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UNINGÁ UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ FACULDADE INGÁ CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM IMPLANTODONTIA ILARINO SANDI IMPLANTES CURTOS PASSO FUNDO 2008

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UNINGÁ – UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ

FACULDADE INGÁ

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM IMPLANTODONTIA

ILARINO SANDI

IMPLANTES CURTOS

PASSO FUNDO

2008

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ILARINO SANDI

IMPLANTES CURTOS

Monografia apresentada à unidade de Pós-raduação da Faculdade Ingá – UNINGÁ – Passo Fundo-RS como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Implantodontia. Orientador: Prof. Ms. Alexandre Basualdo

PASSO FUNDO

2008

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ILARINO SANDI

IMPLANTES CURTOS

Monografia apresentada à comissão julgadora da unidade de Pós-raduação da Faculdade Ingá – UNINGÁ – Passo Fundo-RS como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Implantodontia.

Aprovada em ___/___/______. BANCA EXAMINADORA:

_________________________________________________ Prof. Ms. Alexandre Basualdo

_________________________________________________

Prof. Ms. Cristian Schuh

_________________________________________________ Prof. Ms. José Carlos Martins Da Rosa

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus

pais Hermínio e Zelinda e aos

filhos Marco Antonio, Fernando

e Rafaela.

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AGRADECIMENTOS

. À minha namorada Alexandra pelo carinho e compreensão.

. Ao meu orientador professor Alexandre Basualdo.

. Aos professores, pelo comprometimento e paixão com que conduziram o

curso.

. Ao grupo 1: Arlei, Deise e Tatiana. Vocês vão ficar para sempre em meu

coração.

. Aos colegas, a turma mais especial com que convivi nestes anos de

aprimoramentos.

. A todos que de alguma forma colaboraram durante o curso e na realização

deste trabalho.

. A Deus, ponto de orientação de minha vida, pai eterno e senhor de todas as

coisas.

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RESUMO

Apesar de elevadas taxas de sucesso dos implantes dentários endósseos, há restrições quanto a sua instalação em relação à disponibilidade do osso em altura e espessura. O uso de implantes curtos (10 mm ou menos) ou de diâmetro não padronizados poderia ser uma alternativa para superar tal limitação. O propósito deste estudo foi verificar, através de uma revisão da literatura, a efetividade dos implantes curtos e determinar os fatores que interferem no seu sucesso ou falhas e avaliar quando do seu uso ou de técnicas de enxerto ósseo que permitam a reconstrução do rebordo. Foi analisado, além do comprimento do implante, o protocolo cirúrgico para a colocação, superfície do implante, diâmetro e fatores protéticos a serem observados. Buscas Medline e/ou manual foram conduzidas e cobertas pelo período de 1990 a 2007. Este estudo mostrou que os implantes curtos são efetivos, com resultados similares aos dos implantes mais longos. É fundamental a qualidade do ato cirúrgico com o uso de uma técnica adaptada à densidade óssea, além de implantes com superfície texturizada e carregamento com uma prótese equilibrada. Quando observados esses fatores, o comprimento e diâmetro não são decisivos para o sucesso. O enxerto ósseo para a reconstrução do rebordo é uma técnica previsível, mas condicionada à relutância do paciente, além do tempo, morbidade e custos. A efetividade dos implantes curtos deveria ser comparada não a implantes padrão colocados em osso com altura, espessura e boa densidade, mas a resultados obtidos em pacientes que se submeteram à cirurgia de enxerto ósseo. Futuras pesquisas devem ser feitas para melhor investigar a relação entre densidade óssea, comprimento e diâmetro de implante e índices de sucesso. Palavras-chave: Implantes Dentários e Implantes Dentários Endósseos. .

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ABSTRACT

In spite of high success rates of endosseous dental implants, there are some

restrictions regarding their installation in relation to the height and wide of the bone marginal. The usage of short implants (10 mm or less) or no standard diameter may be an alternative to overcome this limitation. The purpose of this study was to verify, through a literature revision, the effectiveness of short implants, determine the factors that interfere in their success or failure and to assess their usage or bone graft techniques that allow the reconstruction of the edge. They were analyzed, more than the length of the implant, the surgical protocol to the placement, implant surface, diameters and prosthetic factors to be observed. Searches Medline and/or manual were conducted and recovered in a period from 1990 to 2007. This study has shown that short implants are effective, with similar results as longer implants. It is very important the quality of the surgical act with the usage of an adapted technique to the bone density, besides of implants with texture surface and loading with a balance prosthetic. When observed these factors, the length and diameter are not decisive to the success. The bone grafted to the reconstruction of the edge is a predicable technique, but depending on the patient acceptance, besides of time, morbidity and costs. The short implants effectiveness should be compared not to standard implants placed in bones with height, width and good density, but to a results obtained from patients that were submitted to bone grafted surgery. Future searchers must be done to a better investigation in relation to the bone density, implant length and diameter and success rates. Key-words: dental implants and endosseous dental implants.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 09

2 REVISÃO DA LITERATURA.................................................................................. 11

3 DISCUSSÃO ............................................................................................................ 27

4 CONCLUSÃO........................................................................................................... 34

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 35

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1 INTRODUÇÃO

A grande freqüência com que o cirurgião-dentista se depara, na rotina de

clínica odontológica, com pacientes que apresentam perda de um ou mais

elementos dentários, interferindo na saúde bucal, geral e psicológica faz com que

este profissional necessite repor esses dentes, recuperando funções, formas e a

estética, restabelecendo o equilíbrio do sistema estomatognático.

A reposição dos dentes perdidos era feita, até poucos anos atrás, tão somente

pela confecção de próteses totais, parciais removíveis, próteses fixas utilizando

dentes adjacentes como pilares e próteses adesivas.

Per-Ingvar Bränemark criou, há aproximadamente quarenta anos, uma nova

alternativa para a reabilitação de desdentados parciais ou totais. Os implantes

osseointegrados passaram a representar uma forma segura e precisa para a

reposição de perdas dentárias. O sucesso de próteses implanto-suportadas

proporcionou ao profissional confiança na aplicabilidade deste tipo de tratamento.

Entretanto, a perda do elemento dentário está quase sempre associada a uma

reabsorção de estrutura óssea. Esta, quando severa, implica dificuldades para a

instalação de implante dentário. Para, Renouard e Nisand (2006), o tratamento

nessas situações é a modificação cirúrgica da anatomia dos pacientes para permitir

a colocação de implantes mais longos e mais largos. Entretanto, essas técnicas

podem sofrer resistência pela relutância do paciente a se submeter a intervenções

mais invasivas, como descrito por Stellingsma et al. (2003). Alternativas passaram a

ser estudadas para contrapor a este problema.

A adaptação do implante na anatomia existente através do uso de implantes

curtos e de diâmetros não padronizados pode ser uma alternativa de tratamento

mais simples e previsível para a restauração do desequilíbrio provocado pela perda

do elemento dentário e parte da estrutura óssea. Para Nedir et al. (2004), o uso dos

implantes curtos de forma previsível na prática privada deveria fazer da terapia do

implante mais simples e acessível para um alto número de pacientes e profissionais,

por restringirem a necessidade de procedimentos cirúrgicos avançados para a

reconstrução do rebordo ósseo.

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Este estudo tem como objetivos verificar a efetividade dos implantes curtos,

determinar os requisitos multifatoriais que interferem no seu sucesso ou falhas,

avaliar quando do seu uso ou de técnicas de enxerto em tecido ósseo que

possibilitem a reconstrução do rebordo e quais os fatores que influenciam na sua

escolha.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

Van Steenberghe et al. (1990) avaliaram 159 pacientes com edentulismo

parcial, nos quais foram instalados 558 implantes do sistema Brånemark, com

diâmetros de 3.75 e 4.0mm e comprimentos de 7 a 20mm, em nove centros clínicos.

