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UM NOVO TEMPO 04 e 09 - O funcionamento da Unidade Materno-Infantil Dr. Almir Gabriel é um marco na história da Santa Casa do Pará. Novos leitos, serviços e uma perspectiva melhor de atendimento são os objetivos dos servidores da maior maternidade pública do Brasil. Nesta edição, saiba o que o novo prédio vai agregar e confira o que ocorreu no dia da sua inauguração. 02 - DIREÇÃO Ana Pessoa assume Hospital 09 - SEGURANÇA Sistema trará conforto 07 - UTI NEO Pacientes já foram transferidos 10 - SERVIDORES Relembre histórias do Hospital Santa Casa News Nov/Dez - 2013

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UM NOVO TEMPO04 e 09 - O funcionamento da Unidade Materno-Infantil Dr. Almir Gabriel é um marco na história da Santa Casa do Pará. Novos leitos, serviços e uma perspectiva melhor de atendimento são os objetivos dos servidores da maior maternidade pública do Brasil. Nesta edição, saiba o que o novo prédio vai agregar e confira o que ocorreu no dia da sua inauguração.

02 - DIREÇÃOAna Pessoa assume Hospital

09 - SEGURANÇASistema trará conforto

07 - UTI NEOPacientesjá foramtransferidos

10 - SERVIDORESRelembre histórias do Hospital

Santa Casa NewsNov/Dez - 2013

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Santa Casa

Médica assume direção DA REDAÇÃO

A médica Ana Con-ceição Matos Pessoa é a nova presidente da Fun-dação Santa Casa de Mi-sericórdia do Pará. Ela substitui a nutricionista Eunice Begot, que dei-xou o cargo para assumir uma função na Secreta-ria de Estado de Saúde Pública (Sespa). A ceri-mônia de posse ocorreu no dia 1º de outubro, na sala de treinamento do hospital. A apresentação do Coral Saúde e Vida, um dos projetos de hu-manização mantidos pela Instituição, emocionou a nova gestora.

Ana Conceição agra-deceu aos servidores pelo acolhimento e disse que o trabalho em equipe será uma das estratégias de sua gestão. A médica, que é especialista em gi-necologia e obstetrícia, afirmou ainda que está comprometida com umas das metas prioritárias do governo: trabalhar em prol de um planejamento que acrescente qualida-

Ana Conceição Pessoa é a nova presidente da Santa Casa e quer fortalecer a equipe do Hospital

Meu objetivo é elevar o nome

da Santa Casa. (...)E ninguém faz nada sozinho". Ana Conceição Pessoa,

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de à saúde da população. "Meu objetivo é elevar o nome da Santa Casa. Para isso, quero deixar claro que ninguém faz nada sozinho. Trabalharemos de mãos dadas, vestire-mos a mesma camisa. Podem ter certeza que a porta do gabinete estará sempre aberta a todos", enfatizou,dirigindo-se aos servidores.

Assumir a administra-ção da maior materni-dade do Brasil é um dos maiores desafios da car-reira da médica, sobretu-do em função do momen-to de transição do prédio centenário para a Unida-de Materno-Infantil Dr. Almir Gabriel. "É gratifi-cante. Sei da imensa im-portância da Santa Casa. Estou extremamente dis-posta a trabalhar para a comunidade", enfatizou.

A diretoria da Santa Casa, representada pela diretora técnica, Cynthia Pires, presenteou a nova presidente com um ja-leco. "Estamos aqui para ajudá-la sempre. É o de-sejo da diretoria e de to-

MOMENTO DE TRANSIÇÃO Ana Conceição é especialista em ginecologia e obstetrícia

das as gerências". A secretária adjunta

da Sespa, Heloísa Gui-marães, destacou a im-portância do trabalho dos servidores neste mo-mento de fortalecimento da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. "A porta da Sespa está aberta. Sabemos o quan-to é gratificante colabo-rar", ressaltou.

ExpedienteSimão Jatene Governador

Helenilson PontesVice-governador Hélio Franco Secretário de Estado de Saúde Pública

Ana Conceição Matos Pessoa

Presidente Santa Casa

Mary Fiuza Mello Diretora Assistencial Sandra NeryDiretora Administrativo eFinanceiro

Cynthia PiresDiretoria Técnica

Samuel Mota Nilson CortinhasJornalistas Alessandro BorgesRelações Públicas Fotos Nilson ChucreSecom

presidente da Santa Casa

Imagem peregrina visitou HospitalDenivalda Cavalcante teve a

sua gravidez interrompida aos sete meses após uma série de compli-cações. Ela, que mora em Limoeiro do Ajuru, município do Baixo To-cantins, teve problemas de infec-ção urinária e usou um helicóptero para agilizar a internação na Santa Casa de forma emergencial. No mês de outubro, a criança I.G veio ao mundo. Emocionada, a mãe sen-tiu uma mescla de sentimentos ao

relembrar da história e chorou ao ficar próximo da imagem de Nossa Senhora de Nazaré. "São tantos mi-lagres... Pensei que fosse perder meu filho, mas ele está aqui, aguar-dando exames. Fiz uma promessa pela saúde dele: ano que vem, irei acompanhar o Círio de Nazaré do início ao fim", garantiu.

