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t \ 1850 aassas QUARTA FEIRA 20 DE FEVEREIRO 9 S3S ¦•«¦.iiiiiiiiwi mi. "i-«-.«'«mi ** 'i*****' it ' '!-<——'>**-•' 0 ANNUNCIADOR •l-i.t •¦;.-. . «':" . ",.¦¦'! i' Publica-se diariamente ás 5: horas da.tardc.na typ» da rua dos Ou- ves n. 21, dirigida pelo Emprezario -A.M. Morando. í£|p Serão publicados os annuncios recebidos atè ás 2 horas. Assignatura por mez600 Avulso 4*0 " Annuncios, por linha' fO ° ¦ æ **__ ' ¦ i ¦ ¦ L#»#»*r»rt»*»»ii - ^***ii^*.*****»**jmWWM*K8PBBI^BMBBB m y CTA contra a febre anaarelia. Ochlorureto de cal recoromendado pelos médicos nacionaes e estrangeiros e usado nos hospitaes, D.ra desinfetar e destruir os miasmas, ou ar infectado da febre amarella, vende-se em vidros coro ex- plicação para o seu uso, na pharmaeia da rua do Sabão n. 46. Com este chlorureto evita-se o con- tagio.-*- BELLO PASSEIO. E* perrnettido a qualquer familia nacional ou estrangeira, passear na chácara da Floresta ( rua d'Àjuda n. 59), de manhã ou de tarde, em quanto durarem os ameaços das febres que existem ; res- peitarão porém inteiramente a propriedade, porque aquelle que o não fizer será prohibido de ahi tornar a entrar. wo*-»**-^^ KDH-.SE1I1S ORA SEJAM LA' CURTO DE VISTA I Augustoera um rapaz de vinte annos, rico, de talento, e bem parecido, logo dir-me-heis um ente perfeito nào è assim, porque bern diz o dictado não ha formosa sem senão, e èda natureza das cousas humanas o não serem completas: Lord Biron, o homem mais apparentemente feliz qüe veio ao mundo, foi coixo d?um 1 Augusto tambem tinha o seu $£Wtto ser curto de vista. Em quanto ao mais a vida devia-lhe ser grata ; possuia um excei- lente pae, que padecia de rheumatismo e que o idolatrava, e uma velha mãe, companheira cons- tante do seu fiel consorte. Um cãosinho, e um, ecclesiastico, em outros tem- pos mestres d* Augusto, e hoje accumulando as func- ções de dispenseiro director da casa ou mordomo— e capellão eis os elementos constitutivos do mé- nage d'Augusto. A familia degusto vivia sempre no campo, em uma bella casa no sitio de Oeiras; no entanto no verão convivia cora todas as familias, que para ahi costumavam ir tomar ares, unicamente para dis- trahir seu lilho, atacado de l maior tristeza. Quantas vezes seus pães lhe diziam que passeasse, que não estivesse sempre encerrado emAugusíe não lhe obedecia : nada podia consolal-o do defeito da * natureja, defeito rpíetiníba sido cáüsa dos mais ter- LEITE DE ROSAS. O bem conhecido cosmético, optimo remédio para tirar sardas,espinhas, panos,e amaciar a cutis í vende-se na pharmacia da rua da Quitanda n. 19, LOJA PARA SE ALUGAR POR 10$ RS. Na rua do Cemitério n. 48 aluga-se nmaloja, com quintal e boa água; nesta typographia se acha a chave. riveis iqnivocos— a ponto de fazer triste figura na sociedade : o bom Fr. Domingos, honrado eccle- siastico, dequejá'?fallámos. juntava as suas supplicas ás de toda a familia em peso, porém a tudo Au- gusto era insensível! Nem mesmo Jhe aprazia acompanhar nos passeios campestres seus velhos paes, quando à tarde sabiam, não os abadonando o estimado cãosinho, traste insignificante, e um sacco de palha, trastes insjgnificantissiiTiQ, da Sra. D. Rozaura, que enfiava cuidadosamente no braço, sempre que sabia. Um dia, tinham acabado de jantaf, e gosavam daquella molleza que ordinariamente traz comsigo o fim da comida : a Sra. Bosaura, veodo a oceasião opportuna, dirigia a palavra a seu filho. ²Meu querido Augusto, tu sentes alguma ¦çítHfi ? ²Passo o melhor que é possivel! ²Ahi vem a senhora ( diz o pae fazendo uma exquisita careta por certa dôr què de repente lhe atacara um joelho ) trazer a campo todos os seus medicamentos ! Quescisma è essa de que Augusto está doente ? ~~ Meu Carlos, bem vejo que a nua phisionomia inculca saúde, porém é isto mesmo que causa susto. A nossa familia é tão sujeita a parecer bem no exterior e soffrer no interior ! O meu pobre irmão. ..> -',; -?;„ •'."., , $ j&A --;- Aqui a Sra. Rozaurà de-i livre curso a algumas 1 l © 9 fl»»

