roberto caldeira-ressuscitando de si mesmo

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  • CONHECE-TE A TI MESMO( inscrio na entrada do

    templo de Apollo em Delfos )

  • Nota Introdutria

    No posso chamar essa obra delivro; vejo-a como um livreto,pois pequeno o seu tamanho,mas vasto em idias o seu con-tedo.

    A premissa que levou-me es-crita desse quase folhetim foia constatao de que nossomundo tecnolotizado,ansiotizado e banalizado, caiudefinitivamente no pssimo ha-bito das coisas instantneas.Vivemos hoje de macarro ins-tantneo, amores imediatistase procuras vs. Queremos o ago-ra fcil, superficial e sem con-sistncia; portanto, perdemos oinstinto primordial do viver,mas o viver ao que me refiro, o viver livre, pleno e poderoso; o viver evolutivo, de conquis-tas e descobertas.

    Ns, humanos, no fomos cria-dos para a apatia, medo e inse-gurana; somos criaturas quenaturalmente procuram a luze o progresso, que gentica eespiritualmente desejam sem-

  • pre crescer e mudar; ao contr-rio do momento atual, ondetudo receio, desconfiana efalta de nimo.

    Estamos reduzidos a um povodoente, decadente e fraco.Abraamos a futilidade, oconsumismo e o materialismobarato. O que permeia as socie-dades contemporneas a inde-cncia, posto que o amor, natu-ral e espontneo que era, foirelegado vergonha de viv-lo abertamente e, sem amor,somente a indecncia pode im-perar.

    Portanto, se no amamos, con-quistamos, crescemos e evolu-mos, somente podemos chafur-dar na mediocridade, solido etristeza; caractersticas estas,visveis nos que esto mortos emvida e, naqueles que esto es-pera das migalhas que quipossam cair-lhes no colo.

    Isso o ser humano? Creio queno!

    Vejo atualmente infindastcnicas, livros e terapias deauto... auto tudo: auto-ajuda,auto-conhecimento, auto-cura

  • e auto-procura (no falo maisautos, pois corro o risco detornar-me prolixo desnecessa-riamente.), e ao mesmo tempo,no vejo mais os Homens exer-cendo a sua capacidade santa deprogredir atravs das suas ex-perincias e vivncias, con-quanto, todos os nossos ances-trais, cresceram enfrentandoas dificuldades e superandocada barreira posta em seuscaminhos.

    Dominamos a natureza, atecnologia e o planeta, porm,a cada passo que demos em dire-o a modernidade, nos alijamosem nossas individualidades einteriores. Perdemos a coragem,a paixo e o mpeto; ficamos r-fos da ousadia, daengenhosidade e do romantismo;precisando por isso, de instru-tores e orientadores paraaprendermos a viver, sendo essenosso mais gritante problemaatual, pois, viver dom incon-dicional de todos ns e, que Deus,em Seu plano divino, prevendoessa nossa necessidade, nos in-dicou como mestres de vida osnossos pais, mes e familiares;no que aps a formao dada por

  • estes instrutores naturais,basta a prpria existncia aservir-nos de mestra.

    Fico surpreso ao ver a huma-nidade em plena Era de Aqu-rio, a era do mestre interior,divulgada to amplamente pe-los msticos, esotricos, religi-osos e terapeutas alternati-vos; e que so esses mesmosholsticos a transformar a sa-bedoria oculta em mercardoPersa, como fosse o saber umamercadoria qualquer, em que osincautos endinheirados pos-sam adquirir sem o devido esfor-o e mrito, sem os quais, o cami-nho do conhecimento fechadoe inacessvel.

    Como voc bem pode notar, esselivro no de auto-conheci-mento, pois quem lhe pode ensi-nar a ser voc mesmo? Tambmno de auto-ajuda, porqu,auto-ajuda voc mesmo se aju-dar; muito menos um manualqualquer de regrinhas de vidae prosperidade; essa obra tem ainteno de ser um arpo a fus-tigar o guerreiro dormente__em voc__, que sabe o que preciso para a vitria do viver.

  • Portanto, o Ressuscitando deSi Mesmo no de forma algumaum livro para mudar a sua vida,no que ele nada ir ensin-lotambm; ressuscitando de SiMesmo, o prprio nome o diz:acorde!

    No lhe posso ou quero ensi-nar-lhe a ser voc mesmo. Porsinal, em nada eu acredito nosque dizem poder instruir umacriatura a ser ela prpria, issome soa muito a adestramento,pois, aprender sobre si mesmosignifica viver e, com isso (asexperincias), desvendar-se... eoxal, possa voc ascensionar...

    Aqui voc encontrar unica-mente um convite: cresa viven-do sua vida; havendo apenasuma simples frmula: coma bem,durma bem, trabalhe muito eame sempre; e com isso um desa-fio: voc pode acordar e ser seuprprio mestre?

    Bem-vindo! Aqui o lugar cer-to! Saia da tumba do ostracismoe do medo, e como Lzaro, cami-nhe de novo pela vida.

    Mas lembre-se, nas prximaspginas voc ser provocado,

  • instigado, cobrado e, se insisti-res em continuar morto, atmassacrado voc ser... pelavida!

    Com carinho..Roberto Caldeira

  • Este livro foi escrito em prolda evoluo dos Homens

    Dedico este livro as almas dequem em vida foram Florncio eEuclydes Caldeira da Silva, res-pectivamente, av e pai . Que adescendncia deles seja tohonrada quanto eles o foram .

