rodrigues, marcelo abelha cdu-34:502.7(81) · 05/06/2010  · direito ambiental esquematizado® /...

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ISBN 978-85-472-0211-8

Rodrigues, Marcelo AbelhaDireito ambiental esquematizado / Marcelo Abelha Rodrigues; coordenao Pedro Lenza. 3. ed. So Paulo: Saraiva, 2016.1. Direito ambiental Brasil I. Ttulo.CDU-34:502.7(81)

ndices para catlogo sistemtico:

1. Brasil : Direito ambiental 34:502.7(81)

Direo editorial Flvia Alves BravinGerncia editorial Thas de Camargo Rodrigues

Editoria de contedo Eveline Gonalves DenardiAssistncia editorial Bruna Gimenez Boani

Coordenao geral Clarissa Boraschi MariaPreparao de originais Maria Izabel Barreiros Bitencourt Bressan e Ana Cristina

Garcia (coords.) |Arte, diagramao e reviso Know-how Editorial

Reviso de provas Amlia Kassis Ward e Ana Beatriz Fraga Moreira (coords.) |Converso para E-pub Guilherme Henrique Martins Salvador

Servios editoriais Elaine Cristina da Silva | Kelli Priscila Pinto | Marlia CordeiroCapa Aero Comunicao

Data de fechamento da edio: 16-12-2015

Dvidas?

Acesse www.editorasaraiva.com.br/direito

http://www.editorasaraiva.com.br/direito

Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prviaautorizao da Editora Saraiva. A violao dos direitos autorais crime estabelecido na Lei n.9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Cdigo Penal.

SUMRIO

HISTRICO DA OBRA

AGRADECIMENTOS

METODOLOGIA ESQUEMATIZADO

INTERESSE, INTERESSES COLETIVOS E INTERESSE PBLICO1

1.1. CONSIDERAES GERAIS

1.2. O CONCEITO DE INTERESSE

1.2.1. A estrutura do interesse: seus elementos

1.2.1.1. Etimologia

1.2.1.2. Relao do sujeito com o objeto

1.2.1.3. Juzo de valor que motiva a relao entre sujeito e objeto

1.2.1.4. Etapas na formao do interesse

1.2.2. Os aspectos subjetivo e objetivo do interesse

1.2.3. A diferenciao do interesse em individual e coletivo em razo doobjeto ou do sujeito

1.3. AS TRANSFORMAES SOCIAIS QUE DERRUBARAM A SUMMADIVISO: O SURGIMENTO DOS INTERESSES COLETIVOS LATO SENSU(DIFUSOS, COLETIVOS E OS INDIVIDUAIS HOMOGNEOS)

1.3.1. Quadro comparativo entre o Estado Liberal e o Estado Social

1.4. INTERESSES COLETIVOS LATO SENSU

1.4.1. Introduo art. 81, pargrafo nico, do CDC5

1.4.2. Interesse e direito

1.4.3. Art. 81, pargrafo nico, I, II e III, do CDC: definio no direitobrasileiro do conceito de interesses coletivos

1.4.4. O critrio usado pelo legislador para especificar os interessescoletivos: interesses essencialmente coletivos e os acidentalmente coletivos

1.4.4.1. Essencialmente coletivos: a transindividualidade dos titulares e aindivisibilidade do objeto

1.4.4.1.1. Os coletivos propriamente ditos

1.4.4.1.2. O interesse difuso

1.4.4.2. Os interesses acidentalmente coletivos (individuais homogneos)

1.4.4.3. Quadro sinptico dos direitos e interesses coletivos lato sensu

1.5. INTERESSES DIFUSOS E INTERESSE PBLICO

1.5.1. A estrutura do interesse pblico

1.5.2. O papel do Estado: interesse pblico primrio e secundrio

1.5.3. O contedo do interesse pblico (primrio): os interesses difusos

1.5.4. Quadro sinptico sobre o interesse pblico

1.6. INTERESSE DIFUSO E INTERESSE LEGTIMO

1.6.1. Quadro comparativo entre o interesse difuso e o interesse legtimo

1.7. QUESTES DE CONCURSO

A EVOLUO JURDICA E LEGISLATIVA DO DIREITO AMBIENTAL NO PAS1

2.1. CONSIDERAES INICIAIS24

2.2. PRIMEIRA FASE: A TUTELA ECONMICA DO MEIO AMBIENTE

2.3. SEGUNDA FASE: A TUTELA SANITRIA DO MEIO AMBIENTE

2.4. TERCEIRA FASE: A TUTELA AUTNOMA DO MEIO AMBIENTE E OSURGIMENTO DO DIREITO AMBIENTAL

2.4.1. Lei n. 6.938/81 Poltica Nacional do Meio Ambiente28

2.4.2. Constituio Federal de 1988333435

2.5. QUADRO SINPTICO DA EVOLUO JURDICA E LEGISLATIVA DO

DIREITO AMBIENTAL NO BRASIL

2.6. QUESTES DE CONCURSO

CONCEITOS GERAIS DO DIREITO AMBIENTAL

3.1. O CONCEITO DE MEIO AMBIENTE

3.2. O BEM AMBIENTAL: O EQUILBRIO ECOLGICO COMO O OBJETODO DIREITO AMBIENTAL

3.2.1. Os componentes (recursos) ambientais como contedo do equilbrioecolgico

3.2.2. Natureza jurdica e caractersticas do bem ambiental

3.3. O CONCEITO DE POLUIDOR

3.4. O CONCEITO DE POLUIO

3.4.1. Poluio e meio ambiente

3.4.2. Poluio sob a perspectiva da antijuridicidade ambiental

3.5. QUADRO SINPTICO DOS CONCEITOS GERAIS DO DIREITOAMBIENTAL

3.6. QUESTES DE CONCURSO

A PROTEO DO MEIO AMBIENTE NA CONSTITUIO FEDERAL DE 1988

4.1. ASPECTOS INTRODUTRIOS

4.1.1. A existncia de um ordenamento jurdico ambiental

4.1.2. O papel da Constituio Federal de 1988

4.1.3. A proteo direta e indireta do meio ambiente na ConstituioFederal

4.2. NORMAS CONSTITUCIONAIS DE PROTEO DIRETA DO MEIOAMBIENTE: EXEGESE DO ART. 225

4.2.1. Direito ao equilbrio ecolgico (caput do art. 225)

4.2.2. Incumbncias do Poder Pblico ( 1 do art. 225)

4.2.2.1. Processos ecolgicos essenciais e manejo ecolgico (inciso I)

4.2.2.2. Patrimnio gentico (inciso II)

4.2.2.3. Espaos territoriais especialmente protegidos (inciso III)

4.2.2.4. Estudo Prvio de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) (inciso IV)

4.2.2.5. Tcnicas, mtodos e substncias que pem em risco a vida, comqualidade, e o meio ambiente (inciso V)

4.2.2.6. Educao ambiental (inciso VI)

4.2.2.7. Proteo da fauna e da flora, extino das espcies e submisso dosanimais crueldade (inciso VII)

4.2.3. Explorao de recursos minerais ( 2 do art. 225)

4.2.4. Independncia das sanes civil, penal e administrativa por danos aomeio ambiente ( 3 do art. 225)

4.2.5. Definio de alguns biomas como patrimnio nacional ( 4 do art.225)

4.2.6. Indisponibilidade de terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados (5 do art. 225)

4.2.7. Necessidade da localizao das usinas nucleares ser feita por leifederal ( 6 do art. 225)

4.3. NORMAS CONSTITUCIONAIS DE PROTEO INDIRETA DO MEIOAMBIENTE

4.3.1. A ao popular ambiental (art. 5, LXXIII)66

4.3.2. As competncias constitucionais ambientais (art. 23, VI e VII; e art.24, VI e VIII)

4.3.3. O Ministrio Pblico e a defesa do meio ambiente (art. 129, III)

4.3.4. A defesa do meio ambiente como princpio da ordem econmica (art.170, VI)

4.3.5. Explorao mineral: garimpo e meio ambiente (art. 174, 3; e art.225, 2)

4.3.6. Polticas agrcola e fundiria, reforma agrria e meio ambiente (art.186, II)

4.3.7. O meio ambiente do trabalho (art. 200, VIII)

4.4. QUESTES DE CONCURSO

COMPETNCIAS CONSTITUCIONAIS EM MATRIA AMBIENTAL

5.1. INTRODUO: A ESTRUTURA DO ESTADO BRASILEIRO

5.1.1. A tcnica de repartio de competncias e o atual papel do Municpio

5.2. A COMPETNCIA LEGISLATIVA EM MATRIA AMBIENTAL

5.3. A COMPETNCIA MATERIAL (ADMINISTRATIVA) EM MATRIAAMBIENTAL

5.3.1. O Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e sua estruturaadministrativa

5.4. QUADRO COMPARATIVO ENTRE A COMPETNCIA LEGISLATIVA E ACOMPETNCIA MATERIAL EM MATRIA AMBIENTAL

5.5. QUESTES DE CONCURSO

A LEGISLAO INFRACONSTITUCIONAL DE PROTEO AMBIENTAL

6.1. INTRODUO

6.2. A POLTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (LEI N. 6.938/81)

6.2.1. Quadro Geral da Poltica Nacional do Meio Ambiente

6.3. LEI DE AO CIVIL PBLICA (LEI N. 7.347/85)92

6.4. LEI DE CRIMES AMBIENTAIS (LEI N. 9.605/98)

6.5. OUTRAS LEIS AMBIENTAIS

6.5.1. Lei de Proteo Fauna (Lei n. 5.197/67)

6.5.2. Lei de Controle da Poluio (Decreto-lei n. 1.413/75) e Lei deZoneamento Industrial (Lei n. 6.803/80)

6.5.3. Lei da Poltica Nacional de Recursos Hdricos (Lei n. 9.433/97)

6.5.4. Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservao (SNUC) (Lei n.9.985/2000)

6.5.4.1. Introduo

6.5.4.2. Conceito

6.5.4.3. Legislao aplicvel e o Sistema Nacional de Unidades deConservao

6.5.4.4. Finalidade dos espaos ambientais de especial proteo

6.5.4.5. Definies previstas no SNUC

6.5.4.6. Requisitos para uma unidade de conservao

6.5.4.7. Classificaes no SNUC

6.5.4.8. Critrios para a criao (art. 22, 2 a 4)

6.5.4.9. Regime especial de modificabilidade (art. 22, 2 ao 7 da Lei n.9.985/2000)

6.5.4.10. Zona de amortecimento (Lei n. 9.985/2000, art. 2, XVIII),corredores ecolgicos (Lei n. 9.985/2000, art. 2, XIX) e regime especial defruio (art. 25 do SNUC)

6.5.4.11. Estudo prvio de impacto ambiental e SNUC (art. 36)

6.5.4.12. Quadro demonstrativo das UC no SNUC

6.5.5. Estatuto das Cidades (Lei n. 10.257/2001)

6.5.6. Lei de Gesto das Florestas Pblicas (Lei n. 11.284/2006)

6.5.7. Lei da Mata Atlntica (Lei n. 11.428/2006)

6.5.7.1. Introduo

6.5.7.2. Importncia ecolgica do Bioma Mata Atlntica

6.5.7.3. Proteo Legal da Mata Atlntica: a Lei n. 11.428/2006

6.5.7.4. No uma lei que impede o uso

6.5.7.5. Uma lei com muitos conceitos

6.5.7.6. Regime de corte e supresso

6.5.7.7. A compensao ambiental e o passivo ambiental

6.5.7.8. Atividades minerrias em reas de vegetao secundria em estgioavanado e mdio de regenerao

6.5.8. Lei da Poltica Nacional de Resduos Slidos (Lei n. 12.305/2010)

6.5.8.1. Introduo

6.5.8.2. Uma poltica para cuidar dos resduos slidos

6.5.8.3. Os conceitos na lei

6.5.8.4. Destaques

6.5.9. Lei das Competncias Administrativas Ambientais (LeiComplementar n. 140/2011)

6.5.9.1. Introduo e origens da lei de competncia administrativas

6.5.9.2. Destaques da lei de competncias administrativas

6.5.10. Novo Cdigo Florestal (Lei n. 12.651/2012)

6.5.10.1. Introduo histrica

6.5.10.2. Estrutura

6.5.10.3. Princpios constitucionais regentes

6.5.10.4. Disposies gerais

6.5.10.4.1. Os princpios da lei

6.5.10.4.2. A responsabilidade solidria e os deveres jurdicos decorrentesda lei obrigaes propter rem

6.5.10.4.3. Os conceitos previstos na lei

6.5.10.5. Os espaos ambientais especialmente protegidos no CdigoFlorestal: reas de preservao permanente, reserva legal, reas de usorestrito, apicuns e salgados

