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Entrenós #SET 16 Boletim interno da RNP A RNP será a responsável pelo suporte tecnológico e operacional de uma plataforma de comunicação e cooperação que servirá a rede NutriSSAN, uma cooperação internacional voltada para soberania, nutrição e segurança alimentar. A rede foi proposta pelo governo brasileiro e faz parte da iniciativa Nutrição para o Crescimento (Nutrition for Growth - N4G), que tem como missão unir esforços da comunidade internacional para combater a fome, a má nutrição e a pobreza. O objetivo é disseminar e compartilhar conhecimento de forma multissetorial na sociedade e desenvolver políticas públicas em regiões e continentes a partir de uma perspectiva mais ampla de nutrição, que abarque as condições essenciais para a alimentação do indivíduo. A rede será aberta a qualquer instituição engajada em contribuir para a erradicação da fome e da desnutrição, que esteja alinhada ao Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), que consiste no acesso físico e econômico de todas as pessoas aos alimentos e a recursos como a terra e a água, dentro de seus contextos sociais e culturais. Na criação da plataforma, a rede NutriSSAN tomou como base o modelo de governança da Rute. Uma das ações previstas é a criação de um Grupo de Interesse Especial (SIG) específico para a rede NutriSSAN, para troca de conhecimento 01 RNP coordena plataforma global de nutrição e segurança alimentar entre instituições que lidam com o tema, por meio de webconferências. Dois dos assuntos que circularão na rede serão a agroecologia e a produção orgânica de alimentos, propostos por um projeto do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) para o programa Diálogos Setoriais entre Brasil e União Europeia. No dia 24/8, foi realizado um seminário para compartilhar boas práticas no setor. No evento, o secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do MCTIC, Edward Madureira, afirmou que “precisamos centrar nossas forças para agregar conhecimento e competitividade à agricultura familiar e orgânica". A rede NutriSSAN foi lançada em Manaus, em abril de 2016, como parte da iniciativa Nutrição para o Crescimento (N4G), que surgiu no Reino Unido, como resultado de um processo de engajamento político iniciado na Olimpíada de Londres em 2012. O projeto envolve também os governos do Brasil e do Japão, próximo país-sede dos Jogos Olímpicos, em 2020. Clique aqui e acesse a comunidade online da rede NutriSSAN.

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Entrenós #SET 16 Boletim interno da RNP

A RNP será a responsável pelo suporte tecnológico

e operacional de uma plataforma de comunicação

e cooperação que servirá a rede NutriSSAN, uma

cooperação internacional voltada para soberania,

nutrição e segurança alimentar. A rede foi proposta

pelo governo brasileiro e faz parte da iniciativa

Nutrição para o Crescimento (Nutrition for Growth

- N4G), que tem como missão unir esforços da

comunidade internacional para combater a fome, a

má nutrição e a pobreza.

O objetivo é disseminar e compartilhar

conhecimento de forma multissetorial na sociedade

e desenvolver políticas públicas em regiões e

continentes a partir de uma perspectiva mais ampla

de nutrição, que abarque as condições essenciais

para a alimentação do indivíduo. A rede será aberta

a qualquer instituição engajada em contribuir

para a erradicação da fome e da desnutrição, que

esteja alinhada ao Direito Humano à Alimentação

Adequada (DHAA), que consiste no acesso físico

e econômico de todas as pessoas aos alimentos e

a recursos como a terra e a água, dentro de seus

contextos sociais e culturais.

Na criação da plataforma, a rede NutriSSAN

tomou como base o modelo de governança da

Rute. Uma das ações previstas é a criação de um

Grupo de Interesse Especial (SIG) específico para

a rede NutriSSAN, para troca de conhecimento

01

RNP coordena plataforma global de nutrição e segurança alimentar

entre instituições que lidam com o tema, por meio de

webconferências.

Dois dos assuntos que circularão na rede serão a

agroecologia e a produção orgânica de alimentos,

propostos por um projeto do Ministério da Ciência,

Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) para

o programa Diálogos Setoriais entre Brasil e União

Europeia. No dia 24/8, foi realizado um seminário

para compartilhar boas práticas no setor. No evento,

o secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão

Social do MCTIC, Edward Madureira, afirmou que

“precisamos centrar nossas forças para agregar

conhecimento e competitividade à agricultura familiar

e orgânica".

