rosa lobat - ana branco e marta

28
Escola EB2,3/S Vieira de Araújo 2009/2010

Upload: 101d1

Post on 11-Jul-2015

619 views

Category:

Education


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Rosa lobat - ana branco e marta

Escola EB23S Vieira de Arauacutejo

20092010

Nome Rosa Maria de Bettencourt

Rodrigues Lobato de Faria

Nasceu 20 de Abril de 1932

Morreu 2 de Fevereiro de 2010 com 78

anos

Foi casada com oeditor Joaquim

Figueiredo Magalhatildeescom quem estevecasada 33 anos

Deixou 4 filhos ee

12 netos

ldquoFoi a mulher dos 7 ofiacuteciosrdquopoetisa

romancistaargumentista

cronista e actriz de teatro cinema

e televisatildeo Autora de

canccedilotildees e fadoslocutoraguionista

hellip

ldquoe um dia quando eu tinha 63 anos Deus quis que eu

nascesse de novo Contaram-me uma histoacuteria e fiquei a

pensar nela Aquela histoacuteria natildeo me largava a

cabeccedila E eu dizia para mim Isto eacute um conto tenho que

escrever este conto senatildeo natildeo me vejo livre desta

maccedilada E escrevi Quando reparei tinha 240 paacuteginas A4 e pensei Isto se calhar eacute um bocadinho mais que um conto

Efectivamente era um romancerdquo

Foi uma escritora tardia pois estriou-se a escrever na

deacutecada de 80 jaacute com 63 anos

Publicou o seu 1ordm livro em 1995

O 1ordm livro que escreveu foi ldquoO Pranto de Luacuteciferrdquo

O uacuteltimo foi ldquoAs esquinas do tempordquo em 2008

Em 2000 ganhou o preacutemio maacuteximo de literatura

Romances que escreveu

Os Paacutessaros de Seda (1996)

Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)

Romance de Cordeacutelia (1998)

O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)

A Tranccedila de Inecircs (2001)

O Seacutetimo Veacuteu (2003)

Os Linhos da Avoacute (2004

A Flor do Sal (2005)

Seacuteries onde participou

Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv

A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv

Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv

Aqui natildeo haacute quem viva

A mala de cartatildeo

Filmes onde participou

Traacutefico

A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica

Jogo de matildeo

Paisagem sem barcos

O vestido cor de fogo

Letras de Musicas que escreveu

Amor drsquoaacutegua fresca (1992)

Chamar a muacutesica (1994)

Baunilha e chocolate (1995)

Antes do Adeus (1997)

Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de

amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste

Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh

Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo

Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor

daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Peguei trinquei e meti-te na cesta

Chamar a muacutesica

Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes

Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica

Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica

Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual

Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto

PoemasQuem me quiser

As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha

QuimeraPrimeiro a tua matildeo

O teu amor absolutoQuero dar-te

E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo

TempoSorriso

Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as

conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar

Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno

Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos

Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos

Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente

As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua

porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar

De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel

De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque

amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor

E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 2: Rosa lobat - ana branco e marta

Nome Rosa Maria de Bettencourt

Rodrigues Lobato de Faria

Nasceu 20 de Abril de 1932

Morreu 2 de Fevereiro de 2010 com 78

anos

Foi casada com oeditor Joaquim

Figueiredo Magalhatildeescom quem estevecasada 33 anos

Deixou 4 filhos ee

12 netos

ldquoFoi a mulher dos 7 ofiacuteciosrdquopoetisa

romancistaargumentista

cronista e actriz de teatro cinema

e televisatildeo Autora de

canccedilotildees e fadoslocutoraguionista

hellip

ldquoe um dia quando eu tinha 63 anos Deus quis que eu

nascesse de novo Contaram-me uma histoacuteria e fiquei a

pensar nela Aquela histoacuteria natildeo me largava a

cabeccedila E eu dizia para mim Isto eacute um conto tenho que

escrever este conto senatildeo natildeo me vejo livre desta

maccedilada E escrevi Quando reparei tinha 240 paacuteginas A4 e pensei Isto se calhar eacute um bocadinho mais que um conto

Efectivamente era um romancerdquo

Foi uma escritora tardia pois estriou-se a escrever na

deacutecada de 80 jaacute com 63 anos

Publicou o seu 1ordm livro em 1995

O 1ordm livro que escreveu foi ldquoO Pranto de Luacuteciferrdquo

O uacuteltimo foi ldquoAs esquinas do tempordquo em 2008

Em 2000 ganhou o preacutemio maacuteximo de literatura

Romances que escreveu

Os Paacutessaros de Seda (1996)

Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)

Romance de Cordeacutelia (1998)

O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)

A Tranccedila de Inecircs (2001)

O Seacutetimo Veacuteu (2003)

Os Linhos da Avoacute (2004

A Flor do Sal (2005)

Seacuteries onde participou

Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv

A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv

Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv

Aqui natildeo haacute quem viva

A mala de cartatildeo

Filmes onde participou

Traacutefico

A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica

Jogo de matildeo

Paisagem sem barcos

O vestido cor de fogo

Letras de Musicas que escreveu

Amor drsquoaacutegua fresca (1992)

Chamar a muacutesica (1994)

Baunilha e chocolate (1995)

Antes do Adeus (1997)

Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de

amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste

Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh

Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo

Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor

daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Peguei trinquei e meti-te na cesta

Chamar a muacutesica

Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes

Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica

Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica

Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual

Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto

PoemasQuem me quiser

As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha

QuimeraPrimeiro a tua matildeo

O teu amor absolutoQuero dar-te

E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo

TempoSorriso

Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as

conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar

Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno

Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos

Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos

Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente

As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua

porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar

De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel

De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque

amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor

E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 3: Rosa lobat - ana branco e marta

Foi casada com oeditor Joaquim

Figueiredo Magalhatildeescom quem estevecasada 33 anos

Deixou 4 filhos ee

12 netos

ldquoFoi a mulher dos 7 ofiacuteciosrdquopoetisa

romancistaargumentista

cronista e actriz de teatro cinema

e televisatildeo Autora de

canccedilotildees e fadoslocutoraguionista

hellip

ldquoe um dia quando eu tinha 63 anos Deus quis que eu

nascesse de novo Contaram-me uma histoacuteria e fiquei a

pensar nela Aquela histoacuteria natildeo me largava a

cabeccedila E eu dizia para mim Isto eacute um conto tenho que

escrever este conto senatildeo natildeo me vejo livre desta

maccedilada E escrevi Quando reparei tinha 240 paacuteginas A4 e pensei Isto se calhar eacute um bocadinho mais que um conto

Efectivamente era um romancerdquo

Foi uma escritora tardia pois estriou-se a escrever na

deacutecada de 80 jaacute com 63 anos

Publicou o seu 1ordm livro em 1995

O 1ordm livro que escreveu foi ldquoO Pranto de Luacuteciferrdquo

O uacuteltimo foi ldquoAs esquinas do tempordquo em 2008

Em 2000 ganhou o preacutemio maacuteximo de literatura

Romances que escreveu

Os Paacutessaros de Seda (1996)

Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)

Romance de Cordeacutelia (1998)

O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)

A Tranccedila de Inecircs (2001)

O Seacutetimo Veacuteu (2003)

Os Linhos da Avoacute (2004

A Flor do Sal (2005)

Seacuteries onde participou

Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv

A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv

Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv

Aqui natildeo haacute quem viva

A mala de cartatildeo

Filmes onde participou

Traacutefico

A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica

Jogo de matildeo

Paisagem sem barcos

O vestido cor de fogo

Letras de Musicas que escreveu

Amor drsquoaacutegua fresca (1992)

Chamar a muacutesica (1994)

Baunilha e chocolate (1995)

Antes do Adeus (1997)

Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de

amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste

Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh

Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo

Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor

daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Peguei trinquei e meti-te na cesta

Chamar a muacutesica

Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes

Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica

Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica

Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual

Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto

PoemasQuem me quiser

As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha

QuimeraPrimeiro a tua matildeo

O teu amor absolutoQuero dar-te

E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo

TempoSorriso

Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as

conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar

Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno

Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos

Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos

Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente

As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua

porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar

De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel

De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque

amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor

E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 4: Rosa lobat - ana branco e marta

Deixou 4 filhos ee

12 netos

ldquoFoi a mulher dos 7 ofiacuteciosrdquopoetisa

romancistaargumentista

cronista e actriz de teatro cinema

e televisatildeo Autora de

canccedilotildees e fadoslocutoraguionista

hellip

ldquoe um dia quando eu tinha 63 anos Deus quis que eu

nascesse de novo Contaram-me uma histoacuteria e fiquei a

pensar nela Aquela histoacuteria natildeo me largava a

cabeccedila E eu dizia para mim Isto eacute um conto tenho que

escrever este conto senatildeo natildeo me vejo livre desta

maccedilada E escrevi Quando reparei tinha 240 paacuteginas A4 e pensei Isto se calhar eacute um bocadinho mais que um conto