A imagem peregrina de Nos-sa Senhora de Nazaré emocionou servidores e usuários da Fundação

Santa Casa no dia 21 de outubro. A programação, conduzida pelo pa-dre Jayme Kriek, da Paróquia de São Raimundo, foi uma solicitação da direção da maternidade. Após uma missa, a imagem percorreu as alas e enfermarias do prédio centenário e da nova Unidade Dr. Almir Gabriel. A visita durou apro-ximadamente três horas e meia. Vários servidores tiveram a opor-tunidade de carregar a imagem.

Nov/Dez - 2013

EMOÇÃO Programação católica envolveu vários servidores

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Santa Casa

Canguru emnova fase

Ministério da Saúde certifica Método Canguru como Centro de Referência Estadual

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DA REDAÇÃO

O Programa Mãe-Can-guru, um método de trata-mento que visa recuperar bebês prematuros com a participação efetiva da mãe, implantado há mais de 10 anos na Santa Casa do Pará, foi certificado, pelo Ministério da Saúde, como Centro de Referência Esta-dual. Com o reconhecimen-to, o programa terá acesso a recursos do Ministério – R$ 150,00 por leito, a cada dia -, informou a terapeuta ocu-pacional Gabriela Farias, uma das tutoras do método.

Os recursos federais se-rão usados na manutenção do padrão de qualidade no serviço oferecido à popula-ção. A condição de referên-cia estadual também per-mitirá ao hospital funcionar como centro de treinamen-tos para outras unidades de saúde do Pará.

Segundo Gabriela Fa-rias, com o novo prédio da Santa Casa, o programa ga-nha em qualidade. Oferece

um controle mais rígido de ruídos e iluminação - fatores que, em excesso, podem provocar estresse em bebês. Além disto, a moderna estrutura de in-cubadoras e biliberço (uni-dades de fototerapia) são essenciais para melhorar o contato com o recém-nasci-do, tornando esse processo menos doloroso. "Teremos, de fato, uma melhoria no cuidado, inclusive com con-dições de banhos de sol e novos ninhos, cuja ideia é simular o útero da mãe, facilitando o descanso do bebê", frisou Gabriela.

Com os avanços, a di-reção da maternidade – a maior do Estado para pa-cientes do SUS (Sistema Único de Saúde) -, acredi-ta que o atendimento pelo método Mãe-Canguru fica-rá ainda mais humanizado, aumentando o índice de recuperação de bebês pre-maturos.

No prédio da Santa Casa, havia 16 leitos para prema-turos, sendo, no máximo,

MENSAGEM DA PRESIDENTE

quatro por sala. Assim ha-verá mais privacidade para a retirada do leite humano.

Moradora de Aurora do Pará, município do nordes-te paraense, a dona de casa Antônia de Nazaré, 29 anos, acompanha a recuperação de suas gêmeas pelo Méto-do Mãe-Canguru. Para ela, esse novo momento na his-tória da Santa Casa só traz certezas para os pacientes. "É uma estrutura bonita e confortável. É claro que es-tamos felizes com essa me-lhora", declarou ela sobre o novo prédio.

TRÊS FASES Pelo Método Mãe-Canguru, os recém-nascidos de baixo peso são levados para a UTI Neonatal (Unidade de Tratamento Intensivo) e depois para a Unidade de Cuidados Intermediários (UCI). Depois, o bebê fica com a mãe na Enfermaria Canguru, para que receba os cuidados, inclusive o contato corporal com a mãe. Na última etapa do tratamento, a criança é acompanhada até atingir o peso mínimo de 2,5 kg.

MÃE-CANGURU

USUÁRIA Antônia participou do método canguru. Ela veio de Aurora do Pará

Nov/Dez - 2013

Caros servidores e usuários,

Estamos vivenciado um momen-to histórico da Santa Casa: a trans-ferência de parte dos serviços para um prédio moderno e adequado aos padrões do que há de mais se-guro no tratar do paciente. Qual-quer palavra aqui pode soar como demagogia, por isso, façam uma re-flexão sobre este fato. Tenho certe-za que a história estará ao lado dos nossos servidores e de nossos usu-ários. Peço que nos ajudem a cuidar deste patrimônio que é de todos.

Bem, não poderia começar esta conversa de outra forma. Mas tam-bém tenho que lembrar que assumi a direção da Fundação Santa Casa desde o dia primeiro de outubro. Agradeço ao governador, Simão Ja-tene, e a Secretaria Estadual de Saú-de (Sespa), na figura do secretário Hélio Franco e da secretária-adjunta Heloísa Guimarães. É um dos maio-res desafios da minha vida e estou empenhada para acrescentar a esta Instituição, reconhecidamente qua-lificada. Recentemente, tivemos o privilégio de ser reconhecido pela Assembleia Legislativa, que conce-deu menção honrosa pelos relevan-tes serviços prestados.

Diante deste momento de tran-sição, a Instituição tem tudo para inaugurar uma nova era, um novo tempo. Prestes a completar seus 364 anos, a Santa Casa tem dois dados fundamentais: além das condições para fazer melhor, temos servidores qualificados para elevar ainda mais o nome do nosso Hospital.

E a história nos permitiu que esta etapa praticamente coincidis-se com o Círio de Nazaré e, agora, com o Natal. Comemorações que, independentemente da orientação religiosa, lembram a figura da mãe, do filho e lembram o nascer. Esta-mos felizes e prontos para superar os nossos desafios. Contem comigo! E, claro, boa leitura desta histórica edição do nosso informativo. Um abraço e um feliz Natal!

