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GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa 03 Funcionários da sucursal de França da Caixa Geral de Depósitos inicia- ram na semana passada uma greve de vários dias. PUB Edition nº 266 | Série II, du 25 mai 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais Viagens. Carlos da Silva é o pioneiro das vendas de voos online em França com Go Voyages, Look Voyages e agora acaba de lan- çar MisterFly. 08 Taxis. Filipe Alves é o dono da quarta frota francesa de taxis, criou uma aplicação antes da Uber e quer ter a primeira frota 100% elétrica. 08 Literatura. O escritor angolano Ond- jaki acaba de receber o Prémio Littérature- Le Monde para “Les Transparents” traduzido por Danielle Schauramm. 10 Exilados. Foi lançado em Grenoble e em Paris o livro “Exílios” com testemunhos de exilados e desertores portugueses na Europa entre 1961 e 74. 12 Organizado pela CCIFP no Parque de Exposições de Paris-Porte de Varsailles CCIFP / Jorge Marques 05 Salão do imobiliário e do turismo português em Paris PUB

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Page 1: Salão do imobiliário e do turismo português em Paris · zades com Modigliani, Brancusi, os Delaunay e outros. Aprende depressa, digere o seu mundo rural de origem, ... tanto na

G R A T U I T

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

03Funcionários da sucursal de Françada Caixa Geral de Depósitos inicia-ram na semana passada uma grevede vários dias.

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Edition nº 266 | Série II, du 25 mai 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais

Viagens. Carlos da Silva é o pioneiro dasvendas de voos online em França com GoVoyages, Look Voyages e agora acaba de lan-çar MisterFly.

08 Taxis. Filipe Alves é o dono da quartafrota francesa de taxis, criou uma aplicaçãoantes da Uber e quer ter a primeira frota100% elétrica.

08

Literatura. O escritor angolano Ond-jaki acaba de receber o Prémio Littérature-Le Monde para “Les Transparents”traduzido por Danielle Schauramm.

10 Exilados. Foi lançado em Grenoble eem Paris o livro “Exílios” com testemunhosde exilados e desertores portugueses naEuropa entre 1961 e 74.

12

Organizado pela CCIFP no Parque de Exposições de Paris-Porte de VarsaillesCCIFP / Jorge Marques

05Salão do imobiliário e doturismo português em Paris

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02 Opinião le 25 mai 2016

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret: 52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, AntónioMarrucho, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, Inês Vaz(Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon), José Manuel dos Santos, José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel doNascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Nathalie de Oliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Patricia Valette Bas, Ricardo Vieira, RuiRibeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence de presse: Lusa | Photos: António Borga, LuísGonçalves, Mário Cantarinha, Tony Inácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de la porte de Vanves, 75014Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: mai 2016 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

Os protestos que têm agitado a França- como a Venezuela, o Brasil e outrospaíses, e sempre que há cimeiras in-ternacionais importantes - tomam cadavez mais a forma da violência brutal ebanal. O mal é sempre simples e fácil.O bem exige mais de nós.As imagens do ataque a uma viatura depolícia, com dois agentes no seu inte-rior, a quem os “fraternos manifestan-tes, lutando por um mundo melhor euma sociedade mais justa” atacaramcom murros, atirando pilaretes (po-teaux) de metal e finalmente lançandofogo para o interior da viatura, não dei-xam de chocar quem tenha ainda umresto de decência democrática. E estadecência não está nas frases feitas, nafiliação partidária ou nos hinos que“cantam amanhãs primaveris de sol ra-dioso”.A decência democrática perde-se, por-que se está a perder a decência do res-peito humano. Não uso a palavra

decência em sentido moralista ou apensar em “bons costumes” à maneiraantiga. Falo de um respeito integral davida física e moral do outro, que é pes-soa humana e não é apenas um adver-sário e muito menos um inimigo aeliminar. Pode ser alguém de que sediscorde, cujas ideias se podem com-bater, mas nunca destruir, seja a suareputação, seja o seu corpo, ou seja, asua vida!Os atacantes da viatura policial, já pre-sos, têm uma idade à volta dos vinteanos. Nesta semana também, duas jo-vens de ar simpático e sorridente, apre-sentavam dois cartazes lado-a-ladocom as frases “sous le Pont d’Avig-non…” e “on y pend tous les patrons”!Tende cuidado, pois, pequenos empre-sários que criais a maior parte dos em-pregos neste país…Dos parlamentos, como o português eoutros, às ruas, um pouco por todo olado, a república, a cidadania e a fra-

ternidade fazem-se cada vez mais cominsultos, agressões verbais, punhos fe-chados, pontapés, pedradas e golpesde barras metálicas. As ideias e atitu-des extremistas que tomam conta dopoder institucional e das ruas, porqueconquistam os corações, conduzem asnossas sociedades a repúblicas fratu-radas e passadas a ferro e fogo. Queseres humanos se estão a criar nas fa-mílias e nas escolas? Que seres sãoestes - porque ser é a questão! - queencontram prazer e gratificação na re-jeição do outro, no ódio, na violência,na vingança e na destruição, na desu-manização e na promoção de formaslegais (mas não morais) de morte e doanimalesco? Será a ausência de Deus,amor infinito e origem de todo o bem,que provoca nos jovens e adultos a per-ceção que habitam um mundo de in-discritível solidão e, tendo perdido devista a Deus, percebem o horror da suapobreza?

Há alternativas! “Gostaria de encorajara todos a pensar a sociedade humananão como um espaço onde estranhoscompetem e procuram vencer sobre osoutros, mas antes como uma casa ouuma família onde a porta está sempreaberta e se procura aceitar uns aos ou-tros. Para isso é fundamental escutar.Comunicar significa partilhar, e a par-tilha exige a escuta, o acolhimento. Es-cutar é muito mais do que ouvir. Aescuta permite-nos assumir a atitudejusta, saindo da tranquila condição deespetadores, usuários, consumidores.Escutar significa também ser capaz decompartilhar questões e dúvidas, cami-nhar lado a lado, libertar-se de qualquerpresunção de omnipotência e colocar,humildemente, as próprias capacida-des e dons ao serviço do bem comum.Escutar nunca é fácil. Às vezes é maiscómodo fingir-se de surdo. Escutar sig-nifica prestar atenção, ter desejo decompreender, dar valor, respeitar, guar-

dar a palavra alheia” (Papa Francisco,Mensagem para o dia mundial das co-municações sociais, 2016).Há alternativas, portanto! O coraçãohumano sabe isso, mas a rebeldia queo habita precisa de uma redenção, quelhe vem de fora. Que a cidade não pro-cure resolver tudo sozinha, que a fra-ternidade não se pense orfã. Talvezassim a paz social, o progresso integraldas pessoas e da sociedade não sejautopia impossível, mas se torne reali-dade. Os cristãos têm este dom: seremportadores não só do anúncio de algonovo, mas do Espírito que torna possí-vel.Não basta inscrever ‘fraternidade’ nasfachadas dos edifícios públicos e nasconstituições políticas ou gritá-la nasruas. É preciso semeá-la nos coraçõese deixá-la frutificar em gestos novos eoutras atitudes no espaço público, poisfraternidade rima com ‘cidade’, espaçovital de todos nós.

Fraternidade a ferro e fogo!

Crónica de opiniãoPadre Nuno AurélioReitor do Santuário de NossaSenhora de Fátima de Paris

[email protected]

Fiquei deveras orgulhoso ao visitar a ex-posição de nosso compatriota, o pintorAmadeo de Souza Cardoso, em Paris,no Grand Palais, patente ao público atéao próximo dia 18 de julho.Tinha já visto as exposições deste pintorna Europália de Portugal em Bruxelas,em 1991, e na Gulbenkian, em 2006,mas foi nesta que percebi a grandezae a profundidade deste artista.Senti-me mais português ao ver umdos nossos, agora reconhecido noGrand Palais, no mesmo espaço ondeainda há pouco tempo tinham sido ex-postos nomes que dispensam apresen-tações, como Velasquez, Picasso e E.Hopper…Com esta exposição, Amadeo voltaagora a Paris, cidade onde tinha vividohá um pouco mais de cem anos, comcerca de duzentos quadros, muitosdeles pintados nesta cidade que fre-quentou e onde contraiu amizades comos maiores do seu tempo. O esqueci-mento deste grande pintor, manietadoentre os armários de Manhufe a ascaves da Gulbenkian, teria dado razãoao Diretor do Grande Palais, LaurentSalomé, para se extasiar perante o port-fólio da exposição que lhe era apresen-tado pela Comissária, Helena deFreitas, ao afirmar: quem é este pintorque eu ainda não conheço?Em 1906, com a idade de 19 anos,fixa-se em Paris. Cedo percebe a pro-fusão de ideias e de correntes queestão a nascer nesta cidade. Cria ami-

zades com Modigliani, Brancusi, osDelaunay e outros. Aprende depressa,digere o seu mundo rural de origem,distancia-se dele para melhor o destilarnos seus quadros impregnados de tra-dições de cavalaria e de caça, de tradi-ções e de romarias, de mercadosminhotos e das variadas paisagens doMarão. Mas absorve também ideiasvanguardistas da época. Passa pelo cu-bismo, expressionismo, fauvismo, artnouveau, abstracionismo. Não se fixanuma só escola. Nas suas pinturas des-filam múltiplas identidades e escapa aqualquer categorização. É ele próprioque o reconhece: tenho mais fases quea lua.Nos poucos anos de vida artística(desde a fixação em Paris até à suamorte em Espinho, nem 10 anos me-diaram!) a sua originalidade é apre-ciada em Paris, em Nova Iorque, emBerlim e em Viena, onde expõe ao ladode Picasso, Léger, Braque, Renoir, Cé-zanne, Van Gogh. É notado pelo grandecrítico de arte Walter Pach, que o levaa expor na Armory Show, em Nova Ior-que, Chicago e Boston onde foi o artistaque vendeu mais quadros (sete) e quesó a guerra de 1914 o impediu de semostrar noutras paragens. No Porto eem Lisboa faz algumas exposiçõesaquando do seu regresso de Paris, masAmadeo passa quase despercebido. ÉAlmada Negreiros que reconhece o seuvalor, designando Amadeo como a pri-meira descoberta de Portugal na Eu-

ropa do Século XX. Alia-se ao movi-mento modernista, próximo de Fer-nando Pessoa, de Mário de Sá-Carneiroe dos protagonistas de revista Orpheuque tentavam pôr em causa a culturaburguesa, através de novas formas,tanto na poesia como na pintura.É muito variada e prolífera a obra deAmadeo Sousa Cardoso. Nos 20 dese-nhos que ilustram um conto de Flau-bert - La Légende de Saint JulienL’hospitalier - Amadeo, através de ummaterial semelhante à iluminura, trans-mite-nos o seu universo onírico de ca-valeiro medieval, de caçador acompa-nhado dos seus galgos e falcões, a per-correr florestas misteriosas e a encon-trar animais selvagens.Amadeo encandeia-se com as variadascores que consegue colocar nos seusquadros. Desdobra-as e estiliza-as atéà exaustão, inspirando-se naquilo quesugeria Apollinaire sobre a pintura purapara se concentrar cada vez mais naabstração. Através da desmultiplicaçãodas cores conduz-nos para a redesco-berta de um mundo de objetos e depaisagens novas que nos apraz con-templar.Amadeo apresenta-nos o seu quoti-diano natural e rural, mas transformadoadmiravelmente pela sua paleta depintor que atravessa todos os estilos,não se fixando em nenhum em parti-cular. É o seu inesquecível Marão comas montanhas a ondular até ao infinito,é a sua casa de Manhufe que integra

na paisagem transmontana. Vêm-lhe àmente as tradições religiosas e é a pro-cissão do Corpus Christi, procissão re-ligiosa e civil na maior parte dascidades portuguesas da época, quepintou após o seu regresso à sua aldeia.É também influenciado pela arte popu-lar que via na feira de Barcelos e pelosrelatos de faca e de alguidar que os ce-guinhos vinham cantar em verso pelasaldeias. As violas, os rabecões, as bo-necas, as janelas, os moinhos, as más-caras e muitos outros objectosimpregnados da cultura popular sãoelementos de tratamento pictural deAmadeo, a deambular por terras queconhece bem e nas quais gostaria deser acompanhado por galgos e falcõespara exercer a sua missão de cavaleiro

e a sua arte de caçador por terras doMarão.Na última fase da sua vida, a sua pin-tura integra elementos de um mundoque se moderniza: o telégrafo, lâmpa-das elétricas, telefone, máquinas regis-tadoras… Nas colagens incorporaletras e palavras aplicadas em pochoirs,espelhos, alfinetes de cabelo, referên-cias a publicidade, como se nos qui-sesse transmitir que a publicidadeinvasiva transformaria o mundo mo-derno.No fim da exposição, ficamos a imagi-nar quantos quadros Amadeo não po-deria ainda ter pintado se não tivessesido arrebatado na plena juventude dosseus trinta anos de idade, pela gripe es-panhola…

O grande Amadeo de Souza Cardoso

Crónica de opinião

Joaquim Tenreira MartinsEscritor

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03Comunidade

Funcionários da Caixa Geral de Depósito iniciaram na semana passada uma greve de vários dias

Vários trabalhadores da Caixa Geral deDepósitos (CGD) em França iniciaramna semana passada um movimentode greve que já dura há vários dias eque continua no momento em que fe-chamos esta edição do LusoJornal,“por motivos salariais, pelas condi-ções de trabalho e por temerem pelacontinuidade da empresa”, disse àLusa Lurdes Monteiro, Delegada sin-dical do banco em Paris.O apelo à greve foi lançado pelos trêsSindicatos presentes na CGD - FO,CGT e CFTC - mas também pelo Co-mité d’Entreprise, pelo Comité d’hi-gyène et sécurité e pelos Délégués duPersonnel.“Estamos em greve por motivos sala-riais, pelas condições de trabalho epor temermos pela continuidade daempresa. Desde que temos cá osagentes do Banco de Espanha, não hánegociações salariais e os empregadosestão cada vez mais a perder poder decompra”, afirmou Lurdes Monteiro,acrescentando que não houve aumen-tos salariais nos últimos cinco anos. ADelegada sindical denunciou ainda “afalta de efetivos, as horas extraordiná-rias não pagas e um máximo de bai-xas e ausências por motivos dedoenças prolongadas, depressão e‘burn out’”.“As horas extraordinárias são feitasem quantidades enormes nas agên-cias e não são pagas. Queremos quenos paguem, que aumentem os efeti-vos e melhorem as condições de tra-balho das pessoas nas agências”,acrescentou.Questionado sobre os aumentos sala-riais, o Diretor Geral da CGD emFrança, Rui Soares, respondeu que“houve negociações salariais comoem todas em empresas em França”,indicando que este ano a inflação foide 0,2% e que o aumento foi “leve-mente superior à inflação” devido“aos muito bons resultados” que per-mitiram fazer “uma certa correçãoface a anos anteriores”.No momento em que estamos a fe-

char esta edição do LusoJornal, osSindicatos reconduzem a greve masconfessam que as negociações têmvindo a avançar.Ana Cristina Gonçalves, Membro doComité d’entreprise confirmava na se-gunda-feira à noite que “o problemada progressão na carreira está em viasde se resolver, mas bloqueamos aindanas questões relacionadas com o sub-sídio de férias e de Natal” disse aoLusoJornal. “Temos reunido pratica-mente duas vezes por dia e sentimosque estamos a conseguir acordo”. Noentanto, Ana Cristina Gonçalves con-sidera que “um problema é o não res-peito e reconhecimento do trabalhodos trabalhadores. Por exemplo nósfomos excluídos das comemoraçõesdos 140 anos da CGD [ndr: ver artigopublicado há duas semanas no Luso-Jornal]. Aliás este foi um dos fatoresque provocou a nossa greve. Conside-ramos que a Direção não nos respeitaao nosso devido valor”.Rui Soares também confirmou ao Lu-soJornal, na segunda-feira à noite,que “ainda há diferenças significa-tivas no que diz respeito às condi-ções financeiras. Estamos numaeconomia que não cresce, a nossaatividade tem corrido bastante bem,mas tem limites. Temos feito gran-des aproximações, e quero crer quevamos ultrapassar isto com brevi-dade”.O Diretor Geral da Sucursal explicaque “já tínhamos previsto empregarmais colaboradores. Neste ponto háconvergência. O problema atual temmais a ver com alguma insatisfaçãocom a velocicidade com que se aplicaesse plano” e depois explica que “oaumento da nossa atividade leva aque sejam necessários mais efetivospara dar resposta”.Este argumento contraria as afirma-ções de Lurdes Monteiro, que temepelo fecho de agências em Françaporque “os clientes fecham contas àscentenas”.“As nossas taxas são elevadíssimas,os nossos produtos não são concor-renciais. Cada vez mais, os clientes

fecham contas às centenas e nos úl-timos três anos o crédito mal paradoaumentou substancialmente e temosreceio pela continuidade da em-presa”.“A imagem que é dada é claramentenegativa. O facto de estarmos emgreve não é um elemento positivo,mas os factos falam por si. Os nos-sos clientes conhecem-nos” res-ponde Rui Soares. “Só no anopassado tivemos um crescimento de10% de atividade com empresas.Na economia atual, isso é muito im-portante. Os números falam por si.Aliás, se estivessemos a perderclientes, não precisávamos de maisefetivos”. E acrescenta que “a nossaSucursal teve mais de 50 milhõesde euros de resultado no ano pas-sado. Estamos claramente em cres-cimento de resultados e de volumede negócios. E não digo isto porcausa da greve, são informações queestão disponíveis. No ano passado,foi o nosso ano mais rentável. Temosindicadores que são muito positivose temos evoluído muito bem” eacrescentou que “não é verdade”que haja “centenas de clientes a fe-char contas”.Rui Soares veio de Espanha onde,segundo os grevistas, foram encer-radas agências da CGD. Mas o Dire-tor Geral diz que “percebo aspreocupações quando se vê tantos

bancos a fechar agências, que hátanta pressão para a rentabilidadedo setor bancário que não está emcrescimento, mas o mercado em Es-panha é diferente do mercado fran-cês, foi abalado por uma crise, maso banco em Espanha está a dar re-sultados positivos”.“Em França estamos a crescer emnúmero de agências, em resultados,e não creio que deva haver apreen-são. Há dois ou três anos havia efe-tivamente algumas agências comresultados negativos, hoje não.Hoje, todas as agências dão umcontributo positivo para o banco.Esta informação foi disponibilizadaa todos” afirma Rui Soares.Segundo Ana Cristina Gonçalves, “omovimento está a crescer. No pri-meiro dia tínhamos cerca de 210empregados em greve e hoje temos280 ou seja 65% do efetivo”.“Não pode ser” corrige Rui Soares.“À segunda-feira as agências estãoencerradas e por isso não se podedizer que há 65% dos efetivos emgreve”. No entanto Rui Soares dizque compreende que haja um movi-mento social. “O nosso setor mudoumuito e exige um esforço de todos.Mas no sábado a grande maioria das48 agências estavam abertas ao pú-blico, mesmo se, efetivamente, estemovimento social perturba a quali-dade do nosso serviço”.