Efectivamente era um romancerdquo

Foi uma escritora tardia pois estriou-se a escrever na

deacutecada de 80 jaacute com 63 anos

Publicou o seu 1ordm livro em 1995

O 1ordm livro que escreveu foi ldquoO Pranto de Luacuteciferrdquo

O uacuteltimo foi ldquoAs esquinas do tempordquo em 2008

Em 2000 ganhou o preacutemio maacuteximo de literatura

Romances que escreveu

Os Paacutessaros de Seda (1996)

Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)

Romance de Cordeacutelia (1998)

O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)

A Tranccedila de Inecircs (2001)

O Seacutetimo Veacuteu (2003)

Os Linhos da Avoacute (2004

A Flor do Sal (2005)

Seacuteries onde participou

Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv

A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv

Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv

Aqui natildeo haacute quem viva

A mala de cartatildeo

Filmes onde participou

Traacutefico

A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica

Jogo de matildeo

Paisagem sem barcos

O vestido cor de fogo

Letras de Musicas que escreveu

Amor drsquoaacutegua fresca (1992)

Chamar a muacutesica (1994)

Baunilha e chocolate (1995)

Antes do Adeus (1997)

Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de

amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste

Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh

Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo

Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor

daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Peguei trinquei e meti-te na cesta

Chamar a muacutesica

Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes

Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica

Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica

Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual

Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto

PoemasQuem me quiser

As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha

QuimeraPrimeiro a tua matildeo

O teu amor absolutoQuero dar-te

E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo

TempoSorriso

Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as

conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar

Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno

Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos

Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos

Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente

As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua

porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar

De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel

De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque

amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor

E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 5: Rosa lobat - ana branco e marta

ldquoFoi a mulher dos 7 ofiacuteciosrdquopoetisa

romancistaargumentista

cronista e actriz de teatro cinema

e televisatildeo Autora de

canccedilotildees e fadoslocutoraguionista

hellip

ldquoe um dia quando eu tinha 63 anos Deus quis que eu

nascesse de novo Contaram-me uma histoacuteria e fiquei a

pensar nela Aquela histoacuteria natildeo me largava a

cabeccedila E eu dizia para mim Isto eacute um conto tenho que

escrever este conto senatildeo natildeo me vejo livre desta

maccedilada E escrevi Quando reparei tinha 240 paacuteginas A4 e pensei Isto se calhar eacute um bocadinho mais que um conto

Efectivamente era um romancerdquo

Foi uma escritora tardia pois estriou-se a escrever na

deacutecada de 80 jaacute com 63 anos

Publicou o seu 1ordm livro em 1995

O 1ordm livro que escreveu foi ldquoO Pranto de Luacuteciferrdquo

O uacuteltimo foi ldquoAs esquinas do tempordquo em 2008

Em 2000 ganhou o preacutemio maacuteximo de literatura

Romances que escreveu

Os Paacutessaros de Seda (1996)

Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)

Romance de Cordeacutelia (1998)

O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)

A Tranccedila de Inecircs (2001)

O Seacutetimo Veacuteu (2003)

Os Linhos da Avoacute (2004

A Flor do Sal (2005)

Seacuteries onde participou

Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv

A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv

Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv

Aqui natildeo haacute quem viva

A mala de cartatildeo

Filmes onde participou

Traacutefico

A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica

Jogo de matildeo

Paisagem sem barcos

O vestido cor de fogo

Letras de Musicas que escreveu

Amor drsquoaacutegua fresca (1992)

Chamar a muacutesica (1994)

Baunilha e chocolate (1995)

Antes do Adeus (1997)

Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de

amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste

Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh

Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo

Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor

daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Peguei trinquei e meti-te na cesta

