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Apresentação

Estamos apresentando às delegadas e delegados do VIII Congresso do SIMPERE o

caderno de teses com as contribuições das organizações políticas que atuam no movimento.

Nosso Congresso se realiza num ano de grandes mobilizações protagonizadas

inicialmente pela juventude em reaçaõ ao aumento das passagens mas que, explodiram ao

encontrar eco nas mais diversas reividicações fruto do mal estar social que se sentia diante

das contradições entre a propaganda do crescimento econômico pelos governos e a vida real

diante do aumento do custo de vida, a deteriozação dos serviços públicos como saúde ,

educaçaõ e as péssimas condições do transporte coletivo.

É nesse contexto que o nosso Congresso assume grande importância na preparação e

organização das lutas necessárias para enfrentarmos os desafios e as tarefas diante da

política econômica imposta pelos governos Federal, Estadual e Municipal que apronfundam

as contradições e retiram direitos daqueles e daquelas que verdadeiramente produzem a

riqueza desse país!

Bom debate!

Direção Colegiada

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Resistência e Luta CSP - Conlutas

Conjuntura internacional

A invasão do Iraque pelos Estados Unidos com o apoio da Inglaterra, Polônia, Espanha, Itália e Áustria foi iniciada em 20 de março de 2003. Ou seja, neste ano de 2013, temos 10 anos da invasão, que ocorreu passando por cima do conselho de segurança da ONU e, sob o pretexto de defesa da soberania nacional Norte Americana. Após os atentados de 11 de setembro de 2001, George W. Bush, os ministros militares e os megaempresários do setor bélico decidiram derrubar o ditador Saddam Hussein, alegando que o mesmo mantinha arsenais de armas de destruição em massa.

Bush tentou também justificar a invasão colocando a questão da restauração da democracia no Iraque, mas sabemos que o interesse central era controlar as jazidas de petróleo que esse país possui. Enfim a invasão serviu para fazer correr a venda de armas, recuperar a popularidade de Bush, que antes da invasão era vergonhosa e para demonstrar poder de fogo ao mundo, uma espécie de autoafirmação após as tentativas fracassadas de Bush pai.

Isso fomentou repúdio mundial generalizado. Tivemos gigantescas passeatas e protestos contra a ação militar Norte Americana no Iraque, atingindo, inclusive, expansivos setores da sociedade civil dos Estados Unidos, porque além de se constatar a ausência de arsenal de armas químicas no país atacado, as promessas de que seria uma ação rápida, sem baixas para o invasor, sem elevado custo financeiro e que restabeleceria a democracia (burguesa) no Iraque não foram cumpridas.

Ignorando também resolução da ONU (Organização das Nações

Unidas), Os Estados Unidos já havia invadido o Afeganistão em 2001, com o intuito de prender naquele país, Osama Bin Laden, considerado o homem número 1, na organização terrorista Al Qaeda e tido como principal articulador dos atentados de 11 de Setembro. Após oito anos de conflito armado, o principal objetivo da OTAN (Organização para o Tratado do Atlântico), liderados pelos Estados Unidos, que era o de capturar Osama não havia sido alcançado. O segundo objetivo na escala de importância, que era retirar o Talibã do poder foi parcialmente alcançado.

A “guerra” do Iraque e a do Afeganistão, juntas, custaram pelos menos, US$ 1 trilhão, 146 bilhões. Esse valor sobrepõe 1/3 do PIB brasileiro de 2012, por exemplo. Constata-se assim que o país que se diz arauto da democracia, ignora as resoluções das Nações Unidas, gasta absurdo de dinheiro para invadir outras nações, assassinando civis e matando milhares de seus próprios soldados para garantir interesses da elite burguesa Norte Americana.

Em 2008, Barack Obama assume prometendo ser diferente: equilibrar a economia, retirar as tropas americanas do Iraque em 2010, retirar as tropas do Afeganistão em 2011 e fechar a prisão de Guantánamo. Enfim, recuperar o prestígio abalado do país mais poderoso do mundo na comunidade internacional, prometendo posicionamento dialógico com as demais nações. Setores da classe trabalhadora, inclusive, entraram na onda Obama, sem fazer quaisquer exigências, afirmando se tratar de um candidato progressista, totalmente deferente de Bush – qual foi o resultado?

Embora Obama seja o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, país onde o racismo é latente, a vida do

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trabalhador negro Norte Americano e dos imigrantes latinos não melhorou após a ascensão dele ao poder. No ano seguinte, 2009, explode a maior crise econômica nos Estados Unidos, originária no setor imobiliário e que em seguida se expandiu para o conjunto da economia, atingindo os bancos e a esfera produtiva. Para onde correram os aportes de dinheiro público no governo Obama? Para os pequenos empresários e produtores? Para as famílias desempregadas? Para os Fundos de apoio ao trabalhador? Não! Foram para os grandes produtores e para os bancos.

As tropas dos Estados Unidos que invadiram o Iraque só foram retiradas em 2011; no Afeganistão, as tropas imperialistas permanecem. As atrocidades de Guantánamo continuam. O braço bélico aniquilador do capital repousou no Iraque, repousa no Afeganistão, mas é omisso em Israel, que tomou as terras dos palestinos, os prende, persegue e assassina-os com o aval dos Estados Unidos e do silêncio da ONU.

Obama fecha este ano com saldo de instabilidade política. Além dos índices mais baixos de sua popularidade, enfrenta o boicote dos reacionários republicanos do congresso Norte Americano e da indústria médica ao Obamacare, programa do executivo que tenta tornar menos difícil o acesso aos serviços de saúde nos Estados Unidos. Não coseguiu fechar o orçamento da união para o próximo ano e veio à tona neste semestre, mediante denúncias do funcionário da Agência Nacional de Segurança, Edward Snowden, hoje exilado na Rússia, de que os serviços de espionagem norte americanos acessaram informações de telefones pessoais de várias lideranças mundiais e computadores de grandes empresas, entre elas a Petrobras.

O governo brasileiro “cobrou” explicações, mas tal cobrança foi simplesmente ignorada pelos

imperialistas que têm montado pelo mundo um verdadeiro big brother – consideram-se não somente donos da verdade, mas também donos do planeta. O que levou, a premier alemã, Angela Merkel, também objeto da espionagem Norte Americana, a exigir da ONU investigações sobre o caso e o estabelecimento de mecanismos de punição para o país que espionar países considerados “aliados”. Só então o governo brasileiro encaminhou procedimento semelhante.

As revoluções nos países árabes

O ano de 2011 está registrado como um ano em que a história de alguns países árabes deu uma guinada. No Egito e na Síria, a juventude foi às ruas dizer basta às ditaduras que atrasavam esses países economicamente, que não permitia a mínima discussão política e que preconizava o aprofundamento do atrelamento desses estados a preceitos religiosos.

Em março daquele ano iniciou-se no Egito o que em seguida ganhou o nome de Primavera Árabe. Movimento que se alastrou por alguns outros países da região, como a Síria. A revolução popular no Egito derrubou o ditador Hosni Mubarak há 30 anos no poder (apoiado pelos governos dos Estados Unidos durante essas três décadas). E colocou no horizonte a possibilidade de um país democrático, com perspectivas de um futuro melhor para a sua população majoritariamente de jovens.

Com a queda de Mubarak, os militares assumiram o poder, afirmando garantir uma transição para um regime democrático com eleições livres. Após alguns meses, a população percebeu que os militares remanescente da velha elite demoravam a cumprir a promessa de governar provisoriamente e voltaram às ruas. Com as novas manifestações,

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eleições foram realizadas e se elegeu Mohamed Mursi.

A euforia, parcial, porque Mohamed já havia sido primeiro ministro de Mubarak, durou menos do se esperava, pois poucos meses depois de eleito e empossado, Mursi baixou decretos que lhe imputavam poderes excessivos e iniciou uma tentativa de atrelar completamente o seu governo à Irmandade Mulçumana.

Heroicamente, o povo voltou às ruas e, setores militares novamente se aproveitaram da ocasião tirando do poder aquele que ensaiava ser um novo ditador no Egito. Hoje aquele país é “governado” por um presidente interino, Adly Mansur e pelo chefe do exército, Al-Sissi. A nação está em estado de emergência que deverá ser extinto em 14 de novembro deste ano, segundo promessa dos militares.

È preciso, e o povo egípcio tem estado em alerta em relação a isso, que os revolucionários que derrotaram a ditadura de Mubarak, retornem às ruas para garantir a não prorrogação do estado de emergência, a construção de nova Constituinte democrática e popular, eleições presidenciais, o fim das repressões e da ingerência oportunista do governo Norte Americano.

Na Síria, a situação é ainda mais grave e, comprova novamente o cinismo da política Norte Americana para o exterior, porque também lá os Estados Unidos sempre apoiaram a ditadura de Assad, mas depois que o povo sírio revoltou-se, tentam posar de democráticos.

Apenas tentam porque após dois anos de uma batalha desigual entre o povo e as forças de Assad, com atrocidades no nível de utilização do chamado exército invisível do governo central, que age na calada da noite, invadindo alojamentos, prendendo e assassinando supostos adversários de regime, trucidando

indiscriminadamente homens, mulheres e crianças, aliás, o assassinato covarde de crianças alunas de uma escola pública, que ao lado de sua professora pediam o fim da ditadura e das atrocidades cometidas em nome dela, foi o estopim para o inicio da revolta na Síria.

A revolução síria avança, o resultado é a adesão de várias cidades à causa revolucionária, como a importante cidade de Alepo, onde ocorrem intensas batalhas entre os revoltosos e as forças de regime ditatorial de Assad, apoiado pelo Irã e pela Rússia. Além do avanço interno, a revolução síria tem o reconhecimento internacional de legitimidade porque é uma revolução popular tão forte que levou Assad a apelar para o uso de armas químicas, no dia 21 de agosto, assassinando centenas de pessoas, na periferia da cidade de Damasco .

Os conselhos revolucionários estão instalados, mas a situação é crítica, pois nem todas as resoluções dos conselhos são seguidas, além do fato de grupos ligados à Al Qaeda estarem infiltrados no processo revolucionário com objetivos que nada têm a ver com os anseios e as necessidades do povo sírio.

A Opaq (Organização para Proibição de Armas Químicas), após acordo entre Estados Unidos e Rússia com o intuito de evitar uma intervenção armada Norte Americana na Síria, inspecionou 21 das 23 fábricas de armas químicas em poder do governo Assad e reafirmou o prazo para 15 de novembro para a construção de um plano detalhado de a destruição das mesmas, ao mesmo tempo informa que Assad terá até meados de 2014 para destruição completa dessas instalações, mesmo com toda pressão, o ditador Assad mantém um arsenal de 6 mil toneladas de agentes químicos como munição, ou seja, continua em aberto a possibilidade da ditadura assassina de

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Assad voltar a usar todo esse arsenal quando entender que Damasco poderá ser tomada pelos revolucionários.

A crise econômica na zona do euro e os levantes dos(as) trabalhadores(as)

A Europa vive hoje o aprofundamento da crise iniciada em 2009, nos Estados Unidos. Alguns países como a Espanha apresentam tímida recuperação, mas nada que aponte para um horizonte mais próximo a solução para uma das maiores crises do continente, com taxas de desemprego assustadoras na própria Espanha, com 29% de desempregados, chegando essa taxa a 45% entre os jovens; em Portugal, a dívida pública é de 93% do PIB; na Grécia, o caso mais grave, a dívida pública atingiu 180% do PIB; na Itália, terceira maior economia da Zona do Euro, 120% do PIB está comprometido com a dívida pública; na França, que era uma das referências da política de bem estar social, tem 81% de seu PIB comprometido com a dívida incluindo a Inglaterra e, de forma menos agressiva, na Alemanha.

O euro foi criado com o intuito, segundo os dirigentes das potências europeias, de fortalecer a economia naquele continente, constituindo um bloco forte para fazer frente ao crescimento da China e à organização de outros blocos em outros continentes, como na América do Sul com a criação do Mercosul e, mais recentemente, da Unasul, cujos preceitos são burgueses e privatizantes, pois um dos seus principais pilares é a proteção da propriedade privada, seja de bens ou de capitais financeiros.

No processo de estabelecimento da Zona do Euro, criou-se uma moeda única, o que a princípio poderia causar boa impressão, mas análises mais politizadas dessa decisão econômica aponta para o que seria inevitável – a

falência da Zona do Euro. Não somente por causa da atual crise do capital, mas também porque não adianta unificar a moeda sem transformar o regime. Moeda unificada nos marcos do capitalismo não significa distribuição justa de riqueza, não inibe a especulação, não extingue dívidas dos mais pobres; moeda única funcionaria num regime socialista de produção, porque no socialismo, o lucro deixa de ser o fim potencial da atividade econômica, no socialismo, se produz para garantir o acesso universalizado aos bens produzidos.

Depois que os governos despejaram trilhões de dólares de dinheiro público para tentar salvar grandes empresas e os bancos – sem resultado para os trabalhadores, seguiram-se os chamados planos de austeridade, que significam pôr a culpa pela crise nos ombros da classe trabalhadora, pois o cerne desses planos é reforma previdenciária, aumentando percentual de contribuição e aumento da idade para se aposentar, mais privatizações, cortes de investimentos em educação, saúde e, para arrematar, aumento de impostos para a população.

Comparadas às grandes manifestações de Maio de 1968, “Os Indignados”, como genericamente ficaram conhecidos os manifestantes europeus, puseram quase 100 pessoas na Praça Syntagma, na Grécia; o 15-M (15 de Maio) colocou 150 mil nas ruas de Madri; o movimento “Geração à Rasca” ( Geração sem emprego e sem perspectiva) de Portugal botou 200 mil manifestantes em Lisboa e 80 na cidade do Porto – o que provocou a queda do Primeiro Ministro José Sócrates; além de inúmeras e grandes passeatas e protestos que se espalharam pela Itália, pela Inglaterra.

O grande momento dessas jornadas ficou registrado com a greve geral coordenada entre os países, com

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registro de milhões às ruas de Madri, de Lisboa, de Roma, de Londres.

A questão palestina

Em 1947, A ONU divide a Palestina em dois Estados: um árabe e outro judeu. Logicamente, a Liga dos Estados Árabes não aceitou tal divisão. Ainda assim, no ano seguinte, foi proclamado o estado de Israel, o que levou à primeira guerra árabe-israelense, com vitória militar de Israel que passou a ocupar 75% do território palestino, restando à Palestina somente a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.

A OLP (Organização para Libertação da Palestina) foi criada em 1964 para fazer frente ao poderio político e bélico de Israel. Com a insistência de Israel em permanecer ocupando territórios palestinos e propondo acordos sempre prejudiciais `a Palestina, além de executar múltiplos ataques à Faixa de Gaza e à Cisjordânia, com sistemáticos assentamentos de colonos judeus nos territórios invadidos, apareceu o Hezbollah (Partido de Deus) com o intuito de um combate mais radical às investidas do estado de Israel.

Historicamente, as potências ocidentais sempre apoiaram Israel, principalmente os Estados Unidos que já chegaram a vetar acordos que garantiriam algum reconhecimento da legitimidade de um Estado Palestino. Israel desrespeita resoluções de organismos internacionais como a ONU, que mediante pressão da opinião pública internacional, manifesta-se contrária a novos assentamentos, por exemplo, mas o Estado opressor de Israel ataca o povo palestino quando e como quer, enquanto as elites dirigentes internacionais apenas assistem permeadas por discursos vazios que pregam uma paz unilateral.

Como evidente ilustração, acabamos de ter em novembro último,

mais uma decisão arbitrária de Israel em assentar na Cisjordânia cerca de 2 mil judeus. Isso, em meio a mais uma tentativa de construção de um processo de paz. Em protesto, os representantes palestinos se retiraram das negociações. Esse tipo de atitude de Israel, aliada à suspeita de que Yasser Arafat, histórica liderança da resistência palestina, tenha sido morto por envenenamento, poderá provocar uma nova Intifada (Revolta Popular) por parte dos palestinos, tendo como consequência o assassinato de palestinos que enfrentam o exército de Israel com pedras.

A América do Sul

Em nosso continente temos um contexto diferente do que se desenrola na Europa, no que tange às lutas, por exemplo. Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Argentina realizaram uma tentativa grotesca do que seria o bem estar social que a Europa já experimentou, mas que se encontra desmantelado por conta da profunda crise econômica que vivencia.

Não queremos dizer com isso, que por aqui as coisas vão às mil maravilhas. Os problemas crônicos continuam penalizando a classe trabalhadora e a juventude. Saneamento, educação, saúde e segurança estão fora do primeiro planos dos governantes da América Latina, a prioridade são as privatizações, as parcerias com setores privados, política compensatória para a população, arrocho para os servidores públicos e criminalização dos movimentos sociais.

Na Colômbia, as FARC (Forças Revolucionárias Colombiana) que já chegou a dominar 40% do território daquele país, perdeu terreno nos últimos anos pelos fatos de suas principais lideranças terem sido ceifadas pelo exército da Colômbia e porque o método de guerrilha não surte

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efeito, pelo menos na velocidade esperada, de adesão junto à população.

Hugo Chávez, que se autoproclamava como inimigo do capitalismo e do imperialismo norte americano, mas que praticava uma política populista e pretendia morar por várias décadas no poder, deixou como legado após a sua morte, uma Venezuela cuja inflação beira aos 50%, com alta taxa desemprego e, seu herdeiro político, cujas duas últimas ações foi criar o “Vice Ministério para a felicidade do Povo” e a aprovação de uma lei que lhe permite governar por decreto, quando o assunto for economia e segurança nacional.

No Chile os estudantes protagonizam importante movimento nos últimos dois anos, reivindicando uma reforma educacional que nãopriorize a privatização, que garanta a universalização, oferecendo melhores condições estruturais. No Brasil, também os estudantes foram os responsáveis por uma explosão e protestos, que teve como reivindicações iniciais o Passe Livre Estudantil, a diminuição dos preços das passagens e qualidade do transporte público para a população em geral.

Resoluções:

1. Pela reafirmação da pauta aprovada no I Encontro Internacional do Sindicalismo Alternativo, realizado em Paris, no 1º Semestre deste ano, com participação da CSP-Conlutas;.

2. Pela desocupação dos territórios palestinos, ocupados pelo estado opressor de Israel;

3. Pela autodeterminação do povo afegão;

4. Pela retirada das tropas brasileiras do Haiti;

5. Por um governo dos conselhos revolucionários na Síria

6. Pela prisão de Assad e confisco de seus bens;

7. Pelo apoio às lutas dos trabalhadores e jovens europeus contra os planos de austeridade que prejudicam a classe trabalhadora;

8. Pelo à classe trabalhadora e estudantil em luta na América do Sul;

9. Pelo fim do estado de emergência no Egito e por eleições livres e diretas;

10. Pelo fechamento da prisão de Guantánamo e pela indenização dos preso que sofreram maus tratos e tortura.

Nacional

O governo Lula, durante seus mandatos protagonizou o maior escândalo de corrupção, “nunca na história desse país” se registrou compra de votos no câmara dos deputados de forma tão deslavada. O desfecho tardio e melancólico da era Lula é a condenação dos Mensaleiros à prisão. Entendemos que certamente não cumprirão a totalidade de suas penas, mas é profundamente ilustrativo e, vergonhoso, termos figuras que são historicamente centrais no PT e que foram da maior influência do governo Lula, como Delúbio Soares, José Genoino e, sobretudo José Dirceu atrás das grades por corrupção.

O mesmo exemplo deve ser seguido para os Mensalões do PSDB e do DEM, não apenas com condenações que podem ser cumpridas em regime semiaberto, mas inclusive com confisco dos bens desses, cujas práticas envergonham a nação.

Dilma Russef foi eleita na sombra de Lula, com o perfil propagandeado de grande administradora e de pulso forte na governança. Além disso, correu certa euforia pelo fato de termos, pela

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primeira vez, uma mulher à frente do país.

Aí está a confirmação de que não basta ser mulher; como está dito no livro “O gênero nos une – a classe nos separa”, é preciso reconhecer-se como sendo da classe trabalhadora para poder governar em prol dos(as) trabalhadores(as). Porque a reforma agrária continua travada, várias obras do PAC permanecem paradas, ou embargadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) por suspeita de fraude nas licitações e de superfaturamento de preços. A promessa de construção de 6 mil creches para o atual mandato está longe de ser cumprida, a criminalização dos movimentos sociais prossegue com o enquadramento dos Black Blocs na lei de segurança nacional, resquício da ditadura, da qual Dilma foi vítima e, num momento em que se vivencia a exumação do corpo de João Gullar sob suspeita de ter sido assassinado pelos militares, a presidente Dilma Russef, sem nenhum constrangimento, lança mão desse dispositivo retrógrado e antidemocrático para tentar punir aqueles que inauguraram no Brasil novas formas protestos contra esse regime de aparências.

O país cresce economicamente, mas para quem?

A economia nacional se esforça para projetar na mídia o controle da inflação e o crescimento econômico. O controle inflacionário é instável porque para definir a inflação vários itens deixam se ser levados em conta como o custo da cesta básica. Os preços dos alimentos sobem mensalmente, há um aumento de preços sistemático dos itens de alimentação – o que nós gastamos na feira do mês atual é sempre mais do que gastamos no mês anterior. Crescimento econômico existe, mas para quem? Usufruímos do

crescimento econômico ou apenas são criados dispositivos para o consumo desenfreado com o objetivo de garantir os lucros dos grandes empresários e industriais?

O slogan cínico do poder central é: “País rico é país sem pobreza.”. O nosso país é rico faz um tempo, mas trabalha uma política de manutenção da concentração de renda. Uma prova disso é o fato de, por exemplo, em 2011, 45.05% do PIB nacional ter sido “empregado“ para amortizar a dívida pública, enquanto apenas 4,07% do orçamento foi investido em saúde.

A era PT no comando da nação é a era na qual os bancos mais lucraram, na base da especulação e da exploração dos bancários e do mal atendimento à população. O PIB brasileiro de 2012 superou a cifra dos 3 trilhões, temos a maior carga tributária do mundo, enquanto o governo não tem política eficiente de combate aos grandes sonegadores, não ataca as grande fortunas nem a especulação financeira, pelo contrário, incentiva-a, aplicando dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), patrimônio do trabalhadores, no mercado financeiro e se nega a empregar imediatamente 10% do PIB para a educação.