Um caso políticoA greve dos trabalhadores da CaixaGeral de Depósitos em França tomoucontornos políticos já que se trata deum banco público. Os Deputados doPCP questionaram o Governo sobre ofuturo da CGD em França. Carla Cruze Miguel Tiago questionam o Ministrodas Finanças, Mário Centeno, sobreque “informações exatas” tem sobrea situação da CGD, nomeadamentesobre a perda de clientes, e quais assuas perspetivas para o banco emFrança.Por outro lado, o PCP quer saber“como é que o Governo avalia a atua-ção dos atuais dirigentes da CDG emFrança?”Também no Grupo Parlamentar doBloco de Esquerda, os DeputadosPedro Filipe Soares, Mariana Mortá-gua e Domicilia Costa questionaram oMinistro das Finanças sobre a situa-ção na CGD França. “Sendo que, se-gundo declarações de Rui Soares,Diretor Geral da Caixa Geral de Depó-sitos França, a empresa está a crescerfinanceiramente e é rentável, quais asrazões que explicam a perda de poderde compra dos trabalhadores e que,alegadamente, se continue a assistirà degradação das suas condições detrabalho?”O BE pergunta ainda “o que pensa oGoverno fazer, perante a ausência dereação da Administração da CaixaGeral de Depósitos, para investigar osalegados vultosos riscos operacionaisincorridos pela Sucursal de França eadvindos da continuação da aberturade agências não obstante a paralisa-ção dos serviços centrais estratégicosindispensáveis ao seu funciona-mento”?Os próprios grevistas procuram estapressão política já que, aquando dainauguração do Salão do Imobiliário edo Turísmo Português em Paris, váriasdezenas de funcionários da CGD le-vantaram silenciosamente cartazes aindicar que estavam em greve, en-quanto discursava o Secretário de Es-tado das Comunidades Portuguesas,José Luís Carneiro.

Greve continua na hora de fecho desta edição do LusoJornal

Por Carlos Pereira, com Lusa

le 25 mai 2016

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04 Comunidade

“Francesinhas” foram sucesso em ParisO Salão do Imobiliário e TurismoPortuguês em França acolheu pelaprimeira vez no seu espaço gastro-nómico o Festival das Francesinhas.Marta Azevedo, Presidente da Mesada Assembleia da Associação deFrancesinhas à moda do Porto, come-çou por fazer um balanço positivo doSalão. “Tivemos casa cheia, desde oinício, as pessoas aderiram e delicia-ram-se com esta especialidade”.Esta foi a primeira vez que a associa-ção esteve no estrangeiro em promo-ção da sua especialidade.Mais do que um prato ou um petisco,a Francesinha tornou-se uma referên-cia da cidade do Porto, e por conse-quência um cartão-de-visita paraquem vai a Portugal, refere a organi-zação. “A associação foi criada paradefender um prato tradicional doPorto que é a Francesinha. Basica-mente é feita da mesma maneira,leva bife, há algumas variantes queleva ou não salsichão, fiambre, mor-tadela, mas o que essencialmentevaria é o molho», explicou ao Luso-Jornal.A maior parte das pessoas já conhe-cem a Francesinha. Com uma históriaque teve início na década de cin-quenta, e que merece ser preservada

e enaltecida, a Francesinha tem agorauma Associação que nasceu precisa-mente para assegurar que tem, nãosó o reconhecimento que merece,como a mais fiel continuidade.Segundo reza a história, foi um por-tuguês de nome Daniel David Silva,que após muitos anos emigrado emFrança, regressou nos anos cin-quenta e foi trabalhar no restaurante“A Regaleira”, no Porto. No regresso,

trouxe consigo a inspiração de umadas sanduiches mais típicas deFrança, o “Croque-Monsieur”.A sua ideia foi a de ajustar os ingre-dientes ao paladar e cultura gastro-nómica das gentes da cidade doPorto, habituadas a comidas subs-tanciais de sabores fortes e quentes,acabando por criar o famoso molhoque é, sem qualquer contestação, aalma de qualquer boa Francesinha.

No quadro do Salão do imobiliário da CCIFP

Por Clara Teixeira

le 25 mai 2016

Cidadão de Honrade Viana do Castelo

A Câmara municipal de Viana do Cas-telo decidiu atribuir o título de Cidadãode Honra da cidade ao Conselheiro dasComunidades Portuguesas, eleito emOrléans, Carlos dos Reis.Carlos dos Reis é natural de Monser-rate, tem 74 anos e mora em SaintJean-de-la-Ruelle (45), onde se licen-

ciou em Direito e onde foi autarca du-rante muitos anos.A decisão municipal data de 20 de ja-neiro, mas Carlos dos Reis só recebeua distinção no sábado passado. Estavapresente o Maire de La Chapelle SaintMesmim que se deslocou propositada-mente a Portugal para esta cerimónia.

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Remessas caíram13,5% As remessas dos emigrantes caíram13,5% no primeiro trimestre desteano, para 680,7 milhões de euros.De acordo com os dados divulgadospelo Banco de Portugal no BoletimEstatístico, as verbas enviadas pelosPortugueses a trabalhar no estrangeiropassaram de 787,7 milhões de euros,nos primeiros três meses de 2015,para 680,7 milhões de euros no pri-

meiro trimestre deste ano, o que re-presenta uma queda de 13,5%.Os emigrantes em França, como é tra-dicional, representaram a maior fatiadas verbas enviadas para Portugal, re-presentando 260,7 milhões do totalde 680,7 milhões, seguidos, à distân-cia, pelos portugueses na Suíça, queenviaram quase 80 milhões de eurosnos primeiros três meses do ano.

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05Empresas

lusojornal.com

Salão do imobiliário juntou milhares de visitantes noParque de Exposições de Paris-Porte de Versailles

Durante 3 dias, Portugal esteve emdestaque na Porte de Versailles, emParis, através do Salão do Imobiliárioe Turismo Português em França, umainiciativa organizada pela Câmara docomércio e indústria franco-portu-guesa (CCIFP) e que já vai na sua 5°edição. Várias personalidades presen-ciaram à inauguração na sexta-feirade manhã, entre as quais o Secretáriode Estado das Comunidades Portu-guesas, José Luís Carneiro, que come-çou por classificar este salão como“uma das mais importantes iniciativasda diáspora em França”, que decorreuaté domingo.“O Governo português quis com aminha presença mostrar um apoioinstitucional e político a uma das maisimportantes iniciativas que se realizaanualmente em França e que pro-move os setores do turismo e do in-vestimento em Portugal e, ao mesmotempo, o investimento de Portuguesesque se realiza em França e que é res-ponsável pela transferência de muitosrecursos para o nosso país e tambémde recursos importantes para França”,disse o Governante à Lusa.Cento e setenta expositores marcarampresença num espaço superior a cincomil metros quadrados ocupados porpromotores, agências imobiliárias e deturismo, construtores, bancos e um“festival da francesinha”.José Luís Carneiro salientou que “háagora um bom momento para os quequerem investir em Portugal” porque“nos próximos cinco anos Portugal vaiter investimentos com fundos comu-nitários na ordem dos 25 mil milhõesde euros que vão ser direcionadospara a coesão económica, territorial esocial”, sendo privilegiada “a área deregeneração urbana que vai ver afe-tada uma verba na ordem dos mil mi-lhões de euros” para a qualificação doespaço público, transportes, eficiênciaenergética e revalorização de edifíciose do património histórico e cultural.Carlos Vinhas Pereira, Presidente daCCIFP, explicou que o salão do imobi-liário é “o responsável” pelo facto de

os Franceses terem sido os estrangei-ros que mais investiram no imobiliárioportuguês entre janeiro e março, ul-trapassando os britânicos e os chine-ses, segundo dados divulgados no diaanterior pela Associação dos Profissio-nais e Empresas de Mediação Imobi-liária de Portugal. Desde a primeiraedição, em 2012, o Salão do Imobi-liário e Turismo Português em Paris foiresponsável por “mais de mil milhõesde euros de vendas imobiliárias” eeste ano espera “entre 300 a 400 mi-lhões de euros”, precisou Carlos Vi-nhas Pereira.Também o Deputado Paulo Pisco evo-cou a importância deste evento, sa-lientando a visibilidade “que dá aonosso país e por outo lado chama aatenção a todos os Franceses para ostrunfos que Portugal tem enquantodestino turístico e no investimento noimobiliário”. O Deputado apontoupara o contributo muito importantedeste tipo de iniciativas para que osFranceses invistam em Portugal.“Ainda agora os dados divulgados re-velam que os Franceses ultrapassa-ram os parceiros tradicionais deinvestimento, julgo que há aqui umarelação de causa e efeito e que os

Franceses têm começado a descobrirPortugal duma maneira alargada” eque sentem a satisfação por investi-rem em Portugal.Quanto ao Deputado Carlos Gonçal-ves, também presente, saudou a orga-nização deste Salão. “Este salão étalvez a maior iniciativa de promoçãode Portugal em França, que tem comoprincipal objetivo potenciar o investi-mento em Portugal e particularmentena área do imobiliário”. Carlos Gon-çalves sublinhou ainda que este “émais um exemplo que as Comunida-des portuguesas não estão à esperaque lhe resolvam os problemas, sãoelas que muitas vezes conseguempromover um conjunto de iniciativaspara ajudar a resolver os problemas dePortugal”. Uma iniciativa que temmuito reconhecimento em França eque segundo o Deputado é uma boamontra do empreendedorismo das Co-munidades portuguesas. “Portugal sópode agradecer o papel que tem estagente no estrangeiro em tentar digni-ficar o seu país e esperemos agoraque o nosso país tenha um comporta-mento que vá ao encontro das pers-petivas dos Franceses”. CarlosGonçalves continuou insistindo na im-

portância de haver estabilidade polí-tica, legislativa e muito particu-larmente estabilidade na área fiscal “ealguns sinais nestes últimos temposnão apontam nesse sentido e portantotemos que ter consciência que parapodermos atrair o mercado estrangeirotemos que dar garantia de estabili-dade a vários níveis”. Carlos Gonçal-ves apelou ainda ao cuidado a ter“porque em França têm os olhosmuito virados para o nosso país, masnós não nos podemos distrair porquea todo o momento esse olhar pode-sevirar para outro lado”, concluiu.Do lado dos expositores, e fiel aoSalão desde a sua primeira edição,Casa em Portugal, especialista debens imobiliários em Lisboa e no Al-garve, fez um balanço positivo dos 3dias. “Sentimos que cada vez mais osFranceses se interessam por Portu-gal”. Segundo a gerente, Cécile Gon-çalves, a reflexão dos Portuguesessobre apostar em Portugal é longa edemorada. “Temos clientes queacompanhamos há mais de um ano.Muitos Franceses que não conhecemPortugal ficam conquistados apósterem visitado o país”. Segurança,tempo suave ao longo do ano e à beira

mar, e com avantagens fiscais eis osargumentos atrativos. “60% das pes-soas que nos visitam estão na idadeda reforma mas muitos da 2° geraçãotambém mostram interesse em inves-tir em Lisboa ou no Algarve”, obser-vou.O Diretor do Turismo de Portugal emFrança, Jean-Pierre Pinheiro, indicouque Portugal está a conhecer um mo-mento histórico no domínio do tu-rismo. “Estamos com cerca de 2milhões de turistas franceses por ano.Nunca houve um volume tão impor-tante. Pela primeira vez já há 2 anosatrás ultrapassámos o número de tu-ristas alemães em volume. É um mer-cado que está a crescer de 15 a 20%por ano”. Com 480 voos por semanaentre França e Portugal, afirmou haverligações a partir de 22 cidades fran-cesas. “Nunca foi tão fácil viajar paraPortugal”.Segundo Jean-Pierre Pinheiro sente-se uma apetência forte por Portugal.“Os operadores afirmam que Portu-gal tornou-se o primeiro destino pre-ferido dos Franceses, Portugal é odestino que cresce mais, com umaumento de 40% de pacotes vendi-dos em relação ao ano passado”,apontou ao LusoJornal.Muitos dos que procuram investi-mento imobiliário procuram tambémconselho de um advogado. Sóciofundador da RFF Associados, Rogé-rio Fernandes Ferreira, specialistaem direito fiscal, foi aliás Secretáriode Estado dos Assuntos Fiscais nosegundo Governo de António Gute-res. “Os Franceses procuram Portu-gal em primeiro lugar por razõeesfiscais. Um residente não habitual éum residente que não foi residentefiscal habitual nos últimos 5 anos eque pede esse estatuto especial emPortugal que lhe dá várias vantagensfiscais”. Segundo o advogado, émuito solicitado pelos Franceses.“Procuram-nos para estar bem infor-mados sobre as vantagens que tême sobre o enquadramento fiscal queterão caso mudem a sua residênciapara Portugal ou caso invistam emPortugal”. De acordo com RogérioFernandes Ferreira, o regime fiscalde residente não habitual, isentaquase todos os rendimentos de fonteestrangeira, “isto inclui salários, ho-norários, dentro de determinada listade atividades, inclui rendimentos decapitais (dividendos e juros bancá-rios) e inclui mais valias imobiliárias,rendimentos prediais sempre de fon-tes estrangeiras e inclui pensões”. Éde salientar que o regime fiscal nãotem nada a ver com a nacionalidade,mas sim com a residência. “Um re-sidente independentemente da suanacionalidade que mude a sua resi-dência para Portugal e que não tenhasido residente fiscal nos últimos 5anos em Portugal pode beneficiardeste regime”. Por isso, aplica-setambém a Portugueses emigrados.O Presidente da CCIFP, Carlos Vi-nhas Pereira, anunciou que em ou-tubro haverá um “road show” nascidades francesas de Lyon, Lille eNantes para atrair investidores paraPortugal.

Organizado pela Câmara de comércio e indústria franco-portuguesa

Por Clara Teixeira, com Lusa

le 25 mai 2016

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CCIFP / Jorge Marques

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06 Empresas

lusojornal.com

Bar Restaurante Le Delta reabriu em Dardilly

Na sexta-feira dia 29 de abril, Beto, oproprietário do restaurante Delta, aco-lheu cerca de 300 convidados para ainauguração do seu novo espaço de-dicado a restauração e rar situado naZona Comercial de Dardilly, no 13chemin du Gargantua, em Lyon.“Estávamos instalados em Vaise, mastodo esse bairro está em remodelaçãoe reconstrução, o que fez com que oprédio onde estávamos instalados vaiser desconstruído brevemente. Nadapodia fazer e logo que soube da notí-cia comecei a procurar outro espaço,mas desta queria um espaço commais capacidade, e lugar de estacio-namento pois por vezes onde estáva-mos era pequeno para os casamentos,batizados e aniversários”, explica oproprietário ao LusoJornal.“Por enquanto trabalhamos em famí-lia, pois sou eu, a minha esposa Olga,o meu filho Cyril e a minha filha Es-tela, e temos por vezes a ajuda deuma prima, a Mélanie”. O estabeleci-mento está aberto todos os dias, das7h00 à 1h00 da manhã e propõe fór-mulas a 16 euros ao meio-dia e menuà noite. “Propomos os pratos tradicio-nais portugueses, como por exemploBacalhau, mas também franceses e

italianos. Temos o projeto de termosum cozinheiro profissional, mas poragora não o conseguimos concretizar,pois têm faltado negativamente àsnossas propostas. Mas continuamos aprocurar e se alguém estiver interes-sado, que entre em contacto con-nosco” apelou o proprietário do Delta.Nos 230 metros quadrados, divididosem duas salas de restaurante, uma

com capacidade para 150 clientes, eoutra com capacidade para 50, Betopode agora servir com mais condiçõesaniversários, batizados e outros even-tos. Uma sala de bar separada dassalas de restaurante, também podeacolher cerca de 100 pessoas, equi-pada com dois ecrãs gigantes, ondese pode ver os jogos das diferentesLigas europeias. O ambiente é requin-

tado, na luz como no som, e comgrandes cadeirões que convidam apassar bons momentos de conversaentre amigos, saboreando bebidasportuguesas.

Bar Restaurante Le Delta13 chemin de Gargantua69570 DardillyInfos: 04.78.33.61.51

Deixou Vaires nos arredores de Lyon

Por Jorge Campos

Vivafit assina Declaração de MarseilleAs cadeias de ginásios Vivafit são asprimeiras marcas portuguesas do sec-tor do fitness a assinarem a Declara-ção de Marseille. O documento foiassinado por parte da UNESCO porCatherine Carty, e por Pedro Ruiz porparte da Vivafit.O documento compromete os signa-tários a maximizarem a inclusão depessoas com deficiencia nas suas ins-talações, com material e recursos hu-manos adequados.Lançada em 2015, a Declaração deMarseille representa uma mudançaglobal social com o apoio daUNESCO e visa transformar a vidadas pessoas com deficiência, dassuas famílias e das comunidadesonde se inserem através da prática deeducação física, desporto, animação

e fitness.Em Portugal, além da Vivafit e daPersonal20, a associação sectorialAGAP também é signatária.O Grupo nacional Vivafit é a única ca-deia portuguesa de “Boutiques Stu-dios” de fitness, de ginásios exclusi-vamente femininos, de ginásios de30 minutos, de ginásios onde as mu-lheres não se sentem intimidadasmesmo que nunca tenham frequen-tado ginásios anteriormente e é aúnica empresa de ginásios portugue-ses no estrangeiro.A marca tem espaços abertos naIndia, Singapura, Indonésia, Taiwan,Emirados Árabes Unidos, Omã, Caza-quistão, Espanha e Uruguai, além dePortugal, num total de 50 ginásiosque representam 300 colaboradoras.

