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Samba 01 Compositores: Flávio Oliveira do Salgueiro e Andressa Oliveira ALUCINA, CANTA FORTE COM CORAGEM O SALGUEIRO HOMENAGEIA A MALANDRAGEM O MATREIRO ENTRA EM CENA OUTRA VEZ VEM NA GINGA, SOB APLAUSOS DE VOCÊS Porque… O verdadeiro malandro pra mim Negro, branco, tupiniquim… Está na ópera mais brasileira “La bohéme”… Venstiu fantasia… “orfeu” caiu na folia Arte popular… Levantando poeira Artista da vida.. .vagueira filosofando de bar em bar É gira-mundo e faz o mundo girar Traz no pescoço firmamento, guia e patuá QUEM VEM DE LÁ?… “REI DA NOITE” DE ANTIGAMENTE DE COPACABANA… DA LAPA E DA TIRADENTES… DA PRAÇA MAUÁ… DOS CABARÉS RELUZENTES Ás do samba e do carteado… Era por todos amado… “chapéu panamá” e sapato trecê… Terno branco de linho malandreado Engomado e perfumado… pronto, estava pro soirée Hoje malandro trabalha pra viver Vadeia e pro lar volta alegremente Tem família pra sustentar… acorda com o galo a cantar Cedo vai pro batente… Chacoalha em trem apertado… é de paz e bem comportado Zé Carioca desse torrão… salgueirense de coração… malandrão! Nessa explosão de emoção

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Page 1: Samba 01 Compositores: Flávio Oliveira do Salgueiro e ... · Sabedoria de Paladino Sujeito divino Sou de rumo certo Meu caminho é aberto A lua não me banha Só me acompanha Tenho

Samba 01 Compositores: Flávio Oliveira do Salgueiro e Andressa Oliveira

ALUCINA, CANTA FORTE COM CORAGEM

O SALGUEIRO HOMENAGEIA A MALANDRAGEM

O MATREIRO ENTRA EM CENA OUTRA VEZ

VEM NA GINGA, SOB APLAUSOS DE VOCÊS

Porque… O verdadeiro malandro pra mim

Negro, branco, tupiniquim… Está na ópera mais brasileira

“La bohéme”… Venstiu fantasia… “orfeu” caiu na folia

Arte popular… Levantando poeira

Artista da vida.. .vagueira filosofando de bar em bar

É gira-mundo e faz o mundo girar

Traz no pescoço firmamento, guia e patuá

QUEM VEM DE LÁ?… “REI DA NOITE” DE ANTIGAMENTE

DE COPACABANA… DA LAPA E DA TIRADENTES…

DA PRAÇA MAUÁ… DOS CABARÉS RELUZENTES

Ás do samba e do carteado…

Era por todos amado… “chapéu panamá” e sapato trecê…

Terno branco de linho malandreado

Engomado e perfumado… pronto, estava pro soirée

Hoje malandro trabalha pra viver

Vadeia e pro lar volta alegremente

Tem família pra sustentar… acorda com o galo a cantar

Cedo vai pro batente…

Chacoalha em trem apertado… é de paz e bem comportado

Zé Carioca desse torrão… salgueirense de coração… malandrão!

Nessa explosão de emoção

Page 2: Samba 01 Compositores: Flávio Oliveira do Salgueiro e ... · Sabedoria de Paladino Sujeito divino Sou de rumo certo Meu caminho é aberto A lua não me banha Só me acompanha Tenho

Samba 02 Compositor: Al-Big-Dan Intérpretes: Waguinho e Gilberto

Traz na ginga sua essência

Apresenta sua ciência

Pede passagem a toda malandragem

Fecha com pares, plebe e togado

Sagas faz no Rio seu reinado

O sonho do rei da noite é ver o Rio bem amado

Vida completa

De amores sempre repleta

E novo desafio que faz parte da ópera do Rio

És sempre um vencedor com fé no divino manto

Agradece seu encanto

Na proteção do Criador

SEMPRE NA DISPUTA NÃO FOGE À LUTA

ENTRENTA SEM MEDO

SÓ SE RETIRA QUANDO JÁ É CEDO

MALANDRO SEM AFLIÇÃO

NA ALCOVA É AMOR E DEVOÇÃO

Amante divino

Nobre cavaleiro sem destino

Sua madrugada não tem solidão

Livre no espaço

Mas com amor nos braços

As bacanas e mimosas não é diferente

O amor é igual da Praça Tiradentes

Sabedoria de Paladino

Sujeito divino

Sou de rumo certo

Meu caminho é aberto

A lua não me banha

Só me acompanha

Tenho fé, ginga no corpo e samba no pé

Mogibás, na gira vou entrar

Spopu carioca da Gema

Na fé que pureza trás

Seja para todos

Saúde amor e paz

SER MALANDRO É UMA ARTE

NOSSA BATERIA TAMBÉM FAZ PARTE

SUA CADÊNCIA É QUE ME ENVAIDECE

E O MALANDRO DO SALGUEIRO QUE AGRADECE

Page 3: Samba 01 Compositores: Flávio Oliveira do Salgueiro e ... · Sabedoria de Paladino Sujeito divino Sou de rumo certo Meu caminho é aberto A lua não me banha Só me acompanha Tenho

Samba 03 Compositores: Yeda Maranhão, Carlito do Sal, Cléber Morais, Neguinho e Tide

Segura! Salgueiro chegou

No compasso do samba invocou

Personagens de um Rio em poesia

Rei da noite no berço da boemia

Assim de viés valente maneiro

Pelas ruas e calçadas vagueando

Entre o sagrado e o profano

Amores ao léu à luz do luar

Vou invaadir sem pudor os corações

Olho vivo sem vacilar até o dia clarear

JOGATINA É MINHA SINA A ROLETA VAI GIRAR

COMEÇOU O CARTEADO, LANÇA OS DADOS TÁ NA HORA

FILHO DA SORTE NÃO TEM MEDO DE APOSTAR

Lá no morro, justiceiro errante sonhador

Sobre o asfalto pelo fio da navalha

Jogar conversa entoar uma canção

Nos bares e botequins, reduto de inspiração

Guiado no fé no balnço do trem

Dia a dia sigo firme pra batalha

Entra na gira tem batuque no terreiro

Saravá,peço paz ao mundo inteiro

É carnaval, tô encarnado em cada bamba

Sou eu malandro imortal

Da Academia do Samba

NA GINGA E NO JEITO LÁ VEM SALGUEIRO

DE VERMELHO E BRANCO, MALANDRO FACEIRO

EM CENA DE NOVO COM TODA MAGIA

A ÓPERA SAGAZ DA ACADEMIA

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Samba 04 Compositores: Wilson Branco, Binha e Mico Intérprete: Luiz M7

Chegou a noite, a magia acontece

O malandro aparece em seu palco original

Rodando a Lapa num passo maneiro

Elegante, faceiro, de olhar maioral

Sua vida é guerreira, sua mão traiçoeira

Seu gingado fascina, é o rei da esquina

O samba miudinho, sua fala é mansa

O seu manto é seu terno, o chapéu sua lança

MEU AMOR MALANDRO FACEIRO, SALGUEIRO, SALGUEIRO

MEU AMOR VALENTE GUERREIRO, CANTA MEU SALGUEIRO

E assim o malandro vagueia

Pelos bares passeia

E frequenta o candomblé

Ogum, Iemanjá, dai proteção Pai Oxalá

Nos salões “rabisca” e se arranja

Nas alcovas se esbanja

Se arrisca e aposta no jogo

E no trem se balança

O malandro trabalha

O malandro tem fé

O malandro é malandro, ôô

E o mané é mané, pois é

HOJE TEM SALGUEIRO, VEM PRA RUA VEM SAMBAR, SAMBAR

HOJE SOU MALANDRO MEU BEM, QUERO TE AMAR

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Samba 05 Compositores: Preto Velho, Lygia Albeirice, Irapuan Lima, Alex Moreno, Ilmê do Salgueiro e Osmar Jr. Intérpretes: Paulo Bispo, Caim da Praça e Raí