ANA CONCEIÇÃO PESSOAPRESIDENTE DA FUNDAÇÃO

SANTA CASA

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Santa Casa4

Inaugurada no dia 16 de setembro, a Unidade Mater-no Infantil "Dr. Almir Gabriel" conta com 406 novos leitos instalados em uma área de 22 mil metros quadrados. O complexo tem oito pavimen-tos, com leitos distribuídos nas alas de Pediatria, Neona-tologia, UTI Materna e Pediá-trica, Maternidade, Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), ala para o programa "Mãe Canguru" e acolhimen-to obstétrico.

Em seu discurso, o gover-nador Simão Jatene agrade-ceu e parabenizou todos os servidores da instituição, os operários que trabalharam na obra e principalmente a população. O chefe do Exe-cutivo também agradeceu a presença dos políticos que estavam presentes na ceri-mônia, entre eles, a ex-gover-nadora Ana Júlia Carepa. “Ao convidar a ex-governadora, não o fiz por um mero ato de simpatia, nem por uma ques-tão protocolar, fiz, sobretudo, para sinalizar que é possível e necessário se fazer política com qualidade. Não é possí-vel mais aceitar, ou imaginar, que interesses pessoais ten-tem se impor à sociedade e fazer com que cada vez mais os serviços públicos sirvam para os interesses particula-res”, disse o governador.

Jatene também proferiu

UM

A D

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TÓRI

CAEis o maior complexo materno-infantil do Brasil

DA REDAÇÃO

uma palavra especial aos fa-miliares do ex-governador Almir Gabriel, que faleceu no dia 19 de fevereiro deste ano. “É claro que tínhamos muitas diferenças, mas cer-tamente, tínhamos uma se-melhança muito significativa, que era a crença de que é possível construir um estado mais justo e mais fraterno”.

A filha de Almir Gabriel, Sâmia Gabriel, agradeceu em nome de toda a família. “Essa obra tem um significa-do muito especial porque a concretização dela nos mos-trou que é possível sonhar e realizar. E isso é a cara de Almir Gabriel. A esperança realista é a cara de Almir Ga-briel. Lutar por políticas que possam reduzir a pobreza e a desigualdade é a cara de Almir Gabriel. E a Santa Casa sempre foi a verdadeira cara de Almir Gabriel, pois foi para essa instituição que ele dedicou grande parte de sua vida".

Durante a cerimônia, a en-tão presidente da Fundação Santa Casa, Eunice Begot, expôs alguns números de atendimento da maior ma-ternidade do Norte do país. “A Santa Casa recebe hoje, por mês, cerca de três mil mulheres só para atendimen-tos obstétricos e realiza em média 600 partos, 86% dos quais de alto risco”, disse. Com a nova unidade, a Santa Casa passa a receber cinco mil mulheres e a realizar 800 partos por mês. O represen-tante do Ministério da Saúde (MS), Antônio Ribas, coorde-nador da Atenção Básica do MS, parabenizou o Governo pelas novas instalações.

170A infraestrutura do hospital, que custou cerca de R$ 170 milhões, sendo R$ 135 milhões de recursos próprios do Estado.EM

MER

OS

RESTAURANTE Um dos primeiros setores a se mudar para a nova estrutura foi a gerência de assistência nutricional, inaugurada por Franco

INESQUECÍVEL Governador do Pará inaugurou um hospital que terá condição de modernizar o atendimento materno-infantil

406Leitos estarão à disposição na nova Unidade do Complexo da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, imaugurada em setembro. EM

MER

OS

Unidade Almir Gabriel está pronta para atender a população

Nov/Dez - 2013

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Santa Casa 5

O ANTES...

E O DEPOIS...

UM GANHO PARA O USUÁRIO DO SUS

Nov/Dez - 2013

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Santa Casa6

Estrutura foi aprovada

DA REDAÇÃO

Começou dia 26 de se-tembro a transferência de pacientes do prédio cen-tenário para a nova ala da Fundação Santa Casa. O fato, considerado histórico pela equipe do hospital e pelos profissionais que es-tão ligados à trajetória da casa de saúde, foi marcado por uma entrevista coletiva, concedida pelos secretá-rios especial de Proteção Social, Adnan Demachki, e de Estado de Saúde Pú-blica, Hélio Franco, acom-panhados por gestores da Fundação.

Hélio Franco disse que a transferência começou com pacientes que já haviam dado à luz no prédio cente-nário. Elas estavam acomo-dadas na enfermaria “Maria Goreth” e foram alojadas na ala “Sant’Ana”, para onde também foram levadas pa-cientes de outras enferma-rias.

O secretário fez uma re-flexão sobre a trajetória do hospital, construído ainda no século XIX, o que gerou uma série de problemas de infraestrutura para as ne-cessidades atuais da casa de saúde. Por conta disso – e para ampliar o atendi-mento à população – foi desenvolvido o projeto da nova unidade, também co-nhecida como nova Santa Casa. “É importante dizer que o prédio centenário não vai deixar de funcionar. Na verdade, lá permanece-rão cerca de 30% dos servi-ços de saúde oferecidos por esta instituição, enquanto os outros 70% serão transferi-

dos para o novo prédio, que conta com 406 leitos”.

