saber uma

Upload: vicius41

Post on 29-May-2018

226 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    1/55

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    2/55

    SCULO XXLINGSTICA MODERNA

    UM SABER MUITO ANTIGO E UMA CINCIAMUITO JOVEM

    (Mounin, 1972)

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    3/55

    SCULO XX

    CURSO DE LINGSTICA GERAL

    Pai da Lingstica Moderna - Ferdinand de Saussure

    Objeto:

    No trata das lnguas mas da lngua

    Objetivo: Determina a estrutura e o funcionamento das lnguas

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    4/55

    O que lingstica?

    o estudo cientfico que busca determinar a naturezada linguagem verbal humana, mais precisamente da

    lngua.

    Enfoca o que a lngua faz, no o que deveria fazer

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    5/55

    O LEGADO DE SAUSSURE

    CINCIA DA LINGUAGEM (Lngua)

    CONSIDERADA EM SI MESMA E POR SI MESMA

    A LNGUA UM SISTEMA / UMA ESTRUTURA

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    6/55

    DICOTOMIAS SAUSSUREANAS

    LNGUA x FALA

    SINCRONIA x DIACRONIA

    EIXO SINTAGMTICO x EIXO ASSOCIATIVO

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    7/55

    OPOSIO SAUSSUREANA FUNDAMENTAL

    LNGUA E FALA

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    8/55

    LINGUA

    acervo lingstico: mais ou menos como um dicionrio cujosexemplares, idnticos fossem repartidos entre os indivduos; (CLG,

    p. 27-28)

    instituio social: a parte social da linguagem, exterior ao indivduo,que por si s no pode nem cri-la ne modific-la; ela no existeseno em virtude duma espcie de contrato estabelecido entre osmembros da comunidade (CLG, p. 22)

    sistema funcional: um sistema de signos distindos correspondentes aidias distintas (CLG, p. 18)

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    9/55

    FALA

    a atividade lingstica concreta, que corresponde fonao

    execuo das imagens acsticas, toda atividade do falante,e parte individual da linguagem.Trata-se daquilo que acessrio e mais ou menos

    acidental.No h nela nada de coletivo, suas manifestaes so

    individuais e momentneas.(CLG , p. 21-23; 26-28)

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    10/55

    LNGUA x FALA

    (LANGUE) (PAROLE)

    SOCIAL / SISTEMA INDIVIDUAL / NO-SISTEMA

    A FALA A REALIZAO DA LNGUA E A LNGUA ACONDIO DA FALA

    A LNGUA UM FATO SOCIAL, NO SENTIDO DE QUE UM SISTEMACONVENCIONAL ADQUIRIDO PELOS INDIVDUOS NO CONVVIOSOCIAL

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    11/55

    TEORIAS LINGSTICAS DO SCULO XXDescritivismo

    FORMALISMOGerativismo

    ESTRUTURALISMO

    FUNCIONALISMO

    Teorias Enunciativas Teorias Discursivas

    Preocupao com o sentido; adotam uma perspectiva transfrstica;consideram fatores extralingsticos

    Lgtca Textual Sociolgtca Semitica Anlise do Discurso

    Objeto: Lngua

    (formal, abstrata, autnoma)

    Busca-se as unidades da lngua

    e suas relaes:FonemasMorfemas

    SintagmasFUNCIONAMENTO DA LNGUA

    Objeto: Lngua e Fala(instrumento de comunicao, concreta, no-autnoma, contextual)Considera-se na anlise tambm elementos supra-segmentais como a entonao/prosdiaLNGUA EM FUNCIONAMENTO

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    12/55

    LINGSTICA TEXTUAL Texto verbal: todo de sentido* Anlise interna, estrutural, imanente* Objetiva descrever a organizaotextual, a hierarquizao e areferenciao das formas nacomposio do texto.

    SOCIOLINGSTICALngua falada* Anlise externa* Objetiva analisar as variantes

    lingsticas segundo os grupos sociaisem que se inserem os falantes, emcontextos de comunicao especficos.