Participação de pessoas com deficiência no setor do fitness

Franceses são os estrangeiros que mais investiram no imobiliário português até marçoOs Franceses foram os estrangeirosque mais investiram no imobiliárioportuguês entre janeiro e março, ul-trapassando os britânicos e os chine-ses, segundo as estimativas daAssociação dos Profissionais e Empre-sas de Mediação Imobiliária de Portu-gal (APEMIP) divulgadas na semanapassada.De acordo com o gabinete de estudosda APEMIP, o investimento estran-geiro representa 20% do total dastransações imobiliárias no primeiro tri-mestre de 2016, tendo-se registadoum decréscimo de 3% face a 2014“que se justifica não pela quebra de

investimento estrangeiro mas sim peloaumento considerável da representa-tividade do mercado interno resul-tante da sua retoma”.Entre janeiro e março de 2016, osFranceses ultrapassaram os britânicose os chineses no número total de imó-veis adquiridos em Portugal, apresen-tando uma representatividade naordem dos 27%, um aumento de 11pontos percentuais face a 2014, re-fere a associação numa nota enviadaàs redações.Segundo o presidente da APEMIP,Luís Lima, citado na nota, este fenó-meno “é fruto de um trabalho de pro-

moção do imobiliário português quetem vindo a ser feito desde 2013, anoem que a APEMIP assinou um proto-colo de parceria com o Syndicat Na-tional des Professionnels del’Immobilier, prevendo já nesta alturao potencial que o mercado [portu-guês] teria na captação de investi-mentos e poupanças dos franceses elusodescendentes”.Lisboa, Porto e a região do Algarvecontinuam a ser as zonas mais procu-radas pelos investidores. “O investi-mento dos ingleses continua muitoconcentrado na região algarvia e o doschineses na região de Lisboa. Já o in-

vestimento francês tem uma distribui-ção territorial mais heterogénea, aindaque se concentre sobretudo em Lis-boa, no Porto e no Algarve”, destacaainda Luís Lima.Após os Franceses, seguem-se os In-gleses, com 18%, os Chineses, com13%, os Brasileiros, com 8%, e osBelgas, com 5%.Luís Lima realça também o aumentoda representatividade de países comoa Bélgica e a Suécia, “contíguos aFrança, que terão sido influenciadospositivamente pelo crescente investi-mento que os Franceses têm vindo afazer em Portugal”.

le 25 mai 2016

Quando recebo o reembolso do IRS?

Resposta:

O Código do Imposto Sobre o Ren-dimento das Pessoas Singulares(IRS) estabelece um prazo para opagamento dos reembolsos. Deacordo com o estabelecido na Lei,a liquidação do IRS deve ser efe-tuada até 31 de julho, verificando-se até 31 de agosto o pagamento.O prazo do dia 31 de agosto servequer para o Estado proceder aopagamento dos reembolsos, querpara os contribuintes que não ti-verem direito a reembolso efetua-rem o pagamento.Para que o contribuinte receba deforma mais célere o reembolso doIRS deve entregar a sua declara-ção dentro do prazo e, preferen-cialmente, com submissão pelainternet, sendo as modalidades depagamento de reembolso portransferência bancária ou chequeas mais céleres.Caso o contribuinte pretendasaber em que fase se encontra oprocessamento do seu reembolso,poderá acompanhar a situaçãoatravés do Portal das Finanças,conhecendo a fase em que se en-contra o processo de análise dasua declaração de rendimentospor parte do Fisco.Havendo direito a reembolso, ocontribuinte pode consultar umaárea específica do Portal parasaber se já foi processado, de-vendo seguir os seguintes passos:1. Aceder ao Portal das Finanças,entrar na área dos “Serviços Tribu-tários” e selecionar a opção“Consultar”;2. Escolher a opção “Informaçãofinanceira” e de seguida “Movi-mentos Financeiros”;3. Proceder à autenticação;4. Escolher o ano dos rendimen-tos, 2015, e o imposto sobre oqual pretende a informação, oIRS;5. Visualização da tabela com asua situação fiscal global relativaao IRS e selecionar a opção“Reembolsos”. Por fim, deve...6. Selecionar a opção “Detalhes”para saber em que estado se en-contra o seu reembolso.

Rita RibeiroJuristaRua Principal, nº 150Granja2425-013 Monte RealInfos: +351.926.300.365Infos: +33 (0)6.12.601.427

Rubrica jurídica

Catherine Carty da UNESCO e Pedro Ruiz da VivafitDR

LusoJornal / Jorge Campos

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08 Empresas

lusojornal.com

Carlos da Silva, pioneiro na venda de voos “online” em França

O lançamento de uma empresa “écomo uma partida de poker” paraCarlos da Silva, um português de51 anos que conquistou o mercadofrancês de venda de bilhetes deavião pela internet. “Gosto muitode jogar poker e há mais de 30anos que jogo todas as semanas aopoker. Ser empreendedor é um bo-cado isso, é gostar da liberdade.Lançar uma empresa é como umapartida de poker, há muita incóg-nita”, descreveu Carlos da Silva àLusa.Da paixão pelo poker à conquistado turismo digital em França, oempresário tem um percurso mar-cado pela criação de “start-up”,apesar de ter começado a carreiracomo autodidata.Em abril, o português foi ao Parla-mento francês receber o prémio“Victoires des Autodidactes” quedistingue os empreendedores auto-didatas, meses depois de ter lan-çado uma nova empresa chamada“Misterfly” que já conquistou oprémio “Travel d’Or 2016”.Com a nova empresa, Carlos daSilva quer suplantar as concorren-tes que já dirigiu, nomeadamentea “Go Voyages”, líder do mercadofrancês de vendas de voos online.“Há cinco anos deixei o mundo doturismo e reparei que durante essetempo não apareceu nada de novono que toca à venda de bilhetes de

avião. Como dei a volta ao mundonessa altura, tive várias ideias deserviços novos para os clientes”,explicou o empresário nascido emTomar.A Misterfly foi lançada há um anoe apresenta inovações no mercadodo turismo online, como o paga-mento por prestações, o seguro deanulação, um dispositivo de inter-net móvel para levar na bagagem ea procura das datas de voo maisbaratas.Para Carlos da Silva, a aventura noturismo online começou aos 17anos quando decidiu regressar aFrança, onde viviam os pais e ondetambém viveu dos quatro aos oitoanos. O jovem fez a viagem “semavisar os pais para eles não dize-rem que não” mas, meses depois,estes regressaram a Portugal en-quanto Carlos da Silva optou porficar no país adotivo. “Parei os es-tudos muito cedo. Os meus paisnão me podiam ajudar financeira-mente e tinha de encontrar obriga-toriamente maneira de ganhardinheiro. Fiz tudo o que pude paraencontrar trabalho e fui ver váriaslojas de todo o estilo, desde as quevendiam sapatos, ao padeiro, masfoi na agência de viagens ‘Go Voya-ges’ que me deram a oportunidadede fazer um teste durante uma se-mana”, contou.Foi aí que aprendeu “tudo sobre asagências de viagens” mas, seteanos depois, saiu da empresa para

fundar uma outra, a “Look Voya-ges”, comprando, em 1997, a “GoVoyages” por 100 mil euros e con-vertendo-a na líder do mercado emFrança.“Na realidade, comprei a marca‘Go Voyages’ por menos de 150 mileuros. Esse foi o dinheiro que pedia um amigo e que me serviu paracriar uma nova sociedade. Mais oumenos 100 mil euros serviram paracomprar a marca ‘Go Voyages’ e oresto foi para as primeiras despe-sas”, descreveu.Em 2011, quando a empresa“fazia mais de um milhão de vo-lume de negócios”, Carlos da Silvaaliou-se à “eDreams” “que faziamais ou menos o mesmo volume”e ambas compraram a “Opodo”,dando origem ao “Odigeo”, “pri-meiro grupo mundial de venda debilhetes de avião na internet”.Pouco tempo depois, o empresáriosolta novamente as amarras e de-cide dar a volta ao mundo com afamília, o que o inspirou a instalar-se em Lisboa, apesar de continuara trabalhar em Paris. “É uma expe-riência bastante fantástica porquetraz muitas vantagens e a primeiraé para a família porque esta expe-riência de nova vida dá um bocadode magia e a nível profissional per-mite-me trabalhar de maneira maiscalma em Portugal porque emParis não há tempo para fazer tra-balhos que necessitam de muitomais tempo”, disse.

Recentemente criou “Misterfly”

Por Carina Branco, Lusa

le 25 mai 2016

Filipe Alves fintou Uber com aplicação móvel e frota elétrica

O empresário Filipe Alves está a ulti-mar a nova versão da aplicação móvelpara táxis que criou em 2011, muitoantes da popularização dos Uber emFrança, e quer lançar uma frota “100por cento elétrica” na região de Paris.“O objetivo era fazer uma aplicaçãoque fosse de fácil utilização, que fa-cilitasse a vida do cliente. A Uber apa-receu e fez a mesma coisa. Agora,quando aparece uma aplicação detáxis vão dizer ‘É como a Uber’. Não,não é como a Uber. Chegámos aomesmo tempo, só que eles tiverammais meios de comunicação e foramos primeiros a lançar-se no mercadoem grande escala”, disse à Lusa oportuguês de 40 anos.O dispositivo de geolocalização e re-serva de táxis chama-se “Taxyz” enasceu da vontade de Filipe Alves mo-dernizar a empresa do pai, AntónioAlves, criada em 1982 com seis táxise atualmente a trabalhar com 220 a250 veículos, “o quarto maior grupode táxis em França, o segundo maiorportuguês”.Com a nova versão, o taxista deixa deser obrigado a utilizar o ‘smartphone’porque o sistema vai estar integradono contador do táxi e os clientes vãopoder pagar através da aplicação, fa-cilidades que se juntam à localizaçãodos táxis mais próximos e à informa-ção sobre o preço da viagem. “O mo-

torista já não precisa de ter um‘smartphone’ porque tudo passa pelocontador que o geolocaliza, dá a dis-ponibilidade dele - o que é muito im-

portante porque até agora tinha quefazê-lo manualmente - e envia o preçodiretamente para o consumidor”, des-creveu, acrescentando que o cliente

pode pagar através da aplicação ousimplesmente com o cartão de créditoou dinheiro.A Taxyz vai permitir, ainda, escolher

um veículo elétrico, já que Filipe Alvesse prepara para lançar uma frota detáxis elétricos na região de Paris. “Amim parecia-me incrível que em Paris- uma das cidades mais visitadas domundo - não houvesse uma frota detáxis elétricos. Para já só encomendeiquatro, mas o objetivo é transformar aminha frota toda - que são 200, 230automóveis - em carros elétricos, paraser a primeira frota europeia - aliáscom 230 até é do mundo - de táxis100 por cento elétricos”, sublinhou.O empresário espera “dar o exemplo”em termos de preocupação ecológicaa outras empresas de táxis e gostariaque a sua aplicação viesse a ser utili-zada por outros grupos em França. “Oque era importante era modernizar aprofissão e a nossa empresa e desen-volver uma aplicação que não esti-vesse só limitada à nossa empresamas abrir-se a outras. Por exemplo, aG7 tem 700 táxis mas tem 7.000táxis registados na rádio deles. O meuobjetivo era esse: criar uma aplicaçãoque no início fosse útil aos meus táxis,que são 220, mas depois abrir e ten-tar ter 1.000, 2.000, 3.000 e quemsabe um dia 7.000 como a G7”, con-cluiu.Filipe Alves nasceu em 1976 emDrancy, nos arredores de Paris, aosnove anos foi viver para Fafe, no dis-trito de Braga, e aos 19 regressou aFrança, onde tirou um mestrado emgestão e ficou a viver até hoje.

Por Carina Branco, Lusa

Rose Nunes

Arquivo LusoJornal

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10 Cultura

lusojornal.com

Le Prix Littérature-Monde pour OndjakiLe Prix Littérature-Monde étranger,remis lors du Festival EtonnantsVoyageurs à Saint-Malo, vient d’êtredécerné à l’écrivain angolais Ondjakipour son roman «Les Transparents»,traduit du portugais par DanielleSchramm.Ndalu de Almeida, dit Ondjaki, néen 1977 à Luanda, vit actuellementau Brésil. Il a publié des poèmes etdes romans pour lesquels il a rem-porté plusieurs prix importants, dontle Grande Prémio de Conto CamiloCastelo Branco, décerné par l’Asso-ciation des écrivains portugais, leprix Grinzane for Africa, ainsi que leprix Jabuti (Brésil) dans la catégoriejeunesse. Dans «Les Transparents»,genre de puzzle géant avec de mul-tiples intervenants, «le personnagecentral, c’est la ville, c’est Luanda»où tant d’humains sont «transpa-rents» aux yeux des autres, a expli-qué Ondjaki dans une vidéo.Le roman d’Ondjaki a été publiédans la «Bibliothèque portugaise»dirigée par Pierre Léglise-Costa, quicompte parmi ses auteurs desplumes prestigieuses telles que MiaCouto, José Eduardo Agualusa, LídiaJorge et Valter Hugo Mãe.Son éditrice Anne-Marie Métailiéétait le samedi 14 mai à Saint-Malopour recevoir le prix et lire les motsde l’auteur. «Je vous remercie pource prix, surtout parce qu’il donne à

connaître les littératures du monde;parce que dans mon cas, il aura faitle lien entre la littérature angolaiseet un autre peuple. Mes remercie-ments s’adressent aussi, naturelle-ment, à mon éditrice française».«Je veux dédier ce prix à tous lesjeunes qui, aujourd’hui, luttent pourla liberté et la démocratie en Angolaet au Brésil. Nous vivons des tempsdifficiles qui requièrent ‘des nou-velles façons d’être jeunes’. De nou-velles utopies. Mais je veux aussidire un mot d’affectueuse recon-naissance à ma traductrice DanielleSchramm; à tous mes traducteurs;et à tous les traducteurs du monde.Non seulement vous réécrivez les li-vres, mais vous êtes les plus beauxet anciens bâtisseurs de ponts cul-turels; vous avez entre les mains ledon de faire circuler les idées, enfaisant le miracle de ‘la réapparitiondes choses’ dans d’autres langues»a écrit Ondjaki.Sa traductrice Danielle Schramm aprésenté son travail le lundi 16 mailors d’une rencontre organisée avecle deuxième lauréat du Prix, Ma-kenzy Orcel, et certains membres dujury.Le jury du Prix Littérature-Mondeest composé d’Ananda Devi (Prési-dente), Michel Le Bris, Atiq Rahimi,Dany Lafferrière, Paule Constant,Nancy Huston, Boualem Sansal.

Pour «Les Transparents», traduit par Danielle Schramm

Concours scolaire 2015/16:Les JO de Rio parlent portugais

On connaît désormais les lauréats duConcours «Les JO de Rio parlent por-tugais» organisé par l’Association pourle Développement des Etudes Portu-gaises, Brésiliennes, d’Afrique etd’Asie lusophones (ADEPBA), placésous le haut patronage de l’InspectionGénérale de Portugais et en collabo-ration avec la Coordination de l’Ensei-gnement portugais en France.Ce concours était destiné aux élèvesqui étudient le portugais, dans lesécoles primaires, collèges et lycéesd’enseignement général, technolo-gique et professionnel, publics ou pri-vés, en France. Apprendre ens’amusant et en créant, tel est le défide ces élèves du CM1 à la Terminaleavec la participation de leurs ensei-gnants de portugais.Ce travail permet aux élèves d’expri-mer leurs connaissances, leurs vi-sions, leurs témoignages, leursémotions, et leur créativité sur lethème des jeux olympiques en lienavec le monde lusophone (athlètes,champions, records, etc). Soit un tra-vail individuel, soit collectif (maxi-mum 4 élèves), ont été réalisés sousforme de texte, de travail de re-cherche, d’enregistrement - audio,vidéo, roman-photo, production gra-phique et jeux.Le jury était composé de membres del’ADEPBA, de la Coordination, de re-présentants (mécènes) et de l’Inspec-teur général de l’Education nationaleresponsable du groupe de portugais.

Ainsi le palmarès récompense les 3meilleurs travaux de l’école primaire,des collèges, et des lycées partici-pants. Premier prix: une tabletteApple IPAD Air 16 Go argent,deuxième prix: une caméra SportGoPro Hero3 white Edition et troi-sième prix: un appareil photo compactSamsung Smart camera DV180blanc.Une cérémonie de remise de prix auralieu le 4 juin, à 15h00, à la Maisondu Portugal André de Gouveia: les lau-réats, leur famille et professeurs y sontconviés.

Ecole primaire1er prix: Sara Ferreira Sousa (CM1,Ecole Alphonse Daudet, Montluel 01)2ème prix: Shaïma Ettrai (CM2, EcoleSimone Signoret, Saint-Priest 69)3ème prix: Salomé Frovin (CM2,Ecole Lucie Aubrac, Lyon 69)

Collège1er prix: Léo Brangier, Aline Mercier,Paloma Benezech et Anouk Dantier(5ème, Collège Béranger, Paris)2ème prix: Antonin Poinas (6ème,Collège Honoré d’Urfé, Saint Etienne42)3ème prix: Lisa Gomes Esteves(6ème, Collège Pierre et Marie Curie,Villiers-sur-Marne 94)

Lycée1er prix: Eva Esteves da Rocha et DivaMonteiro Brandão (1ère, Lycée Inter-national de Saint Germain-en-Laye78)

2ème prix: Julien Henry (Terminale,Lycée André Malraux, Remiremont88)3ème prix: Antoine Moine et OrlaneSani-Agath (2nde, Lycée Honoréd’Urfé, Saint Etienne 42)

Mentions spéciales du JuryLe jury a décidé d’attribuer des men-tions spéciales pour la qualité de cer-tains travaux.