Portanto, o trabalhador brasileiro que derrama seu suor no dia a dia, dá seu sangue mesmo, adoece, tem dificuldade para se aposentar, é quem mais paga impostos neste país, seja de renda e/ou nos produtos que consegue consumir, inclusive os básicos e quase não tem retorno em relação à qualidade de vida. Em 2011, a ONU (Organização das Nações Unidas) classificou o Brasil na 84ª colocação em IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Somos solapados por essa política injusta que privilegia os grandes empresários, os banqueiros e o agronegócio, é o “Partido dos

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Trabalhadores” governando para a burguesia.

PT – de defensor da soberania nacional ao mais arraigado neoliberalismo

Em um dos debates entre Dilma e Serra, por ocasião das eleições presidenciais de 2010, quando o tópico em discussão era privatizações, as palavras da então candidata Dilma Russef foram textualmente as seguintes: o candidato Serra “é a favor da privatização da Petrobras, quer que o Pré-Sal seja passado para as empresas privadas internacionais.”

Em 2012, segundo ano de seu mandato como presidente do Brasil, privatizou três aeroportos de uma só vez: o Viracopos, o de Guarulhos e o de Brasília. Aprovou as PPPs (Parcerias Público-Privadas) e as OSs (Organizações Sociais), que na prática nada são além de mecanismos de privatização que atuam dentro de espaços públicos e lidando também com dinheiro público, com pagamento de altos salários aos agentes que dirigem esses dispositivos, enquanto os profissionais concursados, maioria com muitos anos de dedicação à coisa pública, permanecem com seus salários defasados, porém com maiores exigências a cumprir a partir do sistema de metas através dos quais esses sistemas trabalham.

Privatizou a previdência dos servidores públicos federais. Para garantir aposentadoria integral, os servidores terão que pagar uma contribuição extra para um grupo previdenciário privado.

Segue privatizando rodovias, hospitais e ferrovias. Mas a apoteose do governo de um partido que se dizia socialista foi a realização do leilão do Campo de Libras, cuja expectativa de produção é de 1 milhão de barris de petróleo ao dia.

Uma tentativa de justificar essa decisão antagônica aos interesses dos trabalhadores e à soberania nacional é de que 75% do royaties da exploração do petróleo serão empregados em educação, no entanto é importante salientar, que segundo palavras da própria presidente Dilma em seu discurso para empresários estrangeiros, em Nova Iorque, no dia 25 de setembro deste ano, esse percentual significará uma cifra de R$ 112 bilhões para os próximos 10 anos. Ora, esse é mais ou menos o montante anual arrecadado pelo FUNDEB: em 2012, por exemplo, a arrecadação ficou em cerca de R$ 107 bilhões, o que nos possibilitou até o momento, um reajuste de 7,97% - então, se mais de 100 bi ao ano, não nos garante um reajuste digno, o que esperar de 112 bi diluídos nos próximos 10 anos? E não é somente isso; nos próximos 10 anos, se a exploração iniciar ano que vem, caso contrário, esse prazo será esticado e consequentemente a diluição será maior e, por fim, os efeitos desse provável investimento sequer ensaiarão o salto que a educação brasileira precisa dar no que diz respeito à estrutura física das unidades e à valorização salarial dos(as) professores(as).

Por tudo isso, o governo Dilma está se equiparando, senão superando os governos Collor e Fernando Henrique em matéria de entrega das riquezas nacionais para ao setor privado que tão sequioso por lucro deve ter ficado babando diante das palavras finais da neoliberal Dilma Russef, durante o evento acima citado: “o setor privado é mais eficiente, mais ágil e de menor custo; empresas internacionais são muito bem vindas, no Brasil há espaço para todos; as condições de financiamento são vantajosas para garantir a rentabilidade dos senhores.”

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O modelo tributário no Brasil está para os especuladores

A massa maior de impostos é indireta, ou seja, aquela que pagamos através do consumo de bens e de serviços. Corresponde a cerca de 50% da arrecadação por parte do governo, segundo pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e é a mais injusta. Por quê? Porque se eu e um milionário fizermos uma feira no valor de R$ 200,00, por exemplo, ambos pagaremos os mesmos valores em impostos embutidos, o que revela uma desproporção absurda.

No tocante ao imposto de renda, a tabela está congelada há vários anos. A política de combate à sonegação é ineficiente e o governo não aplica taxação especial sobre as grandes fortunas, que é inclusive prevista na Constituição Federal de 1988.

Uma das bases do crescimento econômico que deixa numa zona de conforto os já endinheirados, é a política de isenções e incentivos fiscais ao mesmo tempo em que dinheiro público é injetado nas empresas privadas, que gozam nos contratos com o governo, da benesse de não pagar impostos por 10 anos, por exemplo.

Como se não bastasse toda essa farra, desde a era FHC o sistema financeiro e as grandes corporações têm-se beneficiado da política fiscal do governo que lhes garantem vantagens do tipo, redução do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) de 25 para 15%; redução da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) de 30 para 9%.

Todos esses benefícios fiscais não somente foram mantidos ao longo do governo Lula, como ele ainda os aprimorou com aprovação da Lei 11. 312/2006, que isenta de pagamento de imposto de renda os estrangeiros que lucram com títulos da dívida interna brasileira.

A presidente Dilma assegura as mesmas práticas acima descritas. O conjunto combinado da política econômica com a política fiscal do governo tem como prioridade a garantia de superávit para amortização e pagamento de juros das dívidas interna e externa. Essa opção do governo federal nos levou do PIB de 2011, por exemplo, o montante de R$ 708 bilhões de reais, de acordo com a Auditoria Cidadã da Dívida. Já pensou no se poderia avançar se pelo menos metade desse montante fosse anualmente investido em educação? Significaria aproximadamente o triplo do que o FUNDEB arrecadou em 2012.

Movimentos sociaissacodem o Brasil

As jornadas de lutas que eclodiram em junho acabaram com o mito de que o povo brasileiro é condescendente com a vida precária que tem, passivo e que estaria perfeitamente acostumado aos escândalos de corrupção.

Por todo o país milhões de jovens tomaram a ruas, ocuparam reitorias, câmaras municipais e assembleias legislativas par dizer à corrupção e exigir passe livre para estudantes, melhorias no transporte público, auditoria nas empresas de ônibus, fim dos privilegiados parlamentares, mais dinheiro para a educação e a saúde, não ao pagamento da dívida pública, mais emprego, moradia e saneamento básico.

Quebraram fachadas de bancos, saquearam lojas, incendiaram carros, enfrentaram, na maioria das capitais, o aparato do aparelho repressor do estado nas figuras da polícia militar, a mais truculenta, das guardas municipais e da guarda nacional. Passaram por constrangimentos em delegacias, foram capturados e torturados, mas não se renderam.

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A primeira fala da presidente Dilma em junho foi: “Não compactuaremos com a baderna.!” Ela não entendeu ou não quis entender, a princípio, que quando um trabalhador ou um desempregado quebra um ônibus, ele na verdade está tentando quebrar o desgaste cotidiano de horas diárias que leva para ir de casa para o trabalho ou em busca de emprego em ônibus superlotados, sujos, de passagem cara e desconfortáveis.

Apesar da direção anarquista das manifestações iniciadas em junho, que de pronto não sobe separar partido político ideológico de partido governista fisiológico, expressando certo repúdio aos partidos em geral, aos sindicatos e entidades estudantis, num dado estágio da jornada, assimilaram os partidos alternativos em conjunto com demais entidades de luta e, nesse estágio já tinham conseguido forçar o governo, que antes os tachara de meros baderneiros, a emplacar uma nova agenda pra o país.

Essa nova agenda compôs-se basicamente da Reforma Política e do Programa Mais Médicos. Esses projetos forma aligeiradamente enviados à Câmara Federal e aprovados sem a devida discussão com a sociedade. A chamada reforma política continha fidelidade partidária, financiamento público de campanha eleitoral, fim do voto secreto no congresso nacional, fim do voto obrigatório. São temas de grande interesse público, mas até fechamento deste texto, apenas a informação de o senado havia aprovado o texto que extingue a obrigatoriedade do voto.

Já com o programa Mais Médicos, ficou evidente a tentativa do governo em dar alguma resposta rápida ao movimento que tomou as ruas com o intuito de aplacá-lo, pois centenas de médicos de outros países foram convocados a trabalhar no Brasil, nas áreas mais remotas do nosso país, o que

será um complicador para a questão da língua, além do fato de terem de enfrentar a falta de estrutura nos postos médicos e nos hospitais. O caso dos profissionais de Cuba merece destaque, porque aquele país que não é mais socialista, fica com 70% dos salários que os médicos cubanos recebem.

Além do problema de que nem todos os médicos tiveram de fazer revalidação de seu diplomas, um número expressivo de médicos que tiveram de se submeter às avaliações, não conseguiram revalidar seus diplomas.

Foi um processo bastante atropelado. Não se levou em conta o fato de que não basta garantir médicos, par o que não cremos que alguém seja contra, mas é preciso garantir também as condições adequadas de trabalho a tais médicos. Ou terão as condições necessárias de trabalho? Se terão, por que as mesmas condições nunca foram provisionadas para os médicos que já trabalham por aqui, sob más condições de trabalho há décadas?

A jornada de lutas da juventude e dos estudantes, as paralisações gerais dos sindicatos e das centrais sindicais reafirmaram o caminho: é o da unidade consequente para lutar. Em algumas capitais, o Passe Livre para estudantes foi aprovado. Fiquemos atentos, 2014 vem aí.

Resoluções

1. Não às privatizações iniciadas no governo FHC e continuadas na era PT;

2. Não ao pagamento das dívidas interna e externa e pela auditoria já sob o controle dos trabalhadores;

3. Por uma política fiscal que desonere a classe trabalhadora e ataque as grandes fortunas, especuladores e os mega empresários do agronegócio;

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4. Pela anulação do leilão do Campo de Libras;

5. Pela reforma agrária sob o controle dos trabalhadores;

6. Por uma reforma apolítica que acabe também com os privilégios do poder executivo;

7. Passe Livre já ar estudantes e para os desempregados;

8. Pelo fim do déficit de creches para a mulher trabalhadora;

9. Combate a todas as candidaturas que se propõem a governar para patrões e megaempresários, com privatizações e criminilização dos movimentos sociais, a exemplo dos governos Eduardo e Dilma

Estadual

Estamos a poucos meses do fechamento de dois mandatos de Eduardo Campos no governo do estado e, qual é o balanço? A saúde continua um caos, com os planos particulares fazendo o que bem querem e com o plano de saúde dos servidores (SASSEPE) à beira da falência, com falta de material básico e mal atendimento a seus associados.

A saída que o governo pretende para a questão é aumentar a alíquota dos associados, aumentando os respectivos descontos em seus já defasados salários, sem nenhuma garantia de melhoria no atendimento à saúde do servidor.

No que tange à educação, o descalabro não é diferente. Eduardo paga o pior salário do Brasil mediante péssimas condições de trabalho, com turmas superlotadas, déficit de professores de química, física e matemática, abuso (com omissão do MPPE) da contratação temporária, enquanto os professores aprovados no último concurso continuam a ver navios.

A grande tentativa do governo Eduardo em querer mascarar a realidade educacional do estado foi a criação das escolas “tempo integral.” Trata-se de um engodo, pois muitas delas funcionam precariamente, com alunos ociosos no turno da tarde. Além

disso, o professor dessas escolas é obrigado a dobrar sua carga de trabalho, sem a proporcional valorização salarial, porque o que recebe a mais, sai como gratificação, ou seja, sem a garantia de incorporação por ocasião da aposentadoria.

Some-se a isso o fato das absurdas restrições às quais o profissional é submetido. A saber, é assediado no sentido de não participar das assembleias sindicais, de não tirar licença-prêmio e até mesmo licenças-médicas. A prova da farsa é que várias escolas ditas de referência não alcançam as metas necessárias que lhes garantam o chamado 14º salário, dispositivo usado pelo governo estadual para conferir às escolas públicas caráter de empresa, nas quais professores, em vez de companheiros de trabalho, acabam competindo ente si, transformando a educação não num processo solidário de construção e reinvenção, mas num campo de disputa que apenas leva ao acirramento da prática de assédio, do aumento de estresse e, consequentemente, da elevação do nível de adoecimento dos docentes.

A propaganda que o governo faz é de que Pernambuco cresce num ritmo superior ao do país, mas na hora de valorizar os servidores e de atender às demandas da população com moradia, saúde, educação e saneamento básico, dinheiro não há.

O dinheiro só é abundante na hora de comprar os tabletes superfaturados. Menos mal que o TCE suspendeu o Pregão Eletrônico nº 29/2012, onde também havia sobrepreço de 12,44%, além do absurdo de membros da Secretaria de Educação terem admitido que os programas seriam para os tabletes e notebooks já distribuídos em 2012, porém não tinham como fazer o recall desses equipamentos, porque não tinham a menor ideia das atuais

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condições de uso dos mesmos, nem tinham planejado a logística necessária para a instalação dos novos programas que seriam adquiridos.

No entanto, os gastos com o jatinho governamental já ultrapassam os R$ 4,000.000.00, outros milhões são desperdiçados com consultoria, propaganda e cargos comissionados, deixando evidente que o propósito desse governo, que pretende se travestir de novo, é a manutenção de velhas práticas.

O foco do governador e da estrutura governamental é na copa do mundo de 2014. O tamanho doe vento atrai uma grande concentração de veículos de imprensa, matéria prima para um governador que sobrevive de factoides políticos objetivando melhorar sua posição nas pesquisas de intenção de voto para presidente.

Nesse passo, implantou as OSs (Organizações Sociais) em autarquias estaduais propagandeando que melhoraria os serviços, mas na verdade, trata-se de uma forma disfarçada de privatizar, aumentando as exigências sobre os funcionários. O governador é de um partido que se diz socialista, mas mantém o mesmo status privatizante do governo federal. É o caso em Pernambuco, da Compesa, da Celpe, das Upas.

A privatização dos serviços prestados pelas Celpe e Compesa provocaram aumento nas contas, mas os serviços continuam precários, pois sofremos nos últimos dois anos frequentes apagões e racionamento d’água em dezenas de municípios, inclusive em bairros da capital.

Suape é colocada como sendo a menina dos olhos do governador, porém nem mesmo a imprensa sequer fez menção às dezenas de trabalhadores mortos, que sem capacitação profissional suficiente foram postos a trabalhar em maquinaria de alto risco. Além das condições de trabalho, as

diferenças salariais entre empresas que operam no complexo de Suape para trabalhadores que exercem as mesmas funções, aliada ao regime de trabalho que os afastam de suas famílias, levou-os a jornadas de lutas em 2012 que repercutiram em todo o país, com greves, grandes protestos, enfrentando a polícia truculenta de Eduardo e o próprio sindicato atrelado ao patrão. As mobilizações em Suape precisam ser retomadas, porque a patronal pretende demitir mais de 2 mil trabalhadores em 2014.

Esse tipo de governo é candidato a à presidência do Brasil. Não é de se estranhar, pois comunga da mesma política do governo federal, não à toa esteve aliado ao mesmo, inclusive partilhando cargos, tanto em nível nacional, quanto estadual.

Hoje se diz oposição e após a formalização de aliança com Marina Silva (a obscura) rompeu com o governo federal entregando os cargos que ocupava, questão não bem resolvida aqui no estado, porque algumas figura petistas relutaram em abandonar os cargos de confiança de Eduardo, tendo alguns deputados, como foi o caso de Isaltino, preferido deixar o PT e se filiar ao PSB, partido do governador, para não precisar abrir mão dos cargos que ocupam.

Mas independentemente de toda essa confusão, a linha política do governador que se esforça para posar de diferente é a mesma do PT que governo o Brasil. Uma outra ilustração desse fato são os projetos de lei criados por Eduardo Campos objetivando criar previdência privada para os servidores estaduais (assim como fez o governo federal em relação aos servidores federais).

A partir de determinado teto salarial, o servidor que quiser aposentadoria integral, teria que arcar com uma nova contribuição em previdência privada – essa é a ideia. É

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mais um golpe neoliberal sendo gestado para atacar o conjunto dos servidores estaduais.

Os indicadores sociais de Pernambuco são mascarados, com exceção dos referentes aos de violência, embora o estado continue sendo o segundo mais violento do Brasil, perdendo apenas para Alagoas. Entre os estados, Pernambuco ocupa o 17º lugar no IDEB, a 16ºª colocação em abastecimento de água, o que resultou na queda do IDH estadual, de acordo com O Valor Econômico. Isso demonstra o quanto que a mídia burguesa é conivente com essa deturpação de dados .

Relativo à questão da mobilidade, o governo é omisso. Há quase um ano seu apadrinhado Geraldo Júlio está da prefeitura do Recife, o que deveria facilitar a construção de um plano em conjunto para melhorara o trânsito da capital e região metropolitana, mas até agora nada.

O que o governo não fez durante dois mandatos, não fará faltando praticamente um ano para as eleições para se escolher o novo governante do estado. O governador, faz meses, deixou de cuidar de Pernambuco e usa o cargo e as benesses que o cargo propicia para fazer campanha de sua candidatura a presidente, distribuindo inverdades acerca da real situação do estado.

Resolução

1. Pela unificação das lutas com os servidores estaduais, contra todas as ações governamentais que atacam os nossos direitos e conquistas.

Municipal

Um histórico necessário

No ano de 2000, o PT Assume, na figura de João Paulo, a prefeitura do

Recife pela primeira vez, derrotando velhas oligarquias do cenário municipal como Roberto Magalhães, Gustavo Krause, Joaquim Francisco e colocando em evidência várias bandeiras da classe trabalhadora e dos movimentos populares do município.

Mediante o já afastamento do PT do seio dos trabalhadores e da efetivação de algumas alianças comprometedoras em alguns municípios do Brasil, nós chamamos o voto crítico em João Paulo, no segundo turno, pois naquele momento era muito importante que os herdeiros da ditadura militar se retirassem da gestão da cidade.

Pois bem, na nossa primeira greve na gestão João Paulo, à época, a secretária de educação Edla Soares, atacou com ameaças os extratos mais fragilizados da categoria que eram os professores em estágio probatório e os que acumulavam. Tudo isso com o aval daquele que se ergueu nos movimentos de luta e que freqüentava as nossas assembleias antes de ser prefeito, mas depois que se elegeu, deu o troco usando das mesmas práticas dos governos do PFL que se revezavam à frente da prefeitura.

Os ataques não pararam por aí. Com a implementação de uma política populista, O PT renovou seu mandato na prefeitura cooptando várias lideranças dos movimentos para cargos comissionados e cargos de confiança. Extinguiu o sistema de qüinqüênio, sacou mais de 100 milhões do Fundo Previdenciário dos servidores, perseguiu os lutadores nos mesmos moldes de seus antecessores, privatizou a assistência à saúde dos servidores, criando o Saúde-Recife, aumentou as alíquotas previdenciárias e de atendimento à saúde, piorando o atendimento e, nos fez amargar por várias campanhas salariais percentuais ínfimos de reajustes, na base 1 a 2%, enquanto os salários do executivo

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foram reajustados em percentuais em torno de 40%, como ocorreu em (...), evidenciando total desrespeito em relação aos servidores.

Para fechar com chave de ouro, em 2008, João Paulo não aplicou os percentuais mínimos constitucionalmente exigidos para a saúde e a educação municipais, além de ter, com dinheiro da Reciprev, comprado em valores superfaturados, títulos podres do Banco Cruzeiro do Sul, que veio a abrir falência.

Como o Bolsa Escola e o Bolsa Família, precária distribuição de renda, que não eleva qualitativamente a condição de vida dos mais pobres, mas cativa o voto de uma parcela importante do povo, João Paulo encerra seu segundo mandato, deixando João da Costa como seu sucessor. Lembram? O lema da campanha eleitoral era: “João é João.”

Após o primeiro ano de mandato de João da Costa, ano de estagnação, diga-se de passagem, ao final de 2009, constata-se que também ele não aplicou 25% constitucionalmente exigidos para a educação. Na metade do seu mandato, rompe João Paulo acusando-o de ingerência na sua gestão. Seria o primeiro evento para uma sequência que veio a desmantelar politicamente o PT em Recife.

Seguiu-se durante o seu governo, um verdadeiro desgoverno entre incompetências de gestão e marmeladas partidárias internas, como fraude para eleição do diretório municipal do PT, enxurrada de filiados de última hora, intervenção do PT nacional e farpas públicas entre ele e João Paulo, enfim, perderam-se nos labirintos da fogueira das vaidades e, até hoje Geraldo Júlio agradece.

Como um desfecho melancólico da era PT/PC do B na prefeitura, internamente o “Partido dos Trabalhadores” não consegue se entender sobre quem seria o candidato

do partido à PCR e novamente o PT nacional intervém e impõe o nome de Humberto Costa como candidato. Ocorre que desgaste foi tão grande (seus efeitos ainda hoje se desdobram), que o herdeiro da política coronelista de Pernambuco, chamado Eduardo Campos, aproveitou para lançar um mero funcionário burocrata, sem projeção política, à candidato a prefeito.

As trapalhadas, sobretudo da gestão João da Costa foram tantas, aliadas aos desentendimentos internos do partido dele, que se criou uma enorme lacuna, espertamente ocupada pelo afilhado do governo Eduardo, Geraldo Júlio. Nesse contexto, O candidato do PSDB, travestido de PV, Daniel Coelho teve expressiva votação e os candidatos da esquerda Jair Pedro e Roberto Numeriano não conseguiram aglutinar os votos dos insatisfeitos e dos indecisos, seja pelas estruturas modestas de campanha, do tempo restrito na mídia burguesa ou por equívocos de estratégias, aliados ao nível de consciência insuficiente dos eleitores para se reconhecerem como classe oprimida e para identificar nos candidatos burgueses a representação da classe opressora.

Esse é o legado do PT/PC do B à frente da prefeitura do Recife: fraudes, perseguição aos lutadores, servidores desvalorizados – a cidade abandonada.

Geraldo Júlio assume a prefeitura do Recife

O Governo Geraldo Júlio iniciou o ano de 2013 na Prefeitura do Recife com o objetivo de implementar a política do Governador Eduardo Campos pois as Upinhas, Escolas Integrais e os “canteiros de obras” nas ruas da cidade foram mote para sua candidatura a prefeito. Desde sua campanha, já havia um explícito descaso com os(as) servidores(as)

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municipais do Recife. Em nenhum momento foi apresentada proposta alguma de melhoria nas condições de trabalho e salário dos trabalhadores que fazem esta cidade no setor público. No debate promovido pelo SIMPERE em 2012 com os prefeituráveis, o então candidato sequer respondeu ao convite, mas indicou à Câmara Municipal o projeto de lei no dia 28 de dezembro daquele ano que aprovaria a Parceria Público-Privada.

