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f X ANO X:. ! rÍH) NO Rl° $50° /^^\ ;-\ NUM. | s 1 A**m\\WESTADOS $600 \ ».Rio de Janeiro. 19 de Fevereiro de 1941 SEMANÁRIO/ ;S\ -SALVE MOMO!

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f X ANO X:. ! rÍH) NO Rl° $50° /^ ^\;-\ NUM. | s 1 **m\\W ESTADOS $600 \

». Rio de Janeiro. 19 de Fevereiro de 1941

SEMANÁRIO / S\

-SALVE MOMO!

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O TICO-TICO 19 — Fevereiro — 1^*

RISCOS DE BORDARApparece no dia

ARTE DE BORDAR é uma revistamensal de riscos para bordar e artesapplicadas. Contém 28 paginas degrande formato e grande supplementoque vem solto dentro da revista comos mais encantadores e suggestivosriscos para bordados em tamanho deexecução.ARTE DE BORDAR contém riscospara: Sombrinhas. Almoiadas, Stores,Kimonos, Monogrammas, Pyjamas,Guarnicões e Toalhas para altar. Guar-nições para "lingerie". Roupas Brancas.Roupas para creanças, Guarnicões paracama e mesa.TRABALHOS: Em "Crochet". Rafia.Lã, Pellica, Panno couro. Feltro, Estanho.Pinturas, Flores, etc.

E ARTES APPLICADAS15 de cada mez

Assig. sob registro: 6 mezes 16$ -12 mezes 30$

As remessas devem ser feitas em vale P°tal ou registrado com valor á Soe. Anony**1O MALHO - Travessa do Ouvidor, *-' - RIU

Nas livrarias e veHfdedores de jorna©5

Sociedade Anonyma O MAL**~:Travessa do Ouvidor, — ***

ítumero«aval $$ooo

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' ¦ ¦ ¦¦¦ ¦—... -I ¦ ¦¦¦¦— ¦¦«-W— **' " ""¦' ¦ -¦¦

it Diretor-Gerente: A. DE SOUZA E SILVA

SEMANÁRIO INFANTILASSÍI-i ATURAS

BRASIL:1 ano 2".$8006 meses 1S$000EXTERIOR: •1 ano 73? 0(W6 meses S8Í00*

As assinaturas começam sempre no d;a 1do mês em que forem tomadas.

Propriedade da S A. "O MALHO" —Travessa do Ouvi.lor, 25 — líio.

Üçoeo A/nff "^ f/¦H.^kB mZ-/íry^wVòuxy

COMO SE FORMAM AS PÉROLASWeus netinhos:

Pfesa ao alfinete de gravata,ncastoada no anel, pendente dos

lncos das senhoras, ornamentan-' enfim, qualquer objeto de ouro,

a Pérola a pedra preciosa que a to-°s fascina pela sua beleza. Ela não

Vem, porém, como as demais pe-s Preciosas do reino mineral pro-toente dito e quasi da maneiras curiosa que os meus netinhos

p0ssam imaginai .El

tera gerase no organismo, no

1Qr de um animal que todos vo-conhecem — a ostra. Agarradafochêdos ou solta entre as pe-

^ras hua praia, a ostra, com a suaa dura, áspera, feia, o corpo

móie, Vlscoso, nojento mesmo, anSuem fascina. N0 entanto é ela,

netinhos, a creadora da pérola,Urna ,1aas mais custosas e famosasPedia odS consideradas preciosas.

as de que maneira a ostra, semrat»vo

para os nossos olhos, fór-pérola ? — hão de estar vocês

3 Pergunta*E>o

a si mesmos.seguinte modo, responde

Vovô: Quando a ostra é ainda mui-

to pequena vive a boiar na super-

ficie das águas do mar, sem con-

chás, como se fosse um bocado de

gelatina. Esse estado da vida da os-

tra é de curta duração, pois a cal,

de que é rico o mar, dá a esse bo-

cado de gelatina o seu concurso para

a formação das conchas. Quan-

do estas se formam a ostra já não

boia na superfície do mar. Cae no

fundo do mar. E aí agarra se então

ao rochedo, á pedra, a qualquer bló-

co de granito. Depois, a ostra come-

ça a abrir as conchas, isto é, as vai-

vulas das conchas, deixando entrar

nelas a água do mar, onde encontra

alimento, com o qual se sustenta.

Na água do mar, como todos os

netinhos devem saber, existe uma

multidão de resíduos, de fragmentos

de peixe, de partículas de areia, de

seres microspicos. Tudo isso, a ba-

nhar a ostra, faz um depósito, que

ha de forçosamente incomodar o ani-

mal. Este, desprovido de membros

qu-3 o ajudem a expulsar a ateia, a

partícula que se aderiu no próprio

organismo, áge no sentido de cobrir

esse obstáculo com um visgo, uma

substancia que ela própria fabrica.Com esse trabalho, inicia a ostra a

maravilhosa tarefa de formação da

pérola. Do corpo da ostra começa a

sair a substancia que vai cobrindo

o corpo estranho, o obstáculo que se

aderiu ao organismo do animal e vai

endurecendo. Sempre a correr, sem-

pre a formar camadas, umas sobre

as outras, essa substancia vai s<

transformando na custosa pérola,tanto maior, tanto mais bela quantomaiores as camadas que a formaram.

E' assim, meus netinhos, que nas-

cem as pérolas, feitas por um ani-

mal insignificante, nojento mesmo.

Na índia, nas costas da Austrália,

em Ceylão, existem as melhores es-

pécies de ostras geradoras de pero-

Ias. Nesses Iogares, uma multidão

de hábeis mergulhadores desce aos

rochedos do fundo do mar para ar-

rançar re ostras e trazê-las aos ou-

riveis, que, polindo-as, fazem com

elas essa porção de líndo6 objetos

de joalheria.V Ó V O

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TICO-TICO — 4 — 19 — Fevereiro — 1941

OS GÊMEOS(VARIGUÊTA

OPRÍNCIPE COBERTO

'W&yg

fi r—^—11 **#lof,

cc» 4li (_-£"n.l «>-*.-*»I.Mtf D.Ar-.-l CPiTICn ..MtTT .._-». M

íjj|! •^rtrQ~u$ y^K/jyi

O rei Zózimo IJI era dono de

milhões de escravos, de vastas ter-

ras e de tesouros sem conta. O seu

trono, a sua coroa, o seu cetro

eram de ouro massiço com incrus-

tações de pedras preciosas de in-

calculavel valor. No seu coração,

porém, como sombras crepuscula-

res, moravam o orgulho, a ambição

e o egoísmo. Os ministros a éle se

dirigiam ou com êle falavam numa

curvatura humilhante. E recebiam

ordens como se fossem lacaios. Mas

esse rei infinitamente ambicioso de

mais terras e mais riquezas, amava

perdidamente a rainha, flor lumi-

nosa de graça e de belleza, ex-

pressão delicada de piedade e de

ternura. Esse amor proporcionava

um remanso tranqüilo à margem,

da sua inquieta e atormentada

vida e constituía a única ventura

da esposa humilde e bôa.

Quando Zózimo III estava em

despacho com os .ministros, ou

revestido de pomposas insígnias

reais, recebia um enviado de pais

amigo, a doce rainha Hermen-

garda recolhia-se à capela par-

ticular do palácio, e orava, quasi

sempre debulhada em pranto. Nas

suas preces, ungidas de fé, supli-

cava da infinita misericórdia do

Semeador de mundos aplacasse no

coração do seu rei, marido e se-

nhor, a ambição, sempre crescente,

de poder e de riquezas. E que uni

raio divino de amor o iluminasse,

tornando-o amparo de infelizes que

sofrem resignados, e protetor dos

escravos que trabalham sem jornal.

E — Senhor! — murmurava a

santa senhora, concedei-me a ata-

ça de ver aflorar o encanto de

um sorriso nos lábios descorados

de meu filho ô Tão joven, tao

belo e tão triste !

O principe Egberto, herdeiro

único do poder, da riqueza, das

terras, dos escravos que alicerça-

vam o largo prestigio paterno, pa-

decia de estranha e invencível me-

lancolia. De todos os recursos se

valeram o rei e a rainha para lhe

dourar a alma com uma claridade,

vaga embora, de alegrias. Em vão •

\j príncipe Egberto, como flor de-

sarraigada do torrão nativo --* °

dele, talvez o céu — definhava

tristemente entre os salões apara-

tosos e os jardins magníficos dos

paços reais.