Chamar a muacutesica

Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes

Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica

Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica

Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual

Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto

PoemasQuem me quiser

As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha

QuimeraPrimeiro a tua matildeo

O teu amor absolutoQuero dar-te

E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo

TempoSorriso

Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as

conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar

Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno

Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos

Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos

Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente

As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua

porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar

De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel

De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque

amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor

E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 6: Rosa lobat - ana branco e marta

ldquoe um dia quando eu tinha 63 anos Deus quis que eu

nascesse de novo Contaram-me uma histoacuteria e fiquei a

pensar nela Aquela histoacuteria natildeo me largava a

cabeccedila E eu dizia para mim Isto eacute um conto tenho que

escrever este conto senatildeo natildeo me vejo livre desta

maccedilada E escrevi Quando reparei tinha 240 paacuteginas A4 e pensei Isto se calhar eacute um bocadinho mais que um conto

Efectivamente era um romancerdquo

Foi uma escritora tardia pois estriou-se a escrever na

deacutecada de 80 jaacute com 63 anos

Publicou o seu 1ordm livro em 1995

O 1ordm livro que escreveu foi ldquoO Pranto de Luacuteciferrdquo

O uacuteltimo foi ldquoAs esquinas do tempordquo em 2008

Em 2000 ganhou o preacutemio maacuteximo de literatura

Romances que escreveu

Os Paacutessaros de Seda (1996)

Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)

Romance de Cordeacutelia (1998)

O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)

A Tranccedila de Inecircs (2001)

O Seacutetimo Veacuteu (2003)

Os Linhos da Avoacute (2004

A Flor do Sal (2005)

Seacuteries onde participou

Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv

A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv

Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv

Aqui natildeo haacute quem viva

A mala de cartatildeo

Filmes onde participou

Traacutefico

A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica

Jogo de matildeo

Paisagem sem barcos

O vestido cor de fogo

Letras de Musicas que escreveu

Amor drsquoaacutegua fresca (1992)

Chamar a muacutesica (1994)

Baunilha e chocolate (1995)

Antes do Adeus (1997)

Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de

amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste

Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh

Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo

Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor

daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Peguei trinquei e meti-te na cesta

Chamar a muacutesica

Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes

Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica

Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica

Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual

Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto

PoemasQuem me quiser

As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha

QuimeraPrimeiro a tua matildeo

O teu amor absolutoQuero dar-te

E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo

TempoSorriso

Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as

conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar

Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno

Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos

Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos

Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente

As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua

porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar

De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel

De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque

amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor

E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 7: Rosa lobat - ana branco e marta

Foi uma escritora tardia pois estriou-se a escrever na

deacutecada de 80 jaacute com 63 anos

Publicou o seu 1ordm livro em 1995

O 1ordm livro que escreveu foi ldquoO Pranto de Luacuteciferrdquo

O uacuteltimo foi ldquoAs esquinas do tempordquo em 2008

Em 2000 ganhou o preacutemio maacuteximo de literatura

Romances que escreveu

Os Paacutessaros de Seda (1996)

Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)

Romance de Cordeacutelia (1998)

O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)

A Tranccedila de Inecircs (2001)

O Seacutetimo Veacuteu (2003)

Os Linhos da Avoacute (2004

A Flor do Sal (2005)

Seacuteries onde participou

Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv

A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv

Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv

Aqui natildeo haacute quem viva

A mala de cartatildeo

Filmes onde participou

Traacutefico

A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica

Jogo de matildeo

Paisagem sem barcos

O vestido cor de fogo

Letras de Musicas que escreveu

Amor drsquoaacutegua fresca (1992)

Chamar a muacutesica (1994)

Baunilha e chocolate (1995)

Antes do Adeus (1997)

Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de

amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste

Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh

Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo

Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor

daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Peguei trinquei e meti-te na cesta

Chamar a muacutesica

Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes

Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica

Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica

Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual

Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto

PoemasQuem me quiser

As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha

QuimeraPrimeiro a tua matildeo

O teu amor absolutoQuero dar-te

E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo

TempoSorriso

Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as

conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar

Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno

Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos

Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos

Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente

As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua

porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar

De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel

De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque

amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor

E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 8: Rosa lobat - ana branco e marta

O 1ordm livro que escreveu foi ldquoO Pranto de Luacuteciferrdquo

O uacuteltimo foi ldquoAs esquinas do tempordquo em 2008

Em 2000 ganhou o preacutemio maacuteximo de literatura

Romances que escreveu

Os Paacutessaros de Seda (1996)

Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)

Romance de Cordeacutelia (1998)

O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)

A Tranccedila de Inecircs (2001)

O Seacutetimo Veacuteu (2003)

Os Linhos da Avoacute (2004

A Flor do Sal (2005)

