roymond pébayle - geografia rural das novas colônias do alto uruguai (rio grande do sul)
TRANSCRIPT
-
7/23/2019 Roymond Pbayle - Geografia Rural Das Novas Colnias Do Alto Uruguai (Rio Grande Do Sul)
1/8
GEOGRAFIA RURAL DAS
..
NOVAS
COLONIAS
O
ALTO URUGUAI RIO
GRANDE O SUL BRASIL)
Dual 8oc:iedades
rurais
ea
ta vam
es tabe l ecidas no Rio
G r a n de do Sul no inicio des
te l I c u l o ~
no campo
, 08 ga
ch
os, grandes
propdetr io l l ,
continuava m sua
p
e c u
r
i
a
extensiva;
na ant i ga
regio
flo r e n a l do cent roleste do
Es tado , a pequena
coloniza
o
lIarda
da i migrao eu
ropia do s c
u l o XIX
co n
c l uia a 11' e dos de .mata .
mentes
.
S6 res ta
va
para con
clui r a
ocupao do
terr i t
r io rio- grandense .
penetrar
na
vasta.
Cloreata que te es
tendia ao norte, por m a "
de
300
km
, no
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io r do arco
do
Alt o Urugua i . E. ta
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fa
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de
li neada
no
Cim,
do
sculo passado
.
pal .ou
a
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l v i
da
a
par t i r
de
1
906
.
at ravs da colon
i
zao
di
r i
gi
d a pe l o governo do
E .
tado do Rio G n d ~ do Su
l.
Comparada,
a I
~ r i m ~ i r a 8
f
ases de
o lon l zayao
ale
en
t
o
reali zada ,
essa
l
t ima
etapa d e povoamento apre
. en tava a rade r . t i c a . no
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feita
nu
m a
regio
afa s tada e
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ma
e u b - t r o p i c a I m d i a ~
me
n
sa is
de
5 ~ C
em
jane iro
ede I3 ,39Cem ju
l
ho)
com
chuvas
a b u n d a n t e . eb
em
d is tribuidaa durante o a no .
12
Comvnica o do $r. Roymond Pbay le ( ;:)
Trad.
G ~ r o f o
Gi lberto l a zare Rocha
.Duas coberturas flores tais
dividiam uma topografia ca-
da
v e z mate acidentada em
direo
ao no
r te. A
f lore sta
c l a ra de a rauc r ia , cobria
oe planaltos
maia e l evados a
leate do rio
P a a l o Fu
n do ,
enquanto
a
oestes
ae espcie
sub -
tropica
i s ocupavam urna
par te
do
an
t
i go
terr i tr io
da.
M
i
s s e
l Orientais do
Uruguai.
Por . e u
tur
no. 08 hom
e
ns
,
os eioneiros , no contavam
e n a ~
com uma
pequen . p r o
po
r
ao
dos colono.
e . t ran
_
geiro .
recm
ch eg ado . l es
repre .entavam , antes , o ex
cedente de an ti gas
co l n i
as
,
uma
legund
a ou
tercei
r a
ge
rab
muito
nurnerO
l a . i nc a
paz d e lubs i l t
i r
no quadro
dos
lot
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50
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nvo
es
t
ilo
de
co
l
onizao
.
e
I
e
m
e n t
o s
n a c i o n a i s dever iam
, pela
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es
trangeira. m a i
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mover uma a d l a o d e a g r ~
cultura en t re O I g a c h
o s
desprovidos
de te r ra li do
qu" p
r a
co
m
bater
a conh e
cida
tendncia do 8 colonos
europeus
de
iso
l
am
e n to
no
seio da sociedade t
radicio
nal .Ollote s concedidos pos
sulam 25 hectares , mas de -
ver iam
s e r me lhor dis tr i
buidos
e:rn
f
u n
o da
topo
g
r a f i aedos r e c u r s o s em
gua.
Finalmente
. para ro m
pe
r a
isolamento
de
urna
re
g
io inacesevel por via
fl u
v
ia l
, previu- se
um in
t e n s o
programa de construo de
ferrovias , de el t radas e d e
cent ros
de
colonizaso
.
Dessa
co lon i
zaao orien
tada s i mul
tneamente
p e
I
a
e
xper incia doa
c o 1 o n o e
pe
l a
prudncia
de e u s l e
g
is
l
adores,pOde
r -
se
-
ia esee-
r a r u m .
v e r d a ~ e i
a a o
Talvez mpa
vhao da geogra-
ia ru
r a l
atua
l do Alto Uruguai
nos permit i r um conheci
mento
de
ma
i s
de
cinqu
e
nta
anol dessa
ao comb
i nada
do
o m e m
.\ , rc
um
meio
natural
muito
hostil .
(fig, I )
l PAISAGENS
RUR
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E
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STEMAS DE CULTUR
A
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s p3.ill3.gcns
ru-
rais mos t r
am
que
m e
i o
s
culo de
desmatamentos
e
de
cul turas
f o r a m
~ u f i c i e n t e l
para
f a z e r desapa
r ecer a
rvore de
tdas aa
verte
n
tes
( . )
Publicada
no
Bo u
ll etin de
I 'Associat ion de Gographes
Franais
n'?s 350 - 351, janei
ro
-
fevereiro de 1967,
ac
es s f ...
e i l
. Exec uta das
al
gu
mas
r
eservas
te
r r i to r
i a i s , a
f loresta primitiva
no
se
en
c o nt ra
seno nas elevaes ,
sb r e aa v e r t e n t e s
mais
ab r uptas e ,
talvez, em
alguns
fund
0 9
midos
.
A
m a r
ca de
uma
co l on i zao di
r i
g ida
p o u s ~
no
tra,ado
geomt
r i
co
do
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i
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_
vesses"
-
q u
e s e
guem
ge
ra l mente
a . li
nhas de
cumea
das
, nas qua i s s e r econhece ,
ainda
,
OI li
m i
tes
e t a n g u
r e s dos
lotes
orig i
nai
,
ge
r
almente compos
to e de
uma
par te
da ver tente
e
de outra,
um
f u n d o
de va
l e .
A
sses
do i s t i po s de t e r
reno
cor
respondem
, q u a s e
semp
r e ,
dois
tipos de o c u p a o do
solo:
os
fundos midos e 0 8
de c
li ves
inferiores
. o so
-
b r etudo
re le
r vados l
pa
tagens
naturaia
;
as verten
te
s
so
d i
vi d
i das
e n t r e
as
culturas e uma fo
r
mao a r
bustiva
:
a n c a p o e
ir a" .
Foi
igua l mente no contato
d e l
dois
t e r reno . que o c o l o n o
r e s o v ~ u
i
nsta lar seu habi
ta t . A s excees a ste
prin
_
c fpio de
co
l
onizao le
ex
plicam pela at
r
ao das
es
t radas re .ponsve
i s p e l
o s
raros caeos de
agrupamento
sob
a
forma de lu
ga r e j os e
de pequenas cidades.
-
7/23/2019 Roymond Pbayle - Geografia Rural Das Novas Colnias Do Alto Uruguai (Rio Grande Do Sul)
2/8
Fg, 1
..
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- - - - - - - - - - - - - - - - - ~
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. : I . ~
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H . ~
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l .
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Ow
dCilmatam
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M
c
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s \ m n r
ia
s e g u i d a de quo.:imada ... As
e
xplotaes
atuais
se
r
eal iM
zam em regime de ten
ncia
direta
e
t e m
uma
ex tenso
mdio de
19 hectarcs . A
di
M
visno d
11.
