salão imobiliário - 16 de fevereiro de 2014

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MANAUS, DOMINGO, 16 DE FEVEREIRO DE 2014 (92) 3090-1017 Imóveis compactos ganham destaque no mercado local Construtoras têm investido em apartamentos que variam de 40 a 55 metros quadrados para atender adequação de renda A diminuição da metra- gem em apartamen- tos já é uma realidade em Manaus há alguns anos. Essa tendência do mer- cado imobiliário tem sido es- timulada por fatores como uma adequação à renda – das classes C e D, por exemplo – e o perfil desse consumidor – geralmente solteiros, casais recém-casados sem filhos ou famílias com poucos filhos em busca do primeiro imóvel e ainda idosos. O tamanho des- ses imóveis compactos varia de 40 a 55 metros quadrados, que custam em média de R$ 2 mil a R$ 6,5 mil. Essa variação no custo do metro quadrado, em Manaus, depende da construtora, do padrão de construção e da localização do imóvel, de acor- do com a gerente comercial Deborah Goulart, da Direcional Engenharia. Como fatores de- terminantes para essa tendên- cia, Deborah cita a diminuição do tamanho das famílias, que hoje são menos numerosas do que no passado, e a relação entre renda e ampliação do crédito imobiliário. “Devido às facilidades de crédito imobiliá- rio e aumento da renda indi- vidual nos últimos anos, hoje as pessoas conseguem sair de casa mais cedo, muitas vezes ainda solteiras”, analisa. A arquiteta Leila Barakat classifica esses imóveis com- pactos como “funcionais” e ob- serva que, há 15 anos, não havia esse tipo de oferta em Manaus para esse público. “Antes, o jovem ou alugava um quarto ou continuava morando com os pais. Mas, houve uma evolução nesse sentido e, atualmente, você percebe possibilidades”, comenta. Ela lembra ainda que, antes, só existiam na cidade imóveis pontuais em lugares como os conjuntos dos Jorna- listas, Eldorado, Tocantins e o Parque dos Ingleses. Na opinião de Leila, esse mercado é mui- to interessante numa capital como Manaus, pois represen- ta um benefício muito grande para a qualidade de vida de seus moradores. Deborah Goulart inclui ainda na lista de fatores determi- nantes a diminuição de custo da unidade. “Com a metragem reduzida, isso impacta signi- ficativamente no custo final do produto. Uma vez com o custo menor, isso é repas- sado ao cliente final. Quanto menor o custo, mais pessoas e famílias se enquadram fi- nanceiramente e ficam aptas a conseguirem comprar a sua casa própria”, explica. A gerente de marketing da Patrimônio Manaú, Elizabe- th Carvalho, lista também a rotina do consumidor para determinar essa tendência. “As novas necessidades é que direcionam a oferta de merca- do. Atualmente, o consumidor busca simplificar a vida, com novas rotinas diárias, bus- cando soluções práticas com menos tempo”, diz. “É uma tendência de mercado, ofe- recendo produtos com mais conceitos e com isso reflete em uma redução no preço e metragem dos produtos”. Negócios Rodrigo Oliveira, represen- tante comercial da Capital Rossi, considera crescente esse mercado de apartamen- tos menores e destaca o gran- de volume de negócios nas classes C e D. “Uma pressão forte de preços de insumos e mão de obra força um pouco a construção de imóveis mais compactos. Isso ocorre para conseguirmos preço de venda mais atraente às famílias das classes C e D”, afirma. Ainda a respeito do perfil do consumidor interessado nes- se tipo de imóvel, Deborah Goulart comenta que, hoje, esse perfil é variado e muda de acordo com a classificação econômica do imóvel. A busca por imóveis de médio e alto padrão é feita, normalmente, por pessoas jovens solteiras, entre 23 e 40 anos, ou casal sem filhos. “São pessoas que têm uma vida mais dinâmica e ficam pouco em casa devido a compromissos sociais e de trabalho”, analisa a gerente comercial. “Já nos imóveis eco- nômicos são famílias que es- tão conseguindo pela primeira vez adquirir sua casa própria com a ajuda do programa federal de incentivo, o ‘Minha casa, minha vida’”. Devido às facili- dades de crédito imobiliário, hoje as pessoas conseguem sair de casa mais cedo, muitas vezes ainda solteiras Deborah Goulart, Direcional Engenharia FOTOS: RICARDO OLIVEIRA Nos empreendimentos da construtora Capital Rossi, a metragem mais comum de apartamentos compactos varia de 40 a 55 metros quadrados. Rodrigo Oliveira informa que já foram entre- gues pela empresa mais de 1,6 mil unidades e mais de 2 mil estão previstas para ser entregues nos próximos meses. “Estamos avaliando algumas oportunidades de terrenos que se encaixem nesse perfil para lançamen- to próximo”, revela. No caso da Patrimônio Manaú, Elizabeth Carva- lho explica que a empre- sa ainda não tem nenhum empreendimento com essa característica, e a menor metragem comercializada é de 60 metros quadrados. “Mas estamos estudando e avaliando a possibilida- de de um empreendimento nesse padrão e com esse perfil”, adianta a gerente de marketing. Em média, o metro qua- drado de apartamentos compactos da Direcional Engenharia varia de 40 a 54. “Dentro dessa tendência, trabalhamos com imóveis econômicos, onde podemos citar o Total Ville, em Santa Etelvina, e o Allegro, na avenida Torquato Tapajós, já entregues”, conta Debo- rah Goulart. Futuros lançamentos em Manaus Rodrigo Oliveira, re- presentante comercial da Capital, afirma que esse mercado é crescen- te e destaca o grande volume de negócios na classe C e D O metro quadrado desses apartamen- tos custa de R$ 2 mil a R$ 6,5 mil