    SEMITICA

    Texto verbal, no-verbal e sincrtico* Anlise interna, estrutural, imanente* Objetiva descrever o que o texto diz ecomo faz para dizer o que diz, ou seja,explicitar os mecanismos de

    engendramento do sentido, atravs doPercurso Gerativo do Sentido.

    ANLISE DO DISCURSO

    Texto verbal, no-verbal e sincrtico* Anlise externa(lngua/sujeito/histria)* Objetiva descrever como osDISCURSOS, manifestos em textos,

    produzem sentidos em funo de suainscrio IDEOLGICA, de sua filiaoa uma HISTRIA e a uma memria,problematizando a noo deSUJEITO.

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    13/55

    LNGUA X NORMA X FALA

    SISTEMA FUNCIONAL

    SISTEMA NORMAL

    FALA INDIVIDUAL

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    14/55

    NORMA

    USO x BOM USOUso normal, freqente Uso de prestgio

    A NORMA RELATIVA AO COMO SE DIZ ENO AO COMO SE DEVE DIZER

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    15/55

    SISTEMA NORMAS FALA

    SISTEMA CONJUNTO DE OPOSIES FUNCIONAIS (CONJUNTO MAIS DELIBERDADES QUE DE IMPOSIES)

    NORMAS REALIZAO COLETIVA DO SISTEMA (CONJUNTO DEIMPOSIES SOCIAIS E CULTURAIS VARIANDO SEGUNDO ACOMUNIDADE)

    FALA REALIZAO INDIVIDUAL-CONCRETA DA NORMA (QUE JOGA COM

    AS POSSIBILIDADES DO SISTEMA E AS COERES DAS NORMAS)

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    16/55

    SABER UMA LNGUA SEPARAR

    O CERTO DO ERRADO?

    ATALIBA T. de CASTILHO (USP, CNPq)

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    17/55

    UMA DAS RESPOSTAS A ESSA

    PERGUNTA FOI FORMULADA PELA

    TEORIA DA VARIAO EMUDANA

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    18/55

    AS LNGUAS MUDAM E VARIAM

    DE LNGUA PARA LNGUA

    NO INTERIOR DA PRPRIA LNGUA:

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    19/55

    DE LNGUA PARA LNGUA

    MUDANA

    DO LATIM PARA AS LNGUAS NEOLATINASDO PORTUGUS DO SCULO XIII PARA O DO XXI

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    20/55

    Exemplo de mudana

    Do portugus do sculo XIII

    Como el-rey manda aos seus almuxarifes que nom leuemnenhuma cousa daqueles a que acaee prigoo no mar.

    Stabeleemos que nenhuum nom leue aaqueles que acaeerperigoo no mar, assy dos da terra come dos das outras [...] Se peruentuyra alguum contra esta nossa constetiom quizer hir,reteendo-lhi o sseu auer, leuando dos dauamdictos alguma cousa,fecta primeiramente entrega das cousas que lhi filharom ouperderom, pera quanto ouver.

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    21/55

    Exemplo de mudana

    Do portugus do sculo XVII

    Ainda que sabia o gouernador Matthias de

    Albuquerque, quam bem prouido estaua o lugar deCapito Mr na Bahya, na pessoa do Bispo, pelloacordo, valor & vigilancia, com que o bom pastor sedesuelaua a fazer guerra ao inimigo, pedia toda a rezo

    o aleuiasse de tanto trabalho [...].