O velho médico, varão inclit°

pelas virtudes austeras e pelo PrC"

fundo saber, alvitrou que. acom-

panhado de aios desvelados, °

fizessem espairecer pelos campo

que cingiam a cidade ou o intete

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; 19 — fevereiro — 1941 5 — O TICO-TICO

sassem no tumulto da onda po- molas cm dinheiro, em roupas, em

Pular. As perspetivas de paisagens gêneros alimentícios. Libertou os

harmoniosas, tanto quanto o movi- escravos e dividiu as suas ferras,

mento atropelado das multidões de- doando-as aos novos camponczes

veriam exercer salutar influencia ljvres,

no animo do joven principe. Nas q reino começou a rituar a vida

Planícies, que rodeavam a capital, por uma harmonia, até então não

9berto respirava com sofregui- sabida, de paz, de trabalho, cie

- a° e delicia. Nas ruas sentia fehcidade.

sempre Um angústioso aperto de . Egbert0 sorria. Todos cantavam0ração. Tanta gente aleijada, an-. e sorriam. Todos - exceto a pie-

J°sa, esquálida... dosa rainha, que chorava e orava.

P°r uma tarde de pacificação pranto e preces — esse pranto de

suave maciez, entraram as .^ essas preC£S de gratidão aQrtas _0 paç0 ^_ Egberto sor-

a°. de coração leve agradecendoa Deus ter podido, naquele dia,

m esmolas do seu bolsinho, en-

9tlr muitas lagrimas de olhosansados de chorar e levado ali-

mente

Altíssimo, foram as mais lindas, as

mais ricas, as mais rutilantes jóias

engastadas na suntuosa coroa da

velha dinastia dos Vázides, em

substituição ás de que Egberto se

desfez, transformando-as em moe-0s a muitas bocas pálidas e

tas; e o rei, enregelado, frio,com um suor de agonia a lhe ba-Hhar o

No d

rosto.

,a seguinte, Zózimo Iíl

AAA. «? Èk

morria.• e, volvidos alguns outros

das, distribuídas entre os que só

conheciam horas de labuta.. de

desconsolo, de sofrimento e dc

fome. O novo rei foi aclamado o

Santo Egberto, cujo nome viveuviaos aiguns outros

mais- celebra,,, • a entre as bênçãos do seu povo e¦-^-orava-se a cerimonia da ¦.•«"..COroaÇ5o

do novo rei. Foi um áto CUJ° governo foi todo de prospe-

lmPles, mas comovedor. Egberto ridade e de gloria para o seu

fe2 uma farta distribuição de es- reino,

L E O N C I O CORREIA

Um viajante depois de viajar

léguas a cavalo, chegou a uma

pousada numa noite muito fria,

e ao passar pela cosinha viu que

todos os lugares estavam ocupados

pela grande quantidade de pessoas

que havia em volta do lume, e

sentiu grande pezar por não poder

ic tambem receber aquele calorzi-

nho que parecia tão agradável.

— "Moço", disse em voz alta

ao criado; dá imediatamente ao

meu cavalo, duas dúzias de ostras.

O criado, embora com grande

espanto, obedeceu á ordem, e to-

das as pessoas que rodeavam o

lume não puderam resistir à curió-

sidade e ao desejo de ver um ani-

mal tão extraordinário;' foram em

tropel à cavalariça acompanhando

o criado

Entretanto, o viajante tomou o

melhor lugar ao pé do fogo e um

instante depois chegou o moço se-

guido dos curiosos, a dizer que o

cavalo não queria comer as ostras.

Calmamente a sorrir falou para

o criado o viajante:

— Como / não as quer ? Então,

põe aqui a mesa: come-las-ei eu,

cm sua honra...

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O TICO-TICO 6 — 19 — Fevereiro — 1941

OS TRES MINISTROSM embaixador espanhol ma-

nifestou a Henrique IV de-sejos de conhecer o cara-ter dos seus ministros. .

— Cala e observa o queagora se vai passar, disseo rei, e "ficarás conhe-

cendo-os a todos em um quarto de hora.Os ministros estavam naquele momentona antecamara aguardando a hora do des-

pacho: o rei chamou Sillery e disse-lhe:— Chanceler, estou com receio vend«_>

em tão máo estado o teto do meu gabine-te; ameaça ruir e temo que me caia em cima.

¦— Senhor, disse o ministro tranqüilo,§ preciso que o examinem os arquitetos ese houver necessidade que procedam acsnecessários reparos.

Chamou depois Villeroi e disse-lhe o mes-mo que referira ao primeiro. Villeroi respon-deu com precipitação, sem olhar para o teto:

— Tendes razão, senhor, isto é de apa-vorar.

Saíram estes e entrou o presidente, a

quem o rei disse a mesma coisa, obtendo aseguinte resposta:

Vai-me permitir Vossa Majestade queobserve estar mal informado. O teto está emótimas condições.

Mas então eur disse o rei, não vejoas frestas que possue,' ameaçando rui-na ?.

Dormi socegadamente; o teto du-rara mais que Vossa Majestade.

Depois que saíram, observou o reipara o embaixador de Espanha:

¦— Embaixador, creio ter mostrado ocaráter de cada um dos ministros que te-nho: um não sabe o que quer fazer; o outrodiz sempre que tenho razão; mas o presidentediz o que pensa, pensa bem e nunca melisonjeia.

AVENTURAS DE ZÉ MACACO

Zé Macaco estava no seu escritório po- a toda pressa. Correu para o local marcado, e lá encontrou a Dona Marocas desesperada, Porlicial, quando recebeu um. telefonema, que todas as noites um gatuno, lhe roubava as galinhas e os ovos í Chamara a polioia Parachamando-o... providenciar.

Zé Macaco ficou pois de plan-tão. devidamente armado. Çu-n-do. lj pelas ..

tantas da madrugada ouviu o barulho do

gatuno, no escuro, disparou toda a carga

da pistola. Mas ao se esclarecerem...

oi fatos e ao verificar o resultado, o detetive Z* .oaco vio que havia ferido apenas o "P»pa ov° '*, o cachorro <Sa dona Marocas, que de r;0"4 '* '

bar os ovos e as galinhas.

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19 — Fevereiro — 1941 — 7 O TICO-TICO

QUANTO MAIORES FOREM SEUS CONHECIMENTOS. MAIS CAPAZ SERÁ' VOCÊ DE VENCER

HA animais que sabem tão bem

disfarçar a abertura de sua to-*•«, que o animal ou o homem maisperspicaz, íicaria iludido. O "gerbo",ert °lf de rat0 d0 desert°. taPa aannia de sua cova com a cauda' alaai muito se parece com o cardo.

•p

M certos rios ha peixes que apa-brp am os insetos, cuspindo so-Panr^ m,esnios uma gota dágua. APeixe u az cair ° inséto "agua e oíanirt abccanha-o com assombrosaxes ni Além desses> ha outros pei-Bais rf '?epam nas arvores margi-ninv>„os,rios e chegam a assaltar osn"0s das aves.

fj sapo pode viver longo tempo en-Jiem írado na lama sem morrer,eo rjp i

entar_se* Mesmo num bl0_Selo, o sapo pode viver.

•H f muita gente que pensa que oPorqi,pI?ate é um legume. Tal não é,antiBa C Uma fruta e da espécie maisSuern iü adotada nas coainhas. Se-muito, a cebô!a e a batata. Hacei0 ,s Vegetais que o povo tem re-stiçõg G comer< devido a certas super-ratura con?° ° pepino, cuja tempe-abaixa 6St^ sempre um grau maisda temperatura ambiente e

f] A Plantas dos países tropicaisabr

tà° resistentes a sêca e ao so!ador, que permanecem no lu-

rf tangosoutra

EssaPelas

s morrem.anos, ao paso que as

s plantas sustentam-se, nãoraizes, mas pela humidaderecebem do orvalho duranteUOltí» an,-^. * «s raízes so servem para

pregadas ao solo.

re-lüe eírescant Onsiderado um poderoso -de <««„,?• apezar de constar que é«-ii digestão.

•X am? as ruinas de uma cidade<tar, a„Ba> no Equador, um caça-Uum b" Passar, falhou o pé e caiu^der iiaco- Esteve ali tres dias sem

Afin í se*Urna naVe^Cavando as fundações de^a áh» * ' esta ruiu e descobriuPoude r_• pela 1ual ° caçador5à°se^s^r* salvando-se. Seu cãouo esse 7lastara do lugar ficando to-* tej*ra mpo a raspar furiosamente

êS S_í«- orangotando", para"•tas. é^ítt" Certa especie de si"or»8inaria da Malaya. Orang

xj t^ãj'

PAPAI... PAPAI...JA' TE DISSE, MEU FILHO,,

QUE NA MESA NAO SE FALA!QUE QUERES?

AGORA NAO ADIANTA! OSENHOR JA' ENGULIU A MÔS-CA QUE ESTAVA NA COLHER!

siginifiea "mato" e otang "homem"',isto é: homem do mato.

OS selvagens da Polinésia sabem

perfeitamente quando vai cho-ver, sem ter à sua disposição baro-metro nenhum. Eles observam cer-tas plantas entre as quais uma mui-to nossa conhecida, a "mimosa pudi-ca" ou sensitiva".

As folhas dessas plantas, quando oceu está nublado, mas não vai cho-ver, conservam-se abertas, mas fe-cham-se logo que se aproxima achuva.

