são francisco hagiografia

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Page 1: São Francisco hagiografia

São Francisco biografia

Patrono da defesa dos animais, Francisco (1181-1226) chamavade irmãos o sol, a lua, o fogo, a água, o vento, a terra e todos os seres; é

patrono dos ecologistas, primeiro santo estigmatizado e criador dos presépios. 

Fundador da Ordem dos Frades menores. Nasceu em Assis, Itália, em 1181 e morreu em Porciúncula em 1226. Foi canonizado em 1228. Comemora-se o seu dia em 04 de outubro. 

Francisco Bernadone era filho de um rico comerciante de tecidos. Teve uma juventude frívola e descuidada em companhia de outros jovens boêmios. 

A experiência nas lutas entre Assis e Perúgia e a séria enfermidade conseqüente levaram-no à conversão. 

Um dia, na Igreja de São Damião, pareceu-lhe ouvir uma imagem de Cristo dizer-lhe: -"Francisco, restaura minha casa decadente." 

Tomou no sentido literal as palavras que ouvira e vendeu mercadorias da loja de seu pai para reformar essa igreja. 

Como resultado, seu pai repudiou-o e deserdou-o. O jovem saiu de casa, sem dinheiro algum,

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para unir-se à "Irmã Pobreza". 

Três anos mais tarde, autorizado pelo Papa Inocêncio III, Francisco e seus onze companheiros tornaram-se pregadores itinerantes, levando Cristo ao povo com simplicidade e humildade. 

Começou assim a Ordem dos Frades Menores. A sede era na Capela Porciúncula de Santa Maria dos Anjos, perto de Assis. O número de canditados à ordem era muito grande e, sendo assim, foi aberto outro convento, em Bolonha. 

Por toda a Itália os irmãos conclamavam o povo, de classe baixa ou alta, à fé e à penitência. Recusavam posses, conhecimentos humanos e mesmo promoção eclesiástica. 

Poucos dentre eles tomaram as ordens sacras. O próprio Francisco de Assis nunca foi sacerdote. 

Em 1212 ele e CLARA fundaram a primeira comunidade das clarissas. Nessa época, por duas vezes Francisco tentou ser missionário entre os mulçumanos, sem resultado. 

Só conseguiu seu intento, em parte, quando acompanhou os cruzados de Gautier de Brienne

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ao Egito, em 1219. Pessoalmente, solicitou permanência ao Sultão Malek al-Kamel, mas não teve sucesso, tanto entre os sarracenos ou com os próprios cruzados, e, depois de visitar a Terra Santa, voltou para a Itália. 

Já em 1217 o movimento franciscano começara a desenvolver-se como uma ordem religiosa. O número de membros era tão grande que foi necessária a criação de províncias. 

Grupos de frades foram encaminhados para elas e para fora da Itália, inclusive para a Inglaterra. 

Logo após a sua volta do Oriente, Francisco renunciou à liderança da ordem. Entretanto, durante sua ausência, os irmãos criaram algumas inovações e, em conseqüência disso, Francisco, apoiado por seu bom amigo Cardeal Ugolino, apresentou em 1221 uma versão revista da regra. Tal versão reiterava a pobreza, a humildade e a liberdade evangélica, das quais ele sempre fora um exemplo. 

Mas, antes que a nova regra fosse finalmente aprovada, teve de sofrer algumas modificações e ser formalizada para conciliar as diversas opiniões. 

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Em 1224, enquanto Francisco pregava no Monte Alverne, nos Apeninos, apareceram-lhe no corpo cicatrizes correspondentes às cinco chagas do Cristo crucificado, fenômeno chamado de "estigmatização". 

Os estigmas permaneceram e constituíram uma das fontes de sua fraqueza e dos sofrimentos físicos, que aumentaram, progressivamente, até que, dois anos depois, ele acolheu a "Irmã Morte". 

Ao longo dos séculos, a admiração por Francisco de Assis espalhou-se espontaneamente entre os cristãos de qualquer comunhão e, também, entre outras pessoas. 

Há uma forte atração no seu "Cântico do Sol", no que sabemos sobre ele por meio das Fioretti ("florzinhas") e do Espelho da Perfeição, na sua simplicidade, integridade, franqueza e nas qualidades líricas de sua vida. 

Francisco de Assis, porém, foi mais do que um individualista inspirado: foi um homem de grande introspecção espiritual, cujo consumidor amor por Cristo e pela redenção do homem encontrou expressão em tudo o que disse e fez. 

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As imagens e pinturas de Francisco de Assis foram e ainda são seguidamente apresentadas com seus estigmas. 

Em 1979 o Papa João Paulo II proclamou-o santo patrono dos ecologistas.