  • Prlogo

    Ao defrontar-me com o axioma conhece-te a ti mesmo , imedia-tamente senti ser essa a hora deempreender esta obra . Mas comocome-la de forma eficiente,atingindo o vio a que foi inten-tada? Como falar aos meus seme-lhantes sobre um processo deressurgimento de si mesmo? E secaso eu descubra uma boa frmu-la, como no parecer um guru comreceitas milagreiras de como sedeve viver?

    Aps varias digresses, noteiser necessrio abordar inicial-mente no o renascer, e sim o con-trrio, onde dorme esse giganteque voc. Resolvi penetrar nascatacumbas da mente do Homem;na morada da morte em vida .

    Qual no minha surpresa aodescobrir um mundo de mortos queandam, comem, falam e, o pior...iludem-se, sobrevivendo acredi-tando que seja isso a vida. No souou estou apto a dizer a ningumo que venha a ser certo ou erra-do, mas reconheo o que no vi-ver. Viver realizar-se; para

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  • tal, pergunto-lhe: __ o que tensrealizado? Esse o nosso pontode partida: no que estamosimersos, o que impede-nos de res-surgimos em divindade e graa, oque em verdade nos ancora namais baixa ansiedade, inseguran-a e medo?

    O Medo, esse o nosso primei-ro inimigo. Inimigo srdido e co-varde que nos assola no exatoinstante que adquirimos o sensode racionalidade. Digo isso, por-que as crianas at os trs ouquatro anos no so medrosas,mas com a ajuda de papai e ma-me, vov e Vov e toda a socie-dade, esmeramos-nos em incutiro medo em nossos pequenos .

    Nos dias atuais, estranhoe destoante algum que no vivaassolado pelo medo. Temos pavorde tudo, principalmente do queno tem razo de se o ter. comoque se precisssemos do medo comouma questo de etiqueta social .

    Muitos diro: __ os tempos soperigosos! E quando no o foram?Na bblia se relata estrias debandoleiros e assassinos,estupradores e prostitutas; por-que seria o nosso tempo mais pe-

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  • rigoso?A covardia se apoia nas descul-

    pas e no desconhecido. A moa quequando solteira estudava e che-gava tarde da noite em casa, umavez casada, tudo desculpa deperigo para transitar asdezenove horas sozinha. Achasisso normal?

    Quantos exemplos podera-mos narrar a guisa de impedimen-tos proporcionados pelos inme-ros e diferentes pavores das pes-soas. Estou, at agora, falando demedos externos; e os internos,que so em nmero e variedadestais, que precisaramos de um li-vro s para narr-los .

    A situao catica. Estamossitiados entre medos exteriorese pavores mentais. Os mentais somais perigosos, so irreais, abs-tratos e sem nexo . Sabemos queestamos a fabric-los, e mesmoassim, continuamos resolutos eincontinentes, abraados a esseparasita das realizaes.

    Temos receios que vo desdeamar, ser feliz e, at o desplantede recusarmo-nos a viver em tro-ca de seguranas falsas .

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  • Se o amor sublime e sagrado,porque o tememos? Se o amor pro-vm de Deus, qual a razo de nosrecusarmos a entregarmo-nos aeste sentimento?

    Isso a sntese do pnico:saber que amar preciso e recu-sar-se com mirongas de sofrimen-tos passados, amores inacabadose dores ainda vivas .

    o amor ou o medo essencialque norteia sua vida? Perguntadifcil no ? Isso torna claro oquo desesperadora nossa situ-ao. Descambamos subitamente contradio explcita e insanado receio que suplanta o Divino.

    No h felicidade que duresempre ; o pior que dizemos issopensando na nossa realidade:No h felicidade que perdurepor mais de alguns instantes .Acredita voc ser isto correto?Se voc concorda com a frase basedesse pargrafo, no h mais ra-zo de continuar lendo esse li-vro; foi um prazer t-lo comigo.

    Para sermos felizes, geral-mente precisamos do amor, o amordemanda em risco, e se esse orequisito bsico, camos inevita-

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  • velmente nas malhas do nossoparalizador inimigo... o medo!

    O medo tolhe, impede,desestimula e destri todo o em-preendimento humano; sabemosdisso, mas sentimo-nos to segu-ros com ele que parece imposs-vel viver sem o tal .

    verdade, somos os melhoresamigos dos nossos queridos medos.Ns os alimentamos, protegemos,explicamos e aceitamos esses ver-mes como companheiros dirios emnossas vidas. Com certeza have-r alguns que diro: __ muitodemorado vencermos os medos, complicado, precisaremos de anosde terapias e tratamentos, poisele no apareceu de um dia parao outro .

    Se isso fosse verdade, porquevoc no reagiu no momento emque ele surgiu? Voc o deseja, no? Afinal, que desculpa usarspara no arriscar-se, se no hou-ver o tal impedidor? O medo que no permite nada, no ? Tudo o medo. At quando iremos nossabotar nas teias desse predadormundano e atrs, at que dia te-remos que conviver com esse fan-tasma que damos fora para que

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  • nos impea de quase tudo? Voc no nasceu impregna-

    do pelos pavores sociais, sequerconhecia o amedrontamentoquando tinha tenra idade. Emcompensao, hoje, voc especi-aliza-se na confeco de novos emais eficientes receios, para quepossa sentir-se seguro na searada inoperncia, afinal, quem nofaz, no erra (filosofia do bommedroso).