UM garoto, na Espanha, havia

perdido seu cãosinho, quandopasseava pelo campo. Passaram-seanos e, afinal um dia, ele já moci-nho, viu um cão de grandes propor-ções que se lhe aproximava agitar.-rio a cauda. Não o reconhecia maslembrou-se de haver perdido umcãosinho, quando pequeno. Obser-vando-o bem, o rapaz reparou quenuma das patas dianteiras o cão le-vava uma argola de metal, a qual nãopodendo ser retirada pelo animal,impediu á pata de crecer e ficou tãoencaixada no lugar aue a pele a co-briu inteiramente. Fora êle quem apuzéra, em criança e, assim, identi-ficou o seu fiel amigo.

N AS matas da Florida, um caça-dor estava dormindo ao pé du-

ma arvore, tendo deixado a espingar-da a certa distancia, engatilhada pa-ra ficar pronta a disparar.

Acontece que um ruido o despertoue ele viu um coyote (especie de lobo)oue se aproximava. O caçador nãotinha tempo de se apoderar da espin-garda e, para livrar-se do animal, to-

mou de um seixo e lançou. O seixo.em lugar de colher o coyote foi baterna espingarda, fazendo-a disparar eatingir o animal com certeiro tiro.O caçador declarou que nunca maisterá sorte igual.

AS formigas, quando encontram

um lugar onde ha alimento,acenam às outras a direção com asantenas. Nenhuma delas; de volta,deixa de guiar as que vão indo. Seuma delas não agüenta o peso do ob-jéto que está carregando, as outrasajudam-na.

NAS areias do deserto de Sahára

foram encontrados resíduos deconchas e de mariscos, signal de que,em tempos remotos, o deserto de Sa-hára constituía fundo de mar, o qual.pelo efeito de algum cataclisma, fi-cou em seco.

Cardeal, escritor, secretario de Le-ão XI bispo de Carpentras, ilustrepor numerosos atributos inteletuais,Jacques Sadolet exerceu grande in-fluencia social no tempo, tanto juntodo papa Paulo III. como de CarlosQuinto e de Francisco I.

Com as designações de Ramesses,Ramises e Ramsés ou outras varia-ções mais ou menos parecidas, exis-tiram sete reis do Egito, todos elt;sde Tnebas, uma das capitais do ml-lenar pais do Norte da África, que seperpetuou graças aos seus monumen-tos no deserto.

O homem sábio escuta atencioso erespeitosamente a conversação de umsimples que o procura; o ignoranteengravatado, pelo contrario, escuta-o em atitude de ridículo, deixando-oatarantado — Tabajaras Bahia..

OS gansos não gostam do ruído,

nem de pessoas estranhas E'suficiente uma pessoa estranhaentrar numa casa, para os gan-sos fazerem estardalhaço tal dedespertar os moradores, quandodormem. Pelo contrario, os gn-los, quando ouvem ruido. pertocessam de cantar. O canário nãopode ouvir ruido sem cantar Acigarra é o inseto de voz mais po-derosa, com relação ao tamanho.

v

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O TICO-TICO — 8 — 19 _ Fevereiro — 1941

As vtbquiót^^carv -idlOS AVENTUREI-£09 SAO CON-DUZIDQS AOMAJESTOSO CAÍTELO E LEVADOSA PRESENÇAOE SUA MAJES-TADE O REI2AGÚ -15000

o.

\NOBRE REI, IMPERADOR PE TODOSOS MUNDOS, At' TENDES '

>os Homens pa terra.

Ntiflr (vi*^ça<*jLyilm r <-¦¦ n

sa

VOCÍS CHEGARAM EM &úAÁOCASIÃO. PRECISO DOSSEUS SERVIÇOS AM/GOSy

/--. — II. I ^1 -_fc ~—¦*.

'se sao corajosos, Poderãodar cabo de um terrívelMonstro, vindo do planetaMARTE PARA ROUBAR UH TE-SOURQ FABULOSO AQUI EXISTEMTE.

Xk/o-

_T UM MONSTRO GIGANTESCO ECRUEL QUE NOS EXIGE PESA POSTRIBUTOS. MEUS PODEROSOS EXER-

Cl TOS FORAM DIZIMADOS, E GRANDEPARTE DA CIDADE TEM SÍDO DESTRUI-DA. ATÉ'NO/E,NÃO SABEMOS PARAONDE LEVA AS SUAS. VITIMAS.

AGOZA CHEGOU A VEZ PA PRINCEZAZULA MINHA PILHA UMICA HERDEIRADO TRONO. So' UM HOMEM DA TEKKA

CORAJOSO - VENCERA' O MONSTRO, A '

ESSE DAREI METADE DO TESOURO, EA MÃO DA PP/MCEZA

¦JmWÈ\ i

'POIS 'BEM MAJESTADE. ACEITO A PROPOS-j:TA, COM AUriLlO Do HEÜ CR/APO /REISJ>AR CAÇA AO TERRIi/El mom^tro^

'LA VAI O PATRÃO ^

METER EM MAIS UMAENCRENCA i

¦ K-

ICÕH7]ÍJUÃ}

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19 — Fevereiro — 1941 — 9 O TICO-TICO

A LENDA DA SEMANAi

aí...—.Andava Nosso Senhor Jesus Christo pelo mundo

acompanhado de São Pedro. Num dia de muito calor,epois de haverem andado léguas e léguas a fio, para-

am numa vi venda de agradável aspéto. Docemente,Perguntou o divino viandante ao seu apóstolo querido:

Será, Pedro,' que nos dão pousada e nos amereeiam?

E como sempre fôra São Pedro muito otimista,

S° respondeu que não havia dúvida. Podiam bater

no não lhes negaria pousada. Bateram. SurgiuP°rta da casa um homem de elevada estatura. Ves-

a alvacenta túnica. Cingindo-lhe os rins, trazia grosso

!')!>-,

e o do

cinto. mostrando ser um avaro judeu que vivia de ne-Cl_ar. Pregueando. o sobrecenho, divisavam-se, tre-