Muitos atribuem a S. Francisco de Assis a criação do primeiro presépio. Contudo, a encenação da Natividade criada por este não pode ser considerada como um presépio, de acordo com o sentido que se dá este tem nos dias de hoje. Mesmo assim, é indiscutível o grande contributo de S. Francisco para o surgimento dos presépios. Tudo se passou na véspera de Natal, noite de 24 de Dezembro de 1223 (século XIII), com a realização de uma missa diferente dentro de uma gruta, onde estava representado o nascimento de Jesus. Para que tudo corresse conforme o planeado, S. Francisco de Assis teve de realizar alguns preparativos. Assim, prudentemente o Santo começou por pedir uma autorização especial ao Papa Honório III para criar a encenação, isto porque, 16 anos antes, o Papa Inocêncio III proibiu a realização de dramas litúrgicos nas igrejas, pelo que era necessário pedir para que tal proibição não se aplicasse naquele caso. Depois, Giovanni Vellita, o magnânimo senhor da região, disponibilizou os animais verdadeiros (um jumento e um boi) e o feno. Estes foram transportados para uma gruta que S. Francisco de Assis descobriu na floresta de Greccio (ou Grécio). No feno foi colocada uma imagem do Menino Jesus, estava assim criado o berço Deste e altar para aquela missa tão especial. S. Francisco criou ainda mais duas imagens, a da Virgem Maria e a de S. José, estas foram colocadas uma de cada lado do berço, junto destas estavam os animais.

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 Estava assim tudo preparado para a realização da missa. Como já foi dito, a missa celebrou-se na noite de 24 de Dezembro de 1223, só que em vez se ser celebrada igreja como era habitual, esta realizou-se na gruta preparada por S. Francisco, sendo celebrada pelo cardeal Ugolino, Conde de Segni, em seguida, S. Francisco falou aos fieis. Passados 2 anos, S. Francisco faleceu, contudo durante esses anos não se tornou a realizar a representação do nascimento de Cristo. Talvez S. Francisco de Assis não possa ser considerado como o criador do presépio, mas ninguém pode pôr em causa a importância do seu ato para o aparecimento destes, com este Santo deu-se um grande passo nesse sentido. Os frades franciscanos podem ser considerados verdadeiros pioneiros na construção de presépios, já que imitaram a encenação criada por S. Francisco em igrejas e conventos por toda a Europa. Em 1986, S. Francisco de Assis foi considerado patrono dos presépios.

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Lendas FranciscanasEnsinam a Unidade de Todos os Seres

 Carlos Cardoso Aveline

   

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Patrono da defesa dos animais, Francisco (1181-1226) chamavade irmãos o sol, a lua, o fogo, a água, o vento, a terra e todos os seres 

  

 

As antigas lendas sobre santos, sábios e heróis são formas de ensinar cuja eficácia parece apenas crescer à medida que passa o tempo. Elas falam diretamente à alma. Elas transmitem informação ao hemisfério cerebral direito, que funciona como instrumento da experiência mística na consciência humana. Tais narrativas devem ser reconhecidas e valorizadas como lendas: não é correto encará-las como verdadeiras num sentido literal. A prática mais modesta da biografia documentada é recente. O que se ganha com ela em documentação material perde-se, às vezes, em profundidade. Nem todos são capazes de conciliar a linguagem da alma com uma documentação correta e verificável.   Há milênios a história das vidas dos grandes instrutores religiosos tem sido quase sempre lendária. Seu significado não é óbvio. Para a filosofia esotérica, as vidas de sábios como Cristo, Osíris, Buddha, Krishna, Lao-tzu ou Zoroastro são exemplos de linguagem simbólica. Elas devem ser lidas em profundidade, e Francisco de Assis, o santo do século 13, está longe de ser uma exceção. A lenda franciscana transmite lições universais, que podem ser colocadas criativamente em prática pelos habitantes do século 21.

 Espírito Vivo Transcende Especulações Quando vamos além da letra morta, percebemos a unidade essencial entre os diferentes campos de conhecimento. Cada religião ou filosofia pode ensinar algo valioso à alma humana, mas nenhuma delas é suficiente em si mesma. O espírito da sabedoria está acima das divisões e especulações intelectuais. Francisco de Assis mandou carta a Antônio de Pádua pedindo que ensinasse teologia aos irmãos, “contanto que este estudo não extinga o espírito da santa oração e da devoção”. [1] A ideia constitui um axioma central em filosofia esotérica. É imprescindível estudar os aspectos teóricos da teosofia original, e eles são fascinantes; mas Helena Blavatsky escreveu: “teosofista é aquele que age teosoficamente”. Na