Ecole primaireNadya Filipe Félix (CM2, Ecole duMorvant, Châteauneuf-sur-Loire 45)Raphaël Gouvinhas Rosa (CM1, EcoleJeanne d’Arc, Mende 48)Inês Simões (CM1, Ecole Jeanned’Arc, Mende 48)Diogo Rocha (CM1, Ecole Jeanned’Arc, Mende 48)Clarisse Pataille (CM1, Ecole SimoneSignoret, Saint Priest 69)Selma Benkeda (CM1, Ecole SimoneSignoret, Saint Priest 69)Mariana Mendes (CM1, Lycée Inter-national de Saint Germain-en-Laye78)João Chaby Rosa (CM1, Lycée Inter-national de Saint Germain-en-Laye78)Doria Ferreira (CM2, Ecole VictorHugo, Clichy-la-Garenne 92)Eva da Rocha Pardal (CM2, Ecole Vic-tor Hugo, Clichy-la-Garenne 92)Glória Miranda (CM2, Ecole AchillePéretti, Neuilly-sur-Seine 92)Roméo Mendonça (CM2, Ecole Mau-riceau, Asnières-sur-Seine 92)

CollègeSofia Bouchihan (6ème, Collège Ho-noré d’Urfé, Saint Etienne 42)Lou-Ann Ramare (6ème, Collège Ho-noré d’Urfé, Saint Etienne 42)Yanis Berard (6ème, Collège Honoréd’Urfé, Saint Etienne 42)Manon Rascle (3ème, Collège Honoréd’Urfé, Saint Etienne 42)Tatiana Cerdeira (6ème, Collège Ana-tole France, Gerzat 63)Lidwina Lotz (6ème, Collège AnatoleFrance, Gerzat 63)Emma Bernard (6ème, Collège AnatoleFrance, Gerzat 63)Olinda Mendes (6ème, Collège AnatoleFrance, Gerzat 63)Karine de Castro (4ème, Collège Béran-ger, Paris)Alice Neuville (4ème, Collège Béranger, Paris)July Ambre (4ème, Collège Béranger,Paris)Esther Braconnier (4ème, Collège Bé-ranger, Paris)

LycéeCyril Varquet (1ère, Lycée FrançoisVillon, Beaugency 45)Chloé Shard (1ère, Lycée Saint Charles,Chalon-sur-Saône 71)Amille Ribeiro (1ère, Lycée SaintCharles, Chalon-sur-Saône 71)Elodie Pandrot (1ère, Lycée SaintCharles, Chalon-sur-Saône 71)Julie Burdin (2nde, Lycée SaintCharles, Chalon-sur-Saône 71)Enki Souillot (2nde, Lycée SaintCharles, Chalon-sur-Saône 71)Carla Saleyrette (2nde, Lycée SaintCharles, Chalon-sur-Saône 71)

Par Clara Teixeira

le 25 mai 2016

“L’art d’être tigre /A arte de sertigre”, de AnaLuísa Amaral

En avril2 0 1 2 ,Ana LuísaAmara l ,une desvoix lesplus im-portantesde la poé-sie portu-g a i s eactuelle,était pré-

sente à la Maison du Portugal, àParis, pour la présentation de «Prós-pero morreu», poème en un acte,premier texte dramatique de l’au-teure, où des voix venues de diffé-rentes époques et de traditionsdiverses se croisent et parlent del’amour, du pouvoir, de l’ambition etaussi de la magie. Plus récemment,en juillet dernier, elle était invitée parles éditions Le Phare de Cousseixpour la sortie en version bilingue deson livre de poèmes «L’art d’êtretigre / A arte de ser tigre», dans unetraduction de Catherine Dumas.Ce recueil est composé de 6poèmes élémentaires sur l’état del’art, de 4 poèmes dits de la méta-morphose et de 5 autres poèmesgénériques («de l’effroi», «de la fein-tise», «du courage», «de la mé-moire» et «de l’amour»). Son titrenous est révélé dès le premierpoème, intitulé «Art premier»: «Dupoint le plus reculé/ de l’âme/ untigre saute en direction/ de la lu-mière». Il s’agit de la lumière d’uneclairière, où le saut du tigre fait trem-bler tout l’univers qui l’entoure ettransforme ce mouvement «pre-mier» en gestes et en mots, à traverslesquels Ana Luísa Amaral dérouleson fil, nous entraînant dans une il-lusion de survie et nous invitant àpoursuivre l’aventure des mots quiémergent et qui scintillent au gré decassures, de torsions syntaxiquesou d’images toujours plus inatten-dues.Ana Luísa Amaral est née en 1956,à Lisboa et vit depuis l’âge de 9 ansà Leça da Palmeira, dans les envi-rons de Porto. Titulaire d’un doctoratsur la poésie d’Emily Dickinson, AnaLuísa Amaral enseigne la littératurecomparée à la Faculté des Lettresde Porto. Elle est l’auteur, avec AnaGabriela Macedo, du “Dicionário deCrítica Feminista” (2005) et a coor-donné l’édition annotée des “NovasCartas Portuguesas” (2010). Ses li-vres ont été traduits dans de nom-breuses langues et ont donnénaissance à plusieurs spectacles dethéâtre ou de lectures mises enscène.

Um livro por semana

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

Daniel Mordzinzski

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Cultura 11

emsíntese

Realizador André Marques selecionado para oLebanon Factoryde Cannes 2017

O realizador André Marques é o pri-meiro português a ser selecionadopara o projeto Lebanon Factory daQuinzena dos Realizadores do Festivalde Cannes, que prevê a estreia deuma curta-metragem, no certamefrancês, em 2017.O realizador irá trabalhar com um rea-lizador a designar pela Fundação deCinema do Líbano, numa das quatrocurtas-metragens a serem filmadasno país, em fevereiro do próximo ano,no âmbito do programa, e que irãoabrir a Quinzena dos Realizadores doFestival de Cannes de 2017. O nomedo realizador libanês será divulgadoem breve. “Só em setembro é quevamos começar a escrever e a deli-near as filmagens”, disse à LusaAndré Marques, que se afirmou “hon-rado e muito contente”, por ter sidoselecionado.André Martins tinha já sido selecio-nado para o programa Berlinale Ta-lents deste ano, e para o BiennaleCollege Cinema do 72º Festival de Ve-neza, com o projeto de longa-metra-gem “O Bêbado”.Nascido em Setúbal, em 1984, AndréMarques estudou cinema na EscolaSuperior de Teatro e Cinema, de Lis-boa. O seu trabalho tem-se divididoem ficção, produção experimental edocumentário, com filmes e projetosselecionados para o Festival de Ber-lim, Biennale de Veneza, PalmSprings, Leeds, Curtas Vila do Conde,Festival de Gijón e DocLisboa, entreoutros. O seu trabalho foi alvo de duasretrospetivas, como foi o caso da Ci-nemateca de Bucareste, no ano pas-sado.Em 2015, André Marques estreou“Yulya”, que contou com os desem-penhos de Joana de Verona, DamianVictor Oancea, Miguel Borges, JoãoSaboga, Lucília Raimundo, MafaldaLencastre e Diana de Sousa, filme quesucedeu a “O avô” (2014).Da sua filmografia, na área da ficção,fazem ainda parte, “Luminita” (2013),“Schogetten” (2010), “O lago” (2008)e “João e o cão” (2007).Na área do documentário está atual-mente em pós-produção “Brother”,tendo já realizado “Brasov 27 decem-brie 2009” (2010), “Bucharest shots”(2008).O currículo de André Marques incluiainda a realização de anúncios publi-citários, vídeos musicais e a composi-ção musical.

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Commémoration de la Journée de la langueportugaise à l’Unesco

À l’initiative des États membres de laCommunauté des pays de langue por-tugaise (CPLP), la Journée de la langueportugaise était commémorée à la Mai-son de l’Unesco, le 18 mai dernier.Afin de marquer les 20 ans de la créa-tion de la CPLP, les Ambassades despays de la CPLP accréditées en Franceet les Délégations permanentes de cespays auprès de l’Unesco ont voulucette année mettre en exergue l’impor-tance de la langue portugaise et descultures des pays où elle est parlée, encélébrant cette journée sous le thème«CPLP 20 ans - La diversité culturellequi nous unit».Avant la session d’ouverture, DavidLeite, Conseiller culturel à l’Ambas-sade du Cap-Vert, a adressé un mot debienvenue à tous les participants et aprésenté le programme de la soirée quiproposait un spectacle musical, suivide l’inauguration d’une exposition depeinture. Le discours d’ouverture a étéprononcé par l’Ambassadrice ElianaZugaib, Déléguée permanente du Bré-sil auprès de l’Unesco, au nom desÉtats-membres de la CPLP. Dans sonallocution, Eliana Zugaib a rappelébrièvement l’expansion de la langueportugaise dans le monde qui, «àl’aube du XXIe siècle a pris ses racinessur les quatre continents devenantainsi la sixième langue la plus parléeau monde». Elle a souligné le «rangprivilégié» de la langue portugaise ausein de certains organismes internatio-naux tels que l’OEA et l’UNASUR et asouhaité que «dans un futur proche, lapertinence géographique, économique

et politique de notre communauténous permettra d’intégrer la liste deslangues officielles du système onu-sien». Puis elle a évoqué égalementl’héritage historique de la langue por-tugaise, faisant notamment référenceaux œuvres produites au milieu du siè-cle passé, «à l’époque des premierssouffles de la décolonisation», qui don-nèrent naissance à un patrimoineconstitué de poèmes, de romans, d’es-sais, de chansons, de textes drama-tiques et d’œuvres audiovisuelles. PourEliana Zugaib, «cette unité à travers lalangue s’est construite de façon géné-reuse, dans un contexte chaque foisplus diversifié».Dans la dernière partie de son discours,l’ambassadrice a rappelé les principauxobjectifs de la CPLP (promouvoir et dif-fuser la langue portugaise, la coopéra-

tion et le développement), ainsi quel’importance de son partenariat avecl’Unesco, notamment dans le domainede l’éducation. Prenant la parole à sontour, Edouard Matoko, Sous-Directeurgénéral de l’Unesco pour l’Afrique, aréitéré l’importance de la coopérationentre la CPLP et l’Unesco, a soulignéla place de la langue portugaise dansle monde, ainsi que la participation ac-crue des citoyens de la CPLP aux ac-tions culturelles de leurs pays et il arendu hommage au poète et premierPrésident angolais Agostinho Neto(1922-1979).Le spectacle musical qui a suivi lacérémonie d’ouverture de cette jour-née commémorative était proposépar des artistes de divers pays de laCPLP, illustrant parfaitement leur di-versité culturelle, en particulier à tra-

vers le mélange des rythmes et lacomplémentarité de leurs instru-ments musicaux: Rômulo Marques -quintet (Brésil), Justino Évora (Cap-Vert), Arcénio de Almeida (Mozam-bique), Gonçalo Cordeiro (Portugal)et Lulendo (Angola). La soirée s’estachevée par une réception dans levaste hall de la Maison de l’Unesco,où avait lieu l’exposition «Peinture etpoésie - Hommage à AgostinhoNeto», constituée de 12 toiles dupeintre et sculpteur angolais SamuelDimbi. Chaque tableau était accom-pagné d’un poème, en portugais eten français, d’Agostinho Neto, dontles principaux thèmes évoqués sontles souffrances de la colonisation,l’exil, la prison, la résistance, maisaussi l’espérance, la liberté et la fra-ternité.

«CPLP 20 ans - La diversité culturelle qui nous unit»

Par Domnique Stoenesco

Festival d’urbanités croisées entre Lisboa et Paris

Voilà 10 ans que la Cie de théâtre Cáe Lá, entourée d’un ensemble d’arti-stes, présente au cœur de Paris et deLisboa, un festival pluridisciplinaire:théâtre, poésie, danse, musique,cinéma, arts plastiques constituentParfums de Lisbonne - Festivald’urbanités croisées entre Lisboa etParis.Le Festival vient de démarrer le 21mai et terminera le 19 juillet avecdifférentes manifestations dans deslieux différents de la capitale.Depuis 2007, au fil des rencontres etdes échanges, le festival s’estépanoui. La programmation des sa-medis de juin s’est élargie dans letemps et dans les lieux.La thématique de la 10e édition dufestival entre en résonance avecl’œuvre de l’écrivain portugais Máriode Sá Carneiro, cent ans après sonsuicide à Paris en 1916. Des varia-tions pluridisciplinaires autour destextes de l’artiste viendront rappeler lavoix d’un auteur qui n’a pas vieilli (iln’avait que 26 ans).«Je ne suis ni moi ni l’autre» écrivaitce proche de Fernando Pessoa avecqui il a créé la revue Orpheu, «Je +l’Autre = Nous / Eu + o Outro= Nós di-

rons-nous en 2016».Au programme: un Festival de CourtsMétrages, Journée d’Etudes, exposi-tion «Embrasser l’incertain» d’artistesdifférents, film et conférence «A uneheure incertaine» de Carlos Saboga,«Les mille et une nuits - Le Désolé»de Miguel Gomes et «La visite ouMémoires et confessions» de Ma-noel de Oliveira. Dialogues bilinguesautour du théâtre de Miguel Torga etpour clôturer le programme, «Moi +l’Autre = Nous» variations autour dela poésie et la pièce «Amizade» de

Mário de Sá Carneiro.Directrice de Parfums de Lisbonne-Festival d’Urbanités croisées, Graçados Santos fait un bilan positif de cetévénement. «Nous voyagerons avecdes convives devenus partenaires etcroiserons la route de nouveauxinvités. C’est un temps de bilan quiporte à réfléchir sur le rôle d’un festi-val défini par le croisement des cultu-res, des publics, des langues et desespaces géographiques». Plusieurspartenaires sont venus soutenir ce Fe-stival au succès grandissant. «Notam-

ment la Mairie de Paris qui nous aidebeaucoup».S’affirmer et innover chaque année,«Parfums de Lisbonne» avait démarréau quartier Beaubourg «qui restenotre port d’attache pour aller dansd’autres quartiers. L’idée au départétait la convivialité dans les rues,comme la Fête de la Musique, et sur-tout de s’ouvrir aux autres et non pasde rester entre Paris et Lisbonne».Selon Graça dos Santos travailler avecles autres et partager son format et sesidées entre les uns et les autres per-met «d’être plus forts et de construireun réseau plus performant».Cette année encore de nouvelles col-laborations, «de nouveaux lieux pourun public mêlé, attendu et inattendu;à la fois déjà fidèle, il est sans cesserenouvelé par la diversité des formesproposées tout autant que par celledes espaces de présentation», dit-elleau LusoJornal.Le Festival avait démarré à l’époqueavec du théâtre essentiellement, puisla danse, et très rapidement les artsplastiques, la musique et finalementle cinéma, «nous sommes un festivalmultidisciplinaire et qui souhaiteavant tout éviter la routine».

http://parfumsdelisbonne.com

Parfums de Lisbonne

Par Clara Teixeira

le 25 mai 2016

LusoJornal / Dominique Stoenesco

Graça dos Santos, Directrice du festivalLusoJornal / Carlos Pereira

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12 Cultura

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Livro com testemunhos de exilados foi apresentado em Paris

Foi lançado em Paris, no Lusopho-lie’s, no sábado passado, depois deter sido apresentado em Grenobledois dias antes, o livro “Exílios, tes-temunhos de exilados e desertoresportugueses na Europa (1961-1974)”. A apresentação foi feita porFernando Cardoso, Presidente daAssociação de Exilados PolíticosPortugueses 1961-1974, criada emLisboa no dia 8 de novembro de2015, instituição editora do livro,Vasco Martins, Vice-Presidente daassociação Memória Miva (MV²) emembro da AEP61-74, mas tam-bém o historiador Victor Pereira e aantropóloga Sónia Ferreira, tambémmembro de MV².Uma dezena dos 22 autores do livroestiveram presentes. “Obrigado porterem vindo em grande número ouvirhistórias que têm mais de 40 anos”disse o Presidente Fernando Car-doso, ele próprio foi desertor e viveu6 anos na região parisiense. Na sua

intervenção lembrou os cerca de150 mil jovens que desertaram ouforam refratários durante a Guerracolonial. “Os desertores eram vistos

como fora da lei” e Fernando Car-doso lembrou em poucas palavrasqual o contexto em que se vivia emPortugal antes do 25 de abril.

Na cave do Lusopholie’s estava umaexposição baseada em grande parteno jornal Alarme, um jornal que nas-ceu nos anos 60 em Grenoble e quepouco a pouco se tornou um jornalcom distribuição nacional e até in-ternacional. E o livros é distribuídocom um disco com uma gravação aovivo de um concerto de Trio Flores“e seus camaradas de Paris”, queteve lugar em Malmö, na Suécia.“Eu, que sou historiador, tenho lidomuitas coisas sobre as festas feitaspelos exilados políticos em França,mas aqui temos também o som,ouve-se as pessoas a cantar, a reto-mar os temas dos cantores” disseVictor Pereira que destacou tambémo facto de haver testemunhos demulheres exiladas. “Muitas vezes oexílio é vivido essencialmente peloshomens, mas não podemos esque-cer que também houve mulheres” eo livro tem testemunhos de RosaRosenheim, Irene Pimentel, MariaIrene Martins, Merita Andrade, Te-resa Couto e Teresa Perdigão.

“Uma grande parte dos testemu-nhos ainda sentem a necessidadede se justificar, porque naquela al-tura eram considerados com traido-res e fracos” disse Victor Pereiralembrando que só em 1972, 20%dos jovens não fizeram o serviço mi-litar.Da sala vieram várias intervenções,a começar pela de Jorge Valadas,um desertor da Marinha quando erajovem oficial. “Não desertei só pelaGuerra colonial, desertei porque nãosuportava mais o regime português,porque não suportava a sociedadeportuguesa” disse. “O livro reduz-seà dimensão política, eu também mepolitizei antes, mas quando deser-tei, não estava em nenhum movi-mento político”.Depois do debate, que se prolongoupela tarde fora, foi projetado o filme“”Les 30 ans d’exil” de José Vieirae depois houve música, muita mú-sica com Joaquim Alberto Simões,Arnaldo Franco, Rui Meireles, PedroFidalgo e muitos mais.

“Exílios” editado pela Associação de Exilados Políticos Portugueses 1961-1974

Por Carlos Pereira

le 25 mai 2016

“Exílios” a également été présenté à Grenoble

Le jeudi 19 mai, à 18h30, à Greno-ble, à la Maison de l’International, il ya eu lieu une conférence concernantla problématique des réfractaires mi-litaires du temps de la guerre menéepar le Portugal en Afrique. Cetteconférence fut organisée dans lecadre du lancement du livre ayantcomme titre «Exílios», une œuvreconstituée de témoignages de deuxbonnes dizaines d’anciens jeunesgens qui, il y a cinquante ans, ont re-fusé de s’engager dans l’armée (ouqui ont carrément déserté) et qui ontfui le régime dictatorial portugais.Beaucoup de ces jeunes gens sont de-venus à l’époque des activistes poli-tiques dans les lieux où ils ont«atterri» et ont contribué de par leuraction à ce qu’en 1974 la Révolutiondes œillets éclose au Portugal, à la

suite de laquelle le régime politiquelà-bas est devenu démocratique. Dansle cadre de l’action politique menéepar ces jeunes gens exilés, il fut ques-tion notamment de la création à Gre-noble d’un journal, Alarme, qui à sestout débuts était régional, avant dedevenir national (à l’échelle hexago-nale), puis international.À la fin de la séance, Manuel Branco,l’un des conférenciers et un ancienactiviste politique, a regretté qu’avecle temps la lutte d’autrefois ait perduun peu de son élan.Il faudra tout de même faire confianceaux nouvelles générations et à leur ca-pacité déjà à réfléchir d’une façonbien éclairée en termes intellectuelsainsi qu’à mener des actions peut-êtrepas aussi radicales ni spectaculairesque celles d’antan mais ayant pourbut d’atteindre une vraie prise deconscience de la réalité sociale. Les

jeunes gens réussiront ensuite sûre-ment à faire en sorte que les grandesvaleurs humanistes l’emportent sur

tous les intérêts mesquins.Comme petit échantillon des jeunesgens actuels, on peut citer les élèves

de Terminale de la Section de Portu-gais de la Cité Scolaire internationalede Grenoble. Lors de leurs examensdu Bac, ils auront bientôt à fairepreuve en Littérature et en l’Histoire-Géo de ce qu’ils ont appris concernantce qui a eu lieu au Portugal durant leXXe siècle. Aussi n’ont-ils pas perdu,là-dessus, l’excellente opportunité deprofiter de la conférence (celle dont ilest ici question) pour approfondir leurniveau de réflexion. Leur présence du-rant la conférence était plutôt dis-crète, d’autant qu’ils n’étaient pastrop nombreux - rien qu’une bonnedouzaine -, mais ce qu’ils ont entendules fera à coup sûr non seulementbouger d’une façon avertie mais éga-lement contribuer, de par leur actionà la longue, à ce que l’on évite que lasociété ne tombe à l’avenir dans lesmêmes pièges qui l’ont fait trébuchédans le passé.