Seacuteries onde participou

Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv

A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv

Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv

Aqui natildeo haacute quem viva

A mala de cartatildeo

Filmes onde participou

Traacutefico

A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica

Jogo de matildeo

Paisagem sem barcos

O vestido cor de fogo

Letras de Musicas que escreveu

Amor drsquoaacutegua fresca (1992)

Chamar a muacutesica (1994)

Baunilha e chocolate (1995)

Antes do Adeus (1997)

Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de

amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste

Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh

Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo

Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor

daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Peguei trinquei e meti-te na cesta

Chamar a muacutesica

Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes

Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica

Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica

Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual

Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto

PoemasQuem me quiser

As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha

QuimeraPrimeiro a tua matildeo

O teu amor absolutoQuero dar-te

E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo

TempoSorriso

Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as

conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar

Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno

Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos

Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos

Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente

As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua

porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar

De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel

De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque

amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor

E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 9: Rosa lobat - ana branco e marta

Em 2000 ganhou o preacutemio maacuteximo de literatura

Romances que escreveu

Os Paacutessaros de Seda (1996)

Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)

Romance de Cordeacutelia (1998)

O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)

A Tranccedila de Inecircs (2001)

O Seacutetimo Veacuteu (2003)

Os Linhos da Avoacute (2004

A Flor do Sal (2005)

Seacuteries onde participou

Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv

A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv

Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv

Aqui natildeo haacute quem viva

A mala de cartatildeo

Filmes onde participou

Traacutefico

A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica

Jogo de matildeo

Paisagem sem barcos

O vestido cor de fogo

Letras de Musicas que escreveu

Amor drsquoaacutegua fresca (1992)

Chamar a muacutesica (1994)

Baunilha e chocolate (1995)

Antes do Adeus (1997)

Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de

amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste

Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh

Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo

Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor

daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Peguei trinquei e meti-te na cesta

Chamar a muacutesica

Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes

Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica

Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica

Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual

Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto

PoemasQuem me quiser

As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha

QuimeraPrimeiro a tua matildeo

O teu amor absolutoQuero dar-te

E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo

TempoSorriso

Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as

conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar

Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno

Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos

Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos

Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente

As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua

porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar

De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel

De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque

amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor

E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 10: Rosa lobat - ana branco e marta

Romances que escreveu

Os Paacutessaros de Seda (1996)

Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)

Romance de Cordeacutelia (1998)

O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)

A Tranccedila de Inecircs (2001)

O Seacutetimo Veacuteu (2003)

Os Linhos da Avoacute (2004

A Flor do Sal (2005)

Seacuteries onde participou

Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv

A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv

Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv

Aqui natildeo haacute quem viva

A mala de cartatildeo

Filmes onde participou

Traacutefico

A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica

Jogo de matildeo

Paisagem sem barcos

O vestido cor de fogo

Letras de Musicas que escreveu

Amor drsquoaacutegua fresca (1992)

Chamar a muacutesica (1994)

Baunilha e chocolate (1995)

Antes do Adeus (1997)

Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de

amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste

Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh

Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo

Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor

daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Peguei trinquei e meti-te na cesta

Chamar a muacutesica

Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes

Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica

Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica

Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual

Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto

PoemasQuem me quiser

As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha

QuimeraPrimeiro a tua matildeo

O teu amor absolutoQuero dar-te

E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo

TempoSorriso

Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as

conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar

Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno

Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos

Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos

Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente

As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua

porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar

De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel

De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque

amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor

E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 11: Rosa lobat - ana branco e marta

Seacuteries onde participou

Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv

A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv

Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv

Aqui natildeo haacute quem viva

A mala de cartatildeo

Filmes onde participou

Traacutefico

A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica

Jogo de matildeo

Paisagem sem barcos

O vestido cor de fogo

Letras de Musicas que escreveu

Amor drsquoaacutegua fresca (1992)

Chamar a muacutesica (1994)

Baunilha e chocolate (1995)

Antes do Adeus (1997)

Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de

amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste

Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh

Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo

Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor

daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Peguei trinquei e meti-te na cesta

Chamar a muacutesica

Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes

Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica

Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica

Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual

Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto

PoemasQuem me quiser

As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha

QuimeraPrimeiro a tua matildeo

O teu amor absolutoQuero dar-te

E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo

TempoSorriso

Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as

conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar

Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno

Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos

Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos

Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente

As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua

porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar

De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel

De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque

amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor

E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 12: Rosa lobat - ana branco e marta