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ausência de uma devoção sincera à causa da humanidade, o discurso “espiritualizado” pode fazer mais mal do que bem. A silenciosa contemplação interior das verdades universais é necessária. A prática diária do ensinamento é igualmente decisiva. Este é um dos pontos em que Francisco bate na mesma tecla que a filosofia esotérica. No documento “Palavras de Santa Exortação a Todos os Irmãos”, ele afirma: “A letra mata, mas o espírito vivifica (2 Cor 3:6). São mortos pela letra os que tão-somente querem saber as palavras, a fim de parecer mais sábios que os outros e poder adquirir grandes riquezas e dá-las aos parentes e amigos. (.....) São porém vivificados pelo espírito das Sagradas Escrituras aqueles que tratam de penetrar mais a fundo em cada letra que conhecem, e não atribuem o seu saber ao próprio eu, mas pela palavra e pelo exemplo o restituem a Deus...” [2] Cabe examinar o que significa a palavra “Deus”. Cada religião, cada igreja e até cada crente individual fabrica Deus à sua própria imagem e semelhança. Para a filosofia esotérica, porém, não existe qualquer coisa semelhante a um deus monoteísta. Há, em todas as dimensões do cosmo infinito, uma imensa pluralidade de energias e inteligências divinas.   A Lei Universal ou Lei do Carma rege o universo inteiro. Toda a Natureza é sagrada, e Francisco parece ter percebido este fato intuitivamente. Embora tenha procurado manter-se obediente às instituições autoritárias da Idade Média, as suas inclinações teosóficas e panteístas são evidentes, e são profundas. Nossa Senhora, a Pobreza  

  Uma imagem de Santa Clara 

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Pouco antes de morrer, Francisco fez algumas recomendações finais no chamado  Testamento de Sena. Ali aparece o conceito de “Nossa Senhora, dona Pobreza”. O sábio afirma: “Abençoo a todos os meus irmãos, tanto os que estão na Ordem agora como os que nela entrarem até o fim do mundo. E como por causa da minha fraqueza e de meus sofrimentos já não lhes posso falar muito, quero elucidar em três frases a todos os meus irmãos atuais e futuros qual o meu propósito e meu querer, a saber: que em sinal de minha memória, de minha bênção e de nossa aliança sempre se amem como eu os tenho amado e ainda amo; que guardem sempre amor e fidelidade a nossa senhora dona Pobreza; que sempre se mantenham submissos e prontos a servir aos prelados e clérigos da Santa Mãe Igreja.” [3] Na tradição franciscana, Clara é a figura feminina que complementa o santo. Ela é uma personificação da pobreza mística, isto é, do desapego em relação a situações materiais. Embora obedecer externamente à Igreja fosse essencial para a sobrevivência do trabalho franciscano, a divindade feminina da sua Ordem dos Frades Menores é “dona Pobreza”, isto é, a simplicidade voluntária, o despojamento. O contraste é profundo com a igreja, cujos clérigos e bispos viviam no luxo material, em meio à extrema pobreza do povo.  Descontadas as aparências, a verdade é que Francisco estava lutando de modo não-violento contra a corrupção do clero. Ele também não acreditava em obediência cega. Considerado por alguns um precursor da Reforma de Lutero, o santo de Assis afirmou: “Se (.....) um dos ministros mandar a um irmão algo que for contrário ao nosso gênero de vida ou à sua alma, o irmão não estará obrigado a obedecer-lhe. Pois não haverá obediência onde se cometer uma falta ou um pecado. E mais, todos os irmãos que forem súditos dos ministros e servos observem com diligente atenção o que fazem os ministros e servos. E se acaso virem que um deles vive segundo a carne e não espiritualmente, conforme corresponde à retidão de nosso gênero de vida, tratem de adverti-lo por três vezes. Se apesar disso não se emendar, deverão denunciá-lo (.....) ao ministro geral de toda a fraternidade, sem deixar-se intimidar por contradição alguma.”[4] Acostumado a enfrentar pressões do alto clero corrupto, Francisco estabeleceu em seu testamento para as irmãs de Santa Clara: “Peço a vocês, senhoras minhas, e dou-lhes o conselho de que vivam sempre esta santíssima vida de pobreza. E evitem cuidadosamente afastarem-se dela nem pela doutrina nem pelo conselho de quem quer que seja.” [5] Evitando a Escravização Pelo Dinheiro 

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A fonte deste retrato de Francisco é Tomás deCelano, seu contemporâneo e seu primeiro biógrafo

  Não se pode calcular em dólares o valor de uma vida humana.  Tampouco é possível comprar ou vender conhecimento sagrado, ou felicidade. Ninguém encontra Ética nas estantes dos supermercados. Quando uma sociedade se ergue até o nível em que a sabedoria universal é compreendida, as pessoas vivem segundo valores mais importantes que notas de papel emitidas por bancos centrais. 