Hélio Franco enfatizou ainda que, apesar de todo o esforço em ampliar e melhorar a qualidade do atendimento, a Santa Casa é um hospital que deveria atender prioritariamente os casos de gravidez de risco, embora, na prática, a demanda acabe sendo muito maior. Hoje, são cer-ca de três mil atendimentos mensais, muito mais do que o registrado há dez anos, quando esse número era de cerca de 900 atendimentos.

Segundo o secretário, uma grande parte desses atendimentos poderia ser contemplada pelos pró-prios serviços municipais de saúde. Pensando nisso, o governo do Estado está desenvolvendo junto aos municípios do interior do Estado oficinas de Planifi-cação da Atenção Primária em Saúde, que visam quali-ficar os técnicos e gestores locais a enfrentar os desa-fios em saúde no âmbito do município. O trabalho está a cargo da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Por conta desse projeto – com o qual vai trabalhar – e de problemas pessoais de saúde, a então presiden-te da Fundação Santa Casa de Misericórdia, a nutricio-nista Eunice Begot, deixou a instituição.

Satisfação – Quem já está usufruindo da nova Santa Casa se diz satisfeito pelo atendimento e acomo-dações. É o caso da jovem Isanete Trindade, 16 anos. Moradora do município de Abaetetuba, no nordeste paraense, ela deu à luz ao primeiro filho no dia 26 de setembro à noite, ainda no prédio antigo. Ela foi trans-ferida para a nova unidade e se disse satisfeita com a

estrutura da nova casa de saúde.

“Fui transferida para cá por conta de um problema na gravidez. Acabei tendo o meu filho prematuro de oito meses. Fomos muito bem atendidos e tudo cor-reu muito bem. Agora, aqui nessa nova parte do hos-pital, está tudo ainda mais maravilhoso, limpo, equipa-do e com segurança para a gente”, destacou.

A mesma sensação teve a dona de casa Josiara Abreu, 22 anos. Moradora do distrito de Mosqueiro e mãe pela segunda vez, ela também teve o seu bebê no prédio antigo e foi transfe-rida para a nova Santa Casa. “Está tudo muito melhor aqui, principalmente a par-te do banheiro, que agora é individual de cada enfer-maria. Tudo muito limpo e adequado”, observou.

Primeiros pacientes elogiam o ambiente

ETAPAComeçou no final de setembro a transferência de pacientes para o novo prédio do complexo

Aqui nessa nova parte do hospital, está tudo ainda mais maravilhoso, limpo,

equipado e com segurança para a gente". Isanete Trindade, usuária da Santa Casa

CONFORTO A jovem Isanete Trindade, 16 anos, moradora do município de Abaetetuba, no nordeste paraense, deu à luz ao primeiro filho no dia 26 de setembro, ainda no prédio antigo. Ela foi transferida para a nova unidade e se disse satisfeita com a estrutura. Josiara Abreu, 22 anos, moradora do distrito de Mosqueiro e mãe pela segunda vez, também teve o seu bebê no prédio antigo e foi transferida para a nova Santa Casa.

RESUMO

Nov/Dez - 2013

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Santa Casa 7

A fase da UTI neo UTI neonatal remanejou pacientes. Cerca de 20 servidores participaram

DA REDAÇÃO

Duas recém-nascidas fo-ram as primeiras ocupantes da Unidade de Tratamen-to Intensivo (UTI Neonatal) do novo prédio da Santa Casa do Pará. O processo de transferência dos bebês que estavam internados no antigo prédio foi acompa-nhado por vinte servidores, entre técnicos de Enferma-gem, enfermeiros, maquei-ros e médicos.

A médica Salma Saraty, gerente da Neonatologia, ressalta que todos os re-cém-nascidos estavam em condições clínicas estáveis e o processo ocorreu com toda segurança e tranquili-dade. Rosana Nunes, geren-te de Enfermagem da Ne-

onatologia, explica que o tratamento exige cuidados especiais. "Alguns recém--nascidos, com peso igual ou inferior a 1.250 gramas, estão em área ambiente. Outros, com peso superior a 1.250 gramas, estão entu-bados", disse a enfermeira.

A área, localizada no primeiro andar do novo prédio, dispõe de 40 leitos. Outros 20 leitos de UTI ne-onatal também estão dispo-níveis no sétimo andar do Hospital. Todos os ambien-tes estão estruturados e respeitam as normativas de separação de leitos da RDC (Resolução da Diretoria Co-legiada).

A mãe Drielly Nunes veio visitar a filha e ficou sa-tisfeita com a nova estrutu-

ra. "O maior ganho é a dis-tância entre os leitos. Aqui, temos mais conforto", disse, elogiando o trabalho de-senvolvido pela Fundação Santa Casa. "O atendimen-to é correto e rápido. Está tudo indo tudo bem", ga-rantiu. Sua bebê nasceu por meio de um parto prematu-ro, em função de ter adqui-rido uma infecção urinária. A gestação foi interrompi-da aos seis meses. Drielly é oriunda do município de Soure, na Ilha do Marajó. "Cheguei em Belém usan-do o helicóptero do Estado e fui atendida aqui na Santa Casa".

O parto foi realizado no início de outubro e, agora, a mãe acompanha a recu-peração da filha. "O hospi-

tal está sendo fundamental, mas é claro que sonho com o dia que vou voltar para a minha cidade com a minha filha", frisou.

