigências quanto ao meio

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ambiente (emissão de odores, resíduos sólidos e líquidos: tratamento e destinação),

aproveitamento adequado de resíduos do abate (sangue, materiais condenados pela

inspeção, gordura, cerdas, etc.) e de quaisquer outras disposições referentes a

construção e ao funcionamento dessa categoria de estabelecimento.

Lembra ainda, que as plantas fornecidas são apenas modelos de orientação, não se

constituindo em desenhos de execução. Assim, o projeto deve contemplar todos os itens

de um projeto de construção civil: projeto de execução, memoriais de construção, com

especificações técnicas, plantas de localização, instalações hidráulicas, elétricas,

sanitárias com as características dos equipamentos, etc., e estejam devidamente

assinados e sob a responsabilidade de profissionais habilitados da área de engenharia ou

arquitetura.

7.6 - Recomendações técnicas quanto à construção propriamente dita:

a) Ventilação e iluminação: todas as dependências devem ser bem iluminadas e

ventiladas. O fluxo da ventilação deve ser em direção oposta aquela do fluxo dos

produtos.

b) Paredes: as paredes devem ser impermeabilizadas com material resistente e de

cor clara.

c) Teto: O forro e dispensável, recomendando-se o emprego de estrutura metálica e

vedação para prevenir o acesso de pragas.

d) Piso: deve ser impermeável e resistente, de modo a facilitar a higienização, e

construído de forma a permitir uma boa drenagem.

e) Trilhagem aérea: a altura da trilhagem aérea em relação ao piso, em todo o seu

percurso, devera ser suficiente para garantir uma distância segura entre as

carcaças e o piso.

f) Câmeras de resfriamento de carcaças: o distanciamento entre os trilhos paralelos

nas câmeras de resfriamento devera ser suficiente para impedir o contato entre as

carcaças, devendo-se considerar, no caso dos suínos, o sistema utilizado para

suspensão (balancins ou ganchos para cada meia carcaças).

g) Equipamentos: os equipamentos devem ser construídos em materiais resistentes

a corrosão, com acabamento sanitário (de fácil higienização), sendo que as

superfícies que entram em contato com produtos comestíveis devem ser

preferencialmente de aço inoxidável.

h) Equipamentos - Manufatura: recomenda-se que os responsáveis pelo projeto se

assegurem quanto a capacidade técnica dos fornecedores relativamente as

características de funcionalidade e resistência dos equipamentos em geral e

particularmente daqueles a serem utilizados nas \ operações de abate.

i) Localização dos equipamentos - deve ser previsto distanciamento adequado

entre o trilhamento aéreo (e de sua projeção vertical), e plataformas, mesas,

demais equipamentos e quaisquer estruturas, incluindo paredes e colunas, de

modo a evitar o contato destes com as carcaças.

j) Currais, pocilgas, apriscos e respectivos corredores: o piso deve ser

impermeável, resistente, com superfície antiderrapante, de fácil higienização e

declividade apropriada para escoamento das águas. As cercas devem ser

preferentemente metálicas (tubos galvanizados).

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7.7 – Instalações e equipamentos:

Nos atos normativos do MAPA-DIPOA, entende-se por INSTALAÇOES, o setor da

construção civil da sala de matança, dos currais e seus anexos, incluindo também o

conjunto sanitário, sistemas de águas e esgoto, vapor, e etc. e por EQUIPAMENTOS,

a maquinaria, plataformas metálicas, mesas e demais utensílios e apetrechos utilizados

nos trabalhos de abate.

7.8 – Licenças e Autorizações necessárias (referência: Estado de São Paulo):

1- Organismos Municipais;

2- Órgão Estadual de Controle Ambiental: Licenças ambientais;

3- Certificados de Destinação de Resíduos Sólidos Industriais (CADRI – unidades

localizadas no Estado de São Paulo)

4- Manifesto de resíduos sólidos;

5- Outorga para uso de recursos hídricos (captação e lançamento de efluentes);

6- Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros – AVCB;

7- Licença e Relação de produtos químicos perigosos e controlados utilizados na

indústria (Exército e Polícia Federal);

8- Cadastro técnico de atividade potencialmente poluidora no IBAMA;

9- Inventários de emissões atmosféricas e/ou relatórios de monitoramento das

emissões (incluindo odor e ruído);

10- Inventário dos resíduos sólidos gerados e locais de disposição final / tratamento

dos locais de disposição dos resíduos Classe I – Perigosos; Contratos com

terceiros para transporte e disposição final desses resíduos;

11- Dados sobre a existência de transformadores, capacitores e estoques de óleo

dielétrico contendo PCB‟s (Ascarel) e o relatório de inspeção;

12- Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/ RIMA), Avaliações

Ambientais, dentre outros;

7.9 - Terreno

O terreno a ser escolhido para a construção do estabelecimento deve permitir a completa

instalação de todas as dependências do abatedouro, se possível fornecendo dois acessos,

uma para a entrada dos animais e a outro para a saída dos produtos acabados.

É muito importante que o local escolhido para a construção do abatedouro seja servido

por água em quantidade suficiente às operações e de boa qualidade para a limpeza e

lavagem das carcaças. Calcula-se um consumo de cerca de 500 litros por suíno e 800

litros por bovino abatido, incluindo-se lavagem de caminhões, pátios, currais e pocilgas

(MAPA, SDA, DIPOA, Brasil, 2007).

Um ponto muito importante que dependerá de investimentos consideráveis é a

implantação das redes de esgoto e da estação de tratamento de efluentes capazes de

suportar toda a carga residual do abatedouro. Para abatedouros de pequeno porte, até 15

abates/dia, o gradeamento, caixas de gordura ou valas de oxidação são suficientes.

Abatedouros maiores, entretanto, requerem o uso de tratamento prévio de efluentes

industriais, com lagoa de oxidação, lodos ativados ou biodigestores, antes de serem

lançados às redes (ALENCAR, 2007).

Se houver o aproveitamento do sangue dos animais abatidos, além de se obter mais um

subproduto, haverá a contribuição da empresa para minimizar a poluição, diminuindo a

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carga poluente nas etapas de tratamento dos efluentes, proporcionando custos menores a

este tratamento e evitando futuros problemas legais e ambientais (XAVIER, 2008).

Outro ponto a ser considerado com relação à posição do terreno é a sua localização, que

seja de preferência na zona rural, pois próximo às cidades há problemas em relação à

produção de odores fortes e não muito agradáveis à população, que quando levados

pelos ventos, podem motivar transtornos e reclamações para quem vai investir nesta

área. Para amenizar este problema árvores de cheiro agradável (eucalipto, citrodoros)

podem servir de barreiras e amenizar o problema, devendo assim ser plantadas ao redor

de todo o terreno (ALENCAR, 2007).

A área escolhida deve ser servida por energia elétrica, com potência suficiente para

atender à iluminação interna e externa do abatedouro, além do funcionamento das

máquinas, bombas, equipamentos e caldeira, caso ela seja movida por energia elétrica.

O terreno deve ser plano, seco, livre de enxurradas, próximo a vias de acesso fácil e

dotado de rede rodoviária que facilite o escoamento da produção. Se possível, o terreno

deve atender a futuros projetos de expansão (ALENCAR, 2007).

Na construção do abatedouro deve-se observar a predominância dos ventos, evitando

que o corpo do matadouro fique em posição posterior aos currais de espera e das lagoas

de tratamento dos efluentes, a fim de evitar os odores provenientes destes setores. São

necessárias as seguintes informações e análises:

1- Análise de qualidade do solo, das águas subterrâneas e superficiais;

2- Perfil geológico de poços de captação de águas subterrâneas (perfil construtivo);

3- Método construtivo e localização de fossas sépticas;

4- Localização de tanques enterrados ou superficiais, contendo insumos ou

matérias-primas, de preferência listando: produtos armazenados, volume dos

tanques, data de reformas, idade dos tanques e tempo de uso;

5- Resultados de teste de estanqueidade efetuados nos tanques subterrâneos;

7.10 - Instalações, Fluxogramas e Plantas Descritivas:

Na construção de um abatedouro deve ser observado as Normas Relativas e as

Condições Gerais para Funcionamento dos Pequenos e Médios Matadouros a que se

refere o Art. 2º do Decreto nº 94.554, de 07 de julho de 1987, que dispõe sobre

Estímulos à Construção e Reaparelhamento de Pequenos e Médios Matadouros e sua

Fiscalização.

Todas as instalações e os equipamentos de um abatedouro precisam oferecer segurança

ao pessoal encarregado do manejo e serem apropriadas para o abate dos animais. Se

houver deficiências, a qualidade da carne fica comprometida. Um mau exemplo é deixar

pontas afiadas por onde os animais passam. Elas podem ferir os suínos ou bovinos,

abrindo caminho para a entrada de microrganismos causadores de doenças (ALENCAR,

2007).

As normas técnicas recomendam paredes lisas no curral e no embarcadouro, para evitar

que os animais se machuquem (ABCZ, 2003). São necessárias as seguintes descrições:

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1- Projeto de Implantação das edificações e instalações no terreno; Planta Baixa,

Cortes e Fachadas de todas as edificações;

2- Layout geral das unidades industriais – com identificação de máquinas e

equipamentos;

3- Layout do encaminhamento das redes de drenagem das águas pluviais, águas

servidas (efluente industrial e esgoto doméstico) e água de abastecimento da

indústria;

4- Layout da Estação de Tratamento de Água;

5- “layout” da Estação de Tratamento de Efluentes Líquidos;

6- Fluxograma dos processos produtivos (matérias-primas, efluentes líquidos e

resíduos sólidos gerados e emissões atmosféricas).

7.11 – Construção Civil

As instalações necessárias para o trabalho de abate e processamento das carnes podem

ser simples, com alguns ambientes distintos. As obras civis definidas para a

operacionalização do abatedouro devem prever:

1- Sala de matança e instalações frigoríficas;

2- Sala de subprodutos, como: triparia, miúdos, couro, mocotós e outros

3- Administração, com banheiros e vestiários;

4- Serviço de inspeção;

5- Área para higiene de carretilhas;

6- Casa de máquinas;

7- Casa de caldeira;

8- Graxaria.