6.5.10.5.1. reas de Preservao Permanente (APPs)

6.5.10.5.2. reas de Uso Restrito

6.5.10.5.3. Reserva legal

6.5.10.5.3.1. Introduo

6.5.10.5.3.2. O retrocesso ambiental no conceito de reserva legal

6.5.10.5.3.3. Delimitao e regime jurdico da reserva legal

6.5.10.5.3.3.1. Introito

6.5.10.5.3.3.2. Obrigao que recai sobre a coisa

6.5.10.5.3.3.3. Os percentuais de reserva legal, as excees e asflexibilizaes

6.5.10.5.3.3.4. Localizao da reserva legal

6.5.10.5.3.3.5. Cmputo de rea de preservao permanente em rea dereserva legal

6.5.10.5.3.3.6. Do regime de proteo da reserva legal: exploraoeconmica por manejo sustentvel

6.5.10.5.3.3.7. Do registro da rea de reserva legal

6.5.10.5.4. Da proteo das reas verdes urbanas

6.5.10.6. Supresso da vegetao nativa para uso alternativo do solo

6.5.10.7. Cadastro Ambiental Rural

6.5.10.8. Da explorao florestal

6.5.10.9. Do controle da origem dos produtos florestais

6.5.10.10. Da proibio do uso do fogo e controle de incndios

6.5.10.11. Do programa de apoio e incentivo preservao e recuperaodo meio ambiente

6.5.10.11.1. Pagamento por servios ambientais e instrumentos econmicos

6.5.10.11.2. Os incentivos econmicos pro ambiente na poltica de usoeconmico do solo

6.5.10.11.3. Do programa de converso da multa

6.5.10.11.4. A Cota de Reserva Ambiental (CRA)

6.5.10.12. Do controle do desmatamento

6.5.10.13. Da agricultura familiar

6.5.10.14. Das reas consolidadas e seu regime jurdico diferenciado

6.6. RESOLUES DO CONAMA

6.7. QUESTES DE CONCURSO

6.7.1. A Poltica Nacional do Meio Ambiente (Lei n. 6.938/81)

6.7.2. Lei de Proteo Fauna (Lei n. 5.197/67)

6.7.3. Lei da Poltica Nacional de Recursos Hdricos (Lei n. 9.433/97)

6.7.4. Lei do Sistema Nacional de Unidade de Conservao (SNUC) (Lei n.9.985/2000)

6.7.5. Estatuto das Cidades (Lei n. 10.257/2001)

6.7.6. Lei de Gesto das Florestas Pblicas (Lei n. 11.284/2006)

6.7.7. Lei da Poltica Nacional de Resduos Slidos (Lei n. 12.305/2010)

6.7.8. Novo Cdigo Florestal (Lei n. 12.651/2012)

PRINCPIOS DO DIREITO AMBIENTAL

7.1. CONSIDERAES GERAIS

7.1.1. Princpios estruturantes, gerais e especficos: os princpios do direitoambiental

7.2. PRINCPIO DA UBIQUIDADE

7.2.1. Princpio da cooperao dos povos

7.3. PRINCPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL

7.4. PRINCPIO DA PARTICIPAO

7.4.1. Princpio da Informao Ambiental

7.4.2. Princpio da Educao Ambiental

7.4.2.1. Lei n. 9.795/99 (Lei de Educao Ambiental)

7.5. PRINCPIO DO POLUIDOR/USURIO-PAGADOR

7.5.1. Generalidades

7.5.2. As origens do poluidor/usurio-pagador

7.5.3. As externalidades negativas ambientais

7.5.4. A interpretao jurdica das externalidades negativas ambientais: overdadeiro alcance do poluidor/usurio-pagador

7.6. SUBPRINCPIOS DE CONCRETIZAO DO POLUIDOR/USURIO-PAGADOR

7.6.1. Princpio da preveno

7.6.2. Princpio da precauo199

7.6.3. Princpio da funo socioambiental da propriedade privada201

7.6.3.1. Introito

7.6.3.2. Enquadramento do tema

7.6.3.3. A relao do PUP com a propriedade privada

7.6.3.4. Os bens ambientais (biticos e abiticos): o dado, o construdo e o

predomnio da funo ecolgica dos bens ambientais sobre sua funoeconmica

7.6.3.5. Concluindo: a funo socioambiental da propriedade privada

7.6.4. Princpio do usurio-pagador: o custo e o pagamento peloemprstimo do bem ambiental

7.6.4.1. Poluidor-pagador e usurio-pagador

7.6.4.2. Usurio-pagador e poluidor-pagador: inexistncia de bis in idem

7.6.4.3. O preo pelo uso incomum do bem ambiental

7.6.4.4. Tcnicas de cobrana do usurio-pagador

7.6.4.5. Usurio-pagador e tributao ambiental

7.6.4.6. Fiscalidade ambiental

7.6.4.6.1. Fato gerador: uso do bem ambiental, e no a poluio

7.6.4.6.2. Deficincias da fiscalidade ambiental

7.6.4.7. Extrafiscalidade ambiental

7.6.4.8. Resumo das tcnicas de cobrana pelo uso do bem ambiental

7.6.5. Princpio da Responsabilidade Ambiental

7.6.5.1. A nova funo da responsabilizao: preveno

7.6.5.2. A unidade de fins entre os tipos de sanes (penal, civil eadministrativa)

7.6.5.3. Responsabilidade penal ambiental

7.6.5.3.1. Justificativa da tutela penal

7.6.5.3.2. A responsabilidade penal e o poluidor/usurio-pagador

7.6.5.3.3. Responsabilidade penal e preveno: os crimes de perigo

7.6.5.3.4. A lei de crimes ambientais (Lei n. 9.605/98)223

7.6.5.3.5. A responsabilizao penal da pessoa jurdica

7.6.5.3.6. A responsabilidade penal e o princpio da interveno mnima

7.6.5.3.7. Responsabilidade penal e as sanes penais

7.6.5.4. Responsabilidade administrativa ambiental

7.6.5.4.1. As infraes administrativas

7.6.5.4.2. Sano administrativa independe da sano civil

7.6.5.4.3. O sujeito passivo da sano administrativa

7.6.5.4.4. A execuo das sanes administrativas

7.6.5.4.5. Concurso formal e material

7.6.5.4.6. Infraes instantneas e permanentes

7.6.5.4.7. Proporcionalidade na aplicao das sanes administrativas

7.6.5.4.8. Competncia para a aplicao das sanes administrativas

7.7. QUADRO SINPTICO GERAL DOS PRINCPIOS DO DIREITOAMBIENTAL

7.8. QUESTES DE CONCURSO

RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANOS AO MEIO AMBIENTE

8.1. GENERALIDADES

8.2. OBSTCULOS EFETIVAO DA RESPONSABILIDADE CIVIL

8.3. A COMPETNCIA PARA LEGISLAR SOBRE RESPONSABILIDADECIVIL AMBIENTAL

8.4. A RESPONSABILIDADE OBJETIVA

8.5. REPARAO IN NATURA

8.6. A POLUIO

8.7. O DANO AMBIENTAL

8.8. O POLUIDOR

8.9. O NEXO DE CAUSALIDADE257

8.9.1. Generalidades

8.9.2. Nexo e causa

8.9.3. A verificao in abstrato do nexo de causalidade

8.9.4. A verificao in concreto do nexo de causalidade: o problema daprova

8.9.5. Causalidade indireta e solidariedade passiva

8.9.5.1. Responsabilidade do Estado por omisso em seu deverfiscalizatrio

8.10. QUADRO SINPTICO DA RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANOSAO MEIO AMBIENTE

8.11. QUESTES DE CONCURSO

TUTELA PROCESSUAL CIVIL DO MEIO AMBIENTE

9.1. PROCESSO CIVIL: TCNICA A SERVIO DO DIREITO MATERIAL

9.1.1. Tcnica e direito: um link necessrio

9.1.2. A insuficincia da tcnica processual individualista do Cdigo deProcesso Civil

9.1.3. Jurisdio civil coletiva e meio ambiente

9.2. DEVIDO PROCESSO LEGAL AMBIENTAL

9.3. DIREITO DE AO E MEIO AMBIENTE

9.3.1. Princpio do acesso justia e tutela do meio ambiente

9.3.2. Legitimidade para agir e meio ambiente

9.4. AO POPULAR AMBIENTAL

9.4.1. Origens

9.4.2. Requisitos fundamentais

9.4.3. Natureza do ato a ser atacado

9.4.3.1. Os atos da Administrao Pblica no Estado Liberal

9.4.3.2. Os atos da Administrao Pblica no Estado Democrtico deDireito

9.4.3.3. Ao popular e controle de polticas pblicas

9.4.3.4. Caractersticas do ato

9.4.4. A legitimidade para agir na ao popular

9.4.4.1. Legitimidade ativa

9.4.4.2. Legitimidade passiva

9.4.4.3. Interveno mvel da pessoa jurdica

9.4.5. A posio do Ministrio Pblico

9.4.6. Pedido e sentena na ao popular

9.4.7. Tutela liminar na ao popular

9.4.8. Competncia na ao popular

9.4.9. O rito a ser seguido na ao popular

9.4.9.1. Petio inicial e os documentos necessrios propositura dademanda

9.4.9.2. Citao por edital e escolha pelo autor

9.4.9.3. Resposta do ru

9.4.9.4. Julgamento antecipado da lide

9.4.10. Custas e nus da sucumbncia na ao popular

9.4.11. Recursos e remessa necessria na ao popular

9.4.12. Prescrio da ao popular

9.4.13. Coisa julgada secundum eventum probationis

9.4.14. Ao popular e tutela ambiental

9.4.15. Quadro sinptico sobre a ao popular

9.5. AO CIVIL PBLICA AMBIENTAL

9.5.1. Introduo

9.5.2. Ao civil pblica e tutela do meio ambiente

9.5.3. Inspirao e evoluo das tcnicas processuais da Lei n. 7.347/85

9.5.4. Uma lei de natureza processual

9.5.5. Legitimidade ativa na ao civil pblica

9.5.5.1. A verificao in abstrato dos legitimados

9.5.5.2. Caractersticas (ou classificao) da legitimao na ao civilpblica

9.5.5.3. Assuno da titularidade ativa em caso de desistncia infundada ouabandono da ao

9.5.5.4. Apreciao individualizada dos legitimados

9.5.5.4.1. O Ministrio Pblico

9.5.5.4.2. A Defensoria Pblica

9.5.5.4.3. Autarquias, empresas pblicas, fundaes e sociedade deeconomia mista

9.5.5.4.4. As associaes

9.5.5.5. Litisconsrcio na ao civil pblica

9.5.5.5.1. Litisconsrcio de Ministrios Pblicos

9.5.6. Elementos da ao civil pblica ambiental

9.5.6.1. Partes

9.5.6.2. Pedido e causa de pedir

9.5.6.2.1. A ao civil pblica pode ser utilizada para debelar todos os tiposde crises jurdicas (pedido declaratrio, constitutivo ou que impe umaprestao)