 Na Idade Média, a influência do dinheiro era menor do que no século 21. Muitas relações sociais não eram intermediadas pela moeda, e podemos ler estas palavras de Francisco no item quatro da “Regra Definitiva da Ordem dos Frades Menores”: “Ordeno severamente a todos os irmãos que de modo algum aceitem moedas ou dinheiro, nem por si nem por pessoa intermediária. Mesmo para prover as necessidades dos irmãos enfermos ou vestir os demais irmãos, só os ministros e custódios tomem solicitamente as devidas providências, inclusive recorrendo a amigos espirituais, e levando em conta as condições de lugar, de tempo e de clima, conforme a seu critério melhor convier à necessidade - salvo sempre, como já ficou dito, que não aceitem moedas ou dinheiro.”[6] Francisco era severo com a deslealdade. Depois de proibir a aceitação de dinheiro, ele propôs na Regra Não-Aprovada, um texto em que o ideal franciscano brilha sem mutilações: “E se mesmo assim acontecer (.....) que algum irmão ajunte ou possua dinheiro ou moedas (.....), todos nós irmãos vamos considerá-lo como falso irmão e como apóstata, como gatuno e como ladrão, e mais, como aquele que carrega a bolsa [Judas Iscariotes].” [7] Algumas Lições para o Século 21

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 Embora a proibição do uso de dinheiro não possa ser aplicada literalmente no século 21, há várias lições práticas a serem extraídas da ideia que inspirou as palavras de Francisco. O bom senso ensina que é necessário valorizar o trabalho solidário e voluntário. As pessoas bem informadas têm o dever de promover a opção pela vida simples, pela superação do consumismo ecologicamente irresponsável e pela prática da ajuda mútua entre os cidadãos, sem intermediação de moeda. Deve-se perceber aquilo que tem mais valor que o dinheiro. É recomendável estabelecer a diferença entre o trabalho, de um lado, e a busca do dinheiro, de outro. As duas coisas não estão necessariamente juntas. O trabalho altruísta é uma forma de oração. A busca de dinheiro, em alguns casos, é o seu oposto.  A proposta franciscana aponta para a economia solidária do futuro. Ela propõe relações econômicas e sociais ecologicamente corretas, voltadas para o bem-estar de todos os seres e não para o enriquecimento pessoal deste ou daquele. A prática do franciscanismo original contrastava frontalmente com a corrupção do alto clero no final da idade média, e ainda contrasta hoje com o luxo do Vaticano. Nas décadas seguintes à morte do sábio de Assis, o Vaticano perseguiu sem dó ou piedade os franciscanos mais radicais e os partidários do Evangelho Eterno, que seguiam a visão de fraternidade universal partilhada por Joachim de Fiore. Trabalho ou Ociosidade

 O trabalho é sagrado. O esforço criador e construtivo é fonte de felicidade, e a Regra Definitiva dos franciscanos estabelece: “Aqueles irmãos que do Senhor receberam a graça de poder trabalhar, trabalhem com fidelidade e dedicação, de modo a afugentar o ócio, inimigo da alma, sem contudo perder o espírito da santa oração e devoção, ao qual devem subordinar-se todos os demais assuntos temporais. Como salário do trabalho podem receber para si e seus irmãos o necessário para sustentar a vida, exceto moedas ou dinheiro, e isto com humildade, conforme convém a servos de Deus e seguidores da mais santa pobreza.” [8] Vivendo na Idade Média, Francisco usava com naturalidade o termo “diabo”. Na realidade, esta palavra é apenas uma personificação simbólica daquele nível de ignorância humana acumulada que se resiste ativamente ao aprendizado espiritual. A ignorância que visa eternizar-se existe subconscientemente. Como todo mau hábito, ela luta pela sua preservação, e é capaz de usar uma astúcia traiçoeira tanto no plano individual como no âmbito coletivo. O trabalho altruísta - conhecido no Oriente pelo nome deCarma Ioga – é uma arma eficaz contra este inimigo do peregrino espiritual. Assim, a Regra Não-Aprovada dos franciscanos recomenda:

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 “Todos os irmãos se esforcem seriamente em praticar boas obras, pois está escrito: ‘Vê se estás sempre empenhado em praticar alguma boa obra, para que o diabo te encontre ocupado’; e ainda: ‘A ociosidade é inimiga da alma’.” [9] O Usufruto do Universo Pertence a Todos Há uma simetria inevitável no Universo. A cada renúncia externa corresponde uma aquisição interna, e vice-versa. Em consequência disso, é morrendo para a vida material que se nasce para a vida espiritual. E Francisco recomendou: “Os irmãos não adquiram propriedade de coisa alguma, nem de casa, nem de residência, nem de outra coisa qualquer. E como peregrinos e forasteiros neste mundo, servindo a Deus em pobreza e humildade, peçam esmola com confiança, nem se envergonhem disso, pois o Senhor se fez pobre por nós neste mundo (2Cor: 8,9). É nisto que consiste a sublimidade dessa extrema pobreza, que transforma vocês, caríssimos irmãos, em herdeiros e reis do reino dos céus, e os torna pobres de bens, mas nobres de virtudes (Tiago, 2:5).” [10] O “reino dos céus” é uma imagem simbólica, que representa os níveis superiores de consciência. O mundo do espírito é cósmico. Um trecho de uma regra desaparecida da ordem franciscana afirma que os frades menores “nada querem possuir sob o céu senão a santa pobreza, por meio da qual o Senhor os alimenta neste século com alimento corporal e possuirão no século futuro a herança celestial”.[11] A ausência de posses não produz apenas uma recompensa futura, mas é fonte de felicidade e libertação imediatas. O pensador francês Ernest Renan, que identificou-se pessoalmente com o ideal franciscano, escreveu no século 19: “Assim como o patriarca de Assis, atravessei o mundo sem apegar-me seriamente ao mundo, mas - ouso dizer - na situação de simples locatário. Nós dois, sem nada termos que seja nosso, somos ricos. A divindade nos deu o usufruto do universo, e estamos contentes por desfrutá-lo sem posse.” [12] A Lenda do Lobo