Foram observadas maiores falhas em pacientes com edentulismo parcial por mais

de cinco anos (12%), comparadas às falhas de 6% em pacientes com edentulismo

de um a cinco anos e 7% por menos de um ano. Além disso, as falhas foram

maiores em homens (13%) em relação às mulheres (7%). A qualidade do osso

também foi determinante para o aumento das falhas em implantes curtos.

Friberg, Jemt e Lekholm (1991) relataram as falhas em 4.641 implantes do

sistema Brånemark de diferentes comprimentos, do primeiro estágio cirúrgico à

instalação da prótese, tendo o maior índice de falhas ocorrido com implantes de

7mm, tanto em maxila (6.97%), quanto em mandíbula (2.68%). Os autores atribuem

a perda na mandíbula ao fato de o osso encontrado normalmente em mandíbulas

atróficas ser do tipo I, o que acarretava superaquecimento durante a cirurgia de

instalação das fixações, levando a sua perda precoce.

Jemt (1991) avaliou as falhas e complicações de 2.199 implantes Brånemark

instalados em maxilares edêntulos para a confecção de 391 próteses fixas. No

acompanhamento por um ano obteve um índice de sucesso de 99,5% para as

próteses e 98,1% para os implantes. Comparativamente, houve mais falhas na

maxila (2,9%) em relação à mandíbula (0,4%). O implante de 7mm falhou mais

freqüentemente (5,3%) em relação aos demais, principalmente em maxila. Vinte e

quatro implantes do total de 72 falhas ocorreram antes da inserção das próteses.

Jemt et al. (1992) avaliaram 430 implantes Brånemark instalados em maxilares

com reabsorção severa. Estas fixações serviram de apoio a 92 sobredentaduras

instaladas imediatamente. Dos 430 implantes, 69 falharam (16%). Os autores

observaram maiores complicações em sobredentaduras que em próteses fixas, além

de as primeiras ainda apresentarem problemas por falhas na resina e fraturas de

clipes. Embora os resultados demonstrem a possibilidade de tratamento com

sobredentaduras em maxilares severamente reabsorvidos com instalação de

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implantes curtos, comparando com pacientes com mais osso, o presente grupo de

estudo mostra uma taxa alta de falhas.

Bain e Moy (1993) compararam os resultados de 2.194 implantes Brånemark

em 540 pacientes por um período de seis anos. A falência foi de 5,92%, contudo,

quando os pacientes foram divididos em fumantes e não fumantes, encontraram-se

resultados significativamente diferentes, respectivamente de 11,28% e 4,75%. As

taxas de falência diminuíram com o aumento do comprimento de implante, porém

foram maiores independentemente do comprimento em fumantes. Os fumantes, de

acordo com este estudo, são potencialmente mais propensos à falhas em implantes

dentários.

Henry, Tolman e Bolender (1993) analisaram os resultados da aplicabilidade de

implantes osseointegrados em pacientes parcialmente desdentados durante três

anos em nove centros clínicos. Concluíram que para a osseointegração não podem

ser considerados fatores isolados, como o comprimento dos implantes, pois esta é

baseada em requisitos multifatoriais como o tipo ósseo e a condição tecidual, bem

como o correto manuseio dos tecidos no ato cirúrgico. Nenhum implante de 15mm

ou mais falhou. Dos oito implantes que falharam no primeiro e segundo anos, cinco

eram de 7mm e três de 10mm. Foi maior a taxa de falhas na maxila (7,5%) em

relação à mandíbula (5,2%). A taxa de sucesso após três anos foi de 93,5%. Maiores

falhas ocorreram em implantes instalados em osso tipos III e IV.

Jemt e Lekholm (1993) avaliaram por cinco anos 67 pacientes com edentulismo

parcial posterior nos quais foram instalados 259 implantes e confeccionadas 94

próteses. Na maxila, três implantes foram perdidos, um (7mm) antes do

carregamento e um (7mm) no período de acompanhamento. Na mandíbula um

implante foi retirado na reabertura e outros dois foram perdidos durante o

acompanhamento de cinco anos, todos de 7mm. A taxa total de sobrevivência foi de

97,2% para os implantes e 100% para as próteses. Em média, 0,8mm de osso

marginal foi perdido em volta dos implantes da maxila, comparado a 0,6mm da

mandíbula.

Langer et al. (1993) recomendam implantes de largo diâmetro (5,0mm) na

região posterior, onde existiria uma aceitável largura e densidade óssea, porém

altura inadequada. Essa altura pequena seria compensada pelo aumento do

diâmetro do implante, proporcionando uma área superficial maior de contato ósseo

com o titânio, o que levaria a uma redução no índice de perdas de implantes curtos

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nessa região. Este artigo descreve um novo implante auto-ajustável de 5,0mm de

diâmetro, uma modificação do desenho do Brånemark Standard, para uma solução

em situações especiais do osso ou troca do implante comprometido. Os resultados

demonstraram que nenhum implante foi perdido antes da reabertura e poucos

falharam ao integrar em situações em que mesmo os de 5,0mm não apresentavam

estabilidade e não existiam implantes de maior diâmetro.

Higuchi, Folmer e Kultje (1995) verificaram a taxa de sobrevivência de

implantes Brånemark em pacientes parcialmente desdentados num

acompanhamento de três anos após a inserção das próteses. Após esse período,

460 implantes ainda permaneciam em 139 pacientes, como apoio a 174 próteses

fixas, obtendo-se uma taxa de sobrevivência de 92,5% na maxila e 94,8% na

mandíbula, taxa cumulativa de 93,9%. Falhas foram associadas com a pobre

qualidade do osso, implantes curtos e um alto índice de placa e ocorreram mais

antes do carregamento com as próteses.

Jemt e Lekholm (1995) avaliaram os resultados obtidos em 150 pacientes

edêntulos com diferentes graus de reabsorção óssea. Estes pacientes foram

divididos em quatro grupos, de acordo com o tamanho da mandíbula para a

instalação de implantes Brånemark. Após o segundo estágio cirúrgico, foram

confeccionadas próteses fixas ou sobredentaduras em pacientes com reabsorções

severas de mandíbula. As falhas cumulativas em cinco anos foram de 7,9% em

pacientes com prótese fixa e 28,8% para sobredentaduras. Num grupo foi efetuado

enxerto ósseo autógeno e apresentaram, comparativamente, resultados melhores

aos pacientes com severa reabsorção e sobredentadura, porém resultados piores ao

grupo que apresentava uma reabsorção mínima. Falhas no tratamento estão

relacionadas à qualidade do osso e implantes curtos (7mm), além do tipo de

reconstrução protética.

Triplett e Schow (1996) em um estudo retrospectivo, avaliaram os resultados

obtidos com enxertos ósseos autógenos efetuados para suportar implantes

dentários, entre 1985 a 1992. Um total de 129 enxertos da crista do ilíaco, mento e

calota craniana foram realizados em 99 pacientes e instalados 364 implantes. Estes

foram realizados simultaneamente à cirurgia de enxerto ou de seis a nove meses

após. O índice de sucesso foi de 87,9%, com melhores resultados quando os

implantes foram instalados posteriormente (90,4%), em relação ao implante imediato

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(83,6%). Dos 51 implantes instalados em áreas não enxertadas no mesmo grupo de

pacientes o índice de sucesso foi de 96%.

Daelemans et al. (1997) avaliaram enxertos ósseos autógenos em 44 seios

maxilares, com instalação simultânea dos implantes, durante cinco anos. Um total de

121 implantes foram instalados em seios maxilares enxertados com osso de crista

de ilíaco. Aproximadamente em 5 a 6 meses os implantes foram reabertos e as

próteses instaladas. O índice de sucesso dos implantes foi de 94,15%. A média de

sobrevivência foi comparada a implantes instalados em osso maxilar não enxertado.

