salão imobiliário - 22 de dezembro de 2013

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE DEZEMBRO DE 2013 (92) 3090-1017 Eles resolvem (quase) tudo A função de síndico é associada a uma pessoa que resolve qualquer tipo de problema dentro de um condomínio, mas não é bem assim. A sua atribuição é colocar em prática o regimento interno do residencial E stá tudo escrito no regi- mento interno de um condomínio, o que um mo- rador pode ou não fazer. Mes- mo assim, é comum que algumas regras não sejam obedecidas e, para fazer valer tais determinações – inclusive a cobrança de taxas obri- gatórias –, existe o síndico. No entanto, essa figura acaba sendo mais conhecida por ser convocada para resolver ques- tões que não fazem parte da sua real função do que pelo que realmente foi eleito para exercer. E daí surgem os problemas de convivência tão comuns nessas áreas residenciais. O síndico é uma função dentro da parte administrativa de um condomínio que pode ser exercida por qualquer morador aprovado em assembleia ou alguém indica- do por empresa administradora. O eleito exerce a função ao lado de um subsíndico e de um con- selho. “Ele tem que adminis- trar, fazer valer o regimen- to interno do condomínio, cuidar das demandas dos moradores, da manuten- ção física e jurídica do prédio. É uma espécie de prefeito dentro dessa comunidade”, define o corretor Daniel Aragão, que é morador e proprietário de imóvel onde atua como síndico. O profissional conta que, em Manaus, um síndico é eleito por aclamação, e não por votação, em 80% das vezes, e quem escolhe esse cargo precisa conhecer todas as particularidades elétricas do prédio, das câmeras de segurança, o sistema de tratamento de água, como se realiza a limpeza de uma piscina, entre outros fatores. “Se acontecer uma pane, o síndico tem que saber que equipe chamar para resolver determi- nado problema”, afirma. Entretanto, ele percebe que não há uma vontade entre os moradores, atualmente, de exercer a função de síndico. Para o corretor, o maior desafio desse cargo é administrar pessoas. “Numa as- sembleia, por exemplo, onde são levadas várias questões relativas ao prédio, mui- tos moradores não participam. E a as- sembleia é soberana, o que for decidido, tem que ser acatado. O desafio maior é promover essa interação. A conciliação e a harmonia entre os moradores é a maior dificuldade”. E a administração geral bem-sucedida de um condomínio, acredita o síndico, é capaz de cooperar para uma maior valorização do imóvel. “Um prédio bem tratado tem mais valor de mercado”, enfatiza. Daniel observa que, hoje em dia, existe o síndico profissional, que pode receber uma remuneração que varia de R$ 2,5 mil a R$ 3 mil. Existem cursos profis- sionalizantes, mas não são obrigatórios para quem quer atuar nessa área. Em Manaus, não existe uma associação es- pecífica de síndicos, mas Daniel informa que está cadastrado num site de São Paulo, e já participou de capacitação online. “Não há nenhum curso técnico específico na cidade”, diz o corretor, que possui cursos de limpeza de piscina, de monitoramento, entre outros. Reeleição O mandato de um síndico varia de acordo com o regimento interno de cada condomínio. O período mais usado é o de dois anos, mas também há casos de um ano e até de três anos. “Isso não quer dizer que a pessoa não possa ser reeleita várias vezes”, observa o funcio- nário público Adriano Carlos Antunes, que é síndico do prédio onde mora há um ano e oito meses. Adriano explica que se dispôs a ser síndico porque o prédio onde mora apresentou problemas logo em seus dois primeiros anos. Ele considera “boa” a experiência nessa função, mas revela que não a repetiria, em- bora tenha conseguido entregar o condomínio em condições melhores do que se encontrava. Obstáculos Assim como Daniel Aragão, Adriano Antunes destaca que a principal atribui- ção desse trabalho é aplicar as regras do regimento interno do condomínio, mas sempre há obstáculos. “Os mora- dores confundem as coisas e querem que o síndico resolva inclusive briga de vizinhos”, revela. Para Adriano, entre as principais difi- culdades enfrentadas por quem exerce essa função nos condomínios estão a questão da inadimplência das taxas cobradas e a postura de moradores que ignoram as regras do regimento. “Para administrar você tem que con- tar com o bom senso das pessoas”, afirma. “Elas costumam atribuir ao síndico as responsabilidades de tudo o que acontece no condomínio. Até problemas estruturais da construtora são associados ao síndico, mas a atri- buição principal é administrativa”. A empresária Adriana Cidade também se tornou síndica por necessidade e, mesmo com alguns obstáculos, gosta de atuar nesse cargo. “É uma experiência supergratificante, apesar de ter que lidar com pessoas de ideias diferentes. O complicado é mostrar para alguns adul- tos o que podem ou não fazer. E todos têm o regimento interno”, observa. Adriana assumiu a função depois que o primeiro síndico do condomínio entregou o cargo. Ela conta que nunca chegou a participar de curso específico, mas recebeu orientações da própria administradora do prédio. Já o fun- cionário público Adriano Antunes fez curso pela internet e costuma acessar o site “SíndicoNet” como suporte para tirar dúvidas em relação à legislação, por exemplo. Responsabilidade Adriana Cidade acredita que, em muitos casos, questões realmente importantes que são atribuições de um síndico acabam sendo esque- cidas pelos moradores. “A estação de tratamento de esgoto é uma estrutura que todos os condomínios têm que apresentar hoje, e temos que ter cuidado porque a Semmas (Se- cretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade) fiscaliza”, explica. “Se acontece um vazamento no apar- tamento de alguém, a construtora é que deve ser chamada, mas acionam o síndico. Às vezes falta energia elétrica no quarteirão inteiro e as pessoas já me chamam para resolver o problema”, exemplifica, bem-humorada. A empresária conta que trabalha em equipe, com duas subsíndicas e um conselho, mas a responsabilidade de um problema não solucionado recai sobre ela. “Temos que ficar atentos a questões como gás, fiações, gera- dores”, cita, lembrando que, apesar das dificuldades, já conseguiu, por exemplo, a diminuição de algumas despesas no condomínio.