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    22/55

    Exemplo de mudana

    Do portugus contemporneo

    Ns / a gente Tu e vs / voc e vocs

    Perda da mesclise no vernculo

    vou A X vou NA/ obedecer X obedecer a

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    23/55

    Exemplos de Portugus arcaico (XIV) e de Portugus contemporneo(Texto Prof. Castilho disponvel no site do Museu da Lngua Portuguesa)

    Os filhos de Pompeo, que scaparon dabatalha, veheronsse pera as Spanhas eapoderaronsse dellas e ajuntav a sy muytasgentes. E, quando o soube Julyo Cesar e queouve ordenado daquella vez ena cidade de

    Roma aquello que teve por bem com osenado, foisse logo pera as Spanhas cntraos filhos de Pompeo, que all andav. E, deso dia que sayu de Roma, tanto andou, queem dez e sete dias foy na cidade de Segona,

    por hyr apressa sobre seus inmiigos adeshora. E soube novas dos filhos dePompeo, hu er (= onde estavam), e foy logocontra elles e contra outros dous pryncipesque eram com elles, Lubio e Acio Varo, queeram hy c aqueles dous filhos de Pompeo.

    Os filhos de Pompeu que escaparam dabatalha, dirigiram-se Espanha e apoderaram-se dela, juntando a si mesmos muitas pessoas.E quando Jlio Csar soube disso, depois de terdeterminado ao Senado, na cidade de Roma,aquilo que achava bom, foi logo para aEspanha, contra os filhos de Pompeu, que porl andavam. E desde o dia que saiu de Roma,andou tanto que em dezessete dias j estavana cidade de Segona, para ir logo e a tempocontra seus inimigos. E teve notcias dos filhosde Pompeu, onde estavam, e foi logo contraeles e contra outros dois prncipes que estavamcom eles, Lbio e cio Varo, que ali estavamcom aqueles dois filhos de Pompeu.

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    24/55

    NO INTERIOR DA PRPRIA LNGUA

    VARIAO

    LEXICAL jerimum X abbora

    MORFOSSINTTICO os menino correram

    FONTICO porta

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    25/55

    MUDANA X VARIAO

    A MUDANA PRESSUPE A VARIAO

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    26/55

    VARIAO

    EM FUNO DO ESPAO, DA REGIO - DIATPICA EM FUNO DO TEMPO - DIACRNICA

    EM FUNO DO ESTRATO SOCIAL - DIASTRTICA

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    27/55

    A VARIAO RELATIVA AO ESPAO

    PB trem PP combio

    celular telemvel

    Nordeste sei no Sudeste - no sei

    melado melado

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    28/55

    A VARIAO RELATIVA AOS ESTRATOSSOCIAIS

    Ningum no viu / eu nem num gosto

    Frauta intonce

    Dereito

    Despois Essas 4 ltimas, hoje desabonadas, so encontradas no texto de os Lusadas de

    Cames e na carta de Pero Vaz de Caminha, de 1500.

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    29/55

    A VARIAO RELATIVA IDADE

    GRIAS : MANEIRO / VALEU / TIPO ASSIM

    TU VIU S? (RJ, entre os jovens)

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    30/55

    A VARIAO RELATIVA AO GNERO

    DURAO COMO RECURSO EXPRESSIVO EUSO DE DIMINUTIVOS

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    31/55

    VARIAO RELATIVA AO CONTEXTO SOCIAL

    FORMAL INFORMAL

    (solicitao de informao, contato entrevendedores e clientes, entrevista paraobteno de emprego, conferncias)

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    32/55

    Lngua e Sociedade

    A lngua um fato social, ou seja, falamosporque vivemos em sociedade.

    No entanto, o carter sociolgico do fatolingstico foi apresentado de maneiras muitodiversas em diferentes teorias lingsticas

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    33/55

    LNGUA SOCIEDADE

    (LNGUA CONSIDERADA MONOLTICA, RESPONSVEL PELA IDENTIDADE E PELA NOFRAGMENTAO DE UMA SOCIEDADE)

    SOCIEDADE LNGUA(A DIVERSIDADE SOCIAL CONFIGURA UMA LNGUA NO-MONOLTICA, A SERVIO

    DA DIVERSIDADE)

    DIFERENTES PERSPECTIVAS SOBRE A

    RELAO LNGUA E SOCIEDADE

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    34/55

    TEORIA DA VARIAO LINGSTICA

    CONCEPO DE LNGUA A LNGUA UM SISTEMA INERENTEMENTE

    VARIVEL

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    35/55

    SOCIOLINGSTICA(PERSPECTIVA VARIACIONISTA)

    OBJETIVO

    Verificar de que modo fatores de naturezalingstica e extralingstica esto

    correlacionados ao uso de variantes nosdiferentes nveis da gramtica de uma lngua fontica, morfologia e sintaxe.