Ellegaard, Baelum e Karring (1997) analisaram os resultados da terapia de

implantes em pacientes com doença periodontal. Dezenove pacientes foram tratados

com 31 implantes Astra e 56 pacientes, com 93 implantes ITI. Os implantes variaram

de 8 a 14mm, sendo 45% de 8mm instalados principalmente em maxila. O período

de observação variou de 12 a 40 meses para os implantes Astras e de 3 a 84 meses

para os ITI. Anualmente os implantes eram avaliados em quatro lugares, verificando-

se a presença de placa, sangramento no exame, exame profundo e exame

radiográfico. Três implantes ITI fracassaram. Depois de três anos, 76 e 86% dos

implantes Astra e ITI, respectivamente, permaneceram livres de perda da crista

óssea maior ou igual a 1,5mm. Os resultados indicaram que pacientes

periodontalmente comprometidos podem ser, com sucesso, tratados com implantes,

sem diferença estatística em relação ao comprimento.

Ten Bruggenkate et al. (1998), num estudo multicêntrico, verificaram a

efetividade de implantes ITI de 6mm de comprimento. Num período de seis anos 253

implantes curtos foram colocados em 126 pacientes, que foram acompanhados de

um a sete anos. Nesse período sete implantes faliram: seis na maxila e um na

mandíbula. Os resultados clínicos foram comparados a implantes mais longos do

mesmo sistema. Apesar dos resultados favoráveis, os autores sugerem o seu uso

em combinação com implantes mais longos, especialmente quando usados em um

osso menos denso, freqüentemente visto no maxilar.

Wyatt e Zarb (1998) analisaram, durante 12 anos, num acompanhamento

médio de 5,4 anos, 77 pacientes parcialmente desdentados, que receberam 97

próteses fixas suportadas por 230 implantes. Verificaram que o mais alto índice de

falhas se deu na utilização de implantes de 7 mm (25%), sem haver uma relação

entre maxila e mandíbula, concluindo que a qualidade óssea não influi na perda,

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mas sim na quantidade de tecido ósseo, ou seja, o comprimento do implante. O

sucesso após esse período foi de 94% para o implante e 97% para as próteses.

Gunne et al. (1999) analisaram, num estudo longitudinal com dez anos de

acompanhamento, o uso de implantes curtos na região posterior da mandíbula

apoiando próteses parciais fixas e compararam com próteses apoiadas por

implantes e raízes residuais. Em 23 pacientes com dentes residuais foram instaladas

próteses fixas, num lado apoiadas por dois implantes e, do outro, por um implante e

um dente. No período do estudo os implantes curtos foram favoráveis, assim como a

conexão implante/dente não demonstrou nenhuma influência negativa nas taxas

cumulativas de sucesso. Os autores sugerem que esta construção protética apoiada

por ambos pode ser um tratamento alternativo previsível para mandíbula posterior.

Ivanoff et al. (1999), num estudo retrospectivo de três a cinco anos, avaliaram a

influência da variação do diâmetro do implante em relação à taxa de sucesso. Em 67

pacientes, variando de 16 a 86 anos, foram instalados 299 implantes Brånemark

(141 de 3,75mm, 61 de 4mm e 96 de 5mm ). As falhas foram de 5 % no diâmetro

3,75mm, 3 % nos implantes de 4mm e 18 % nos de 5mm. Falhas maiores ocorreram

em mandíbulas, entretanto nenhuma relação foi verificada entre as falhas do

implante e tipo de mandíbula, ou qualidade e quantidade óssea. Uma possível razão

para maior percentual de falhas do implante 5 mm foi, de acordo com o estudo, a

sua utilização em substituição a implantes de menor diâmetro que não alcançaram

estabilidade inicial.

Lekholm et al. (1999) avaliaram falhas em 461 implantes Brånemark de

superfície maquinada num acompanhamento de dez anos em 125 pacientes

parcialmente desdentados, principalmente na região posterior dos maxilares.

Obtiveram um índice de sucesso de 90,2% para a maxila e 93,7% para a mandíbula.

Foram utilizados implantes de 7 a 20mm de comprimento com diâmetro de 3,75 e

4.0mm. Implantes curtos (7 e 10mm ) tiveram um índice maior de falhas, assim como

implantes de 3,75mm. A maior parte dos implantes que falharam foi antes do

carregamento ou durante o primeiro para o segundo ano. O número de implantes

por prótese não demonstrou alterações no sucesso. A perda média na altura do

osso marginal foi de 0,7mm.

Renouard, Arnoux e Sarment (1999) consideravam que em maxilares com

edentulismo parcial, com áreas de densidade e volume limitados de osso, implantes

de diâmetro largo eram adequados. Neste estudo 98 implantes de 5.0mm de

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diâmetro com superfície maquinada foram colocados na região posterior de maxila e

mandíbula, com comprimento variando de 6 a 12mm. Oito implantes falharam (três

na maxila e cinco na mandíbula), seis no segundo estágio cirúrgico e dois após um

ano de carregamento, com uma taxa de sobrevivência de 91,8%. Dos implantes

remanescentes, 60% não tiveram roscas expostas até o primeiro ano de instalação

das próteses. Os resultados são similares aos implantes de diâmetro padrão. Os

autores sugerem modificações do passo cirúrgico e consideram que mais estudos

são necessários para determinar o protocolo ideal para a colocação com sucesso de

implantes de largo diâmetro.

Bahat (2000) avaliou a efetividade de 660 implantes Brånemark em 202

pacientes, instalados na região posterior dos maxilares, com acompanhamento de 5

a 12 anos e restaurados com metalo-cerâmica. Treze implantes faliram entre a

instalação e a carga (2%), 12 entre a carga e o final do primeiro ano e 10 após o 1º

ano. A taxa de sucesso cumulativa foi de 94,4% em cinco a seis anos e 93,4%, após

dez anos. A qualidade e quantidade óssea tiveram pequena influência na taxa de

sucesso. Cuidadoso planejamento e execução cirúrgicos devem ser buscados.

Deporter, Todescan e Caudry (2000) utilizaram implantes Endopore com a

forma da raiz e com superfície tratada. Vinte e seis implantes, na maioria de 7mm de

comprimento (apenas dois de 5mm e um de 9mm) por 4.1 e 5.0mm de diâmetro,

foram instalados na região posterior da maxila, em que o assoalho do seio maxilar

se encontrava a cerca de 3 mm do rebordo ósseo. Após a perfuração inicial eram

utilizados osteótomos similares ao formato do implante, com os quais se produzia

uma elevação atraumática do assoalho do seio maxilar e, posteriormente, eram

colocados simultaneamente os implantes. Após uma média de 11,1 meses de

carregamento a taxa de sobrevivência dos implantes foi de 100%.

Friberg et al. (2000) analisaram, por um período médio de oito anos, um total

de 247 implantes Standard (3,75 x 7mm) e 13 MK II (5 x 6mm), inseridos em 49

pacientes com severa atrofia mandibular. Desses, 17 implantes faliram no período

do estudo, com sucesso de 95,5% no quinto ano e 92,3% no décimo ano, concluindo

que os implantes curtos, sem o uso de procedimento de enxerto de tecido ósseo

para a reconstrução de mandíbulas desdentadas severamente atróficas, são

altamente efetivos.

Snauwaert et al. (2000) avaliaram, em 15 anos de acompanhamento, 4.971

implantes Brånemark instalados em 1.315 pacientes com edentulismo parcial ou

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total. Os pacientes eram reavaliados a cada 6 a 12 meses num controle que variou

de 0,5 a 15 anos (média de 5,1 anos). Entre outras observações, verificou-se que a

taxa de falhas foi de 21,5% para implantes 7mm, contrastando com 4,1% para 13mm

e 3,8% para 15mm. As falhas foram mais freqüentes na maxila e ocorreram antes ou

durante o primeiro ano de instalação das próteses.

Stellingsma, Meijen e Raghoebar (2000) avaliaram o sucesso de implantes

curtos (7 a 10mm) em mandíbulas extremamente reabsorvidas, utilizados na região

interforaminal como suporte de sobredentaduras. Sessenta e oito implantes foram

instalados em 17 pacientes com idade média de 65 anos, com acompanhamento de

60 a 97 meses (média 77 meses). Oito implantes foram perdidos, sete durante o

período inicial da cicatrização e um após o carregamento protético, com uma taxa de

sobrevivência cumulativa de 88%.