Salgueiro vai fazer uma viagem

A um mundo de magia e sedução

Depois que o sol adormece

A lua aparece

Acontece a transformação

Na praça o “bom moço” sorridente

Bem falante, atraente

Oferece a quem quiser

A soerte na roleta, o carteado

Um relógio folheado

A ilusão do cabaré

NO MORRO O MALANDRO INSPIRADO

VIOLÃO BEM AFINADO

UMA HISTÓRIA DE PAIXÃO

UM DIA A MULATA FOI EMBORA

CHORA, O POETA CHORA

ESTÁ DE LUTO UM CORAÇÃO

No bar, a cerveja gelada

A conversa fiada

Entra a metrezi e o gigolô

Ciúmes, tradição e vaidade

Escondendo uma verdade

Malandro também sofre por amor

O sonho segue adiante

De repente, num instante

Momento de respeito e fé

Preparando a homenagem

Para o rei da malandragem

Vem chegando o seu Zé

ABRE A RODA MOÇADA

O SALGUEIRO VEM AÍ

PRAÇA 11, TIRADENTES, LAPA

TERNO BRANCO, COPA ALTA

NA GRANDE ÓPERA, SAPUCAÍ

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Samba 06

Compositores: Xande de Pilares, Dudu Botelho, Miudinho, Jassa, Betinho

de Pilares e W Correa

Intérpretes: Ito Melodia e Luizinho Andanças

Chegou… A nata da malandragem chegou

Abrindo os caminhos do meu Salgueiro

O rei da noite, o barão da ralé

Já chamou quem tem fé

Pra sambar no terreiro

De terno de linho e chapéu panamá

Vermelho e branco no coração

Pelas calçadas a sonhar

Brilha no palco da ilusão

Em cada esquina a paixão de uma mulher

É boemia que o malandro quer

Ê MEU CAMARADA…PELA MADRUGADA

BAILA O MESTRE SALA…GIRA O MORRO INTEIRO

A MAIS BELA FLOR…É PRA SER AMADA

SAMBA DE MALANDRO É NO MEU SALGUEIRO

Jamais eu vou deixar de acreditar

O mundo me ensinou

No jogo da vida eu sou vencedor

Sou filho da sorte…quem vai duvidar?

Na filosofia da mesa de bar

A luz que me ilumina é o luar

Que me faz recordar

Foi… Das raízes de gente bamba

Que floresceu a poesia do meu samba

REI DA GINGA, CHAMA O ZÉ…

QUE O POVO VEM NO AXÉ

NESSA CORRENTE DE PAZ DA ACADEMIA

LAROYÊ… LAROYÊ

FIRMA TEU PONTO NA FÉ QUE EU QUERO VER

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Samba 07 Compositores: Demá Chagas, Alessandro Falcão, Vanderlei Sena, Renato Galante, Leonardo Gallo e Willian Neves

A lua ilumina a caminhada

Piso forte nessa estrada

Vou seguindo minha fé… (salve Seu Zé)

Com o rei da ginga, o barão da ralé

Fina flor da malandragem… sedução

O gingado pra ganhar seu coração

A meia luz amare e à noite se entregar

Nos palcos da vida na boêmia

Malandro é formado na academia

JOGO FEIO A ROLETA VAI GIRAR

CARTAS NA MESA PRO POVO SALGUEIRAR

SOU FILHO DA SORTE NASCI PRA VENCER

QUEM É SAMBISTA DA RODA NÃO PODE CORRER

De bar em bar

Malandro dá um porre na tristeza

Declama poesias ao luar

Inventa um novo jeito de filosofar

Axé… corpo fechado para caminhar

Lariês e mojubás nessa gira sou mandingueiro

Salgueiro, teu manto já reflete a própria imagem

Que hoje incendeia esse terreiro

FIRMA O PONTO QUE ELE ACABOU DE CHEGAR

DE TERNO BRANCO, CIGARRO E CHAPÉU PANAMÁ

SEGURA MEU POVO VALENTE GUERREIRO

QUE LEVA A VIDA A CAMINHAR

COM TODO RESPEITO MALANDRO SALGUEIRO

ENVERGA MAS NÃO VAI QUEBRAR

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Samba 08 Compositores: Luiz Fernando, Touro, Mineiro, Carlão, Gregório da Casa de Jorge e Fabiano Mattos Intérpretes: Touro, Carlão, KK Salgueirinho, Jair Paquetá e Dinho

Abrem-se as cortinas

Vai ser um show que vale a pena

Salgueiro e seus tenores vêm anunciar

A malandragem entrou em cena

Eis o malandro faceiro, fiel, verdadeiro, tão cheio de brio

Por trás do velho machismo tem todo um lirismo de quem é do Rio

No palco das ilusões, a noite inteira para reinar

Esperto, não vacila, não dorme nem cochila

Enquanto o dia não raiar

Mas um malandro também tem seu lado sentimental

Galante, elegante e conquistador

Esse malandro não tem igual

ZONA NORTE, ZONA SUL ELE SABE COMO É

TEM UM JEITO QUE É SÓ SEU, NA BOATE OU CABARÉ

LÁ NA PRAÇA TIRADENTES ELE CHEGA TRIUNFAL

SEDUZINDO AS “MENINAS”, “ETECETERA E TAL”

Malandro, joga a sorte no dado

No girar da roleta ou num bom carteado

Diz o que pensa da vida, filosofia de bar

Canta um samba na rua, soba a luz do lua

Já não se usa navalha

Malandro trabalha com muito vigor

Para enfrentar a batalha

No peito a medalha do seu protetor

Eu sou malandro maneiro

Vim lá do Salgueiro mostrar meu valor

A malandragem hoje em dia

Quer mais poesia com paz e amor

QUANDO O SALGUEIRO PASSAR, POEIRA VAI LEVANTAR

O POVO VAI APLAUDIR, MEU CORAÇÃO PALPITAR

É O MALANDRO, AFINAL

A GRANDE ÓPERA DO CARNAVAL

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Samba 09 Compositores: Hélio Leite, Moacir Cimento, Luiz Carlos Chuchu, Jajá da Tijuca e Alex Campos

Tá na boca do povo

E o Salgueiro de novo vai arrebentar

Com a estória mais linda

Que o bamba do samba nos deu pra contar

É a “Ópera dos Malandros”

Aonde a honestidade existia

Respeitava e respeitado

Na sua frente não havia covardia

A cobiça do malandro era jogo, dinheiro e mulher

Tinha a cabeça feita

E o samba na ponta do pé

NO JOGO DE DADOS, GANHAVA

NO JOGO DE ROLETA, PERDIA

NO JOGO DE CARTAS, MALANDRO EMPATAVA

NO JOGO DE RONDA, MALANDRO VENCIA

É poeta, é pensador

Filosofando nas mesas de cada bar

Faz do samba a oração

Que lhe emprestou

E lhe inspirou cada luar

Malandro, homem de fé

Gira no mundo e faz o mundo girar

Sua alma é o nosso povo

Povo guerreiro o ano todo a trabalhar

E que ao malandro agradece

Com saravá, laroiê e mojubá

SALGUEIRO É ASSIM, CONTAGIA

A NOSSA ALEGRIA, DE VERDADE

HOJE EU VOU VESTIR O MANTO E VOU SAIR

POR TODO CANTO DA CIDADE

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Samba 10 Compositores: Gerson Babinha e Luiz Carlos Bochecha

Salgueiro encena na avenida

A Ópera dos malandros cariocas

Das escolas de samba e da vida

Das ruas, botequins e salões

Que chegam gingando na ponta dos pés

Como quem desfila pelos corações

Salve a nata da malandragem

A quem prestamos essa homenagem

TÁ NA ALMA, TÁ NO PÉ

MANEIRO

MALANDRO É MALANDRO

MANÉ É MANÉ

GINGA SALGUEIRO

Deixa falar quem quiser

Malandro não maltrata a mulher

Ama a todas que bem quer

Confia em seu taco e no santo de fé

Tem sempre uma carta na manga

Da tristeza faz um samba

Com lirismo e poesia

Batalha o pão de cada dia

Na Lapa, é o rei da boemia

ABRE A RODA DE MALANDROS

QUE O SALGUEIRO VEM AÍ

DE VERMELHO E BRANCO

MALANDREANDO NA SAPUCAÍ

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Samba 11 Compositores: Herlon Muleke do Banjo, Eduardo Poeta, Marquinhos Dutam, William Barô, Paulo Rosa, Júnior Layout

O REI DA NOITE É 100% BRASILEIRO

BATE O TAMBOR PARA ZÉ CATIMBOZEIRO

SALVE MALANDRAGEM E O RIO DE JANEIRO

CANTA MEU SALGUEIRO

Salgueiro é chão, é luz que irradia

Vamos cantarolar a lapa ao tom da boemia

Somos filhos da madrugada

Da esquina, da calçada, jogatina e do bar

Abram-se as cortinas que o show vai começar

Meu Salgueiro vai passar

No maior espetáculo da terra

Malandro que é malando não faz guerra

Mira o coração de uma cabrocha e não erra

Ô Zé! Faça tudo o que quiser

Só não maltrate o coração dessa mulher

COM A ÓPERA DOS MALANDROS

EU APOSTO NO SALGUEIRO, SALGUEIRO! SALGUEIRO!