9.5.6.2.2. Possibilidade de cumulao de pedidos de naturezas distintas:importncia nas lides ambientais

9.5.6.2.3. A regra da estabilizao da demanda nos litgios ambientais

9.5.7. Competncia, Conexo, Continncia e Litispendncia nas AesCivis Pblicas Ambientais

9.5.7.1. Competncia

9.5.7.2. O critrio do local do dano e as demandas ambientais

9.5.7.3. Conexo e continncia: modificao da competncia nas demandasambientais

9.5.7.4. Litispendncia entre demandas ambientais

9.5.8. Direito probatrio na ao civil pblica ambiental

9.5.8.1. A atividade inquisitorial acentuada nas demandas coletivas

9.5.8.2. Requerimento de certides e informaes para instruir a inicial

9.5.8.3. Prova pericial e meio ambiente

9.5.8.4. Inqurito civil

9.5.8.4.1. Natureza jurdica, conceito e caractersticas do inqurito civil

9.5.8.4.2. Objeto do inqurito civil

9.5.8.4.3. Inqurito civil e competncia

9.5.9. Desistncia e abandono da ao civil pblica

9.5.10. Sistema recursal na ao civil pblica

9.5.11. Tutela de urgncia nas aes civis pblicas ambientais

9.5.11.1. Caractersticas das tutelas de urgncia e meio ambiente

9.5.11.1.1. Consideraes preliminares

9.5.11.1.2. Sumariedade da cognio

9.5.11.1.3. Provisoriedade da tutela

9.5.11.1.4. Necessidade de realizao/concretizao de modo urgente

9.5.11.1.5. Tcnicas mandamentais e executivas lato sensu e tutelaambiental

9.5.11.2. As tutelas de urgncia na Lei de Ao Civil Pblica

9.5.11.2.1. O art. 4: ao cautelar autnoma

9.5.11.2.2. O art. 12: medida liminar incidental

9.5.11.2.3. Os arts. 273, 461 e 461-A do Cdigo de Processo Civil e osistema de tutelas de urgncia da Lei de Ao Civil Pblica

9.5.11.2.4. Suspenso da eficcia da liminar por deciso do presidente doTribunal de Justia

9.5.11.2.4.1. Natureza jurdica e julgamento do mrito da suspenso desegurana

9.5.11.2.4.2. Julgamento do pedido de suspenso e o princpio daproporcionalidade

9.5.11.2.4.3. Necessidade de requerimento

9.5.11.2.4.4. Procedimento do pedido de suspenso

9.5.11.2.4.5. A durao da suspenso concedida: a absurda regra do 9 doart. 4 da Lei n. 8.437/92

9.5.12. Efetivao dos provimentos ambientais e ao civil pblica

9.5.12.1. Meio ambiente e tutela especfica

9.5.12.1.1. Crises jurdicas e efetividade

9.5.12.1.2. Os litgios ambientais: maior incidncia dos deveres ambientais

9.5.12.1.3. Os deveres ambientais e a tutela mais coincidente possvel com aregra de direito material

9.5.12.1.4. A impossibilidade da maior coincidncia possvel e a reparaoin natura

9.5.12.1.5. As tcnicas processuais para obteno da tutela especfica e dareparao in natura

9.5.12.2. Ao Civil Pblica e tcnicas executivas

9.5.12.2.1. As inovaes trazidas pelo CDC e pelo CPC e o sistema deefetivao das tutelas na Lei de Ao Civil Pblica

9.5.12.2.2. Execuo de ttulos executivos extrajudiciais e ao civil pblica

9.5.12.2.2.1. Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)

9.5.12.2.2.1.1. Momento em que pode ser firmado o compromisso

9.5.12.2.2.1.2. Eficcia executiva do TAC

9.5.12.2.2.1.3. Procedimento executivo a ser seguido

9.5.12.2.2.1.4. Cumulao de obrigaes contidas no TAC e execuoextrajudicial

9.5.12.2.2.1.5. Termo de ajuste de conduta e obrigaes de fazer ilquidas

9.5.12.2.2.1.6. A multa nos termos de ajustamento de conduta

9.5.12.2.2.1.7. Execuo de ttulo extrajudicial e tutela de urgncia

9.5.13. A coisa julgada nas aes civis pblicas ambientais

9.5.13.1. Coisa julgada e autoridade de coisa julgada

9.5.13.2. A coisa julgada no texto original da Lei n. 7.347/85

9.5.13.3. As mudanas trazidas pelo Cdigo de Defesa do Consumidor e aatual disciplina da coisa julgada na defesa dos direitos coletivos latosensu

9.5.13.4. Os limites subjetivos da coisa julgada nas demandas que tutelaminteresses difusos

9.5.13.5. Os limites subjetivos da coisa julgada nas demandas que tutelaminteresses coletivos stricto sensu

9.5.13.6. Os limites subjetivos da coisa julgada nas demandas que tutelaminteresses individuais homogneos

9.5.13.7. A coisa julgada secundum eventum probationis: a insuficinciade prova como fator impeditivo da imutabilizao dos julgados nasdemandas essencialmente coletivas

9.5.13.7.1. Consideraes gerais

9.5.13.7.2. A expresso improcedncia por insuficincia de provas e suasvariaes conceituais

9.5.13.7.3. Significado de nova prova na demanda essencialmentecoletiva reproposta

9.5.13.8. Coisa julgada in utilibus

9.5.13.9. A lamentvel regra da limitao territorial da coisa julgada: a novaredao do art. 16 da Lei n. 7.347/85

9.5.13.10. Quadro sinptico da disciplina da coisa julgada em cada uma dasespcies de direito coletivo

9.5.13.11. Influncias do meio ambiente sobre a coisa julgada

9.5.14. A litigncia de m-f na ao civil pblica

9.5.15. Despesas processuais na ao civil pblica

9.5.16. O fundo de defesa dos direitos difusos

9.5.16.1. Regulamentao do fundo: o Decreto n. 1.306/94 e a Lei n.9.008/95

9.5.17. Quadro sinptico da ao civil pblica e as influncias que sofre domeio ambiente

9.6. QUESTES DE CONCURSO

9.6.1. Ao popular

9.6.2. Ao civil pblica

TUTELA ADMINISTRATIVA DO MEIO AMBIENTE

10.1. CONSIDERAES INICIAIS

10.2. PADRES DE QUALIDADE AMBIENTAL

10.3. ZONEAMENTO AMBIENTAL

10.4. AVALIAO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

10.4.1. Introduo

10.4.2. AIA e estudos ambientais

10.4.3. AIA no mundo

10.4.4. AIA no Brasil

10.4.5. AIA e licenciamento

10.5. LICENCIAMENTO AMBIENTAL

10.5.1. Introito

10.5.2. Licena e licenciamento ambiental

10.5.3. Licena ambiental e estudos ambientais

10.5.4. Licenciamento ambiental: processo ou procedimentoadministrativo?

10.5.5. Atividades sujeitas licena ambiental

10.5.6. Usurio-pagador e poluidor-pagador

10.5.7. A licena ambiental e a discricionariedade administrativa

10.5.8. Competncia para licenciar

10.5.9. Licenciamento e Estudo Prvio de Impacto Ambiental

10.5.10. Os trs estgios da licena ambiental

10.5.11. Prazos de validade da licena ambiental

10.5.12. A renovao da licena ambiental

10.5.13. Equipe multidisciplinar

10.5.14. Modificao, suspenso e cancelamento da licena ambiental

10.5.15. Compatibilidade entre as Resolues CONAMA ns. 1/86 e 237/97

10.5.16. Licena geral e licena especfica

10.6. INCENTIVOS PRODUO E INSTALAO DE EQUIPAMENTOS EA CRIAO OU ABSORO DE TECNOLOGIA, VOLTADOS PARA A

MELHORIA DA QUALIDADE AMBIENTAL

10.7. ESPAOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS

10.7.1. Sistema Nacional de Unidades de Conservao?

10.7.2. Conceitos

10.7.3. Caractersticas dos espaos especialmente protegidos

10.7.4. Categorias de espaos especialmente protegidos

10.7.5. Gerenciamento e execuo do Sistema Nacional de Unidades deConservao (SNUC)

10.7.6. Compensao ambiental, EIA/RIMA e SNUC

10.7.6.1. Origem do instituto e legislao aplicvel

10.7.6.2. Compensao ambiental: licenciamento, EIA/RIMA epoluidor/usurio-pagador

10.7.6.3. A compensao ambiental prvia ao dano

10.7.6.4. Licena e compensao

10.7.6.5. Compensao e matria de defesa

10.7.6.6. Os impactos ecolgicos e a compensao do art. 36 da Lei n.9.985/2000

10.7.6.7. O dever (legal) jurdico do empreendedor previsto no art. 36 daLei n. 9.985/2000

10.7.6.8. Princpio da legalidade e o duplo comando do art. 36 da Lei doSNUC

10.7.6.9. O montante a ser destinado

10.7.6.9.1. O valor mnimo (piso)

10.7.6.9.2. O valor mximo (teto)

10.7.6.10. As unidades de conservao contempladas pela compensaoambiental e as prioridades na aplicao dos recursos

10.8. SISTEMA NACIONAL DE INFORMAES SOBRE O MEIO AMBIENTEE CADASTRO TCNICO FEDERAL DE ATIVIDADES E INSTRUMENTOS DEDEFESA AMBIENTAL

10.9. INSTRUMENTOS ECONMICOS, COMO CONCESSO FLORESTAL,SERVIDO AMBIENTAL, SEGURO AMBIENTAL E OUTROS

10.10. QUESTES DE CONCURSO

10.10.1. Licenciamento ambiental

DIREITO INTERNACIONAL AMBIENTAL

11.1. CONSIDERAES INICIAIS

11.2. PRINCIPAIS DOCUMENTOS INTERNACIONAIS DO DIREITOAMBIENTAL

11.3. A PROTEO DO CLIMA NO DIREITO INTERNACIONALAMBIENTAL

11.4. QUADRO SINPTICO SOBRE A PROTEO DO MEIO AMBIENTE NODIREITO INTERNACIONAL

11.5. QUESTES DE CONCURSO

REFERNCIAS

Histrico da Obra

1. edio: jan./2013; 2. tir., mar./2014; 3. tir., out./2014 2. edio: fev./2015; 2. tir., jul./2015 3. edio: fev./2016

Todo ser humano tem enraizada dentro de si uma espcie de caixa-preta sentimental, normalmente perdida ou escondida nocanto mais secreto de sua intimidade e hermeticamente protegida e abraada pela sua alma,que a guarda como se fosse um sentinela

de planto.

Nela fica guardada uma interminvel variedade de sentimentos e emoes maravilhosos, que muitas vezes nunca sequer foramvivenciados ou experimentados pelo seu dono.

Alis, curioso e inslito, mas no o dono que possui a chave dessa preciosa caixa. Isso mesmo, todos ns sentimos o amor,aalegria, o desejo, a paixo, a euforia, a saudade, a nostalgia... Mas a chave para abrir e fechar essa caixa no fica guardada com o

nosso esprito, que,como disse, apenas a vigia e protege como um soldado espartano.Ele apenas a guarda para que outra alma, outroesprito nossa alma gmea possa abri-la e assim permitir que experimentemos os sentimentos ali guardados a sete chaves.

Apenas essa alma gmea tem esse poder de abrir e de nos convidar a sentir esse turbilho de emoes em intensidade infinita,pelo tempo que for, simplesmente porque so sentimentos que se compartilham e no se experimentam sozinhos. Sentimentos que

dependem de outrem.