9- Áreas de espera: pocilgas (com 1,4 m por suíno) e currais com 2,5 m por

bovinos.

As pocilgas e os currais devem estar localizados de maneira que os ventos

predominantes não levem em direção ao estabelecimento poeiras ou emanações; devem,

ainda, estar afastados não menos de 80 m (oitenta metros) das dependências onde se

elaboram produtos comestíveis e isolados dos varais de charque por edificações

(BRASIL, 1952, Art. 34-7 do RIISPOA). A concepção das instalações deve levar em

conta também:

1- Currais e pocilgas com bebedouros, capazes de saciar a sede, simultaneamente,

de pelo menos 30% do plantel;

2- Acesso ao prédio principal através de corredores isolados para cada tipo de

animal, desembocando em seringas situadas imediatamente antes dos boxes de

insensibilização e atordoamento;

3- Prédio principal (sala de matança e seção de subprodutos) em alvenaria,

respeitando as exigências das leis federais e ou estaduais, com paredes

impermeabilizadas (azulejos, gressit ou outro material de fácil limpeza) até dois

metros de altura. Acima desta altura, pintura com tinta látex. São recomendados

encontros arredondados entre as paredes e os pisos para evitar o acúmulo de

sujeiras nestes locais;

4- Áreas de sangria construídas em alvenaria, revestidas com material

impermeabilizante e com um bom sistema de esgoto;

5- Janelas com área equivalente a um quinto da área do piso, dando preferência a

paredes e tetos brancos, para permitir a utilização máxima da iluminação natural,

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instaladas a dois metros do chão com parapeito chanfrado, o que impede o

armazenamento de objetos no local. Telas mosquiteiro evitam a entrada de

insetos;

6- Um bom sistema de iluminação artificial com lâmpadas fluorescentes capazes de

fornecer no mínimo 300 lux na sala de manipulação e 500 lux na sala de

inspeção em horários com menor luminosidade natural e estas devem ser

protegidas evitando o estilhaçamento em caso de quebra;

7- Instalações elétricas bem dimensionadas, dotadas de circuitos independentes

para as máquinas com potência acima de 1.500 watts;

8- Piso de korodur ou outro material antiderrapante aprovado pelo serviço de

inspeção;

9- Teto da sala de matança em telhas de fibrocimento inteiriças; na seção de

subprodutos teto de laje pré-moldada ou concreto;

10- Paredes das câmaras frigoríficas isoladas com material apropriado e

impermeabilizadas com resina kresil;

11- Pisos do curral e da pocilga e de seus anexos revestidos e impermeabilizados

com cimento, sempre com declividade de 1,5% a 3% para facilitar o escoamento

de resíduos.

12- Todos os itens acima citados estão de acordo com a legislação federal (BRASIL,

1952, RIISPOA).

7.12 - Equipamentos

EQUIPAMENTOS correspondem à maquinaria, plataformas metálicas, mesas e demais

utensílios e apetrechos utilizados nos trabalhos de matança.

Abaixo estão relacionados alguns equipamentos necessários para a montagem de um

abatedouro:

* Ainda no curral e na pocilga, para um melhor controle dos animais, deve-se fazer uma

marcação com ferro quente;

* Box de atordoamento;

* Insensibilizador pneumático para bovinos;

* Insensibilizador elétrico para suínos;

* Grade de vômito (fica ao lado do Box de atordoamento);

* Carretilhas, ganchos, balancins e correntes para o trabalho de inspeção e

movimentação das carcaças;

* Mesas de inox, para evisceração dos animais e para o trabalho do serviço de inspeção;

* Três tipos de serras: Uma para retirar os chifres dos bovinos

Uma para serrar o peito

Uma para serrar a carcaça

* Guinchos elétricos ou mecânicos (talhas): para suspensão dos animais, como também

para retirada da pele de bovinos e para transpasse; * Trilhos aéreos que vão da área de vômito (no caso de bovinos), e da área de

insensibilização (no caso de suínos) até a área de expedição ou até a câmara frigorífica;

* Tanques de escaldagem e máquinas depiladoras para suínos;

* Mesa de retocagem após a depilação no caso de suínos;

* Rolete (cilindro que serve de guia para a retirada da pele do bovino);

* Lavadouro fixo em aço inox para lavagem de cabeças de bovinos, para uso do serviço

de inspeção;

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* Carrinhos de aço inox, tipo caçamba para transportes de órgãos retirados dos animais

ou outras partes como mocotós, chifres, buchos miúdos e outros;

* Depósito em aço inox para recolher conteúdo da vesícula biliar;

* Plataformas de trabalho:

Uma para esfola, remoção de mocotós e oclusão do reto,

Uma para evisceração,

Uma para serragem das meias-carcaças,

Uma para inspeção e toalete final

* Lança-chamas a gás com haste comprida (completar a depilação),

* Balança mecânica ou digital para pesagem das carcaças,

* Sistema de aquecimento de água por caldeira para produzir vapor,

* Esterilizadores de facas,

* Esterilizadores de serras,

* Lavatórios individuais de mãos,

* Misturadores de água e vapor

* Facas de sangria e evisceração,

* Fuzis,

* Ganchos de inspeção e de movimentação “S”,

* Lavador individual de botas,

* Lavatórios de mãos, braços e antebraços,

* Porta guilhotina para bovinos e suínos,

* Porta para box de atordoamento,

* Chuveiro de aspersão (conjunto),

* Ralo duplo para sangue,

* Saca-rolha,

* Calha para buchos,

* Maquina para lavagem das carcaças,

* Maquina para lavagem dos currais e pocilgas.

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Figure 1- Projeto de Implantação das edificações e instalações no terreno; Planta Baixa

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Figure 2- Projeto de Implantação das edificações e instalações no terreno;

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Figure 3- Projeto de Implantação das edificações Cortes e Fachadas de todas as edificações

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Figure 4 – Corte de fachada e Planta baixa da área dos Escritórios e Anexo.

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8- FLUXOGRAMA DE ABATE

1- Abate de Bovinos:

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O Abatedouro para ser registrado no SIF, deverá possuir três áreas distintas:

I – ZONA SUJA;

II – ZONA LIMPA;

III – ANEXOS.

Compõem a ZONA SUJA: a) Linha da sala de abate

b) Outras

a) Linha da sala de abate:

Box de insensibilização de animais;

Trilhagens de suspensão ou içamento e de matança;

Área de vômito;

Canaletas de sangria;

Área de esfola e excisão de patas e cabeças;

b) Outras:

Currais de matança e observação;

Corredores de matança;

Banheiros de aspersão;

Rampas de acesso à matança;

Área de higienização de carretilhas;

Área de bucharia suja e triparia;

Rampa de lavagem e desinfecção de veículo.

Compõem a ZONA LIMPA: a) Linha da sala de abate

b) Outras

a) Linha da sala de abate:

Área de abertura da cavidade abdominal e torácica;

Área de limpeza e inspeção de cabeças;

Área de evisceração alta;

Área de evisceração baixa;

Área de serragem de carcaças;

Área de inspeção final de carcaças;

Departamento de Inspeção Final – DIF;

Área de lavagem de meias-carcaças;

Instalações frigoríficas;

Área de expedição.

b) Outras:

Sala de vísceras vermelhas;

Área de bucharia limpa;

Sala de beneficiamento de tripas;

Compõem os ANEXOS:

Setor de condenados;

Depósito de peles, cerdas, patas e chifres;

Caldeira;

Graxaria;

Almoxarifado;

Veículos transportadores.

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2- Abate de Suínos:

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O Abatedouro para ser registrado no SIF, deverá possuir três áreas distintas:

I – ZONA SUJA;

II – ZONA LIMPA;

III – ANEXOS.

Compõem a ZONA SUJA: a) Linha da sala de abate

b) Outras

a) Linha da sala de abate:

Box de insensibilização de animais;

Trilhagens de suspensão ou içamento e de matança;

Canaletas de sangria;

Área de escaldagem e depilação dos suínos;

Área de “toilette” da depilação;

b) Outras:

Pocilgas de chegada, observação e matança;

Corredores de matança;

Banheiros de aspersão;

Rampas de acesso à matança;

Área de higienização de carretilhas;

Área de triparia suja;

Rampa de lavagem e desinfecção de veículo.

Compõem a ZONA LIMPA: a) Linha da sala de abate

b) Outras

a) Linha da sala de abate:

Área de abertura da cavidade abdominal e torácica;

Área de limpeza e inspeção de cabeças;

Área de evisceração;

Área de serragem de carcaças;

Área de inspeção final de carcaças;

Departamento de Inspeção Final – DIF;

Área de lavagem de meia-carcaças;

Instalações frigoríficas;

Área de expedição.

b) Outras:

Sala de vísceras vermelhas;

Sala de beneficiamento de tripas.

Compõem os ANEXOS:

Setor de condenados;

Depósito de cerdas;

Caldeira;

Graxaria;

Almoxarifado;

Veículos transportadores;

Outras dependências opcionais.

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3- Abate de Caprinos e Ovinos

RECEPÇÃO

JEJUM / DIETA HÍDRICA

CHUVEIRO

INSENSIBILIZAÇAO

PENDURA

ISOLAMENTO DO ANUS

RETIRADA DA BOLSA

ESCROTAL

EVISCERAÇAO

RETIRADA DA CABEÇA E

PÉS

INSPEÇAO DAS VISCERAS

RESFRIAMENTO

CORTES

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9- Consumo de Água

A água que será consumida no matadouro deve atender as exigências dos padrões

sanitários que as Portarias da CONAMA nº 20 e 357, como também a Portaria nº 518 do

Ministério da Saúde e o Decreto nº 8.468 de 8 de setembro de 1976, prevêem.