COM FÉ NO POVO DA RUA E NO MEU PAI OGUM GUERREIRO

ESSE ANO EU SOU PRIMEIRO

Eu tiro onda, praia sol e um bom petisco

Carioca gosta disso e cerveja bem gelada

Segunda-feira acordo cedo pra batalha

Não jogo a toalha e me esquivo da navalha

Entre dados, cartas e roletas

Filosofia é papo reto e boa letra

Na apoteose uma overdose de alegria

Salgueiro canta a paz

E a plateia de pé, aplaudindo e pedindo mais

Dança, joga capoeira e faz agira girar

Bota um sorriso no rosto e ajeita o panamá

Nessa gafieira só vai dar eu e você

Segura a bateria furiosa eu quero ver

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Samba 12 Compositores: Antônio Gonzaga, Rodrigo Moreira e Escafura Intérpretes: Emerson Dias e Leozinho Nunes

Malandro eu ando querendo falar com você

Rei da ginga não leva rasteira

Nossa ópera vai começar!

Olha o mendigo na avenida a festejar

Madame cai do salto na Mauá

E lá no morro fui um rei na solidão

Dama da noite machucou meu coração

‘’DÓI, DÓI,DÓI,DÓI,DÓI

UM AMOR FAZ SOFRER

‘DOIS AMOR’ FAZ CHORAR’’

Sorte! virei o jogo!

Cantei pro povo

Canções à mesa de bar

Sou carioca de fé e carregado de axé

Clamando a paz vou remando contra a maré

Agora eu quero ver quem é malandro não pode correr

Salgueiro tem um jeito assim

De chegar tão mansamente e tomar conta de mim!

Entra na roda malandro e mostra o riscado

No batuque furioso ninguém fica parado

Chame a morena faceira para sambar

Quebra daqui quebra de lá faz o povo delirar

LALAIA…NA PALMA DA MÃO PRO COURO COMER

LELELÊ…SAMBAR MIUDINHO ATÉ AMANHECER

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Samba 13 Compositores: Bello do Andaraí, Corrêa, Dinho PQD, Maralhas, Reginaldo Macaé e Alexandre

O véu da noite cai… O cenário é a rua

Malandragem entra em cena

Madrugada semi-nua

Barão da ralé, rei da noite é

Riscando o chão de poesia

Chega de viés um tremendo papo 10

Desperta mil paixões na fidalguia

Bailarino dos salões, machucando corações

À meia luz do abajur

Faz arte de o fogo do prazer

DEI UM CORTE NO BARALHO… SOU REI

VIREI BAIXO NA JOGADA… GANHEI

MEU AMOR ROLOU O DADO, QUE SORTE, VEIO O SEIS

NA ROLETA DEU VERMELHO OUTRA VEZ

Segue pelo fio da navalha

Amante da lapa, poeta de bar

Boêmio, sambista vadio

Homem de fé faz o mundo girar

Encara a lida, traz no peito a proteção

Entra na gira da acaemia

Nossa magia tem que respeitar

Paz ao mundo interiro

Boa noite gente, saravá!

SALGUEIRO, SALGUEIRO!

NESSA ÓPERA DE BAMBAS

SALGUEIRO, MEU SALGUEIRO!

ENTANTA O PALCO DO SAMBA

A FURIOSA NA DIRETRIZ

VAI O MALANDRO FELIZ

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Samba 14 Compositores: David Correa, Luiz Pião, Gilmar L. Silva, Ivan Ribeiro, Mello e Michel das Candongas Intérprete: Anderson Paz

Seu moço, na luz do luar

Vi o meu caminhar, Salgueiro

A minha casa é de bamba

Meu povo do samba mandei convidar

Malandros do morro e do asfalto

Ralés e monarcos, delirantes a desfilar

Rio de Janeiro me acende o candeeiro

Bota a malandragem pra sambar

ONDE A GIRA GIRAR EU TÔ

VADIAR NA LAPA EU VOU, MEU AMOR

CRAVO NA LAPELA E PRA ELA

UM BUQUE DE FLOR

Palco sob a lua

Ópera de rua, carnaval

Das damas da noite, um beijo tão doce

Um encontro casual

No jogo da vida, a sorte convida

Um brinde na mesa de um bar

Caminhos abertos na paz o dia clarear

Amigo de fé não deixa na mão

O seu ritual quebra mandinga

Salve! A falange do Zé da ginga

Ê MOJIBÁ LÁ VEM SALGUIEIRO

AVENIDA É MEU TERREIRO

TEM SAMBA NO PÉ

BOA NOITE, BOA NOITE… AXÉ!

MALANDRO É MALANDRO, MANÉ É MANÉ

Page 15: Samba 01 Compositores: Flávio Oliveira do Salgueiro e ... · Sabedoria de Paladino Sujeito divino Sou de rumo certo Meu caminho é aberto A lua não me banha Só me acompanha Tenho

Samba 15 Compositores: Edu Silva, Wendel Couto, Robinho Ki Samba, Dra. Tatiane, F Lima e Dr. Silvio

Malandro é o tipo que entra faceiro

Na roda abre o jogo, comanda geral

É o rei da ginga, o barão da ralé

Que faz das calçadas seu palco central

À luz do abajur, glamour da mulher

Samba miudinho na ponta do pé

Dos naipes o rei, gerado no ventre da sorte

Homem de fé e gênio forte

Se o jogo vira não se deixa levar

Nunca desiste se o jogo virar

BRINDOU EM MESAS DE BAR

SEU BOM VIVER

FEZ DO LUAR, LUZ DO DESTINO

NÃO FOGE À LUTA E PEDE PAZ

CORPO FECHADO PELA BÊNÇÃO DO DIVINO

Dono da rua, na alma do carioca

Ele vive, se transporta

É a cara do povão

Qeu em trem lotado, todo dia chacoalhando

Guias e corões levando, traz a santa devoção

Malandro, tu és luxo, nosso astro maior

Que segue rumo ao ato derradeiro

Vem riscando o chão em poesia

E hoje vem brilhar na Academia

BATE PALMA E PEDE BIS SALGUEIRO

ESTA ÓPERA É PRO MUNDO INTEIRO

RENASCEU DO CORAÇÃO DE TODO BAMBA

MALANDRO QUE É MALANDRO VIRA SAMBA

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Samba 16 Compositores: J.P., Claudio Emiliano, Kaoma, Flavio Lopes, Marcos Trappani e Ivanzinho Intérprete: Kaísso

Salgueirando… Vivo a cantar com alegria

Fecho com a minha parceria

Não posso vacilar

Vou pra rua… A lua já anunciou

Desvenda-se o véu, começa o show

Em tom de sedução… O “palco” se ilumina

Um rio de ilusões, em cena… A toda esquina

Bailando, a vadiar, nos braços da madrugada

A cada coração um novo amor

A cada “dama” uma nova amada

“REI” DA NOITE SOU EU

O “ÁS” NA BANCA… SOU EU

QUEM DÁ AS CARTAS… SOU EU

CARIOCA DA GEMA

QUEM MANDA NO JOGO DA VIDA?… (SOU EU)

Inspiração num bate papo… À mesa do bar

A germinar poesia

São tantos sambas imortais

De bambas que jamais o tempo esquecerá

A malandragem pra sempre viverá

Na alma do batalhador

A fé… Que nos guia

Abre os caminhos… Me faz protetor

Um bom malandro sabe a hora de se retirar

O sol vai raiar

Só volto pra rua… Sob a luz do luar

NA ÓPERA DO CARNAVAL

TOCOU O SINAL… LÁ VEM SALGUEIRO

A PLATEIA SE ARREPIA

SALVE OS MALANDROS DA ACADEMIA

Page 17: Samba 01 Compositores: Flávio Oliveira do Salgueiro e ... · Sabedoria de Paladino Sujeito divino Sou de rumo certo Meu caminho é aberto A lua não me banha Só me acompanha Tenho

Samba 17 Compositores: Marcelo Motta, Fred Camacho, Guinga, Getúlio Coelho, Francisco Aquino e Ricardo Neves Intérpretes: Igor Sorriso e Zé Paulo Sierra

Laroiê, Mojubá, Axé!

