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Santificação e Meios para a Mortificação do Pecado

Por William R. Downing .

Issuu.com/oEstandarteDeCristo

Traduzido do original em Inglês

A Catechism on Bible Doctrine (Version 1.7)

An Introductory study of Bible Doctrine in the Form of a Catechism with Commentary

By W. R. Downing • Copyright © 2008

O presente volume consiste somente em um excerto da obra supracitada

Publicado por P.I.R.S. PUBLICATIONS

Um Ministério da Sovereign Grace Baptist Church (www.sgbcsv.org)

Publicações Impressas nos Estados Unidos da América

ISBN 978-1-60725-963-3

Todos os direitos reservados somente ao autor. Nenhuma parte deste livro deve ser reproduzida

em qualquer forma que seja sem a permissão prévia do autor.

Tradução por Hiriate Luiz Fontouro

Revisão por Paul Cahoon, Benjamin Gardner, Albano Dalla Pria e Erci Nascimento

Edição Inicial por Calvin G. Gardner

Revisão Final por William Teixeira e Camila Rebeca Almeida

Edição Final e Capa por William Teixeira

Imagem da Capa: São Paulo perante o Areópago, por Rafael (Domínio Público)

1ª Edição: Fevereiro de 2016

As citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF

Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Publicado em Português como fruto de uma parceria entre os websites oEstandarteDeCristo.com e

PalavraPrudente.com.br, com a graciosa permissão do amado autor W. R. Downing (Copyright ©

2008) e do amado, saudoso e agora glorificado, Calvin G. Gardner.

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Santificação e Meios para a Mortificação do Pecado Por William R. Downing

[Excerto de Um Catecismo de Doutrina Bíblica, por William R. Downing • Parte VII]

Pergunta 94: O que é santificação?

Resposta: A santificação é a obra da Palavra e do Espírito de Deus, pela qual o crente é

renovado no homem inteiro segundo a imagem de Deus; morreu para o poder reinante do

pecado e está habilitado a viver mais e mais para a justiça; e mortificar as manifestações

do pecado interior e a corrupção remanescente.

1 Coríntios 1:1-2: “Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus), e o

irmão Sóstenes, 2 à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus,

chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor

Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”.

1 Coríntios 1:30-31: “Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus

sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; 31 para que, como está escrito: Aquele que

se gloria glorie-se no Senhor”.

Efésios 4:22-24: “Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se

corrompe pelas concupiscências do engano; 23 e vos renoveis no espírito da vossa mente; 24 e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e

santidade”.

1 Tessalonicenses 4:3-4, 7: “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que

vos abstenhais da fornicação; 4 que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santi-

ficação e honra... 7 porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a san-

tificação”.

Hebreus 12:14: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o

Senhor”.

1 Pedro 1:15-16: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos

em toda a vossa maneira de viver; 16 porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou

Santo”.

2 Pedro 2:9: “Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos

para o dia do juízo, para serem castigados”.

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João 17:17: “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade”.

2 Coríntios 7:1: “Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a

imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus”.

1 Tessalonicenses 5:23: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso

espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de

nosso Senhor Jesus Cristo”.

Veja também no Antigo Testamento: Gênesis 2:3; Êxodo 13:2; 19:14; 20:8; 28:36, 41;

29:43; Levítico 10:3; 20:7; 21:8; Números 27:14; Deuteronômio 5:12; Esdras 9:2; Salmos

24:3-4; 29:2; Jeremias 1:5; Ezequiel 22:26; Joel 2:16.

Veja também no Novo Testamento: Mateus 1:21; Atos 26:18; Romanos 6:1-23; 7:12; 8:29;

1 Coríntios 6:9-11; 7:14; Efésios 1:4; 5:26; Filipenses 2:12-13; Colossenses 3:1-10; 1

Timóteo 2:8; 4:1-5; 2 Timóteo 1:9, 14; 2:19-22; 3:15; Hebreus 7:26; 1 Pedro 3:5, 15; 2 Pedro

1:20-21; 3:11; Judas 1.

Comentário

A essência da santificação é essa de separação e purificação. Embora estes dois princípios

caracterizem todo o eterno propósito redentor, eles são preeminentes na verdade e na

realidade bíblica da santificação ou santidade de vida do crente. A santificação significa

praticamente uma vida que reflete o caráter moral de Deus como revelado em Sua Palavra

escrita: uma vida vivida em obediência voluntária aos Seus mandamentos. O processo de

santificação é inclusivo de toda a experiência do crente, e o objetivo da santificação é a

conformidade final para com a imagem do Senhor Jesus Cristo (Romanos 8:29; 2 Coríntios

3:17-18; 2 Pedro 3:18). Veja a Pergunta 125.

Os termos essenciais relacionados com a santificação na Bíblia `de Língua Portuguesa são:

“santificação”, “santificar”, “santo”, “santuário”, “santo” e “santidade”. As primeiras derivam

do Latim sanctus e sanctificatio, que carregam a conotação de “consagrado, estabelecido

como inviolável, sagrado, divino, puro, santo”, e “santificação ou feito santo, consagrado”.

A palavra “santo” é mantida ou considerada como inviolável de uso normal e separado para

uso religioso, consagrado, dedicado e sagrado. Os termos do Antigo Testamento são

qadash, “cortar ou separar”, e chasiyd “gentil, misericordioso”. O termo principal do Novo

Testamento é hagios, uma forma nominal do verbo hagiazō, “cortar ou separar”. Outros

termos são: hosios, “devoto, piedoso, puro”; eusebeia, “piedade, reverência, piedoso ou

devoto”; katharizein, “limpar, purificar”, e hieroprepes, “reverência”.

