salão 6 agosto - memorial incendio2.doc

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Rio Negro – Paraná, 20de maio de 2013. MEMORIAL DESCRITIVO - INCÊNDIO Obra/Proprietário: MITRA ARQUIDIOCESE DE CURITIBA – SALÃO 6 DE AGOSTO Endereço da obra: Rua Getulio Vargas, 168 – Centro – Rio Negro – Pr. Área total da edificação: 1.458,4m² Da classificação da edificação De acordo com o “CÓDIGO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO – CSCIP”, Este Código dispõe sobre as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco, atendendo ao previsto no artigo 144 § 5º da Constituição Federal, ao artigo 48 da Constituição Estadual e ao disposto na Lei Estadual nº 16.575 de 28 de setembro de 2010, a edificação em questão está classificada quanto ao uso e ocupação em F2 – LOCAL DE REUNIÃO DE PÚBLICO (Salão Paroquial), sua altura fica compreendida entre 6 e 12 m sendo considerada edificação de Baixa Média altura e de acordo com a TABELA DE CARGAS DE INCÊNDIO ESPECÍFICAS POR OCUPAÇÃO é considerada como Risco Leve – RL, sendo que sua Carga de Incêndio (qfi) em- 200 MJ/m2 . CALCULO DE DIMENSIONAMENTO DE LOTAÇÃO E SAIDAS DE EMERGENCIA. Das saídas de emergência NPT 011 /11- Item 5.3 Cálculo da população A população de cada pavimento da edificação é calculada pelos coeficientes da Tabela 13, Considerando sua ocupação dada na Tabela 1 – Classificação das Edificações Quanto a Ocupação e Risco de Incêndio do CSCIP-CBMPR. Conforme Tabela 13 – Dados para o dimensionamento das saídas: A edificação em questão: Grupo F – Divisão F2 possui uma população de: Uma pessoas por metro quadrado de área. Sendo as cozinhas e suas áreas de apoio com uma população de uma pessoa por 7m² de área. Para o pavimento superior onde existem as salas de catequese ficou enquadrado no Grupo E divisão E2 – escolas especiais. Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de aula. A largura das saídas de emergências existentes foram analisadas através da formula: N = P/C Onde: N = Número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro. P = População, conforme coeficiente da tabela 1 do (anexo A) e critérios das seções 5.3 e 5.4.1.1. C = Capacidade da unidade de passagem conforme tabela 1 (anexo A). Memorial Incêndio Página 1 de 7

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Page 1: Salão 6 Agosto - Memorial Incendio2.doc

Rio Negro – Paraná, 20de maio de 2013.

MEMORIAL DESCRITIVO - INCÊNDIO

Obra/Proprietário: MITRA ARQUIDIOCESE DE CURITIBA – SALÃO 6 DE AGOSTOEndereço da obra: Rua Getulio Vargas, 168 – Centro – Rio Negro – Pr.Área total da edificação: 1.458,4m²

Da classificação da edificaçãoDe acordo com o “CÓDIGO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO – CSCIP”, Este Código dispõe sobre as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco, atendendo ao previsto no artigo 144 § 5º da Constituição Federal, ao artigo 48 da Constituição Estadual e ao disposto na Lei Estadual nº 16.575 de 28 de setembro de 2010, a edificação em questão está classificada quanto ao uso e ocupação em F2 – LOCAL DE REUNIÃO DE PÚBLICO (Salão Paroquial), sua altura fica compreendida entre 6 e 12 m sendo considerada edificação de Baixa Média altura e de acordo com a TABELA DE CARGAS DE INCÊNDIO ESPECÍFICAS POR OCUPAÇÃO é considerada como Risco Leve – RL, sendo que sua Carga de Incêndio (qfi) em- 200 MJ/m2 .

CALCULO DE DIMENSIONAMENTO DE LOTAÇÃO E SAIDAS DE EMERGENCIA.Das saídas de emergência

NPT 011 /11- Item 5.3 Cálculo da população A população de cada pavimento da edificação é calculada pelos coeficientes da Tabela 13, Considerando sua ocupação dada na Tabela 1 – Classificação das Edificações Quanto a Ocupação e Risco de Incêndio do CSCIP-CBMPR.

Conforme Tabela 13 – Dados para o dimensionamento das saídas:A edificação em questão: Grupo F – Divisão F2 possui uma população de: Uma pessoas por metro quadrado de área. Sendo as cozinhas e suas áreas de apoio com uma população de uma pessoa por 7m² de área. Para o pavimento superior onde existem as salas de catequese ficou enquadrado no Grupo E divisão E2 – escolas especiais. Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de aula.

A largura das saídas de emergências existentes foram analisadas através da formula:

N = P/C

Onde:N = Número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro.P = População, conforme coeficiente da tabela 1 do (anexo A) e critérios das seções 5.3 e 5.4.1.1.C = Capacidade da unidade de passagem conforme tabela 1 (anexo A).

ANÁLISE DO PAVIMENTO SUPERIOR (E2)

Área útil considerada: 126,00 m²Capacidade da Unidade de passagem: Acessos e descargas = 100; Rampas e escadas = 75; Portas = 100.