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1850aassas

QUARTA FEIRA 20 DE FEVEREIRO9

S3S¦•«¦.iiiiiiii wi mi. "i-«-.«'«mi ** 'i*****' it ' '!-<——'>**-•'

0 ANNUNCIADOR•l-i.t •¦;.-. . «':" . ",.¦¦'! i'

Publica-se diariamente ás 5: horas da.tardc.na typ» da rua dos Ou-

ves n. 21, dirigida pelo Emprezario -A.M. Morando.

í£|p Serão publicados os annuncios recebidos atè ás 2 horas.

Assignatura por mez 600Avulso 4*0 "

Annuncios, por linha • '

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¦ **__ ' ¦ i ¦ ¦ #»#»*r»rt»*»»ii - ^***ii^*.*****»**jmWWM*K8PBBI^BMBBB

m yCTAcontra a febre anaarelia.

Ochlorureto de cal recoromendado pelos médicos nacionaes e estrangeiros e usado nos hospitaes,

D.ra desinfetar e destruir os miasmas, ou ar infectado da febre amarella, vende-se em vidros coro ex-

plicação para o seu uso, na pharmaeia da rua do Sabão n. 46. Com este chlorureto evita-se o con-

tagio. -* -

BELLO PASSEIO.E* perrnettido a qualquer familia nacional ou

estrangeira, passear na chácara da Floresta ( ruad'Àjuda n. 59), de manhã ou de tarde, em quantodurarem os ameaços das febres que existem ; res-

peitarão porém inteiramente a propriedade, porqueaquelle que o não fizer será prohibido de ahi tornara entrar.wo*-»**-^^

KDH-.SE1I1SORA SEJAM LA' CURTO DE VISTA I

Augustoera um rapaz de vinte annos, rico, detalento, e bem parecido, logo dir-me-heis um ente

perfeito — nào è assim, porque bern diz o dictadonão ha formosa sem senão, e èda natureza das cousashumanas o não serem completas: Lord Biron, ohomem mais apparentemente feliz qüe veio aomundo, foi coixo d?um pé 1 Augusto tambem tinhao seu $£Wtto — ser curto de vista. Em quanto aomais a vida devia-lhe ser grata ; possuia um excei-lente pae, que padecia de rheumatismo e que oidolatrava, e uma velha mãe, companheira cons-tante do seu fiel consorte.

Um cãosinho, e um, ecclesiastico, em outros tem-

pos mestres d* Augusto, e hoje accumulando as func-

ções de dispenseiro director da casa ou mordomo—e capellão — eis os elementos constitutivos do mé-nage d'Augusto.

A familia degusto vivia sempre no campo, emuma bella casa no sitio de Oeiras; no entanto noverão convivia cora todas as familias, que para ahicostumavam ir tomar ares, unicamente para dis-trahir seu lilho, atacado de l maior tristeza. Quantasvezes seus pães lhe diziam que passeasse, que nãoestivesse sempre encerrado em Augusíe nãolhe obedecia : nada podia consolal-o do defeito da

* natureja, defeito rpíetiníba sido cáüsa dos mais ter-

LEITE DE ROSAS.O bem conhecido cosmético, optimo remédio

para tirar sardas,espinhas, panos,e amaciar a cutis ívende-se na pharmacia da rua da Quitanda n. 19,

LOJA PARA SE ALUGAR POR 10$ RS.Na rua do Cemitério n. 48 aluga-se nmaloja,

com quintal e boa água; nesta typographia se achaa chave.