Mas, como encontrar essa alma gmea e assim abrir e soltar os sentimentos da nossa caixa-preta sentimental?

Reconheo que muitas vezes preciso uma mozinha do destino, fazendo com que espao e tempo conspirem para esse encontro.No por acaso que almas se encontram e se abrem. preciso, contudo, estar aberto, intuitivo,sensvel, para perceber que s vezes

bem na nossa cara ali do nosso

lado ou to perto est a alma que pode abrir a nossa caixa-preta de sentimentos.

No h limites de tempo ou de espao. No precisa ser novo, nem velho.Muitas vezes, um sorriso, um abrao, um gesto de carinho,um beijo e, quem sabe, apenas um olhar o bastante para que se identifique que ali pertinho est a pessoa que ser capaz de fazer com

que sintamos as mais puras, exaltantes, extasiantes e recnditas emoes, que nem ns mesmos poderamos imaginar um dia sentir.

Todos temos uma alma gmea. O destino ajuda, sem dvida,mas somos ns quem sentimos e a identificamos como a pessoa (e oesprito) perfeita para ns.

Eu te amo, Camila Abelha, e a voc dedico este livro.

AGRADECIMENTOS

Gui e D

No posso falar do amor de uma me para com o seu filho, porque sou homem. Mas sempre fuium admirador dessa relao, desse momento em que o corpo e a alma de ambos se misturam noventre que cresce. Muito lindo, natureza perfeita.

Contudo, se no temos o ventre para gerar, temos a chance de tornar a relao com nosso filhoigualmente sublime, antes, durante e depois da gestao. Mas no basta ser homem para ser pai.Longe disso. Tambm no preciso ser super-heri. Nem pensar.

Para ser pai, preciso doar-se por completo. No ser egosta jamais. Dar ao seu filho o que podehaver de melhor em si mesmo. Cuidar, proteger, dar exemplos, ouvir e no enxergar diferenas nopapel de me e de pai. fazer tudo que est e que no est ao seu alcance. tornar possvel oimpossvel. ensinar cada passo, em cada fase da vida. ficar exausto pela dedicao eigualmente feliz por isso. experimentar uma felicidade irradiante, depois de noites sem dormir,simplesmente porque seu filho sorriu para voc. sentir saudades dele antes de deix-lo. quererestar com ele em todos os momentos.

No d para dizer, preciso sentir. S de escrever aqui e pensar nos meus filhos, caio emlgrimas. Ser pai isso. Pura emoo. Amor incondicional, sem trocas ou limites.

Obrigado, Senhor, pela bno divina de ser pai.

METODOLOGIA ESQUEMATIZADO

Durante o ano de 1999, pensando, naquele primeiro momento, nos alunos que prestariam o exameda OAB, resolvemos criar uma metodologia de estudo que tivesse linguagem fcil e, ao mesmotempo, oferecesse o contedo necessrio preparao para provas e concursos.

O trabalho foi batizado como Direito constitucional esquematizado. Em nosso sentir, surgiaali uma metodologia pioneira, idealizada com base em nossa experincia no magistrio e buscando,sempre, otimizar a preparao dos alunos.

A metodologia se materializou nos seguintes pilares:

esquematizado: a parte terica apresentada de forma objetiva, dividida em vrios itense subitens e em pargrafos curtos. Essa estrutura revolucionria rapidamente ganhou apreferncia dos concurseiros;

superatualizado: doutrina, legislao e jurisprudncia em sintonia com as grandestendncias da atualidade e na linha dos concursos pblicos de todo o Pas;

linguagem clara: a exposio fcil e direta, a leitura dinmica e estimulante trazem asensao de que o autor est conversando com o leitor;

palavras-chave (keywords): os destaques na cor azul possibilitam a leitura panormicada pgina, facilitando a fixao dos principais conceitos. O realce colorido recai sobre os termosque o leitor certamente grifaria com a sua caneta marca-texto;

recursos grficos: esquemas, tabelas e grficos favorecem a assimilao e a memorizaodos principais temas;

questes resolvidas: ao final de cada captulo, o assunto ilustrado com questes deconcursos ou elaboradas pelos prprios autores, o que permite conhecer as matrias maiscobradas e tambm checar o aprendizado.

Depois de muitos anos de aprimoramento, o trabalho passou a atingir tanto os candidatos aoExame de Ordem quanto todos aqueles que enfrentam os concursos em geral, sejam das reasjurdica ou no jurdica, de nvel superior ou mesmo os de nvel mdio, assim como os alunos degraduao e demais profissionais.

Ada Pellegrini Grinover, sem dvida, anteviu, naquele tempo, a evoluo do Esquematizado.Segundo a Professora escreveu em 1999, a obra destina-se, declaradamente, aos candidatos sprovas de concursos pblicos e aos alunos de graduao, e, por isso mesmo, aps cada captulo, oautor insere questes para aplicao da parte terica. Mas ser til tambm aos operadores dodireito mais experientes, como fonte de consulta rpida e imediata, por oferecer grande nmero deinformaes buscadas em diversos autores, apontando as posies predominantes na doutrina, semeximir-se de criticar algumas delas e de trazer sua prpria contribuio. Da leitura amena surge umlivro fcil, sem ser reducionista, mas que revela, ao contrrio, um grande poder de sntese, difcilde encontrar mesmo em obras de autores mais maduros, sobretudo no campo do direito.

Atendendo ao apelo de concurseiros de todo o Pas, sempre com o apoio incondicional daEditora Saraiva, convidamos professores das principais matrias exigidas nos concursos pblicosdas reas jurdica e no jurdica para compor a Coleo Esquematizado.

Metodologia pioneira, vitoriosa, consagrada, testada e aprovada. Professores com largaexperincia na rea dos concursos pblicos. Estrutura, apoio, profissionalismo e know-how daEditora Saraiva. Sem dvida, ingredientes indispensveis para o sucesso da nossa empreitada!

Para o Direito Processual Civil, tivemos a honra de contar com o competente trabalho deMarcus Vinicius Rios Gonalves, que soube, com maestria, aplicar a metodologiaesquematizado sua vasta e reconhecida experincia profissional como professorextremamente didtico, juiz de direito h mais de 20 anos e autor de consagradas obras.

O autor, desde 1994, tem lecionado Direito Processual Civil no Damsio Educacional, o que ocredencia como um dos maiores e mais respeitados professores da rea.

O professor Marcus Vinicius, mestre pela Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo(PUC/SP), autor, entre outros trabalhos, do Novo curso de direito processual civil, bem como deProcesso de execuo e cautelar (v. 12), Procedimentos especiais (v. 13) e Tutela de interessesdifusos e coletivos (v. 26) da vitoriosa Coleo Sinopses Jurdicas da Editora Saraiva.

O grande desafio, em nossa opinio concretizado com perfeio, foi condensar todo o DireitoProcessual Civil em um nico volume, cumprindo, assim, o objetivo da coleo.

No temos dvida de que este livro contribuir para encurtar o caminho do ilustre eguerreiro concurseiro na busca do sonho dourado!

Esperamos que a Coleo Esquematizado cumpra o seu papel. Em constante parceria, estamosjuntos e aguardamos suas crticas e sugestes.

Sucesso a todos!Pedro Lenza

Mestre e Doutor pela USP

E-mail: [email protected]

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1

INTERESSE, INTERESSES COLETIVOS E INTERESSE

PBLICO1

1.1. CONSIDERAES GERAIS

Antes de adentrarmos no estudo do direito ambiental propriamente dito, de suma importnciauma correta compreenso de um conceito que, embora no lhe seja exclusivo, apresenta-se comoseu epicentro, seu ncleo, sua raiz estrutural: o interesse difuso. Comecemos pelo estudo dointeresse.

1.2. O CONCEITO DE INTERESSE

1.2.1. A estrutura do interesse: seus elementos

1.2.1.1. Etimologia

A palavra interesse tem uso corrente no nosso cotidiano. Porquanto tenha uma conceituaoaparentemente difcil, o seu sentido pode ser facilmente intudo, motivo pelo qual a ningum precisaser dito o que significa ter um interesse num livro, numa pessoa, num programa de televiso, numalimento, etc., porque a compreenso de seu significado de fcil percepo.

Realmente, o interesse assim: contedo mais facilmente intuvel do que definvel, e talvez issose explique pelo fato de que interesse um vocbulo que no se define por uma s palavra, seno

porque traduz a ideia de relao entre dois entes. No existe interesse intransitivo. Alis, no por outro motivo que a prpria origem semntica do vocbulo vem demonstrar justamente que seusentido est ligado ideia de estar entre.

1.2.1.2. Relao do sujeito com o objeto

Assim, ainda que por metonmia tenha seu significado semntico sido adulterado, o vocbulointeresse no deixa escapar de seu sentido a noo de ligao entre um sujeito e um objeto,compreendido este ltimo em sentido lato. O vocbulo no intransitivo, no basta em si mesmo, epede, necessariamente, uma complementao que possa identificar o bem sobre o qual recai oempenho, a vontade, enfim, o interesse.

Portanto, tentando ser ainda mais didtico, o interesse uma relao entre um sujeito e um objeto. Essa relao tem por ponto de

contato a aspirao do homem acerca de determinados bens que sejam aptos satisfao de uma exigncia sua.

1.2.1.3. Juzo de valor que motiva a relao entre sujeito e objeto

Feita essa dissecao do conceito de interesse, fica claro que no seu esqueleto esto presentes:um sujeito com necessidade; e um objeto idneo para satisfazer essa mesma necessidade.

Entretanto, h mais um elemento que precisa ser considerado, responsvel por dar alma ossatura mencionada: o juzo de valor do indivduo acerca da sua necessidade e na consideraode que um determinado bem apto satisfao da necessidade. Trata-se, segundo pensamos, deum de seus elementos estruturais mais importantes.

1.2.1.4. Etapas na formao do interesse

A formao do interesse se d de forma quase instantnea, sendo dificlimo, seno pelo critriolgico, separar as etapas de sua realizao. Vejamos:

1) Captao (percepo sensorial) de determinado aspecto da realidade.2) Identificao de uma necessidade.3) Identificao de que um objeto seja apto a satisfazer aquela necessidade.

claro que essas etapas ocorrem instantaneamente, num juzo de valor nico e temporalmenteinseparvel, de modo que, uma vez identificada a necessidade, j se sabe qual objeto ser capaz desaci-la. O mais interessante que nesse momento j se antev o resultado (obviamente ainda noconcretizado). Alis, exatamente porque se antev o resultado que se julga (valorao) terinteresse numa determinada coisa ou bem especfico.

1.2.2. Os aspectos subjetivo e objetivo do interesse

Feitas as consideraes anteriores, percebe-se que na estrutura do interesse existem,basicamente, dois elementos: um sujeito (necessidade); e um objeto (apto a satisfazer anecessidade). O primeiro elemento denomina-se aspecto subjetivo; e o segundo, aspecto objetivodo interesse.

1.2.3. A diferenciao do interesse em individual e coletivo em razo do objeto ou do sujeito

Quando pretendemos classificar um interesse como coletivo ou individual, devemos ter atenoredobrada para saber se os termos individual e coletivo, que classificam o interesse como tal,referem-se ao seu aspecto subjetivo ou ao seu aspecto objetivo.

Tentando ser mais claro, a pergunta que deve ser feita a seguinte: um interesse consideradocoletivo (no individual) pela indivisibilidade do seu objeto (que ao satisfazer o interesse de umou todos o faz por causa da raiz [indivisibilidade do objeto] nica) ou pela soma de vontadesdos sujeitos (aspecto subjetivo)?