N= 126,00 / 1,5 = 84,00 pessoasN= 84,00/75 ( saída de emergência através de escada) N= 1,12m de largura

Nesse pavimento existe uma escada com largura de 1,17m em concreto, portanto atende a norma.

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ANÁLISE DO PAVIMENTO TÉRREO (F2)

Área útil considerada: COZINHA 128,00 m²Área útil considerada: SALÃO 364,00 m²Capacidade da Unidade de passagem: Acessos e descargas = 100; Rampas e escadas = 75; Portas = 100.

SALÃO COZINHAN= 364,00 / 1,0 = 364,00 pessoasN= 364,00/75 ( saída de emergência através de escada ou rampa lateral)

N= 4,85 m de largura

N= 364,00/100 ( saída de emergência através de portas ou acessos)

N= 3,64 m de largura

N= 128,00 / 7,0 = 19,00 pessoasN= 19,00/75 ( saída de emergência através de escada ou rampa lateral)

N= 0,25m de largura

Nesse pavimento existem escadas de acesso com largura total de 8,40m em concreto, portas de acesso com largura total de 9,55 m, portanto atende a norma.

ANÁLISE DO PAVIMENTO INFERIOR (F2)

Área útil considerada: SALÃO 364,00 m² COZINHA 120,00 M2Capacidade da Unidade de passagem: Acessos e descargas = 100; Rampas e escadas = 75; Portas = 100.

SALÃO COZINHAN= 293,00 / 1,0 = 293,00 pessoasN= 293,00/100 (saída de emergência através de porta acesso)

N= 2,93m de largura

N= 120,00 / 7,0 = 18,00 pessoasN= 18,00/100 ( saída de emergência através de porta)

N= 0,18m de largura

Nesse pavimento existem escadas de acesso com largura total de 1,05 em concreto, portas de acesso com largura total de 5,10m, portanto atende a norma.

- Item 4.5.4 Portas: Todas as portas da edificação em questão terão suas aberturas no sentido do trânsito de saída. - Item 4.7 Escadas: Todas as escadas possuirão corrimão adequado (item 4.7.1 – alínea d), largura mínima de 1,20m, altura máxima dos degraus de 18 cm (item 4.7.3.1 – alínea a) Dos locais de Reunião de PúblicoConforme “Código de Prevenção de Incêndios do Corpo de Bombeiros, todo estabelecimento de reunião de público deverá: I- Ter as saídas de emergência dimensionadas de conformidade com as normas brasileiras e inexistir a possibilidade do fogo bloquear seu acesso;

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II- Possuir sinalização que indique as saídas, sendo que estas sempre permanecerão iluminadas, mesmo na falta de energia na rede pública;III- Possuir iluminação de emergência nos parâmetros do item anterior;IV- Ter suas escadas obedecendo às condições de fluxo de pessoas e estarem sempre desobstruídas;V- Dispor de ventilação natural ou forçada, a fim de garantir as condições de permanência do público.O detalhamento de todas estas recomendações encontra-se no Projeto de Prevenção a Incêndios.

Da central de gásSerá exigida a instalação de central de gás combustível em todas as edificações de Risco Leve com 3 ou mais pavimentos e/ou área igual ou superior a 1500m², que utilizem gás combustível. Assim sendo a edificação em questão precisa de instalação de central de gás combustível.

a localização da central de GLP para até 380kg, poderá ser encostada tanto na divisa do terreno quanto na edificação, desde que possua abertura frontal inteiramente ventilada e área livre igual ou maior que a área da projeção da central.

quando a central de GLP for executada ao longo das divisas, ou junto a edificação, devera ser construída com paredes de concreto armado com altura de 50cm acima da cobertura e laterais da central.

os recipientes serão assentados em piso de concreto, em nível superior ao circundante. a central de gás deverá ser executada com paredes e coberturas incombustíveis e o teto não deverá

ter altura interna inferior a 2,00m. a central de gás deverá ter pelo menos um dos lados de maior dimensão totalmente aberto para

facilitar a ventilação natural, através de proteção mecânica que não obstrua a ventilação (ex. tela, grade, etc).

a central de gás deverá possuir suas portas do tipo de correr ou abrir de dentro para fora, com vão mínimo de 1,20m.

a central de gás não poderá ter fechadura provida de chave, podendo, no entanto ser instalada porta cadeado.

a central de gás deverá possuir ventilação através de aberturas em todas as laterais do abrigo, junto ao piso e ao teto, observando-se que as mesmas tenham área superior a 20% da área das paredes.

a central de GLP deverá possuir junto ao acesso, placas de sinalização com os dizeres: “INFLAMÁVEL” e “PROIBIDO FUMAR”.

a proteção da central de GLP deverá ser feita através de 2 extintores de Pó químico de 6kg para centrais com até 900 kg de GLP.

A instalação da central de gás deverá seguir as orientações da “NBR13523/1995: Central predial de gás liquefeito de petróleo” e seu detalhamento encontram-se no Projeto de Prevenção a Incêndios.