Seu modo empresarial e privatista de governar é revelado quando muda o organograma da prefeitura e contrata executivos, nomeia chefes e mantém gerentes. No que concerne aos(as) servidores(as), desrespeita a data-base salarial (pagando reajuste em novembro sem efeito retroativo), retira o vale-refeição dos(as) Auxiliares de Desenvolvimento Infantil (ADIs) diminuindo drasticamente seus salários em retaliação a uma greve protagonizada por esses companheiros(as), além da manutenção intensiva de péssimas condições de trabalho. Nesse último trimestre, os trabalhadores contratados estão há 5 meses sem receber seus salários, com a promessa de serem “absorvidos” por empresas terceirizadas. No âmbito da educação, política ainda não definida oficialmente para nós professores(as) mas que aos poucos vai se desnudando de maneira maquiavélica, desconsiderando nossa história, identidade ou processo de trabalho, seguindo seus antecessores João da Costa e João Paulo.

Outra ilustração disso foi a tentativa de aprovar na surdina um PL que praticamente acabaria com o processo de eleição direta para diretores de escolas. O que já precisava avançar, mas a PCR/SEEL coseguiram piorar e nem de longe mencionaram a possibilidade de eleição direta para as creches e Cemeis, configurando uma clara intenção de manter esses espaços

como campo para atuação fisiológica de vereadores

Registre-se ainda a questão crucial da mobilidade urbana totalmente negligenciada pelos prefeitos anteriores e que após um ano de governo parece não ser um tópico importante na agenda governamental, pois dentre os vários projetos enviados à Câmara até agora, nada concernente à qualidade de vida na capital, que hoje tem não somente as principais avenidas intransitáveis, como as vias periféricas há anos entraram no rol dos engarrafamentos diários, já não bastassem a buraqueira, a má sinalização, a falta de fiscalização, o lixo não recolhido e esgotos estourados em pleno centro da cidade.

Este cenário retrata a real intenção deste governo que é a consolidação do desmonte do setor público com a manutenção das empresas privadas, contratações através de empenhos, seleções simplificadas em detrimento de concursos públicos e péssimas condições físicas/estruturais dos espaços públicos de trabalho, gerando atendimento de má qualidade à população.

Apesar daqueles que apoiam esse governo (sindicatos governistas, Câmara), resistimos e lutamos, sempre de cabeça erguida para que nossos direitos não sejam retirados e tenhamos condições dignas de trabalho e salários. Dessa foram estaremos mais motivados para trabalharmos junto à população mais carente do Recife.

Movimentos sociais sacodem o Recife

Mesmo que o nível de consciência política da população ainda não seja suficiente para inverter a posição dos atores políticos que atuam na cidade de diferentes formas, não deixou de haver luta. O movimento da

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juventude, dos estudantes, de setores populares e sindicais que mudaram em certa medida a agenda política do país esteve permanece presente no Recife, que é uma referência histórica das lutas libertárias.

Passe Livre para estudantes e desempregados, auditoria nas empresas de ônibus e melhor qualidade do transporte público foram e continuam sendo algumas das bandeiras desse novo movimento que ocupou as ruas, as praças, as reitorias e a câmara municipal, enfrentando a truculência e a violência covarde dos agentes de repressão de Geraldo Júlio e de Eduardo.

No final de outubro, foi a vez dos ambulantes, que alijados do mercado de trabalho formal, sobrevivem da venda de miudezas no centro da cidade. Acabam ocupando os espaços públicos de forma desorganizada, mas a prefeitura permite tal ocupação até o momento em que lhe pode render dividendos eleitoreiros. Depois de estabelecidos no poder passam a perseguir aqueles que estão à margem do capital, vendendo pequenos objetos ou refeições rápidas para garantir minimamente o sustento de suas famílias.

Para variar, os aparelhos repressores tanto de Eduardo como de Geraldo Júlio estiveram apostos para fazer uso da violência. A cidade pertence a todos que nela vivem ou trabalham. A expansão desordenada, baseada somente na ganância imobiliária, regada por taxas de IPTU que estão entre as maiores do Brasil, confronta com o déficit de moradias e a ausência de saneamento básico. Os ambulantes devem ter seu espaço no âmbito urbano, de maneira organizada e, para os que não forem locados para comercializar suas mercadorias, a prefeitura tem obrigação de apresentar alternativas para que essa gama de

trabalhadores simplesmente não caia na ociosidade.

Saliente-se que nesse mesmo mês constatou-se que a maioria dos estabelecimentos ditos formais não está regularizado junto à prefeitura, para resolver o prefeito apressou-se em enviar à câmara municipal um PL (Projeto de Lei) alterando a lei de alvará, mas para os ambulantes despejados, o tratamento é a violência policial.

31 de outubro (O Outubro Vermelho) também foi o dia em que os carroceiros foram às ruas, não para realizar seus trabalhos alternativos, mas para protestar contra o simples banimento desse segmento das ruas da cidade. O Recife está-se transformando numa cidade intransitável, porém a prefeitura, que em conjunto com o estado, deveria reordenar o fluxo de carros particulares e investir no transporte público sobre trilhos, ataca a parcela mais frágil da população, assim como fez com os camelôs, sem oferecer uma saída humanizada para a questão, evidenciando assim para quem realmente governam.

Contexto municipal para 2014

Em 2014, teremos eleições presidenciais e, até o momento, o padrinho de Geraldo Júlio é candidato. Portanto, farão de tudo para que Recife se torne a principal vitrine do PSB no nordeste. Haverá um alto investimento de marketing na tentativa de passar ao Brasil a ideia de que por aqui corre tudo às mil maravilhas.

Poderá haver concessões com o intuito de evitar qualquer arranhão à imagem do candidato Eduardo Campos, mas também haverá acirramento nas cobranças e perseguições, principalmente sobre os servidores públicos, objetivando inibir toda ação que vá no caminho de

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desmascarar uma candidatura forjada no faz de conta.

O Simpere, enquanto instituição política, tem o dever de mostrar a realidade. Dessa forma, estaremos, e esse congresso nos dará o suporte na construção do nosso plano de lutas, encaminhando os embates necessários e denunciando não somente as precariedades no âmbito educacional da rede municipal, mas também o conjunto de problemas que a população em geral enfrenta no seu dia a dia.

Nesse sentido é muito importante que o conjunto dos servidores municipais esteja alinhado com os movimentos sociais independentes da cidade. Faz-se necessário diante dos desafios postos no horizonte para o ano que vem, que os servidores, sobretudo suas lideranças, tomem um posicionamento diferente do que tiveram enquanto o PT/PC do B estiveram na prefeitura.

A CSP-CONLUTAS chama a unidade. Mas a unidade conseqüente, não aquela momentânea, da qual algumas entidades fazem uso, para na verdade, resguardar os governos que ajudaram a eleger.

Resoluções

1. Pela reconstrução de plano piloto da cidade com participação de todos os seguimentos sociais;

2. Pela realização de audiências públicas antes de votações de projetos polêmicos e/ou de relevante interesse público;

3. Por um orçamento participativo realmente democrático e que não se restrinja a apenas 1%;

4. Pela garantia de espaços adequados para os camelôs;

5. Por licitações públicas acompanhadas pelo MPC;

6. Por mais transparência nas contas públicas municipais

7. Pela redução dos salários dos vereadores;

8. Pelo Passe Livre para estudantes e desempregados;

POLITICA SINDICAL A CSP- CONLUTAS como

instrumento do fortalecimento das lutas dos(as) trabalhadores(as)

Após a subida do PT a presidência da República, com a eleição de Lula e hoje com o governo Dilma, existiu uma mudança clara de apoio ao governo por parte da maioria do movimento sindical, levando a perda de autonomia da maioria das entidades sindicais em relação aos governos e aos patrões, acelerando um retrocesso no sindicalismo combativo que havia gerado a formação da CUT, da CNTE. Esse retrocesso resulta da onda neoliberal da década de 90 e da adaptação a essa lógica por parte de sindicalistas da própria CUT. A estratégia da Luta e da Mobilização para avançar em novas conquistas e da democracia sindical para incorporar a base em suas decisões, vai sendo substituída pela conciliação com os patrões e governos e limitando cada vez mais a participação das trabalhadoras e trabalhadores nos rumos das suas entidades de classe.

O governo LULA, assume em 2003, e não tarda em atacar os trabalhadores como os funcionários públicos, que já havia sido alvo principal de FHC. Aplica a famigerada Reforma da Previdência, aprovada na base do Mensalão, que aumenta a idade mínima e tempo de contribuição para se aposentar. A CUT com seu apoio/omissão a esse ataque levou muitos sindicatos a romperem com esta Central, como o ANDES (Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior). Mas não foi somente isso, a CUT passa a ter uma postura de sustentação e apoio aos governos que

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tinham no PT base de apoio e passam a fazer apenas criticas pontuais a eles. É nesse processo, que vai sendo forjada a CONLUTAS que vai ser fundada em 2006, como uma central sindical de lutas, democrática e desatrelada dos governos , dos patrões e dos partidos, lutando não apenas contra a exploração capitalista, mas contra a sua outra face mais perversa, para aumentar a exploração, com a opressão que afeta no Brasil, as mulheres, os negros e LGBTs.

Vimos o desastre da gestão João da Costa (PT) para os(as) trabalhadores(as) da educação, ou o de João Paulo (PT) com os ataque a direitos e a nossa previdência e para o povo do Recife com apoio da CUT e da CTB, e agora estamos vendo os ataques que estão sendo preparados pelo governo de Geraldo Júlio do PSB com apoio do PT, mesmo com algumas crises por disputas de cargos, apenas.

O PC do B que apoia a CTB, compõe nada menos do que o cargo de vice prefeito do Recife, virou prática comum, já que o mesmo PC do B foi vice de João Paulo por oito anos e agora, mesmo com o rompimento entre PT e PSB, não tem nenhum constrangimento em ocupar a vice de Geraldo Júlio, o apadrinhado de Eduardo Campos. Ou seja, o critério (ou a falta dele) é não importa com quem, nem a serviço de quê, o que vale é estar no poder.

Como parte desse processo, nossa chapa (Resistência e Luta), da CONLUTAS que ganhou as eleições do Sindicato em 2005, propôs e obteve o apoio da ampla maioria da Categoria para desfiliarmos o SIMPERE da CUT e filiarmos à CONLUTAS. No entanto, a diretoria anterior numa composição da CUT com a CTB, diferentemente da nossa gestão, decidiu fazer um congresso após terem perdido as eleições, mesmo com parte da diretoria não reconhecendo tal congresso e,

num verdadeiro golpe, desfiliaram o SIMPERE da CONLUTAS sem nenhum debate com a base da categoria.

A diretoria atual com apoio da base voltou a participar da CSP – CONLUTAS (Central Sindical e Popular) e de seus fóruns e calendários de luta e buscando sempre fazer unidade com as demais centrais e sindicatos quando estão em jogo o interesse das trabalhadoras e trabalhadores.

A CSP-CONLUTAS vem desempenhado um papel fundamental na conjuntura do país e nível internacional, desde o apoio ao povo da Síria que luta contra a ditadura atroz de ASSAD, ou articulação com movimentos independentes de outros países, as campanhas contra o ACE ( Acordo Coletivo Especial) proposto pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC ( CUT) que flexibiliza direitos conquistados com muita luta, na batalha contra a PEC 4330, que pretendia regulamentar as terceirizações, nas passeatas e mobilizações de Junho, particularmente com a ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes Livre), entidade estudantil filiada à CSP.

Ou ainda seu papel destacado nos dois ensaios de Greve Geral nesse país em unidade com outras centrais sindicais. A CSP também tem se destacado nas campanhas salariais de várias categorias, na campanha contra a entrega do campo de LIBRAS ( Privatização do Petróleo nacional pelo governo Dilma), na organização dos setores oprimidos dos trabalhadores, como encontro que aglutinou os Gays e Lésbicas ou no recente Encontro de Mulheres, o I Encontro Nacional do Movimento de Mulheres em Luta (MML) que aglutinou 2.300 mulheres para lutar contra a exploração e a opressão capitalista.

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Estivemos juntos na luta pela aula-atividade e pelo pagamento integral do Piso Nacional, em solidariedade com as ADIs enfrentando o governo e o SINDSEPRE(CUT), que os abandou na greve, ao lado dos terceirizados contra a precarização do trabalho e da escola. Nas ruas com a juventude nas jornadas de junho, nas paralisações gerais de 11/07 e 30/08, por entender que não é possível lutar sozinho. É preciso construir a mais ampla unidade das trabalhadoras e trabalhadores da cidade e do campo, com a juventude, contra as opressões expressadas no racismo, homofobia e machismo. Essa é a tarefa da CSP-CONLUTAS!

O Capitalismo em crise não vacilará em atacar direitos e conquistas, em mais privatizações, em trabalhos mais precários, com apoio dos governos de plantão, como vem sendo feito atualmente pelos governos Dilma Russef, Eduardo Campos e Geraldo Júlio. Portanto , diante desses desafios propomos para as professoras e professores, a refiliação formal do SIMPERE a CSP-CONLUTAS, queremos de forma democrática que os(as) delegados(as) da categoria neste Congresso, reafirmem esse projeto de luta democrático que é a CSP-CONLUTAS como fundamental suporte político para que o SIMPERE continue a cumprir seu papel de primeira linha no fortalecimento do sindicalismo independente dos governos e dos patrões, democrático e de luta no nosso município e no nosso estado.

Na educação... e na luta contra

as opressões!

O capital aproveita-se das diferenças para explora mais. Por isso mulheres, negros e LGBTs são os setores que mais sentem a barbárie imposta pelo capital.

As mulheres são as que mais sofrem com as políticas impostas pelos organismos internacionais e implementadas pelos governos brasileiros. A eleição de uma mulher encheu de esperanças as mulheres trabalhadoras. Acreditava-se que seus problemas teriam respostas através de políticas que contemplassem a superação das manifestações mais cruéis da opressão e exploração das mulheres. Infelizmente não foi isso eu aconteceu. As péssimas condições de trabalho prejudicam principalmente as mulheres pois impossibilitam sua participação nos espaços públicos; a demanda por creche não foi não foi atendida e milhões de crianças não encontro vagas nas creches ( no Recife......) fortalecendo a ideologia que as mulheres são as únicas responsáveis pela educação dos filhos e dificultando sua atuação profissional e sindical. A desigualdade entre salários entre homens e mulheres é superior a 30%; o assédio moral e sexual segue avançando; A violência física, psicológica, moral, sexual e até institucional que afeta as mulheres desde dentro de casa até aos lugares públicos; o corpo da mulher segue sendo tratado com mercadoria, depreciam o papel da mulher na sociedade e encontra-se em debate no congresso o famigerado Estatuto do Nascituro que transforma o estuprador em pai e obriga a mulher a conviver com seu algoz.

O caminho é a organização das mulheres e homens para exigir as suas pautas gerais e especificas pois só com homens e mulheres lutando juntos é possível vencer o machismo e a exploração capitalista. Para colaborar com essa tarefa está sendo organizado um importante instrumento vinculado a CSP_CONLUTAS : O Movimento Mulheres em Luta (MML), criado em abril de 2008. Seu primeiro encontro nacional, realizado em outubro/2013,

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com a participação significativa de professoras, inclusive uma delegação de Recife.

Para os trabalhadoras(es) negras(os), apesar do discurso dos governos e da propaganda de uma “democracia racial”, são as(os) que mais sofrem com a falta de moradia, com a precarização das escolas públicas, com o transporte coletivo precário, com a repressão policial. O estatuto da igualdade racial não acabou com a opressão e a discriminação do povo negro, pois o racismo não acabou. A disciplina de história da África, estabelecida em lei poderia ser um instrumento para fortalecer a identidade dos negros e suas lutas, mas até hoje não passa de letra morta ou discurso de 13 de maio. Um exemplo da discriminação que sofre a população negra e os ataque as religiões de matriz afro. Defendemos as cotas nas universidades, a liberdade de crença para os afro descendentes às suas religiões

Para organizar a luta contra o racismo foi criado o Quilombo Raça e Classe que atua dentro da CSP-CONLUTAS exigindo políticas públicas que acabem com a desigualdade defendendo as Cotas para ingresso nas Universidades bem como uma política de emprego, moradia, acesso à saúde, valorização da cultura negra e a luta pela libertação contra a exploração e a opressão.

Finalmente, não podemos aceitar a discriminação a lésbicas, gays, bissexuais e transexuais que, mesmo dentro da escola, sofrem preconceito. Defendemos o respeito à orientação sexual e que a escola possa ser um ponto de apoio para que os jovens aprendam a entender sua sexualidade e construir sua felicidade contando com o apoio e a solidariedade de todos(as).

Resoluções

1. Pela refiliação do SIMPERE à CSP-CONLUTAS;

2. Pela unidade da classe trabalhadora contra a exploração e a opressão;

3. Contra a reforma trabalhista que retira direitos dos(as) trabalhadores(as);

4. Contra a reforma sindical que extingue o poder de decisão das bases nos rumos de suas entidades de classe;

5. Pela anulação da reforma da previdência aprovada na base do Mensalão;

6. Contra a PEC 4330, que regulamenta as terceirizações;

7. Pela anulação do leilão do Campo de Libras;

8. Não aos novos leilões previstos pelo governo federal;

9. Contra todo tipo de opressão.

POLÍTICA EDUCACIONAL

O Brasil possui 3 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos fora da escola e mais de 13 milhões de analfabetos e o alarmante número de 27,8 milhões de analfabetos funcionais. Quando o tema é ensino superior, apenas 12% da população brasileira tem nível superior. O Brasil, que hoje é a 7º economia mundial está em antepenúltimo lugar no ranking da OCDE (Organização Continental para o Desenvolvimento da Educação) em matéria educacional o que lança o país a 84º lugar no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Essa situação condena milhões de estudantes brasileiros a não aprenderam a ler, escrever, contar e nega o acesso à arte, cultura e impede uma melhora de vida.

Esse é o resultado mais cruel da continuidade da aplicação de uma política educacional sustentada no tripé da meritocracia, privatização e precarização, tratando a educação

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como uma mercadoria e não como um direito social.

Piso salarial

Em 2008 foi aprovada a lei 11.738 que estabeleceu o Piso Salarial Nacional aos professores e também estabeleceu que a jornada de trabalho docente reservasse no mínimo 1/3 para atividade extraclasse. Passados 5 anos estados e municípios não cumprem a lei de forma integral ou parcial. Mesmo sendo o Piso Nacional aprovado muito inferior as reais necessidades do magistério. Além disso, governos e prefeituras se articula para mudar a forma do reajuste do Piso, para que seja feito pelo INPC e não pela variação do FUNDEB. Para 2014 o previsto é um reajuste de 19% e os governadores estão propondo alterar a regra, o que reduziria o reajuste para 7,7%. Uma vergonha o desrespeito destes governantes à educação.

Quanto a aplicação da jornada de trabalho e garantia de no mínimo 1/3 ser de aula-atividade , aí que a situação é ainda pior: Vários estados e municípios tem alterado a jornada de trabalho para camuflar a aplicação da lei. O governo federal deveria criar mecanismos para obrigar estados e municípios a cumprirem a lei.

Outro grande problema é não estabelecer o Piso Nacional aos Funcionários de escola, que não são tratados como trabalhadores em educação. Combinado as terceirizações faz que seja o setor mais atacado e desrespeitado na educação.

PNE

Em 2001, ainda sob o governo de FHC foi aprovado o Plano Nacional de Diante do caos que são as escolas da rede,Educação, que estabeleceu as metas daquele decênio. Além das metas educacionais como a erradicação

do analfabetismo, fim da evasão escolar, ampliar o tempo médio de escolaridade se estabeleceu um grande debate nacional sobre o financiamento da educação.

Os movimentos sociais lutaram pela aprovação de vincular 10% do PIB para a educação pública. Naquele momento foi aprovada no congresso nacional a vinculação de 7% do PIB. O presidente FHC vetou.

Nos 8 anos de governo Lula e mais 2 anos de governo Dilma, mantém-se o veto aos 7% do PIB para a educação com investimento em média de 5%.

Desde 2011 se faz necessário aprovar o novo Plano Nacional de Educação e se repete o mesmo debate de 2001, só que desta vez o PNE proposto pelo governo se concentrou em 20 metas, que além de limitadas, preserva as políticas privatizantes que foram a marca dos últimos 10 anos.

Entre as metas, se estipula a universalização do atendimento escolar a crianças de 4 e 5 anos até 2016 e 50% do atendimento das crianças de 0 a 3 anos até o fim do período de vigência do PNE, ou seja em 2021.

Após 10 anos de governo do PT a proposta é que esperemos mais 08 anos para metade das crianças terem acesso às creches e mais 3 anos para a pré-escola; a universalização do ensino fundamental de 9 anos entre crianças e adolescentes de 6 a 14 anos e que toda criança esteja plenamente alfabetizada aos 8 anos de idade. Porém na ultima avaliação publicada, no início de 2013 constatou que apenas 56,1% dos estudantes avaliados aprenderam o que era esperado em leitura e 42,8% em matemática.

A universalização do atendimento dos jovens de 15 a 17 anos até 2016 e aumento para 85% da taxa líquida de matrícula no Ensino Médio fica para o fim da vigência do Plano, ou seja em 2021.

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Em relação ao financiamento, temos até o momento a aplicação de 4,3% do PIB em 2010, 5% em 2011 e um debate interminável sobre os valores que contaram no PNE. Foi aprovado pelo congresso nacional o valor de 10% do PIB para a educação.

Nota-se que essa aprovação não garante que o dinheiro investido vá para a educação pública, pois as metas do PNE reafirmam a necessidade dos programas educacionais privatistas, como o Prouni e o Pronatec além da política de escola integral ser apoiada em oficinas privadas.

Mesmo assim o governo resiste a aprovar a vinculação dos 10% do PIB, para poder manter seus compromissos com o capital internacional.

Para elevar o valor destinado à educação, após as manifestações de junho, o congresso aprovou que 75% dos royalties do petróleo para educação e 50% do fundo social do pré-sal. Muita propaganda e pouca efetividade, pois em 2013 os royalties representam 0,2% do PIB e em 2021, auge da exploração do pré-sal esse valor pode atingir 0,6% do PIB, segundo a auditoria cidadã da dívida.