*CtKlo,-p01- entre os cabelos da barba mal tratada, unslíbi°s flácidos.

~~~ Que querem ps senhores ?

*r o Senhor, bondoso:~~ A Paz seja convosco, filho ! ...

oeuj responder, repetiu o homem: i~"~ Que querem os senhores ?

Pousada, para uma noite,1 caso lhe seja possível.Aanio-nos em qualquer canto ...epois de olhar de soslaio para os recém-chega-

ou: entrem.

Ac

^QS, );

 noite, indicou-lhes o homem uma vasta sala, quePoSs«•es

«•a>

Ula uma única porta. Presa por seguros armado-

Prendiam.se duma a outra parede, duas redes

0 CASTIGO, (LENDA SERTANEJA]

a primeira que se encontrava ao entrar na sala, deitou-

se São Pedro e na última, ficou o Sagrado Viajor ...

Lã pelas tantas da noite começou o Senhor suas

santas orações. Do quarto visinho rompeu trovejante

voz: — "Óra vejam se querem fazer silêncio, que não

estou para ouvir ladainhas !..." Logo sussurrou São

Pedro: — '"Senhor, calai-vos que o homem é incréu!".

O Senhor continuou impassível. Novamente reboou a

voz do judeu. Que fizessem silêncio senão iria êle em

pessoa fazê-los calar ! Que não aturava insolência em

sua casa ! E as preces santas subiam aos céus ...

Levantou-se o homem e entrou furioso no quarto

dos santos hóspedes. Mandou o azorrague por cima

do vulto que ocupava a primeira rede, por longo tem-

po, vociferando injúrias e vitupérios. Mal arredou-se

o homem, começou o Senhor a rezar. E São Pedro:

Senhor; vamos mudar de lugar. Que não quero

apanhar sem ter culpa, quando novamente vier o pro-

pri etário . ..

Mudaram de lugar. Continuaram as rezas. Novos

gritos do homem, que, desta vez, veio qual cobra ve-

nenosa, espumando como porco-espinho azougado.

Óra vejam ! Estão pensando que sou criança ! Jádisse que não quero saber de ladainhas —¦ e entrou n >•

vãmente no quarto. Ia levantando o chicote para dar

no que ocupava a primeira rede e pensou lá com seua

botões:Não. Este já apanhou. Apanhará agora o ou-

tro — e mergulhou por baixo da rede e desandou o rc-

io em São Pedro ...*?• Alinhavam-se, atrás uma da outra. Na da frente, 11

UVENTINO DO AMARAL

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COM A MINHA INVISIBILIDADE "^^ Ul lil HVOU INTRIGAR BASTANTE MINHA ^MÊÊÈÊÊÈ D F$ / V üMULHER. AH ! AH ESTAREI j^af^S U tf * • 'MT- "

A.A ^^^ VOU EX- T T "*&^ E. MEU MARIDO, MAS, PAR*

7^ \ **f 7^7^ V- PÉ8IMEN- y-v^—V-.-^ ONDE FOI ?

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19 __ Fevereiro — 1941 — li O T I G O - T I C O

ISTO E' UM CASO SÉRIO OUÇO A VOZDELE, MAS NAO O VEJO. COMO VAI

SER ? TENHO QUE PRO-VIDENCIAR. TALVEZ EU

SOFRA DA VÍSTA. .'

VOU ME TORNAI? VISÍVEL E RIRQUANDO ELAVOLTAR.

SER? TENHO QUE PRO- QUANDO ELA r—ç**3_2_ f£S__ -.""^^^"Tf"V. *-*_____(_- VIDENCIAR. TALVEZ EU v-TM TAR ¦¦ -SA^*Wffimi/Bt_ *;oitra°Avísta_-—¦ ' ok Iíb r~^

11 am~~ A~ j"OA BRINCADEIRA E , AGORA ESTOU TE VENDO. PAGUEI AO _j^^

NADA MF rir**--, OCULISTA SOO MIL RÉIS MAS VEJO QUE sf^\ESTOU CURADA. . Jfcfc^. . a. yv_-^H, 1 J

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O TICO-TICO — 12 19 — Fevereiro — 1941

A GRATIDÃO DA SERPENTEQuando Carlos Magno esteve em Zurich,

na Suiça, mandou anunciar que à hora doalmoço, ouviria todos que tivessem uma queixaa formular ou um ato de justiça a pedir. Paraisso bastaria que fizessem tanger um sino

pendurado à porta do palácio, e o queixoso«seria admitido à sua presença.

Um dia em que o grande imperador seachava à mesa, com os seus valentes compa-nheiros d'armas, o si-no vibrou de um mo-do extranho e insis-tente.

Carlos Magnomandou vêr. quemera, por um dos seuscri a d o s, ordenando

que fizesse entrar,

quem quer que fosse.O criado voltou

pouco depois, dizen-do que a ninguémencontrara.

Entretanto, o si-no fez-se ouvir segunda e terceira vez, mais

forte e prolongado do que nas anteriores. Mas

não se via pessoa alguma.

Olhando, porém, para cima, o criado dis-

tinguiu casualmente uma grande serpente quese achava suspensa na corda do sino, fazendo-osoar.

Sabendo quem era o extranho suplicante

que lhe vinha pedir justiça, o imperador le-

yanrou-se, dirigindo-se para a porta, dizendo

J/ÂírmAíy yywéFymy '

1 j^//p)

1^^v__JÜ4^ w <—

que tanto devia ouvir as queixas dos brutos,como as dos homens.

Em presença,do magnânimo monarca, o

asqueroso réptil inclinou-se, reverente e res-

peitoso.Depois olhou-o com ar suplicante, e co-

meçou a colear-se pela terra, voltando-se devez em quando, afim de vêr si o acompanhavam.

O imperador compreendeu, e acompanhou-o passo a passo.

Chegando proxi-•mo a um buraco ca-

vado nas pedras, a

cobra parou, e CarlosMagno descobriu a

gruta onde o desgra-

çado bicho moravacom seus filhinhos.

Nessa gruta ha-

via um animal enor-me e terrível que-delase apossara violenta-mente. O imperadorfê-lo matar, e a ser-

pente entrou no seu ninho, alegre e prasenteira.No dia seguinte, tambem à hora da refei-

ção, viram reaparecer o mesmo réptil.

Dessa vez não vinha implorar proteção ao

monarca, mas sim testemunhar gratidão aQ

bemfeitor.

A cobra arrastou-se até à sala de jantar,subiu em cima da mesa, levantou-se e depôs

no copo de Carlos Magno um grande brilhante

de extraordinária beleza e imenso valor.

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Í9 — Fevereiro — 1941 ___ 13 _. O TICO-TICO

CONSELHOS A' PENAAntes de começarmos o nosso trabalho, ouve.

pena amiga, alguns conselhos de quem te preza e nãote quer vêr enxovalhada.

Não te envolvas em polemicas de nenhum gene-ro, nem políticas, nem literárias, nem quaisquer ou-tras: doutro modo, verás que passas de honrada aueshonesta, de modesta a pretenciósa, e, num abrire ^char de olhos, perdes o que tinhas e o que eu teflz ganhar. O pugiláto das idéias é muito peor que o,"as ruas c iecha-te no circulo dos teus deveres, quan-

do couber a tua vez de escrever crônicas, Sê entu-siasta para o gênio, cordeal para o talento, desd.nhosapara a mtlidade, justiceira sempre, e tudo isso comaquela meia tinta, tão necessária em melhores eleitosda pintura. Comenta os fatos com reserva, louva oucensura como te ditar a consciência, sem cair na exa-

geração dos extremos.

I''. assim viverá? honrada c feliz.

Machado de Assis••w.

y-*-*V-V _.-_%*vvvvv%vr^_*_*w^jV-*^

A Fauna Fantástica Das Profundezas Oceânicas -- Bòb StewardEste peiünho de olhos como holofotes luminoso, foi pes-cado em águas multo profundas e «té agora os sábios

não o conseguiram ctassificar!^S^JCx^ ¦ ¦' wi m\ ¦¦|»iii x.'" ; HSI. ^:wi*^J_c^^^aemMaummmammm*ÍWt^^Sm -*_gBwp__*^^_BB WÊÊ

|^^_-__-____--_---__a-N i' ':—j__rã-r---^| m^i^__\____=tf^Êf*T' í * ____! '- ---*!__? iBO Melanocetuj Johnstoni quo a^ui vemos viva X^^l

como um tigre feroí em profundidades onde

os raios soíarej nunca penetraram. _*l__i

O Macr_-_s giooiceps. este

WS. iP4c *¦*" ^ •& i _TT peixe negro de cabeça des-_*^__B__^_c__^_____í^_R\ i'ÁX W £ái'^l^/f^^79Bees\___\0•ts^^j_\%____\_Í_\^_WWm\sSm ____P_____ "

" §==

proporcional apesa.ita o cor-

po coberto de pêlos duros"j£-\ como

barbatanas!

__R^^^__I^ *^_e**\wÊ m ____J__l4_jL___________xT _______MfV_____Q_ ? ^ Stomijs _ _m, p_ xt. _|__ .emtho ar- transatlântico cm

|u_S noite escura tom suai pintar* íc-.forescçntes corroo vigia* 4 ijsa

^^^^¦^"^B iluminadas!

''*^ai**fã~tm' "*"— ... i ... -¦ —-¦¦- i ¦¦*^-~-~^*--^V'^%^j*_r_--_r.--*i-vv_r^

CURIOSIDADES DE TODO O MUNDONuma aldeia da Espanha algumas crianças costumavam se acomodar numa taboa com rodiuhas,

lun cão puxava essa carruagem na rua, como um trenó. Sobrevciu uma inundação que arrastou uma*Ção de casas. Os garotos, para salvar-se haviam-se agarrado á taboa. O cão, segura;" entes líiri

al desse carrinho nadou valentemente até um lugar seguro, salvando as criança-.

^v_n_^_,•v•_^.^J^^^_-UP_^_'_--'J^-W¦vv.-^.-u-j-_vrj-._.vj-jv

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O TICO-TICO — 14 19 — Fevereiro — IMÉ

O CARNAVALE O RECRUTA (

AGENORC O ST A/