Salve o povo de fé, me dê licença!

Eu sou da rua e a lua me chamou

Refletida em meu chapéu

O rei da noite eu sou

Num palco sob as estrelas

De linho branco vou me apresentar

Malandro descendo a ladeira… Ê, Zé!

Da ginga e do bicolor no pé

“Pra se viver do amor” pelas calçadas

Um mestre-sala das madrugadas^

Ê, FILHO DA SORTE EU SOU

VENTO SOPRA A MEU FAVOR

GIRA SORTE, GIRA MUNDO, MALANDRO DEIXA GIRAR

QUEM DÁ AS CARTAS SOU EU, PODE APOSTAR!

O samba vadio, meu povo a cantar

Dia a dia, bar em bar

Eis minha filosofia

Nos braços da boemia, me deixo levar…

Eu vou por becos e vielas

Eu sou o barão das favelas

Quem me protege não dorme

Meu santo é forte, é quem me guia

Na luta de cada manhã, um mensageiro da paz

De Larôs e Saravás!

É QUE EU SOU MALANDRO, BATUQUEIRO

CRIA LÁ DO MORRO DO SALGUEIRO

SE NÃO ACREDITA, BATE DE FRENTE PRA VER

O COURO VAI COMER!

Page 18: Samba 01 Compositores: Flávio Oliveira do Salgueiro e ... · Sabedoria de Paladino Sujeito divino Sou de rumo certo Meu caminho é aberto A lua não me banha Só me acompanha Tenho

Samba 18 Compositores: Marcelo Machado, João Fernandes, José Roberto Strayller, Carlinhos Da Xerox, Nurynho Almawi e Fagner Fernandes Intérprete: Leandro Alegria

Olha só quem vem lá

É o dono do samba

Abre a cortina, o show vai começar

O cenário carioca, a lapa antiga

Vai ter vadiagem

Delirante fidalguia, a nata da malandragem

Roda roleta, carteado, jogos de azar

Um bom terno engomado

Sapato engraxado, chapéu panamá

Das concubinas, meretrizes bailarinas

Dizendo no pé, rei da noite, rei da ginga

Vem de viés, o barão da ralé

LAROYÊ MOJIBÁ SARAVÁ

BATE TAMBOR

NESSE PALCO ILUMINADO

NA ÓPERA DO SAMBA, EU VOU!!!

Canta que a lua ilumina o terreiro

Que malandro é esse faceiro

É aquele que vai trabalhar

Na arte, no jogo da vida

Uma nova partida

E há quem vai no trem chacoalhando

É o danado que traz a medalha no peito

É meu parceiro, irmão, devoto perfeito

Com ele eu vou sempre flanando

De madrugada a gente faz o refrão

Da arquibancada explode seu coração

Na apoteose a galera pede bis

Batendo na palma da mão

AVISA É O SALGUEIRO

VERMELHO MALANDRO

A FURIOSA DÁ O TOM DA ACADEMIA

RESPEITA MEUS CABELOS BRANCOS

Page 19: Samba 01 Compositores: Flávio Oliveira do Salgueiro e ... · Sabedoria de Paladino Sujeito divino Sou de rumo certo Meu caminho é aberto A lua não me banha Só me acompanha Tenho

Samba 19 Compositores: Tico Do Gato, Waltinho Honorato, Tuninho Fernandes, André Lustosa, Jefferson Oliveira e Júlio Barros Intérpretes: Bruno Ribas, Leleo e Tico do Gato

Oh meu Salgueiro faz a festa que o poeta inspirou

Firma a gira que o malandro já chegou

Malandro risca o chão no terreiro

És malandro “tipo salgueiro”

Na ginga vem se apresentar

FAZ DA NOITE O SEU LUGAR

CHAMA A LUA PRA SAMBAR

Ama na gandaia mil rabos de saia se quiser

Vaga o mundo na elite ou ralé

O coração batendo na sola do pé

SEU MOÇO VENCE DEMANDA

AQUELA CARTA NA MANGA

TEM HORA CERTA PRA USAR

A SORTE NA ESQUINA DA VIDA

É PRA QUEM SABE JOGAR

Quando se ajeita o luar

À mesa de um bar se faz trovador

Dono das ruas, pois “zé”

Não foge à luta, transmite axé

É o meu guia, meu protetor

Representante desse povo sonhador

Traçando seu próprio destino

E o nosso destino é vencer

Salgueiro, malandro não pode correr!

A VIDA DO MALANDRO É “NO TALENTO”

MALANDRO NÃO PARA, DÁ UM TEMPO

DE VERMELHO E BRANCO NUM JEITO FACEIRO

UM BOM MALANDRO NO SAMBA É SALGUEIRO

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Samba 20 Compositores: Ricardo Pança, Léo Assmar, Juares, André Cabeça, Laércio Junior e Henriques Intérpretes: Nego Martins, Roberto Eloy, Marcelinho, Toninho Gentil e André Cabeça

Quando a noite cai…

No palco onde reina soberano…

Salgueiro… Sua história vai contar

São Jorge no peito…

Um bom vivant…

Mais um daqueles que balança mas não cai…

Quem banca o forte é o valete…

Numa roleta que não para…

TENOR DA FINA FLOR DA MALANDRAGEM…

CHEGA SEM PEDIR PASSAGEM…

CONQUISTANDO OS CORAÇÕES…

BATAM PALMAS PRA GIRAR…

LAROIÊ E MOJIBÁ… (MOJIBÁ)…

FECHA O CORPO NA MAGIA DO GONGAR

E VAMOS TODOS SARAVÁ…

Um folião… Filosofia é na mesa do bar…

Poeta… Entre o chapéu e a navalha…

Nas ruas… Mariposas sob a lua…

Aquele que se presa tem as suas…

Mas hoje… O papo é que o malandro vai à luta….

Disputa um lugar na estação…

No fim da trama, em apoteose…

Academia tem a sua aclamação…

APLAUSOS DE PÉ…

SALGUEIRO… BRAVÍSSIMO…

O ARTISTA PRINCIPAL…

É O MALANDRO OFICIAL…

QUE GINGA NO MEU CARNAVAL…

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Samba 21 Compositor: Marcelão Intérpretes: Lid e Digu’s Silvha

Salgueiro rende homenagem à nata da malandragem

Num Rio lírico

De personagens geniais

Onde o malandro é…

O rei da ginga (ô, ô)

O rei da noite, o barão da ralé

Que sai flanando por aí

Em pé sem cair, deitado sem dormir

Faz de palco as calçadas

E da lua sua enamorada

Um grande bailarino dos salões

De amores e ilusões

Que arrebata corações

CHEGA DE MANSINHO, VEM PRA CÁ!

COM OS MALANDROS… FESTEJAR

NA JOGATINA, GANHAR OU PERDER

NASCI COM A SORTE… SEI QUE VOU VENCER!

Poeta, boêmio e sonhador

O melhor amigo na mesa do bar

Sei onde estou, para aonde vou

Minha fé é quem me guia

Estrela na apoteose iluminada

Entro na gira… Laroiê, saravá!

Levanto a bandeira da paz

“Tô” na luta, sou salgueiro

A academia é demais… Demais

Nas ruas, nos terreiros

Nas palmas dos partideiros

Um bamba sagaz e faceiro

RENASCE O MALANDRO NO CORAÇÃO DO SAMBISTA

NA MORAL, UM VERDADEIRO ARTISTA

NESTA ÓPERA POPULAR

AO SOM DA FURIOSA FAZ O POVO DELIRAR

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Samba 22 Compositores: Claudinho do Pagode, Mario Cesar Intérprete: Claudinho do Pagode

Venha ver oh meu Rio!

Chegou a hora do show

Da ópera da malandragem

As calçadas, é o palco da vida

Por onde passam faz o povo delirar… Delirar… Delirar

Até a nobreza brinda sob a luz do luar

Malandro não dorme nem cochila

Só vai embora ao romper da aurora

Na calada da noite sou um cortejador de corações

De Copacabana a Tiradentes quantas emoções!