Par Manuel Ramos

Fado au Théâtre de la Ville:Jour de gloire pour José Manuel Neto

Les affiches dans la rue annonçaientun concert de Camané, CristinaBranco et José Manuel Neto, la pre-mière fois à Paris, à notre connais-sance qu’un guitariste, José ManuelNeto, était annoncé sur le même plan,ou presque, que les chanteurs. Je dis«ou presque», parce que les annoncesparues dans la presse annonçaientcertes les trois, mais avec José Manuelen plus petits caractères. Et notreconfrère Télérama, dans son supplé-ment parisien Sortir, s’étendait biendavantage sur Camané et CristinaBranco que sur José Manuel Neto.Seul le programme distribué à l’entréedu concert rétablissait la vérité: José

Manuel annoncé en premier. Car ils’agissait en fait d’un concert de JoséManuel Neto, qui invitait Camané etCristina Branco (trois fados chacun,plus un joli duo sur Margarida, l’undes grands succès de Camané). Unepetite entourloupe marketing, Camanéet Cristina ayant une notoriété bien su-périeure à celle de José Manuel, qui apu surprendre la grande majorité dupublic, hors les happy few qui étaientau parfum de la manip’.Mais cela n’a pas d’importance. CarJosé Manuel Neto, 44 ans, est consi-déré par beaucoup comme le meilleurguitariste de sa génération. Un grandmusicien, donc, qui domine tous lesaspects de la guitare portugaise, quiaccompagne régulièrement les plus

grands noms du fado (Carlos doCarmo, Mariza et Camané depuis plusde 20 ans). A ses côtés, la viola esttenue par Carlos Manuel Proença, quebeaucoup considèrent, tiens donc,comme le meilleur violiste de sa gé-nération, et la viola baixa l’excellentDaniel Pinto. «Son» concert était ins-crit dans la grande tradition de la gui-tare portugaise de fado, donnant saversion somptueuse, des variationscréées notamment par Armandinho,que beaucoup considèrent, décidé-ment, come le meilleur guitariste dusiècle dernier, ou José Fontes Rocha,qui accompagna toutes les dernièresannées en scène d’Amalia Rodrigues.Des compositions plus personnellesaussi, avec de ci de la des touches

arabo-andalouses ou gitanes. Bref dugrand art.Il fut un temps où les guitaristes defado donnaient des concerts en leurnom propre. Ainsi fit José Maria dosAnjos, que tous considèrent comme lemeilleur guitariste du 19ème siècle (etprof de guitare du roi D. Carlos). Denos jours, António Chainho (né en1938 et que d’aucuns considèrent…) est devenu, après une longue carrièred’accompagnateur, un concertiste re-nommé, parfois éloigné du fado tradi-tionnel. Il est juste, il sera juste queJosé Manuel Neto perpétue cette his-toire. Il sortira d’ailleurs son premierCD instrumental dans les tout pro-chains mois.Pour Camané, c’était tout naturel,

nous dit-il, de répondre à l’invitationde José Manuel Neto, avec qui il col-labore depuis longtemps, et à qui ildonna, il ne le dit pas, modestieoblige, un sérieux appui au début desa carrière. L’un des trois fados qu’ilnous offrit était accompagné par leseul José Manuel, et il termina saprestation par un fado corrido dehaute tenue. Cristina Branco eut no-tamment une jolie interprétation sur lamusique du fado Suplica et futconvaincante sur le beau poèmed’Amália Tive um coração, perdi-o,musique de Fontes Rocha.Tout cela fit que le public, nombreux,sortit enchanté du concert, ce qui estbien plus important que les astuces demarketing.

Par Jean-Luc Gonneau

LusoJornal / Carlos Pereira

LusoJornal / Manuel Ramos

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14 Cultura

emsíntese

«Fados, Divines, et pas seulement»aux Affiches

Après un passage, le 25 avril, par lecafé culturel Lusofolies, le Coin dufado revient vendredi 3 juin, à21h00, aux Affiches, 7 place SaintMichel (Quartier Latin), pour unesoirée exceptionnelle «Fados, Divi-nes, et pas seulement». C’est dansle Club, la superbe cave aménagéedes Affiches, que se tiendra la soi-rée, à 21h00, selon une formule«café-concert».Présentés par Jean-Luc Gonneau(qui chantera un peu aussi, et quipromis d’être grave, mais on endoute), la «dream team» musicalsera là: Filipe de Sousa à la guitareportugaise, Nuno Estevens à la gui-tare classique, Nella Selvagia auxpercussions et peut-être PhilippeLeiba à la contrebasse, ou alors Do-minique Oguic, ou les deux pour leprix d’un, et d’autres musiciens,comme il arrive souvent.Les voix? Des divines, mais toutesde simplicité: Conceição Guada-lupe, bien sur. Deux jeunes, TâniaCaetano, qui a fait une entrée (très)remarquée dans le monde du fadovoilà quelques mois, et FernandaPaulo, jeune et talentueuse fadistede Lisboa de passage à Paris. Et enguest star, Eugénia Maria, gar-dienne du temple fadiste de lagrande tradition. Mais pas seule-ment: deux solides voix masculines,grands amis de la maison, le joyeuxJoão Rufino, et António de Freitas,le Portugais de Ménilmuche. D’au-tres encore, probablement, et peut-être João Heitor, s’il parvient às’extraire de son Lusofolie’s, pour unfado de Coimbra à sa façon.Comme toujours, des fados qu’onn’entend pas ailleurs, un pro-gramme qui évolue chaque fois,avec des sourires, souvent, desémotions, beaucoup, et l’amitié,surtout.Infos: 06.22.98.60.41.

Denis Monfleur homenageado peloGoverno francês

A Câmara Municipal de Santo Tirsocongratulou-se, em comunicado,pelo facto de Denis Monfleur, autorde uma das 54 esculturas quecompõem o Museu Internacionalde Escultura Contemporânea(MIEC) deste concelho nortenho tersido homenageado pelo Governofrancês. A peça do francês, “Por-teur de Vide”, está localizada juntoà Biblioteca Municipal de SantoTirso.Denis Monfleur é agora Cavaleiroda Ordem das Artes e das Letras,atribuição que recebeu pelas mãosda Ministra da Cultura francesa.

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“Pregões de Lisboa” à La Bifana

La Bifana est un restaurant bienconnu des amateurs de musique po-pulaire portugaise, qui y venaientchaque fin de semaine pour y danserou écouter les vedettes de musique«pimba» de passage à Paris. ArmindoCampos, qui y oeuvra longtempscomme animateur et musicien (cla-viers, accordéon) et chanteur, a reprisle lieu à son compte depuis quelquesmois. Un lieu joliment arrangé «à por-tuguesa», auquel il a redonné unequalité culinaire qui avant lui faibli(La Bifana est dorénavant un lieu oùon mange bon, avec des produits dequalité). Il poursuit aussi chaqueweek-end la tradition de variétés dan-santes portugaise, mais depuisquelques semaines consacre le ven-dredi soir au fado, et particulièrementà un spectacle original, «Pregões deLisboa», en souvenir de ces nombreuxvendeurs des rues qui animèrent long-temps les quartiers populaires de lacapitale.Un spectacle délicieusement kitsch,au sens moderne du mot: redonnantune vie à des œuvres ou des objets dupassé (exemples: les boules à neige,l’art rococo, la java…) en les projetant,souvent avec humour, dans le présent.

Ce à quoi se sont attelés JoaquimCampos, un «ancien» du fado lisboèteen pleine forme, Jenyfer Rainho,jeune et déjà confirmée fadiste pari-sienne, responsable en grande partiedu choix des fados entendus dans lespectacle, Armindo Campos, qui aconçu et enregistré un accompagne-ment orchestral qui se superpose auxguitares «live» de Manuel Miranda etCasimiro Silva, deux piliers du fado enFrance, le dernier étant parfois sup-pléé par l’excellent (aussi) Nuno Es-

tevens. Armindo Campos intervientaussi à l’accordéon et chante une des-garrada.Celles et ceux qui sont familiers avecl’histoire du fado y retrouveront nonsans émotion des textes et musiquesqui ont traversé les décennies. Le plusancien, le Fado do 31, créé dans larevue éponyme en 1913 par la my-thique Maria Vitória, repris par Max,autre grand fadiste, dans les années50, puis par Rodrigo dans les années70, et interprété dans le spectacle par

Joaquim Campos. Le plus récentpeut-être, le Fado da Caldeirada, créépar Amália Rodrigues en 1977, surparoles et musiques d’Alberto Janes,étonnante et humoristique critiqued’un thème dont on discutait alorspeu (la pollution), joliment interprétépar Jenyfer Rainho.C’est aussi un spectacle illustré pardes images et extraits de filmsd’époque, et de jolis costumes (Jeny-fer en change quatre fois, Joaquim estimpayable en capitaine de navire defantaisie). Pendant une petite heure,il nous fait voyager dans le tempsd’une Lisboa qui a depuis bienchangé, avec un brin de nostalgieheureuse, et beaucoup de charme etde sourires. N’y cherchons pas demessage sociologique: les vendeursdes rues (Amália Rodrigues le fut untemps) apportaient certes une anima-tion dans la cité, mais leurs conditionsde vie étaient loin d’être faciles. Maispartageons ce moment plein de fan-taisie créé par l’équipe d’artistes quiy mettent plus que de l‘énergie, ducœur. Vous avez jusqu’à fin juillet,chaque vendredi, pour en profiter. Eten prime, en seconde partie, le fadovadio s’installe: les clients qui le sou-haitent peuvent chanter quelquesfados!

Jolis souvenirs d’un fado “à maneira antiga”

Par Jean-Luc Gonneau

José Vaz na Féria de Vic-Fezensac

Durante três dias, a cidade de Vic-Fe-zensac, no Gers (32), com 3.000 ha-bitantes, transforma-se numa cidadecom 30.000 almas para acolher oprimeiro grande festival do Sudoestegaulês. É assim há mais de meio sé-culo, e no fim de semana do Pente-costes o ambiente foi mais uma vezescaldante. As touradas foram consi-deradas como parte do PatrimónioImaterial e Cultural francês de acordocom a Convenção da Unesco para asalvaguarda do Património CulturalImaterial. Mas não são só as corridasde touros, versão espanhola, queatraem os foliões. O burgo Midi-pyré-néen, veste o seu fato de Capital cu-linária, festiva e artística, não falta-ram provas de vinhos, pratos regio-nais, concertos, bailes, animaçõespara as crianças, desfiles de bandas,literatura e exposições - o estado de

espírito da cultura de rua no que temde mais castiço. Também não falta-ram os Contras, elementos indispen-sáveis para dar ainda mais motivaçãoa quem promove iniciativas.Debaixo das bancadas da Praça de

touros vicoise, na denominada Gale-rie des Arènes, os passeantes podiamapreciar e comprar as pinturas e es-culturas do artista plástico lusitanoJosé Vaz, visivelmente emocionadoem participar no evento. “Há mais de

30 anos que vinha à Féria de Vic-Fe-zensac, mas foi a primeira vez quefui convidado para expor e vender asminhas obras. Para mim foi como umrenascer, três semanas depois da im-portante operação à qual foi subme-tido. Era impensável não estarpresente neste fim de semana. Temsido uma viagem ao passado, umpasseio pelo presente, com o reco-nhecimento do meu trabalho e so-bretudo uma visão diferente para ofuturo, coisa que para mim era abs-trato há apenas alguns dias” disseao LusoJornal. “Aqui é uma terraonde a morte anda de mãos dadascom a vida, quando se entra numapraça de touros, nunca se sabe deque maneira vamos sair. Sou um so-brevivente da tourada da existência,e a energia que consegui absorvernestes dias vai servir para ir maislonge na minha expressão humanís-tica e artística”.

Há sempre um Português em qualquer lado, entre sombra e sol

Por Manuel André

Musicorba brilhou no CCB em LisboaO Centro Cultural de Belém (CCB),em Lisboa, acolheu um dos maisproeminentes duos de piano da atua-lidade, os MusicOrba, o duo de pianoa 4 mãos formado pelos pianistas Ri-cardo Vieira e Tomohiro Hatta, ambosresidentes em Paris.Sob o o título “Mundo a 4 mãos”, oduo luso-japonês escolheu o FestivalDias da Musica - considerado o maisimportante festival de música clássicaem Portugal -, para a apresentação doseu primeiro álbum na capital. A salaSophia Mello Breyner, que acolheu oconcerto, esgotou e contou com várias

personalidades, entre elas, o pintorCarlos Farinha, a fadista MónicaCunha, e os Embaixadores de Françae do Japão em Portugal.Além do LusoJornal, estiveram tam-

bém presentes a equipa de televisãoTV5Monde e Voyages, duas cadeiasde televisão francesas que contaramcom a exclusiva participação do duode pianistas para a elaboração de doisdocumentários.Depois da aliança em 2010 - ano emque subiram ao palco para a celebra-ção dos 150 anos de cooperaçãoentre os dois países -, os pianistascontinuam a imortalizar as obras para“piano 4 mãos”, formação conside-rada por muitos como a mais sublimeda Música de Câmara.Desde então, o duo já pisou os mais

conceituados Festivais do mundo,tendo tocado em França, Alemanha,Portugal, Japão, Índia, Eslovénia,Cabo Verde, entre muitos outros paí-ses. Estrearam obras de variadissimoscompositores, na qual a sua maiorialhes são dedicadas, onde se destacaDonald Yu (Hong Kong), Mark Yeats(Inglaterra) e Stéphane Blet (França).Musicorba já recebeu o convite de co-laboração das maiores divas do fado,tais como Mísia e Kátia Guerreiro.O CD do duo pode ser encontrado emqualquer loja FNAC ou nos formatosdigitais iTunes e Spotify.

le 25 mai 2016

José Vaz no meio das suas obras em Vic-FezensacLusoJornal / Manuel André

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Le samedi 21 mai, la Maison duPortugal André de Gouveia, à Paris,a accueilli l’exposition de peintured’Isabel Pavão «Dix impressions derose et de mer» en dialogue avec lespoèmes homonymes de Nuno Jú-dice. «Dix impressions de rose et demer» est le résultat d’une collabora-tion entre le peintre Isabel Pavão etle poète Nuno Júdice. Celui-ci aécrit dix poèmes comme réponseaux peintures.

Les peintures d’Isabel Pavão, peintreportugais installée à New York, sont lerésultat d’une collaboration avec lepoète portugais Nuno Júdice qui aécrit ces dix poèmes qui ont donné letitre à l’ensemble. Ce cycle de la pein-ture d’Isabel Pavão appartient à «Im-pressions Series» qui représente ladernière phase de son travail, com-mencée en 2013 et qui intègre,comme souvent dans son univers, desallusions aux motifs de l’expérienceintérieure et aux procédés concep-tuels qui en réalité sont une réflexion

sur la peinture elle même. Sa princi-pale source visuelle s’inspire de la na-ture: des roses, de la mer et de sespaysages autobiographiques, le jar-din, la plage et nager dans la mer.Impressions se réfèrent aux plu-sieurs couches de sens, mais aussiaux procédés de conception et decréation. Ces peintures sont consi-dérées comme des images/impres-sions qui font allusion à des étatsd’esprit spécifiques à travers desconfigurations transitoires qui fonc-tionnent comme des traces de la

mémoire et de la nature.«Isabel Pavão s’avance dans le champde sa peinture, entrecroisant savam-ment les formes, superposant lescouches. Quant à Nuno Júdice, il setourne vers sa voix intérieure, il enreste à la poésie, mais il a vu et de savision monte une somptueuse créa-tion qui n’est pas seconde mais radi-calement justifiée par la tonalité d’unpoème qui semble revenir. Ce livre senomme ‘Dix impressions de rose et demer’, le mot impressions souligne lapart subjective qui l’habite (par quoi

il y a exactitude et équivalence), lechiffre se confond avec le nombre descompositions. Un duo se définit, c’estlà une rencontre qui est évidente,une fois le tout constitué, elle n’enest pas moins inattendue et d’autantplus précieuse, d’autant mieux fon-dée, qu’elle est l’éclat de l’inconnuoffert au regard unanime. Justessed’une création en écho. Retourne-ment de la différence par le même»peut-on lire dans la postface de YvesPeyré au livre «Dez impressões derosa e mar».Exposition de peintures, lancementdu livre homonyme par les EditionsPagine d’Arte, en portugais, françaiset anglais, suivis de lectures parJosé Manuel Esteves et d’un récitalde piano par Álvaro Teixeira Lopes.

Cultura 15

“Fronteiras em mudança” na Europa em exposição na Gulbenkian de Paris

Doze fotógrafos europeus, incluindoa portuguesa Margarida Gouveia,apresentam os seus trabalhos na ex-posição “Shifting Boundaries”(“Fronteiras em mudança”), patenteao público até 28 de agosto, na de-legação francesa da Fundação Ca-louste Gulbenkian, em Paris.A mostra é o resultado da terceiraedição do European Photo ExhibitionAward, um projeto organizado pelaGulbenkian e por três outras funda-ções europeias - a italiana Fonda-zione Banca del Monte di Lucca, anorueguesa Institusjonen Fritt Ord ea alemã Körber-Stiftung. “Cada fun-dação nomeia um curador e cada cu-rador nomeia três artistas que nãotêm de ser necessariamente do paísde onde é a fundação. A ideia é, apartir desses quatro pontos, convidarartistas de diferentes nacionalidadesque possam trabalhar sobre temasrelevantes no contexto europeu. Paraesta edição decidiu-se trabalharsobre o tema de Shifting Boundaries,as fronteiras em mudança”, explicouà Lusa Sérgio Mah, o curador esco-lhido pela Gulbenkian.Sérgio Mah escolheu como artistas aportuguesa Margarida Gouveia, o in-glês Dominique Hawgood e a fran-

cesa Marie Sommer “tendo em aten-ção a própria intervenção que a Fun-dação Calouste Gulbenkian tem comuma sede em Portugal, uma delega-ção em França e uma delegação emInglaterra”.Margarida Gouveia apresenta o tra-balho “The Mirror Game”, realizadonum estúdio de captação de movi-mento em Londres e composto poruma série de fotografias a preto ebranco de detalhes do corpo e de ob-

jetos e por um vídeo que traduz apassagem dos dados físicos parauma plataforma digital. “A artistaportuguesa Margarida Gouveia estáa trabalhar na questão das frontei-ras entre o real e o virtual, como éque as novas tecnologias estão a es-timular uma perceção do corpo edos movimentos e como é que atecnologia tem um efeito de altera-ção da perceção e da consciênciaque nós temos do corpo”, descreveu

o Curador.Para Margarida Gouveia, o objetivoera tratar do conceito de fronteiraenquanto passagem “do físico parao virtual” e abordar um “mundo vir-tual transversal a fronteiras físicas”.“Estes estúdios também me interes-saram porque é um sítio de transiçãode um espaço físico para um espaçodigital e é onde todos os elementossão mapeados e traduzidos paraoutra realidade em que tudo pode

ganhar outra forma”, afirmou a ar-tista à Lusa.O tema das fronteiras é também tra-tado em termos geográficos e de lutapelo território, como a húngara IldikóPéter que apresenta uma projeçãode paisagens marcadas pela barreirade 170 quilómetros de arame far-pado construída, em 2015, pelo Go-verno húngaro para travar a entradade refugiados.A italiana Arianna Arcara exibe umasérie de imagens sobre a cidade deNicósia, em Chipre, atualmente aúnica capital do mundo dividida ameio, enquanto o alemão RobinHinsch expõe fotografias em grandeformato sobre a desolação das novasfronteiras da Ucrânia na sequênciada guerra civil no leste do país.O norueguês Eiving H. Natvig apre-senta retratos em grande escala derefugiados palestinianos obrigados afugir da terra que se tornou no Es-tado de Israel, em 1948, e maistarde forçados a fugir do Iraque paraa Noruega por causa da guerra.Depois de Paris, a exposição vai serexibida em Lucca, na Itália, de 15de outubro a 11 de dezembro, emHamburgo, na Alemanha, de 3 demarço a 1 de maio de 2017, e emOslo, na Noruega, de 21 de setem-bro a 19 de novembro.