 A força da renúncia desperta o poder da unidade com todos os seres, e a lenda franciscana mostra numerosos exemplos deste fato. Conta a tradição que um lobo de grande porte aterrorizava o condado italiano de Gúbbio, devorando tanto animais como seres humanos. Ninguém mais tinha coragem de sair da cidade, quando Francisco foi à procura do animal. Ao vê-lo, o santo fez o sinal da cruz, concentrou-se mentalmente e disse: “Venha cá, irmão lobo”. O lobo aproximou-se de Francisco como um cordeiro e lançou-se aos seus pés.

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 Francisco deu-lhe uma ordem em nome de Cristo para que parasse de perseguir as pessoas. Fez um elaborado discurso ao lobo, enumerando um a um os seus erros. Finalmente, estabeleceu as condições de uma paz futura entre o animal e os habitantes do condado.  

 Duas imagens da lenda franciscana do lobo

  O lobo respondeu com humildade, fazendo sinal afirmativo com a cabeça. Prestou juramento solene, e prometeu nunca mais atacar pessoas. Em troca disso, o santo anunciou que os habitantes da cidade lhe dariam o alimento necessário para sua sobrevivência. Francisco selou o acordo apertando a mão do lobo. [13] Para os mais diferentes povos, o lobo é, desde a antiguidade, um símbolo das paixões animais que perseguem os seres humanos menos sábios e “devoram” tudo o que veem pela frente. Maldade Não é Mau Carma Para Quem a Sofre Os desinformados pensam que o egoísta e o mentiroso prejudicam de fato suas vítimas. Desde um ponto de vista teosófico, porém, a maldade e a injustiça prejudicam sobretudo quem as comete. Também neste caso, o desapego e a atenção fazem a diferença. A vítima só é seriamente prejudicada quando se apega ao sofrimento, ou quando reage com um ódio cego e um rancor primário. Francisco, que possuía bom senso, fez registrar na Regra Não-Aprovada: “E saibam que a humilhação não é imputada aos que a sofrem, mas aos que a infligem.”[14] Em outro trecho ele cita Mateus, 5:10-12: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, insultarem e perseguirem, e vos expulsarem e escarnecerem, e injuriarem vosso nome como réprobos, e falsamente disserem contra vós todo gênero de maldade, por minha causa.” [15] 

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 Jesus, o autor simbólico destas palavras, representa o Caminho.  Aquele que trilha o Caminho da ética e da sabedoria pode ser desprezado no mundo, porque sua vida segue uma lógica que não é compreensível desde o ponto de vista do materialista. No entanto, o sofrimento causado pela incompreensão é fonte de mais aprendizado. Em última instância, todo o sofrimento “probatório” do aprendiz culmina na felicidade incondicional que emerge da sabedoria consolidada. Os materialistas, em compensação, trilham o verdadeiro caminho do sofrimento. A obra “I Fioretti”, uma coletânea de lendas franciscanas, ensina este princípio teosófico:   “Muitas dores terá o homem mísero, o qual põe o seu desejo nas coisas terrenas, pelas quais abandona e perde as celestes, e finalmente perderá também as terrenas. A águia voa muito alto, mas se tivesse algum peso ligado às asas, não poderia voar muito alto; e assim o homem, pelo peso das coisas terrenas, não pode voar ao alto, isto é, não pode chegar à perfeição; mas o homem sábio, que prende o peso da lembrança da morte e do julgamento [16] às asas do seu coração, não pode, pelo seu grande temor, discorrer nem voar para a vaidade nem para os bens deste mundo, que lhe são causa de danação”. [17]

 O Cântico do Sol: uma Oração Panteísta O manifesto mais vigoroso da filosofia franciscana é o Cântico do Sol. Baseado em grande parte no testemunho de gratidão aos deuses que faz parte de uma obra clássica de Xenofonte, “Ditos e Feitos Memoráveis de Sócrates” [18], o Cântico é uma prova indiscutível das raízes panteístas da mais elevada mística cristã.