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O duplo princípio da santificação, separação e purificação é o da separação daquilo que é

comum ou imundo, e separação ou dedicação a Deus, com as realidades cognatas de

pureza, limpeza e devoção a Deus. A ênfase do Antigo Testamento está sobre as pessoas,

sacrifícios, objetos, lugares, momentos e coisas separadas do comum ou profano para

Deus e assim dedicados ou consagrados a Ele. A ênfase do Novo Testamento está sobre

a separação da contaminação do mundo e do pecado, e a subsequente piedade pessoal,

a pureza ou santidade de vida. Em outras palavras, o Antigo Testamento tende a enfatizar

o ritual ou cerimônia externa de separação e purificação, enquanto o Novo enfatiza pureza

moral pessoal e uma obediente conformidade ao caráter e à Palavra de Deus (1 Pedro

1:14-16; 2 Coríntios 3:1-18; João 17:17; 1 João 2:3-5; 3:22-24; 5:2-4).

A necessidade e o caráter da santificação derivam de seis verdades bíblicas:

Primeira, o Caráter Moral e Glória de Deus (1 Coríntios 10:31; 2 Coríntios 3:17-18; 1

Pedro 1:15-16; 2:9).

Segunda, a natureza do pecado como um poder contaminante e reinante na vida

(Romanos 6:14; 2 Coríntios 7:1).

Terceira. a natureza e o objetivo do propósito redentor (Efésios 1:4; 1 Tessalonicenses

5:23; 1 Pedro 1:15-16; 2:9).

Quarta, a restauração da imagem de Deus, em princípio, no crente (Romanos 8:29; 2

Coríntios 3:17-18; Efésios 4:22-24; Colossenses 3:9).

Quinta, a salvação final de toda a pessoa, ou seja, a glorificação ou a redenção do

corpo (Romanos 8:23; Filipenses 3:20-21; 1 Tessalonicenses 5:23; 1 João 3:1-4).

Finalmente, a santificação corporativa da igreja. Os crentes não são apenas

santificados como indivíduos, mas no contexto de seus irmãos e irmãs em Cristo

dentro do contexto da assembleia local (João 13:34-35; 1 Coríntios 12:13-27; Efésios

4:25-32; Colossenses 3:9-23).

O pecado na Bíblia é caracterizado por cinco realidades: de culpa, penalidade, contamina-

ção, poder e presença. A realidade bíblica da salvação necessariamente lida com todos os

aspectos do pecado. A culpa e o castigo do pecado, e a alienação resultante de Deus são

tratados na justificação e adoção. A contaminação e o poder do pecado são tratados na

regeneração e santificação. A presença do pecado, assim como todos os outros aspectos,

é completa e finalmente resolvida com a glorificação. A santificação é, portanto, uma neces-

sidade bíblica. Qualquer ponto de vista da salvação que não trata adequada e eficazmente

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com a natureza contaminante e o poder reinante do pecado é biblicamente defeituoso. A

santificação mantém e perpetua a realidade da regeneração em seus aspectos posicionais

(união com Cristo), definitivos (um rompimento radical com o poder reinante do pecado) e

progressivos (prática).

O que é a própria essência da experiência Cristã? A realidade da verdade salvífica não é

concedida graciosamente para a vida? Nossa justificação é evidenciada pela nossa

santificação. Sem santificação discernível, não há realidade para qualquer reivindicação da

justificação. A justiça imputada nunca está isolada da justiça transmitida. O argumento

abrangente do Apóstolo Paulo nos primeiros oito capítulos de Romanos, depois de explorar

a condenação de todos os homens sob o pecado (1:18-3:20) é que todo aquele que é

justificado (3:21-5:21) é, necessariamente, da mesma forma santificado (5:11-8:16). Todo

aquele que é justificado e santificado deve infalivelmente ser glorificado (Romanos 8:17-

8:39).

A fé bíblica e histórica repousa exclusivamente sobre a Palavra de Deus escrita como seu

ponto de referência. A santificação prova ser sem exceção. A total suficiência das Escrituras

tanto para a fé quanto para a prática aplica-se integralmente à santificação do crente. É a

Escritura que é usada pelo Espírito de Deus em nossa santificação (João 17:17; 1 Coríntios

2:6-16; 2 Coríntios 3:1-18; 2 Timóteo 3:16-17; Tiago 1:19-25; 1 João 2:20, 27). O Espírito

Santo usa a Palavra e ilumina nossas mentes para a Palavra a fim de nos ensinar, edificar,

repreender, corrigir, convencer e santificar.

A lei moral ou lei de Cristo, como uma parte essencial da Palavra de Deus, é o único padrão

de santificação para os crentes. Embora ela esteja sintetizada no Decálogo (Êxodo 20:1-

17), amplamente em sua forma negativa, é positiva em sua essência (Mateus 22:36-40;

Romanos 13:8-10). Este é o único padrão de certo e errado, que foi dado como uma orde-

nança da criação, e ontologicamente implantado dentro do seio do homem, e ainda mantido

depois da Queda (Romanos 2:14-16). Todos os outros padrões sugeridos, como “a lei do

amor”, são necessariamente relativos a esta lei. Veja as Perguntas 40-43. A lei moral

sozinha se destaca como a revelação ou manifestação da autoconsistência moral Divina.

A obediência à lei moral nunca pode santificar, e pode em si provar ser mero legalismo,

mas a lei moral continua sendo o padrão Divino. É pela graça que os crentes amam e se

conformam a ela em princípio no contexto da graça da Nova Aliança ou Aliança do Evan-

gelho (Romanos 6:14; 8:1-4).

A santificação evangélica, ou seja, a santificação do crente no contexto do Novo Testa-

mento é ao mesmo tempo uma posição ou relacionamento, um ato definitivo e também um

estado prático e progressivo. Os defeitos, erros doutrinários e heresias resultaram da não

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compreensão da completa realidade da santificação evangélica, e enfatizando assim um

aspecto em detrimento dos outros. Cuidadosamente observe o seguinte:

Primeiro, a santificação é uma posição espiritual ou estado, uma relação que é

descrita como a união do crente com Cristo. O crente é considerado diante de Deus

justificado e santificado “em Cristo” e até mesmo, por assim dizer, já no Céu, como a

sua posição, embora ele prove ser imperfeitamente santificado na atual experiência

(1 Coríntios 1:2, 30; 6:11; Gálatas 2:20; Efésios 2:4-7). Veja a Pergunta 77.