Winkler, Morris e Ochi (2000) relataram os resultados em três anos de 2.917

implantes instalados de acordo com o diâmetro e comprimento. O estudo avaliou

implantes ao acaso em diferentes regiões maxilares, com comprimentos de 7, 8,

10,13 e 16mm, e diâmetros de 3mm ou mais (3 a 3,9mm - grupo de 3) e 4mm ou

mais (4 a 4,9mm- grupo de 4). Nenhuma tentativa foi feita para avaliar a influência

de outras variáveis nos resultados de sobrevivência dos implantes. De acordo com o

estudo, os implantes mais curtos tiveram taxas menores de sucesso em relação a

implantes mais longos, assim como os de diâmetro de 3 a 3,9mm apresentaram

falhas maiores em relação aos de 4 a 4,9mm. Da mesma forma, a estabilidade foi

menor para o grupo 3 em relação ao grupo 4. Nenhuma diferença significativa foi

observada na perda da crista óssea em relação ao diâmetro entre o primeiro e

segundo estágios cirúrgicos. Os autores recomendam que implantes largos e

compridos, ao alcance das limitações anatômicas do paciente, sejam utilizados.

Deporter et al. (2001) analisaram 48 implantes de 7 a 9mm instalados em pré-

molares (17) e molares (31) em mandíbula, na maior parte dos casos (83%)

restaurados com coroas unitárias. Após uma média de 32,6 meses (variando de 8,2

a 50,3 meses), o sucesso foi de 100%, indicando que implantes curtos com

superfície geométrica porosa são efetivos inclusive para molares. Exames

radiográficos demonstraram pouco ou nada de perda da crista óssea.

Testori et al. (2001) avaliaram a performance de 485 implantes Osseotite

colocados em 181 pacientes, em quatro centros de estudo, acompanhados por

quatro anos. Cento e cinqüenta e três implantes eram de 10 mm ou menos. Foram

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instaladas próteses unitárias ou fixas. No período houve 6 falhas (cinco na maxila e

uma na mandíbula), todas no carregamento, somente uma nos implantes curtos.

Após quatro anos a taxa cumulativa de sucesso foi de 98,7%. O sucesso clínico de

implantes de 10 mm ou mais curtos foi similar ao dos implantes mais longos.

Akça e Iplikçioglu (2002) compararam, através da análise pelo método do

elemento finito, o estresse provocado sobre os implantes num protocolo inferior com

cantiléver ou quando da colocação de implantes curtos posteriores. Seis implantes

foram instalados de acordo com as duas configurações. Uma carga de 400N foi

aplicada e valores de estresse de Von Misses foram avaliados. Os resultados

demonstraram valores significantemente menores de estresse quando da instalação

de implantes curtos posteriores.

Naert et al. (2002) descreveram os resultados de 1.956 implantes Brånemark

instalados entre 1982 e 1996 na Universidade Católica Leuven. Esses dispositivos

foram instalados em pacientes parcialmente edêntulos e em regiões variáveis, com

acompanhamento até 1999. A taxa cumulativa estimada de sobrevivência foi de

91,4% para todos os implantes. Nem o maxilar nem a posição do implante (ântero-

posterior) tiveram efeito significativo no resultado. O implante curto, baixo número de

implantes por prótese e implantes em osso enxertado apresentaram risco maior de

falhas.

Garlini et al. (2003) consideraram que a superfície do implante influenciava na

formação e manutenção do osso circundante, além de reduzir o tempo da

osseointegração. Neste estudo os autores avaliaram 555 implantes Osseotite, que

foram colocados em 244 pacientes por um período médio de 26 meses. Depois do

segundo estágio cirúrgico, oito implantes falharam, com uma taxa de sucesso de

98,5%. Nenhum faliu após o carregamento, com acompanhamento médio de 34

meses. Nenhuma diferença foi notada em relação aos tipos diferentes de próteses

ou comprimento e diâmetro do implante.

Stellingsma et al. (2003) compararam, em parâmetros subjetivos, a satisfação e

aspecto psicosociais de pacientes com reabsorção extrema da mandíbula, tratados

com implantes e sobredentaduras. Sessenta pacientes foram selecionados, com

média de idade de 59 anos. Estes foram designados a um dos três grupos de

tratamento: implante transmandibular, de acordo com Bosker, enxerto em tecido

ósseo e após quatro implantes e no terceiro grupo a inserção de quatro implantes

curtos. Antes do tratamento e um ano após a colocação das sobredentaduras,

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satisfação com a prótese, aspectos psicossociais e experiências durante e fase

cirúrgica foram avaliados com questionários. Em um ano as diferenças entre os três

grupos não foram significativas. Houve um melhoramento significativo na satisfação

dos pacientes nos três grupos. Entretanto, em termos de desconforto e dor durante a

fase cirúrgica, bem como da duração desta fase (no mínimo seis meses), o enxerto

de crista do ilíaco acompanhado pela inserção de quatro implantes após três meses

foi a opção menos aceita das três modalidades.

Tawil e Younan (2003) analisaram os resultados de implantes de 10mm ou

menos, n a grande maioria em desdentados parciais em região posterior de

mandíbula. Duzentos e sessenta e nove implantes foram instalados em 111

pacientes com acompanhamento de 12 a 92 meses. Doze implantes falharam, com

uma taxa cumulativa de sucesso de 95,5%. O osso encontrado era na maioria dos

casos tipos II e III. Estatisticamente não houve diferença no índice de sucesso para

implantes de 10mm, quando comparados a implantes mais curtos ou em relação ao

diâmetro, demonstrando a sua eficiência.

Weng et al. (2003), num estudo prospectivo multicêntrico, avaliaram 1.179

implantes 3I de superfície usinada, com acompanhamento de seis anos. Os 493

pacientes com idade média de 45 anos foram selecionados em seis centros de

pesquisas. Os implantes foram instalados e mantidos submersos por, no mínimo,

quatro meses para a mandíbula e seis meses para a maxila. Cento e quatro

implantes falharam, com índice de sucesso de 91,1% , sendo 60% destes curtos

(10mm ou menos), com uma taxa cumulativa de sucesso de 89%, comparada a

efetividade de 93% para implantes mais longos. As maiores falhas ocorreram em

maxila posterior. Concluíram que as dimensões limitadas e a baixa qualidade do

osso têm impacto na performance dos implantes com superfície usinada.

Becktor, Isaksson e Sennerby (2004) compararam a sobrevivência do implante

em maxilares edêntulos enxertados ou não enxertados. O estudo compõe-se de dois

grupos: o grupo enxertado, que incluiu 64 pacientes com 437 implantes, e o grupo

não enxertado, que incluiu 118 pacientes com 683 implantes. Os pacientes foram

tratados entre 1990 a 1996 e acompanhados por cinco a seis anos. A taxa de

sobrevivência dos implantes foi de 75,1% para o grupo enxertado e 84% para o

grupo não enxertado. Na mandíbula anterior a falha do implante foi relativa ao

volume original do osso. Enquanto que na região pré-molar, onde a técnica do

enxerto foi usada, a taxa de sobrevivência do implante para o grupo enxertado foi

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comparada à do não enxertado (classes V e VI enxertados e classe III e IV não

enxertados). A maior parte das falhas ocorreu antes do carregamento, o que para os

autores pode ter ocorrido por sobrecarga oclusal no período de cicatrização.

Feldman et al. (2004) compararam os índices de sucesso após cinco anos de

implantes curtos (10mm ou menos) a implantes padrão, além de compararem esses

implantes com superfície tratada ( ataque ácido ) e superfície maquinada. Foram

utilizados 2.294 implantes com superfície tratada e 2.597 com superfície usinada. Os

índices cumulativos de sucesso foram, para os implantes com superfície tratada, de

97,7% e 98,4%, para curtos e padrão. Entretanto, para os de superfície usinada os

índices foram de 91,6% para implantes curtos e 93,8% para implantes padrão.