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Salão imobiliário - Caderno de imóveis do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 16 DE FEVEREIRO DE 2014 (92) 3090-1017

Imóveis compactos ganham destaque no mercado localConstrutoras têm investido em apartamentos que variam de 40 a 55 metros quadrados para atender adequação de renda

A diminuição da metra-gem em apartamen-tos já é uma realidade em Manaus há alguns

anos. Essa tendência do mer-cado imobiliário tem sido es-timulada por fatores como uma adequação à renda – das classes C e D, por exemplo – e o perfi l desse consumidor – geralmente solteiros, casais recém-casados sem fi lhos ou famílias com poucos fi lhos em busca do primeiro imóvel e ainda idosos. O tamanho des-ses imóveis compactos varia de 40 a 55 metros quadrados, que custam em média de R$ 2 mil a R$ 6,5 mil.

Essa variação no custo do metro quadrado, em Manaus, depende da construtora, do padrão de construção e da localização do imóvel, de acor-do com a gerente comercial Deborah Goulart, da Direcional Engenharia. Como fatores de-terminantes para essa tendên-cia, Deborah cita a diminuição do tamanho das famílias, que hoje são menos numerosas do que no passado, e a relação entre renda e ampliação do crédito imobiliário. “Devido às facilidades de crédito imobiliá-rio e aumento da renda indi-vidual nos últimos anos, hoje as pessoas conseguem sair de casa mais cedo, muitas vezes ainda solteiras”, analisa.

A arquiteta Leila Barakat classifi ca esses imóveis com-pactos como “funcionais” e ob-serva que, há 15 anos, não havia esse tipo de oferta em Manaus para esse público. “Antes, o jovem ou alugava um quarto ou continuava morando com os pais. Mas, houve uma evolução nesse sentido e, atualmente,

você percebe possibilidades”, comenta. Ela lembra ainda que, antes, só existiam na cidade imóveis pontuais em lugares como os conjuntos dos Jorna-listas, Eldorado, Tocantins e o Parque dos Ingleses. Na opinião de Leila, esse mercado é mui-to interessante numa capital como Manaus, pois represen-ta um benefício muito grande para a qualidade de vida de seus moradores.

Deborah Goulart inclui ainda na lista de fatores determi-nantes a diminuição de custo da unidade. “Com a metragem reduzida, isso impacta signi-fi cativamente no custo fi nal do produto. Uma vez com o

custo menor, isso é repas-sado ao cliente fi nal. Quanto menor o custo, mais pessoas e famílias se enquadram fi -nanceiramente e fi cam aptas a conseguirem comprar a sua casa própria”, explica.

A gerente de marketing da Patrimônio Manaú, Elizabe-th Carvalho, lista também a rotina do consumidor para determinar essa tendência. “As novas necessidades é que

direcionam a oferta de merca-do. Atualmente, o consumidor busca simplifi car a vida, com novas rotinas diárias, bus-cando soluções práticas com menos tempo”, diz. “É uma tendência de mercado, ofe-recendo produtos com mais conceitos e com isso refl ete em uma redução no preço e metragem dos produtos”.