DEIXA A ROLETA GIRAR

EU VOU APOSTAR NESSA JOGATINA SOU REI!

A DAMA VALE OURO VAMOS VER O QUE DEU?!

SE EU PERDER, SOU TODO SEU! (DEIXA, DEIXA…)

Um papo sagaz e maneiro

Sou um trovador com umas e outras

Batucando começa a cantoria a musa me inspirou

Alô, garçom! Traga a depressa a conta da mesa

Bota a saideira que vai clarear tenho que ir trabalhar

Na fé lá vou eu num vai e vem chacoalhando no trem

Aturar o patrão pra pagar o fiado que deixei no balcão

Se tá ruim pode crer que vai melhorar

Sou malandro de fé deixa a vida me levar

SOU GUERREIRO E FORTE

SAMBISTA DE SORTE

ACENDO A CHAMA DA PAIXÃO

MALANDRO EU SOU, OH MEU SALGUEIRO!

APOTEOSE DO MEU CARNAVAL

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Samba 23 Compositores: Edu Chagas, Fabão, Ricardo Rossi, Márcio Timubaca, Sérgio Manu e Victor Soares

Sou eu, assim sou eu

Malandro nessa ópera de rua

Caminho protegido pela lua

Canta Salgueiro que esse mundo é meu

Do morro aos nobres salões

Sagaz, eu risco o chão em qualquer praça

Com a graça de um barão da ralé

Quem é de boa noite vem pra roda

Me desculpem as senhoras

Malandro é malandro, mané é mané

CARTEADO, CAPOEIRA, CABARÉ SOU EU

NA GINGA DO CORPO NÃO VAI ME GANHAR

O AMOR ME CHAMA, CONQUISTO A DAMA

SE A SORTE VIRA BOTO A GIRA PARA GIRAR

Poeta das mesas de bar

Filosofia de luta e de paz

Corpo fechado, mente aberta

O malandro enverga, mas não quebra

E mesmo se o dia quiser despertar

Malandragem não vou apagar, sair de cena

Vivo nas esquinas e calçadas

Na força da fé e do patuá

ALMA CARIOCA SALGUEIRENSE

ESSE POEMA VAI ETERNIZAR

CHAPEÚ PANAMÁ, TERNO DE CAMBRAIA

UM BOM MALANDRO TEM QUE SER SALGUEIRO

GUIA NO PEITO, REI DA BOEMIA

TEM ÁGUA DE CHEIRO PERFUMANDO A ACADEMIA

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Samba 24 Compositores: Cesar Nascimento, Leandro Barros, Pedro Poeta e Thiago Cunha

Malandro és o rei da boemia

Nesse palco da vida, eternizou

A nata da malandragem

Vem pedindo passagem

E o Salgueiro consagrou

De vermelho e branco

Estende o seu manto nessa avenida

Num desfile triunfal

Vem brilhar no carnaval

Sua escola é a vida

Para se viver de amor

Bailarino dos salões

Ama a todas que quiser

Da elite à ralé

JOGA COM AS CARTAS MARCADAS E FAZ DAS RODADAS O SEU GANHA PÃO

VIVE NO FIO DA NAVALHA

SEU JOGO NÃO FALHA

SEU TRUNFO É NA MÃO

Já deixaram o seu recado

Pra vocês tiro o chapéu

Os malandros que partiram

Hoje cantam lá no céu

Um malandro de fé

Fecha o corpo e não bambeia

Ele enverga mas não quebra

Sob a luz da lua cheia

Seu destino foi traçado, ninguém vai te derrubar

Roda gira, gira o mundo, faz o seu mundo girar

A paz pra se viver

Pro povo aplaudir

No meu rio de janeiro

Carnaval o ano inteiro, samba é nossa raiz

Salve toda malandragem

E a nossa comunidade

Bate palma e pede bis

EXPLODE NO PEITO, NO MEU CORAÇÃO

SALGUEIRO VERMELHO, É MEU PAVILHÃO

ACADEMIA DO SAMBA

SÓ TEM GENTE BAMBA

LÁ VEM MEU SALGUEIRO

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Samba 25 Compositores: Dudu Cd, Fabio Português e Valdir Rodrigues

Vai começar

Holofotes iluminam academia

Salgueiro é: ópera

Pura malandragem

Abre a cortina… O poeta emoldurou

Reis da noite; ginga, jogatina, barões da ralé

Boate, gafieira; lua como companheira

Samba: madrugada inteira

(AMOR)

AMOR DA MIMOSA

MESTRE SALA; DAS ALCOVAS

PALADINO ERRANTE; FURDUNÇOS, VIELAS

NO MIUDINHO: FESTA DA PASSARELA

(OBA)

Terno, gravata

Destaque na coluna social

Sou o tal; só recordação

Piui, piui, Central, guia, superstição

Trabalha o ano inteiro

Quando chega fevereiro

Rei no carnaval

TAMBOR RUFOU (TAMBOR)

PALCO DA HUMANIDADE

BATE FORTE CORAÇÃO

SALGUEIRO É FELICIDADE

(O SHOW)

SALGUEIRO, SALGUEIRO… DEU NA BOCA, SALGUEIRO

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Samba 26 Compositor: Sidnei Good

Venham ver o malandro da ópera

Em belas letras musicais uma canção

Hoje flanando triunfal

Deuses, rainhas e monarca desse carnaval

Fidalgo nas ruas palco das ilusões

Na madrugada vai bailando sobre o chão

Não dorme no ponto, pra não cochilar

Não saia da linha o sol vai chegar

Muchachas de Copacabana na Tiradentes

Dilema da vida, dono de um jeito só

A ACADEMIA CHEGOU JÁ É

O MORRO DESCEU EU SOU, SOU CARIOCA

CAVALHIER DA PAIXÃO

O MESTRE SALA E O BAILARINO DO SALÃO

Sou cordial das roletas e das cartadas

Valete, coringa, damas nas jogadas

Filho da sorte da imperatriz

Poeta do mundo ao som do luar

Não foge da luta, vai na fé pedindo paz

Astros que encantam os cordões do trem da central

Luzes se apagam na orquestra ou silêncio total

Malandro entra em cena

E plateia começa a aplaudir

VOU SAMBAR COM MEU SALGUEIRO NA AVENIDA

O SHOW VAI COMEÇAR

NA GINGA DA DANÇA VEM SAPATEAR

COM REI DA NOITE PELO RIO DE JANEIRO

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Samba 27 Compositores: Hermínio, Baez e Flavinho Capoeira

A Lapa da malandragem

Malandro pisa na Sapucaí

Embalado pelo drama carioca

Por isso se segura que salgueiro vem aí

Praticando catimbó

Não dorme nem cochila no palco da ilusão

Bom malandro rodeado de mulher

A luz do abajur pega todas que quiser

UM HOMEM DE FÉ QUE NÃO FOGE À LUTA

TEM CORPO FECHADO SAÚDA MOJIBÁS

GUIAS E CORDÕES ABREM SEUS CAMINHOS

PRA GIRAR NO MUNDO E NO MUNDO GIRAR

O rei dos naipes cordial quando desfila

Filosofando nas mesas do bar

Num carteado mesmo quando jogo vira

Filho da sorte nunca deixa se levar

Leva a vida no fio da navalha

Dono de um mundo que aprendeu a domar

De um jeito manso que o luar te emprestou

Cavalheiro errante que o morro consagrou

VOU DE CORPO E ALMA COM A ÓPERA DO MALANDRO

NO CARNAVAL DE GENTE BAMBA

DE TERNO BRANCO E RUMO DERRADEIRO

VER A PLATEIA DELIRAR COM MEU SALGUEIRO

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Samba 28 Compositor: Tião Ferreira

Salgueiro dá um toque teatral

Em noite de tanta beleza

Vem gingando e o povão delirando

Entra em cena

A ópera dos malandros

Rei da noite é a malandragem

Da elite à ralé

Domina tudo

Quando o assunto é cabaré

Um misto de alegria, bebida e mulher

NO JOGO AMOR

NINGUÉM JOGA PRA PERDER

SE VOCÊ NÃO ME GANHAR

EU GANHO VOCÊ

A praça da boemia

Dama da noite

Vendendo as ilusões

É no carteado

O trunfo dele é o coração

Presente com seu bailado

Na gafieira

E na dança de salão

Com muita fé e devoção

MALANDROS NOVOS

VELHOS MALANDROS

COMPONDO UMA CANÇÃO DE AMOR

NA ACADEMIA BRILHA O COMPOSITOR

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Samba 29 Compositores: Grassa Rangel, Olímpio, Marcílio Do Salgueiro, Erik Rangel, Silvia Santana e Professor Avenas Intérpretes: Grassa Rangel, Guará, Lotar e Erik Rangel

