Ás ruas. com fidel...opinião entreguista que'manifestou há dois anos, no relatório sabre...

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( re-wa-ps*: ™tv;\~-';.-. ¦ ¦ , *~ .r :;¦- . V. NOVOS ^UNOS *¦*?: *&*&.,' «Ék-íW.ií. Kitor fae^va - OrWa lewflw Jr DlraHr - ****& .3*4»* ; .#j Sil v »*-*•*•>»«* » " i %M Of" e- ,** -* ' ívi ^*~ *£* % i •..¦VíÇ.'*íji »;X ,'®.. .¦.:..,,:- Textos nas páginas 3, 7 ei dtsfe caderno tâmíS&i- MPB: nova política a serviço exclusivo ç/os bancários brasileiros A NOVA político admiriitrativa in- ttirgmentt voltada para inte- rêiMi dei bancários, quo vom tonda desenvolvido polo» atuai* órgão» cole- giadot do IAM, conta com apoio dof trabalhadoros do Iodai ai domai» ca- tegoria» profiuionaii, qut começa d 10 mobilizar não aportai para defender a a(ão morolizadora iniciada no lAPi, mói para e»tend»-la ao» domaif in»l*r luto» do providência. E' a política da' direção ònlroguo ao» próprio» traba- lhadoro», da qual a »ubitituicão do Ene» Sadok do por Edgar da Rocha Cotto é o txemplo. Loia na 1* página do 2* caderno. i:- wmSi ¦¦*¦¦¦ ::a;'M *S?*VVti: / / «: í&m «F/de/ Catfro» paulista foi libertado f\ llDER camponoi Jofre Corroía Net- to, conhecido como o «Fidel Cot- tro» pouliito, procouado o mentido na pritâo em virtude da ocôo de ge- vernador Carvalho Pinto contra ei Ia. /radores de Sonta de Sul quo lutam por um pedaço de terre, foi libertado. A decisão foi obtida graça» a uma grande, componho nacional liderada pelos sindicoto» paulista-, estudante» o outros entidades. (Reportagem na 4' pagina do 1* caderno). Trabalhadores feresa m féltoaVgrevé^ Q$ lidere» «indicai» de todo o peí», representando o pensamento unâ- nime de milhões cie trabalhadores, on- centram*!* empenhado» na campanha em defesa doi aeroviário» demitido» como grevistas. A campanha visa a re- vogacãê imediata do decreto-lei 9.070 o.a defesa intransigente do direito d* greve, ameaçado com a investida da» empresa» de aviação comercial, que contam, com a conivência da» autorida- " ^^r^oíéiTMmentais. Leia na 2' página do 1" caderno.- iW.i ;jf Vf M ¦•A1.'*:* '•¦ Ás Ruas. Com Fidel ORLANDO BONFIM JR. ABI foi pequena para Prestes falar ^0M a presença atenta e entusiasta de mai» de mil pessoas outras tanta» ficaram impossibilitadas de en- trar no auditório, e tiveram de voltar para casa realizou-se na ABI a pa- lestra de Prestes (foto), sobre a con- ferência de Moscou, patrocinado por NOVOS RUMOS. Numeroso» lidere» sin- dicais, políticos, jornalistas o intelec- tuais prestigiaram o ato, que obteve completo êxito também sob o ponto de vista financeiro, permitindo a arreca- dação de uma substanciosa ajuda a NOVOS r-JMOS. A exposição de Prestes, sôbr*> o que foi e o que representou, para a luta dos povos pela paz ¦ e o socialismo, a conferência dos partidos comunistas e operários foi repetidamen- te interrompida pelos aplausos da es- ¦istência. Leia na 3' página. mm **¦mm- ;mi m A ^11^B-, f J ¦t^tjjiííf Comissão de Lacerda i bod[ para a Telefônica OOM quem ficará o sr. Otávio Cor- reia Bulhões em 1961? Com o Es- tarle da Guanabara, ou com a Compa- nhia Telefônica? Se ficar com o Esta- do, terá "mudado de opinião. Em caso contrário, apenas se manterá fiel à opinião entreguista que'manifestou dois anos, no relatório sabre serviços telefônicos, .elaborado por incumbên- cia de JK, «..do qual é um dos signatá- rios. Será que o ir. Lacerda não sa- bia que em matéria de telefones co- mo em qualquer outra o sr. Bulhões está sempre, ao ledo do capital estran- geiro? Se assim é, por, que, então, o sr. Lacerda;encena tamanha farsa, di- zendo-se disposto a apurar a real si- tuação na ÇTB? Na 6' páqina o leitor encontrará reportagem lábre o as- sunto. O auto-retrato do sr. Peralva Artigo de MARIO ALVES na 5? pág. do 2' cad. Aspectos do movimento operárk paulista em 60 Artigo de MOISÉS VINHAS na 2* página [AS RAZÕES oprescnlodos por Eisenhowçr «:crnQ j"*t!- -rs fTCãJfv5""para o rompimento de relações com o l^oyêrnò de Cuba não enganam a ninguém. O velho l general, agora reduzido a fracassado comandante da "juerra fria, não chegou sequer ao nivel das razões de jçabo de esquadra. O governo de Fidel Castro pratica- fira um ato soberano de legitima defesa/ pedindo fjbaridade no número de membros das representações idos dois países, com a redução do numerosíssimo (mais kle três dezenas) corpo de funcionários da embaixada .dos E.U.A. em Havana. Mesmo porque os fatos haviam comprovado que a função principal de tanta '.gente nada tinha a ver com relações diplomáticas, mas se voltava para a espionagem e a sabotagem. A REAÇÃO de Washington é conhecida. Note-se que A' "So discutiu o critério da igualdade de represen- * túções, não discutiu o mérito da questão. O pedido ".foi considerado uma ofensa e a resposta foi o rompi- menfó. Mera reação desesperada de decrépito Sansão de cabelo cortado, incapaz de aceitar um tratamento ¦¦ de igual para igual? Nada disso. Trata-se de uni ato s frio e calculado, perfeitamente coerente com uma po- . Iltica agressiva que está sendo posta erri pratica nos seus menores detalhes. CIDEL Castro, dias antas, havia denunciado ao mun- do os preparativos do governo norte-americano para uma agressão militar iminente. Os indícios se tor- fiavam, cada vez mais claros. E à trama criminosa se ligava o esforço da pressão diplomática ianque, junto aos países latino-americanos, para isolar politicamente à ilha libertada. O governo do Peru cumpriu rápido as ordens, rompendo relações. Parece que será seguido pelos governos do Panamá e do Uruguai. Agora o pa-, trão êle próprio o exemplo. Assim como quem está impaciente e quer mostrar que não permite nenhuma demora. CRESCE, assinv, o perigo, que não pode de maneira alguma ser subestimado. No que toca ao Brasil, o sr. Juscelino Kubitschek, que antes se mantinha numa atitude de condenável omissão, alheio às ma- -niíestaçõei-de -srmpsíia—e—upuio do povo brasileiro à revolução cubana, passou a fazer insinuações lámen- tàvelmente hostis a Cuba e a Fidel Castro, leia-se seu discurso de Ano Novo. Fala nas «perturbações,do guer- ra fria, que, infelizmente, está exercendo sua- aç&o maléfica em certas áreas dêste Hemisfério». E, jactan- do-se de ser um político de «posição moderada*, con- dena os «líderes extremados que conseguiram romper . os laços de solidariedade dos povos americanos com a causa democrática.* ,t. IUIAS, QUE perturbações da guerra fria são essas? Para o povo brasileiro, a guerra fria se alimenta, exatamente, nós altos círculos dirigentes do governo norte-americano. O rompimento de relações com o go- vêrno de Cuba é uma comprovação vigorosa dessa verdade, opondo-se de maneira violenta ò política de coexistência pacífica. E nosso povo também aprendeu, particularmente nos últimos anos, que essa aposição moderada» não passa de subserviente conciliação com o Departamento de Estado e não se confunde com a solidariedade à causa democrática, hoje na verdade defendida.por «M A FALA do sr. Kubitschek está longe, pois, de ex- pressar o que pensa e sente o povo brasileiro. E se afasta dos reais interessas de nossa Pátria. Nossos interesses são os mesmos interesses de libertação e in- dependência defe.ndidos pela revolução cubana contra o mesmo inimigo, os monopólios iinperialislas ianques e seu, governo. E é por isso que, ante o perigo que se agrava, todos os patriotas e democratas hão de sa- ber redobrar sua solidariedade à terra de Fidel Cas- tro. Chegou-se ao momento de ganhar as ruas e pas- sar aos fatos. O sentimento de apoio a Cuba deve transformar-se em atos concretos. A mão do agressor está levantada, preparando o golpe covarde e cri- minoso. Tudo deve ser feito para contê-la. De tal ma- neira que fique bem claro o seguinte: nosso povo re- ceberá uma agressão a Cuba como uma agressão ao nosso próprio território. E, se tal acontecer, com essa compreensão deverá reagir. :?:4 Ki»' v. ^'•vV-: te

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  • (re-wa-ps*: ™tv;\~-';.-. ¦ ¦ , *~ .r :;¦- .

    V.

    NOVOS ^UNOS o que foi e o que representou,para a luta dos povos pela paz ¦ e osocialismo, a conferência dos partidoscomunistas e operários foi repetidamen-te interrompida pelos aplausos da es-¦istência. Leia na 3' página.

    mm **¦ mm- ;mi m

    A ^11 ^B-, f J

    ¦t^tjjiííf

    Comissão de Lacerdai bod[para a TelefônicaOOM quem ficará o sr. Otávio Cor-

    reia Bulhões em 1961? Com o Es-tarle da Guanabara, ou com a Compa-nhia Telefônica? Se ficar com o Esta-do, terá "mudado de opinião. Em casocontrário, apenas se manterá fiel àopinião entreguista que'manifestou hádois anos, no relatório sabre serviçostelefônicos, .elaborado por incumbên-cia de JK, «..do qual é um dos signatá-rios. Será que o ir. Lacerda não sa-bia que em matéria de telefones — co-mo em qualquer outra — o sr. Bulhõesestá sempre, ao ledo do capital estran-geiro? Se assim é, por, que, então, osr. Lacerda;encena tamanha farsa, di-zendo-se disposto a apurar a real si-tuação na ÇTB? Na 6' páqina o leitorencontrará reportagem lábre o as-sunto.

    O auto-retratodosr. Peralva

    Artigo deMARIO ALVESna 5? pág. do 2' cad.

    Aspectos domovimento operárk

    paulista em 60

    Artigo deMOISÉS VINHASna 2* página

    [AS RAZÕES oprescnlodos por Eisenhowçr «:crnQ j"*t!--rs fTCãJfv5""para o rompimento de relações com ol^oyêrnò de Cuba não enganam a ninguém. O velho

    l general, agora reduzido a fracassado comandante da"juerra fria, não chegou sequer ao nivel das razões dejçabo de esquadra. O governo de Fidel Castro pratica-fira um ato soberano de legitima defesa/ pedindofjbaridade no número de membros das representaçõesidos dois países, com a redução do numerosíssimo (maiskle três dezenas) corpo de funcionários da embaixada

    .dos E.U.A. em Havana. Mesmo porque os fatos jáhaviam comprovado que a função principal de tanta'.gente nada tinha a ver com relações diplomáticas,mas se voltava para a espionagem e a sabotagem.

    A REAÇÃO de Washington é conhecida. Note-se queA' "So discutiu o critério da igualdade de represen-* túções, não discutiu o mérito da questão. O pedido".foi considerado uma ofensa e a resposta foi o rompi-menfó. Mera reação desesperada de decrépito Sansãode cabelo cortado, incapaz de aceitar um tratamento

    ¦¦ de igual para igual? Nada disso. Trata-se de uni atos frio e calculado, perfeitamente coerente com uma po-. Iltica agressiva que está sendo posta erri pratica nosseus menores detalhes.

    CIDEL Castro, dias antas, havia denunciado ao mun-do os preparativos do governo norte-americano

    para uma agressão militar iminente. Os indícios se tor-fiavam, cada vez mais claros. E à trama criminosa seligava o esforço da pressão diplomática ianque, juntoaos países latino-americanos, para isolar politicamenteà ilha libertada. O governo do Peru cumpriu rápido asordens, rompendo relações. Parece que será seguidopelos governos do Panamá e do Uruguai. Agora o pa-,trão dá êle próprio o exemplo. Assim como quem estáimpaciente e quer mostrar que não permite nenhumademora.