NegóciosRodrigo Oliveira, represen-

tante comercial da Capital Rossi, considera crescente esse mercado de apartamen-tos menores e destaca o gran-de volume de negócios nas classes C e D. “Uma pressão forte de preços de insumos e mão de obra força um pouco a construção de imóveis mais compactos. Isso ocorre para conseguirmos preço de venda mais atraente às famílias das classes C e D”, afi rma.

Ainda a respeito do perfi l do consumidor interessado nes-se tipo de imóvel, Deborah Goulart comenta que, hoje, esse perfi l é variado e muda de acordo com a classifi cação econômica do imóvel. A busca por imóveis de médio e alto padrão é feita, normalmente, por pessoas jovens solteiras, entre 23 e 40 anos, ou casal sem fi lhos. “São pessoas que têm uma vida mais dinâmica e fi cam pouco em casa devido a compromissos sociais e de trabalho”, analisa a gerente comercial. “Já nos imóveis eco-nômicos são famílias que es-tão conseguindo pela primeira vez adquirir sua casa própria com a ajuda do programa federal de incentivo, o ‘Minha casa, minha vida’”.

Devido às facili-dades de crédito

imobiliário, hoje as pessoas conseguem sair de casa mais cedo, muitas vezes

ainda solteiras

Deborah Goulart, Direcional Engenharia

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Nos empreendimentos da construtora Capital Rossi, a metragem mais comum de apartamentos compactos varia de 40 a 55 metros quadrados. Rodrigo Oliveira informa que já foram entre-gues pela empresa mais de 1,6 mil unidades e mais de 2 mil estão previstas para ser entregues nos próximos meses. “Estamos avaliando algumas oportunidades de terrenos que se encaixem

nesse perfi l para lançamen-to próximo”, revela.

No caso da Patrimônio Manaú, Elizabeth Carva-lho explica que a empre-sa ainda não tem nenhum empreendimento com essa característica, e a menor metragem comercializada é de 60 metros quadrados. “Mas estamos estudando e avaliando a possibilida-de de um empreendimento nesse padrão e com esse

perfi l”, adianta a gerente de marketing.

Em média, o metro qua-drado de apartamentos compactos da Direcional Engenharia varia de 40 a 54. “Dentro dessa tendência, trabalhamos com imóveis econômicos, onde podemos citar o Total Ville, em Santa Etelvina, e o Allegro, na avenida Torquato Tapajós, já entregues”, conta Debo-rah Goulart.

Futuros lançamentos em Manaus

Rodrigo Oliveira, re-presentante comercial da Capital, afi rma que esse mercado é crescen-te e destaca o grande volume de negócios na classe C e D

O metro quadrado desses apartamen-

tos custa de R$ 2 mil a R$ 6,5 mil

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O evento nacional, realizado em Brasília, comemorou os 30 anos de criação do MST

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EXPEDIENTE

EDIÇÃO Bruno Mazieri

REPORTAGEMBruno MazieriLuiz Otávio Martins

FOTOSAlberto César AraújoRicardo Oliveira

REVISÃODernando Monteiro

DIAGRAMAÇÃOMario Henrique Silva

TRATAMENTO DE FOTOSKlinger Santiago

Sem-terra em encontro nacionalO Movimento dos Trabalha-

dores Rurais Sem Terra (MST) realizou na última semana o 6º Congresso Nacional do Mo-vimento, no Ginásio Nilson Nelson. O encontro seguiu até sexta-feira, dia 14. Com o tema “Lutar, Construir Re-forma Agrária Popular”, 15 mil trabalhadores e trabalhado-ras de 23 Estados irão partici-par do congresso, além de 250 convidados internacionais, segundo os organizadores. O evento marcou também os 30 anos de criação do MST.

O principal objetivo do con-gresso foi discutir e fazer um balanço da atual situação do movimento, traçar novas for-mas de luta pela terra, refor-ma agrária e transformações

sociais, segundo Marina dos Santos, integrante da Direção Nacional do MST. Durante os quatro dias, foram debatidos os desafi os de organização do movimento, o papel po-lítico dos assentamentos, a participação da mulher e dos jovens, ato político em defesa da reforma agrária e ativida-des culturais.

Segundo Marina dos San-tos, o congresso “também foi uma oportunidade de rea-fi rmar um novo programa da reforma agrária para o país: a Reforma Agrária Popular, já que o modelo de reforma agrária anterior está esgo-tado e não produz os efeitos desejados pelo movimento”. Ela disse que atualmente

existem 350 mil famílias assentadas em 1,2 mil mu-nicípios, “mas também há 90 mil famílias não assentadas vivendo em barracas e lutan-do pela terra”.