B propried3.d oB foi
ma
i s
notve
l
na metade
o
ei
:lental do
Alto Uruguai
onde
3.11 cxp
l o
ta
clI com
rnenol l
de 10
h
ecta re
s
c o b r e m 1
a
ZZ das
s upe d
d e s cult iva
da.
(fig
.
2)
.
De.sas
,
menos
de
10 19
so
ocupadas
pc 1
11.6
propriedades com m a i 6
de
100 hectares . O
milho.
cul
livllldoern t';da s as
t e r r a s
de
ver
t
ente
,
cons
titui
a bale
de
um
s is te
ma qu
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pe
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aneceu
fu
nd a m enta l mente po
li cu
l
tuM
ra
lo
Ou tr s pl an taa: fe ij o
prcto
, s o j a . mandioca . a r M
roz do
co
- so assoc i
adas
ao milho
60b a
fo r m a
do cul
tura
I
in tercala
re I . F. It .
p,.
.
tlca de associao ,
Bbrf'
011
mesmos
campos
.
de
ce rea i s ,
d e l
eguminosas
e
de
ra
i
zes
.
representa o
easenda l da
r i ~ a o do
so
lo pe l o COM
l
on a
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dosar
o
nmero
e a
var
i
eda
M
de
da
planta s por
unidade
ITIIl
Flores ta e Capoeira
Fg, 2
,11
I
'I:
'
, I
, '
I :
I
,
,
,
,
,
,
I
j
_ 5
a 22 o/
[l[[]J
10
15%
Pastagens:
Cul turas:
a) Naturais
b) Artificiais
a}
An
uais
b) Permanentes.
Diagrama do uti li zoo da solo
no
Alto U r u g ~ i .
(dados extrados do trabalho de Jose Itomado So )
ffilIIIIill7,G
a
9,9 ro
li
:t
1
,1
.
7 S ~
-, ,
,
, ,
, ,
,
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..: I '
,
I ill
;
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I " , , .
I
, ,
'I'
'
,
,
,
3 0 k, ,
2,6 S
, :
: , 1
2,5
%'
Percentagens das explotoes com menos de 10
ha
no Alto
Uru
gua
i.
(Segundo dedos da uSinopse Pre- ,
liminar do Censo Demog rafico
u
.Estado do Rio Grande do Su
l .
VI I
Re
censeamento Gera l do Brasil, 19
60
. ,
13
-
7/23/2019 Roymond Pbayle - Geografia Rural Das Novas Colnias Do Alto Uruguai (Rio Grande Do Sul)
3/8
ALTO
URUGUAI
de wuperCfctu
em
funo
do
ijl"j.\Jde esgotamento dos BO -
lo e. O" melhoramentos no
so
prati
cado.IJ; os a dubos
o r gn ico8 ou
qu(micos
8 o
pouco \lu d As culturas de
i n v e
rn o .o rarall : alguns
hectares
de tri.go
po d
em lU -
ceder s tlIU,IOcill"8 inten_
sivas
de
vero sbre
as ter_
ras ainda r icas. S b r e ou
t ros
so l 0 8 ,
as t
er ras
no
tra balhada, e no aproveita_
da. no perrodo f r i o permi
tem uma
f raca reconst i tu i .
o da fertiHdad
e or iginal.
Aps um nme ro
var
iv e l de
ano
segundo
a fertilidade
olelal do s solos de f lo res ta
Id
e lO a
3 0 a n o s
),oeo10 00
deixa re
pousa r
sua ,
terraIJ
maia
esgotadas por um
pe
rrodo
de
q u a t r o ou
cinco
ilnOS. a o r i
gem
da
"capo
e i r a ~ pr imeiro est rato de
reconsti tui o da f l o r e
t
a
pr imit iva.
Inculta
igualmen
te ela retomada em segui
da
pelas queimadas
para ce_
der lugar a um novo ciclo de
cu l turas
maill
curto e ainda
mais
esgotante.
E s
ta
pr t ica
de
c ultivos
in terca lare ellt to forte _
mente enraizada que o colo
no
r e se r
va a lguns
a res ex
clusivamente p a r a plantas
comoa cana de aucar, a al
fafa
e o f u m o quc
no
se
coadunam n u m a associao
com
o milho. Junto casa,
o ja rd im
de pequena
e
xten
. o o
nic
o pedao de te r
ra que
receb
e regularmente
os
adubos
orgnicos
. Al
gu
mas rvorcs frutrreras es
parsas , e vzes parre i_
r a I , completam 0 i co
njun O
dai
cul tura l da exp
lotaao
colonia
l. A f loreeta
colonial,
enf\m, constitui uma re8er
va de l
e n h a
,
de
tbual,
de
eltaCall
,
para explotao e,
quando ela
luIicientemente
exten8a,
para
nova. "roa .
que
l e ro
preparadal .
com
o
no
passado
,
pelo
slatem
a
de
queimadal . M u i
t
o
ex(gua
e
disperlla para
permitir
um.a
ex p lotao ail temtica, e l a
nao d margem. s e n a o ex
cepcionalmente,
venda
de
made ir a.
At aq ui ll8CS ailltemall
de
culturas no
. o or i
gi
nai. . porque OIJ polil:ultor elJ
t radicionais
do
Brasi l
mer i
dional os prat icam corr en
tement e. A verdadeira ori
g
inalida de
da a g r icultura
co
l
on
ial d e v e ser procura
da
alhures:
na inlenllidad
e do
t rabalho humano e nas ati vi
da d ell c
om
erciai8 que 11
co
lono
ll
desenvolveram a p s
dois
ou t rs
de c n i o
11.
De
um la do
com
eleito a
im p
or
tncia
e a mincia de c e
r t
os
l T ~ t o d o s culturais,
como a i
capinas repetidas e ali ara
es a i saciam muito curio
samente
verdadeirall
prt i
cas
de
jardinagem aos prin
cipias e lementar ell
de afo
lham
ento q u e precedem. A
mecanizao se redu z a um
arado de lmina, wna g r ade
"', s vzes . uma capinad e i
ra alm da tradicional ca r
r ta de quatro rodas. O es
sencial d li e s t rabalho I
feito
en xada.Fato relativa
mente raro no Brasi l , a m u
lher e 11 f ilhol
do
s co lonos
par t ic ipam
u m ~
ajuda m a
cia n o
t rabalho
dos
camp
oll
du
r
ante
o
vero
.
O
rellult
a
do d s s e elloro. se
ob
l e rva
n o s rendimentos das
cul tura l de explotao
co
l o
nial onde, apesar do
e l gota
menta dOIl la i
as
, regis t ram
lIe mdiu de 1 quintais1hec
tare ,
para
o feijo e a loja,
15
quintais /hectare p a r a o
milho e
10a
I2 to ne ladas /hec
ta r e p a r a a
mandioca
. Por
rnedrocres
que
lell
pOli
Iam
parec er .
sses
rendimentOI
no I o menos nlt idamente
sup
e r i
o r ell do que os obtidol
pelo
agr icul tor
b r a i 1 e
i
ro em geral.
Uma c
ul tura
comercial ,
por
o u t r o
lado. est muito
dellenvolvida nOIl munic(l?iol
.ocidentail aps vinte anos: o
soja
branco. N o podemo s .
entretanto , conl ider_la co
mouma verdadeira especia
l izao. p o r q u e se
mpre
praticada
de forma
in terca
la r .Na
o r i g e m de
grandes
esperanas em 1945, esta
l e
guminosa de
ve r o certa-
m en t e enriqueceu os lI o l o s
em
n i tro
gnio
,
mas
t
v e o
inconveniente
de aum e ntar
ao longo
doa anos o
d".equi
l i .bdodoll c a l e n d a r i o s
de
cul turas eo ellgotamcnto dos
80
10s
em
follfato e fllforo .