A rede NutriSSAN foi lançada em Manaus, em abril

de 2016, como parte da iniciativa Nutrição para o

Crescimento (N4G), que surgiu no Reino Unido, como

resultado de um processo de engajamento político

iniciado na Olimpíada de Londres em 2012. O projeto

envolve também os governos do Brasil e do Japão,

próximo país-sede dos Jogos Olímpicos, em 2020.

Clique aqui e acesse a comunidade online da rede

NutriSSAN.

02

ENTREVISTA

Dados de projeto entre Brasil e Japão serão armazenados no CDC em Manaus

A RNP firmou uma parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) para armazenar dados

científicos coletados pelo projeto Museu da Floresta, uma iniciativa bilateral entre o Brasil e a Universidade

de Kyoto, no Japão. Com o financiamento da Agência de Cooperação Internacional Japonesa (Jica-

Brasil), o projeto dedica-se, entre outras frentes, a monitorar dados do ecossistema para estudos sobre a

biodiversidade amazônica.

O grande volume de informações geradas será armazenado no Centro de Dados Compartilhados (CDC) de

Manaus, com uma demanda média de 1 terabyte por mês. Em troca, o instituto custeará o consumo de

energia do CDC. Quem conta os detalhes do convênio é o coordenador substituto de Ações Estratégicas do

Inpa, Laurindo Campos.

1) Quais dados serão armazenados no CDC?

Dentro do projeto Museu da Floresta, uma

das iniciativas é o Acoustic phenology and soundscape diversity in lower Rio Negro,

formado por pesquisadores japoneses e

brasileiros. Foram instalados microfones

submersos na região de Novo Airão, no baixo

Rio Negro, para registrar sons subaquáticos,

analisar e monitorar esse ecossistema. Com base

nesses dados, será possível entender como está

a ecologia nesse cenário biológico. Trata-se

de um sistema de monitoramento constante,

capaz de registrar fenômenos aquáticos,

como migração de cardumes, deslocamento

de barcos, entre outros eventos biológicos e

humanos. Estamos definindo com a RNP a

rotina técnica a ser praticada e a data de início

da operacionalização.

03

continuação Entrevista

2) Como o Inpa coleta esses dados? Qual a importância dessas informações para a comunidade científica?

3) Quais os desafios na área de Tecnologia da Informação para as pesquisas realizadas pelo Inpa?

4) Qual a relevância da parceria com a RNP para a instituição?

A estratégia é contar com uma equipe em campo

para ajudar com os equipamentos de coleta

(sensores) e outra tratará da transferência dos

dados para o repositório do CDC. Essas informações

servirão como um grande banco de dados para

pesquisadores no Brasil e no exterior. A parceria

com a RNP é fundamental, pois o uso dessa

infraestrutura promoverá visibilidade internacional.

Ainda não temos espaço suficiente para armazenar

e gerir todos os dados gerados pelos projetos nos

servidores do Inpa. Com isso, cada um deles tenta

resolver seus problemas de forma fragmentada.

Outro aspecto importante é que queremos incluir a

operação do CDC no nosso programa de capacitação

institucional, para que nossa equipe técnica possa

O Inpa participa frequentemente de parcerias

internacionais e, para cumprir a legislação brasileira,

os dados científicos gerados em território nacional

precisam estar armazenados no Brasil. Como a

demanda é muito grande – temos mais de 500 alunos

de mestrado e doutorado coletando e analisando

dados, precisamos recorrer à RNP, uma vez que

Pesquisadores estrangeiros terão acesso a

dados científicos, que são de patrimônio público,

e, uma vez institucionalizados, terão melhor

qualidade e maior credibilidade. Assim, estamos

atraindo uma série de outros projetos que

necessariamente passariam pela governança de

dados do CDC.

acompanhar a operacionalização desses dados

junto à infraestrutura de TI de datacenter da RNP.