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Salão imobiliário - Caderno de imóveis do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Salão imobiliário - 22 de dezembro de 2013

MANAUS, DOMINGO, 22 DE DEZEMBRO DE 2013 (92) 3090-1017

Eles resolvem (quase) tudo

A função de síndico é associada a uma pessoa que resolve qualquer tipo de problema dentro de um condomínio, mas não é bem assim. A sua atribuição é colocar em prática o regimento interno do residencial

Está tudo esc r i to no regi-m e n t o

interno de um condomínio, o que um mo-rador pode ou

não fazer. Mes-mo assim, é comum

que algumas regras não sejam obedecidas

e, para fazer valer tais determinações – inclusive

a cobrança de taxas obri-gatórias –, existe o síndico.

No entanto, essa fi gura acaba sendo mais conhecida por ser

convocada para resolver ques-tões que não fazem parte da sua real

função do que pelo que realmente foi eleito para exercer. E daí surgem os problemas de convivência tão comuns nessas áreas residenciais.

O síndico é uma função dentro da parte administrativa de um condomínio que pode ser exercida por qualquer morador aprovado em assembleia ou alguém indica-do por empresa administradora. O eleito exerce a função ao lado de um subsíndico e de um con-

selho. “Ele tem que adminis-trar, fazer valer o regimen-to interno do condomínio, cuidar das demandas dos moradores, da manuten-ção física e jurídica do

prédio. É uma espécie de prefeito dentro dessa

comunidade”, defi ne o corretor Daniel Aragão, que é morador e proprietário de imóvel onde atua como síndico.

O profi ssional conta que, em Manaus, um síndico é eleito por aclamação, e não por votação, em 80% das vezes, e quem escolhe esse cargo precisa conhecer todas as particularidades elétricas do prédio, das câmeras de segurança, o sistema de tratamento de água, como se realiza a limpeza de uma piscina, entre outros fatores. “Se acontecer uma pane, o síndico tem que saber que equipe chamar para resolver determi-nado problema”, afi rma. Entretanto, ele percebe que não há uma vontade entre os moradores, atualmente, de exercer a função de síndico.

Para o corretor, o maior desafi o desse cargo é administrar pessoas. “Numa as-sembleia, por exemplo, onde são levadas várias questões relativas ao prédio, mui-tos moradores não participam. E a as-sembleia é soberana, o que for decidido, tem que ser acatado. O desafi o maior é promover essa interação. A conciliação e a harmonia entre os moradores é a maior difi culdade”. E a administração geral bem-sucedida de um condomínio, acredita o síndico, é capaz de cooperar para uma maior valorização do imóvel. “Um prédio bem tratado tem mais valor de mercado”, enfatiza.

Daniel observa que, hoje em dia, existe o síndico profi ssional, que pode receber uma remuneração que varia de R$ 2,5 mil a R$ 3 mil. Existem cursos profi s-sionalizantes, mas não são obrigatórios para quem quer atuar nessa área. Em Manaus, não existe uma associação es-pecífi ca de síndicos, mas Daniel informa que está cadastrado num site de São Paulo, e já participou de capacitação online. “Não há nenhum curso técnico específi co na cidade”, diz o corretor,

que possui cursos de limpeza de piscina, de monitoramento, entre outros.

ReeleiçãoO mandato de um síndico varia de

acordo com o regimento interno de cada condomínio. O período mais usado é o de dois anos, mas também há casos de um ano e até de três anos. “Isso não quer dizer que a pessoa não possa ser reeleita várias vezes”, observa o funcio-nário público Adriano Carlos Antunes, que é síndico do prédio onde mora há um ano e oito meses.

Adriano explica que se dispôs a ser síndico porque o prédio onde mora apresentou problemas logo em seus dois primeiros anos. Ele considera “boa” a experiência nessa função, mas revela que não a repetiria, em-bora tenha conseguido entregar o condomínio em condições melhores do que se encontrava.

ObstáculosAssim como Daniel Aragão, Adriano

Antunes destaca que a principal atribui-ção desse trabalho é aplicar as regras do regimento interno do condomínio, mas sempre há obstáculos. “Os mora-dores confundem as coisas e querem que o síndico resolva inclusive briga de vizinhos”, revela.

Para Adriano, entre as principais difi -culdades enfrentadas por quem exerce essa função nos condomínios estão a questão da inadimplência das taxas cobradas e a postura de moradores que ignoram as regras do regimento. “Para administrar você tem que con-tar com o bom senso das pessoas”, afi rma. “Elas costumam atribuir ao síndico as responsabilidades de tudo o que acontece no condomínio. Até problemas estruturais da construtora são associados ao síndico, mas a atri-buição principal é administrativa”.

A empresária Adriana Cidade também se tornou síndica por necessidade e, mesmo com alguns obstáculos, gosta de

atuar nesse cargo. “É uma experiência supergratifi cante, apesar de ter que lidar com pessoas de ideias diferentes. O complicado é mostrar para alguns adul-tos o que podem ou não fazer. E todos têm o regimento interno”, observa.