    Para tanto se vale de anlises quantitativas

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    36/55

    SOCIOLINGSTICA

    Objeto:

    estudo da lngua falada, observada, descrita eanalisada em seu contexto social, isto , emsituaes reais de uso

    Comunidades lingsticas e suas variedadeslingsticas (normas)

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    37/55

    O paradigma da flexo nmero pessoal do verbo de acordocom as variedades socioculturais do portugus brasileiro

    NORMA PADRO NORMA CULTA NORMA POPULAR

    Eu trabalho Eu trabalho Eu trabalho

    Tu trabalhas Voc trabalha Tu/ Voc trabalhaEle trabalha Ele trabalha Ele trabalha

    Ns trabalhamos Ns trabalhamos/ Agente trabalha

    Ns/ A gente trabalha/trabalhamo

    Vs trabalhais Vocs trabalham Vocs trabalha/trabalham

    Eles trabalham Eles trabalham Eles trabalha/trabalham

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    38/55

    Caractersticas do Portugus Brasileiro popular e doPortugus Brasileiro culto

    PRONNCIA DAS VOGAIS E DOS DITONGOSPORTUGUS BRASILEIRO POPULAR

    1. Ditongao das tnicasseguidas de sibilante no final

    das palavras: mis, luiz

    2. tonas iniciais podemnasalar-se: enzame, inducao,inleio.

    3. Abertura das tonaspretnicas no Nordeste(cvardi, nturno, nblina,

    rcruta), fechamento

    PORTUGUS BRASILEIRO CULTO

    1. Essas vogais sopreservadas: ms, luz.

    2. Mantm-se a tonainicial, flutuando sua

    pronncia como exame/ izame, educao /iducao

    3. Mesmos fenmenos.

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    39/55

    Caractersticas do Portugus Brasileiro popular e doPortugus Brasileiro culto

    PRONNCIA DAS VOGAIS E DOS DITONGOSPORTUGUS BRASILEIRO POPULAR

    1. Queda das vogais tonaspostnicas nas proparoxtonas:pzgu, cosca, oclos, por pssego,ccegas, culos. Com isso,predominam as paroxtonas.

    2. Vogais tonas finais -e, -o somantidas em algumas regies,e fechadas em outras,

    encontrando-se as pronnciaspente penti, lobo lobu.3. Perda da distino entre

    ditongos e vogais em contextopalatal: monotongao em caxa,pexe, bejo, quejo; ditongao embandeija, feichar.

    PORTUGUS BRASILEIRO CULTO1. Mantm-se as tonas

    postnicas nasproparoxtonas, que somais frequentes na falaculta.

    2. Mesmos fenmenos.

    3. No ocorre a perda doditongo ou a ditongaonesses vocbulos

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    40/55

    Caractersticas do Portugus Brasileiro popular e do Portugus Brasileiroculto MORFOLOGIA

    Morfologia nominal e pronominal

    1. Perda progressiva do s para marcar o

    plural, que passa a ser expresso

    pelo artigo: os hmi, as pessoa.

    2. Perda do valor do sufixo ior nos

    comparativos de superioridade,utilizando-se o advrbio mais: mais

    mi, mais pi.

    3. Alteraes no quadro dos pronomes

    pessoais: generalizao do reflexivo

    se para a primeira pessoa (eu seesqueci, ns no se falemo mais),

    perda do pronome o, substitudo por

    ele (eu vi ele), generalizao dopronome lhe, substituio de tu por

    voc no centro do pas, substituio dens por a gente.

    1. Manuteno das regras redundantes

    de marcao do plural, salvo na

    fala rpida: os homens, aspessoas.