Assim, a organização contará com apoio de uma

equipe remota para necessidades locais, uma vez

que não é fácil mobilizar profissionais treinados

que atendam tais demandas na Amazônia.

existe dentro do Inpa uma infraestrutura

(o CDC) fundamental para armazenar dados da

comunidade acadêmica e que pode ser usada

para experimentos científicos de observação da

fauna, flora e aspectos climáticos e ambientais

da Amazônia.

04

CURTAS

RNP apresenta ao mercado seu modelo de gestão de negócios

Cerca de 30 representantes de diversas empresas

reuniram-se, no dia 2/8, para o encontro do Comitê

de Gestão da Propriedade Intelectual, realizado no

Parque Tecnológico São José dos Campos (SP), a fim

de trocar melhores práticas na área. A RNP é uma das

instituições que compõem o comitê, promovido pela

Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento

das Empresas Inovadoras (Anpei).

Parte do encontro foi conduzido pelo gerente de Novos

Negócios, Celso Capovilla, que apresentou a RNP

aos presentes, destacando os grandes números da

organização e, principalmente, as ações tomadas para

gerir o portfólio de projetos e cuidar da propriedade

intelectual. De acordo com Capovilla, um dos focos

de grande interesse dos participantes é a estreita

interação que temos com as universidades e o modelo

que usamos para gerir os resultados dos projetos e

transformá-los em novos negócios.

“Foi uma oportunidade única de falar da RNP para

representantes de grandes empresas do mercado –

como Embraer, Petrobras, Bosch, Volkswagen, Vale e

Natura – sobre o modelo usado na organização para

gerir a inovação. O feedback das pessoas deixou

claro que estamos avançando no caminho certo”,

ressaltou o gerente.

Cinemas em Rede exibe mais uma sessão

No dia 11/8, foi realizada a quinta sessão do ano

do projeto Cinemas em Rede, com a exibição do

documentário ‘Vestidas de Noiva’. Na sequência, as

protagonistas e diretoras do filme, Fabia Fuzeti e Gabi

Torrezani, participaram de um debate em rede feito da

Cinemateca Brasileira, em São Paulo (SP). A sessão

aconteceu, simultaneamente, em oito salas e contou com

um público de 114 pessoas.

“Foi uma oportunidade única de falar da RNP

para representantes de grandes empresas do

mercado – como Embraer, Petrobras, Bosch,

Volkswagen, Vale e Natura – sobre o modelo

usado na organização para gerir a inovação.

O feedback das pessoas deixou claro que

estamos avançando no caminho certo”.

05

continuação Curtas

Comitê de videocolaboração reinicia atividades em 2016

A RNP abriu, pela primeira vez, a reunião do

Comitê Técnico de Prospecção Tecnológica em

Videocolaboração (CT-Vídeo) para estudantes,

pesquisadores e professores que trabalham

ou têm interesse em aplicações multimídia

interativas.

Transmitido por videoconferência, no dia 24/8,

o objetivo do fórum de discussão foi ampliar

a participação da comunidade acadêmica

no comitê, para promover o intercâmbio de

informações e a prospecção de temas, o networking e

a realização de artigos em conjunto.

Três laboratórios apresentaram suas atividades em

2016: o Laboratório de Aplicações em Vídeo Digital

(Lavid), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB);

o laboratório Projetos em Áudio e Vídeo (Prav), da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

e o Labcine, da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Além dos membros do CT-Vídeo, participaram três

novos integrantes do Mato Grosso do Sul.

06

MPOG convida RNP para coordenar equipe de VoIP

Representantes da RNP estão coordenando um

grupo de profissionais na construção do documento

que detalha os critérios de segurança e auditoria

que devem ser observados por órgãos ou entidades

da administração pública federal ao contratar

soluções de comunicação em voz sobre IP (VoIP).

Essa iniciativa é parte de um trabalho que vem

sendo realizado pelo Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão (MPOG), chamado Padrões de

Auditoria, parte dos Padrões de Interoperabilidade

de Governo Eletrônico (ePING).