Um recruta, sorteado num lugarejo do alto sertãonum dia de Carnaval encontrou-se com um grupo de

foliões na rua numa renhida batalha de confetis, ser-

pentinas, lança-perfumes ...Ignorando, naturalmente, esta espécie de diverti-

mento, pois éra a primeira vez que o via, julgou quese tratasse de um conflito. A princípio, teve vontadede intervir na "luta", com o fim de apaziguar os ani-mos exaltados. Receioso, entretanto, de não conseguirseu desejo, por se encontrar sósinho, resolveu dirigir-se, correndo, ao quartel de seu batalhão, afim de co-municar o ocorrido ao oficial de dia.

Na presença do oficial, o recruta cansado, esba-forido, quasi a botar a alma pela boca, fez-lhe a conti-nência regulamentar e, gaguejando, disse:

Pron.. .on.. .onto, Sô Tenente ! Venho cumu-nica a Vossa Suria qui lá na rua tá um "sangangú"

medonho ! ...•— Mas ... o que vem a ser isto ? — indaga o ofi-

ciai, calmamente.Sô Tenente, é um "arranca tripa" danado, e...Não entendo. Explique-se melhor — inter-

rompeu o oficial, encolerizando-se.Sô Tenente, é um "banguelê" levado dos ...Oue diabo, rapaz ! Você nem sabe expressar-se!

Quanto mais fala menos compreendo ! Mas, o que é"banguelê ?" Vamos !,.. Explique-me ! ...

Sabá Vossa Suria que banguelê é o memo qui"sururú".Não o entendo. Vá embora com estas tolices

senão mando metê-lo no xadrez ! — falou o oficial, jábastante aborrecido.

Sô Tenente, eu quero dizê a Vossa Suria quié um "baruio" levado da ... .

Ah ! ... Então ? ... Por que já não disse issohá mais tempo ? — retrucou o oficial, compreendendo,finalmente, o que queria dizer o recruta.

Mas, com quem é êste barulho ?Sabá Vossa Suria qui é um bando de paisano

musturado com sordado do inzerço, puliça e guarda-civí, tudo junto, atracado cás muié no meio da rua.Tá uma cosa mêmo feia, já fedendo a chife queimado.Os paizano tá laçando as muié qui passa dentro dosatômove cum'as corda de pape de cô. Eles joga o laçocum tanta força qui inté parece vaqueiro quando quélaça um garrote novo pá cura bichêra. As muié, pá sevê live, espana nos óio deles cachaça qui elas traisdento dumas garrafinha de vrido; mas os home tá tãosabido qui bota pu riba dos óiouns ócro de vrido parecendo, doisehuminé de vapó pá pude a cacha-cha não caí dento deles. As muié,cum raiva, grita tanto qui intéparece um rebanho de uvêa ber-rando, a pricura dos fio dela pádá de mama. Se Vossa Suria nãomanda acaba cá quéla porquêrapóde conta qui ái munto sanguee morre tudo qui nem frumigadento das frumigueiro quandose bota água quente ...

— Ah !... Ah!... Ah!...Bem !... Pode ir embora quevou providenciar, concluiu o ofi-ciai, rindo, gostosamente, da igno-rancia e ingenuidade do recruta.

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DomMicifúz

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O QUÊ f EST ÂAMO-

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Venha cé, rapazi-nho ! Qu.e andafazendo ?

V Venha cé, rapazi- I y' /jteà/nho! Que anda \ ^(^-j-^Í^^Hj <

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Estou fazendo... exer-

cicio, nada mais l

Ótimo ! Pois venha comigo, que vou fazer exercido '

de corrida rasa . . .

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O TICO-TICO 16 -s 19 — Fevereiro — 1941

O CARNAVAL DE JUCÁ E TITÃ

Juca e Titã foram convidados para um baile carna-valesco na vizinhança, mas mamãe não lhes qui. dar asfantasias...

...de chinesa e de holandês, porque eles fizeram umaenorme travessura. Juca, porém, combinou com Titã áimprovisação ...

... de uma chinesa com "abat-jour", um vestido usadoda mamãe e uma sombrinha, e de um holandês com um

I "cachepot" ...

... umas calças velhas, de uma pijama encarnada à°

papai, o cachimbo do vovô e um colete curto do primoChico._.

Depois de algumas tezouradas os nossos amiguinhos ... achou tanta graça no expediente dos garotos, 1[estavam fantasiados para o baile e a mamãe ... permitiu que eles fossem divertir-se.

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í19 — Fevereiro — 1941 17 O TICO-TICOly- ¦——________. ...

PARA VOC ÍARM AR

^- ^fl vA ^^r 29. >_»_r corte com cuidado. De-

/ ' VvV _»*_íor^ P°'K' Por meío de barban-

/ ja,^**1»^. •______****__^^^^_ír *es' ^a?a aj ''9aÇoes como

/ _j__) , ¦ ~~J jT nos bonecos de engonço

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O TICO-TICO — 18 — 19 — Fevereiro -r 1941

lEblONARROS DA SOilIE i «» "

y^ ^^n. y~~~ *s. /cesta' ' os^^N( ^rId^TcS»tosP ) /RQUE /MELHORES QUE)l^BEBEE? OS CHARUTOS^/ / RF?ME_

f HA/BOM? /

/HüM/ SÃON /y.NÓS NÃO y^^ ""\

í OTJMOô.MAS... ) ^^k>v /QUEREMOS FUMtò ^^^S \

PROBLEMAS — Um fazendeiro mandou suas tres filhas ao mercado para vender frangos.A' primeira deu 50, a segunda 30, e à terceira, 10. Elas receberam ordem-

de vender os frangos ao mesmo preço e trazer a mesma quantia. Podem dizer o preço porque os frangos foram vendidos e a quantia que elas trouxeram? ,.

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¦ '- J A GU A R Y

cava a ver. O velho pagé não podia imaginar que era brasileiro,'que sua terra era imensa, pois que a imensidade que ele imagi-

jnava, ia apenas sendo limitada pelos horizontes até onde suavista chegava. Era isso o mundo inteiro para êle, para além, comodizia, estava a "gra-nah" (cama do sol). Quando Jaguary ouviupela primeira vez o velho chamar o horizonte, do lado poente,de cama do sol, riu e perguntou:Como é> Jabotinga, que o Sol vai deitar-se naquela camae de manhã*sae de outra cama do lado oposto.

E' porque durante a noite êle se vira do outro lado —respondeu o pagé, sem se desconcertar.

Quando o pagé soube que tinha havido luta entre Urupangae o karpiniquim que lhe lançara a flexada e que Jaguary baterana cara do inimigo com uma folha de caraguá, começou a ondulara cabeça para todos os lados, resmungando coisas incompreensi-veis até que, como se então acordasse de um sono, disse:

Vai ser motivo para que eles se lancem contra nós com'maior furor, porque quem esfregar caraguá na cara de alguémnâo lhe pode fazer maior desaforo, maior ofensa, arruinando-opara a vida inteira. Ferida de caraguá não tem cura e quem assimestá ferido fica furioso e nunca deixa de perseguir seu ofensoraté mata-lo ou morrer pela mão dele. Jaguary, tu de hoje emdiante, procurarás os meios de nunca te avistar com esse karpini-quim e fugirás sempre que um deles quizer se aproximar de ticom * uma folha de caraguá.

Eu não sabia, chefe Jabotinga, que essa planta era tão peri-gosa e podia eu próprio ter-me contaminado com ela — disse Jagua-ry, considerando no seu intimo o grande perigo por que passara.

Jabotinga continuou com aquele, seu movimento ondula .teda cabeça, girovagou pelo interior da choça, foi soerguer umaesteira bastante consumida pelo uso e dali retirou um objeto quesó num lugar mais claro pôde-se ver que era uma machadinha.

Nenhum indio corupim usava machadinha de ferro, masuni rudimentar utensílio destituído de uma lasca de silica du-riss.ma amarrada com embira a um cabo de madeira. O corte erafeito per esfregamento contra outra pedra e isso* exigia muitotrabalho e paciência.

O TICO-TICO

MAX YANTOK 9

Embora Jaguary tivesse a certeza da força de Urupanga, dasua habilidade em qualquer luta, ficou receioso de que houvessena mata mais karpiniquins escondidos. Por isso não tardou ematirar-se também nagua, nadando como piraquara (peixe velocis-simo) e trepando rapidamente pelo barranco.Quando Jaguary, abrindo caminho pelo emaranhado dafloresta, chegou a ver Urupanga, este já estava agarrado ao kar-

piniquim, numa luta feroz, revolvendo-se no meio das folhassecas, ambos possuidos de uma fúria indescritível. Urupanga, maisforte, mais ágil, chegava a suspender seu adversário no ar, paraarremessá-lo na direção de algum tronco, mas o outro revolvia-se,como gato na queda e, mal tocando com os pés no chão, lançava-se ao ataque, a soltar bote de onça enfurecida.