Margarida Gouveia integra a exposição

Por Carina Branco, Lusa

le 25 mai 2016

Peinture d’Isabel Pavão en dialogue avec les poèmeshomonymes de Nuno Júdice

Exposition «Dix impressions de rose et de mer»

Par Clara Teixeira

lusojornal.com

Fotógrafa portuguesa Margarida GouveiaCarina Branco

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16 Associações

lusojornal.com

emsíntese

David Dany prépare le 2ème Festivalfranco-portugaisde Rieumes

Le 2ème Festival franco-portugais deRieumes (31) est déjà en cours desderniers préparatifs pour ouvrir sesportes pendant 2 jours du 28 au 29mai prochains. Organisé par l’Associa-tion Franco-Portugaise de Culture dePromotions et d’Actions Caritatives(ACFPPAC), présidée par le chanteurDavid Dany, on compte cette annéefaire carton plein. L’an dernier la ma-nifestation avait déjà accueilli beau-coup de monde, des Français commedes Portugais.David Dany, lui même chanteur, faitaussi partie des artistes qui animerontce festival. Il commence par expliquerque ce Festival est «très importantpour nous Portugais et aussi pour lesFrançais car je le considère commeune alliance entre deux pays». Il con-firme son opinion en observant que lanouvelle édition s’étalait sur deux jourset par l’augmentation des sponsorscette année.Ainsi on trouvera à la Halle aux mar-chands plusieurs artistes, dont pein-tres, plasticiens et écrivains: CatherineBeltran, Carlos Lopes Neto, Marta Gar-cia, Sandrine Loiseau, Sylvie AbadieBastide, Marie Christine Fournié etMyriam Maury. La soirée se finissantpar un repas animé par le groupeEuphrasia.Le lendemain, ce sera dans l’École pri-maire et dans les rues environnantesque le défilé folklorique des groupesVila Rosa et Violettes de Toulouse, auralieu. Ensuite David Dany et Junior Bra-sil, avec leurs rythmes portugais et bré-siliens, prendront le relais et la soiréese terminera avec le groupe Ferreira eMarcelo.David Dany s’est souvent manifesté, àtravers plusieurs actions culturelles etsolidaires, et surtout de faire connaîtresa culture d’origine.Le chanteur pense d’ores et déjà à laprochaine édition, «car cela exige dutemps, des négociations, des contactset des partenaires, et bien sûr la divul-gation du projet. Donner une dimen-sion plus importante et rendre cefestival encore plus grand et attrayant,c’est un de ses buts».

Infos: 06.10.58.00.80

Par Clara Teixeira

Jantar da Academia do Bacalhau de LyonNa sexta-feira passada, dia 20 demaio, a Academia do Bacalhau deLyon reuniu para o seu tradicionaljantar mensal cerca de 80 convivasno restaurante “Le Delta” situadoperto de Lyon. “Hoje estamos tam-bém reunidos com as ‘Comadres’que podem ser as esposas dos ‘Com-padres’ ou simples convidadas” ex-plicou o Presidente José Proença.“No nosso último encontro foi feitauma proposta, que teve o apoio detodos os Compadres, que seria bomdarmos aos nossos jantares gastronó-micos uma animação que poderia termais relevo cultural, com um espetá-culo. O Compadre Sabino Pereirapropôs então que os nossos encon-tros poderiam ter, a partir de agora,um tema adotado por todos e ondese convidaria um artista ou alguém

que traria algo de cultural para sairda ‘monotonia’ que por vezes se ins-talava nos nossos jantares, onde oBacalhau é rei, mas não é tudo. Hojefoi coisa feita, pois o compadre Sa-

bino Pereira convidou o professor demúsica Manuel Mendes que apre-sentou música e história, passandopelo fado, acompanhado por Au-gusto Araújo” explicou José Proença.

Manuel Mendes interpretou váriosfados de Lisboa, após ter explicadoa génese do Fado, seguindo depoiscom fado de Coimbra, e terminandocom canções tradicionais popularese revolucionárias de Zeca Afonso.A Academia do Bacalhau de Lyontem tido dificuldades em encontrarrestaurantes que possam servireste prato e também de receberum número tão grande de convi-vas. A Academia vai festejar o 10°aniversário no dia 23 de junho,mas a grande festa está previstapara outubro, com convidados deoutras Academias e um grande es-petáculo. No fim de semana do 9a 12 de setembro vai organizar-seo Congresso Mundial das Acade-mias do Bacalhau, em Estremoz,onde estão anunciadas cerca de 55Academias e cerca de 700 Compa-dres de vários pontos do mundo.

No restaurante “Le Delta”

Por Jorge Campos

Academia do Bacalhau de Paris jantou noParc d’Expositions de Paris Porte de Versailles

No passado fim de semana, a Acade-mia do Bacalhau de Paris (ABP) orga-nizou dois eventos, que atraíram cercade 250 pessoas. Na sexta-feira, houveum jantar enquadrado no Salão doImobiliário e Turismo Português e nosábado foi a vez de um Torneio degolfe, que decorreu em Ormesson.O jantar de sexta-feira contou com150 pessoas, entre as quais algumaspersonalidades, como os Deputadose Compadres Carlos Gonçalves ePaulo Pisco, o Presidente da Acade-mia-Mãe, José Contente, o Presi-dente da Academia do Ribatejo,Pedroso Leal, e o Presidente da Câ-mara do Comércio e IndústriaFranco-Portuguesa, o também Com-padre Carlos Vinhas Pereira.O jantar da ABP foi enquadrado no

Salão do Imobiliário e Turismo Portu-guês, promovido pela CCIFP. O evento

decorreu no Parque de Exposições daPorte de Versailles, em Paris. O jantar

foi servido pelo restaurante “O Man-jar” de Matosinhos, e a ementa con-tou com tapas de francesinhas,bacalhau à Gomes de Sá, e sobreme-sas diversas.Nessa noite, foram apadrinhados trêsnovos Compadres: Anabela da Cunha(por Clotilde Lopes), Jorge Guimarães(por Luís Rocha) e Lídia Sales (porFernando Lopes).Foram anunciados aos presentes ospróximos eventos da Academia do Ba-calhau de Paris. A gala anual decor-rerá a 17 de junho, a 9 de julhohaverá um piquenique em La Mer duSable, em setembro decorrerá o Con-gresso Mundial em Estremoz, e emnovembro a ABP irá ao encontro daAcademia do Bacalhau da Madeira,para ver o resultado da doação àmesma de bens angariados com a ini-ciativa “Roupas Sem Fronteiras”.

Por Diana Bernardo

Semaine de l’Europe organisée par FrancePortugal et la Mairie d’Oloron Ste MarieL’Association France-Portugal-Europed’Oloron Ste Marie (64), a toujoursparticipé aux célébrations de la Jour-née de l’Europe, organisées, tant àBordeaux qu’a Pau et à Oloron, mêmelorsque la municipalité précédenten’était pas partie prenante.Après une «magnifique» manifesta-tion en 2015 avec la participation duSecrétaire d’État José Cesário, duMaire de Batalha et du Directeur duMonastère de Batalha, la Mairied’Oloron a confié a nouveau l’organi-sation des manifestations de 2016 àl’association, cette année en honneurde l’Espagne.La Présidente Elsa da Fonseca God-frin a honoré le challenge en présen-tant trois activités importantes: unconcert franco-allemand s’est tenusalle Palas, avec en première partie laclasse de jazz des élèves de 3ème duCollège des Cordeliers, qui jouaientpour la dernière fois en public, à la

rentrée ils partiront vers d’autres hori-zons... le Lycée pour les uns, leConservatoire pour d’autres...En deuxième partie du spectacle, l’as-sociation a accueilli un groupe de jazz

allemand, et le jeune chanteur ErikLeuthaeuser a fait des improvisationsextraordinaires.Le 17 mai, la Mairie a inauguré uneplaque commémorative du passage à

Oloron, du Consul d’Espagne, EnriqueGaspar, qui mourut à Oloron.Pour conclure cette journée, le vernis-sage d’une exposition de photos a étéorganisée à la Mairie d’Oloron SainteMarie, sur «Les Bardenas Reales etAlquezar», région d’Espagne proche etd’une grande beauté. Les photosétaient fournies par Pedro Vieira,d’origine portugaise et amoureux decette zone ibérique, où il se rend ré-gulièrement.Pour conclure les festivités, le samedi21 mai, un spectacle de flamenco aété proposé par l’Association Andalu-cia de Jurançon, qui a été très appré-cié des connaisseurs. Tout s’estterminé autour d’une assiette de«tapas» et de sangria, préparé par lesbénévoles de l’association, en pré-sence de Hervé Lucbereilh, Maired’Oloron, de David Corbin, Adjoint àla Culture et Daniel Lacrampe, Prési-dent de la CCPO.

le 25 mai 2016

LusoJornal / Jorge Campos

Photo Lima

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O Consulado-Geral de Portugal emParis foi palco, no sábado passado, dia21 de maio, do 1º Fórum das Associa-ções Portuguesas de França, numa al-tura em que as associações aguardammais apoios do Governo, disse à Lusaa dirigente associativa Luísa Semedo.“As associações foram perdendoapoios ao longo do tempo. Esperamosque as coisas mudem. O novo Secre-tário de Estado disse-nos que ia fazerum esforço nesse sentido”, afirmou aPresidente da Coordenação das Cole-tividades Portuguesas em França(CCPF) que organizou o evento.O Secretário de Estado das Comuni-dades Portuguesas, José Luís Car-neiro, disse aos jornalistas que estão aser avaliados os pedidos de apoio àsassociações portuguesas de França,calculados em cerca de 200 mileuros, avançando que vai ser reforçadoo financiamento à Santa Casa da Mi-sericórdia de Paris e à Associação Por-tuguesa Cultural e Social dePontault-Combault. “O movimento as-sociativo em França é um movimentocom uma força muito grande, muitodinâmico, profundamente enraizadonuma identidade histórica e culturalmas que, simultaneamente, valorizamuito as práticas associativas dosmais jovens, da inovação, da criativi-dade”, declarou o governante.José Luís Carneiro afirmou que a atri-buição dos apoios às associações vai

ser feita numa cerimónia com data adeterminar, na qual vão ser sublinha-das as “novas prioridades políticas noapoio ao associativismo português es-palhado pelo mundo”.“Há orientações muito claras sobre asprioridades que vamos estabelecer noapoio ao movimento associativo. Umaé o apoio à identificação de redes dejovens estudantes, investigadores, uni-versitários. A segunda prioridade tema ver com o apoio à promoção da lín-gua e à defesa do ensino e aprendiza-gem da língua portuguesa”, disse. “Aterceira prioridade tem a ver com a

mobilização e sensibilização para o re-censeamento e participação nos atoseleitorais e a quarta o apoio àquelesque mais carecem de um olhar atentoe comprometido das instituições”,descreveu.Luísa Semedo, que é também Conse-lheira das Comunidades Portuguesas,sublinhou que “o papel das associa-ções continua a ser muito forte porqueelas acabam por colmatar alguns pro-blemas que a parte institucional nãoresolve, como tudo o que tem a vercom o apoio social, o ensino do portu-guês ou a cultura”.

Estiveram presentes duas dezenas deassociações assim que os vários par-ceiros do evento. A CCPF anunciou,como objetivo principal do Fórum,“propor um espaço aberto ao públicopara dinamizar a rede associativa por-tuguesa em França, permitindo acada associação de apresentar e depromover as suas atividades, de inci-tar a adesão de novos membros ou vo-luntários e de meter em contacto asassociações para partilha de experiên-cias e criação de projetos comuns”.O Fórum era gratuito tanto para o pú-blico como para as associações.

De passagem por Paris, José LuísCarneiro visitou a equipa de prepa-ração do Fórum no dia anterior, de-fendendo a importância deste tipode evento federador do mundo asso-ciativo e felicitando a CCPF pela ini-ciativa.Para além dos vários stands associa-tivos e dos parceiros - bancos, segu-radoras, alimentação e companhiaaérea - o Fórum contou com anima-ções musicais organizadas pela as-sociação Cap Magellan e Cantares deNoisy. A rádio Voz de Portugal propôsaos seus ouvintes duas horas deemissão em direto do Fórum.Um debate sobre o estado atual darede associativa portuguesa emFrança teve como conclusões “a im-portância da profissionalização doscargos diretivos, da integração dosmembros mais jovens e da renova-ção dos cargos de direção das asso-ciações, da coordenação das datasdos eventos de cada associação paranão dispersar público ou ainda defusionar eventos que sejam geográ-ficamente próximos com temáticassimilares”.A CCPF anunciou o seu próximoevento, em colaboração com váriasoutras associações, as Festiv’étés,dia 25 de junho, no Stade Elisabeth,em Paris 14, assim que o seu novoserviço de criação de sites gratuitospara as associações.

17Associações

CCPF organizou Fórum das Associações PortuguesasSecretário de Estado das Comunidades anuncia novas prioridades nos apoios

le 25 mai 2016

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LusoJornal / Mário Cantarinha

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18 Associações / Desporto

emsíntese

8º Rallye PaperFotográfico «Descobrir Portugal emParis»

Está de volta o Rallye Paper Fotográ-fico organizado pela associação CapMagellan! O sábado, dia 4 de junhoserá dedicado a um jogo que permitea parisienses e a lusodescendentespartirem à descoberta da cultura por-tuguesa na capital francesa. Os parti-cipantes habilitam-se a ganhar umaviagem de avião a Portugal e, de umamaneira divertida, todos podem ver esentir a presença da lusofonia nasruas de Paris.“Além disso, por meio das parcerias,trata-se de um evento que reagrupainstituições diferentes ligadas à luso-fonia, como museus e grandes em-presas portuguesas, assim comoassociações e estabelecimentos dosetor da restauração” diz uma notade imprensa da Cap Magellan queeste ano anuncia parcerias com vá-rias empresas e associações, comopor exemplo a Adega de Favaios, asassociações AGRAfr, ADEPBA, CCPF,o Banque BCP, a Fidelidade, a Fun-dação Calouste Gulbenkian, o Insti-tuto Camões, entre muitos outros.À semelhança das edições anteriores,o Rallye Paper vai realizar-se na ci-dade de Paris, através de um per-curso pré-estabelecido que asequipas, constituídas por duas pes-soas, terão de percorrer. Ao longo docircuito existem vários pontos de pa-ragem obrigatórios onde os partici-pantes terão de resolver enigmas queos levarão à próxima etapa e respon-der a perguntas. Todos os locais têmde ser fotografados.A Cap Magellan vai premiar a equipamais rápida com uma viagem a Por-tugal, mas também a equipa que tiraras fotografias mais originais e maiscriativas.Inscrições: [email protected]

Festa anual da Associação dos Origináriosde Ferreira d’Aves

A sala Vasco da Gama em Valenton re-cebeu nos passados dias 21 e 22 demaio mais uma edição da festa anualda Associação dos Originários de Fer-reira d’Aves (AOFA), uma freguesia doconcelho de Satão, distrito de Viseu.Joaquim Lopes, Presidente funda-dor em 2010, transmitiu-nos que aideia de formar esta associação sedeveu ao facto de existir uma signi-ficativa Comunidade da referida fre-guesia na região de Paris e davontade de se quererem reunir, paraalém da festa anual em Portugal. “Ésobretudo um grupo de amigos e defamílias que dão um caráter dife-rente a esta associação”.O professor José Luís Vaz, atualmentereformado após carreira no ensino do1º ciclo em que lecionou em diversasescolas, nomeadamente em Ferreirad’Aves, foi Presidente da Junta de Fre-guesia durante 24 anos e vem anual-mente a esta festa. “Só pelo facto daassociação se chamar Originários deFerreira d’Aves basta para que eu es-

teja sempre presente e com muitogosto. E recordo ainda que o Presi-dente da Câmara de Satão só não vol-tou a marcar presença este ano pormotivo de agenda”.Quem não faltou foi o Ppadre AntónioLopes da Encarnação que substituiuo ausente Pároco Nuno Amador que

habitualmente vem à festa mas queeste ano teve impedimento de últimahora. “Ajudo sempre que posso e commuito gosto, por um lado porque oNuno Amador é um amigo, por outrotenho muita afinidade com as gentesde Ferreira d’Aves”.Virgínia Figueiredo, atual Presidente

da Junta de Freguesia desde 2013,justificou a presença com a dupla di-mensão da freguesia, ou seja, geográ-fica e humana. A pimeira esgota-se noterritório em Portugal. A segunda nãotem limites. Por isso é necessárioestar onde estão os Ferreirenses eapoiar a sua capacidade de mobiliza-ção, seja onde for, neste caso na re-gião de Paris.O programa teve início no jantar de sá-bado com baile animado pelo con-junto Ómega, também vindoexpressamente de Ferreira d’Aves. Nodomingo teve lugar a missa, almoço,atuação dos ranchos folclóricos “Lem-branças de Águeda” de Cachan, “Ale-grias do Minho” de Plaisir e “SantoAntónio” de Paris 12, terminandocom um encontro de concertinas.Amândio Martins, Presidente daAOFA, fez no final um balanço cla-ramente positivo porque se repetiua boa afluência tendo sido evidentea boa disposição de todos, estandoanimado para nova edição para opróximo ano a qual, prometeu, seráainda melhor.

