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15 CURTOS+ VOLUME II: MARINA ALVES HELENA FRENZEL ED. S É R I E

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15 CURTOS+

VOLUME I I : MARINA ALVESHELENA FRENZEL ED.

S É R I E

Série 15 Curtos+, Coletânea, Volume II, Marina Alves, 1a. Edição, Helena Frenzel Ed.

Copyright © 2013 Todos os direitos sobre os contos estão reservados à auto-ra: Marina Alves, Lagoa da Prata, MG, Brasil

(www.recantodasletras.com.br/autores/gam)

A editora optou por manter as escolhas de grafia nos textos individuais.

Edição e imagem: Helena FrenzelCopyright © 2013 Todos os direitos sobre esta edição eletrônica estão reser-

vados à editora: Helena Frenzel, St. Ingbert, Alemanha ([email protected])

Todos os textos aqui usados com a permissão da autora. Esta edição pode ser livremente distribuída sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso não comercial - Vedada a criação de obras derivadas 2.5 Brasil, desde que na ínte-gra e com o devido crédito de autoria. Não é permitido de modo algum comercia-lizá-la, alterá-la e/ou usá-la no todo ou em parte para gerar obras derivadas.

Obra disponível para baixar em: quintextos.blogspot.com

CRÉDITOS

i

CRÉDITOS (i)

SOBRE O VOLUME (iii)

SOBRE A AUTORA (iv)

NOTA DA EDITORA (v)

SÓ PELO PRAZER DA LEITURA (6)

CONTO DO NATAL (OU DO VIGÁRIO) (7)

PALAVRAS CRUZADAS (8)

VIA SEDEX (9)

MEDIDA PREVENTIVA (10)

TENSÃO NO JARDIM...(11)“DURMA BEM, AMOR“ (12)

AMIGAS NA SALA... (13)

TEM-P(Ó) NESSA HISTÓRIA... (14)

À MORTE, FIEL PARCEIRA... (15)

PEGO NO FLAGRA (16)

BOM CONSELHO (17)

A ÚLTIMA CHANCE (18)

NADA CÔMICO (19)

ACERTO DE CONTAS (20)

JUNTOS...(21)NOITE DE AUTÓGRAFOS (22)

SEM ALARDE (23)“O QUE VOCÊ GOSTARIA DE PERGUNTAR A DEUS?“ (24)

EM TRÊS TEMPOS (25)

SUMÁRIO

ii

Série15 Curtos+

ColetâneaVolume II, 1a Edição

Textos de Marina Alves

Edição: Helena FrenzelSetembro de 2013

Esta publicação é parte do site Quintextos(quintextos.blogspot.com)

Venda proibida

SOBRE O VOLUME

iii

! MARINA ALVES é natural de Lagoa da Prata, Minas Gerais. Escritora, poetisa, autora do livro de contos “Sombras e Assombrações” (2007). Formada em Pedagogia, pós-graduada em Psicopedagogia. É membro da ACADELP- Academia Lagopratense de Letras; colunista do jornal INFORMAÇÃO. Conta com trabalhos publicados na revista AMAE Educando, em coletâneas, antologias, e jornais locais. Mantém uma escrivaninha no site Recanto das Letras.

SOBRE A AUTORA

iv

Esta é a segunda vez que tenho grande prazer e alegria em adicionar outro volume de escritos de MARINA ALVES à minha biblioteca virtual: o Quintextos. O primeiro volume foi dedicado a crônicas e este aqui vem recheado com vinte amostras de mini-, micro- e nanonarrativas. Esta sua habilidade no trato com textos minimalistas não era novidade para mim, há algum tempo o colega Marcio Rutes já havia me chamado a atenção para estas características de sua escrita. MARINA ALVES é uma autora cujo trabalho só tem me surpreendido e por isso tem no Quintextos marcado e merecido o seu lugar. Deixo esta curta introdução para não fugir ao espírito da coleção. Que vá aos curtos e curta então!

Helena Frenzel, Alemanha, 25 de setembro de 2013.

NOTA DA EDITORA

v

Era tão rico (e metido a intelectual) que chegou a publicar um livro: "Minhas Senhas Bancárias".

SÓ PELO PRAZER DA LEITURA

1

6

Ela o conheceu vestido de vermelho, barba postiça branca e um saco de presentes, fotografando com crianças numa praça. O meteórico amor vivido por uma noite, levou-lhe o cartão do banco, o salário do mês, o talão de cheque e a última ilusão... Ah, também quem mandou acreditar em Papai Noel...

CONTO DE NATAL (OU DO VIGÁRIO)

2

7

OA L Ô!

Á!

E um livro inteiro escrito a quatro mãos...