Quando comparados os implantes curtos com superfície maquinada e tratada, os

índices foram de 91,6% e 97,7%, respectivamente. Em osso de baixa qualidade, os

autores demonstraram que implantes curtos com tratamento ácido promoveram

melhores resultados do que os implantes com superfície maquinada (96% e 86,5%).

Fugazzoto et al. (2004) avaliaram o sucesso de implantes de 7 a 9mm na

região de molares, restaurados com coroas individuais após zero a 84 meses em

função. Instalados 979 implantes, a taxa de sucesso foi 95,1%, sugerindo que estes

podem ser utilizados com sucesso em coroas unitárias em molares. Entretanto,

observa-se maiores falhas em primeiros molares (5,5%) em relação aos segundos

molares (1,3%). Os autores consideram que a seleção do caso e o plano de

tratamento são de suma importância para o sucesso de implantes curtos em

molares.

Griffin e Cheung (2004) avaliaram 168 implantes curtos de 6 x 8mm de

comprimento em regiões posteriores para suporte de coroas unitárias ou fixas

(unidos com implantes de comprimento variado), obtendo uma taxa de sucesso

estimada em 100%. Concluíram que estes, mesmo com altura mínima, mas

adequada largura, constituem um eficiente tratamento alternativo em áreas com

altura óssea reduzida. O acompanhamento foi de 9 a 68 meses. A superfície

maximizada e a cobertura com hidroxiapatita foram, para os autores, os principais

fatores de contribuição para a alta taxa de sucesso.

Mordenfeld et al. (2004) utilizaram implantes WP (plataforma larga) com

superfície maquinada em regiões posteriores de maxila e mandíbula. Em 52

pacientes foram instalados 78 implantes entre 1997 e 2000 e avaliados entre

setembro e novembro de 2001. Dos 78 implantes, com comprimento variando de 7 a

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13mm, oito foram perdidos, com taxa de sobrevivência de 89,8%. Melhores

resultados foram observados na mandíbula (94,5%), em comparação à maxila

(78,3%). Todas as falhas ocorreram após dois anos da instalação do implante.

Implantes de 7 e 8,5mm apresentaram maiores falhas com relação aos mais longos.

Para os autores, é aconselhável a utilização de implantes largos com comprimento

maior de 8,5,mm em áreas posteriores para minimizar riscos de falhas, por estas

regiões apresentarem maior carregamento mastigatório, maiores forças laterais e,

por vezes, osso de menor qualidade.

Nedir et al. (2004) analisaram por sete anos implantes ITI de titânio com

plasma pulverizado (TPS) e jato de areia submetidos a ataque ácido (SLA).

Quinhentos e vinte e oito implantes de 6 a 13mm (71% menores de 11mm) foram

instalados em 236 pacientes. Os implantes com superfície SLA foram carregados no

prazo de 63 dias, tendo três deles falhado. A taxa cumulativa de sucesso foi de

99,4%. As falhas foram similares para implantes curtos ou longos. Para os autores, o

uso dos implantes curtos de forma previsível, tanto em coroas simples ou próteses

fixas, restringem a necessidade de procedimentos cirúrgicos avançados para

melhorar a altura, diminuindo o período de tratamento, facilitando a cirurgia e

reduzindo a morbidade. A restauração deve ser proteticamente dirigida ao invés de

cirurgicamente dirigida. Para eles, o uso seguro de implantes curtos em uma prática

privada deveria fazer da terapia do implante mais simples e acessível para um alto

número de pacientes e profissionais.

Romeo et al. (2004) analisaram 759 implantes ITI com superfície tratada

colocados em 250 pacientes, como suporte de próteses unitárias, próteses fixas,

próteses totais fixas, sobredentaduras e em associação dente/implante. Foram

utilizados implantes de 8 a 16mm, com acompanhamento médio de 3,85 anos.

Taxas similares de sucesso (acima de 90%) foram documentadas para todos os

desenhos de prótese e local maxilo-mandibular. O comprimento do implante não foi

determinante para os resultados. Em sobredentaduras, dois ou mais implantes de

apoio também não ocasionaram maiores falhas.

Shin, Bryant e Zarb (2004) avaliaram 64 implantes de 5.0mm de diâmetro (WP)

colocados em 63 pacientes na região posterior da mandíbula, sendo estes

comparados a 64 outros implantes de diâmetro regular (3,75mm ou 4.0mm)

utilizados em 25 dos mesmos pacientes e 14 novos. A taxa cumulativa de

sobrevivência foi de 80,9% para implantes 5.0mm (10 falharam), comparados aos

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índices de sucesso de 87,5% para os implantes de 4.0mm e 98,2% para os de

3,75mm. De acordo com o estudo, os autores concluíram que os implantes mais

largos utilizados em mandíbulas posteriores apresentaram maior risco de falhas,

relativas ao desenho do implante e às dimensões do osso receptor.

Vigolo et al. (2004), num estudo retrospectivo de sete anos, avaliaram os

resultados de 192 implantes de diâmetro estreitos (2,9 e 3,25mm) colocados em 165

pacientes entre 1992 e 1996. Os comprimentos variaram de 8,5 a 15mm. Noventa e

quatro implantes foram carregados com coroas unitárias e 98 com prótese parcial

fixa. O total de sobrevivência foi de 95,3%, com quatro implantes falhando no

segundo estagio cirúrgico e mais cinco, após o carregamento. Os resultados

similares aos implantes de diâmetro padrão obtidos no estudo com implantes

estreitos é, para os autores, uma alternativa para os casos de baixa espessura

óssea.

Gentile, Chiang e Dodson (2005) compararam durante um ano a taxa de

sucesso de implantes Bicon 6 x 5,7mm com implantes mais longos. Trinta e cinco

pacientes que receberam 45 implantes Bicon, do total de 172 implantes, foram

avaliados. Após um ano, a taxa de sobrevivência do implante descrito foi de 92,2 %

em comparação aos 95,5% dos demais. Sugerem, portanto, que este implante pode

tornar-se osseointegrado e suportar carregamento funcional semelhante aos demais

implantes do estudo.

Goené et al. (2005) analisaram os resultados obtidos num acompanhamento de

três anos, com 188 pacientes que receberam 311 implantes Osseotite de 7 e 8,5mm

de comprimento. Foi observada a ausência de mobilidade, nenhum sinal irreversível

ou persistente de dor, violação do canal mandibular e perda progressiva da crista

óssea. Neste tempo 13 implantes falharam, dos quais nove antes da instalação das

próteses (95,2% sobredentaduras) e quatro em pacientes que eram fumantes. A

taxa cumulativa de sucesso foi de 95,8%, comparável, de acordo com a literatura,

aos implantes em geral e aos implantes curtos em particular.

Hermann et al. (2005) avaliaram o paciente, implante e característica de

tratamento para identificar possíveis fatores prognósticos para falência destes. De

487 implantes instalados, 116 foram retirados ou faliram no período de cinco anos. A

falência ocorreu como resultado da qualidade óssea da maxila, do formato, do

comprimento do implante e do protocolo de tratamento. A maior causa foi

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relacionada a fatores negativos apresentados pelo paciente, como qualidade e

quantidade óssea.

Lemmerman e Lemmerman (2005) relataram os fatores que afetam as falhas e

o sucesso de 1.003 implantes, colocados de agosto de 1997 a janeiro de 2002, com

acompanhamento até outubro de 2003, e comparam os resultados aos descritos na

literatura. Esses implantes foram colocados pelo mesmo cirurgião em clínica privada.

Embora fumantes primeiros molares da maxila e osso tipo IV aumentassem as

falhas, assim com a superfície rugosa determinou maior sucesso, esses fatores não

foram estatisticamente significativos. A idade do paciente, superfície do implante,

local de colocação, fumantes, tipo ósseo, diâmetro, comprimento, fabricante, razão

da perda do dente, tipo de colocação e um ou dois estágios não foram fatores

decisivos para a efetividade do implante. Setenta e cinco por cento das falhas

ocorreram antes da restauração.