    O pnico ( medo com outronome ), igual a uma prostitutaque carregamos inadvertidamen-te para casa todos os dias, dei-xando a cargo dela __ausurpadora__ todos os nossos ide-ais e sonhos. Pobre daquele quequiser pagar esse preo, morre-r imerso no pntano da apatiae bradar: __ O medo foi o culpa-do! E mesmo vivendo seu calvriopessoal, continuar a acreditarque no houve culpa alguma sua.H preo mais medonho a se pa-gar que esse: a ignorncia eter-na?

    Tratamos de algo to srioque desenvolvemos uma cinciaprpria para o medo __ o trauma.Esse desequilbrio humano j

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  • to corriqueiro em nosso cotidi-ano que, por vezes, almoamos ouparticipamos de uma festa, ilus-trando os nossos assuntos comverdadeiros campeonatos de blo-queios, desgraas e traumas. Serisso normal? Haver a sociedadese desenvolvido e alcanado tan-tos avanos base do receio ecovardia?

    Dizia Leonardo Da Vinci: __ Anecessidade a me da inveno.Para que precisamos dessadeslavada sndrome de receios?Qual vem a ser a necessidade des-se amontoado de temores?

    No confunda prudncia commedo ou qualquer dos seus capan-gas. O que realmente necessita-mos o cuidado natural com quedevemos tratar nossos assuntos;creia, voc precisa estirpar esseconceito errneo de vida, despo-jar-se das mscaras do auto-im-pedimento e, solenemente, en-frentar-se na busca da sua ver-dade.

    Como toda doena, o medotraz efeitos colaterais do tipo:queixa. Os medrosos adoram quei-xar-se, assim como os queixososso grandes apavorados com tudo

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  • . Quando nos queixamos, for-

    mulamos as regras dos futurosreceios, como se planejssemoscom antecedncia os prximosterrores da nossa cmara parti-cular de tortura. Temos atual-mente uma nova forma de condu-ta: reclamar-mos de tudo e todos.

    Em todos os ambientes o quemais se ouve? Reclamaes cla-ro! Do que vivem os nossos meiosde comunicao? De fatos que pro-piciem queixas abundantes einextinguveis .

    A carne sobe, o dlar cai, oPresidente governa, o polticorouba, o marido trai, o dinheiro pouco; no tenho sorte __ tudo ruim __ e assim seguimos adian-te, chafurdando no queixume in-fernal .

    Duas pessoas se encontram, oque fazem? Vociferar incansavel-mente contra tudo, todos e elesprprios, como fossem os mesmos,as vtimas nicas de todos os in-fortnios da existncia. Falar decoisas boas deve ser entediante,pois, ningum mais gosta de falar

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  • coisas boas. O que terrvel, que a re-

    clamao no anda sozinha. Sem-pre ela est atrelada a um v-rus chamado pessimismo; vrus dosmais abominveis, posto que, umavez em contato com outras bac-trias existenciais, contamina,destri e inutiliza o infectado .

    Queixar-se sem pessimismo como feijo sem arroz. Como exis-tir uma seo de murmrios elamentaes sem o respaldoeficientssimo do mais negronegativismo? dificlimo recla-mar sem uma dose macia de vi-ses e opinies malssimas.Estamos ou no na idade das tre-vas do medo pessimista?

    Ficou bvio que somos gran-des e imbatveis destruidores __em especial __ , de ns mesmos; ese conseguimos fazer isso conosco,imagine com o prximo?

    Da qumica perfeita entremedo/queixa/pessimismo, extra-mos o elixir da mediocridade. Emprincpio ela individual, masposta em contato com outros deiguais talentos, torna-se gene-ralizada e incontrolvel na sua

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  • abrangncia, visto que, para sermedocre no se assume nenhumaresponsabilidade, basta ter-se oscmplices e o resto ser uma re-ao em cadeia .

    Voc vai continuar aceitan-do isso? Caso sim, pare j de leresse livro, ele contra voc !

    Que bom que ainda est co-migo; sei agora que no discursos paredes. Minha voz encontroueco em ti, e juntos,arregimentaremos muitos maispara essa batalha titnica: res-suscitar dos infernos dos medos,queixas e pessimismo aos nossosirmos .

    Para que isso torne-se vi-vel, temos que sair a caa do se-gundo inimigo: a culpa; um opo-nente to perigoso que os ordi-nrios rendem-se a ela sem a m-nima resistncia .

    Ter culpa j figura comocultura mundial. Inmeras pes-soas cultivam processos de cul-pa como a uma planta de jardim.Note como a culpa fator pre-sente na nossa vida adulta. Fos-se ela natural, no deveramossenti-la desde a mais precoce ida-

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  • de? O remorso parece video-gamepara adultos. Oxal ele fosseproibido .

    O remorso desarma, fere ealeija o seu hospedeiro, imputan-do comumente, doenas edesequilbrios aos que dele sevalem. Todos sabemos (por exem-plo) que o cncer uma formaeficientssima dearmazenamento de culpas. Pre-cisa-se falar mais alguma coisasobre isso?

    As culpas nos trazem feridaspurulentamente terrveis, essasferidas nos aparecem como dvi-das. Essas sim, monstros cruis,como estupradores sdicos insta-lados em nossa alma a devassar,invadir e dirimir incansvel econtinuamente nossos atos,aes e palavras .

    Pensamos ser a dvida ape-nas um questionamento, e qualno a nossa surpresa quandonotamos ser o questionamentoum guerreiro de extrema cora-gem, enquanto a dvida, um sal-teador traioeiro, que alm deatacar-nos inclementemente,faz-o sempre por trs.

