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AVALIAÇÃO DO MANEJO DAS PLANTAÇÕES FLORESTAIS E DA CADEIA DE CUSTÓDIA DESDE A FLORESTA ATÉ A SAÍDA DO PRODUTO PROCESSO DE RE-CERTIFICAÇÃO DE 10 ANOS DA DURATEX S. A. NO ESTADO DE SÃO PAULO - BRASIL CONDUZIDO CONFORME OS PRECEITOS DO FSC E DO PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO FLORESTAL DA SCS Programa de Certificação Acreditado pelo FSC Certificado registrado sob número SCS-FM/COC-00029P SUBMETIDO PARA DURATEX S.A. Fazenda Monte Alegre 17120-000 – Agudos – Estado de São Paulo - BRASIL Coordenado por Roberto E. Bauch Data da auditoria de campo: de 14 a 18 de março de 2005 Data da versão final do relatório: 27 de junho de 2005 Atualizado: Junho de 2006 (Seção 6.1) Atualizado: Julho de 2007 (Seção 6.2) Atualizado: Novembro de 2008 (Seções 6.3 e 7) Atualizado: Agosto de 2009 (Seções 6.4) Data da re-certificação: 31 de julho de 2005 PELA SCIENTIFIC CERTIFICATION SYSTEMS 2000 Powell St., Suite 1350 Emeryville, CA 94608, USA www.scscertified.com Contato da SCS: Dave Wager [email protected] Contato DURATEX: Antônio Joaquim de Oliveira -[email protected] Organização do relatório Este relatório é o resultado da avaliação da equipe de auditores e está dividido em duas seções. Na seção A é apresentado o Sumário Público e as informações básicas requeridas pelo FSC (Forest Stewardship Council). Esta seção estará aberta ao público em geral e tem a intenção de propiciar uma visão geral do processo de avaliação, dos programas administrativos e gerenciais e do plano de ação da empresa em relação às florestas e o resultado da avaliação. A seção A será colocada à disposição na página WEB da SCS (www.scscertified.com ), até no máximo 30 dias após a certificação. Processo de certificação parcial Processo de re-certificação de 10 anos da DURATEX S. A, do manejo florestal nas regiões de Agudos, Lençóis Paulista, Botucatu e Itapetininga no Estado de São Paulo, Brasil com 77.187,77 ha de área total com 59.722,65 ha de área de plantio de Pinus e Eucaliptos e 14.024,29 ha de áreas de conservação.

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AVALIAÇÃO DO MANEJO DAS PLANTAÇÕES FLORESTAIS E DA CADEIA DE CUSTÓDIA DESDE A FLORESTA

ATÉ A SAÍDA DO PRODUTO PROCESSO DE RE-CERTIFICAÇÃO DE 10 ANOS DA

DURATEX S. A. NO ESTADO DE SÃO PAULO - BRASIL

CONDUZIDO CONFORME OS PRECEITOS DO FSC

E DO PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO FLORESTAL DA SCS Programa de Certificação Acreditado pelo FSC

Certificado registrado sob número

SCS-FM/COC-00029P

SUBMETIDO PARA DURATEX S.A.

Fazenda Monte Alegre 17120-000 – Agudos – Estado de São Paulo - BRASIL

Coordenado por Roberto E. Bauch

Data da auditoria de campo: de 14 a 18 de março de 2005

Data da versão final do relatório: 27 de junho de 2005 Atualizado: Junho de 2006 (Seção 6.1) Atualizado: Julho de 2007 (Seção 6.2)

Atualizado: Novembro de 2008 (Seções 6.3 e 7) Atualizado: Agosto de 2009 (Seções 6.4)

Data da re-certificação: 31 de julho de 2005

PELA

SCIENTIFIC CERTIFICATION SYSTEMS 2000 Powell St., Suite 1350 Emeryville, CA 94608, USA

www.scscertified.com

Contato da SCS: Dave Wager [email protected] Contato DURATEX: Antônio Joaquim de Oliveira [email protected]

Organização do relatório

Este relatório é o resultado da avaliação da equipe de auditores e está dividido em duas seções. Na seção A é apresentado o Sumário Público e as informações básicas requeridas pelo FSC (Forest Stewardship Council). Esta seção estará aberta ao público em geral e tem a intenção de propiciar uma visão geral do processo de avaliação, dos programas administrativos e gerenciais e do plano de ação da empresa em relação às florestas e o resultado da avaliação. A seção A será colocada à disposição na página WEB da SCS (www.scscertified.com), até no máximo 30 dias após a certificação.

Processo de certificação parcial Processo de re-certificação de 10 anos da DURATEX S. A, do manejo florestal nas regiões de Agudos, Lençóis Paulista, Botucatu e Itapetininga no Estado de São Paulo, Brasil com 77.187,77 ha de área total com 59.722,65 ha de área de plantio de Pinus e Eucaliptos e 14.024,29 ha de áreas de conservação.

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PREFÁCIO

A SCS - Scientific Certification Systems, certificadora acreditada pelo FSC - Forest Stewardship Council, foi contratada pela DURATEX S.A. para realizar uma avaliação de re-certificação de 10 anos de suas florestas, localizadas no Estado de São Paulo. De acordo com o sistema FSC/SCS, as operações florestais que cumprem os padrões internacionais de manejo florestal podem ser certificadas como “bem manejadas”, e por isso estarão habilitadas a usar o logotipo do FSC para fins de mercado. Em março de 2005, uma equipe interdisciplinar de especialistas em recursos naturais foi contratada pela SCS para realizar a avaliação. A equipe coletou e analisou material escrito, realizou duas reuniões públicas, conduziu entrevistas, realizou uma auditoria de campo e escritórios de 5 dias, nas propriedades requeridas para a avaliação de certificação. Depois de completada a fase de coleta de dados, a equipe concluiu que a empresa cumpre com os 70 critérios do FSC de modo a recomendar a certificação. Este relatório tem por objetivo apoiar a recomendação da re-certificação de 10 anos pelo FSC para o manejo das plantações florestais da DURATEX S.A. no Estado de São Paulo. Como detalhado a seguir, algumas pré-condicionantes (também conhecidas como Ações Corretivas Maiores) que foram definidas pela equipe de avaliação após a conclusão da auditoria de campo, foram entregues à DURATEX, que as cumpriu em sua totalidade, antes de finalização deste relatório, conforme verificação da SCS. Caso a re-certificação ser concedida, a SCS irá colocar este sumário público na página WEB da SCS (www.scscertified.com).

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ÍNDICE

SEÇÃO A - SUMÁRIO PÚBLICO E INFORMAÇÕES BÁSICAS ................................................................... 5

1.0 INFORMAÇÕES GERAIS ....................................................................................................................... 5 1.1 - DADOS REQUISITADOS PELO FSC ......................................................................................................... 5 1.2 CONTEXTO DO MANEJO FLORESTAL ............................................................................................ 6

1.2.1 Contexto ambiental ............................................................................................................................ 7 1.2.2 Contexto socioeconômico e breve histórico da região ....................................................................... 7

1.3 MANEJO FLORESTAL DA EMPRESA ............................................................................................... 8 1.3.1 Uso do solo ......................................................................................................................................... 8 1.3.2 Uso do solo fora da área certificada .................................................................................................. 8

1.4 PLANO DE MANEJO ............................................................................................................................ 9 1.4.1 Objetivos do Manejo .......................................................................................................................... 9 1.4.2 Composição da floresta ...................................................................................................................... 9 1.4.3 Sistema silvicultural ........................................................................................................................... 9 1.4.4 Sistema de manejo ............................................................................................................................ 10 1.4.5 Sistema de monitoramento ............................................................................................................... 10 1.4.6 Estimativa da máxima produção sustentada .................................................................................... 11 1.4.7 Estimativa atual e projetada da produção ....................................................................................... 12

2. PADRÕES UTILIZADOS NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO .............................................................. 12

3.0 O PROCESSO DE AVALIAÇÃO .......................................................................................................... 13 3.1 DATAS DE AVALIAÇÃO ................................................................................................................... 13 3.2 EQUIPE DE AVALIAÇÃO .................................................................................................................. 13

3.2.1 REVISORES -PEER REVIEWERS ................................................................................................... 15 3.3 PROCESSO DE AVALIAÇÃO ............................................................................................................ 15

2.3.1 Itinerário .......................................................................................................................................... 15 3.3.2 Avaliação do sistema de manejo ...................................................................................................... 16 3.3.3 Seleção das UMF Avaliadas ............................................................................................................ 17 3.3.4 Sítios Visitados ................................................................................................................................. 17 3.3.5 Consultas às Lideranças Locais (Stakeholder) ................................................................................ 19

3.3.5.1 Modelo - Consulta Pública da DURATEX S/A ..................................................................................... 20 3.3.5.2 Modelo - Questionário de Consulta Pública da DURATEX S/A ........................................................... 21 3.3.5.3 Resumo das preocupações públicas e respostas dadas pela equipe ........................................................ 22

3.3.6 – Outras Técnicas de Avaliação ............................................................................................................ 24 3.4 – TEMPO TOTAL GASTO NA AUDITORIA ......................................................................................................... 24 3.5 – PROCESSO DE DETERMINAÇÃO DAS CONFORMIDADES ................................................................................ 24

4 – RESULTADOS DA AVALIAÇÃO ................................................................................................................ 25 4.1 - PRINCIPAIS PONTOS FORTES E FRACOS DE DESEMPENHO DA DURATEX EM RELAÇÃO AOS P&C DO FSC . 25 4.2 PRÉ-CONDICIONANTES OU CAR’S MAIORES ......................................................................................... 30

5 – DECISÃO SOBRE A CERTIFICAÇÃO ....................................................................................................... 32 5.1 – RECOMENDAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO .............................................................................................. 32 5.2 – AÇÕES CORRETIVAS REQUERIDAS (CAR’S) ................................................................................................ 33

6 – AVALIAÇÕES DE MONITORAMENTO .................................................................................................... 37

6.1 AUDITORIA ANUAL DE 2006 36 6.1.1 DATAS DAS AVALIAÇÕES 36 6.1.2 AUDITORES 36 6.1.3 O PROCESSO DE AVALIAÇÃO 37 6.1.4 ESTADO DAS AÇÕES CORRETIVAS REQUERIDAS – CAR´S E RECOMENDAÇÕES 38 6.1.5 NOVAS CONDICIONANTES (CAR) E RECOMENDAÇÕES 44 6.1.6 PARECER GLOBAL E CONCLUSÃO 45

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6.2.1 - DATAS DAS AVALIAÇÕES .......................................................................................................................... 46 6.2.2 – AUDITORES............................................................................................................................................... 46 6.2.3 - O PROCESSO DE AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 47 6.2.5 NOVAS CONDICIONANTES (CAR) E RECOMENDAÇÕES ............................................................................... 52 7. MUDANÇAS NO ESCOPO DE CERTIFICAÇÃO...………………………………….……………..68

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SEÇÃO A - SUMÁRIO PÚBLICO E INFORMAÇÕES BÁSICAS 1.0 INFORMAÇÕES GERAIS 11..11 -- DDAADDOOSS RREEQQUUIISSIITTAADDOOSS PPEELLOO FFSSCC Empresa DURATEX S.A.

Contato: Antônio Joaquim de Oliveira,

Diretor Florestal

Endereço: Fazenda Monte Alegre

17120-000 – Agudos – Estado São Paulo

Telefone + 55 (14)3262-8138

Fax + 55 (14)3262-8107

Email [email protected]

WEB www.duratex.com.br

Tipo de certificação Múltiplas fazendas (UMF), mas um único plano de manejo

Número de UMF 50

Número de UMF de avaliação com menos de 100 ha de área 0

100 a 1.000 ha de área 32

1.000 a 10.000 ha de área 16

Acima de 10.000 ha de área 2

Coordenadas geográficas da área de inserção das fazendas certificadas.

Lat 22º21’12,62” S

Long 49º03’00,92” W Lat 22º19’36,42” S

Long 47º28’15,43” W

Lat 24º03’48,62” S

Long 49º01’30,99 W Lat 24º02’04,18” S

Long 47º25’32,95” W

Região florestal Subtropical

Área florestal total da avaliação incluída na UMF 77.187,77 ha

Com menos de 100 ha de área 0

De 100 a 1.000 ha de área 17.267,42 ha

De 1.000 a 10.000 ha de área 34.396,12 ha

Acima de 10.000 ha de área 25.524,23 ha

Posse da terra Particular (100%)

Número de trabalhadores florestais (incluindo terceiros) que atuam na área certificada 1048 postos de trabalho diretos

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Área de proteção florestal, protegida das atividades de colheita florestal e manejadas, preferencialmente, para a conservação

14.024,29 ha

Área florestal definida como Floresta de Alto Valor de Conservação Reserva do Matão com 560 ha

Lista de valores de alta conservação presentes Primatas como o mico leão da cara preta e o bugio e Avifauna.

Área florestal produtiva 59.722,65 ha

Área florestal produtiva classificada como “plantações” para cálculo da Taxa Anual de Acreditação (AAF)

59.722,65 ha

Lista das madeiras comerciais incluídas na avaliação (nome botânico e comum)

Eucalipto – Eucalyptus grandis e Eucalyptus saligna

Pinus - Pinus caribaea hondurensis e Pinus oocarpa

Volume anual aproximado autorizado para colheita 2.574.000 m3 toretes/ano

Lista da categoria dos produtos certificados conjuntamente FM/COC e portando possíveis de serem vendidos como produtos FSC

Toras e toretes de eucalipto e pinus

11..22 CCOONNTTEEXXTTOO DDOO MMAANNEEJJOO FFLLOORREESSTTAALL

O manejo de plantações florestais, desenvolvido pela DURATEX em suas unidades em São Paulo, deve seguir as normas e legislações nacionais e estaduais, pertinentes à atividade. Devem ser seguidas as seguintes principais regulamentações: Na esfera federal:

a. Código Florestal Brasileiro (Lei 4771/65, alterado pela Lei 7803/89) b. Medida Provisória n.º 2.166-67, de 24/08/2001, que altera a Lei 4.771/65 (Código

Florestal).

Na esfera estadual: a. Portaria 17 do DEPRN (São Paulo), de 30/03/98 estabelece a documentação

inicial e os procedimentos para o licenciamento da atividade no órgão. b. Emissão de Notas Fiscais, quando da comercialização de produtos.

Na esfera municipal:

a. Recolhimentos do ISSQN, quando da utilização de serviços por parte de terceiros.

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Além disso, são obrigatórios todos os recolhimentos trabalhistas, na esfera federal, que incluem:

a. Recolhimentos previdenciários b. Recolhimentos para o FGTS c. Recolhimentos aos órgãos corporativos (Contribuição Sindical)

1.2.1 Contexto ambiental

As florestas da DURATEX objeto da re-certificação estão localizadas ao longo de três regiões do estado de São Paulo, incluindo áreas de plantio na Região do Planalto Atlântico situado imediatamente a oeste da serrania costeira e na Região da Depressão Periférica, situada na porção central do Estado, abrangendo a “Regional de Itapetininga” e na Região do planalto central, abrangendo as “Regionais de Botucatu, Lençóis e Agudos”. Essas regiões compreendem uma grande variedade de tipos de solos, incluindo desde areias quartzosas, solos podzólicos e latossolos com grande variação de textura, profundidade e fertilidade. O clima dessas regiões é subtropical úmido com uma estação seca nos meses de maio a julho, sendo janeiro/fevereiro, os de maior precipitação. Do ponto de vista vegetacional, as regiões estão inseridas em uma zona de tensão ecológica constituída do contato entre dois tipos de vegetação, incluindo a mata mesófila e várias fisionomias de cerrado, como a savana arborizada, formas de cerrado e cerradão (savana florestada). Por serem dois domínios vegetacionais considerados hotspots e altamente ameaçados, todos os remanescentes de vegetação natural ou mesmo em estado semi-natural são considerados importantes nessa região. Entre as Unidades de Conservação ali representadas estão: o Parque Estadual Carlos Botelho, no extremo Sul da região, a Área de Proteção Ambiental Botucatu-Tejupá ao Norte, e as Estações Ecológicas de Angatuba e Paranapanema a Noroeste. A DURATEX identificou a área da Reserva do Matão como Área de Alto Valor de Conservação, na Fazenda Rio Claro, em Lençóis Paulista, região do Planalto Ocidental. Uma leitura dos trabalhos ali realizados, associada à visita de campo, pôde confirmar que essa área é extremamente importante para a manutenção da diversidade biológica no contexto daquela região, proporcionando um dos últimos refúgios para a fauna e flora que, no passado, dominaram vastas áreas do interior paulista. Portanto, a área pode ser considerada como um fator chave para a demonstração do interesse da empresa na conservação ambiental. Cabe assinalar que estão sendo realizados levantamentos faunísticos e florísticos na região de Itapetininga e que os resultados preliminares demonstram existir uma área de alto valor de semelhante importância devido à presença de espécies ameaçadas.

1.2.2 Contexto socioeconômico e breve histórico da região

As áreas a serem re-certificadas da DURATEX localizam-se entre as regiões de Agudos, Lençóis Paulista, Botucatu e Itapetininga. No caso de Agudos e Lençóis Paulista, pertencem à microrregião administrativa de Bauru, enquanto Botucatu e Itapetininga pertencem às suas próprias microrregiões. Agudos e Lençóis Paulista são pequenos municípios com população de 32 mil e 55 mil habitantes, respectivamente, enquanto Botucatu e Itapetininga são municípios médios, com 108 mil e 125 mil habitantes. Ao se verificarem os indicadores sócio-econômicos desses municípios, como IDH (Índice de

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Desenvolvimento Humano) do PNUD – que varia entre 0 e 1 e, idealmente, deveria ser acima de 0,8 para ser considerado como “alto” – nota-se que Agudos e Itapetininga apresentam IDH idêntico, de 0,786, ao passo que Botucatu é o melhor, com 0,822 seguido por Lençóis Paulista, com 0,813. Enfim, trata-se de municípios que apresentam índices ao redor ou acima do desejável, o que os coloca em posição intermediária no Estado de São Paulo, e entre as melhores do país. Esses índices espelham uma situação sócio-econômica particular. No caso de Agudos, apesar de seu pequeno porte, constitui-se na maior arrecadação de ICMS da região, principalmente devido à própria DURATEX e à AMBEV, localizadas no município. Botucatu, por sua vez, é o município mais industrializado de todos os analisados, havendo inúmeras indústrias de pequeno, médio e grande porte. Quanto à Itapetininga, há desde indústrias de médio e grande porte quanto atividades agropecuárias. Mas sua localização é próxima ao Vale do Ribeira, a região mais carente do Estado e isso se reflete, em alguma medida, em seus indicadores sócio-econômicos. Por fim, Lençóis Paulista, apesar de ter algumas indústrias de médio porte, vive basicamente da atividade agrícola, particularmente do setor sucro-alcooleiro e florestal. Os indicadores de renda, por seu turno, mostram que Agudos apresenta menor renda per capta, que era de apenas 1,76 salários mínimos (s.m) em 2000. Itapetininga e Lençóis Paulista apresentava renda pouco melhor, com 2,15 s.m. e 2,32 s.m., respectivamente, ao passo que, Botucatu, o município mais industrializado tinha renda per capta de 2,82 s.m.

11..33 MMAANNEEJJOO FFLLOORREESSTTAALL DDAA EEMMPPRREESSAA Uso do solo

Em relação às áreas do entorno da DURATEX, em sua grande maioria, são grandes fazendas de cana-de-açúcar, pecuária e plantações florestais de outras empresas do setor. O número de pequenos proprietários é pouco significativo e são em maior número na região de Itapetininga, visto que as próprias fazendas da DURATEX são de menores dimensões. A posse da terra é mansa e pacífica e não se nota quaisquer problemas significativos de relacionamento entre os vizinhos e a empresa. No caso da cultura de cana-de-açúcar, na região de Lençóis Paulista, seu cultivo desenvolveu-se notadamente após a década de 1970, com o programa Pró-Álcool, que visava à substituição do combustível veicular fóssil. Essa região, assim como em Agudos, município vizinho, devido à pouca fertilidade do solo não tinha uma agricultura desenvolvida, voltando-se anteriormente mais à pecuária extensiva e agricultura de subsistência, com eventual comercialização de excedentes. Itapetininga é o município com maior tradição agropecuária, sendo até hoje uma importante atividade econômica da região, muito embora já se perceba o crescimento dos plantios florestais nas últimas décadas.

Uso do solo fora da área certificada

A DURATEX tinha, no passado, dois distritos florestais fora do estado de São Paulo, que já não pertencem mais à empresa, que vendeu as áreas no Rio Grande do Sul e na Bahia, assim como todas as propriedades na região de Jundiaí. Neste sentido, somente estão fora do escopo da certificação algumas propriedades (2) que estão em processo de adequação

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ao manejo certificável, as quais deverão ser incorporadas à área certificada nos próximos dois anos.

11..44 PPLLAANNOO DDEE MMAANNEEJJOO 1.4.1 Objetivos do Manejo

O manejo das plantações florestais da DURATEX tem por objetivo obter as matérias primas mais adequadas à produção industrial de chapas de madeira reconstituída. Para atingir esse objetivo, a Empresa realiza o plantio de espécies de rápido crescimento e de boa adaptação às condições edafo-climáticas das fazendas próprias ou arrendadas.

1.4.2 Composição da floresta

A formação do atual complexo de madeira na DURATEX é resultado do seu esforço de trabalho e também da aquisição de empresas. Suas propriedades florestais são divididas em 4 unidades florestais em Agudos, Lençóis Paulista, Botucatu e Itapetininga, sendo que todas essas unidades têm a maioria de suas propriedades já certificada ou em processo de adequação. Abaixo estão relacionadas as áreas da DURATEX de cada uma dessas unidades certificadas que, por sua vez, são formadas por uma série de Fazendas, caracterizadas da seguinte maneira:

UNIDADES FLORESTAIS

ÁREA TOTAL

(ha)

ÁREA PRESERVAÇÃO

(ha)

ESPÉCIES PLANTADAS (esp) (ha)

Botucatu 19.249,83 3.423,18 Eucalipto 14.982,25

Lençóis Paulista 23.601,22 3.739,34

Eucalipto 14.905,28

Pinus 3.960,00

Agudos 16.182,68 1.966,95 Pinus 13.457,71

Eucalipto 228,00

Itapetininga 18.154,04 4.894,82 Pinus 1.502,00

Eucalipto 10.687,41 TOTAL 77.187,77 14.024,29 59.722,65

Obs.: as áreas faltantes (3.440,83 ha) se referem às estradas e infra-estrutura. Sistema silvicultural

A seguir é apresentada uma tabela com as espécies plantadas e seu manejo florestal, incluindo a sua produtividade média esperada.

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Espécies plantadas, sistemas de manejo florestal e produtividades médias projetadas para as florestas destinadas ao abastecimento industrial

Espécies Manejo Ciclo m3cc/ha/ ano Déficit hídrico Fertilidade do

solo Pinus caribaea hondurensis Pinus oocarpa

Rotação única Corte raso

12 anos 30 Médio Média

Eucalyptus saligna Eucalyptus grandis

Rotação única 6 anos 45 Maior Menor

2 rotações 6 e 12 anos 45 e 38 Médio Média

• Obs.1 – As projeções de produtividade consideram as análises das condições de solo

e clima e as recomendações de adubações quando aplicáveis. • Obs. 2 – O desenvolvimento florestal é avaliado pelo inventário florestal e histórico

dos talhões.

A implantação é realizada em função de um zoneamento edafoclimático que toma por base o levantamento de solos por fazenda e considera os resultados do programa de melhoramento genético da empresa.

1.4.4 Sistema de manejo

O sistema de manejo florestal adotado pela DURATEX é de monociclo com idades uniformes por talhão, com cortes rasos em determinadas idades conforme o site e as espécies, procurando a maximização de volumes de madeira produzidos.

A organização da Diretoria Florestal é formado por 4 gerências, sendo 2 operacionais (Gerência de Produção Florestal e Gerência de Abastecimento), uma de Desenvolvimento e Meio Ambiente e a de Planejamento e Administração Florestal, com várias divisões, conforme organograma em anexo.

1.4.5 Sistema de monitoramento

A DURATEX realiza os monitoramentos, apresentando seus resumos executivos, para os seguintes parâmetros:

• Consumo anual de pesticidas: total e por hectare e por unidade florestal • Acidentes de trabalho: com e sem afastamento, pessoal próprio e de empresas

prestadoras de serviço. • Rotatividade de mão-de-obra • Cumprimento de legislação trabalhista e tributária pelas eventuais empresas prestadoras

de serviços contratadas.

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• Listagem das espécies de fauna identificadas. • Áreas trabalhadas por ano no Programa de Eliminação de Pinus e Eucaliptos em Áreas

de Conservação, por unidade florestal. • Ampliação, em hectares anuais, das áreas de conservação. • Estatísticas anuais de incêndios florestais por unidade florestal, por foco de incêndio e a

área afetada. • Inventário florestal apresentando volumes medidos e prognósticos de produção, por ano

e por unidade de manejo. • Fertilidade do solo • Taxa de exportação de nutrientes • Pragas e doenças • Processos erosivos e vossorocas

1.4.6 Estimativa da máxima produção sustentada

A empresa para fins de prognóstico para produção, utilizou os parâmetros descritos abaixo, nas diversas regiões, baseados nos resultados do seu inventário florestal.

REGIÃO GÊNERO TIPO MANEJO PRODUTIVIDADE

(m³cc / ha / ano) 1º rotação 2ª rotação

Agudos Pinus próprio 12 anos 30,0 - Eucalipto próprio 6 / 6 anos 45,0 38,0

Botucatu , Lençóis

Eucalipto próprio 1 rotação (6 anos) 45,0 Eucalipto próprio / arrend. 2 rotações (6 / 6 anos) 45,0 38,0

Itapetininga

Pinus próprio 12 anos 30,0 -

Eucalipto Próprio/Novas Áreas 2 rotações (6 / 6 anos) 45,0 38,0

Eucalipto fomento 2 rotações (6 / 6 anos) 35,0 28,0 Projeções mais detalhadas de produtividade são realizadas em função do histórico das quadras manejadas, mantidas em cadastro florestal, levando em consideração as análises das condições de solo e clima e as recomendações de adubações quando aplicáveis. Buscando maximizar a produção, em 2003 foi implantado na DURATEX o conceito de Núcleos de Melhoramento (“Nucleus Breeding”), que é uma estratégia onde se conduz um programa mestre de melhoramento para a empresa como um todo, e estabelecem-se Núcleos de Melhoramento específicos para cada região edafoclimática. Na execução desse procedimento, as fazendas da DURATEX foram divididas em três regiões edafoclimáticas e que são caracterizadas por:

• Região 1 - Solos de textura média (maior área da DURATEX, abrange as unidades

de Agudos, Lençóis Paulista e parte da Unidade de Botucatu na menores latitudes).

• Região 2 - Solos arenosos e de textura média arenosa (parte da Unidade de Botucatu em latitudes maiores, região de Itatinga e norte da Unidade de Itapetininga.

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• Região 3 - Solos argilosos, abrangendo a região sul da Unidade de Itapetininga.

A exportação de nutrientes pela colheita florestal é compensada com as adubações que são realizadas mediante as análises de solo, anteriormente ao plantio. Nas recomendações de adubação são consideradas as informações do Levantamento de Solos e das analises de solo atualizadas no pré-plantio e no início de condução de 2ª rotação. O acompanhamento do desenvolvimento da floresta pode indicar necessidades de adubações complementares, pontuais e ajuste nas adubações ainda não realizadas.

1.4.7 Estimativa atual e projetada da produção

As estimativas de produção estão baseados nos consumos das fábricas e nos prognósticos previstos no inventário florestal. As áreas de plantio são definidas em relação ao consumo da fábrica, logrando uma produção sustentada e de longo prazo. Na tabela a seguir são apresentados os consumos previstos para as fábricas nos próximos 10 anos, já incluindo algumas melhorias de processo e pequenas expansões. Na região de Itapetininga existe a previsão de compra na região de até 10% do consumo da fábrica.