As
out ra o culturas de.tina
da. venda
direta
n o lo
mais do q u e excedentes da
poUcultura c l u i ca (feijo ,
wn
pouco de
mandioca. ab
borall)
ou e l to
ainda
na
fa
_
se
de
ensaio, como
o tungue.
por exemplo. A colheita do
mate
cujae
rvores
so
ge
ra lmente
co n
s
ervadas
quan
do das queimadas, completa,
s vzell, a comercial izao
do
produtos
vegetai , de
ex
plota
o colonial.
A suinocultura, por outro
lado, conatitui
a especial i_
zaoporexcelncia
do con
junto dessas col
nia
. , mais
par t icularmente dOI mun icr
pios orientais. A maior par
te da
p r
oduo
de
milho . do
soja
negro e da
mandioca
absorvida , pela i
3
ou I { l ~
Cal que p o s l u i tda apro
pri
edade
colonial
de
20
a
25
hectares. Praticada
em
chi
queiro e orientada p a r a a
engord
a, essa cr iao
en
to ell t rei tamente
aSllociada
ag r icultura . So b sse
as
pecto. e I a contraa ta nhida
mente
com a pecur ia
bovi
na de
campo
aberto. da qual
se exige apenall a l gunll li.troa
de lel te e a
fra
de trao.
A e l l t a ~ ~ a o noturna d a li
vacas
dur-/lnte a i noites fr ias
de
inve
rn o nem mesmo deu
margem
conlti tuio
da
estr
u m e i r a
entre
e
seB
camponael ,
;i e,
origem
eu
-
ropia.
A in t ensidade
dessal
pro
due.s e a mincia das
ma
neiraa culturais variam. em
funo inver la
da
extenso
dali superfrciee pOlllurdaa,cl>
mo o demonstra o diag rama
n91.Quando pOlsui menoa
de
15
hectare l ,como p r i n c i p a
mente o caso no oeste, o co
lono d i m i
nu
i as
pa.tagenll
natuTai le
a i
reserva I de
fi
ore l ta em
p r o v e i
to das
culturas.
Al
guma
l
rotael
podem
a p a r e c e r
e ntre as
paltagens e OI campos cul
t ivadol. Ao contrr io , na I
exp lotaes com mai l de
45
heclarcs , a parc
ela
relativa
das
c u l t u r a s
diminui com
refer ' ;ncia
p c c u r i a
em
campo natural .
IIsea s is temal de cu l tu
ra
do
a
impreno
de ainda
no te r em atingido um esta
do de po::
rCeito
equUr'b ri
o.
O
co l ono
associa
aind.s
11
m
todos
policulturai
ll eu ro p
eus ,
baseados n a intensidade do
t rabalho humano,
I
tcni
cas
semi . extensivas
adota .
das localm en te . Entre elllal ,
a i queimadall c a
rotao
e
l
ementar
entre c.smpos
cul
t i
vados e ex tenso . pousio . , .
fraqueza dos melhoramento '
e dali fert i l izacs, a rari_
dade
dali sc:leell de
semen
tes e a aus
ncia
d e
luta
s
i .
temt ia contra
a e roso,l e _
varam
fatalmente a um
es
gota ment
oc
reacente
dos
8 0 -
l os.
De
fato.
notamos
que o
colono se apega tanto mai l a
. eu l
ote
o r i g i n a l e aceita
m a i ~ fcl lmente a
d iv
i.
o
quantomaill frtei s
fa
r emos
10101.
A
comparao
das
fi -
gu raI n9 2 e n':' J ,
sob
l8e
aspecto. muito significativa:
Ela mOltra
'que
a
pa
r t e n o
roeste. onde
as
p e q u e n a l l
propr iedades so mais
nu
merosa l
,
corresponde
a
um
1010 mui to frt i l
do
t
ipo
mul l
eutrfico
de
fior e l t a
sbre
sub-
solo
baslt ico e sob flo
re l ta tropica l. Ao
contrr io
,
o l
e i t e
e o sudeste do A lt o
Uruguai, menos lavorecidOI
por lIeulI
lIolos
(mull eutro
lco sob cobertura de arau
criall , o x i Bolos , li t
olol
oll
com ped i s A- C) e com re
lvos
mai l
acidentados, no
proporcionam a
melma
e l
tabilidade
entre
o . colonol .
Ao contrr io dos campo
nisea
d a s
antigas
colniall
.
que frequentemente reduzi_
ram a policul tura
c l u i ca
em prove ito de elpecializa
el definidas e
elltve is
nas
ex p
l
otaea
geralmente
ex
guas ,
OI
colonol
do
Alto
U
ruguai parecem te r perma
necidol a meio - caminho
de
um.a agricul tura
europia do
l culo XIX e da . tcn icas do
agr icul tor bras i le iro
tradi_
cional q u e lIeUI aecedentel
adotaram q ua n d o dOI pri-
-
7/23/2019 Roymond Pbayle - Geografia Rural Das Novas Colnias Do Alto Uruguai (Rio Grande Do Sul)
4/8
Fg . 3
Os gra ndes grupos de solos do Al
to
Urug uai (segundo uma pu
bl ic
a o da
tl Di viso de Fomento
do
Trigo" da Se
cr
.da Ag
ri
cultura
do
RG S, 19 63) .
Mull
e u t r ~ p i o
sob floresta tropica l
C
MuI e u t r ~ p i o sob flor
esta
misto
9
g
, , .
MuI
eutropico
sob floresta de
ara
uearlas
Solos vermelhos ~ x
i o s Je
transio
S8]
Litosolos de per
fi
l A - C,
meiros
de sm a tamentos das
l
orelltall R i
ogranden aes
,
A casa r ura l do Alto
Uru
gua
i ,
i l
ust
r a
perfe
i
t amente
a
si tuao atua l
de u
c o
lo n
i
zao .
d i v i d i d a
c:n
t te UIYl
meio l oc a l muito instve l e
velhos
h b
it
os europeus . O
materia
l ma i s
e m p r ~ g d o
ainda a madeira .
V.:
lo8
es
t ra ta i de
habitat
I a
O
vis
ve i "
A
casa in icia l do p io
neiro
const r uda ,bre
es
t acas
e possui
um
teto
de
madeira.
. E la
se
compe
de
uma ou de duas peas atual -
mente uti
li
zadas como
ce
l e
i-
ros de milho
. As e a ~ a s
cons
l ruidas
e n t r e
1925 e 1940
,
maia ou
menos,
mo s t r am
que naquela poca, a i nda, o
em p
r eendimento da. nacio
nalidades de
origem
era vi -
goroao. Ass im , a casa it a
li a na com s ubso lo e
s
v
zes com \U l andar , la.,; con
t ra l te marcante
com
os p l a
no
s r
e t a n gu
l
a r e s
e
a i
varandal
das
casas
alems
t r reas
. Geralmente , 1 1 e
habita
t. que o
mais
difun
d i
doatua
l
men
t e ,
apa
r
eee
en
velheeido e te m a neees8 i
dade
de reformas .ESl la , no
so reali.,;adall
seno
local
mente , per to
das
eidadell c
nO,1 povoados .