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  • Geralmente, esses ataques deinsegurana nos arremetem aolado oposto do que pretendemos,sempre inquirindo se podemosconseguir ou no, sempre mos-trando-nos o contrrio, semprematando nossas esperanas.

    Dvida significa a exclusovoluntria dos crditos que de-vemos a ns mesmos. A tinhosanunca permite a livre expressodos nossos mais sagrados poten-ciais; maculando, invariavelmen-te, todo o sopro de progresso quealgum deva e possa ter .

    Os defensores da esfoliadorade sonhos dizem ser ela uma for-ma de realizar com segurana; equando voc sentiu qualquerapoio nessa inspita situao?Outrossim, lembro-lhes que a d-vida se fortalece quando volta-da contra voc, depois volta-separa os prximos e finalmente,estende-se interminvel e incon-tinente para o restante do uni-verso .

    Ela no merece confiana,ela no tem escrpulos, ela notem vida prpria, precisando di-ariamente vampiriz-lo parasuster-se. Ela no merece existir!

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  • Decida-se: ou ela morre ouvoc sucumbe. A quem amas mais,voc ou ela? Morte sesquartejadoras de verdades,morte s dvidas .

    Diro uns poucosnegativistas de planto quepara sanar o problema da dvi-da, h imperiosamente a necessi-dade da segurana. Descobrimosento o nosso terceiro inimigomortal: a segurana. Essa preva-ricadora s faz negociar com asnossas descobertas. A pretextode proteger-nos, ela nos tirani-za ao ponto de transformar-nosem marionetes ocas e isentas devontade, isolados constantemen-te da razo.

    Como haveremos de ter segu-rana se no conseguimos prevero que h de acontecer? Jesus aosaber nas Oliveiras que iria mor-rer no sentiu-se inseguro? Nofoi ele quem pediu ao Pai que, sepossvel, afastasse dele aqueleclice repleto de fel? Mesmo to-mado pelas foras da segurana( convertidas agora em insegu-rana, sua irm gmea ), no en-frentou ele seus algozes?

    Basta! Se esperares certeza

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  • para conseguir algo, j morres-te e no tomas-te cincia ainda.Abandona a insanidade da paixopela certeza e confia pela pri-meira vez em ti. Custa algo ten-tar?

    A confiana o antdotopara essa febre massacrante.Confia, da mesma forma que um diavoc confiou em seus pais paracuidarem de voc. Observa, onegativista mais prximo falar:__ Havia outro jeito? No h so-luo a no ser na confiana queengrandece cada ato, pensamen-to ou palavra; libere-se dessaamarra escrota.

    Reflita: quantas vezes aban-donaste os seus potenciais __ da-dos por Deus __ em troca de umasegurana desprovida totalmen-te de felicidade? Em quantos mo-mentos voc afundou na lama daautocomiserao dizendo: __ Souobrigado a fazer isso e aquilo ...por causa disso e daquilo... se eupudesse...

    Quando criana voc falava:__ Quando eu crescer ... j forma-do afirmava: __ quando eu me ca-sar ... casado diz: __ Ao me aposen-tar ... pobre coitado a ver a vida

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  • passar ante seus olhos, moribun-do de sonhos e rfo de realiza-es.

    Voc se lembra quando usa-va a sua famlia como desculpapara a no progresso? No eravoc aquele que falava cons-tantemente que tinha esposa efilhos a sustentar, portanto,no podia arriscar. Findando avida, que legado ficar a seusfilhos. No sero eles que excla-maro:__ Papai nos ensinou que errado tentar para melhorar,e mame sempre nos disse quearriscar era ruim.

    Tolo aquele que possuin-do as armas, morre sem ao menosutiliz-las. Imbecil aquele queem seus instantes finais arre-pender-se-a de nada ter feito.

    O ousado ter seu prmio secompetente o for; o seguro ob-ter sua sombra de ostracismose covarde for. H maior desgra-a que esta? Que purgatrio farfrente a inferno to funesto?Voc que passivo s o prprioDemnio em forma de covarde.

    Isso certamente lhe sercobrado no juzo final__ se no

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  • o for antes __ : o qu fizeste detua vida meu filho? Que fim le-vou os talentos que lhe dei? Fos-te para a inoperncia que o criei?Deus h de perguntar-lhe isto nodia-dos-dias.

    E o pesar assolar cus eterra, e os Anjos, que no possu-em o privilgio da escolha ou doerro, choraro por sua alma.Medo+queixa+culpa+seguranaformam o primeiro dos casulos deesconderijo em que os seres fur-tam-se da felicidade .

    hora de parar e pensar,fazendo com isto, um vasto eabrangente balano de sua vida.Eu no indico caminhos, questio-no sim a sua falta.

    Dar-lhe-ei uma pgina dedescanso, se valer a pena, apsbreve reflexo sobre o que vocdeseja ser, continue a sua leitu-ra ( principalmente, de si mesmo).

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  • Pgina de descanso: muito tilpara rascunhos, reflexes e

    afins.

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  • Pit Stop

    Para que esse livro no se tor-ne um misto de chatice e livro dereceitas, resolvi faze-lo de for-ma interativa, onde voc parti-cipar no enredo da obra sendoum fator de expanso na idiaexposta... explicando melhor: asidias propostas nessa obra sosementes, voc um terreno fr-til, essa atividade o semear; en-to, na prxima pgina haveruma proposta para a fertilizaodo nosso conhecimento.