FÁBRICA PRODUTO PRODUÇÃO

PREVISTA (unid. / ano)

ÍNDICE INDUSTRIAL

(m³cc/unid)

Mix de Consumo

CONSUMO DE MADEIRA (m³cc) Pinus Eucalipt

o Cavaco/ Compra

TOTAL

Agudos MDF 225.000 m³ 2,00 100% Pin* 426.000 * 24.000 450.000

Serraria 24.000 m³ 3,60 100% Pin* 86.400 * (24.000) 62.400 SUB-TOTAL 249.000 m³ 512.400 * 512.400

Botucatu

Chapas 220.000 ton 3,0 100% Euc 660.000 660.000 MDF 200.000 m³ 2,0 100% Euc 400.000 400.000 HDF 110.000 m³ 3,0 100% Euc 330.000 330.000

SUB-TOTAL 530.000 m³ 1.390.000 1.390.000

Itapetininga Aglomerado 440.000 m³ 1,65 Pinus e eucalipto 16.506 647.262 62.232

(compra) 726.000

TOTAL 16.506 2.549.662 62.232 2.262.400 * Observação: Atualmente abastecimento em Agudos é com pinus, com prognóstico de utilização futura de 100% de eucalipto. 2. PADRÕES UTILIZADOS NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO

Os padrões utilizados no processo de Re-certificação de 10 anos da DURATEX S.A. foram os princípios, critérios e identificadores definidos pelo Grupo de Trabalho – Brasil do FSC – Conselho de Manejo Florestal para o Manejo de Plantações Florestais no Brasil, versão 8.0, documento aprovado pelo Conselho de Diretores do FSC Internacional, em Maio de 2003. O padrão pode ser pesquisado no site do FSC Brasil: www.fsc.org.br

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3.0 O PROCESSO DE AVALIAÇÃO 33..11 DDAATTAASS DDEE AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO

• Primeira certificação – auditoria de campo 09 a 13 de janeiro de 1995 • Re-certificação - auditoria de campo: 15 a 19 de maio de 2000 • Re-certificação de 10 anos

o Reuniões públicas: 7 e 8 de março de 2005 o Visita de campo: 14 a 18 de março de 2005.

33..22 EEQQUUIIPPEE DDEE AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO

Roberto E. Bauch, agrônomo e silvicultor - O Sr. Bauch tem mais de 30 anos de experiência profissional como consultor para o setor privado no Brasil e em países da América Central. É especialista em processos do manejo florestal e silvicultura. Como consultor, trabalhou em diversos programas de assistência técnica, tanto no Brasil como no exterior, em engenharia agroflorestal e manejo de florestas naturais e plantadas. Já participou do processo de certificação na SCS de 10 unidades de manejo florestal de plantações e de sete avaliações de manejo de florestas naturais. Trabalhou na Nicarágua em um projeto de cooperação técnica sueco (ASTI), em conjunto com organizações florestais governamentais e povos indígenas da Costa Atlântica, particularmente na área de manejo sustentado de recursos florestais. Participou da organização do novo Serviço Florestal Nicaragüense e trabalhou em um Plano de Ação de Florestas Tropicais da FAO (TFAP/FAO) na Nicarágua, coordenando o plano estratégico para a utilização de lenha como combustível em uma base sustentável e econômica. Atuou como especialista no programa PRODEAGRO, do Banco Mundial/PNUD, no Estado de Mato Grosso, trabalhando com o manejo de recursos florestais naturais, objetivando a difusão de informações técnicas sobre o manejo sustentável de florestas tropicais úmidas. Atualmente realiza consultoria com a GTZ ao Projeto PROMANEJO, que pretende difundir a técnica do manejo florestal na Amazônia, por meio do incentivo às iniciativas promissoras, criar subsídios para a definição de políticas florestais adequadas e testar um novo modelo de controle da atividade madeireira. Dr. José Salatiel Rodrigues Pires, ecólogo, Doutor em Ecologia e Recursos Naturais - O Dr. Salatiel é graduado em Ecologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) campus de Rio Claro, SP, tem o Mestrado em Limnologia e Doutorado em Planejamento e Conservação Ambiental pelo Programa de Pós Graduação em Ecologia e Recursos Naturais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Atualmente, é Professor Adjunto e Coordenador do Laboratório de Análise e Planejamento Ambiental da UFSCar, além de consultor em diversos projetos ambientais. Foi consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD/Banco Mundial) para projetos envolvendo a conservação da biodiversidade em Mato Grosso e Rondônia e desenvolvimento de Plano de Manejo de Unidade de Conservação em Santa Catarina. Foi coordenador do Projeto "Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de São Paulo (UFSCar / Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo). É consultor e membro do Comitê Assessor do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil - PPG-7, componente Projeto Pesquisa Dirigida - PPD (MCT/CCE) no âmbito do Subprograma de Ciência e Tecnologia, tendo como atividades a seleção,

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avaliação e acompanhamento de projetos ambientais desenvolvidos na Amazônia brasileira. Foi consultor da Organização dos Estados Americanos (OEA) para a seleção de projetos de conservação no Pantanal Matogrossense (GEF). Nos últimos 20 anos, o Dr. Salatiel tem atuado em ensino e pesquisa (Universidade Federal Viçosa e Universidade Federal de São Carlos) e trabalhado em consultoria em projetos ambientais para Empresas Estatais, Organizações Não Governamentais e empresas de consultoria como Engevix e ECP. Seus trabalhos e pesquisas envolvem a conservação de recursos naturais e estão relacionados mais especificamente ao Uso de Sistemas de Informações Geográficas para o planejamento e conservação de paisagens e regiões; Análise de indicadores biológicos para monitoramento de áreas de conservação; Elaboração e implementação de programas de manejo ambiental de ecossistemas; Monitoramento e avaliação de impactos ambientais de projetos de desenvolvimento. Mário Yasuo Kikuchi, Sociólogo, formado pela Universidade de São Paulo, com mestrado e doutorado em sociologia na mesma instituição e com pós-doutoramento na UNIFESP/EPM. Consultor de projetos de desenvolvimento, com trabalhos na área de meio ambiente, tendo participado de oito processos de certificação, na SCS, de florestas nativas e oito processos em unidades de florestas plantadas. Na área de estudos de impacto ambiental tem experiência nas Hidrelétricas de Ji-Paraná (Rondônia), Itá (Rio Grande do Sul e Santa Catarina), Machadinho (Rio Grande do Sul e Santa Catarina), Segredo (Paraná) e Estreito (Tocantins). Chefe de equipe de pesquisa no Zoneamento Sócio-econômico e Ecológico do estado do Mato Grosso. Foi colaborador do ZEE – Zoneamento Econômico Ecológico, do Ministério do Meio Ambiente. Na Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo é membro do JBDSG do Departamento de Medicina Preventiva, desenvolvendo pesquisas como coordenador de campo do Projeto Diabetes Mellitus e Doenças Associadas na Comunidade Nikkey de Bauru – Segunda Fase. Foi também coordenador do recadastramento dessa população pesquisada, na área de saúde e meio ambiente. Membro fundador do GEMAPP/USP (Grupo de Estudos de Meio Ambiente e Participação Popular). Atualmente é vice-presidente do Centro de Estudos Nipo-Brasileiros, gestão 2004/2005. Vanilda R. S. Shimoyama - Engenheira Florestal, formada pela Universidade de São Paulo, M.Sc. em Ciências Florestais pela mesma universidade e Doutorado pela Universidade Federal do Paraná. Atua no setor há mais de 18 anos como pesquisadora, consultora e assessora para o setor privado no Brasil. Em consultoria e prestação de serviços para o setor industrial, desenvolveu e implantou programas de Integração Floresta x Indústria, visando melhoria da qualidade do produto final e redução de custos de produção; desenvolveu estudos e programas de adequação e otimização de matérias-primas x processos industriais e aproveitamentos de resíduos; desenvolveu e implantou programas de monitoramento das características tecnológicas da madeira e elaborou normas de qualidade para toras de pinus, visando diferentes segmentos de mercado. No setor florestal, elaborou normas para atividades silviculturais e de colheita de madeira; desenvolveu, implantou e conduziu programas de qualidade nas atividades florestais; desenvolveu pesquisa para aumento da produtividade florestal e melhoria da qualidade da madeira. No setor ambiental, realizou estudos e desenvolveu programas para minimização dos impactos ambientais causados pelas atividades florestais; desenvolveu e implantou programa de gerenciamento de resíduos gerados nas atividades florestais, bem como normas para utilização de produtos químicos e introdução de novos produtos;

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coordenou estudos de fragmentos naturais (fitossociologia) e projetos de recuperação de áreas degradadas e, estudos, levantamentos e monitoramento de fauna. Na área social, desenvolveu programas de qualificação de recursos humanos – treinamentos e reciclagens envolvendo os temas produtividade, qualidade, segurança no trabalho e meio ambiente; desenvolveu projetos, implantou e executou programas de educação ambiental para a comunidade escolar da região Norte Pioneira do Estado do Paraná, para comunidades vizinhas e funcionários de empresas da região. Participou do processo de certificação, pela SCS, de 04 unidades de manejo de plantações florestais, com 07 auditorias e de mais de 25 auditorias de cadeia de custódia.

3.2.1 REVISORES -PEER REVIEWERS

Os revisores denominados “Peer reviewers” são parte integrante do processo de avaliação descrito no Programa de Conservação Florestal da SCS e objetivam possibilitar uma análise crítica de especialistas neutros sobre o relatório executado. A relação abaixo discriminada foi escolhida em comum acordo entre a SCS e a DURATEX. Todos os revisores não têm interesses financeiros com a DURATEX e assinaram um termo de confidencialidade ao realizar suas análises e sugestões conforme consta nos anexos. Dr. Walter de Paula Lima, Professor Titular, USP/ESALQ, Departamento de Ciências Florestais. Áreas temáticas: Hidrologia Florestal, Manejo de Microbacias Hidrográficas, Monitoramento Ambiental em Microbacias, Indicadores Hidrológicos de Manejo Florestal Sustentável. Coordenador Científico do Promab – Programa Cooperativo de Pesquisa em Monitoramento e Modelagem de Microbacias. Dr.José Luiz Stape, Professor Doutor, USP/ESALQ, Departamento de Ciências Florestais. Áreas temáticas: Silvicultura de florestas plantadas, Modelagem Eco-fisiológica, Fixação e alocação de carbono em florestas, com vários trabalhos de pesquisa desenvolvidos junto a diversas empresas florestais. A equipe de auditoria cuidadosamente considerou os comentários elaborados pelos revisores e fez mudanças correspondentes, bem como, quando apropriado, respondeu a esses comentários. As observações desses revisores são comentários profissionais pessoais, que não precisam se constituir em opiniões ou posições da organização na qual estão empregados.

33..33 PPRROOCCEESSSSOO DDEE AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO 2.3.1 Itinerário

Data Fazenda Região consultor

14/03/2005

Mamedina, Monte Alegre Agudos Roberto Bauch Monte Alegre Agudos Salatiel Itavuvu, Coqueiral, Angatuba IV Itapetininga Mário Santa Amália; São José, Rio das Pedras, Aterradinho, Missioneira, Moquém Itapetininga Vanilda

15/03/2005 Rio Claro, Piracema, Rio Pardo, Guanabara Lençóis Paulista Roberto Bauch Charquinho e Santa Tereza Itapetininga

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Guanabara, Sta Teresa, Rio Claro. Lençóis Paulista Salatiel Morro do Ouro, Rincão do Pinhal, Ipê Botucatu Mário Monte Belo, Pitangueiras, Lobo, Macedônia, Ipê, Córrego Fundo, Rincão do Pinhal

Botucatu Vanilda

16/03/2005

Missioneira, Moquém, Santo Antônio, Angatuba I, II e IV, Bofete Itapetininga Roberto Bauch

Sta Maria, Sta Luzia II, Sta Maria II e Rio das Pedras Itapetininga Salatiel

Rio Claro, Rio Pardo, Piracema e Santa Tereza do Palmital Lençóis Paulista Mário

Rio Claro, Rio Pardo, Piracema, Santa Tereza do Palmital Lençóis Paulista Vanilda

17/03/2005

Rincão do Pinhal, Morro do Ouro, Americana, Macedonia, Lobo, Santa Catarina

Botucatu Roberto Bauch

Saltinho, Invernadinha, Tapioca, São Pedro da Terra Nova, Água Bonita, Maria Cristina, Cerrados do Tamanduá.

Botucatu Salatiel

Monte Alegre Agudos Mário Mamedina, Monte Alegre Agudos Vanilda

18/03/2005 Avaliação de desempenho da DURATEX e apresentação dos resultados TODOS

Avaliação do sistema de manejo

Em relação aos aspectos sociais foram levantados dados primários e secundários relativos às diversas instâncias representativas da sociedade civil local e regional. Da mesma forma, foi dada particular atenção em relação às condições de trabalho, incluindo segurança, treinamento, transporte, alimentação, pagamentos, recolhimentos e cumprimento de legislação. Por conta disso, foram entrevistados tanto os trabalhadores no local onde desenvolviam suas atividades quanto a documentação das empresas prestadoras de serviços e os procedimentos de monitoramento sobre elas.

Para a análise dos aspectos ambientais foram realizadas visitas orientadas às UMFs acima listadas, identificando e vistoriando o material cartográfico fornecido pela Empresa e verificando a sua verdade terrestre, observando a ocorrência ou não de irregularidades ambientais. Nessas visitas deu-se maior atenção às áreas de conservação protegidas na legislação, como Áreas de Preservação Permanente e áreas definidas como Reserva Legal. O objetivo foi verificar se áreas não estavam sendo objeto de algum tipo de perturbação antrópica promovido pela empresa, por vizinhos ou população em geral, como cultivo de Pinus ou outra cultura, presença de estradas de serviço, objeto de descarga de águas superficiais, ou de extrativismo seletivo, ou de caça predatória, dentre outros aspectos. Amostras de áreas de remanescentes naturais foram visitadas para avaliar o grau de degradação e a eficiência das ações de proteção e ou conservação. Também foi dada atenção especial para as ações de manutenção de estradas internas dessas UMFs, para verificar os procedimentos dessa atividade e seus impactos sobre os corpos d´água e remanescentes de vegetação natural. Vale destacar que houve um grande

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esforço para visitar a maior quantidade de áreas amostrais possível, identificando-se as “não conformidades” descritas e discutidas a frente.

As áreas visitadas durante a avaliação de campo foram escolhidas por parte dos auditores Roberto e Vanilda, incluindo aquelas onde estavam ocorrendo as operações florestais, como o inventário, preparo de solo, plantio, adubação, combate à formiga, aplicação de herbicidas, desbrota, colheita, remoção e transporte, além da produção de mudas (viveiro de mudas). Outras áreas escolhidas foram aquelas nas quais a operação já havia sido realizada para poder avaliar os impactos causados.

3.3.3 Seleção das UMF Avaliadas

AUDITOR FAZENDAS (UFMs)

Vanilda

Santa Amália; São José, Rio das Pedras, Aterradinho, Missioneira, Moquém Monte Belo, Pitangueiras, Lobo, Macedônia, Ipê, Córrego Fundo, Rincão do Pinhal Rio Claro, Rio Pardo, Piracema, Santa Tereza do Palmital Mamedina, Monte Alegre

Roberto

Mamedina, Monte Alegre Rio Claro, Piracema, Rio Pardo, Guanabara Charquinho, Santa Tereza Missoneira, Moquem, Santo Antonio, Angatuba I, II e IV, Bofete Rincão do Pinhal, Morro do Ouro, Americana, Macedonia, Lobo, Santa Catarina

Mário Fazendas Itavuvu, Coqueiral e Angatuba IV, Fazendas Morro de Ouro, Rincão do Pinhal, Ipê, Fazendas Rio Claro, Rio Pardo, Piracema e Santa Tereza do Palmital, Fazenda Monte Alegre, em Agudos

Salatiel Monte Alegre, Guanabara, Sta Teresa, Rio Claro, Sta Maria, Sta Luzia II, Sta Maria II, Rio das Pedras, Saltinho, Invernadinha, Tapioca, São Pedro da Terra Nova, Água Bonita, Maria Cristina, Cerrados do Tamanduá.

3.3.4 Sítios Visitados

Na tabela abaixo são apresentados os principais motivos de visita às diversas UMF pelos auditores. Muitas vezes, em dias diferentes e com perspectivas diversas, a mesma UMF foi auditada, com o objetivo de se criar um panorama completo das atividades florestais da DURATEX.

FAZENDAS

(UFMs) MOTIVO

Água Bonita Avaliar a situação de amostras de áreas de conservação e de estradas florestais Americana Conservação florestal

Angatuba I, II e IV Colheita de pinus, aproveitamento de resíduos, áreas de conservação e preservação permanente

Aterradinho Carregamento e transporte de madeira; avaliação dos impactos do corte e remoção

Bofete Preparo de solo e conservação de estradas

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Cerrados do Tamanduá Avaliar a situação de amostras de áreas de conservação e de estradas florestais

Charquinho Conservação florestal Córrego Fundo Atividades de preparo do solo, plantio e adubação Guanabara Avaliar a situação de amostras de áreas de conservação e de estradas florestais Guareí Relocação de estradas, venda de madeira em pé, eliminação de exóticas Invernadinha Avaliar a situação de amostras de áreas de conservação e de estradas florestais Itavuvu Recuperação de áreas de conservação

Lobo Programa de eliminação de exóticas de áreas naturais; manutenção da malha viária

Macedônia Programa de eliminação de exóticas de áreas naturais; manutenção da malha viária

Mamedina Atividade de desbrota, Maria Cristina Avaliar a situação de amostras de áreas de conservação e de estradas florestais

Missioneira Atividades de remoção e transporte de madeira; depósito de resíduos para encaminhamento

Monte Belo Programa de eliminação de exóticas de áreas naturais; manutenção da malha viária

Monte Alegre Atividades de corte, remoção e transporte de madeira para fábrica e para serraria, coleta de resíduos; plantio; aplicação de herbicida, eliminação de exóticas, relocação de estradas. Avaliar a situação de amostras de áreas de conservação e de estradas florestais.

Morro do Ouro Aplicação de herbicidas Moquém Atividades de corte e remoção de madeira, eliminação de exóticas Ipê Atividades de desbrota Piracema Atividades de adubação Pitangueiras Atividades de remoção e transporte de madeira Rincão do Pinhal Atividades de adubação mecanizada; depósito de produtos químicos

Rio Claro Viveiro de mudas, depósito de produtos químicos, atividades de colheita de madeira, conservação de estradas, e avaliar a situação de amostras de áreas de conservação, corredores ecológicos e analisar ações realizadas na Floresta de Alto Valor de Conservação Reserva do Matão.

Rio Pardo Atividades de desbrota e combate à formiga

Rio das Pedras Depósito de produtos químicos; programa eliminação de exóticas das áreas naturais; manutenção malha viária. Avaliar a situação de amostras de áreas de conservação e de estradas florestais.

Saltinho Avaliar a situação de amostras de áreas de conservação e de estradas florestais Santa Amália Atividades de colheita e transporte de madeira Santo Antônio Conservação florestal e de estradas Santa Tereza do Palmital

Atividades de colheita, remoção, transporte de madeira, coleta de resíduos e plantio.

Santa Terezinha Conservação florestal e de estradas São José Aplicação de herbicida São Pedro da Terra Nova Avaliar a situação de amostras de áreas de conservação e de estradas florestais

Sta Luzia II Avaliar a situação de amostras de áreas de conservação e de estradas florestais Sta Maria II Avaliar a situação de amostras de áreas de conservação e de estradas florestais Sta Maria, Avaliar a situação de amostras de áreas de conservação e de estradas florestais

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Sta Teresa Avaliar a situação de amostras de áreas de conservação e de estradas florestais Tapioca Avaliar a situação de amostras de áreas de conservação e de estradas florestais 3.3.5 Consultas às Lideranças Locais (Stakeholder)

Conforme os procedimentos da SCS, as consultas às lideranças locais mais relevantes são um componente importante no processo de avaliação. A consulta foi efetuada antes dos trabalhos de campo, através do envio de correspondência a inúmeras instituições (conforme listagem no anexo1). Durante a auditoria, as consultas ocorreram em diversas localidades, que incluíram municípios onde a empresa desenvolve suas atividades. Entre os entrevistados incluem-se líderes sindicais, representantes de órgãos públicos, organizações privadas, lideranças políticas e moradores do entorno das propriedades. O principal propósito para as consultas foi:

• solicitar subsídios das partes afetadas, sobre os pontos fortes e fracos do manejo das plantações florestais da DURATEX, assim como a natureza das interações entre a empresa e as populações de entorno.

• solicitar subsídios se os responsáveis do manejo florestal teriam consultado as partes interessadas para identificar qualquer área de alto valor de conservação

As principais partes interessadas nesta avaliação foram identificadas baseadas nos resultados de uma listagem, apresentados pela própria empresa, pela pesquisa de outras fontes, e também para todos os catalogados na listagem do FSC-Brasil. Os seguintes grupos foram definidos como as principais partes interessadas:

• empregados da empresa, incluindo pessoal gerencial e de campo • contratados • membros do FSC-Brasil • membros locais e regionais das ONG’s ambientais • membros locais e regionais das ONG’s sociais • compradores de toras da empresa • Organizações ambientais (licenciamento, fiscalização) federais, estaduais e

municipais • Outros grupos relevantes

A equipe de avaliação contatou organizações e indivíduos das principais partes interessadas. No total 07 organizações responderam a respeito da avaliação via Email, contato por telefone ou entrevistas pessoais (veja item 3.3.5.1 o resumo dos comentários). No total, para 109 organizações e indivíduos foram enviados por Email, ou correio, o Questionário de Consulta Pública e uma carta convite, descrevendo o processo de certificação, e em que foi oferecida a oportunidade de fazer os seus comentários (Anexo 02). As organizações ou indivíduos que fizeram comentários e dispostos em consentir a listagem de seus nomes no relatório, bem como aqueles que foram contatados, mas não responderam, estão listados no Anexo 02.

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3.3.5.1 Modelo - Consulta Pública da DURATEX S/A

REUNIÃO PÚBLICA

Certificação Florestal FSC das Áreas de Agudos, Botucatu, Lençóis Paulista e Itapetininga

DURATEX S. A.

A SCS – Scientific Certification Systems (www.scscertified.com) – entidade credenciada pelo FSC (Forest Stewardship Council – Conselho de Manejo Florestal) para a Certificação Florestal, vem através desta convidar a V. Sa. para as Reuniões Públicas que marcam o início do Processo de Re-Certificação Florestal, requerida pela DURATEX S. A., em suas Unidades de Manejo que abastecem as fábricas de Agudos, Botucatu e Itapetininga. Essa empresa – já Certificada pelo FSC/SCS – desenvolve manejo de florestas de eucalipto e pinus em diversos municípios no Estado de São Paulo, num total de 61.484 ha, sendo 48.847 ha de plantio comercial, dos quais 12.112 ha referem-se à Unidade de Itapetininga, e o restante, 36.735 ha, distribuído entre as Unidades de Agudos e Botucatu. A DURATEX S. A. tem entre suas principais atividades: a produção de MDF e HDF, chapas de fibra de madeira e painéis de madeira aglomerada, gerando 930 empregos diretos. As Unidades de Manejo distribuem-se por plantações nos municípios de Agudos, Pederneiras, Lençóis Paulista, Botucatu, Itatinga, São Miguel Arcanjo, Itapetininga, Sorocaba, Buri, Avaré, Angatuba, Iaras, Paranapanema, Guareí e Bofete. Além dessas atividades, a DURATEX desenvolve, no campo institucional, o Programa de Educação Ambiental Piatan, voltado à população em geral, no qual recebe em média 5500 visitantes por ano, entre estudantes, professores e clientes. Dentre os convênios, há parcerias com ONGs e outros centros especializados para o desenvolvimento de pesquisas em conservação de flora e fauna, solo, melhoramento genético, controle biológico de pragas florestais, desenvolvimento de máquinas e equipamentos, treinamentos técnicos, treinamentos de liderança, dentre outros. A empresa oferece suporte logístico e/ou financeiros para o desenvolvimento de estágios e teses em nível de mestrado e doutorado. O processo de Certificação FSC prevê a participação popular e da sociedade civil, através da realização de duas Reuniões Públicas, que ocorrerão nos municípios de Itapetininga e Lençóis Paulista, respectivamente. Essas Reuniões públicas serão realizadas nos próximos dias: 07 de Março de 2005 (Segunda-feira), em Itapetininga, no Auditório Abílio Vitor, localizado na Praça Nove de Julho, 518, e, no dia 08 de Março de 2005 (Terça-feira), em Lençóis Paulista, no Salão Paroquial da Igreja de São José (situado na Av. Castelo Branco, s/n, ao lado da Igreja de São José – Bairro Ubirama), sendo ambas as Reuniões entre as 19h00 e 21h30. Os interessados poderão optar pela Reunião que mais lhe convier, ou participar de ambas, se assim o desejar. Salienta-se que a participação das mais diversas instâncias representativas da sociedade civil mostra-se fundamental, visto que a Certificação Florestal pressupõe o exercício pleno da cidadania de indivíduos e instituições direta e indiretamente interessados no assunto. Da mesma forma, a requerente deverá desenvolver seu manejo florestal em conformidade com os Princípios e Critérios do FSC, o qual pressupõe que a empresa deva promover um manejo socialmente justo, ambientalmente adequado e economicamente viável. Ressalte-se que essas reuniões, serão realizadas sem a presença da empresa e antes de se iniciar o novo Processo de Avaliação (a ser realizado entre 14 e 19 de Março de 2005). Seu objetivo será colher sugestões e preocupações que devem balizar os trabalhos da auditoria de campo, que avaliará como se desenvolvem os manejos florestais nos aspectos social, legal, ambiental e econômico. Deste modo, sua participação mostra-se importante, a fim de que todos possam manifestar suas preocupações, comentários, sugestões, críticas ou apresentar novas evidências que possam ser úteis ao processo e que serão, em sua totalidade, registradas na presença de todos os participantes. A Reunião será dividida em duas partes:

a) Exposição sucinta do processo de Certificação Florestal segundo os Padrões do FSC (Conselho de Manejo Florestal), ocasião em que os participantes poderão expor suas dúvidas remanescentes;

b) Manifestação das preocupações ou aspectos que os participantes gostariam de ver contemplados nos Processos de Certificação Florestal da DURATEX S. A.

Caso seja de seu interesse, encontra-se em anexo um Questionário a ser preenchido por V. Sa., sendo que ele deverá ser enviado a um dos seguintes e-mails: [email protected] ou [email protected], ou ainda, se preferir, ao fax: (0xx19) 3424-5028. Além disso, se porventura houver interesse em obter maiores detalhes acerca dos Padrões de Certificação do FSC para Manejo Florestal em Plantações Florestais no Brasil, esse documento pode ser obtidos no site do FSC (www.fsc.org.br), no item “Padrões de Certificação”, onde é possível fazer o seu download (em formato Word) gratuitamente. Desta forma, todos estão convidados a participar da Reunião Pública, independentemente do recebimento formal deste comunicado. Solicita-se, pois, de V. Sa. a divulgação do evento e do Questionário em anexo às instituições e pessoas de seu conhecimento que tenham interesse em participar do processo. Atenciosamente. Roberto Bauch José Salatiel Rodrigues Pires Mário Kikuchi Auditores da SCS

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3.3.5.2 Modelo - Questionário de Consulta Pública da DURATEX S/A

QUESTIONÁRIO DE CONSULTA PÚBLICA

RE-CERTIFICAÇÃO FLORESTAL DE PLANTAÇÕES FLORESTAIS (Agudos, Lençóis Paulista, Botucatu e Itapetininga)

DURATEX

Nome

Instituição

Endereço p/ Contato

CEP: - E-mail

1. O(a) sr.(a) conhece a DURATEX?

Sim Não 2. O(a) sr.(a) teria algum comentário a fazer a respeito da DURATEX?

Sim Não 3. Quais seriam esses comentários?

4. O(a) sr.(a) teria algum comentário a fazer sobre as áreas da DURATEX, na região de Agudos, Lençóis Paulista, Botucatu e Itapetininga?

Sim Não 5. Quais seriam esses comentários?

6. Existe algum aspecto na área ambiental que o(a) sr.(a) considera digno de atenção na avaliação de campo?

Sim Não Qual(is) seria(m) esse(s) aspecto(s) ambiental(is)?

6.1

6.2 7. Existe algum aspecto na área social que o(a) sr.(a) considera digno de atenção na avaliação de campo?

Sim Não Qual(is) seria(m) esse(s) aspecto(s) social(is)?