Adriana assumiu a função depois que o primeiro síndico do condomínio entregou o cargo. Ela conta que nunca chegou a participar de curso específi co, mas recebeu orientações da própria administradora do prédio. Já o fun-cionário público Adriano Antunes fez curso pela internet e costuma acessar o site “SíndicoNet” como suporte para tirar dúvidas em relação à legislação, por exemplo.

ResponsabilidadeAdriana Cidade acredita que, em

muitos casos, questões realmente importantes que são atribuições de um síndico acabam sendo esque-cidas pelos moradores. “A estação de tratamento de esgoto é uma estrutura que todos os condomínios têm que apresentar hoje, e temos que ter cuidado porque a Semmas (Se-cretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade) fi scaliza”, explica. “Se acontece um vazamento no apar-tamento de alguém, a construtora é que deve ser chamada, mas acionam o síndico. Às vezes falta energia elétrica no quarteirão inteiro e as pessoas já me chamam para resolver o problema”, exemplifica, bem-humorada.

A empresária conta que trabalha em equipe, com duas subsíndicas e um conselho, mas a responsabilidade de um problema não solucionado recai sobre ela. “Temos que fi car atentos a questões como gás, fi ações, gera-dores”, cita, lembrando que, apesar das difi culdades, já conseguiu, por exemplo, a diminuição de algumas despesas no condomínio.

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2 MANAUS, DOMINGO, 22 DE DEZEMBRO DE 2013

A pesquisa foi divulgada na última semana pela Confederação Nacional da Indústria

REPR

OD

UÇÃ

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EXPEDIENTE

EDIÇÃO Bruno Mazieri

REPORTAGEMBruno MazieriLuiz Otávio MartinsPriscila Caldas

FOTOSAlberto César AraújoRicardo Oliveira

REVISÃODernando Monteiro

DIAGRAMAÇÃOMario Henrique Silva

TRATAMENTO DE FOTOSPablo Filard

O empreendimento contará com street ball, fitness, playground, além de um salão de festas

Mês de novembro registra baixaCONSTRUÇÃO

A atividade da indústria da construção ficou está-vel em novembro e abaixo do tradicional para o mês. O nível de atividade ficou em 49,5 pontos contra 49 em outubro, em uma escala de 0 a 100. Outro indicador, que mede a atividade em relação ao que é conside-rado usual para o período, ficou em 45,4 pontos no mês passado. Os dados es-tão na pesquisa Sondagem Indústria da Construção, divulgada na última se-mana pela Confederação Nacional da Indústria. A entidade considera que acima de 50 pontos, há alta na atividade industrial, e

abaixo, há queda.Caiu também a utilização

da capacidade de opera-ção das empresas da cons-trução, variável que mede o volume de recursos, mão de obra e maquinário utili-zados no mês. Em novem-bro, o indicador atingiu 70% contra 71% em outubro, quando foi registrado o maior nível do ano.

EmpregoTambém houve queda do

emprego. De acordo com o levantamento da CNI, o número de emprega-dos ficou em 46,3 pontos, contra 48 pontos em ou-tubro. Por outro lado, há

expectativas de contrata-ção para os próximos seis meses. As respostas dos empresários nesse quesi-to atingiram 54 pontos, acima da linha divisória dos 50 pontos.

O estudo apontou ainda que a atividade na indús-tria da construção teve comportamento diferente dependendo do porte das empresas. Enquanto as empresas de grande por-te registraram 51,4 pon-tos, as pequenas e médias mostraram-se desaqueci-das, respectivamente com 45,9 e 48,6 pontos.

Por Agência Brasil

A Capital Rossi está preparando um em-preendimento dife-renciado no bairro

do Aleixo. Com as obras em ritmo acelerado, o Reserva Morada já demonstra parte do que o residencial prome-te aos seus moradores.

O empreendimento, que contará com duas torres, terá apartamentos que vão de 70 metros quadrados a 167 metros quadrados. “As obras estão adiantadas e o residencial contará com in-fraestrutura completa para os seus moradores”, disse a gerente de marketing da Capital Rossi, Taisa Avelino Pi. Ela salienta ainda que serão oferecidos uma série de opções de lazer para quem garantir um apartamento no condomínio, localizado na parte mais alta da cidade.

Ainda sobre as opções de lazer do Reserva Mo-rada, Taisa informa que o residencial contará com piscinas adulto e infantil, spa de repouso, sala de jogos, playground, espaço gourmet, salão de festas, sauna, street ball, fitness e piscina. “Esses são ape-nas alguns dos atrativos que farão parte das opções que os futuros condôminos desfrutarão no empreendi-mento”, relata.

Em relação aos aparta-

mentos, estão sendo dis-ponibilizadas três “plantas” para os clientes. De acor-do com a Capital Rossi, as opções são de duplex, dois e três dormitórios, que, dependendo da escola do cliente, pode chegar a 167 metros quadrados. “Os imó-veis terão ainda opções de três suítes e direito a até três vagas na garagem”, ob-

serva a Taisa, ao informar que maiores informações sobre o Reserva Morada podem ser obtidas no site www.capitalrossi.com.br.

“Lá (no site) o público poderá conferir como fi-cará o residencial quando as obras forem finalizadas”, destaca a gerente de ma-rketing, fazendo referência ao tour virtual do decorado

e o corretor online disponí-vel no site da construtora. As informações do Reserva Morada, Aleixo, também po-dem ser obtidas por meio do canal de vendas da Ca-pital Rossi pelo número (92) 3212-3212.