Segundo, a santificação é um ato definitivo que ocorre simultaneamente com e na

regeneração. Ela consiste na quebra do poder reinante do pecado; na recriação da

imagem de Deus, em princípio; na remoção da cegueira satânica (2 Coríntios 4:3-6);

na transmissão do Espírito Santo em virtude da união do crente com Cristo em Sua

morte e ressurreição para vida e na adoção como filho (Romanos 6:1-14, 17-18; 8:9-

16; Gálatas 4:6; Efésios 4:22-24; Colossenses 3:1-10). Veja a Pergunta 83.

Terceiro, a santificação é o estado prático e progressivo descritivo da experiência e

peregrinação espiritual do crente. Este estado deve ser visto no contexto do ministério

vivificante do Espírito, da mortificação do pecado, do castigo Divino e de uma

conformidade cada vez maior à imagem do Filho de Deus (Gálatas 5:16-18; Romanos

8:1-4, 11-16, 29; Hebreus 12:4-11; 2 Coríntios 3:17-18). Veja a Pergunta 95.

Você exemplifica essa “santidade sem a qual ninguém pode ver o Senhor” (Hebreus

12:14)?

Pergunta 95: Quais são os três aspectos necessários da santificação?

Resposta: A santificação é ao mesmo tempo uma posição ou estado espiritual; um ato

definitivo; e um estado experimental e progressivo. Estas três realidades são todas

necessariamente verdadeiras para todos e cada crente.

1 Coríntios 1:30-31: “Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus

sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; 31 para que, como está escrito: Aquele que

se gloria glorie-se no Senhor”.

1 Coríntios 6:9-11: “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não

erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os

sodomitas, 10 nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes,

nem os roubadores herdarão o reino de Deus. 11 E é o que alguns foram; mas foram lava-

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dos, mas foram santificados, mas foram justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo

Espírito do nosso Deus”.

2 Tessalonicenses 2:13. “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados

do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do

Espírito, e fé da verdade”.

1 Pedro 1:15-16: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos

em toda a vossa maneira de viver; 16 porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou

Santo”.

2 Coríntios 7:1: “Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a

imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus”.

1 Tessalonicenses 5:23: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso

espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de

nosso Senhor Jesus Cristo”.

Veja também: Romanos 5:12—8:16, que é uma exposição longa e detalhada da santifi-

cação no contexto da justificação, da união com Cristo e da glorificação. Confira também:

Romanos 12:1-2; 1 Coríntios 1:1-2; 2 Coríntios 7:1; Gálatas 5:16-18; Efésios 4:22-24;

Colossenses 3:1-10.

Comentário

Quando todas as afirmações bíblicas concernentes à santificação são reunidas, a exegese

devidamente interpretada, sistematizada e harmonizada, fica-se com a santificação neces-

sariamente revelada em três aspectos, que se sobrepõem com outras verdades doutriná-

rias, mas que podem ser extraídas e estudadas separadamente.

A santificação posicional se refere à posição espiritual ou estado que resulta da união do

crente com Cristo. Veja a Pergunta 77. Esta união é indissolúvel e inalterável que eleva o

crente à maior identificação possível e à posição mais elevada possível “em Cristo” (Efésios

2:4-7). Toda sorte de bênçãos espirituais e privilégio que estão “em Cristo” assim revertem-

se para o crente, que é “santificado em Cristo Jesus”.

As passagens bíblicas mais intimamente associadas com a santificação posicional são:

Primeiro, aquelas declarações nas quais os crentes já são considerados como santifi-

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cados, ou seja, a santificação, não como um processo, mas como um ato concluído.

Tal ato se refere à união do crente com e a identificação em Cristo, e não à sua

experiência: Atos 20:32; 26:18; 1 Coríntios 1:2; 1:30; 6:9-11; 2 Tessalonicenses 2:13;

Hebreus 10:10, 14; Judas 1.

Segundo, as declarações referentes a todos os crentes, independentemente da expe-

riência Cristã individual deles, como “santos” ou “sagrados” (santificados), por exem-

plo: Atos 9:13; 26:10; Romanos 1:7; 15:26; 1 Coríntios 1:2; 6:1; 14:33; 2 Coríntios 1:1;

8:4; 9:1; Efésios 1:1; 2:19; 4:12; 5:3; Filipenses 1:1; 4:22; Colossenses 1:2; Judas 3.

Terceiro, declarações que descrevem a posição do crente como “em Cristo”: Romanos

6:3, 11; 8:1; 1 Coríntios 1:2, 30; 15:22; Gálatas 3:27; Efésios 1:1, 3, 4, 6, 7, 11; 2:6-7,

10; 1 Pedro 5:1. Tais declarações ocorrem pelo menos vinte e oito vezes no Novo

Testamento.

Quarto, as declarações revelando que Cristo está “no” crente: João 14:20, 23; Roma-

nos 8:9-10; Gálatas 2:20; Efésios 3:17; Colossenses 1:27.

Finalmente, as metáforas que são descritivas da união do crente com Cristo e assim

de seu estado e posição: a videira e os ramos (João 15:1-8), a cabeça e o corpo (1

Coríntios 12:12-27; Efésios 1:22-23; 4:12-16), o marido e a esposa (Efésios 5:22-33),

um edifício do qual o Senhor é o fundamento (1 Coríntios 3:9-11) ou pedra angular

(Efésios 2:20-22; 1 Pedro 2:4-8), o Batismo, que simboliza esta união em Sua morte,

sepultamento e ressurreição (Romanos 6:1-6) e, por comparação e contraste, a

identificação tanto com Adão quanto com Cristo (Romanos 5:12-21).