Espalhando charme e simpatia

Nosso malandro chegou

E faz meu coração

Bater mais forte que o tambor da academia

Brilhando nos jogos da vida

E nas alcovas do amor

Traz meu salgueiro o rei trapaceiro

Que hoje o rio eternizou

Três pastores da noite da vida

Semearam muito amor

A luta é um adeus que nunca parte

O malandro teve a arte de colher amor maior

Com muito samba no pé e carteado na mão

Em cada lance vive um mundo de ilusão

ABRE A RODA MALANDRAGEM QUE O PELINTRA VEM AÍ

ELE CHEGA QUEBRA A BANCA DEPOIS CANTA PRA SUBIR

O malandro hoje até trabalha

Seu caminho é o fio da navalha

Foi à luta pôs a mesa foi curtir sua princesa

Fez a vida melhorar

Chegou a hora é relaxar filosofar na terapia de bar

Pedir aos orixás amor e paz que o ato vai acabar

No palco de atores sem nome. A peça é o sonho

O povo vai delirar

AS LUZES SE APAGAM EU CORRO PRO ABRAÇO

E O SHOW TEM QUE CONTINUAR

O MENINO QUANDO MORRE VIRA ANJO LÁ NO CÉU

A MULHER VIRA UMA FLOR ÁGUA DE CHEIRO

O AMOR NASCE MAIS FORTE QUANDO MORRE UMA PAIXÃO

O MALANDRO NUNCA MORRE VIRA SAMBA NO SALGUEIRO

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Samba 30 Autores: Raoni Ventapane, Jacob de Pilares, Gil Do Andaraí, Pebo, Piu das Casinhas e Pc Moraes Intérprete: Wander Pires

Malandragem é ser salgueiro

Riscar no chão da boêmia

Ser carioca, firmar no terreiro

E sambar na academia

Na ginga, dançar miudinho

Na vida ,vencer os espinhos

Da ópera dos sonhos ser o rei mais uma vez

No palco em cena, alegria da gente

Sem vacilar, levanta e vai em frente

Não ser melhor nem pior, apenas diferente

ENTRA RODA , VEM SALGUEIRAR

VAMOS EMBORA AO CLAREAR

QUERO TE AMAR A VIDA INTEIRA

MAS DEPOIS DA SAIDEIRA

O mestre sala da rua

No morro não marca bobeira

Sob a luz da lua

Tira onda na gafieira

Êh malandragem, êh malandragem

Na hora do jogo não é brincadeira

E no carteado não leva rasteira

É de bar em bar que eu vou

Vadiar com meu amor

Vai cantar pra subir, não demora

Deixa o povo aplaudir, é agora

VAMOS NA FÉ CHEGOU A NOSSA HORA

SALVE SEU ZÉ CHEGOU A NOSSA HORA

SEGURA MALANDRO QUE LÁ VEM SALGUEIRO

DE TERNO BRANCO, CORAÇÃO VERMELHO

NAVALHA NA MÃO, CHAPÉU PANAMÁ

DEIXA A FURIOSA TE LEVAR

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Samba 31 Compositores: Ademir, Lima, Bira Do “R”, Otacílio e Dionízio Mendes

Malandragem entrou em cena

Nesse palco da emoção…

Vem chegando de mansinho

Sambando no miudinho

Batendo na palma da mão

Simbora Salgueiro, chegou nossa vez

Com muitos malandros, valetes e reis

De peito aberto e com respeito a vocês…

Vida amorosa de malandro assim se fez

Muchachas em Copacabana, mimosas na Tiradentes

Artistas nos arcos da lapa, numa escola diferente

MUITO SAMBA DE BREQUE… “MOREIRA CANTOU”

FALANDO EM FAVELAS… “BEZERRA BRILHOU”

C’O A SOGRA QUE ESTIMOU… “DICRÓ BRINCOU”

TRÊS MALANDROS DE VALOR…

Cavalheiro errante ô,ô…

Boêmios da madrugada

Façam seu jogo senhores

A lua é sua namorada

Gira a roleta, torne a girar…

Creia que a sorte chegará

O malandro pra valer… Trabalha

Mas se é de moral… Não espalha

E o malandro de fé… Chacoalha, no trem da Central

FOI NA PONTA DO PÉ

QUE O MALANDRO PASSOU

ELE É O DONO DA RUA, UM HOMEM DE FÉ

LAROIÊ EXU E MOJUBÁ… VOU SALGUEIRAR

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Samba 32 Compositores: Zequinha Do Salgueiro, Hugo Camburão, Elcio Pinto, Henrique Moraes e Carlinho Japona

Se segura malandro

Que o salgueiro vem aí…

Vai ter show de malandragem na Sapucaí

Quero ver quem tem farinha pra vender

Se sou eu, ou é você (abre a roda)

Abre a roda, deixa de moda

Que o meu samba vai passar

Sou carioca, do Rio de Janeiro

Malandro maneiro e não sou de vacilar

Olha meu amor, sai da tristeza

Vem comigo pra folia

Que essa noite você vai ser minha

Eu serei seu rei e você minha rainha

JOGO O JOGO

QUE A ROLETA VAI GIRAR

QUEM NÃO PODE COM MANDINGA

NÃO CARREGA PATUÁ

SALGUEIRANDO…

EU SÓ JOGO PRA GANHAR

O meu dia a dia, não é só alegria

Levo o corpo pro batente

Não dou a minha cara a tapa

Trabalho paca, sou malandro diferente

Quando eu entro em cena

A dor fica pequena

Porque eu sou um bamba

Na moral, sou o carnaval

E o meu nome é samba

BATE PALMAS, PEDE BIS

MALANDRO QUE É MALANDRO

SABE O QUE DIZ

SOU TIJUCANO, SALGUEIRENSE

E SOU FELIZ

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Samba 33 Compositores: Betinho Santana, Pezão, Mika e Paulo Palmiere

GIRA POVO DA ACADEMIA

RASGA O VERBO, O MALANDRO É VOCÊ

ENTRA NA RODA QUE HOJE É DIA DE FOLIA

SEGURA QUE EU QUERO VER

Salgueiro é assim

A mais pura emoção

Lá vai o malandro

Girando na ponta do pé

Um verdadeiro rei da ginga e da noite

Ele é o barão da ralé

Itinerante ele vai

Reerguei castelos, palco de ilusões,

O dono da rua, bailarino nos salões.

O CAVALHEIRO ERRANTE

PISA MACIO

ENLOUQUECE AS MIMOSAS

RENASCE, DO BEIJO A VONTADE E O DESEJO,

AMAR AS MUCHACHAS, MULHERES FOGOSAS

Diz pra mim, quem é você?

O carteado é a sua inspiração

Sábio, sua fama se espalhou,

Malandro

A lua testemunhou

Livre na gíria e nos saravás

Astro

No samba e nos carnavais

Deixa aqui sua habilidade

Retrata a verdade

Ópera dos imortais

Salgueiro… Amor que não se desfaz!

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Samba 34 Compositores: Pepê, Josias Passarégua, Geraldo Castro, Alexandre Fernandes, Jorge Alves e Fábio Glinardello

Vou salgueirando nessa ópera de rua

(malandro ê, malandrear)

Abre a cortina desce o morro academia

Pisa suave, risca o chão de poesia

Poeta da esquina, não durmo no ponto

Coringa ou bilhar?

Da ralé sou o barão… Meu irmão

Saravá!

TRABALHO PACA

VOU PRA LAPA FESTEJAR

VEM MEU AMOR, ME FAZ DELIRAR

DA GAFIEIRA, BOTO A GIRA PRA… GIRAR

EU VOU SAMBANDO ATÉ O DIA CLAREAR!

Axé

Peço ao guerreiro pra me proteger

Vou ao terreiro de Obaleayê

Acendo velas pra seu Zé

Fé… É a arma que trago pra me defender

Vou seguindo o caminho que a vida me dá

Tenho sorte sou forte não vou me entregar

Salgueiro!