7.1

7.2

O presente questionário tem por objetivo permitir aos cidadãos das mais variadas formações e interesses, ou representantes de instituições representativas da sociedade civil, participar de forma ativa do processo de Certificação Florestal do FSC. Desta forma, solicita-se que este questionário seja enviado a um dos Seguintes E-mails: [email protected] ou [email protected]. Caso assim o prefira, o questionário pode ser enviado ao seguinte número de fax: (0xx19) 3424-5028. Solicita-se, igualmente, que o questionário seja divulgado para aqueles que, no seu entendimento, sejam pessoas que possam contribuir para o processo. OBS.: a) As questões levantadas neste questionário não terão as identidades dos autores expostas nos documentos atinentes ao Processo de Certificação. b) A participação dos interessados na consulta pública não implicará co-responsabilidade no Processo de Certificação.

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3.3.5.3 Resumo das preocupações públicas e respostas dadas pela equipe

Preocupações sociais

• Qual é o controle das garantias trabalhistas dos funcionários das empresas que trabalham com resíduos? A DURATEX controla toda e qualquer prestadora de serviços eventualmente contratada através de seu RH, no que se refere ao cumprimento da legislação trabalhista e tributária. Nos trabalhos de campo ficou evidenciado que o monitoramento da empresa apresentava algumas lacunas, provenientes, em grande parte, da falta de hábito de lidar com prestadoras de serviços, visto que utiliza quase 100% de mão-de-obra própria. Por conta disso, foi apresentada uma CAR de curto prazo a fim de incrementar o setor e, como resultado, a DURATEX promoveu inúmeros novos procedimentos, que tornaram o monitoramento mais rigoroso e que assegura o cumprimento das normas trabalhistas pelas empresas contratadas.

• Quais os programas de geração de renda apoiados pela DURATEX?

Os programas de geração de renda apoiados pela DURATEX são desenvolvidos principalmente na região de Agudos. Desde o final da década passada, a empresa patrocinou a recuperação de uma parte da antiga estação ferroviária, na qual, com o suporte financeiro da Empresa, foi instalada uma escola de marcenaria. Essa iniciativa integrou um programa de incentivo à criação de um pólo moveleiro na região. Nas demais regiões, a empresa não tem projetos específicos de geração de renda. Nesse sentido, foi apresentada uma recomendação à DURATEX a fim de ver a possibilidade de criar fontes de madeira para usos múltiplos, como madeira para serraria, arrendamentos para produção de mel e atividades agrícolas em algumas áreas disponíveis. No caso de médios produtores, há um programa de fomento florestal, na região de Itapetininga. Por fim, deve-se enfatizar que a DURATEX é uma das principais empregadoras nas regiões onde atua, além de ter fábricas em três regiões (Agudos, Botucatu e Itapetininga), gerando empregos diretos e fonte de renda para a população da região.

• Qual a política da DURATEX para aquisição de novas áreas?

A DURATEX tem formalizado, em seu Plano de Manejo (item 4.6.), o qual deverá estar disponível para consulta aos interessados, que, na aquisição de novas áreas: “dá-se preferência por áreas com extensão superiores a 500 ha, anteriormente já ocupadas por atividades de agricultura, pecuária ou reflorestamento, o que exclui do processo a expansão sobre áreas de pequenos agricultores e áreas florestais nativas”. Complementarmente, a DURATEX S. A. adota como procedimento a realização de uma avaliação documental e do banco de imagens de satélite para comprovar que não houve conversão de uso (desmatamento). As áreas serão avaliadas de forma a viabilizar o Plano de Composição de Reserva Legal que está sendo cumprido pela Empresa. Atualmente o programa de aquisição de novas áreas para plantios florestais está encerrado.

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• Como ficou a recuperação de área degradada que deveria ser realizada pela Anidro e DURATEX, determinada pelo DEPRN, na região de Botucatu, em 2000?

A DURATEX apresentou um relatório acerca da recuperação do córrego Ferreirinha, que faz parte da bacia hidrográfica do rio Pardo (com extensão total de 2 km), determinado pelo DEPRN de Botucatu, em 2000, como medida compensatória pela autorização de desmate de área da empresa Anidro que, então, ainda estava em nome da DURATEX. O projeto contou com o apoio da UNESP e, seguindo-se a determinação de plantio de 15.800 mudas de espécies nativas, foi plantado um total de 16.000 mudas em 2000. A DURATEX apresentou fotos do local, devidamente protegidos por cerca, sendo que, atualmente, a área se encontra significativamente recuperada com as espécies com boa altura, passados três anos do plantio.

Preocupações ambientais

• Quais os resultados do monitoramento da Fauna? Como estão sendo publicados?

Os monitoramentos de fauna da empresa vêm sendo realizados por especialistas ligados a centros de pesquisa e ensino. Seus resultados estão disponíveis em relatórios, sendo que sua publicação deverá ser realizada pelos especialistas em periódicos científicos.

• Nas áreas recém adquiridas como garantir as áreas com vegetação nativas?

Existe um acordo entre a empresa e a certificadora SCS de que, quando da aquisição de novas fazendas, não poder aumentar o passivo ambiental da empresa, ou seja, não aumentar o passivo em relação a reserva legal em hectares, sendo que isso consta na política de aquisição de terras, como já mencionado anteriormente. Nesse sentido a empresa tem todo o interesse em preservar a vegetação nativa, inclusive para aumentar a quantidade de reserva legal requerida.

Preocupações econômicas

• Qual o destino das embalagens dos pesticidas?

A DURATEX S. A. devolve todas as embalagens de pesticidas aos fornecedores dos produtos ou às empresas autorizadas a receberem, de forma a garantir um fim adequado às mesmas. Ao receberem as embalagens as empresas emitem comprovante de recebimento, especificando quantidade recebida. Esses documentos são mantidos em arquivos da DURATEX S. A. A empresa possui um eficiente controle de devolução das embalagens, de forma a garantir que nenhuma unidade deixa de ser devolvida.

• Quais os cuidados na aplicação dos pesticidas?

A DURATEX possui um programa anual de treinamento para esta atividade, garantindo que todos os funcionários sejam treinados, antes e durante o desempenho da atividade que, obrigatoriamente, é realizada com utilização de equipamentos de proteção individual.

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• Quais os estudos que garantem a produtividade dos solos a longo prazo?

As práticas silviculturais e a colheita são conduzidas com a aplicação de tecnologias em permanente processo de atualização. Estudos dos impactos causados pelas atividades de implantação e colheita de madeira, como poluição por adubo, poluição ambiental, compactação do solo e exportação de nutrientes são realizados, permitindo o desenvolvimento de procedimentos adequados para minimização e/ou correção dos problemas detectados. São adotadas técnicas de cultivo mínimo, visando à maior proteção e conservação do solo. Os equipamentos utilizados são escolhidos através de estudos e testes, com o objetivo de atender as diferentes condições de solos das áreas cultivadas, onde todos os tipos estão mapeados na base cartográfica da empresa. A DURATEX S. A. possui um programa de monitoramento da fertilidade, incluindo análises de solo e do estado nutricional das plantas, através do qual são tomadas decisões com relação à adubação. Os resíduos de colheita (galhadas, tocos) são triturados e dispostos novamente sobre o solo para a reposição de nutrientes.

3.3.6 – Outras Técnicas de Avaliação

Não foi utilizada nenhuma outra técnica de avaliação, a não ser as normalmente utilizadas, como visitas de campo, entrevistas e verificação de documentos.

33..44 –– TTeemmppoo TToottaall GGaassttoo nnaa AAuuddiittoorriiaa

Para a avaliação da DURATEX foi formada uma equipe de auditores que revisaram todos os documentos enviados, no qual se utilizou 23 horas para leitura. Também tiveram que se deslocar de suas cidades de origem até a empresa, perfazendo um total de 22 horas, e realizaram uma auditoria de campo de 04 dias, perfazendo um total de 141 horas. Além disso, foram gastos 08 horas para definir as partes interessadas e enviar o convite e o questionário. O total de horas foi de 239.

(horas)

Roberto Salatiel Mário Vanilda Reuniões públicas 4 4 Deslocamento (viagem ida / volta) 4 6 5 7 Documentação 4 6 7 6 Campo 36 36 32 37 Partes interessadas / convite 5 - Fechamento (17/03 à noite e 18/03) 8 8 8 8 Reunião de fechamento 2 2 2 2 Sub-total 58 58 63 60

33..55 –– PPrroocceessssoo ddee DDeetteerrmmiinnaaççããoo ddaass CCoonnffoorrmmiiddaaddeess

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Os padrões de certificação definidos pelo FSC compreendem três níveis hierárquicos, os princípios, seguidos dos critérios que detalham o princípio, depois os indicadores que detalham cada critério. De acordo com os protocolos de avaliação do Programa de Conservação Florestal da SCS, a equipe de avaliação, coletivamente, deve determinar se uma determinada operação florestal está em conformidade com qualquer indicador aplicável dentro da relevância do padrão de certificação. Cada não-conformidade para um critério ou sub-critério necessita ser avaliada para determinar se constitui uma não-conformidade maior ou menor. Nem todos os indicadores têm a mesma importância e não se utiliza nenhuma fórmula numérica para determinar se uma operação está em uma não-conformidade. A equipe precisa usar o julgamento coletivo para avaliar cada critério e definir a sua conformidade. Se uma operação florestal é avaliada como não-conforme para um critério, então, pelo menos um indicador precisa ser avaliado como uma não-conformidade maior. Ações corretivas requeridas (Corrective action requests - CAR) são definidas para cada não-conformidade. Não-conformidades maiores são denominadas CAR Maiores e não conformidades menores como CAR ou CAR menores. Interpretação de CAR’s maiores (pré-condições), CAR’s (CAR menores) e Recomendações. CAR’s maiores/Pre-condições: Uma não conformidade maior individual ou em combinação com outras não conformidades de outros indicadores em uma carência fundamental para cumprir com os objetivos do critério do FSC ao caráter único dos recursos afetados. Esta ação corretiva precisa ser resolvida ou fechada antes de emitir a certificação. Se uma CAR maior é definida após a certificação, o prazo previsto para corrigir essa não-conformidade é tipicamente menor do que uma CAR menor. A certificação estará contingenciada na resposta da operação florestal em resolver a pendência no prazo estimulado. CAR’s ou CAR’s Menores: São ações corretivas em resposta a não-conformidades menores, que são tipicamente limitadas na escala ou podem ser caracterizadas como erros não usuais do sistema. As ações corretivas devem ser cumpridas em um determinado tempo pré-definido, depois de emitido o certificado. Recomendações: São sugestões que a equipe de avaliação apresenta, no sentido de ajudar a empresa a se encaminhar a uma situação ideal de desempenho. A implementação das recomendações é voluntária e não afeta a manutenção do certificado. Recomendações podem virar condicionantes, caso o cumprimento de algum critério esteja sendo afetado pela sua não execução.

4 – RESULTADOS DA AVALIAÇÃO

A tabela 4.1 abaixo, contem as conclusões da equipe de avaliações, relativas aos pontos fortes e fracos da operação florestal em relação aos padrões de certificação do FSC. A tabela também apresenta o número das ações corretivas requeridas (CAR’s) em cada princípio.

44..11 -- PPrriinncciippaaiiss PPoonnttooss FFoorrtteess ee FFrraaccooss ddee DDeesseemmppeennhhoo ddaa DDUURRAATTEEXX eemm rreellaaççããoo aaooss PP&&CC ddoo FFSSCC

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Princípio Pontos fortes Pontos fracos Providencias

P 01: Obediência às Leis e aos Princípios do FSC

• Respeito à legislação pertinente à atividade florestal.

• Recolhimento de todos os encargos e taxas cabíveis à atividade.

• Há procedimentos formais para proteger as áreas de manejo que se encontram protegidas de atividades ilegais.

• Compromisso de longo prazo de manutenção das amostras representativas dos ecossistemas existentes.

• Existência de Floresta de Alto Valor de Conservação.

• Completar as noções sobre legislação ambiental e acordos internacionais nos treinamentos.

CAR 2004-07

P 02: Direitos e Responsa-bilidades de Posse e Uso da Terra

• Clara documentação das áreas a serem certificadas.

• Não há pendências jurídicas ou administrativas das propriedades.

• Posse mansa e pacífica das propriedades. • As comunidades locais e do entorno das áreas tem

assegurado o seu direito de posse.

P 03: Direitos das Comunidades Indígenas e Comunidades Tradicionais

• Não se aplica. Não há populações indígenas ou tradicionais no entorno ou na região onde se desenvolve o manejo das plantações florestais da DURATEX. Portanto, o manejo não ameaça ou diminui os direitos de quaisquer populações indígenas ou tradicionais.

P 04: Relações Comunitárias e Direitos dos Trabalhadores da Unidade de Manejo Florestal.

• Oportunidade de trabalho aos moradores das quatro regiões: Agudos, Lençóis Paulista, Botucatu e Itapetininga.

• Oportunidade de melhoria educacional aos trabalhadores, através do Programa “Educação para um Futuro melhor”.

• Trabalha quase 100% com funcionários próprios. • Seguro saúde aos funcionários, extensível aos

familiares. • Condições adequadas de trabalho, com muito boa

qualidade da alimentação (balanceada determinada por nutricionista) e água fornecida aos funcionários.

• Monitoramento da segurança do trabalho. • Sinalização clara nas frentes de trabalho. • Transporte de funcionários em veículos

adequados e bem conservados. • Máquinas com equipamentos de segurança acima

das especificações de fábrica. • Excelente programa de qualificação de

funcionários. • Remuneração acima da média do setor. • Acordos Sindicais são referência para os

Sindicatos locais, em relação aos benefícios oferecidos aos funcionários.

• Não há programa de voluntariado dentro da empresa

PRE 2005-01 2005-02

REC. 2005-04

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P 05 : Benefícios Da Floresta (Plantações Florestais)

• Empresa líder no setor de painéis, com boa rentabilidade e capacidade de investimento em médio e longo prazos.

• Os balanços da DURATEX S. A. mostram que a empresa vem incrementando sua receita com vendas nos últimos anos.

• Manejo florestal é realizado de forma objetiva e empresarial.

• Produtividade das plantações, permitindo abastecimento de 3 fábricas e produção total de 220 mil ton./ano.

• A produção de madeira é destinada ao abastecimento de 03 fábricas do grupo, instaladas em 03 regiões do Estado de São Paulo com produção diversificada.

• Equipamentos adequados de acordo com as condições locais (topografia, tipo de solo) e viáveis economicamente.

• Não utiliza fogo no preparo do solo. • Disposição adequada de resíduos, empregando-se

um rolo faca para facilitar a incorporação da matéria orgânica.

• As áreas são bastante dispersas promovendo um uso de bens e serviços de fornecedores locais.

• Participa de comitês de bacias hidrográficas • A empresa realiza esforços na redução dos

problemas de erosão de solos e manutenção das áreas de reserva

• Existe um programa de recuperação de áreas de preservação permanentes

• Existe um programa de inventário florestal contínuo, onde a estimativa de produção tem equivalência com a obtida no inventário

• Compatibilidade entre os níveis de colheita atuais e os dados de crescimento.

• Incentivo à utilização local e racional de resíduos

• Pouco esforço na utilização do potencial de algumas áreas para manejo visando ao uso múltiplo da floresta.

• Pouco esforço na utilização do

potencial da floresta em termos de produtos não madeireiros

• A casca não é utilizada como

fonte de matéria orgânica para o solo

REC 2005-01 2005.02 2005.03

P 06 : Impacto Ambiental

• Existe uma identificação e avaliação genérica dos impactos ambientais das atividades florestais.

• Existem convênios para realização de levantamento faunístico;

• Existem mapas básicos contendo as áreas de conservação e estão delimitadas as micro-bacias contidas em cada UMF

• A empresa elaborou um Programa de Recuperação de Áreas de Preservação Permanente e das Reservas Legais;

• As áreas destinadas à conservação, reserva legal e áreas de preservação permanente representam ecossistemas de ocorrência natural na região;

• Existência de plano de prevenção e combate a incêndios florestais;

• Existe grande heterogeneidade de ecossistemas nas áreas da empresa com fazendas com grandes fragmentos, permitindo a conservação de diferentes fitofisionomias presentes no Estado de São Paulo;

• Nas maiores UMF foram implantados corredores de fauna para aumentar a conectividade entre fragmentos de áreas naturais;

• Descrição dos impactos baseada em estudos conceituais de impacto ambiental, mostrando a necessidade de serem realizados trabalhos em campo, principalmente no que diz respeito ao impacto de operações florestais sobre a fauna.

• Demora na elaboração de

mapas mais detalhados. Mapas básicos pouco informativos a respeito da classificação e situação das áreas de conservação.

PRE 2005-04 2005-05 2005-06 CAR 2005-01 2005-02 2005-03 2005-06 2005-09

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P 06 : Impacto Ambiental (Cont.)

• A empresa dispõe de fotografias aéreas recentes que permitem identificação da cobertura vegetal nativa das UMF. Para as fazendas certificadas em 1995, foram elaborados mapas com a caracterização da cobertura vegetal nativa.

• Os equipamentos utilizados nas atividades florestais são escolhidos de forma a considerar os impactos ambientais potenciais;

• Ao que tudo indica os danos provocados por pragas são baixos;

• Os pesticidas têm sua utilização justificada, com os respectivos testes de campo e toda a compra é acompanhada de seu receituário agronômico;

• Quando da aplicação de pesticidas, os trabalhadores recebem um treinamento apropriado e utilizam equipamentos de segurança;

• Existe um programa de gerenciamento dos pesticidas que inclui a recepção, armazenamento, aplicação e retorno e destino final das embalagens;

• Existe um programa de manejo integrado de pragas, que inclusive promove a utilização de predadores locais;

• Existe um programa de pesquisa para a redução e a procura de produtos menos tóxicos;

• Existem procedimentos e infra-estrutura implantados e apropriados para o manuseio, tratamento, descarte, destino final de resíduos e embalagens.

• Existência de procedimentos emergenciais para o caso de acidentes com produtos químicos.

• Programa de monitoramento de formigas. • Utilização de métodos não químicos (controle

biológico) • Programa de monitoramento e eliminação de

espécies exóticas em áreas de conservação.

A aplicação de novas informações do levantamento de fauna pode ser ampliada para prevenir impactos da operação em áreas de conservação especialmente importantes (Caso do “Pavó”. Pyroderus scutatus) • O material informativo sobre a

utilização de agrotóxicos pode ser complementado para repassá-las a pessoas potencialmente afetadas

P 07: Plano de Manejo

• Existe um Plano de Manejo apropriado à escala e à intensidade das operações propostas, que vem sendo implementado e atualizado. Os objetivos de longo prazo do manejo florestal e os meios para atingi-los estão claramente descritos.

• Evidências de que as equipes de planejamento e operação conhecem o plano de manejo.

• Disponibilidade para consulta pública do resumo do plano de manejo.

• Revisão periódica do plano de manejo. • Utilização integral dos recursos florestais para

produção de chapas. • Planejamento, implantação e manutenção da malha

viária realizado de acordo com especificações técnicas.

• Controle e armazenagem adequada dos produtos colhidos.

• Existe um plano de prevenção e controle de incêndios e equipes devidamente treinadas, com responsabilidades definidas para combater focos de incêndio.

• Existência de pequenos talhões “encravados“ em áreas de conservação.

• Verificação em campo de áreas de preservação permanente inadequada sem estar plotada

• Existência de gado nas áreas da empresa

.

PRÉ 2005.3

CAR 2005-03 2005-07

REC 2005-05

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P 8 –Monitora-mento e Avaliação

• Existe documentação padronizada com a justificativa e disponibilização do método de monitoramento e avaliação;

• As informações do monitoramento que vem sendo realizado estão sendo registradas;

• É registrada a produtividade de colheita da floresta plantada;

• Existe um plano de monitoramento que contém indicadores que demonstram as taxas de crescimento e demais condições da floresta plantada;

• Existe um sistema de controle de custos, e produtividade, que resguarda a confidencialidade da empresa

• A incorporação dos estudos ambientais na forma de monitoramentos pode ser ampliada, tendo em vista a escala de operações florestais.

CAR 2005-02

P 09 – Manutenção de Florestas de Alto Valor de Conservação

• Foi determinada a área da "Reserva do Matão" como uma área de Alto Valor de Conservação por ter atributos consistentes, e que vem sendo estudada e protegida neste sentido.

• A "Reserva do Matão" possui um Plano de Manejo bem elaborado.

• Estão sendo realizados levantamentos na região de Itapetininga e, embora nenhuma área semelhante tenha sido até o momento, já foram observadas espécies importantes nessa região que merecem atenção especial de conservação.

• Falta um monitoramento sistemático dos atributos que indicam a existência de FAVC, para verificar a eficácia das medidas de conservação.

CAR 2004-08

P 10 –Plantações florestais

• Os objetivos das plantações florestais estão claros no plano de manejo, incluindo a conservação das áreas de preservação permanentes e reserva legal.

• Comparado com as atividades de uso da terra em seu entorno, as plantações florestais promovem uma razoável proteção de áreas naturais remanescentes, permitindo a conservação de importantes habitats de espécies silvestres

• A empresa possui uma boa distribuição espacial, abrangendo diferentes regiões do Estado de São Paulo, o que propiciou a criação de um mercado de trabalho, mantendo ótima sustentabilidade social da floresta

• A seleção das espécies para as plantações está baseada na total adequação das espécies de pinus e eucalipto à região de atuação da DURATEX e sua conformidade aos objetivos do plano de manejo

• Atualmente a DURATEX tem 14.024 ha em áreas de conservação e está implementando o aumento dessas áreas.

• A empresa realizou um estudo simulando o manejo em mosaico que indicou que este tipo de manejo será de difícil implementação em suas áreas

• Utilização de clones e sementes adaptadas aos diversos ecossistemas

• Desenvolvimento do programa de melhoramento florestal;

• Representação das áreas de conservação (APPs, reserva legal) da unidade de manejo florestal em mapas e croquis, bem como seus planos de reabilitação.

• Verificação em campo de áreas de preservação permanente inadequada sem estar plotada

• Ainda existem faixas de proteção dos mananciais e/ou dos recursos hídricos que necessitam de reabilitação

• Implementação do compromisso de, a cada 3 anos, ampliar em 280 ha as áreas de Reserva Legal (em 2006 e 2009).

• Existência de pequenos talhões “encravados“ em áreas de conservação, sem justificativa

• Largura da estrada entre os talhões 34 e 60A-B da Fazenda Rio Claro, no trecho que corta a Reserva do Matão

• A DURATEX deve iniciar estudos para implantar um sistema piloto adotando a micro-bacia como unidade de planejamento, em uma UMF a ser ecolhida pela empresa, visando determinar procedimentos operacionais que permitam a conservação dos solos, da água e da biodiversidade.

PRE 2005-06

CAR 2005-03 2005-04 2005-05 2005-10 2005-11 2005-12

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• Programas estratégicos visando à prevenção e minimização dos impactos sobre os recursos hídricos (controle de erosão) e desenvolvendo procedimentos adequados.

• Técnicas adequadas de preparo de solo sem utilização do fogo (cultivo mínimo).

• Disposição adequada de galhadas na colheita reduzindo a compactação de solo.

• Adoção de técnicas compatíveis com as condições locais (topografia, tipo de solo, clima, dentre outros).

• Existência de um programa de monitoramento e controle periódico da qualidade da água descartada do viveiro de mudas

• Programa de monitoramento e manejo integrado de pragas e doenças florestais.

• A DURATEX não está mais adquirindo novas propriedades. Além disso, existe uma política de compra de terras que proíbe a compra de pequenas áreas que implicassem deslocamentos de pequenos proprietários

• Justificativas para a aplicação e dosagens de produtos químicos.

• Evidências de empenho para otimização do uso de agrotóxicos (programa de monitoramento de formigas) e substituição de produtos por princípios ativos ambientalmente mais brandos.

44..22 PPrréé--ccoonnddiicciioonnaanntteess oouu CCAARR’’ss MMaaiioorreess

Pré-condicionantes são ações corretivas maiores que são definidas em uma operação florestal após a avaliação inicial e antes que esta operação seja certificada. A certificação não pode ser concedida se existir uma pré-condicionante não cumprida.

As seguintes pré-condicionantes foram definidas a DURATEX durante a avaliação inicial. Todas foram fechadas e aceitas pela equipe de avaliação.

Antecedentes/Justificativas: Deve haver garantias do cumprimento da legislação trabalhista para os funcionários de empresas prestadoras de serviços, sendo igualmente transportados em veículos adequados e seguros. PRE 2005.01 Incluir na lista de checagem do técnico de segurança:

• Verificar o cumprimento da tabela de EPIs da DURATEX S.A. para todas as Empresas Prestadoras de Serviços (EPS);

• Os seguintes documentos estejam nas frentes de trabalho: i) as cópias de registro de funcionários e ASOs, ii) as cópias de registro das motosserras do IBAMA, iii) autorização do DER para os veículos de transporte dos trabalhadores;

• Os macacos e caixas de ferramentas não podem viajar soltos nos ônibus; • Máxima estocagem de óleo diesel por frente de trabalho de 200

litros (EPSs). Referência FSC Critério P4.c2A, P4.c2C, P4.c2E e P6.c7

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Ações da Empresa A empresa apresentou a nova lista de checagem incluindo os itens previstos nessa pré-condicionante.

Posição no final desta auditoria Pré-condicionante cumprida

Antecedentes/Justificativas: Os trabalhadores devem ser transportados em veículos seguros e adequados à legislação. PRE 2005.02 Definir e implantar um sistema de vistoria mecânica periódica dos

ônibus, com laudo formal de utilização. Referência FSC Critério P4.c2E Ações da Empresa A empresa apresentou o programa de vistoria mecânica periódica Posição no final desta auditoria Pré-condicionante cumprida

Antecedentes/Justificativas: Os responsáveis pelo manejo devem estar qualificados e atualizados em relação aos aspectos técnicos e legais que envolvem a atividade. PRE 2005.03 Apresentar um programa para 2005/2006 de treinamento gerencial em

meio ambiente envolvendo temas sobre conservação da biodiversidade e sustentabilidade de ecossistemas;

Referência FSC Critério P7.c3 e P1.c3 Ações da Empresa A empresa apresentou o programa de treinamento gerencial para 2005 e 2006 incluindo os temas propostos Posição no final desta auditoria Pré-condicionante cumprida

Antecedentes/Justificativas: Devem-se tomar os cuidados necessários para não expor trabalhadores ou familiares a produtos químicos potencialmente perigosos. PRE 2005.04 Apresentar o contrato assinado para a lavagem dos uniformes de

aplicação de herbicidas; Referência FSC Critério P4.c2 Ações da Empresa A empresa apresentou o contrato de lavagem assinado Posição no final desta auditoria Pré-condicionante cumprida

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Antecedentes/Justificativas: As áreas manejadas de plantações florestais, bem como as áreas de proteção devem estar resguardadas de ações que possam prejudicá-las, levando-se em conta o bom relacionamento com a população do entorno. PRE 2005.05 Definir medidas para retirar o gado das UMFs da DURATEX S.A. Referência FSC Critério P4.c4, p4.c5, P4.c6, P6.c2 e P6.c3 Ações da Empresa A empresa apresentou uma proposta com medidas para retirada do gado das fazendas da DURATEX Posição no final desta auditoria Pré-condicionante cumprida

Antecedentes/Justificativas: Em uma área certificada a empresa DEVE cumprir com a política do uso dos pesticidas do FSC PRE 2005.06 O uso dos produtos Tuit e Goal-BR é proibido. A empresa deve

apresentar o que deverá fazer com os estoques existentes Referencia FSC Critério 6.6 Ações da Empresa A empresa não esta utilizando os pesticidas mencionados apresentando um termo de compromisso nesse sentido Posição no final desta auditoria Pré-condicionante cumprida

5 – DECISÃO SOBRE A CERTIFICAÇÃO 55..11 –– RREECCOOMMEENNDDAAÇÇÃÃOO DDAA CCEERRTTIIFFIICCAAÇÇÃÃOO

Como determinado pelo protocolo do Programa de Conservação Florestal da SCS, a equipe de avaliação, pelo presente documento, recomenda que a DURATEX S.A. seja contemplada pela re-certificação de 10 anos do FSC com o respectivo certificado de “floresta bem manejada”, sujeito ao cumprimento das ações corretivas requeridas descritas no item 5.2, por um período de cinco anos (2005 a 2010). A DURATEX S.A. tem demonstrado que o seu sistema de manejo é capaz de garantir que todos os requerimentos do padrão de certificação do Manejo de Plantações Florestais no Brasil, versão 8.0, são cumpridos na área florestal, objeto desta avaliação. A DURATEX tem demonstrado também que o sistema de manejo descrito está sendo cumprido corretamente em todas as áreas cobertas por esta avaliação.