As delegações estiveram acampadas em barracas em frente ao ginásio. Simulta-neamente ao congresso, ocorreu a Mostra Nacional da Cultura e Produção Cam-ponesa para demonstração e venda dos alimentos produ-zidos pelos assentados, além de apresentações culturais. No mesmo espaço, ainda fo-ram montadas 12 pequenas agroindústrias de benefi cia-mento, entre elas de erva-mate, cachaça e farinha.

Por Agência Brasil

NACIONAL

Comércio de imóveis

O movimento superou a expectativa do setor, que era de uma expansão entre 10% e 15%. Quase um terço, ou 28% das 33.319 unidades negociadas, refere-se a empreendimentos com um dormitório construído na capital paulista

As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo cresceram 23,6% no

ano passado, comparado a 2012. O movimento superou a expectativa do setor que era de uma expansão entre 10 e 15%. Quase um terço, ou 28% das 33.319 unida-des negociadas, refere-se a empreendimentos com um dormitório cuja comerciali-zação, praticamente dobrou,

passando de 4.202 para 8.391 imóveis. Mas as unidades de dois dormitórios continuam liderando a expansão de pro-cura, com 14.674 negócios e alta de 14,7%.

De acordo com os dados divulgados na última semana pelo Sindicato da Habitação (Secovi), os negócios aumen-taram em ritmo maior do que o de lançamentos, que teve alta de 16,4%, mas a procu-ra fi cou em sintonia com o

total de unidades lançadas no período (33.198). O volu-me fi nanceiro teve expansão ainda mais signifi cativa, de 30,2%, e movimentação de R$ 19,1 bilhões.

Na avaliação do presiden-te do Secovi de São Paulo, Claudio Bernardes, o bom de-sempenho do setor ajudou a evitar que o país tivesse um Produto Interno Bruto (PIB) - soma dos bens e serviços produzidos no país - ainda

menor em 2013.Segundo defendeu o execu-

tivo, o aquecimento e os pre-ços dos imóveis, com cotação média acima de R$ 8 mil por metro quadrado, não embutem a presença de especuladores. São resultados de aquisições do primeiro imóvel, feitas por jovens adultos na faixa de 35 anos, já que existe crédito e taxas de juros baixos.

“A maioria das vendas no país é para pessoas de 35 anos e

70% dos fi nanciamentos para os que estão adquirindo o primeiro imóvel, e com esse número tão grande, segura-mente, não são investidores e nem especuladores com base em uma negociação futura ime-diata. Isso signifi ca que não tem bolha imobiliária no Brasil”, ressaltou Bernardes. Com base em projeções do Secovi, ele prevê que neste ano haverá estabilidade nos negócios.

O economista-chefe da en-

tidade, Celso Petrucci, escla-receu que as vendas deverão sofrer algum impacto em razão do ano atípico, com Copa do Mundo e eleições, antecipação de férias e períodos mais pro-longados de inatividade dos negócios. “Estamos prevendo vendas e lançamentos de 33 mil unidades, e os fi nancia-mentos podem crescer 15%, já que temos estoques a serem ofertados”, disse ele.

Por Agência Brasil

cresce em São Paulo

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Pouco espaço, muita harmoniaÉ possível aproveitar o espaço físico de casas ou apartamentos pequenos para construir um lugar funcional, prático e agradável. Entre as dicas estão o uso de cortinas com tecidos leves e semitransparentes, além de um mobiliário multifuncional

Atualmente, a tendên-cia no mercado imo-biliário é investir em projetos de residên-

cias cada vez menores. E o desafi o para profi ssionais de arquitetura e decoração é tor-nar esses espaços funcionais, práticos e agradáveis para os seus clientes. O arquiteto e urbanista Luiz Yerén é es-pecialista em design de inte-riores e iluminação, e conta que existem várias dicas para quem quer trabalhar melhor o pouco espaço físico no lugar onde mora. “Há diversas ma-neiras de se aproveitar espa-ço, pois cada ambiente tem a sua necessidade”, destaca.

É importante evitar um mobiliário exagerado, com objetos que não ajudam na decoração da moradia e ain-da podem atrapalhar o seu aspecto visual e funcional. “Cada ambiente tem uma ne-cessidade específi ca, e nos espaços pequenos a necessi-dade de mobiliário diminui de acordo com o seu tamanho”, comenta Luiz.

