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A região que habitamos 2 RMBH RMBH

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A Secretaria de Estado Extraordinária de Gestão Metropolitana (Segem) e a Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH) entregam nesta data (30/09) a segunda edição do trabalho “RMBH a região que habitamos”, abrangendo, entre outras informações, aspectos físicos, socioeconômicos, demográficos e de mobilidade na região. O trabalho reúne informações consolidadas em gráficos, tabelas e mapas, numa tentativa de apreender parte da realidade, com análise técnica criteriosa e acurada e, ainda, com o cruzamento de dados sobre vários aspectos. “Tudo isso torna a investigação mais segura e viável para facilitar o planejamento de políticas públicas e a tomada de decisões nos municípios pesquisados”, afirma a gerente de Pesquisa e Apoio Técnico da ARMBH, Kelly Cristina Silva. Ela explica que nesta segunda edição do trabalho foram atualizados os dados da primeira publicação em 2009 e ampliados o recorte e o escopo, abrangendo o Colar Metropolitano da RMBH, com 16 mu

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A região que habitamos 2 RMBHRMBH

Page 2: Rmbh a região que habitamos 2

Governo do Estado de Minas Gerais

Governador

Antônio Augusto Junho Anastasia

Vice-Governador

Alberto Pinto Coelho

Secretaria de Estado Extraordinária de Gestão Metropolitana

Secretário

Alexandre Silveira de Oliveira

Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte

Diretor Geral:

Gustavo Horta Palhares

Vice-Diretor

Lucas Lins Franco

Chefe de Gabinete

Luiz Flávio Malta Leroy

Elaboração:

Diretor de Informação, Pesquisa e Apoio Técnico

Frederico de Santana Tescarolo

Gerente de Pesquisa e Apoio Técnico

Kelly Cristina Silva

Equipe técnica:

Edyr Laizo Neto

Elisa Versiani Lustosa

Kelly Cristina Silva

Vanderlei Morais de Souza

Page 3: Rmbh a região que habitamos 2

1

Apresentação

Um mapa é a representação gráfica, em escala reduzida, de uma região. No entanto, um

mapa, para ser um elemento que traduza, de fato, a realidade, deve relacionar vários

elementos, possibilitando evidenciar a síntese geográfica. Vidal de La Blache, em 1894, publicou

o seu atlas Historique et Géographique, que continha vários mapas temáticos possíveis de serem

justapostos, permitindo facilmente relacionar os fenômenos; esse trabalho de Vidal de La Blache

foi um marco porque não se tratava apenas de apresentar topônimos, mas de apresentar uma

série de cartas – física, política e econômica – justapostas para os lugares representados, dando

ideia de um conjunto de relações, fazendo com que o mapa se tornasse um elemento revelador

da realidade.

Portanto, a reunião de várias informações consolidadas, em gráficos, tabelas e mapas,

numa tentativa de apreender parte da realidade, com análise técnica criteriosa e acurada e

ainda com o cruzamento de dados sobre vários aspectos, torna a investigação mais segura e

viável, facilitando, ainda, o planejamento. É um subsídio seguro para a tomada de decisões.

Nesse sentido, em 2009, por ocasião da II Conferência Metropolitana, foi lançada a

primeira edição do RMBH A Região que Habitamos. O objetivo era traçar um panorama da

Região Metropolitana de Belo Horizonte, abrangendo informações sobre aspectos físicos, sócio-

econômicos, demográficos, entre outros.

Nossa intenção em 2013, com esta segunda edição, é atualizar os dados da primeira

publicação e ampliar o escopo e o recorte, isto é, dos 34 municípios que compõem a Região

Metropolitana para 50, somados aqueles pertencentes ao Colar Metropolitano. Como um

adendo, incluiremos também algumas informações de caracterização, PIB, população e

saneamento da Região Metropolitana do Vale do Aço e seu respectivo colar metropolitano.

O objetivo é consolidar a Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo

Horizonte como fonte segura, confiável e condensadora de informações do recorte

metropolitano.