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55..22 –– AAççõõeess CCoorrrreettiivvaass rreeqquueerriiddaass ((CCAARR’’ss)) Antecedentes/Justificativas: Embora o manejo florestal venha sendo realizado há bastante tempo, nunca foram realizadas análises diretas dos impactos de atividades de corte e colheita sobre a biodiversidade existente na área do entorno imediato às plantações. O critério P6c1 discute a necessidade dessa avaliação, tendo em vista a intensidade de manejo realizado pela empresa, permitindo, assim, que eventuais impactos não previstos devido à falta de estudos específicos, venham a ser incorporados nos sistemas de manejo visando à determinação de ações corretivas. CAR 2005.01 Elaborar até dezembro de 2005 um projeto para o estudo de impacto

ambiental da operação florestal de corte e retirada de madeira em, pelo menos, duas regiões de atuação da empresa (Agudos/Lençóis - Itapetininga), prevendo a análise quantitativa da mastofauna e avifauna por especialistas, um ano antes e, um e três anos após as operações florestais. Implementá-lo a seguir. A DURATEX S.A. deve assegurar os recursos materiais e humanos necessários ao êxito do projeto.

Prazo Dezembro de 2005 – elaboração do projeto Referência FSC Critério P6.c1

Antecedentes/Justificativas: A DURATEX possui 50 Unidades de Manejo Florestal com um total de 77.187,77 ha de área certificada. A cada ano são colhidos e transportados 2,5 milhões de m3 de madeira, estando entre as 5 maiores empresas em escala e intensidade de manejo de florestas plantadas. Embora a empresa venha realizando uma série de estudos ambientais, por meio de convênios e acordos com centros de ensino e pesquisa, esses estudos necessitam ser mais coordenados e ter um caráter mais duradouro. Considera-se que devam ser definitivamente assumidos pela empresa como monitoramento, possibilitando um planejamento e execução de levantamentos periódicos e reaplicáveis ao longo do tempo em diferentes áreas da empresa. CAR 2005.02 A DURATEX S.A. deve apresentar até dezembro de 2005

programas para intensificar e comprometer-se em garantir recursos materiais e humanos adequados para a execução das seguintes atividades: Estudos sobre “dinâmica de clareiras”; Estudos sobre “efeito de borda”; Monitoramento de fauna e flora nas UMFs da empresa; Definição de índices de fragmentação e conectividade dos

ecossistemas naturais em suas UMFs; Os resultados parciais desses programas deverão ser apresentados a cada Auditoria Anual.

Prazo Dezembro de 2005 Referência FSC Critério P6.c3 e P8.c2

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Antecedentes/Justificativas: Um dos elementos básicos para o planejamento, manejo e conservação de recursos naturais consiste na identificação e mapeamento em escala adequada da situação ambiental das Unidades de Manejo Florestal. Ao longo dos últimos anos a empresa vem aperfeiçoando o sistema de mapas de suas UMFs. No entanto, considerando que ela já possui 10 anos de certificação, é necessário terminar a etapa de caracterização de suas áreas de conservação e avançar definitivamente para a determinação das diferentes ações de manejo ambiental que deverão ser realizadas. CAR 2005.03 Terminar, até a primeira auditoria anual, todos os mapas de

reclassificação das áreas de conservação da empresa e realizar toda a análise da verdade terrestre. Até dezembro de 2006 todos os mapas devem ter sido corrigidos e apresentados no formato final para planejamento das atividades de manejo ambiental

Prazo Dezembro de 2006. Referência FSC Critério P6c4 e P10c5.

Antecedentes/Justificativas: Uma das exigências o FSC é que uma porção da área total de manejo florestal, apropriada à escala da plantação e a ser determinada nos padrões regionais, deverá ser manejada a fim de restaurar o local à cobertura natural. No caso brasileiro isso é exigido em lei (Código Florestal) que, para o caso da empresa em questão, refere-se aos 20% de Reserva Legal. Esta CAR vem de encontro ao cumprimento do plano de adequação das reservas legais da DURATEX. CAR 2005.04 Implementar o programa de ampliação de áreas de conservação,

incluindo o compromisso de, a cada 3 anos, ampliar em 280 ha as áreas de Reserva Legal (em 2006 e 2009).

Prazo Auditoria de 2006 e auditoria de 2009 Referência FSC Critério P.c1, P1.c7, P6.c4 e P10 c5

Antecedentes/Justificativas: Durante a auditoria de campo foi constatado na UMF Sta. Luzia II a existência de área definida como Área de Preservação Permanente (APP) em mapa, com largura de aproximadamente 12 metros, enquanto sua dimensão deveria ser de 30 metros (segundo preconiza o Código Florestal). Considerando que a auditoria é realizada por amostragem, essa não conformidade preocupa a equipe de avaliação, e implica a necessidade de revisar os mapas em relação às APPs pois na área em questão deveria estar constando a necessidade de readequação. CAR 2005.05 Revisar, até dezembro de 2005, toda a rede hidrográfica e as áreas

de APP em falta. Apresentar um resumo por fazenda das áreas a recuperar junto a um cronograma de atividades (P6c4), que deve ser executado na primeira colheita/reforma; Incluir nos mapas a escala gráfica e cruzetas contendo as coordenadas UTM

Prazo Dezembro de 2005 Referência FSC Critério.P1c7; P6c4; p10c5.e P10 c6

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Antecedentes/Justificativas: conforme prevê o critério 6.11 a empresa deve ter um material informativo específico sobre a aplicação de pesticidas para ser divulgado aos vizinhos CAR 2005.06 Elaborar, até dezembro de 2005, um material informativo sobre a

aplicação de todos os pesticidas utilizados pela empresa e apresentar um plano de divulgação para 2006 (P6c11).

Prazo Até dezembro de 2005 Referência FSC Critério 6.11

Antecedentes/Justificativas: Os tomadores de decisões da empresa devem estar plenamente qualificados acerca dos aspectos legais que envolvem a atividade. CAR 2005.07 Implementar o programa para 2005/2006 de treinamento gerencial

em meio ambiente envolvendo temas sobre conservação da biodiversidade e sustentabilidade de ecossistemas, apresentando um sumário dos treinamentos na auditoria anual

Prazo Auditoria de 2006 Referência FSC Critério P1.c4

Antecedentes/Justificativas: Entre os atributos que justificam a determinação de Floresta de Alto Valor para a Conservação para a área conhecida como Reserva do Matão está a presença de primatas ameaçados de extinção. A empresa já vem executando o controle ambiental na área, impedindo ações degradadoras. Cabe, entretanto, verificar se tais ações são eficazes para manter ou incrementar os atributos de conservação que ali existem. CAR 2005.08 Elaborar um projeto, até dezembro de 2005, de monitoramento

periódico de primatas na Reserva do Matão (Área de Alto Valor de Conservação). Esse projeto deve prever recursos materiais e humanos adequados para garantir o seu êxito, sendo que o projeto deve ser implementado a partir janeiro de 2006.

Prazo Projeto – dezembro de 2005 Implementação do projeto – janeiro 2006.

Referência FSC Critério - P9c4 Antecedentes/Justificativas: Considerando que o plano de manejo deve ser revisado periodicamente para incorporar os resultados do monitoramento ou novas informações científicas, e a necessidade de medidas para proteger as espécies raras, ameaçadas ou em perigo de extinção, a descoberta do “Pavó” (Pyroderus scutatus) em uma UMF da empresa necessita ser considerado, antes da realização de qualquer procedimento operacional que venha causar a perturbação da população ou dos hábitats utilizados pela referida espécie. CAR 2005.09 Definir mudanças no manejo florestal, se necessário, na UMF onde

foi encontrada a espécie ameaçada de extinção “Pavó” (Pyroderus scutatus), visando à proteção dessa espécie de ave antes de iniciar o próximo corte.

Prazo Auditoria de 2007 Referência FSC Critério P6c2, P7.c2 e P8.c4

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Antecedentes/Justificativas: Durante a auditoria de re-certificação foi verificada a existência de pequenos talhões “encravados“ em áreas de conservação. Alguns destes recém plantados. Tendo em vista que a empresa está em déficit com sua área de reserva legal e que o manejo desses talhões “encravados” imprime maior impacto sobre áreas de conservação é justificada a CAR abaixo descrita. CAR 2005.10 Apresentar na auditoria de 2006 uma relação de todos os talhões

com menos de 25 ha encravados em áreas de conservação e definir critérios de custos X vantagens ambientais de mantê-los como áreas produtivas ou transformá-los em áreas de conservação

Prazo Auditoria Anual de 2006 Referência FSC Critério P10c2

Antecedentes/Justificativas: Como preconizado pelo FSC, devem existir ações para favorecer a conectividade entre os fragmentos dos ecossistemas naturais. Neste sentido, uma das estradas que corta a Reserva do Matão, entre os talhões 34 e 60A-B (UMF Rio Claro) deve ser melhor estudada: (i) quanto à sua real necessidade e (ii) caso necessária, quanto à possibilidade de ser reduzida em largura, visando a aumentar a conectividade entre áreas naturais. É importante lembrar que a referida Reserva foi instituída como FAVC devido à presença de primatas ameaçados de extinção. CAR 2005.11 Reduzir, até a auditoria 2006, a largura da estrada entre os talhões

34 e 60A-B da Fazenda Rio Claro, no trecho que corta a Reserva do Matão

Prazo Auditoria de 2006. Referência FSC Critério P10c2

Antecedentes/Justificativas: Uma série de estudos técnico-científicos tem demonstrado que a utilização da micro-bacia hidrográfica como unidade de planejamento e controle da produtividade na agricultura-silvicultura, acoplada ao monitoramento de parâmetros ecológicos – perda de solos, modificação na qualidade e quantidade da água e na estrutura/qualidade de áreas naturais - serve para medir a sustentabilidade do sistema de produção e definir procedimentos mais adequados de manejo ambiental do ponto da conservação de recursos naturais. A presente CAR visa que a DURATEX inicie estudos para verificar a possibilidade de adotar explicitamente tal abordagem em suas UMFs, melhorando sua capacidade de análise e controle ambiental voltada a sustentabilidade produtiva e proteção dos recursos naturais. CAR 2005.12 A DURATEX deve implementar, até a auditoria anual de 2007, um

sistema piloto adotando a micro-bacia como unidade de planejamento, em uma UMF a ser escolhida pela empresa, visando determinar procedimentos operacionais que permitam a conservação dos solos, da água e da biodiversidade.

Prazo Auditoria de 2007. Referência FSC Critério P5.c5. ; P6.c1; P10.c2

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Recomendações Recomendação 2005.01: Analisar a possibilidade de criar fontes de madeira para usos múltiplos na região sul da empresa, principalmente em Buri, com objetivo de ajudar na criação de alternativas de abastecimento de toras para as serrarias existentes na região. Recomendação 2005.02: Analisar a possibilidade de manejar áreas para produção de madeira para serraria; arrendamentos para a produção de mel e das terras embaixo das linhas de alta tensão para produção agrícola, com objetivo de se criar novas oportunidades de criação de renda nas regiões. Recomendação 2005.03: Avaliar o custo/benefício de se deixar a casca de eucalipto no campo, em relação à fertilidade do solo e ganho em energia. Recomendação 2005.04: Avaliar a possibilidade de implantação de um programa de voluntariado dentro da empresa. Recomendação 2005.05: Incluir nas atividades de treinamento relacionadas à atividade florestal, noções acerca de legislação ambiental e os Acordos Internacionais das quais o Brasil é signatário, conforme consta no P1.c3.

6 – AVALIAÇÕES DE MONITORAMENTO 6.1 Auditoria Anual de 2006 6.1.1 Datas das Avaliações Primeira certificação – auditoria de campo: 09 a 13 de janeiro de 1995 Re-certificação de 5 anos - auditoria de campo: 15 a 19 de maio de 2000 Re-certificação de 10 anos: auditoria de campo: 14 a 18 de março de 2005 1a auditoria (2006) – Visita de campo: 28 a 30 de junho de 2006 6.1.2 Auditores Roberto E. Bauch, agrônomo e silvicultor - O Sr. Bauch tem mais de 30 anos de experiência profissional como consultor para o setor privado no Brasil e em países da América Central. É especialista em processos do manejo florestal e silvicultura. Como consultor, trabalhou em diversos programas de assistência técnica, tanto no Brasil como no exterior, em engenharia agroflorestal e manejo de florestas naturais e plantadas. Já participou do processo de certificação na SCS de 10 unidades de manejo florestal de plantações e de sete avaliações de manejo de florestas naturais. Trabalhou na Nicarágua em um projeto de cooperação técnica sueco (ASTI), em conjunto com organizações florestais governamentais e povos indígenas da Costa Atlântica, particularmente na área de manejo sustentado de recursos florestais. Participou

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da organização do novo Serviço Florestal Nicaragüense e trabalhou em um Plano de Ação de Florestas Tropicais da FAO (TFAP/FAO) na Nicarágua, coordenando o plano estratégico para a utilização de lenha como combustível em uma base sustentável e econômica. Atuou como especialista no programa PRODEAGRO, do Banco Mundial/PNUD, no Estado de Mato Grosso, trabalhando com o manejo de recursos florestais naturais, objetivando a difusão de informações técnicas sobre o manejo sustentável de florestas tropicais úmidas. Atualmente realiza consultoria com a GTZ ao Projeto PROMANEJO, que pretende difundir a técnica do manejo floresta na Amazônia, por meio do incentivo às iniciativas promissoras, criar subsídios para a definição de políticas florestais adequadas e testar um novo modelo de controle da atividade madeireira. Vanilda R. S. Shimoyama - Engenheira Florestal, formada pela Universidade de São Paulo, M.Sc. em Ciências Florestais pela mesma universidade e Doutorado pela Universidade Federal do Paraná. Atua no setor há 20 anos como pesquisadora, consultora e assessora para o setor privado no Brasil. Em consultoria e prestação de serviços para o setor industrial, desenvolveu e implantou programas de Integração Floresta x Indústria, visando melhoria da qualidade do produto final e redução de custos de produção; desenvolveu estudos e programas de adequação e otimização de matérias-primas x processos industriais e aproveitamentos de resíduos; desenvolveu e implantou programas de monitoramento das características tecnológicas da madeira e elaborou normas de qualidade para toras de pinus, visando diferentes segmentos de mercado. No setor florestal, elaborou normas para atividades silviculturais e de colheita de madeira; desenvolveu, implantou e conduziu programas de qualidade nas atividades florestais; desenvolveu pesquisa para aumento da produtividade florestal e melhoria da qualidade da madeira. No setor ambiental, realizou estudos e desenvolveu programas para minimização dos impactos ambientais causados pelas atividades florestais; desenvolveu e implantou programa de gerenciamento de resíduos gerados nas atividades florestais, bem como normas para utilização de produtos químicos e introdução de novos produtos; coordenou estudos de fragmentos naturais (fitossociologia) e projetos de recuperação de áreas degradadas e, estudos, levantamentos e monitoramento de fauna. Na área social, desenvolveu programas de qualificação de recursos humanos – treinamentos e reciclagens envolvendo os temas produtividade, qualidade, segurança no trabalho e meio ambiente; desenvolveu projetos, implantou e executou programas de educação ambiental para a comunidade escolar da região Norte Pioneira do Estado do Paraná, para comunidades vizinhas e funcionários de empresas da região. Participou do processo de certificação, pela SCS, de 04 unidades de manejo de plantações florestais, com 12 auditorias e de mais de 40 auditorias de cadeia de custódia. 6.1.3 - O Processo de Avaliação As atividades da auditoria anual da DURATEX iniciaram-se no dia 28 de junho de 2006. Nesta data o auditor Roberto Bauch visitou a Fazenda Monte Alegre em Agudos, observando os trabalhos de retirada de exóticas em áreas de conservação, o projeto Piatã de educação ambiental, preparo de solo e plantio de eucalipto, implantação de corredores de fauna e as áreas de recuperação de áreas de conservação.Houve uma mudança no projeto Piatã, no sentido de acabar com á área de criadouro de animais e focar principalmente nos aspectos ambientais e de produtos da empresa.

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A auditora Vanilda visitou a região de Buri e Itapetininga / SP, mais especificamente a fazenda Santa Maria II, onde foi checada a conservação das florestas nativas e plantadas, a conservação da malha viária e adequação de APPs. Na fazenda Santa Terezinha, foi avaliada a atividade de colheita, sistema mecanizado (próprio) e semimecanizado (terceirizado – Empresa Capim Florestal), envolvendo o corte, remoção e transporte, entrevistando funcionários próprios, terceiros e administrador da empresa prestadora de serviços. Também foi avaliada a atividade de coleta de resíduos pela empresa Center Flora. Nas fazendas Santa Amália e Coqueiral foi checada a atividade de retirada de madeira de pinus das áreas de APPs, através do processo de venda de madeira em pé. No dia 29 de junho o auditor Roberto Bauch visitou as fazenda da região de Lençóis Paulista observando as áreas de adequação de APP´s, a reserva do Matão que é uma FAVC e os trabalhos lá realizados, os corredores de fauna implantados a 3 anos, aplicação de formicida, controle e devolução de embalagens de pesticidas, viveiro e os danos do tornado de 2005. Pela manhã, a auditora Vanilda auditou a cadeia de custódia da fábrica de Itapetininga e à tarde visitou a fazenda Rio das Pedras, checando o depósito de produtos químicos, a conservação dos povoamentos florestais e nativas, a conservação da malha viária, o programa de eliminação de exóticas das áreas de conservação e adequação de APPs. Também foram visitadas as seguintes fazendas da região de Botucatu: Maria Cristina, Água Bonita, Cerrados do Tamanduá e São Pedro da Terra Nova, onde foram checadas as atividades de plantio, controle de formigas, adequação de APPs nas áreas recém plantadas, programa de eliminação de exóticas de áreas de conservação e conservação da malha viária. No dia 30 de junho, pela manhã, o auditor Roberto Bauch visitou as Fazenda na região de Botucatu – Morro do Ouro, Rincão do Pinhal, Macedônia, Ipê, Pitangueiras e Primavera. Foram observados os cuidados com a conservação de solos, recuperação de APP´s, eliminação de exóticas, colheita florestal mecanizada, preparo de solo e plantio, cuidados com segurança do trabalho. A auditora Vanilda visitou a fazenda Santa Lúcia, avaliando a atividade de colheita mecanizada, realizada por módulos próprios da Duratex. Também foram visitadas as fazendas Monte belo e Paninguel, onde foram verificadas as condições de manutenção da malha viária, conservação dos povoamentos florestais e de fragmentos de nativas, programa de eliminação de exóticas das áreas de conservação e adequação de APPs. No período da tarde, os auditores se reuniram para a avaliação geral da empresa, realizando, na seqüência a reunião de encerramento com seus representantes, quando foram apresentados e discutidos os resultados da auditoria. 6.1.4 – Estado das Ações Corretivas Requeridas – CAR´s e Recomendações CARs: CAR 2005-01 (menor) Referência: FSC P6.c1 Elaborar até dezembro de 2005 um projeto para o estudo de impacto ambiental da operação florestal de corte e retirada de madeira em, pelo menos, duas regiões de atuação da empresa (Agudos/Lençóis - Itapetininga), prevendo a análise quantitativa da mastofauna e avifauna por especialistas, um ano antes e, um e três anos após as operações florestais. Implementá-lo a seguir. A DURATEX S.A. deve assegurar os recursos materiais e humanos necessários ao êxito do projeto.

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Ações da Empresa/Observações do Auditor Na auditoria de 2006 foi apresentado um projeto para cumprimento da CAR, entretanto, devido ao alto valor do mesmo, foram discutidas novas diretrizes, onde a empresa deveria apresentar até 15 de setembro de 2006, uma nova proposta de trabalho, concentrando-o em uma única área piloto (Exemplo: Lençóis Paulista). Até a próxima auditoria (2007) organizar análise dos trabalhos de levantamentos de fauna já realizados na empresa, apresentando conclusões sobre os impactos do manejo das plantações na conservação da fauna silvestre. Foram apresentadas pela DURATEX as seguintes propostas de encaminhamento: a) Conduzir pesquisa sobre a influência do manejo do eucalipto na fauna silvestre, adotando como mamíferos indicadores os quirópteros (morcegos). A pesquisa será conduzida em parceria com universidade. Projeto será instalado na Fazenda Rio Claro. Início dos estudos em campo no primeiro semestre de 2007; b) Concluir a pesquisa com a onça-parda, na busca de informações sobre a conservação da fauna em áreas de reflorestamento. Projeto desenvolvido em Agudos e Lençóis Paulista. Conclusão prevista para 2007, conta com suporte técnico e científico do Biólogo Leonardo Siqueira Mendonça, mestrando em Ecologia, orientado da Profª Eleonora Setz do Laboratório de Ecologia e Comportamento de Mamíferos do Departamento de Zoologia da UNICAMP; c) Equipe técnica da DURATEX fará uma releitura dos trabalhos já realizados com fauna na Empresa, apresentando inferências sobre o manejo florestal e a conservação da fauna. Serão tomados como referência os levantamentos da avifauna e de outras classes animais realizados na DURATEX; e também pesquisas com fauna silvestre de outras empresas florestais. Prazo: até a próxima auditoria (junho de 2007). Posição no final desta auditoria CAR em execução

CAR 2005-02 (menor) Referência: FSC P6.c3 e P8.c2 A DURATEX S.A. deve apresentar até dezembro de 2005 programas para intensificar e comprometer-se em garantir recursos materiais e humanos adequados para a execução das seguintes atividades: Estudos sobre “dinâmica de clareiras”; Estudos sobre “efeito de borda”; Monitoramento de fauna e flora nas UMFs da empresa; Definição de índices de fragmentação e conectividade dos ecossistemas naturais nas UMFs; Os resultados parciais desses programas deverão ser apresentados a cada Auditoria Anual. Ações da Empresa/Observações do Auditor Durante a auditoria de 2006 foi estabelecido como diretriz a execução do trabalho em duas áreas piloto de estudo, Agudos e Lençóis Paulista. Em setembro/2006 foi apresentada a seguinte proposta de trabalho: a) Eleger como áreas piloto de estudo a mata da torre em Agudos e a Reserva do Matão em Lençóis Paulista. Buscar orientação acadêmica. Nestas áreas serão possíveis estudos de clareira, efeito de borda e regeneração natural; b) Aguardar resultados da pesquisa em florísitica e fitossociologiada em reservas de vegetação nativa da Fazenda Monte Alegre, com utilização de imagens aéreas, conduzida pela Bióloga Débora Lemos, doutoranda orientada da Profª Vera Lex da UNESP/Botucatu. Elaborar para a próxima auditoria análise dos trabalhos já desenvolvidos em flora na Empresa, apresentando conclusões relacionadas com o manejo das fazendas. Elaboração pela equipe técnica da DURATEX; c) Desenvolver projeto de monitoramento operacional de fauna e flora, nos meses de julho (inverno) e janeiro/fevereiro (verão). Orientação do trabalho pela equipe técnica da DURATEX, com apoio de estagiários e operadores florestais na unidade. Eleger seis áreas piloto (fazendas) para o monitoramento: 1) Monte Alegre, 2) Rio Claro, 3) Rincão do Pinhal, 4) São Pedro da Terra Nova, 5) Rio das Pedras e 6) Santa Maria II e prever que duas delas sejam monitoradas a cada ano; d) Produzir quadro com o índice de fragmentação das áreas da empresa (Tomar como referência fórmula do Instituto Florestal e trabalho da Profª Cecília/Unicamp realizado na Fazenda Rio Claro). Para discutir

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índices de conectividade considerar bibliografia. Prazo: até a próxima auditoria (junho de 2007). Posição no final desta auditoria CAR em execução

CAR 2005-03 (menor) Referência: FSC P6c4 e P10c5 Terminar, até a primeira auditoria anual, todos os mapas de reclassificação das áreas de conservação da empresa e realizar toda a análise da verdade terrestre. Até dezembro de 2006 todos os mapas devem ter sido corrigidos e apresentados no formato final para planejamento das atividades de manejo ambiental Ações da Empresa/Observações do Auditor Durante a auditoria de 2006 foram apresentados mapas com uma ampla legenda. Foi solicitada a redução do número de legenda. A DURATEX propôs a seguinte legenda: a) Mata; b) Cerrado e Campo; c) Eucalipto e Pinus; d) Áreas abertas. CAR prorrogada para a auditoria de 2007. Posição no final desta auditoria CAR em execução

CAR 2005-04 (menor) Referência: FSC P.c1, P1.c7, P6.c4 e P10 c5 Implementar o programa de ampliação de áreas de conservação, incluindo o compromisso de, a cada 3 anos, ampliar em 280 ha as áreas de Reserva Legal (em 2006 e 2009). Ações da Empresa/Observações do Auditor Em 2006 foi assegurada a incorporação de área superior aos 280 ha previstos. Em 2009 deverá ser apresentada a área ampliada nos últimos 3 anos Posição no final desta auditoria CAR Cumprida até a presente data Observação final dos auditores: em 2009 deverá ser apresentada a área ampliada nos últimos 3 anos.

CAR 2005-05 (menor) Referência: FSC P1c7; P6c4; p10c5.e P10 c6 Revisar, até dezembro de 2005, toda a rede hidrográfica e as áreas de APP em falta. Apresentar um resumo por fazenda das áreas a recuperar junto a um cronograma de atividades (P6c4), que deve ser executado na primeira colheita/reforma; Incluir nos mapas a escala gráfica e cruzetas contendo as coordenadas UTM. Ações da Empresa/Observações do Auditor Na auditoria de 2006 foram apresentados os mapas com todos os pontos de APPs em falta que deverão ser adequados na primeira reforma. Posição no final desta auditoria CAR cumprida

CAR 2005-06 (menor) Referência: FSC P6c11 Elaborar, até dezembro de 2005, um material informativo sobre a aplicação de todos os pesticidas utilizados pela empresa e apresentar um plano de divulgação para 2006 (P6c11). Ações da Empresa/Observações do Auditor A DURATEX elaborou e distribuiu material informativo sobre aplicação de pesticidas utilizados pela

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empresa. Posição no final desta auditoria CAR Cumprida

CAR 2005-07 (menor) Referência: FSC P1.c4 Implementar o programa para 2005/2006 de treinamento gerencial em meio ambiente envolvendo temas sobre conservação da biodiversidade e sustentabilidade de ecossistemas, apresentando um sumário dos treinamentos na auditoria anual. Ações da Empresa/Observações do Auditor Foi elaborado o programa para 2005, 2006 e 2007. Em outubro de 2005 foi realizado o treinamento sobre Sistemas de Gestão Ambiental, avaliação de aspectos ambientais e auditoria ambiental. Em maio de 2006 foi realizado Seminário interno sobre Biologia da Conservação – I. Estão previstos para 2007 mais 02 seminários internos sobre Biologia da Conservação. Posição no final desta auditoria CAR cumprida até a presente data

CAR 2005-08 (menor) Referência: FSC - P9c4 Elaborar um projeto, até dezembro de 2005, de monitoramento periódico de primatas na Reserva do Matão (Área de Alto Valor de Conservação). Esse projeto deve prever recursos materiais e humanos adequados para garantir o seu êxito, sendo que o projeto deve ser implementado a partir janeiro de 2006. Ações da Empresa/Observações do Auditor Durante a auditoria de 2006 foi apresentado um projeto com custo elevado. Em acordo com a SCS, o levantamento pode ser simplificado em relação ao projeto apresentado, elaborado com a UFPR. Poderá ser feito com método de menor custo, sem demandar aquisição de rádios e levantamentos mensais requeridos por um projeto acadêmico. Com essas diretrizes, a DURATEX apresentou uma nova proposta: Registrar a presença de primatas em vistorias de campo conduzidas por funcionário treinado ou estagiário, com orientação da Equipe Técnica da DURATEX. Incorporar estas observações aos objetivos das ações de atendimento da CAR 2005.02, realizando levantamentos nos meses de julho, janeiro e fevereiro de cada ano. Definição do método a ser consolidado em consulta a primatologistas. Iniciar os levantamentos em janeiro de 2007. Posição no final desta auditoria CAR em execução

CAR 2005-09 (menor) Referência: FSC P6c2, P7.c2 e P8.c4 Definir mudanças no manejo florestal, se necessário, na UMF onde foi encontrada a espécie ameaçada de extinção “Pavó” (Pyroderus scutatus), visando à proteção dessa espécie de ave antes de iniciar o próximo corte. Ações da Empresa/Observações do Auditor Segundo a empresa, a questão foi avaliada, concluindo-se que não há necessidade de mudanças no manejo nas áreas onde foi verificada a presença do Pavó. A empresa deverá elaborar um relatório técnico com as considerações que justificam não serem necessárias mudanças no manejo florestal e apresentar na auditoria de 2007.