Ao mesmo tempo, o orçamento da união para 2014 prevê mais de 1 trilhão de reais para pagamentos de juros e amortizações da dívidas (44% do orçamento) e apenas 3,14% para a educação. Combinado a isso, o leilão de libra privatizou a maior parte dos recursos naturais entregando uma bacia de petróleo que vale ao menos R$ 1 trilhão de dólares por apenas 15 bilhões de reais. É a entrega da soberania nacional.

Diante do aprofundamento das políticas neoliberais na educação brasileira o VIII Congresso do SIMPERE resolve desenvolver uma campanha nacional em defesa da Escola Pública Gratuita e de Qualidade exigindo;

1) 10% do PIB para educação pública já!

2) Contra a Proposta privatista do PNE do governo

3) Contra o Plano de Desenvolvimento da Educação (abaixo a Lei 6094/07);

4) Pelo Fim da Meritocracia! Trabalho Igual, Direitos Iguais;

5) Contras as terceirizações e a precarização do trabalho nas escolas;

6) Contra a Privatização da Educação! Abaixo o Prouni e Pronatec! Por vagas públicas para todos/as nas universidades Públicas e Escolas Técnicas Públicas. Fim do Vestibular!

7) Redução do número de alunos por sala!

8) Creche para todos/a que precisem! Creches nos locais de trabalho!

9) Imediata aplicação do Piso Salarial Nacional no início da carreira, rumo ao Piso do DIEESE!

10) Imediata aplicação de 1/3 de aula-atividade, rumo aos 50%!

11) Por um Piso Salarial Nacional aos funcionários de escola!

12) Em defesa da Escola Pública, Gratuita e de Qualidade, para todos/as e em todos os níveis!

EDUCAÇÃO NA REDE MUNICIPAL DO RECIFE

No Recife duas organizações gerenciam tanto a política para a educação como a formação docente. Temos o Instituto Qualidade de Ensino – IQE, a Fundação Airton Senna e outros programas gerenciados por organizações da mesma natureza.

Esses programas estão fundamentados em instrumentos legais, porém sua execução está de acordo com a lógica do mercado, partem do princípio que o professor não sabe nada, desconhecem a realidade local,

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não respeitam a diversidade cultural e muito menos o compromisso social que a educação pública deveria assumir diante da sociedade.

A prefeitura de Geraldo Júlio na educação aprofunda os projetos privatizantes iniciado em governos anteriores. Esses projetos levam uma parte considerável de verbas para formação, enquanto elaborações feitas por professores da rede que trabalham no CAP estão abandonadas.

A estrutura física das escolas da rede Municipal do Recife é lastimável. Herança de governos de direita que o PT não deu atenção e as promessas de reestruturação feitas pelo PSB de Geraldo Júlio, até agora, não saíram do papel, enquanto viadutos, corredores e avenidas seguem de vento em popa para atender ao “espetáculo” da Copa. Só esse ano em três escolas o telhado desabou, colocando em risco a vida dos estudantes, professores e funcionários.

Também mantém a terceirização da merenda com baixa qualidade nutritiva, e pouca quantidade, enquanto as empresas do setor faturam com a péssima qualidade oferecida aos estudantes.

Desde 2005 que a prefeitura não utiliza os 25% do orçamento em educação. Em entrevista, o Secretário Valmar disse que este ano (2013) passaria dos 25%. Porém as creches passaram quase o ano todo sem o básico como fraldas descartáveis e material de limpeza. Fardamento e Kit aluno não chegaram em grande parte das escolas, além do tradicional atraso nas cadernetas, que diga-se de passagem, são superburocráticas e não dão nenhum suporte pedagógico para o trabalho dos professores.

Ao invés de resolver os problemas da educação, a Secretaria de Educação quer implementar escolas integrais, diante do caos que são as escolas da rede que não comporta sequer os estudantes que nela estudam

atualmente, com ausência de bibliotecas, quadras, banheiros com chuveiros.

No que se refere à Lei do Piso Salarial, Geraldo Júlio utiliza os mesmos argumentos de seus antecessores João da Costa e João Paulo, que paga o Piso proporcional à carga horária, uma manobra, pois Piso é o menor salário pago para inicio de carreira.

Mas este primeiro ano de Geraldo Júlio vai ficar marcado por atitudes antidemocráticas e de ataque à educação. Uma que merece destaque foi a transferência das escolas profissionalizantes para a recém-criada “Secretaria de Juventude e Qualificação Profissional”, uma secretaria criada para abrigar os projetos eleitoreiros da Senhora Marília Arraes que sequer tem verba própria e é mantida com verbas da Secretaria de Educação. É preciso, em articulação com as comunidades darmos continuidade às lutas para revertermos esse quadro, pois a intenção do governo é privatizar esse setor via Sistema S ( SESC , SESI e SENAI).

Outro ataque foi em relação as eleições para diretores de escolas. E que até o fechamento dessa tese ainda estava em curso. O prefeito Geraldo Júlio e o Secretário de Educação Valmar, tentaram dar um golpe na categoria, enviando para a Câmara de Vereadores um projeto de lei modificando as eleições para diretores de escola sem discutir com sindicato, nem com o Conselho Municipal de Educação. Esse projeto trazia uma série de retrocessos na, já limitada, lei para eleições que temos hoje na rede: instituía uma avaliação para poder ser candidato. O vice não entraria na chapa e ficaria de escolha do diretor eleito, entre outras coisas. Mas, os diretores rebelados foram junto com o SIMPERE à câmara e depois de muita pressão o projeto foi retirado de pauta, uma

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verdadeira derrota para o prefeito. Porém ele ainda tenta dar o último suspiro fazendo concessões aqui e acolá, e até o momento não sabemos se as eleições ocorrerão este ano. O mais grave é que as creches, CEMEIs e UTECs, mais uma vez ficaram de fora. Essa era a principal alteração reivindicada pela categoria e pela comunidade escolar e a Prefeitura de Geraldo Júlio e o Secretário de Educação Valmar simplesmente desprezaram.

Esse congresso deve servir para armar a categoria, pois os projetos dessa prefeitura para a educação segue a mesma linha de Eduardo Campos, e caberá a nossa categoria organizada no seu sindicato barrar qualquer projeto que venha a destruir a educação no Recife

Diante disso defendemos:-Aplicação dos 25% do

orçamento do Município na Educação;-Piso salarial a partir do GM I

com repercussão na tabela salarial;-Eleições diretas e livres para

escolas, creches, CEMEIs, UTECs e Escolas Profissionalizantes;

-Volta das Escolas Profissionalizantes para Secretaria de Educação

-Reestruturação das escolas, creches CEMEIs sob controle da comunidade escolar/ Mais verbas para manutenção de todas as Unidades Educacionais

-Fim da terceirização da merenda- Escola de ensino integral com

toda infraestrutura física e humana para o trabalho pleno com o estudante.

BALANÇO POLÍTICO DO

SIMPERE

Para fazermos um balanço da nossa atuação no sindicato é necessário resgatar os desafios que estavam colocados para nós desde as eleições sindicais e do início do nosso mandato.

Foram três anos de abandono de uma direção que além de ser atrelada à prefeitura, não respeitava a categoria nem os fóruns de deliberação, fazia mal uso das finanças do sindicato e não mantinha o mínimo respeito com a base e nem mesmo entre a própria direção, com uma ruptura que expôs os professores e professoras a cenas de ataques mútuos, desprezando o debate político.

Assim a chapa da CSP-CONLUTAS se apresentou como alternativa de luta. A categoria participou das eleições e deu vitória a nossa chapa.

Mesmo após serem derrotados nas eleições, um setor da antiga direção fez um Congresso no último mês de gestão, numa atitude de total desrespeito com a base que tinha acabado optar por colocar de volta à frente do sindicato, a chapa da CSP-CONLUTAS. Foi uma atitude desesperada com puro intuito de prejudicar a CSP-CONLUTAS, central essa que a categoria acabara de legitimar com nossa eleição para o SIMPERE.

Iniciamos nosso mandato dando continuidade à campanha iniciada no processo eleitoral pelos 10% do PIB já para educação pública.

Elegemos os novos delegados de base, com uma política de formação que fortalece a análise de conjuntura, além de ter uma escuta da base mais próxima da realidade através desse setor, que encontrava politicamente esvaziado.

As aposentadas e aposentados da categoria estão participando cada vez mais das atividades da categoria, graças ao trabalho que tem sido feito junto à secretaria de aposentados do sindicato, com reuniões semanais, participação em marchas, em encontros nacionais e encontros de aposentados.

A Secretaria de Combate às Opressões também ganhou vida.

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Fizemos um encontro LGBT e participamos com três representantes da base e um da direção no Encontro Nacional LGBT da CSP-CONLUTAS. Um importante passo para o combate à homofobia na categoria. Também avançamos muito na discussão de gênero na categoria com o I Encontro de Mulheres do SIMPERE, um encontro vitorioso que tirou a delegação do SIMPERE para o Encontro Nacional de Mulheres do MML (Movimento Mulheres em Luta) ligado à CSP-CONLUTAS. Esse encontro foi um marco no SIMPERE e esperamos a partir desse encontro fortalecer a luta das mulheres em Recife com independência dos programas da prefeitura que debatem o tema, mas na prática contribuem com a opressão da mulher quando não garantem creches, nem investimentos no combate à violência contra as mulheres.

Concluímos o trabalho de reformulação do PCCR (Plano de Cargos Carreira e Remuneração). Essa reformulação se adequa a Lei do Piso, coloca as aulas atividades e garante a chamada de 30% das cadeiras vagas para acréscimo de carga-horária a cada ano, além de outros avanços. Também impede que as progressões sejam vinculadas a avaliação de desempenho e reivindica a atualização dos percentuais de gratificação por titulação. Sabemos que precisaremos lutar muito para que o novo PCCR seja votado e não mediremos esforços para que junto com a categoria alcancemos essa importante vitória.

O SIMPERE e a CSP-CONLUTAS são referências de luta. Apoiamos e participamos da luta dos estudantes pelo Passe Livre, nas ruas e com a ocupação da Câmara de vereadores. Também apoiamos a luta dos rodoviários na sua greve contra a patronal.

O SIMPERE tem apoiado a luta das ADIs que fizeram uma greve heroica e mesmo sofrendo a retaliação da prefeitura com desconto de greve e corte do vale refeição, além de enfrentar a omissão criminosa do seu sindicato, seguem lutando pelos seus direitos.

Tivemos uma vitória política em relação à aula atividade que é exemplo para muitos sindicatos ligados à educação. Que mesmo com uma liminar ganha pelo SIMPERE e que Geraldo Júlio através de seus juízes conseguiu suspender, conseguimos, através de uma comissão paritária, estabelecer critérios para que a aula atividade seja aplicada com redução da jornada do professor com aluno e implementação de aulas de educação física, música e artes, enriquecendo o currículo da rede municipal há décadas defasado. Entretanto, não estamos iludidos, precisamos nos manter atentos e mobilizados, caso a prefeitura não cumpra com o que foi acordado.

Estamos atuando no Conselho de entidades da CNTE e graças a essa atuação fizemos com que a CNTE se posicionasse sobre a portaria 344 do MEC que eleva o reajuste de 2012 do Piso a 16%. Essa portaria foi muito debatida com os delegados de base e com a categoria e resultou na chamada de outros sindicatos a essa luta.

Participamos da Greve Nacional pelo Piso, e abril de 2012 e de 2013, com uma adesão massiva da categoria.

Hoje o SIMPERE é referência de muitos lutadores em nível municipal, estadual e até nacional, pois somos independentes da prefeitura e respeitamos as diferenças através do respeito e do debate político.

Precisamos melhorar nossa atuação nas mobilizações, pois algumas escolas sentem falta do sindicato nas visitas em um turno ou outro, isso se dá, porque a maioria da direção trabalha em outras redes e não pode

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visitar a escola em determinado turno. Precisamos corrigir esse problema com um melhor planejamento e rodízio de turnos entre os diretores do SIMPERE, ao mesmo tempo envolvendo mais a base na divulgação, discussão e implementação das atividades.

No que diz respeito à auditoria que aprovamos sobre as contas de 2011 da última gestão e que ainda não demos o retorno à categoria, ocorreu que a mesma e ainda está em andamento, porque demandou um trabalho além do esperado junto ao escritório contábil. Portanto, assim que estiver finalizado, estaremos apresentando os resultados para apreciação e deliberação da categoria.

Nossas assembleias priorizaram as lutas da categoria e tivemos importantes vitórias políticas e referentes ao dia a dia dos professores e professoras, no entanto, embora o nosso conselho fiscal, com membros eleitos pela base, esteja funcionando bem, não conseguimos apresentar as contas do sindicato este ano.

Neste sentido, fazemos uma autocrítica, pois sabemos que esse é um importante instrumento de controle da categoria sobre a direção do sindicato. O SIMPERE encontra-se com as finanças sadias, estamos apresentando neste Congresso uma documentação que comprova isso e assumimos o compromisso de apresentar nossa prestação de contas para discussão e aprovação na primeira assembleia de 2014.

Queremos agradecer por todos os momentos nos quais o conjunto da categoria esteve conosco ao longo desses dois últimos anos, seja nas situações de luta, seja nas circunstâncias de celebração, como nas festas – o fundamental é que essa relação se estreite cada vez mais para que possamos corrigir nossos erros e avançarmos na organização que será

crucial para os desafios colocados para o próximo período.

PLANO DE LUTAS

1. SOLIDARIEDADE A TODOS OS POVOS EM LUTA! EM DEFESA DO MOVIMENTO DE RESISTÊNCIA DO POVO SÍRIO!

2. FIM DA POLÍTICA ECONÔMICA DO GOVERNO DILMA QUE DESTINA 50% DO PIB PARA PAGAMENTO DOS JUROS DA DÍVIDA!

3. NÃO A POLÍTICA DOS ROYALTIES COMO FORMA DE FINANCIAMENTO PARA EDUCAÇAÕ E SAÚDE PÚBLICA!

4. FIM DOS LEILÕES DAS RESERVAS DE PETRÓLEO! PETROBRÁS 100% ESTATAL!

5. 10% DO PIB PARA EDUCAÇAÕ PÚBLICA JÁ! A EDUCAÇÃO PÚBLICA NÃO PODE ESPERAR PARA 2023!

6. POR UM PNE CONSTRUIDO PELOS TRABALHADORES. NÃO AO PNE DO GOVERNO QUE PRIVATIZA A EDUCAÇÃO PÚBLICA!

7. PELA MANUTENÇAÕ DO CUSTO/ALUNO COMO REAJUSTE DO PISO NACIONAL!

8. FORTALECER O MML(MOVIMENTO DE MULHERES EM LUTA) E O QUILOMBO RAÇA E CLASSE NAS INSTANCIA DO SIMPERE NA ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS DE COMBATE A OPRESSÃO E AO MACHISMO.

9. CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA, TRANSFOBIA, E LESBOFOBIA E IMADIATA APROVAÇÃO DO PLC122/06 COM O TEXTO ORIGINAL!

10. POR UM SISTEMA EDUCACIONAL PÚBLICO QUE CONTEMPLE A SEXUALIDADEDE HUMANA EM TODA SUA

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DIVERSIDADE, E QUE GARANTA O LIVRE E SEGURO DESENVOLVIMENTO DA SEXUALIDADE.

11. NÃO A LEI DO NASCITURO (CONHECIDA COMO BOLSA ESTUPRO)

12. APLICAÇÃO E AMPLIAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA. MAIS VERBAS PARA O COMBATE À VIOLÊNCIA!

13. PELA MANUTENÇÃO DO SIMPERE FILIADO A CSP CONLUTAS!

14. PELO FORTALECIMENTO DOS FÓRUNS DO SIMPERE, COMO AS ASSEMBLEIAS E DELEGADAS(OS) DE BASE

15. CONTRA O PROCESSO DE MUNICIPALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA PROMOVIDA PELO GOVERNO DE EDUARDO CAMPOS!

16. PROGRESSÃO FUNCIONAL POR TEMPO DE TRABALHO E TITULAÇÃO. NÃO A POLÍTICA DE AVALAIAÇÃO POR DESEMPENHO!

17. ELEIÇÕES DIRETAS E DEMOCRÁTICAS NAS ESCOLAS, CRECHES, CEMEIS COM AMPLA PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR.

18. POR UMA ESCOLA INTEGRAL COM PLANO PEDAGÓGICO AMPLAMENTE DISCUTIDO COM A COMUNIDADE ESCOLAR.

19. NÃO AO MODELO DE ESCOLA INTEGRAL EXCLUDENTE DOS GOVERNOS BASEADA NA AVALIAÇÃO POR DESEMPENHO E NA MERITOCRACIA!

20. PELA NÃO IMPLEMENTAÇÃO DOS “PACOTES EDUCACIONAIS” DOS PROGRAMAS PRIVADOS COMO

INSTITUTO AYRTON SENNA(ACELERA, SE LIGA), IQE.

21. VALORIZAÇÃO DOS PROJETOS PEDAGÓGICOS ELABORADOS PELAS PROFESSORAS E PROFESSORES DA REDE!

22. EXIGIR IMEDIATO PLANO DE ESTRUTURAÇÃO DAS ESCOLAS DO GOVERNO GERALDO JULIO.

23. PELO FIM DAS TERCEIRIZAÇÕES NO SERVIÇO PÚBLICO. CONCURSO PARA MERENDEIRAS E SERVIÇOS GERAIS.

24. PELA ABERTURA IMEDIATA DE NOVOS CREDENCIAMENTOS AO SAÚDE RECIFE, PELA AMPLIAÇÃO DA REDE CREDENCIADA E PELO FIM DA COPARTICIPAÇÃO!

25. PELA IMADIATA APLICAÇÃO DO ACRÉSCIMO DE CARGA HORÁRIA!

26. COMBATE AO ASSÉDIO MORAL NOS LOCAIS DE TRABALHO

27. IMPLEMENTAÇÃO DA AULA-ATIVIDADE JÁ!

REFORMA ESTATUTÁRIA

CAPITULO III – DAS INSTÂNCIAS DO SINDICATO

SECÇÃO I – DO CONGRESSO Alterar Art. 9˚- Acrescentar após:

“... nos locais de trabalho”. Por:Art.9° - O congresso é o fórum

máximo de deliberação do sindicato e dele participam os delegados escolhidos pelos profissionais de ensino da categoria nos locais de trabalho, exceto os(as) aposentados(as) que deverão ser eleitos(as) em uma assembleia específica. Não será permitida a criação do delegado nato, sendo assim todos devem ser eleitos pela base da categoria.

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2590259125922593259425952596259725982599260026012602260326042605260626072608260926102611261226132614261526162617261826192620262126222623262426252626262726282629263026312632263326342635263626372638

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Alterar o artigo 12 ˚ - Acrescentar após ..Assembleia Geral da categoria. Ficando:

Art. 12°- A diretoria realizará durante sua gestão, no mínimo um congresso em data e local determinado pela Assembleia Geral da categoria.

§ Único – No caso do Congresso se realizar no último ano de gestão, o mesmo deverá ser realizado com no mínimo 6 ( seis) meses de antecedência das eleições sindicais.

Acrescentar Novo Capítulo, após o fim do capítulo IV

CAPÍTULO V – DOS FUNCIONÁRIOS

Art. 41 - Os funcionários efetivos do SIMPERE serão contratados a partir de seleção pública. A quantidade de funcionários, as suas funções e cargos será precedida e definida por uma assembleia geral da categoria.

Art. 42 - Todos os contratos, inclusive os de assessorias, não deverão extrapolar 60 dias após o fim dos mandatos da diretoria.

Direção do SIMPERE

1. Simone2. Luiza3. Eunice4. Claudia5. Roberto6. Ana Lucia7. Carlos Elias8. Vasti9. Cristina10. Carlinho11. Jobson12. Marcia13. Mariluce14. Sandra15. Dayse16. Guiomar17. Paulo Henrique

18. Eduardo19. Geovane20. Eulina21. George22. Adriana23. Elizama24. Cristina25. Rejane26. Risonilta27. Luciene28. Elizabete29. Teoneide

Professores e Professoras que apoiam essa tese PROFESSORAS (ES) APOSENTADAS (ES)

1. Adelma Araújo Pereira2. Aldinea Maria Silva3. Angélica Maria de Melo4. Ana Maria Cândita5. Arleide Lima Santos6. Rosália Chagas7. Maria da Paz Sales8. Irene Almeida9. Marlene Lins de Sousa

Sarinho10. Maria de Lourdes

Nascimento11. Farailde Gomes da Silva 12. Ilma Maria Cândida dos

Santos13. Eulina Maria Coutinho

da Silva 14. Maria Gonçalves

Macedo Costa15. Landinete Nery dos

Santos16. Bernadete Maria da

Silva17. Maria Dalva de Menezes

Silva18. Vanda Xavier de Paula19. Maria José da Silva

Araújo20. Luciene Feitosa21. Edilza C. Lima22. Maria Suelí Vila Verde

de Aguiar23. Valdira de Souza Melo

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24. Lídia Maria Melo Nogueira

25. Lindinalva Maria de Oliveira

26. Divanir Milet da Silva 27. Luceny Santos28. Eliete Sebastião29. Rosamil Priston de

Santana30. Maria Lúcia Azevedo31. Raquel Simões

Gonçalves32. Benício Inácio da Silva33. Robélia Maria Veras34. Maria José Gomes da

Cunha35. Dilma Calheiros Lins36. Erisdulce de França

Santos37. Valéria Maria Gomes

Rios38. Maria das Graças C.

Pessoa39. Lecí Almeida de

Oliveira40. Jailton Pereira dos

Santos41. Esmeralda Cristina M.