Page 4: Rmbh a região que habitamos 2

2

Índice

Apresentação .................................................................................................................. 1

Índice ................................................................................................................................. 2

Capítulo 01 – Aspectos Físicos .................................................................................. 3

Contextualização das regiões metropolitanas brasileiras e as

funções públicas de interesse comum ............................................................... 5

Histórico e caracterização geral .......................................................................... 11

Formação e Evolução do Aglomerado Metropolitano: ..................... 11

Breve caracterização histórica dos municípios da RMBH e seu

respectivo colar metropolitano ....................................................................... 20

Capítulo 02 - Demografia .......................................................................................... 45

Capítulo 03 – Socioeconômico ................................................................................ 58

Capítulo 04 – Produção Agropecuária ................................................................. 71

Capítulo 05 – Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos ............... 82

Capítulo 06 – Transporte e Mobilidade ............................................................... 89

Capítulo 07 – A RMVA ................................................................................................ 95

Breve caracterização histórica dos municípios da RMVA .................. 99

Demografia ...................................................................................................................... 101

Sócioeconômico ............................................................................................................ 103

Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos ................................ 105

Sistema de Transportes .......................................................................................... 108

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 109

Page 5: Rmbh a região que habitamos 2

Cap

ítu

lo 0

1

Page 6: Rmbh a região que habitamos 2

Aspectos FísicosAspectos Físicos

Page 7: Rmbh a região que habitamos 2

5

Contextualização das regiões metropolitanas brasileiras

e as funções públicas de interesse comum

O advento das regiões metropolitanas deu-se em 1973, por meio da Lei Complementar

Federal nº 14, que instituiu 9 regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,

Salvador, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Fortaleza e Belém. A criação destas aglomerações

metropolitanas surgiu da necessidade de se resolver um conjunto de problemas que

ultrapassavam a competência política das esferas de poder municipais.

Em 1988, a Constituição Federal, no §3º do art. 25, adota a expressão “função pública de

interesse comum”, delegando aos estados a possibilidade de instituir regiões metropolitanas,

aglomerações urbanas e microrregiões, “para integrar a organização, o planejamento e a

execução de funções públicas de interesse comum”.

Na década de 1990, o conceito de Região Metropolitana foi estendido para mais 13

áreas, totalizando 22 regiões no país. Além das nove já mencionadas foram criadas as de Vitória,

Vale do Aço (MG), Campinas (SP), Baixada Santista (SP), Florianópolis, Vale do Itajaí (SC),

Norte/Nordeste catarinense, Maringá, Londrina, Natal, São Luís e Goiânia.

Em 30 de agosto de 2012, somavam 51 as regiões metropolitanas no Brasil, acrescidas

de 3 RIDES - Região Integrada de Desenvolvimento e 5 Aglomerações Urbanas - AU. Dessas, 12

têm natureza metropolitana, conforme o estudo Regiões de Influência das Cidades/REGIC 2007

(IBGE, 2008), e agregam 28% do total de municípios. São elas:

RMs/RIDEs/Aglomerações Urbanas Unidade da Federação

RM Agreste AL

RM Vale do Paraíba AL

RM Palmeira dos Índios AL

RM Maceió AL

RM Zona da Mata AL

RM Manaus AM

RM Macapá AP

RM Feira de Santana BA

RM Salvador BA

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6

RM Fortaleza CE

RM Cariri CE

RIDE Distrito Federal e Entorno DF/GO/MG

RM Grande Vitória ES

RM Goiânia GO

RM Sudoeste Maranhense MA

RM Grande São Luís MA

RM Belo Horizonte MG

RM Vale do Aço MG

RM Vale do Rio Cuiabá MT

RM Belém PA

RM Santarém PA

RM Cajazeiras PB

RM Campina Grande PB

RM Esperança PB

RM Guarabira PB

RM João Pessoa PB

RM Patos PB

RIDE Petrolina/Juazeiro PE/BA

RM Recife PE

RIDE Teresina/Timon PI/MA

RM Curitiba PR

RM Londrina PR

RM Maringá PR

RM Umuarama PR

RM Rio de Janeiro RJ

RM Natal RN

RM Capital RR

RM Central RR

RM Sul do Estado RR

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7

AU do Nordeste RS

AU do Litoral Norte RS

RM Porto Alegre RS

RM Vale do Itajaí SC

RM Chapecó SC

RM Carbonífera SC

RM Florianópolis SC

RM Foz do Rio Itajaí SC

RM Norte/Nordeste Catarinense SC

RM Lages SC

RM Alto Vale do Itajaí SC

RM Tubarão SC

RM Aracaju SE

RM Campinas SP

AU de Jundiaí SP

AU de Piracicaba SP

RM Baixada Santista SP

AU Vale do Paraíba e Litoral Norte SP

RM São Paulo SP

Quadro 1: Relação de RMs, RIDEs e Aglomerações Urbanas no Brasil – 2012 Fonte: Observatório das Metrópoles conforme levantamento realizado junto aos estados

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Figura 1: Disposição de RMs, RIDEs e Aglomerações Urbanas no Brasil – 2012 Fonte: Observatório das Metrópoles conforme levantamento realizado junto aos estados

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9

Figura 2: Regiões Metropolitanas segundo o IBGE – 2009 Fonte: IBGE

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Figura 3: RMBH, RMVA e seus respectivos colares metropolitanos e sua inserção nas mesorregiões do IBGE – Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte e Mesorregião Vale do Rio Doce. Fonte: Elaboração própria

Em Minas Gerais, somente em 2004 o termo “função pública de interesse comum”

ganha definição, com a publicação da Emenda à Constituição Estadual nº 65. Assim, função

pública de interesse comum é “a atividade ou o serviço cuja realização por parte de um

município, isoladamente, seja inviável ou cause impacto nos outros municípios integrantes da

região metropolitana”.

Para as regiões metropolitanas mineiras foram definidas, pelo artigo 8º da Lei

Complementar 89/2006, 12 funções, a saber: transporte e sistema viário, defesa contra sinistro

e defesa civil, saneamento básico, uso do solo metropolitano, recursos hídricos, gás canalizado,

cartografia e informações básicas, preservação ambiental, habitação, gestão integrada de saúde

e desenvolvimento socioeconômico.

Como vemos, cartografia e informações básicas é uma das funções que ultrapassam a

questão municipal, sendo idealmente melhor conduzida se planejada conjuntamente,

considerando o nível de conurbação dos municípios integrantes de uma região metropolitana.

Page 13: Rmbh a região que habitamos 2

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Histórico e caracterização geral

Formação e Evolução do Aglomerado Metropolitano:

A RMBH foi instituída no começo dos anos setenta, mas o processo de metropolização

da região tem sua origem na década de quarenta, caracterizando-se por significativas

intervenções públicas que estabeleceriam os processos vindouros de expansão de Belo

Horizonte e sua conurbação com os municípios vizinhos, em especial em direção aos vetores

oeste e norte.

Figura 4: Mancha Urbana 1920 Fonte: PLAMBEL

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Figura 5: Evolução Urbana 1920/1936 Fonte: PLAMBEL

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Figura 6: Evolução Urbana 1937/1950 Fonte: PLAMBEL

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Figura 7: Evolução do Tecido Urbano 1950/1967 Fonte: PLAMBEL

Figura 8: Evolução do Tecido Urbano 1950/1967 Fonte: PLAMBEL

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Figura 9: Formação e Evolução do Aglomerado Metropolitano de Belo Horizonte – 1920/1981 Fonte: PLAMBEL

Figura 10: Evolução da Área Urbanizada do Aglomerado Metropolitano de Belo Horizonte – 1900/1972 Fonte: PLAMBEL

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Como referido anteriormente, as regiões metropolitanas foram inicialmente

institucionalizadas pelo Congresso Nacional no início da década de 70, época em que se instalou

a RMBH. Em Minas Gerais, foram também definidas áreas denominadas de Colar Metropolitano,

compostas por municípios limítrofes às regiões metropolitanas, ou seja, municípios afetados

pelo processo de metropolização. O Colar Metropolitano da Região Metropolitana de Belo

Horizonte foi institucionalizado em 1993, com 20 municípios, por meio da Lei Complementar nº

26.