MUDANÇAA mãe Drielly acompanha a filha, uma das primeiras ocupantes da UTI Neonatal na Unidade Dr. Almir Gabriel

Novo Centro Cirúrgico

Com o novo prédio, a gerência de cirurgia vai ampliar o atendimento à população pois há um novo Centro Cirúrgico. São quatro salas, localizadas no sétimo andar. Quatro especialidades serão atendidas: pediatria, neonatologia, neurocirurgia pediátrica e ginecológica. O total de leitos será de 17, sendo um de isolamento. Destes, seis leitos serão destinados a RPA (recuperação pós anestésica), todos monitorados.

A neurocirurgia terá destaque na nova unidade, como explicou a diretora assistencial da Santa Casa, Mary Fiuza de Mello. "Uma sala será destinada a neurocirurgia, com maca específica para este tipo de cirurgia e arco cirúrgico próprio", frisa a médica. O arco cirúrgico são modernos equipamentos de raio-X que geram imagens digitais em tempo real. Outra realidade será o aumento do número de cirurgias v i d e o l a p a r o s c o p i c a s (realizadas no abdômen, utilizando um sistema de vídeo constituído de uma micro-câmera).

Como a Fundação Santa Casa também é um Hospital de Ensino e Pesquisa, uma sala está equipada para a realização de transmissões das cirurgias. A ideia é auxiliar os estudos de casos de uma equipe de residentes em medicina, totalizando 89 estudantes. Além disto, há outra equipe de 29 residentes multiprofissionais no Hospital.

O Centro Cirúrgico do prédio centenário continuará em pleno funcionamento. Atenderá as demandas relacionadas as clínicas médicas e cirúrgicas. "Novos aparelhos, como carrinhos de anestesia, mesas de neurocirurgias, outro arco cirúrgicos, serão adquiridos para a estrutura do centenário", disse Mary.

O maior ganho é a distância

entre os leitos. Aqui, temos

mais conforto. O hospital está sendo fundamental, mas sonho com o dia que vou voltar para a minha cidade com a minha filha".

Drielly Nunes, usuária

Nov/Dez - 2013

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Santa Casa8

Integração motiva equipe do Banco de Leite HumanoDA REDAÇÃO

Na nova unidade do complexo da Fundação Santa Casa do Pará, uma ala no terceiro andar está re-servada ao Banco de Leite Humano (BLH). Serão nove salas e um novo projeto de integração do setor. A co-ordenadora do BLH, Cyna-ra Souza, ressalta este mo-mento. "O novo espaço vem unir a força de trabalho do Banco de Leite, já que atu-almente trabalhamos em blocos diferentes", frisou. O projeto Bombeiros da Vida (que realiza a busca do leite materno nas casas das doadoras), o controle de qualidade, a educação e saúde, a assistência, esta-rão interligadas no mesmo bloco. "Dessa forma, o que vislumbramos é o aumento da demanda e a otimização do setor", continua Cynara.

Segundo dados do se-tor, em média, 450 litros de leitos são recolhidos por mês. Com o novo Hospi-tal, a expectativa é de um acréscimo para 500 a 600 litros, pelo menos, em uma primeira etapa. "A intera-ção da equipe interdisci-plinar levará a resultados melhores", acredita Cynara, referindo-se ao grupo de trabalho formado por mé-dicos, nutricionistas, enfer-meiros, terapeutas ocupa-cionais, assistentes sociais e agentes operacionais. Próximo a ala do Banco de Leite, existe um bloco com leitos de Unidades de Cui-dados Intermediários (UCI)

- no total, serão 107 leitos de UCI. Esta aproximação, de acordo com a coordenação do setor, trará um benefício para a conscientização e a consequente coleta de leite.

O Banco de Leite ainda contará com equipamentos novos, como pasteurizado-res que atuam no contro-le de qualidade do que é doado. A ideia é promover cursos de capacitação para agilizar o processo de adap-tação do servidor ao am-biente. Cynara garante que a organização terá um salto de qualidade. "Esperamos vencer os obstáculos, que não serão poucos, para que a gente continue crescendo e fazendo um bom traba-lho", encerra.

Criado em 1987, o Ban-co de Leite Humano da Santa Casa do Pará é um dos maiores do país. Res-ponsável pela promoção de ações destinadas a in-centivar o aleitamento ma-terno, e ainda pela coleta, processamento, controle de qualidade e distribuição do excedente de leite huma-no das doadoras, incluindo mães de recém-nascidos que não podem mamar. Uma das participantes do projeto é Maria Josiele Al-meida. A comerciante de 19 anos tem um filho nos primeiros dias de vida. "É interessante ajudar, a gente se sente bem. Meu interesse em doar ocorreu assim que tive o filho, pois os funcioná-rios do Hospital me explica-ram tudo direitinho", disse.

Um dos principais projetos da Instituição ganha outras perspectivas com novo ambiente

Doadoras são chamadas O Banco de Leite foi

credenciado no Padrão Ouro, pelo programa internacional Íbero--Americano de Ban-cos de Leite Humano (IBERBLH), que visa o intercâmbio de conhe-cimento e tecnologia na área de aleitamento materno e bancos de leite de vários países do mundo.

Para ser reconhe-cido pelo IBERBLH, o banco de leite neces-sita cumprir uma série de indicadores e o da Santa Casa foi apro-vado em todos os cri-térios com cerca de 100% de adequação.