Ar
se encon
t ram
tambm os rarOIl calloll
d e
habitao
n o va
qu
e
pe
r
deram o I es t i los naci onais
em proveito d e uma p l
anta
maill prtica do que
deno
minado
loca
l
mente ~ b u n g a
10w .
AI
cons trues das e:o:
pl otaes manifeatam,
maia
ainda
do
que
as
casas
de
mo
-
rad i a , tud&o
que
essa soeie
dade
ru r al pode ter de i n a
cabada
e de copiada .Nota - ae
ar, em
particular.
uma
no_
tvel adaptao do nga l po
l rpicodas
es tnii\s gachas.
8ai:o:a8 e eom telhados
su a
vemente inelinad09 , e s s a s
eon5trues
qu e
, na Campa
nha do Sul, se rvem de
habi
tat e de loca l de reunio pa
ra
os pees.
de p r
oteo
pa
r a os arre ios e de celei ro.
so aqui.
d
vi.didas
em t r ,
partes ,
servi
ndo
de
pa i ol .
de
abrigo
p a r a a
ca r re ta
e
de
estbu l o . l l t e ga l
po
construido
de
ma
rl
e i r a e
mal
eon l e rvado , enquanto
que pa rOl o
eriador gacho,
h muito tempo
objeto de
construes
rliHnitivas . En
t re aa outras eonstruea. o
eh iqueiro
ae
I i t ua ent r e o
e r rego e a easa . Ainda
que
s ~ m p l e e_de or ien t ao s
vezes
er r onea , e a con a
truo
a
n
i ca a
merec
e r
certos e u i
d a do s
. Chega a
posaui r a
g
u a
cor ren t
e qu e
pode e
at
a r
aUlente
da
mo ra-
d i
a.
C o n v i r ia natu r a lm en t e
detalhar e s s a a dese r
iell
em Cuno dali
etnia .
de
od -
gem.No ta- ae , em particu l a r .
que,
e m c ertOIl mun i
cr p
io s
de
povoamento germn i co . a s
marca
de estab
i lidade s o
mais nt idas. E m oposio
se s i t u am OI hab i
tats
dos
deaeendentea d e o n ~ e s
de i:o:ad05
num
trillte abando
no .
Os povoados
e
aI
v
i lae
.
por
aua
ve z , mos t
ra
m qu e
eaaa
soc
i eda
de
r ura l
ao u
be
15
-
7/23/2019 Roymond Pbayle - Geografia Rural Das Novas Colnias Do Alto Uruguai (Rio Grande Do Sul)
5/8
ALTO
URUGUAI
c r ia r
l
ocnis
de r eu n ie s
( i
-
grejas , clubes
re
c r ea t ivos) ,
esc o la s , uma. i
nfraestrutura
c om
erc ia
l e le m e nta r e u m
ar tesanato mu ito at ivo
.
Po i
s,
ao fina l de
quarent
a
ou cinquen
t a a
nos
d e
cu lt i
vo ,
a co lon i zao do AI
t
0.
Uru
guai parece
h a v e r
at i ng ido
um estado de
senilid
ade ,m_
tes
mesmo de te r
l ido t em
p
a p a
r a
um
a
insta
l
a o rc
_
alm e nte de
finit
i v
a.
11. UMA SOC IEDA DE RURAL
EM CRISE:
De fa t
o,
a f r
aq u eza
do s
lucros cam pes inos c o xodo
rura l qu e
afe tam
o
conjunt
o
do Alto
U r
ug u a i most ra m
que e
5
t a r eg io es t
atual
mente em
plena crise. A a
nlise de
ssas
manilestaes
nos
perm
i t i r . t a
lv
oz. c a ra c _
t e r i za rm a is exatamente el l
l a 60ciedade
rura
l .
A l
guns re
l
atr i0
8
adm
i
n i s t ra t i vos _ m
uit
o eleme n_
ta res - do s q u a i s
pudemos
disprmost ram
os pequenos
r
en dimento l da
t e
r
r a
nas
exp
lo
ta es a t
u a
is
da re
g
io.
No in
rc i o
de
1965 , a s
rendas
anua
i s
variavam
de 2.200
a
3.650 t rancas
par
a
os
es ta
b e l e ciment
os
d e a
pr
oxima
damen
t e
20 ha
.
Relac ionada
s
l
u p e r C r c i e
ef
e
t ivamen
_
te
c
ul
t i va
da
, essas
margens
apr
es
entavam um mrnimo
de
lZ5franco s e
um mximo
de
235
f r a n c o
s
por
h
ec tare
e
por
ano. No
de
t
alh
e ,
as ex
plo taes
m e
nore s , in{e r
io
res
a
10
hectares ,
t m maior
rend im en t o p o r
~ i d d e
de
super f
c i
e . Ao c o' ; t r r i
o,
a l m de
30
a 35 he '/: .tares,
os
rend
i
mentos por
unidade
de
superf
cie
estac
i ona m
ou di
minuem
p
a ra
atin g i r va lores
muito b a i x o s
aci m a
de
50
hecta r
es
. s s e s
dados
no
fazem
seno
t raduzir
o
ca_
r
ter
cada
vez
mais
exten
s i
vo dos
s i
s tem a
s d e c u l
tivo
me
di da que
aumenta
o
ta
manho das
e
xpIotaes
.
Consideradas
sob
o
n
gu _
lo da rcmuneraao do
t raba
lho,
essas
exp
l
otaesso
"tamb m p o u c o lu c
ra
tivas .
Est imou-se qu
e o
t rabalha
do r rura l ga nha
ap ena
s 49%
do s a lrio m f n i m o
onc ia l,
le
mC l lmo
j
mu
it
o
baix
o .
Um r
ece nte es
tudo
econml
co l) most ro
u,
en tr etanto
,
que lo mno
de
obra
familiar
estav
a
em
pa r te su b -
ocupa
da na
ma
ioria
das
expio
ta
_
O
c
lc
ul o
,
que consis
_
te
em su btrair a i unidades
tr ab
a l
hado re
s
realmente ne
ce ss r ia s da s unidad e i de
trabalhadores
dillponr
veis fz ressa l ta r
ma
r
gens
de su b
-
oc up a o an u
a l
var i
and
o
de
1,
9 a 1,1
U.
T. nas
prop
ri
edades
de 5
a 4 0
hec
ta r es. sses dados no fa
zem
seno
traduzir
a
m
uti l izao
do t ra balho
duran
te
o
inverno
, p
oca
na qua l
os
t r
abalhos dos eampos so
reduzidos. t cer to que
o
co
lono poderia
di
mi nuir
e s s a
sub
_
ocupao
genera l izan do
os cult ivos de in ve rno. N o s
absteremos .
entretanto
,
de
co
n
si d
e
ra r ellsa m
util i
za
o
do traba lho
como
um
ma
l
fundamenta
l d a c x p l o t a
o co
loni
al. Com efeito,
a
f r ieza es tatrst i
ca parec e
ha
ve r
esque cido
que o " re po u
SO
h
h i b e r n a I
do colono
muito
r e
l a
t i vo.
Alm dos
cuidados que
le
continu
a a
dispensar aos a n i m a i
s , o
camponlJ
aprove
it
a
0l
d
ias
frios
pa r a
m e
l ho r a r
os
ca
minhos,
abr
i r novos
camp os
e
ef
etuar algun
s
reparoe
nos
prdios
da c x p I o t a o.