Bem, sabemos que a resposta a esta indagao um n daqueles, cujo desate no fcil. Trata-se de um problema que mesmo os juristas italianos, embora avanados no seu estudo, ainda noconseguiram dirimir, no nos sendo permitido afirmar que exista um conceito sedimentado.2 Resta-nos, portanto, adotar esta ou aquela posio, tendo em vista o direito positivo brasileiro.

Antes disso, porm, precisa ser mencionado o fato de que o problema acerca da caracterizao

do que seja o interesse coletivo, sob uma perspectiva objetiva ou subjetiva, deve ser estudadodentro do contexto scio-histrico e cultural em que se vive. No adianta tomarmos comopremissas verdadeiras, dissociadas da realidade contempornea, por exemplo, regras e conceitospensados para uma realidade de quase um sculo atrs.

Ora, quem antes poderia imaginar que o nosso tempo de vida no planeta estaria em contagemregressiva, dado o fato de os bens ambientais no serem, como outrora se pensava, inesgotveis?Quem poderia imaginar que uma mesma conduta de um fornecedor poderia afetar milhares oumilhes de pessoas? Que o dano poderia se dar em tempo real, por intermdio de meios decomunicao que passam informaes instantneas? Enfim, sob esse matiz, parece-nos, que aanlise do conceito de interesse coletivo deve ser feita.

Outrossim, entendemos que pretender sustentar que o interesse coletivo refere-se a fenmenoscorporativos, como mera soma de interesses individuais, negar a realidade que se vive e naqual existem interesses de toda ordem que superam a noo do indivduo, centrando-se numiderio que transcende a noo egostica e repousa na esfera transindividual.

H que se dizer ainda que essa noo transindividual (supraindividual ou metaindividual) deveser assim entendida no apenas porque em muitos casos os interesses so de titularesindeterminados (ou indeterminveis), mas, principalmente, e este parece ser um ponto nodal, porqueno pertencem ao indivduo considerado egoisticamente, mas, sim, como integrante de um corpo,de uma categoria, ou at mesmo como membro da sociedade coletivamente considerada(cidado).

Antes, portanto, de adentrarmos no estudo das definies dadas por nosso direito positivo aosinteresses coletivos lato sensu e suas subespcies (interesses difusos, coletivos e individuaishomogneos), importante nos determos um pouco mais na anlise das transformaes sociais quefizeram com que a categoria ganhasse tanta importncia.

1.3. AS TRANSFORMAES SOCIAIS QUE DERRUBARAM A SUMMA DIVISO: O SURGIMENTO DOSINTERESSES COLETIVOS LATO SENSU (DIFUSOS, COLETIVOS E OS INDIVIDUAIS HOMOGNEOS)

Para demonstrar toda a transformao que o mundo vem sofrendo desde o sculo passado, bastaque faamos, sem muito esforo de memria, uma breve lembrana de como era a nossa vida h 20,30, 40 ou 50 anos. No seria necessrio aqui document-la com dados estatsticos, justamenteporque a nossa gerao e a de nossos pais foram ou ainda so testemunhas oculares, ou melhor,

personagens vivas dessa transformao.

Pense no seguinte: como se fazia para comprar um terno h 30 anos? Certamente, bastava ir casa de seu alfaiate ou da costureira da famlia, ou eles fariam a visita para tirar as medidas, depoisde uns dias fariam a prova, e, pouco tempo depois, a roupa estaria pronta e sob medida. No queno seja possvel fazer isso hoje, mas tal fato fica adstrito a uma parcela mnima da sociedade.

Estamos hoje diante de um consumo em massa, com produo em massa, e no h tempo nemdinheiro que nos faa lanar mo de um custo to caro para se ter algo que se compra hoje at semsair de casa, por intermdio de um computador.

Se preferir, pense de outro modo: tente se lembrar daquele local em que voc pescava h 20 anose pense como est hoje. Ainda existe o local? Se existe, possvel o acesso? Ainda h peixe? Seexiste o peixe, est apropriado para o consumo?

V-se que o direito do ambiente, a sua preocupao, no a mesma de outrora, justamente porquese descobriu que os bens ambientais tm titulares, sua fruio comum, sendo eles esgotveis.

A rebelio das massas, a multiplicao dos direitos e a massificao social, expresses querotulam o fenmeno de transformao social, poltica, econmica e cultural, que modificou o mundono sculo passado, foram mais do que suficientes para definir um novo conceito de Estado, comofico jurdica criada para permitir que o homem conviva harmoniosamente em sociedade. Essamudana na concepo de Estado deve ser entendida corretamente, porque justamente essatransformao que nos permitir entender em que ponto emerge a necessidade de redefinirconceitos, como o de interesse pblico.

Hoje, no se pode ignorar que a presena e a interveno do Estado em todos os setores dasociedade algo que pulula, que evidente. E, a par disso, nenhum instituto do direito, repita-separa ficar bem claro, absolutamente nenhum instituto do direito, pode ser estudado sem essaperspectiva.

Alis, a reside, hoje, uma das maiores dificuldades do operador do direito, pois comumente sev diante de um arsenal de leis postas que foram feitas sob uma axiologia liberal e,frequentemente, tem que sugar da nova ordem constitucional os princpios de um Estado Socialantes de aplicar ou invocar a aplicao da lei ao caso concreto. Vivemos uma cultura deprincpios, j que os comandos abstratos so insuficientes para prever ou resolver as situaes davida numa sociedade reconhecidamente de desiguais.

Retornando ao que foi dito, e intuindo o problema com quase meio sculo de antecedncia,

Mauro Cappelletti detectou o problema com uma clebre frase: de quem o ar que respiro?. Oautor procurou demonstrar que a dicotomia entre o pblico e o privado, a summa diviso, j nomais atendia aos fenmenos de massa.

O que quis dizer Cappelletti que a definio do que pblico no pode ser mais por negaoquilo que seja privado, e vice-versa. Afinal, nesse meio entre o pblico e o privado, muita coisapassou a ter visibilidade para o direito, criando a necessidade de que revisitemos uma srie deconceitos. Torna-se, por exemplo, obsoleto o art. 98 do Cdigo Civil, que define como benspblicos aqueles que no so particulares.3

Embora de concepo romana, a diviso entre pblico e privado tornou-se ostensiva eimperativa com a formao do Estado Liberal, desenvolvido para atender ao anseio de uma novaclasse que se erguia ao vrtice da pirmide social surgida com a Revoluo Francesa: aburguesia.

Essa nova classe, detentora dos meios de produo, que a partir de ento alcanava o poder, fezdesenvolver a formao de um Estado preocupado com o laissez-faire laissez-passer: quantomenos o Estado interviesse no domnio econmico, maior e melhor seria o seu papel noatendimento da isonomia (todos deveriam ter as mesmas chances, e a interveno do Estado poderiaferir a igualdade) e da liberdade de cada indivduo.

possvel, portanto, extrair a suma de que no Estado Liberal a participao deste ente supremodeve se dar por absteno (omisso), como um dever negativo, qual seja, no pode interferir naliberdade individual. Em outros termos, caberia ao Estado, como ente soberano, to somente evitarque as liberdades individuais fossem cerceadas. A esfera de proteo era o indivduoegoisticamente considerado e tudo se dava em funo disso.

Sob esse matiz, faz todo sentido uma diviso estanque entre o pblico e o privado: tudo aquiloque no fosse privado seria pblico. Certamente, diante desse quadro, no se poderia pensar emdireitos coletivos (organizados ou no) situados nesse hiato (pblico/privado), primeiro porquequalquer modalidade de organizao seria vista como afronta liberdade individual e isonomiaentre os homens, depois porque o interesse pblico s existia em funo da assegurao daliberdade individual.

A transformao do Estado Liberal em Estado Social deve-se a uma srie de mudanas decomportamento, inclusive do prprio sistema capitalista, que passou a ser refm da necessidade deproteger em certa dose o trabalho humano que explorava (o lado social), porque, em ltimaanlise, dele dependia para a formao da riqueza e a manuteno do status quo.

Como consequncia natural do capitalismo e da explorao do trabalho, alm da necessidade dese criar um Estado Intervencionista, que passasse a buscar uma isonomia real e sasse daimobilidade assassina do liberalismo, clarssimo nesse perodo o desenvolvimento de corpossociais intermedirios. A finalidade da atuao deles seria resguardar uma coletividade, em prolde interesses comuns, e, mais ainda, servir como freio e contrapeso nas negociaes e discussescom o detentor da produo.

Tambm aqui, nas searas trabalhista e previdenciria, tem-se a fonte dos direitos coletivos,tutelados de forma organizada pelos corpos representativos de grupos e categorias. Aqui j se falaem interesses e direitos que ultrapassam a esfera egostica e individual de cada membro do grupoe que recaem sobre um grupo, categoria ou classe, vistos em sua unidade.

Nesse processo de mudana, destaca-se o importante e pioneiro papel das constituies: doMxico em 1917, de Weimar em 1919, da Polnia e da Iugoslvia em 1921.

Disso resulta bem claro que, se em relao aos direitos individuais o comportamento do Estado marcado por um no fazer, no que se refere aos direitos sociais o seu papel intervencionista,atuante para a implementao dos referidos direitos, inclusive custa de sacrifcio ou limitaolegal, e legtima de certos direitos individuais.4

No obstante o reconhecimento desse duplo papel do Estado, pensamos que a evoluo no deveparar por a, e, mesmo em relao aos direitos e garantias individuais, no existe mais espao parauma atitude apenas de respeito por parte do Estado, que deve intervir, sim, para implement-losse preciso for.

Hoje, em prol da isonomia real, deve o Estado (legislador, juiz e administrador) intervir paradesigualar em prol da igualdade social, da verdadeira justia como bem comum.

Fica, ento, a pergunta: qual a relao do que foi exposto, acerca das transformaes por quepassou o Estado, com a definio dos chamados interesses metaindividuais?

Ora, deve ser dito que foi justamente a partir da preocupao de se trazer uma prestaopositiva do Estado na seara social, garantindo condies mnimas de qualidade de vida ao povo(como sade, lazer, segurana, infncia, juventude, etc.), que surgiu a necessidade de se identificarquais seriam os titulares e a natureza desses direitos (ou interesses) que buscam sair daabstrao para um plano concreto e palpvel.

nesse diapaso que se acende a discusso entre interesses difusos e interesses pblicos. Seriamestes um gnero do qual aqueles seriam espcies? Existe interesse pblico diante do surgimento dos

interesses difusos? o que passamos a analisar, no sem antes nos debruarmos sobre os interessescoletivos lato sensu.

Portanto, resumindo, tem-se que o novo papel do Estado, atuante em prol de uma igualdade dedireitos e garantias sociais, obrigou-o a intervir em todos os setores da sociedade. Ao mesmotempo, esses mesmos setores que exigiam tais direitos passaram a agir em grupos ecategorias. O dever estatal de dar e prestar tais direitos ento exigidos pela coletividade fezcom que todos os setores da sociedade fossem afetados pela interveno estatal. Nesse passo, aantiga dicotomia e a vala que isolavam o pblico e o privado foram preenchidas por interessesditos coletivos.

1.3.1. Quadro comparativo entre o Estado Liberal e o Estado Social

ESTADO LIBERAL ESTADO SOCIAL

Revoluo Francesa (1789) Constituies: Mxico (1917), Weimar (1919), Polnia (1921), Iugoslvia (1921)

Interesses da Burguesia Rebelio das massas

Liberalismo Econmico Regulao Econmica

Absteno/Omisso do Estado

(deveres negativos)

Interveno do Estado

(deveres positivos)

Direitos e Garantias Individuais Direitos Sociais

Isonomia Formal Isonomia Real

Interesse Pblico x Interesse Privado Interesses Coletivos

1.4. INTERESSES COLETIVOS LATO SENSU

1.4.1. Introduo art. 81, pargrafo nico, do CDC 5

Como j observara Alessandro Pizzorusso, as expresses interesse comum, interesse social,interesse coletivo, interesse pblico, bem comum, etc., so frequentemente usadas como sinnimose reclamam uma sistematizao.