riveis iqnivocos— a ponto de fazer triste figura nasociedade : o bom Fr. Domingos, honrado eccle-siastico, dequejá'?fallámos. juntava as suas supplicasás de toda a familia em peso, porém a tudo Au-gusto era insensível! — Nem mesmo Jhe apraziaacompanhar nos passeios campestres seus velhospaes, quando à tarde sabiam, não os abadonando oestimado cãosinho, traste insignificante, e um saccode palha, trastes insjgnificantissiiTiQ, da Sra. D.Rozaura, que enfiava cuidadosamente no braço,sempre que sabia.

Um dia, tinham acabado de jantaf, e gosavamdaquella molleza que ordinariamente traz comsigoo fim da comida : a Sra. Bosaura, veodo a oceasiãoopportuna, dirigia a palavra a seu filho.

Meu querido Augusto, tu sentes alguma¦çítHfi ?

Passo o melhor que é possivel!Ahi vem a senhora ( diz o pae fazendo uma

exquisita careta por certa dôr què de repente lheatacara um joelho ) trazer a campo todos os seusmedicamentos ! Quescisma è essa de que Augustoestá doente ?

~~ Meu Carlos, bem vejo que a nua phisionomiainculca saúde, porém é isto mesmo que mç causasusto. — A nossa familia é tão sujeita a parecer bemno exterior e soffrer no interior ! O meu pobreirmão. ..> -',; -?;„ •'."., , • $ j&A --;-

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ENTRE AS RUAS DE S. PEDRO E VIOLAS.Pede-se a attençao do publico para este novo es-

tabelícimento, atTiança-se o bom dezempenho eaperfeiçoamento no fabrico de COLETES, que sen-do feitos de baixo de methodo, e por pessoa que tembastante conhecimento e pratica n'esta arte, ofíere-ce grande vantagem âs senhoras que quizerem hon-rara Artista com sua confiança, tomando medidasdos coletes ( na fabrica ou onde for chamada) semoencommodo de serem provados, ficando semprebons; fazem-se com toda a brevidade, por menospreço que em outra qualquer parte.

GEORGE GILBSON, natural de Londres, pro-fessor da lingua ingleza, continua a dar lições doseu idioma pelo methodo de Robertson, Rua do

i Cano n. 163.'• -*¦*¦ '¦¦•'•'¦'¦•''¦'•'•¦••'¦'¦••m*»*»»**-'-'*^***'**^^ ... ¦¦ ¦¦¦irni rm^***mim

OS EFFEITOS DO GAFE',¦opusculodo Dr. Hahnemann, traduzido por JoãoIgnacio Ribeiro, acha-se á venda nas casas dos Srs:

MudeF. Guimarães e C,\ rua-» do s bão n. 26;Albino Jordão, rua do Ouvidor n. 121; Paula Brito,largo do Rocio n. 64; Albino e Dutra, no mesmolargo n/44 ; Morando rua dos Ourives n. 21 ; e emNitheroy, largo Municipal n. 2. Este livrinho deveser lido por todos os bebedores de café ; preço500 rs.

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2^''**"--^e^-~-IfflwÊmítmÈl'>l$ÈÍB!&Íf&*

NO alto da serra da Tijuca vende-se, no todo ouem porções, uma das maiores situações que ali ha,contígua á em que se acha rezidindo S M 1. commuitas localidades pura se edificar, diversas nas-centescom a melhor agua possivel ; para informa-ções na rua do Aljube n. 14~QÜÉÍJ()STTí6

e a 1 $200 cada um, castanhasfrescas a 240 rs. a libra, e pilada a 200, batatas a 800a arroba ; vendem-se na rua do Rosário n. 83.

NO antigo escriptorio da rua do Carmo n. 53, con-tinúá-se todos os dias a emprestar dinheiro com ra-zoavel prêmio sobre objectos de valor.

ANTÔNIO José da Silveira participa aos seus ami-gos e freguezes,que se mudou da mesma rua, para acasa n. 29, onde continua como sempre a encarte-gar-se de toda e qualquer encommenda que lhequeirfo fazer relativa ao seu negocio.

BA COMPANHIA.