Padrões de higiene das autoridades sanitárias em áreas críticas dos abatedouros resultam

no uso de grande quantidade de água. Os principais usos de água são para:

• Consumo animal e lavagem dos animais;

• Lavagem dos caminhões;

• Escaldagem e “toilette”, para suínos;

• Lavagem de carcaças, vísceras e intestinos;

• Movimentação de subprodutos e resíduos;

• Limpeza e esterilização de facas e equipamentos;

• Limpeza de pisos, paredes, equipamentos e bancadas;

• Geração de vapor;

• Resfriamento de compressores.

O principal fator que afeta o volume de água consumido são as práticas de lavagem. Em

geral, plantas para exportação têm práticas de higiene mais rigorosas. Quanto à

qualidade, os regulamentos sanitários exigem o uso de água fresca e potável, com níveis

mínimos de cloro livre residual, para quase todas as operações de lavagem e enxágüe.

(MAPA, SDA, DIPOA, Brasil, 2007).

O consumo de água varia bastante de unidade para unidade, em função de vários

aspectos como: tipo de unidade (só abate, abate e industrialização da carne, com ou sem

graxaria, etc.), tipos de equipamentos e tecnologias em uso, “layout” da planta e de

equipamentos, procedimentos operacionais, entre outros (PACHECO e YAMANAKA,

2006).

10- Efluentes Líquidos

Em abatedouros assim como em vários tipos de indústrias, o alto consumo de água

acarreta grandes volumes de efluentes - 80 a 95% da água consumida é descarregada

como efluente líquido (SIMBALISTA, 2000). Estes efluentes caracterizam-se

principalmente por:

• Alta carga orgânica, devido à presença de sangue, gordura, esterco, conteúdo

estomacal não-digerido e conteúdo intestinal;

• Alto conteúdo de gordura;

• Flutuações de pH em função do uso de agentes de limpeza ácidos e básicos;

• Altos conteúdos de nitrogênio, fósforo e sal;

• Flutuações de temperatura (uso de água quente e fria).

Desta forma, os despejos de abatedouros possuem altos valores de DBO5 (demanda

bioquímica de oxigênio) e DQO (demanda química de oxigênio) – parâmetros utilizados

para quantificar carga poluidora orgânica nos efluentes, além de sólidos em suspensão,

graxas e material flotável. Fragmentos de carne, de gorduras e de vísceras normalmente

podem ser encontrados nos efluentes. Portanto, juntamente com sangue, há material

altamente putrescível nestes efluentes, que entram em decomposição poucas horas

depois de sua geração, tanto mais quanto mais alta for a temperatura ambiente

(XAVIER, 2008).

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O sangue tem a DQO mais alta de todos os efluentes líquidos gerados no processamento

de carnes. Sangue líquido bruto tem uma DQO em torno de 400g/l e DBO5 de

aproximadamente 200g/l. Caso o sangue de um único bovino fosse descartado

diretamente na rede, o acréscimo de DQO no efluente seria equivalente ao do esgoto

total produzido por cerca de 50 pessoas em um dia. O sangue tem uma concentração de

nitrogênio de aproximadamente 30g/l (XAVIER, 2008).

Nos abatedouros, são comuns os efluentes líquidos serem divididos em duas correntes

(ou linhas): a linha “verde”, que contém os efluentes líquidos gerados em áreas sem

presença de sangue (por exemplo, recepção – lavagens de pátios, caminhões, currais ou

pocilgas, condução/ “seringa”, bucharia e triparia) e a linha “vermelha”, com os

efluentes que contêm sangue (de várias áreas do abate em diante). Isto é feito para

facilitar e melhorar seu tratamento primário (físico-químico), que é feito separadamente,

permitindo remover e segregar mais e melhor os resíduos em suspensão destes

efluentes, de forma a facilitar e aumentar possibilidades para sua destinação adequada

(ALENCAR, 2007).

Como conseqüência, também se diminui a carga poluente a ser removida nas etapas de

tratamento posteriores de forma mais efetiva, o que é desejável (atendimento aos

padrões legais de emissões, com custos menores) (XAVIER, 2008).

11- LEVANTAMENTO DE CUSTOS

Foi realizado um levantamento de preços para a construção de um abatedouro com

capacidade de abate de 25 cabeças/dia, de acordo com a planta acima:

Tabela 3 – Construção Civil

Descrição Metros

Área da unidade de abate 175 m2

Área da câmara fria 83 m2

Área dos currais e pocilgas 115 m2

Área dos escritórios e anexos 181m2

Totalizando a construção civil em aproximadamente R$ 500.000,00

Tabela 4 - Obtenção de Água e Tratamento de Efluentes

Descrição Custos

Perfuração de um poço artesiano R$ 18.000,00

Reservatório metálico de água – 50 mil litros R$ 17.000,00

Construção civil de Tratamento de Efluentes R$ 20.000,00

Impermeabilização de bacias de decantação R$ 60.000,00

Equipamentos hidráulicos e elétricos R$ 40.000,00

TOTAL R$ 155.000,00

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Tabela 5 – Equipamentos

Descrição Custos

1 câmara fria de 83 m2 R$ 50.000,00

1 box de atordoamento para bovinos R$ 11.850,00

1 pistola para atordoamento de bovinos R$ 10.500,00

1 grade de deslizamento para a área de vômito R$ 4.380,00

1 guincho elétrico para sangria de bovinos R$ 14.040,00

1 ralo duplo para sangue e água R$ 405,00

1 guincho com rolo para retirada da pele R$ 18.600,00

1 box fixo para lavar cabeça R$ 5.100,00

1 serra elétrica para corte do peito R$ 3.795,00

1 serra elétrica para chifres R$ 3.795,00

1 mesa fixa em inox para evisceração abdominal (4,00 x 2.5 m) R$ 7.950,00

1 serra fita para abertura de carcaça R$ 11.500,00

1 ducha com protetor em inox para lavagem de carcaça R$ 3.750,00

1 plataforma metálica para esfola (1ª e 2ª pata) com 3 metros R$ 11.250,00

1 plataforma metálica para esfola barriga alta com 1.5 metros R$ 5.625,00

1 plataforma metálica para serrar peito com 1 metro R$ 3.750,00

1 plataforma metálica para evisceração com 1,8 metros R$ 6.750,00

1 plataforma metálica para inspeção com 1 metro R$ 3.750,00

1 plataforma metálica para “toilette” com 1 metro R$ 3.750,00

1 plataforma pneumática para abertura de carcaça (elevatória) R$ 13.000,00

1 plataforma metálica para insensibilização de suínos R$ 4.200,00

1 box para insensibilização para suínos R$ 7.950,00

1 insensibilizador elétrico para suínos R$ 3.500,00

1 guincho elétrico para sangria de suíno R$ 11.505,00

1 tanque de escaldagem R$ 6.150,00

1 depiladeira manual 50/60 suínos hora R$ 39.450,00

1 mesa em inox para retirada de casquinhos e” toilette” R$ 3.570,00

1 guincho elétrico para elevação dos suínos após depilação R$ 11.505,00

1 mesa em inox para recepção de vísceras (2,5 x 0.80 m) R$ 3.945,00

1 mesa em inox para trabalhar miúdos (2 x 0.80 m) R$ 3.330,00

1 mesa em inox (1.20 x 0,80m) R$ 2.340,00

14 lavatórios tipo plataforma com esterilizador de facas e chairas R$ 10.920,00

1 lavatório tipo parede 2 bicos para braços e mãos R$ 2.235,00

1 lava botas duplo R$ 2.805,00

5 carretilhas para sangria R$ 1.285,00

50 carretilhas padrão 3,5 Kg R$ 2.100,00

50 balancins para suínos R$ 3.500,00

78,5 mts de trilho aéreo(p/ sangria, abate, inspeção, lavagem, estoque) R$ 73.125,00

Totalizando o custo com os equipamentos em: R$ 400.000,00

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Valores totais em relação à construção:

Descrição Custos

Construção civil R$ 500.000,00

Obtenção de Água e Tratamento de

Efluentes

R$ 155.000,00

Equipamentos R$ 400.000,00

Licenças Ambientais R$ 10.400,00

Total: R$ 1.065.400,00

12- ESTUDO DE LOCALIZAÇÃO E VIABILIDADE ECONÔMICA

É necessário considerar a quantidade de animais que são comercializados e onde são

abatidos atualmente num município levantados junto ao comércio que exploram a

atividade de venda de carnes e seus derivados.

Importante considerar a realização de estudos de localização e sua respectiva

viabilidade econômica, em função de possíveis mercados, matéria-prima disponível e

outros fatores.

O tamanho compatível do matadouro a ser construído é de 25 cabeças/dia, sendo essa a

necessidade diária desse exemplo de acordo com levantamentos obtidos junto ao

comércio local de um município de 25 mil habitantes e o valor aproximado de R$

1.055.000,00 (Hum milhão e cinqüenta e cinco mil reais) para sua a construção.

13- FORNECEDORES DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS

Foram pesquisados diversos fornecedores na cidade de São Paulo/SP.

O orçamento considerado no presente projeto é referente à Indústria de Serras Dal

Pino, em São Paulo, telefone: (11) 4991-3833 contato com o Sr. João.

Outros Fornecedores de equipamentos e serviços:

2- Zeus S/A Ind. Mecânica (11) 2291-8111/ São Paulo-SP.

3- Frigma Indústria e Comércio de Equipamentos para Frigoríficos e Matadouros

Projeta, fabrica, monta máquinas e equipamentos para sala de abate, dessossa,

distribuição de carnes, etc.

Endereço: Rua Estados Unidos, nº 2130

Parque Industrial – Tupã – SP

CEP: 17.606-020

Fone: + 55 (14) 3496-5343 / fax: + 55 (14) 3496-6984

[email protected]

Diretor geral: Sérgio e Gerente geral: João Márcio.

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

4- CS. Indústria de Equipamentos Frigoríficos Ltda.

Rua Nova Brasília 958 Jardim Grimaldi, São Paulo 03924-040, SP

t: (11) 2143-3133 / 2702-1363 f: (11) 2143-3933

http://www.csequipamentosfrigirificos.com.br

Estabelecida em São Paulo, pioneira na fabricação de equipamentos para Frigoríficos,

Laticínios, Supermercados, equipamentos para abate de Suínos e Bovinos, todos os

equipamentos de acordo com com a necessidade de cada cliente.