Nossa equipe é composta pelo gerente de Serviços,

Hélder Vitorino, pelos especialistas Alex Galhano

e Edson Kowask, e os analistas Wescley Patrick e

André Landim, que juntamente com o MPOG, a

Telebras, a Agência Nacional de Telecomunicações

(Anatel), a Agência Brasileira de Inteligência/ Centro

de Pesquisas e Desenvolvimento para a Segurança

das Comunicações (Abin/Cepesc), o Serviço Federal

de Processamento de Dados (Serpro), a Dataprev e

o Ministério da Defesa, estão realizando reuniões

quinzenais para discutir e elaborar o referido

documento. “Buscamos descrever os requisitos de

segurança tanto dos serviços de VoIP quanto dos

servidores que os compõem. Esses dispositivos

deverão ser auditados por uma organização

preparada para identificar se os requisitos estão

sendo atendidos ou não”, explicou Galhano.

EXPERTISE

“Buscamos descrever os requisitos de

segurança tanto dos serviços de VoIP

quanto dos servidores que os compõem.

Esses dispositivos deverão ser auditados

por uma organização preparada para

identificar se os requisitos estão sendo

atendidos ou não”.

A RNP foi convidada para assumir a liderança do

grupo no início de 2016, devido à sua expertise

em VoIP e em coordenar projetos com articulação

de diversas instituições. “Atualmente, temos uma

qualidade de serviço considerado referência e uma

cobertura que atende mais de 280 locais espalhados

pelo Brasil, além dos acordos internacionais”,

destacou Vitorino. O gerente ainda ressaltou outras

duas ações em que a RNP está atuando com o MPOG:

um acordo de cooperação técnica (em discussão)

para realizar troca de tráfego entre as redes dos

serviços de VoIP das instituições (fone@RNP e Infovia

Voz, respectivamente); e homologação do Session

Border Control (SBC) do MPOG e Serpro, que tem a

finalidade de proteger e interconectar a Infovia Voz

com o mundo externo.

07

De cara nova, Vídeo@RNP conta com diversas funcionalidades

No dia 29/8, foi disponibilizada uma nova versão

do portal Vídeo@RNP, que abriga os serviços de

Vídeo sob Demanda, Transmissão de Vídeo ao Vivo

e Transmissão de Sinal de TV. A atualização incluiu

diversas funcionalidades, que vão desde adicionar

um feed do Twitter (hashtag, timeline, likes e

outros) em uma transmissão ao vivo até acessar

essas transmissões e canais de TV por dispositivos

móveis.

“Analisamos constantemente a necessidade

de implementar melhorias no portal, seja pelo

feedback dos usuários, por prospecção tecnológica

no mercado – para alinharmos tendências – ou

por meio da percepção interna e do dia a dia

da operação. O objetivo é sempre ampliar as

funcionalidades para os usuários e melhorar os

recursos de administração dos três serviços”,

explicou o gerente de Serviços, Jean Carlo Faustino.

O desenvolvimento do novo portal foi realizado

no segundo semestre de 2015, com apoio de dois

fornecedores, TVoD e Dynavideo, ambos spin-offs

resultantes de GTs já apoiados pela RNP. Já o

processo de homologação, ajustes e implementação

“A DAGSer também contou com a

colaboração da GAI, na gestão da

atualização, e da GCC, na divulgação”.

ocorreu no primeiro semestre deste ano, com

atuação da GTI. “A DAGSer também contou com a

colaboração da GAI, na gestão da atualização, e da

GCC, na divulgação”, reforçou Faustino.

O destaque dessa atualização foi o suporte

para acesso via dispositivos móveis (tablets,

smartphones etc.) aos serviços de Transmissão

de Vídeo ao Vivo e Sinal de TV viabilizado pelo

protocolo HLS. Até então, esse tipo de acesso

era possível somente para o serviço de Vídeo

Sob Demanda. “Com isso, consideramos que

a solução está completa, abrangendo os três

serviços do portal”, finalizou.