Mas, apesar de ter re-cebido uma excelente avaliação, o banco de leite da maior materni-dade do Pará precisa de doadoras de leite para garantir a alimen-tação de centenas de bebês prematuros que nascem todos os dias na Santa Casa.

“Não adianta nós sermos reconhecidos internacionalmente se não tivermos o prin-cipal elemento, que é o leite. Precisamos urgente de doação e pedimos às mães que apresentam excedente para que nos ajudem”,

diz Cynara Souza. Ela explica que em algu-mas épocas do ano, como Círio, Natal, Car-naval, férias escolares, o estoque de leite do banco costuma dimi-nuir.

APROXIMAÇÃO O novo espaço do Banco de Leite está, estrategicamente, ao lado de uma ala de UCI

TELEFONES As mães doadoras devem entrar em contato pelos telefones: 0800 727 2057 / 4009-2311 / 4009-2212 / 2318 / 0310 (Atendimento 24 horas). A doadora não precisa ir até a Santa Casa. Uma equipe do Corpo de Bombeiros faz a coleta na casa da doadora.

SERVIÇO

Nov/Dez - 2013

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Santa Casa 9

Segurança e conforto DA REDAÇÃO

O sistema de segurança da nova Unidade da Funda-ção Santa Casa do Pará está preparado para dar confor-to ao usuário. Entre as no-vidades, está o controle de acesso, detecção de alarme e incêndio e até chamada eletrônica de enfermeira. Algumas salas do prédio também são, em parte, sus-tentável, pois envolvem o aproveitamento da água da chuva.

O engenheiro e um dos responsáveis pela obra, Bruno Marques, garante que a modernidade é uma das marcas da obra, que foi inaugurada no dia 16 de setembro. "O prédio novo vem com tudo que há de moderno no mercado", en-fatizou Bruno.

São 86 câmeras pre-paradas para detectar o movimento dia e noite. O sistema de segurança e monitoramento, que fica em uma área, no segundo andar, contém televisões e monitores. Ainda na cen-tral de segurança, existe um painel, alimentado por detectadores espalhados pelo prédio, que informa se há algum risco de incêndio. "É um detectador de fuma-ça. Se alguma sala pegar fogo, o sistema vai mostrar a área. E a equipe que con-trola o prédio tem a missão de acionar a brigada de in-cêndio", enfatizou Bruno.

A intensidade dos ar--condicionados e das lâm-padas também será regu-lada pelos computadores instalados no novo prédio. A ideia é criar um ambien-te confortável ao usuário. "Você programa a ilumina-ção do prédio. Se passar

O novo prédio da Instituição tem um moderno sistema para evitar propagação de incêndio

das 22 horas, por exemplo, e a equipe julgar que só algumas lâmpadas devem ficar acesas, basta acionar", explicou o engenheiro.

Água das chuvas - O aproveitamento da água da chuva tem como meta redu-zir os custos do Hospital. O sistema possui quatro fases. Quando a água cair nos te-lhados, será captada por meio de placas. De lá, é en-caminhada para uma caixa de tratamento com capaci-dade de 20 mil litros. Trata-da, a água segue para uma outra caixa, também de 20 mil litros, responsável pela distribuição para o prédio.

O uso desta água abas-tecerá, principalmente, os vasos sanitários e poderá servir para a lavagem de jardins ou calçadas. Por sua vez, nos chuveiros e lavató-rios a água disponível será a fornecida pela Compa-nhia de Saneamento do Pará (Cosanpa).

O prédio novo vem com tudo que

há de moderno no mercado"

PRÉDIO É, EM PARTE, SUSTENTÁVEL A moderna estrutura dispõe de um projeto para reaproveitar a água da chuva

86câmeras estão preparadas para detectar o movimento dia e noite e, assim, aumentar a segurança do prédio.

20mil litros. É a capacidade de armazenamento da caixa que reaproveita água da chuva.

REGISTROS A sala de comando é fundamental para a segurança dos servidores, pacientes e acompanhantes

EM NÚMEROS

Bruno Marques, engenheiro

Nov/Dez - 2013

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Santa Casa10

As lembranças...DA REDAÇÃO

A Santa Casa vive um momento de transição en-tre o antigo e o novo que gera ansiedade e lembran-ças entre os servidores com mais tempo de casa.

O médico Francinei Soa-res é um deles. São 33 anos de Santa Casa. Quando foi assessor direto do gabine-te da presidência, acabou se envolvendo no processo histórico para que a então Santa Casa de Misericórdia do Pará se transformasse em Fundação. O fato de-pendia de uma aprovação por parte dos deputados com legislação vigente em 1990. "Meu carro era só cartaz. Lutamos para fazer valer aquilo que era fato: a Santa Casa, secular, faz um bem social enorme", disse.

Antes da consumação dos benefícios, a luta foi árdua. De acordo com o re-lato de Francinei, os funcio-nários do Hospital fizeram uma espécie de força tarefa para reunir os deputados em torno da votação. "Não tinha quórum. E o presiden-te da câmara postergou a votação. Cada um de nós buscamos os deputados no seu gabinete. Era até en-graçado. Já se passava de meia-noite", enfatizou. O médico disse que a atuação do Dr. Almir Gabriel foi fun-damental. Almir foi um dos entusiastas da campanha e dá nome ao novo prédio do complexo Santa Casa. Com a lei 003/1990 aprova-da, o Hospital passou a ter autonomia administrativa e financeira, além de possuir no seu quadro funcional servidores públicos e ter um ganho estrutural.