    CRESCE, assinv, o perigo, que não pode de maneiraalguma ser subestimado. No que toca ao Brasil,

    o sr. Juscelino Kubitschek, que antes já se mantinhanuma atitude de condenável omissão, alheio às ma-

    -niíestaçõei-de -srmpsíia—e—upuio do povo brasileiro àrevolução cubana, passou a fazer insinuações lámen-tàvelmente hostis a Cuba e a Fidel Castro, leia-se seudiscurso de Ano Novo. Fala nas «perturbações,do guer-ra fria, que, infelizmente, já está exercendo sua- aç&omaléfica em certas áreas dêste Hemisfério». E, jactan-do-se de ser um político de «posição moderada*, con-dena os «líderes extremados que conseguiram romper .os laços de solidariedade dos povos americanos coma causa democrática.*

    t.

    IUIAS, QUE perturbações da guerra fria são essas?Para o povo brasileiro, a guerra fria se alimenta,

    exatamente, nós altos círculos dirigentes do governonorte-americano. O rompimento de relações com o go-vêrno de Cuba é uma comprovação vigorosa dessaverdade, opondo-se de maneira violenta ò política decoexistência pacífica. E nosso povo também aprendeu,particularmente nos últimos anos, que essa aposiçãomoderada» não passa de subserviente conciliação como Departamento de Estado e não se confunde com asolidariedade à causa democrática, hoje na verdadedefendida.por «M

    A FALA do sr. Kubitschek está longe, pois, de ex-pressar o que pensa e sente o povo brasileiro.

    E se afasta dos reais interessas de nossa Pátria. Nossosinteresses são os mesmos interesses de libertação e in-dependência defe.ndidos pela revolução cubana contrao mesmo inimigo, os monopólios iinperialislas ianquese seu, governo. E é por isso que, ante o perigo quese agrava, todos os patriotas e democratas hão de sa-ber redobrar sua solidariedade à terra de Fidel Cas-tro. Chegou-se ao momento de ganhar as ruas e pas-sar aos fatos. O sentimento de apoio a Cuba devetransformar-se em atos concretos. A mão do agressorjá está levantada, preparando o golpe covarde e cri-minoso. Tudo deve ser feito para contê-la. De tal ma-neira que fique bem claro o seguinte: nosso povo re-ceberá uma agressão a Cuba como uma agressão aonosso próprio território. E, se tal acontecer, com essacompreensão deverá reagir.

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    MAIS UM PASSO PARA A INVASÃO:EUA ROMPE RELAÇÕES COM CUBA

    v gwfww Donc^wncaiw rmtm wwMtpwr mm rwtaçimi fuptv*

    cuteAM éw que máà pwfBMfc «ma taUrvfSKi* ssilttar etmtra• rcgisM rcvoludanáiit **• Ft4tl Castro. SlfUáfkaUTtiMnU, ai-

    m-i* taitaludar equatoriano em Washington «ut • próxima eon-fertaela tatefamerfcana 4* Quito demonstrará a "absoluta una»ruaüdode 4o contlntntc". Em outras palavras, o rtpftatntantoaaárdno 4o Imperialismo ianque acredita que até março désto anoma máquina 4o agremio econômica, política o militar terá de»-truMo a Revolucáo Cnbana o apagado oa últimos vestígios do

    lilbiü aaurkanosO pretexto apntentado pelo governo Ianque para o rompi*

    monto foi a decisão cubana 4e exigir que caErtaáoa Unidos llml-tame a orno fundonárloa o pessoal diplomático norte-americanocm Cuba. Há alguns metes atrás, por "sugestão" 4o Deporto-mento de Estado, o governe entreguista de Frondiii fés a mesmaexigência ás embaixadas da União Soviética e á Rtunánia e atéhoje nio foram rompidas suas relações com estes paises. Porqueentão os Estados Unidos se meUndraram tanto com a decisãocubana?

    UM PLANO DE AGBE88AO •¦-.•-V' g>¦ *•#,»¦«« ,«##V*' ***¦¦y-\-**tv

    Na verdade, o rompimento de ralações EUACuba é apenasmais um passo dentro da ofensiva diplomática e militar dos Et-tado* Unidos para isolar o governo cubano dos demais governoslatino-americanos e lançar depois uma Invasão de futlldros na*vais contra a ilha das Caraibas. Não é por acaso que já te anunciaque dois navios de guerra ianques se preparam para ir basearcerca de 30 funcionários norte-americanos em Cuba. Como dis ovelho ditado, "é muita banana por um tostão": porque dois na*vios e logo navios de guerra?

    A nova ofensiva norte-americana contra a Revolução Cuba*na deu seus primeiros sinais quando o governo peruano (que,

    também por "sugestão** 4o Departamento de Estado, convocou aescandalosa conferência da Costa Rica), tinunrlou o rompimentodo suas relações com Cuba. Imediatamente, membros dos gover*nos do Uruguai. 4o Panamá, da Venetuela e outros poises lati-no-americanos endossaram as provocações ianque-peruanas sobreai •'bates 4o foguetes soviéticas" t outras pelo estilo. Parece, en-tretanto, que a pressão norte-americana sobre os governos entre*gulstas não foi suficiente para contrabalançar o medo que essesgovernos tentem dos povos que "representem", pote esses apoiamentusiástlcamente a Revolução Cubana. Dai a medida tomadaagora pelo governo ianque: foi preciso que eles mesmo tomassema Iniciativa 4o rompimento para que os outros tomem coragem.

    IEMBAIXADA ORIGINAL

    O governo norte-americano financia oficial e abertamente oselementos contra-revolucionário* e partidários do ex-ditador Ba*tista residentes nos Estados Unidos. Aléui do dinheiro recolhidopelos trastes t do próprio governo para a "caixinha" dos contra--revolucionários, o orçamento ianque Já consigna a soma de ummilhão de dólares por ano para "ajudar aos exilados".

    O grupo 4o vinte mercenários que desembarcou há tempo emCuba traste armas, munições e material pertencente ao exércitoiMrte*araertcane. Quando o grupo se refugiou em Escambray,aviões militares saldos da base naval ianque de Guantãnamo jo-garam armas, munições e viveres para os "combatentes da li-herdade**.

    O material explosivo utilizado pelos elementos terroristas con-tra-revoludonários, a gasolina gelatinosa, é exatamente do tipoempregado pelo exército norte-americano, que a entregou antesao ditador Batista para que êle bombardeasse cidades cubanas.

    Aviões saidos 4a Flórida durante muito tempo bombardea-ram cidades a canaviais cubanos e até hoje são v«ados para lan*çar folhetos contra o Governo Revolucionário de Fidel Castro.

    Seguindo a política oficialmente defendida por Eisenhower

    quando do vóo espião do Ut sobre a União .Soviético, ta fundo-nários da embaixada norte-americana em Cuba pratteavut omgrande escala a espionagem e a incitação á •ubtevaçã». * batonaval de Guantãnamo, imposta a Cuba por um tratado éostgnaLfoi t continua tendo utllliada para organtear. financiar t atei-tar mercenários e contra-revolucionáriot.

    Estas são, em resumo, as atividades "diplomáticas* dos Et-lados Unidos em relação a Cuba. Nada mate Justo, portanto, quoo Governo cubano, num ato dt togrttma ritma, rsrtftess a Hmlto*ção do número de funclonários*espiõoi e faaalaaáilm ¦abatedoresdos Estados Unidos, .

    PROVOCAÇÃO NA BASE

    Uni-Outro objetivo da manobra de romfdos é tentar criar um Incidente de grandesnaval do Guantãnamo, que serviria de pretexto ftnãl paraintervenção militar. De fato, como justificar a declaração ofleteJdo governo ianque dc que não pretende abandonar a bate, ases*mo depois de rompidas as relações entre oi dote pitetsT t abes-lutamente incompreensível, para qualquer patota aauãata, queum pate mantenha grandes irutelaçõm milhares no território daum outro pate com o qual não mantém rcteoâea dtpltaaátieas, anão ser, é claro, que pretenda deflagrar uma guerra, arrastandonela outros paises dependentes.

    E que este é exatamente o objetivo do governo ianque o mos*tra um jornal tão conservador como o "Jornal do Brasil", quan*do dis: "Noto-se uma certa irritação das atuais autoridades nor*te-americanas diante do que elas consideram ser uma tolerânciaexcessiva das nações latino-americanas para com o Governo re*volucionário dc Cuba. O Governo Eisenhower acostumou-se de-mais a uma política de beira de abismo, do fatos consumados ode ações retardadas para perceber que o que a América Latinadeseja é uma compreensão do processo revolucionário cubano onão seu esmagamento."

    PRESIDENTE KUBITSCHEKE O FANTASMA DA OPA

    ' O sr. Juscelino Kubitschek ded•o pais, em sua mensagem de Ano•Novo, um dos documentos maiscuriosos de nossa atualidade politi-ca. A intenção do Presidente, alémnaturalmente de defender » juslifi-car o seu governo, foi de impressio-nar sua audiência com uma exal-jtação dramática à necessidade cio«maior compreensão e ajuda», porparte dos Estados Unidos, ao dc-^envolvimento do pais. Na realida-de, entretanto, suas palavras ape-nas refletiram a situação de «lm-•passe» e desorientação em que seencontra — espremida entre as exi-gências de suas ligações com o im-perialismo norte-americano e aluta emancipadora de nosso povo— a ala conciliadora da burguesiabrasileira," oVcjüàT o sr. Kubitscheké um dos mais expressivos porta-vozes.

    Impressiona, de fato, a maneirapela qual o sr. Kubitschek reconhe-ce a inutilidade c a esterilidade de(seus «apelos amigos» à generosida-dc dos imperialistas ianques, quevem fazendo desde o lançamentoda «OPA», há mais de dois anos.Em várias passagens de seu discür-so, êle insiste em acusar a indife-ronca norte-americana. «Nossas re-pntidas advertências (aos EstadosUnidos), nossa pregação constanteem favor de uma efetiva união em 'face do perigo comum (o subdesen-volvimento) resultaram, força édizer, quase despercebidas, nãochegando a merecer uma resposta

    Vereadores querem

    legalidade

    para o PCB.Macaé, dezembro (do Corres-

    pondente) — Foi aprovado porunanimidade, pela Câmara de Ve-rea dores desta cidade, um reque-rimento ao presidente da Repú-biicá solicitando a legalidade parao Parlado Comunista do Brasil.

    O documento, apresentado pe-los edis Walter Quaresma Costa,Alcides Vieira, José Machado deBr.rcélos'Í Luís Pinheiro, JoaquimAlves dó Amaral Filho, JoaquimJjçbp dos Santos c Roberto Mou-rio, afirma entre outras coisas:"A volta a legalidade do PartidoC."vunista cio Brasil se impõe pa-ra o forthicciméhtb da democra-cia brasileira".

    satisfatória e válida» — diz éle,textualmente.'

    Ora, quando alguém não ouve oqúé* lhe dizemos, durante dois anos,devemos desconfiar de que sejasurdo, pelo menos para aquilo quequeremos dizer-lhe. E nada é maispróprio à natureza do imperialis-mo do que ser surdo a apelos à«compreensão» e à «generosidade»,principalmente quando tais apelospartem de países aos quais explorae em cuja espoliação baseia a suaforça e o seu próprio nome de im-perialismo. É o mesmo que esperarfilantropia de um ladrão, em vez deimpedir que êle roube.

    O sr. Kubitschek, no entanto,não desconfia. Limita-se a reconhe-cer que as «advertências» e apelosmilhares de vezes dirigidos por êlee seus auxiliares, quase diàriamen-te, aos Estados Unidos, cairam novazio. Não encontra outra perspec-tiva senão a de transferir paraKennèdy a esperança que deposi-tou em Eisenhower, no sentido deque «os responsáveis pela liderançaocidental compreendam que a Amé-rica Latina está diante de um dile-ma: ou se industrializa, ou renun-cia à sua sobrevivência dentro dademocracia». Mas isso êle já disse,e repetiu muitas vezes, e Schmidte Lafer disseram por êle, com omesmo ar áe chantagem e drama-ticidade, e nâo deu resultado algum.Ainda agora, poucos dias depois dodiscurso do Presidente, o governonorte-americano mostrou a respos-ta que tem para tais «advertên-cias», ao romper relações com Cubae preparar publicamente uma agres-são armada contra o povo cubano.