Seus poetas são malandros também

Com a furiosa não tem pra ninguém

Vem cantar!

A MALANDRAGEM LEVANTA POEIRA

MEU PAVILHÃO VAI TE FAZER FELIZ

VERMELHO E BRANCO É RESPEITO E TRADIÇÃO… ENTÃO…

SALGUEIRO VEM AÍ

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Samba 35 Compositores: Renato Penna, Marcelo Mineiro, Sergio Nilo, Josy Pereira, Manuel Britania e Patrícia Jordão Intérprete: Serginho Gama

Salgueiro malandramente vem apresentar

A ópera dos malandros vai começar

Pisa no palco, o rei da noite, barão da ralé

Riscando o asfalto dizendo no pé

A gingar, na roda da vida, lá vem chegando

Os três tenores da malandragem

Na lapa ou na mesa de um bar

Nessa festa popular

DÁ LICENÇA, SEU ZÉ

SUA BÊNÇÃO, MEU PAI OXALÁ

HOMEM DE FÉ, A GUIA A BALANÇAR

NO TREM A CHACOALHAR

Imagem que fascina

O coração da mulher

Amante aventureiro

O tipo faceiro sedutor, com amor

Abre caminho ao seu destino

Não foge à luta, tá na labuta

Os dados vão rolar

Tem o dom de ganhar

Laroiê pra não correr

E pra saudar um saravá

Entra na gira pra fazer mundo girar

Dono da rua e de devoção

É luz que não se apaga em meu caminho

Levanta poeira do chão

MALANDRO É DE FATO

BOM DE GINGA E DE PAPO

DE VERMELHO E BRANCO NA SAPUCAÍ

CHEGOU A FURIOSA, PODE APLAUDIR

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Samba 36 Compositores: Niquinho Azevedo, Claudinho Raiz, Nego Wando e Liesbeth Nunes Intérprete: Vitor Cunha

Eis o malandro na praça outra vez

A ópera vai começar assim de viés

E vermelho e branco vem a academia

Segura!!! A malandragem vai passar

Rio seu lirismo sem igual,

Cenário ideal, palco das ilusões

Ruas de plebeus e de monarcas

A Tiradentes das mimosas, madrugadas

Romance sem amor, o ás dos cabarés

Coração de malandro é na sola dos pés

VEM NA GINGA ABRE A RODA MALANDRO ACABOU DE CHEGAR

JEITO MANSO QUE É SÓ SEU, TERNO E CHAPÉU PANAMÁ

NA ROLETA DO DESTINO VIRA O JOGO A SEU FAVOR

FILHO DA SORTE, VENCEDOR

Filósofo dos bares e botecos

Bamba das calçadas e esquinas

Místico de fé e devoção

Laroiê, saravá, povo da gira

ÔÔÔ, É GUERREIRO É DE LABUTA

ÔÔÔ, PREZA PAZ E NÃO FOGE À LUTA

Pois é, deixar estar o candeeiro

Que a lua há de iluminar o meu salgueiro

Na ópera que fez do malandro astro rei

Risca o chão no ato derradeiro

ECOA NA BATIDA O SOM DO TAMBOR

QUE SALGUEIRÔ, QUE SALGUEIRÔ

MALANDRO QUE É MALANDRO ENTRA EM CENA

VIRA SAMBA E POEMA, Ê SALGUEIRO

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Samba 37 Compositores: Tiãozinho do Salgueiro, Léo Do Paysa, Érico Rocha, Waltinho Ferreira, Beléu Miranda Intérpretes: Luizito, Leandro Santos, Lico Monteiro, Rafael Tinguinha

Lá vem Salgueiro

Impondo respeito

A ópera vai começar

O asfalto é o palco outra vez

E a malandragem se fez, a nata do lugar

Faceiro na roda, dizendo no pé!

Da ginga da noite, barão da ralé

Se liga seu moço, não marca bobeira

Malandro é malandro não leva rasteira

DE VERMELHO E BRANCO MESTRE SALA CHEGOU

DESCENDO O MORRO, CADÊ MEU AMOR?

JÁ É MADRUGADA VOU TE CORTEJAR

DE LENÇO NO BOLSO, CHAPÉU PANAMÁ

E nos cabarés não há quem resista

Vedetes em cena, no jogo da vida

As cartas na mesa lancei

Girei a roleta na sorte acertei

Tem poesia na mesa de um bar

E três tenores versando ao luar

Abrindo os caminhos, fechando o corpo

Guerreiro é quem leva a fé no pescoço

Fecham-se as cortinas da emoção

Emoção e paz no coração

Coração que bate em vermelho

Vermelho é salgueiro!

NEM MELHOR, NEM PIOR, APENAS DIFERENTE

QUEM É A ESCOLA QUE MEXE COM A GENTE?

É CARIOCA E FAZ SAMBA O ANO INTEIRO

MALANDRO É SER SALGUEIRO!

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Samba 38 Compositores: Riccio, Carlinhos, Índio Do Salgueiro, Francisco José, Claudio Melodia e Negreth Intérprete: Gonzaguinha

Em cena meu Salgueiro

De vermelho e branco é o rei da madrugada

Vai sambando faceiro, agitando o terreiro

E faz da rua sua eterna morada

É o barão da ralé nessa festa popular…

Pois é… Tem fé, tem energia! Deixa o samba te levar

Vem malandro, flanando triunfal…

Da lapa, berço da boemia…

Personagens diferentes, zé povinho ou fidalguia?

Amante do cabaré… É o cavalheiro que ninguém pode domar

Com as mimosas e as muchachas…

Só vai embora quando o dia clarear.

ODARA OBÁ… O QUÊ?

LÁ NA TIRADENTES, A LUA ILUMINA…

TODO O SEU GINGADO, TERNO ENGOMADO…

CADA CABROCHA EM SEUS OLHOS VÊ MAGIA.

No fio da navalha… O doutor não falha!

Apara dilemas, se esquiva da morte…

No jogo não joga a toalha… Carteados e roletas

No perde e ganha ainda tem porte

A sorte abate o forte e o poeta vadio na mesa de um bar…

Aprende a versar nunca anda só

Entre um batuque, um palpite e um goró

Sua guia chacoalha, trabalha paca, pega o trem da central

E viajando no vagão da esperança

Hoje vira samba no meu carnaval

CANTA, CANTA… MEU SALGUEIRO!

SALVE A MALANDRAGEM, TEM QUE RESPEITAR

LAROYE, COM MUITO AXÉ NA AVENIDA

ABRAM AS CORTINAS QUE O SHOW VAI COMEÇAR

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Samba 39 Compositores: Laudir P.Q.D. e Tia Bel Intérprete: Bil

Cachecol no pescoço

Terno engomado, dinheiro

No bolso. A sua bengala

Tem cabo de osso, o seu

Traje é de doutor

Samba miudinho, o

Dono de todos os bordéis

Cortejou damas da noite

Nas rodas e nos cabarés

ELE RI, QUÁ QUÁ QUÁ

ELE VEM CONFIRMAR

A MÍSTICA MILENAR, QUE AS SUAS MÃOS

O MUNDO FAZ GIRAR

ZOMBETEIRO, QUÁ QUÁ QUÁ

QUIZUMBEIRO, QUER BRIGAR?

NAS CARTAS, É SEMPRE O “ÁS”

É MOJIBÁS, É LAROIÊS E SARAVÁS

Quando for pra lagoa, toma

Cuidado com o balanço da

Canoa, vá sossegado

Que a malandragem na academia

Risca o “ponto” e faz a festa começar

Que eu bem me lembre: já é hora de ganhar!!!