    Quando crianas todos ador-vamos desenhar, era nos ingnu-os desenhos infantis uma grandeforma de comunicao. Com o tem-po, conforme fomos aprendendoque se no completssemos asexpectativas alheias seriamosms crianas, deixamos de nosexpormos em nossos puros dese-nhos. Quem no desenhava mara-vilhosamente foi incentivado aparar de faze-lo e, com isso, co-meamos a fazer apenas o que osoutros gostam.

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  • Desde a pr histria todos de-senham porque gostam, mas quan-do crescemos, s os grandes dese-nhistas podem desenvolver talatividade, mesmo que a vontadede pegar o papel e o lpis conti-nue.

    Chega de fazer as coisas bem,faa-as porque so-lhes agrad-veis. Voc no tem que ser admi-rado pelos seus feitos, devemosfazer somente o que nos faz bem...difcil isso, n?!?

    Vamos desenhar por prazer?...Faa isso na prxima pgina...

    pode riscar o livro... ele foi feitopara isso... vamos l...

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  • PGINA DE DESENHO PARA O SEUPRAZER

    ( espao reservado para quevoc exercite sua espontaneida-de desenhando algo despretensi-oso, criativo e verdadeiro. )

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  • Gostou de desenhar sem aobrigao de faze-lo bem? bom, no ? Ento me faa umoutro favor: escreva numpapel parte uma carta deamor. Mesmo que voc notenha para quem mand-la,invente algum imaginrioou pense num amor do passa-do.

    Voc se lembra que na ado-lescncia o romantismo fa-zia parte integrante e fun-damental da sua vida? Vocno sente falta disso?

    A vida, por si s, romn-tica, doce e pura... que talsermos um pouco mais romn-ticos para um viver melhor?

    Vamos a nossa carta ro-mntica...

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  • Gostou? Te fez bem? En-to vamos voltar anarratria do nosso li-vro...

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  • bem armado com as armas ter-rveis da falta de deciso. Aracionalidade nos intimida ereduz a um monte deconjecturas, geralmente, in-frutferas e estreis na suaconcluso . No que tange aos domniosbrbaros das complicaes men-tais, somos mestres na constru-o das tais, e vassalos naservincia de suas abominaes.O racional nos quer dependen-tes e frgeis, como se estivsse-mos entorpecidos pr uma dosecavalar de um psicotrpico

    __ O racional no me deixaacreditar em minha intuio, eusei que os meus sentimentos es-to certos, mas quando chega narazo eu fico inseguro(a). Serverdade ou no? Quantas vezes esse tipo depensamento o assolou doentia-mente? Qual o nmero dechances que voc perdeuendeusando esse tal racional?Isso grave, deveras grave. Nosso inimigo atual o raci-onal, um oponente poderoso e

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  • qualquer, nos causando, via deregra, uma overdose de discus-ses internas de continuidadeinterminvel. Somos como nufragos nesseoceano de atribulaes infun-dadas, posto que a razo sempreimpede e barra a ao, levan-do-nos a crer, existir um medohediondo da liberdade; que pordiversas oportunidades nstambm, unimo-nos a ela nesseespetculo de destruio donosso bem mais fecundo __ nossaliberdade! A nossa razo assemelha-secom uma certa espcie noaprovvel de polticos, que so-mente faz o qu lhes provem.Ela __ como eles __ trama ssombras juntamente com nossasmais dbeis limitaes, para que,subornando e subvertendo nos-sas estruturas em formao oufracas, possa prender-nos numlimbo atormentante de pergun-tas e respostas internas, sem-pre no af da derrota de nossaao. Sei que muitos discordarodesse meu ponto de vista, vis-to, obviamente, pelos olhos

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  • nublados da razo absolutis-ta e adulterada; cmplice di-reta do nosso primeiro inimigo:o medo. Lembrem-se: raramente sobo julgo da razo, arredamos pde nossa imobilidade. O corre-to que a racionalidadecostumeiramente diz no aosnossos intentos. Voc j notouisso? Perguntaro: __ Como pode-mos viver sem a razo? Pergun-to-lhe: __ E quem falou em per-der a razo? O racional tem funo degestor do nosso cotidiano, semnunca ter a deliberao finalou o comando geral. H uma di-ferena enorme entregerenciar e presidenciar. Sen-do assim, os nossos pequeninosnasceriam dotados de profun-do senso racional. Em que faseum ser humano desenvolve asua racionalidade? Ao achar aresposta, voc entender o quedigo . S quando adultos, sufoca-mos nas raias da loucura de en-tregarmos o restinho do nosso

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  • arbtrio s mos profanas des-sa tirana madrasta (a Dna. Ra-zo). Imponha s suas faculda-des a obrigao dela gerir semnunca decidir. De que serve o seucorao? No ele seu ponto demaior confiabilidade? Um servo maravilhoso ( sedominado ), um senhor vil ( seliberado ); esse o racional, umafaceta avanadssima da hipo-crisia, enfeitado pelo medo ecusteado pelo nosso sofrimen-to. Mil pestes nunca impediramo homem de crescer, mas umaspoucas razes cerceantes fo-ram suficientes para destruirmilhes de almas. Ser que essagama de argumentos no o con-vidam a repensar os seus mol-des racionais? Toro que sim! No abomine a sua capacida-de de raciocinar, muito menosacredite ser essa a sua diretrizbsica, h outros instrumentosa servi-lo na vida, a razo apenas um dentre muitos ou-tros. Entre os primitivos quaseno existia casos de loucura; se