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Posição no final desta auditoria CAR em execução

CAR 2005-10 (menor) Referência: FSC P10c2 Apresentar na auditoria de 2006 uma relação de todos os talhões com menos de 25 ha encravados em áreas de conservação e definir critérios de custos X vantagens ambientais de mantê-los como áreas produtivas ou transformá-los em áreas de conservação Ações da Empresa/Observações do Auditor Na auditoria de 2006 foi considerada a demonstração de que na prática a empresa já está implementando ações para correção de efeito de borda e melhoria do fator de forma das áreas de conservação, eliminando-se plantios encravados em áreas de conservação. Também estão sendo implementados os corredores para melhorar a conectividade dos fragmentos de vegetação nativa. Posição no final desta auditoria CAR cumprida

CAR 2005-11 (menor) Referência: FSC P10c2 Reduzir, até a auditoria 2006, a largura da estrada entre os talhões 34 e 60A-B da Fazenda Rio Claro, no trecho que corta a Reserva do Matão. Ações da Empresa/Observações do Auditor A empresa fez a correção, vistoriada na auditoria de 2006. Posição no final desta auditoria CAR cumprida

CAR 2005-12 (menor) Referência: FSC P5.c5. ; P6.c1; P10.c2 A DURATEX deve implementar, até a auditoria anual de 2007, um sistema piloto adotando a micro-bacia como unidade de planejamento, em uma UMF a ser escolhida pela empresa, visando determinar procedimentos operacionais que permitam a conservação dos solos, da água e da biodiversidade. Ações da Empresa/Observações do Auditor O prazo ainda não venceu e a empresa somente iniciou algumas considerações preliminares a este respeito. Posição no final desta auditoria CAR com prazo até a auditoria de 2007

Recomendações: REC 2005-01 Referência: FSC P5c2i1 Analisar a possibilidade de criar fontes de madeira para usos múltiplos na região sul da empresa, principalmente em Buri, com objetivo de ajudar na criação de alternativas de abastecimento de toras para as serrarias existentes na região. Ações da Empresa/Observações do Auditor A empresa analisou a possibilidade e concluiu que a única fonte de madeira para usos múltiplos seria o material que está sendo retirado das áreas de conservação, o qual já está sendo vendido para o mercado regional. A madeira produzida nas áreas comerciais continua

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sendo destinada exclusivamente para o abastecimento das fábricas da empresa. A empresa ainda não é auto-suficiente em matéria-prima, adquirindo no mercado 10 % do volume consumido nas fábricas. Portanto, não dispõe de áreas para essa finalidade. Posição no final desta auditoria REC cumprida

REC 2005-02 Referência: FSC P5c2i3 Analisar a possibilidade de manejar áreas para produção de madeira para serraria; arrendamentos para a produção de mel e das terras embaixo das linhas de alta tensão para produção agrícola, com objetivo de se criar novas oportunidades de criação de renda nas regiões. Ações da Empresa/Observações do Auditor Com relação à madeira para serraria, o material retirado das áreas de conservação está sendo destinado a esse mercado (temporariamente). Os demais itens ainda não foram analisados pela empresa, embora existe grande dificuldade de se encontrar bons parceiros.. Posição no final desta auditoria REC Não Cumprida

REC 2005-03 Referência: FSC P5c3i2 Avaliar o custo/benefício de se deixar a casca de eucalipto no campo, em relação à fertilidade do solo e ganho em energia. Ações da Empresa/Observações do Auditor A empresa avaliou a possibilidade de deixar a casca do eucalipto em campo e concluiu que tal prática não seria viável, uma vez que teriam que adquirir descascadores móveis, com alto custo em equipamentos, mecânica, mão-de-obra, etc. Além disso, a fábrica de Botucatu está utilizando a casca na fabricação de seus produtos. Posição no final desta auditoria REC Cumprida

REC 2005-04 Referência: FSC P4c6 Avaliar a possibilidade de implantação de um programa de voluntariado dentro da empresa. Ações da Empresa/Observações do Auditor Algumas atividades sociais continuam sendo desenvolvidas por iniciativa própria de alguns funcionários e apoio da empresa. A empresa está coletando informações para avaliação dessa possibilidade de modo mais estruturado. Posição no final desta auditoria REC Não Cumprida

REC 2005-05 Referência: FSC P1c3 Incluir nas atividades de treinamento relacionadas à atividade florestal, noções acerca de legislação ambiental e os Acordos Internacionais das quais o Brasil é signatário, conforme consta no P1.c3. Ações da Empresa/Observações do Auditor A legislação ambiental é discutida em cada treinamento realizado e será realizado em 2006/07 um curso específico de avaliação dos impactos ambientais.

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Posição no final desta auditoria REC parcialmente Cumprida

6.1.5 Novas Condicionantes (CAR) e Recomendações Baseado nos resultados desta auditoria, o auditor concluiu que novas condicionantes e recomendações são necessárias para manter a continuidade das ações requeridas a empresa.

Antecedentes/Justificativas: Os técnicos de segurança e os encarregados da atividade de colheita de madeira devem ter conhecimento das técnicas seguras de abate de árvores para poderem avaliar a operação e cobrar os procedimentos corretos. Foi verificada falta de conhecimento sobre abate seguro de árvores por parte de alguns técnicos de segurança que atendem a atividade de corte de árvores com motosserra. CAR 2006-01 Em 30 dias capacitar os técnicos de segurança e os supervisores de

Silvicultura em técnicas seguras de abate de árvores com motosserra. Referência Princípio FSC P4c2C Prazo 30 dias Ações da Empresa/Observações do Auditor: O treinamento foi realizado com todos os técnicos de segurança e supervisores com responsabilidade na coordenação de equipes que fazem o corte de árvores com motosserra. O registro do treinamento deverá ser apresentado na auditoria de 2007. Posição até a data de conclusão do relatório CAR Cumprida Observações finais dos auditores: Os comprovantes de treinamentos deverão ser apresentados na auditoria de 2007.

Antecedentes/Justificativas: A derrubada fora da técnica é um risco à segurança e à saúde do trabalhador. Em uma das frentes de trabalho foi detectado o uso inadequado da motosserra durante a derrubada de árvores. É necessário monitoramento e controle dessa técnica. CAR 2006-02 Apresentar em 30 dias uma proposta de avaliação contínua das técnicas

utilizadas pelos operadores de motosserra no abate seguro das arvores, tanto pelos técnicos de segurança como pelos supervisores.

Referência Princípio FSC P4c2C Prazo 30 dias Ações da Empresa/Observações do Auditor: foi elaborado um procedimento específico: “Segurança na Operação de Colheita com Motosserra Executada por Prestadores de Serviços e Clientes”. Este procedimento, já colocado para cumprimento, passou a ser complementar a outros dois já existentes: “Critérios para Verificação de Documentos de Clientes e Contratados” e “Cuidados Ambientais e em Segurança do Trabalho para Prestadores de Serviços e Clientes”. Resumo do procedimento: A segurança da operação de colheita com motosserra, realizada por prestadores de serviços e clientes, passa a ser do Técnico de Segurança do Trabalho e do Supervisor responsável pela operação, em cada unidade. Mensalmente serão realizadas avaliações das técnicas empregadas e das medidas de segurança adotadas pelos operadores de motosserra. Serão emitidos relatórios mensais para registro de conformidades e não-conformidades. As medidas corretivas para não-conformidades serão acompanhadas e registradas. Às Gerências das Unidades caberão as decisões de última instância nos processos preconizados.

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Posição até a data de conclusão do relatório CAR Cumprida

Antecedentes/Justificativas: Os treinamentos / capacitação dos operadores de motosserra devem ser realizados de forma adequada, contemplar a parte prática (técnicas seguras de abate de árvores) e serem reconhecidos pelo Ministério do Trabalho (empresa legalmente habilitada - SENAR ou empresas credenciadas). CAR 2006-03 Em 30 dias incluir nos contratos com as EPS´s que realizam derrubada de

árvores com motosserra ou empresa que compram a madeira em pé, que os treinamentos dos motoserristas sejam realizados adequadamente e por empresa legalmente habilitada.

Referência Princípio FSC P4c2D Prazo 30 dias Ações da Empresa/Observações do Auditor: Conforme descrito na CAR anterior esses cuidados foram incorporados aos contratos Posição até a data de conclusão do relatório CAR cumprida

6.1.6 Parecer Global e Conclusão A avaliação dos Princípios 5, 7, e 10, em seus inúmeros critérios, mostra que se trata de empresa que atende aos requisitos para a Certificação Florestal do FSC. Foram poucos os pontos onde houve necessidade de correção. Atenção especial deve ser dada à área de segurança, mais especificamente na atividade de colheita de madeira, derrubada de árvores com motosserra, onde a realização da atividade deve ser realizada de acordo com técnicas adequadas. 6.2 Auditoria Anual de 2007 6.2.1 - Datas das Avaliações

• Primeira certificação – auditoria de campo: 09 a 13 de janeiro de 1995 • Re-certificação de 5 anos - auditoria de campo: 15 a 19 de maio de 2000 • Re-certificação de 10 anos: auditoria de campo: 14 a 18 de março de 2005 • 1a auditoria (2006) – Visita de campo: 28 a 30 de junho de 2006 • 2ª auditoria (2007) – Visita de campo: 30 de julho a 03 de agosto de 2007

6.2.2 – Auditores Vanilda R. S. Shimoyama, Engenheira florestal formada pela USP, M. Sc. ESALQ/USP e doutora pela UFPR na área de Tecnologia de Madeira. Com mais de vinte anos de experiência profissional, tem atuado como pesquisadora, consultora e prestadora de serviços para o setor privado no Brasil. No setor florestal, desenvolveu, implantou e conduziu programas de qualidade nas atividades florestais, assim como pesquisa para aumento da produtividade

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florestal e melhoria da qualidade da madeira. Tem atuado na área de colheita florestal há mais de sete anos. No setor ambiental, realizou estudos e desenvolveu programas para minimização dos impactos ambientais causados pelas atividades florestais; desenvolveu e implantou programa de gerenciamento de resíduos gerados nas atividades florestais, bem como normas para utilização de produtos químicos e introdução de novos produtos; coordenou estudos de fragmentos naturais e projetos de recuperação de áreas degradadas. Na área social, desenvolveu programas de qualificação de recursos humanos (treinamentos e reciclagens), envolvendo os temas produtividade, qualidade, segurança no trabalho e meio ambiente; desenvolveu projetos, implantou e executou programas de educação ambiental na região Norte Pioneira do Estado do Paraná. No setor industrial, desenvolveu e implantou programas de Integração Floresta x Indústria, visando à melhoria da qualidade do produto final e à redução de custos de produção, além de estudos e programas de adequação e otimização de matérias-primas. Participou, pela SCS, do processo de certificação / re-certificação de 08 unidades de manejo florestal, envolvendo plantações florestais e florestas naturais, tendo realizado 32 auditorias. Participou de vários processos de certificação de cadeia de custódia, realizando mais de 80 auditorias (região norte, sul, sudeste e centro oeste do Brasil). 6.2.3 - O Processo de Avaliação

As atividades da auditoria anual da DURATEX iniciaram-se no dia 30 de julho de 2007. Nesta data visitou-se a fazenda Missioneira onde foi visitado o depósito de produtos químicos e checados o estoque e devolução de embalagens usadas. Na fazenda Santa Maria I foram analisadas as atividades de colheita florestal mecanizada, incluindo o corte, desgalhamento, traçamento, remoção, carregamento e transporte da madeira. Foram entrevistados funcionários como Operadores de Máquina, ajudantes e encarregados de campo. Foi avaliada também a conservação das APPs e RL e o andamento do programa de eliminação de espécies exóticas e a conservação da malha viária. No dia 31 de julho foram visitadas as fazendas Santo Antônio e Angatuba 04 e Lobo onde estava sendo realizada colheita mecanizada de madeira (módulo próprio). Foi checada a documentação dos funcionários, exames admissionais e periódicos, de acordo com a legislação trabalhista. Na fazenda Pitangueiras foi verificado o estado de conservação das estradas e o desenvolvimento dos plantios comerciais. Na fazenda Primavera verificou-se o programa de eliminação de espécies exóticas das áreas de conservação e o local de captura de abelhas para apicultura. No final da tarde, no escritório, analisou-se a documentação pertinente como documentos de funcionários, resultados dos programas em andamento, bem como a revisão do “status” das CARs. No dia 01 de agosto visitou-se a Fazenda Morro de Ouro, onde foram avaliados preparo de solo, plantio, irrigação, manutenção das estradas, adequação de APPs e retirada de espécies exóticas das áreas de conservação. Na fazenda Rincão do Pinhal foi verificado o depósito de produtos químicos e seus controles, bem como o programa de recuperação de áreas degradadas e as espécies utilizadas.

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No dia 02 pela manhã foi realizada a avaliação geral da empresa e no período da tarde, a reunião de encerramento com seus representantes, quando foram apresentados e discutidos os resultados da auditoria.

6.2.4 – Estado das Ações Corretivas Requeridas – CARs e Recomendações CARs: CAR 2005-01 (menor) Referência: FSC P6.c1 Elaborar até dezembro de 2005 um projeto para o estudo de impacto ambiental da operação florestal de corte e retirada de madeira em, pelo menos, duas regiões de atuação da empresa (Agudos/Lençóis - Itapetininga), prevendo a análise quantitativa da mastofauna e avifauna por especialistas, um ano antes e, um e três anos após as operações florestais. Implementá-lo a seguir. A DURATEX S.A. deve assegurar os recursos materiais e humanos necessários ao êxito do projeto. (ver re-encaminhamento na auditoria de 2006) Ações da Empresa/Observações do Auditor Na auditoria de 2006 foi apresentado um projeto para cumprimento da CAR, entretanto, devido ao alto valor do mesmo, foram discutidas novas diretrizes, onde a empresa deveria apresentar até 15 de setembro de 2006, uma nova proposta de trabalho, concentrando-o em uma única área piloto (Exemplo: Lençóis Paulista). Até a próxima auditoria (2007) organizar análise dos trabalhos de levantamentos de fauna já realizados na empresa, apresentando conclusões sobre os impactos do manejo das plantações na conservação da fauna silvestre. Foram apresentadas pela DURATEX as seguintes propostas de encaminhamento: a) Conduzir pesquisa sobre a influência do manejo do eucalipto na fauna silvestre, adotando como mamíferos indicadores os quirópteros (morcegos). A pesquisa será conduzida em parceria com universidade. Projeto será instalado na Fazenda Rio Claro. Início dos estudos em campo no primeiro semestre de 2007; b) Concluir a pesquisa com a onça-parda, na busca de informações sobre a conservação da fauna em áreas de reflorestamento. Projeto desenvolvido em Agudos e Lençóis Paulista. Conclusão prevista para 2007, conta com suporte técnico e científico do Biólogo Leonardo Siqueira Mendonça, mestrando em Ecologia, orientado da Profª Eleonora Setz do Laboratório de Ecologia e Comportamento de Mamíferos do Departamento de Zoologia da UNICAMP; c) Equipe técnica da DURATEX fará uma releitura dos trabalhos já realizados com fauna na Empresa, apresentando inferências sobre o manejo florestal e a conservação da fauna. Serão tomados como referência os levantamentos da avifauna e de outras classes animais realizados na DURATEX; e também pesquisas com fauna silvestre de outras empresas florestais. Prazo: até a próxima auditoria (junho de 2007). Na auditoria de 2007 verificou-se o andamento da CAR conforme segue: a) A empresa apresentou o plano de pesquisa “Dinâmica da comunidade de morcegos (Mammalia, Chiroptera) em áreas de reflorestamento e em vegetação natural da fazenda Rio Claro, Lençóis Paulista-SP” que será conduzido por equipe técnica da UNESP. O início dos trabalhos estava previsto para agosto de 2007 e serão verificados na auditoria de 2008; b) A pesquisa sobre a conservação da fauna em áreas de reflorestamento – trabalho desenvolvido com a onça parda - não foi concluída até a auditoria de 2007 e será verificado na auditoria de 2008; c) Foi apresentada uma compilação/histórico dos trabalhos já realizados com fauna, bem como a análise e conclusão da empresa. Esse documento será avaliado na auditoria de 2008 e possíveis re-encaminhamentos serão apresentados. Posição no final desta auditoria CAR em execução

CAR 2005-02 (menor) Referência: FSC P6.c3 e P8.c2 A DURATEX S.A. deve apresentar até dezembro de 2005 programas para intensificar e comprometer-se em garantir recursos materiais e humanos adequados para a execução das seguintes atividades: Estudos sobre “dinâmica de clareiras”; Estudos sobre “efeito de borda”;

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Monitoramento de fauna e flora nas UMFs da empresa; Definição de índices de fragmentação e conectividade dos ecossistemas naturais nas UMFs; Os resultados parciais desses programas deverão ser apresentados a cada Auditoria Anual. Ações da Empresa/Observações do Auditor Durante a auditoria de 2006 foi estabelecido como diretriz a execução do trabalho em duas áreas piloto de estudo, Agudos e Lençóis Paulista. Em setembro/2006 foi apresentada a seguinte proposta de trabalho:

a) Eleger como áreas piloto de estudo a mata da torre em Agudos e a Reserva do Matão em Lençóis Paulista. Buscar orientação acadêmica. Nestas áreas serão possíveis estudos de clareira, efeito de borda e regeneração natural; b) Aguardar resultados da pesquisa em florísitica e fitossociologiada em reservas de vegetação nativa da Fazenda Monte Alegre, com utilização de imagens aéreas, conduzida pela Bióloga Débora Lemos, doutoranda orientada da Profª Vera Lex da UNESP/Botucatu. Elaborar para a próxima auditoria análise dos trabalhos já desenvolvidos em flora na Empresa, apresentando conclusões relacionadas com o manejo das fazendas. Elaboração pela equipe técnica da DURATEX; c) Desenvolver projeto de monitoramento operacional de fauna e flora, nos meses de julho (inverno) e janeiro/fevereiro (verão). Orientação do trabalho pela equipe técnica da DURATEX, com apoio de estagiários e operadores florestais na unidade. Eleger seis áreas piloto (fazendas) para o monitoramento: 1) Monte Alegre, 2) Rio Claro, 3) Rincão do Pinhal, 4) São Pedro da Terra Nova, 5) Rio das Pedras e 6) Santa Maria II e prever que duas delas sejam monitoradas a cada ano; d) Produzir quadro com o índice de fragmentação das áreas da empresa (Tomar como referência fórmula do Instituto Florestal e trabalho da Profª Cecília/Unicamp realizado na Fazenda Rio Claro). Para discutir índices de conectividade considerar bibliografia. Prazo: até a próxima auditoria (junho de 2007). Na auditoria de 2007 foi apresentada proposta de cooperação técnica entre UNESP e DURATEX para desenvolvimento de projetos de pesquisa voltados ao conhecimento da dinâmica da vegetação (dinâmica populacional, dinâmica de clareiras e efeito de borda) de fragmentos florestais na Duraflora, nos municípios de Agudos e Lençois Paulista, São Paulo. Foram estabelecidas duas áreas piloto para o estudo: Mata da Torre III em Agudos e a Reserva do Matão, em Lençóis Paulista. Conforme cronograma apresentado, os trabalhos devem ser iniciados em agosto de 2007 e serão avaliados na auditoria anual de 2008.

Posição no final desta auditoria CAR em execução

CAR 2005-03 (menor) Referência: FSC P6c4 e P10c5 Terminar, até a primeira auditoria anual, todos os mapas de reclassificação das áreas de conservação da empresa e realizar toda a análise da verdade terrestre. Até dezembro de 2006 todos os mapas devem ter sido corrigidos e apresentados no formato final para planejamento das atividades de manejo ambiental Ações da Empresa/Observações do Auditor Durante a auditoria de 2006 foram apresentados mapas com uma ampla legenda. Foi solicitada a redução do número de legenda. A DURATEX propôs a seguinte legenda: a) Mata; b) Cerrado e Campo; c) Eucalipto e Pinus; d) Áreas abertas (áreas a reverter). CAR prorrogada para a auditoria de 2007. Na auditoria de 2007 a empresa informou que contratou uma funcionária para realização dos trabalhos de cartografia digital. A empresa prevê a conclusão dos trabalhos em seis meses.

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Dessa forma, com a CAR praticamente cumprida, será substituída pela CAR 2007-05. Posição no final desta auditoria CAR Fechada

CAR 2005-04 (menor) Referência: FSC P.c1, P1.c7, P6.c4 e P10 c5 Implementar o programa de ampliação de áreas de conservação, incluindo o compromisso de, a cada 3 anos, ampliar em 280 ha as áreas de Reserva Legal (em 2006 e 2009). Ações da Empresa/Observações do Auditor Em 2006 foi assegurada a incorporação de área superior aos 280 ha previstos. Em 2009 deverá ser apresentada a área ampliada nos últimos 3 anos. Durante a auditoria de 2007 verificou-se que com a aquisição de nova área, a empresa antecipou a incorporação de área para 2009, cumprindo o programa até 2013. Dessa forma, a CAR está sendo encerrada e substituída pela CAR 2007-06. Posição no final desta auditoria CAR Cumprida.

CAR 2005-07 (menor) Referência: FSC P1.c4 Implementar o programa para 2005/2006 de treinamento gerencial em meio ambiente envolvendo temas sobre conservação da biodiversidade e sustentabilidade de ecossistemas, apresentando um sumário dos treinamentos na auditoria anual. Ações da Empresa/Observações do Auditor Foi elaborado o programa para 2005, 2006 e 2007. Em outubro de 2005 foi realizado o treinamento sobre Sistemas de Gestão Ambiental, avaliação de aspectos ambientais e auditoria ambiental. Em maio de 2006 foi realizado Seminário interno sobre Biologia da Conservação – I. Estão previstos para 2007 mais 02 seminários internos sobre Biologia da Conservação. Durante a auditoria de 2007 foram apresentados sumários e registros dos treinamentos: Conservação da biodiversidade para fauna e flora. Posição no final desta auditoria CAR cumprida

CAR 2005-08 (menor) Referência: FSC - P9c4 Elaborar um projeto, até dezembro de 2005, de monitoramento periódico de primatas na Reserva do Matão (Área de Alto Valor de Conservação). Esse projeto deve prever recursos materiais e humanos adequados para garantir o seu êxito, sendo que o projeto deve ser implementado a partir janeiro de 2006. Ações da Empresa/Observações do Auditor Durante a auditoria de 2006 foi apresentado um projeto com custo elevado. Em acordo com a SCS, o levantamento pode ser simplificado em relação ao projeto apresentado, elaborado com a UFPR. Poderá ser feito com método de menor custo, sem demandar aquisição de rádios e levantamentos mensais requeridos por um projeto acadêmico. Com essas diretrizes, a DURATEX apresentou uma nova proposta: Registrar a presença de primatas em vistorias de campo conduzidas por funcionário treinado ou estagiário, com orientação da Equipe Técnica da DURATEX. Incorporar estas observações aos objetivos das ações de atendimento da CAR 2005.02, realizando levantamentos nos meses de julho, janeiro e

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fevereiro de cada ano. Definição do método a ser consolidado em consulta a primatologistas. Iniciar os levantamentos em janeiro de 2007. Na auditoria de 2007 foram apresentados os resultados parciais das observações registradas em campo. Os trabalhos estão sendo acompanhados por profissionais da UNESP, os quais estarão apresentando proposta para desenvolvimento de estudo com os primatas e outros indivíduos da fauna. Esta CAR será reavaliada na auditoria anual de 2008. Posição no final desta auditoria CAR em execução

CAR 2005-09 (menor) Referência: FSC P6c2, P7.c2 e P8.c4 Definir mudanças no manejo florestal, se necessário, na UMF onde foi encontrada a espécie ameaçada de extinção “Pavó” (Pyroderus scutatus), visando à proteção dessa espécie de ave antes de iniciar o próximo corte. Ações da Empresa/Observações do Auditor Segundo a empresa, a questão foi avaliada, concluindo-se que não há necessidade de mudanças no manejo nas áreas onde foi verificada a presença do Pavó. A empresa deverá elaborar um relatório técnico com as considerações que justificam não serem necessárias mudanças no manejo florestal e apresentar na auditoria de 2007. Foi apresentado relatório de avaliação de possíveis impactos do manejo sobre o “Pavó”, concluindo que não é necessário mudanças no manejo florestal para proteção da espécie, uma vez que: a) a ave, independente do manejo, continua presente na área; b) a empresa tem aumentado as áreas nativas com a adequação de APPs e de RL, proporcionando melhores condições para a sobrevivência da espécie. Posição no final desta auditoria CAR Fechada

CAR 2005-12 (menor) Referência: FSC P5.c5. ; P6.c1; P10.c2 A DURATEX deve implementar, até a auditoria anual de 2007, um sistema piloto adotando a micro-bacia como unidade de planejamento, em uma UMF a ser escolhida pela empresa, visando determinar procedimentos operacionais que permitam a conservação dos solos, da água e da biodiversidade. Ações da Empresa/Observações do Auditor Na auditoria de 2007 a empresa apresentou o projeto “Torre de Fluxo” desenvolvido em parceria com o IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais), a ser instalado na Fazenda Americana, escolhida pela equipe do projeto. A área de 924 há é ampliada por um maciço florestal pertencente a outras empresas. A implantação do projeto tem início previsto para setembro de 2007 e será verificado na auditoria anual de 2008. Posição no final desta auditoria CAR em andamento, com prazo prorrogado até a auditoria de 2008

Recomendações: REC 2005-02 Referência: FSC P5c2i3 Analisar a possibilidade de manejar áreas para produção de madeira para serraria; arrendamentos

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para a produção de mel e das terras embaixo das linhas de alta tensão para produção agrícola, com objetivo de se criar novas oportunidades de criação de renda nas regiões. Ações da Empresa/Observações do Auditor Com relação à madeira para serraria, o material retirado das áreas de conservação está sendo destinado a esse mercado (temporariamente). Os demais itens ainda não foram analisados pela empresa, embora exista grande dificuldade de se encontrar bons parceiros. Na auditoria de 2008 foi apresentada a efetivação do projeto de produção de mel em Itatinga. As abelhas foram capturas e encaminhadas para o pasto apícola. Posição no final desta auditoria REC Cumprida

REC 2005-04 Referência: FSC P4c6 Avaliar a possibilidade de implantação de um programa de voluntariado dentro da empresa. Ações da Empresa/Observações do Auditor Algumas atividades sociais continuam sendo desenvolvidas por iniciativa própria de alguns funcionários e apoio da empresa. A empresa está coletando informações para avaliação dessa possibilidade de modo mais estruturado. Na auditoria de 2007 a empresa mostrou sua preocupação em tornar um programa de voluntariado não mais voluntário, onde os funcionários participem de maneira coagida e não por livre e espontânea vontade. O auditor concordou com a posição da empresa e considera a recomendação fechada, uma vez que algumas atividades continuam sendo desenvolvidas por iniciativa própria de funcionários, apoiados pela Duratex. Posição no final desta auditoria REC Cumprida

REC 2005-05 Referência: FSC P1c3 Incluir nas atividades de treinamento relacionadas à atividade florestal, noções acerca de legislação ambiental e os Acordos Internacionais dos quais o Brasil é signatário, conforme consta no P1.c3. Ações da Empresa/Observações do Auditor A legislação ambiental é discutida em cada treinamento realizado e será realizado em 2006/07 um curso específico de avaliação dos impactos ambientais. Na auditoria de 2007 verificou-se que a empresa inseriu essas leis nas atividades e recomendações operacionais. Para a esfera gerencial essas informações têm sido apresentadas e discutidas nos treinamentos/cursos ambientais desenvolvidos pela empresa. Posição no final desta auditoria REC Cumprida

6.2.5 Novas Condicionantes (CAR) e Recomendações

Baseado nos resultados desta auditoria, o auditor concluiu que novas condicionantes e recomendações são necessárias para manter a continuidade das ações requeridas a empresa.