Entre as recomendações do profi ssional está o uso de cores suaves e claras nos cômodos. “Elas ajudam a evi-tar uma possível sensação de enclausuramento”, diz. A dica é adotar cores monocromáti-cas e fazer variações de seus tons. Outra maneira de otimi-zar espaço é por meio do uso de luz natural. “A luz natural oferece benefícios em relação à amplitude e à saúde, já que espaços pequenos tendem a acumular poeira”, explica Luiz, que sugere ainda o uso de cortinas com tecidos leves e semitransparentes.

“Uma outra dica excelente é a utilização de espelhos, que passam uma sensação de amplitude”, diz o arquiteto.

Espelhos são bem-vindos em uma sala de jantar, por exem-plo, mas não é recomendável exagerar no seu uso, para não conferir a um cômodo uma estética de motel. “E jamais pensar em colocar espelhos no teto”, avisa Luiz.

CirculaçãoA organização é outro item

que deve ser levado em consi-deração num imóvel pequeno. “O ambiente bem organizado também oferece uma sensa-

ção de amplitude. Uma dica pessoal é sempre deixar o espaço central do cômodo com mais circulação. Afi nal, ninguém gosta de tropeçar num puff ou numa poltrona”, diz. A mesa de centro, item bastante comum em salas de estar, pode ser substituída por mesas laterais próximas do sofá. “Existem mesas que são colocadas uma em cima da outra e fi cam elegantes”.

Os corredores de residên-

cias pequenas costumam ser pequenos também, e Luiz Ye-rén avisa que é melhor evitar móveis nesse local, e uma boa iluminação deve ser instalada. “Costumo dizer para os meus alunos que um bom projeto de arquitetura e decoração pode ser estragado por uma má iluminação, assim como uma boa iluminação pode salvar um projeto de arquitetura não tão bom”, conta.

Também pode fazer par-te dessa lista de sugestões os móveis multifuncionais. “Uma mesa retrátil na cozi-nha pode ser transformada em um bonito armário. E embutir móveis nas paredes também é uma excelente ma-neira de aproveitar o pouco espaço”, recomenda.

ConfortoA tendência de projetos de

casas e apartamentos cada vez menores acaba fazendo com que os profi ssionais de arqui-tetura e decoração se adaptem a esse mercado. “A tendên-cia é trabalhar com espaços cada vez menores e temos que acompanhá-la e manter o conforto que havia quando esses espaços eram maiores”, analisa Luiz Yerén. O arquiteto revela que gosta de trabalhar nesses tipos de imóveis. “Em espaços pequenos os desafi os são maiores e você se obriga a pensar mais e a encontrar uma maneira para resolver os pro-blemas. Eu coloco em prática o que eu sei e, o que eu não sei, vou pesquisar”, conta.

O profi ssional também des-taca que em um espaço pe-queno só cabe o que precisa caber, e não o que o cliente quer que caiba. “Já existe o limite do que pode ou não fazer parte desse tipo de ambiente”, observa.

FRASE

“Cada ambiente tem um necessidade e nos espaços pequenos a

necessidade de mobili-ário dimunui de acordo

com o tamanho”Luiz Yerén,

arquiteto e urbanista

Os móveis multi-funcionais devem ser utilizados em ambientes menores

O mobiliário menor e com-

pacto ajuda bastante na

hora de ganhar um melhor es-

paço

O uso de cortinas leves e semitrans-parentes são uma das dicas do arqui-teto Luiz Yéren

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Decorativas e sofi sticadasProjetos de cozinhas americanas têm sido bastante procuradas por pessoas que querem integrar ambientes de sua casa ou apartamento para reunir amigos e familiares. A opção é uma tendência no mercado amazonense

Conceito bastante ado-tado ultimamente na ci-dade para quem busca uma integração maior

entre ambientes e ainda entre familiares e amigos, a cozinha americana difere da cozinha comum principalmente por não ser isolada de outros espaços por paredes ou portas. Em geral, uma meia parede é usada para separar a cozinha americana da sala de estar ou de jantar e, so-bre essa meia parede, pode ser instalado também um balcão. Já o fogão, a geladeira, a pia e os armários para utensílios são comumente acomodados lado a lado, na mesma parede.

A cozinha americana repre-senta uma vantagem para quem mora em apartamento pequeno, já que pode conferir a impressão de um espaço uma pouco maior. E pode também fazer parte do “family room”, um conceito de ambientes integrados que é comum nos Estados Unidos e já vem sen-do adotado por profi ssionais nacionais. O termo surgiu no livro “Tomorrow’s House” (Casa do Amanhã), de George Nelson e Henry Wright, lançado em 1945, e trata-se de uma sala de estar que integra as áreas social e recreativa da residência.