O genuino e puro vinho desta Companhia, ven-de-se a varejo por eonta da mesma, unicamente nascasas filiaes da rua das Violas n. 45, e Rosário n. 83,tal qual é importado, e por maior nas mesmas ca-sase na rua Direita n 97,

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&&HK-31wmm .*»*

lagrimas, lastimando um irmão, que morrera naidade em que mal podia avaüar a sua morte.

—- Espero, meu Augusto, que não te terásdescui-dado d'andar abafado ? continuou sua mãe.

Para lhe dizer a verdade, minha mãe, naotrago sénào a camisa sobre a pelle.Que loucura 1 Por isso tu andas amárello,tôssesve estás sempre triste ; és tal qual teu pobretio ! — Cuidado com a saude, olha que em a per-dendodiiTicilmente tornas a recobrar.

Se o andar envolvido em trinta sobrecasacascontribuo para a sua felicidade — esteja certa queheidesacrificar os meus caprichos.

Meu Augusto, quanto és condescendente IFaze-nos mais esta vontade, usa uma casmisinha demalha

Augusto, disse seu pao, deves amanhã á noiteacompanhar tua mãeá partida da Sra. D. MariaJoanna. Tu bem sabes que as minhas pernas nãome deixam andar... Demais, se ha coisa que abor-reco são as partidas!¦-— Tambem eu, meu pae. — Arrazadás sejamellas I

Estas ultimas palavras foram ditas à parte, masvem á parte, não corno o dos nossos cômicos que ésempre para o ponto, é quando Deus quer para aplatêa !

w Ju^^ é $em duvida/UlÉi^ -transacções, e da comida

a mais importante o almoço. — Ao almoço reu-nem-se todos, e sobre uma fatia de pão com marí-^teiga e uma chavena de café resolvem-se os negocieisdiíicieis e complicados, concertam-se os planos in-trincadissimos que se hao de executar durante odia.

A familia d'Augusto estava almoçando.- A SraRozaura queixava-se, mas comia muito mais do quecostumava. O Sr. Carlos engolia um jornal e umovo, com grande espanto de seu filho, que julgavaobjecto transcendente comer ovo sem sujar a toalha;finalmente, Fr. Domingos accommettia com a in-trepidezd'um Geraldo sem-pavor um castello defatias, que estava erguido ante elle. Não esque-ceremos o cãosinho dVlhos fitos esperando pela ca-ridade d'algum ente compassivo.

Meu querido Augusto, tu nüo terás duvida emir esta noite só a casa da Sra. D. Maria Joanna—o ar está tão fino, e sinto umas dores pela gargantaque tenho medo. ...

Não seria melhor deixar isso para outra vez?redárgue Augusto de mâu humor.

Ai! \{^rece feio, meu filho.... prometti-lhe..... Afém de que julgava que gostavas da Sra.D. Maria Joanna !..,. . ,,...,..

,-*- Gosto, mas ten^o.:ine(lode;-íriorrer' no- a portão!Apertão n'uma casa tão grande!•— Augusto vio qüe.a objecçào inventada iràoti-nha geito algum, résignõu-so, *

Houve uma pausa- eincpç) o almoço feflVetf atã<joi

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O ANNUNCIA DORSE

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APROVEITEM.Na loja de miudezas d^riia dos Barbonos

n. 94, ao pó dosarcos, vende-se luvas de peii-ca muito ftescàs^ ditas deretroz a i$2#tfÒ par, camisinhas de meninasmuito bonitas 2^ox)0,íedeSnra, a 4$000»grandes e de cassa bordadas, caixas de cha-rutos da Bahia, muito bons, com roo i$f)ooo,ditos regalia i$f)200, linha de novello, ai$4oo a í'kfa> cordão de enfiar vestidos, a,36o, o masso cadarço de cóz a 64o a peçadúzias de meias cruas ordinárias, a 1 $)8oo,ditas encorpadas sem costjura 3<$)5oo e3$ooo, dilas de Snra. 3$5oo, mantas delãa bonitas 3$ooo, cada uma, papel de pesomnito superior a 3$>ooo a resina, dito alma-