 Assim como a tradição esotérica, o franciscanismo ensina a comunhão imediata com todos os seres, sem a intermediação burocrática da missa, de uma igreja, ou de sacerdotes. O planeta inteiro é um templo, e a presença divina está em todas as partes.  

 

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A teosofia ensina a unidade de todos os seres  Segundo a lenda, o Cântico do Sol foi composto por Francisco pouco antes de morrer. A oração é nominalmente dirigida ao Senhor Deus dos católicos; porém esta aparente personalização do princípio divino universal faz parte de um enfoque panteísta em que também o sol, a água, a lua e outros elementos da natureza são personalizados e chamados de irmãos. Para a teosofia de Helena Blavatsky, assim como para o cristianismo de Francisco, não há coisa alguma destituída de vida ou inteligência no universo. As forças naturais estão unidas a cada ser humano por laços de uma afinidade sutil mas incondicional. Nas Cartas dos Mahatmas, é possível encontrar estas palavras de um sábio dos Himalaias: “A natureza uniu todas as partes do seu império por meio de fios sutis de simpatia magnética, e há uma relação mútua até mesmo entre uma estrela e o homem...” [19] Este princípio da filosofia oriental é desenvolvido em forma de oração no Cântico do Sol: Louvado sejas, meu Senhor,com todas as tuas criaturas,especialmente o senhor irmão Sol,pois ele é diae nos ilumina por si. E ele é belo e radiante com grande esplendor.E porta teu sinal, ó Altíssimo. Louvado sejas, meu Senhor,pela irmã Lua e as estrelas;no céu as formaste luminosase preciosas e belas. Louvado sejas, meu Senhor,pelo irmão vento e o ar e as nuvens,e o céu sereno e toda espécie de tempopelo qual às tuas criaturas dás sustento. Louvado sejas, meu Senhor,pelo irmão fogo,pelo qual iluminas a noite;e ele é belo e alegree vigoroso e forte. Louvado sejas, meu Senhor,por nossa irmã e mãe terra,que nos alimenta e governa

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e produz variados frutose coloridas flores e ervas. Louvado sejas, meu Senhor,por nossa irmã, a morte corporalda qual ninguém pode escapar.Ai daqueles que morrem em pecado mortal. [20]Felizes os que estão na tua santíssima vontade,que a morte segunda não lhes fará mal. [21] Oitocentos anos depois da vida biológica do sábio de Assis, a visão franciscana da vida é uma ponte dinâmica da tradição cristã com outras religiões, e com a filosofia universal. As lições que ele deixou constituem um dos aspectos em que o cristianismo se ergue até o nível da antiga teosofia do Oriente, e ensina a prática da fraternidade sem fronteiras que marcará a civilização do futuro.  NOTAS: [1] “Os Escritos de São Francisco de Assis”, Editora Vozes, Petrópolis, RJ, 1979, 289 pp., ver p. 162. [2] “Os Escritos de São Francisco de Assis”, Editora Vozes, p. 142. [3] “Os Escritos de São Francisco de Assis”, p. 117. [4] “Regra Não-Aprovada”, publicada no volume “São Francisco de Assis”, Ed. Vozes, Petrópolis, RJ, 1991, 1.372 pp., ver p. 144. [5] “Os Escritos de São Francisco de Assis”, obra citada, p. 111. [6] “Os Escritos de São Francisco de Assis”, obra citada, p. 102. [7] “Os Escritos de São Francisco de Assis”,  p. 76. [8] “Os Escritos de São Francisco de Assis”, mesma p. 102. [9] “Os Escritos de São Francisco de Assis”, p. 75. [10] “Os Escritos de São Francisco de Assis”, p. 103. [11] “Os Escritos de São Francisco de Assis”, p. 96. [12] “Nouvelles Études D’Histoire Religieuse”. Ernest Renan, 1884, Calmann-Lévy, Editeurs,    533 pp., ver pp. III-IV.  [13] “I Fioretti”, Ed. Vozes, Petrópolis, RJ, sétima edição, 1985, 254 pp., ver pp. 59-62.  

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 [14] “Os Escritos de São Francisco de Assis”, p. 77.  [15] “Os Escritos de São Francisco de Assis”, p. 83. [16] Julgamento; esotericamente, o “julgamento” do cristianismo convencional simboliza o início do processo pós-morte. Através dele é definido o rumo da alma durante todo o processo entre duas vidas físicas, isto é, até a próxima encarnação. A qualidade deste longo processo entre duas vidas depende da qualidade ética das ações da alma durante a vida física. [17] “I Fioretti”, Ed. Vozes, sétima edição, 1985, 254 pp., ver p. 231. [18] Veja o capítulo III do Livro IV da obra “Ditos e Feitos Memoráveis de Sócrates”, incluída no volume “Sócrates”, coleção “Os Pensadores”, Nova Cultural, Círculo do Livro S.A., 1996, 303 pp., pp. 175-177. O tema é abordado também no capítulo dedicado a Sócrates de meu livro “Conversas na Biblioteca”, Edifurb, 2007, 170 pp., ver pp. 18-22. A obra contém um capítulo dedicado ao santo de Assis (ver pp. 47-53). 