    2. Preservao do valor comparativodo sufixo ior: melhor, pior.

    3. O pronome reflexivo ou mantmsua pessoa gramatical, na terceira

    pessoa (ele se esqueceu) ou

    omitido (eu esqueci).

    Aperda de ona lngua falada se difunde,

    substituindo-o por ele ou por ,

    mantendo-o apenas na lngua

    escrita. Usa-se tu apenas nas

    regies Norte e Sul do pas, nestecaso sem com ele concordar o

    verbo: tu sabe de uma coisa?

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    41/55

    Caractersticas do Portugus Brasileiro popular e do Portugus

    Brasileiro culto - SINTAXE

    1. Simplificao da concordncia

    nominal, expressa apenas pelo

    determinante (como em as

    pessoa); essa simplificao se

    acentua quando o substantivoe o adjetivo vm no

    diminutivo (aqueles cabelim

    branquim). A concordncia

    ainda visvel quando h

    salincia fnica diferenciando a

    forma singular da forma plural,

    como em as colheres, que tem

    uma slaba a mais do que a

    colher.

    1. Manuteno da

    concordncia com a

    redundncia de

    marcas: as pessoas,

    aqueles cabelinhosbranquinhos.

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    42/55

    ROMPEM COM UMA TENDNCIA DE TRATARAS LNGUAS COMO SENDO UNIFORMES EHOMOGNEAS EM SUA ESTRUTURA;

    ROMPEM COM A AFIRMAO DE QUE ASCOMUNIDADES DE FALA EXERCERIAM UMA

    VARIAO LIVRE;

    OS SOCIOLINGUISTAS

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    43/55

    CABE AO SOCIOLINGISTA

    Buscar estabelecer regras referentes aosdiferentes usos lingsticos, ou seja, referentes variantes

    Ex.: beijo/bejo, queixo/quexo, treino/treno,

    cadeira/cadera, ouro/oro

    jeito/jeto, peito/peto

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    44/55

    CONCEITOS

    VARIANTES

    VARIVEL

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    45/55

    VARIANTES SO AS DIFERENTES FORMASLINGSTICAS QUE VEICULAM UM MESMO SENTIDO

    Exs.: 1. /r/ som de r em final de slaba dos paulistas/h/ som de r em final de slaba dos cariocas

    2. andar e and dois morfemas de infinitivo

    3. Olha, eu no vou sair agora...

    Olha, eu no vou sair agora no...

    VARIVEL UM CONJUNTO DE DUAS OU MAISVARIANTES.

    Exs.: 1. pronncia do r em final de slaba no PB

    2. presena do r final / ausncia do r final em infinitivo

    3. formas de expresso da negao

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    46/55

    VARIANTES:

    ... essa aqui a pessoa em cuja casa eu fiquei quando viajei para...

    ... essa aqui a pessoa que eu fiquei na casa quando viajei para...

    ... essa aqui a pessoa que eu fiquei na casa dela quando viajei para...

    VARIVEL:Emprego de pronomes relativos combinados com a preposio em

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    47/55

    COMUNIDADES DE FALA

    compartiham traos lingsticos quedistinguem seu grupo de outros;

    comunicam-se relativamente mais entre si doque com outros;

    e compartilham normas e atitudes no que

    concerne ao uso da linguagem. Exs.: cariocas uso do s chiado

    gachos amplo uso do tu

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    48/55

    Fatores de natureza extralingstica

    Escolaridade

    Situao de fala (formalidade X informalidade)

    Gnero Faixa etria

    Nvel econmico

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    49/55

    AS VARIANTES LINGSTICAS DECORREM:

    DA IDENTIDADE SOCIAL DO EMISSOR

    (referentes s variantes geogrficas e socioculturais)

    DA IDENTIDADE SOCIAL DO RECEPTOR

    DAS CONDIES SOCIAIS DE PRODUO DISCURSIVA

    (referentes s variantes de registro ou estilsticas, conforme ograu de formalidade e com vistas ao ajustamento do emissor

    identidade social do receptor)