Clique aqui e conheça todas as novidades do

Vídeo@RNP.

continuação Expertise

08

INOVA

Um dos assuntos do momento em tecnologia, a Internet das Coisas (Internet of Things ou IoT, em inglês) é considerada uma inovação disruptiva que está mudando a forma como estamos conectados. Em linhas gerais, ocorre quando o mundo físico conecta-se à internet por sensores ou atuadores, capazes de coletar grandes volumes de dados e processá-los. Esses componentes são embutidos em objetos eletrônicos dotados de endereço IP e se comunicam à internet.

Durante o webinar realizado no dia 12/8, o gerente de P&D, André Marins, afirmou que a RNP precisa desenvolver uma visão estratégica para se inserir no mercado de IoT nos próximos anos. “Primeiro, temos que mapear o mercado que queremos atingir: se são as instituições que precisam desenvolver apps para IoT, os campi que necessitam de plataformas para campus inteligente ou as redes acadêmicas com eduroam. Depois, vamos verificar as plataformas e os serviços para chegar lá”, ressaltou Marins.

Ele explicou que IoT pode ser entendido como um ecossistema que engloba diversas áreas de conhecimento. Entre elas, ele classificou como de interesse para a RNP as plataformas de software e aplicações; a gestão de identidade, ou seja, o controle de acesso por autenticação e autorização; e a comunicação e interoperabilidade entre os componentes. Em um primeiro momento, foram identificadas as seguintes áreas de atuação para a organização: campus e cidades inteligentes, plataforma como ambiente de experimentação em IoT e assuntos relacionados à conectividade e à segurança da informação.

Em julho de 2016, a RNP organizou uma trilha sobre IoT no Rio Info 2016, um dos maiores eventos nacionais de TI,

Internet das Coisas: um ecossistema a ser explorado pela RNP

onde a cognitividade foi apontada como um tópico a ser explorado pela necessidade de dar significado, isto é, uma coerência semântica para esse universo de dados que são produzidos pelos sensores. Marins ainda ressaltou a importância de soluções nacionais de hardware em IoT, com produção em escala, e o incentivo a startups, para o desenvolvimento de aplicações. “É preciso trabalhar uma forma mais eficaz para ter acesso ao hardware, que é essencial para Internet das Coisas, pois muitos dos equipamentos precisam ser importados”, alertou.

Atualmente, a RNP coordena o Grupo de Trabalho Testbed para Espaços Inteligentes (TeI), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que desenvolve um ambiente para experimentação em IoT, o Céu na Terra, que está sendo migrado para uma ilha de experimentação do projeto Fibre na Universidade Federal de Goiás (UFG). André também lembrou o GT-EcoDif, de 2013, que desenvolveu uma plataforma web para conectar dispositivos físicos e não passou para a segunda fase. “Naquele momento, talvez não estivéssemos prontos para decidir sobre continuar investindo nesse GT”, comentou.

Outras referências na RNP que podem ser úteis para Internet das Coisas é o MonIpê, em termos de hardware e sensores; os projetos financiados pelo CTIC para cidades inteligentes; o serviço ICPEdu, para certificação digital; o laboratório de gestão de identidade (GidLab); e a expansão do endereçamento em IPv6. Marins ainda apontou a importância da nuvem como um dos componentes de IoT. “A quantidade de dados gerada está na casa de trilhões. Se esse processamento tiver que ficar na nuvem, pode ser um problema”, disse, destacando ainda o desafio em se levar capacidade de processamento para dentro das redes de sensores, solução conhecida como ‘The Edge’.

09

ViaIpê: mais transparência sobre a qualidade da conectividade

Integração

Foi a partir da necessidade de visualizar a qualidade

das conexões que chegam até as instituições usuárias

que nasceu o viaipe.rnp.br – ou projeto de Visualização

Integrada dos Acessos à rede Ipê. A plataforma disponibiliza

estatísticas de acesso à rede acadêmica em um único portal,

por onde é possível consultar o estado dos enlaces em cada

instituição de uma maneira simples e intuitiva, dando mais

transparência a essas informações para pesquisadores,

professores, alunos e funcionários.