    Se os Estados Unidos não ajudamno desenvolvimento do Brasil, oude qualquer país da América Lati-na, isso não se deve a nenhuma «in-compreensão»'ou «antipatia». Tra-ta-se simplesmente de um conflitodc interesses. O próprio sr. Kubits-chek, em seu discurso, encontrariaelementos para compreender .isso:quando se refere à «situação colo-niab do país, contra a qual disseque seu governo se voltara; quan-do relaciona esta situação com as«fontes de miséria e de sofrimen-to» para o nosso povo que — êlereconhece — «não foram extintas»por seu governo; ou quando acusaque a tradição do Itamaratí é «se-guir passivamente as rotas traça-das por mão alheia no cenário mun-dialy, O dono dessa «mão alheia»,o beneficiário da «situação colonial»e da miséria de nosso povo é .umasó e mesma entidade: o imperialis-mo norte-americano. E não se podepretender qne os homens de nego-cio cie Washington c Nova Yorkaceitem com boa vontade c aindaajudem a extinção de suas fontesde. riquezas.

    KMTO SUMARIES

    Há dois anos, essas «denúncias»e chantagens do sr. Kubitschekainda podiam ser apresentadascomo atitudes «ousadas» eprogres-sistas. Hoje, entretanto, porque omundo andou depressa nesses doisanos* e com êle a consciência dasgrandes massas de nosso povo, nemisto sobra do palavreado schmid-teano, adotado pelo Presidente. Ocaráter mistificador e reacionárioda política de conciliação com oimperialismo traduzida pela «OPA»leva o sr. Kubitschek, ainda hoje,a colocar a política externa do Bra-sil de cócoras diante dos EstadosUnidos, incluindo nosso pais entreos «aliados naturais» dos militans-tas de Washington e colocando-senuma posição de hostilidade aopovo cubano. Para o povo brasilei-ro, que hoje aprende a ver na re-volução cubana a sua própria metarevolucionária, e que aspira ine-qulvocamente a uma política exter-na de paz e independência, palavrascomo essas do sr. Kubitschek nãopodem senão provocar estarreci-mento e indignação, e desmascaramo caráter reacionário das concep-ções políticas de mendicância inter-nacional, a que elas se prendem.

    • A «OPA», hoje, não conseguepor isso nem mesmo o pequeno ef ei-to interno de simpatia popular, queobteve na época de seu lançamen-to. O próprio sr. Kubitschek, aliás,reconhece que, na época da revò-lução cubana, das espetacularesvitórias dos povos coloniais e de-pendentes em todo o mundo, apoia-dos na força invencível do mundosocialista, também o povo brasilei-ro esta entre os povos que «já nãoaceitam mais as condições ínfimasdj vida em que vegetam, pois têmconsciência de que existem atual-mente formas de escapar à misé-

    .• »•; Estas formas sao as do clesen-volvimento independente cia eco-iiomia nacional, do governo no na-:«r*^^ m*W****(*k; TB lMwmMi Wm i* f| *f*| mHiÉirfl

    ABI FOI PEQUENA PARA A MULTIDÃOObteve grande exilo a conferên-

    cia de Prestes na ABI, promovidapor NOVOS RUMOS, .sobre a re-cente conferência dos 81 partidoscomunistas e operários realizadaem Moscou. Milhares de pessoasacorreram ao ato, de tal forma quegrande parte do público não pôdeassistir à palestra, por so encon-trar superlotado o auditório emque ela se realizava. Também sob oponto de vista financeiro — a pa-lestra visava ao mesmo tempo an-Cariar fundos para NOVOS RUMOS—- a iniciativa alcançou o mais com-pleto sucesso.

    Prestes foi saudado, antes de ini-ciai' sua conferência, pelo Diretorde NOVOS RUMOS, Orlando Bon-fim Jr., que agradeceu aos presen-

    tes a manifestação dc solidárieda-de que prestaram ao nosso jornal,e lembrou a passagem, naquela da Ia— 3 de janeiro — do aniversáriode Prestes, a quem ofereceu, cmnome dos jornalistas de NOVOSRUMOS e de todos os comunistasbrasileiros, uma corbelha de flores.Entre os presentes, convidados aparticiparem da mesa, destacavam-se o dr. Abel Chermont, AstrpjjldqPereira, Mario Alvos, o deputadoJosé Talarico, o Baião de Itararé,diversos dirigentes de federações osindicatos de trabalhadores, jorna-listas, etc.

    Falando durante cerca de umahora, Prestes fêz uma exposição de-talhada das discussões e conclusões

    Fora de RumlAos primeiros Instantes de 1961

    vemos que as forças reacionáriasperdem terreno no Laos, enquan-to na Bélgica as lutas operáriase populares ameaçam derrubar amonarquia; em Havana, o governorevolucionário pede a solidariedadedos povos do continente cm faceda manobra do Departamento deEstado norte-americano, desejosode forçar o rompimento dc rela-ções dos governos de lodo o "quin-tal" com o regime de Fidcl Cas-tro.

    Pouco antes de se iniciarem osfestejos da noite de São Silves-tre e as animadas cerimônias pa-gãs do culto a lemanjá, camisas--azuis do antigo Clube da Lanter-.na, ante os olhares complacentesda policia do governador Lacerda,fizeram uma exibição fascista, ten-tando invadir a Câmara Municipal.

    Em Florcnça, ás margens do ve-lho Amo, Jânio Juadros esconde-sc

    do mundo. Incógnito, tenta assimi-lar, em breve permanência tiiristi-ca, um pouco da cintilante civi-li/ação florcntina. Os toscanos,diz Malapartc, usam um modo dcajoelhar que é antes um estarde pé com as pernas dobradas.Os ladrões, na Toscana, não rou-bam galinha, diz também o autorde "Maladetti Toscani". Aos últi-mos instantes do ano de 1960, opresidente carismático alinhavouseu curso dc emergência na Itália,manjando originalidades várias,enquanto Juscelino, aqui no Rio,acorria ao rádio e à televisão, parase dirigir não exatamente aosbrasileiros, mas a seus amigos nor-tc-americanos.

    JK lamentou, com humildade, a"desatenção e as demonstraçõesrepetidas de incompreensão deWashington, em relação aos seu.;"únicos aliados naturais" (os lati-no-amerleanos). Pediu com bonsmodos "reformulação dos critériosdn prioridade" quanto aos emprés-Umus das entidades internacionais

    da conferência de Moscou, mostrai!-do os diversos pontos em que a De-cluração dos pari idos comunistas eoperários, resultante da conferên-cia, trouxe contribuições impòrtan-u.-; ao acêrvb cientifico cio maneis-mo-Jeninismò n à luta dos povospela paz e pelo socialismo. Deteve--se mais particularmente no examedo caminho do povo brasileiro pelosocialismo, e concluiu com umaenérgica exortação, aplaudida de pée calorosamente por toda a aí-ia-tência, à luta de solidariedade ativade nosso povo para coni o povocubano, ameaçado de invasão pelosexércitos do imperialismo norte-americano. Na foto aspecto daconferência.

    Rovlo -Motta lima

    ciue o governo dos Estados Unidoscon: rola.

    Km resumo. Kubiteehek antevêuma "luta pelt: domínio dc. mun-do" e oferece p»r» -mprêgo nrssaluta serviço de oapangageei doslatino-americanos. Ninguém deuprocuração a esse vendedor ambu-lantc.

    A solicitação humilde, em trocadi> um oferecimento que ten: o va-lor de um cheque sem fundo, nàodeixa de pôr em relevo um des-contentamento que não exclui nemmesmo ^olaboracionistas da espé-cie dos' teóricos da OPA. O colo-nialismo, entretanto, é muitoamargo. E' uma pílula que nin-guém consegue dourar. Os fatosestão demonstrando que ninguémpode freiar a luta dos povos sub-desenvolvidos, luta que se entre-laça, num mesmo processo, com amarcha vitoriosa para o socialis-mo. Êxitos decisivos, nesse ter-reno. serão sem dúvida alcançadosem 1961.

  • -W-W

    — 4SUHtllO COITM A LU 01 StSUMNÇA

    uc or Intermédio de NOVOSRUMOS, envia a todos aqueles queconti; iiirain para a Mia volta à li-bcrdaiK uma saudação calorosa deAno Novo, os seus agradecimentoaem nome, principalmente, dos que

    - na região em que habita (Sta. Fé,.do Sul) prosseguem a luta contra 'os rigores do regime latifundistn.Particularmente aos operários e cs-tudantis de todo o pais, que «-mconpiv'^f liF -m flrll Uri 1 Jrm ees-S¦il mmmm\*&*-m\m-te?™nxXy: iM\ Kwr-mm BnT^-sl ¦W*** ¦ •" » *^i mim Wt mmm

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    WÊMmmmmmWv^r'-' • *^^^:&jidmmfmm£.

    Duque de Caxias, dezembro (doCorrespondente) — A Câmara H,'Municipal aprovou por unanimi-dade, resolução pedindo o enviode um ofício ao presidente da Cã-mara dos Deputados, protestandocontra a remessa de lucros para oExterior. O requerimento foi apre-sentado pelos vereadores Elias La- •zarone, Pedro Bianco, Carlos Lo-pes, Manoel MarinSjJosé-DoHiinr

    rtânãTJÕsTPereira Nunes,Luiz Braz de Luna, Oscar Dias de ^FOliveira, Alaide Cunha,' ThoméSiqueira Barreto, José Honório daSilva, Sabino Andrade e José Bar-reto.' Assinado pelos mesmos edis/foiapresentado e também aprovadopor unanimidade, requerimentosolicitando um voto de apoio, aoprojeto do debutado Sérgio Maga-lhães, concedendo anistia a todosos presos e processados políticos.

    BRASILEIROS FORAM VER CUBAPara participar das comemora-

    ções do segundo aniversário daRevolução Cubana, partiram pa-ra Havana, como convidados doGoverno cubano, várias personali-dades brasileiras, inclusive osdeputados federais Josué de Cas-tro, Domingos Velasco e AlminoAfonso, os deputados estaduaisHernani Maia (Minas Gerais),Sinval Girazzelli (Rio Grande doSul) e Paulo Queirós (Fernambu-co), os líderes estudantis OliveirasGuanais (presidente da UNE),Branquinho Maracujá (presidenteda ÜEE de São Paulo), AmiltonSilva (UEE da Paraíba), OlintoMeireles (UEE de Goiás), os diri-

    gentes sindicais José Bastos (me-talúrgicos de São Paulo), Luís Te-nório de Lima (federação dos tra-balhadores em alimentação), JoséXavier (construção civil de SãoPaulo), Sebastião Luís (Federaçãodos Marítimos), Brito Vaz Coelho(metalúrgicos do Rio) .e o lídercamponês de Formoso, Goiás, JoséPorfírio. Também na delegaçãoseguiu nosso companheiro de NR,Almir Mattos, que aproveitará suaviagem a Cuba para estudar a si-tua^.ão política, econômica e so-ciai do país e a obra da revolução.Na foto. um grupo dos delegadosque seguiram para Cuba.