Hoje, Francinei atua no setor de ultrassonografia da maternidade. "É uma

imensa satisfação observar esta fase da Santa Casa, só de lembrar que eu contri-buí para fazer barulho (ri-sos) e torná-la Fundação... Garanto que com o novo Hospital, o usuário ganha conforto e o atendimento será melhor", frisa.

O momento histórico do Hospital também causa emoção na enfermeira Nor-ma dos Santos, que trabalha na Comissão de Contro-le de Infecção Hospitalar. Uma das principais história da vida de Norma ocorreu no prédio centenário. Em 1997, após 12 anos de ten-tativas, a enfermeira engra-vidou. Com 26 semanas, no entanto, teve um parto pre-maturo em virtude do des-locamento da placenta.

Ela estava na sala de repouso dos servidores quando a sua contração aumentou e tornou o par-to inevitável. A bebê teve o que se chama de morte aparente e foi reanimado na própria sala de parto. "Pela primeira vez na história da Santa Casa, uma criança fez uso do sufactante, que ama-durece o pulmão. Foi a mi-nha filha. Lembro e sou gra-

ta pelo esforço do doutor Hélio Franco para mandar buscar esta substância", declarou, referindo-se ao médico, que na época era presidente da Santa Casa e hoje é Secretário Estadual de Saúde.

Após mais de 40 dias na Unidade de Tratamento Intensivo, a bebê foi para casa, dessa vez, com pos-sibilidades de sequelas neurológicas. Nenhuma hi-pótese se confirmou e hoje Lana dos Santos é uma ado-lescente saudável. Presa

SERVIDORA E USUÁRIA Norma dos Santos teve uma de suas filhas na Santa Casa

Servidora tem quatro décadas de Fundação

A nova estrutura de processamento de roupas começou a funcionar imediatamente após a cerimônia de inauguração do novo prédio da Fundação Santa Casa, realizada em setembro.

Em meio a este momento de mudança, está Maria Heloísa de Oliveira, servidora da lavanderia com 45 anos ligados à Santa Casa. Lotada no setor de dobragem, dona Heloísa, como é chamada, usufrui da nova estrutura e se emociona com esta fase de modernização que vive o Hospital. "No dia da inauguração, fiquei emocionada. No caminho de casa, senti uma palpitação no coração, um calor... Quando cheguei na minha residência, acabei chorando", garante Heloísa, que além de trabalhar há mais de quatro décadas na Instituição, teve dois filhos e acompanhou o nascimento de dois netos na maternidade. "Venho trabalhar com amor. Amor às usuárias, a quem está doente e precisando de ajuda", afirma. Exemplar, Heloísa, que mora em Icoaraci, acorda às 4h30 para sair às 5h30 com destino a Santa Casa.

Já a gerente do setor, Socorro Bentes, frisa que o momento é de adaptação. Duas máquinas de lavar, quatro secadoras, um salão de dobragem, de costura, de serigrafia, administração e almoxarifado funcionam no novo prédio, que é anexo a Unidade Materno Infantil Dr. Almir Gabriel.

O ganho de lavagem de roupas será, de acordo com estimativas da gerência, de 300%. Será possível também preservar as roupas do Hospital por meio de um moderno sistema de lavagem e secagem de roupas.

Segundo Socorro Bentes, a antiga estrutura da lavanderia será desativada para reestruturação. A ideia é utilizar o espaço para fazer a casa da gestante, que será destinada a mães sem acolhimento em Belém.

Entre o passado, o presente e o futuro da maior maternidade do Pará

as lembranças do prédio centenário, a enfermeira transparece um saudosis-mo ao falar da transição entre o novo e o antigo pré-dio. "Fui acolhida aqui, tive meus momentos profissio-nais aqui e vivi momentos importantes da minha vida aqui no (prédio) centená-rio. É difícil quebrar esta re-lação. Agora digo o seguin-te: o novo prédio fica para quem ainda está por vir, é fato que as condições pre-diais serão melhores para o atendimento", concluiu.

ATUANTE Francinei Soares lutou para que o Hospital se tornasse Fundação

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Pediatria ganha destaque Setor ganha outras metas com o novo prédio da Instituição

DA REDAÇÃO

Referência no atendi-mento materno infantil no Estado, a Fundação Santa Casa do Pará dispõe de uma moderna Unidade de Pediatria com a implanta-ção da nova unidade do complexo. O ganho físico do setor de atendimento à crianças será considerá-vel. Por este motivo, o pré-dio, dotado de um moder-no sistema de atendimento, está cercado de expectati-va.

A gerente de pediatria, a médica Ana Cristina Al-ves, ressaltou que, além de uma estrutura de trabalho qualificada, o sexto andar do novo prédio será volta-do exclusivamente para a pediatria. "Um andar estru-turado, divididos em duas alas: ala Santa Ludovina, funcionando a pediatria clínica, e a ala São Francis-co, da cirurgia pediátrica".