Mais do que isso, diramos que, com o advento dos denominados direitos difusos, precisodefinir, ou distinguir, qual seria o campo dos interesses difusos e dos interesses pblicos, se queexiste um espao diverso para uns e para outros.

Antes de se fazer a anlise comparativa dos interesses coletivos com o interesse pblico, faz-semister a diferenciao, entre si, dos interesses coletivos. O tema foi preocupao corrente dosprocessualistas brasileiros nas dcadas de 1970 e 1980, como ainda ocorre na Itlia.

Nosso legislador infraconstitucional, no entanto, depois de a Lei da Ao Civil Pblica (art. 1)e a prpria Constituio Federal (art. 129) terem usado a expresso interesses difusos ecoletivos, decidiu pr uma p de cal no assunto, definindo o contedo dos interesses coletivos.

E o fez por intermdio do art. 81, pargrafo nico, da Lei n. 8.078/90, que instituiu o Cdigode Defesa do Consumidor. O diploma, embora seja voltado para a defesa do consumidor, tem asua parte processual (ttulo III) aplicvel defesa de todo e qualquer direito coletivo lato sensu(regra propositadamente inserida pelo legislador), tal como determina o art. 117 das disposiesfinais e transitrias.

Assim, qualquer outra definio dos direitos coletivos lato sensu s concebvel de legeferenda, uma vez que de lege lata h expressa previso conceitual no direito positivo. Segundo oart. 81, pargrafo nico, temos:

A defesa coletiva ser exercida quando se tratar de:

I interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste Cdigo, os transindividuais, de natureza indivisvel, de quesejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstncias de fato;

II interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste Cdigo, os transindividuais de natureza indivisvel, de queseja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrria por uma relao jurdica base;

III Interesses ou direitos individuais homogneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum.

1.4.2. Interesse e direito

Certamente, direito no a mesma coisa que interesse, e isso fica evidente no prprio textolegal. Alis, diz-se, normalmente, que direito o interesse juridicamente protegido. Entretanto,por fico jurdica, o legislador fez com que os interesses ali discriminados fossem equiparados adireitos, permitindo a sua tutela.

Essa equiparao tem razes fincadas na dificuldade de se definir e separar um instituto do outro;para aumentar o rol de interesses juridicamente tutelveis; para concretizar a existncia de direitosque no so apenas normas instituidoras de programas na nossa constituio, tais como o direito doambiente, o direito ao desporto, o direito sade, o direito informao, entre outros direitossociais que apresentam espectro difuso.

de se notar que a antiga distino entre interesse e direito parte de uma noo individualista,portanto privatista, de todo o Estado, em que este tinha por funo precpua no violar direitos egarantias individuais.

Hoje, a sua funo menos negativa e mais positiva, na medida em que deve prestar, implementare executar polticas pblicas que indiquem os interesses sociais a serem perseguidos.

1.4.3. Art. 81, pargrafo nico, I, II e III, do CDC: definio no direito brasileiro do conceito de interessescoletivos

Como foi dito anteriormente, o fato de tal dispositivo estar topograficamente inserido no ttulo IIIdo Cdigo de Defesa do Consumidor no elide a sua aplicabilidade a todo e qualquer direitocoletivo lato sensu do ordenamento jurdico brasileiro, seja ele de natureza comercial,trabalhista, civil, etc.

A imperatividade dessa afirmao decorre de regra clarssima prevista no art. 117 deste mesmodiploma, que no permite outro entendimento.

1.4.4. O critrio usado pelo legislador para especificar os interesses coletivos: interesses essencialmentecoletivos e os acidentalmente coletivos

Retomando o que foi antes exposto, vemos que o legislador tinha a opo de definir os direitoscoletivos a partir de seu aspecto objetivo (objeto) ou de seu aspecto subjetivo (sujeito). Preferiu,como ficar claro, mesclar a utilizao de ambos os critrios.

No transcrito art. 81, pargrafo nico, pode-se identificar claramente dois grupos distintos: osdireitos e interesses essencialmente coletivos e os acidentalmente coletivos.6 Vejamosseparadamente cada um deles.

Antes, porm, muito importante, at para facilitar a compreenso da distino dos tipos deinteresses (difusos, coletivos e individuais homogneos), fazer uma advertncia: um mesmo fatopode se encaixar numa norma abstrata que tutela direito difuso, coletivo ou individual.7

Assim, por exemplo, tendo como fato jurdico a poluio emitida por uma fbrica, poder estemesmo fato causar danos a direitos enquadrveis em cada uma das espcies de interesse coletivo:

afetao do equilbrio ecolgico: direito difuso de toda a populao; ms condies de trabalho na fbrica: direito coletivo dos que ali trabalham; danos sade de alguns moradores da regio: direitos individuais homogneos de cada umdos afetados.

1.4.4.1. Essencialmente coletivos: a transindividualidade dos titulares e a indivisibilidade do objeto

Os interesses e direitos difusos e coletivos so denominados de essencialmente coletivos porquetm em comum o trao da transindividualidade de seus titulares e a indivisibilidade de seu objeto.

Levando-se em considerao suas definies, em contraste com a dos individuais homogneos(acidentalmente coletivos), percebe-se que o nosso legislador teve grande inclinao pelo critrioobjetivo.

Pelo critrio objetivo (a indivisibilidade do bem), faz-se crer que a necessidade individual decada um dos titulares irrelevante na fruio e na proteo desse mesmo bem. Se o bem indivisvel, pode-se dizer que, independentemente do vnculo que possa existir entre os sujeitostitulares, o fato que a satisfao de um implica a de todos eles.

Em outros termos, significa afirmar que a indivisibilidade do bem faz com que todos os seustitulares se encontrem em posio idntica sobre o objeto do interesse.8

Assim que o carter transindividual dos direitos essencialmente coletivos no a pedra detoque que nos permite distinguir os difusos dos coletivos propriamente ditos, j que nenhum delespertence ao indivduo egoisticamente falando, segundo o legislador. Ambos so, destarte,transindividuais.

No caso dos coletivos, pertencem ao sujeito enquanto partcipe de um grupo, categoria ouclasse de pessoas bem definida por uma relao jurdica base.

J para o caso dos difusos, tambm definidos como transindividuais pelo legislador, taisinteresses no encontram apoio em uma relao-base bem definida, reduzindo-se o vnculoentre as pessoas a fatores conjunturais ou extremamente genricos, a dados de fato frequentementeacidentais e mutveis: habitar a mesma regio, consumir o mesmo produto, viver sob determinadascondies socioeconmicas, sujeitar-se a determinados empreendimentos, etc..9

Pode-se concluir, pela rasa leitura dos incisos I e II do art. 81, pargrafo nico, do CDC, que odivisor de guas entre o interesse difuso e o interesse coletivo o aspecto subjetivo. Assim, se ocritrio objetivo foi o determinante para coloc-los na vala comum dos interesses essencialmentecoletivos, foi o critrio subjetivo que o legislador adotou para diferenciar um do outro.

1.4.4.1.1. Os coletivos propriamente ditosA redao do inciso II (interesses coletivos) do art. 81, pargrafo nico, do CDC faz crer que o

seu titular um grupo, categoria ou classe de pessoas.

O vnculo que permite identificar esse grupo/categoria/classe vem descrito da seguinte formana norma em comento: ligadas entre si ou com a parte contrria por uma relao jurdica base.

Significa dizer que o grupo, a categoria ou a classe de pessoas esto ligados entre si (relaoinstitucional, como uma associao, um sindicato, uma federao, etc.) ou, alternativamente, possvel que esse vnculo jurdico emane da prpria relao jurdica existente com a partecontrria. A relao entre si a que alude o legislador pode-se dar antes de um ilcito ou serderivada de um ilcito comum. Certamente que, no primeiro caso, existe mais coeso e, portanto,menos conflituosidade interna.

A preocupao do legislador em estender a proteo ao grupo de pessoas que no possuamvnculo entre si, mas, sim, com a parte contrria, decorre do fato de que, no sendo obrigatrio oassociativismo (liberdade pblica), possvel que mesmo a pessoa no sendo associada a umacategoria, ainda assim seja titular de um direito coletivo, pelo simples fato de que possui, como oassociado, uma relao jurdica base com a parte contrria.

Assim, por exemplo, numa demanda proposta pelo sindicato para obrigar o patro a colocar filtrosonoro no interior da fbrica, sero titulares de direito coletivo e, portanto, atingidos pela coisajulgada tanto aquele que seja quanto o que no seja sindicalizado.

No , portanto, a existncia de um eventual vnculo associativista que faz com que o direito sejacoletivo.

Em resumo, o interesse coletivo (organizado entre si ou no) ser coletivo por causa do seu objeto indivisvel que pertena a um

nmero determinvel de titulares.

Este parece ter sido o motivo de se dizer no art. 81, pargrafo nico, II, do CDC que o titular ogrupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrria por uma relaojurdica base.

As expresses grupo, categoria ou classe de pessoas devem ser compreendidas como classe depessoas que sejam titulares (enquanto coletividade) de um objeto indivisvel.

Alis, a regra da coisa julgada prevista no CDC em seu art. 103, II, correspondente ao art. 81,pargrafo nico, II, do mesmo cdigo, e confirma o que foi afirmado no texto. Tanto que fala emcoisa julgada ultra partes, mas limitada ao grupo, categoria ou classe, expondo claramente que acoisa julgada neste caso no se aplica somente ao ente coletivo impulsionador da demanda, masquelas pessoas que estejam a ele filiadas ou no, enfim, quelas que sejam titulares do objetotutelado.

1.4.4.1.2. O interesse difusoSegundo o transcrito pargrafo nico do art. 81 do CDC, a distino entre interesse difuso e

interesse coletivo se faz por intermdio da determinabilidade dos titulares do interesse: enquantoneste so determinveis, naquele so indeterminveis.

Entretanto, esta no nos parece ser a nica distino entre um e outro. A diferena entre ointeresse difuso e o interesse coletivo ontolgica, porque, enquanto o interesse coletivo estdiretamente ligado ao atendimento de um interesse privado de uma coletividade, exclusivo eegosta dessa mesma coletividade, que quase sempre se organiza para atender a suas exigncias epretenses (carter egosta em prol da coletividade), o interesse difuso possui uma veia pblica,no exclusiva, heterognea (por causa da disperso) e plural.

Nesse ponto, o critrio da exclusividade do interesse tambm merece destaque e, de certa forma,decorre dessa disperso do aspecto subjetivo que distancia um do outro. Ora, se no interesse

coletivo os titulares so determinveis, ento sinal de que existe o carter exclusivo de fruiodesse interesse por parte da categoria a qual o interesse pertena. exatamente esse aspecto que sepode dizer caracterizar um interesse egosta (em prol apenas daquela coletividade determinada) evisando atender aos interesses concretos de cada um de seus membros.

J no interesse difuso, por seu grau de disperso e pela indeterminabilidade de seus titulares,no se pode atribuir qualquer tipo de exclusividade na fruio do objeto do interesse. Tanto isso verdade que o vnculo que une os titulares desse direito apenas uma circunstncia de fato, talcomo determina o CDC, art. 81, pargrafo nico. O exposto endossado, ainda, pela regra da coisajulgada (art. 103, I), no sentido de que esta tem eficcia erga omnes.

No h dvidas de que existe uma limitao dos titulares de um interesse difuso. Todavia, torna-se impossvel a demarcao desse limite, simplesmente porque no se pode identificar cada umdos titulares e, mais ainda, porque o elo entre tais sujeitos uma circunstncia de fato,caracterizando-se, pois, por um estado de fluidez completo, instvel e contemporneo.