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    NOVOS RUMOS

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  • IP~ Rio dt Jontlro, i«mono dt ó o 12 dt |on«lro do 1961

    Tópicos Típicos_M*i • • ntBtim tsa «am nos mtitrftmot tqul, nesta eolun*. uni»

    ü?!Sy*y mu*»"»** «• «>•»«> «>i»»i enraninada |»l» "HNwnit* fllhln.-Çtnaaj'íciO «TADO Dl HAO fAUU), D* uma lt»u. fot um rooenUrioilMfhHo. foecton. a napelio do úlUmo Un» 4» 0»r»wly, 'ParspstUvfim bwmmr; o comsttUrto era asunado por um certo Wnto de Csnralho.fmjá» pnmytmm tapo a Oalliiha d* Jararandá Ami», • • ratuiro 0»'Bauru*, idada llòdta-. da Komlnsfty. afinado por um tal Ruy Nun»TVÍJ*!*» ««tafldw tanto dt maraisroo quanto o AlmlrtnU Coekranado dartnWfraçia nuclear

    4 -lUatérta da Idada MMla" d* K—.lnUr, laatada nata RdtlarUIVHéHa, aa» UHo|li 4o prof. PnaakooJ Usas, é aa* campéndta atobaradabm» o «oo daa astaisalee alssaalana» *a Vala* larlétlra » nia Uaa •*•»•*•atas o tratada oo astaia sa» awraiuUdaa» 4* toaM o*t veras. Qaaata à pa-atas* aaontaU 4a Olataotaoar. ularalaae»!*. é liaito a •« eHUaa 4a lanialf O BaTAfJO DR SAO PADUD aér-at *m aaaalcàa a ala. iate»*-¦on ootttoa 4o prlaciplaa. O toa o ar. Roy Nanes ala pedia foaor.foi • «oo tfc! apraatmar a asilada aulartalliU-éiaieUta <

    NOVOS RUMOS 5 -

    Missão em Portugal"

    O ar. Ruy Nuneo nio deva ter lido "0 II Brumárlo de Luit Bonaperte"oo "At Lotaa 4o CitMo na rranca da 1B4I a liso", estudo» histórico» em quana prática a eficácia do método que formulou, apllcando-oa 4oto tamu diferente» o r betando a conclusões do Inegável Importânciadoa miamos. Ignora o valor cientifico dos trabalho* de alguns

    •a raikOoraa snantataa contemporàneoi. como Dasantl e Daniel Ouerln.o asnUdo 40 plortelrUnu du Investigações de Engela na "A Origem1, 4a Propriedade Privada e do Ratado". Para «le, hl "um vicio

    . taortnto a todo historiador comunista: seu senso da realidadeJâ está deformado m priori".•

    RWerta4e~ee aa livra 4a Kasmlnaky, dis a sr. Ruy Nanas, lá petas Un-Ua: "a atra é falha a maUetamente defarmadara da realidade histérica.NI*

    mf

    Sempre pensei, e Uio ainda nol'»rã, já fax un* vinte unos, quePortugal vero sendo governado pre*cisamente por mela dúzia de per*sonagen* do Eça, alguns tipos dayM%tmw.?>'¦¦v^.-*SfaP8JHBB^*?^B»^BSBK^K^c: •¦¦¦¦•'¦¦ *?¦""Ws: '¦ •'!, ' tâmmmmmmÈuM mmlmwk'& -Mà ,¦a '¦¦'-• ¦¦'.¦'

  • \^TffHHi

    — 6

    pótetc, que vingatie a teie do ao.ofinanciamento, não há ninguém capozd* garantir que a CTB utilizatie ot re-curto» at»im obtidoi poro atender ao»400 mil prelendentei a telefonei, quemofam nat filai algum até há quateVinte anot, no Rio e em S. Paulo. Poisé exatamente isso o que mostra a con-dutu do CTB, no passado,' em relaçãoaoi compromisso» assumido» com o Po-der Público. Attim, no acordo firmadocom a então Prefeitura do Distrito Fe-deral Io prefeito era o sr. Mendes deMorais), a 30 de julho de 1948, haviauma cláusula, a IV, estabelecendo oseguinte: quatro anos depois do avaldo Tesouro Nacionol ao empréstimoconcedido pelo Banco Internacional deReconstrução e Desenvolvimento aBrazilian Traction, a Componhia Telefõ-nica Brasileira deveria ter atendido atodos o* pedido* de aparelhos, queaquela época subiam a 59.800 sendoque 28.800 telefones deveriam ser ins-talados até julho de 1949, isto é, umano depois. Na verdade ,a CTB ja-mais cumpriu com este compromisso. Oque houve, porém, foi o oposto: 0 listade pretendentes não cessou de crês-cer e hoje são cerca de 200 mil pes-soas, na Guanabara, que desejam umtelefone, mas aos quais g CTB se recu-sa a atender.

    E nada aconteceu à empresa im-perialista por tão grosseira violação docontçato assinado com o governo doEstado.

    A lenda da eficiência**Outra alegação habitualmente

    apresentado pelos advogados (enco-bertos ou encapuçados) da CTB con-tlsle'em afirmar que não temos capa-cidade técnica para gerir serviço tãocomplexo, como o telefônico. As nu-mérosas pequenas empresas privadasbrasileiras que já existem em várias ei-dades do Interior são um desmentidoa. essa alegação. Também a desmenteól-jfafo rje rnariter.o Departamento dosCorreios • TeIégrafos~umá~ rêde"TeTe"to-~nica oficial, que nada fica a devertecnicamente à CTB.', ._ Em contrapartida, convém não es-quecer que a decantada eficiência dês-ses cojicejsjgriájiw-e*rrtnige1rõT"^^sê^""jãTpbr este ou aquele motivo — deupor terra em.quase todas as capitaisdo pais.' Basta citar dois exemplot forada área Rio-São Paulo: Salvador e Re-cife. Em cada uma dessas capitais,

    eu,oi tervlcoi leléfônlcot tão monopólio da Bond 4 Sharo, nâo há moi» que10 ou II mil aparelho». A populaçòode Solvador eleva-st a moi» de Ó00mil hobitantei e a de Reciíe a peito de800 mil. Em Salvador, para coda 100hobitantei há I.ÓÓ telefone»; em Reelfo, ainda meno», 1,25 telefono* (Bu.noi Alrei apresenta o Índice d* 1/aparelhoi por 100 habitante»; Romu.o de 21 por 100; Parli, d* 28.8 poi100, etc). E há, ainda, outro aipectotanto em Recife, como em Salvado-apetar de exitllrem matorlolmenie apu-rolhoi telefônico*, seu. funcionamento *problemático. E comum ficarem os otsinantes dias e dias com o aparelhoemudecido, completamente Inútil. Ond».pois, a eficiência doi frustei ailrangci-ro»?

    Uma 'toluçãos <

    Não terá, certamente, apenat pe-Io falo de' vir a CTB realizando Intensacampanha, através de impressos e decontados pessoais, contra' o projcio

    lyclo Houer, que file comlltul a to*•. •> poro o problema doi telefonei.D» foio, o projeto lyclo Hautr ' pre*t'.*ndo todoi oi a.pecloi do complexo

    ¦¦••..i.o — deide OI relacionado» coma legurnnca nacional, com a fabrica*co de equipamento» telefônicos, coma formação de peiiool técnico, etc. —c*nill!ul a tolucão reclamada pelot In*Isritwi nacionali para a Importantii-íTio quetlão dai comunlcoçõe» tele*ijnicn». ¦

    Todavlo, é multo pouco provávelr,je o ir. Otávio Correia Bulhôei,, pre-- «nle do Comlnão formada pelo ir.L'cer do, venha a adotar o ponio-de-v.tfa nacionaliila do projeto lycioI suor, contra iuo própria opinião, en*i ;

    Greve dè advertênciaEssas atividades reacionárias e divi-

    sionistas não têm conseguido quebrar oespírito de luta dot ferroviários. Assimé que, após a passeata, realizaram-segrandes assembléias no sindicato daclasse, em busca de medidas que asse-gurem à Rede cumprir os acordos rei-vindieatóriot firmados. Depois dé vá-ras assembléias, a classe resolveu para-listar: os trabalhos durante 8 horas, nodfáv23 de dezembro findo. Er.sa grevede advertência às autoridades foi a con-tlnúação da luto empreendida pelos'-rvoviários .em prol c!o ptcomír': dosalário mínimo, salário-família e demais

    •nlaç-ns conseguidas pela clnr.so, coi,iPlt--1 de Clefsificçirão t a L

  • .?¦ _.

    — «.o do Janeiro, ttmone dtóo 12 ds 'anei-o ds 19Ó1/

    NOVOS RUMOS 7 -

    Cuba no Ano II da Revolução:rmasé Sorrisos Para Fidel

    -.ttí.t' i- -;---j,-Brm.j

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    • frade ee priariret horas iaMoaJtê do di» 1» da jaaelre m raas«le Havaea foram se «-et>h "Ql* **.***3«sS8na WÊmk? 1 -^•an *MJ iB^M^Bjç-MBMm^L^^-iSj.^L\ yli ¦-JL~.:-:-M jSmfuJ

    ¦¦ mm^Mgm7mmmM WR^^mW^^A^BàWi^K^^m^^mmm mmW^t-ffi^WrmmWm iMBllTWThTT i llTimiMBB»»£lPlaV# Z-mn^mmYA if-'*? •¦"§ ^ÊÊBmM '"^ÊwM ¦mm!y?yWt'zÊmM] mmm- WÈ im^ÉWlmal H

    WmmmW- ^m B11IBI .-I 1- Vr '$ÈiÍfci BB®' 'ÍÊ$m\ IÍBBt»ÍÍKíIIIibibIbbI ¦fwfd1 ÍSÇ^xkmm BMoP^v Jl\7S n»

    mWÊÊM m\s*'A> >> 0WÊ WrW^í W$ HÉPÜI LiI:--*bI ¦.•MrJítjaf ^•''tiwU Wr ^'' :'-^M M

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    Cuba: Contra os Planos deIanque a SolidariedadeAtiva de Todos os Povos

    Invasão

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    ' JÃr "S m~'^SÊ&- ' 9__T ''-:''___h •. ^_-."-_-tO ¦__¦_¦ _KS___i ¦___K____| ¦»r»w«. \ —m\ _______F ___i _^f _H _t_P______^__*^K_K________

    fl-Kw' ¦ _H_P_r i ^AkwÊíA -fc-JI MBmmwEÊ ' 'C>__f__$':^P_i _|K3M1__r i_k '^_^!_P''' -m^CMum' '9______k __*>i'iK_L _____j___ HÉi• _-_*__] k **_flL__PPfl I¦'^S8_e S t*9Èp%m R

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    Sergipanos queremver Fidele apoiam Cuba

    Aracaju, dezembro (do correspon-dente) — Com a presença de numero:sas personalidades, políticos, estudan-tes, líderes sindicais e grande assistên-cia, realizou-se, no Centro . OperárioSergipano, ato público de solidariedadee apoio a Cuba.

    Durante a manifestação falaram di-versos oradores e, ao seu final foramaprovadas as seguintes resoluções: 1)convidar Fidel Castro a visitar Araca-

    ju; 2) prestar toda solidariedade e portodas as formas possíveis, ao regimecubano; 3) solidarizar-se com os estu-dantes goianos em sua luta para trazerao Brasil o chefe da revolução cubana;4) enviar mensagem de congratulaçõesao PSB pela sua recente decisão deapoio ao regime cubano e, ao mesmotempo, promover entendimentos junto

    'aos demais-, partidos para que tomemresoluções, idênticas.

    Vida novaveio com Fidel

    As crianças cubanas tiveram com aRevolução o inicio de um destino in-teiramente novo e cheio de perspecti-vás; era o fim tio analfabetismo c daabsoluta falta de proteção á infânciacm todo o pais

    Entre as personalidades que parti-ciparam do ato, destacamos a presen-ça do professor Franco Freire, do Aca-dêmico Renato Chagas, do líder sindi-cal Manuel Francisco e do VereadorAgonalto Pacheco.

    EstranhosPropósitos £

    Três fatos (existem milhares de outros) neste começo de ano, nos fa-zem refletir a respeito da atitude dos chamados círculos dirigentes, queprocuram agravar a. situação do povo, mesmo quando lhes é possível ame-nizá-la. Vejamos. As pensionistas dos militares ficaram diante dos balcõesdo Ministério da Fazenda, inutilmente, durante horas e por muitos dias,esperando o pagamento de suas pensões. Por quê? Os altos funcionáriosdaquele Ministério e de outros, naturalmente, devem ter recebido seus ven-cimentos com todas as vantagens da Lei da Paridade, e antes do Natal. Masas viúvas dos militares passaram as festas de fim de ano sem o dinheiroque esperavam. E continuam pedindo, reclamando, protestando. Esse gruponão acreditará mais em promessas. Aos ferroviários também foi prometidoo pagamento das vantagens da Lei de Paridade, antes de Natal. E haviadinheiro para esse fim. No entanto, tal como às pensionistas, lhes foi negadoesse direito. Por quê? . -

    Há, assim, como um propósito del^erado de tornar a vida mais difi-cil, mais áspera, mais revoltante... Nem esse tradicional espirito de Natal,de que vêm falando esses círculos, hipocritamente, durante muitos séculos,cujo espírito vem servindo de instrumento à classe dominante, desde a con-versão ao cristianismo do rei Constantlno, arrefece os propósitos de lançaras sementes da impaciência e da tristeza na vida do povo. E, depois, co-vardemente, os tais círculos chamam a policia, para conter os protestos eimpedir as greves.