Os
prpr ios c lcul
os
de
bi
li da d
e s o
inspi rados em
c
r i t r ios que pa
r
ecem bem
pouco adaptados a
e s t a
so
-
1) Jos
l tamar io s:
"Util
i
zao
da
mo
de obra e
n veis de r
en
da
em pe
quenas
propr iedades ru
-
rais _ Sa nta Rosa , RG S"n
1965flnst i tuto de E
stu"dos
e Pe .qui sa s Econmic
as
da Faculdade de Cincias
Econm
i
cas da Univer s i
dade do
Rio
Grande do
S1,I
1.
ciedad
e
rura
l
lubtrop
i
cal. t
bastant e razo v
el, em
pa r -
t i
cu
la r ,
ap
l ica r o p r i n c p i o
das
3 .0
00
horas
de
t rabalho
por an o ao agricultor do Al
to U r u g u a i ? Z. 700 a 2.500
hora", no :, parecer iam
mui t
o
mais rea l is tas . Permanece
entretanto que. por fnais
fr a
ca
que
e la talvez p a
r e a
pr imeira v
ista
,
essa sub
- o
cupao
do tra
b a l
ho rea l.
Ao contrr io .
um fator
de produo:
o capital .
que,
po r f r a c o
que
seja, no
despro
vi d
o de
rentabil idade
.
como
o p
r
o v
a
a rd a
o
do
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P a r a
as
exp
l
otaes compreendi
das
e ntre 20 e
30
hectares ,
ela var ia
efet ivamente de 49
a i 55'J1. dando uma mdia bem
ace
it ve
l
de
9 1%.
Co
m
sse
va lo r ,
os
verdadeiros
ob
jeti
v
os
do
co
l
ono se
deCinem : se
t r
ata
, p a r a l
e, de obte
r a
mxima p r o d
u o
poss r
_
ve l nos
prazos
mai s c urtos
e
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o
mnimo
po ssrv
el de
di
nh e
i
ro.
A s e vo l u
e s
a
lo n go p r a z o e sem
rendi
m
ento
im ed
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o no o
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sam
. A
ori entao
qu e le d
aos e s c a s s o
s
be n
eC
rcios
mu
i to s i
gn iCi
ca
tiva sob
; s se
aspecto. Se
desejarmos es _
ta b
e l
ecer uma ordem prefe
_
r
encial de invest imentos
do
c o lono ,
encontr a re mos
, em
19
lu
g
a r
, a
com
pra de novas
t
e r ra
s
de flores
t
as no
R i o
Grande
do Sul
ou
. mais fre
q
en
temente, e m
Santa
Cata
r inae Pa : ra n ; em
seg
undo
lu gar
,
l
'
co
mpra a crdito d e
um
aut
o
mve
l; e m terc
eiro
luga
r , o
elTlprstimo
a j
uros.
Viriam
em
seg uida
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umas
melhor ias
fei tas
no
habitat
e
em
~ e r t P f d da ex
p lo u.
ao
,
como
o
chiqueiro.
Nenhuma i luso permit ida
s ob s s e
aspecto:
t ra ta -
se
de lnvestilTlentos
que
visam
p
ouco UIlla m elhor i
a da
ex
plota o
.
O
t rabalho
e
os invest i
_
mentos dos
colono
do Alto
Uruguai parecem'pois
lim i_
tados
pela.
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ta
l
da rentabil idade
imedia
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.
Alm
d i i e li m it e ele
rea l iza
l
o u c a s
me
l
hor
i
as.
Pressionado por necess
id a
de s m a te r i a i ,
pelo
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menta dos
so l
os ou
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falta de
t e r ra s
,
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c
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dades
ou.
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nte ,
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s
de flor
esta .
Ao t l lmpo
em
que da
me tade dos municrp
i
os do
Alto
U r u g u a i
ti nha. em
1960
,
u m a
popula
o
rural
infer ior quela qu
e
se
pode
r i
a e ip c r a r
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u
c rc sc i
menta natura
l d
esde
1
95 0
, a
populao
urban a da regio ,
ao cont r
rio
,
io
i acrescida
em
m a
i s de 350"10
en tr
e
os
do
is
lti
mos
recenseamen
tos. Esta ev o
lu o foi
mais
sensvel nos centros de co
lo n
i
zao secund rios q u e
,
de
s i
mples
p o v o a d o s
em
19
50
t ransformaram
-
se em
c
idadcs com mais de
3.
000
habitante. 10 an09
mais
ta r
de
(
T re
s
Passos
,
F re d
e r i c o
Westphalen,
T r ; s d e
Maio.
Tencnto
Porteia) . Dois cen
t ros de coloni:l;ao pr i
nci
paill .
Santa
R o s a e E r
ex i
m ,
abrigam atualmente maie de
12 .5 00
e Z5.
000 habitante.
em bora n o f s a e m lIen30
-g
ran
des vi.las
n
em
195 0 . Os
novos citadinos se
tornaram
artescs ,
come rciantes
e o
p e
rr i os
de Cbricas
ou
d e
c mpr sas
de t r
a
nlp
o r tes .
Uma outra forma de xo
do rura l,
i
nfe li
zm
e
nte
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rada dai esta t . s t
i ca.s
.se
manifesta
p e l a
9 m i
graclJ
macias de
co
lonos p a
ra
a8
te
r
ras
de f loresta do o e s t e
de Santa
Catar ina , do
Pa
r a_
n e m e l m o do Mat o G r osso .
s
te
xodo
to anti
go
como
a c
ol onizao do
A l t o
U ru
g
uai.
1
e foi i
niciado pelos
elementos
b r
as i l
ei
ros
q u c
pa
r
t iam aps
t e
rem cortado
e
vendido a madei r a de seus
l o
tes
do Rio Grande do
S
ul
Verdadelros
co
l
onos desejo
sos
de
cultivar
as
t e
r r a
s
de
lo res taa indavi r
ge ns os ae
gu i r
a
m . s o les
.
f requ
e n
te
me
n te ,
jovens
casa
i s
qu
e
par tem para s e insta la r .
bre as t c r r a s qu e
os pais
adquiri
r
am h
v r i o
s anos
de e m p r e s a s
pr
i va da s d e
co
l
on
i
zao de Santa Cata r i
_
na e do
Paran
. Sua pa r tida
nem li
e m p r e era
preced i da
da vend
a
dos a n t
i
g o s
l
ote
que continuam
a abrigar a
fa m
il
ia
composta pe l
os pais
e , s vezel , de
um
filho ca-
-
7/23/2019 Roymond Pbayle - Geografia Rural Das Novas Colnias Do Alto Uruguai (Rio Grande Do Sul)
6/8
"""do.
MfI
exist"n1.
I;
....
nbo;nl
,
numerosos casos
de
f amnias
i n t e ir s que abandonam o
Rio
G r
ande
do Sul
l lnpubio _
nadas por uma
fra
qu e no
provm
1I011umte
da
n1isrto. .
A t 1964,
com
efeito. as ter
ra8 virgens do oeste de
San
ta Catarina e do Paran
va
l iam Z a 4
v z e s ="0011 do
que
aque
l
as
do Rio G r a
f i
d e
do
Sul. Em lugar de perma
n
ecer
b r f : seu" lote s de
terrl ' l .
".gota.dall que
QII te_
r iam obrig
a do a
invel l
ti m e n _
to.
de vulto mu
i
to
dOIl
co
lo
nos
do Alto Urug u
ai
achara m
maill
lg ico adotar a
soluo
bra oUe
ira
por exce1';ncia: a
m i grao
para
out1'alll t"1'1'a
virgens
e bara tas . De
100
a
400 famlias partem. ass im ,
anualmente . de cada munic
pio
da
re
g io.
procura das
"t
erral novas" , forneced o _
ra s de a I
t
o 11
rendimentos
,
de.de 1958
ap
ro x
i madamen-
.