CapitalFruto da parceria entre

a Construtora Capital, lí-der do segmento na região Amazonense, e a Rossi, uma das principais incorporado-ras e construtoras do País, a joint-venture Capital Rossi se consolidou em dezem-bro de 2009. Os números comprovam o grande po-tencial da joint venture, que já apresentou ao mercado de Manaus 23 projetos e possui mais de oito mil uni-dades vendidas na região desde o início da parceria até março de 2013.

Em dezembro do ano passado, a Capital Rossi foi eleita, no segmento de Construtoras, como a marca mais lembrada dos consumidores manauaras. A joint venture venceu na categoria Top of Mind do Prêmio Amazonense de Pro-paganda e Marketing. Siga a Capital Rossi nas redes so-ciais: Facebook (facebook.com/capitalrossioficial) , Twitter (@capitalrossi) e Instagram (@capitalrossi).

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AÇÃO

O empreendimento, que contará com duas torres, terá apartamentos que vão de 70 a 167 metros quadrados

Empresa constrói novo residencial diferenciado

As obras do Reser-va Morada estão adiantadas e o

residencial contará com infraestrutura completa para os seus moradores

Taísa Avelino Pi, gerente de marketing

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3MANAUS, DOMINGO, 22 DE DEZEMBRO DE 2013

Tradicional e valorizadoUm dos bairros mais conhecidos de Manaus, o Parque 10 de Novembro possui um mercado imobiliário em contínuo crescimento, graças a fatores como a sua localização privilegiada e quantidade de serviços oferecidos em seu entorno

O Parque 10 de Novem-bro é um dos bairros de classe média mais populares e valoriza-

dos comercialmente de Ma-naus. Ocupa uma área de 832 hectares na Zona Centro-Sul da capital amazonense e faz fronteira com seis outros bair-ros: Flores, Cidade Nova, Aleixo, Adrianópolis, Nossa Senhora das Graças e Aleixo.

A área também é conhecida pela localização privilegiada – próxima a serviços como agências bancárias e super-mercados, faculdades, ao Centro e que abriga locais de preservação ambiental como o Parque Municipal do Mindu – e ainda por abrigar um mercado crescente de inves-timentos imobiliários. O cor-retor Ricardo Leão afi rma que o Parque 10 continua sendo bastante procurado por quem deseja comprar um imóvel. “Além da tradição, é um bairro com uma boa localização, com pontos de saída para várias áreas de Manaus, além da proximidade a uma variedade de serviços”, diz.

Ricardo observa que, ao levar em consideração a seguran-ça da moradia, a procura dos clientes é maior por residên-cias em condomínios fechados, principalmente de apartamen-tos. E, em relação aos prós e contras de se morar no bairro, o corretor de imóveis acredi-ta que dependerá do que o morador busca. “O cliente vai observar se o ambiente em que ele convive está próximo do seu local de trabalho, ou da escola dos fi lhos, ou da casa de amigos ou parentes. Ele tem que procurar o que é cômodo e conveniente para ele”, explica o corretor.

Em média, um apartamento de dois quartos com uma suíte no bairro custa R$ 290 mil. E Ricardo analisa que a região da avenida das Torres, construída

em paralelo ao Parque 10, está em desenvolvimento e ainda vai crescer bastante. “Criou-se mais uma zona de escape naquela área, que futuramente vai abrigar um shopping center e, quando se lança um empre-endimento desses, é mais um atrativo para o público com-prador”, afi rma.

Uma das mais novas apos-tas do mercado imobiliário no Parque 10, próxima a avenida das Torres, foi o Condomínio Vila Gaia, atualmente em fase fi nal da terceira etapa. Acqua, Flex Parque 10 e Agave tam-bém estão entre os empreen-dimentos mais recentes, e já existe previsão de um futuro lançamento da Patrimônio-

Manaú, na área do Mindu. “Quando a procura é grande, as construtoras vão atrás de novos terrenos”, diz Ricardo.

VantagensPara a jornalista Mahira

Maia, que mora no Parque 10 há 23 anos, a boa localização do bairro está entre as suas prin-cipais vantagens. “O Parque 10 fi ca perto dos principais servi-ços, relativamente próximo ao aeroporto e do conjunto Vieiral-ves, que possui várias opções de entretenimento”, afi rma.

Entre os pontos negati-vos, Mahira cita o trânsito intenso em determinados momentos do dia. “Moro perto do Bradesco e minha

mãe próximo ao Passeio do Mindu. Pela manhã eu posso levar até 40 minu-tos para chegar até a casa dela”, reclama a jornalista. A presença de flanelinhas e do estacionamento também são citadas como pontos ne-gativos por Mahira.

“O estacionamento é péssi-mo! Até hoje são abertos esta-belecimentos e o proprietário não se preocupa em oferecer estacionamento aos seus clien-tes”, observa. Mesmo assim, os prós falam mais alto e Mahira diz que continua gostando de morar no bairro. “Se fosse com-prar outro imóvel seria também no Parque Dez”, garante.

TranquilidadeA comodidade é um dos atra-

tivos do Parque 10 para a fun-cionária pública Sandra Froner. Ela reside no bairro desde 1985, já morou no conjunto Eldorado e hoje vive no Jardim Primavera. “Eu gosto daqui porque tem tudo que eu necessito. Tem agências bancárias, shoppings, supermercados e é possível ir caminhando para vários lo-cais”, afi rma.