Misch (2005) relata numa revisão de literatura, que implantes curtos (menores

de 10mm) freqüentemente têm uma maior taxa de falha do que os implantes mais

longos e que essas complicações podem estar relacionadas a um aumento da altura

da coroa, a maiores forças mastigatórias em regiões posteriores e a menor

densidade do osso. As forças para os implantes podem ser reduzidas eliminando-se

contatos laterais excursivos e cantiléveres nas próteses. A área de forças aplicadas

nas próteses pode ser aumentada com aumento no número e diâmetro dos

implantes e utilizando um implante com superfície tratada. Como resultado desses

métodos biomecânicos para diminuir a força, o autor relata uma sobrevivência do

implante curto de 99% em regiões posteriores da mandíbula.

Porter e Fraunhofer (2005) realizaram uma revisão de literatura sobre sucesso

ou falha de implantes dentários. Consideraram como prognósticos para o sucesso a

qualidade e quantidade do osso, idade de paciente, experiência do dentista, local do

implante, comprimento do implante, carregamento axial e manutenção da higiene

oral. Os prognósticos primários para a falha no implante são pobre qualidade e

quantidade do osso, periodontite crônica, doenças sistêmicas, fumo, infecções ou

cáries (não preparo da boca), localização e comprimento do implante, carregamento

acentrado, números inadequados de implantes, hábitos parafuncionais, ato cirúrgico

e desenho inapropriado da prótese.

Renouard e Nisand (2005) propuseram avaliar a taxa de sobrevivência de

implantes de 6 a 8,5mm de comprimento na região posterior dos maxilares

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severamente reabsorvidos, acompanhado de um protocolo cirúrgico para otimizar a

estabilidade primária do implante. Foram utilizados 96 implantes Brånemark, 54 com

superfície usinada e 42 TiUnite, em 85 pacientes. Os implantes foram carregados

por coroas unitárias e parciais fixas, com acompanhamento mínimo de dois anos

(média 37,6 meses). Cinco implantes foram perdidos, quatro com superfície usinada

e um com superfície TiUnite, com taxa cumulativa de sobrevivência de 94,6%. As

taxas para os implantes com superfície tratada e maquinada foram de 97,6% e

92,6%, respectivamente. A reabsorção média do osso marginal foi de 0,44 a 0,52mm

após dois anos em função.

Misch et al. (2006) utilizaram implantes de 7 ou 9mm de comprimento em

pacientes parcialmente desdentados posteriores e observaram, na confecção de

prótese, métodos para diminuir o estresse na interface osso/implante. Foram

instalados 745 implantes em 273 pacientes, com seis falências ate o segundo

estágio cirúrgico e duas da reabertura à instalação das próteses. Nenhuma perda foi

constatada após a confecção das 338 próteses (236 próteses fixas e 102 coroas

unitárias) até seis anos de acompanhamento, com resultados finais com taxa de

sobrevivência de 98,9%. Na confecção das próteses foi realizada esplintagem

quando mais de um implante, não-utilização de cantiléveres, oclusão com proteção

em canino e selecionando um implante de maior diâmetro, aumentando a superfície

de contato com o osso. Concluíram que implantes curtos podem ser utilizados para

fixas posteriores com sucesso.

Renouard e Nisand (2006) pesquisaram o impacto do comprimento e do

diâmetro do implante em taxas de sobrevivência. Dos 53 estudos analisados, 12

indicaram um aumento na taxa de falhas com implantes curtos, a qual foi associada

com a curva de aprendizagem dos operadores, uma preparação cirúrgica rotineira

(independentemente da densidade do osso) e a colocação nos locais com

densidade pobre do osso. Por outro lado, 22 publicações recentes relataram que,

com uma preparação cirúrgica adaptada e o uso de implantes com superfície

texturizada, as taxas de sobrevivência dos implantes curtos são comparáveis às

obtidas com os mais longos. Em relação ao diâmetro, algumas publicações em

implantes de diâmetro largo relataram um aumento na taxa de falhas, as quais foram

associadas à curva de aprendizagem do profissional, densidade pobre de osso,

preparação local, modelo do implante e uso de implante largo quando a estabilidade

não foi conseguida com implante padrão. Entretanto, publicações recentes

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demonstraram que com uma preparação cirúrgica adaptada, novos modelos de

implantes e as indicações adequadas, o diâmetro do implante não interfere nas

taxas de sucesso. Em relação à baixa densidade óssea, implantes texturizados

devem ser empregados e habilidades cirúrgicas desenvolvidas, obtendo-se assim

resultados similares. Os autores concluíram que o implante curto e largo pode ser

desfavorável ao sucesso, mas os resultados devem ser comparados com aqueles

associados com procedimentos cirúrgicos avançados, tal como o enxerto em tecido

ósseo, levantamento de seio maxilar e transposição do nervo alveolar.

Tawil, Aboujaoude e Younan (2006) avaliaram a influência de alguns fatores

protéticos na taxa de sucesso de implantes curtos. Duzentos e sessenta e dois

implantes curtos (10 mm ou menos) Brånemark com superfície maquinada foram

utilizados em 109 pacientes e acompanhados por uma média de 53 meses. Os

parâmetros protéticos foram avaliados em relação à perda do osso perimplantar e

complicações biológicas ou biomecânicas. Os implantes foram colocados mais nas

regiões posteriores (85,5% em mandíbula) e carregados com próteses unitárias (33)

e fixas (229). A proporção coroa/implante observada neste estudo foi, na maior parte

entre 1 e 2 (1 para 1,2 - 29,9% , 1, 21 para 1,4 - 27,4%, 1,41 para 1,6 - 12,3%, 1,61

para 2 - 16,6%), somente 16,2% foram menores que 1 ou maiores que 2. A largura

da mesa oclusal variou de 5,4 a 8,3mm. A perda óssea foi de 0,74 mais ou menos

0,65% mm, não sendo correlacionada a proporção coroa/implante ou largura da

mesa oclusal. Esta largura, na maior parte dos casos, era menor que a

correspondente largura do dente natural, o que pode ter contribuído para uma

melhor distribuição do carregamento. Para os autores, os implantes curtos, mesmo

quando os parâmetros protéticos excedem os valores normais, mantendo a

orientação e distribuição de carga e parafunção controlada, configuram uma solução

previsível à longo prazo em locais com baixa altura óssea.

Degidi et al. (2007) analisaram os resultados obtidos com 133 implantes de 10

mm ou menos submetidos a carga imediata entre 1995 a 2004, com

acompanhamento médio de quatro anos. Múltiplos sistemas de implantes foram

utilizados. Ocorreram apenas três falhas, com índice de sucesso de 97,7%,

comparáveis aos índices relatados em outros estudos de dois estágios ou com

implantes mais longos. Nenhuma diferença foi detectada entre o tipo do implante,

qualidade do osso, implante instalado pós-extração ou com osso já cicatrizado.

Concluíram que o comprimento do implante e o diâmetro não interferem nos

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resultados da carga imediata, embora possam influenciar na perda marginal do osso,

com melhor resultado para implantes curtos mais largos (diâmetro maior que

3,75mm) e mais longos (comprimento igual a 10mm).

Melhado et al. (2007) realizaram uma avaliação clínica de implantes curtos

(7mm) em mandíbulas, num acompanhamento de 2 a 14 anos. Cento e noventa e

oito implantes Brånemark modelos Standard e MK III, nos diâmetros de 3,75 a 5mm,

foram instalados em 99 pacientes. Esses implantes foram utilizados em próteses

fixas parciais na região posterior (parte com somente implantes de 7mm e outras

com associação de outros implantes), em próteses totais (também com ou sem

associação de outros implantes de comprimento e diâmetro variados) e em próteses

unitárias. Dos 198 implantes colocados, sete foram perdidos, resultando em 96,4%

de sucesso, comparável ao sucesso de implantes mais longos, podendo ser

recomendados como uma alternativa confiável e previsível para a reabilitação de

mandíbulas com alto grau de reabsorção óssea.