ço a 2$)6oo e 2$)8oo, lenços de cambraiade linho, com campo amarelo e sercadura decôr a iq£)ooo, cada um, e duzia 9^000, ii-nha crua muito superior a 1 $£>.ooo a libraescovas de dentes muito finas a 2$^ 00 aduzia, colxetcs sortidos a 600 rs. a groza du-zia de meias para meninas de todos os taoia-nhos a 3^)ooo a duzia, cruas encorpadas, cháHisson muito superior 2<$)3oo a libra, água deColônia muito superior a 5^)5oo a duzia.bocetas de massa de tartaruga 1.^)800 cadauma, ditas de tartaruga muito superior a1^)000, cada uma, pentes de tartaruga paratrança muito ricos e modernos a 6^)000, di-

tos para alizar 2$5oo cada um, suspençonoselásticos muito superiores a 3$ooo a duzia,dúzias de luvas de algodão brancas e dje cô-res a 2^200, louças de meia para .criançasa 2$5í)ooo a duzia; e muitas outras couzas.

MANIFESTO DOS CAIXEIROSOU 0 ESPELHO BOS MA^S A|IOS.

Vende-se este interessante folheto na rua doOurives n. 21. •. 1 .«.

terrível, e cm que o amigo intimo de Augusto.Henrique da Silva, foi annunciado.

Henrique, tu por aqui?! disse Augusto, levan-Umdo~se para correr ao seu encontro.

Estimo vel-o Sr. Henrique! resmungou o paide Augusto sem despregar os olhos do Jornal.

Já não ha quem o veja!Foi esta a breve allocuçào da Sra. Rosaura.

Que noticias ha de Lisboa? proseguio Au-gusto

Seu pai janta comnosco quarta-feira? pergun-tou o pai do Augusto.

Que tal se dá sua mãe com o novo cozinheiro?disse a Sra. Rousara.

Henrique não tinha tres lingoas, todavia fallavacom bastante velocidadede, para satisfazer a todasestas perguntas; é o que lhe vaüa! O cozinheiropodia dizer-se bom, tinha estado em casa do Ma-noel Hespanhol, o seu forte eram os.gelados; seupai com todo o prazer jantaria com a familia de Au-gusto na quarta-feira; e Lisboa continuava na mes-ma monotonia.—

Os elegantes para se vingarem do theatro fechado,aílluiam ao circo de Mr. Paul, onde ião admirar alinda filha, porque é ditado velho, por amor dossantos sebeijão os altares; porem coitados! ficaramcomo a rapoza com as uvas!

O mais que se seguio não interessa ao leitor.in.

Nadli excedia o brilhantismo da reunião da Sra

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PIOGEY, TINTURE1R0YRUA DO CANO N 40 E 95.

Tem a honra de annunciar aosSrs. negociantes e a todas as pessoasque precizarem tingir, lavar, e tirarnodoas com todo o asseio a toda aqualidade de vestido, que reunioao seu estabelecimento do Sr. Bou-cher, o qual teve em Paris o mesmoestabelecimento, e enearregão-sedefazer tudo o que é relativo â suaarte com toda a perfeição e por com-modo preço.

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mTINTA INALTERÁVEL PARA ESCREVER,Vende-se na rua da Alfândega n. 83.

eaiESís^wj-a«í!SK#5JiEianB'rEai'j-?i tsiuí^saEsssasaaaaBaeBaBSsmsMSitSBf*

D. Maria Joanna.— Tal qual como o profetisara amãe de Augusto, havia grande concorrência semápertão.

A dona da casa gosava justamente da fama d© daras melhores partidas.

Augusto entrou na sala no momento ern que aSra D. Maria Joanna estava esperdiçando sorrisos ècomprimentos, porque era uma destas portogezasgordas, de meia idade, que mostram os dentes quan-do se riem, e que passam por amáveis.

Entre Augusto e a Sra. D Maria Joanna existiatoda a familiaridade. comtudx) as más línguas docampo (cá e lá mais fadas há.) naose attreviâo acensurar o procedimento de uma corno de outraparte.

Quando pois Augusto entrou na salla o seu pri-meiro cuidado foi ir comprimentar a pessoa comqnem tinha mais intimidade.