Lins42. Susana Xavier de Lima43. Ednardina Ramos dos

Santos

Professores e Professoras que apoiam a nossa tese no VIII Congresso do SIMPERE -

PROFESSORAS (ES) ATIVAS (OS)

NOMEAndréa de S. FerreiraE.M. Severina LiraJosefa Valéria Ferreira GomesE.M. Severina LiraAna O. BarbosaE.M. Severina LiraLuciana Lopes Peres SilvaE.M. Severina LiraIrlenes AlvesE.M. Severina Lira

Yolanda OliveiraE.M. Dom Hélder CâmaraLiziane F. MouraE.M. Dom Hélder CâmaraLiliane C. de VasconcelosE.M. Dom Hélder CâmaraMargarida Maria Souza MeloE.M. Dom Hélder CâmaraDeborah Rossana A. RodriguesE.M. Dom Hélder CâmaraAltanéia Figueirêdo Costa E.M. Dom Hélder CâmaraSimony AlbuquerqueE.M. Diácono Abel GueirosKarla R. M. EspíndolaE.M. Jardim ProgressoSilvia Wanderley dos SantosE.M. Nilo PereiraMaria de Fátima Tavares AlvesE.M. Nilo PereiraNúbia de Albuquerque FreireE.M. Nilo PereiraVanda Maria AlmeidaE.M. Nilo PereiraDaiana PereiraE.M. Nilo PereiraAlison Fagner de S. e SilvaE.M. Nilo PereiraEnalva Trindade da Silva E.M. Nilo PereiraCaio Dias TavaresE.M. Nilo PereiraFabiana AndradeE.M. Nilo PereiraAdecilda MendonçaE.M. Nilo PereiraAna Lúcia FrazãoE.M. Nilo PereiraRoseli Nogueira dos SantosE.M. Nilo PereiraFernanda Gomes E.M. Nilo PereiraNathália dos Santos BezerraE.M. Nilo PereiraIzabella Rosa PessoaE.M. Nilo PereiraVera Lúcia Vasconcelos E.M. Nilo PereiraKarla R. EspíndolaE.M. Alto Jardim Progresso

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Elizabete Amaral da SilvaE.M. Alto Jardim ProgressoJosemir Pedro da SilvaE.M. Alto Jardim ProgressoMarcília Campos AraújoE.M. Alto Jardim ProgressoReginalda Maria de AraújoE.M. Alto Jardim ProgressoVerônica de Fátima da CostaE.M. Alto Jardim ProgressoDaniele Carla AraújoE.M. Alto Jardim ProgressoLucycleide Ribeiro MouraE.M. Alto Jardim ProgressoLuíza LiraE.M. Alto Jardim ProgressoRejane Ferreira de AraújoE.M. Alto Jardim ProgressoRosângela de Castro RodriguesE.M. Alto Jardim ProgressoRaimundo Bispo de SouzaE.M. Dom BoscoGrace Cristine BatistaE.M. Dom BoscoFrancisca Maria da SilvaE.M. de TejipióElizângela Fernandes dos SantosE.M. de TejipióJosé Carlos Paes BezerraE.M. de TejipióOswaldo de Albuquerque NetoE.M. Antônio Farias FilhoRonald SantanaE.M. Moacir ColaçoAuxiliadora RodriguesRosa CavalcantiE.M. Darcy Ribeiro/IputingaShyrlane Maria dos SantosE.M. da IputingaFábio C. OliveiraE.M. Nilo Pereira/IputingaLuiz BorbaRicardo Tibúrcio E.M. Cícero Franklin CordeiroAna Lúcia Gomes E.M. Poeta Joaquim CardozoWalderlane Cardoso JustinoE.M. Sociólogo Gilberto FreireGiselle SilvaCMEI Ana Rosa

Roseane BurgosCFEDPFManuel R.S.E.M. Costa PortoNayara Silva E.M. TejipióRoberta de Paula SantosE.M. João XXIIIGisélia SoteroFrancisco AlexandrinoE.M. Poeta Joaquim CardosoMaria José Barbosa de LimaProfissionalizante Sampaio

LucenaAmenahyde Ribeiro Cordeiro

FilhoE.M.Cristiano CordeiroAlbani Gomes da SilvaE.M. Cristiano CordeiroCicleide Maria da SilvaE.M. Alto Jardim ProgressoAna Lúcia MonteiroE.M. Alto Jardim ProgressoMaria Luiza Anselmo da SilvaE.M. Professor José da Costa

PortoTania Maria Matos de AndradeE.M. Pintor Lula Cardoso AiresEglantine Falcão DiasE.M. Vila OperáriaRosemary Lins Wanderley de

BarrosCreche Senador Paulo GuerraMaria Gorete de OliveiraE.M. Nossa Senhora da PenhaJucelino Lima do EgitoE.M. Olindina MonteiroRosemary Barbosa de AraújoE.M. Jardim MauriceiaPatrícia Maria Alves de AssisE.M. Levino FerreiraAna Cristina CavalcantiE.M. Levino FerreiraMônica Fernanda Marques dos

SantosE.M. Júlio VicenteAna Elizabete Cavalcanti EstevãoE.M. Levino FerreiraMaria do Carmo SantosE.M. Abel Gueiros

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Rubervalda Silva de Souza E.M. Arquiteto Alexandre MunizBenedita Melo da Silva E.M. Boa EsperançaMaria Elizabete Bezerra da SilvaE.M. Vila OperáriaSandra Regina da Silva

RodriguesE.M. Ibura de BaixoElizete Gonçalves de Souza

Pereira E.M. Vila OperáriaArinete Santos dos Prazeres

CunhaE.M. Vila OperáriaElizabete Meira Cavalcanti dos

SantosE.M. José Múcio Monteiro FilhoAna Valéria da Silva Alves E.M. Professor José LourençoLaudicéia Oliveira Barros E.M. Professor José LourençoJanete de SouzaE.M. Padre Antônio HenriqueGilmara da Silva MeloE.M. Serra da PrataMarta Lúcia dos SantosE.M. Cristiano CordeiroAlcineide Carneiro da SilvaE.M. HenfilGeovana Layne Barreto LinsE.M. Olindina Monteiro Osmar Estanislau Batista da Silva E.M. da Iputinga

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A LUTA CONTINUA PELA BASE- COLETIVO DA CUT-PE

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO AO VIII CONGRESSO DO

SIMPERE

1- CONJUNTURA:Conjuntura Nacional

A globalização nas relações econômicas fez aumentar a repercussão da crise internacional na economia brasileira, provocando sua desaceleração e, consequentemente, o crescimento pífio do PIB que em 2012 registrou uma subida de 0,9%. Os problemas resultantes de baixo crescimento econômico são amenizados no Brasil, graças às políticas públicas de valorização do trabalho (com aumento real da renda do trabalho), de combate à miséria, patrocinada pelo Governo Federal, com distribuição de renda através de uma série de programas sociais, como o Bolsa Família, o PRONAF, o crescimento real da renda do trabalho, etc., bem como, pela redução da taxa de juros (em 2012) e dos investimentos em infraestrutura através do PAC.

Com essas iniciativas, apesar do baixo crescimento da economia, e do recuo da indústria, a renda do trabalho continua em alta, alimentando o consumo doméstico e mantendo um crescimento constante do nível de emprego no país, na contramão da realidade na Zona do Euro e nos EE UU. Essa pujança e robustez da economia, associada às políticas de distribuição de renda, tem melhorado sensivelmente os índices sociais do Brasil, com a diminuição da desigualdade social ao menor patamar desde os anos 1960. A população abaixo da linha da pobreza despencou de 24,4% em 2003 para 10,2% em 2011. Vivemos no chamado pleno emprego, com a menor taxa de

desemprego (5,3%) desde que o IBGE iniciou esse tipo de pesquisa mais abrangente em 1993. Esse novo ciclo de desenvolvimento econômico iniciado no Brasil em 2003 com a ascensão de um governo de coalisão integrados por partidos da esquerda até a centro-direita vive com contradições internas e disputa de posições. A correlação de forças no Congresso Nacional é desfavorável às forças populares e democráticas ali representadas. A direita neoliberal, embora tendo sofrido um grande esvaziamento político, mantêm forte influência nas elites econômicas, no Poder Judiciário e, sobretudo na mídia burguesa, que dita a agenda da oposição e exerce o papel desta e dos interesses da direita brasileira e do imperialismo. A mídia faz oposição a todas as iniciativas progressistas do governo, seja ela na política externa, saudosa da postura servil frente aos EUA, ou no plano doméstico, adotando um tom ostensivamente ao governo e seus aliados no Parlamento. Assim desenha-se o caminho da oposição para as eleições de 2014. Contra o ciclo de mudanças unem-se o imperialismo e seus aliados locais, as forças conservadoras neoliberais, os rentistas e os monopólios midiáticos, empenhados em acirrar a luta política com obscuros propósitos golpistas. O apoio, com dimensionamento dado pelos grupos midiáticos, aos movimentos de junho com “o Brasil Acordou”, revela o interesse das elites colonizadas pela desestabilização do atual governo.

Apesar dos avanços conquistados nos últimos 10 anos, ainda existem grandes obstáculos a serem superados pelo projeto nacional de desenvolvimento. O governo continua com a orientação macroeconômica conservadora, com metas de superávit fiscal recessivo e com o câmbio flutuante, que com a

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manipulação do câmbio nos EE UU e na EU, aponta para a desindustrialização em curso no Brasil. A indústria de transformação que respondia por 27,2% do PIB, segundo o IBGE, em 2012 esse percentual caiu para 13,3%. Hoje, a produção e exportação de commodities tem sido o motor da economia nacional, o que é preocupante, tendo em vista que historicamente, é a indústria quem alavancou o desenvolvimento das nações. A ascensão da China à condição de primeira potência comercial do planeta, depois que o valor da sua produção industrial superou a dos EE UU, é uma prova disto. O processo de desnacionalização da economia tem avançado de forma preocupante. No ano passado, 296 empresas nacionais foram adquiridas por capitalistas estrangeiros. Em 1011 foram 208 empresas desnacionalizadas e em 2010 foram 175. Essa desnacionalização amplia o passivo externo, as remessas de lucros e dividendos ao exterior e o déficit em conta corrente. As remessas cresceram mais de cinco vezes entre 2004 e 2011, com um acumulado de 404 bilhões de dólares no período. Isso reduziu a taxa de investimento interna e, por consequência, do potencial de crescimento do PIB. A equipe econômica tem negligenciado e esse processo nocivo ao desenvolvimento nacional tem avançado perigosamente. O Brasil é um dos únicos países a não cobrar impostos sobre remessa de lucros e dividendos das transnacionais ao exterior. Os recursos arrecadados poderiam ser direcionados a investimentos em educação e infraestrutura. Além da desindustrialização e da desnacionalização, o relacionamento com o gigante asiático, o dragão chinês, nosso maior parceiro desde 2009, também encerra riscos para a indústria nacional e estimula a reprimarização da

nossa economia , pois é baseada na exportação de produtos primários e importação de industrializados, reproduzindo a divisão internacional do trabalho neocolonial. É preciso adotar uma nova política industrial e aprofundar a medidas de proteção e incentivo às indústrias nacionais.

A ideia de que vivemos numa sociedade pós-industrial ou numa “sociedade do conhecimento” não tem correspondência com a realidade e não se pode negligenciar a relevância de defender, proteger e estimular os setores de tecnologia de ponte, face à concorrência estrangeira e à política de rapinagem imperial. A democratização dos meios de comunicação é outra bandeira que cresce em relevância na medida em que a mídia hegemônica exibe abertamente a sua parcialidade e reacionarismo político, hostilizando os movimentos sociais e assumindo a defesa das ideias da oposição neoliberal e do imperialismo. Não houve avanço na direção das reformas estruturais demandadas pelas forças populares e democráticas e pelos movimentos sociais: reformas política, agrária, tributária, educacional e dos meios de comunicação. A paralização da reforma agrária, uma bandeira histórica dos movimentos sociais e das forças progressistas é frustrante e deve continuar como bandeira de lutas das organizações políticas democráticas e populares. Se um outro mundo é possível como se afirma no Fórum Social Mundial, as forças de esquerda e os movimentos sociais organizados devem intensificar, fortemente, as mobilizações de rua, retomando o protagonismo político hegemônico desses grupos, como objetivo de pautar sua agenda no Congresso Nacional dando uma virada na correlação de forças naquele poder.

2- POLÍTICA EDUCACIONAL:

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A educação realizada nas instituições formais, é um direito garantido pela Constituição Federal de 1988- art.208, mas ainda não é privilégio de nosso país, portanto é necessário participar exigindo políticas públicas que garantam uma educação de qualidade social. As políticas de plantão no país ainda não tem assegurado esse direito, considerando que esse ainda se constitui em campo de disputa entre as diferentes concepções de educação, e de interesse de classe. Sabemos também que é através da educação que se pode definir e construir estrutura propícia para se romper com a exclusão social, possibilitando através desta, o acesso ao mercado de trabalho, o desenvolvimento do senso crítico individual, a criação de novas tecnologias e de instrumento de trabalho para uma atuação mais eficiente e consequentemente o desenvolvimento do país nos seus aspectos econômicos e sociais. Considerando esses aspectos aos quais, a educação permite, detectamos que o acesso à educação oferecida no Brasil é diferenciado, quando consideramos os dados estatísticos nos variados aspectos: renda, etnia, religião. Essa diferença fica mais visível quando comparada com outros países, não só europeus, bem como no bloco dos países da América Latina.

O Brasil vive o dilema de lidar com diversos obstáculos para assegurar à população o mínimo de educação básica. O Brasil é palco de grandes contradições, se por um lado é considerado rico, comparado a diversos outros países subdesenvolvidos, é caracterizado por grandes índices de desigualdades de renda, que reflete entre outros aspectos o educacional. Um dos problemas da realidade educacional brasileira é o acesso à escola, à educação básica, responsável pelos altos índices de analfabetismo

funcional, o abandono por parte dos estudantes que ficam divididos entre frequentar a escola ou atender as exigências do trabalho, na sua maioria ainda crianças, que acabam entrando no mundo do trabalho para contribuir com a renda familiar.

Os estados e municípios com infraestruturas comprometidas acabam por contribuir com outra problemática da educação, a falta de meios para assegurar o acesso e a permanência na escola. O estado se mostra ineficaz em atender as necessidades demandadas para assegurar uma educação pública de qualidade. Neste sentido é notório alguns avanços significativos apontados pela Política Nacional de Educação, a ampliação da bolsa escola, bolsa família, embora reconhecemos seu caráter assistencialista tem contribuído para a permanência de milhares de crianças na escola, o PROUNI, programa que busca corrigir a exclusão de milhares de jovens estudantes da escola pública do acesso a universidade, a ampliação nestes últimos anos de capus universitários públicos e dos IFET, na perspectiva de contemplar um maior número de estudantes em instituições públicas, ainda não atende a grande demanda reprimida neste nível de ensino, o que por si justificaria em parte o FIÉS, ressaltamos que nossa defesa incontestável vai em direção da destinação de recursos públicos para instituições públicas, mas reconhecemos que neste contexto ainda se faz necessário. Como deixar milhares de jovens estudantes fora da continuidade dos seus estudos? As políticas afirmativas de cota aponta nesta direção, o ENEM é outra iniciativa que mexeu por dentro da estrutura do ensino privado, desmascarando-o, sua eficiência e qualidade, hoje os estudantes das escolas públicas concorrem em condições de menor desigualdade, o

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programa da Plataforma Paulo Freire que objetiva trabalhar a formação de professores, inclusive a segunda graduação tem contribuído com os Estados e Municípios para equacionarem as questões referentes a falta de professores em determinadas disciplinas ou melhorar a qualificação profissional de outros, porém é necessário reconhecer a necessidade de aprimoramento, tanto na operacionalização, divulgação, como ampliação dos polos de oferta. Os impactos dos resultados dos sistemas de avaliação ainda não apresenta política de intervenção que contribua com a melhoria da educação brasileira. É inegável o avanço do debate da Educação no Brasil, colocando-a na roda de debate, articulando os entes federados, estados, DF e municípios a discutirem a educação a partir da sua realidade, envolvendo a sociedade brasileira, a participação das proposições com visitas a construção do PNE e dos PEE e PME, culminando com a CONED/2014.

A luta pela garantia dos 10% do PIB para Educação, os recursos do pré-sal 50% e dos royalties 100%, este último já sancionado em Lei pelo Governo Dilma que estabeleceu por força de pressão resultando em 75% par a educação e 25% para saúde foi mais um golpe na educação. A CNTE, junto com suas entidades filiadas se posiciona e levanta como bandeira de luta as mudanças do sistema educacional brasileira, responsabilidade no trato com a educação pública e transparência na gestão de recursos públicos destinados a educação pública.

A CNTE, tem tido participação efetiva em diferentes espaços de forma propositiva em favor da educação pública de qualidade, intervindo e se contrapondo de forma contundente e vigilante mantendo suas bases mobilizadas. Hoje o grande desafio é impedir que mais uma vez os

trabalhadores sejam traídos com um outro projeto da PNE, que tramita no Congresso, desrespeitando a construção coletiva e participativa dos trabalhadores em educação e sociedade.

A educação no Município de Recife tem focado ações voltadas para a melhoria dos indicies do rendimento da aprendizagem, em detrimento de ver a educação escolar como um todo. Neste sentido, o Recife vem lançando mão de iniciativas com propósito de reverter o quadro de resultados insatisfatório do rendimento escolar apontados pelos sistemas de avaliação IDBE, SAEB e SAEP, para isto tem intervindo na questão de Gestão democrática escolar, tornando-o cada vez mais burocrática, um gerenciamento empresarial, desconsiderando o real papel da escola, de proporcionar uma formação integral, calcada nos princípios de uma educação humanizadora, solidária e de construção coletiva, respeitando o tempo e peculiaridades do estudante. Porém o que se coloca para a educação em Recife vai na contramão, a começar pela concepção de educação expressa pela equipe que implementa e administra as políticas educacionais, como se fosse mercadoria, moeda de troca, desrespeitando o direito da sociedade e dos trabalhadores da educação. A tentativa de implantar as escolas de tempo integral, obrigando os estudantes dela fazer parte, é outra grande contradição, pois muitos destes não tem disponibilidade do tempo integral dedicado para a escola, é lamentável que esses senhores/as desconheçam a realidade da população para a qual presta serviço. Além do que, a estrutura das escolas que temos não dão conta de atender esta demanda. A estas faltam: professores, equipamentos, biblioteca, laboratório de informática, além da falta de manutenção da estrutura física, contraditoriamente o governo põe em

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prática projetos que fascina e encanta, não só os estudantes, como os seus familiares, como o “Mais Educação”, quando não assegura uma política de formação continuada para os professores nem de valorização. As políticas educacionais implementadas no Recife, cada vez mais opressivas, tende a refletir no comportamento e nas atitudes do professor, o que torna sua prática pedagógica árida, burocrática. A tecnologia pensada para melhorar o desempenho profissional é utilizada como arma, instrumento de controle que a qualquer momento pode ser detonada, de uma vez que o diálogo entre o homem e a máquina não existe, mas é a máquina que tem o resultado final, não importa em que condições esse trabalho se deu, o que representa esse resultado dentro de uma realidade concreta, o que prevalece são os resultados.

Tentando ainda atrair os jovens estudantes, o governo implanta o programa estudante conectado, distribuindo tabletes para os estudantes do ensino fundamental II, mais uma vez contraditoriamente, sem conhecer a realidade da rede escolar, não basta distribuir instrumentos de última geração, é necessário oferecer condições para o seu uso, de forma adequada, o que não é o caso, pois nossas escolas de maneira geral não estão devidamente equipadas para esse fim, contribuindo dessa forma para os estudantes buscarem outras opções, para interagir com o tablete, muitas vezes distanciando-o do que está sendo vivenciado na sala de aula, favorecendo um clima de tensão na relação professor/aluno. A concepção presente de que a educação deve estar a serviço do mercado está cada vez mais evidenciada perante as ações e prioridades que o governo do Recife vem assumindo com a transferência das escolas de Ensino Profissionalizante para outra secretaria sem se preocupar

as condições para o funcionamento satisfatório, não proporcionando um debate com as comunidades onde estas estão localizadas, bem como com os profissionais devidamente qualificados para atuarem nos cursos oferecidos, um currículo que contemple a formação geral e profissional, são questões que precisam ser vistas como um todo, qualquer falha em um desses aspectos corre o risco de não acontecer satisfatoriamente. A ausência da construção coletiva da política da educação profissional é opção pela qual o governo do Recife aderiu em implantar ações autoritárias e personalistas de governo. Os recortes dados a educação básica, no governo Geraldo Júlio não só nas questões relacionadas aos níveis de ensino e modalidades, como em relação aos trabalhadores em educação buscando dividir as categoria, como acontece com os Técnicos Administrativos e o ADI's, com propotas de implementação de hora extra como complemento de salário e punindo quem ousa fazer greve ,situação essa que tem gerado angústia, insatisfação e abandono e o governo não se posiciona, não apresenta uma proposta de trabalho clara, não responde aos questionamentos desse segmento.

É notório o descaso da valorização dos profissionais da educação, o prazo de validade do concurso público expira a qualquer momento e professores aprovados continuam aguardando nomeação, enquanto atua na rede de ensino na condição de contrato temporário, falta da política de formação continuada para todas as áreas de atuação de forma sistemática, dificuldade de liberação dos profissionais que por iniciativa própria procuram melhorar sua atuação, o que contribuirá significativamente para a melhoria da qualidade social da escola pública e consequentemente para

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os índices do desempenho escolar dos estudantes.

Como podemos observar, essas são alguns desafios postos pela base para o SIMPERE.

3- POLÍTICA SINDICAL

Numa percepção Nacional, os desafios que se apresentam não são menores que os vivenciados dentro do nosso município, trazendo um impacto negativo que alteram as relações de trabalho estabelecidas, retirando direitos já consagrados aos trabalhadores e trabalhadoras desestabilizando dessa forma a correlação de forças existentes entre capital e trabalho. A educação ao lado da saúde e da segurança ainda apresenta-se como áreas onde a atuação sindical deve continuar com uma ação forte e constante por conta do impacto dessas áreas e suas repercussões de forma direta sobre toda a classe trabalhadora.

O antagonismo vivenciado pelos trabalhadores/as em educação no país através da Lei Nacional do Piso do Magistério, promulgada em 2008 (Lei 11.738/08), que ainda não é respeitada por 08 estados brasileiros. E outros 14 estados e diversos municípios, incluindo o Recife, não cumprem integralmente a lei, o que inclui a hora-atividade, que deve representar no mínimo 1/3 da jornada de trabalho do professor, conforme aprovado pelo Supremo Tribunal Federal em 2011. Apenas Acre, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco e Tocantins cumprem a lei na totalidade. Pelo observado a política de valorização do magistério contida na lei do piso é uma meta que continua a ser perseguida por todos/as uma vez que não bastou a aprovação dessa lei, pois os gestores públicos em todas as instancias insistem em não observar os princípios que norteiam essa lei.

A CNTE e a CUT continuam à frente por ampliação dos direitos sociais: encampa a luta não só das mulheres, mas também das minorias, das questões raciais, dos jovens, não apenas com o objetivo de renovar a representatividade sindical, mas também para estabelecer um maior fluxo no atendimento as necessidades desse segmento, priorizando alcançar de forma estratégica no futuro uma educação de qualidade; criando o Coletivo de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis (LGBT); lutando em defesa da segurança e da promoção da saúde dos trabalhadores, com a constituição de comissões internas nos locais de trabalho e no serviço público; incentivando os projetos de prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e à AIDS; além da luta para garantir o financiamento para a toda a educação básica, a obrigatoriedade do ensino dos 04 aos 17 anos, a criação do Coletivo de Igualdade Racial, através da Secretaria de Combate ao Racismo.