Da tubulação e conexões de gás tipo GLPDe acordo com a “NBR 15526/2007: Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais – Projeto e execução”, sendo admitido como: - Tubulação de cobre;- Poder calorífico inferior do GLP: PCI = 24.000kcal/m³ (Item 6.3);

- Esquema da instalação:

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- Distancia do ponto mais afastado da Central de gás: 2 + 4 + 3 + 4 + 1 = 14m- Potencia nominal computada:

• fogão de 6 bocas sem forno: C = 9.976kcal/h (ANEXO D)• fogão industrial 8 bocas (6 bocas simples → 6x2.500kcal/h + 2 bocas duplas → 2x5.000kcal/h): C = 25.000kcal/h (VALOR DO FABRICANTE DO FOGÃO)Potencia nominal computada total (para os dois pavimentos): 2 x (9.976 + 25.000) = aprox. 70.000kcal/h

- Tabela:Coluna 2: valores tabelados (ver Anexo D da NBR ou dados fornecidos pelo fabricante do equipamento).Coluna 3: Fator de simultaneidade calculado de acordo com o Anexo E da NBR 15526/07.Coluna 4: Calculado de acordo com Anexo B da NBR 15526/07 A = C x F ÷ 100Coluna 5: Calculado de acordo com Anexo B da NBR 15526/07 Q = A ÷ PCIColuna 6: Determinado pela tabela E da NBR 13932/97 de acordo com a distancia do ponto mais afastado.

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TRECHOPOTENCIA

COMPUTADAC (kcal/)

FATOR DE SIMULTANEIDADE F (%)

POTENCIA ADOTADAA (kcal/)

VAZÃOQ (m³/h)

DIAMETRO ADOTADO

(mm) (pol)

F’F = D’D 10.000 100 10.000 0,42 22 ¾”E’E = C’C 25.000 96,2 24.050 1,00 22 ¾”FE = DC 10.000 100 10.000 0,42 22 ¾”

EB 35.000 89,6 31.360 1,31 22 ¾”CB 35.000 89,6 31.360 1,31 22 ¾”BA 70.000 74,4 52.052 2,17 22 ¾”

Do cálculo da quantidade de botijões de GLPO número de cilindros pode ser determinado pela seguinte expressão:

NC = Q ÷ Q’onde: Q = vazão de gás (adotada), em Kg/h,

Q’ = vazão máxima proporcionada por tipo de recipiente de GLP, em Kg/hA vazão máxima de gás ou a capacidade de vaporização de cada cilindro depende das seguintes variáveis [ULTRAGAS, 1975 ], [ TURNER, 1949 ]:- pressão de saída requerida (pressão de saída no regulador de primeiro estágio );

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- área de contato do GLP líquido com a superfície do recipiente ( área molhada );- temperatura ambiente. Para efeito dos projetos de instalação de gás combustível, os valores adotados de vaporização ou de capacidade de suprimento dos recipientes são os apresentados na tabela a seguir:

Vazão máxima de gás por tipo de recipiente [LANDI, 1982]

Tipo de Recipiente Vazão Máxima (kg/h)

botijão ( 13 kg ) 0,6cilindro ( 45 kg ) 1,0

carrapeta ( 90 kg ) 2,0

A vazão máxima horária dos recipientes é calculada para a pressão de saída do regulador de103 kPa (15 psi ), temperatura do ar ambiente de 15° C e para o recipiente com GLP líquido até a metade de sua capacidade.Assim temos:- densidade média do GLP = 2,5kg/m³ (a 15°C e a pressão atmosférica) - poder calorífico inferior do GLP = 24.000 kcal/m³ → 24.000 kcal/m³ ÷ 2,5kg/m³ → 9.600kcal/kg- vazão de gás calculada: Q = A/PCI → Q = 52.052 kcal/h ÷ 9.600kcal/kg → Q = 5,4kg/h - vazão máxima do P45 → Q’ = 1,0kg/h - numero de cilindros para consumo: NC = Q ÷ Q’ → NC = 5,4 ÷ 1,0 = 5,4 → adota-se 6 cilindros

Do sistema móvel de proteção contra incêndios – Extintores Será exigido o sistema móvel de proteção contra incêndios por extintores. - art.55, o tipo de extintores utilizados será: Água Pressurizada e Pó Químico, pois os mesmos são adequados a natureza do fogo a extinguir.- art.56, a área de ação máxima de uma unidade extintora para a edificação de Risco Leve é de 500m² e caminhamento máximo de 25m. Assim, na edificação em questão teremos:

Pavimento Inferior: 2 unidades extintoras (1 unidade no Salão e 1 na cozinha);Pavimento Térreo: 2 unidades extintoras (1 unidade no Salão e 1 na cozinha);Pavimento Superior: 1 unidade extintora.

Cada unidade extintora será composta por 1 extintor de AP de 10L + 1 extintor de PQ de 4Kg (conforme tabela do art.55 - §2º). A localização das unidades extintoras esta detalhado no Projeto de Prevenção a Incêndios. -art.59: a central de gás também deverá possuir proteção contra incêndios através de extintores.

PROFISSIONAL RESPONSÁVEL:

ELERY ADRIANA KALISKIArquiteta e Urbanista CAU –A45.536-9

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