Horário de Funcionamento: de 2ª à 5ª (08:00 – 18:00) e 6ª (8:00 às 17:00).

Equipamentos disponíveis: Armário em aço inox; Ármario para Facas e Chairas ;

Borrachas para Depiladeira; box de atordoamento; carretilhas Bovinas e Suínas;

Carretilhas de inox 2,5 Kg; carretilhas de sangria Suína e Bovina; Carretilhas em inox

3,5 Kg; Carrinho de pátio; Carrinho para osso; carrinho plataforma; carrinho Vemag;

carrinhos em aço inox; depiladeira; depiladeira de suínos; Equipamentos Para

Abatedouros; Equipamentos para Frigoríficos; Equipamentos para laticínios;

Equipamentos Para Matadouros; Equipamentos Para Supermercados; Esteiras

Transportadoras; Esterilizador; Esterilizador a vapor; Esterilizador elétrico;

Esterilizador para facas e chairas; Esterilizador para serra de carcaça; Esterilizador para

serra de peito; Gancheira; Ganchos em aço inox; Guincho De Transpasse; Guinchos de

sangria; Lava Botas Automático; Lava Botas Manual ; Lavatório Automático; Lavatório

Duplo acionamento a pedal; Lavatório Duplo com acionamento no joelho; Lavatório

individual acionamento a pedal; Lavatório manual; Lavatório Triplo com acionamento a

pedal; Lixeira com acionamento a pedal; Maquina de limpar Bucho; Maquina de limpar

Mocotó; Mesas Em Aço Inox; Prateleiras para Câmara Frigorífica; Prensa Hidráulica;

ralos ou calhas; Tanque De Encolhimento; Tanque para Escaldagem; Trilhagem.

5- INDUSTRIAL SOUZA MAQ IMPL AGR LTDA.

R Coronel Araújo Ribeiro 771 - Centro

Barra do Ribeiro, RS | CEP: 96790-000

(51) 3482-1088

6- FRIGMAC INDÚSTRIA COMERCIO

R Santa Paula 3030 - Eldorado

São José do Rio Preto, SP | CEP: 15043-320

Matadouros – Equipamentos

Telefone: (17) 3236-4239

7- GIL Equipamentos Industriais Ltda.

A Gil Equipamentos produz equipamentos e peças de reposição para Frigoríficos,

Matadouros, Embutidos, Abatedouros, Indústria Alimentícia, Automotivas, Agricultura

de Precisão e outros seguimentos sob consulta.

http://www.gil.com.br/br/servicos.php

Matriz: Rua Guiana Francesa, nº 720

CEP: 14075-220 – Vila Elisa

Ribeirão Preto

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

Departamento comercial: Fone: +55 16 2138-2800 / Fax: + 55 16 2138-2806

Escritório São Paulo - Capital

José Antônio Franciosi

Rua Serra do Japi, 786 – Aptº 81

CEP 03309-000 – Tatuapé - São Paulo - SP

Fone: +55 11 2098-2966

Fax: +55 11 2294-5016

Cel: +55 11 9976-0974

Skype: jafranciosi

MSN: [email protected]

Email: [email protected]

8- ENGELMAC – Engenharia e Montagem de Equipamentos para Frigoríficos.

Endereço: Rua Iratema, nº 459

Bairro Industrial – Toledo – Paraná

CEP: 85.904-360

Fone/fax: 45-3378-4078

[email protected]

A ENGELMAC está estabelecida na cidade de Toledo, estado do Paraná. Especializada

em engenharia e produção de equipamentos para frigoríficos de suínos, bovinos,

caprinos, aves e peixes.

Equipamentos completos para sala de matança;

Equipamentos para bucharia limpa e suja;

Equipamentos para triparia;

Equipamentos para sala de mocotós;

Equipamentos para sala de miúdos;

Equipamentos para seção de cabeças;

Equipamentos para desossa;

Equipamentos para filetagem de pescado;

Equipamentos para evisceração de pescado;

Equipamentos para lavagem de pescado;

9- Greco – Inoxline

Endereço: Serra de Botucatu, nº 2559

Carrão / SP. CEP: 03417-000

Fone: 11 – 2296-4033

[email protected]

http://www.grecomaquinas.com.br/secao/empresa/empresa.html

10- HAUBER MACANUDA

Rua Otto Max Pettersen, 158 G3● Bairro Aventureiro ● 89226-250 Joinville – SC

Fone – Fax (47) 3425-5413 - (47) 3026-3755

Site: www.macanuda.com.br /

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

E- Mail: [email protected] ;[email protected]

11- JR Pisani

R. das Tulipas, 150 - Jd. Maria Cecília

São Bernardo do Campo, SP / CEP: 09720-530

(11) 4335-4227

www.jrpisani.com.br

12- CAMBRIDGE

R. Íris Meimberg, 23 - Barro Branco

06705-150 - Cotia - SP

Tel.: (55 11) 4616-0733

Fax: (55 11) 4616-0173

www.cambrigde.ind.br

[email protected]

Antonio Alvaro Tavares - Diretor

Produtos: esteiras transportadoras metálicas.

13- CAMPUS R. Espártaco, 459 - Parte Vila Romana

05045-000 - São Paulo - SP

Tel.: (55 11) 3875-4400

Fax: (55 11) 3875-4401

[email protected]

Ana Gabriela - Engenheira de Alimentos

Produtos: alginatos; anti-espumantes (grau alimentício); antioxidantes; carragenas;

corantes naturais; caseinato; emulsificantes; emulsionantes; eritorbato de sódio;

espessantes; fibras; fibras dietéticas; fibras solúveis; ingredientes funcionais; proteína

isolada de soja; fosfatos

14- CAMREY EQUIPAMENTOS FRIGORIFICOS

Rua Attilio Fava, 183 a 223 - Pq. Indl. Campo Verde

15076-100 - São José do Rio Preto - SP

Tel./Fax: (55 17) 3334-8000

www.camrey.com.br

[email protected]

Luis Campos – Diretor

Produtos: abatedouros; equipamentos para suinocultura e automatização de

abatedouros; matadouros; máquinas para frigoríficos; montagem de frigoríficos;

equipamentos para frigoríficos de frangos e peixes; lavatório de mão; lavadores de

botas; esteira cone; esteiras transportadoras; linhas completas de abate e desossa de

suínos e bovinos; processamento de tripas; projetos; fabricação de trilhamento;

equipamentos para armazenagem frigorificada.

15- CASA DOS ROLAMENTOS LTDA - CHAPECÓ

Av. Leopoldo Sander, 281-E - Cristo Rei

89809-300 - Chapecó – SC

Tel.: (55 49) 3319-2900 / Fax: (55 49) 3319-2999

www.casadosrolamentosltda.com.br

[email protected]

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

Mário Luiz Zatt - Supervisor Comercial

Produtos: rolamentos; correias; retentores; mangueiras; buchas; mancais; selos

mecânicos; vedações; braçadeiras; gaxetas hidráulicas e pneumáticas; juntas; anéis

o‟ring; cortina de PVC; acoplamentos; graxas e lubrificantes.

16- CENTRACO

R. Fritz Spernau, 1025 - Fortaleza

89055-200 - Blumenau – SC

Tel.: (55 47) 3337-6677 / Fax: (55 47) 3337-6688

www.centraco.com.br / [email protected]

Márcio Deschamps – Diretor

Produtos: correias; correias em PU; correias transportadoras termoplásticas; correias de

transporte e de processamento; correias de borracha; correias em PU-sistema super

drive; correias transportadoras; correias lonadas em PU e em PVC; correias dentadas;

correias industriais; correias sincronizadas; correias transp. termoplásticas em PU;

correias sincronizadoras; correias de transmissão.

17- COLDBRAS

R. Manoel José do Nascimento , 811 Distrito Industria

94930-340 - Cachoeirinha – RS

Tel./Fax: (55 51) 3303-2222

www.coldbras.com.br

[email protected]

Departamento Comercial

Produtos: geradores de gelo; separadores de líquidos; câmara frigorífica; compressores

alternativos; evaporadores para amônia; válvulas e filtros para refrigeração industrial;

condensadores evaporativos; equipamentos de refrigeração; compressor parafuso de

simples e duplo estágio; bombas centrífugas; instalações completas p/ frigorífico;

refrigeração industrial; trocadores de calor; túneis de congelamento.

18 - COOLING & FREEZING

R. Rondônia, 49 A - Nova Sapucaia

93230-390 - Sapucaia do Sul – RS

Tel./Fax: (55 51) 3452-3624

www.coolingfreezing.com.br

[email protected]

José Celso Marocco - Gerente Comercial

Produtos: automação industrial; câmara frigorífica; condensadores evaporativos;

cortinas de ar; desumidificadores; evaporadores; instalações completas p/ frigorífico;

montagem de frigoríficos; painéis elétricos c/automatização p/ plc; congelador a placa;

geradores de gelo; túneis de congelamento; separadores de líquidos; unidade satélite de

refrigeração com ciclo completo; túneis de congelamento contínuo para caixas.

19 - COPPI INDUSTRIAL LTDA

R. Avelino Volpato, 555 - Fundos - Nossa Senhora de Lurdes

89600-000 - Joaçaba – SC

Tel.: (55 49) 3522-3068

Fax: (55 49) 3522-3111

www.coppi.ind.br

[email protected]

Laércio Coppi – Gerente

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

Produtos: plansichter; válvulas; separadores magnéticos; correias transportadoras;

extrator de fundo vibratório; elevadores; balanças de fluxo.

20 - COZZINI DO BRASIL LTDA

R Antonio das Chagas, 439 - Chácara Santo Antonio

04714-000 - São Paulo – SP

Tel.: (55 11) 3321-5858 / Fax: (55 11) 3321-5860

www.cozzini.com / [email protected]

Produtos: misturadeiras; massageadores; bombas de transferência; transportadores;

elevadores; moedores; emulsificadores sem vácuo e a vácuo; silos de embutimento;

silos de estocagem; sistemas de afiação de facas; ferramentas de corte; ergo steel;

sistemas de cozimento alkar; sistemas de limpeza mimasa.