O crente é assim considerado diante de Deus como santificado “em Cristo” e até mesmo,

por assim dizer, já no Céu, quanto à sua posição inalterável, embora ele prove ser imperfei-

tamente santificado na atual experiência (1 Coríntios 1:2, 30; 6:11; Gálatas 2:20; Efésios

2:4-7). Isto tem uma relação imediata com a segurança da fé do crente como um objetivo,

a verdade imutável e a realidade.

A santificação definitiva é o aspecto do propósito e do processo redentor, no qual uma

brecha definitiva ou clivagem, isto é, separação radical é feita com o poder reinante do

pecado na vida, começando na regeneração. Este aspecto da santificação deriva de forma

necessária da posição de alguém “em Cristo” (santificação posicional) e é em si necessaria-

mente evidenciada em uma vida convertida (santificação progressiva). A santificação defini-

tiva é, portanto, distinta, porém inseparável da união do crente com Cristo e da graça de

Deus na regeneração.

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A união do crente com Cristo é determinante para a sua experiência Cristã. Ela como uma

verdade revelada nas Escrituras, é necessariamente uma união tanto na morte do nosso

Senhor quanto em Sua ressurreição. Ambos os aspectos são essenciais para a realidade

da experiência Cristã do crente (conforme Romanos 6:1-14). Qual é o significado exato de

ser trazido em união com a morte de nosso Senhor? A resposta é dada em detalhes em

Romanos 6:1-10, 14; Colossenses 2:20; 3:1-5ss; 1 Pedro 2:24; 4:1-2. Observe cuidadosa-

mente os verbos gregos em Romanos 6:2-10. Eles estão todos no tempo aoristo e devem

ser traduzidos como um evento passado (“morremos” em vez de “mortos” ou “estamos

mortos”) a ser contado como um estado objetivo, realidade presente, não um estado mera-

mente possível que deve ser buscado como uma experiência religiosa subjetiva, ou seja,

“sermos capacitados a sofrer uma morte lenta para o pecado, pouco a pouco até que o

pecado deixe de reinar em nós. Se ainda estamos mortos ou morrendo para o pecado como

podemos dizer que somos novas criaturas e nascemos de novo e temos os frutos do

Espírito? Está escrito, o Espírito vivifica. Pode alguém estar morto e vivo ao mesmo tempo?

A semente só brota depois de enterrada”. A conclusão inevitável é que a união na morte de

Cristo significa necessariamente que o poder reinante do pecado foi quebrado na vida do

crente — de cada crente. As Escrituras não ensinam uma salvação ou santificação em dois

estágios, nem elas contrastam um Cristão “carnal” e “espiritual” como normais para a vida

Cristã. Alguns dos Coríntios eram chamados de “carnais”, porque eles olhavam para os

homens como o ideal deles em vez de nosso Senhor (1 Coríntios 3:1-4). Em Romanos, o

contraste é entre os convertidos e os não-convertidos (Romanos 8:1-11).

Mas o crente ainda peca? Sim, mas ele já não vive sob o poder reinante do pecado. O pe-

cado não mais “terá domínio sobre ele” (Romanos 6:14). Embora ele cometa atos de peca-

do, ele já não vive mais em pecado como seu elemento nativo ou sob seu poder dominador

como seu mestre (Romanos 6:14, 17-18; 1 João 2:1; 3:9). Os verbos traduzidos “pecar” em

1 João 2:1 estão no aoristo, referindo-se a atos de pecado. O poder reinante do pecado foi

quebrado, como testemunhado pela própria linguagem usada em Romanos 6:11-14. “Não

reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes [o corpo] em suas

concupiscências”. A prerrogativa cabe ao crente, ou seja, ele não é mais visto como quem

está sob o domínio do pecado reinante. Além disso, a ordem para parar de ceder às solici-

tações do pecado e render-se a Deus sem reservas significa necessariamente que o poder

dominante do pecado sobre o crente foi quebrado. A salvação neste aspecto é a mudança

de mestres (Romanos 6:17-18). Veja as Perguntas 113-117.

Romanos 6:6 descreve a crucificação do velho homem. “O nosso velho homem foi com ele

crucificado, para que o corpo, dominado pelo pecado, pudesse ser roubado de sua proe-

minência e poder, de modo que deste ponto em diante nós já não devemos servir como

escravos dispostos ao pecado”. Quem ou o que é o “velho homem”? Confira: Romanos 6:6;

Efésios 4:22-24; Colossenses 3:9-10. Observe que Efésios 4:22-24 e Colossenses 3:9-10

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não são mandamentos a serem implementados, mas realidades presentes baseadas sobre

um fato passado. O contraste entre o “velho homem” e o “novo homem” não é um contraste

entre uma “velha natureza” e uma “nova natureza”, nem é o crente um esquizofrênico

espiritual composto de duas pessoas que vivem dentro dele. O “velho homem” era o antigo

eu, não-regenerado, que foi crucificado com Cristo. Os crentes são agora o “novo homem”,

ou o eu regenerado, recriado à imagem de Deus em justiça, em santidade da verdade e do

conhecimento: uma transformação espiritual, moral e intelectual necessária. A fonte do

pecado do crente não está em uma “velha natureza” ou “velho homem”, mas um princípio

de pecado interior e corrupção remanescente que será posta de lado no momento da morte

(Romanos 7:7-8:4, 23). Veja a Pergunta 114.

A união com Cristo não significa apenas que todo crente tem sido identificado com a morte

de Cristo, mas também identificado necessariamente com Sua ressurreição para a vida

(Romanos 6:4-5; Colossenses 3:1-4). Como esta união na ressurreição para a vida de

Cristo se traduz na experiência Cristã? O mesmo poder que levantou o Senhor dos mortos:

a presença e o poder do Espírito Santo (Romanos 1:3-4), que agora habita em cada e em

todo crente e formam a dinâmica espiritual de sua vida.