    Mas chegaram novos tempos: poucas promessas se fazem aos san-tos, porque deles, também, se recebem poucos favores. E os que ainda acre-ditam ém promessas, a não ser na grande promessa do futuro que envolvetoda a humanidade, fazem como aquelas senhoras que foram ao palácioGuanabara pedir matricula para os filhos, nas escolas públicas, e receberamordens para retirar-se. A partir de 1961, não acreditarão mais em promessas.E ainda outro caso. O da mãe de família que há dois anos espera.nos corredores das repartições estaduais e nas ante-salas da Cruzada SãoSebastião, um barraco que lhe foi prometido, quando do incêndio da favelade Ramos. Do incêndio lhe sobraram três filhos que dormem, segundo mecontou, como uma ninhada de gatos recém-nascidos, e muitas promessas.Dojs anos se passaram sobre as promessas,, sóbrè às cinzas do incên-dio, etc. Por que nao dao o barraco prometido, se já foram reconstruídos?

    Há, na realidade, um propósito defazer as pessoas ainda mais tristes e maisimpacientes. E é essa moral desumana que.inspira os propósitos ,as atitudes e até aspromessas dos cham dos círculos dirigentes.

    Ana Montericgro

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    NOVA ADMINISTRAÇÃO REVELA: ENOS SADOCK DILAPIDAVA MILHÕES DO INSTITUTO

    MPB Volta a Servirlios InteressesDos Bancários

    Tolvas nenhum ouire falo eiprontmtlhor a novo política administrativaInaugurada ptlo atual dirtçóo colégio-da do IAPB, do quo aquele olo mon-dando traniferir para o Sanatório Mtt-itjona, qui abriga a ctnttnoi dt bon-cariei lubtrculoioi do Ctorá, o luxuo*• o aparfllho d* ftleviiõo, dt propriedo-dt do IAPB, qut itrvia txcluilvamtnttè família do tr. Enot Sadok dt Sã Moi-fo, tm Braiilia.

    Ena mtdido timplti Itm reolmtnttOm significado altntador. Ela rtvelo aIntrodução dt uma nova política odmi-Piiiroliva, voltada rtolmtnlt para oimoii Itgitimoi inltriiitt doi iegurao'01do IAPB, cuja antiga adminitlracão, cht-fiada ptlo ir. Sodok dt Só, Irantfor-mora num vtrdodeiro lamburá dt imo-ralidadt, onae it confundiam, numainominávtl orgia de crimti conlia o ia-grodo patrimônio doi bancárioi, auto-ridadci doi pcoerei executivo t legit-lotivo.

    Ciiamoi apenai o cato da leleviião.porque êle rellele o carinho da novaadminitlracão do IAPB, chefiada porum bancário, pela coletividade que re-preienta, mal inúmerat outras medido-,de muito maii profundidade foram le-vadai à prática pelo atual Conselho deAdminitlracão, entrt ai quaii a anulo-(ão dt centenai de nomeações que fo-ram feitas ilegalmente para aquele Ins-tituto.

    A reaçãoMas a reação dos aproveitadores das

    grandes «bocas* dos institutos não sefêz esperar. Homens do governo e poli-ticot ineicrupulosoi de todot oi parti-dos passaram a investir não apenascontra os atos da nova administraçãodo IAPB, mos a pressionar, de maneiraaberta ou velada, a Iodos os órgãoscolegiadot dos demais institutos de pre-vidência, numa tentativa desesperadapara manter ludo como dantes, quandoos interesses dos negocislas e dos po-liticos fclavam mais alto do que asnecessidades de miliiões de trabalha-dores, espalhados por todo o Brasil, vi-vendo à mingua de recursos médicose de qualquer assistência social.

    Violação da leiAgora mesmo, com a conivência do

    Departamento Nacional da Previdèn-cia Social, o general Batista Teixeiraacaba de ser efetivado na presidênciado Conselho Fiscal do IAPB, contra ovoto de todos os representantes daque-Ia entidade, que haviam elegido parao cargo o sr. Gil de Magalhães, repre-sentante dos empregadores. Contraessa imposição ilegal, que conlou como voto favorável do próprio sr. DantePelacanni, homem de Jânio ilegalmen-te eleito para o DNPS, os membros doConselho Fiscal do IAPB impetrarãomandado de segurança.

    Mobilização dos sindicatosA ofensiva dos políticos e dos altos

    funcionários dos lAPs e do Governocomprometidos nos escândalos das ad-ministrações anteriores está delerminan-do a.mobilização geral dos trabalhado-res, através de seus sindicatos e demaisentidades representativas, para uma

    contra oftmlva vltando a autgurar pie-na cobtrtura a todoi oi novot admlnli-tradorti doi òrgãoi do prtvidincio io-«.rei, ttiom rtprtitntonltt doi empre-gadoi, doi cniprtgadorti, ou do Co-««•no, qut qutlrom rtolmtnlt cumprirai dtitrminocõti do tti Orgânico daPrevidência Social, t realizar uma po-lilica adminiilrativa rtolmtnlt voltadapara o olendlmentc doi dirtiloi doi ti-guradoi doi itftridai imiiluicóti.

    Reunião programadaNéiie itnlído ."(ndo a mobliiacoo

    dt lodoi oi irabu'hadort! bra>leir«ipera o defeta doi conquistai ot-egu-ruJot na lei Orgânica do Previdi. c*üSociol, rtalita-it no dia 5 do co. t •'»,na trdt do Sindicato doi Bancorioscariocot, uma reunião qut coi-torc cona cirticipacõo dt liderei sindicais dtledat ai .ategorlos profiitiono't, indo-tiv« rc União dot Previdenci iri.M, pri-ce «an inar oi obilácuioi qut te tiiáoopci ro a uma politica dt moi-rhzóçcoioí l/PS, relocionor ot foto., i.ntn-cld-loc aot Irabalhadorei t as outo i-dades governamentais, inclusive aoideputados t senadores,

    Reunião de bancáriosAntecipando-se o qualquer oulra ini-

    cialiva, o Departamento de Previdèn-cia Sociol do CONTEC, do qual fazemporte todos os bancários atualmente naadministração do IAPB, inclusive o seupresidente, sr. Edgard Rocha, realizará,ainda nesta quinzena, uma reunião,com repretenlonles de lodo o pois, pa-ra elaborar um memorial sabre a si-tuacão do IAPB, e endereçá-lo ás au-loridadcs competentes.

    Os membros da CONTEC monifes-tam-se, por outro lado, favoráveis apromoção de uma reunião dos lideressindicais de todo o pais, representantesde todas as categorias profissionais,para apreciar, em conjunto, a situaçãode todos os lAPs, e adotar as medidasnecessárias ao inicio e desenvolvimento

    -de uma campanha visando a fazer cum-.prir rigorosamente a Lei Orgânica daPrevidência Sociol, e a acabar com tõ-da a politica de favoritismo que te lor-nara norma nas administrações anterio-res, causando o descrédito dos Iraba-lhadores pelas suas instituições de pre-vidência.

    Os escândalos

    Moi o mia do forro do nova odmi»niilratào de lAPl nóo porou oi. Hoviaum ir. chamado Ruy dt Souia Ribeiroqut rtctbla mtmalmtntt, dot cofiti doIAPB, nado menos dt 250 mil cmttl*roí, porqut o tr. Sodok o auloriscu afottr a corrttagtm do ttguro do IAPBjunto ao IPASE, com umo cominAode 30% lóbre oi prêmíot da leguropago. Oi prêmioi lolaliiaram OS ...4.800.000,00 de janeiro de 1059 a de-zembro de 1900, cabendo ao sr. Ruyuma corretagem de CrS 1.300.000,00,iilo », 250 mil cruieirot meniait. Moiêite tervico jomoii preciiaria dt inler-mediório, t foi por uso qut a novaadminitlracão do IAPB mandou o ir.Ruy ir boixar tm outro ctnlro, t panou,ela mtima, a tratar do anunlo, teo-nomizando o dinhtiro da tnlidade, embeneficio doi bancários.

    Carteira ImobiliáriaNo coto do Carteira Imobiliária at

    negociaiat te faziam muito man evi-dentei. Sem obedecer a nenhum planoqut levasse tm conta oi interessei dacoletividade bancária, o IAPB de Enotpromovia uma verdadeira orgia de mi-Ihõei. Baila citar o coso dt CampinaGrande, onde txittem cerca dt 300bancórioi. O IAPB mandou construir láum prédio de 10 pavimentot, no valorde 69 milhõet dt cruztiroi. E óbvio qutoi bancórioi, com um salário comumque não vai além de 10 mil cruzeiroí,jarr.ait poderiam pagar apartamentoscujoi precoi teriam luperioret a doilmilhõet de cruzeiroí. Esses aparfamen-tos tó serviriam a funcionários altamen-te graduados. A nova administração doIAPB anulou todot oi controlos dessanatureza, que tt multiplicavam pelaipequenai cidadti do interior. Com issofoi feita uma economia de quase 140milhõet de cruzeiroí.

    Foram canceladas, por outro lado,construções que importariam numa des-pesa de 150 milhões de cruzeiroí sen-do essa verba transferida para o Pia-no B, cujo orçamento estava fixado emCS .250.000.000,00, e subiu agora pa-ra 400 milhões de cruzeiros. Esse Pio-no, muito mais viável, consiste no em-préstimo para compra de casa onde obancário ache mais conveniente, e def-órdo com a sua necessidade e possi-bilidade de pagamento.

    Mesmo antes de serem relacionadaspela reunião dos bancários que exami-nará os escândalos da administraçãodo sr. Enos Sadok, cidadão atualmen-te guindado no DNPS por interferênciadireta do Presidente da República, areportagem de NR pode adiantar algumfatos que revelam o que assinalamosno inicio dessa reportagem, islo é, aexistência de uma nova política odmi-nistrativa realmente voltada para os in-terèsses dos segurados do IAPB.

    Uma das primeiras medidas do CAdo IAPB foi a anulação de cerca de300 nomeações ilegais, que trariam umadespesa anual de quase 70 milhões decruzeiros. Dentre os nomeados havia29 tesoureiros, cujos vencimentos anu-ais atingiriam a mais de 13 milhões decruzeiros.

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    Festadiíerciile

    Os bancários cariocas realizaram na sede de seu sindicato uma grande festscm bouicnagcm a seu colega Edgard da Rocha Costa, recentemente empossadonn carju de presidente dn Conselho do IAPB. N» foto. aspecto da míníí*#«i.K.ún, nu ntouieiilu cui nue usnvit dft uaUvra o ir, aimus VilUAliO, {IXOtlâiatO•to aUknlt&Mo-

  • - i NOVOS RUMOS Rio df Jonflro, umono d» d o 12 do |ontlfo dt I9 Janeiro,.nii.i.i nos |H*(i*»eo», com trilhosqurbmdof, rvdn aérea di-flrlenie,multo* dei*-* lüi «nos sem levar aoin. in". iiiti-t 'tintura, arcr-ssltaramnum mi tu-, imstOf de mais de 10(1mllluVa i liloi» de • -.««Isténrla tei •iiIim»! Ninguém de boa fé podracreditar em lumnnlio dUparate! K.11.111 ...-.i.iiit.-. a -líi» l.icht- tem sousadia ¦»• mover contra o KmiuI»Ullia -i'•-'••' em «jue exige drsle um-iiml,iii/juão de billiôes de cruzeiro»|ior ronln da cobertura de *em fal-so» iléliciK no serviço de bondes.

    "Aeuamento": roubo antigo

    O «naçnmcnto», a uma empresado mesmo «liotdin**», de enormessomas |tnr conta de «consultas eserviços térniros» inexistentes émunas uma (mais conhecida e evl-uVii(e) das varias manobras utili-radas pelos empresas do Grupol.iuhi pura disfarçar seus lucros.

    o deputado Lycio Hauer denun-ciou lui alguma*, semanas, na Cá-ma ia dos Deputados, uma outraforma muito utilizada — ainda queturnos conhecida — de fraudar oart. 9* do Código de Águas, que li-mita o lucro das empresas de ener*gia elétrica em 10% sobre o capitalinvestido. Trata-se nio de um au-mento artificial da despesa — co-mo a farsa das «consultas técnicas»— mas do aumento artificial docapital, através do chamado «água-mento». O processo consiste na«venda» de ações, que na realidadeé uma doação de ações coberta pe-los lucros existentes. Aparente-mente, faz-se um aumento de ca-pitai, pela venda dn ações: na rea-lidade, os lucros estão sendo distri-bitídos, sob a forma de ações doa-das, «aguando-sc», inriaeionnndn-sedessa forma, o capital.

    Como observou o dep. LycioHauer o «agtiamrntu» de capitalrepresenta uma'fraude dupla con-tra. o artigo do Código de Águas(pie limita o lucro a 10%: primeiro,

    porque • doação («venda») doaçor* reprroenla dlrHamenl* umadistribuição Ilegal de dividendos e,segundo, porque Inflando *se o ea*pilai aumenta*»*, evidentemente, »•»W/e de lucro permitido sobre t-wecapital.