21 - CREMINÓX / TRIPORVAC

Rua Espartaco , 459 - Vila Romana

05045-000 - São Paulo – SP

Tel.: (55 11) 3801-9595 / Fax: (55 11) 3801-9555

www.creminox.com / [email protected]

Hugo de Oliveira Silva Jr - Representante no Brasil

Produtos: Creminóx -sistema multiformas para presuntos; prensa hidráulica; formas

individuais em inox; desenformadora de presunto automática; tanques de cozimento /

resfriamento; linha de desossa contínua de bovinos, suínos; equipamentos sanitários;

pallets metálicos; Triporvac - embaladoras a vácuo; embaladoras de bandeja; injetora de

salmoura; tumblers; estufas de cozimento e defumação; linhas de preparo de emulsões

contínuas; fatiadoras automáticas; formadoras de hambúrguer e empanados; tripas

naturais e de colágeno.

22- CRETEL SOUTH AMERICA

Av. Sete de Setembro, 4698 sala 906 Batel

80240-000 - Curitiba – PR

Tel.: (55 41) 3242-2536 / Fax: (55 41) 3242-2571

www.cretel.com / [email protected]

Mário Toniatti – Diretor

Produtos: classificação dinâmica de peso; descouradeiras; descouradeira de toucinho;

máquinas para embalagens a vácuo; máquinas para fatiar e porcionar; lavadoras

industriais.

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

14- Licenciamentos Ambientais

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), em sua Resolução nº 237, de 19

de dezembro de 1997, disciplina aspectos do licenciamento ambiental estabelecidos na

Política Nacional de Meio Ambiente. E define:

I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão

ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de

empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva

ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar

degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas

técnicas aplicáveis ao caso.

II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente,

estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser

obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar

e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais

consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma,

possam causar degradação ambiental.

III - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos

ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma

atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença

requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental,

relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de

recuperação de área degradada e análise preliminar de risco.

IV – Impacto Ambiental Regional: é todo e qualquer impacto ambiental que afete

diretamente (área de influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território de

dois ou mais Estados.

Os estabelecimentos foco do presente estudo estão sujeitos ao licenciamento ambiental,

conforme anexo 1, da referida Resolução do CONAMA.

O Poder público expedirá as seguintes licenças:

I - Licença Prévia (LP) – deve ser solicitada na fase preliminar do planejamento da

atividade. É ela que atestará a viabilidade ambiental do empreendimento aprovando sua

localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e definirá as medidas

mitigadoras e compensatórias dos impactos negativos do projeto. Sua finalidade é

definir as condições com as quais o projeto torna-se compatível com a preservação do

meio ambiente que afetará.

É também um compromisso assumido pelo empreendedor de que seguirá o projeto de

acordo com os requisitos determinados pelo órgão ambiental.

Para as atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa

degradação ambiental, a concessão da licença prévia dependerá de aprovação de estudo

prévio de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente

(EIA/Rima). Esses instrumentos também são essenciais para solicitação de

financiamentos e obtenção de incentivos fiscais.

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

A licença prévia possui extrema importância no atendimento ao princípio da prevenção.

Esse princípio se desenha quando, diante da ineficácia ou pouca valia em se reparar um

dano e da impossibilidade de se recompor uma situação anterior idêntica, a ação

preventiva é a melhor solução. Nesse conceito se encaixam os danos ambientais, cujo

impacto negativo muitas vezes é irreversível e irreparável.

Durante o processo de obtenção da licença prévia, são analisados diversos fatores que

definirão a viabilidade ou não do empreendimento que se pleiteia. É nessa fase que:

são levantados os impactos ambientais e sociais prováveis do empreendimento;

são avaliadas a magnitude e a abrangência de tais impactos;

são formuladas medidas que, uma vez implementadas, serão capazes de eliminar

ou atenuar os impactos;

são ouvidos os órgãos ambientais das esferas competentes;

são ouvidos órgãos e entidades setoriais, em cuja área de atuação se situa o

empreendimento;

são discutidos com a comunidade, caso haja audiência pública, os impactos

ambientais e respectivas medidas mitigadoras e compensatórias; e

é tomada a decisão a respeito da viabilidade ambiental do empreendimento,

levando-se em conta sua localização e seus prováveis impactos, em confronto

com as medidas mitigadoras dos impactos ambientais e sociais.

O prazo de validade da Licença Prévia deverá ser no mínimo, igual ao estabelecido pelo

cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao

empreendimento ou atividade, ou seja, ao tempo necessário para a realização do

planejamento, não podendo ser superior a cinco anos.

Para convênios celebrados com a Administração Pública Federal, o licenciamento está

previsto nas normas que regem a matéria como pré-requisito para sua celebração. O

interessado deverá expor proposta de convênio ao Ministério pertinente, mediante a

apresentação de plano de trabalho que conterá, dentre outros pontos, a licença prévia

ambiental, quando o convênio envolver obras, instalações ou serviços que exijam

estudos ambientais – EIA/ Rima. Além disso, o projeto básico que integrará o plano de

trabalho já deverá contemplar a implantação das medidas sugeridas nos estudos

ambientais. Ainda, a liberação de recursos para convênios em que haja condicionantes

ambientais também está condicionada à existência da licença prévia.

II - Licença de Instalação (LI) – após a obtenção da licença prévia, inicia-se então o

detalhamento do projeto de construção do empreendimento, incluindo nesse as medidas

de controle ambiental determinadas. Antes do início das obras, deverá ser solicitada a

licença de instalação junto ao órgão ambiental, que verificará se o projeto é compatível

com o meio ambiente afetado. Essa licença dá validade à estratégia proposta para o trato

das questões ambientais durante a fase de construção.

Ao conceder a licença de instalação, o órgão gestor de meio ambiente terá:

∙ autorizado o empreendedor a iniciar as obras;

∙ concordado com as especificações constantes dos planos, programas e projetos

ambientais, seus detalhamentos e respectivos cronogramas de implementação;

∙ verificado o atendimento das condicionantes determinadas na licença prévia;

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

∙ estabelecido medidas de controle ambiental, com vistas a garantir que a fase de

implantação do empreendimento obedecerá aos padrões de qualidade ambiental

estabelecidos em lei ou regulamentos;

∙ fixado as condicionantes da licença de instalação (medidas mitigadoras e/ou

compensatórias).

O órgão ambiental realizará o monitoramento das condicionantes determinadas na

concessão da licença. O acompanhamento é feito ao longo do processo de instalação e

será determinado conforme cada empreendimento.

O prazo de validade da licença de instalação será, no mínimo, igual ao estabelecido pelo

cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a

seis anos.

III - Licença de Operação (LO) – autoriza o interessado a iniciar suas atividades. Tem

por finalidade aprovar a forma proposta de convívio do empreendimento com o meio

ambiente e estabelecer condicionantes para a continuidade da operação.

Sua concessão é por tempo finito. A licença não tem caráter definitivo e, portanto,

sujeita o empreendedor à renovação, com condicionantes supervenientes. O prazo de

validade da licença de operação deverá considerar os planos de controle ambiental e

será, em regra, de, no mínimo, quatro anos e, no máximo, dez anos. Cada ente da

federação determinará, dentro desse limite, seus prazos. O ideal é que esse prazo

termine quando terminarem os programas de controle ambiental, o que possibilitará

uma melhor avaliação dos resultados bem como a consideração desses resultados no

mérito da renovação da licença. No entanto, o órgão ambiental poderá estabelecer

prazos de validade específicos para a licença de operação de empreendimentos que, por

sua natureza e peculiaridades, estejam sujeitos a encerramento ou modificação em

prazos inferiores.

A renovação da LO deverá ser requerida pelo empreendedor com antecedência mínima

de 120 dias do prazo de sua expiração. O pedido de renovação deverá ser publicado

no jornal oficial do estado e em um periódico regional ou local de grande circulação.

Caso o órgão ambiental não conclua a análise nesse prazo, a licença ficará

automaticamente renovada até sua manifestação definitiva. Na renovação da licença de

operação, é facultado ao órgão ambiental, mediante justificativa, aumentar ou reduzir

seu prazo de validade, mantendo os limites mínimo e máximo de quatro e dez anos. A

decisão será tomada com base na avaliação do desempenho ambiental da atividade no

período anterior.

A licença de operação possui três características básicas:

1. é concedida após a verificação, pelo órgão ambiental, do efetivo cumprimento das

condicionantes estabelecidas nas licenças anteriores (prévia e de instalação);

2. contém as medidas de controle ambiental (padrões ambientais) que servirão de limite

para o funcionamento do empreendimento ou atividade; e

3. especifica as condicionantes determinadas para a operação do empreendimento, cujo

cumprimento é obrigatório, sob pena de suspensão ou cancelamento da operação.

O licenciamento é um compromisso, assumido pelo empreendedor junto ao órgão

ambiental, de atuar conforme o projeto aprovado.

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

Portanto, modificações posteriores, como, por exemplo, redesenho de seu processo

produtivo ou ampliação da área de influência, deverão ser levadas novamente à

aprovação do órgão ambiental. Além disso, o órgão ambiental monitorará, ao longo do

tempo, o trato das questões ambientais e das condicionantes determinadas ao

empreendimento.

14.1 - Procedimentos para a obtenção da licença ambiental:

1ª ETAPA: Para obtenção do licenciamento ambiental, o interessado deverá

encaminhar sua solicitação ao órgão ambiental competente para emitir a licença,

podendo ser o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis (Ibama), os órgãos de meio ambiente dos estados e do Distrito Federal

(Oemas) ou os órgãos municipais de meio ambiente (Ommas).

2ª ETAPA - LICENÇA PRÉVIA: Para a obtenção da licença prévia do

estabelecimento, o interessado deverá procurar o órgão ambiental competente ainda na

fase preliminar de planejamento do projeto. Inicialmente, o órgão ambiental definirá,

com a participação do empreendedor, os documentos, projetos e estudos ambientais

necessários ao início do processo de licenciamento.