[19] “Cartas dos Mahatmas”, Ed. Teosófica, Brasília, 2001, Carta 47, Volume I, pp. 217-218. [20] “Morrer em pecado mortal”. Esotericamente, essa expressão significa concluir a encarnação enquanto há um contato nulo, ou insuficiente, entre a alma mortal e a alma imortal. Assim, quando ocorre a “segunda morte” - a morte astral - a consciência do indivíduo não se transfere para o eu superior e não tem lugar a vivência do “Devachan”, o “local dos deuses”; na linguagem cristã, a alma não vai para o “paraíso”, antes de reencarnar.   [21] Conforme sugere o verso final, os que estão de acordo com a vontade divina do seu próprio eu superior nada têm a temer com a “segunda morte”, a morte astral. Quando ela ocorre, a consciência se transfere para o nível superior, o local divino ou “paraíso individual”, tecnicamente chamado de “Devachan” em teosofia. 0000000000000000 Visite sempre www.FilosofiaEsoterica.com  , www.TeosofiaOriginal.com  e www.VislumbresdaOutraMargem.com  . Acompanhe nosso trabalho no Facebook .  Siga-nos pelo Twitter . Para ter acesso a um estudo diário da teosofia original, escreva a [email protected]  e pergunte como é possível acompanhar o trabalho do e-grupo SerAtento. 000000000000000000000000000000000000000000000000000

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 Texto retirado de www.FilosofiaEsoterica.com http://filosofiaesoterica.com/ler.php?id=1523#.UGzEDU3A-vg

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Comentário de Simone Armond em 2 novembro 2012 às 7:57Francisco de Assis não foi lenda ....e nem o que lhe aconteceu o foi...Para conhecer melhor , ha uma vasta bibliografia sobre sua vida...Em Assis( onde estive pessoalmente)  encontra se a roseira onde ele se jogou e ate hoje é conservada, fica num corredor de vidro onde mesmo não tendo janelas se sente o perfume  das rosas muito intenso como se houvessem janelas....sua indumentaria( por sinal  é de um pano finissimo para um lugar tao frio )  e objetos que lhe ´pertenceu..Ainda ha porciungula , a igreja onde ouviu a VOZ  de Cristo pedindo que reformasse sua  IGREJA ...e dai saiu e começou a vender  certos bens da familia para tal e por isso acabou  desentendo-se do pai  e então despojou se de tudo num total  desapego....Assim Como  Jesus Cristo, temos  varios  livros ( fora a biblia) e outros apocrifos, relatando  fatos , curas   etc  e sobre a vida de Sao Francisco  ha registros e muitos ..Tanto que Pietro Ubaldi foi um dos que admirava e sofreu muita influencia da vida de  São Francisco .....sendo italiano como era e morando na região proxima a Assis ( 18 km de assis) .Fez votos de pobreza inspirado em Sao Francisco de Assis .

Francisco de Assis atingiu a perfeição em tal  grau que foi estigmatizado ( recebeu as chagas de cristo no corpo e isso nao é lenda ) Veja o que Pietro Ubaldi considerava quando referia a Sao  Francisco .

Pietro Ubaldi colocava São Francisco no vértice da evolução humana, considerando-o um ser humano que atingiu a fase evolutiva de homem superior. O qual fizera por seu intermédio,chegar ao nosso mundo terreno, os reflexos do mundo espiritual superior.

http://www.unibem.br/instituicao/pietro_ubaldi/memorial_pietro_ubal...

Comentário de maria santos em 1 novembro 2012 às 15:47Obrigada por vc esclarecer e deixar esta mensagem maravilhosa deste nosso irmão, que fez-se escravo da pobreza, e que deixou para nós a mais bela mensagem de amor que um ser iluminado pode deixar  paz e luz sempre

Comentário de Cledson Rezende em 1 novembro 2012 às 8:51Obrigado por dividir este conhecimento conosco. Sou espiritualista, méd. veterinário uma das lendas que mais me inspiram são as de São Francisco. É quase que intuitivo, você ouve, lê e aquilo te toca como um norte do que é o correto a fazer. Incomoda, por neste tempo atual fugir do consumismo, do materialismo é extremamente difícil. É um

Page 19: São Francisco hagiografia

constante ir e vir, altos e baixos. Ler e refletir sobre Francisco é sempre uma injeção de ânimo. Paz e luz.