Jaguary observava, sem intervir, mas esperava uma oportu-nidade para lançar sua flexa. Achava, entretanto, que seria umavelhacaria se interviesse, ficando dois contra um. Urupanga viulogo que seu adversário não era um fraco, mas um dos karpini-quins que mais tem dado que fazer aos corupins com suas irrup-ções e assaltos, traiçoeiro e com fartos recursos de ataque. Viuque estava chegada a hora de dar-lhe uma bôa lição ou de morrer.Reunindo todas as suas energias, Urupanga esperou um momentodecisivo e com seu poderoso braço rodeou o pescoço do contendor,apertando-o numa tenaz de ferro. O outro esperneou, deu umavolta brusca ao corpo, mas esse movimento, em lugar de livra-lodo aperto, fez-lhe estalar os ossos da espinha e relaxou os mus-culos, imobilisando-se.

Urupanga pensou que o houvesse estrangulado e tambémrelaxou o aperto.

Era apenas uma cilada, porque o karpiniquim, rápido, saltoude pé e soltou violento pontapé no peito de Urupanga, fazendo-ocambalear. Mas, ficou com o pé suspenso no ar, porque um laçode cipó revolteou no ar e enlaçou-lhe a perna, arrastando-o, atédar-lhe a cambalhota. Rápido, como o relâmpago, Jaguary saltousobre o karpiniquim e com uma pesada folha de caraguá (folhade grande espessura que se parece com uma pá) deu violentapancada no rosto dele.

26 — Fevereiro 1941

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"30" 1AGUARY

^ÍÜ^-W*

Refeito do ataque Urüpan-ga saltara de pé, mas não erapreciso mais lutar.

O karpiniquim perdera ossentidos, mas dali em diante fi-caria com a cara coberta de pus-tulas, porque o suco exumadodo caraguá é um cáustico terri-'W.^raAxtó Uü cai água e um x»„uaux»u ici

^P*^^^- vel que róe a pele sem cessar cpara o qual não ha remédio.

Deixaram-no <ali e voltaram para a aldeia, satisfeitos pela liçãodada ao karpiniquim. Dali por diante seu rosto seria atribuladopor pústulas horríveis, que não o deixariam em paz nem comforça para ir atormentar os pacatos corupins.

Só quando Urupanga e Jaguary, retomando sua caça e ospeixes apanhados iam tomando o caminho da aldeia, é que Uru-panga, virando-se para o rapaz perguntou:

Por que lado pegaste aquela folha de caraguá com quebateste na cara do nosso inimigo?

Eu a peguei pelo talo.Tiveste sorte, Jaguary. Essa planta é terrível é se, ao ba-

teres com ela no rosto do karpiniquim, o suco da folha respingou,a cara dele ficará coberta de pústulas que niinca r.iais se fecharão.Quando o fizeste, não sentiste respingo nenhum?

Não, Urupanga. O pagé já me contou que essa planta êterrível. Quando atravessamos o rio, na volta, eu lavei bem asmãos e a cara.

Urupanga ficou mais tranqüilo com essa resposta e, comohavia sofrido algumas arranhaduras na luta, que ainda sangra-vam, êle destacou uma folha de certa herva e aplicou-a sobre aferidinha, amarrando tudo com imbira.

OS RESMUNGOS DO PAGÉ

Quando Urupanga e Jaguary iam regressando Yucifíãra es-tava esperando à porta, da maloca, acocorada ao chão, entretida atrançar uma tanga. A vida das mulheres na tribú era simples, mas

O TICO-TICO

MAX "YA^VTOtx. n

o pouco que elas deviam fazer era bem feito. Na ausência úosseus homens que saíam pela manhã para caçar ou pescar, elasficavam a cuidar dos filhos, a arrumar as estacas da maloca, abuscar água no riacho para guardar em potes de barro. Não la-vavam, porque só se vestiam com uma tanga de folhas entrelaça-das ou de fibras de cipotuba.

O maior trabalho, porém, dessas mulheres consistia em es-fregar dois gravetos para acender o fogo e isso os Corupins fize-ram até que o pagé, homem muito pratico e inteligente, achou apedra do fogo, a isca. Dali em diante, a pouca comida que era co-sinhada, carne e peixe, passou a "ser tarefa das mulheres, porqueoutr'ora eram os homens da tribu que se incumbiam disso.

Jaguary, que vira muitas vezes sua mãe cosinhar, mas nãoaprendera a faze-lo, engenhava-se em ensinar o pouco que sabiae não se saía mal, como péssimo cosinheiro. Seu bom apetite e oda tribu supriam a tudo.

Na maloca do meio, cercada pelas outras, achava-se o velhopagé Jabotinga, velhíssimo, enrugado o rosto como pergaminhoarrepiado. Sua idade, que devia estar atingindo os cem anos, nãolhe permitia mais trabalhar, embora êle pouco tempo estivesseparado. Não fazia trabalhos pesados, mas mexia-se sempre ar-ranjando uma coisa, outra, trançando fibras, fazendo pequenosconcertos na maloca, o que fazia sempre resmungando palavrasincompreensíveis, efeito da sua caduquice. Isso, porém, não ex-cluia o fato dele, quando consultado, dar seu aviso certo, con-firmado pela grande experiência que tinha da vida.

Qs indios da tribu nunca deixavam de dar-lhe comida e depedir-lhe conselhos sobre alguma coisa a fazer. Jabotinga conhe-cia muitos remédios mas n.ão gostava de fazer feitiçarias e darpasses de mágicas, como costumam fazer os feiticeiros. Êle sabiaque melhor efeito produzirá no seu povo um conselho serio doque um passe de mágica, que sugestiona mas não convence.

Jaguary ficou simpatisando muito com o velho pagé e voltae meia ficava a conversar com êle, ambos acocorados à porta damaloca. Entre seus habituais resmungos o pagé contava casosremotíssimos, caçadas famosas, lutas com os indios inimigos, eJaguary, por sua vez, contava coisa do mundo que apenas come-

26 Fevereiro 1311

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19 — Fevereiro — 1941 — 21 — o tico-tico:

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- * 1 SABES, R4RÍCH0GSUE..-\ Boi NOIT'" P\ {(ADEUS PARACHQQUE., E I SEVOCE FOR. Ux J . "C\ (\ .4HAMHA MOU PARTIU 1 1 „

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> /u J VISITAR OMAHA-Sx^s-*IjV»' WJAH oE«wssoee'K*7*-*a*s-JL j

LOCUÇÕESTRA

RARI NANTES IN GURGITE"lASTO (.Raros náufragos nadan-**° "o rasío abysmo), — Final tíe"**?¦ verso de Virgílio (Eneida, I,

„i8). que tem variadas applica-Coes.

p.^EDDE CÃES ARI QUAE SUNT¦-AESARIS ET QUAE SUNT DEIDEO (Dai a César o que é de Ce-

J*r e a Deus o que é de Deus). —esP°sta de Jesus aos phariseus.

° GALO Q

LATINAS E ESTDUÇÃO E APLICA

que lhe perguntavam insidiosa-¦ mente se deviam pagar o tributo

a César (S. Matheus, XXII, 21) .Emprega-se mais freqüentementena fôrma portuguesa.

REGIS AD EXEMPLAR (Aexemplo do rei). — Expressão deClaudiano, que se aplica a todosque pautam o seu procedimentopelo do soberano ou do cheie.

RANGEIRASÇAO

RELICTA NON BENE PARMU-LA (Abandonanao -pouco gloriosa-mente o meu escudo). — Palavrasde Horacio (Odes, II, 7, 10), em quealude á sua fuga precipitada nabatalha de Filippos. Aplica-se iro-nicamente aos que fogem deantedo inimigo.

REMEMBER (Recorda-te), —Ultima palavra de Carlos I, rei deInglaterra, no cadafalso, dirigidaao bispo Juxon.

UE NÃO TINHA REMOS

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/LA<5-~jÍl^\_---^- Mw\\\ K*^\

\ *zfò^ hSv aJí

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ASAVENTURAS

DOCAMONDONGO

MICIm,

-p— r , f—nüvy_^__^ Atê êle está \I /

S ^ÇÍ^^JHv Carnaval formidavel |Jp— V»v «\9t" J;>valha-me íájÁ ^Ü-^^O^'^ ^-Deus !! °utra l

E . MICKEY TRATA DE ^ "^^^^«b.^^^^^&rt^^^^Sv^ '

ARRANJAR UM LUGAR __/ T_^ |03: X^JFvÊÊI^Ã 1P^ l *P^ ^

jMjj5-2G 'I [ ^r^_^J

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"***- *^__8fPs§F» *7'co con* ° mei*ina' Pagarei t>om¦^- p*_3T-,~Jt$^__} ordenado... Aceita .

^^^^mÈA0^^A'

Sou do Congo...bias nunca vi nc.nhum patrício as.sim... Que caraesquisita .

A(/$Ayyà v

Q-cm vai gostarca Minnie coitadaí

Minnie? Podesvoltar para casa...(Espere. Estão ba«tendo...

LÍSMU / ^JA /.O

/*"""_, Cjp. l»-ft V.-.lc rwi Froi)_t_- ^*""*vl_,

l\—im)_ -'''/?-l'J R'"'~* t<<*V'"Vt^1 - ~

~" '

b Fique com este

danado. Só sabebater não páraiiunca !

y J&váÊÊfeCOPYRIGHT

DE

WALT DISNEY

(Reprodução

proibida)

Meu Deus'! Que Carnaval cu°u ter, com este "bombardeio"

c°ntínuo!

_o°r

Hei de achar ! He;ide descobrir onde

"*i meter o indio !Queria deixa.

Io internadoa^iui. Não temninguém porsi...

E' preciso provarque ele c órfão. Istoé um Orfanato sc.