Em seguida, o empreendedor contratará a elaboração dos estudos ambientais, que

deverão contemplar todas as exigências determinadas pelo órgão licenciador. O

Tribunal de Contas da União já firmou entendimento de que o órgão ambiental não

poderá admitir a postergação de estudos de diagnóstico próprios da fase prévia para as

fases posteriores sob a forma de condicionantes do licenciamento (Acórdão 1.869/2006-

Plenário-TCU, item 2.2.2).

O empreendedor deverá requerer formalmente a licença e apresentar os estudos,

documentos e projetos definidos inicialmente. Nessa fase ainda não é apresentado o

projeto básico, que somente será elaborado após expedida a licença prévia. O pedido de

licenciamento deverá ser publicado em jornal oficial do ente federativo e em periódico

regional ou local de grande circulação.

No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar, obrigatoriamente, a

certidão da Prefeitura Municipal, declarando que o local e o tipo de empreendimento ou

atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo

e, quando for o caso, a autorização para supressão de vegetação e a outorga para o uso

da água, emitidas pelos órgãos competentes.

Após pagamento e retirada da licença prévia, o empreendedor deve publicar informativo

comunicando a concessão no diário oficial da esfera de governo que licenciou e em

jornal de grande circulação.

3ª ETAPA - ELABORAÇÃO DO PROJETO BÁSICO

De posse da LP, o próximo passo do empreendedor é elaborar o projeto básico do

empreendimento (projeto de engenharia). O projeto básico é o conjunto de elementos

necessários e suficientes, com nível de precisão adequado para caracterizar a obra, o

serviço, o complexo de obras ou o complexo de serviços. Ele é elaborado com base nas

indicações dos estudos técnicos preliminares, de forma a assegurar a viabilidade técnica

e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento.

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

O adequado tratamento da questão ambiental no projeto básico significa adotar, na sua

elaboração, a localização e a solução técnica aprovadas na licença prévia e incluir as

medidas mitigadoras e compensatórias definidas como condicionantes na licença prévia

no item “identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a

incorporar à obra”.

Não é recomendada a elaboração do projeto básico antes da concessão da licença prévia,

uma vez que não há garantias de que ela será outorgada. Além disso, deve-se considerar

a possibilidade de que o órgão ambiental condicione a licença à adequações do projeto

em itens como localização e solução técnica. Recomenda-se assim que ele seja

elaborado após a concessão da licença prévia, quando estará atestada a viabilidade

ambiental no que concerne à localização e à concepção do empreendimento.

Atenção: Reconhecendo a necessidade da existência de licença prévia anterior ao

projeto básico, o TCU proferiu o Acórdão 516/2003-TCU Plenário, qualificando como

indício de irregularidade grave, para efeitos de suspensão de repasses de recursos

federais, a juízo do Congresso Nacional, a contratação de obras com base em projeto

básico elaborado sem a existência de licença ambiental prévia (subitem 9.2.3.1).

4ª ETAPA - LICENÇA DE INSTALAÇÃO

A solicitação da licença de instalação deverá ser dirigida ao mesmo órgão ambiental que

emitiu a licença prévia.

Quando da solicitação da licença de instalação, o empreendedor deve:

comprovar o cumprimento das condicionantes estabelecidas na licença prévia;

apresentar os planos, programas e projetos ambientais detalhados e respectivos

cronogramas de implementação;

apresentar o detalhamento das partes dos projetos de engenharia que tenham

relação com questões ambientais.

Após a análise pelo órgão ambiental, o empreendedor efetua o pagamento do valor

cobrado pela licença, recebe-a e publica anúncio de sua concessão no diário oficial da

esfera de governo que concedeu a licença e em periódico de grande circulação na região

onde se instalará o empreendimento.

O início das obras sem a devida licença de instalação é considerado indício de grave

irregularidade, conforme Acórdão 516/2003-TCU Plenário (subitem 9.2.3.2), ensejando

a interrupção do repasse de recursos financeiros federais.

As licitações de obras, instalações e serviços que demandem licença ambiental somente

devem ocorrer após a obtenção da licença de instalação, conforme Acórdão 26/2002-

Plenário-TCU, item 8.2, subitem „e‟. Nesse momento, o empreendimento já tem sua

viabilidade ambiental atestada pelo órgão competente bem como sua concepção,

localização e projeto de instalação devidamente aprovados.

5ª ETAPA - LICENÇA DE OPERAÇÃO

Ao requerer a licença de operação, o empreendedor deve comprovar junto ao mesmo

órgão ambiental que concedeu as licenças prévia e de instalação:

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

a implantação de todos os programas ambientais que deveriam ter sido

executados durante a vigência da licença de instalação;

a execução do cronograma físico-financeiro do projeto de compensação

ambiental;

o cumprimento de todas as condicionantes estabelecidas quando da concessão da

licença de instalação.

Com base nos documentos, projetos e estudos solicitados ao empreendedor, em

pareceres de outros órgãos ambientais porventura consultados e em vistoria técnica no

local do empreendimento, o órgão elabora parecer técnico sobre a possibilidade da

concessão da licença de operação. Em caso favorável, o interessado deve efetuar o

pagamento da licença e providenciar a publicação de comunicado a respeito do fato no

diário oficial da esfera de governo que licenciou e em jornal regional ou local de grande

circulação.

Concedida a licença de operação, fica o empreendedor obrigado a implementar as

medidas de controle ambiental e as demais condicionantes estabelecidas, sob pena de ter

a LO suspensa ou cancelada pelo órgão outorgante. Normalmente as condicionantes

visam à implementação correta dos programas de monitoramento e acompanhamento

ambiental do empreendimento. Também objetivam prevenir riscos à saúde e ao meio

ambiente.

A renovação da LO, esta deve ser requerida com antecedência mínima de 120 dias da

expiração do prazo de validade da licença anterior, mediante publicação do pedido em

diário oficial e jornal de grande circulação.

14.2 – Custo do Licenciamento ambiental:

O licenciamento envolve as seguintes despesas, todas a cargo do empreendedor:

1. contratação da elaboração dos estudos ambientais (EIA, Rima, etc.);

2. contratação, se necessário, de empresa de consultoria para interagir com o órgão

ambiental (acompanhando a tramitação do processo de licenciamento), podendo

ou não ser a mesma empresa que elaborou o EIA/Rima;

3. despesas relativas à realização de reuniões e/ou audiências públicas, caso

necessárias;

4. despesas com publicações na imprensa de atos relacionados com o processo de

licenciamento;

5. pagamento da compensação ambiental;

6. pagamento das taxas (emissão das licenças e da análise dos estudos e projetos)

cobradas pelo órgão licenciador; e

7. despesas relativas à implementação dos programas ambientais (medidas

mitigadoras).

Os valores despendidos para a elaboração dos estudos ambientais e a contratação de

empresa especializada para interagir com o órgão ambiental variam de acordo com os

fatores envolvidos, com o tamanho e a localização do empreendimento e com a

magnitude dos seus impactos.

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

O pagamento de taxas de emissão de licença ambiental envolve dois componentes de

custo: o valor da licença e o custo da análise. O primeiro é uma taxa cobrada pela

emissão da licença ambiental. O segundo é o valor que o órgão ambiental cobra pela

análise dos estudos ambientais necessários para fundamentar a decisão de emitir a

licença pleiteada. Importante destacar que o pagamento é feito para cada uma das

licenças ambientais (LP, LI e LO) e respectivas renovações.

Assim, para receber a LP, paga-se pela sua emissão e pela análise dos estudos que

nortearam a decisão do órgão ambiental para a outorga dessa licença, quais sejam, o

EIA, o Rima e outros estudos exigidos pelo órgão ambiental. Na LI, o valor cobrado por

ela refere se ao valor exigido pela análise dos planos e programas ambientais

detalhados, apresentados pelo empreendedor quando da solicitação da LI, e outros

documentos porventura requeridos pelo órgão ambiental. Na LO, paga-se o valor da

licença e o valor devido ao órgão ambiental pela análise do relatório de implementação

dos programas ambientais e demais documentos apresentados quando da solicitação

dessa licença.

O custo da análise dos documentos necessários para a obtenção da licença ambiental

inclui as despesas com viagens para fins de vistoria do empreendimento (diárias e

passagens) e os custos da análise propriamente dita, que considera os salários e os

respectivos encargos da equipe do órgão responsável, no período em que durar a análise

dos estudos ambientais.

O valor de cada licença, a depender do potencial poluidor e/ou porte do

empreendimento, é fixo para cada um dos tipos de licença ambiental (LP, LI, LO), em

função da categoria em que o empreendimento se enquadra na classificação do órgão

ambiental.

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

14.3 - Tabela e formula de cálculo do valor cobrado para licenças ambientais do

IBAMA, que dependerá do tipo de licença e do tamanho do empreendimento

(pequeno, médio, grande):

Código DESCRIÇÃO

5017

CONTROLE AMBIENTAL

1 - LICENÇA E RENOVAÇÃO ( Lei 9.960 de 28/01/2000 )

1.1 Licença Ambiental ou renovação

EMPRESA DE PEQUENO PORTE (em Reais)

Impacto Ambiental Pequeno Médio Alto

Licença Prévia 2.000,00 4.000,00 8.000,00

Licença de Instalação 5.600,00 11.200,00 22.400,00

Licença de Operação 2.800,00 5.600,00 11.200,00

EMPRESA DE PORTE MÉDIO

Impacto Ambiental Pequeno Médio Alto

Licença Prévia 2.800,00 5.600,00 11.200,00

Licença de Instalação 7.800,00 15.600,00 31.200,00

Licença de Operação 3.600,00 7.800,00 15.600,00

EMPRESA DE GRANDE PORTE

Impacto Ambiental Pequeno Médio Alto

Licença Prévia 4.000,00 8.000,00 16.000,00

Licença de Instalação 11.200,00 22.400,00 44.800,00

Licença de Operação 5.600,00 11.200,00 22.400,00

Código AVALIAÇÃO E ANÁLISES ( Lei 9.960 de 28/01/2000 )

5027

2.1 - Análise de documentação técnica que subsidie a emissão de: Registros, Autorizações, Licenças inclusive para supressão de vegetação em Áreas de Preservação Permanente e respectivas renovações:

Valor = { K + [ ( A x B x C) + ( D x A x E) ] }

A - Nº de Técnicos envolvidos na análise.