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CARs: Antecedentes / Justificativas: A empresa possui informações sobre a utilização de produtos químicos, entretanto, é necessário organiza-las em um documento em excel, de modo a evidenciar que existe controle entre a quantidade de produto adquirido, produto consumido, produto em estoque e embalagens devolvidas. CAR 2007-01 (menor)

Implementar o controle de produtos químicos e devolução de embalagens em uma planilha excel, “linkando” as notas fiscais de entrada de produtos e consumo à devolução de embalagens. Prazo: até 2009.

Referência FSC P6c6i2; P6c7 Prazo 2008 para apresentação em planilha excel e 2009 para sistema corporativo

(em desenvolvimento) Antecedentes / Justificativas: Foi observada a realização da atividade de colheita manual em área acidentada e com sub-bosque relativamente desenvolvido, condições que podem oferecer mais riscos aos trabalhadores. Os procedimentos operacionais devem orientar para cuidados diferenciados no corte em áreas mais acidentadas, com maior presença de vegetação (sub-bosque e regeneração de nativas) e/ou com árvores de maior diâmetro. CAR 2007-02

(menor) Implementar procedimentos para avaliação prévia da segurança na atividade de colheita de madeira em áreas de regeneração (RL e APPs), levantando todos os possíveis riscos de acidentes e medidas mitigadoras, incluindo a técnica de abate de árvores com diferentes padrões de diâmetro.

Referência FSC P4c2C e D Prazo 30 dias Ações da Empresa/Observações do Auditor A Duratex exigiu o cumprimento, pelo setor de Segurança do Trabalho, das instruções contidas nos documentos:

1) Critérios para Verificação de Documentos de Clientes e Contratados, o qual estabelece que as empresas clientes e contratadas, deverão observar as normas de segurança do trabalho, emanadas dos órgãos competentes e seus funcionários deverão passar por processo de integração na área de segurança da contratante, antes do início das atividades, a fim de serem orientados quanto à necessidade de cumprimento dos aspectos de segurança, bem como a Instrução de Segurança do Trabalho (IST) nº 21.

2) Instrução de Segurança do Trabalho - Operação com Motosserra, nº 24, da qual constam instruções que visam reduzir, neutralizar ou eliminar atitudes e condições que possam causar acidentes de trabalho nas operações com motosserra. Posição até a data da elaboração do relatório CAR Fechada (será checada na auditoria de 2008)

Antecedentes / Justificativas: As fazendas São Pedro e São Francisco, recentemente preparadas e implantadas, sofreram significativa movimentação de terra em função da eliminação das acentuadas erosões causadas pela pecuária praticada (manejo anterior). Foi observado a não estabilização do solo, necessitando um monitoramento mais acentuado e trabalhos de correção. O problema é

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agravado por erosões provenientes de fazendas vizinhas. CAR 2007-03 (menor)

Implementar procedimentos do monitoramento das práticas de conservação do solo nas fazendas São Pedro e São Francisco na região de Agudos. Incluir dentro desse contexto a indicação de soluções para o controle da voçoroca oriunda de áreas vizinhas, com a participação dos proprietários e órgãos de governo, responsáveis pela conservação do solo. Prazo: Auditoria 2008

Referência FSC Prazo Auditoria 2008

Antecedentes / Justificativas: A fazenda Santo Antônio do Palmital, recentemente inclusa no escopo de certificação, necessita de adequação de APPs em alguns pontos. CAR 2007-04 (menor) Realizar adequação das APPs da fazenda Santo Antônio do

Palmital, em Lençóis Paulista, durante o corte de condução de brotação, estimada para ser realizada em 2010.

Referência FSC P1c1i1; P6c4i1 Prazo Dezembro 2010

Antecedentes / Justificativas: A Duratex está finalizando os trabalhos de reclassificação da vegetação das áreas de conservação. Entretanto, em alguns mapas foi verificada a necessidade de revisão da base cartográfica. CAR 2007-05 (menor) Revisar toda base cartográfica gerada na caracterização das áreas

de conservação da empresa e apresentar os mapas revisados. Referência FSC P6c4 e P10c5 Prazo Auditoria de 2008

Antecedentes / Justificativas: A Duratex vem desenvolvendo de forma eficiente e eficaz o Plano de Recomposição de Reserva Legal que a partir de agora deverá ser monitorado pelo SGI. CAR 2007-06 (menor) Incluir o plano de composição de reserva legal no Plano de

Manejo da empresa para ser monitorado pelo SGA (pode ser inserido como anexo uma vez que é considerado documento estratégico pela empresa).

Referência FSC P1c1i1; P1c7; P6c4 e P10c5 Prazo 31 de agosto de 2008 Ações da Empresa/Observações do Auditor O Plano de Composição de Reserva Legal foi anexado ao Plano de Manejo Florestal – versão 2007. Posição até a data de elaboração do relatório CAR Cumprida

Antecedentes / Justificativas: Toda atividade operacional que utilize equipe de campo deve cumprir a NR 31. CAR 2007-07 (menor) Implementar os banheiros e área de vivência para os

funcionários da silvicultura e catadores de resíduos. Referência FSC P1c1i1 (NR 31) Prazo Outubro de 2007

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Ações da Empresa/Observações do Auditor Segundo a Duratex, os prestadores de serviço foram orientados a implementar os banheiros e área de vivência para os funcionários da silvicultura e catadores de resíduos durante o mês de agosto de 2007. Posição até a data de elaboração do relatório CAR Fechada, entretanto, a checagem de campo será realizada na auditoria de 2008.

Recomendações: Antecedentes / Justificativas: As atividades de colheita devem ser visitadas pelos técnicos de

segurança com freqüência, especialmente quando forem realizadas em áreas de regeneração. REC 2007-01 Intensificar as visitas dos técnicos de segurança (Duratex e EPS) nas

atividades de colheita de madeira, principalmente em áreas de regeneração (RL e APPs).

Antecedentes / Justificativas: De acordo com o P6c6i6, a empresa deve monitorar a saúde dos aplicadores de pesticidas. REC 2007-02 Avaliar, junto ao médico do trabalho, a necessidade de inclusão dos

exames complementares creatinina e colinesterase, para monitoramento das funções hepática e renal dos aplicadores de produtos químicos.

6.3 Auditoria Anual de 2008 66..33..11 DDaattaass ddaass AAvvaalliiaaççõõeess

• Primeira certificação – auditoria de campo: 09 a 13 de janeiro de 1995 • Recertificação de 5 anos - auditoria de campo: 15 a 19 de maio de 2000 • Recertificação de 10 anos: auditoria de campo: 14 a 18 de março de 2005 • 1a auditoria (2006) – Visita de campo: 28 a 30 de junho de 2006 • 2ª auditoria (2007) – Visita de campo: 30 de julho a 03 de agosto de 2007 • 3ª auditoria (2008) – Visita de campo: 11 a 15 de agosto de 2008

66..33..22 AAuuddiittoorreess

Dr. Marcelo Maisonette Duarte, Biólogo formado pela UFRGS, com mais de 20 anos de experiência profissional, possui mestrado em Ecologia pela UFRGS. É doutor em Ciências, com ênfase em Ecologia e Recursos Naturais pela UFSCar. Atualmente, é chefe da Seção de Conservação e Manejo do Museu de Ciências Naturais, órgão da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. É, também, professor universitário há mais de 15 anos, tendo atuado em diversas instituições, como UFRGS, UNISC, FUNDASUL, FACCAT, lecionando disciplinas de graduação e pós-graduação na área da Ecologia, já tendo orientado dezenas de alunos de graduação, especialização e mestrado. Atualmente, leciona as disciplinas de Gestão Ambiental e Responsabilidade Social e de Fundamentos

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de Ecologia, na FACCAT, Faculdades Integradas de Taquara, onde, também, coordena projetos de Educação Ambiental. É editor chefe de dois periódicos científicos: Iheringia, Série Zoologia (Qualis A – CAPES) e Revista Colóquio-FACCAT. Atua há dois anos como conselheiro do CONSEMA-RS, Conselho Estadual do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul e da CECA-RS, Câmara Estadual de Compensação Ambiental do Rio Grande do Sul. Coordena o grupo de pesquisa de fauna cinegética do Rio Grande do Sul. Coordenou, também, diversos estudos para a elaboração dos Planos de Manejos de unidades de conservação de proteção integral. Atua, também, como consultor ambiental de empreendimentos agrosilviculturais no extremo sul do Brasil. Dr. Jarbas Yukio Shimizu, Engenheiro florestal, formado pela Universidade Federal de Viçosa, M. Sc. em Ciências Florestais pela Universidade da Flórida (EUA), Ph. D. em Genética Florestal pela Universidade Estadual da Carolina do Norte (EUA) e pós-doutorado em Genética de Populações pela Universidade Estadual de Oregon (EUA). Outros treinamentos incluem aperfeiçoamentos em conservação de germoplasma florestal e micropropagação de espécies florestais no Japão, conservação e uso de recursos fitogenéticos na Espanha e curso intensivo de Auditor Líder em Sistema de Gestão Ambiental, no Brasil. Sua experiência profissional, de mais de 30 anos, inclui atividades como de contrapartida brasileira no Projeto de Desenvolvimento e Pesquisa Florestal, na implementação do convênio IBDF/PNUD-FAO. Posteriormente, como pesquisador da Embrapa Florestas, atuou nas áreas de silvicultura, melhoramento genético florestal e conservação de germoplasma florestal, onde liderou diversos projetos de conservação e melhoramento genético, tendo assumido o posto de Chefe Adjunto Técnico do Centro Nacional de Pesquisa de Florestas. Tem atuado, também, como consultor em melhoramento florestal e silvicultura de espécies de rápido crescimento para instituições oficiais de pesquisa florestal e empresas florestais no Uruguai, Chile, México, Moçambique e no Brasil. Tem ministrado cursos intensivos de melhoramento florestal na Universidade Nacional da Colômbia e na Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO-Campus de Irati), PR, além de atuar como orientador, co-orientador e componente de bancas de exame de tese de diversos estudantes de mestrado e doutorado em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná.

66..33..33 PPrroocceessssoo ddee AAvvaalliiaaççããoo

As atividades da auditoria anual da DURATEX iniciaram-se no dia 11 de agosto de 2008. Pela manhã, os auditores Marcelo M. Duarte (auditor líder) e Jarbas Y. Shimizu reuniram-se com os gerentes e colaboradores na sede da empresa, em Agudos, SP, para a abertura oficial da auditoria e definição do cronograma a ser seguido. Após a reunião, o auditor Marcelo M. Duarte iniciou seu trabalho visitando a Fazenda Monte Alegre, em Agudos, onde eram executadas atividades de plantio em área de reforma, por colaboradores da empresa, bem como a retirada de pínus em áreas de APP pela empresa Tecnocorte. Neste dia, o auditor Marcelo realizou, também, vistoria na área de vivência ambiental da empresa (AVAP), localizada na mesma fazenda. Nesse local, é desenvolvido o principal programa de educação ambiental da empresa. Após essas vistorias, o auditor Marcelo iniciou a análise da documentação da empresa com relação ao cumprimento das condicionantes e recomendações em aberto. O auditor Jarbas Y. Shimizu visitou as Fazendas Rio Claro e Recreio para inspecionar as atividades de

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colheita mecanizada, onde entrevistou vários operadores de máquinas e o chefe de área de colheita. Além desses funcionários da Duratex, foram entrevistados operadores de máquinas e motoristas de uma empresa prestadora de serviços de transporte de madeira. No dia 12/08, o auditor Marcelo M. Duarte visitou as Fazendas Baronesa (município de Duartina) e Santa Cândida (município de Agudos), que são áreas novas a serem inclusas no escopo de certificação, bem como as Fazendas São Pedro e São Francisco (município de Piratininga). Neste mesmo dia, foi realizada a visita à RPPN Olavo Setúbal, na Fazenda Rio Claro (município de Lençóis Paulistas) que foi indicada como Floresta de Alto Valor de Conservação (FAVC). Neste mesmo dia, o auditor Jarbas Y. Shimizu visitou: 1) a Fazenda Morro do Ouro, onde havia operações de reforma de plantio, tendo entrevistado vários funcionários da Duratex e das prestadoras de serviço. Entre eles, supervisores de equipes, operários florestais, aplicadores de pesticidas e motoristas; 2) as Fazendas Querência, Invernadinha II e Capão Rico, onde vistoriou o estado de conservação de APP; e 3) a Fazenda Bofete, onde havia operações de colheita da madeira. No dia 13/08, o auditor Marcelo M. Duarte visitou o viveiro central da empresa, localizado na Fazenda Rio Claro, e a Fazenda Americana (município de Itatinga) onde está sendo realizado um experimento em parceria com outras dez empresas florestais, universidades e institutos de pesquisa nacionais e uma instituição francesa, para medição de fluxo de carbono, água, nutrientes etc., em uma área piloto de 200 hectares. Neste dia, o auditor Jarbas Y. Shimizu visitou: 1) a Fazenda Rio das Pedras, no município de Itapetininga, onde vistoriou as operações de colheita e entrevistou vários trabalhadores, entre os quais, supervisores de operações, operadores de máquinas e trabalhadores da área de silvicultura (roçada, combate à formiga); 2) a Fazenda Missioneira, onde vistoriou as APP e um depósito de pesticidas; 3) as Fazendas São Judas e São Geraldo, onde vistoriou o estado de conservação das APP. No dia 14/08, o auditor Marcelo M. Duarte continuou a análise dos documentos da empresa (mapas, resultados dos programas ambientais, cumprimento das condicionantes e recomendações, documentação referente às novas propriedades, etc.). O auditor Jarbas Y. Shimizu dedicou grande parte do dia analisando documentos no escritório, referentes a: 1) processo de erradicação de espécies exóticas das APP; 2) arranjo espacial dos plantios coetâneos; 3) instruções para execução de serviços operacionais; e 4) questões de segurança do trabalho. No final da tarde deste dia, os auditores Marcelo e Jarbas reuniram-se para organizar as observações realizadas e sintetizar os itens a serem incluídos no relatório de avaliação geral da empresa. No dia 15/08 foi, então, realizada a reunião de encerramento entre os auditores e os dirigentes da empresa, quando foram apresentados e discutidos os resultados da auditoria.

6.3.4 Estado das ações corretivas requeridas/condicionantes (CAR) e recomendações (REC) CAR 2005-01 (menor) Referência: FSC P6.c1

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Elaborar, até dezembro de 2005, um projeto para o estudo de impacto ambiental da operação florestal de corte e retirada de madeira em, pelo menos, duas regiões de atuação da empresa (Agudos/Lençóis - Itapetininga), prevendo a análise quantitativa da mastofauna e avifauna por especialistas, um ano antes e um e três anos após as operações florestais. Implementá-lo a seguir. A DURATEX S.A. deve assegurar os recursos materiais e humanos necessários ao êxito do projeto. (ver reencaminhamento na auditoria de 2006) Ações da Empresa/Observações do Auditor Na auditoria de 2006, foi apresentado um projeto para cumprimento da CAR. Entretanto, devido ao seu alto custo, foram discutidas novas diretrizes, segundo as quais, a empresa deveria apresentar, até 15 de setembro de 2006, uma nova proposta de trabalho, concentrando-a em uma única área piloto (Exemplo: Lençóis Paulista). Até a próxima auditoria (2007), organizar análise dos trabalhos de levantamentos de fauna já realizados na empresa, apresentando conclusões sobre os impactos do manejo das plantações na conservação da fauna silvestre. Foram apresentadas pela DURATEX as seguintes propostas de encaminhamento: a) Conduzir pesquisa quanto à influência do manejo do eucalipto sobre a fauna silvestre, adotando, como mamíferos indicadores, os quirópteros (morcegos). A pesquisa será conduzida em parceria com uma universidade. O projeto será instalado na Fazenda Rio Claro, com início dos estudos em campo no primeiro semestre de 2007; b) Concluir a pesquisa com a onça-parda, na busca de informações sobre a conservação da fauna em áreas de reflorestamento (projeto desenvolvido em Agudos e Lençóis Paulista). Conclusão prevista para 2007 e conta com suporte técnico e científico do Biólogo Leonardo Siqueira Mendonça, mestrando em Ecologia, orientado pela Profª Eleonora Setz do Laboratório de Ecologia e Comportamento de Mamíferos do Departamento de Zoologia da UNICAMP; c) A equipe técnica da DURATEX fará uma releitura dos trabalhos já realizados com fauna na Empresa, apresentando inferências sobre o manejo florestal e a conservação da fauna. Serão tomados como referência os levantamentos da avifauna e de outras classes animais realizados nas propriedades da DURATEX e, também, pesquisas com fauna silvestre de outras empresas florestais. Prazo: até a próxima auditoria (junho de 2007). Na auditoria anual de 2007, verificou-se o andamento da CAR conforme segue: A empresa apresentou o plano da pesquisa “Dinâmica da comunidade de morcegos (Mammalia, Chiroptera) em áreas de reflorestamento e em vegetação natural da Fazenda Rio Claro, Lençóis Paulista-SP” que será conduzido por equipe técnica da UNESP. O início dos trabalhos estava previsto para agosto de 2007 e serão verificados na auditoria de 2008; b) A pesquisa sobre a conservação da fauna em áreas de reflorestamento (trabalho desenvolvido sobre a onça-parda) não havia sido concluído até a auditoria de 2007 e será verificado na auditoria de 2008; c) Foi apresentada uma compilação/histórico dos trabalhos já realizados com fauna, bem como a análise e conclusão da empresa. Esse documento será avaliado e possíveis reencaminhamentos serão apresentados na auditoria de 2008. Na auditoria de 2008, a CAR foi avaliada e substituída pela CAR 2008-08 Posição no final desta auditoria CAR fechada e substituída pela CAR 2008-08

CAR 2005-02 (menor) Referência: FSC P6.c3 e P8.c2 A DURATEX S.A. deve apresentar, até dezembro de 2005, programas para intensificar e comprometer-se em garantir recursos materiais e humanos adequados para a execução das seguintes atividades: Estudos sobre “dinâmica de clareiras”; Estudos sobre “efeito de borda”; Monitoramento de fauna e flora nas UMF da empresa; Definição de índices de fragmentação e conectividade dos ecossistemas naturais nas

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UMF; Os resultados parciais desses programas deverão ser apresentados a cada Auditoria Anual. Ações da Empresa/Observações do Auditor Durante a auditoria de 2006, foi estabelecido como diretriz, a execução do trabalho em duas áreas piloto de estudo, Agudos e Lençóis Paulista. Em setembro/2006 foi apresentada a seguinte proposta de trabalho:

a) Eleger como áreas piloto de estudo a Mata da Torre em Agudos e a Reserva do Matão em Lençóis Paulista, buscando orientação acadêmica. Nestas áreas, serão possíveis estudos de clareira, do efeito de borda e da regeneração natural;

b) Aguardar resultados da pesquisa sobre florística e fitossociologia em reservas de vegetação nativa da Fazenda Monte Alegre, com utilização de imagens aéreas, conduzida pela Bióloga Débora Lemos, doutoranda orientada pela Profª Vera Lex, da UNESP/Botucatu. Elaborar, para a próxima auditoria, análise dos trabalhos já desenvolvidos sobre flora na Empresa, apresentando conclusões relacionadas com o manejo nas fazendas (trabalho a ser realizado pela equipe técnica da DURATEX);

c) Desenvolver projeto de monitoramento de fauna e flora, nos meses de julho (inverno) e janeiro/fevereiro (verão), sob orientação da equipe técnica da DURATEX, com apoio de estagiários e operadores florestais na unidade, elegendo seis áreas piloto (fazendas) (Monte Alegre, Rio Claro, Rincão do Pinhal, São Pedro da Terra Nova, Rio das Pedras e Santa Maria II) e prevendo o monitoramento em duas delas a cada ano;

d) Produzir quadro com o índice de fragmentação das áreas da empresa (tomar como referência a fórmula do Instituto Florestal do Estado de São Paulo e o trabalho da Profª Cecília, da Unicamp, realizado na Fazenda Rio Claro). Para discutir índices de conectividade, considerar a bibliografia. Prazo: até a próxima auditoria (junho de 2007). Na auditoria de 2007, foi apresentada proposta de cooperação técnica entre UNESP e DURATEX para desenvolver projetos de pesquisa voltados ao conhecimento da dinâmica da vegetação (dinâmica populacional, dinâmica de clareiras e efeito de borda) de fragmentos florestais na Duraflora, nos municípios de Agudos e Lençóis Paulista, São Paulo. Foram estabelecidas duas áreas piloto para o estudo: Mata da Torre III, em Agudos, e a Reserva do Matão, em Lençóis Paulista. Conforme cronograma apresentado, os trabalhos devem ser iniciados em agosto de 2007 e serão avaliados na auditoria anual de 2008.

Na auditoria de 2008, a CAR foi avaliada e substituída pela CAR 2008-08 Posição no final desta auditoria CAR fechada e substituída pela CAR 2008-08

CAR 2005-08 (menor) Referência: FSC - P9.c4 Elaborar um projeto, até dezembro de 2005, de monitoramento periódico de primatas na Reserva do Matão (Floresta de Alto Valor de Conservação). Esse projeto deve prever recursos materiais e humanos adequados para garantir o seu êxito e deve ser implementado a partir janeiro de 2006. Ações da Empresa/Observações do Auditor Durante a auditoria de 2006, foi apresentado um projeto com custo elevado. Em acordo com a SCS, o levantamento pode ser simplificado em relação ao projeto apresentado, elaborado com a participação da UFPR, com método de menor custo, sem demandar aquisição de rádios e levantamentos mensais requeridos por um projeto acadêmico. Com essas diretrizes, a DURATEX apresentou uma nova proposta: “Registrar a presença de primatas em vistorias

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de campo”, conduzidas por funcionário treinado ou estagiário, sob orientação da Equipe Técnica da DURATEX, devendo incorporar estas observações aos objetivos das ações de atendimento da CAR 2005.02, realizando levantamentos nos meses de julho, janeiro e fevereiro de cada ano. A definição do método a ser consolidado foi realizado em consulta a primatologistas e os levantamentos foram iniciados em janeiro de 2007. Na auditoria de 2007, foram apresentados os resultados parciais das observações registradas em campo. Os trabalhos estão sendo acompanhados por pesquisadores da UNESP, que deverão apresentar uma proposta para o desenvolvimento de um estudo com os primatas e outros elementos da fauna. Esta CAR será reavaliada na auditoria anual de 2008. Na auditoria de 2008, essa CAR foi avaliada e substituída pela CAR 2008-08 Posição no final desta auditoria CAR fechada e substituída pela CAR 2008-08

CAR 2005-12 (menor) Referência: FSC P5.c5; P6.c1; P10.c2 A DURATEX deve implementar, até a auditoria anual de 2007, um sistema piloto, adotando a micro-bacia como unidade de planejamento, em uma UMF a ser escolhida pela empresa, visando determinar procedimentos operacionais que permitam a conservação dos solos, da água e da biodiversidade. Ações da Empresa/Observações do Auditor Na auditoria de 2007, a empresa apresentou o projeto “Torre de Fluxo”, desenvolvido em parceria com o IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais), a ser instalado na Fazenda Americana, escolhida pela equipe do projeto. A área de 924 ha é ampliada por um maciço florestal pertencente a outras empresas. A implantação do projeto tem início previsto para setembro de 2007 e será verificado na auditoria anual de 2008. Na auditoria de 2008, foi visitada a estrutura da Torre de Fluxo, já instalada na Fazenda Americana, onde estão sendo desenvolvidos diversos experimentos em parceria com outras dez empresas florestais, o IPEF/USP e uma instituição de pesquisa francesa. Na área do projeto, definida em 200 hectares, além das medições de fluxo de carbono, água e nutrientes, diversos outros experimentos vêm sendo executados, inclusive dissertações de mestrado e teses de doutorado. O projeto inicial tem previsão de duração de 7 anos. Posição no final desta auditoria CAR cumprida.

CAR 2007-01 (menor) Referência: FSC P6.c6.i2 Implementar o controle de produtos químicos e devolução de embalagens em uma planilha, atrelando as notas fiscais de entrada de produtos e consumo à devolução das embalagens. Ações da Empresa/Observações do Auditor A Duratex apresentou planilha onde está evidenciado o controle adequado destes produtos. Posição no final desta auditoria CAR cumprida.

CAR 2007-02 (menor) Referência: FSC P4.c2C e D Implementar procedimentos para avaliação prévia da segurança na atividade de colheita de madeira em áreas de regeneração (RL e APP), levantando todos os possíveis riscos de acidentes e medidas mitigadoras, incluindo a técnica de abate de árvores com diferentes padrões de diâmetro. Prazo: Um mês

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Ações da Empresa/Observações do Auditor A Duratex exigiu o cumprimento, pelo setor de Segurança do Trabalho, das instruções contidas nos documentos:

1) Critérios para Verificação de Documentos de Clientes e Contratados, o qual estabelece que as empresas clientes e contratadas deverão observar as normas de segurança do trabalho, emanadas dos órgãos competentes e seus funcionários deverão passar por processo de integração na área de segurança da contratante, antes do início das atividades, a fim de serem orientados quanto à necessidade de cumprimento dos aspectos de segurança, bem como a Instrução de Segurança do Trabalho (IST) nº 21.

2) Instrução de Segurança do Trabalho - Operação com Motosserra, nº 24, da qual constam instruções que visam reduzir, neutralizar ou eliminar atitudes e condições que possam causar acidentes de trabalho nas operações com motosserra. Posição no final desta auditoria CAR cumprida

CAR 2007-03 (menor) Referência: FSC P10c6i1 Implementar procedimentos do monitoramento das práticas de conservação do solo nas Fazendas São Pedro e São Francisco, na região de Agudos, incluindo, dentro desse contexto, a indicação de soluções para o controle da voçoroca oriunda de áreas vizinhas, com a participação dos proprietários e órgãos de governo, responsáveis pela conservação do solo. Prazo: Auditoria 2008 Ações da Empresa/Observações do Auditor A despeito dos esforços da empresa, as soluções dependem de terceiros. Algumas ações, como a retirada do gado da área onde se inicia o processo erosivo em fazenda lindeira já foram tomadas. O prazo para a negociação com estes proprietários e com os engenheiros do órgão responsável por uma ferrovia desativada foi prorrogado para a auditoria de 2009. Posição no final desta auditoria CAR prorrogada até a auditoria de 2009.

CAR 2007-04 (menor) Referência: FSC P1.c1.i1; P6.c4.i1 Realizar adequação das APP da Fazenda Santo Antônio do Palmital, em Lençóis Paulista, durante o corte de condução de brotação estimado para ser realizado em 2010. Posição no final desta auditoria: CAR em andamento, dentro do prazo solicitado

CAR 2007-05 (menor) Referência: FSC P6.c4i4 e P10.c5i1 Revisar toda a base cartográfica gerada na caracterização das áreas de conservação da empresa e apresentar os mapas revisados. Prazo: Auditoria de 2008 Ações da Empresa/Observações do Auditor A base cartográfica foi revisada e os mapas estão satisfatórios, apresentando as principais fitofisionomias, áreas de preservação permanente, corredores ecológicos implantados e futuras conexões previstas. Posição no final desta auditoria CAR cumprida

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CAR 2007-06 (menor) Referência: FSC P1.c1.i1; P1.c7i1;

P6.c4i1 e P10.c5i2 Incluir o plano de composição da reserva legal no Plano de Manejo da empresa para ser monitorado pelo SGA (pode ser inserido como anexo, uma vez que é considerado documento estratégico pela empresa). Prazo: 31 de agosto de 2008 Ações da Empresa/Observações do Auditor O Plano de Composição de Reserva Legal foi anexado ao Plano de Manejo Florestal – versão 2007, mas retirado na versão 2008, em função de mudanças no conceito. Posição ao final da auditoria CAR encerrada, substituída pela CAR 2008-09 CAR 2007-07 (menor) Referência: FSC P1.c1.i1 (NR 31) Implementar os banheiros e área de vivência para os funcionários da silvicultura e catadores de resíduos. Prazo: Outubro de 2007 Ações da Empresa/Observações do Auditor Segundo a Duratex, os prestadores de serviço foram orientados, durante o mês de agosto de 2007, a implementar os banheiros e área de vivência para os funcionários da silvicultura e catadores de resíduos. Posição no final desta auditoria CAR cumprida

Recomendações: REC 2007-01 Referência: FSC P4.c2C e D Intensificar as visitas dos técnicos de segurança (Duratex e EPS) às atividades de colheita de madeira, principalmente em áreas de regeneração (RL e APP). Ações da Empresa/Observações do Auditor Foi constatado, durante a auditoria, que o supervisor de colheita (normalmente membro da CIPA) e o chefe da área de colheita estão sempre presentes nessas áreas. Posição no final desta auditoria REC cumprida.