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    50/55

    Essas variantes lingsticas oriundas do

    jogo de imagens entre osinterlocutores pode ser denominadacomo REGISTRO (formal ou informal)

    ou como lngua corrente ou tcnica

    Ver exemplo dos bilhete e carta do texto doProf. Castilho e exemplo

    Ver exemplo descrio do cncer no mesmotexto

    Caractersticas do Portugus informal

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    51/55

    Caractersticas do Portugus informale do Portugus formal

    Portugus informalBilhete paraa namorada

    Oi Bia:Seguinte. A gente combinou

    de ir no cinema amanh,

    sesso da tarde. No vai dar.Me

    esqueci que tem uma prova nocolgio, e se eu no estudar

    minha velha me pega pelo p.

    Eu, hein? T fora. Voc me

    entende.

    Portugus formalCarta parao patro

    Senhor gerente:Terei de faltar amanh ao

    trabalho em razo de uma

    prova bem difcil, no colgio.

    Precisarei estudar, poisse eu for mal nessa

    prova minha me vai ficar

    muito nervosa. Espero que o

    senhor compreenda minha

    situao.

    Comparando a linguagem corrente

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    52/55

    Comparando a linguagem correntecom a linguagem tcnica

    Linguagem corrente

    O cncer de boca mata muita gente.

    Parece que essa doena causada

    pelo fumo, que provoca um conjuntode alteraes nas clulas da gente. O

    bilogo Wirshow, que pela primeira

    vez estudou o cncer, dizia que essa

    doena como uma loucura que dnas clulas. Elas mudam de

    comportamento mas quem paga o pato voc. Ainda mais quando as

    doidinhas do de invadir seu corpo.Acho que isso a.

    Linguagemtcnica

    A transio epitlio-mesenquimal umprocesso-chave na invaso e

    metstase em carcinomas, sendoresponsvel pela ativao de genes

    mesenquimais como a Vimentina e pelainibio de genes epiteliais como as

    Citoqueratinas. Uma srie de eventossegue a transio epitlio-

    mesenquimal, como a perda da adesocelular, a sntese de componentes

    exclusivos da matriz extracelularcomo a glicosaminoglicana

    Fibronectina e a sntese de

    proteases como a Estromelisina-1.

    Rogrio Moraes de Castilho (2003).

    tese de doutoramento.

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    53/55

    COMO VIMOS:

    AS LNGUAS NO SO HOMOGNEAS

    A VARIAO FRUTO DE SUA HISTRIA E DOSUSOS QUE SE FAZ DA LNGUA NO PRESENTE

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    54/55

    A LEGITIMIDADE, O PRESTGIO DE UMA NORMA ENO DE OUTRA NO SE RELACIONA A CRITRIOS

    LINGSTICOS MAS A CRITRIOS SOCIAIS EPOLTICOS DE JULGAMENTO DOS FALANTES.

  • 8/8/2019 SABER UMA..

    55/55

    Se o senhor num t lembrado

    Alicena de contAli onde agora est esse adifcio arto

    Era uma casa via, um palacete assobradado

    Foi ali, seu moo

    Que eu, mato Grosso e o Joca

    Cunstrumo nossa malocaMais um dia, nis nem pode se alembr

    Veio os home c'as ferramenta, o dono mand

    dirrub

    Peguemo todas nossas coisa

    E fumo pro meio da rua

    Perci a demolioQue tristeza que nis sentia

    Cada tuba que caa, doa no corao

    Matogrosso quis grit, mas em cima eu

    falei "Os home t com a razo, nis

    arranja outro lug"

    S se conformemo quando o Joca fal

    "Deus d o frio conforme o cobert"E hoje nis pega as paia

    Nas grama dos jardim

    E pra esquec nis cantemo assim:

    Saudosa maloca, maloca querida

    Qui dim donde nis passemu

    Di fili d id

    SAUDOSA MALOCA (ADONIRAM BARBOSA)