B - Nº de horas/homem necessárias para análise.

C - Valor em Reais da hora/homem dos técnicos envolvidos na análise + total de obrigações sociais(OS) = 84,71% sobre o valor da hora/homem.

D - Despesas com viagem.

E - Nº de viagens necessárias.

K - Despesas administrativas = 5% do somatório de (A x B x C) + (D x A x E).

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

14.4 - ABATE (BOVINO E SUÍNO) – Produção mais Limpa P+L

A CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental elaborou uma série

de Guias Ambientais de Produção mais Limpa, com o intuito de incentivar e orientar a

adoção de tecnologias limpas nos diversos setores produtivos da indústria paulista, além

de fornecer uma ferramenta de auxílio para a difusão e aplicação do conceito de P+L,

tanto para o setor público como o privado.

De acordo com o Guia, a adoção da P+L como uma ferramenta do sistema de gestão da

empresa, pode trazer resultados ambientais satisfatórios, de forma contínua e perene, ao

invés da implementação de ações pontuais e unitárias. Estes dados permitirão

estabelecer, em futuro próximo, indicadores como a produtividade, a redução do

consumo de matérias-primas e dos recursos naturais, a eliminação de substâncias

tóxicas, a redução da carga de resíduos gerados e a diminuição do passivo ambiental,

sendo que os resultados positivos destes indicadores implicam diretamente na redução

de riscos para a saúde ambiental e humana, bem como contribuem sobremaneira para os

benefícios econômicos do empreendedor, para a sua competitividade e imagem

empresarial, tendo em vista os novos enfoques certificatórios que regem a Gestão

Empresarial.

Um deles é o GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE ABATE (BOVINO E SUÍNO) -

SÉRIE P+L que traz orientações teóricas e técnicas, com o objetivo de auxiliar a

empresa a dar o primeiro passo na integração deste conceito, e que tem levado diversas

organizações à busca de uma produção mais eficiente, econômica e com menor impacto

ambiental.

Em linhas gerais, considera-se P+L como uma série de estratégias, práticas e condutas

econômicas, ambientais e técnicas, que evitam ou reduzem a emissão de poluentes no

meio ambiente por meio de ações preventivas, ou seja, evitando a geração de poluentes

ou criando alternativas para que estes sejam reutilizados ou reciclados.

Na prática, essas estratégias podem ser aplicadas a processos, produtos e até mesmo

serviços, e incluem alguns procedimentos fundamentais que inserem a P+L nos pro-

cessos de produção. Dentre eles, é possível citar a redução ou eliminação do uso de

matérias-primas tóxicas, aumento da eficiência no uso de matérias-primas, água ou

energia, redução na geração de resíduos e efluentes, e reúso de recursos, entre outros.

As vantagens são significativas para todos os envolvidos, do indivíduo à sociedade, do

país ao planeta. Mas é a empresa que obtém os maiores benefícios para o seu próprio

negócio. Para ela, a P+L pode significar redução de custos de produção; aumento de

eficiência e competitividade; diminuição dos riscos de acidentes ambientais; melhoria

das condições de saúde e de segurança do trabalhador; melhoria da imagem da empresa

junto a consumidores, fornecedores, poder público, mercado e comunidades; ampliação

de suas perspectivas de atuação no mercado interno e externo; maior acesso a linhas de

financiamento; melhoria do relacionamento com os órgãos ambientais e a sociedade,

entre outros.

Disponível em:

http://www.cetesb.sp.gov.br/tecnologia/producao_limpa/documentos/abate.pdf

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

15- Modelo de Memorial Descritivo econômico e sanitário da construção.

01 - Nome da firma, do proprietário ou arrendatário (Razão Social)

02 - Denominação do estabelecimento;

03 - Localização do estabelecimento (endereço completo)

04 - Natureza do estabelecimento

05 - Área do terreno

06 - Área construída

07 - Pé direito

08 - Capacidade máxima diária (abate ou recepção)

09 - Produtos que pretende fabricar

10 - Procedência da matéria-prima

11 - Mercado de consumo;

12 - Número aproximado de empregados;

13- Equipamentos e aparelhos a serem instalados e meios de transporte a serem

empregados;

14 - Água de abastecimento:

a) Procedência e volume de vazão

b) processo de captação

c) sistema de tratamento;

d) depósito e sua capacidade;

15 - Destino dado às águas servidas, esgotos, meios empregados para depuração das

águas servidas antes de lançadas nos esgotos, rios, riachos, etc.

16 - Ventilação e iluminação (natural ou artificial) nas diversas dependências;

17 - Separação entre dependências de elaboração dos produtos comestíveis dos não

comestíveis;

18 - Esquadrias e portas (dimensões e material);

19 - Telas à prova de moscas nas janelas e molas vaivém nas portas das dependências de

elaboração e dos depósitos de produtos comestíveis; cortinas de ar nas portas e em

outras aberturas;

20 - Natureza do piso e material de impermeabilização nas paredes;

21 - Teto das salas de elaboração dos produtos comestíveis;

22 - Dependência da Inspeção ( sede e laboratórios) ;

23 - Natureza e revestimento das mesas; construção e revestimento interno dos tanques

para salga;

24 - Dependência para elaboração de subprodutos não comestíveis; localização,

instalação e equipamentos;

25 - Vestiários e refeitórios para operários;

26 - Informação sobre banheiros e instalação sanitária;

27 - Indicação de existência nas proximidades, de curtumes, fábricas de produtos

orgânicos, e outros estabelecimentos industriais que por sua natureza produzem mau

cheiro.

____________________, ____________de__________de_____________

(local) (data)

__________________________ _____________________________________

Responsável pelo projeto empresa requerente

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

16- Modelo Memorial Econômico – Sanitário de Estabelecimentos de Carne e

Derivados.

01 - Nome da firma, do proprietário ou arrendatário.

02 - Denominação do estabelecimento.

03 - Localização do estabelecimento.

04 - Categoria do estabelecimento.

05 - Espécies de animais que pretende abater.

06 - Processo de matança.

07 - Capacidade máxima de matança/dia.

08 - Capacidade máxima diária do estabelecimento: a) abate; b) de industrialização dos

diferentes produtos.

09 - Produtos que pretende fabricar.

10 - Procedência da matéria-prima

11 - Mercados de consumo.

12 - Número aproximado de empregados.

13 - Maquinários e aparelhos a serem instalados e meios de transporte a serem

empregados.

14 - Água de abastecimento: a) procedência e volume da vazão; b) processo de

captação; c) sistema de tratamento; d) depósito e sua capacidade; e) distribuição.

15 - Destino dado às águas servidas, meios empregados para depuração antes de

lançadas nos esgoto, rios, riachos, etc.

16 - Ventilação e iluminação (natural ou artificial) nas diversas dependências.

17 - Separação entre as dependências de elaboração dos produtos comestíveis.

18 - Telas à prova de insetos nas janelas e molas de vaivém nas portas das dependências

de elaboração e dos depósitos de produtos comestíveis, cortinas de ar nas portas e em

outras aberturas..

19 - Natureza do piso, material de impermeabilização das paredes.

20 - Teto das salas de elaboração de produtos comestíveis.

21 - Laboratórios de controle.

22 - Natureza e revestimento das mesas, construção e revestimento interno dos tanques

para salga de carnes e couros, processo de limpeza de carretilha.

23 - Currais e anexos: pavimentação, declive, bebedouros, plataforma de inspeção, sala

de necropsia e forno crematório.

24 - Dependências para elaboração de subprodutos não- comestíveis: localização,

instalação e equipamentos.

25 - Vestiários e refeitórios para operários.

26 - Informações sobre banheiros e instalações sanitárias.

27 - Indicação de existência, nas proximidades, de curtume, fábricas de produtos

orgânicos e outros estabelecimentos industriais, que, por sua natureza produzam odores.

28 - Instalações frigoríficas: capacidade das Câmaras de resfriamento em carcaças

dependuradas e da estocagem, sistema de refrigeração e capacidade dos compressores.

29 - Sede da Inspeção Estadual.

NOTA: Os itens deste memorial deverão ser preenchidos detalhadamente pela firma

requerente, destinando-se a qualquer estabelecimento de carnes e derivados.

________________________________,__________de__________de__________

(local) (data)

___________________________________________

Assinatura do proprietário

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

ANEXOS

Etapas da inspeção - De acordo com o RIISPOA, as etapas de Inspeção são como segue

abaixo:

Inspeção “Ante-Mortem"

Art. 107 - É proibida a entrada de animais em qualquer dependência do

estabelecimento, sem prévio conhecimento da Inspeção Federal condições de saúde do

lote.

§ 1º - Por ocasião da chegada de animais, a Inspeção Federal deve verificar os

documentos de procedência e julgar das condições de saúde do lote.

§ 2º - Qualquer caso suspeito implica no exame clínico do animal ou animais

incriminados, procedendo-se, quando necessário, ao isolamento de todo o lote e

aplicando-se medidas próprias de política sanitária animal, que cada caso exigir.

Inspeção "Post-Mortem"

Art. 147 - A inspeção "post-mortem" consiste no exame de todos os órgãos e tecidos,

abrangendo a observação e apreciação de seus caracteres externos, sua palpação e

abertura dos gânglios linfáticos correspondentes, além de cortes sobre o parênquima dos

órgãos, quando necessário.

Art. 148 - A inspeção "post-mortem" de rotina deve obedecer à seguinte seriação:

1 - observação dos caracteres organolépticos e físicos do sangue por ocasião da sangria

e durante o exame de todos os órgãos;

2 - exame de cabeça, músculos mastigadores, língua, glândulas salivares e gânglios

linfáticos correspondentes;

3 - exame da cavidade abdominal, órgãos e gânglios linfáticos correspondentes;

4 - exame da cavidade torácica, órgãos e gânglios linfáticos correspondentes;

5 - exame geral da carcaça, serosas e gânglios linfáticos cavitários, infra-musculares,

superficiais e profundos acessíveis, além da avaliação das condições de nutrição e

engorda do animal.