Assim, o que une os titulares do direito difuso algo circunstancial e fludo, tal como o fato deserem, por exemplo, consumidores de um produto, moradores de um bairro, etc.

Tambm por isso, clara e induvidosa a possibilidade de conflituosidade interna entre ostitulares, muito mais acentuada do que no interesse coletivo, j que no interesse difuso a ligaoentre os membros titulares so meras circunstncias de fato.

Fica claro, ainda, que o interesse difuso heterogneo e isso decorre do fato de o vnculo queune os seus titulares ser circunstancial (habitantes de uma mesma regio, consumidores de ummesmo produto, etc.), ao passo que o interesse coletivo homogneo, na medida em que acoletividade persegue interesses previsivelmente queridos pelos seus membros. Alis, justamenteo vnculo organizacional e corporativista de uma categoria que prevalece no interesse coletivo,resultando da a homogeneidade mencionada.

Tambm se assevere que, se os interesses difusos possuem uma veia pblica, porque aindeterminabilidade de seus sujeitos pressupe o raciocnio de que o interesse em jogo disperso,de tal maneira que atinge um nmero ilimitado de pessoas, dando-lhe uma conotao publicista.

J os interesses coletivos so coletivos seja para dez, vinte, trinta ou mil pessoas, porm sempredeterminveis. Visam o benefcio de cada uma dessas pessoas como partcipes dessa coletividadee de mais ningum que no seja titular desse interesse. Exatamente por isso que se diz possuir umaveia privatstica (da categoria).

No nos olvidemos de que, muito embora o Cdigo tenha utilizado a expresso transindividualtanto para o interesse coletivo quanto para o interesse difuso, no nos parece que essatranscendncia do indivduo possa ser vista da mesma forma para ambos os casos. Isso porque ointeresse coletivo refere-se a categorias organizadas para a tutela de interesses especficos (e,logo, diferenciados) dos prprios aderentes (...),10 mas que em ltima anlise visam beneficiar osprprios titulares desse interesse.

Em contrapartida, o interesse difuso no um direito que pertena a uma categoria que possuafins prprios e se organize para atender s necessidades de uma categoria. Pelo contrrio, ointeresse difuso assim entendido porque, objetivamente, estrutura-se como um interessepertencente a todos e a cada um dos componentes da pluralidade indeterminada que se trate. No um simples interesse individual, reconhecedor de uma esfera pessoal e prpria, exclusiva dedomnio. O interesse difuso o interesse de todos e de cada um ou, por outras palavras, ointeresse que cada indivduo possui pelo fato de pertencer pluralidade de sujeitos a que se referea norma em questo.11

1.4.4.2. Os interesses acidentalmente coletivos (individuais homogneos)

J com relao terceira categoria de interesses coletivos lato sensu, os individuaishomogneos, previstos no art. 81, pargrafo nico, III, do CDC, percebe-se que o legislador foieconmico em definies, tendo referido apenas que so aqueles de origem comum.

O precursor da expresso individuais homogneos foi Barbosa Moreira,12 expoente maior dodireito processual brasileiro, que, ao fazer uma anlise sobre a class action for damages do direitonorte-americano, referiu-se a estes direitos como feixe de interesses individuais homogneos eparalelos.

Como bem disse tal jurista, tais direitos so acidentalmente coletivos, porque,ontologicamente, na sua raiz, no guardam uma natureza coletiva, mas, sim, privada.

Com isso se quer dizer que apenas por fico jurdica o legislador permitiu que, em casosespecficos de interesse social, assumida a natureza divisvel do objeto, ou, a rigor, amultiplicidade de objetos, que pertencem a cada um dos interessados,13 fossem tais direitostratados de modo coletivo.

Ou seja, devido ao grande nmero de interessados, ou a uma maior relevncia social, permite-seque sejam aplicadas a esses direitos (individuais, por natureza) todas as regras de direito

processual coletivo contidas no prprio CDC ou na ao civil pblica, seja para dar maisefetividade ao direito material invocado, seja por economia processual.

Trata-se, pois, de uma tcnica legislativa de dar tratamento molecular (coletivo) a direitosindividuais que guardem entre si uma relao de parentesco quanto ao fato que os originou. Essa uma tcnica que se pode denominar de Tcnica Coletiva de Repercusso Individual, pois parte-sede uma deciso coletiva para resolver litgios individuais.

Embora esta modalidade de interesse no constitua objeto de nosso estudo, importante salientarque a sua tutela representa um plus para o jurisdicionado na defesa dos interesses individuais.Assim, precipuamente para os casos em que exista uma relevncia social, invivel a formao dolitisconsrcio e so comuns as questes de fato e de direito.

Nesses casos, pela impossibilidade de identificao prvia de seus titulares, o art. 95 prev quea sentena seja condenatria genrica, admitindo que o pedido, portanto, seja tambm genrico(no identificado o titular nem apurado ainda o prejuzo deste mesmo titular). J o art. 100,pargrafo nico, d ensanchas compreenso de que o interesse que justifica ser tratado comoindividual homogneo justamente aquele do qual, pela relevncia e extenso, no h como sedeterminar os titulares individuais nem mesmo os prejuzos sofridos por cada um, deixandoessas duas tarefas para a ao liquidatria.

Ademais, a coisa julgada nessa modalidade de interesse erga omnes, para atingir aqueles (queno se sabe ainda quem so) que pertenam situao tutelada. A identificao prvia das pessoasque seriam tuteladas (cada um dos supostos titulares do interesse individual j na propositura dademanda) desnaturaria qualquer tentativa de tax-lo como interesse individual homogneo, nosmoldes tratados pelo sistema processual coletivo, visto que estaramos diante de uma substituioprocessual tradicional, cujas regras seriam inaplicveis.

A par das tcnicas coletivas de repercusso individual, existem ainda as Tcnicas Individuais deRepercusso Coletiva, ou seja, havendo multiplicidade de demandas repetitivas, tendo em comumuma mesma questo de direito, pina-se uma ou algumas delas (denominadas causas piloto), quesero decididas e o resultado ser transportado para todas as outras que tenham a mesma questo dedireito ou fato-tipo. So exemplos dessas tcnicas o incidente de resoluo de demandas repetitivase os recursos repetitivos.

Assim, admite-se o seguinte esquema para a tutela de direitos individuais homogneos:

Direitos individuais Tcnica Coletiva de Repercusso Individual (art. 91 e ss. do CDC ao coletiva)

homogneos Tcnicas Individuais de repercusso coletiva (Incidente de resoluo de demandas repetitivas erecursos repetitivos; arts. 976 e 1.036 do CPC/2015)

1.4.4.3. Quadro sinptico dos direitos e interesses coletivos lato sensu

PREVISO

LEGALOBJETO SUJEITOS

COISA

JULGADACARACTERSTICAS

DIFUSOS CDC,art. 81, PU,

I

Indivisvel

Indeterminveis Erga omnes Interesses pblicos (heterogneos)

COLETIVOS

STRICTO

SENSU

CDC,art. 81, PU,

II

Indivisvel

Determinveis enquantogrupo

Ultra partes,mas limitada

ao grupo

Interesses privados de umacoletividade (homogneos)

INDIVIDUAIS

HOMOGNEOS

CDC,art. 81, PU,

III

Divisvel

Indivduos determinadosou determinveis, mas no

identificados

Erga omnes Interesses individuais privados eapenas acidentalmente coletivos devido

sua homogeneidade

1.5. INTERESSES DIFUSOS E INTERESSE PBLICO

Retomando o que foi exposto antes, relativamente transformao do Estado Liberal para oEstado Social, vimos que a dicotomia entre o Pblico e o Privado surgiu do liberalismo, em quese entendia por pblico tudo que no fosse particular, dada a supervalorizao do individual equase nenhuma participao ou intervencionismo estatal.

Foi somente com o Estado Social que este passou a ter uma atuao mais presente, positiva,tendo por incumbncia o dever de dar ao cidado as garantias sociais.

Nesse diapaso, perceptvel que o modelo pblico/privado j no servia mais para atender filosofia e aos princpios exigidos pelo Estado Social. Assim, fazia-se necessria uma revisitaodo conceito de interesse pblico, no mais visto apenas como algo residual ao interesse particular;ou, para se manter a conceituao j existente, seria mister enxergar uma nova ordem de direitossituados no hiato da referida dicotomia do Estado Liberal: os direitos difusos.

Com esse introito, estamos aproximando sensivelmente o interesse pblico do interesse difuso. Adistino tormentosa e no h posicionamento sedimentado a respeito do assunto. A doutrinalimita-se a fazer referncia sobre um e outro interesse, sem se preocupar em definir onde umcomea e onde o outro termina.

Tendo-se j definido interesse difuso, resta-nos, nesta anlise comparativa, definir antes o queseja interesse pblico.

1.5.1. A estrutura do interesse pblico

Revisitando as aulas de Lngua Portuguesa do ensino fundamental, veremos que o vocbulopblico expresso adjetiva sinnima da locuo do povo. Assim, qualquer busca pelo conceitode interesse pblico deve ter como ponto de partida a premissa de que se trata de um interesse dopovo.

Ademais, como a estrutura do interesse compreende a ideia de um sujeito com determinadanecessidade que se relaciona com um objeto que julga ser capaz de saci-la, tambm aqui devemosfazer a anlise do que seja interesse pblico. Considerando que a qualificao do interesse(pblico = do povo) refere-se ao seu aspecto subjetivo, teremos que admitir que o interessepblico, em sua estrutura mais singela, ser o produto das necessidades da sociedade.

Em outras palavras, mais precisas, seria o interesse pblico (...) uma dimenso pblica dosinteresses individuais (...) o interesse resultante do conjunto dos interesses que os indivduospessoalmente tm quando considerados em sua qualidade como membros da Sociedade e pelosimples fato de o serem (...) um interesse igualmente pessoal dessas mesmas pessoas ou grupos,mas que comparecem enquanto partcipes de uma coletividade maior na qual esto inseridos(...).14

1.5.2. O papel do Estado: interesse pblico primrio e secundrio

Diante do que foi exposto, percebe-se ser falacioso dizer que o interesse pblico o interesse doEstado, no s porque distancia dito interesse dos seus titulares (membros que o Estado representa),mas tambm porque existem interesses outros desse ente representativo que lhes so particulares(privados).15

Para evitar a confuso desses papis assumidos pelo Estado que a doutrina italiana16 fez a

distino entre interesse pblico primrio e interesse pblico secundrio.

O interesse pblico primrio o interesse pblico propriamente dito, pertencente ao povo, oqual o Estado (como ente representativo) se encarrega de promover e efetivar.

J o interesse pblico secundrio diz respeito ao interesse privado que o Estado possui comopessoa jurdica de direito pblico, capaz de ter direitos e obrigaes como os demais sujeitos dedireito (REsp 799.841/RS, rel. Min. Luiz Fux, 1 Turma, julgado em 18-10-2007, DJ 8-11-2007, p.169).

Obviamente, jamais se poderia pensar na hiptese de o Estado atender a seus interessessecundrios em detrimento ou contrariamente aos interesses primrios, j que so estes queditam e governam a sua funo. Apenas quando no colidir com os interesses primrios que oEstado deve exercer o interesse secundrio, sob pena de subverter o sistema.