Comentário de Simone Armond em 1 novembro 2012 às 7:36Um dia, na Igreja de São Damião, pareceu-lhe ouvir uma imagem de Cristo dizer-lhe: -"Francisco, restaura minha casa decadente."Uma boa leitura http://sfdeaassis.zip.net/

Comentário de Simone Armond em 1 novembro 2012 às 7:06Ele foi o inventor do presepio , o primeiro presepio foi criado por Francisco de Assis ..Enfim  ele pregava sim a comunhão com o universo e o proprio DEUS..em si mesmo e em  direção ao outro..o desapego e o amor e respeito a todas as Criaturas ..Paz

Comentário de Simone Armond em 1 novembro 2012 às 7:03O que traz sofrimento ao homem é o apego...francisco nos ensina a despojar se de tudo...( material e espiritualmente) e enxergar as verdadeiras riquezas em nossos corações..Ele tambem  tinha um verdadeiro fervor eucaristico prestando reverencia ao santissimo sacramento .Naquela epoca cada vez mais a comunhao era mais rara .e ele pedia que acreditassem na presença real de CRISTO  na eucaristia. Encontramos em quase todos os escritos de São Francisco o apelo à reverência pelo Santíssimo Sacramento. Na Carta a toda a Ordem, pede-o especialmente aos seus irmãos:E por isso a todos vós, irmãos, imploro no Senhor, beijando-vos os pés e com quanta caridade eu posso, que presteis toda a reverência e toda a honra que puderdes, ao santíssimo Corpo e Sangue de nosso Senhor.

Acho interessante que lessem as obras dele. Quando foi chamado por Cristo para reformar a IGREJA  ..dentro dela esta inserida todos os dogmas e ele numca  foi contra a eucaristia..pelo contrario , pregava a comunhao nao so nesse sentido como tambem a comunhao de todas as criaturas.

Diz Francisco :

celebrem o verdadeiro sacrifício do Corpo e Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, com santa e pura intenção, e não por qualquer motivo terreno, nem […] para agradar aos homens. Ó miséria grande, ó miseranda fraqueza, terde-lo vós assim presente, e ocupardes-vos de qualquer outra coisa do mundo!

Comentário de Simone Armond em 1 novembro 2012 às 6:42Acho riquissima a vida de Sao francisco e interessante para quem esta no caminho espiritual ler...Fico pasma quando vejo cada igreja, seita , fé , querendo puxar sardinha para o seu lado ....aonde se viu dizer que era panteista ....ele via tudo obra do criador ( UM UNICO). como o proprio CRISTO. Ele louva o sol como irmão porque tambem é obra ..como ele o é , ele louva os animais, e tudo que há como obra e nao como deuses....Tudo esta mergulhado em Deus.Louvado sejas, meu Senhor,com todas as tuas criaturasEle se via inserido como tudo que ha num universo maior onde tudo e todos está em Deus ..um unico Deus.....

Comentário de Simone Armond em 1 novembro 2012 às 6:31

Page 20: São Francisco hagiografia

Embora obedecer externamente à Igreja fosse essencial para a sobrevivência do trabalho franciscano,...nao era essencial , ele foi seguindo um chamamento de nosso amado JESUS CRISTO em que lhe pediu que REFORMASSE sua IGREJA ,dai acreditando que sua igreja fosse no sentido da igreja fisica , com suas mãos reconstriu a capelinha que hoje esta dentro de um enorme santuario em Assis .Ele nao precisava aliar a nada , ele era conduzido pelo proprio DEUS.A pobreza que ele se refere , é o desapego , o abandono dos bens materiais , da vaidade do orgulho. Ele mesmo sendo filho de um rico comerciante , abandonoou tudo e viveu em extrema pobreza cuidando dos doentes ( leprosos) e necessitados. è na realidade a pratica do evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo que tanto amava.Francisco pode ser considerado um dos maiores SANTOs que tem dentro da Igreja Catolica , aquele que mais viveu a busca da perfeição e se assemelhou ao amado Jesus , tanto que se tornou estigmatizado

Comentário de Simone Armond em 1 novembro 2012 às 6:20Para mim existe um só Deus ...embora as religiões sejam muitas. O sol enrradia sua luz para o jardim e se derrama em todas as flores sem acepção...portanto creio num só Deus , como Francisco,,embora se enxergasse inserido dentro de algo maior e visse todos como irmãos, pois também sáo obras de Um unico criador.Ele viveu tudo que pregou, como o próprio CRISTO. Seguidor profundo dos seus passos recebeu as chagas de Cristo em seu corpo dias antes de sua morte....Amou e pregou Cristo e UM unico DEUS já que seguia e era discipulo de CRISTO.Ele mesmo disse ao seu pai quando se despojou de suas roupas ...agora so tenho UM PAI o que está nos ceus.... Numca soube que ele fosse ou tivesse tendencias panteistas.

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