Assim, a união com Cristo, a regeneração, a adoção e a santificação do crente estão todas

inerentemente interrelacionadas (Romanos 1:3-4; 6:4-5; 8:11-16; Efésios 1:13-14, 17-20;

Colossenses 3:1-4). Houve uma transferência dinâmica de poder envolvente ou operatório

naquele unido a Cristo e assim identificado em Sua morte e ressurreição de vida. Uma vez

que ele foi desligado do princípio da justiça, ou seja, embora a justiça tivesse uma reivindi-

cação sobre ele, não tinha poder de motivação para levá-lo a viver em retidão (Romanos

6:20). Agora, ele é envolvido pela justiça e tirado do poder reinante do pecado (Romanos

6:22). Assim, a união com Cristo significa necessariamente a união tanto em Sua morte

quanto em Sua ressurreição de vida, e ambas se traduzem como realidades presentes na

experiência do crente em santificação definitiva.

A santificação progressiva ou prática é a manifestação tanto da santificação posicional

quanto da santificação definitiva na vida, na experiência e na peregrinação espiritual do

crente. Em outras palavras, a santificação prática ou progressiva é coextensiva com a

experiência Cristã. Este processo deve ser visto no contexto da realidade da conversão e

tanto na continuidade e no progresso da graça na vida (2 Pedro 3:18).

Observe o seguinte:

Primeiro, o propósito redentor e a graça de Deus são infalíveis. A santificação posicio-

nal deve necessariamente expressar-se em santidade pessoal (Hebreus 12:14).

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Segundo, a Escritura contém exortações para o crente se conformar com a autocon-

sistência moral de Deus (2 Coríntios 7:1; Hebreus 12:14; 1 Pedro 1:14-16; 2:9), para

viver uma vida consagrada no corpo e na alma (Romanos 12:1-2), e ter uma mentali-

dade regenerada por causa da recriação da imagem de Deus dentro dela (Colos-

senses 3:9-10). Tais exortações não são abandonadas à força ou determinação natu-

ral, mas em todos os lugares pressupõem a graça capacitadora de Deus (Efésios 4:22-

32; Colossenses 3:1-10).

Terceiro, a experiência Cristã, embora possa, às vezes, ser caracterizada por castigo

Divino (Hebreus 12:4-14) e batalha espiritual (Efésios 6:10-18), é essencialmente uma

progressão espiritual (Romanos 8:29; 2 Coríntios 3:17-18; Efésios 4:13-16; Colossen-

ses 2:6-7; 1 Pedro 2:2; 2 Pedro 3:18).

Quarto, o conflito interno de um filho de Deus não é que ele é ao mesmo tempo um

“velho homem” e um “novo homem”, ou tem tanto uma “velha natureza” quanto uma

“nova natureza”. Pelo contrário, porque a natureza física permanece relativamente

inalterada e ainda aguarda a sua redenção (Romanos 8:23; Filipenses 3:20-21), um

princípio de pecado interior e corrupção remanescente responde por meio dos mem-

bros do corpo às solicitações do pecado (Romanos 6:11-13; 7:13-8:9). O crente deve

tomar uma atitude agressiva em direção a quaisquer manifestações de pecado interior

e corrupção remanescente pela mortificação destes (Romanos 8:11-13; Gálatas 5:16-

17; Colossenses 3:5ss).

A falha em relacionar a santificação posicional tanto com a santificação definitiva quanto

com a santificação progressiva, ou negar estes outros aspectos, tem levado muitos ao erro.

Em outras palavras, a santificação posicional deriva da união do crente com Cristo, e assim,

sua santificação posicional é sua santificação definitiva. Sua santificação posicional e defini-

tiva torna possível e necessária sua santificação prática (progressiva). A santificação posici-

onal é de uma vez por todas, é uma realidade objetiva imutável. A santificação prática, por

outro lado, é necessariamente incompleta nesta vida. Na morte do crente, e certamente em

sua ressurreição para a glória, a santificação posicional e a santificação prática tornar-se-

ão uma e a mesma coisa. A graça Divina é eficaz e infalível em conformar-nos à imagem

do Filho de Deus, e assim todos os três aspectos são necessários.

Nossa experiência Cristã eleva-se para aquilo que está descrito na Palavra de Deus?

Pergunta 96: Quais são os dois aspectos da santificação progressiva ou prática?

Resposta: Os dois aspectos da santificação progressiva ou prática são o positivo, ou a

vivificação; e o negativo, ou a mortificação do homem para o pecado.

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Romanos 6:11-14: “Assim também vós considerai-vos certamente mortos para o pecado,

mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor. 12 Não reine, portanto, o pecado em

vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; 13 nem tampouco

apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apre-

sentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instru-

mentos de justiça. 14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo

da lei, mas debaixo da graça”.

Romanos 8:12-14: “De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver

segundo a carne. 13 Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito

mortificardes as obras do corpo, vivereis. 14 Porque todos os que são guiados pelo Espírito

de Deus esses são filhos de Deus”.

Colossenses 3:5: “Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a forni-

cação, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é

idolatria”.

Veja também: Romanos 7:13-8:16; 12:1-2; 1 Coríntios 9:27; 2 Coríntios 7:1; Gálatas 5:16-

18, 24; Efésios 4:22-32; Filipenses 2:1-16; 3:10-21; Colossenses 3:1-14; Hebreus 12:14-

15; 2 Pedro 1:4-11.

Comentário

A “santificação”, no sentido restrito da santificação prática ou progressiva, como contras-

tada com a mortificação do homem para o pecado, pode ser nomeada de “vivificação”, isto

é, a vivificação positiva de graças Cristãs, pelo poder do Espírito Santo e pelos meios

constituídos da graça sob a qual o crente está, em uma vida de humilde obediência à

Palavra de Deus.