O papel das centrais sindicais e principalmente da CUT está sendo muito significativo com a forte tendência de unificação das lutas da classe trabalhadora em todo o país, o que torna os objetivos trabalhistas possíveis de serem alcançados. Como a valorização do salário mínimo, o impedimento da flexibilização da CLT, a garantia do direito ao combate a precarização e a possibilidade do livre direito a organização sendo, portanto necessário defender a ratificação da convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que trata da liberdade de organização sindical; a regulamentação da convenção 151, sobre o direito de organização e negociação dos/as servidores/as públicos; o fim o interdito proibitório com garantia do direito de greve; a implementação do convênio 98 também da OIT sobre negociação

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coletiva com a definição de instrumentos e mecanismos que fortaleçam os processos de negociação; aplicação da convenção 140 que trata da licença remunerada aos trabalhadores/as para estudos e qualificação profissional. Além do fim do fator previdenciário que acarreta prejuízo ao trabalhador no momento da aposentadoria.

Portanto a CUT reafirma suas posições quanto à necessidade de uma ampla reforma do sistema político brasileiro como condição necessária para resolver problemas estruturais da política nacional e para que as forças populares consigam aprofundar as mudanças que são necessárias para fortalecer a democracia e avançar no combate à exclusão e à desigualdade social. Propondo:

Fim do financiamento privado de campanha;

Diminuição do número de assinaturas para projeto de lei de iniciativa popular;

Inclusão de mecanismos para democratizar o Poder Judiciário.

4- BALANÇO DO

SIMPERE:

Durante o período de 2 anos (1 ano ainda no governo João da Costa), vimos a direção do SIMPERE sucumbir à toda política de governo implementada na Educação do Recife, com promessas de melhorias na qualidade de ensino. Entramos de fato na era PSB, e a direção do SIMPERE (PSTU) ainda não mostrou a que veio: A falta de condições de trabalho nas unidades escolares, a não implemnetação do restante do percentual do piso e da aula-atividade, a falta de formação continuada, a tranferência da Educação Profissionalizante para a Secretaria de Juventude, as mudanças na Lei para eleição de Dirigentes, o desrespeito e

anulação política do Conselho Municipal de Educação entre outros fatores não fizeram o Sindicato despertar do seu sono profundo e encaminhar as lutas da categoria. Ao contrário, essa diretoria barrou diversas vezes nossas propostas de luta, inclusive, a greve, que por dois anos consecultivos, permancemos em “estado de greve”. Ainda, não bastando, vendeu por duas vezes a nossa aula-atividade, com 15h em pecúnia e o restante, a ser implementado no 2º semestre do ano vigente, trocado por aulas atividades vivenciadas no 1º semestre pela própria categoria, com ameaças de que teríamos que “repor” aos sábados aquilo que por lei, temos direito. Até as liberações para a copa, oferecidas pelo próprio governo foram computadas. Uma vergonha, para um grupo político, que num passado recente, “espirrou”, propunha a greve. Além disso, esta direção tem descumprindo o estatuto da nossa entidade desde a sua posse: está pagando rios de dinheiro a uma entidade a qual não somos filiados- Conlutas- inclusive, colocando sua placa no prédio de nossa entidade, não respeitando as deliberações congressuais. Afronta o direito de seus filiados, ao não reconhecer as unidades educacionais de gerência para a escolha de seus delegados ao Congresso da categoria, inclusive, passa por cima de orinetações estatutárias quanto ao tempo de filiação como pré condição para votar e ser votado, diminuindo de 90 para 30 dias. Precisamos dar um basta no descaso desta diretoria! Pelo cumprimento do nosso estatuto, já!

5- PLANO DE LUTAS:

O SIMPERE deve lutar por:

Implementação imediata da correção do percentual do Piso;

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Implementação imediata do 1/3 da aula-atividade;

Convocação imediata da lista de espera para o acréscimo de carga horária;

Implementação imediata da redução do número de alunos por turmas, de acordo com a Resolução 14 do CME;

A reintegração do Ensino Profissionalizante à SE;

Retirada das Unidades Educacionais das “casas adaptadas” e realocação das mesmas em estruturas apropriadas;

Calendário de formação continuada para professores regentes, coordenadores pedagógicos e professores de tecnologia. Formação já!

Seleção interna para professores de tecnologia;

Garantia da eleição para dirigentes de acordo com a lei vigente;

Lutar pela manutenção e melhoria do SAÚDE RECIFE, sem co-participação e sem limites para consultas e exames. Por ampliação da rede credenciada;

Lutar por melhorias na Junta Médica, com contratação de mais médicos e atendimento por hora marcada;

Fortalecer a mobilização em Defesa de uma escola pública democrática gratuita e de qualidade social para todos;

Lutar contra terceirização e privatização do ensino básico Público;

Lutar contra a municipalização que está ocorrendo (sem debates, sem uma legislação e sem uma dotação financeira de estruturação da rede existente e sua própria manutenção);

Lutar pela aprovação do PNE; Lutar pela aprovação e

destinação dos 75% dos recursos do Pré-sal para educação principalmente para pagamentos dos Profissionais da educação e da reestruturação da rede física;

Fortalecimento da luta contra o PL 4330;

Luta pelo fim do financiamento privado de campanha;

Luta pela diminuição do número de assinaturas para projeto de lei de iniciativa popular;

Luta pela inclusão de mecanismos para democratizar o Poder Judiciário;

Continuidade da Filiação à CNTE;

Filiação à CUT.

6- ALTERAÇÃO DO ESTATUTO

Acrescentar após Art 11º, Parágrafo Único: Para efeitos de critérios de participação, o candidato a delegado deverá ter, no mínimo, 90 dias de filiação à Entidade;

No Art 28º, acrescentar alínea “e”: Apor a assinatura de um de seus membros em cheques e outros títulos, validando-a juntamente com a assinatura de um dos membros da Secretaria de Finanças;

Na alínea “e” do Art 30º, acrescentar após assinatura, as palavras “de um” e após ...outros títulos, acrescentar “em conjunto com um dos membros da Coordenação Geral”.

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SIMPERE É PRA LUTAROPOSIÇÃO CUTISTA

Nós que defendemos a independência dos trabalhadores e um sindicato forte e de luta, apresentamos nossa tese ao VIII Congresso do SIMPERE, conjunto de ideias, proposições e debates que temos travadoao longo das nossas intervenções nas assembleias, plenárias e atos da nossa categoria. Fazem parte dessa elaboração professores(as) que apoiaram e formaram conosco a Chapa 2 que disputou em 2011 a eleição para direção da nossa entidade. Esperamos, a partir de nossas contribuições, fortalecer a luta da categoria pela manutenção e ampliação de seus direitos, construindo um plano de lutas que barre as políticas de desmonte do serviço público e que se concretize num instrumento de defesa da classe trabalhadora.

Conjuntura Internacional

Os acontecimentos da Síria aprofundam a crise e as formas de dominação do imperialismo. A crise do sistema baseado na propriedade privada dos meios de produção avança com abalos sobre três continentes. Os EUA reconsideram a sua própria política, voltando à intervenção direta, não sem chocar Obama com obstáculos levantados no seu próprio campo.

A OIT anuncia 208 milhões de desempregados em 2014. A sobrevivência do sistema passa pela extensão das guerras e da destruição das conquistas dos direitos arrancadas em quase 200 anos de luta de classes.

Aos sindicatos, às confederações (como a CNTE) e às centrais sindicais (como a CUT) cabe defender o que foi conquistado e recusar, a política de ajuste imposta pelo imperialismo e seus agentes (Governos, FMI, Banco Mundial), mantendo a independência diante dessas instituições e suas armadilhas, ficando fora da governança e dos “consensos”, que como qualquer ação de colaboração de classes, bloqueiam a luta.

A crise atual ressalta o esgotamento do capitalismo, está na ordem do dia o avanço organizado da classe trabalhadora contra o poder dos capitalistas, abrindo caminho ao socialismo expropriador.

Em nosso continente, no Haiti, as massas oprimidas renovam a resistência contra o governo títere de Martelly, sustentado nas tropas de ocupação da ONU. NossoVIII Congressodeve deliberar pela participação do SIMPERE em movimentos nacionais para exigir queo governo Dilma atenda ao Senado haitiano, como se comprometeu o Presidente Mujica do Uruguai, e retire as tropas brasileiras da Minustah. Do mesmo modo, em defesa da soberania e autodeterminação dos povos, é preciso condenar a intervenção na Síria, com ou sem a ONU, decidida pelo mesmo Obama que sustenta a espionagem (NSA/CIA) sobre a presidente, mirando as reservas do pré-sal, uma diferença apenas de grau com a política de guerra e pilhagem pelo mundo.

Conjuntura Nacional

O ano de 2013 foi marcado pelas manifestações de junho. São mais de 10 anos com o PT em governos de coalizão (aliança com partidos burgueses), diante das profundas demandas da maioria oprimida, os trabalhadores, chocam-se com a

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política aplicada e colocam em questão as instituições.

As mobilizações da classe trabalhadora arrancaram uma política de recuperação do salário mínimo (74% real) e a Lei do Piso Nacional do Magistério. Mas a contra-reforma da previdência, o abandono da reforma agrária, a política de superávit primário, a manutenção das Leis de Responsabilidade Fiscal e a das Organizações Sociais (entulhos privatistas de FHC), o Leilão do poço de Libra – área do pré-sal -, além da ocupação do Haiti por mandato da ONU, são verdadeiros atentados contra as expectativas dos trabalhadores.

A juventude e os trabalhadores evidenciam uma crise do regime desde junho. É preciso abrir uma saída positiva para os trabalhadores e para a nação. Em 24 de junho passado Dilma flertou com as “vozes das ruas” anunciando o “plebiscito pela Constituinte especifica para fazer uma reforma política”. Seguiu-se o pânico na burguesia, a contra-ofensiva do PMDB, com o STF e toda a oposição. Dilma recuou em 24h para o “plebiscito da reforma política”. Passados seis meses, o Congresso controlado pelo PMDB pariu uma reles reforma eleitoral. As instituições permanecem; mas as massas se agarraram à bandeira pela Constituinte (73% de apoio no Data Folha 29/06/13).

Entre os “5 pactos” figuram as verbas para a mobilidade urbana, o “Mais Médicos”, os royalties do petróleo para a Educação e a “estabilidade fiscal”, a qual se choca com as demais medidas, pois reafirma a ditadura do superávit primário para pagar a dívida.

A luta em 2013 foi reforçada com a CUT levantando uma pauta de reivindicações junto com outras centrais e indo para a rua em 11 de julho. As mobilizações forçaram o

recuo do PL 4330 da terceirização, mas não impediram o Leilão de Libra.

Cabe ao VIII congresso do SIMPERE, junto a CNTE e as centrais, exigir novos passos do governo Dilma. Por meio de campanhas é preciso tornar público as exigências pelo fim da política de superávit primário (reservar para pagar banqueiros e especuladores), a revogação da Lei de Responsabilidade Fiscal (que privilegia o pagamento das dívidas e bloqueia a valorização salarial dos servidores).Em defesa da nação,o movimento sindical e os movimentos sociais devem exigir a realização da Reforma Agrária (paralisada pelos interesses ruralistas da oposição e da base aliada do governo Dilma); que o Pré-sal seja usado para recuperar os serviços públicos, com uma Petrobras 100% estatal; que a política de valorização do Salário Mínimo avance mais rapidamente. Nosso congresso deve ser contra qualquer “reforma” da Previdência que ataque os direitos dos trabalhadores, deve exigir o Fim do Fator Previdenciário. Deve lutar pela redução da jornada de trabalho para 40h semanais sem reduzir salários; pelo direito de greve, pela Convenção 151 da OIT, que garante negociações entre sindicatos de servidores e governos. A independência e unidade são primordiais na luta nacional. É inaceitável o coro da Força Sindical e da Conlutas com o PMDB contra uma constituinte. Essas entidades combatem a Constituinte apontando-a como “diversionista” e obscurecem o debate com suas posições “contra” o governo Dilma.

Diante da crise é preciso uma profunda reforma do Estado, para varrer o entulho herdado, mudar as instituições para abrir o caminho à realização das aspirações populares de justiça social e soberania nacional. Para isso é necessária uma Assembleia Constituinte Soberana! O SIMPERE,

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junto à nossa Confederação e as centrais sindicais, deve participar do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, organizado pela CUT e o MST, para dar voz ao povo.

É hora de retomar com firmeza a mobilização do povo trabalhador e da juventude por suas legítimas demandas:

• Redução das tarifas de transporte e Passe Livre Estudantil! Nenhum corte nos gastos sociais dos Estados e municípios!

• Fim do superávit fiscal primário que paga a dívida e esmaga os municípios, os Estados e a União!

• Investir a fundo nos serviços públicos de saúde, educação e transporte!

• Desmilitarização das Polícias Militares (PMs)!

• Chega de concessões ao “mercado”, com leilões de petróleo, desonerações da folha de pagamento e privatizações!

• Não às exigências do capital internacional e do agro-negócio, reforma agrária!

• É hora de outra política!

POLÍTICA EDUCACIONAL

A luta pelo Piso Nacional

A Lei do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) segue desrespeitada na maior parte do país em cada um de seus componentes (1/3 da jornada para trabalho extraclasse; reajuste anual; aplicação no início da carreira para professores com nível médio). Aprovada em 2008, só em 2013 o STF define que os governos devem pagar o piso desde 2011 e o Conselho Nacional de Educação

reconhece o 1/3 das jornadas para trabalho extra-classe. O disparate continua! Mas por que?

A situação se agrava com os novos ataques à Lei do PSPN. O orçamento da educação se confronta com a queda de arrecadação, com a política de superávit, com a Lei de Responsabilidade Fiscal e com as desonerações para os patrões concedidas pelo GovernosDilma e Eduardo Campos. Hoje se chega a situações como a da cidade de Goiania (PE), onde houve Greve para a regularização do pagamento dos salários (dividido em quatro parcelas!). Não se trata de uma exceção, as isenções fiscais têm esvaziado o Fundo de Participação dos Municípios.

Desde 2011 os Prefeitos e Governadores agem para limitar os aumentos anuais do piso à variação do INPC, pressionam pela aplicação do PL 3.776/08. Diante dessa realidade a CNTE propôs uma mudança de critério que garantisse aumentos acima da inflação (INPC+50% do Custo Aluno do FUNDEB dos 2 anos anteriores). O Governo Dilma, infelizmente, omite-se sobre a aplicação da Lei Federal 11738/08. E os Governos Eduardo Campos e Geraldo Júlio continuam descumprindo a Lei na sua integralidade - 1/3 da jornada para trabalho extraclasse; reajuste anual; aplicação no início da carreira para professores com nível médio).

As contradições se aprofundam: Como está previsto em Lei, é necessário fazer todos os anos, o reajuste nacional do piso salarial para os profissionais de magistério. De acordo com a determinação criada em 16 de junho de 2008, a porcentagem deverá ter como base a arrecadação do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e ainda considerar o percentual de crescimento do valor para

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cada aluno que está nos anos iniciais de ensino.

No dia 10 de janeiro/2013, foi divulgado pelo MEC, o valor do piso salarial para professores de R$ 1.567,00, baseando-se em 7,97% de reajuste sobre o valor de 2012 – R$ 1.451,00. A portaria 344/2013 revogou o valor do Custo Aluno anterior que passou de R$ 1.867,15 para R$ 2.020,79. O novo valor deve ser a nova base do cálculo para o reajuste do nosso Piso que deve ser imediatamente reajustado em 8,22%, isto é, passar de R$ 1.567,00 para R$ 1.695,80. Vez que a base de cálculo, com o FUNDEB consolidado de 2012, foi aumentada em tal percentual. O novo piso mínimo de R$ 1.695,80 deve ser retroativo a janeiro de 2013. A prefeitura do Recife já recebeu o repasse de R$ 4.367.576,15 por conta da tal portaria, mas o prefeito Geraldo Júlio se nega a reconhecer e a pagar o que nos deve.

Já para 2014 se prevê um aumento do FUNDEB que, segundo o próprio MEC, resultará num reajuste de 19% do piso. Com isso o piso seria R$ 1.864,73 para os professores com Nível Médio, para jornadas de até 40h. À revelia das necessidades da educação pública, os governadores e prefeitos manobram por um reajuste de 7,7% para 2014.

Diante das oscilações da arrecadação, é necessário lutar pela ampliação das fontes de financiamento. É preciso obter um financiamento que parta do Custo Aluno Qualidade inicial (CAQi), garantindo a aplicação da Lei do PSPN e a valorização salarial prevista na Meta 17 do PNE.

CONAEs: cogestão de armadilhas no PNE contra os

trabalhadores e muro de contenção das lutas!

O PNE tramita desde 2010, seu conteúdo e metas têm origens na 1ª

Conferência Nacional de Educação (CONAE). O que é avanço para a educação pública - como a ampliação de investimentos para 10% do PIB, ou a aplicação da Lei do PSPN -, está emperrado; enquanto o que é retrocesso, como o PRONATEC, modelo expandido do ProUni para o Ensino Técnico, está em pleno vapor repassando verbas públicas para setores privados. Corretamente, a CNTE em nota de 2011, afirmou: “não podemos concordar com uma possível extensão do ProUni ao ensino médio profissionalizante, uma vez que compete ao Estado garantir a oferta pública para a universalização das matrículas da pré-escola ao ensino médio”.

Façamos um balanço crítico das CONAEs. Desde a 1ª CONAE a CNTE e as entidades filiadas se embrenham num sem número de fóruns no meio de ONGs, instituições privadas de ensino (também representantes de multinacionais da educação) e autoridades governamentais. Com a 2ª CONAE, nas rodadas regionais e municipais, as distorções se intensificaram na impulsão da participação de “delegados” ligados aos governos, um verdadeiro “vai quem quer”, reforçando que esses fóruns nada têm a ver com democracia, pois os “delegados”, diversamente do que supomos na democracia sindical, prestam contas a seus chefes e não a seus eleitores.

Assim a “sociedade” (onde cabem todos, explorados e exploradores, trabalhadores e patrões, ONGs e associações de moradores) é convidada a opinar sobre um projeto emanado do Ministério da Educação, e as propostas que tiverem “consenso” ou maioria devem ser consideradas. Mas afinal, qual é o consenso possível, por exemplo, com os donos de escolas privadas sobre a defesa da Educação Pública e gratuita para todos? Assim,

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ficamos prisioneiros de fóruns institucionais que “opinam” e adotam “diretrizes” que o governo pode pegar ou largar, o que equivale a neutralizar nossa ação sindical mais incisiva em defesa do que os trabalhadores julgam necessário. Ora, a chamada “sociedade civil”, como sabemos, é uma abstração, a sociedade real é dividida em classes sociais com interesses antagônicos, inclusive, é claro, quando se discute o tema Educação.

Bancos como o Itaú criam ONGs para intervirem na CONAE, para defenderem os seus interesses na Educação, interferindo em assuntos pedagógicos inclusive.

Diante das deformações da CONAE, seria muito mais eficiente e positivo que, uma vez definidas nos congressos e instâncias sindicais as prioridades que a CNTE considera necessário traduzir em reivindicações, que estas fossem dirigidas diretamente aos governos (estadual, municipal e federal) a partir de uma mobilização de nossas bases em sua defesa.

A aplicação da Lei do PSPN , os 10% do PIB para o financiamento da educação pública, a renda do petróleo recuperar os serviços públicos e não para os interesses privados (o que se agrava com os novos leilões de poços), as isenções fiscais, a LRF e o superávit fiscal, não serão resolvidos em CONAES.

O VIII Congresso do SIMPERE deve tomar posição pelo boicote às Avaliações Institucionais (Prova Brasil e similares). As avaliações externas buscam jogar nas costas do trabalhador em Educação a responsabilidade pelas mazelas do sistema público de ensino. Não é por falta de dados que os governos não resolvem os problemas da educação. As provas servem apenas para a retirada de direitos e ampliação da privatização. Nosso congresso deve também assumir o combate contra os convênios privados, inclusive para

formação continuada dos professores, além da defesa do direito a férias e recesso coletivos para todos os trabalhadores da educação.

Dilma deve responsabilizar legalmente prefeitos e governadores que desrespeitam a Lei do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério!

Na Rede pública Municipal de Ensino do Recife observamos a implementação de políticas públicas pensadas em gabinetes, copiadas do governo estadual e praticadas nos governos de João da Costa (PT) e de Geraldo Júlio (PSB). No discurso dos políticos encontramos o “clamor e a defesa da qualidade da educação e da valorização dos educadores” e o que observamos na prática? Aqui, no Recife, vemos uma imposição de uma entidade privada (o IQE) que assumiu a direção da elaboração, formatação e implantação da Política de Formação Continuada para os professores e professoras da Rede.

Segundo consta no seu próprio site, o Instituto Qualidade no Ensino (IQE) é uma associação civil de caráter educacional e de assistência social, sem fins econômicos, criada em 1994 e mantida com o apoio de empresas privadas e parcerias com governos. Sua missão é contribuir para a melhoria do processo do ensino e da aprendizagem nas escolas da rede pública, investindo na formação e valorização do educador e na relação da escola com sua comunidade, promovendo a cidadania. Seu público-alvo são os alunos (crianças, adolescentes e jovens) das escolas públicas do Ensino Básico. O Conselho de Administração dessa Instituição é composto por Mozart Neves Ramos (ex-secretário de educação do Estado de Pernambuco, no governo de Jarbas Vasconcelos). Essa instituição “sem fins econômicos” recebe um montante considerável do Orçamento Municipal do Recife que

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não está divulgado, com transparência, para a sociedade civil, para fazer o que?

Esse modelo desconsidera os profissionais da educação altamente qualificados, com cursos de doutorado, mestrado e especialização em educação nas melhores universidades do país. Não considera os investimentos na formação desses profissionais que se afastaram, com direito à remuneração dos seus salários, para esses cursos, conforme prevê a LDB 9394/96, o Plano Decenal de Educação para Todos (1993-2003) e o nosso PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração), do ano de 2000.