-v «io... Traga «_ r-os papeis.si... J/ os papeis. |—^--4|l 1

l Étle foi c.nden-.. ^*--í*^_&._***C'V'\ do? Matou alguém* Papagaio! A. £,£: °&l>:

,_»,Kl A -.

" \ Precisa provar. , Sou o homem fv J£

'"-_*•"#¦.- C>*r\ _vao posso l Tr i \ _-—- mais infeliz S qQ^\"

ficar com êle \ a os __„,_;„ J áPÍ__ V d° ml'nd° '

) ^

Tt4| > Ocasa ?** _»-/*_•• \ v«______^j ^-.Pim / *-5__?=!.

i /f'^|Sff^f T-Tmiiiiiii ^--***—*" ---Ç?*r^_---i*-f> _!__)''¦*-_.' ^ í

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O TICO-TICO

FORMIDÁVEL MATINÉE INFANTILORGANISADA PELO LUt JORNALNO CARLOS GOMES, SEGUNDA-

FEIRA DE CARNAVALNão ha criança carioca que não

vista com satisfação a sua fantasiarica ou pobre, e não exija pelo me-nos o seu lança-perfume e o seusaquinho de "confeti". Os bailesinfantis, lançados de alguns anos

para cá, com grande êxito, são ou-

tra tentação irresistvel para o gos-to carnavalesco dos nossos' guris.No carnaval deste ano os peque-ninos vão ser brindados com umafesta magnífica, no Teatro CarlosGomes, especialmente organizada

pelo Lux-Jornal. Além de fartadistribuição de brinquedos, doces,balas e caramélos, os minúsculosdansarinos receberão também vá-rios prêmios de grande beleza. E

que lindo que estará o Teatro Car-los Gomes para a grande vesperalinfantil da segunda-feira gorda !Todo o imenso recinto daquelaformosa casa de espetáculos seráfranqueado aos folguedos. A lin-

da ornamentação do teatro seráum encanto para os olhos da cri-

ançada, como si uma fada milagro-sa tivesse transportado os peque-ninos carnavalescos para a legcn-daria cidade de Veneza,- de quemuitos já ouviram falar, como sen-'do a cidade dos canais e das gon-dolas,. dos trovadores e dos pom-bos de São Marcos. Nesse ambi-

ente deslumbrante, de ar perma-nentemente renovado, milhares e

milhares de petizes, vestindo asmais lindas e luxuosas fantasias.

poderão cantar e dansar com eu-tusiasmo, durante várias horas.

A grande "matinée" infantilno Teatro Carlos Gomes, organi-zada pelo Lux-Jornal", será, as-Éim, um espetáculo do qual as cri-ancas cariocas guardarão lembran-

ça inapagável.

24 19 _ Fevereiro — 1941

PASSATEMPO

h I KJIi íPsA

uni w \*f<_/-_>

Destaque o desenho da página e, depois, dobre-o pelaslinhas interrompidas, seguindo as indicações dos números:

primeiro em 1, para fora; depois em 2 para dentro e após

em 3 para traz.

ALGARISMOSOs algarismos árabes só se tornaram de uso corrente, na Europa, n

Segunda metade do século XV. Muito tempo depois de serem adotados,

ainda se faziam contas e cálculos com marquinhas. Este sistema

calcular por meio de marquinhas foi muito habilmente aperfeiçoado

permitiu fazer contas bem complicadas.

Mme. Sevigné, a grande epistolografa francesa, que tão bem e

crevia, servia-se de marquinhas para fazer contas. A 10 de Junho

1671, escreveu á sua filha, dizendo-lhe que fizera o balanço da sua i°

tuna com as marcas (jetons) do padre de Coulanges, que são nu»

certas e boas. Óra as operações feitas deviam ser bem complicadas p

que Mme. Sevigné possuía então uma fortuna hoje equivalente a U

oito mil e quinhentos contos.

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19 — Fevereiro — 1941 — _¦:> O TICO-TICO

FRUTAS <ão bonsalimentos, gostosos

e úteis.

FAZER refeições ahoras certas signi-fica zelar pela pró-

pria saúde.

_BMpMh_y^- ^_« s. ~._a\ .___aa*2Bmm* I if9^_mW\uSm^mm^^^^

\i*-ír> <5o -»• ^y_*___É__. nada imediatamente.___¦_¦ 1 ^_^%T/_r'

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E«_ \^___. I A/ dinheiro quem cuida

SeRV|Çq DE PROPAGANDA E EDUCAÇÃO SANITÁRIA — (Continú

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TICO-TICO — 20 19 _ Fevereiro — 1941

©esenhos para colorir

^ ./ j

O BRASIL É UM PAÍS AMANTE' DA P A Z

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19. ~ Fevereiro — 1941 27 — O TICO-TICO

Concurso Naval d' 0 Tíco-TícoJkE acorde com as bases que aparecem¦^ nesta pagina está em vigor mais este

interessante concurso, d'0 TICO-TICO pormeio do qual este semanário distribuirá aos

seus leitores 70 prêmios de valor, mediante

sorteio. Os concorrentes nada mais terão a

fazer do que ir colando os 10 recortes que

iremos publicando, no Mapa que apareceu

nas edições anteriores, findo o que, deve-

rão responder ás 3 perguntas nele contidas

a proceder conforme as BASES.Nesta mesma pagina damos a relação

dos prêmios que serão conferidos por sor-reio, e publicamos o 3." recorte para ser:olado no Mapa.

RELAÇÃO DOS PRÊMIOS

I bicicleta para menino oumenina, do valor de . . . .

I aparelho de radio de acre-ditada marca, do valor de

) bonito fogão para meninado valor de

I aparelho de cosinha parabonecas, do valor de . . . .

5 canetas tinteiro cada uma de

I canhão, para menino, do500$000 valor de

5 maquinas fotográficas Ko-400$000 dalc, cada uma de

5 assinaturas anuais d'0I20$000 TICO-TICO cada uma do

valor de80$000 50 livros de historias infantis50$000 do valor, cada um, de . .

40$000

30$000

25$000

5$000

BASESI) Em 10 edições seguidas d'0 TICO-TICO vocês encontrarão 10

recortes que, colados no Mapa ao lado, reconstituirão algo que recordaUma destacada e valorosa figura de brasileiro que se fei merecedor daVeneração e da estima de todos pela sua integridade, patriotismo e ou-trás qualidades cívicas e morais.

2) Depois de colar todos os 10 recortes no espaço em branco doMapa, os concorrentes deverão responder às 3 perguntas que lhes sãofeitas no mesmo, assinar o nome por extenso e indicar o endereço com-pleto e bem legivel.

3) Os Mapas "completos" serão trocados por cupões numeradoscem cujos numeros os concorrentes tomarão parte no Concurso, partici-P&ndo no sorteio dos prêmios. As trocas serão feitas, nos Estados, eom03 agentes e vendedores d'0 TICO-TICO, e nesta Capital em nosso Es-critério à Travessa do Ouvidor n.* 26, térreo.

4) A troca dos Mapas será efetuada dentro do praso de 40 diasa contar da data da publicação do último recorte.

5) Só serão considerados "completos" os Mapas que trouxerem esrcspostas das 3 perguntas, e só estes entrarão em sorteio.

o) Serão sorteados entre os concorrentes, 70 prêmios de valor i"•teresse, que vão especificados na relação que a seguir publicamos.

7) A data do sorteio será oportunamente anunciada"'O TICO-TICO.

3." RECORTE

Y^ 'UiVi

¦ ©3\ vi—l

vVi_MY*_B

Destaque

com cuidado

e cole no Mapa

em lugar quelhe compete

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O TICO-TICO -- 28 — 19 _ Fevereiro — 194Í

NIP, COW BOYpor LovãANCO

VOCÊS NAO IMAGINAM 0 PUE FAÇO MONTA-J)0 NUM CAVALO MAtfSO OU CHUCRO?

m fà #&S!M7?0RpUENA0M0NTASAD0URAD

DOURADA7 UMA POTRANQUíNHAí jNÊ

(AQUI/&QU RW ) AGORAE* QÜE VOCÊSVÃO CONHECER UM

COW-BOy.____P__f_

>. Ilflkv A"

- *í « ta. a #

—. 1—I

[(*^4_^\i' 1

OUE ISTO TE SIRVA DE LÍCÃ0^iP',ES MUITO PROSA, E ISSO NAüE

UMA BOA QUALIDADE

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19 __ Fevereiro — 1911 — 29 O TICO-TICO

_____! _____;-' •''-•

* "________^______E _______ -3Bri5_—t

tr ' a,. , , 5_S-5T

_j_u.iTi._rt üt nr -|#'f i 'i w-__i-"jjí-

ÉRAUA.

A Naquela tarde, o velho tio

André, o amigo das criançasda vila — foi o primeiro aaParecer no terreiro da suaCasa, onde se juntavam as cri-anÇas para lhe ouvir interes-Santes historias.

A°s poucos foram elas che-§ando e em breve estava gene-_al'sada a palestra, emboraHUem mais falasse era o velho.'° André, uma vez ou outra"irrompido

para dar um ex-arecimento que as criançasJile Pediam.balava êle do espirito irre-

jWeto e belicoso dos pernam-JUcanos que, desde 1710, ha-lan_ pretendido sacudir o ju-^ Português, tornando-se in-eePendentes, tendo antes, 1654,pXPulsado os holandeses deernambuco.

~7 Mesmo depois de procla-ada nossa independência em^2, continuou o bom velho-

, > os pernambucanos, ao sa-p^rem que em Portugal se pre-.^ rava uma expedição paras'Vadir o Brasil, revoltaram-~jj tendo à frente o presidenteAlanoel de Carvalho Paes deVin ac^e> convidando as pro-'•-¦as do Norte a se unirem\eh.se