1.5.3. O contedo do interesse pblico (primrio): os interesses difusos

H, sem dvida, uma insuficincia jurdica em precisar quais seriam os interesses pblicos,criando-se uma identificao que fosse perene e servisse para todas as situaes de fato. Dizersimplesmente que o interesse pblico o interesse geral, o bem-estar, que so as necessidadescoletivas, etc., ser demasiadamente abstrato e permanecer numa zona grsea e indefinida.17

Dada a existncia de interesses de toda ordem dispersos na sociedade (v.g., o interesse dosmoradores de um bairro pode no ser o mesmo do restante dos muncipes), torna-se impossvel aformulao de um conceito suficientemente genrico (do interesse pblico) para abranger umnmero muito grande de situaes, envolvendo opes entre uma pluralidade de interessesdispersos pela sociedade, na maior parte dos casos excludentes.18

O conflito existente na descoberta de qual seria o contedo concreto do interesse pblico,segundo pensamos, deve ser visto, tambm, pela tica da mudana do papel do Estado no ps-guerra (superao do Estado Liberal). Atualmente, num Estado Democrtico de Direito, o referidoente possui o dever de prestar (facere, obrigao positiva) aos cidados os direitos sociais demodo concreto, permitindo e entregando, realisticamente, a qualidade de vida aos membros querepresenta.

Se antes o interesse pblico limitava-se a ser um coadjuvante da liberdade individual,assegurando a sua plenitude, hoje a regra bem diferente, e o papel principal assumido pelo Estadono omissivo (obrigao negativa), seno, pelo contrrio, o de dar aos cidados os direitos

sociais que possuem. Isso significa atender, primariamente, ao interesse pblico.

Essa revisitao do interesse pblico torna menos embaado o seu contedo, ao mesmo tempoem que faz com que os seus titulares possam conhec-lo porque o enxergam melhor e, assim,possam exigir do Estado a conduta positiva que dele se espera. o que acontece com os direitos aomeio ambiente, segurana pblica, ao desporto, ao lazer, sade, informao, entre tantosoutros interesses que, antes escondidos no ideal liberal individualista, s a partir da metade dosculo passado puderam ser iados categoria autnoma de direitos exigveis do Estado, que,em contrapartida, tem o dever de prest-los aos membros que representa.

Admitindo-se, pois, que a Repblica Federativa do Brasil um Estado Democrtico de Direito eque o seu poder emana do povo, e considerando-se ainda que o Estado atua por intermdio defunes legislativas, executivas e judicirias, certamente teremos que o contedo do que interesse pblico deve estar inserido no texto constitucional brasileiro e, portanto, a suapersecuo pode ser feita por intermdio dos trs poderes.

o que ensina Carlos Alberto de Salles: Na verdade, qualquer deciso social, produzida ou noatravs dos vrios mecanismos estatais, incorpora opes por um entre vrios interesses relevantes,traduzindo uma dada avaliao sobre qual deles, em uma determinada alocao de recursospblicos (bens ou servios), melhor atende ao objetivo social que se quer alcanar por meio de umadeterminada ao. A essncia de qualquer poltica pblica, levada adiante pelo executivo,legislativo ou judicirio, distinguir e diferenciar, realizando a distribuio dos recursosdisponveis na sociedade.19

Pelo que foi exposto, portanto, o Estado, nas trs esferas de poder (legislativo, executivo ejudicirio), realiza o interesse pblico em cada momento especfico em que exercita a suafuno tpica, levando em considerao as regras basilares da Constituio Federal.

O que fica claro que o contedo do interesse pblico definido em cada caso concreto no exerccio das funes pelo ente poltico

competente para tal.

Exatamente por isso, colocamos em xeque a existncia de um interesse pblico geral que no sejao abstrato (bem-estar, harmonia da sociedade, ordem pblica, etc.), porque, quando se pretendeexerc-lo na prtica, certamente diversos interesses sero excludos da esfera de proteo poropo do ente poltico no exerccio de sua funo.

Diante disso, preferimos dizer que o acerto est com Colao Antunes,20 para quem os interessespblicos so finalidades concretas, que os rgos e entes pblicos devem realizar, e que num

ordenamento de base pluralista h tantos interesses pblicos como comunidades existentes nombito do mesmo. (...) isto quer dizer que o interesse pblico como entidade nica no existe mais,ou melhor, existe s em abstracto, existindo na realidade, como consequncia dos confrontos e dosconflitos entre particulares, pblicos e coletivos, o interesse pblico concreto.

Em concluso ao que foi exposto, podemos dizer que, com a transformao do Estado de liberalpara social, o interesse pblico deixou de ser aquilo que no era individual para ser aquilo que do povo.

Essa mudana de postura estatal (de omissiva a comissiva) fez com que diversos direitosrelativos entrega de qualidade de vida passassem a ser exigidos pela sociedade, impondo-se umdever ao Estado de prest-los. Nesse ponto, o papel do Estado passou a ser o de efetivar osinteresses pblicos primrios (cujo titular o povo), separando-os daqueles que correspondem aoseu interesse privado (secundrio) e que s podem ser perseguidos quando no confrontem com ointeresse primrio.

O contedo desses interesses primrios, numa sociedade pluralista como a nossa, s se defineno caso concreto, pela proteo desta ou daquela situao pelo ente poltico competente noexerccio de sua funo. O fim almejado na adoo desta ou daquela posio pelo Estado deve terpor norte as regras e os princpios constitucionais abstratamente considerados.

Interessante notar que mesmo o Superior Tribunal de Justia j deixou assentada aimpossibilidade de se definir aprioristicamente, em abstrato, o que seria ou no de interessepblico. Trata-se, segundo afirma, de conceito jurdico indeterminado, a ser preenchido caso acaso. Vejamos trecho de ementa do julgamento do REsp 786.328/RS:

Pode-se afirmar, utilizando a classificao de Engisch, que interesse social encerra conceito jurdico indeterminado(porque o seu contedo e extenso so em larga medida incertos) e normativo (porque carecido de um preenchimentovalorativo), e sua funo em boa parte justamente permanecerem abertos s mudanas das valoraes.

Conforme observou o Ministro Seplveda Pertence, em voto proferido no Supremo Tribunal Federal, preciso ter em conta

que o interesse social no um conceito axiologicamente neutro, mas, ao contrrio e dado o permanente conflito de

interesses parciais inerente vida em sociedade ideia carregada de ideologia e valor, por isso, relativa e condicionada

ao tempo e ao espao em que se deva afirmar.

natural, portanto, que os interesses sociais no comportem definies de carter genrico com significao unvoca.Como demonstrou J. J. Calmon de Passos, a individualizao do interesse pblico no ocorre, de uma vez por todas, em ums momento, mas deriva da constante combinao de diversas influncias, algumas das quais provm da experincia passada,enquanto outras nascem da escolha que cada operador jurdico singular cumpre, hic et nunc, no exerccio da funo que lhefoi atribuda. Assim, a atividade para individualizao dos interesses pblicos uma atividade de interpretao de atos e fatose normas jurdicas (recepo dos interesses pblicos fixados no curso da experincia jurdica anterior) e em parte umavalorao direta da realidade pelo operador jurdico, atendidos os pressupostos ideolgicos e sociais que o informam e

sociedade em que vive, submetidos ao dos fatos novos, capazes de modificar juzos anteriormente irreversveis (STJ, 1Turma, REsp 786.328/RS, Min. Luiz Fux, DJ 8-11-2007).

Os direitos difusos seriam, portanto, esses interesses protegidos pelo Estado em cada casoconcreto. Isso nos permite antever a existncia de choques de interesses difusos dentro de umamesma comunidade, cabendo ao Estado, no exerccio da funo, proteger este ou aquele segundo osditames constitucionais. Estes choques sero resolvidos pelo uso do princpio daproporcionalidade, que permite sobrepor, usando a mxima do sopesamento (mal maior e malmenor, no caso concreto), qual deve ser o princpio utilizado pelo operador do direito e, portanto,qual o interesse tutelado.

1.5.4. Quadro sinptico sobre o interesse pblico

INTERESSE PBLICO

Primrio Secundrio

Pertence ao povo.

Estado encarregado de promover (Executivo, Legislativo e Judicirio).

Contedo: interesses difusos.

Definidos no caso concreto (sociedade pluralista, diversos interesses emjogo, princpio da proporcionalidade).

Pertence ao Estado como pessoa jurdica de direitopblico.

Apenas pode ser atendido quando no colidir com ointeresse pblico primrio.

1.6. INTERESSE DIFUSO E INTERESSE LEGTIMO

Segundo Oswaldo Aranha Bandeira de Mello, os interesses legtimos podem ser definidos como(...) interesses ocasionalmente protegidos e direitos imperfeitos. Conferem interesse legtimoaos administrados as normas de direito objetivo que regem a realizao de interesse coletivo, mas,reflexamente, ao mesmo tempo, satisfazem o interesse de determinados indivduos. Assim, taisparticulares, a que as regras objetivas concretamente atingem, tm interesse especial na suaobservncia.21

Para exemplificar a figura supracitada, Mancuso22 assevera que a norma jurdica que protege osmananciais de gua potvel direcionada generalidade da populao, uma vez que intenta

preservar a qualidade de vida; todavia, acaba conferindo uma proteo especial quela parcela dapopulao que habita nas proximidades desses mananciais; e que, de fato, tem mais interesse do queterceiros em que tais mananciais sejam preservados.

Portanto, os interesses legtimos seriam aqueles que tm uma proteo reflexa, j que o objetoprecpuo de tutela da norma no seria o direito individual. Porm, protegendo-se o interessegeral, acabam-se tutelando, por tabela, interesses particulares. Qualquer tentativa deaproximao conceitual com os interesses difusos equvoca porque, ontologicamente, sodiversos os interesses, e o prprio tratamento pelo direito positivo distinto.

Geneticamente so diversos, porque o interesse difuso tem alma pblica, enquanto o legtimo privado. O objeto de interesse difuso indivisvel, enquanto o objeto de tutela do interesselegtimo divisvel. Isso permite afirmar que o interesse difuso no exclusivo, ao passo que omesmo no se pode dizer do interesse legtimo. Destarte, o grau de indeterminabilidade dointeresse difuso faz com que o vnculo que agrega os seus titulares seja circunstancial, ligado a umasituao de fato, enquanto os interesses legtimos possuem titulares cujo vnculo pode ser mais bemvisualizado na medida em que se permitem identificar os sujeitos beneficiados reflexamente pelodireito tutelado de forma geral.

Outrossim, sob o ponto de vista do reconhecimento jurdico do interesse pelo direito positivo,larga a distncia entre eles. O interesse difuso, por expressa dico legal (art. 81, pargrafonico, I, do CDC), foi equiparado por fico jurdica condio de direito, portanto objeto detutela, enquanto o interesse legtimo apenas uma expectativa oriunda de uma proteo reflexa.Caso o interesse individual seja aviltado, ser tutelado como direito subjetivo individual, podendo-se, se for o caso, fazer uso da coisa julgada in utilibus (art. 104 do CDC) quando se tiver tuteladoum direito essencialmente coletivo (difuso ou coletivo propriamente dito).

Recorde-se que em matria ambiental, por expressa dico do artigo 14, 1, o poluidorobrigado, independentemente da existncia de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados aomeio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade.

Portanto, absoluta a diferena entre ambos e, se tivesse que ser feita uma aproximao comalguma modalidade de direito no ordenamento jurdico positivo, decerto seria com os direitossubjetivos individuais.23

1.6.1. Quadro comparativo entre o interesse difuso e o interesse legtimo

INTERESSE DIFUSO INTERESSE LEGTIMO

Interesse pblico Interesse privado reflexamente atendido quando se tutela o interesse geral

Objeto indivisvel Objeto divisvel

Titulares indeterminveis Titulares determinveis

Equiparado aos direitos Ocasionalmente protegido como direito individual

1.7. QUESTES DE CONCURSO1. (FCC/2009 DPE/MA) A defesa coletiva ser exercida quando se tratar de interesses ou direitos

a) difusos, assim entendidos os transindividuais, de natureza divisvel, de que sejam titulares pessoas determinadas e

ligadas por circunstncias de fato.

b) coletivos, assim entendidos os transindividuais, de natureza divisvel de que seja titular grupo, c