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3 DISCUSSÃO

3.1. Comprimento do implante.

Nesta revisão de literatura foi possível verificar quatro subgrupos em relação ao

comprimento do implante. Alguns artigos mostraram falhas mais freqüentes dos

implantes curtos em relação aos de maior comprimento (JEMT et al., 1992; BAIN e

MOY, 1993; JEMT e LEKHOLM, 1995; WYATT e ZARB, 1998; WINKLER, MORRIS

e OCHI, 2000; SNAUWAERT et al., 2000; NAERT et al., 2002; WENG et al., 2003;

HERMANN et al., 2005).

Um segundo grupo, entretanto, concluiu que os índices de falhas aumentaram

com implantes curtos, mas ainda promovem uma adequada média de sobrevivência

(VAN STEENBERGUE et al., 1990; JEMT, 1991; FRIBERG, JEMT e LEKHOLM,

1991; JEMT e LEKHOLM, 1993; HIGUCHI, 1995; LEKHOLM et al., 1999).

Um terceiro grupo dos artigos relata que o comprimento do implante parece

não ter influência significativa nos índices de sobrevivência (ELLEGAARD, BAELUM

e KARRING, 1997; BAHAT, 2000; TESTORI et al., 2001; STELLINGSMA et al.,

2003; FELDMAN et al., 2004; ROMEO et al., 2004; GENTILE, CHUANG e

DODSON, 2005; LEMMERMAN e LEMMERMAN, 2005).

Um último grupo de artigos focados especificamente em implantes curtos

indicam que estes promovem resultados similares aqueles relatados para implantes

longos, com índices de sucesso que variam de 88 a 100% (TEN BRUGGENKATE et

al., 1998; DEPORTER, TODESCAN e CAUDRY, 2000, 2001; FRIBERG et al., 2000;

STELLINGSMA, MEIJEN e RAGHOEBAR, 2000; TAWIL e YOUNAN, 2003;

FUGAZZOTTO et al., 2004; GRIFFIN e CHEUNG, 2004; NEDIR et al., 2004;

GOENÉ et al., 2005; RENOUARD e NISAND, 2005; DEGIDI et al., 2007; MELHADO

et al., 2007).

Os piores resultados para implantes curtos foram documentados por Wyatt e

Zarb (1998), com falhas de 25% para implantes de 7mm (de 12 implantes instalados,

três faliram); Winkler, Morris e Ochi (2000), com falência de 25,6 % para implantes

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de 7mm (de 43 implantes colocados, 11 foram perdidos) e Hermann et al., (2005),

com índice de 21,8% de falências em implantes de mesmo comprimento (dos 55

implantes colocados, 12 foram perdidos ).

No segundo grupo de estudos, apesar das maiores falhas terem sido

observadas em implantes curtos, estes apresentam resultados aceitáveis como

descrito por Van Steenbergue et al. (1990), que verificaram três falências entre 120

implantes de 7mm, com sucesso de 97,5%. Friberg, Jemt e Lekholm (1991), num

estudo com 4.641 implantes, obtiveram um índice de sobrevivência de 94,5% para

implantes com 7mm. Jemt (1991), num estudo em 2.199 implantes, relatou um

índice de sucesso de 94,3% (dos 270 colocados, 12 foram perdidos). Lekholm et al.

(1999), em estudo de 10 anos, relataram uma taxa de sobrevivência de 93,5% para

implantes de 7mm.

Quando analisados comparativamente aos implantes longos, Weng et al.

(2003) demonstraram que os implantes que mais falharam eram curtos (menores ou

iguais a 10mm ). Hermann et al. (2005) verificaram uma significante correlação entre

implantes mais curtos e índice de falha. Em dois grupos de implantes curtos, com

7mm e 10mm, uma diferença significativa foi encontrada. Por sua vez, Feldman et al.

(2004) relataram um índice de efetividade de 97,7% para implantes curtos (menor ou

igual a 10mm) quando comparado com 98,4% para implantes longos.

Stellingsma, Meijem e Raghoebar (2000), utilizando implantes de 7 a 10mm em

mandíbulas reabsorvidas como suporte de sobredentaduras alcançaram, após uma

média de 77meses, taxas de sobrevivência de 88%. Em 2003, a mesma equipe

comparou três modalidades de tratamento, incluindo um grupo de vinte pacientes, os

quais foram tratados com o mesmo protocolo usado no estudo anterior (quatro

implantes como suporte de sobredentadura). Esta publicação mais recente relatou

um índice de sucesso cumulativo de 100% após 12 meses de acompanhamento.

Degidi et al. (2007) analisaram os resultados de 133 implantes de 10 mm ou

menos, submetidos à carga imediata, com acompanhamento médio de quatro anos.

Ocorreram apenas três falhas, com sobrevivência de 97,7%. Nenhuma diferença

estatística foi detectada entre os tipos de implante, qualidade do osso, implante

instalado pós-extração ou com osso já cicatrizado.

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3.2. Protocolo Cirúrgico

A qualidade do ato cirúrgico é apontada como um dos fatores mais importantes

para o sucesso de implantes curtos. Tanto em osso tipo I, no qual o preparo pode

produzir superaquecimento (FRIBERG, JEMT e LEKHOLM, 1991 e 2000), quanto, e

principalmente, em osso tipos III e IV, no qual um protocolo cirúrgico de rotina,

independente da densidade óssea, com uso seqüencial do procedimento de

perfuração, pode comprometer a estabilidade primária do implante recém instalado,

aumentando o índice de falhas (JEMT e LEKHOLM, 1995; WYATT e ZARB, 1998;

NAERT et al., 2002).

Muitas publicações que tratam de implantes curtos enfatizam o uso de um

protocolo cirúrgico adaptado para obter uma adequada estabilidade primária. A

perfuração com uma seqüência de brocas alcançando um menor diâmetro e a

utilização de osteótomos para a condensação e compactação óssea, melhora a sua

qualidade (HENRY, TOLMAN e BOLENDER, 1993; RENOUARD, ARNOUX e

SARMENT, 1999 . TAWIL e YOUNAN, 2003; RENOUARD e NISAND, 2005;

PORTER e FRAUNHOFER, 2005).

Além do mais, para Porter e Fraunhofer (2005) a curva de aprendizado do

cirurgião é apontada como uma razão para os diferentes resultados com implantes

curtos.

3.3. Superfície do Implante

Na maioria dos estudos que apontam maiores falhas para implantes curtos,

utilizaram implantes com superfície maquinada (VAN STEENBERGUE et al., 1990;

FRIBERG, JEMT e LEKHOLM, 1991; JEMT, 1991; JEMT e LEKHOLM, 1995;

WYATT e ZARB, 1998; LEKHOLM et al., 1999; BAHAT, 2000; NAERT et al., 2002;

WENG et al., 2003; HERMANN et al., 2005).

Entretanto, quase todos os estudos que indicam que o comprimento do

implante não influencia no índice de sucesso foram realizados com implantes com

superfície texturizada (ELLEGAARD, BAELUM e KARING, 1997; TESTORI et al.,

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2001; GARLINI et al. 2003; FELDMAN et al., 2004; ROMEO et al., 2004; GRIFFIN e

CHEUNG, 2004; DEGIDI et al., 2007).

Griffin e Cheung (2004), num estudo com 168 implantes de 6x8 mm utilizados

em regiões posteriores para suporte de coroas unitárias e fixas, obtiveram uma taxa

de sucesso estimada em 100%. A superfície tratada foi, para os autores, o principal

fator para o alto índice de efetividade.