    •Ji em 1039 o engenheiro r in*diiMrlnl Kduardo Guinl" referi* seso «nKuamrnto» observando:

    «A l.lghl anuncia ronlinunmenSenSo po«ler pagar mais dr l'J sôhreu mu capital: islo penaliza oa co-r.u.õ.*. sensível* dos brasileiro*), pa-triolns, que não querem ver em-presas que nâo prosperam no Itrn-sil.

    Kntretsnlo, ela pnJe fazer face,com 4% de juros, a um capitaln-;u:ido superior a SOO milhões dedólares. Oro, esses SOO milhões dedólares, ao cambio aluai, represen-tam S.600.000 contos de réis, adi-cionados aos outros milhões pelamesma empregados nos serviços detelefones, gús e viaçao, montam àeiíra de cerca de 5 milbõi s de con-tos de. rei* trazidos ao Rrasil pelaLight, conforme certa imprensa tempublicado, para edificar os papal-vos deste Brasil ingênuo.

    Kntretanto a verdade é muito ou-tra, conforme estamos verificando.Êsscs milhões estão representadospor ações «aguadas», nas mios de«promotores» da Light, descobrido-res de um El-dorado sem igual nomundo.

    Somente um desses promotores,agora aposentado e, alias, homemde valor, recebeu 50 milhões deações, que não lhe custaram nemo papel e a tinta de impressão, poiscertamente a Light os incluía nasdespesas gerais, fcssc «coitado» re-cebe, apenas, 4% sobre os seus 50milhões, ou seja uma renda anualde cerca de 25 mil contos de réis,sem ter empatado um centavo.»

    Isso foi em lí)39. Hoje, ao quedeixa supor a recente venda deações ao «público» realizada pelaS. Paulo Light, que em poucas se-manas lhe aumentou cnormementeo capital, o processo do «aguamen-to» continua em plena utilização.

    A Broduc&o r-.u4vi-.i4 sofrers umainiliums -lUü.Uiliul. TuiU-Jll-** riu.ii*>iiiH4m-nit (tr.>4iiu]uM e, cm con.nucnrla.

    rr ro petróleo, o Brasil poderá ir buscá-losem gastar um uniro dólar, na Rumánia ou na UniãoSoviética. Uhuigou há dhis o Itamarati nm b->l?nco docomercio Brasil-URSS cm 1*)G0. pelo qual verifica-sc quee-íteve longe d** ser atingido o teto previsto de 25 inilliõcsde dólares para as trocas no primeiro ano. Por que. isto

    se deu? Essencialmente _ e não Importa que pretextossejam alegados — devido às dificuldades opostas pelo ladobrasileiro. Um exemplo: prevê um dos acordos assinadosno Brasü pelos soviéticos, em maio último, a venda do600 mil toneladas de óleo cru soviético. Entretanto, atéesta data, só foi autorizada pelo Conselho Nacional doPetróleo a Importação de S p»- eentn daqnelr total, Intoe, 30 mil toneladas. Por quê? As desculpas podem sermultas e as mais esfarrapadas, mas no fundo o que existee a oposição, aberta ou velada, das companhias estran-gelras, a que compremos óleo à União Soviética. Meroproblema de soberania.

    Outro exemplo: um dos nossos tradicionais fornece-dores de trigo, a Argentina, recusa-se a vender-nos oproduto, a nao ser que lhe paguemos em dólares. (Nãovamos apreciar aqui o quanto esta atitude reflete as im-posições do FMI ao pais irmão, levando-o, até a ignoraro acordo bilateral com o Brasil, cm vigor, para não falartia complementaHedadD de nossas economias). Por outrolado, o recurso aos estoques de trigo do governo norte--americano traz consigo uma conseqüência indesejávelpara a industria nacional. í?sse trigo, como se sabe, ópago em cruzeiros e se destina principalmente a flnan-ctar empresas norte-americanas no Brasil ou a constituir*f*P?r*

    ím ír.u,!5iros.,d.c cn»nrcstimos de estabelecimentosoficiais dos Estados Unidos. Também em relação ao trigo,resta ao rtrasll a possibilidade de recorrer a mercadosoviético, desafogando sensivelmente a situação cambial.Entretanto, num caso como noutro, torna-se neces-sana uma nova mentalidade de governo. E' preciso serposta de lado a concepção segundo a qual devemos umavassalagem completa aos Estados Unidos. Mesmo porque,nem sequer na aparência, os "nossos amigos do Norte"mostram-se sensíveis a essa incrível subserviência. Aiesta. recente e com todo o seu travo de vergonha, o casodo açúcar para o mercado norte-americano.A par de medidas como essas, teria ainda o ,-ovêrnoi»..^"/

    SUU.S V'StaS pim a nronairem de divisas re-E«.*Ha r*"0 aS /?mcssas 'le '"oros que só tendem aaumentar. Com efeito, as inversões estrangeiras nos úl-í,«™ wm- irCSCC/sam -'omo em nenhum outro período da?ffií«»í* c,d,nhc,r,) estrangeiro só vai para um paisquando pode voltar para o seu mitltiViÜc-do Por isson£k%,;";nhum».0?,»rtnnlüade melhor do que esta paraestabelecer o controle sobre as remessas de lucrosralou-se, ainda, na disposição do sr. Jânio OuadrosSf-i*i"iSKi,|Um 15,m,»'6sti«*i tafflès para consolidar adivida brasileira. Kcsla saber, obviamente, sr a mesmadisposição existe por parle dos banqueiros ingleses c emtllui^nhllT

    n-°S"C '*• n'm,!l ¦»" e°"**«i

  • — Rio de Jni-r,,. temono de 6 o 12 de |one!ro de J96Í

    PARTIDO COMUNISTA VENEZUELANO APONTA 0 CAMINHO:NOVOS RUMOS

    Derrotar o Entreguismo de Bettancourte Constituir um Governo Democrático

    NOVOS RUMOS publico nsito edicòo uma análise do PartidoComunista da Veneiuela sobre a situação econômica, política o socialdo pais, elaborada om outubro pastado. Embora a declaração doPCV conserve ainda grande atualidade e tenha sido confirmado pelaevolufão dos acontecimentos, ela obviamente, não pode examinar anova conjuntura política o militar provocada pela virada à direita dogovêmo de Bettancourt. Nos últimos dias de novembro e nos primei-ros de deiembro a Veneiuela foi abalada pela sangrenta repressãopolicial do movimento popular e democrático. A repressão visou es-pecialmenfe o Partido Comunista, o Movimento Esquerdista Revolu-cionário e a União Democrática Republicana, que tiveram seus jornaisfechados arbitrariamente, suas sedes violados e saqueadas e militan-tes e dirigentes presos. As oficinas gráficas dos diários e semanários«Tribuna Popular», «URD», «Izquierda», «El Pueble», «Dominguito» eoutros foram invadidas e parcial ou totalmente destruídas.

    Os objetivos políticos da manobra ditatorial de Cettancourttão muito claros. Em primeiro lugar, trata-se de uma tentativa de des-viar a aten(ão do povo da situação calamitosa da economia venezue-lana, cada vez mais dependente do imperialismo ianque, e do nivelde vida do povo. Em segundo lugar, a repressão procura introduzirum elemento de divisão no processo de unificação das forças popu-lares da Venezuela, procurando evitar que círculos do próprio partidode Bettancourt, a Ação Democrática, se ur.am ao movimento antiimpe-rialista e democrático. Finalmente, como o Congresso venezuelanoestá iniciando a elaboração da nova constituição do pais, Bettancourte seus «assessores» militares procuram criar um clima antidemocráticopara impedir a votação de uma Carta Magna que consagre os direitosdo povo.

    Iniciando seu governo num clima democrático e garantido pelaJunta Militar, que derrubou a ditadura de Perez Jimenez, encabeçadapelo almirante Larrazabal, Bettancourt conta agora, de seu antigo«gabinete de coalisão», somente com o apoio de parte de seu partidoe com a proteção dos militares entreguistas e antidemocráticos, e a

    , cobertura política dos latifundiários representados pelo COPEI.

    O Comitê Centrol do Partido Co-muniita analisou em sua última reuniãoo situação err que vive a Venezuela echegou às seguintes conclusões:

    A reviravoltaO Partido Comunista afirmou, no

    XXI Pleno, realizado em novembro de1959, e, posteriormente, que a crescen-te atividade golpista • o triunfo daorientação direitista predominante nogoverno aguçavam uma cris* politica nopais.

    Diante de tal situação, colocamos atarefa de lutar por uma mudança napolitica oficial que se identificasse comas necessidades progressistas e demo-eróticas da nação venezuelana.

    O Partido Comunista assinalou que,te não se realizasse uma mudança pro-gressista, as conquistas de 23 de janeironaufragariam ante a ofensiva das fôr-ças reacionánqsj.Que a-forma~dé~evi-~

    - -tcr-lo era imprimir um rumo diferente àequipe do governo de coalisão.

    Que se não se realizasse a mudan-Ca. a estabilidade democrática periga-ria, seria ainda maior a distância entreo povo e o governo, se acentuaria o pe-rigo golpista.

    Que se se continuasse com uma po-lítica orientada no sentido dos interês-ses do setor antinacional da burguesiae dos monopólios norte-americanos, au-mentariam as privações das massas po-pulares. Que se não «e realizasse a mu-dança, o fracasso deste governo seriainevitável.

    Os acontecimentos se desenvolveramtal como havia previsto nosso Partido.

    A política traçada pelo Comitê Cen-trai naquela ocasião contribuiu paradesmascarar a capitulação erescente~dõ~governo. Impulsionou o processo de de-terminação e diferenciação das diversasforças polilicas. Permitiu elevar a com-dentro- revolucionária de importantessetores que estavam unidos cio Govêr-no e aos Partidos do Ponto Fixo. Ajudoua estiulurar um movimento de oposiçãoà direção entreguista do Governo.

    Por que triunfouo grupo capitulador

    Por que triunfou no Governo o giu-po capituladoi?

    ls!o aconteceu, em primeiro lugar,em virtude da natureza cie classe doGoverno formado em fevereiro de1959, que se diferençava muüo poucodo que surrjiu em janeiro de 1958.Essa nali^cza de classe fazia com quepredominassem os interesses cia grandeburguesia venezuelana vacilante e con-ciliadora diante dos monopólios norte--americanos. O auge do movimento demassas neutra,izavá, no aspecto políti-co, a ação destes interesses. Permitiac.xGcar-se a possibilidade de unia mu-dança favorável ao pais, sempre e nan.cdida cm que os elementos progressis-

    • te:: n.q Governo se apoiassem no movi-in .1.0 de massas e fossem seus porta--vo.:7i no srio do Governo.

    c:n r.:cjjico lur'ar, pórrue a frenteC";s podia impedir a ação dos capitula-c'?.cc e introduzir mudanças imporlan-t na vida nacional ficou no piano dasc vnedênc cs não se r.i.iuiurou firme-i. itc, tlf.ni conseguiu traçar e desen-v ei para si um ciai o progianif, do< rx.xa c oca.ci alcançar nacuclcs

    i : =.. \' -> roôV t' var iua5 x risc *.w..,.,^ ; cs ;l u.ts pulnoiicos puia

    evitar que se chegasse ò situação quedescrevemos.

    Os setores democráticos já perde-ram, sem dúvida alguma, toda influên-cia e peso nas decisões governamentaismais importantes. Por sua vez, o grupocapitulador passou a desempenhar opapel predominante. Sob a direção dês-le grupo, o Governo se subordina cadavez mais aos interesses dos monopó-lios norte-americanos, como o mostram

    s resultados da Conferência de Chan-céleres em Costa Rica, onde a nossasoberania foi hipotecada; a traição aCuba, contrariando o sentimento na-cional; as negociações com a ReynoldsMetal, apesar de existir oposição porparte do PCV, do MIR, da URD e deum grupo de parlamenta.es entre osquais se encontram militantes da AD; afusão da Linha Aeropostal com umasubsidiária da Pan American (Avenso);"a "contração

    de novos empréstimos e aaceitação do critério do Fundo Monetá-rio Internacional; o rumo anticomunistaque é imprimido ao Governo; a repres-são contra outros setores antiimperia-listas e revolucionários; a restrição pú-blica e velada da liberdade de expres-são, de. manifestação e outras; o apa-drinhamento da politica de divisão e deassalto a mão armada ao movimentosindical; a inépcia administrativa.