A ideia de unir a teoria de visualização de dados à

gerência de redes surgiu de um projeto de graduação na

Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), orientado

pelo PoP-ES, e depois oferecido à RNP como solução para

todos os PoPs. Na fase embrionária, a prova de conceito

tinha uma visão em blocos, conhecida como Treemap,

em que os blocos aumentavam e mudavam de cor de

acordo com o status dos enlaces. “O objetivo era visualizar,

de todos os links conectados ao PoP, quais eram os que

mais precisavam de correções e entender rapidamente o

problema”, explicou a gerente de Operações, Janice Ribeiro.

Nessa época, cada ponto de presença tinha suas próprias

ferramentas de administração de rede para verificar o

status das conexões, sendo as mais comuns o Cacti e o

Smokeping, e essas informações ficavam restritas aos

técnicos. A mudança trazida pelo ViaIpê é que, agora, os

dados das redes de acesso ao backbone podem ser vistos

de forma georreferenciada, como no Google Maps.

Na primeira fase de implantação, que começou em 2014,

foram selecionados sete PoPs das cinco regiões do Brasil

e, na segunda fase, os 20 restantes, em um processo

que durou oito meses e contou com o apoio da GTI para

configurar as máquinas virtuais nos servidores da RNP.

Isso foi possível graças ao emprego de uma arquitetura

distribuída de coleta de dados. Uma interface de

configuração foi disponibilizada aos PoPs, o Crocti,

para o cadastro das informações topológicas da rede

de acesso. “Para entender o desenho da arquitetura, os

dados de cada ponto de presença precisavam estar no

mesmo domínio semântico”, detalhou o coordenador

técnico do PoP-ES, Rafael Emerick, responsável pelo

desenvolvimento do ViaIpê.

Após a adesão de todos os PoPs ao ViaIpê e o lançamento

do portal, assim como registro da plataforma junto ao

Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), o

próximo desafio é a sustentabilidade do ViaIpê enquanto

um sistema. Para isso, a GSC executou um projeto no

primeiro semestre de 2016 para aplicar, no ViaIpê, as boas

práticas de manutenção e desenvolvimento de software.

Segundo o gerente de Sistemas, Marcello de Jesus, para

ser sustentável no aspecto operacional, o ViaIpê ainda

precisa passar por modernizações. “Algumas já estão

planejadas para o próximo roadmap tecnológico, como a

automatização das instalações das correções e evoluções

nos 27 PoPs, algo bastante oneroso no processo”, declarou.

Para Rafael Emerick, a expectativa é que a criação do ViaIpê

motive outras ideias inovadoras originadas nos PoPs.

“O ViaIpê é o resultado de uma cultura que procuramos

ter no PoP-ES voltada à inovação, pois entendemos

que podemos ir além de simplesmente trabalhar no

contexto operacional. O PoP, por estar imerso em

um contexto acadêmico, permite que ataquemos os

problemas da operação de forma inovadora, como um

laboratório vivo”, concluiu.

Projeto Piloto de Home Office: primeiras impressões

O projeto piloto de Home Office completa dois meses em setembro. A prática visa o aumento da produtividade e a

melhoria da qualidade de vida dos colaboradores. Nesse período experimental, funções ocupadas por 25 funcionários

foram elegíveis para o projeto. Vamos conferir a opinião de alguns participantes e seus gestores.

10

NAS INTERNAS

Todas as informações do projeto constam no endereço do EDO/SDI-Pessoas, na wiki.

11

Colaboradores revelam suas séries favoritas

Estamos vivendo em 2016 uma era dourada para

as séries de TV. Desde a década de 1980, com

a popularização da TV a cabo, não se via um

crescimento tão grande na indústria da televisão.

Entre 2009 e 2015, o número de produções dobrou de

200 para 409, segundo a FX Networks Research. Uma

parte desse boom pode ser atribuída ao Netflix, que,

em fevereiro de 2013, lançava a sua primeira série

original para a web, House of Cards, com direção de

David Fincher (o mesmo de Clube da Luta) e Kevin

Spacey no elenco.