Na tentativa de comparar os índices de sucesso após cinco anos de implantes

com superfície maquinada e com tratamento ácido, Feldman et al. (2004)

demonstraram um índice de sucesso de 91,6% e 97,7%, respectivamente. Em osso

de baixa densidade os índices foram de 96% para os implantes com tratamento

ácido em relação a 86,5% para os implantes com superfície maquinada.

Da mesma forma, Renouard e Nisand (2005) trabalharam com ambas as

superfícies de implantes, maquinadas e tratadas, indicando a tendência por

melhores resultados com o uso de implantes submetidos a tratamento de oxidação

(97,6% e 92,6%, respectivamente).

3.4. Diâmetro do Implante

O diâmetro do implante curto também é um fator de controvérsia em relação a

sua efetividade. Para Renouard e Nisand (2006), o sucesso do implante de

plataforma estreita é explicado pela técnica de preparação atraumática e o cuidado

na seleção do paciente em termos de condições biomecânicas e densidade óssea.

Implantes estreitos devem ser considerados em situações clínicas que não permitem

o uso de implantes de diâmetro padrão.

Num estudo retrospectivo de sete anos, Vigolo et al. (2004) avaliaram 192

implantes de diâmetro estreito (2,9 e 3,25 mm) com diferentes comprimentos (8,5 a

15 mm). Estes foram carregados com coroas unitárias e próteses parciais fixas. A

taxa cumulativa de sobrevivência foi de 95,3%, similar à de implantes de diâmetro

padrão.

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Implantes de maior diâmetro são apontados como um fator de crescimento do

índice de falhas. No estudo de Ivanoff et al. (1999) foram relatadas falhas de 5%, 3%

e 18% para implantes de diâmetro de 3,75, 4.0 e 5.0 mm, respectivamente. Os

maiores índices de falhas no implante de 5.0 mm foram associados com o curso de

aprendizado dos cirurgiões, baixa densidade óssea, desenho do implante e o uso de

implantes de diâmetro largos, quando a estabilidade primária não foi atingida com

implantes de diâmetro padrão.

Shin et al. (2004) obtiveram índices de 87,5% de sucesso para implantes de

4.0 mm, 98,2% para implantes de 3,75 mm e 80,9% para implantes de diâmetro de

5.0 mm. Renouard, Arnoux e Sarment (1999), sugeriram modificações no processo

cirúrgico e consideraram que mais estudos são necessários para determinar o

protocolo ideal para a colocação com sucesso de implantes de largo diâmetro.

Em contrapartida, outros estudos apontam a vantagem do diâmetro 5.0 mm

para implantes curtos (LANGER et al., 1993; WINKLER, MORRIS e OCHI, 2000;

GRIFFIN e CHEUNG, 2004; MORDENFELD et al. 2004; MISCH, 2005). Num estudo

com 2.917 implantes com diâmetro de 3 a 3,9 mm (grupo de 3) e 4 a 4.9 mm (grupo

de 4), Winkler, Morris e Ochi (2000) demonstraram melhores resultados com

implantes de maior diâmetro.

Na maior parte dos estudos recentes, nos quais uma preparação cirúrgica

adaptada foi utilizada, a lém de novos modelos de implantes e seguindo as

indicações adequadas, a taxa de sobrevivência do implante e o diâmetro não teve

nenhuma relação (LEKHOLM et al., 1999; BAHAT, 2000; FRIBERG et al. 2000;

ROMEO et al., 2004; LEMMERMAN e LEMMERMAN, 2005; RENOUARD e

NISAND, 2006; DEGIDI et al., 2007).

3.5. Fatores Protéticos.

O tipo, desenho e cuidados relacionados à prótese devem também ser

considerados (JEMT et al., 1992; JEMT e LEKHOLM, 1995; AKÇA e IPLIKÇIOGLU,

2002; PORTER e FRAUNHOFER, 2005; MISCH et al., 2006; TAWIL,

ABOUJAOUDE e YOUNAN, 2006).

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Jemt e Lekholm (1995) avaliaram 150 pacientes edêntulos inferiores por cinco

anos, tratados com prótese fixa ou sobredentadura. Ao final desse período a perda

de implantes foi de 7,5% e 28,8%, respectivamente.

Misch (2006) obteve um índice de sucesso de 98,9% com 745 implantes de 7 e

9 mm nos quais foram confeccionadas próteses fixas ou unitárias. Considera que os

resultados são atribuídos a prótese sem cantiléveres, oclusão com proteção em

canino e esplintagem quando mais de um implante.

Tawil, Aboujaoude e Younan (2006) consideram que, quando são observadas

uma orientação e distribuição de cargas e parafunção controlada, a taxa de sucesso

em implantes curtos é aumentada mesmo se os parâmetros protéticos excedam os

valores normais. Para Nedir et al. (2004), a restauração deve ser proteticamente

dirigida e não cirurgicamente dirigida.

3.6. Implante curto x Enxerto em tecido ósseo

Triplett e Schow (1996) quando avaliaram 364 implantes instalados em regiões

enxertadas, simultaneamente ou não, observaram um índice de sucesso de 87,9%,

com melhores resultados quando os implantes foram instalados numa segunda

etapa. Neste mesmo grupo, em implantes colocados em locais não enxertados, a

sobrevivência dos implantes foi de 96%.

Daelemans et al. (1997) relataram um índice de sucesso de 94,15% em 121

implantes instalados imediatamente ao enxerto do seio maxilar, comparado à

sobrevivência de implantes em regiões maxilares não enxertadas.

Stellingsma et al. (2003) compararam em parâmetros subjetivos a satisfação e

aspectos psicosociais dos pacientes com reabsorção extrema de mandíbula. Um

grupo era tratado com enxerto e, após três meses, instalação de quatro implantes;

num segundo grupo eram instalados quatro implantes curtos. As diferenças entre os

grupos não foram significativas, com melhoramento na satisfação em relação ao

tratamento. Entretanto em, termos de desconforto e dor na fase cirúrgica e pós-

cirúrgica, o enxerto de crista do ilíaco e, posteriormente, a instalação dos implantes

foi à opção menos aceita.

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Becktor, Isaksson e Sennerby (2004) compararam a sobrevivência dos

implantes em maxilares edêntulos enxertados ou não enxertados. A sobrevivência

dos implantes foi de 75,1% para o grupo enxertado e de 84% para o não enxertado.

Na região anterior de mandíbula a falha foi relativa ao volume original do osso. Em

pré-molares a taxa de sobrevivência do implante para o grupo enxertado foi

semelhante à do não enxertado (classes V e VI enxertados e classes III e IV não

enxertados).

Para Renouard e Nisand (2006), em locais com densidade óssea baixa e

volume, implantes curtos não deveriam ser comparados com implantes longos

colocados em boa densidade óssea. Os índices de 96% de sucesso, obtidos em

locais com osso de baixa densidade por Feldman et al. (2004), ou de 94,6%,

obtidos por Renouard e Nisand (2005), no tratamento de maxilares severamente

reabsorvidos, deveriam ser comparados aos resultados obtidos com implantes

instalados em locais submetidos a terapias cirúrgicas avançadas.

Diversos fatores estão envolvidos para a escolha da melhor opção para

restaurar pacientes totais ou parcialmente desdentados. Na escolha por implantes

curtos, a otimização dos resultados finais está na dependência do planejamento,

execução cirúrgica, instalação de uma prótese equilibrada e manutenção.

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4 CONCLUSÃO

De acordo com a bibliografia consultada, chegou-se às seguintes conclusões:

- Os implantes curtos são efetivos e com resultados similares aos implantes

longos.

- Utilizar implantes com superfície tratada.

- Seguindo as indicações adequadas, o diâmetro do implante curto não é um

fator decisivo para a sobrevivência.

- Na confecção da prótese sobre implantes curtos, os cuidados com a oclusão

devem ser ainda maiores.

- Os índices de sucesso dos implantes curtos devem ser comparados com as

falhas e morbidade de procedimentos cirúrgicos avançados de enxerto em

tecido ósseo.

- São necessàrios mais estudos para confirmar o sucesso dos implantes curtos.

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