REC 2007-02 Referência: FSC P6.c6.i6 Avaliar, junto ao médico do trabalho, a necessidade de inclusão dos exames complementares de creatinina e colinesterase para o monitoramento das funções hepática e renal dos aplicadores de produtos químicos. Ações da Empresa/Observações do Auditor Foi confirmada a posição do médico do trabalho sobre a necessidade de exames complementares de colinesterase para o monitoramento das funções hepáticas e renais dos aplicadores de produtos químicos. Assim, esses itens passarão a fazer parte dos exames periódicos dos trabalhadores que venham a manipular produtos à base de substâncias organofosforadas. Posição no final desta auditoria REC cumprida.

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66..33..55 NNoovvaass ccoonnddiicciioonnaanntteess ((CCAARR)) ee rreeccoommeennddaaççõõeess ((RREECC))

Baseado nos resultados desta auditoria, os auditores concluíram que novas condicionantes e recomendações são necessárias para manter a continuidade das ações requeridas à empresa.

CAR-maiores Antecedentes / Justificativas: Quase todas as Áreas de Preservação Permanente (APP) apresentam grande quantidade de espécies exóticas invasoras. No entanto, qualquer intervenção nessas áreas, no Estado de São Paulo, requer permissão da DEPRN (Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais) e a empresa tem encontrado dificuldade em conseguir essa permissão. CAR 2008-01: Maior

Apresentar um novo plano de erradicação de espécies exóticas arbóreas invasoras das áreas de conservação e de preservação permanente.

Referência FSC P6.c9.i1 e P6.c9.i2 Prazo Prazo: 90 dias. Ações da Empresa/Observações do Auditor Para atendimento desta CAR, a empresa revisou e atualizou o procedimento que orienta o plano de erradicação de espécies arbóreas exóticas em áreas de conservação. O procedimento já existia e vinha sendo cumprido desde 2000. Desde então, foram removidas as espécies exóticas em amplas áreas, principalmente nas fazendas com maior extensão de área contínua e o registro é feito em relatórios anuais. O critério, adotado no passado e mantido na revisão do procedimento, considera o período de reforma, ao qual se segue a implantação. O período da reforma é a melhor premissa básica para um cronograma de erradicação de espécies exóticas arbóreas em áreas de conservação. As reformas são executadas com muita proximidade às datas programadas em planejamento e, durante essa fase, os recursos para a remoção dessas espécies estão disponíveis, sejam das operações de colheita ou da silvicultura, na seqüência. O programa de reforma é citado no procedimento de eliminação de espécies exóticas como documento complementar. Posição até a data de elaboração do relatório CAR cumprida

Antecedentes / Justificativas: A Duratex apresentou uma lista de nove propriedades que foram visitadas durante a auditoria. No entanto, a documentação necessária para comprovar que a conversão destas áreas não foi posterior a novembro de 1994, não foi apresentada. CAR 2008-02: Maior

Apresentar a comprovação de que a conversão das nove propriedades a serem incluídas no escopo não foi posterior a novembro de 1994, ou as evidências que desvinculem a Duratex desta conversão.

Referência FSC P10.c9.i1 e P10.c9.i2 Prazo Prazo: 90 dias. Ações da Empresa/Observações do Auditor A empresa apresentou comprovação de que a conversão das nove áreas foi anterior a novembro de 1994, através de indicações nas imagens do Landsat 7 do ano de 1994,

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acrescidas de informações do Inventário Florestal da Vegetação Natural do Estado de São Paulo. Posição até a data de elaboração do relatório CAR cumprida

CAR-menores Antecedentes / Justificativas: Considerando que o DEPRN não tem permitido a remoção de espécies exóticas invasoras das APP, quando existe ocorrência de sub-bosque, a empresa ainda não definiu meios alternativos para tornar as áreas de conservação livres dessas espécies. CAR 2008-03: Menor

Apresentar resultados da implementação do plano alternativo de erradicação de espécies exóticas arbóreas invasoras das áreas de conservação. Vinculada à CAR maior 2008-01.

Referência FSC P6.c9.i1 e P6.c9.i2 Prazo Auditoria 2009.

Antecedentes / Justificativas: Foi verificada a ocorrência de drenagem da água do leito das estradas, diretamente para as APP, por meio de valetas, sem os cuidados para a contenção de sedimentos. CAR 2008-04: Menor

Adequar o sistema de drenagem das estradas que margeiam as áreas de conservação, de maneira a não canalizar a água diretamente para essas áreas.

Referência FSC P6.c5.i1 Prazo Auditoria 2009.

Antecedentes / Justificativas: Em vários locais, nas unidades de manejo, foram verificados acúmulos de águas pluviais no leito das estradas, ocasionando a formação de valetas e a deterioração do estado de conservação das estradas. CAR 2008-05: Menor

Implementar o plano de manutenção das vias de acesso às áreas de operação florestal nas fazendas, visando evitar o acúmulo de água no leito das estradas.

Referência FSC P6.c5.i1 Prazo Auditoria 2009.

Antecedentes / Justificativas: Nas áreas de reforma dos talhões, mesmo após as operações de plantio e replantio, foi verificada a presença de quantidades consideráveis de madeira desperdiçada, remanescentes da operação de colheita, em forma tocos, galhos grossos e, muitas vezes, toras cortadas nas dimensões comerciais, espalhados pela área. CAR 2008-06: Menor

Apresentar um procedimento que maximize o aproveitamento de madeira, minimizando a sua permanência em forma de resíduos nas áreas após as operações de colheita.

Referência FSC P5.c3.i3 Prazo Auditoria 2009.

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Antecedentes / Justificativas: Nas análises da água de descarte do viveiro, não consta o teor de fósforo total. Esse parâmetro está previsto na Resolução 357-05 do CONAMA e é de grande importância no monitoramento da qualidade da água. CAR 2008-07: Menor

Incluir o parâmetro Fósforo Total, nas análises da água de descarte do viveiro de mudas, realizando estas análises pelo menos duas vezes ao ano (seca e cheia).

Referência FSC P6.c5i1 e P8.c1.i1 Prazo Auditoria 2009.

Antecedentes / Justificativas: As fazendas Baronesa e Santa Cândida são áreas novas da empresa, com plantios recentes, que estão sendo incluídas no escopo de certificação. Estas áreas apresentam alguns problemas pontuais com relação à transposição de cursos d’água, que necessitam ser regularizados. CAR 2008-08: Menor

Regularizar a passagem sobre a calha do arroio na Fazenda Baronesa, se possível, devolvendo-o ao seu leito original e monitorar a voçoroca originada pelo curso atual do arroio. Regularizar a calha da água que se origina na represa de propriedade lindeira à Fazenda Santa Cândida, de modo que esta não verta por cima da estrada, como ocorre atualmente.

Referência FSC P6.c5.i1 Prazo Auditoria 2009.

Antecedentes / Justificativas: A Duratex possui um grande número de projetos e sub-projetos, direta ou indiretamente relacionados com o monitoramento da biodiversidade, que vêm sendo desenvolvidos nos últimos anos, sendo algumas ações motivadas por condicionantes da certificação FSC. Porém, essas informações não estão organizadas ou sistematizadas, dificultando o acompanhamento dos programas de preservação da fauna e da flora nativas. CAR 2008-09: Menor

Organizar e sistematizar as informações sobre a biodiversidade nativa nas UMF da Duratex para que as diversas ações já realizadas e em andamento traduzam, de uma forma coesa, o compromisso da empresa com a preservação da fauna e da flora nativa. Por exemplo, o Programa de Monitoramento da Fauna e da Flora das UMF da Duratex, em substituição às CAR 2005-01, 2005-02 e 2005-08. Estabelecer um cronograma de longo prazo para este programa, prevendo a apresentação de relatório detalhado na auditoria de re-certificação de 15 anos, em 2010.

Referência FSC P6.c1i1; P7.c1.i1.i9 Prazo Auditoria 2009 (apresentação do Programa e do Cronograma de longo

prazo). Antecedentes / Justificativas: O Plano de Composição de Reserva Legal da empresa, apresentado no plano de manejo de 2007, foi retirado do plano de manejo de 2008, em função das alterações na legislação estadual (lei estadual 12.927, de abril de 2008). CAR 2008-10: Menor

Tendo em vista a mudança do conceito e, consequentemente, o cálculo da área total a ser destinada à conservação, reapresentar o Plano de

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Composição de Reserva Legal da empresa. Referência FSC P1.c1.i1; P1.c7 e P10.c5 Prazo Auditoria 2009.

Recomendações 2008: Antecedentes / Justificativas: Uma forma de acompanhar a evolução na melhoria dos processos produtivos das unidades de manejo florestal é pelo acompanhamento da tendência da eficiência das operações. Os investimentos e custos envolvidos na proteção das florestas contra incêndios devem refletir na redução de incidentes dessa natureza. Tais informações precisam ser constantemente avaliadas, tendo como referência a performance dos anos anteriores. REC 2008-01: Incorporar, nos planos de manejo anuais (para fins de atualização),

síntese em gráfico dos investimentos e custos anuais envolvidos no monitoramento prevenção e combate a incêndio versus incidência, freqüência e área atingida por incêndios nas fazendas operadas pela Duratex.

Referência FSC P8.c2.i5 Prazo Auditoria 2009

Antecedentes / Justificativas: Uma forma de acompanhar a evolução na melhoria dos processos produtivos das unidades de manejo florestal é pelo acompanhamento da tendência da eficiência das operações. Os investimentos e custos envolvidos na proteção das florestas contra pragas (ataque de insetos e doenças) devem refletir na redução de incidentes dessa natureza. Tais informações precisam ser constantemente avaliadas, tendo como referência a performance dos anos anteriores. REC 2008-02: Incorporar, nos planos de manejo anuais (para fins de atualização),

síntese em gráfico dos investimentos e custos anuais envolvidos no monitoramento e combate a pragas nas fazendas operadas pela Duratex.

Referência FSC P8.c2.i7 Prazo Auditoria 2009

Antecedentes / Justificativas: Mesmo dispondo de informações sobre o rendimento dos talhões comerciais, os dados não constam no plano de manejo, de maneira sistematizada, que permita o acompanhamento da progressão da produtividade e do rendimento ao longo dos anos e das rotações. Essas informações são elementos essenciais para a constante atualização dos planos de manejo. REC 2008-03: Incorporar, nos planos de manejo anuais (para fins de atualização),

síntese em gráfico da evolução da produtividade dos povoamentos plantados (IMA) ao longo dos anos, nas fazendas operadas pela Duratex.

Referência FSC P8.c2.i7 Prazo Auditoria 2009

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Antecedentes / Justificativas: No planejamento das operações florestais, foi verificado que as operações de colheita, seguidas de reforma dos plantios, estão sendo feitas, no mesmo período, em talhões contíguos, abrangendo grandes áreas no total. Com isso, grandes extensões de terra, envolvendo sistemas de drenagem naturais, são submetidas a ações impactantes, de maneira simultânea, causando potenciais danos ambientais. REC 2008-04: Menor

Apresentar uma proposta de estudo de colheita para UMF com grandes áreas contíguas em que são executadas as mesmas operações (dependente do tamanho da microbacia), utilizando o conceito de microbacias hidrográficas e considerando a sua sustentabilidade, bem como os estudos já existentes na empresa.

Referência FSC P10.c2.i1 Prazo Auditoria 2009

6.4 AUDITORIA ANNUAL DE 2009 6.4.1 Datas das avaliações e princípios avaliados

AUDITORIAS DATAS DAS

AUDITORIAS PRINCÍPIOS AVALIADOS

1ª Certificação 09-13/01/1995 Todos Re-certificação – 5 anos 15-19/05/2000 Todos Re-certificação - 10 anos 14-18/03/2005 Todos 1a Auditoria anual 28-30/06/2006 5, 7 e 10 2ª Auditoria anual 30/06-03/08/2007 2 e 3 3ª Auditoria anual 11-15/08/2008 6 4ª Auditoria anual 03-07/08/2009 1, 4, 8 e 9

6.4.2 Auditores em 2009. Dr. Jarbas Yukio Shimizu, Engenheiro florestal, formado pela Universidade Federal de Viçosa, M. Sc. em Ciências Florestais pela Universidade da Flórida (EUA), Ph. D. em Genética Florestal pela Universidade Estadual da Carolina do Norte (EUA) e pós-doutorado em Genética de Populações pela Universidade Estadual de Oregon (EUA). Outros treinamentos incluem aperfeiçoamentos em conservação de germoplasma florestal e micropropagação de espécies florestais no Japão, conservação e uso de recursos fitogenéticos na Espanha e curso intensivo de Auditor Líder em Sistema de Gestão Ambiental, no Brasil. Sua experiência profissional, de mais de 30 anos, inclui atividades como de contrapartida brasileira no Projeto de Desenvolvimento e Pesquisa Florestal, na implementação do convênio IBDF/PNUD-FAO. Posteriormente, como pesquisador da Embrapa Florestas, atuou nas áreas de silvicultura, melhoramento genético florestal e conservação de germoplasma florestal, onde liderou diversos projetos de conservação e melhoramento genético, tendo assumido o posto de Chefe Adjunto Técnico do Centro Nacional de Pesquisa de Florestas. Tem atuado, também, como consultor em melhoramento florestal e silvicultura de espécies de rápido crescimento para instituições oficiais de pesquisa florestal e empresas florestais no Uruguai, Chile, México, Moçambique e no Brasil. Tem ministrado cursos intensivos de melhoramento florestal na Universidade Nacional da Colômbia e na Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO-Campus de

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Irati), PR, além de atuar como orientador, co-orientador e componente de bancas de exame de tese de diversos estudantes de mestrado e doutorado em Agronomia e Engenharia Florestal da Universidade Estadual de Maringá e Universidade Federal do Paraná. Desde o início de 2008, vem atuando como auditor de manejo florestal da FSC, em empresas florestais no Brasil, para a SCS, através da Sysflor.

Rossynara Batista Cabral Marques, Engenheira Florestal, formada em 1995 pelo Instituto de Tecnologia da Amazônia, pós-graduada em engenharia ambiental pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Atualmente, cursa pós-graduação em Gestão Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Tem vasta experiência em manejo florestal na Amazônia Brasileira e em gerenciamento e acompanhamento de projetos desenvolvidos em parceria com empresas madeireiras e comunidades. Atuou, por cinco anos, como coordenadora do Componente Iniciativas Promissoras no âmbito do ProManejo, do Ibama, com a função de articular, junto às diferentes esferas governamentais de Meio Ambiente, ações de fomento para o manejo florestal na Amazônia e a implementação de Centros de Treinamento. Tem amplo conhecimento sobre manejo florestal comunitário, desenvolvido na América Central e na América Latina. Desde 2000, participa do Grupo de Trabalho MFC, onde tem acompanhado e contribuído com propostas de políticas públicas. Tem experiência na área de certificação florestal, tendo realizado trabalhos com a Imaflora (Brasil) e o Centro de Investigación y Manejo de Recursos Naturales Renovables (CIMAR - Bolívia). Na área social, implantou e é a atual responsável pelo desenvolvimento de plano de manejo florestal comunitário em Unidade de Conservação no interior do estado do Pará, apoiando a realização de capacitações, adequação das técnicas de exploração de impacto reduzido para comunidades, segurança no trabalho e gestão comunitária. Trabalhou como assessora do Instituto de Desenvolvimento de Florestas do Estado do Pará (IDEFLOR), na Diretoria de Gestão de Florestas Públicas, tendo como principal atribuição a elaboração e implementação de um sistema de monitoramento para as áreas sob processo de concessão florestal do Estado do Pará. Desde 2007, vem atuando, também, junto à Sysflor (Certificações de Manejo e Produtos Florestais Ltda.) que é a representante da Scientific Certification Systems (SCS) no Brasil, como auditora de Manejo Florestal e da Cadeia de Custódia em todo Brasil.

6.4.3 Processo de Avaliação

As atividades da auditoria anual da DURATEX iniciaram-se no dia 03 de agosto de 2009. Pela manhã, os auditores Jarbas Y. Shimizu (líder) e Rossynara B. C. Marques reuniram-se com os dirigentes e colaboradores da Duratex S.A. na sede da empresa, em Agudos, SP, para a abertura oficial da auditoria e definição do programa da auditoria, incluindo o cronograma e trajeto das visitas de campo a ser seguido. Após a reunião, o auditor Jarbas Shimizu iniciou seu trabalho de campo, visitando a Fazenda Santa Cândida, no município de Agudos, onde vistoriou as adequações feitas na passagem de água cruzando uma estrada florestal. Esta adequação tinha sido motivo de ação corretiva requerida na auditoria anterior. Nessa mesma fazenda, vistoriou os trabalhos de plantio de espécies florestais nativas para a recuperação de uma área de conservação. Nesse mesmo dia, visitou a Fazenda São Pedro, no município de Piratininga, para vistoriar os trabalhos de estabilização da erosão causada pelo fluxo de água superficial originada em uma propriedade vizinha. Nesse dia, a auditora Rossynara Marques deu inicio à verificação de documentos correspondentes aos princípios 1 e 4 e de cumprimento das CAR da auditoria anterior. Verificou o atendimento às questões trabalhistas (funcionários próprios e de

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terceiros), de saúde e segurança do trabalho, a existência de pendências administrativas e jurídicas, os programas sociais, os procedimentos de controle e proteção das áreas da empresa, bem como a sua relação com a comunidade local. Ainda, no mesmo dia, visitou o escritório da regional do IBAMA, na cidade de Bauru, onde constatou, como preocupação pública, a necessidade de averbação da reserva legal da empresa até o final do ano de 2010, conforme Decreto federal 6.514/08. Na cidade de Agudos, visitou a Promotoria de Meio Ambiente, onde pode evidenciar os benefícios gerados pela empresa através do desenvolvimento de projetos sociais.

Em 04/08/2009, o auditor Jarbas Y. Shimizu visitou a Fazenda América, no município de Bauru, onde vistoriou as áreas de conservação, as APP e o estado de conservação das estradas florestais. Em seguida, visitou a Fazenda Santa Helena, no município de Duartina, onde vistoriou o estado geral de conservação das estradas florestais e as áreas de conservação e APP. Nesse mesmo município, visitou a Fazenda Santa Terezinha-2, a Fazenda São João, a Fazenda Pentágono e a Fazenda Baroneza. Nesta ultima, para vistoriar a adequação da passagem de água cruzando uma estrada florestal, também motivo de ação corretiva na auditoria do ano anterior. Em seqüência, visitou a Fazenda Três Irmãos, no município de Cabrália Paulista, e as fazendas São João-2, Palmital e Palmital-2 no município de Paulistânia, onde vistoriou o estado geral das estradas florestais, as áreas de conservação e as APP. Nesse dia, a auditora Rossynara visitou a unidade administrativa de Lençóis Paulista, onde verificou os procedimentos de colheita na fazenda Rio Claro e de silvicultura na Fazenda Piracema. Vistoriou as condições de manutenção da malha viária, APP e reserva legal. Verificou as condições de segurança do trabalho no campo e de transporte, entrevistou funcionários próprios e terceirizados. Visitou a Reserva Particular do Patrimônio Natural Estadual (RPPN) para verificação das condições gerais de conservação da unidade pela empresa.

Em 05/08/2009, o auditor Jarbas Y. Shimizu seguiu para a regional de Itapetininga, onde visitou a Fazenda Velha Mãezinha, a Fazenda Santa Edwiges e a Fazenda Bela Vista, no município de Buri, para vistoriar as condições gerais dos plantios de eucalipto, das áreas de conservação, APP e as estradas florestais. Nesta última, vistoriou um ônibus de transporte de trabalhadores da empresa e entrevistou trabalhadores atuando na aplicação de formicidas. Visitou, também, as fazendas Santa Luzia-2 e Santa Maria-2, nesse mesmo município, para vistoria geral dos plantios de eucalipto, das estradas e das áreas de conservação. A auditora Rossynara visitou o Sindicato dos Trabalhadores e Empregados Rurais de Lençóis Paulista para verificação de existência de pendências trabalhistas e problemas de relacionamento com a empresa. No mesmo dia, seguiu para o município de Botucatu, onde visitou as fazendas Pinheiro, Jequitibá e Bofete para verificação das condições gerais das estradas florestais, áreas de conservação e APP, avaliando a inserção dessas fazendas no escopo de certificação. Nesse mesmo município, visitou a Fundação Florestal (FF), órgão responsável pela criação de RPPN estaduais, para verificação do andamento de análise do plano de manejo da unidade. A FF coordena, também, o Programa Estadual de Apoio às RPPN (Programa RPPN Paulistas).

No dia 06/08/2009, o auditor Jarbas Y. Shimizu visitou as fazendas Chamallotte, Três Corações, Araçagi e Juvu, na Região de Itapetininga, para uma vistoria geral das condições dos plantios, das áreas de conservação, APP e estradas florestais. De volta ao escritório da Duratex S.A., em Agudos, dedicou o restante do dia à análise de documentos. A auditora Rossynara deu sequência à verificação dos documentos para o cumprimento dos princípios 1 e 4, direcionados à verificação do programa de treinamentos, questões trabalhistas e de segurança do trabalho. No mesmo dia, foi dado inicio à identificação e consolidação das novas CAR.

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No dia 07/08/2009, os auditores dedicaram as primeiras horas do expediente da manhã à consolidação das observações. Ao final do período da manhã, foi realizada a reunião de fechamento da auditoria com os dirigentes e técnicos da Duratex S.A.

6.4.4 Estado das ações corretiva requeridas (CAR) e recomendações (REC) de 2005 a

2008. CAR menores 2005 CAR 2005-01 (menor) Referência: FSC P6.c1 Elaborar, até dezembro de 2005, um projeto para o estudo de impacto ambiental da operação florestal de corte e retirada de madeira em, pelo menos, duas regiões de atuação da empresa (Agudos/Lençóis - Itapetininga), prevendo a análise quantitativa da mastofauna e avifauna por especialistas, um ano antes e um e três anos após as operações florestais. Implementá-lo a seguir. A DURATEX S.A. deve assegurar os recursos materiais e humanos necessários ao êxito do projeto. (ver reencaminhamento na auditoria de 2006) Ações da Empresa/Observações do Auditor Na auditoria de 2006, foi apresentado um projeto para cumprimento da CAR. Entretanto, devido ao seu alto custo, foram discutidas novas diretrizes, segundo as quais, a empresa deveria apresentar, até 15 de setembro de 2006, uma nova proposta de trabalho, concentrando-a em uma única área piloto (Exemplo: Lençóis Paulista). Até a próxima auditoria (2007), organizar análise dos trabalhos de levantamentos de fauna já realizados na empresa, apresentando conclusões sobre os impactos do manejo das plantações na conservação da fauna silvestre. Foram apresentadas pela DURATEX as seguintes propostas de encaminhamento: a) Conduzir pesquisa quanto à influência do manejo do eucalipto sobre a fauna silvestre, adotando, como mamíferos indicadores, os quirópteros (morcegos). A pesquisa será conduzida em parceria com uma universidade. O projeto será instalado na Fazenda Rio Claro, com início dos estudos em campo no primeiro semestre de 2007; b) Concluir a pesquisa com a onça-parda, na busca de informações sobre a conservação da fauna em áreas de reflorestamento (projeto desenvolvido em Agudos e Lençóis Paulista). Conclusão prevista para 2007 e conta com suporte técnico e científico do Biólogo Leonardo Siqueira Mendonça, mestrando em Ecologia, orientado pela Profª Eleonora Setz do Laboratório de Ecologia e Comportamento de Mamíferos do Departamento de Zoologia da UNICAMP; c) A equipe técnica da DURATEX fará uma releitura dos trabalhos já realizados com fauna na Empresa, apresentando inferências sobre o manejo florestal e a conservação da fauna. Serão tomados como referência os levantamentos da avifauna e de outras classes animais realizados nas propriedades da DURATEX e, também, pesquisas com fauna silvestre de outras empresas florestais. Prazo: até a próxima auditoria (junho de 2007). Na auditoria anual de 2007, verificou-se o andamento da CAR conforme segue: A empresa apresentou o plano da pesquisa “Dinâmica da comunidade de morcegos (Mammalia, Chiroptera) em áreas de reflorestamento e em vegetação natural da Fazenda Rio Claro, Lençóis Paulista-SP” que será conduzido por equipe técnica da UNESP. O início dos trabalhos estava previsto para agosto de 2007 e serão verificados na auditoria de 2008; b) A pesquisa sobre a conservação da fauna em áreas de reflorestamento (trabalho desenvolvido sobre a onça-parda) não havia sido concluído até a auditoria de 2007 e será verificado na auditoria de 2008; c) Foi apresentada uma compilação/histórico dos trabalhos já realizados com fauna, bem como a análise e conclusão da empresa. Esse documento será avaliado e possíveis reencaminhamentos serão apresentados na auditoria de 2008. Na auditoria de

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2008, a CAR foi avaliada e substituída pela CAR 2008-08 Posição no final desta auditoria CAR fechada e substituída pela CAR 2008-08

CAR 2005-02 (menor) Referência: FSC P6.c3 e P8.c2 A DURATEX S.A. deve apresentar, até dezembro de 2005, programas para intensificar e comprometer-se em garantir recursos materiais e humanos adequados para a execução das seguintes atividades: Estudos sobre “dinâmica de clareiras”; Estudos sobre “efeito de borda”; Monitoramento de fauna e flora nas UMF da empresa; Definição de índices de fragmentação e conectividade dos ecossistemas naturais nas

UMF; Os resultados parciais desses programas deverão ser apresentados a cada Auditoria Anual. Ações da Empresa/Observações do Auditor Durante a auditoria de 2006, foi estabelecido como diretriz, a execução do trabalho em duas áreas piloto de estudo, Agudos e Lençóis Paulista. Em setembro/2006 foi apresentada a seguinte proposta de trabalho:

Eleger como áreas piloto de estudo a Mata da Torre em Agudos e a Reserva do Matão em Lençóis Paulista, buscando orientação acadêmica. Nestas áreas, serão possíveis estudos de clareira, do efeito de borda e da regeneração natural; b) Aguardar resultados da pesquisa sobre florística e fitossociologia em reservas de vegetação nativa da Fazenda Monte Alegre, com utilização de imagens aéreas, conduzida pela Bióloga Débora Lemos, doutoranda orientada pela Profª Vera Lex, da UNESP/Botucatu. Elaborar, para a próxima auditoria, análise dos trabalhos já desenvolvidos sobre flora na Empresa, apresentando conclusões relacionadas com o manejo nas fazendas (trabalho a ser realizado pela equipe técnica da DURATEX); c) Desenvolver projeto de monitoramento de fauna e flora, nos meses de julho (inverno) e janeiro/fevereiro (verão), sob orientação da equipe técnica da DURATEX, com apoio de estagiários e operadores florestais na unidade, elegendo seis áreas piloto (fazendas) (Monte Alegre, Rio Claro, Rincão do Pinhal, São Pedro da Terra Nova, Rio das Pedras e Santa Maria II) e prevendo o monitoramento em duas delas a cada ano; d) Produzir quadro com o índice de fragmentação das áreas da empresa (tomar como referência a fórmula do Instituto Florestal do Estado de São Paulo e o trabalho da Profª Cecília, da Unicamp, realizado na Fazenda Rio Claro). Para discutir índices de conectividade, considerar a bibliografia. Prazo: até a próxima auditoria (junho de 2007). Na auditoria de 2007, foi apresentada proposta de cooperação técnica entre UNESP e DURATEX para desenvolver projetos de pesquisa voltados ao conhecimento da dinâmica da vegetação (dinâmica populacional, dinâmica de clareiras e efeito de borda) de fragmentos florestais na Duraflora, nos municípios de Agudos e Lençóis Paulista, São Paulo. Foram estabelecidas duas áreas piloto para o estudo: Mata da Torre III, em Agudos, e a Reserva do Matão, em Lençóis Paulista. Conforme cronograma apresentado, os trabalhos devem ser iniciados em agosto de 2007 e serão avaliados na auditoria anual de 2008. Na auditoria de 2008, a CAR foi avaliada e substituída pela CAR 2008-08

Posição no final desta auditoria CAR fechada e substituída pela CAR 2008-08

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CAR 2005-08 (menor) Referência: FSC - P9.c4 Elaborar um projeto, até dezembro de 2005, de monitoramento periódico de primatas na Reserva do Matão (Floresta de Alto Valor de Conservação). Esse projeto deve prever recursos materiais e humanos adequados para garantir o seu êxito e deve ser implementado a partir janeiro de 2006. Ações da Empresa/Observações do Auditor Durante a auditoria de 2006, foi apresentado um projeto com custo elevado. Em acordo com a SCS, o levantamento pode ser simplificado em relação ao projeto apresentado, elaborado com a participação da UFPR, com método de menor custo, sem demandar aquisição de rádios e levantamentos mensais requeridos por um projeto acadêmico. Com essas diretrizes, a DURATEX apresentou uma nova proposta: “Registrar a presença de primatas em vistorias de campo”, conduzidas por funcionário treinado ou estagiário, sob orientação da Equipe Técnica da DURATEX, devendo incorporar estas observações aos objetivos das ações de atendimento da CAR 2005.02, realizando levantamentos nos meses de julho, janeiro e fevereiro de cada ano. A definição do método a ser consolidado foi realizado em consulta a primatologistas e os levantamentos foram iniciados em janeiro de 2007. Na auditoria de 2007, foram apresentados os resultados parciais das observações registradas em campo. Os trabalhos estão sendo acompanhados por pesquisadores da UNESP, que deverão apresentar uma proposta para o desenvolvimento de um estudo com os primatas e outros elementos da fauna. Esta CAR será reavaliada na auditoria anual de 2008. Na auditoria de 2008, essa CAR foi avaliada e substituída pela CAR 2008-08 Posição no final desta auditoria CAR fechada e substituída pela CAR 2008-08

CAR 2005-12 (menor) Referência: FSC P5.c5; P6.c1; P10.c2 A DURATEX deve implementar, até a auditoria anual de 2007, um sistema piloto, adotando a micro-bacia como unidade de planejamento, em uma UMF a ser escolhida pela empresa, visando determinar procedimentos operacionais que permitam a conservação dos solos, da água e da biodiversidade. Ações da Empresa/Observações do Auditor Na auditoria de 2007, a empresa apresentou o projeto “Torre de Fluxo”, desenvolvido em parceria com o IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais), a ser instalado na Fazenda Americana, escolhida pela equipe do projeto. A área de 924 ha é ampliada por um maciço florestal pertencente a outras empresas. A implantação do projeto tem início previsto para setembro de 2007 e será verificado na auditoria anual de 2008. Na auditoria de 2008, foi visitada a estrutura da Torre de Fluxo, já instalada na Fazenda Americana, onde estão sendo desenvolvidos diversos experimentos em parceria com outras dez empresas florestais, o IPEF/USP e uma instituição de pesquisa francesa. Na área do projeto, definida em 200 hectares, além das medições de fluxo de carbono, água e nutrientes, diversos outros experimentos vêm sendo executados, inclusive dissertações de mestrado e teses de doutorado. O projeto inicial tem previsão de duração de 7 anos. Posição no final desta auditoria CAR cumprida.