Para Sandra, o Parque 10 é um dos melhores lugares para morar na cidade. “Eu já disse que não saio desse bairro. Aqui todo mundo se conhece”. A funcionária pública considera o bairro tranquilo para morar. “Acredito que seja um dos lu-gares com menos violência em Manaus. Me identifi co porque é muito familiar”.

Assim como Mahira, Sandra reclama do movimento intenso do trânsito dentro do bair-ro e nas áreas próximas. “Eu acho que a avenida Perime-tral deveria ter apenas uma via. Acredito que seria melhor para todo mundo”, sugere. “Sair do Parque 10 muitas vezes é complicado. O fl uxo de veículos abriu para a avenida das Torres e para nós fi cou difícil”.

INVESTIMENTOUm das mais novas apostas do mercado imobiliário no Par-que 10 de Novembro, próxima a avenida das Torres, foi o Condomí-nio Vila Gaia, atual-mente em fase fi nal da terceira etapa

O nome do bairro, criado em 1938, faz referência à data de 10 de novembro de 1937, quando o presidente Getúlio Vargas instalou o Estado Novo. Em contraste com a dureza do regime ditatorial, o bairro Parque 10 fl oresceu em meio a uma área verde banhada pelo igarapé do Mindu. Durante muito tempo, a região era conhecida e valorizada pe-las suas áreas de lazer.

Na década de 1960, com a mudança de regime po-lítico e a criação da Zona Franca de Manaus, surgiu o conjunto Castelo Bran-co, para atender a política habitacional do novo go-verno. Nos anos seguintes, o Parque 10 passou por

melhorias urbanas, ganhou o Centro Social Urbano (CSU) e passou a abrigar diversos conjuntos habita-cionais, entre eles o Jardim Meridional, Parque Tropical, Pindorama, Jardim Yolanda, Jardim Amazonas, Samam-baia, Itaoca, Consag, Vila da Barra, Murici I e II, Uirapuru, Mucuripe, Eldorado, Novo Horizonte, Juliana, Novo Mundo, Jauaperi, Jardim Primavera, Nova Friburgo, Sausalito, Malibu, Jardim Imperial, Verdes Mares I e II, Ipanema, Barra Bela, Vila do Rey, Arthur Reis, Encol, Real, Parque Shangri-lá I a VII, Califórnia e Itália.

Esse crescimento e va-lorização residencial e co-mercial do bairro resultou

também no fi m das áreas de lazer naturais banha-das pelo igarapé do Mindu, cujo leito foi inundado de esgotos das residências. Na década de 1990, como tentativa de preservar as áreas verdes do Parque 10, foi criado o Parque Muni-cipal do Mindu, onde são desenvolvidas atividades culturais, turísticas e de consciência ambiental.

Graças a uma estrutura que abrange serviços como bancos, escolas, restauran-tes, feiras, várias linhas de transporte coletivo e a proximidade de shopping centers, o Parque 10 con-tinua a atrair visitantes e investidores interessados em suas comodidades.

Um pouco de história do bairro

Local é procurado não apenas pela localização privilegiada, mas também pelos serviços oferecidos

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4 MANAUS, DOMINGO, 22 DE DEZEMBRO DE 2013 5MANAUS, DOMINGO, 22 DE DEZEMBRO DE 2013

Natal em casaUma das datas mais importantes do calendário merece toda uma decoração especial. Para isso, o EM

TEMPO dá dicas e sugestões de elementos que podem fazer a diferença nos dias 24 e 25 de dezembro

Receber os amigos e familiares em casa no dia do Natal é, sem dúvida, uma missão que merece ser bem-sucedida. Além das guloseimas tradicionais da época, existem outros detalhes que fazem a diferença. Dentre eles estão elementos decorativos para sala de jantar, cozinha, sala de estar e, acreditem ou não, até mesmo no banheiro. Pensando nisso, o EM TEMPO foi buscar opções para quem ainda não adquiriu a decoração certa. Confi ra!

Nada melhor do que ceiar com elementos diferentes e cheios de estilo. Neste caso, existem os porta-guardanapos feitos de cerâmica com os motivos natalinos. Apesar da diversidade, separamos três modelos: um em formato de árvore de Natal, outro com o rosto do Papai-Noel e mais um feito a partir de caixas de presentes. Os valores iniciam a partir de R$ 18,50. Vale ressaltar que o produto combinado com um guardanapo estampado é primordial.

Porta-guardana-E mais um elemento diferente! O jogo de saleiro e pimenteiro entra no clima.

Com o desejo de Feliz Natal, a peça pode ser usada tanto no jantar do dia 24 como também no almoço do dia 25. De maneira informal, eles chamam a atenção pela criatividade. O produto custa R$ 24,50.

Jogo de saleiro e pimenteiro

Apesar de ter quem não abra mão da tradicional vela, uma das tendências é o produto feito de plástico com a chama em LED. Isso mesmo! A peça funciona com bateria e pode ser guardada para outra ocasião.

Vela

E para quem acha que os artigos decorativos ficam restritos apenas ao jantar está enganado. O banheiro tam-bém pode receber um toque especial. Os mais variados estilos de saboneteiras – tanto para o líquido quanto para o de barra – é indispensável. Feita de cerâmica a peça faz sucesso entre as crianças. Os produtos custam a partir de R$ 16,50.

Saboneteiras

com bateria e pode ser guardada para outra ocasião.

O vaso sanitário fica mais “desco-lado” com a cara do Papai Noel. Em diversas cores, o produto vem acom-panhado ainda com uma toalha para o chão. Vale ressaltar que ele fica preso a tampa do vaso por meio de um elástico. O valor inicia a partir de R$ 79,90.