    Aguça-se a crise, falências,empréstimos, baixa da receita

    Todo este panorama se complicaporque a desorientada gestão oficialaguça a crise econômica.

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    Estudantesmúios no protesto

    As manifestações de novembro c dezembro na Venezuela inicinram-sc com os movimentos rios operários da telefônicac dos estudantes secundaristas cm greve cm defesa de seus direitos. A policia sanguinária de ríctlaiicourt reprimiu sei-vàgemenle as manifestações, prendendo e matando estudantes e operários. Com issn, o movimento popular se aguçou,,iá açora em defesa dos direitos democráticos violados pelo governo, inclusive no qtie diz respeito ;'i liberdade de im-uicnsa; de reunião e pqnsumcutu. A íolu mostra unia um nifestáçfio pela libeií.n.iu de liderei estudantis

    negócios. O Govirno aprasaato,boca do Presidenta a de MinistreFazenda, um panorama qua afieponda o. realidade.

    A crise golpeiaduramente as massas

    A situação das massas se torna di-ficil e aflitiva. O desemprego alcançacifras que jamais haviam sido registra-das. Mais de 300.000 trabalhadorasfiguram na lista dos desempregados. Aofensiva contra o emprego, os salário*e os condições de vida, é brutal. Atcompanhias petrolíferos e der ferro-a*o*--cedem a reajustamentos de seu pessoal,ao mesmo tempo que aumentam suaprodução e elevam seus lucros. Os ca-^pitalistas nacionairreduzem'õ^pessoal.Anuncia-se que no final do ano cente-nas de empresas não pagarão abono oque representa um período de festas dafome para os que trabalham. Para osdesempregados a perspectiva . • maisriesesperadora. O governo mantém umapolitica antioperária de congelação dasalários, de negação e escamoteamen-to do direito de greve e de apoio aaprovação aos patrões em detrimentodos trabalhadores. O custo de vida sepípvn

  • -4

    Derrotar o Entreguismode Bettancourt e Constituir Jum Governo Democrático

    NOVOS RUMOS

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    Além disso, o govirno de coalisãoestá cindido por profundas contradiçõesentre seus membros, o que o torna ca-da dia mais instável • transitório.

    A derrota da atual política e a lu-ta pala formação de um govirno demo-crálico e patriótico é uma exigência queestá em consonância com a realidadenacional, com a potência das forçassociais existentes no pais e com a atualsituação internacional.

    Existe na Venezuela uma maioriademocrática à qual cabe governar edecidir a política nacional. Esta maio-ria está representada pela classe ope*rária, pelos camponeses, pelas classesmédias • a burguesia nacional.

    No plano político, está répresen-tada, juntamente com o Partido Comu-nista • com o Movimento de EsquerdaRevolucionária, pelas massas e dirigen-tes patrióticos de Ação Democrática •da União Republicana Democrática,bem como pelas massas e personalida-des sem partidos. Além disso, por im*porlanles setores das Forças Armadas.

    O Partido Comunista não levantabandeiras de ódios e sectarismo; nõosó reclama um governo que inclua de-terminados setores progressistas e de-mocráticos, mas também uma políticae um governo que correspondam a to-do o povo, às forças sadias e nacionaisque formam a imensa maioria em nos-sa pátria.

    O Partido Comunista conclama àunidade para salvar o pais da violên-cia, para garantir-lhe um desenvolvi-mento econômico independente.

    O Partido Comunista estende suamão amiga aos que querem, juntamen-le conosco, marchar nesta direção.Consideramos que as lutas fratrieidasno seio do movimento sindical, cam--penê*,-estttdafrtit-e~po-pul-arr-b«ne«eiama nossos inimigos, debilitam as forçasdo povo. Não há divergências no seiodo movimento de massas que não pos-samos discutir em termos amistosos, pa-ra encontrar sempre um caminho deunidade visando a obtenção de melho-res condições de vida e de trabalho pa-ra nosso povo, de prosperidade e feli-cidade para nossa pátria. j

    O Partido Comunista apela para osentimento- democrálico dos Venezuela-nos para derrotar a falsa política go-vernamental que nos conduz a umamaior colonização do país e agrava osproblemas das massas.

    O Partido Comunista conclama pa--a a luta pela formação de um gno democrático-, e patriótico, expressãoda imensa maioria dos venezuelanos.

    Caracas, outubro de 1960

    Comitê Central do Partido Comu-msio aa

  • — " • dt June.io. .•mono dt 6 o 12 dt {ontlre dt 1961 NOVOS RUMOS s -

    O AUTO-RETRATODO SR. PERALVA

    Teoriae Prática

    O Que éo Marxismo ?

    MáRIO ALVES

    O qut rnols rtpugno ne livro «Olatroio», dt Osvaldo Ptralva, é a >••¦po«riila rom quo o autor — «ii-mllltan-tt comunista — Unia apresentar umaelustlflcaçòo morol» nâo apenas poroo lua deserção do comunismo, nas parauma obra de pura • slmplts delaçãopoüclol. Ptrolvo invtilt contra o movi»mento comunista tm nomt da «dlgnldo-di humano* t dos «libtrdadts nacionaist individuols», pioclama-it partidáriodo «socialismo dtmocrólico» e do «de-ver morol dt tornar mtlhor t rnols btloo mundo». Nenhuma dtsias fraits po-dera, entretanto, ocultar o fato dt quto stu autor vtndtu dt modo infomto >tu possado revolucionário t dtlalouà policia o movimtnto a qut pttltnctu,è policia política o movimtnto a qutperltnctu .tscrtvtndo colaboroçdts pa-gos ntssas tribunos da «dlgnidadt hu-mana» qut são o «Estado d« Sí -

    ' _•Io» t o «Jornal do Brasil».

    Ptralva nectisila dtssas pretensasjustificativas morais poro esconder a es-slncia da atitude sua t dt outros qut oacompanharam nas avtnturas fracassa-das do Sinédrio t do grupo de AgildoBarotai • capitulação vergonhoso tmfoce das forças dominantes na socieda-de atual, a pusilanimidade da ofensivado imperialismo e de sua máquina depropaganda, a covardia moral em umcios momentos mais difíceis da luta re-volucionária. Em 1956-1957, os comu-r. ias se encontraram diante de umdôsses momentos criticos, quando o ini-migo conseguiu, explorando nossos pró-prios erros e defeitos, introduzir em nos-sas fileiras o ceticismo, a desconfiançat a confusão. Resistiram os que tiveramfirmeza moral e ideológica. Outros, co-mo Peralva, capitularam.

    Não há que buscar o essencial doü.m dt Peiolio no ewtewio itlelo cinemalográfico, com pretensões sensacio-naliilas de folhetim policial, enlremea-do de deformações intencionais e de in-terpretações capeiosas. Porque todatsia reportagem desprovida dt veraci-dade e recheada de cinismo, no me-lhor estilo dos Kravchenko t dos Ra-vines, não serve senão para tentar jus-tiiicár as quatro páginas finais, ondeo ciuior proclama sua descarada adesãoao capitalismo ao regime de explora-ç.o cio homen pcio homem.

    O posfácio do «O Retrato» é, real-msnie, a chave-tis-ouro da degradaçãoco seu autor. Peralva investe contra o«comunismo de tipo leninista». Compa-rando a China cie hoje com a velhaChina, reconhece a contragosto que «oboiciicvismo dcu-liie enorme avanço» eaJmite que cé admiiáv.l o esforço dosoperários e camponeses». «Contudo —acrcscenla — isso não lhes proporcio-na o bem '.:.or me- :r!al de que gozam

    c •ciiic.cio.es em países cano i.Suécia, os Estados Unidos ou mesmoo sul do Brasil». E conciui: «Assim, seo nova China representa um avan-ço cm face ria velha Cliinc, constituindocinda, per outro lado, um regime atra-sado e inferior ao dos países capitalistasci:.'iar/id;idos, da rnssma formd ejüe descravidão, sc-riüò progressista érri face

    da comunidade primitivo, tro retrógradatm foct do capitalismo t mtimo daitrvldâo ftudal.»

    Al mo. tm nítido flagrantt, o rt-trato Idtológico t moral dt Ptialva.Strà sómtnlt ignorância ou dtsontsli-dadt conscltnlt tsta comparação dobem-tslor maltriol do s trabalhadoreschintiit, aptnos des anos dtpois darevolução qut os arrancou do atrasomiltna', com o nivtl dt vida dos paistsqut há muitas dtztnas dt anos dtstn-volvtm as forças produtivas modtrnastm boits capitalistas? Não saberá Pe-raiva qut tm 1949 a produção Indus-trlal da China rtprtstnlava aptnos10% do valor total da produção, stn-do impossivtl tm dtz anos sómtntt,aquele pais suptrar os indlcts dt pro-dução t consumo cptr capita» dospaists capitalistas dtstnvolvidos — so-breludo quando st trata dt uma naçãodt Ó50 milhões dt habitantes, cuja po-pulação crtsct á razão dt 12 milhãtsdt pessoas por ano?

    Ünicamtntt os inginuos podtriamptnsar qut st trata dt ignorância. Narealidade o traidor, premido pela neces-sidade de justificar a traição, não hesitaem recorrer à arma que lhe é fornecidapelos orsenais do inimigo: a falsificaçãodeliberada dos fatos, a mistificaçãodesavergonhada sob o disfarce de con-clusão sociológica. Mas, por que Peralvarecorre ao exemplo da China — ondeo atraso era milenar t a revolução so-cialisla venceu há dez anos apenas —para estabtltctr uma comparação tnlrto socialismo t o capitalismo? Por qutescamoteia o exemplo da União Sovié-tico, que há quatro décadas era umpais incomparavelmente mais atrasadode que os poises capitalistas, quantoaos índices dt btm-eslar material, ehoje não só superou a maioria dessespaises nos índices globais de produção econsumo como caminha rapidamente pa-ra superar, nos Índices de produção«per capita», inclusive o pais-lider docapitalismo — os Estados Unidos?

    Estamos nos («ferindo a fatos com-provados t admitidos hoje até pelostécnicos do Itamarati. Demonstrarão ilesque o «bolchevismo» é «um regime atra-sado e inferior ao dos paises capitalis-tas adiantados», ou demostrarão apeno»qu. o ex-comunista Peralva converteu-seem um apologista cínico do capitalismo,em um idolatra do bezerro de ouro?

    O culto à personalidade foi, semdúvida, um prefundo erro que acarretouconseqüências maléficas- ao. movimentocomunista. Os comunistas lutaram e lu-tam contra essas deformações, pela res-tauração dos princípios marxista-leni-nistas. Todavia, Peralva e seus compar-sas revisionistas do Sinédrio, ao invés-tirem contra o culto à personalidade,não propõem senão substitui-lo pelorepelente e rendoso culto a exploraçãocapitalista, sob a—míisujiu puüibundu"do chamado «socialismo democrático»..

    «O Reftafa» é um écò do que sepassou no movimento comunista mundial

    t broilltlro hó alguns anos. Recordarisst possado rtctnlt é ntctssório, poroqut suas liçãts não st opagutm. O XXCongresso do Ponldo Comunista daUnião Soviético, além dt assinalar osgrandiosos ixitos do sisttma socialista,dtnunciou grovts trros t dtformaçôcsno movlmtmo comunistas o culto à ptr.sonalidadt dt Slallnj a tronsgrtssâo doiprincípios Itninlstos na vida Interna dofcui; a violação do Itgolidadt sócia*lista na URSS; a infração do principioInltrnocionaliila nas relações tnlrt osPartidos Comunistas t os paists socialis-Ias. Esta dtnúncia abriu caminho a quto movimtnto comunista mundial passas-st a discutir a manlftstação dt trrosstmtlhantts tm outros Partidos t tmoutros paists. Monlftstavam-st, assim,conlrodiçõts internos tm nossos filtiros.A lula para superá-los — condiçãoIntvitávtl t ntctssório para a correçãodos trros t o avanço do movimtnto —não podia dtixar dt causar certo abo-Io, sobretudo naqueles partidos ondeas deformações haviam sida mais pro-fundos.