É HORA, É HORA, É HORA, É HORA

A ÓPERA DOS MALANDROS FAZ HISTÓRIA

É HORA, É HORA, É HORA, É HORA

DO SALGUEIRO REDIGIR SUAS MEMÓRIAS

Page 40: Samba 01 Compositores: Flávio Oliveira do Salgueiro e ... · Sabedoria de Paladino Sujeito divino Sou de rumo certo Meu caminho é aberto A lua não me banha Só me acompanha Tenho

Samba 40 Compositores: Sereno, Ronaldinho FDQ, Rafael Delgado, Marcio Souto e Amadeu Intérpretes: Márcio Pikanha, Marcio Souto e Pepe Niterói

SALGUEIRO É MALANDRO NO PALCO OUTRA VEZ

E CHEGA SAMBANDO DIZENDO NO PÉ

BARÃO DA RALÉ, DA GINGA SENHOR, OI ABRE A RODA

QUE O REI DA NOITE CHEGOU

Entre meretrizes, rainhas

Sem dormir no ponto

Nem perder a linha

De Copa até a Tiradentes o bailarino dos salões

Vem fazendo a festa arrebatando os corações

QUEM SABE VIVER NO FIO DA NAVALHA É FILHO DA SORTE

NÃO JOGA A TOALHA

ALÔ MALANDRAGEM DO MUNDO INTEIRO

APOSTA QUE DÁ SALGUEIRO (NA CABEÇA)

Um chapéu panamá tem filosofia na mesa do bar

Laroiê, saravá! E deixa a gira girar

Hoje tem pagode bate na palma da mão

De vermelho e branco

Libera a emoção

Pois é, pois é, aqui só não tem lugar pra mané

Pois é, pois é a nossa gente é da paz e da fé

O povo “trabalha paca”

Chacoalha no trem da Central

Na ópera do dia a dia é o astro principal

O dono da rua verdadeiro bamba

Que não morre, vira samba

Page 41: Samba 01 Compositores: Flávio Oliveira do Salgueiro e ... · Sabedoria de Paladino Sujeito divino Sou de rumo certo Meu caminho é aberto A lua não me banha Só me acompanha Tenho

Samba 41 Compositores: Rico Medeiros, Luiz De Oliveira, André Quintanilha, Carlão Do Caranguejo, Bira Do Canto e Mário Martins Intérpretes: Rico Medeiros, Fernando César, Bira Do Canto e Luiz De Oliveira

“Eu vou fazer

Um samba em homenagem

A nata da malandragem

Vou fazer…”

Baila maneiro, sagaz e faceiro

É rei do asfalto e da ginga, barão da ralé

Estrelas da noite compondo esta cena

Que faz a fidalguia delirar

Na Lapa ou em Copacabana

Conquista e faz o que quer

“só não maltrate o coração desta mulher”

VEM SAMBAR NA ACADEMIA, PISA FORTE NO TERREIRO

NO TAMBOR DA BATERIA FURIOSA DO SALGUEIRO

UM ESTILO DIFERENTE, ESTE POVO FAZ SONHAR

MALANDRO SAMBA ATÉ O SOL RAIAR

Laroiê…

Não tem no bolso

Inventa, “tira da cabeça”

Malandro que é de fé

Tem sempre a “carta na manga”

De “calça larga” desce o morro e “quebra a banca”

Poeta, trovador de botequins

Filosofia, boemia ao luar

Vai pra labuta de trem, segura a guia

No canjerê seu malandrinho, é mojibá

QUANDO A LUZ SE APAGAR

O ÚLTIMO SOM ECOAR

NÃO HÁ LIMITES PRA EMOÇÃO

NÃO CABE EM MEU CORAÇÃO

O ATO É DERRADEIRO

MALANDRO QUE É MALANDRO É SALGUEIRO

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Samba 42 Compositores: Ark, Augusto Chaves E Alex do Pandeiro Intérpretes: Alex Do Pandeiro e Augusto Chaves

Salve o Rio

Sou carioca, sou do samba

Vem aí

O meu Salgueiro cantando

A ópera dos malandros

“eu fui fazer um samba

Em homenagem”

Ao rei da noite, da ginga, dá fé

OLHA AÍ, MALANDRAGEM

A FURIOSA EU OUVI

A ACADEMIA PISOU NA SAPUCAÍ

Reinando,

Reinando entre rainhas

Sonhando, delirando,

Mas sempre atento às ilusões

Vai caminhando com astúcia

Nas madrugadas românticas

Com o seu jeito

Polido e cordial

É jogador da vida

Pensador de boteco

Faz da lua poesia

Na mesa de bar

O samba é filosofia

SALGUEIRO

VIVE O MALANDRO SAGAZ

“TODO DIA ELA FAZ”

TRABALHA DE JANEIRO A JANEIRO

E NO PALCO DA AVENIDA

PEDE PAZ

Page 43: Samba 01 Compositores: Flávio Oliveira do Salgueiro e ... · Sabedoria de Paladino Sujeito divino Sou de rumo certo Meu caminho é aberto A lua não me banha Só me acompanha Tenho

Samba 43 Compositores: Alma Grande e Ruy de Oliveira

Oba oba chegam de viés

Oba oba chegam de viés a céu aberto

Nata ópera dos malandros palco a encenar

Peru, mané macaco

Obra prima calça larga ensaiar

Praça Onze teatro ribalta, o Rio de Janeiro

Época do carnaval centro cultural Acadêmicos do Salgueiro

Batuque ressoa, canto sambista, percussores

Velha guarda, harmonia, baiana e compositores

Mestre-sala, porta-bandeira, exprimir amor e paixão

Pavilhão distinção a escola mostra na palma da mão

Sem dinheiro gera apelo no jogo

Dado, carteado, roleta, livro de ouro

Assina o político comercio, meretriz, mendigo, arruaceiros

Pagam artifícios fantasias, alegorias fogos, adereços

TEMPLO SANTO RECEBE MALANDRINHO

ELE VEM CANTANDO SAPATEANDO MIUDINHO

Page 44: Samba 01 Compositores: Flávio Oliveira do Salgueiro e ... · Sabedoria de Paladino Sujeito divino Sou de rumo certo Meu caminho é aberto A lua não me banha Só me acompanha Tenho

Samba 44 Compositores: Wagner Mariano, Rafael Caçula, Bruno Paiva, Hélio Martins e Delson Patrício

Vou descer o morro

Pra desfilar com meu Salgueiro

De terno alinhado, sapato maneiro

Vou pra avenida sambar

Malandreado pra cair na ginga… Salgueirar

E na gandaia vejo o sol clarear

Sou um fidalgo a flutuar nos salões

Nas madrugadas de mansinho a pisar nos corações

Sem limites pra sonhar, o cabaré é meu lugar

Faço tudo que quiser

Só não maltrato o coração de uma mulher

EU LEVO A VIDA PELO FIO DA NAVALHA

E NESSE JOGO QUERO VER ME GANHAR

SAIO DE CASA COM BARALHO NO BOLSO

CACHECOL NO PESCOÇO

NINGUÉM VAI ME PEGAR!

Sou ele, o velho malandro da esquina

Do boteco, de sambas e rimas

A lua é minha namorada

Com o corpo fechado na fé e a força do meu orixá

A gira da roda eu faço girar

Lá vai o trem, um povo guerreiro a pegar no batente

Malandragem não quebra a corrente

É a alma do meu Rio de Janeiro

Malandro que é malandro tem que ser… Salgueiro!

Malandro de verdade tem que ser Salgueiro!

EU TIRO O CHAPÉU PRO VERMELHO E BRANCO

SALGUEIRO É MEU MANTO TEM QUE RESPEITAR

MALANDRO FIEL DA ACADEMIA

NINGUÉM SEGURA O REI DESSA FOLIA

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Samba 45 Compositores: Luciano (Canelinha), Edu Cigano, Chicão D Luz e Zezinho Pardal Intérpretes: Edu Cigano, Johnathan Amorim E Johny Amorim

Neste cenário colorido, de grande emoção

Da Praça Onze à Candelária

Recordar os imortais

Carlos Cachaça, Pixinguinha

Ismael Silva e outros mais

Meu vermelho e branco

Os malandros faz lembrar

Da lapa, Copacabana e Praça Mauá

Ao som da furiosa hoje quero bailar

Tendo a lua como par

Mendigo ou monarca

Sou malandro dia a dia

Salve a minha academia

VOU PRO CASSINO JOGAR

POKER, ROLETA E BACARÁ

JOGO AS CARTAS NA AVENIDA

NASCI DO VENTRE DA SORTE

ESSE ANO VOU GANHAR

Praça Tiradentes de muitos amores

Botecos, boates, cabarés

O malandro é sagaz, dança gafieira

Tem samba no pé, salve zé

Tiro o meu chapéu com muita emoção

Vou balançar seu coração

SALGUEIRO É PAIXÃO, É RAIZ

MALANDRO NA PISTA

QUE FAZ O POVO FELIZ

É CARNAVAL É ALEGRIA

VEM SAMBAR ATÉ O DIA CLAREAR