Segundo a
p r o x i m
i
da
-
d e
geogrfica
. dessas te r ras
e a
d i r e o
tomada pelos
primeiros e m i g r a n t e l l
,
le
e s t
abel ecer am
v e r d a d e i _
ras
correntes d e
zn
i
grao
in ter _
f lorestalll
. Os lTIuni cC
pios ocidentais do Alto
Uru
guai perde m ass im
sua po_
pulao em
proveito do Pa
ran (munic(pios de
Rondon,
To
ledo . Foz do
Igua.
No
va Sa nta
ROI a ) ;
o
oel te
e o
centro
de
Santa
Cata
r
ina. ao
cont
rr io . continuam a
at ra i r
os
co lonos
de Erexi ln
e
dos
munic(piol
vizinhos
.
011
dell
l ocamentos s o fe i
to
s prin
cipalmen te
em
c a m i n h o,
ap. a .
co
lhei tas
de
f im de
vero.
D u r a n t e
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in verno
que se segue
sua
chegada,
os
c olo nos e f
etu am
lS pri
m e i r OI
desmatamen(oll .
L
t ipos
e
lI
i s t
emas
de \
ul tur
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l ao exatamen
t e
OI
l l lelmOI
que OI do Alto Ur
uguai
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conhecemol lIen
o a l
gumas
t
en tativa
I ,
nem
s e
mpre co
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de
lIuceaso. para a
cu
l tura do
ca
.
H
v
r i
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meses
,
elll l
mii raes diminuem
de
in
tenl1dac\e. A
ra:to
lIIimples
:
um hectare
de
t e r ra boa va
_
l e,
atualmente,
de
ISO. 000
a
Zoo.
000 / ,.
)
cru:teiroll
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Pa
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ran ou
em
Santa
Catarina
Nu Riu
G r a n d e
do Sul. d e
ZOO . OOO a
30
0 .
000
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r a . ~ o
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uniu
para l o
rna.
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s l e n t a s as par ti
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saco de mi. lho se vende
a
1
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t a
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i o
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r te
cont
r a
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c ru r.ciro5 no Rio Grllnd e
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de Santa Cata
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tende a
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vendida. a
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l.
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11 cont racorrentes co
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_
lIul
,
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7.em seno
p receder de a l
Iluni JC;liel 011 primeiro s
r e tornol de colonos para OI
antigos
l o
t
e
$
gachos.
As
s i m . ali
vagas de entusias
mo
in
ic
i
a i s
d
im inuem
a o
passo
que a desorganil:ao
oua
millria c r e s c e m
nas
{amnial c
ampons as
do AL
to Uruguai: em suma
a
c ri
se deasa S o c i e d a d e rural
promete in
gress
a r numa ver
dadeira fa
11 e
de paroxillmo
no
decurso
dos prxi
m
os
a
nOI .
IlI. O
PSO DE
4M ISOLA
MENTO
As dificuldades atua
i s
dO
I
camponses
do Alt
o
Uruguai
apa
r
ecem
.
ento
,
li
gadal . a
dois problemas u n d amcnR
tais . O primeiro se relacio
n a a o p
r p r i o
princ(pi
da
c o l o n i z a o . que foi in
tegra
lmen
te
r e s p e i t a d o :
aqule que
cons
i s tiu e m
dis
tr i
buir l o t e s de Z5 h a I
mente
a
famniall
coloniais
comprovadamente
p r o l ( f i _
cas o
:
cer to
que essas con
cessel
no foram suficien
tes para fixar
os
de sceden
tes dos pioneiroll. O
resu l ta
do
foi a partida dOIl
jovens.
O xodo
de uma par te da po
p ulao a t i
va
lIe
de
s
em p
e
nhou o
pa-pel
de vlvul a
de
s
egu ra na, po uc
o
Cacilitou,
ent
r
etan
to , a reconverso e
a mode
r n i zao
daI exp
l
ota
es agr(co
l
as deixadas
aO I
cuidado I de
c a m p o n s e s
idolOs
e
em par te
analfabe
tos.
A
1
m
do
mais
, a
forle
d ec
l i v i d a d e dai verten
te l
cult ivadas
j u n t o
ao
d o
(_ . ) As cifras referentes oCr$de
ve
m
ser
redu:tidos o seu valor 9 -
tuo l , com o wpress o dos Ires ul
t
imos
a lgarismos.
Uru
g
uai conll t i tui um
s
rio
obstcu l o mecan i
zao.
V i 5 ta dssc
n g u l
o . a
qu
es to ser i a das maill dl l
S1
CI I
S e "e
ri'"amos
t e n ta d o s
-
7/23/2019 Roymond Pbayle - Geografia Rural Das Novas Colnias Do Alto Uruguai (Rio Grande Do Sul)
7/8
LTO
URUGU I
voados.
po
cxcel
e
ncia
o
grande
paras i ta dessa
socie
daue rura l isolada Com
e leIto do leu es tabelecimen
to
dependem
unes
to
va
r iadas c o m o lucrat ivas de
entreps to. de
t ran8porte,
de
venda
de
produo.
d e
m er
c e aria por atacado. de bar
.
A
sse comerciante ,
o colo_
no
compra 0 6
a r t i g o s
de
men:;earia,
as
sement
e
s,
as
ferramental
que
pa g a r ...
aps
a
colheita
. C o m o ga_
rant ia l e 381ina 08 Carnosos
es pcie de bnu
s
emItidos b r e o valor da
colheita, os quais .o ven
didos p e lo
prpri
o comer
ciante. No
momento do acr
to
de
contas
adivinha
-
se
ra
ci lmente que
as
v e n d a s do
colono. agravadas
pelo
im
P08tO e
p e l o
t ran spol 't
. . n ; n
pesam
muito
'
fa c
e s com
pras anuaI
s que o comerci
an t
e ,
freq
e
ntement
e .
tomou
c uidado
de
awnentar . . . A o
ri g
em
do"
lugarejo
" e povoa
do"
ta m
bm muito ins tru
tiva quanto ao
papel do comer.
ciante no
se io dell"a
"
oc
i e
da
de
rura l . Ape"a r de que
im a
ginemoll
candidamente
ter s)..
do a ig re ja,a e "
cola
ou o clube
dominica
l que prec e de ram o
agrupamento , a
hi
s tria'
de
vrios
d
""ell agrupamentos
nOI convenceram , ao contr
rio , que o c o m e r c i a n t e
quem e I t freqtl.entemente
na
or
i
gem
doa
m
e"n,u
..
tucio"o , le p o s s i b i l i t a a
cons truo de wna i g reja ou
deiuna esco laalgun"
exem_
plos no"
mostra ram 'que le l
chega r am at a conltl 'uir
um
dlllell estabelech-1entos.
Em escala maior , as "0-
ciedadea annima l insta l a
das
nas cidades
coloniais ou
vizinhaa d a a colnia s co
mandam as
grandel
a lavan
ca" da evoluo da "ocieda_
de ru ra l. No
contamos
le
Ilo u m a cooperat iva entre
O.
nove
frig
o
r(fic
o .
ex
i
l ten
_
te l
no Alto
Uruguai.
n e a
e l tabelecimento" . o inata
lados
quando
a r
d e .de
e l
-
18
t radas
perm ite
e a
cria ao
de
porcos
es
t pr t
ic a
mcnte
sob sua dependenc
ia
. Ocor r e
o mcsmo
para
a" se is usinas
de
refinamento de oleagino
s
as
c u
j a
concentrao
no
Oeste
ex p
l ica
dir
e
ta
ment
e a
a
repartio geog
rfic a
da
cultura do
soja.