Vivificação. Há cinco elementos que devem ser seriamente considerados em tal santifica-

ção ou vivificação:

Primeiro, o pecado foi destronado em cada indivíduo que tenha sido chamado

eficazmente, regenerado e convertido, e assim, em todos sem exceção que foram e

estão sendo santificados. Os crentes não estão mais sob o poder dominante do

pecado, mas cometem atos de pecado que devem ser tratados (Romanos 6:11-14; 1

João 2:1; 3:9). Veja as Perguntas 114-115. As realidades da união com Cristo, o

chamado eficaz, a regeneração e a santificação definitiva devem encontrar expressão

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adequada na santificação prática ou progressiva (Romanos 6:14; 2 Coríntios 5:14-17;

1 João 3:9; 1 João 5:4, 18).

Segundo, os crentes professos, isto é, declarados publicamente são os sujeitos da

graça redentora e transformadora de Deus. Se não for assim, é porque eles estão sem

a graça. Não há meio termo nem lugar para um verdadeiro Cristão continuar a viver

em pecado (Mateus 7:21-23; Atos 8:18-24; 2 Coríntios 13:5; 2 Timóteo 4:10; Hebreus

3:12-13; 12:7-8, 14-15).

Terceiro, o agente ou o poder operante em tal santificação é o Espírito Santo. Os

crentes não se santificam na própria força deles, embora eles sejam necessariamente

exortados a vidas piedosas (2 Coríntios 7:1; 1 Tessalonicenses 4:7; 1 Pedro 2:9). Há

uma dinâmica graciosa e operativa que opera para conformar os crentes à imagem

do Filho de Deus em princípio no contexto do eterno propósito redentor (Romanos

6:14; 2 Coríntios 3:17-18; Filipenses 2:12-13).

Quarto, o propósito da santificação progressiva é a conformidade com o caráter moral

de Deus; especificamente, a conformidade com a imagem do Filho de Deus (Romanos

8:29; 2 Coríntios 3:17-18; 1 Pedro 1:15-16; 1 João 3:1-4).

Quinto, há um princípio inegável de progressão na santificação prática que as Escritu-

ras revelam claramente. Esta natureza progressiva é devida à obra eficaz do Espírito

Santo. Assim, a santificação prática é bem melhor descrita como santificação progres-

siva (Mateus 5:48; Romanos 12:2; 2 Coríntios 7:1; Efésios 1:17-20; 3:14-19; 4:12-16;

Filipenses 1:9-11; 2:12-13; Colossenses 1:9-12; 2:6-7; 1 Pedro 1:15-16; 2:2; 2 Pedro

3:18; 1 João 3:3).

A vivificação, às vezes, pode ser de débil, estática, e, por vezes, parece mesmo estar

retrocedendo, contudo no estado de graça, ela é uma realidade em curso. A santificação

pode ser ilustrada pelo fluxo de um rio. Um rio, às vezes, flui para o oeste, para o leste e o

norte conforme anda em seu caminho, mas sua tendência é o sul, e ele finalmente flui para

o sul entrando em um golfo. A correção Divina está presente na forma de convicção de

pecado e do castigo Divino (Hebreus 12:4-13).

A mortificação do pecado. Este é o aspecto que para o crente pode parecer negativo da

santificação prática. A “mortificação” deriva do Latim mortifico, e significa “colocar à morte”.

A palavra “mortificar” ocorre duas vezes nas Escrituras: Romanos 8:13 (thanatoute, pres.

imp., “constantemente colocado à morte”) e Colossenses 3:5 (nekrōsate, aor. imp., “com

um senso de urgência e determinação amortecida, privar de poder”). Ambas as passagens

tratam de como o crente deve lidar com o pecado em sua vida e experiência.

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Observe as quatro seguintes considerações:

Primeira, a doutrina da mortificação do pecado não é questionável, nem de pouca

importância pelo fato de o termo ocorrer apenas duas vezes nas Escrituras. Deus deve

declarar uma dada realidade apenas uma vez nas Escrituras para que seja verdadeira

e significativa.

Segunda, a omissão da doutrina da mortificação deixaria um vazio enorme na doutrina

da própria santificação, bem como os aspectos práticos da união do crente com Cristo,

da regeneração e da função do Espírito Santo na experiência do crente. Tais omissões

abririam a porta a várias formas de ensinos Antinomianos e Perfeccionistas errôneos.

Terceira, o contexto de cada afirmação é digno de nota. Romanos 8:13 está situado

no contexto da necessidade, da realidade, do poder e da orientação do Espírito Santo.

Colossenses 3:5 está no contexto da união do crente com Cristo em Sua morte e

ressurreição de vida, e da recriação da imagem de Deus intelectualmente dentro dele.

Em ambas as passagens, a mortificação é vista como uma marca absolutamente

necessária da graça de Deus.

Quarta, ambas as afirmações lidam com o pecado interior e a corrupção remanes-

cente, e não diretamente com o corpo, ou seja, a mortificação está relacionada, não

com o corpo, mas com “as ações do corpo” (Romanos 8:13). Os “membros que estão

sobre a terra” não são membros do corpo, mas os pecados que são expressos por

meio do corpo (Colossenses 3:5-6). A mortificação bíblica não é legalismo, nem

ascetismo.

Tal como acontece com todos os aspectos da verdade bíblica, existem muitos pontos de

vista errôneos. Isto é especialmente verdadeiro em matéria de santificação. Por quê?