A contratação dessa ONG (IQE) desconsiderou o histórico de formação continuada na Rede, inclusive todo trabalho de formação exitoso realizado com as universidades públicas (UFPE, UPE, UFRPE), e enfrenta muita resistência de uma parcela significativa de professores e professoras. Muitos materiais produzidos (cartilhas e textos) por essa ONG são desprezados nas escolas, sem aceitação da linha pedagógica adotada nesses materiais.

É preciso investigar esse convênio (custo para o Município, os impactos provocados em sua implantação e sua “eficiência” para melhoria da qualidade do ensino na Rede).Para tanto, o SIMPERE deve exigir, imediatamente, a suspensão desse convênio, pela retomada da Formação Continuada dos Professores nos moldes anteriores.

Desde meados da década de 90, o Brasil tem investido fortemente em sistemas de avaliação da qualidade da educação básica. De lá para cá, foram criados exames como o SAEB, a Prova Brasil, o Enem e, mais recentemente, a Provinha Brasil.

Muitos destes exames permitem identificar os resultados por escola, o que divide a opinião dos educadores. Parte deles defende que os testes não são suficientes para avaliar o

aprendizado como um todo e têm o efeito indesejado de induzir as escolas a priorizar disciplinas específicas e limitar o saber, especialmente quando há incentivos financeiros por melhores resultados.

A ideia da bonificação é importada da iniciativa privada. Os reformadores empresariais da educação acreditam que a educação é uma atividade como qualquer outra, passível de ser administrada pelos critérios da iniciativa privada, ou seja, a escola é vista como se fosse igual a uma pequena empresa. Para este pensamento, o problema educacional se resolve com um choque de gestão. Uma empresa vai bem quando os lucros aumentam, e na escola, o equivalente aos lucros são os resultados dos testes. Se eles aumentam, então a escola vai bem, logo seus profissionais merecem um bônus, se as notas não aumentam, então alguém tem que ser responsabilizado, ou seja, demitido - tal como s e fosse uma fábrica de sapatos. Ocorre que não há intercambiabilidade entre a área dos negócios e a área da educação. São lógicas diferentes. No mercado há ganhadores e perdedores e os ganhadores não têm que se preocupar com os perdedores. A educação é um direito de todos e temos que nos responsabilizar pelo avanço de todos. São lógicas incompatíveis. Os testes ganham então uma relevância extraordinária. Há, entretanto, um princípio antigo, de Campbell, que diz que quanto mais um indicador social é usado para controle, mais ele distorce e corrompe o processo social que ele tenta monitorar.

O desempenho educacional do estado de Pernambuco não aponta qualquer salto no desempenho escolar destarede em relação à melhora que vem ocorrendo em nível nacional, segue entre os campeões nacionais do analfabetismo. O Estado era o 8º com mais analfabetos no país em 2010, uma

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posição acima da ocupada em 2006. Além disso, Pernambuco foi um dos que menos reduziu a taxa no período, com desempenho inferior a quase todos os vizinhos. Esta mesma política esta aos poucos sendo transportada para o munícipio.

Política sindical

Aprendemos ao longo do tempo e da história do movimento operário no Brasil, que o sindicato é o instrumento elementar de luta dos trabalhadores pelos seus direitos contra o patrão. Por isso, a diretoria do SIMPERE deve ser independente. Não podemos confundir a ação sindical com os interesses dos governos e parlamentares. Parlamentares que queiram contribuir com as nossas lutas serão bem-vindos, mas não podemos está a serviço de seus interesses particulares. Manter a independência de classe é não misturar os papéis, não abrir mão de defender os interesses dos trabalhadores em detrimento dos interesses de partidos ou do governo.

Para contribuir com essas lutas precisamos , mais do que nunca, colocar na ordem do dia a defesa das organizações construídas há duras penas pelos trabalhadores: o SIMPERE, a CUT, a CNTE. Lutar para que essas entidades mantenham seu caráter classista, independente e de luta. A conquista do Piso Nacional da Educação, luta histórica de mais de 20 anos, que resultou na aprovação da Lei 11.738/ 2008, não teria sido possível sem a força de mobilização da CUT e da CNTE. Precisamos construir a unidade entre os trabalhadores, para juntos barramos os ataques, muitos deles já

anunciados, como as reformas trabalhistas, sindical e previdenciária, a privatização do serviço público e outras mazelas que prejudicam e esmagam a classe trabalhadora.

Defendemos que o SIMPERE filie-se e fortaleça a Central Única dos Trabalhadores (CUT). A CUT, fundada em 1983 a partir de uma onda de greves que se chocou contra a ditadura militar e a estrutura sindical oficial pelega no Brasil, segue sendo a principal organização geral dos trabalhadores brasileiros, dos setores público e privado, do campo e da cidade.

Entretanto, no último período (dez anos de Governos do PT em coalizão), para além das entidades que defendem a estrutura oficial pelega (imposto sindical e unicidade), que continuaram a existir (Força Sindical, Nova Central, UGT, CGTB), setores que estavam na CUT romperam em favor de outras organizações. Assim se formou a Conlutas, a Intersincal, que confundem o papel do sindicato que deve agregar todos os trabalhadores com o de partido político, optaram por serem “oposição ao governo Lula” e racharam com a CUT acusando-a de “chapa branca” (as maiores greves e mobilizações ocorridas no mesmo período foram, entretanto, lideradas pela CUT e suas entidades filiadas, como a própria CNTE). Em 2010 o projeto de unificação da Conlutas com a Intersindical fracassou, após um congresso que se perdeu nas divergências sobre o nome da nova organização, mas que revela a indisposição de fazer a verdadeira unidade da classe, constando a prática divisionista que só interessa ao patrão.

Já a Corrente Sindical Classista (CSC), que havia ingressado na CUT em 1991, diante da legalização das centrais sindicais (lamentavelmente acompanhada da distribuição proporcional de recursos do Imposto

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Sindical para as centrais reconhecidas), decidiu romper com a CUT e formar a CTB em 2007.

Esses rachas dividiram as organizações construídas pelos trabalhadores, a própria CUT em primeiro lugar, em nome de organizações “de combativos” ou “revolucionários”, ou, no caso da CTB, correia de transmissão de um único ponto de vista (no caso o da CSC, ligada ao PCdoB).

Nenhuma das correntes que rompeu com a CUT foi expulsa da Central ou obrigada a sair. Ao contrário, as portas da CUT continuam abertas para todos que nela queiram entrar, pois seus estatutos se definem por regras democráticas e proporcionais de representação.

O divisionismo atrapalha e sabota a luta nacional pela aplicação do Piso. Os setores ligados à Conlutas chamam os defensores da Lei do Piso de “pelegos” e “governistas”. Sempre combateram contra a luta pela aplicação do PSPN, mas hoje acusam a CNTE de abrir mão do reajuste! Dessa forma justificam a convocação de um Encontro Nacional da Educação em 2014 com aqueles que defendem a desfiliação da CUT. A divisão da CNTE está em pauta.

A CNTE deve unificar a luta pelo piso nacionalmente, para evitar a fragmentação que gera disparidades nos combates, que dão espaço para o parcelamento da aplicação da lei e a retirada da questão nas pautas.

É preciso filiar o nosso sindicato a CUT, mantendo-o filiado a CNTE para defender a unidade e a independência de classe e as reivindicações dos trabalhadores em educação.

BALANÇO do SIMPERE

A Campanha Salarial 2013 parece passar despercebida pelo

governo que sequer fez o mínimo esforço para cumprir o pouco que foi “acordado” em mesa. Cláusulas importantes como a abertura para novas adesões no Saúde Recife, aumento no valor dos tickets, o vale transporte em pecúnia, inclusos na pauta geral dos trabalhadores foram ignorados pelo governo. Na setorial da educação, o governo divide a categoria quando atende a reivindicação da aula atividade apenas para o professor II, negando o direito estabelecido em Lei para a maioria da categoria. Até ai, nada de surpreendente, o governo cumpre seu papel como patrão, porém no momento em que a categoria afirmava que a aula atividade não estava à venda, a diretoria do nosso sindicato, eleita com um “discurso de luta”, aceita a proposta rebaixada do governo de um abono provisório, onde o governo propunha pagar 15h/a das 28h/a que temos direito, apenas referente aos meses de agosto/dezembro de 2013, sem retroagir a janeiro como manda a Lei. Por que esse abandono da nossa pauta? Será o medo de enfrentar o governo com uma GREVE? Ou a direção tem outras prioridades, para além de defender os interesses da categoria? Ou as duas coisas? Além disso, segundo a Portaria 344 (24/04/13) estabelece que o percentual em relação ao Custo Aluno 2011 passava a ser de 16%, revelando que os 7,97% pagos como reajuste anual devem ser complementados pelo governo em 8,2%, pois à prefeitura foi repassado valor equivalente ao total do percentual e o governo se nega a pagar o que nos deve. Outra reivindicação não atendida foi a do acréscimo da carga horária, deixando os professores prejudicados, sem o direito de incorporar o total de seus vencimentos no momento da aposentadoria.

Dessa forma, fazemos a crítica a atual direção que não mobiliza a categoria para participar ativamente das

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lutas nacionais e locais, pois priorizam a agenda do partido e da central (PSTU/CONLUTAS) em detrimento dos interesses da categoria. Além de assumir uma relação passiva, de consenso com as propostas rebaixadas apresentadas pelo governo Geraldo Júlio (PSB). Essa acomodação leva a perda de nossos direitos, sem mobilização e ousadia, não há conquistas!

PLANO de LUTAS

- Fim do fator previdenciário, -Redução da jornada de trabalho

para 40 semanais - Combate ao projeto de lei 4330,

da terceirização. -10% do orçamento da união para

a saúde pública; -transporte público e de

qualidade/mobilidade urbana; -valorização das aposentadorias; -reforma agrária -suspensão dos leilões de

petróleo/ aeroportos. Petrobrás 100% estatal.

-Pela imediata retirada das forças da Minustah do Haiti.

-Luta pela revogação da reforma da previdência: aposentadoria por tempo de serviço.

-10% do PIB para educação pública.

-Garantir a independênciae autonomia política do SIMPERE.

-Manutenção da filiação à CNTE – CUT e intensificar a participação do SIMPEREnas atividades promovidas pela Confederação e a participação da base no Conselho Nacional da Entidade (CNE).

-Aplicação integral da Lei do Piso (salário, carreira e aula atividade)

- Manutenção do Custo Aluno Qualidade como critério de reajuste do Piso.

- Vale transporte em pecúnia.- Melhoria do Saúde Recife:

Reabertura das adesões, ampliação da rede credenciada, retirada da coparticipação, desconto só em um contrato para quem tem dois vínculos.

- Desfiliação do SIMPERE da Conlutas e filiação à CUT.

- Fim da terceirização da Merenda.

- Realização de concurso público! Fim dos contratos temporários.

- Implementação do PCCR revisado em 2013.

-Acréscimo de carga horária para todos os professores que acumulam.

-Publicação e cumprimento dasresoluções do Conselho Municipal de Educação (CME), que reduzem a quantidade de alunos por turma e qualifica a proporção adulto/criança.

- Realização de eleições diretas para todas as unidades educacionais da Rede Municipal de Ensino.

- Melhoria do Parque Escolar: Credenciamento das Escolas Municipais ao CME.

- Retorno das escolas profissionalizantes para a Secretaria de Educação.

ESTATUTO

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Assinam esta Tese:Jaqueline Dornelas (Creche

Coelhinho Pensante)Eliane Gonçalves ( Escola Nova

Morada)Socorro Jaeger (Aderbal Galvão)Marcílio Correia ( CAP)Bianca Lima ( Escola Frei Tadeu)Valéria Uchôa ( E I I -= RPA 2)Edivani Souza ( Escola Novo

Mangue)Graça Maurício ( Escola Frei

Tadeu)kiría Dornelas (Escola Monteiro

Lobato)Raquel Gonçalves (Novo

Mangue)Juliana Dionízio (Escola

Municipal dos Coelhos)Aílson Lopes (UTEC Largo do

Luíz)Valdira Alves (Aposentada)

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TESE: RENOVAÇÃO E LUTA.

ANÁLISE DE CONJUNTURA:

CONSTRUIR A UNIDADEE ENFRENTAR A CRISE DO CAPITAL.

Aprofunda-se a crise do capitalismo no mundo e ampliam-se os desafios da classe trabalhadora A situação mundial segue marcada por uma crise sem precedentes do modo de produção capitalista, que se agrava com o desdobramento do fracasso de seu modelo neoliberal. A crise, que teve seu estopim em 2008, nos Estados Unidos (EUA), hoje é apresentada pela mídia como “crise da dívida” de países de União Europeia. A taxa de desemprego média na zona do euro aumentou de 10,9% para 12%, em países como Portugal, Espanha e Grécia, com índices de desemprego de 17,15%, 26,3% e 26,4%, respectivamente, a situação é bem mais crítica. Os EUA vêm perdendo a sua hegemonia política no mundo, com essa crise financeira mundial. Em contrapartida, para tentar manter o seu poder geopolítico, o governo norte-americano vem aumentando os investimentos na área militar. Como prova disso, o país, recentemente, reativou a 4ª Frota militar no Cone sul, ameaçando a paz no Atlântico Sul. Os EUA e seus aliados da OTAN, além disso, para não perder o domínio geopolítico no Norte da África e no Oriente Médio provocam a tensão e estimulam ataques aos governos locais nestes e na Ásia o que resultou na guerra civil na Líbia, na Síria, na intervenção militar francesa no Mali e ameaça agora com um conflito na península Coreana. Essas ações estimulam Israel com a sua política

contra os povos árabes, provocando guerras civis sem respeito à autodeterminação dos povos, um dos direitos fundamentais pregados pela ONU.

A independência de classe dos trabalhadores e a resistência dos povos se expressam em inúmeras manifestações populares e protestos massivos pela democratização nos países árabes, a exemplo dos que aconteceram no Egito e que culminaram na revolução de 2011 que derrubou o regime do ex-presidente Hosni Mubarak. Bem como na retomada dos movimentos grevistas dos trabalhadores na Grécia, Espanha, Portugal, Itália. Além de que, 100 milhões de trabalhadores na Índia, entre outros países, também realizaram manifestações tendo como pano de fundo o questionamento às políticas econômicas adotadas sob a orientação do FMI, do Banco Mundial e do Banco Central Europeu. No Brasil, as extensas mobilizações da juventude levaram às ruas as pautas dos movimentos sociais.

Cresce, portanto a responsabilidade do movimento sindical mundial em defender que os trabalhadores não podem pagar pela crise nem abrir mão de direitos e, muito menos, permitir a adoção de políticas que diminuam ou enfraqueçam o papel do Estado no desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho.

A crise resulta das contradições inerentes ao processo de produção e reprodução da sociedade capitalista. Nós, trabalhadores, não somos culpados por ela. Mas, somos os que mais padecem dos seus dramáticos efeitos sociais, sendo duramente castigados pelo processo de demissões em massa, promovido de maneira arbitrária pelos capitalistas; pela perda da renda e das habitações; A postura adotada por alguns organismos

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internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu, frente à crise da Grécia e, em vários países europeus e asiáticos indicou isso: ajuda financeira condicionada a medidas ortodoxas, redução de salários, corte de aposentadorias e suspensão de investimentos públicos em políticas sociais, além de demissões em massa.

Em todo o mundo, os trabalhadores se manifestam exigindo, declarando, gritando que “não vamos pagar por esta crise”. Infelizmente, em todo o mundo, o que está acontecendo é que os trabalhadores são justamente os que mais pagam pela crise. Relatórios da ONU estimam que mais de 50 milhões de trabalhadores irão perder seu emprego. A mesma ONU que acaba de admitir a existência de mais de um bilhão de famintos. UM BILHÃO! Isso significa que pelo menos um sexto da humanidade vive na miséria. Isso é o que o sistema capitalista conseguiu produzir em duzentos anos de história.

Nesse sentido, há tempos, grupos de países, sobretudo o G20, capitaneado pelo Brasil, clamam por uma nova ordem mundial, pautada na revisão da agenda dos organismos multilaterais e em suas composições, uma vez que o principal vetor da situação política internacional continua sendo a ação do imperialismo norte-americano para dominar o mundo; ainda detentor de posições-chave na economia mundial, o país dispõe de colossal força militar e nuclear, que constituem graves ameaças à segurança e à paz internacionais.

A intensificação das lutas sociais são visíveis em todos os continentes. Despertando nas classes trabalhadoras, nas forças progressistas e no sindicalismo a necessidade de lutar por medidas emergenciais em prol do crescimento, em defesa do emprego, da renda e dos direitos, as turbulências que

perturbam a economia mundial evidenciam o esgotamento do capitalismo neoliberal e a perversidade da ordem imperialista. Colocando na ordem do dia, por consequência, a luta social e política por sua superação, ou seja, por novos modelos de desenvolvimento nacional, alternativos e antagônicos ao neoliberalismo, orientados na direção do socialismo.

CONJUNTURA NACIONAL

A eleição de Dilma apresentou continuidade do projeto iniciado com o governo Lula. Que apesar de ter apresentado avanços nas questões sociais e avançado para livrar o Brasil da dependência externa secular, a sociedade precisa transformar a sua estrutura e assegurar os direitos e serviços para a imensa maioria da população. Muito foi feito no sentido de diminuir as desigualdades sociais: Programas sociais, incentivo à poupança e mercado internos fazem parte do esforço do governo federal para colocar o país no rumo do desenvolvimento, entretanto, isso ainda não foi suficiente para superar a realidade social secular. O conservadorismo do Banco Central em relação à taxa de juros e às metas de inflação, demonstra um grande equívoco na condução da política econômica, baseada em juros altos e na restrição do crédito como formas de controle da inflação e do consumo, como parte da manutenção do tripé: meta de inflação – câmbio flexível – superávit primário. Esta postura neoliberal deve ser combatida pelos trabalhadores. O mercado brasileiro cresceu acima da média mundial, contribuindo com a geração de empregos e a acumulação de mais de US$ 230 bilhões em reservas. É urgente que avancemos para um patamar mais promissor, ou seja, o Brasil precisa e tem condições de

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efetivar um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento com realizações arrojadas, o qual é chamado a suplantar os impasses e deformações resultantes das vicissitudes da sua história política e socioeconômica. A política fiscal contracionista exigida nessa lógica restringe os instrumentos e possibilidades do Estado para aumentar os investimentos e ampliar as políticas sociais. Embora o discurso governamental seja de fortalecimento do mercado interno, as medidas adotadas são contraditórias. É necessário um maior investimento na industrialização do país para fortalecer a soberania nacional, com a valorização do trabalho, melhorando a distribuição de renda e, consequentemente, a qualidade de vida. No campo político, por sua vez, é urgente defender as reformas estruturais – agrária, urbana, educacional, política, tributária e de democratização da mídia. Além disso, ainda na sua relação autônoma e independente com o governo, o sindicalismo e os movimentos sociais necessitam pressionar por mudanças na política macroeconômica, superando o tripé neoliberal que contém o desenvolvimento.

Os conflitos envolvendo a disputa de terras ao longo da história, tendo de um lado pequenos produtores e trabalhadores rurais sem terra e, de outro, o grande latifúndio, evidencia a necessidade de uma ampla reforma agrária no Brasil. Além disso, milhões de pessoas ainda vivem na miséria e passam fome num país que se orgulha de ser um dos maiores exportadores de grãos, carnes e outros gêneros alimentícios do mundo.

A infraestrutura do país está muito aquém das necessidades do escoamento de produção e de atendimento às populações que vivem em áreas mais distantes dos grandes centros. Rodovias, ferrovias, portos e

aeroportos ainda carecem de investimentos mais significativos.

Aumentar a democracia e promover políticas públicas de inclusão produtiva e de acesso aos serviços básicos. Para tanto, faz imperiosa a realização de reformas integrais no sentido de democratizar econômica e socialmente as relações de poder e comunicação, assegurando os direitos sociais consagrados na Constituição de 1988 como dever do Estado, a exemplo da Educação. O acesso à terra, uma justa distribuição de renda e a valorização do trabalho são questões que, também, devem ser abordadas.

POLÍTICA SINDICAL

A Unidade dos Trabalhadores-Trabalhadorase as Centrais Sindicais

A perspectiva da legitimação e da legalização de uma central sindical, que efetivamente representasse os interesses imediatos e históricos dos trabalhadores e das trabalhadoras brasileiras, sempre esteve presente entre os objetivos estratégicos do sindicalismo classista. A luta era para a construção de uma única central, com a perspectiva da unidade e fortalecimento da classe trabalhadora, como instrumento fundamental para o enfrentamento da luta que se trava contra os interesses das classes dominantes. No entanto, por diversas questões - que não cabem ser tratadas nesta tese– a reorganização do movimento sindical brasileiro, a partir da década de 1980, resultou na fundação de várias Centrais. O sindicalismo classista deve, portanto, colocar, na ordem do dia, a unidade dos trabalhadores em torno de uma plataforma de luta e resistência, em defesa da valorização do trabalho, do desenvolvimento nacional

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soberano e democrático, contra as investidas do capital.

Hoje são 12 organizações nacionais que se apresentam como “centrais sindicais”: CUT, Força, UGT, NCST, CTB, CGTB, CSP (Central Sindical das Profissões), CBDT (Central Brasileira Democrática dos Trabalhadores), Conlutas, UST (União Sindical dos Trabalhadores), CUPSPB (Central Unificada dosProfissionais Servidores Públicos do Brasil) e Cenasp (Central Nacional Sindical dos Profissionais em Geral). Dessas Centrais, apenas cinco são reconhecidas legalmente: CUT – CTB – FS – NCST E UGT. Nas atuais condições, na existência de inúmeras centrais e nenhuma delas alcançando filiação de ao menos 1/3 das entidades sindicais brasileiras, a unidade da classe trabalhadora já não passa mais por uma única central. Requer a união mais ampla de todas as centrais e entidades sindicais na ação concreta em defesa de bandeiras classistas. Por conta disso a categoria aprovu no VII Congresso do Simpere a desfiliação da CONLUTAS, entidade que não se propõe a ser uma central sindical. Defendemos a unidade com todas as centrais sindicais parafortalecimento da nossa categoria.As frentes de lutas em defesa dos interesses históricos e imediatos exigem do SIMPERE uma articulação com a CNTE entidade a qual o sindicato é filiado e o conjunto dos movimentos sociais. Por isso, o Sindicato precisa participar das atividades promovidas pela CNTE , Fórum dos Servidores Municipal e Fórum Estadual de Educação.

No Brasil, graves problemas ainda afligem os trabalhadores, como a educação, a saúde e a segurança de qualidade. Por conta disso, a luta sindical deve atentar não só para os direitos afetos às relações de trabalho, mas também àqueles intrínsecos ao bem estar da classe trabalhadora.