Ao cont r
rio
do comerciante, s e "
t stabele
cime
nto s dcscmpe
n h a m , incontestvelmente ,
um papel posit i
vo
no se i o da
sociedace rura l intr o duzindo
no vo s
r r t o d o ~ de
cultur a e
oferecendo aos co lonos aj
u
da tcnica
e, s v
z e s ,
fi
-
nanceira. Mas
e l ta
medalha
t em u m reverso : o
campon s
deve
destina
r a totalidade de
sua produo usina e re
embolsa
r a s
ajudas
quan
do
dos
a c r t o s do fi m da c o
lhei ta . A. t ambm a m ar gem
de
discusso
que lhe
of e
recida das m a i s redu z id a l .
Maa lo
is
o l
amento
do co
lono no som ente geogr
fico
e come
rcial .
l
e
e
xi ste
t a m b m
nas
m ent
ali
da del
que permaneceram
s imult
neamente i n d i v id u a l i s
tall e tingidas , de um nacio
nali . mo l o n g
l.
n q
ti.
o mui.
to
surpre en
dente . "so b
n e
l
t imopon to de
vista
a c o l o n i ~
zao
oficia
l
n o
'
conBeguiu
disp
e r s
a r a s
colo
nos de
o r i ~
g
em
estrange i ra a
fim de
e
vitar uzn enquistamento cu
jas
g r a v e s consequncia s
conhece
mos
no
inc
i o
d. te
sculo. A instalao do" n o
vos
pioneiros
foi
feita, ef e
t ivamente, por g
r u p o
a, no
dia a dia, em l
otei
delimita
dali
s prellsas .
Como
s . e s
g
rupo
s se
a p r
e a e n t a v a m
aempr e compoatos por
menta .
li ngu
l
s t
i.cam ente ho
mogneoa , a
colonizao
re
constituiu
ncleos de
origens
ital iana, alem,
polonsa
ou
brasi le ira . E n
quanto
se
lt imos, excelentes
criad o
re s ma . lo frv eil
agr icul to
.
res
, p e r ic l i tavam
ou part
i am
aps
ha
ve r e x p l o t a d o s
me
nt
e
a . madeiras de
. u a .
t e r ra . ,
os
outro l Be i lo la
va m
o
Quando os
i
m ig
r a n t e
m ais re c e n t
e
de
o ri
g e m
e s trang
eira
j untararn-s e-lhe a.
t r a t a v a ~ s o b r e t u d o de
na
o - rurai s (operr ios de
u l i
na
,
funcion
r ios)
i
nc
ap a
zcsde
acrescentar oq
ue
q uer que CI s e de novo s
pr t icas cul tura
is
tra di
cio
na i s .
Nes :iae condies
, no
restava, a e s s a sociedade
ru
r a l i s o l a d a e
se
p a rada,
,eno u m a p o u ibilidade de
evoluo: aq ue la que
limita_
va n>'l imi tao dou e
xemplos d e prog r essos
que
po d ia con seguir . O d r a m a
era
que os
bons
ex
e m p
lo s
no
abundavam muito e que
no eram
sempre seguidos.
A massa
da so ciedad
e
rural
se
encontra atua lmen te en
t re dois ti pos de l
d
eres , dos
qu a
is
no
lIoube concil iar 011
en s
inamento
s w n
pouc
o con
traditrioll.
Existe
pr imei
ramente
, o lideI: colono que
enl ina
a prud
ncia, perptua
o mito da f l o
r e
s t a e
d
o
e x e m p lo da intensi da de do
t rabalho humano nas ex pIo
taes de peq ueno po r t e. le
l .. l
vez po ssa
e s
ta
r na
or i
ge m
da
introdu o de novas
culturas,
como
Cai o caso do
lIoja.
Entretanto,
se
OI
tipos
de cultura
pude
ram . e en
r i -
quecer
e
xp
ontneamente
no
seio
da
sociedade r u r a I , o
mesmo
n o
aconteceu com
a s
tcnicas,
q u e p e r m a n
ceram
antiquadas
. Essa l
ti m a insufi cinci a d e v e -
se
cer tamen t
e, ao
desejo de in
vest i r
o me
nos
po ssve l na
explota
o . M a s e
la
se
pUca taljT bm por uzna a
t i tu
de de
recu
sa ou de
desconfi
ana oposta ao se gundo tipo
d e
l ider:
o e ngenheiro ag
r
nomo
e o ve te r inr io
q ue
,
dele gados junto ao c o l ono
pe l
os
r g o . love rnamen
tai l , lh e pare
ce
muito f
re
qentemente
como os repre
sentantes d o uma sociedade
ga cha tradicional e, so b sse
aspecto , um p o
uco
estrange i
rOI e vagamente ho s t l .
Eis
ai
uma atitude
not
vel e
qu
e uzna o b e rv a
o l u p e
r U
c
i a l ,
aparen
temente
confirmada
pela
t e
naeldade do.
di
a l e t o s no
portugu.e l ,
atribuir
c i t ~
m e
nt
e a
uzn
n a c i o n a
l
is-
mo so b revivente a
t
r s ou
quatro
ge ra
p.
.
EI",>'I
de s
_
confiana
, que no
m e n ~
te camp
on
esa.
n a o
reflete,
em verdade, wna h o sti l i
da
de , mas antes
um ce
rto se n
t imcntode
i n C e r i o r id a d e
e m
eam
o de o
p rcssno
do c o
l ono fr e n
to
ao
m e io g a ~ c h o
t radici
o
nal.
Dev
e s
e r
co m
preendido
, e f e t i v a m e n t e ,
qu e,
pa r a o colon o , o gacho
o g r ande p r o p ' l ' i e t r i o
c r i a d
o r que
manifesta
um
ce rto d
es
przo para com os
co
lonos . ates tambm fo
ram w n
p o u c o pe
r s e gui dos
durante a lt ima gu e r ra mun
dia l. P a
1 >'1
n08 1l
prop
. it
o.
importa
menos jul
ga
r e8sas
atitude. do que f r i s _a r as
deplorv e iS
conlequencias :
o
colono,
ou se recusa a se
guir
os
conselhol vindos do
exte
r ior
ou.
m
elhor
,
t e n ta
g ross e ira l
aplicaes
do s
ens i na m entos mal
assimila
dos por
Ca
lta
de
co
ntatos
ou
de confiana.
Torna -
Ie
nec e ssr io , fi
nalmente,
para
provar defi
nitivamente
o p a p e 1 funda.
menta l do isolamento , obser
va r a q u e sucedeu socie
dade
colonial
ao r e d o r das
cidades
Que conheceram o
g ra n
de
c r
es
ciment o d e po
pu la o
desc
r i to m a
i
s
aci
ma . Em par t icular , as dual
cidades
de
Santa
R o s a e
de
E rexim e o n s t i t u e m a t u a ~
mente, nas
duas extrem
i
da
des da
regio,
remarcveis
po lo s d e c rescimento . As fa
ci
lidad
es
de comunicao
e
o contato com o campo rom
peram , prec i samente a, o
isolamento em
todo
s os s eus
aspec
tos.