Considerada um divisor de águas para o mercado de

séries transmitidas por streaming, House of Cards

tem como tema central os bastidores da política e

a ambição pelo poder. “A série nos leva a refletir

também sobre valores latentes do momento atual da

política brasileira, como ética, transparência, poder e

relacionamento”, opina Cláudio Fabrício, da DAGSol.

Para Frederico Freitas, da mesma área, que assistiu à

série original, britânica, “o mais interessante é como

as artimanhas e intrigas políticas eram construídas na

era pré-internet”.

Em 2016, o último lançamento do Netflix que

conquistou o coração do público foi Stranger Things,

cheia de referências dos anos 1980 e paixões do

universo geek. Da trilha sonora com The Clash, The

Smiths e New Order à mistura de gêneros, entre o

terror, o suspense e a ficção científica, a série faz uma

homenagem à cultura pop da época. “É cativante,

nostálgica e faz várias referências a filmes de terror

FICA A DICA

e ficção, como E.T, Alien, Goonies etc.”, avalia Wescley

Patrick, da DAGSer. Para Lisandro Granville, do CTIC, é

“o suprassumo dos nerds com saudades dos anos 80”.

Há três anos, outra série batia recordes de audiência e

estabelecia novos parâmetros na história da televisão.

Criada por Vince Gilligan, Breaking Bad contou a história

de Walter White (interpretado por Bryan Cranston), um

professor de química que acabava se envolvendo com

a produção de metanfetamina. A criatividade do roteiro

e a questão do tráfico de drogas na fronteira americana

renderam a Breaking Bad o título de uma das séries

mais assistidas nos EUA. “Ação, suspense, drama,

além do humor negro, fez essa ser a minha preferida”,

comenta Felipe Nascimento, da ESR.

Dentro do universo de tecnologia, uma série que vem

despontando como favorita é Mr. Robot. Ainda em

sua segunda temporada, conta a história de Elliot,

programador em uma empresa de segurança cibernética

e também hacker, e questiona aspectos profundos da

sociedade, como a anarquia social e a fragilidade dos

ativos informacionais em grandes corporações. “Essa é

a primeira série que trata o universo hacker de maneira

verdadeira”, afirma Rodrigo Azevedo, da DAGSer.

Outra obra bem avaliada nos últimos anos pela

atualidade do tema terrorismo é Homeland. Já na quinta

temporada, tem como trama principal a relação entre

uma agente da CIA e um soldado americano prisioneiro

da Al-Qaeda por oito anos. A série relativiza os motivos

pelos quais os países são levados a atos extremistas

12

continuação Fica a dica

e foi apontada como uma das favoritas do presidente

americano Barack Obama.

Para quem gosta de temas mais ligados ao mundo

corporativo, uma indicação dos colaboradores foi O

Sócio, do History Channel. Nela, o empresário Marcus

Lemonis vai a empresas com dificuldades financeiras e

vira sócio dos donos, ajudando na reestruturação dos

processos. “Contribui para desenvolver competências

como liderança, resistência a mudanças e dificuldade de

sair da zona de conforto”, opina Renato Duarte, da ESR.

Já o brasileiro Wagner Moura fez sucesso e

concorreu em 2015 ao prêmio Emmy de melhor ator

em série dramática por seu papel em Narcos: Pablo

Escobar, chefe do cartel de Medellín, na Colômbia.

“É muito legal ver a mistura de atores nacionais,

americanos e latinos”, disse Alex Galhano, da

DAGSer. Para Antonio Carlos F. Nunes, da DAGSol,

“a série apresenta de forma crua a influência

do tráfico de drogas no continente, com a sua

propagação nos Estados Unidos e na Europa”.

13

CLIQUES

Confira os cliques especiais desta edição

Especial Olímpico

O Brasil viveu um momento único em agosto deste ano, ao receber a Olimpíada Rio 2016. Foram dias de muita alegria e festa nas ruas e emoção nas competições. Veja, a seguir, como os colaboradores aproveitaram todo esse clima. Esta imagem, por exemplo, foi captada por Leandro Ciuffo, um amante da fotografia, na cerimônia de encerramento dos jogos.