PALAVRAS CRUZADAS

3

8

Depois que tudo passa, há coisas que não passam, doem... Segue pelo correio sua gravata de bolinhas...

VIA SEDEX

4

9

Cautelosa, ela escrevia as próprias memórias: sabia que ao conseguir esquecer aquele amor, estaria também se esquecendo...

MEDIDA PREVENTIVA

5

10

Sempre-viva em alerta: Cravo-de-defunto avisou que vem aí...

TENSÃO NO JARDIM...

6

11

Já na cama, ela viu Jean Claude entrar no quarto. Trazia numa bandeja de prata o remédio das dez. Olhou o marido, atencioso, amoroso como sempre, e experimentou um leve remorso: nem de longe ele imaginava o caso que ela mantinha com o balconista que o ajudava na farmácia. Engoliu a cápsula, sorveu lentamente a água da taça e sorriu. O marido ajeitou-lhe os travesseiros e sussurrou “Durma bem, amor...”. Nem de longe ela imaginava que a cápsula daquela noite, continha arsênico...

“DURMA BEM, AMOR...“

7

12

Enquanto conversavam o olhar deslumbrado da visitante passeava pelo recinto: o piso de mármore, o tapete persa, os vasos das mesinhas, as estatuetas do aparador, as cortinas de seda, o óleo sobre tela, o lustre de cristal... E a imensa e escandalosa teia de aranha com mil aranhinhas pretas desfilando pra lá e pra cá no canto da parede...

AMIGAS NA SALA...

8

13

Diante do espelho ela se maquiava e se autocensurava...— Vá-idade! Vem logo e leva contigo essa inútil

vaidade...

TEM-P(Ó) NESSA HISTÓRIA...

9

14

"Que o dia hoje seja terrível! Com muitas, mas muitas mortes! Quem sabe um surto de suicídio coletivo? Poderia ser também uma boa catástrofe que atingisse a cidade em grande escala: uma enchente que arrasasse tudo, ou um incêndio que começasse com um curto no primeiro andar, num prédio de 25, sem tempo pra ninguém descer. Ah, podia também cair um avião (será que aquele laserzinho no olho do piloto ajuda?). Sabe, me passou pela cabeça até um tremor entre 4,0 e 4,5 graus na escala Richter, que fizesse o povo sair correndo de casa e se jogar na frente dos carros. Puxa, pesando na balança da minha consciência esse meu lado frio e calculista até me pesa. Mas eu não sou um homem mau! Juro que não! A culpa é do sistema financeiro deste País. Sabe como é, né, parceira? Os negócios estão em baixa. Cismei de modernizar minha funerária “Enfim Só”, copiando um modelo japonês e deu tudo errado... Preciso urgentemente de você, amiga..."

À MORTE, FIEL PARCEIRA...

10

15

Ela, sua última conquista... E o toque personalizado do celular que ele esquecera de desligar: “O celular tá tocando, atende logo papaizinho... O celular tá tocando, atende logo papaizinho... O celular tá tocando, atende logo papaizinho”.

PEGO NO FLAGRA

11

16

Aquele não era um bom dia para ler o bom conselho no muro da autoescola: “Beber e dirigir é suicídio”. Virou a garrafa de “51” e entrou no seu velho Fiat 147... Sem freios...

BOM CONSELHO

12

17

Chegou atrasadíssima para a vida: bilhetes já esgotados, bancos todos ocupados, vagões lotados. Restou-lhe mesmo só o trem da meia-noite. Sem escolha, resolveu esperar por ele, ainda que soubesse: vinha cheio de fantasmas.

A ÚLTIMA CHANCE

13

18

Ele disse um atômico NÃO! Ela disse um lacônico sim... Era o fim...

NADA CÔMICO

14

19

Resolveu mudar de vida: pôs os olhos no futuro, deu as costas ao passado... Foi de lá que veio o tiro...

ACERTO DE CONTAS

15

20

Até que a morte nos una?Nem morta!!

JUNTOS...

16

21

Num canteiro de ideias plantou mil letrinhas. Colhe agora os frutos, curtindo sua noite de “hortógrafo”...

NOITE DE AUTÓGRAFOS

17

22

Estava triste... E só!

SEM ALARDE

18

23

No portão, ela ouvia o evangelizador; pensamento longe, uma única pergunta na cabeça: "Que fim levou meu maiô de hidroginástica, que estava no varal?"...

“O QUE VOCÊ GOSTARIA DE PERGUNTAR A DEUS?“

19

24

Pensava tanto no futuro, que não deu conta do presente. Muito cedo ainda virou só um nome no passado...

EM TRÊS TEMPOS

20

25