UTI Pediátrica - Serão duas Unidades de Trata-mento Intensivos (UTI), cada uma com 10 leitos. Pa-trícia Carvalho, coordena-dora e responsável técnica pela UTI pediátrica, expli-cou como será a divisão de serviços. "São 10 leitos novos na Unidade Dr. Almir Gabriel e iremos continuar com os 10 leitos do prédio centenário, sendo que os leitos do prédio centenário irão atender os pacientes da central de regulação de internação. Já os leitos do prédio novo atenderão ao paciente da enfermaria e os pós-operatório da Ins-

tituição".Segundo Patrícia, a nova

UTI tem um salão amplo, respeitando as normatiza-ções da RDC-7 (Resolução da Diretoria Colegiada). A RDC-7 normatiza o funcio-namento das UTIs de um modo geral, definindo o material adequado para o atendimento, o espaço en-tre um leito e outro e o nú-mero de profissionais para atender a uma UTI com 10 leitos.

Por meio do atendimen-to humanizado, que é uma regra dentro da Fundação, a direção do Hospital espe-ra promover a rotatividade entre os pacientes. "Na UTI pediátrica da Santa Casa, verdadeiramente huma-nizada, as mães podem permanecer 24 horas na Unidade, acompanhan-do o filho. Há estudos que comprovam que a média de permanência de uma criança diminui quando a mãe está acompanhando o seu filho", frisou Patrícia, continuando. "Dessa forma, conseguimos atender um número de pessoas maior".

Esta novidade se jun-tará a outros ganhos com relação a equipamentos, como explicou a médica e diretora assistencial da Santa Casa, Mary Fiuza de Mello. "Teremos a aquisi-ção de um ecocardiogra-ma portátil para realização de exames no leito, voltado ao tratamento de pacientes graves, tanto pediátricos como neonatais".

Ação anima usuários e servidoresUma ação de terapeutas ocupa-

cionais e estudantes voluntários fez a alegria das crianças e servidores. Fantasiados de personagens in-fantis, eles percorreram as depen-dências do prédio centenário e da Unidade Dr. Almir Gabriel fazendo brincadeiras e distribuindo bom-bons. A programação fez parte das comemorações pelo dia da criança.

De acordo com a servidora da Santa Casa, a terapeuta ocupacio-nal Clévia Dantas, a ideia do pro-jeto de humanização foi tornar o ambiente mais acolhedor. "O obje-

tivo é que o contexto hospitalar se torne mais gostoso para as crianças e para os próprios profissionais, as vezes, cansados de uma rotina es-tressante. O nosso lema é: resgate a criança que todos nós temos", disse Clévia, ressaltando o caráter indisciplinar do grupo de volun-tários, formado por estudantes de enfermagem, medicina, terapia ocupacional e psicologia, ligados a Universidade do Estado do Pará, Universidade da Amazônia e a Es-cola Superior da Amazônia.

Uma das integrantes do grupo

era a estudante de terapia ocupa-cional, Thaíssa Pinto. Vestida de gata, ela era uma das mais extrover-tidas no contato com os pacientes. "Uma das coisas que mais me ani-ma é deixar as crianças mais moti-vadas para seguir o tratamento".

A Emília, personagem do sitio do Pica Pau Amarelo, estava repre-sentada por Juliane Dias, também estudante de terapia ocupacional. Juliane falou sobre a emoção do momento. "Não tenho palavras para explicar, mas sei o quanto esta ação toca o coração dos pacientes".

FELICIDADE O setor de pediatria dará um salto de qualidade diante de uma estrutura adequada para o desenvolvimento do trabalho, diz Ana Cristina Alves (abaixo)

UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVO A nova UTI tem um salão amplo, respeitando o espaço entre um leito e outro e o número de profissionais adequados para a demanda.

RESUMO

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Encontro debateu tratamento da hepatite CCentro de referência

estadual no tratamento de doenças do fígado, a Santa Casa sediou um encontro entre profissio-nais da área de saúde no dia 25 de outubro. O principal assunto de-batido foi o tratamento para vítimas de hepatite C. O médico Mário Gui-marães Pessoa, da Uni-versidade de São Paulo (USP), coordenou uma

palestra para repassar o que foi desenvolvido em um dos maiores pólos de tratamento da enfer-midade. A incidência da doença exige a capaci-tação de médicos para solucionar o problema.

No Brasil, a hepatite C atinge cerca de 2,6 mi-lhões de indivíduos, sen-do que menos de 10% sabem que estão in-fectados. Diante destes

dados, há o desenvolvi-mento de novas drogas para tornar o tratamento mais eficaz. "Em todo o país, estamos começan-do a utilização de antivi-rais orais, já disponíveis no Sistema Único de Saúde. A possibilidade de cura é maior, mas há uma complexidade no manejo do medicamen-to. Nosso papel é trazer um pouco da experiên-

cia adquirida".A hepatite C é uma

doença causada por ví-rus e que atinge o fíga-do. Usuários de drogas ou pessoas que tiveram contato com objetos ínti-mos de indivíduos infec-tados podem ser alvos. A hepatite C pode evoluir para quadros preocu-pantes, como cirrose ou câncer de fígado.

A USP é um centro

de referência nacional no tratamento da doen-ça, realizando inclusive o transplante de fígado. Na Santa Casa, segundo dados de Lizomar Moia, diretora de Ensino e Pesquisa da Instituição e uma das coordenadoras do clube do fígado do ambulatório do Hospital, cerca de 50 pacientes são atendidos por sema-na com quadro clínico de hepatite C.

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