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  • levarmos em conta que a loucu-ra a perda da razo, chega-remos a concluso que variasespcies de aborgenes no co-nheciam a nossa forma de ra-cional desenfreado. Isso lhe dizalgo? Creio ser este o melhor ca-minho para o auto-conhecimen-to; uma vez crescidos e adultos,desmontarmos e remodelarmosnossa realidade a nossa imageme semelhana, assim como Deusfez conosco ao criar-nos. Sei no ser fcil __ou sim-ples__ essa tarefa, mas se noa iniciarmos, como descobrir serela vivel? Uma vez morto esse opositordeplorvel e comearmos aachar a sada do nosso confor-tvel inferno particular, quetal investigarmos os Demniosque habitam essa manso detormentas contnuos? Para melhor ilustrar o pr-ximo tpico, transcreverei umapassagem bblica, que servirno somente de apoio, como dereferencial para nossa maisnova incurso nesse mar revol-

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  • to do nosso interior. Ento Jesus foi conduzidopelo esprito (santo) ao deser-to, para ser tentado [pelo De-mnio]. E, tendo jejuado quaren-ta dias e quarenta noites, de-pois teve fome. Aproximando-se(dele) o Tentador, disse-lhe: Ses filho de Deus, dize que estaspedras se convertam em pes.Ele, porm, respondendo-lhe,disse: Est escrito: No S depo vive o Homem, mas de toda apalavra que sai da boca deDeus. Ento o Demnio trans-portou-o a cidade santa, p-losobre o pinculo do templo edisse-lhe: Se s filho de Deus,lana-te daqui abaixo. Porqueesta escrito: Porque mandouaos seus anjos em teu favor, quete guardem em todos os teuscaminhos. Eles te levaro nassuas mos, para que o teu p notropece em alguma pedra. Je-sus disse-lhe: Tambm est es-crito: No tentars o Senhorteu Deus. De novo o Demnio otransportou a um monte muitoalto, e lhe mostrou todos osreinos do mundo e a suamagnificncia, e lhe disse: Tudoisso te darei, se, prostrado, me

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  • adorares . Ento Jesus disse-lhe: Vai-te, Satans, porque estaescrito: O Senhor teu Deus ado-rars e a Ele s servirs . En-to o Demnio deixou-o; e eis queos Anjos se aproximaram, e oserviram . Jesus enfrentou uma bata-lha contra o seu Demnio inter-no e venceu; agora o momentode ns tambm lutarmos pelanossa liberdade, precisamosderrotar os nossos delinqen-tes internos. S conseguiremosisto, fazendo como o prprioCristo, indo ao seu encontro e,verdadeiramente, destruindosua influncia nefasta em ns . Para tal, devemos procur-los pela sua ordem de importn-cia. O primeiro que sempre semanifesta a sorte. A sorte agecomo uma meretriz belssima, adar-lhe eternas esperanasque nunca se realizaro, salvopor seu prprio esforo. Quem no conhece algumque passou a vida inteira a es-perar sua grande chance, enunca a obteve? Sorte, real-mente, somente se a construirtijolo-a-tijolo, como um caste-

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  • lo encantado pela fada da ini-ciativa. Voc pode aguard-la paci-entemente __ ningum o proibidisso __ talvez um milagre des-ses de filme acontea, mas noignore a mxima que diz: pro-cura e achar, bata e a portase abrir...Notou? Para queexista uma reao e fundamen-tal uma ao. Se tudo casse do cu, obvia-mente estaria tudo em cima dotelhado, no ? J no se fazhora de abandonar essa inr-cia destrutiva, essa iluso deque a sorte invadir sua casa,porta a dentro, e o encher degraas sem fim? A espera pela sorte corrom-pe o esprito audaz, manipula osenso de iniciativa e desfalecetodas as capacidades. A sortedeve ser feita, nunca aguarda-da como uma noiva que vir aoaltar da sua preguia . O Homem corajoso no pede,ele merece. E voc, o que esperapara pr em ao o seu projetode vida? Est esperando que al-gum o principie por voc? Ou

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  • aguarda o incentivo de uma ou-tra pessoa? Se for isso, incenti-vo-o eu:__ V e lute! Existiro aqueles que diro:__ E se no der certo? Digo-lhes: o mximo que pode acontecer!Algum j faleceu de no darcerto? Somos poderosos na vontadee imbatveis no realizar. Se nonos rendermos a essas ilusesmelodramticas de que vir,algum dia, uma sorte __ sabe-sel da onde__, livrando-nos damisria exterior, afundando-nos no pntano da pobreza in-terior, da pobreza dos inertes,talvez ainda tenhamos salva-o... a isso sim, eu chamo de sor-te: aquele que descobre a tem-po onde moram seus erros, e osexpulsa da sua casa da verda-de. Acredito que essa capetinhapode ser domada com facilida-de, o prximo ncubo ser demaior dificuldade, mas o prazerde venc-lo tambm em maiorescala. Nosso duelo ser agoracom as fantasias. A fantasia jamais luta de