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CAR menores 2007 CAR 2007-01 (menor) Referência: FSC P6.c6.i2 Implementar o controle de produtos químicos e devolução de embalagens em uma planilha, atrelando as notas fiscais de entrada de produtos e consumo à devolução das embalagens. Ações da Empresa/Observações do Auditor A Duratex apresentou planilha onde está evidenciado o controle adequado destes produtos. Posição no final desta auditoria CAR cumprida.

CAR 2007-02 (menor) Referência: FSC P4.c2C e D Implementar procedimentos para avaliação prévia da segurança na atividade de colheita de madeira em áreas de regeneração (RL e APP), levantando todos os possíveis riscos de acidentes e medidas mitigadoras, incluindo a técnica de abate de árvores com diferentes padrões de diâmetro. Prazo: Um mês Ações da Empresa/Observações do Auditor A Duratex exigiu o cumprimento, pelo setor de Segurança do Trabalho, das instruções contidas nos documentos:

1) Critérios para Verificação de Documentos de Clientes e Contratados, o qual estabelece que as empresas clientes e contratadas deverão observar as normas de segurança do trabalho, emanadas dos órgãos competentes e seus funcionários deverão passar por processo de integração na área de segurança da contratante, antes do início das atividades, a fim de serem orientados quanto à necessidade de cumprimento dos aspectos de segurança, bem como a Instrução de Segurança do Trabalho (IST) nº 21.

2) Instrução de Segurança do Trabalho - Operação com Motosserra, nº 24, da qual constam instruções que visam reduzir, neutralizar ou eliminar atitudes e condições que possam causar acidentes de trabalho nas operações com motosserra. Posição no final desta auditoria CAR cumprida

CAR 2007-03 (menor) Referência: FSC P10.c6.i1 Implementar procedimentos do monitoramento das práticas de conservação do solo nas Fazendas São Pedro e São Francisco, na região de Agudos, incluindo, dentro desse contexto, a indicação de soluções para o controle da voçoroca oriunda de áreas vizinhas, com a participação dos proprietários e órgãos de governo, responsáveis pela conservação do solo. Prazo: Auditoria 2008 Ações da Empresa/Observações do Auditor A despeito dos esforços da empresa, as soluções dependem de terceiros. Algumas ações, como a retirada do gado da área onde se inicia o processo erosivo em fazenda lindeira já foram tomadas. O prazo para a negociação com estes proprietários e com os engenheiros do órgão responsável por uma ferrovia desativada foi prorrogado para a auditoria de 2009. Posição no final desta auditoria CAR prorrogada até a auditoria de 2009. Ações da Empresa/Observações do Auditor em 2009 A empresa fez acordo com os proprietários vizinhos e providenciou a instalação de cerca

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para impedir a entrada de gado nas áreas sujeitas à erosão. As áreas protegidas foram, então, plantadas com eucalipto para auxiliar na fixação do solo (esses eucaliptos não serão colhidos). Posição ao final da auditoria de 2009 CAR cumprida

CAR 2007-04 (menor) Referência: FSC P1.c1.i1; P6.c4.i1 Realizar adequação das APP da Fazenda Santo Antônio do Palmital, em Lençóis Paulista, durante o corte de condução de brotação estimado para ser realizado em 2010. Ações da Empresa/Observações do Auditor Adequações de APP vêm sendo realizadas em vários locais, à medida que avançam as operações de colheita, uma vez que os mesmos equipamentos e operadores são envolvidos no processo.

Posição no final desta auditoria: CAR em andamento, dentro do prazo solicitado.

CAR 2007-05 (menor) Referência: FSC P6.c4i4 e P10.c5i1 Revisar toda a base cartográfica gerada na caracterização das áreas de conservação da empresa e apresentar os mapas revisados. Prazo: Auditoria de 2008 Ações da Empresa/Observações do Auditor A base cartográfica foi revisada e os mapas estão satisfatórios, apresentando as principais fitofisionomias, áreas de preservação permanente, corredores ecológicos implantados e futuras conexões previstas. Posição no final desta auditoria CAR cumprida

CAR 2007-06 (menor) Referência: FSC P1.c1.i1; P1.c7i1;

P6.c4i1 e P10.c5i2 Incluir o plano de composição da reserva legal no Plano de Manejo da empresa para ser monitorado pelo SGA (pode ser inserido como anexo, uma vez que é considerado documento estratégico pela empresa). Prazo: 31 de agosto de 2008 Ações da Empresa/Observações do Auditor O Plano de Composição de Reserva Legal foi anexado ao Plano de Manejo Florestal – versão 2007, mas retirado na versão 2008, em função de mudanças no conceito. Posição ao final da auditoria CAR encerrada, substituída pela CAR 2008-09

CAR 2007-07 (menor) Referência: FSC P1.c1.i1 (NR 31) Implementar os banheiros e área de vivência para os funcionários da silvicultura e catadores de resíduos. Prazo: Outubro de 2007 Ações da Empresa/Observações do Auditor Segundo a Duratex, os prestadores de serviço foram orientados, durante o mês de agosto de 2007, a implementar os banheiros e área de vivência para os funcionários da silvicultura e catadores de resíduos. Posição no final desta auditoria CAR cumprida

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Recomendações 2007 REC 2007-01 Referência: FSC P4.c2C e D Intensificar as visitas dos técnicos de segurança (Duratex e EPS) às atividades de colheita de madeira, principalmente em áreas de regeneração (RL e APP). Ações da Empresa/Observações do Auditor Foi constatado, durante a auditoria, que o supervisor de colheita (normalmente membro da CIPA) e o chefe da área de colheita estão sempre presentes nessas áreas. Posição no final desta auditoria REC cumprida.

REC 2007-02 Referência: FSC P6.c6.i6 Avaliar, junto ao médico do trabalho, a necessidade de inclusão dos exames complementares de creatinina e colinesterase para o monitoramento das funções hepática e renal dos aplicadores de produtos químicos. Ações da Empresa/Observações do Auditor Foi confirmada a posição do médico do trabalho sobre a necessidade de exames complementares de colinesterase para o monitoramento das funções hepáticas e renais dos aplicadores de produtos químicos. Assim, esses itens passarão a fazer parte dos exames periódicos dos trabalhadores que venham a manipular produtos à base de substâncias organofosforadas. Posição no final desta auditoria REC cumprida.

CAR-menores 2008 Inconformidade: Considerando que o DEPRN não tem permitido a remoção de espécies exóticas invasoras das APP, quando existe ocorrência de sub-bosque, a empresa ainda não definiu meios alternativos para tornar as áreas de conservação livres dessas espécies. CAR 2008-03: Apresentar resultados da implementação do plano alternativo de

erradicação de espécies exóticas arbóreas invasoras das áreas de conservação. Vinculada à CAR maior 2008-01.

Referência P6.c9.i1 e P6.c9.i2 Prazo Auditoria 2009. Ações da Empresa/Observações do Auditor A empresa apresentou o plano alternativo de erradicação de espécies exóticas arbóreas invasoras das áreas de conservação, bem como relatório de andamento dos trabalhos realizados até o momento. Posição ao final da auditoria CAR cumprida

Inconformidade: Foi verificada a ocorrência de drenagem da água do leito das estradas, diretamente para as APP, por meio de valetas, sem os cuidados para a contenção de sedimentos. CAR 2008-04:

Adequar o sistema de drenagem das estradas que margeiam as áreas de conservação, de maneira a não canalizar a água diretamente para essas

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áreas. Referência P6.c5.i1 Prazo Auditoria 2009. Ações da Empresa/Observações do Auditor A empresa não tomou nenhuma providência a respeito desta CAR Posição ao final da auditoria CAR-menor não cumprida; portanto, elevada a CAR Maior.

Inconformidade: Em vários locais, nas unidades de manejo, foram verificados acúmulos de águas pluviais no leito das estradas, ocasionando a formação de valetas e a deterioração do estado de conservação das estradas. CAR 2008-05:

Implementar o plano de manutenção das vias de acesso às áreas de operação florestal nas fazendas, visando evitar o acúmulo de água no leito das estradas.

Referência P6.c5.i1 Prazo Auditoria 2009. Ações da Empresa/Observações do Auditor A empresa implementou o plano de manutenção das vias de acesso às áreas de operação florestal, evitando o acúmulo de água no leito das estradas. Posição ao final da auditoria CAR cumprida

Inconformidade: Nas áreas de reforma dos talhões, mesmo após as operações de plantio e replantio, foi verificada a presença de quantidades consideráveis de madeira desperdiçada, remanescentes da operação de colheita, em forma tocos, galhos grossos e, muitas vezes, toras cortadas nas dimensões comerciais, espalhados pela área. CAR 2008-06:

Apresentar um procedimento que maximize o aproveitamento de madeira, minimizando a sua permanência em forma de resíduos nas áreas após as operações de colheita.

Referência P5.c3.i3 Prazo Auditoria 2009. Ações da Empresa/Observações do Auditor A empresa apresentou um procedimento para maximizar o aproveitamento de madeira. Este envolve a contratação de serviço de catação de restos de madeira para geração de energia. Posição ao final da auditoria CAR cumprida

Inconformidade: Nas análises da água de descarte do viveiro, não consta o teor de fósforo total. Esse parâmetro está previsto na Resolução 357-05 do CONAMA e é de grande importância no monitoramento da qualidade da água. CAR 2008-07:

Incluir o parâmetro Fósforo Total, nas análises da água de descarte do viveiro de mudas, realizando estas análises pelo menos duas vezes ao ano (seca e cheia).

Referência P6.c5i1 e P8.c1.i1 Prazo Auditoria 2009. Ações da Empresa/Observações do Auditor

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A empresa incluiu o parâmetro Fósforo total nas análises da água de descarte do viveiro. Foi apresentado o laudo da última análise que tinham efetuado até então. Posição ao final da auditoria CAR cumprida.

Inconformidade: As fazendas Baronesa e Santa Cândida são áreas novas da empresa, com plantios recentes, que estão sendo incluídas no escopo de certificação. Estas áreas apresentam alguns problemas pontuais com relação à transposição de cursos d’água, que necessitam ser regularizados. CAR 2008-08:

Regularizar a passagem sobre a calha do arroio na Fazenda Baronesa, se possível, devolvendo-o ao seu leito original e monitorar a voçoroca originada pelo curso atual do arroio. Regularizar a calha da água que se origina na represa de propriedade lindeira à Fazenda Santa Cândida, de modo que esta não verta por cima da estrada, como ocorre atualmente.

Referência P6.c5.i1 Prazo Auditoria 2009. Ações da Empresa/Observações do Auditor Em ambas as fazendas (Baroneza e Santa Cândida), a empresa realizou obras colocando bueiros para a passagem da água por baixo do leito da estrada e, na vazante, construiu escadas para quebrar a velocidade da água. Posição ao final da auditoria CAR cumprida

Inconformidade: A Duratex possui um grande número de projetos e sub-projetos, direta ou indiretamente relacionados com o monitoramento da biodiversidade, que vêm sendo desenvolvidos nos últimos anos, sendo algumas ações motivadas por condicionantes da certificação FSC. Porém, essas informações não estão organizadas ou sistematizadas, dificultando o acompanhamento dos programas de preservação da fauna e da flora nativas. CAR 2008-09:

Organizar e sistematizar as informações sobre a biodiversidade nativa na UMF da Duratex para que as diversas ações já realizadas e em andamento traduzam, de uma forma coesa, o compromisso da empresa com a preservação da fauna e da flora nativa. Por exemplo, o Programa de Monitoramento da Fauna e da Flora da UMF da Duratex, em substituição às CAR 2005-01, 2005-02 e 2005-08. Estabelecer um cronograma de longo prazo para este programa, prevendo a apresentação de relatório detalhado na auditoria de re-certificação de 15 anos, em 2010.

Referência P6.c1i1; P7.c1.i1.i9 Prazo Auditoria 2009 (apresentação do Programa e do Cronograma de longo

prazo). Ações da Empresa/Observações do Auditor A empresa apresentou um programa coeso, incluindo todas as ações referentes ao monitoramento da biodiversidade (fauna e flora) Posição ao final da auditoria CAR cumprida

Inconformidade: O Plano de Composição de Reserva Legal da empresa, apresentado no

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plano de manejo de 2007, foi retirado do plano de manejo de 2008, em função das alterações na legislação estadual (lei estadual 12.927, de abril de 2008). CAR 2008-10:

Tendo em vista a mudança do conceito e, consequentemente, o cálculo da área total a ser destinada à conservação, reapresentar o Plano de Composição de Reserva Legal da empresa.

Referência P1.c1.i1; P1.c7 e P10.c5 Prazo Auditoria 2009. Ações da Empresa/Observações do Auditor Foi apresentada a nova versão do Plano de Composição de Reserva Legal da Duratex. Esta nova versão atende os requisitos legais. Posição ao final da auditoria CAR cumprida.

Recomendações 2008 Antecedentes / Justificativas: Uma forma de acompanhar a evolução na melhoria dos processos produtivos das unidades de manejo florestal é pelo acompanhamento da tendência da eficiência das operações. Os investimentos e custos envolvidos na proteção das florestas contra incêndios devem refletir na redução de incidentes dessa natureza. Tais informações precisam ser constantemente avaliadas, tendo como referência a performance dos anos anteriores. REC 2008-01: Incorporar, nos planos de manejo anuais (para fins de atualização),

síntese em gráfico dos investimentos e custos anuais envolvidos no monitoramento prevenção e combate a incêndio versus incidência, freqüência e área atingida por incêndios nas fazendas operadas pela Duratex.

Referência P8.c2.i5 Prazo Auditoria 2009 Ações da Empresa/Observações do Auditor A empresa incorporou no plano de manejo a síntese, em gráfico, dos investimentos e custos anuais do monitoramento, prevenção e combate a incêndios florestais. Posição ao final da auditoria REC atendida

Antecedentes / Justificativas: Uma forma de acompanhar a evolução na melhoria dos processos produtivos das unidades de manejo florestal é pelo acompanhamento da tendência da eficiência das operações. Os investimentos e custos envolvidos na proteção das florestas contra pragas (ataque de insetos e doenças) devem refletir na redução de incidentes dessa natureza. Tais informações precisam ser constantemente avaliadas, tendo como referência a performance dos anos anteriores. REC 2008-02: Incorporar, nos planos de manejo anuais (para fins de atualização),

síntese em gráfico dos investimentos e custos anuais envolvidos no monitoramento e combate a pragas nas fazendas operadas pela Duratex.

Referência P8.c2.i7 Prazo Auditoria 2009 Ações da Empresa/Observações do Auditor

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A empresa dispõe de planos de investimentos anuais e custos envolvidos no monitoramento e combate a pragas, mas, as informações são consideradas estratégicas e não são divulgadas. Posição ao final da auditoria REC atendida.

Antecedentes / Justificativas: Mesmo dispondo de informações sobre o rendimento dos talhões comerciais, os dados não constam no plano de manejo, de maneira sistematizada, que permita o acompanhamento da progressão da produtividade e do rendimento ao longo dos anos e das rotações. Essas informações são elementos essenciais para a constante atualização dos planos de manejo. REC 2008-03: Incorporar, nos planos de manejo anuais (para fins de atualização),

síntese em gráfico da evolução da produtividade dos povoamentos plantados (IMA) ao longo dos anos, nas fazendas operadas pela Duratex.

Referência P8.c2.i7 Prazo Auditoria 2009 Ações da Empresa/Observações do Auditor A empresa dispõe de planos de investimentos anuais e custos envolvidos no monitoramento da produtividade dos povoamentos florestais ao longo dos anos, mas, as informações são consideradas estratégicas e não são divulgadas. Posição ao final da auditoria REC atendida

Antecedentes / Justificativas: No planejamento das operações florestais, foi verificado que as operações de colheita, seguidas de reforma dos plantios, estão sendo feitas, no mesmo período, em talhões contíguos, abrangendo grandes áreas no total. Com isso, grandes extensões de terra, envolvendo sistemas de drenagem naturais, são submetidas a ações impactantes, de maneira simultânea, causando potenciais danos ambientais. REC 2008-04:

Apresentar uma proposta de estudo de colheita para UMF com grandes áreas contíguas em que são executadas as mesmas operações (dependente do tamanho da microbacia), utilizando o conceito de microbacias hidrográficas e considerando a sua sustentabilidade, bem como os estudos já existentes na empresa.

Referência P10.c2.i1 Prazo Auditoria 2009 Ações da Empresa/Observações do Auditor Foi contratada uma estagiária para realizar o estudo e o mesmo encontra-se em andamento. Posição ao final da auditoria REC atendida.

6.4.5 Novas Condicionantes (CAR) e Recomendações (REC) em 2009.

Baseado nos resultados desta auditoria, os auditores concluíram que novas condicionantes e recomendações são necessárias para manter a continuidade das ações requeridas à empresa.

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CAR Maior Inconformidade: CAR 2008-04 não cumprida. Foi verificada a ocorrência de drenagem da água do leito das estradas, diretamente para as APP, por meio de valetas, sem os cuidados para a contenção de sedimentos. CAR 2008-1 Maior

Adequar os procedimentos para construção e conservação de estradas (MAM 26.434) no item 7.3, referente ao desvio de água do leito da estrada para áreas de conservação ou APP. Quanto às fazendas que apresentam o problema de assoreamento e erosão, mapear os pontos de maior prioridade para correção e apresentar um programa de adequação, com cronograma (anual), visando minimizar o impacto ambiental (erosão, assoreamento, qualidade da água).

Referência P6.c5.i1 Prazo Dentro de 90 dias depois da finalização deste relatório.

CAR menores 2009 Inconformidade: Tendo em vista o grande número de fazendas certificadas em que a Duratex S.A. vem operando, a adequação do sistema de drenagem da água do leito das estradas, de maneira que não cause impacto negativo nas áreas de conservação e APP, conforme detalhado no programa (CAR Maior 2009-1), requererá um longo período para o cumprimento dessa ação corretiva. CAR 2009-2 Baseado no plano apresentado (CAR Maior 2009-1), apresentar um

relatório das medidas executadas no período 2009/2010, para que a água do leito das estradas não seja direcionada por valetas ou canais diretamente para as áreas de conservação e APP, sem dispositivo para contenção de sedimentos, visando minimizar o impacto ambiental.

Referência P6.c5.i1 Prazo Auditoria anual de 2010.

Inconformidade: A empresa apresentou, em seu Plano de Manejo, cenários que refletem os conflitos e as demandas socioambientais decorrentes das atividades florestais. Entretanto, esses são eventos episódicos ocorridos em 1989/1991 e em 2003, registrados em formulários, sob o título de DPI (demandas de partes interessadas). No entanto, essas informações não estão atualizadas, nem há acompanhamento dos impactos gerados ou indicação de que esses eventos tenham sido utilizados como ferramentas de gestão para a melhoria do manejo, no sentido de minimizar os impactos sociais e ambientais negativos. CAR 2009-3 Avaliar os impactos sociais e ambientais (positivos e negativos) das

atividades de manejo florestal da Duratex S.A., adotando-se critérios quantitativos para avaliar os resultados atingidos por ano (por ex.: estradas municipais construídas/mantidas em parceria com o poder público; nº de municípios beneficiados; nº de pontes construídas/reparadas; nº de escolas beneficiadas com as medidas x,y,z proporcionadas pela empresa; reclamações devido ao ruído, poeira, vibração etc. resultante do tráfego de veículos pesados a serviço da empresa; fauna e flora; recursos hídricos; erosões; alterações na paisagem; etc.).

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Referência P4.c4.i1, i2; P8.c2.i6 Prazo Auditoria anual de 2010.

Inconformidade: Os fragmentos da vegetação natural encontram-se mapeados, mas, não há indicação do nível de fragmentação. As mudanças na conectividade entre os componentes dos ecossistemas naturais em função das atividades de manejo floresta não estão contempladas de maneira objetiva. CAR 2009-4 Elaborar um sistema de parametrização do nível de fragmentação dos

remanescentes da floresta nativa e iniciar sua aplicação, dentro de um plano piloto, para o acompanhamento desses parâmetros em função do manejo florestal da Duratex (por ex.: estabelecimento de corredores ecológicos).

Referência P8.c2.i3. Prazo Auditoria anual de 2010.

Inconformidade: A empresa vem desenvolvendo trabalhos importantes para a recuperação de áreas de conservação, incorporando o plantio de espécies arbóreas/arbustivas nativas em locais que haviam sido transformados em pastagens. No entanto, foram observados exemplares de espécies exóticas invasoras, plantadas por engano, entre as espécies nativas. CAR 2009-5 Eliminar as espécies exóticas que tenham sido plantadas em lugar das

nativas, nas faixas de recuperação da vegetação nativa. Referência P6.c9.i1 Prazo Auditoria anual de 2010.

Inconformidade: A Fazenda Santa Helena é margeada em um dos lados pela Rodovia SP-294 que tem um ponto onde a água pluvial é direcionada para dentro desta fazenda. O solo da região tem alto teor de areia e é altamente propenso à erosão. As chuvas ocorridas recentemente causaram o rompimento de uma série de pequenos diques que haviam sido construídos na área de plantio de eucalipto e para reduzir a velocidade da água, provocando a abertura de voçoroca. CAR 2009-6 Estabelecer e implementar medidas para o controle da erosão na

Fazenda Santa Helena, causada pela água oriunda da rodovia SP-294. Referência P6.c5.i1; P10.c6.i2 Prazo Auditoria anual de 2010.

Inconformidade: Durante a auditoria, foi constatado que um ônibus contratado para o transporte de trabalhadores apresentava documentação incompleta, faltando a licença do DER para o transporte de passageiros. CAR 2009-7 Assegurar que somente veículos, próprios da empresa ou contratados,

bem como seus condutores com toda a documentação em ordem sejam utilizados no transporte de trabalhadores na UMF da Duratex S.A.

Referência P1.c1.i1; P4.c2E.i1. Prazo Auditoria anual de 2010.

Antecedentes/Justificativas: O traçado das estradas na Fazenda Santa Luzia 2 não estavam conforme mostrava o mapa e dificultava a localização dos elementos. CAR 2009-8 Atualizar os mapas das fazendas, de maneira a retratar a verdade

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terrestre, iniciando pela Fazenda Santa Luzia 2 em relação ao traçado das estradas.

Referência P7.c1.i7 Prazo Auditoria anual de 2010.

Recomendações 2009 Antecedentes/Justificativas: Os planos de eliminação de espécies exóticas das áreas de conservação e APP têm focalizado suas ações às espécies dos gêneros Pinus e Eucalyptus. Porém, foram observadas outras espécies exóticas nas áreas de conservação e APP que, da mesma forma, precisam ser eliminadas. REC 2009-1 Considerar, no plano de eliminação de exóticas em andamento, além

dos eucaliptos e pinus, espécies como grevílea (Grevillea robusta), Ficus elastica, goiabeira (Psidium guajava) e outras.

Referência P6.c9.i1 Antecedentes/Justificativas: Trabalhadores florestais de várias categorias, especialmente os operários rurais e os operadores de máquinas, que atuam junto às formações vegetais, estão diretamente expostos à picada de insetos como abelhas, marimbondos e outros que podem ser fatais por choque anafilático ou asfixia em pessoas especialmente sensíveis ou alérgicas à picada desses insetos. REC 2009-2 Verificar a possibilidade de incluir, nos exames médicos dos

trabalhadores de campo, a suscetibilidade alérgica das pessoas a picadas de insetos e estudar a implementação de medidas preventivas/corretivas para esse tipo de acidente.

Referência P4.c2C.i11 Antecedentes/Justificativas: A Fazenda Pinheiro contorna uma pequena área, de propriedade da Prefeitura Municipal de Botucatu e utilizada por esta para abrigar o aterro sanitário do município. Desse aterro, origina o chorume que flui em direção à APP da Duratex e deságua no córrego. REC 2009-3 Verificar, junto ao órgão público gestor do aterro sanitário, a viabilidade

de realização de análise química e biológica da água do Córrego dos Pinheiros, coletada no ponto de descarga do chorume, incluindo DBO, DQO, coliformes fecais e outros contaminantes relacionados pela CONAMA na Resolução 357, de 17/03/2005. Renovar, junto ao órgão gestor, o pedido de solução para os problemas que venham a ser detectados.

Referência P6.c1.i1

7. MUDANÇAS NO ESCOPO DE CERTIFICAÇÃO

Houve mudança no escopo da área certificada desde a auditoria de 2007, tendo sido incorporadas nove novas propriedades. No quadro a seguir são apresentadas algumas informações básicas sobre essas propriedades.

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Fazenda Área total (ha)

Área Plantada

(ha)

RL (ha) APP (ha) Infra-estrutura existente

Baronesa 363,13 243,97 7,07 48,81 Rede elétrica

Santa Cândida 401,21 220,62 67,11 35,79

Rede elétrica, edificação e

sede Recreio 1746,40 1280,74 241,03 90,24 Apenas

plantações Capão Rico 1121,97 699,40 103,43 138,13 Apenas

plantações Invernadinha 2 178,51 147,60 10,81 6,82 Apenas

plantações Querência 205,38 145,05 3,69 19,77 Rede elétrica Rondinha 975,65 692,12 57,79 93,53 Rede elétrica e

edificação São Geraldo 378,76 206,81 46,07 54,88 Apenas

plantações

São Judas 643,64 437,40 9,87 84,41 Rede elétrica, edificação e

sede TOTAL 6014,65 4073,71 546,87 572,38 NA