Quanto a luta dos educadores, a aprovação da piso salarial do

magistério ainda não conseguiu reverter- se em efetiva política de valorização. Isso porque os gestores públicos insistem em não observar princípios da Lei 11.738, mesmo após o julgamento favorável aos trabalhadores em educação no STF. O Simpere continua brigando pelo pagamento do valor do PSPN defendido pela CNTE, assim como pela implementação de 1/3 de aula atividade tendo ajuizado ação na justiça contra a PCR pelo descumprimento da lei. As alterações no projeto inicial da lei do piso foi fruto das mobilizações feitas nos estados no período mais próximo da aprovação da lei, da boa interlocução da CNTE com o parlamento e das marchas que foram realizadas durante esse período. Daí tivemos uma “lei do possível” em um cenário de correlação de forças complexo, em virtude da rejeição do projeto por parte dos governadores inimigos da educação pública. A lei trouxe um valor baixou de piso, R$950.00, abre-se uma idéia de carreira , e teve como avanço o tempo de jornada fora de sala, no mínimo 33% percentual superior ao que é aplicado na maioria dos estados brasileiros. A reação dos governadores à lei do piso foi muitoorganizada no STF, e embora não tivessem vencido na tese da inconstitucionalidade venceram quando conseguiram sustar ou tornar sem efeito liminarmente os artigos e inícios da lei que versavam sobre piso como vencimento inicial, prazo para implementação, jornada de trabalho e formula de revisão do piso. Isso foi suficiente para criar uma confusão jurídica que faz com que até os dias de hoje tenhamos a maioria dos estados brasileiros sem implementar piso salarial no vencimento básico ou com carreira profissional completamente destruída, no período de implementação, pelas inúmeras interpretações dadas ao julgamento do STF, ou por aporte insuficiente de

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recurso provenientes do governo federal para constituição do PSPN e a falta de vontade política dos governos municipais e estaduais, inclusive do Recife.

A recente unificação das lutas da classe trabalhadora, somadas aos condutos de interlocução dos trabalhadores com o governo federal, que foram aprimorados, possibilitaram avanços da luta sindical em diversos aspectos: legalização das Centrais Sindicais, Política de Valorização do Salário Mínimo, retirada do projeto de flexibilização da CLT, garantia da licença-maternidade para 180 dias, Promulgação da Convenção 151 da OIT e o veto à Emenda 3. Contudo, não impediu a equivocada contra-reforma da Previdência e o veto ao fim do Fator Previdenciário, durante a gestão do presidente Lula.

Este cenário mantém a perspectiva de atuação autônoma e independente dos sindicatos e centrais como a CTB e CUT, frente ao governo de Dilma Rousseff, do qual se espera o aprofundamento das políticas de inclusão social, aumento da renda e garantia de direitos dos trabalhadores. Tais tarefas, devem compor o cerne do debate da nossa ação, reforçando a organização do movimento sindical.

No Município participamos com papel fundamental do Fórum dos servidores municipais na Mesa Geral de Negociação Permanente, implementada antes da Convenção 151 da OIT no Brasil. Contudo, a Mesa Geral precisa ter mais resolutividade, o que não ocorre em função da posição do Governo pouco afeito ao processo negocial. A Mesa é um espaço privilegiado para serem discutidas e encontradas proposições que superem as distorções salariais existentes entre os servidores do executivo municipal. Pois, além dos professores receberem em média 60% do salário dos demais profissionais de nível superior o debate

de reestruturação do parque escolar , das questões pedagógicas e valorização profissional são relegadas a segundo plano.

Embora o estado esteja em pleno crescimento econômico, atingindo principalmente a capital, a maioria dos servidores municipais, principalmente os professores têm sido deixados à margem desse crescimento econômico.

Bem como a PCR deixa de preparar, através das escolas profissionalizantes municipais, os jovens de Recife para ocupar vagas em setores estratégicos no mundo do trabalho. A SEEL passa o comando das referidas unidades educacionais à Secretaria de Desenvolvimento Econômico sem estabelecer diálogo com os professores impossibilitando a atuação e prejudicando-os em sua aposentadoria.

Esse quadro coloca vários desafios para Recife, dentre os quais a capacitação dos trabalhadores para ocupar cargos estratégicos no mundo do trabalho. Ainda, avançar nas condições e remuneração dos trabalhadores em educação, especialmente dos professores. Essas, são condições para atender não apenas as necessidades dos profissionais atuais, como também são capazes de seduzir jovens trabalhadores para o magistério, Hoje, no Recife hoje existe um défict de professores e até de estagiários na rede municipal ocasionado pelas péssimas condições de trabalho baixos salários.

Diante do quadro educacional no país, das necessidades da maioria dos profissionais da educação pública brasileira e dos ataques a Lei 11.738, o Simpere deve somar fileiras no sentido de ampliar a capilaridade da CNTE, contribuindo com a campanha de filiação da Confederação, com a mobilização nacional visando a aplicação imediata e integral da Lei do Piso. Também deve se envolver com a

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comunidade escolar e setores da sociedade organizada na perspectiva de implantar efetivamente as diretrizes dos novos Planos Nacional e Municipal de Educação, e que o SIMPERE garanta a formação política oferecida pela CNTE para a base.

Outro desafio a ser enfrentado pelo SIMPERE diz respeito ao Saúde Recife, é fruto da mobilização sindical. oSimpere tem exigido participar das discussões e mobilização com o intuito de melhorar o atendimento. Recentemente, ganhamos liminar na justiça que garante o direito ao titular de incluir dependentes no plano, mas a reabertura de novas adesões ainda está vetada prejudicando principalmente os professores recém contratados. Exigimos que a Prefeitura do Recife garanta a assistência à saúde dos servidores, a partir da sua posse e opção pela adesão

Precisamos continuar exigindo do Governo Municipal maior aporte de recursos financeiros para investimento no plano, além do fim da co-participação e limite de consultas.

POLÍTICA EDUCACIONAL

Na educação, houve avanços no número de vagas na universidade e a construção de mais escolas técnicas ampliou os horizontes com a formação de mão de obra e empregabilidade de milhares de jovens brasileiros. A aprovação da Lei 11.738/08 uma luta histórica dos trabalhadores em educação chamada de Lei do Piso Nacional da Educação, bem como arealização da Conferência Nacional de Educação significou um importante passo na identificação dos gargalos do setor e apontou caminhos claros para superá-los. As inúmeras manifestações recentes obrigaram os governantes a pautar os problemas sociais e colocaram a educação na pauta do dia. Dessa forma, a luta pelo aumento do

financiamento da educação teve um grande avanço, quando diante das pressões populares o Congresso Nacional aprovou uma das principais bandeiras dos movimentos sociais e sindicais: a destinação de 100% dos royalties do pré-sal para a saúde e educação. Porém, para termos uma educação de qualidade ainda há muito a ser feito, começando pela aprovação e imediata implementação do novo PNE (Plano Nacional de Educação), garantindo a aprovação da lei de responsabilidade educacional bem como, acompanhamento e avaliação do mesmo pelos conselhos de educação. Bem como o cumprimento da Lei 11.738/08, em sua integralidade, garantindo imediatamente que 1/3 da jornada de trabalho seja cumprida sem alunos.

Em 2008, a lei de diretrizes e base da educação nacional estabeleceu como dever do estado garantir vagas às crianças de até 4 anos de idade em escolas públicas próximas às suas residências. No currículo foi acrescentada a obrigatoriedade das aulas de música, artes, o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. O que vem sendo descumprido pela antiga e atual gestão municipal. O MEC/SECAD incluiu a discussão da Educação em direitos humanos nas escolas. Constatamos a necessidade de politização desse debate e exigir que essa e toda discussão sobre políticas educacionais sejam trazidas a mesa de negociação com a CNTE e Centrais Sindicais, tanto na formulação quanto na avaliação das políticas.

A inclusão da educação profissional técnica de nível médio na LDB foi outro fator importante para os estudantes e para a formação continuada dos trabalhadores, pois determinou que, uma vez atendida a formação geral, a mesma poderá prepará-lo para o exercício de profissões técnicas de forma articulada

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ou concomitante com o ensino médio, ou ainda de forma subsequente em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino médio. Também a educação de jovens e adultos deverá ter continuidade até o ensino médio articulando - se, com a educação profissional.

Na educação uma importante conquista da categoria foi o piso salarial profissional nacional para o magistério público da educação básica, instrumento de luta pela valorização profissional, que, por inércia da justiça e descaso de muitos gestores, não tem sido aplicado pela maioria dos governadores e prefeitos à luz da Lei 11.738/08.

A intensa mobilização da CNTE fez com que o STF, julgasse improcedente as ADIS impetradas pelos cinco governadores traidores da educação. Com a publicação do acórdão no final de 2011e a matéria tendo sido finalmente julgada a favor dos profissionais da educação. A luta da categoria permanece em exigir a aplicação integral da Lei do Piso.Bem como o pagamento dos valores devidos pelo Governo Municipal aos professores, a integralidade do PSPN e a aplicação imediata de 1/3 de aula-atividade.

Este anofoi consolidado o processo de mobilização da conferência nacional de educação, iniciado nas etapas municipais, estaduais . A participação da CNTE ficará marcada na história da Entidade, pois, além de conseguir ampliar sua representação, a confederação articulou-se com outros segmentos da educação básica, profissional e superior,visando aprovar todas as propostas da categoria, além de neutralizar propostas adversas aos interesses da nossa classe. Apesar da ausência da atual gestão do SIMPEREno debate estadual, foi possível pelo aprofundamento do debate do documento de referência,

pela participação efetiva da base e pela adoção de estratégias compatíveis com os objetivos da CNTE. A continuidade da luta será pela instituição do fórum nacional de educação e a aprovação das propostas estaduais na CONAE e sua inserção no novo PNE.

Em Recife participamos ativamente daVIIIComude, aprovando no documento final o cumprimento imediato da resolução 01/2013 do Conselho Municipal de Educação e cumprimento integral da Lei 11.738 principalmente no tocante ao cumprimento de 1/3 de aula atividade. O referido documento aponta perspectivasde mudanças essenciais na valorização do magistério quando se trata das condições de trabalho e que reflete diretamente na qualidade da educação, devendo o SIMPERE, acompanhar, cobrar e participar das instâncias deliberativas. Para que isso aconteça, o SIMPERE deve tomar iniciativa de mobilizar, em favor da criação do Fórum Municipal em Defesa da Educação Pública de Qualidade, espaço de debate, aprofundamento e indicativos, onde deverão ser contemplados temas como: formação continuada, revisão da base curricular, ensino profissionalizante, escola de tempo integral, gestão escolar, regime de colaboração, projetos pedagógicos vivenciados no interior das escolas, serão alguns dos temas debatidos, bem como, o cumprimento das metas aprovadas na COMUDE e aprovação do Plano Municipal de Educação.

No Recife a educação vem passando por inúmeros desafios nos últimos dez anos. Em 2009 a categoria após decidir em assembleia lutar pela implantação imediata do Piso Salarial Profissional Nacional, deflagrou uma greve que junto com a mobilização massiva e contínua e ocupação das ruas resultou em importantes conquistas, como reajustes de mais de 75% do salário nos anos de 2009 a 2012 mesmo

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diante da crise, mundial e nacional. Os professores de Recife mostraram que não se curvam diante de ameaças por parte do governo.

Veio à eleição de nova gestão de Governo em 2012 e com ele a proposta indecente de comprar nossa aula atividade, momento de planejamento, nós que lutamos por redução da jornada sem redução de salários estamos sendo impedidos de realizar nossa aula atividade sem alunos. A PCR continua a descumprir a Lei 11.738 (Lei do Piso) e nós continuamosobrigados a realizar planejamento, correção de provas e formação aos finis de semanas ou de madrugada, visto que a maioria de nossa categoria possui dupla ou tripla jornada. A nova gestão não oferece política de formação exceto aquela oferecida pelos institutos privados IQE e Instituto Ayrton Sena, em busca de resultados imediatos quantitativos e satisfatórios frutos da intervenção do Banco Mundial na educação do Recife.

Chega ao fim a política de Ciclos, mas nenhuma outra política de rede foi estabelecida. Mesmo assim o professor ainda é apontado como culpado pelo fracasso escolar quando é claro a ausência de uma política educacional no Recife. O Banco Mundial continua ditando as regras e com isso continua o processo de cobrança por melhor desempenho profissional, independente das condições do local onde a educação acontece: ainda há turmas super lotadas escolas sem condições de trabalho , a violência contra o/a professor/a aumentando, professores/as doentes. A cada ano, mesmo sendo lei, o piso precisa ser negociado, em seu valor e data de aplicação. Há previsão de cumprimento pelo governo de 1/3 de aula atividade apenas a partir de 2014 apesar d acórdão regulamentando a lei ter sido publicado desde meados de novembro de 2011. Diante disso, a nossa categoria precisa ir pras ruas, seguir o exemplo de inúmeras

categorias pelo Brasil afora que não se calaram diante da opressão do s governos. A exemplo do Rio de Janeiro onde os professores enfrentaram o Batalhão de choque apesar da diretoria covardemente ter negociado com o governo a retirada de direitos. Precisamos continuar fortalecendo nossa entidade, pois o SIMPERE é o instrumento de nossa luta por dignidade e melhores condições de trabalho.

Retirada da contratação de programas e projetos da iniciativa privada existentes no município, tais como os promovidos pelas fundações Airton Senna e Roberto Marinho; substituindo –os por projetos já desenvolvidos na rede, garantindo a participação dos professores municipais e que atendam as necessidades de aprendizagem dos estudantes da rede municipal de ensino do Recife. Dessa forma o Simpere vem se posicionando contra as fundações de iniciativa privada na educação municipal

A PCR descumpre as resoluções 14 e 1/13 do Conselho Municipal de Educação, superlotando as salas de aula e oferecendo aos filhos dos trabalhadores ambientes impróprios para a prática educacional. O caso foi denunciado pelo SIMPERE ao Ministério Público, que convocou a PCR para prestar esclarecimentos mas não produziu efetivamente o cumprimento imediato da resolução que é o que pleiteamos.

O governo muito tem propagado o desenvolvimento econômico que ocorre em Pernambuco e em recife, mesmo sabendo do papel fundamental da educação para que esta possa responder aos desafios postos no mundo do trabalho, se nega a implementar práticas necessárias a consolidação de uma educação de qualidade, como o piso salarial, a carreira, jornada e condições de trabalho. O SIMPERE deve continuar lutando pela valorização profissional,

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pelo direito à aposentadoria especial para todos do GOM, e por melhorias nas condições de trabalho.

O combate ao sucateamento da educação municipal exigirá uma atuação firme e unitária, em conjunto com a CNTE e com a sociedade, no sentido de solucionar os graves problemas educacionais do município.

PLANO DE LUTAS

Manter a luta pela constitucionalidade e implantação integral da Lei 11.738 garantindo a integralidade do Piso Salarial Nacional (PSN);

Cobrar do governo municipal a implementação imediata do PSPN com aplicação de 1/3 de aula atividade a partir de janeiro de 2014;

Piso defendido pela CNTE para professor com nível médio aplicado a carga horária de 145h;

Fim da co-participação e limite de consultas /exames, ampliar rede credenciada, sem aumento no desconto do Saúde Recife;

Defender a Previdência Publica e lutar contra qualquer reforma que vise retirar Direitos;

Lutar pela aprovação do projeto de Lei n° 1.592/03, que visa, fixar as diretrizes nacionais para a carreira dos profissionais da educação;

Lutar pela gestão democrática tendo em vista a qualificação de uma gestão democrática, garantir formação dos conselhos escolar e municipal de educação, como também a formação a nível de especialização latu sensu para os profissionais do GOM;

Auxílio transporte em pecúnia opcional ao servidor;

Ampliação e reestruturação das unidades educacionais atendendo o que estabelece a Resolução nº 14 do CME;

Concurso para professor I e II;Cumprimento do número de

alunos por turma, segundo regulamenta

o Conselho Municipal de Educação( Resolução 14 E 1/13)

Eleição para diretor de creches CEMEI’s e Utec´s;

Implementação do PCCR revisado;

Revisão da gratificação do difícil acesso;

Revisão dos percentuais de gratificação para educação especial;

Revisão do valor de ajuda de custo para professores multiplicadores itinerantes;

Cargo único para professor;Acréscimo de carga horária em

classes profissionalizantes, para quem já trabalha com essa modalidade;

Garantir que o acréscimo de carga horária até 270 h/a para professores, possa ser exercido em função técnico-pedagógica nas unidades educacionais, gerencias, departamentos e assessorias, considerando o princípio de isonomia e necessidade da Rede;

Acréscimo de carga horária para todos os professores que assim desejarem e que exista a necessidade na Rede municipal;

Garantia de insalubridade para os professores do profissionalizante e aposentadoria especial

Garantir a todos os professores o direito a cursos de: Pró-funcionários, graduação, especialização, mestrado e doutorado subsidiado pelos governos (Federal e Municipal);

Lutar pela inclusão das gratificações que são descontadas para previdência, no ato da Aposentadoria;

Contra os 220 dias letivos;Travar junto com a CNTE,

CONTEE, UNE, UBES e outras entidades a luta pelos 10% do PIB e 50% dos royalties do Pré-sal para a educação 2% para cultura;

Promover o fortalecimento dos coletivos: Antirracismo, Gênero, Saúde, LGBT e aposentados, através de

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seminários, palestras e encontros comno mínimo mensais;

Promover o engajamento dos trabalhadores em educação em todos os espaços de formulação de políticas públicas;

Desenvolver campanha nacional e internacional pela paz, pelo respeito e preservação do meio ambiente por um mundo ecologicamente, pela dignidade humana e pela erradicação da pobreza;

Apoio a autodeterminação dos povos e a soberania nacional;

Mobilizar a sociedade com vistas à ampliação do direito à educação pública, de qualidade social, inclusiva, democrática, Laica, em tempo integral, especialmente através do financiamento público (aumento do percentual do PIB, conversão da dívida a fim do DRU) e pela valorização dos educadores;

Participar das lutas nacionais, articuladas pela CNTE, em pro da classe trabalhadora;

Fazer acompanhamento dos recursos do FUNDEB, através dos conselhos eleitos, divulgando para a sociedade o valor mensal de investimentos;

Continuar na luta contra a terceirização e privatização do ensino e por concurso público para todos os trabalhadores da educação;

Garantir uma verdadeira inclusão na rede municipal possibilitando aos alunos com necessidades educacionais especiais condições necessárias para a aprendizagem;com intérprete de libras em sala de aula, com textos em braile com professores itinerantes para mediar.

Exigir MERENDA ESCOLAR de qualidade para todos os estudantes nos três turnos de funcionamento das escolas;

Reivindicar que todas as Escolas sejam equipadas com BIBLIOTECA, SALAS MULTIMÍDIA E LABORATÓRIOS;

Reivindicar CONDIÇÕES DEQUADAS DE TRABALHO: escolas com salas equipadas e atrativas, áreas de lazer, de esportes e de expressão artístico-cultural;

Estruturar, ampliar e garantir o funcionamento dos CONSELHOS existentes na Educação, fortalecendo os mecanismos de controle social dos recursos do FUNDEB, com a ampla participação da sociedade;

Lutar para que a Educação seja uma política de Estado e não de Governos;

Criar o Coletivo de Juventude do SIMPERE.

Lutar pelo aumento do custo aluno;

Exigir abertura de novas adesões ao Saúde Recife, garantido o desconto em apenas uma matrícula;

Denunciar a violência interna nas escolas e lutar para que as unidades de ensino possam debater e encontrar alternativas pedagógicas de combate a violência, o trafico e o uso de drogas, desenvolvendo uma cultura de paz e combate a toda forma de violência

Que o conselho escolar assuma a função também como órgão fiscalizador da merenda escolar em articulação com o Conselho Municipal de Educação

Garantir que nenhum estagiário assumirá função de regência na rede municipal bem como que todos os atuarem nas funções de cuidar e educar nas creches e CEMEIS sejam, contratados evitando assim a exploração de mão obra barata dos estudantes.

Lutar pela realização de uma auditoria seria e contra o pagamento de divida externa;

Lutar pela independência política e econômica dos países da America Latina e de outros países ainda dependentes de capital internacional;

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Lutar pela nacionalização das empresas privatizadas no governo de Fernando Henrique Cardoso;

Contra a privatização dos correios e dos Aeroportos;

Lutar a favor da reforma agrária, de modo a garantir as condições de sucesso para que os pequenos agricultores permaneçam no campo, preservando, assim, a função social da terra;

Luta em defesa da reforma urbana, reprimindo a especulação imobiliária e a ocupação irracional das cidades e buscando assegurar condições dignas de vida, saúde, educação, segurança e moradia para o povo.

Defender a priorização do ser humano como centro de todo e qualquer projeto de sociedade, afirmando a solidariedade, a justiça, a igualdade e a democracia como princípios fundamentais onde as diferenças étnicas, culturais, de gênero, religiosas, sexuais e tantas outras sejam respeitadas e possam conviver dialeticamente;

Lutar contra as altas taxas de juros, a especulação financeira e monetária, o superávit primário, o desemprego, perda de direitos adquirido e o arrocho salarial;

Lutar para combater a exploração do trabalho, a prostituição e o abuso sexual infanto-juvenil.

Lutar pela demarcação e homologação das terras indígenas, garantindo, inclusive as condições de subsistência do povo indígena, resgatando e preservando a sua cultura;

Manter a luta em defesa da Amazônia e de todo o patrimônio natural e ecológico terrestre e marítimo como mecanismo de defesa da vida e do futuro das gerações humanas;

Reafirmar a necessidade de um Reforma Sindical e Trabalhista que garanta e amplie direitos, democratize as relações de trabalho e fortaleça a

organização sindical como instrumento da luta autônoma dos trabalhadores;

Lutar pela redução da jornada de trabalho, sem redução de salários;

Combater a política imperialista dos estados unidos;

Reafirmar a bandeira da defesa da qualidade social dos serviços públicos;

Luta pela reconquista de direitos suprimidos pêra reforma da previdência, defendendo um modelo de 77. Previdência pública que esteja sob o controle dos trabalhadores;

Lutar pelo respeito e pela igualdade de direitos para os aposentadose pensionista , bem como, pelo respeito aos direitos adquiridos mesmos;

Luta pela paridade e integralidade salarial doa trabalhadores da ativa aposentados;

Lutar pelo fim do fator previdenciário;

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