Várias foram as alterações na composição da RMBH desde sua implantação em 1973:

era inicialmente composta por 14 municípios, chegando, em 2002, a 34.

Destarte, atualmente, a RMBH é composta por 34 municípios, localizando-se na porção

centro-oeste do Estado de Minas Gerais, inserida na mesorregião metropolitana de Belo

Horizonte segundo classificação do IBGE. Sua extensão territorial é de 9.460 km2 e sua

população, de acordo com o censo demográfico do IBGE de 2010, é de 4.883.970 habitantes.

O Colar Metropolitano, por sua vez, é atualmente integrado por 16 municípios, definidos

pela Lei Estadual Complementar nº 124, de 17 de outubro de 2012, com uma população total de

545.999 habitantes.

A região localiza-se em duas grandes bacias hidrográficas: a Bacia do Rio das Velhas e a

do Rio Paraopeba, afluentes do Rio São Francisco. Importante destacar, ainda, a bacia do Rio

Pará, este afluente do Rio Paraopeba. Insere-se ainda, na transição do Bioma Mata Atlântica e

Cerrado, com clima Tropical Brasil Central, segundo o IBGE. O Bioma Mata Atlântica é mais

dependente de volume e uniformidade de chuvas que o Cerrado e já foi um dos mais ricos e

variados conjuntos florestais pluviais da américa do sul; não obstante, atualmente, é o mais

descaracterizado dos biomas brasileiros. O Bioma Cerrado, por sua vez, é o segundo maior do

Brasil, predominando os planaltos e cobertura vegetal predominante de savanas, ocorrendo

também formações florestais.

Ao norte de Belo Horizonte localiza-se o Carste Lagoa Santa, com a presença de várias

cavernas - ecossistema frágil e sensível em que modestas alterações podem causar sérias

ameaças à sua integridade. A região também se localiza em parte do quadrilátero ferrífero,

continuação sul da Serra do Espinhaço, que perfaz uma área de aproximadamente 7000 km2 e

estende-se entre Ouro Preto a sudeste, e Belo Horizonte, a noroeste. São compostos de gnaisses

tonalítico-graníticos de idade arqueana, guardando importantes depósitos de minério de ferro.

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Ano Novos municípios RMBH e Colar Metropolitano

1973 RMBH criada com 14 municípios: Belo Horizonte, Betim, Caeté, Contagem, Ibirité, Lagoa Santa, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Raposos, Ribeirão das Neves, Rio Acima, Sabará, Santa Luzia, Vespasiano.

1989 Acrescidos os municípios de Mateus Leme, Igarapé, Esmeraldas, Brumadinho.

Total de municípios integrantes da RMBH: 18 municípios.

1993 Acrescidos os municípios de Juatuba (desmembrado de Mateus Leme) e São José da Lapa (desmembrado de Vespasiano).

Total de municípios integrantes da RMBH: 20 municípios.

Institucionalizado o Colar Metropolitano com 20 municípios: Matozinhos, Jaboticatubas, Taquaraçu de Minas, Barão de Cocais, Santa Bárbara, Itabirito, Moeda, Belo Vale, Bonfim, Rio Manso, Itatiaiuçu, Itaúna, Florestal, Nova União, Pará de Minas, São José da Varginha, Fortuna de Minas, Capim Branco, Sete Lagoas, e Inhaúma.

1997 Acrescidos os municípios de Confins (desmembrado de Lagoa Santa), Florestal (Colar), Mário Campos (desmembrado de Ibirité), Rio Manso (Colar), São Joaquim de Bicas (desmembrado de Igarapé) e Sarzedo (desmembrado de Ibirité).

Total de municípios integrantes da RMBH: 26 municípios.

Total de municípios integrantes do Colar Metropolitano: 18 municípios.