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  • frente, ela o tenta nas suasmaiores fraquezas; caso ela noconsiga, ela o ilude e o conven-ce de qualquer coisa que pare-a-lhe ser benfica. J de sada, vamos estabele-cer uma diferena crucial. Osonho a ante-sala da reali-dade, a fantasia o ponto maisdistante dessa mesma realida-de. O sonho edifica a futura re-alizao, enquanto nossa malfadada em questo, prope sem-pre coisas impossveis de acor-rer. Estar imerso num estadofantasioso estar num vcuoinfinito de conjecturas semsolucionabilidade. Fantasiarnos d prazer; um prazer falsoque mais tarde tornar-se- an-gustia. Ns precisamos sempre deuma meta, nossa vida est ba-seada na procura do cume maiselevado de tudo. Os fantasistas__coitados!__, esto a viver umavida artificial e ambgua, pare-cendo robs ou personagens defolhetim de segunda ordem. Mate a fantasia projetan-

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  • do o seu futuro, no instanteexato que o sonho comear aagir, nunca mais iludir-se-. Os Homens de viso sempreforam grandes sonhadores, ar-risco a dizer que, para ser umvisionrio preciso imensa dosede sonho. Desafio-o a procurarna biografia de qualquer per-sonagem de vulto na histriauniversal uma nica menopositiva no que se refere as fan-tasias. Viver produzir felicidade,agir em prol da felicidade, so-nhar com a felicidade. O gran-de Homem sufoca suas fantasi-as porque tem com o que sonhare, o medocre, faz justamente ocontrrio, mata o seu sonhopara viver no limbo da fanta-sia. Qual a sua escolha? Feita a sua escolha, seguire-mos a frente indo a caa donosso futuro inimigo. Antes da-rei um breve relato sobre essenovo Demnio. Alerto-os que ele de extrema periculosidade,pois, no raramente, escravizaas pessoas, tirando-lhes quasetudo na vida.

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  • Resolvi, subitamente, daruma pausa para que pudssemosrefletir em tudo o que passa-mos at agora; pense cuidado-samente e, planeje ardorosa-mente seus prximos passos, oque est em risco o seu futu-ro. E em breve voltaremos aanlise desse novo adversrio.

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  • PAGINA DE DESCANO n3( APROVEITE PARA RABISCARALGUMAS IDIAS SUAS NESSAFOLHA )

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  • Passado j todo esse tempoque estamos aqui a discutir so-bre os labirintos humanos, tal-vez seja a hora propcia paravoltarmos a pensar sobre umadeclarao, no mnimo , muitosbia. Refiro-me a citao queabre esse livro:

    CONHECE-TE A TI MESMO

    A esta altura, o que voc jdescobriu sobre a sua verda-de? Faa uma lista aqui: LISTA DE APTIDES E TALEN-

    TOS DA MINHA VIDA

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  • Como j dizia, esse oponenteno tem similar; sua ferocida-de suplanta qualquerparmetro que tenhamos vis-to. Essa fera que veremos ago-ra to devastadora que mui-tos no sobreviveram a ela. Ao tratarmos dela impor-tantssimo mantermo-nosatentos a nossas prprias re-aes, alertas, impassivel-mente ao firme propsito deno retornar lembranasdoloridas: essa a sua princi-pal arma contra essa besta. Ela nos joga constante-mente no lodo das lembran-as de amores, pessoas e situ-aes do passado, em que, umavez l, voc lamentar e cho-rar o que no pode mais serresgatado. Quem esse novo persona-gem? claro: a solido, a maisbrutal perverso dos sofri-mentos humanos, poucos resis-tem aos seus potentes golpes. A radiao de uma bombaatmica em nada se comparaaos efeitos corrosivos de seestar s. Uma pessoa assolada

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  • por essa aberrao, poucas ouquase nenhuma chance temde livrar-se de mergulhar novale das lamentaes, ondemora o gnomo do desespero.Ele vai arrancar-lhe at altima gota de lgrima quehouver no teu ser, para di-vertir-se com a falta de amorprprio que h em ti. A solido no pode recebera sua ateno porque ela vaiengan-lo prfida e maldosa-mente, como fosse voc umcoelhinho assustado a espe-ra do abate inevitvel. Igno-re-a antes que isto ocorra, esalve-se, amando-se calorosa-mente. Ns j sabemos a esta al-tura que suas vtimas prefe-ridas so os de pouco ou quasenenhum amor por si mesmo;ela (a solido), se enfronhanessa cavidade da sua alma, ecomo uma lombriga faminta,destri todo o seu sistema deauto-imagem. O Demnio do estar solit-rio nos ilude a tal ponto, queacreditamos sentir falta atde quem nos faz mal. Isso o

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  • pice do pattico, um ser hu-mano reduzido a dejetos porachar-se em estado de aban-dono __ e esse o credo maiordo solitrio __, e ver-se sem-pre em estado de carnciaperptua e incorrigvel . Estar sozinho uma neces-sidade nossa em alguns mo-mentos, o que no podemoster, o medo de nos defron-tarmos conosco, de conviver-mos, de falarmos com o nossoeu interno . S solitrio aquele queno tem a si mesmo, pois, per-tencendo-se a si mesmo , ado-rars conviver no recinto dasua privacidade e individua-lidade. Peo-lhes licenapara extrapolar num rom-pante de expresso chula,mas , creio, ser a melhor for-ma de definir o solitrio:__ Osolitrio um cago! Um co-varde! Um bostinha! Sabem o porque? Aquele quese v o tempo todo sozinhono reage; culpa a todos porseu estado de abandono __nunca a si mesmo __, e mergu-lha na mais nefanda