de 1848, a Con fede-a 2de t sen(^° proclamada,Julho de 1848, a Conf^

?ao do Equador, de que fa-h ^ parte as pi\ ncias deJrnambuco, Piauí, Ceará,u ° Grande do Norte, Paraí-aQe Alagoas.van,S c°nfederados acredita-h

"J que Dom Pedro I.° osVan,'3 abandonado e procura

unindo-s<de-Lresistir a quem preten

Eustorgso WandeHey

XÉ \i

pa l0rtalecer-se, unindo-seSSe e.scravisa-los.

Um dos cabeças desse mo-vimento republicano-libertadorera o carmelita Frei Joaquimdo Amor Divino Rebelo Ca-néca, cognome que êle adotoupor ser o apelido que o povodera ao seu velho pai, fundei-ro, fabricante de canecas defolha de flandres.

Jornalista, poeta, orador,Frei Caneca se batia na im-prensa e na tribuna pelo seuideal de liberdade.

Ao ter ciência deste movi-mento, Dom Pedro 1.° envioudo Rio de Janeiro, para o com-bater, uma divisão naval, co-mandada pelo almirante Co-crane, com 1.200 soldados sobo comando do coronel Lima eSilva.

Após alguns combates, foia revolução sufocada e seuschefes e principais influentes,em numero de 32, condenadosà morte.

Em Pernambuco foram mor-tos oito, no Ceará cinco e tresno Rio de Janeiro, para ondeseguiram presos. Os 16 conde-nados restantes conseguiramescapar à morte, sendo depoisperdoados.

Entre os sacrificados e mPernambuco destaca-se a figu-ra impressionante de Frei Ca-néca, que, nem por um momen-to, perdeu a calma e a sereni-dade.

Condenado à forca, no mo-mento de ser executado, o car-rasco negou-se a executar asentença, não havendo rogos,nem ameaças que o demoves-sem do seu propósito de nãoenforcar o estimado carmelita.

Mandaram buscar na cadeia

os mais perversos sentencia-dos, que, por sua vez, se re-cusaram a enforcar Frei Ca-néca, mesmo depois de espan-cados.

Foi resolvido, então, que oréo fosse fuzilado. Ao se des-tacar o pelotão que o deviafuzilar, um dos soldados ficoutão emocionado que teve umasincope e morreu.

De pé, desde cedo, quandochegou s.o local da forca, FreiCaneca esperou, durante mui-tas horas, que lhe dessem amorte, sempre calmo, orando,ao lado do seu confessor queo confortava.

Morria pela liberdade dasua Pátria e estava satisfeito,certo de que seu martírio ha-via de servir para que ela fos-se verdadeiramente livre.

Sua execução teve lugar a13 de Janeiro de 1825, e agora,no mês passado completaram-se 116 anos que foi êle fuzi-lado de encontro a uma dasmuralhas da Fortaleza dasCinco Pontas, onde se vê hojeuma placa de bronze, comemo-rativa do seu martírio.

Essa rua Frei Caneca,aqui no Rio, é também lem-branca do que aconteceu?perguntou o Pedrinho.

E', sim; o nome de FreiCaneca foi dado a essa ruapara lembrar sempre um dospaladinos da liberdade da suaPátria. Jamais deveremos es-quece-lo; concluiu o bom ami-go das crianças, enquanto elasrepetiam, em coro, disper-sando-se:

¦— Não esqueceremos nun-ca Frei Caneca.

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O TICO-TICO — 30 — 19 — Fevereiro — 1941

Nossos CONCUR/O/1 1931

5-10TOTAL

¦10= 5J530

CONCURSO N." 114

Aqui estão os algarismos 1, 94 e 1 colocados nos quadrados dcmodo que, somados horizontal everticalmente dão como resulta-do 30.

Poderá o leitor colocar essesmesmos algarismos nos 4 qua-drados de modo a resultar a so-ma 48 ? (Não se deve inverter o9 para que vire 6, nem empregarfrações).

Daremos, por sorteio, 5 prêmios aos eoncurrentes que acer-tarem. ,

Esses prêmios serão lindos livros que enviaremos pelo Correio.Mandem a solução acompanhada do Vale n.n 114"e com o nome

e endereço completos, ate o dia 22 de Março. O resultado será pu-blicado em 2 de Abri!.

O papel* (Paire Antônio Vieira)É possível que não ha de haver,

justiça, nem innocência, nem prê-

mio, que escape do castigo do pa-

pel ? Chamei-lhe castigo por lhe

não chamar roubo.

Mas que papel ha, que não seja

ladrão marcado ? Terrível flagelo

do mundo foi sempre o papel; mas

hoje mais cruel que nunca. A ori-

gem e o nome de papel foi tomado

das cascas das árvores, que em la-

tini se chamam "papyrus"; por-

que aquelas cascas foram o pri-meiro papel em que os homens es-

creviam ao princípio: depois dc-

ram em curtir as pelles e se facili-

tou mais a escritura com o uso dos

pergaminhos: ultimamente se in-

ventou a praga do papel, do quehoje usamos. De maneira que, se

bem advertimos, fo. o papel desde

seus princípios matéria de escre-ver, e invenção de esfolar; com o

primeiro papel as árvores, com ossegundos os animais, com o de ho-

je esfolam-se os homens. Oh !

quanto papel poderá encadernar as

pelles, que o mesmo papel temdespido ! Mas em nenhuma partetanto como em Portugal, porqueem nenhuma se gasta tanto cm

papeis.

O mais bem achado tributo, queinventou a necessidade ou a cobi-

ça, é para mim o do papel sellado;

mas faltou-lhe uma condição: o

sello não haviam dc pagar as par-tes, senão os ministros. Sc os mi-

nistros pagassem o sello, cu vos

pTomcto que haria de correr me-

nas o papel, e que haviam dc voar

mai6 os negócios.

Concurso n. 108Foram premiados com lindos 1'-

vros de histórias infantis os se'

guintes concorren.es que enviara!-'1solução certa:

RIVALDO GONÇALVES DG

MEDEIROS

rua das Pernambucanas, 308, R*.cife — PERNAMBUCO.

RENATO BARBOSA DACRUZ

Avenida Leovigildo Filgueiras, ¦>''

São Salvador — BAÍA.

ARY MARQUES CRUZrua Pandiá Calogeras, 8.432 A*.111'daúna, — MATO GROSSO.

LETICIA DOS SANTOSrua Pontes Corrêa, 157 ap. 4RIO.

HEITOR JOSÉ EIRASrua Esmeralda 31, AclimaçãoSAO PAULO.

MARLY MELLOrua Mearim, 300 Grajahú — Rl°*

Solução exata doCONCURSO N.' 108

o ópoc rs o'- LHA

NÉLw ÓLA

RANHA

4SÍ M?li I

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19 — Fevereiro — 1941 — 31 *—¦ 0 TICO-TICO

A Lingerie Bof dada M*a+$aa****i\

Um esplendido álbum contendo mais de 120 modelos de lingeriebordada do mais fmo gosto. Camisas de dormir. Pijamas, Désha-billés, Nègligés, liseuses, Peignoir», Combinações, Calças, Soutiens,lingerie para crianças e bébés, alem de innumeros monogrammaspara bordar em pijamas e roupas finas. Todos os modelos tra-zem os respectivos riscos do bordado em tamanha natural, comas necessárias indicações, bastante minuciosas, para a execuçõo.Trabalhos em renda Milaneza, Irlandeza, applicacões de Racine^Valenciana, etc. - Um álbum de raro valor, pela variedade,escolha e delicadeza do que publica.

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BIBLIOTHECA DA ARTE DE BORDARC. Postal, 880 -- Rio de Janeiro

Comprcim-se coleções^ cf O Tico-Tico ^

Compram-se números antigos d'0 TICO-TICO,anteriores a 1930, desde que estejam em perfeito es-tado e formando coleção.

As ofertas, especificando preço e detalhes, de-vem ser dirigidas á Gerencia d'0 TICO-TICO, Tra-vessa do Ouvidor n." 26 — Rio.

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\ue eu lhe disse:-Lisoe nao mudoJUVENTUDE

ALEXAÜDjEPARA A BELIEZA DOSCABELLOS E CONTRACABELLOS BRANCOS

O TIUÜ-T1ÜU publica os relfa-tos cie todos os seus leitores, gra-tuitamente.

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OEf^OSlTO EM S RMA0J.CX>UTO-R.RIAC+fUE(.0 68-A

ICARAl quer dizer, cm Iingua-gem indígena, "água sanía".

Nem tudo que relnz é «tiro —(provérbio popiilar).

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(Xò aventutaò de tQfiiquinfko/—>*_ i /*N <=<. VÉÍ-'

Um dia Chiquinho chamou a Lili, e perguntou-lhe si co-nhecia e acreditava na arvore que envolve e...

...abraça as pessoas que se abrigam á sua tombra. Ll1'não acreditou e pensou que».

...fosse mais urría pilhéria de seu primo. Este a levou ao local onde estava a arvoree disse-lhe que se sentasse ao pé.

Lili, um tanto desconfiada, se deixo"

ficar , mas, um certo ruido de folhas»

...deu-lhe um sobresalto, e com grandeSurpresa viu é arvore avançar os ga-lho»,..

...e abraça-la fortemente. O susto da Lili Chiquinho mostrou-lhe então q ^ ^e\

foi medonho _ ela gritou desespera- © Benjamim fantasiado de arVOdemente, tanto mede lhe jçausara,.