Porque cada indivíduo religioso sincero dentro da Cristandade está ciente de que o pecado

(ou pecado percebido) é estranho ao teor do Cristianismo e uma violação das Escrituras,

da tradição e de uma consciência religiosa. É uma contradição inerente. Isto é especial-

mente verdade para o crente genuíno cuja consciência está sujeita à instigação do Espírito

Santo e da verdade objetiva das Escrituras. (Veja a pergunta 112 e a declaração sobre a

consciência renovada sob a “Garantia Evidente”). As inconsistências, transgressões e fra-

quezas para com certos pecados, as ofensas repetidas e fragilidades humanas afligem a

pessoa religiosa, despertam a consciência e muitas vezes dão origem a um desejo intenso

de romper com o pecado por completo: cessar e desistir, e viver em comunhão ininterrupta

com Deus. Mas é este mesmo desejo que torna as pessoas sinceramente religiosas, salvas

ou não-salvas, vulneráveis ao erro. Esta é a fonte provável para tais erros como o Perfec-

cionismo (a ideia que a natureza humana caída é perfectível). Isto se refere ou a um Perfec-

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cionismo sem pecado nesta vida ou a alguma forma modificada na qual alguém progride

de “carnal” para “espiritual” por qualquer experiência ou algum ritual de “rededicação”, uma

“segunda obra da graça”, em que alguém é tanto “salvo e santificado”. O Perfeccionismo

modificado assola a maioria das formas do Cristianismo professo.

As grandes questões acerca da mortificação devem ser: “Como nós realmente mortificamos

o pecado?”. “Como tratamos com o pecado de forma bíblica e eficaz em nossa vida e

experiência?”. Como Cristãos, devemos cuidadosamente observar o seguinte:

• Nós temos uma natureza humana corrupta e pecaminosa herdada de Adão (impu-

tação indireta), que tem uma propensão para o pecado em geral, e para alguns peca-

dos em particular (Gênesis 5:3; Hebreus 12:1).

• Nós retemos nesta natureza corrupta e em nossos corpos ainda a serem redimidos,

uma tendência natural a utilizar os nossos membros a serviço do pecado (Romanos

6:11-13).

• Todo pecado é uma manifestação desta natureza corrupta, que ainda retém a

realidade do pecado interior e da corrupção remanescente (Romanos 7:13-25).

• Devido a este princípio do pecado interior e a corrupção remanescente, cada um de

nós ainda têm um determinado nível de rebelião em nossos corações contra o próprio

Deus de nossa salvação e contra a justiça de Sua santa lei, resultando em contradição

e aflição.

• Deus recriou Sua imagem dentro de nós em princípio e em justiça, em santidade da

verdade e do conhecimento: uma transformação espiritual, moral e intelectual (Efésios

4:22-24; Colossenses 3:9-10).

• Deus nos deu a presença interior e o poder do Seu Espírito para nos capacitar a

viver vidas convertidas em princípio (Romanos 6:1-6; 8:1-4, 10-16; 2 Coríntios 3:17-

18; Gálatas 4:5-7; 5:16-17).

• O poder reinante do pecado foi destituído, por isso nós estamos tratando com um

inimigo ferido e destronado (Romanos 6:1-14).

• Nós ainda mantemos uma determinada medida de uma “mentalidade escrava” e

força do hábito que têm uma tendência a ceder às solicitações do pecado (Romanos

6:11-14).

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• Nós somos exortados a substituir os maus hábitos por hábitos consistentes da

verdadeira piedade (Efésios 4:25-32).

• Nosso adversário, o Diabo, procura nos enganar, dominar e derrotar (Efésios 6:11;

1 Pedro 5:8-9).

Assim, nós estamos envolvidos numa guerra espiritual constante (Mateus 6:13; Efésios

6:10-18; 1 Pedro 5:8-9). Deve ser notado, então, que apesar de sermos um povo redimido

— crentes, os eleitos e amados de Deus — ainda somos vulneráveis e devemos atender

aos meios da graça que Deus ordenou para o nosso bem-estar espiritual.

Os meios para a mortificação do pecado incluem o seguinte:

Primeiro, a mortificação do pecado é uma impossibilidade absoluta separada do poder

do Espírito. A mortificação é necessariamente “pelo Espírito” (Romanos 8:1-4, 11-13),

porque é necessariamente uma obra espiritual. Qualquer tentativa, separada do

Espírito, de lidar eficazmente com o pecado na vida está condenada ao Legalismo,

Farisaísmo, ascetismo e mera autodeterminação. Enfim, ao fracasso.

Segundo, a fé é descritiva e determinante de tudo que é de graça e de poder na

experiência do crente (por exemplo: Atos 6:5, 8; 11:24; Romanos 5:1-2; 12:3; 14:23;

2 Coríntios 4:13; 5:7; Efésios 6:16; Hebreus 11:1-39; 1 João 5:4). A fé se apropria da

verdade de Deus e age baseado nela. Assim, cada ato verdadeiramente Cristão é um

ato de fé; seja oração, perseverando sobre a tentação ou tragédia, pregando, dando

testemunho, estudando as Escrituras, perseverando na piedade, etc. A fé antecipa

ainda mais a graça de Deus, ou seja, a fé tanto apropria quanto antecipa a graça e o

poder de Deus para mortificar o pecado. Em suma, quando buscamos mortificar o

pecado pela graça de Deus, fazemos isto pela fé.

Terceiro, a oração é a fé articulada, ou seja, a própria oração é um ato e expressão

de fé e assim, intrinsecamente relacionada a ela. A oração é a fé alcançando tanto o

louvor quanto a petição. Nós temos um dever geral e constante de orar, e buscar a

comunhão com Deus, ou seja, partilhar dos mesmos pensamentos e sentimentos de

Deus, para o bem de nossas almas e a consistência de nossa caminhada. A oração,

por assim dizer, deve ser o teor de nossas vidas (1 Tessalonicenses 5:17; Filipenses

4:6-7). Nós também temos garantia bíblica de orar pelo livramento da tentação e do

Diabo (Mateus 6:13; Lucas 22:40). A oração e a mortificação assim vão de mãos

dadas. Veja as Perguntas 97-107.

