ROLAGEM MANUAL USE O RATINHO

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

RESPOSTAS DADAS NO PERÍODO a. C.

A VOLTA DO ATOMISMO

CONSIDERAÇÕES

Não é de hoje que as pessoas perguntam: "Do que o mundo é feito?" “Do que são feitas as coisas?” “O que as mantém unidas?" “Por que tantas coisas neste mundo compartilham as mesmas características?”

Este é o primeiro dos três artigos, que apresentará algumas das mais importantes respostas dadas a essas perguntas . Refere-se ao período que, arbitrariamente e só para fins didáticos, chamamos Ciência Antiga.

Conforme já justificado em apresentação anterior, esse período terá como limite a resposta de John Dalton divulgada em 1802.

530 anos a. C. o filósofo grego Tales de Mileto (624- 556 a. C.) idealizava a água como a causa material de todas as coisas. A água seria o elemento principal, o constituinte básico das demais coisas.

510 anos a. C. Anaximandro de Mileto (610 – 547 a. C.), filósofo, astrônomo, geógrafo, matemático e

político grego acreditava que todas as coisas seriam constituídas de uma substância primordial,

eterna e invisível, denominada a-peiron. Esse a-peiron seria algo imanifestado, insurgido (não

surgiu nunca, embora exista) e imortal.Anaximandro

de Mileto

Tales de Mileto

500 anos a. C. Confúcio (551 a.C. - 479 a.C), filósofo chinês, em Pinyin, Wu Xing, acreditava que os cinco componentes básicos do universo físico eram terra, madeira, metal, fogo e água

450 anos a.C aproximadamente o filósofo grego Empédocles ( 490 - 430 a.C.), afirmou que haveria

quatro elementos eternos (terra, fogo, água e ar) e duas forças fundamentais: uma atrativa (o amor) e

outra repulsiva (o ódio).

Confúcio

Empédocles

Leucipo Demócrito

400 anos a.C aproximadamente os filósofos gregos Leucipo (480- 420 a.C.) e seu discípulo e sucessor Demócrito (460 - 370 a.C.) propuseram que a matéria era

formada por corpúsculos diminutos, invisíveis, dotados de movimento veloz.

Essas entidades foram denominadas átomos, cujo significado é: ”a”-não’ e “tomo”- divisível. Para eles a matéria não poderia ser dividida infinitamente. Essa teoria ficou conhecida como atomismo.

Demócrito postulou: “todas as variedades de matéria resultam da combinação de átomos

de quatro elementos: terra, ar, fogo e água”.

Modelo de Demócrito

Demócrito baseou seu modelo na intuição e na lógica. No entanto foi rejeitado por um dos maiores lógicos de todos os tempos, o filosofo Aristóteles. Este reviveu e fortaleceu o modelo de matéria continua , ou seja a matéria como um inteiro.

Aristóteles

360 a. C Aristóteles (384 – 322 a.C), filósofo grego desenvolveu uma teoria que dizia que o Universo era formado pela combinação dos quatro elementos fundamentais: água, fogo, ar e terra. Além de poderem se transformar uns nos outros, suas combinações davam origem a todas as coisas.

Não obstante a teoria de Leucipo e Demócrito, a ciência antiga prosseguia detida nos quatro princípios de Aristóteles: a água, a terra, o ar e o fogo. Os argumentos de Aristóteles permaneceram até a Renascença.

Em torno de 1650, experiências demonstraram, que o comportamento das substâncias era inconsistente com a idéia de matéria contínua e o modelo de Aristóteles desmoronou.

A idéia dos quatro elementos persistiu no Ocidente até a Idade Média . A Igreja, a Medicina, os Alquimistas e outros utilizaram e adaptaram as idéias sobre a constituição da matéria dos antigos gregos.

Os elementos da Grécia Antiga e suas qualidades são arquétipos utilizados para explicar a existência e o comportamento da matéria. Já, os nossos elementos químicos modernos são entidades concretas, que podem ser separadas e identificadas nos laboratórios .

Isaac Newton

No final do século XVII, o físico e matemático inglês Isaac Newton (1642 –1727) retomou a concepção de que a matéria – inclusive a luz – era formada de corpúsculos.

Newton, embora também atomista, acreditava existirem outros tipos de forças entre as partículas, capazes de agir à distância, de maneira análoga à força gravitacional entre os planetas. Deixemos para o próprio Newton afirmar no prefácio do Principia : “Gostaria de que pudéssemos derivar o resto dos princípios da Natureza dos princípios mecânicos pelo mesmo tipo de raciocínio, pois por muitas razões sou induzido a suspeitar de que todos eles possam depender de certas forças pelas quais as partículas dos corpos, por algumas causas até aqui desconhecidas, ou são mutuamente impelidas umas em direção às outras, e se ligam em formas regulares, ou são repelidas e se afastam umas das outras.''

John Dalton

A partir de 1802 a idéia se popularizou, quando o químico inglês John Dalton (1766-1844) propôs a idéia de que as propriedades da matéria podem ser explicadas em termos de comportamento de partículas finitas, unitárias. Dalton acreditou que o átomo seria a partícula elementar, a menor unidade de matéria.

O modelo de Dalton baseava-se nas seguintes hipóteses: tudo que existe na natureza é composto por diminutas partículas denominadas átomos; os átomos são indivisíveis e indestrutíveis; existe um número pequeno de elementos químicos diferentes na natureza; ereunindo átomos iguais ou diferentes nas variadas proporções, podemos formar todas as matérias do universo.

Surgiu assim o modelo de Dalton: átomos vistos como esferas minúsculas, rígidas e indestrutíveis; etodos os átomos de um elemento são idênticos.

Modelo de Dalton

Das teorias apresentadas nesse período – Ciência Antiga, nossa compreensão foi a de que o homem com sua filosofia e ciência busca o entendimento sobre do que é feito as coisas em algo único e que lhe pareça indivisível: água (Tales de Mileto); terra, madeira, metal, fogo, e água (Confúcio); terra, fogo, água, e ar (Empédocles); átomos de terra, átomos de ar; átomos de fogo, e átomos de ar (Demócrito); água, fogo, ar e terra (Aristóteles); corpúsculos ou partículas (Newton); átomos(Dalton).

Tivemos a oportunidade de observar também, que algumas teorias idealizaram forças como protagonistas da constituição do mundo e das coisas:força do amor – atrativa e do ódio - repulsiva (Empédocles); eForças entre partículas análoga a força gravitacional (Newton).

Entretanto a teoria que nos pareceu ser a síntese dessa busca do homem com sua filosofia e ciência nesse período foi a de Anaximandro de Mileto (610 – 547 a. C.):

“todas as coisas seriam constituídas de uma substância primordial, eterna e invisível, denominada a-peiron. Esse a-peiron é algo imanifestado, insurgido (não surgiu nunca, embora exista) e imortal”.

O terceiro dessa série de artigos – Ciência Contemporânea fará referência a uma das esperanças atuais da Ciência: o bóson de Higgs, apelidado de partícula divina , com o qual iremos perceber grande correspondência ao a-peiron de Anaximandro.

FONTES: brasilescola.com;ecientificocultural.com;educar.sc.usp.br;infoescola.com;orion.med.br;phisichsact.wordpress.comsprace.org.br; ewikipédia.org.

IMAGENS:crystalinks.com;enciclopedia.us.es;fraternidadebranca-lusdanovaera.blogspot.com;midias.com.br;morozcoa.wordpress.com;nueva-acropolis.es;orreuhoje.com; eoglobo.globo.com.

MÚSICA: Marche de Radetzky, Op. 228 - Strauss