Especial Olímpico

Alynne Figueiredo e a filha Marina aproveitaram para fazer um passeio pelo Boulevard Olímpico.

Especial Olímpico

Ele e a colega Carolina Felicíssimo (com os pais dela) antes de começar a cerimônia.

Especial Olímpico

Jean Carlo Faustino e Mateus Oliveira assistiram à partida do futebol masculino, entre Portugal e Alemanha, no Estádio Nacional de Brasília.

14

Especial Olímpico

Laboral Olímpica em Campinas, com Rodrigo Brasileiro, Suelaine Montanini, Wesley Brito, Márcia Souza, Celso Capovilla, Viviane Jorge, Marcelo Rogel e Larissa Marra.

Especial Olímpico

As casas dos países também foram muito concorridas durante os jogos olímpicos. Aqui vemos Madalena Raptopoulos no Club France.

Especial Olímpico

Márcia Souza e família curtiram os jogos do futebol feminino entre Canadá x Zimbábue e Austrália x Alemanha, no dia 6/8, no Itaquerão.

Especial Olímpico

Nosso colega Alexandre Laporte atuou como voluntário, sendo o líder de embarque em maratonas aquáticas.

Especial Olímpico

Quem também esteve no Club France foi a Viviane Muniz, que esteve em várias casas destinadas aos países.

Especial Olímpico

Simone Albino admira o painel ‘Etnias', pintado pelo artista paulista Eduardo Kobra, no Boulevard Olímpico.

continuação Cliques

15

Especial Olímpico

No dia 10/8, Tatiana Duprat foi com o marido assistir ao vôlei feminino, entre Coréia X Argentina e Japão X Brasil.

Especial Olímpico

Quem também curtiu a programação da casa foi Raphael Santos, que aproveitou um momento de fã, e tirou uma foto ao lado do jogador de basquete Anderson Varejão.

Especial Olímpico

A NBA House, localizada na revitalizada Zona Portuária, recebeu a visita de Therezinha Figueiredo.

Especial Olímpico

Wanderson Paim e a noiva assistiram à partida de futebol masculino entre Brasil e Iraque, no estádio de Brasília.

continuação Cliques

CTIC – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em

Tecnologias Digitais para Informação e Comunicação

Daero – Diretoria-Adjunta de Engenharia e Operações

Dari – Diretoria-Adjunta de Relações Institucionais

DAGSer – Diretoria-Adjunta de Gestão de Serviços

DAGSol – Diretoria Adjunta de Gestão de Soluções

DEO – Diretoria de Engenharia e Operações

DPD – Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento

ESR – Escola Superior de Redes

Fibre – Future Internet Brazilian Environment for

Experimentation

ICPEdu – Infraestrutura de Chaves Públicas para Ensino

e Pesquisa

GADM – Gerência de Administração

GAI – Gerência de Atendimento Integrado

GCC – Gerência de Comunicação Corporativa

GO – Gerência de Operações

GRH – Gerência de Recursos Humanos

GSC – Gerência de Sistemas Corporativos

GTI – Gerência de Tecnologia da Informação

GT – Grupo de Trabalho

GTs – Grupos de Trabalho

P&D – Pesquisa e Desenvolvimento

PoP-ES – Ponto de Presença da RNP no Espírito Santo

PoPs – Pontos de Presença

Rute – Rede Universitária de Telemedicina

SGE/EDO – Secretaria de Gestão da Estratégia do

Escritório de Desenvolvimento Organizacional

GLOSSÁRIO

16

Entrenós, Setembro de 2016

Boletim interno mensal,

publicado pela Gerência

de Comunicação

Corporativa/Diretoria

de Gestão

Diretor:

Wilson Coury

Gerente:

Viviane Letícia de Souza

Coordenação:

Stela Tsirakis

Edição:

Leonie Gouveia

Reportagem:

Fabíola Bezerra, Leonie

Gouveia, Stela Tsirakis

e Olavo Calaça

EXPEDIENTE

Projeto gráfico e design

de interação:

Flávia da Matta Design

Imagens: Arquivo Pessoal

e Gerência de Comunicação

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