Filmes onde participou

Traacutefico

A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica

Jogo de matildeo

Paisagem sem barcos

O vestido cor de fogo

Letras de Musicas que escreveu

Amor drsquoaacutegua fresca (1992)

Chamar a muacutesica (1994)

Baunilha e chocolate (1995)

Antes do Adeus (1997)

Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de

amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste

Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh

Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo

Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor

daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Peguei trinquei e meti-te na cesta

Chamar a muacutesica

Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes

Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica

Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica

Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual

Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto

PoemasQuem me quiser

As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha

QuimeraPrimeiro a tua matildeo

O teu amor absolutoQuero dar-te

E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo

TempoSorriso

Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as

conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar

Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno

Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos

Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos

Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente

As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua

porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar

De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel

De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque

amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor

E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 13: Rosa lobat - ana branco e marta

Letras de Musicas que escreveu

Amor drsquoaacutegua fresca (1992)

Chamar a muacutesica (1994)

Baunilha e chocolate (1995)

Antes do Adeus (1997)

Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de

amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste

Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh

Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo

Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor

daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Peguei trinquei e meti-te na cesta

Chamar a muacutesica

Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes

Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica

Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica

Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual

Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto

PoemasQuem me quiser

As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha

QuimeraPrimeiro a tua matildeo

O teu amor absolutoQuero dar-te

E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo

TempoSorriso

Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as

conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar

Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno

Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos

Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos

Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente

As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua

porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar

De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel

De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque

amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor

E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 14: Rosa lobat - ana branco e marta

Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de

amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste

Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh

Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo

Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor

daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi

Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca

Peguei trinquei e meti-te na cesta

Chamar a muacutesica

Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes

Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica

Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica

Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual

Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto

PoemasQuem me quiser

As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha

QuimeraPrimeiro a tua matildeo

O teu amor absolutoQuero dar-te

E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo

TempoSorriso

Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as

conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar

Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno

Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos

Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos

Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente

As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua

porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar

De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel

De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque

amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor

E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 15: Rosa lobat - ana branco e marta

Chamar a muacutesica

Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes

Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica

Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica

Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual

Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim

Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto

PoemasQuem me quiser

As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha

QuimeraPrimeiro a tua matildeo

O teu amor absolutoQuero dar-te

E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo

TempoSorriso

Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as

conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar

Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno

Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos

Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos

Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente

As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua

porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar

De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel

De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque

amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor

E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 16: Rosa lobat - ana branco e marta

PoemasQuem me quiser

As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha

QuimeraPrimeiro a tua matildeo

O teu amor absolutoQuero dar-te

E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo

TempoSorriso

Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as

conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar

Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno

Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos

Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos

Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente

As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua

porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar

De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel

De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque

amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor

E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 17: Rosa lobat - ana branco e marta

Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as

conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar

Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno

Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos

Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos

Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente

As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua

porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar

De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel

De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque

amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor

E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 18: Rosa lobat - ana branco e marta

As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua

porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar

De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel

De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque

amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor

E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 19: Rosa lobat - ana branco e marta

Vimos chegar a andorinha

Vimos chegar as andorinhas

conjugarem-se as estrelas

impacientarem-se os ventos

Agora

esperemos o veratildeo

do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos

Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes

Tatildeo emaranhadas as nossas veias

Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos

Espera-te um nome

breve como um beijo

e o reino ilimitado

dos meus braccedilos

Viraacutes

como a luz maior

no solstiacutecio de Junho

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 20: Rosa lobat - ana branco e marta

QuimeraEu quis um violino no telhado

e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado

e um pavatildeo real do meu tamanho

Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho

Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva

Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida

Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga

Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros

Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro

Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 21: Rosa lobat - ana branco e marta

Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu

seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute

Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve

O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um

abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez

Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama

Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 22: Rosa lobat - ana branco e marta

O teu amor absoluto

O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa

Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca

E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 23: Rosa lobat - ana branco e marta

Quero dar-te

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 24: Rosa lobat - ana branco e marta

E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 25: Rosa lobat - ana branco e marta

Imaginaccedilatildeo

A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 26: Rosa lobat - ana branco e marta

Tempo

O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 27: Rosa lobat - ana branco e marta

Sorriso

O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18

Page 28: Rosa lobat - ana branco e marta

Trabalho realizado por

Ana Filipa Branco

Nordm3

Marta Pereira

Nordm18