Jogo de banheiro

Quem gosta de almofadas, uma das pedidas é a peça com detalhes na-talinos. Nessa caso, com a cara do Papai-Noel. É bom destacar que os produtos podem ser encontrados em outros formatos e cores diferentes.

Sala de estar

SERVIÇO

BANDEIRÃO

Onde

Quando

Informações

Rua Pará, 76, VieiralvesSegunda a sába-do, das 8h às 18h e domingo, das 9h ao meio-dia(92) 3234-8689 ou 3633-4145

24 como também no almoço do dia 25. De maneira informal, eles chamam a atenção pela criatividade. O produto custa R$ 24,50.

E para quem acha que os artigos decorativos ficam restritos apenas ao jantar está enganado. O banheiro tam-bém pode receber um toque especial. Os mais variados estilos de saboneteiras – tanto para o líquido quanto para o de barra – é indispensável. Feita de cerâmica a peça faz sucesso entre as crianças. Os produtos custam a partir

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4 MANAUS, DOMINGO, 22 DE DEZEMBRO DE 2013 5MANAUS, DOMINGO, 22 DE DEZEMBRO DE 2013

Natal em casaUma das datas mais importantes do calendário merece toda uma decoração especial. Para isso, o EM

TEMPO dá dicas e sugestões de elementos que podem fazer a diferença nos dias 24 e 25 de dezembro

Receber os amigos e familiares em casa no dia do Natal é, sem dúvida, uma missão que merece ser bem-sucedida. Além das guloseimas tradicionais da época, existem outros detalhes que fazem a diferença. Dentre eles estão elementos decorativos para sala de jantar, cozinha, sala de estar e, acreditem ou não, até mesmo no banheiro. Pensando nisso, o EM TEMPO foi buscar opções para quem ainda não adquiriu a decoração certa. Confi ra!

Nada melhor do que ceiar com elementos diferentes e cheios de estilo. Neste caso, existem os porta-guardanapos feitos de cerâmica com os motivos natalinos. Apesar da diversidade, separamos três modelos: um em formato de árvore de Natal, outro com o rosto do Papai-Noel e mais um feito a partir de caixas de presentes. Os valores iniciam a partir de R$ 18,50. Vale ressaltar que o produto combinado com um guardanapo estampado é primordial.

Porta-guardana-E mais um elemento diferente! O jogo de saleiro e pimenteiro entra no clima.

Com o desejo de Feliz Natal, a peça pode ser usada tanto no jantar do dia 24 como também no almoço do dia 25. De maneira informal, eles chamam a atenção pela criatividade. O produto custa R$ 24,50.

Jogo de saleiro e pimenteiro

Apesar de ter quem não abra mão da tradicional vela, uma das tendências é o produto feito de plástico com a chama em LED. Isso mesmo! A peça funciona com bateria e pode ser guardada para outra ocasião.

Vela

E para quem acha que os artigos decorativos ficam restritos apenas ao jantar está enganado. O banheiro tam-bém pode receber um toque especial. Os mais variados estilos de saboneteiras – tanto para o líquido quanto para o de barra – é indispensável. Feita de cerâmica a peça faz sucesso entre as crianças. Os produtos custam a partir de R$ 16,50.

Saboneteiras

com bateria e pode ser guardada para outra ocasião.

O vaso sanitário fica mais “desco-lado” com a cara do Papai Noel. Em diversas cores, o produto vem acom-panhado ainda com uma toalha para o chão. Vale ressaltar que ele fica preso a tampa do vaso por meio de um elástico. O valor inicia a partir de R$ 79,90.

Jogo de banheiro

Quem gosta de almofadas, uma das pedidas é a peça com detalhes na-talinos. Nessa caso, com a cara do Papai-Noel. É bom destacar que os produtos podem ser encontrados em outros formatos e cores diferentes.

Sala de estar

SERVIÇO

BANDEIRÃO

Onde

Quando

Informações

Rua Pará, 76, VieiralvesSegunda a sába-do, das 8h às 18h e domingo, das 9h ao meio-dia(92) 3234-8689 ou 3633-4145

24 como também no almoço do dia 25. De maneira informal, eles chamam a atenção pela criatividade. O produto custa R$ 24,50.

E para quem acha que os artigos decorativos ficam restritos apenas ao jantar está enganado. O banheiro tam-bém pode receber um toque especial. Os mais variados estilos de saboneteiras – tanto para o líquido quanto para o de barra – é indispensável. Feita de cerâmica a peça faz sucesso entre as crianças. Os produtos custam a partir

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Peça decorativa indispensávelCom ou sem moldura, telas de diversos tipos de pintura ainda são procuradas como itens para valorizar as paredes de casas ou apartamentos. Alguns cuidados devem ser observados para que a obra não polua visualmente os cômodos

Mesmo com o pas-sar dos anos e o surgimento de no-vas tendências de

arquitetura e decoração, ao me-nos um item continua presente quando o assunto é incrementar visualmente uma casa ou um apartamento: o quadro. Quem quiser desembolsar um pouco mais além do preço das telas que são vendidas em lojas, pode negociar com artistas plásticos da região e ter em sua residência uma peça exclusiva.

A decoradora Sihame Cruz diz que são muitos os clientes que ainda apostam em quadros nos seus lares. “Mas, os quadros têm que “conversar”, e não necessa-riamente, combinar com outros móveis, como o sofá, e com o papel de parede. Você tem que buscar fazer uma composição com os tamanhos e as formas desse objeto”, sugere. “Uma escada com o pé direito duplo, por exemplo, fi ca bem com um quadro maior”.