Com a presença de uma delegação vinda de Portugal

Por Luís Rocha

Futebol: O Paris Saint-Germain venceu a Taça de França

O Paris Saint Germain arrecadou nopassado sábado a Taça de França aovencer por 4-2 o Marseille, na finalque decorreu no Stade de France.Os golos dos Parisienses foram apon-tados pelo médio francês Blaise Ma-tuidi, pelo avançado uruguaio EdinsonCavani e pelo avançado sueco ZlatanIbrahimovic que bisou. Do lado dosMarselheses, os tentos foram aponta-dos pelo avançado francês FlorianThauvin e pelo avançado belga MichyBatshuayi.De referir que o encontro contou com

vários lusófonos. Os brasileiros Max-well, Thiago Silva, David Luiz, Marqui-nhos e Lucas Moura atuaram peloPSG, enquanto o defesa-central por-tuguês Rolando ficou no banco de su-plentes do Marseille.De notar ainda que os Parisiensesvenceram pela décima vez a Taça deFrança. O PSG junta-se ao Marseillecom o maior número de títulos naprova.O Paris Saint Germain conquistoutodos os títulos em França pelo se-gundo ano consecutivo, Supertaça,Campeonato, Taça da Liga e Taça deFrança.

Por Marco Martins

Le Sporting Club de Paris Futsal en finale

Le Sporting Club de Paris sera présentà Toulon samedi prochain pour la fi-nale du Championnat de France. Troisans après, le club de José Lopes re-trouvera le Palais des sports de la citévaroise pour le dernier match de lasaison, pour le match de la saison quiconsacrera l’équipe Championne deFrance de futsal 2016.Pour arriver à ce stade ultime, les Pa-risiens ont livré un match épique faceà une magnifique équipe de Gargesqui aura été un vaillant adversaire etqui sera sans nul doute un prétendantlégitime au titre 2017. Les Parisiensont œuvré toute l’après midi pour serendre la tâche aisée et pour franchirun cap par rapport à la saison passée.L’ouverture du score est verte etblanche par l’intermédiaire de Pupa.Garges égalise mais le Sporting bas-cule en tête à la pause par le biaisd’Emerson et débute le second acte

en creusant l’écart par le biais deKamel Hamdoud. Mais Garges n’ab-dique pas et se relance en recollantau score rapidement et en égalisant à3-3. La tension est alors palpablemais l’expérience des joueursconfrontés aux rencontres décisives vaalors intervenir. Garges ne marqueraplus alors que Maico réalise un doublé

qui marque les esprits. Teixeira en Ca-pitaine exemplaire marquera lesixième but avant qu’Emerson nescelle les débats et envoye le SportingClub de Paris vers une nouvelle finalede Championnat de France.Les hommes de Rodolphe Lopes, lesanciens et les nouveaux, les habituésdes joutes nationales et internatio-

nales, tous licenciés de la FFF, retrou-veront le Champion de France 2010et 2015, le KB United. Les deuxéquipes sont des habituées des fi-nales et présentent à elles seules lepalmarès du futsal français depuis2010. Cette finale sera retransmiseen direct sur FFF.fr, le samedi 28 mai,à 17h00.

Par Julien Milhavet

le 25 mai 2016

Rallye Paper Fotográfico 2015

António Borga

SCPPUB

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20 Desporto

emsíntese

Futebol: Portugalsagrou-se Campeão da Europa Sub-17

A Seleção Portuguesa de Sub-17 sa-grou-se Campeã da Europa ao der-rotar na final a Espanha, numa provaque decorreu no Azerbaijão.No fim do tempo regulamentar as duasequipas estavam empatadas a umabola com o único golo português a serapontado pelo defesa Diogo Dalot. Namarcação das grandes penalidades,Portugal venceu por 5-4.A Seleção portuguesa de futebol de sub-17 conquistou pela sexta vez o título eu-ropeu, depois de o ter conquistado em1989, 1995, 1996, 2000 e 2003.De referir que dois jogadores queforam Campeões da Europa jogamem França, o defesa Rúben Vinagre,no Monaco, e o avançado Mickaël Al-meida, no Lyon. Os dois atletas parti-ciparam à conquista do título com 5jogos para Rúben Vinagre e 3 paraMickaël Almeida, num total de seisencontros disputados pela Seleçãoportuguesa para conquistar o troféu.

João Sousa nasmeias-finais doTorneio de ténis de Nice

O tenista portu-guês JoãoSousa, 28º joga-dor mundial,qualificou-se nasemana pas-sada para asmeias-finais doTorneio ATP250

de Nice, ao superar o sul-africanoKevin Anderson.João Sousa, quinto cabeça de série,superou Anderson, 20º da tabelamundial e terceiro pré-designado, emdois ‘sets’, pelos parciais de 7-5 e 7-5, num embate dos quartos de finalque se prolongou por uma hora e 37minutos. “Fiz um bom jogo, sólido.Estive muito concentrado e adaptei-me bem ao vento, pois vinha prepa-rado mentalmente para isso. Estoumuito contente por chegar às meias-finais. Este torneio é muito bom parapreparar Roland Garros”, disse o te-nista luso, ainda no ‘court’.Nas meias-finais, João Sousa, perdeucom o alemão Alexander Zverev, 48ºjogador mundial e oitavo pré-desig-nado, por 6-4, 4-6, 6-2.

Por Marco Martins

lusojornal.com

La VGA quitte la D1 sur un dernier succès

Samedi dernier, au Stade Chéron, laVGA Saint Maur recevait pour lecompte de la 22ème et dernière jour-née de D1 Féminine, la Roche-sur-Yon. Avant même le coup d’envoi, lesdeux clubs sont déjà condamnés à ladescente en D2 et n’ont donc aucunobjectif, si ce n’est de bien finir la sai-son.Après un début de rencontre équili-brée, ce sont les Vendéennes qui ou-vrent la marque au quart d’heure dejeu, sur un contre rapide de Lisa Fra-goli (0-1, 14 min). Menées, les Saint-Mauriennes ne se découragent pas etréagissent. Sur un corner d’AurorePaprzycki, Kani Konté place sa têtepour égaliser (1-1, 41 min). À lapause, les deux équipes se tiennentdonc en échec sur le score de 1-1.

Au retour des vestiaires, Saint Maurassoit sa domination et, sur un nou-veau corner, prend l’avantage grâce à

un but de Céline Chatelain (2-1, 50min). Devant au tableau d’affichage,les Jaunes et Bleues résistent sans

parvenir à se mettre à l’abri. Cela suf-fira à leur bonheur, la VGA s’imposantfinalement 2-1, le deuxième succèsseulement cette saison en Champion-nat.Trois lusodescendantes étaient titu-laires au coup d’envoi. Mélanie Ha-card et Mariane Amaro ont rassuréderrière, la seconde réalisant notam-ment un sauvetage parfait devant saligne en première période. MélissaGomes a tenté devant, enchaînantnotamment les gestes techniquesavant de céder sa place à l’heure dejeu.Ce succès permet à Saint Maur dequitter la place de lanterne rouge etde finir sa saison en D1 à la 11èmeposition devant Nîmes. Les trois der-niers étant relégués, la VGA fait doncl’ascenseur et évoluera de nouveau enD2 l’an prochain.

Football féminin

Par Daniel Marques

Portugal a caminho do Europeu em França

Fernando Santos apresentou no dia17 de maio à imprensa e ao país, naCidade do Futebol, os 23 jogadoresescolhidos para representar Portugalno Campeonato da Europa da UEFAque decorre em França.Eis os 23 convocados:Guarda-redes: Rui Patrício (Spor-ting), Anthony Lopes (Lyon) eEduardo (Dínamo Zagreb).

Defesas: Vieirinha (Wolfsburgo), Cé-dric (Southampton), Pepe (Real Ma-drid), Ricardo Carvalho (Monaco),Bruno Alves (Fenerbahçe), JoséFonte (Southampton), Eliseu (Ben-fica) e Raphaël Guerreiro (Lorient).Médios: William Carvalho (Sporting),Danilo Pereira (FC Porto), João Mou-tinho (Monaco), Renato Sanches(Benfica), Adrien Silva (Sporting),André Gomes (Valência) e JoãoMário (Sporting).

Avançados: Rafa Silva (SC Braga),Ricardo Quaresma (Besiktas), Nani(Fenerbahçe), Cristiano Ronaldo(Real Madrid) e Éder (Lille).De referir que Bernardo Silva (Mo-naco) e Tiago (Atlético Madrid) nãoforam convocados. Bernardo Silvaestá lesionado enquanto Tiago re-gressou há pouco tempo de umalesão.De notar que a França “conta com5 jogadores”: Anthony Lopes (Lyon),

Ricardo Carvalho e João Moutinho(Monaco), Raphaël Guerreiro (Lo-rient) e Éder (Lille). Este último nãoentrava nas contas de FernandoSantos antes de chegar ao Lille nomercado de inverno e de apontar 6golos em 13 jogos.A Seleção Portuguesa chega aFrança no dia 9 de junho e vai esta-giar em Marcoussis no Centre Natio-nal de Rugby (5 rue Jean deMontaigu, 91460 Marcoussis).

Por Marco Martins

Anthony Lopes: “Se tivermos a oportunidadede ganhar o Europeu, não vamos falhar”

A Selecção Portuguesa começou oestágio de preparação para o Cam-peonato da Europa esta semana, comuma equipa reduzida visto que há al-guns jogadores como Cristiano Ro-naldo que têm provas pela frente.Lembramos que neste sábado 28 demaio, o Real Madrid de Cristiano Ro-naldo e Pepe, jogam frente ao Atléticode Madrid onde atua o médio lusoTiago. Entretanto os outros jogadoresestarão às ordens de Fernando San-tos, entre eles o guarda-redes luso-descendente Anthony Lopes.Em entrevista ao LusoJornal, AnthonyLopes mostrou-se motivado e con-fiante para a prova.

Quais são as expetativas para o Euro-peu?Temos uma grande Seleção, temosum grupo de jogadores que vive bemjuntos e temos o melhor jogador domundo na nossa equipa. Posso acres-centar que temos uma excelenteequipa em termos coletivos, não éapenas um jogador, mesmo se com apresença do nosso Capitão dentro dasquatro linhas é sempre mais fácilvisto que ele pode desbloquear aqualquer momento uma situação.Somos competidores e temos o deverde ir o mais longe possível na prova.Aliás se temos a oportunidade de ga-

nhar o Europeu temos de agarrar essaoportunidade sem uma única dúvida.

Está atento ao que se passa com Cris-tiano Ronaldo, lesões por exemplo?Eu estou atento às notícias sobretodos os meus colegas de equipa,mas é verdade que mediaticamente oCristiano tem os focos sempre emcima dele. Admito que quando eleteve aquela mazela há cerca de duassemanas, tive algum receio que possaser grave e estive com algum medo.Mas não me preocupo muito porqueo Cristiano é um grande profissionale estará a 100% para o Europeu. Es-pero que a nossa equipa consiga fazeruma grande prova.

Parece haver algumas semelhançasentre 2014 e 2016. Mazelas de Cris-tiano Ronaldo, final Real-Atlético…Não temos de estar preocupados.Acho que o Cristiano sabe o que faz,é um grande competidor e é um jo-gador muito inteligente. Não vale apena preocupar-se com o seu estadofísico.

O primeiro jogo no Europeu é o maisimportante?Claro que quando se começa o Euro-peu com uma vitória, traz boas expe-tativas para o resto da competição.No entanto ainda vamos ter de dispu-tar esse primeiro encontro e vamos ter

de o vencer. Temos de pôr todos os in-gredientes a nosso favor para con-quistar esse primeiro triunfo. Esperoque vamos conseguir alcançar bonsresultados e veremos até onde pode-mos chegar.

O físico é importante com uma com-petição alargada como este Europeucom 24 países?Nós temos três semanas de prepara-ção com três jogos amigáveis. Temosapenas de nos preocupar em fazeruma boa preparação para estarmosprontos para o início da prova.

Uma mensagem para os portugue-ses?Vamos ser a Nação mais apoiadaapós a França porque contamos como apoio dos milhares de emigrantesem território francês e com o apoiodos milhares de Portugueses que vãofazer a viagem até França para a com-petição. Espero que vamos estar à al-tura do apoio que vamos ter e à alturada prova que temos pela frente.Vamos tentar ir o mais longe possívele se tivermos a oportunidade de ga-nhar o Europeu, não vamos falhar.

Tinha a certeza de ser convocado parao Europeu?Antes do meu nome sair, nuncapodes ter a certeza que vais estar nalista. Nada pode ser dado como ad-

quirido, isto também vale para o fu-tebol.

Qual vai ser o futuro de AnthonyLopes?Não há nenhuma dúvida que na pró-xima temporada vou vestir a camisolado Lyon.

Que balanço podemos fazer da tem-porada com o Lyon?A temporada é positiva se olharmospara a segunda parte desta época,mas não podemos esquecer que tive-mos seis primeiros meses muito com-plicados. Sabemos que foi difícil eestamos ainda mais orgulhosos de teralcançado este segundo lugar.

O que podemos esperar na próximaépoca para o Lyon?Espero que a próxima época seráainda melhor. Vamos jogar a Liga dosCampeões, o que tem de ser habitualpara um grande clube como o Lyon.Vamos ter de alcançar resultados me-lhores na Liga dos Campeões do quenesta temporada.

O primeiro jogo de Portugal no Cam-peonato da Europa é no dia 14 dejunho, em Saint Étienne, frente à Is-lândia. De notar que a Seleção Portu-guesa chega a Saint Étienne apenasno dia 13 de junho, 24 horas antesdo encontro.

Guarda-redes lusodescendente foi convocado para o Europeu

Por Marco Martins

le 25 mai 2016

Giovani Pablo

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21Desporto

Sporting Clube de Portugal foi 3° em Neuville

No fim de semana de Pentecostes, oClub Sportif Neuvillois organizou o seu29° Torneio de futebol U15 (menos dequinze anos). O estádio municipalJean Oboussier de Neuville, nos arre-dores de Lyon, foi o cenário destes en-contros onde a equipa do SportingClub de Portugal esteve em campo eobteve o 3° lugar na classificação final,assim como o troféu do melhor guardaredes. Desasseis equipas foram repar-tidas em quatro “poules”, entre elasquatro equipas internacionais: Impactde Montreal, Servettes da Suíça, NewCastle da Inglaterra e Sporting Club dePortugal. No decorrer do Torneio aequipa leonina sofreu uma derrota,dois empate e duas vitórias, o que lhedeu o terceiro lugar. Diogo Almeida oguarda redes, por sua vez sagrou-se omelhor deste Torneio sofrendo menosgolos que os seus colegas.Marco Santos, o Treinador principal daequipa disse ao LusoJornal que os jo-gadores ainda têm todos quatorzeanos. “Penso que deixamos aqui umaboa impressão do que é hoje, e a estenível, o nosso jovem futebol portu-guês”.“Foi um Torneio muito duro, muito fí-sico, pois em muitas equipas os joga-dores tinham todos quinze anos efisicamente eram superiores aos nos-

sos, quando nós tínhamos jogadoresmais novos”.Diogo Almeida, David Esteves, HugoSilva, Rodrigo Rego, Gabriel Gomes,Tiago Tomas, Benjamim Siga, JoãoMendes, Carvalho Duarte, Tiago San-tos, Rafael Tavares, Henrique Pires,Afonso Luís, Simão Moura, Daniel Luíse Francisco Pinheiro foram os jogado-res selecionados para virem a França.“Muitos destes atletas vivem e estu-dam na nossa Academia e outros vêmsó aos treinos durante a semana”. Sãojogadores que participam no Campeo-nato português deste escalão etário,

onde ficou em primeiro lugar das sé-ries e vai agora disputar a final. “Umafinal que certamente ganharemos”confiou o Treinador Marco Santos.A acompanhar a equipa estava tam-bém o enfermeiro Afonso Ramos, osTreinadores adjuntos Joana Tilly eEmanuel Ferro, o observador EddyMartins, e o Treinador dos guarda-redes João Gomes. “Temos cerca de400 atletas inseridos no universo deformação futebolística e na Academiado Sporting, cerca de 150 estão látodos os dias, e com as diversas ida-des”. Os jogadores que se deslocaram

à rehião de Lyon vinham todos da re-gião de Lisboa.Joana Tilly está a terminar um mes-trado sobre treino desportivo, e estáno Sporting desde pequenina. Desdea sua licenciatura em ciências dodesporto que é Treinadora adjunta.“Especializei-me em futebol porqueé a modalidade que eu gosto. Játreino há vários anos e apesar de seruma mulher, sempre encontrei muitorespeito da parte dos atletas, sobre-tudo aqui no Sporting”. Natural deCeia, na Serra da Estrela, dedica todaa sua vida ao futebol, confessou ao

Lusojornal.Gilles Magat, o principal organizadordeste Torneio declarou estar muito sa-tisfeito pela ajuda da Comunidadeportuguesa e também da participaçãode várias empresas portuguesas. Deentre os patrocinadores do Torneio,estava, por exemplo a Caixa Geral deDepósitos.Na clasificaçao final do Torneio“Challenge Piana”, nesta versão2016, o primeio lugar foi para oOlympique de Lyon, ficando depoiso Nantes, o Sporting e, em quartolugar, o Bourg-en-Bresse.

Torneio Challenge Piana U15

Por Jorge Campos

5º Torneio de Golfe da Academia do Bacalhau de Paris

No sábado passado, dia 21 de maio,decorreu o 5º Torneio de Golfe organi-zado pela Academia do Bacalhau deParis. O evento teve lugar no Golf d’Or-messon e contou com mais de 100participantes: 73 jogadores e 30 pes-soas que tiveram aulas de iniciação àmodalidade. Estes números refletemum aumento substancial por compa-ração à edição de 2015. O evento de-correu das 8h00 às 20h00 e incluiu oTorneio, a entrega de prémios e umcocktail.José Luís Filipe Lima, Campeão degolfe português, associou-se ao even-

to, estando presente no buraco 9,onde desafiou os participantes a jogarcontra ele. Após este desafio, foi ser-vida uma bifana, oferecida pela paste-laria Canelas.A Canelas serviu também o cocktail dofinal do evento, sendo uma das em-presas que contribuiu para tornar pos-sível a realização do Torneio. As outrasempresas que colaboraram foram aReal Marbre, MDS, So Villas, AlphaTP, STRP, CFM e Garvetur.À semelhança do ano anterior, a Gar-vetur ofereceu uma semana de fériasem Vilamoura para o vencedor de cadacategoria e um fim-de-semana namesma localidade para os segundos

classificados. Os terceiros classifica-dos receberam uma caixa de vinhosportugueses oferecida pela CFM.Os vencedores da série 1 masculinaforam, por ordem: Albano Tavares,Jean-Pierre Ildei e Werner Langlitz. Asérie 2 teve como três primeiros clas-sificados: Mário de Sousa, DiamantinoJorge e Jean-Claude Montecchi. A ca-tegoria de senhoras teve como vence-dora Lucie Ferreira, seguida deCatherine Vincent e Célia dos Santos.De notar que os primeiros classifica-dos de todas as categorias foram Com-padres da Academia do Bacalhau,embora a competição estivesse abertaa toda a gente.