Art. 149 - Sempre que a Inspeção Federal julgar conveniente, as carcaças de suínos

serão reexaminadas por outro funcionário, antes de darem entrada nas câmaras

frigoríficas ou serem destinadas ao tendal.

Art. 150 - Devem ser sempre examinadas, após incisão, os gânglios inguinais ou retro-

mamários, os ilíacos, os pré-crurais, os pré-escapulares e os pré-peitorais.

Art. 151 - Todos os órgãos, inclusive os rins, serão examinados na sala de matança,

imediatamente depois de removidos das carcaças, assegurada sempre a identificação

entre órgãos e carcaças.

Art. 152 - Toda carcaça, partes de carcaça e órgãos com lesões ou anormalidades que

possam torná-los impróprios para o consumo, devem ser convenientemente assinalados

pela Inspeção Federal e diretamente conduzidos ao "Departamento de Inspeção Final",

onde serão julgados após exame completo.

Art. 153 - As carcaças julgadas em condições de consumo são assinaladas com os

carimbos previstos neste Regulamento, por funcionário da Inspeção Federal.

Art. 155 - Depois de aberta a carcaça ao meio, serão examinados o externo, costelas,

vértebras e a medula espinhal.

Art. 176 - § 5º - Na rotina de inspeção obedecem-se às seguintes normas:

1 - cabeça - observam-se e incisam-se os masseteres e pterigóideos internos e externos;

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

2 - língua - o órgão deve ser observado externamente, palpado e praticados cortes

quando surgir suspeita quanto à existência de cistos ou quando encontrados cistos nos

músculos da cabeça;

3 - coração - examina-se a superfície externa do coração e faz-se uma incisão

longitudinal, da base à ponta, através da parede do ventrículo esquerdo e do septo

interventricular, examinando-se as superfícies de cortes, bem como as superfícies mais

internas dos ventrículos. A seguir praticam-se larga incisão em toda a musculatura do

órgão, tão numerosa quanto possível, desde que já tenha sido verificada a presença de

"Cisticercos”, na cabeça ou na língua.

4 - Inspeção final - na inspeção final identifica-se a lesão parasitária inicialmente

observada e examinam-se sistematicamente os músculos mastigadores, coração, porção

muscular do diafragma, inclusive seus pilares, bem como os músculos do pescoço,

estendendo-se o exame aos intercostais e a outros músculos, sempre que necessário,

devendo-se evitar tanto quanto possíveis cortes desnecessários que possam acarretar

maior depreciação à carcaça.

Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]

Referências Bibliográficas:

1. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Sistema Brasileiro

de Inspeção de Produtos de Origem Animal: Legislação / Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária –

Brasília: MAPA/SDA, 2007. 142 p.

2. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Sistema Brasileiro

de Inspeção de Produtos de Origem Animal: Legislação / RIISPOA.

3. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Sistema Brasileiro

de Inspeção de Produtos de Origem Animal: Legislação / Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária –

Brasília: DECRETO Nº 94.554, DE 07 DE JULHO DE 1987, DOU de 08,julho

de 2007.

4. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Sistema Brasileiro

de Inspeção de Produtos de Origem Animal: Legislação / Secretaria de Defesa

Agropecuária – Brasília: CIRCULAR Nº 52/2006/DIPOA/SDA Brasília 20 de

Dezembro de 2006.

5. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Secretaria de

Defesa Agropecuária, Departamento de Inspeção de Produtos Agropecuários,

Nota Técnica, 20 de janeiro de 2011. Nota Técnica abatedouro carnes SISBI.

6. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Secretaria de

Defesa Agropecuária, Departamento de Inspeção de Produtos Agropecuários,

Inspeção de Carnes, Padronização de Técnicas, Instalações e Equipamentos,

Bovinos, novembro de 2007, 168p.

7. Brasil. Tribunal de Contas da União. Cartilha de licenciamento ambiental /

Tribunal de Contas da União; com colaboração do Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. -- 2. ed. - Brasília : TCU, 4ª

Secretaria de Controle Externo, 2007. 83 p. : il. color. Conteúdo disponível em:

http://www.tcu.gov.br e http:// www.ibama.gov.br

8. CODEX ALIMENTARIUS, Producción de alimentos de origen animal, Segunda

edición, Organización Mundial de la Salud, Organización de las Naciones

Unidades para la Agricultura y Alimentación, Roma, 2009.

9. FAO, Foro de Alto Nivel de Expertos – Como alimentar al mundo en 2050.

10. http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/doc/doc77/03nocoescarne.html

11. Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - SBRT - http://www.sbrt.ibict.br , Dossiê Técnico Abate e Corte de Caprino e Ovino, Wilton Neves Brandão, Rede

de Tecnologia da Bahia – RETEC/BA, abril de 2007.

12. OIE, Control de peligros que amenazan la salud de las personas y de los

animales mediante la inspección ante mortem y post mortem de la carne.

Documento informativo elaborado pelo Grupo de Trabalho da OIE sobre

Segurança dos Alimentos derivados da produção animal.

13. Pacheco, José Wagner. Guia técnico ambiental de abates (bovino e suíno) (e)

Hélio Tadashi Yamanaka – São Paulo:. CETESB, 2006. 98p. Disponível em:

http://www.crq4.org.br/downloads/abate.pdf

14. INDEA, Manual de Procedimentos e Normas Técnicas para Registro de

Estabelecimentos que manipulam e industrializam produtos de origem animal e

seus derivados.

http://www.indea.mt.gov.br/arquivos/A_248ce5076c9ee6ee7a1ee7cc60cca10eM

anual%20de%20Procedimentos%20CISPOA.pdf

Anexo 3

Programa de Avaliação Genética de

Ovinos de corte de São Paulo

Lenira El Faro e Claudia Cristina Paro de Paz

Pesquisadoras da APTA Centro Leste – Ribeirão Preto - SP

Secretária de Agricultura e Abastecimento

Mônika Bergamaschi

Coordenador da APTA

Orlando Melo de Castro

Diretor da APTA Regional Centro Leste

José Ramos Nogueira

Pesquisadores Científicos

Lenira El Faro e Claudia Cristina Paro de Paz

Melhoramento Genético

Programa de Avaliação Genética de

Ovinos de corte de São Paulo

Equipe:

Pesquisadores da APTA – Regional - RP,

Pesquisadores do IZ – Nova Odessa

Sebrae – RP

Nelson Bernardi Jr (Pecuária Brasil Assessoria)

CARACTERÍSTICAS DA OVINOCULTURA REGIONAL

1 – Pequenas Áreas

2 – Sistema semi intensivo ou intensivo

3 – Pequena escala de produção

4 – Mão de Obra cara

5 – Cadeia produtiva não estruturada:

Não há frigoríficos regionais

Não há aproveitamento de subprodutos

Não há marketing e conscientização do consumidor

CARACTERÍSTICAS DA OVINOCULTURA REGIONAL

8 – Baixa eficiência zootécnica

7 – Dificuldade no relacionamento com o mercado (escala,

distância , preços baixos, concorrência carne importada)

9 – Baixo potencial genético e alta heterogeneidade

dos rebanhos comerciais

6 – Ausência de Gestão Financeira e Zootécnica:

não há informações do próprio rebanho

Exemplo da evolução da avicultura de corte

Por que fazer seleção?

0

20

40

60

80

100

120

0

500

1000

1500

2000

2500

1920 1940 1960 1980 2000 2020

peso (g)

idade abate (d)

Programa de Avaliação Genética de

Ovinos de corte de São Paulo

Objetivos: fornecer aos rebanhos participantes as

DEPs de todos os animais do rebanho, desde que haja

informações de desempenho

Ajudar o produtor a identificar os

melhores para selecioná-los

Melhoramento Genético

Como fazer a avaliação genética?

Usando-se todas as informações de desempenho dos animais, e seus parentes,

principalmente os machos

aplicamos modelos específicos!!

Melhoramento Genético

Raças participantes inicialmente:

Santa Inês

Morada Nova

Programa de Avaliação Genética de Ovinos

de corte de São Paulo

Vantagens:

-Iniciar um programa de avaliação genética no Estado de

São Paulo, para identificação de animais superiores,

fornecendo ao produtor subsídios para a seleção dos seus

reprodutores;

- Auxiliar a sustentabilidade da cadeia produtiva de ovinos

de corte, mediante a agregação de valor dos animais

avaliados geneticamente

Programa de Avaliação Genética de Ovinos de corte de São

Paulo

QUEM PODE PARTICIPAR?

Todos os criadores de ovinos das raças Santa Inês e

Morada Nova do Estado de São Paulo e de outros

estados, que tenham controle zootécnico de todos os

animais dos seus rebanhos.

Programa de Avaliação Genética de Ovinos de Corte de São

Paulo

Características Avaliadas:

1. Produtivas:

• Pesos ao nascimento, P45 dias, desmame, P120 dias e P365;

• Ganhos de peso pré-demame e pós-desmame;

2. Reprodutivas

• Idade ao primeiro parto;

• Intervalo entre partos;

• Perímetro escrotal em diferentes idades

3. Resistência à verminose

• Método Famacha

Programa de Avaliação Genética de Ovinos de corte de São

Paulo

Fase Atual do Projeto: identificar e cadastrar os rebanhos

interessados em participar do processo

Lembrando: o processo não termina com o resultado da

avaliação genética, ou seja, as DEPs não asseguram

ganhos genéticos

Os melhores animais serão identificados, mas o processo

de melhoramento só é estabelecido quando realizamos a

seleção

Programa de Avaliação Genética de Ovinos de corte de São

Paulo

CONTATOS:

Lenira El Faro: [email protected]

Claudia Cristina Paro de Paz: [email protected]

Fones: (16) 3637-1849 Ribeirão Preto - SP

Programa de Avaliação Genética de Ovinos de corte

de São Paulo

OBRIGADA PELA ATENÇÃO