Sihame revela que prefere trabalhar com quadros de pin-tura abstrata. “Eles são atem-porais, a pessoa não enjoa. E cada um, quando o observa, percebe uma cor diferente”. A decoradora enfatiza ainda que a escolha desses objetos deve ser feita em conjunto com o cliente. “Eu jamais vou impor que quadro ele tem que comprar porque o cliente tem que estar satisfeito com a decoração da sua residência”.

A profi ssional de decoração também afi rma que não gosta de apostar em gravuras e pre-fere utilizar quadros autorais, inclusive de artistas plásticos da região. “É uma forma de você levar cultura para o seu lar. E

no Amazonas há artistas com obras maravilhosas, como o Buy Chaves, o Rui Machado e o Jandr Reis. Por que não colocar telas desses artistas?”, questiona.

CuidadosSihame Cruz enumera diver-

sas sugestões e cuidados que o morador deve ter com os seus quadros. “Você pode dar uma nova roupagem apenas trocan-do a moldura, mas não é uma regra usá-la. E algumas telas pintadas à mão não precisam de moldura”, observa. Ela sugere também que o cliente opte por vidro antirrefl exo e evite expor em paredes com infi ltração.

Alguns cuidados também de-vem ser obedecidos em relação à limpeza. “Se acumular no qua-dro uma sujeirinha preta e você passar um pano úmido, a pintura pode estragar”, previne. Qua-dros muito grandes não devem ser guardados encostados em alguma parede ou móvel, pois a moldura pode entortar. “E, na hora de colocá-los na parede, use fi ta dupla-face específi ca para fi xar a moldura e evitar que ela voe ou saia do lugar”, sugere.

Busca crescenteRui Machado conta que mui-

tas pessoas o procuram para comprar suas telas para fi ns decorativos graças à divulgação de seu trabalho em exposições e meios de comunicação. E essa busca, desde que começou a atuar como artista plástico, tem sido crescente. Ele explica que prefere vender a dar seus qua-dros de presente. “Eu acredito que quando uma pessoa paga ela valoriza mais, põe no melhor lugar da casa. Eu não costumo

dar senão estarei desvalori-zando meu próprio trabalho”, justifi ca.

Em média, Rui vende suas obras a R$ 4 mil e procura não produzir telas muito grandes. “O maior tamanho que já fi z foi de 1mx80cm. Não faço maior por-que fi ca difícil de transportar e de vender. E, geralmente, quem gosta de ter quadros em casa, também gosta de ter um acervo com vários artistas”, diz.

O artista revela que a sua clientela é bastante variada. “Vendo telas para estrangei-ros, mas o meu público maior é o daqui de Manaus”, afi rma, lembrando que não costuma impor ao comprador como deve adequar uma obra sua numa residência, porém, se for soli-citado, pode dar algumas dicas de como compor a tela em determinado ambiente. Mas, existem restrições.

“Eu não pinto para combinar com o que a pessoa possui em casa. Não pinto para combinar minha tela com o sofá, por exemplo. Difi cilmente os com-pradores me pedem para pintar determinado tema. Já aconte-ceu antes, mas hoje já sabem como é que eu trabalho”, diz Rui, que há mais de 10 anos deixou de usar tinta óleo, por motivos de saúde, e hoje só produz com acrílico sobre tela.

Alguns cuidados em relação à disposição de quadros numa residência devem ser observa-dos, segundo Rui Machado. “O quadro tem que estar na parede, tem que estar na altura dos olhos, evitar fi car próximo de janelas onde os raios de sol iluminem demais o ambiente. O resto é uma questão de bom gosto”.

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Também artista plástico, Jandr Reis afirma que o mercado da venda de obras de artistas locais para de-corar residências ainda é difícil, mas ele garante que já possui uma visibilidade. “Os clientes estão come-çando a me procurar. É uma luta porque as pessoas pre-ferem comprar as obras de nomes de outros Estados. É tipo uma febre de Romero Britto (pintor, escultor e serígrafo pernambucano). Todo mundo quer ter um

para ostentação. Virou um objeto comercial”, anali-sa.

Jandr lembra que con-seguiu entrar para esse mercado por meio do con-tato com alguns arquitetos conhecidos. Para ele, estar inserido nesse mercado é bom porque vender telas somente em exposições acaba sendo uma prática difícil.

NegociaçãoO artista não revela

quanto custa, em média, uma tela sua. “É tudo uma questão de negociar com o cliente. Mas, minha obras não são caras”, comenta. Uma vez vendido o quadro, o artista só fica preocupa que o comprador o coloque em algum local onde não estabeleça conflito com qualquer outro objeto, e não forme um ambiente visualmente poluído. “Mi-nhas obras são alegres e cabem em qualquer tipo de ambiente”, garante.

Clientela seleta com visibilidade

O artista Rui Machado afi rma que suas telas são bastante usadas com a fi nalidade decorativa

Além de valorizar o cômodo, os quadros

fazem toda a diferen-ça na hora de fi nalizar

uma decoração

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Grafi te como decoraçãoUm arte que, por vezes, era típica das ruas, agora ganha as casas e, até mesmo, as escolas. A ideia é que esse tipo de pintura possa dar vida aos diversos cômodos de um empreendimento além de um ar mais descolado e moderno

A grafi tagem pode ser encontrada em ruas, logradouros, além de galerias artísticas.