Nwn
r a
i
de a l
guns
quilmetros
ao
r e d o r
das aglomeraes urbana l ,
aparecem
m u d a n a ~
lensr
veis
no meio ru r a
l.
A e xtre
ma
diviso
das propriedad o s
compensada
pela
es
peci
a
l\za
odas
produes
(l e
gu
mes,
frutas. lei te) e das tc
nicas
cultu ra is nas
quaia a .
noes
de a f o l h a m ~ n t o e
de
r otaoac
c o n h
e c i d a s e
prat icadas . Nsse me io ,
doi.
o r ganismos
oficiai
I de
c r
dito e de an i t nc ia r u r a t
(2)
substituiram
o autofinan
ciamento trad i
cional
e o
ap o
ia do .
por wna populao
jovem e alfabetizada. A
r
de de
intermedirioa foi
em
-
7/23/2019 Roymond Pbayle - Geografia Rural Das Novas Colnias Do Alto Uruguai (Rio Grande Do Sul)
8/8
partu
rompida pe
l a o r
ga n
i
zao
de
93
cooperat ivas
a
g d co lu
(fig
. 4) .
Mas, so b retudo , U n m e-
lhor conhecimen to dos m er _
cados , d as novas t c nica s de
produo e d a s fac i lidad
es
de
crdito
of e re c i das p e lo
Banco do Brasi l
con
du
z i ram
a.
no va s formas d e migra
... ;c s , cu
j
' im por t ;ncia foi
m uiloma l a p r e e n d i
da
at
nqui.
T
r/ltn
. sc:,
c:om efeHo,
de wn verdadeiro i nrcio d e
invaso
do
Mcamp o pelo
an
H
goc
olono que
se
t
orno
u
um
gran jei r
o ,
i. e
W1l
fazen
d eiro de g randes expl ota
e
s
de tr igo e de soja
sbre
a s
t e r ras alugadas
aos
c r i
ad o
re s . E u a conqu i
s ta
foi
in i
c i c.da em
1
94 7
,
quando o go _
v':;rno
fe d
e ra l dc:cidi u fi
nan
.
c i ..
rlt
r"'p b .rn nt" a c u l
t u r
a
uu
t r l l junuR l o G r a n d o do
Sul. Em 19 55, um a .,
sp':;ci
de fr ente pione i ra agrcol a
exi s tia e opunha o
t ra
di c i o
nalc:
r iador g
acho aos
c o l o
n os p l a n t a d o r
e s
de o r i
ge
m
estrange
i
ra
, a l
em
es
, e
i tal iano s sobretudo . A t ua 1-
mente , os m u n i c r p i o s de
campo vizinhos
reg
i o co
l
onia
l consag ram m a i s de
132.000
hectares
g r
a n d e
Fig, 4
o'
,
o SANTA
RQSA
00
@
cul tura m ec anizada
P) . D s
te tota
l, 95
. 000
hectar
es es
to e m mos de ant i
gos
c 0 -
o n o ~ Todoll Sll e s
co
l onos
passaram, de vr i.all manei_
r all , pela
cidad
e.
2 ) A
ASCAR
ou AIIs ociao
Su
l ina d e Crd i
to
e
As
s is tncia
Rural
e o Ba n-
codo
B r
as
i l
{Se o Agr
cola).
(3)
Es . a s cifra s referem - se
aomente s e,,;pl otaes
de campo
c om m a is de 3 5
IHl clarei j .
Nell la opo rtuni
dade
l e li
puderam romper seu ia o l
a
m e
n t o . a b a n d o n a r o
velh
o
m
ito da
fl
ores ta
e
enfrentar
nao aem su
cesso, mas
aem
nenhuma
v i olncia , o prinl e i
ro
o
cupa
n
te
, o cr iador
ga-
cho.
Finalmente
, a re gi o
do
AHo
Uruglu.a i
se
e n co n t r a
a-
t
ualmeuterla
B i t u a
o
da .
ve
lh as
colonias no
incio
do
s
c u
l o . Nal'J.uela
':;poca.
o
lol amento da m a i o r i a do a
campons
es s e t r
aduz
i a tam
b m
pelos m e s m o l l e r
r
os,
pe l a s
c r i lles d e
r endimen t o e po'"" m igraes
s
imUarel l
para
as
cidade
..
ou pa r a o u t r a s t e r r a . de
no r
ellta
, prec isamen te 3.l'J.ue
la
s d o Alto Urugua i. e . ta m
b ::
m. de Sa
n la
Cata
r i na.Ma s ,
nessa poca tambm, ex is
t ia urna
a b e r
t u r a para o
campo para
aqu les que
t i -
nham a oportunidade de
pas
s a r pe l a cidade e
a r apren
der
que as te r ra8 de campo
se
pres tavam, elas tambm ,
s cult
ur
as
c,
empa.
r ticu l a r,
orizic
ultura
i r r igada. E
sta
ltima at
i
vidade
d e v e , em
par te ,
lua g rande diIuso a _
tua
l
, .a dep
r
es
s
o
centra
l e
.bre O I
t e r ra os
da
la gu na
dos Patos , i.
nv a
so
do
ca
m
po pelo colon08.
A S l l i m o c o l o n o do Alto
Uru gua i, illol ado e pr ess io
nado ~ b r e suas t e r ras es
gotadas
e
no
l S ~
t longe de a t ra i r
a
verda
de
ira revoluo
a
gT r ia ao
R io Grande do Su l.
i:':
l e
tou
mu
i to ante as
t e r ras de
ca m po que lhe p arecia m 1-
r v e i s e sobretudo
im
_
prpr ias
cultura
.
Penetrou
a r
porqu
e
no poude
m i g
r a r
pa ra
o u t r a l l
t e r r a.8 de flo
res ta , p o r q u e comeava a
romper
' s e u i s o l a m e n t o e
tambm porque
e ra muito
a
judado pelos rgos o f i c i a i ~
Ento , aps t e r
adotado
uma pr ime i r a solu_
o
a me r ic a na , s que la
da
~ ch a ma pioneira " d ..... .
crUa p or Monbei g, o c a mpo
nadas nOVa c o l n i a s do
Rio
G r a n
d
e
do
Su
l
parece
l'J.ue r e r retoma r a s r o
pape
l
de um out r o a g r ic ul tor eu_
r o peu em
Am
rica : a q u l e
dos
co l o n o s do . E s
ta
do .
Un
i do s . Pensamo . , e n
t
o ,
nas dellc r iel de B a u
l i g
mostrando os
anos de
hes i
tao doa
pi
oneiro d i
a
n t Q
d e um a pa i ll a gem sem r vo
pe r (o do 'eg\l ido de r ~ ~
pida
co
lonizao da
pradarla
pelas cul turas . No Rio Gran
de do Sul
Io
i dado o p r
im e
r o
pasllo
n
eSlle
se
n
tido. Uma
e v o lu o s i multne a m e n_
te expon tnea e d
i r i
gid a
pa
rece
qu e deve r
sub.
is t i r
so l
uo
c i r r g i c a d e
uma
r e forma agrr ia p o r de.a .
prop r iao e r e dis t r ibuio
das
t e r ra s . ce
rt
o
que
os
velh08 err08 d e u ma co l oni
zao va ra em t
erras
de
fl llre s ta se ellfuma'ro ,
ai
m u
l tnea
m
ent
e
co
m o at r a .o
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t c n i c811 e os di a l e tos
d os co i onos.
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A Cooperati vos Agdcolas do Rio
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Sec . do Economia do R
io Grande
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o de 1966) .
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Caixas rurais
19