A arquiteta Adria Braga conta que a adoção de cozinha ameri-cana está na moda, pelo menos em Manaus, porque há casais que preferem preparar as refei-ções para receber visitas, mas não querem deixar de participar da reunião que acontece na sala de estar. Ela observa que esse tipo de cozinha, quando executada em apartamentos pequenos, pode ajudar na am-pliação do ambiente.

As cozinhas americanas não deixam de ser uma espé-cie de ambiente mais decora-tivo dentro das residências,

na avaliação do arquiteto André Sá. “São projetadas para quem quer receber os amigos para degustar um vinho ou fazer um lanche. Por isso, estão cada vez mais sofisticadas”, diz.

O principal cuidado que tem que ser observado em rela-ção à cozinha americana diz respeito ao tipo de alimento que o anfi trião deve preparar, pois o cheiro de comida pode invadir outras partes do imó-vel. Logo, Adria observa que essa estrutura deve ser ado-tada com bastante cautela. “Nesse caso, é preciso fazer um bom sistema de exaustão, inclusive para auxiliar no dia a dia da residência”, comenta a arquiteta.

André Sá e o decorador Ed-son Marques lembram que os hábitos alimentares da região diferem dos adotados em ou-tros países, como os Estados Unidos, por exemplo. “Aqui em Manaus, as pessoas têm o hábito de comer frituras e isso gera cheiros. É diferente do costume norte-americano, em que a comida já é servida quase pronta. É necessário pensar nesses hábitos antes de integrar os ambientes”, previne Edson.

Esse tipo de cozinha é projetado para

quem quer receber amigos para degus-

tar um vinho ou fazer um lanche. Por isso a

sofi sticação

André Sá, arquiteto

O arquiteto André Sá comenta que as cozi-nhas comuns, hoje em dia, acabam sendo uti-lizadas mais para refei-ções rápidas. E, quem tiver a opção de edícula em casa, pode instalar uma cozinha de apoio nesse ambiente para o preparo de refeições co-tidianas, como frituras, feijão etc. “Acaba sendo um outro tipo de en-tretenimento, diferente de receber os amigos num espaço com cozi-nha americana”.

Há três anos, An-dré projetou, ao lado do arquiteto Achilles Fernandes, a cozinha americana da casa da dentista Luciane Teixei-ra, que possui duas co-zinhas, uma no subsolo, utilizada para o preparo de refeições para o dia a dia, e a americana, em estilo gourmet, que está integrada à sala de jantar.

Luciane observa que a adoção desse tipo de cozinha ajuda a não isolar a família em ou-tros cômodos da casa, e cita a praticidade como uma de suas principais vantagens. “É bastante prática para quem tem criança e precisa fazer mais de uma refeição em casa”, diz.

Praticidade na hora das refeições

Além de cozinha america-na, Adria também costuma projetar o chamado “family room”. “É uma sala de estar mais despojada. O que acon-tece muito hoje em dia é que as pessoas se servem e vão comer em cômodos da casa como os quartos. E tenho clientes que querem que a televisão fi que na sala e fora dos quartos, para que as refeições sejam feitas em família”, explica a arquiteta.

O decorador Edson Mar-ques prefere o uso do termo

family room ao invés de co-zinha americana. Ele lembra que a inspiração para esse tipo de ambiente em casas e apartamentos de hoje surgiu a partir dos lost s norte-ame-ricanos, que eram grandes galpões abandonados trans-formados em residências. O único ambiente separado do maior seria o banheiro. “A separação dos demais ambientes seria feita por meio de móveis, por exem-plo”, observa o decorador. “O lost vem dessa integração e

depois passou a infl uenciar a arquitetura”.

Edson conta que mora em um apartamento onde cozi-nha e sala são integradas e, por esse imóvel ser pequeno, a integração acaba deixan-do-o um pouco maior. “De certa forma, você viabiliza mais espaço quando o imó-vel não possui parede e o divide com móveis. Você cria um espaço mais integrado para receber seus amigos e dá uma sensação de ampli-dão maior”, comenta.

Espaço despojado com objetivo

Os ambien-tes integra-

dos estão ganhando cada vez

mais espaço

O hábito de comer frituras pode infl uen-ciar nesse tipo de cozinha por gerar cheiros

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Construção em Manaus ganha nova tecnologiaO “Mobuss” trata-se de um aplicativo que foi desenvolvido para recolher dados nos canteiros de obra em tempo real

No cenário imobiliário atual, aumenta cada vez mais a necessi-dade das empresas do

segmento adotarem medidas para reduzir os desperdícios, as falhas e o tempo de tomada de decisões. Para suprir essa ne-cessidade, a Construtora Enge-co tem apostado em tecnologia com a implantação do sistema “Mobuss Construção Civil”, uma plataforma móvel que pretende automatizar o controle das in-formações sobre produção, se-gurança, materiais e qualidade na construção de seus empre-endimentos em Manaus.