Mas, há pouco tempo, tam-bém passou a fazer parte da decoração de ambientes interiores de casas e comér-cios. Apesar de ainda ser uma novidade na capital, a tendência já começa a fazer parte dos elementos decora-tivos do manauense.

Entre as primeiras mostras que apresentaram o grafi -te como parte integrante de um projeto decorativo está a Casa Cor, que aconteceu no segundo semestre do ano passado. O arquiteto Achilles Fernandes participou do even-to, onde ele e o sócio André Sá, montaram um lavabo de festas. No espaço, foram dis-tribuídas pinturas em paredes que homenageavam ídolos do pop e do R&B como Michael Jackson e Amy Winehouse.

Fernandes conta que a ideia de utilizar o grafi te como um recurso decorativo surgiu a partir da cenografi a de uma novela global, que estava sendo exibida na época. Ele afi rma que alguns cenários apresentavam quadros feitos com grafi te. “Essa arte saiu do gueto para as casas. Ainda não é algo comum, mas deve receber mais adeptos com o passar do tempo”, comenta.

De acordo com o arquiteto,

o grafi te transmite carac-terísticas contemporâneas, por isso, não é indicado para uso em ambientes formais. Residências, bares, restau-rantes ou, até mesmo, lan-chonetes são os locais mais indicados, segundo Fernan-des. “Por meio do grafi te é possível ilustrar imagens artísticas ou de qualquer ex-pressão que transmita um ar descolado e contemporâneo, característico do público jo-vem”, sugere.

As pinturas foram feitas pelos grafi teiros da loja Point Paint Grafi te. O proprietário, Rodrigo Pot, informa que o manauense já aderiu à ideia de agregar o grafi te à de-coração. Ele afi rma que a demanda é alta e que o público solicita diversas ilustrações. “A maioria das pessoas que solicitam as pinturas são profi ssionais ou estudantes de arquitetura e designer. Os projetos são destinados a residências, escritórios e até fábricas”, afi rma.

VivacidadeSegundo Pot, o grafi te

transmite vida ao ambien-te. “Ele valoriza o espaço e proporciona vida e emoção ao local, assim como todas as artes”, disse. “Vale lembrar que um grafi te é mais barato do que a utilização de ade-sivos ou de papel de parede,

que com o tempo precisa-rão ser trocados”, completa. A loja funciona na avenida Constantino Nery, .1570, São Geraldo (em frente a Uni-med). O telefone para con-tato é (92) 9130-3303.

Para o arquiteto Luiz Yerén, a técnica foi inserida no con-texto arquitetônico de forma espontânea. Ele afi rma que os jovens são os que mais fogem das decorações tradicionais. “Geralmente, o jovem não se preocupa com questões estéticas, com a beleza do espaço, mas somente com o que remete a algo lúdico. O legal, para eles, é transformar o “cantinho” em algo diverti-do”, comenta.

CasaO arquiteto Achilles Fer-

nandes gostou tanto do novo projeto que decidiu produzir uma ilustração da memorável cantora britânica Amy Wi-nehouse, de quem é fã, na sua própria casa. Ele informa que achou a técnica interes-sante e que resolveu unir a praticidade à vontade de ho-menagear a artista. A pintura foi feita em toda a extensão da parede que fi ca localizada na sala. “Sou apaixonado por ela e achei que uma foto que fi caria linda em grafi te. Não me arrependo em momento algum. A decoração fi cou ain-da mais bonita”, disse.

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AÇÃO

Desabrigados no Espírito SantoA Defesa Civil do Espírito

Santo informou que 294 pessoas estão desalojadas e 22 desabrigadas por cau-sa das chuvas que atingem o Estado na última. Os municípios mais afetados são: Rio Bananal, Nova Venécia, Governador Lin-denberg, Atílio Vivacqua, Baixo Guandu, Castelo, Cachoeiro de Itapemirim, Ecoporanga, Itarana, La-ranja da Terra, Vargem Alta e Viana.

A Secretaria Nacional de Defesa Civil, ligada ao Mi-nistério da Integração Na-cional, enviou avisos aos municípios sobre risco de inundação e deslizamento de terra. Os coordenadores da Defesa Civil dos municí-pios foram alertados sobre

os procedimentos de ava-liação das áreas afetadas e de acordo com o risco, a desocupação emergencial desses lugares.

Em nota, a Defesa Civil do Espírito Santo orienta a população sobre como se proteger, como dirigir-se para um local seguro, ficar atento a movimentação da terra. Outro alerta é que trincas no chão, inclinação de cercas, postes e árvores podem indicar o início de um deslizamento. Nesses casos, abandone imedia-tamente a casa e procure um local seguro.

Se houver muita infiltra-ção na casa e aparecerem rachaduras nas paredes ou escutar algum barulho estranho, o morador deve

deixar sua casa. É reco-mendado ter sempre em mãos os telefones da De-fesa Civil municipal e, em caso de emergência, ligue para o Corpo de Bombei-ros, no telefone 193. Evite áreas alagadas, terrenos acidentados, buracos e bueiros abertos, assim como fiação elétrica ex-posta, pois podem causar acidentes graves.

Ao término da enchente, busque orientação da De-fesa Civil sobre o retorno para a casa. É necessário limpar os locais atingidos pela água e lama. Se a casa ficar destruída duran-te a enchente, não volte a construir no mesmo lugar, porque pode ocorrer um novo desastre.

A Defesa Civil orienta a população que se dirija a um local seguro e que fi que atenta

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O recurso do grafi te está sendo usado, até mesmo, em escolas para dar vivacidade ao local

NACIONAL

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