    Como stmprt, o Inimigo buscou sa-car provtito dt nossa autocrítica. Aqui-les trros tram apontados ptla propa-ganda imptrialisla, ptlos ideólogos donacionalismo burguês t do chamado«socialismo democrático» como malesinerentes ao regime socialista t aos par-lidos marxista-ltninislas, t não comodesvios em relação aos princípios co-munistas. Foi sob a influindo dessa

    propaganda que alguns membros doPCB st lançaram à fracassada avtnturarevisionista do Sinédrio, do grupo dtAgildo Barata t dt «Novos Tempos».Por sua vez, os dirigentes mais respen-sávtis do Partido na época favorece-ram na prática o surto revisionista, aose tmptnharem na defesa de posiçõessectárias t dogmáticas.

    Rendendo-se aos ataques do inimi-go, os integrantes daqueles grupos re-visionistos — entre tlts Ptralva — in-terpretavam a autocrítica do movimen-to comunista, sinal dt vitalidade t ho-nestidade, como a falência do comu-nismo. Em vtz de considerarem os er-ros como desvios em relação aos prin-cípies, e lutarem pela restauração dasconcepções marxista-leninislas em suaplenitude, propuseram-se a tarefa devilipendiar o comunismo a pretexto de«renová-lo» — e terminaram prosler-nando-se diante da ideologia burgue-sa. Uns renegaram abertamente o mo-vimento comunista e aderiram de corpoo

    "alma oo Inimigo--—-coma[--Peralv__t..

    Barata. Outros continuaram como mem-bros do Partido, mas sob a influênciadas ideologias revisionistas, oscilandoentre o ceticismo sistemático e a vacila-ção ideológica. Alguns ingressaram nocaminho da autocrítica.

    própria tistnçia — o espirito' revolu-cíonário conttqiitntt, íncompolivel coma acomodação à Idtologlo capitalista,se|a tia rtprtitnlada ptlo noclonolis*mo burguts ou ptlo prtltnso «socialis-mo democrático».

    Os revisionistas ptrdtrom a pers-ptetiva da história. Náo comprtendtm,ntm podtm comprttndtr, o qut diiiollnim «Todos os partidos revoluciono-''Ot, qut sucumbiram até agora, ptrt-ctram por causa dt sua prtsunção tporquo nõo st davom conta do qutconstituía sua força t Itmiam folor dasuas fraqueioi. Nós não sucumblrt-mos, porqut não ttmtmos falar dt nos-sas fraqutzas t aprenderemos a su-porá-las».

    Ouolro anos st passaram dtsde oXX Congresso do PCUS t o surto rt-visionisla no Brasil. Ao contrário do qutproftlizavam os «teóricos» do Sinédrio,o sislema socialista não se decompôs— .fortaleceu-se ainda mais t avançaràpidamtntt para suptrar o capitalis-mo tm todos os ttrrtnos. Não st decom-pós também o Partido Comunista doBrasil. Esforçou-st para corrigir seuserros, manteve a unidade de suas filei-ras, continuou a desfraldar sua bondei-ra de luto, uniu-se mais profundamenteao movimento operário e á luta anliim-perialisla do povo brasileiro.

    Peralva quis pintar o retrato doPCB. Não conseguiu, po.ém, senão Iro-çar o quadro da degradação dos revi-sionistas, o quadro da sua própria de-gradação.

    leMor f. A-, dr Helo llarlinnt». ptdt-nM para tipllear • qu» tt mer.Uniu • indicar ¦ blblí-irafia mal» aretthcl, no mnni-nio atual..Não to podo dlser que u mar si .mu » apeuaa um. filtn-fia, -m apenat

    a elenrla eeonèmira tu a trorta da luta do cla-sr» du proletariado. I Ir * um...i.iuuiu it.imogriiro 4* ir., ririiria»; uma filouifia — o M.lrrUIUmu IMale.Uctl uma doutrina teonontira — a iUrummtUs Polui, a m.r.l.u; t a m-tl-m.ittti «orlai da tra do rapilatUmo, cuja batt material »»u a» roniradltó*»,a» Ir» e o detenvtlvlmenl- da produção • da lua dt ti****» — isto *, o tio-rtali.mo moderno. t»»r» tre» componente* formam om leda unlro. Lenlnilriiituu-tbrt um artigo e.prnat — «Tr*» fonte* t lr*i parte* Integrante» domaralima', onde ma-stra que rada um d軫e« ramo* surtiu do próprio de-M-iitolvimenlo da produeá-, da -.orirdade e da* • irm u>, até o mtuIo XIX.O maraUmo ler», awlm. prrmi»: ''^¦¦'^A Ir - ^_______¦ HR __M_H9_i_im AÊÊÊfí^y^Vy^ ¦¦'¦ ¦*%AwhWm mwííSwmh. AmAww£yy>,:& W> wA AwSmmAXtA H_l A¦ H __/• '• % XfAAimi&^AA wm Am¦___ AmW^IMW:"' "^v-l^__i______l __¦ IIAmmmtsJJfmM.r,: $m> .•-;!S__-\l„lR_a_Kai _H-H_.^MMÍH_IÍ_i

    Goiás e Cuba se Encontram na URSSEsta é a lição dos fatos: o revisio-

    nismo significa a perda de confiançanas forcas do socialismo e da classeoperária, significa a pretensão de «re-novar» o marxismo abandonando a sua

    O governador eleito do Estado deGoiás, sr. Mauro Borges Teixeira, acom-

    panhado de sua esposa, visitou recen-temente várias cidades da União So-victlca, onds n

    numerosas autoridades soviéticas e en-trou em contato direto com o povo eas grandes realizações do socialismo.Na visita que realizou ao Palácio dosPioneiros Zdanov, na cidade do Lonin-

    cações com g ado, o governador de Goiás teve

    oportunidade de encontrar-se com asia. Vilma E;pim de Castro, presidenteda Federação das Mulheres de Cuba,c esposa de Raul Castro. Na foto, as-

    pecto desse encontro.

    História'-, ÍV k :..•*' ...__

    .o Operário — (LXI) - Ivan Ribeiro

    Se o leitor bem se lembf, no último capítulo puhli-citilo desta notas (ver NOVOS KUMOS, n.° 60), lhetínhamos prometido dizer al;;o, um sc«uida, sôlirc a bur-

    suesia russa. „ indispensável, com efeito, o conhecimentocios traços caraoteristicos dessa elu.se, para compreender-mos em suas particularidades o complexo processo revo-lucionnrip q:'.e amc.".Ciii'cc'a na vo.llia Rússia czarlsla ao

    iniciar-se o século alun! c que ü-iia sua primeira grandeexplosão nus iiislúiioas Jornadas dos anos 19U3-07.

    A burguesia russa formou-se como classe já no últimocstáüio do capiMlinio, na época (1c sua dcoumj^ojilçLQi._;in-.sua etapa imperluüsta. O desenvolvimento Uo regime ca-

    p.lalislu na liússiu, como vimos, aeclcrou-se em seguidaà rirorma canipàiicsu de 18G1 e tornou-se, de tal modo,n processo fiindiimcnlal, determinante, o

    "fenômeno prin-ripai" (Lenln) no movimento de conjunto da economia do

    pais. Por isso, é a esse processo c não a qualquer outro

    que Lonin "sc

    rc.ere logo às primeiras palavras do seu fa-inoao "Projeto de Programa" dos social-democratas russos,escrito cm 1895, em S. Petcrslurgo, na prisão:

    "Dcsonvolvcin-se mais e mais rapidamente na Rússia

    grandes fábricas e usinas, arruinando os pequenos artesãosa domicilio c os camponeses, transformando-os em opera-r.us sem posses, juntando cada vez. mais gente na cidade,nos povoados e vilas fabris e industriais." E Lenin.escla-ícwc, na "Explicação" anexa ao "Projeto de Programa":

    ".V'substituição da pequena produção pela grande é

    acompanhada da substituição dos pequenos recursos mo-

    «etários em mãos do patrão isolado por enormes capitais,da substituição dos pequenos ganhos insignificantes por

    ganhos de milhões. l'or isso o crescimento do capitalismoleva cm toda parte ao crescimento «.o luxo e da riqueza.Na Rússia criou-se toda uma classe de grandes tubarõesendinheirados, de donos de fábricas e estradas de ferro,

    de comerciam cs, de banqueiros, crinu-se toda uma classe

    dr pessoa» que vivem das receitas dos capitais em dinheiro"que cni|)7cst;im a .iitios aos iiimi-u lais, enriquece; m-^-e

    grandes proprietários lundiarios, que recebem dos c;uh_jo-

    Siíuação da Burguesia Russa na Revolução Democrático-Burguesa

    neves enormes somas de resgate pela terra, que utilizama necessidade que estes têm de terra para aumentar ospreços da terra dada- em arrendamento, que fundam emseus próprios nomes grandes usinas de açúcar e destila-rias."

    A burguesia russa assim formada e constituída,'— doindustrial puro ao latifundiário aburguesado, — era obje-

    ..tjvãmente, independentemente de sua vontade, um fatordo progresso econômico. Isso era tão evidente que mesmoos populistas, — anticapitalístas utópicos que viam no ca-pitalismo em franca ascensão um "fenômeno artificial",uma "planta de estufa", e na comuna camponesa em rá-pida desagregação o "germe do socialismo" e a salvaçãoda Rússia. — eram levados, volta e meia, e sem querer,a reconheec-Io. Criticando a um deles, diz Lenln: "O autornão pode deixar de ver que o "progresso" econômico "liga-

    sc" efetivamente com esses elementos, isto é, que a nossaburguesia efetivamente traz consigo o progresso eco-nômico, ou, para falar mais nrecisamente, o prjjgressotécnico."

    Mas é preciso não esquecer, ao mesmo tempo, que aburguesia russa era burguesia de um pais imperiallsta,ligada por mil laços ao czarismo e parte integrante do im-perialismo mundial, que sugava impiedosamente os povosoprimidos de todo o império czarista.

    Na Rússia amadurecia a revolução democrático-bur-guc^a, agravavam-se as contradições de classe, fermenta-va a revolta nos milhões de camponeses radicalizados peloagravamento inaudito da miséria e da fome, o proletária-do dava provas de crescente combatividade c consciênciade classe. A burguesia russa temia que a classe operáriasc pu/.essc à frente da lula popular contra o czarismo eque,, assim npoiatla, não se detivesse nos limites 1U1 revo-luç.io burguesa c passasse á revolução .c-sinlt.ta. 1-ortan'tò,vendo ciiiuora na autucracia e nas sobrevivenoas leudáis

    um obstáculo ao seu avanço desimpedido eomo classe ex-ploradora, a burguesia não queria derrubar a autocracianem liquidar de vez com as sobrevivencias feudais. Bus-cava uma participação limitada no poder político, com-partilhá-lo em conciliação com a nobreza semifeudal. Lenindizia a esse respeito, cm 1897: ,

    "A burguesia não pode deixar de ter consciência deque o absoliilisnío representa um entrave para o dcsérivol-vimento industrial e social, mas teme a plena democra-tização do regime social C político e pode sempre agir cmaliança com o absolutismo contra o proletariado." E nãose cansava de alertar, durante os anos que antecederam arevolução de 1905-07 c no curso desta revolução, sobre oearáter contraditório peculiar da burguesia russa c o queprevalecia nesse caráter: seu aspecto contra-rcvolucioná-rio. "A burguesia teme cem vezes mais a revolução do quea reação", — repelia éle. "A burguesia olha para trás, te-mondo o progresso democrático, qun brande a ameaça dofortalecimento do proletariado."

    Em tais condições, qual a tática a adotar pelo prole-tariado revolucionário da Rússia diante de sua própriaburguesia, no processo da revolução burguesa? Lenin eseus companheiros partiram, para a determinação dessatática "veliia c ao mesmo tempo eternamente nova", pri-meiro da teoria e da prática do movimento operário daEuropa Ocidental sintetizadas desde cedo no "Manifesto

    do Partido Comunista" e no "O Capital" e, cm seguida,em toda uma série de obras de Marx, Engels, Kautsky eoutros teóricos marxistas. Em segundo lugar, partiram do"caráter necessário, inevitável c progressista'' (Lenin) docapitalismo na Kússia. Deve-se 'lutar contra o capitalismonão pelo "retardamento" do seu desenvolvimento, mas po-Ia sua aceleração, não para Ir.is, mas para frente, não rea-CionãriUincnlc, mas pro;;.. r.iiieinc" (Lenin), Final-mente, consideraram a situação e o papel social reais da

    burguesia como classe: "A existência efêmera c a preca-ri -Je da agitação liberal por êslc ou aquele pretexto, é ,miro, não podem obrigar-nos a esquecer a insuperávelcontradição entre a autocracia

  • Jango na URSSFalou Com o Povo

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