Quarto, temos o dever geral de crer, ler, estudar, alimentar-nos e agir de acordo com

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a Palavra de Deus escrita (Salmos 1:1-2; 19.7-14; João 17:17; 2 Pedro 3:18). A

Palavra de Deus é o único grande arsenal e arma ofensiva para o Cristão (Mateus 4:4;

Efésios 6:17; 2 Timóteo 3:16-17). O Espírito de Deus dá poder à Palavra. No locus

classicus para a relação entre as Escrituras e a tentação, na tentação de nosso Senhor

no deserto, Ele começou cada resposta à tentação de Satanás com: “Está escrito...”

(Mateus 4:1-11). É por meio das Escrituras que nós expomos o pecado como aquilo

que ele é. Nós o definimos, desmascaramos e confessamos como tal por intermédio

do princípio definitivo e espiritual da verdade Divina; e depois o abandonamos pela

graça de Deus.

Quinto, Deus tem prazer, às vezes, em revelar-nos providencialmente a corrupção

natural de nossos corações e a nossa propensão ao pecado para despertar-nos para

um sentido renovado de urgência na mortificação (Provérbios 30:8-9). Deus também

tem prazer, às vezes, de nos convencer e de nos corrigir acerca de nossos pecados

de coração antes que se tornem ações visíveis. Um coração e consciência feridos que

nos livram do pecado diretamente e do envolvimento de outras pessoas é uma provi-

dência doce! Nós somos ensinados repetidamente a mortificar o primeiro impulso

consciente do pecado interior e a corrupção remanescente (Provérbios 4:23; Marcos

7:21-23). Deus pode permitir-nos cair em alguns pecados e castigar-nos a fim de

guardar-nos de outros e maiores pecados (Hebreus 12:4-13). Um espírito ferido e

arrependido por causa do pecado pode se tornar um grande preventivo! Ele pode até

mesmo ferir-nos com algum grande desconforto a fim de guardar-nos do pecado

(Gênesis 20:6). Esta foi a própria experiência do Apóstolo Paulo que, na providência

Divina, contraiu uma doença crônica e devastadora para mantê-lo humilde, e manter

o seu ministério em uma perspectiva correta (2 Coríntios 12:7-10).

Sexto, nós podemos ser providencialmente alertados da necessidade de mortificar o

pecado pelo exemplo terrível de outros. Os horríveis pecados de Davi com relação à

Bate-Seba e Urias, e o julgamento subsequente sobre sua família deve servir como

um aviso severo para não deixar o pecado habitar no coração (2 Samuel 11ss). O

episódio de Ananias e Safira está preservado para nós nas Escrituras para servir como

um alerta contra a hipocrisia (Atos 4:32-5:11), assim também é com o caso com o

triste fim de Demas (2 Timóteo 4:10). Por causa do pecado na igreja de Corinto e da

falha em administrar a disciplina da igreja, Deus interveio e julgou a igreja, adminis-

trando devastação espiritual, doenças e até a morte (1 Coríntios 11:30-32)!

Sétimo, por natureza, nós não odiamos o pecado, o amamos (Salmos 66:18; Jeremias

17:9-10). Mesmo como crentes, temos o pecado interior e a corrupção remanescente

que têm uma grande afinidade pela manifestação por meio de nossos membros

(Romanos 6:11-13; 7:13-25; Colossenses 3:5). Mas devemos odiar o pecado, con-

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fessá-lo, lutar contra ele e abandoná-lo. A menos que façamos, nunca o mortifica-

remos (1 João 1:9; Hebreus 12:4; Provérbios 28:13).

Oitavo, a abnegação é um dos princípios básicos do Cristianismo (Lucas 9:23; Mateus

5:27-30; Romanos 15:1-3; 2 Coríntios 7:1; Tito 2:12; 1 Pedro 2:11). É evidenciado pela

primeira vez na fé salvífica e no arrependimento, nos quais o pecador se volta de uma

vida de pecado e de autoindulgência para uma de arrependimento, humilde obediên-

cia a Deus e à Sua verdade. Jesus Cristo torna-se o seu Senhor e Salvador (Atos

2:36; Romanos 10:9-10; 2 Coríntios 4:5). O Senhorio ou Realeza de Jesus Cristo com

Suas reivindicações totalitárias durante a vida inteira é assim uma realidade prática

para o crente. Abnegação significa abster-se de qualquer coisa contrária à Palavra do

Soberano a quem nós juramos lealdade eterna. A abnegação deve incluir tudo o que

é pecaminoso, que poderia guiar-nos ao pecado ou corromper nossas almas.

Nono, a vida Cristã, em geral, e a mortificação do pecado, em particular, requer uma

atitude santificada e agressiva tanto para com a vivificação (das graças Cristãs);

quanto para a mortificação do pecado, pela graça do Espírito Santo (Provérbios 4:23;

Romanos 6:11-14, 17-18; 1 Coríntios 9:24-27; 2 Coríntios 3:17-18; Filipenses 4:8; 1

Timóteo 4:7; Hebreus 12:1-4, 14). Nós temos que parar de ceder ao pecado. Devemos

recusar a submeter-nos às tentações do pecado. Devemos quebrar hábitos e tendên-

cias ao pecado. Devemos estar em guarda contra o pecado. Devemos substituir

velhos hábitos e tendências pecaminosas, por novos hábitos e tendências piedosas

(Efésios 4:25-32).

Nós manifestamos as realidades da graça e o poder para mortificar o pecado em nossas

vidas?

ORE para que o ESPÍRITO SANTO use este Catecismo para trazer muitos

ao conhecimento salvífico de JESUS CRISTO para a glória de DEUS PAI!

Sola Scriptura! Sola Gratia! Sola Fide!

Solus Christus! Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

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Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.