Por Diana Bernardo

le 25 mai 2016

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Equipa do Sporting Clube de Portugal U15LusoJornal / Jorge Campos

Diogo Almeida, melhor Guarda-redesLusoJornal / Jorge Campos

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22 Tempo Livre

lusojornal.com

«Tomai: isto é omeu Corpo»

No próximo domingo celebraremos asolenidade do Santíssimo Corpo eSangue de Cristo, conhecida tam-bém como festa do Corpo de Deus.Meditaremos o mistério da presençareal, concreta, atual e salvífica deCristo na Eucaristia: é o mistério daSantíssima Trindade (que festejámosna semana passada) doado numpouco de pão e num cálice devinho… é a Páscoa do Senhor (como seu drama, a sua força e a sua ale-gria) condensada na mesa eucarís-tica!No entanto, quando a fé é pequenae rudimentar, a Missa é vivida comoum peso, uma canseira, uma perdade tempo…É verdade que nem todas as homíliasbrilham pela sua atualidade e perti-nência, mas ao centro está a Palavra,não a sua explicação!É verdade que podemos rezar so-zinhos em casa, mas sem a cele-bração comunitária e o encontrocom os irmãos arriscamo-nos atrair a nossa fé!É verdade que domingo é dia de des-canso, mas o sossego está mais li-gado ao coração do que ao sono e àshoras dormidas!A festa do Corpo de Deus recorda-nos que, no pão e vinho consagra-dos, Jesus está presente não comouma “coisa”, mas como uma pessoa,como um “eu” que se doa a um “tu”.Trata-se de um verdadeiro encontrocom alguém e portanto, de uma pos-sibilidade concreta de comunhãoentre pessoas. Nessa comunhãoJesus faz-se presente e pede queessa presença se manifeste na nossavida: eis a Eucaristia!Ludwig Feuerbach, um famoso ma-terialista ateu, escreveu que «ohomem é aquilo que come». Semsabê-lo, este filósofo alemão deu-nosuma óptima definição da Eucaristia:graças a ela o homem pode conver-ter-se naquilo de que se nutre, ouseja, torna-se membro da Igreja;torna-se porção do corpo de Cristo!

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:

Paroisse de Ste. Marie de Batignolles77 place Dr. Felix Lobligeois75017 ParisDomingo às 9h00

boanotícia

le 25 mai 2016

Les 30 et 31 mai, 15h00-22h00 Salon de la photographie contempo-raine, avec la participation de SusanaAlexandre. Place Saint Sulpice, à Paris6.

Jusqu’au 31 mai Exposition de l’artiste franco-brésilienJosé Pirès et de l’artiste franco-espa-gnol Pizarre, à l’Hôtel Imperator, 15 rueGaston Boissier, à Nîmes (30).

Du 30 mai au 5 juin «Embrasser l’incertain», exposition or-ganisée par Alice Martins avec MarieTrossat et Nada Diane Fridi. Artistes invités: Astrid de la Chapelle, Louise Druhleet Raphaël Bastide, Manon Rousseauet Jérémy Landes. Dans le cadre dufestival Parfums de Lisbonne. Au59Rivoli the Aftersquat, 59 rue de Ri-voli, à Paris 1.

Jusqu’au 6 juin Exposition de l’artiste franco-brésilienJosé Pirès à Corps et Âme Gallery, 1 bisrue Emile Jamais, à Nîmes (30). Infos: 09.81.89.52.38.

Jusqu’au 26 juin «Tirelire», exposition personnelle d’AnaJotta. Au Credac, La Manufacture desŒillets, 25-29 rue Raspail, à Ivry-sur-Seine (94).

Jusqu’au 30 juin Exposition de peinture d’Isabel Pavão«Dix impressions de rose et de mer» endialogue avec les poèmes homonymesde Nuno Júdice. Maison du PortugalAndré de Gouveia, Cité Universitaire In-ternationale, 7P boulevard Jourdan, àParis 14.

Jusqu’au 18 juillet Exposition d’Amadeo de Souza-Car-doso, une co-organisation de la Fon-dation Calouste Gulbenkian et de laRéunion des musées nationaux, auGrand Palais - Galeries nationales, 3avenue du Général Eisenhower, àParis 8.

Jusqu’au 28 août Exposition «Shifting Boundaries» comArianna Arcara, Pierfrancesco Celada,Marthe Aune Eriksen, Jakob, Gansl-meier, Margarida Gouveia, Marie Hald,Dominic Hawgood, Robin Hinsch, Ei-vind H. Natvig, Ildikó Péter, Marie Som-mer et Christina Werner. FondationCalouste Gulbenkian, Délégation enFrance, 39 boulevard de la Tour Mau-bourg, à Paris 7.

Jusqu’au 29 août «Les universalistes: 50 ans d’architec-ture portugaise», une co-organisationde la Fondation Calouste Gulbenkian etde la Cité de l'architecture et du patri-moine, à la Cité de l’architecture et dupatrimoine, 1 place du Trocadéro et du11 Novembre, à Paris 16.

Le jeudi 26 mai, 10h-16h30 Journée d’études «Les langues romanesau défi de la diversité» organisée par laSociété des Langues Néo-latines(SLNL), dans le cadre du 110e anniver-saire de la revue Les langues néo-la-tines. Dans le cadre du festival Parfumsde Lisbonne. Assemblée Nationale, Pa-lais Bourbon, à Paris.

Le vendredi 27 mai, 20h00 Rencontre avec Alberto da Silva. L’au-teure et chercheuse Mazé TorquatoChotil, recevra dans le cadre de la Se-maine de l’Amérique Latine et des Ca-

raïbes, l’auteur et Maître de ConférenceAlberto da Silva pour une conversationautour de son ouvrage: Genre et dictature dans le cinéma bré-silien: les films d’Ana Carolina et Ar-naldo Jabor, paru chez les EditionsHispaniques, en 2016. Institut CulturelAlter’Brasilis, 2 rue de Turenne, à Paris4. Entrée gratuite.

Le vendredi 27 mai 2016, 19h00 Lancement du livre “À française: aBelle Époque do comer e do beber noRecife”, de Frederico de Oliveira Tos-cano (Cepe editora), dans le cadre dela La Semaine de l’Amérique latine etdes Caraïbes. Librairie Portugaise &Brésilienne, 19/21 rue des FossésSaint-Jacques, Place de l’Estrapade,à Paris 5. Infos: 01.43.36.34.37.

Le samedi 28 mai, 17h00 Rencontre avec Ricardo Cabaça, auteurde «Naufragés», dans le cadre de Car-refours d’Europe, au Théâtre de la Ville,Café des Œillets, 1 place du Châtelet,à Paris.

Le samedi 28 mai, 17h-23h00 Nuit de la littérature (FICEP). Lectureset débat autour de «Mon amant du di-manche», d’Alexandra Lucas Coelho,traduction d’Antoine Volodine et AnaIsabel Sardinha. Extraits lus par Maria de Medeiros. Pré-senté par le Centre culturel Camõesdans le cadre du festival Parfums deLisbonne. Quartier du Viaduc des Arts,à Paris 12.

Le mercredi 8 juin, 19h00 Rencontre avec João Tordo. LibrairiePortugaise & Brésilienne, 19/21 ruedes Fossés Saint-Jacques, Place del’Estrapade, à Paris 5. Infos: 01.43.36.34.37.

Le dimanche 19 juin, 15h00 Donner de la voix en terrasse! Dialogueset poèmes aussi, autour des saveursdes sons, dans le cadre du festival Par-fums de Lisbonne. «Comme à Lis-bonne» rue du Roi de Sicile, à Paris.

Le jeudi 26 mai, 14h30 Le vendredi 27 mai, 15h30Le samedi 28 mai, 15h00«La marche des éléphants» par MiguelFragata et Inês Barahona, avec MiguelFragata), dans le cadre de Carrefoursd’Europe, au Théâtre de la Ville, LaCoupole, 1 place du Châtelet, à Paris.

Le samedi 28 mai, 19h00 “Olá”, one man show de José Cruz (ver-sion portugaise). Café-théâtre Drôle deScène, 39 rue Paul Verlaine, à Bor-deaux (33). Infos: 06.80.28.02.40.

Le samedi 28 mai, 21h00 “Olá”, one man show de José Cruz (ver-sion française). Café-théâtre Drôle deScène, 39 rue Paul Verlaine, à Bor-deaux (33). Infos: 06.80.28.02.40.

Du 31 mai au 4 juin, 20h30 «Zululuzu» d’après la vie de FernandoPessoa, par Teatro Praga, dans le cadrede Carrefours d’Europe, au Théâtre desAbesses, à Paris.

Le samedi 4 juin, 17h00 «Voyage dans les mémoires d’un fou»dans le cadre du Festival l’île au Théâ-tre de Volvestre, à Montesquieu (31).

Le samedi 4 juin, 11h00 «À une heure incertaine» (2016) deCarlos Saboga, suivi d’un débat avec leréalisateur et Graça dos Santos dans le

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EXPOSITIONS

THÉÂTRE

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CINEMA

CONFÉRENCES

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23Tempo livrele 25 mai 2016

cadre du festival Parfums de Lisbonne.Au MK2 Beaubourg, à Paris.

Le samedi 11 juin, 11h00 «Les mille et une nuits - Le Désolé»(2015) de Miguel Gomes, suivi d’uneconférence-débat animée par Régis Sa-lado dans le cadre du festival Parfumsde Lisbonne. Au MK2 Beaubourg, àParis.

Le samedi 18 juin, 11h00 «La Visite ou Mémoires et confessions»(1982) de Manoel de Oliveira, suivied’une conférence-débat animée parJacques Lemière dans le cadre du fes-tival Parfums de Lisbonne. Au MK2Beaubourg, à Paris.

Le mercredi 25 mai Soirée Fado Vadio avec Filipe de Sousa(guitarra), Nuno Estevens (viola), avecla participation de Jean-Luc Gonneau(Coin du fado), de l’Académie de fadoet de l’association Gaivota. Lusofolie’s,57 avenue Daumesnil, à Paris 12.

Le vendredi 27 mai, 21h00 Dîner fado avec Sousa Santos, LúciaAraújo, Ana Paula et António de Frei-tas, accompagnés par Manuel Corgas(guitarra) et Pompeu Gomes (viola).Restaurant Le Toucan, 226 rue de Vau-girard, à Paris 15. Infos: 01.45.66.42.90.

Le samedi 28 mai, 20h00 Soirée repas fado, dans le cadre du2ème Festival culturel franco-portugaisorganisé par l’ACFPPAC avec plusieursartistes présents: Catherine Beltran,Carlos Lopez Neto, Myriam Maury,Marta Garcia, Sandrine Loiseau, SylvieAbadie Bastide, Marie Christine Four-nié, José Vaz et Virginia Vieira Silva. LaHalle, à Rieumes (31).

Le vendredi 3 juin, 21h00 Soirée «Tous les fados du monde» pré-sentée par Jean-Luc Gonneau sur«Fados divines, et pas seulement»,

avec Conceição Guadalupe, accompa-gnée par Filipe de Sousa (guitarra),Nuno Estevens (viola), Nella Selvagia(percussions), Philippe Leiba (contre-basse) et Dominique Oguic (viola). Plusartistes invités: João Rufino, Tânia Cae-tano, Vanda Rainho, Eugénia Maria,António de Freitas,… Les Affiches/ LeClub, 7 place Saint Michel, à Paris 5.Infos: 06.22.98.60.41.

Le dimanche 12 juin, 14h30 Fado avec Nina Tavares, JenyferRainho, Eugénia Maria, Lauriano Brás,Paulo Manuel, Flaviano Ramos, JoséRodrigues et animation de DJ Anibal,organisé par Voz de Portugal IDFM etl’Association socioculturelle portugaised’Epinay-sur-Seine. Espace Culturel, 8rue Lacépède, à Epinay-sur-Seine (93).Infos: 06.48.24.85.53.

Le vendredi 17 juin, 20h00 Apéro-live «Sud Express, pour unvoyage raconté en Fado» avec Mónicada Cunha accompagnée par Filipe deSousa, Nuno estevens e Philippe Mal-lard. La Chapelle des Lombards, 19 ruede Lappe, à Paris 11.

Le mercredi 25 mai, 15h00 Voyage en Lusophonie avec RamiroNaka (voix, guitare, percussions), Da-niel Misaine (violon), Dieudonné Hob(percussions, chœurs), dans le cadre duFestival Ô4 Vens, Festival Jeune Publicde Paris. A 10h00 concert pour les sco-laires. Salle des Fêtes de la Mairie du4ème, Place Baudoyer, à Paris 4. Infos: 01.71.28.70.10.

Les 26 et 27 mai, 20h00 Bévinda chante «Mes Suds», Fados etautres chansons du sud. La Chapelledes Lombards, 19 rue de Lappe, à Paris11. Infos: 01.43.57.24.24.

Le dimanche 29 mai, 16h00 Concert Fadopéra, avec des interprètesjaponaises... avec Mieko Maiya (chant)et Akina Kanazawa (piano). Au pro-

gramme: Tosca, Samson et Dalila, Car-men, Barco Negro, Lágrima, Chuva...Lusofolie’s, 57 avenue Daumesnil, àParis.

Le mardi 31 mai, 20h30 Concert de Mor Karbasi et de la brési-lienne Virginia Rodrigues (découverteau milieu des années 90 par CaetanoVeloso) au New Morning, 9 rue des Pe-tites Écuries, à Paris 10. Infos: 01.45.23.51.41.

Le samedi 4 juin, 20h30 Concert de Nazaré Pereira au Portail,77 avenue de Paris, à Villejuif (94).

Le mardi 14 juin, 19h00 Concert-spectacle et lancement de CD,Clorântida, Poème et voix: RosalinaMarshall, Piano: Luisa Gonçalves (dé-construction sur un lied de Schumann,«Ich grolle Nicht» dans le cadre du fes-tival Parfums de Lisbonne. Maison duPortugal André de Gouveia, Cité Univer-sitaire Internationale, 7P boulevardJourdan, à Paris 14.

Le samedi 28 mai Journée des 10 ans de l’association Ju-ventude Lusitana de Toulon, avecaprès-midi folklore avec les groupes Ju-ventude Lusitana de Touloun et Santa-maria de Cassis, suivi d’un spectacle deFred Mota et son orchestre. Jardin desGoubelets, en face de Carrefour Market,Le Beausset (83). Infos: 06.78.37.52.12.

Le samedi 28 mai Repas dansant avec José Malhoa pourle 7ème anniversaire du Rancho Tradi-ções do Minho et de l’Association fol-klorique de l’Hérault, au CentreCulturel José Janson, à Fabrègues (34).Infos: 06.87.78.53.01.

Le samedi 11 juin, 20h00 Repas dansant animé par Ary et Lucyavec menu portugais, organisé par LusoPoissy, au restaurant Marcel Cerdan,

129 avenue de la Maladrerie, à Poissy(78). Infos: 06.51.55.93.64.

Le dimanche 29 mai Défilés de folklore dans les rues et surpodium, avec Vila Rosa et Violettes deToulouse. Autres artistes animeront lebal également: David Dany, Junior Brasil et MarceloFerreira. Dans le cadre du 2ème Festi-val culturel franco-portugais organisépar l’ACFPPAC. Ecole Primaire, àRieumes (31).

Le dimanche 5 juin, 14h00 Fête du folklore de l’associationConvergence avec les groupes MonPays de Maisons Alfort, Estrelas de Por-tugal de Montfermeil, Amizades e Sor-risos de Clamart, Estrelas do Mar deNogent-sur-Marne et le Grupo deConcertinas Convergência. Ecole Dide-rot II, 19 avenue Walwein, à Montreuil(93).

Les 27, 28 et 29 mai Marché Portugais de Cenon, avec gas-tronomie et artisanat d’art, organisé parla Ville de Cenon et l’Association Ale-gria Portugaise de Gironde. Domaine duLoret, à Cenon (33). Entrée libre.

Le samedi 28 mai, 11h00 Conto Contigo sur «Descobrimentos -olhos bem abertos», lecture pour lesenfants et leurs accompagnants. Cara-velle des Saveurs, 12 rue du FaubourgSaint Martin, à Paris. Entrée libre.

Les 10, 11 et 12 juin Foire Lusitana de Toulouse avec gastro-nomie, artisanat et musique (Shina,Tony & Sónia, David Dany, Elena Cor-reia et Bruno Pereira), organisée par lesassociations Notre Dame de Fátima, ACabana et Vila Rosa. Salle Notre Damede Lafourguette, 195 rue de Seysses, àToulouse (31).

Le samedi 11 juin, 15h00 19ème Concours de poésie lusophone,«Hora do Poeta» organisé par l’Associa-tion Culturelle Portugaise de Neuilly-sur-Seine au Théâtre de Neuilly-sur-Seine(92). Infos: 01.55.62.62.50.

Le samedi 28 mai, 21h30 Procession en honneur de Notre Dame deFátima au Parc Marie Dominique Pfarr,suivie de Chapelet à l’Eglise de SaintBrice, 82 rue de Paris, à Saint Brice-sous-Fôret (95). Organisation: Association Portu-gal du Nord au Sud. ´Infos: 06.71.26.57.65.

Le dimanche 29 mai, 10h00 Procession en honneur de Notre Dame deFátima au Parc Marie Dominique Pfarr,suivie d’une messe à 11h00. Eglise deSaint Brice, 82 rue de Paris, à Saint Brice-sous-Fôret (95). Organisation: AssociationPortugal du Nord au Sud. Infos: 06.71.26.57.65.

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Fred Mota naRádio EnghienNo próximo sábado, dia 28 de maio,o convidado do programa ‘Voz dePortugal’ da rádio Enghien, é FredMota.O programa tem lugar aos sábados,das 14h00 às 16h00, e às segundas,das 19h00 às 20h00, e pode ser ou-vido na região norte de Paris em FM98,0 ou por internet em:www.idfm98.fr.

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Page 24: Salão do imobiliário e do turismo português em Paris · zades com Modigliani, Brancusi, os Delaunay e outros. Aprende depressa, digere o seu mundo rural de origem, ... tanto na

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