O “Mobuss Construção Civil” trata-se de um aplicativo que foi desenvolvido para recolher dados nos canteiros de obra em tempo real, que servirão para o gerenciamento de custos e riscos e controle da produtivi-dade e das perdas, fornecendo subsídio para redução de cus-to, sustentabilidade ambiental e tomada de decisão através de informações de maior qualida-de e agilidade.

“Na Engeco, sempre houve uma preocupação com a otimi-zação dos resultados, por isso a empresa está sempre antenada ao que existe de novo no merca-do. Com a implantação do novo sistema, além dos custos meno-

res, os clientes poderão inclusive receber seus empreendimentos com antecedência”, avaliou a gerente de marketing da Enge-co, Jória Said Guerreiro.

Entre as funcionalidades do Mobuss estão a possibilidade de analisar rapidamente as perdas de matéria-prima ou produtivi-dade que possam ocorrer, assim como avaliar as folgas de fun-cionários, as chuvas, os atrasos, os custos decorrentes e redefi nir o planejamento com base nes-ses dados. Ele permite também fazer o registro dos Equipamen-tos de Proteção Individual (EPI), das imagens das reuniões de segurança e das assinaturas eletrônicas dos participantes dessas atividades.

“Ainda não há data defi ni-da para a implantação total do sistema, mas assim que estiver completamente fun-cional, ele será utilizado em todas as obras da construto-ra. Obviamente toda a equipe responsável também recebe-rá o treinamento necessário”, completou a gerente de ma-rketing. As informações são repassadas on-line, por meio de uma conexão Wi-Fi, 2G ou 3G, ou off -line, em que os dados fi cam salvos no portal do aplicativo até que seja loca-lizado um sinal de internet.

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O aplicativo ajuda na hora do gerenciamento de custos e riscos O “Mobuss” possibilita analisar as perdas de produtividade

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Lustres sofi sticados e comexclusividade em ManausAs peças são opções de decoração em residências com dimensões que permitem uma exposição de forma adequada

Desde setembro do ano passado, lustres e pla-fons estão entre as peças que mais têm

chamado a atenção do público interessado em objetos de de-coração na loja Hitech Import. O designer de interiores Fer-nando Collyer foi quem montou um showroom na fi lial, locali-zada no Manauara Shopping. “É um espaço desenvolvido por mim e contempla uma série de mobílias para o enrique-cimento de ambientes”, diz o profi ssional. “São produtos que atendem às necessidades de pessoas que são exigentes e têm bom gosto”.

Estão disponíveis lustres de cristais, com grandes dimen-sões e designers diferenciados, disponíveis em quantidades li-mitadas e indicados para am-bientes como salas de estar e de jantar. Os preços variam de R$ 400 a R$ 3 mil. Fernando conta que essas peças são fabricadas na China e foram compradas por ele próprio em viagens. O de-signer chegou inclusive a visitar casas de lustres diferenciadas em Florianópolis, Santa Cata-rina. E optou em não trazê-los em grandes quantidades.

“Há lustres com cristais gran-des, de 60 centímetros de di-âmetro e iluminação em três fases”, explica. Foram adquiri-dos 15 lustres e há itens que ainda vão ser preparados por Fernando para exposição na loja. A aceitação até o momen-to tem sido muito boa. “Tudo o que foi exibido na vitrine da loja foi vendido rapidamente”, conta a analista de marketing Milena Tairoviche.

O conceito do showroom, de acordo com ele, é atender as necessidades de clientes que moram em residências com espaços generosos. “Já aten-

demos clientes no Jardim das Américas com um aparador de 5x90 metros de comprimento. Temos também mesa de jantar para 16 lugares, mesa de centro que mede 2x10 metros e cortina com pé direito de oito metros”, revela. “São coisas que você não encontra em outras lojas do gênero”.

LaboratórioO showroom é um projeto

recente e Fernando Collyer enfatiza que a sua aceitação pelo público ainda está sendo avaliada. “É uma espécie de la-boratório”, defi ne, completando que existe uma ideia para uti-lizar um mezanino da loja para abrigar o ambiente completo. “Existem peças que ainda não apresentei, como um espelho de camarim para uma penteadeira mais sofi sticada ao estilo das que são utilizadas na Broadway. São necessárias 18 lâmpadas incandescentes de 40 watts, de bulbo branco redondo”, explica o designer de interiores. Esse tipo de iluminação elimina possíveis sombras e ajuda a fazer, por exemplo, uma maquiagem mais bem acabada.