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  • autocomiserao, temperan-do, as vezes, com grandes por-es de auto-piedade desmedi-da. O que impede algum deprocurar as pessoas? Nada!Enquanto existirem aquelesque , com desculpas e razestolas, justificarem o imensopoder da solido, o mundo es-tar e continuar infestadode covardes que no se amam . AMA AO PRXIMO COMO A TIMESMO . Voc conhece o autordessa frase? Tenho certezaque sim. De que vale amar aosoutros se voc no se amaantes? Em nenhum momentoJesus disse para deixarmos denos amar para fazermos issocom os outros, ou falou e euno sei? Se assim ele o disse euprefiro no mais acreditarnele; como eu tenho certezade que isso no foi proferidode seus lbios, eu amo ao meuprximo da mesma forma queme amo . Somente assim essa pragada alma humana pode servencida... amor, muito amor .Deixando que o amor se apos-

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  • se do seu ser, inevitavelmen-te, ensinar aos demais quetudo e sempre ser possvelao amor . solitrio aquele que notem a si mesmo por companhia; duplamente solitrio os queno se conhecem; finalmente, triplamente s todo aque-le que sabe de tudo isso e mes-mo assim se ilude . Assim terminamos de pas-sar pela mais magistral efantstica batalha que osHomens empreendem: a lutapor si mesmo, a batalha damaior descoberta, a luta devoltar a se pertencer. Todos esses Demnios viveme se reproduzem no seu inti-mo com a sua indulgncia; fundamental desmantelar-mos esse dinossurico esque-ma de autopunio, precisa-mos destruir os nossos infer-nos. Essa a grande promes-sa: __ Um dia o Messias volta-r. Sim Ele voltar ... dentrode voc! Ao ressuscitarmos do nos-so martrio auto-imposto e,

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  • simplesmente descermos denossa cruz calvrica, ascen-deremos ao reino do cu in-terno e Deus recomear asorrir com a sua criao. Eu critiquei to duramen-te os vendedores de frmulasfeitas ( e continuo ), que su-cumbi a uma pequena tenta-o: mostrar-lhes uma recei-ta que acredito ser-lhes til.O compilador dessas prximasletras foi o poeta RenatoRusso, com a ajuda de 1Corintios:13 e Lus de Cames eseu Soneto n11. Atente aotexto desta poesia; seu nome Monte Castelo, encontra-seno disco As quatro estaes doconjunto Legio Urbana .

    Ainda que eu falassea lngua dos HomensE falasse a lngua dosanjos,Sem amor eu nada seria.

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  • s o amor, s o amorQue conhece o que ver-dadeO amor bom, no quero malNo sente inveja ou seinvaidece .

    Amor fogo que ardesem se ver ferida que di e no sesente um contentamentodescontente dor que desatina semdoer .Ainda que eu falasse alngua dos HomensE falasse a lngua dosanjos,

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  • Sem amor eu nada seria. um no querer maisque bem querer solitrio andar porentre a gente um no contentar-sede contente cuidar que se ganhaem se perder . um estar-se preso porvontade servir a quem vence, ovencedor; um ter com quem nosmata lealdade ,To contrrio a si omesmo amor .Estou acordado e todosdormem, todos dormem,todos dormem

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  • Agora vejo em parteMas ento veremosface-a-face . s o amor, s o amorQue conhece o que ver-dade .

    Ainda que eu falasse alngua dos HomensE falasse a lngua dosanjos,Sem amor eu nada seria. Renato Russo

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  • Abenoada letra que engran-dece o que da verdade, s oamor que pode parir a verdadeque subsiste em voc. Eu sei queas estruturas vigentes nos es-timulam a abort-la, s-de for-te, sem amor ns nada seramos... s o amor... e s... No vou lhe dizer o que sejaou deixe de ser; termino comoiniciei, homenageando os envi-ados da Glria para nos enca-minhar em nosso prprio cami-nho. Santos, profetas, filsofos,artistas, cientistas, bruxos,eruditos, ignorantes e ilumina-dos todos eles existiram paraprovar que, se eles podem, nstambm podemos... mais que isso:devemos! Transcreverei agora, parteda poesia Amor de VladimirMaiakovski, e diz ela:

    Ressuscita-meainda que mais nosejaporque sou poeta

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  • e ansiava o futuro .Ressuscita-meLutando contra asmisrias do cotidi-ano .Ressuscita-me porisso .Ressuscita-mequero acabar deviver o que me cabe,minha vidaPara que no maisexistam amoresservis .Ressuscita-mePara que ningummais tenhaQue sacrificar-sepor uma casa, umburaco .Ressuscita-me

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  • Para que a partirde hojea famliase transformeE o paiseja pelo menos ouniversoE a meseja pelo menos aterra .

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  • Para isso foi concebida essaobra, cham-lo a ressuscitar-seno seu prprio esplendor deHomem. Fao minhas as palavrasdo poeta russo:__ ressuscita-tea si mesmo e, seja, sempre, feliz!

    Com a minha admirao e cari-nho,

    ROBERTO CALDEIRA

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  • EU SOU O CAMINHO, A VERDADEE A VIDA ( de uma das maiores almaque j existiu )

    No ser hora de tambmo ser-mos?

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  • Ressuscitando de Si Mesmono uma obra de auto-aju-da, mais que isso, ele umchamado aos nossos mais no-bres sentimemntos de pros-peridade, felicidade e vit-ria do que cada um de nstm de melhor: ns mesmos!

    Ressuscitando de Si MesmoNota IntrodutriaDedicatriaPrlogoPgina de descanso:Pit StopPGINA DE DESENHO PARA O SEU PRAZERPAGINA DE DESCANO n3Quarta Capa