—- Minha querida Sra. D. Maria Joanna, creioque passa de saude tãobem como parece.— Mal seiattingir o motivo porque hoje faz qüe me não co-nliece?_ E estendia a müo para tocar n'uma outraque se lhe offerecia*

A sua vista tinha-o enganado: a illusao foi passa-geira. A Sra, cuja mão apertara, não era a dona dacasa, mas sim uma outra Sra. que aceitou a mãode Augusto, o que fez eom que só os que estavampróximos se rissem dos inconvenientes da vista cut*ta. Centíriuar-se-h* ê â*

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CHRISTOVÃO

0 ANNUNCIADOR ..'. •

UM HABlt C0M.P0S1T0R.

Preciza-se na rua dos Ourives n. 21.

v ¦N'„/•* -

DE 8 AMT A -TÍÍIÍ-U-.5S A

Hoje quarta feira 20 de Fevereiro de 1880.

ma sacro, ornado de coros, «nUtulado.

MOYSES E PlIARAO'Oü

A PASSAGEM DO MAR VERMELHO.

Os WhL vendem-se no lugar do costume.

Começará ás 8 horas e meia.

direitura, para a ™™ d tübro a março in-

ponto, para este | ffg^ da ma«hã, . de

dusive âs 6 7,8 9. e e da pramba>tarde, á 1. 2, 3- *• f'-°

" 9 t0, e 11 horas da

para S. Cbistavao. ||, || •

e ? horas . ,Lnhs. ede t«rde,

^j^M : n0 Vponto, das 7 fo-imor» hft das§1 atè às 5 horas; e do 2 ponto, o

{ft ao meio -lia, e de «f • ^V, es 6 de 160

preços d'estas passagens por JJ«^. e diasl em dias &$**&|| ^ Uvos, $#santos de guarda êd;200rvepdas V

tade dos preços; nos emerv vo,u„_

\quer os façao. Rio ae Carvalho. _ americana O/ito, com-

Í8S0. O e.i«pre£ano_Aj_V1«e__l ——l TalDarais0 - tô d.t Nao «wneiicana

W^^S^^mM^m ^nteC'ld VpoVamericauo IteEuropa «ma mobilianova^le jacarandá, Para v

|NewY_ork ^^J^ftgW:*^**í„a da praia da Saude n. 12. •_

^———^¦**,t***"

BOLETIM DO PORTO

rives n. 21.

IyÍÃPaZ TRAVESSOEAVTSINHA.O BAFA* ii^ |a um rapaz

No dia de mm dun;ideafiua;obreacatravesso deitava pWg Mo «U viroubeça d'uma ves.nha muito fea e qu a

bôcca. . nirpcer disse a vesinha, que— Bem me queria parecer, ai»^

havia aqui perto cascata. Y ma8

JK"™- « dete .,«., —»«—*lhe molhar a bôcca. _

: Wfo *

'i#.';

I H' ipl."¦*§¥.

A SENSITIVA.AP MEC PARTICULAR AMIOO * F. B.

No verde negro arvoredo^p'alguina sombra abrigada,Ou no campo sem ar ri moTu vives desamparada. /Tu sensitiva mimosa,E's emblema de pudor,Murchas apenas tocadaE'siguala meu amor.Eu porem se por ti passo,foc^ndq-te por azar,

'ejn-*carêfl sentida;

v i wd Vapor americano laboq*.jwYork — ^A;: a MaxewelL

ctfo"r-j'.d'Me;r»{. <•* —>— •—

vários. ______^_«wrjsts^

E's tão sensível como ella,No teu viver virginal,Mas náo és igual no todo,O seu rosto è divinalQuem dera poder eu ferSeu semblante angelicalComo em ti vejo a imagemDo roeu soffrer sem igual.Tu ès bella e innocenteNo teu vago suçurrar,Como è ella linda e castaNo seu meigo suspirar!

Quem dera poder eu verOs seus Oihos fulgurantesComo de ti vejo os ramos

Quefluctuão delirantes.Tuèsoh Planta gentilDa minha Amada a pintura,No todo que tem de terna,Porém não na formosura.Quem dera... porém não maisEu me atrevo údesejiar, _.Vai-te lem,b.ffP%f|y|:--Não me acabei do :tóaí?v'. ^y.

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