A analista de marketing Mi-lena Tairoviche destaca que os lustres estão sendo comer-cializados somente na Hitech Import do Manauara Shop-ping. Segundo ela, a empresa atende todo tipo de público interessado em móveis, uten-sílios domésticos, produtos de informática, além de linha de som automotivo e itens para quem gosta de viajar ou acam-par. “Temos um público fi el que gosta da exclusividade dos produtos que oferecemos”, afi rma. “E o diferencial é que não colocamos à disposição somente produtos com o pa-drão no mercado”.

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S: A

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ÉSAR

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SERVIÇOHITECH IMPORT

Onde:

Informações:

ManauaraShopping(92) 3305-3500

O showroom da loja é um projeto recente e leva assinatura de Fernando Collyer

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7MANAUS, DOMINGO, 16 DE FEVEREIRO DE 2014

Construtora disponibiliza serviço novo e facilitadorA iniciativa “Rossi Fácil” tem como principal objetivo atuar na obtenção do fi nanciamento imobiliário de forma rápida

Facilitar a venda de imóveis na cidade está entre as priori-dades da Capital Rossi.

Além da realização constante de promoções, a construtora também dispõe de um ser-viço exclusivo de assessoria na obtenção do fi nanciamento imobiliário dos seus clientes. Denominado “Rossi Fácil”, ini-ciativa visa estreitar os laços entre os seus clientes e insti-tuições fi nanceiras.

Segundo a gerente de fi nan-ciamento do Rossi Fácil, Eliana Guedes, o serviço tem como principal objetivo atuar na ob-tenção do fi nanciamento imo-biliário de forma rápida e sem gerar “dores de cabeça” aos ma-nauenses. “Para que isso ocorra, dispomos de uma equipe capa-citada na prestação de suporte aos nossos clientes para os que os mesmos consigam recursos de fi nanciamento bancário o quanto antes”, observa a geren-te, ao pontuar que o Rossi Fácil possui relacionamento com os bancos do Brasil, Santander, Caixa Econômica Federal, Bra-desco e Itaú.

Sobre como funciona o servi-ço Rossi Fácil, Eliana esclarece que o atendimento ao público

é realizado de forma presencial. “Na ocasião, solicitamos todos os documentos necessários para os dossiês que serão en-caminhados e avaliados pelas instituições fi nanceiras”, infor-ma a executiva. Ela destaca também que o serviço atua ainda nas etapas de aprovação do crédito de fi nanciamento, eventuais diferenças que pos-sam existir entre os valores total do débito e o aprovado para a compra do produto e esclareci-mento de taxas e impostos que deverão ser pagos pelos clientes ao adquirirem o bem.

Em relação às vantagens ga-rantidas aos clientes que pro-curam o Rossi Fácil, a gerente garante que os benefícios são vários. “Ao nos procurar, eles (clientes) poderão parcelar o valor da diferença de fi nan-ciamento até a entrega da obra e garantimos o acom-panhamento da assinatura do contrato com os bancos. Além disso, dispomos de uma equipe especializada para atuar no trâ-mite de registro do contrato dos mesmos junto aos cartórios de registro de imóveis”, frisa.

AtendimentoConforme Eliana, o servi-

ço conta com 16 profissio-nais aptos para atender a demanda da clientela, que, após o contato com o clien-te iniciamos o processo de aprovação de crédito para obtenção do financiamento imobiliário, “Nessa etapa convocamos os clientes e solicitamos as atualizações de documentos, assinaturas de formulários e concluímos o processo de financiamen-to junto aos bancos com a assinatura do contrato. Após todo esse trâmite, ele (cliente) é enviado ao setor de entrega de chaves da Capital Rossi”, observa.

ProcuraOs que desejarem os su-

portes do Rossi Fácil preci-sam agendar o serviço por meio dos e-mails [email protected] ou [email protected]. O agendamen-to também pode ser feito por meio dos telefones (92) 3212-9872, (92)8414-9875, (92) 8416-4450, (92) 8417-2064, (92) 2415-0522, (92) 8415-1850 ou na sede do Rossi Fácil, localizada na rua Japurá, 380, Centro.

O site da empresa com uma infinidade de informações de diversos serviços prestados

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Uma equipe capaci-tada presta suporte

ao futuro comprador

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