1999 Acrescidos os municípios de Capim Branco, Itabirito, Matozinhos e Nova União que eram do Colar Metropolitano, assim como Baldim e Itaguara.

Prudente de Morais e Funilândia entram para o Colar.

Total de municípios integrantes da RMBH: 32 municípios.

Total de municípios integrantes do Colar Metropolitano: 16 municípios.

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18

2000 Acrescidos os municípios de Jaboticatubas e Taquaraçu de Minas que eram do Colar Metropolitano.

Ibirité sai da RMBH e retorna ao Colar.

Total de municípios integrantes da RMBH: 33 municípios.

Total de municípios integrantes do Colar Metropolitano: 15 municípios.

2002 Itatiaiuçu sai do Colar e entra para a RMBH.

Total de municípios integrantes da RMBH: 34 municípios.

Total de municípios integrantes do Colar Metropolitano: 14 municípios.

2012 Foram acrescidos ao Colar Metropolitano os municípios de Bom Jesus do Amparo e São Gonçalo do Rio Abaixo.

Total de municípios integrantes da RMBH: 34 municípios.

Total de municípios integrantes do Colar Metropolitano: 16 municípios.

Quadro 2: Evolução da RMBH e colar metropolitano Fonte: Agência RMBH (2012).

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Figura 11: Níveis de Integração da Região Metropolitana de Belo Horizonte e Colar Metropolitano Fonte: Observatório das Metrópoles

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Breve caracterização histórica dos municípios da RMBH e seu respectivo

colar metropolitano1

RMBH TOTAL

População Total (IBGE, Censo 2010): 4.883.970

PIB (FJP, 2010, em mil): 120.833.976

Área (IGA, em km2): 9474,72

Densidade Demográfica (hab/km²): 515,47

Baldim: Originou-se de 3 grandes sesmarias, sendo que a construção da igreja data de 1853. O

primeiro nome atribuído foi Pau Grosso, originado de um enorme jequitibá ora existente que

dava abrigo aos tropeiros e viajantes. O distrito foi criado pela Lei nº1893, de 12 de julho de

1872, pertencendo ao município de Santa Luzia do Rio das Velhas. A Lei nº 703, de 17 de

setembro de 1917, do Congresso Mineiro, mudou o nome do distrito para Baldim (corruptela de

Balduíno ou Ubaldino, em homenagem ao antigo dono de uma das sesmarias que originou o

povoado). Em 1938, com a revisão administrativa do Estado, ocorreu o desmembramento de

Santa Luzia e a incorporação a Jaboticatubas, recém criado.

A Lei nº 338/1948 elevou Baldim à categoria de município e o povoado de São Vicente a distrito.

Em 1953, por meio da Lei nº 1039, o povoado de São Sebastião do Alegre desmembrou-se do

distrito sede e passou a ser distrito, com o nome de Amanda.

População (IBGE, Censo 2010): 7.913

PIB (FJP, 2010, em mil): 67.481,58

Área (IGA, em km2): 556,44.

Densidade Demográfica (hab/km²): 14,22

Belo Horizonte: a região era abarcada pela sesmaria de Borba Gato, concedida em 1710. No

entanto, já em 1701, de acordo com o historiador Abílio Barreto, foi instalada a Fazenda do

Cercado pelo bandeirante João Leite da Silva Ortiz, no sopé da atual Serra do Curral – a fazenda

1 Os mapas de zoneamento desse capítulo foram elaborados conjuntamente com equipe do Instituto de

Geociências (Grupo AUÊ) da UFMG, pesquisadoras Daniela Almeida e Luisa Melgaço.

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21

tinha um enorme cercado (curral) para receber o gado que vinha do norte, a fim de abastecer a

região central. Assim, surge o povoado e a capela, construída em 1716 por Francisco Homem

del-Rei. Em 1718, obtém-se licença real para o Vigário de Sabará celebrar missa nessa capela.

Em 1750, também por ordem real, foi criado o distrito de Nossa Senhora da Boa Viagem do

Curral del-Rei (na freguesia oficializada em 1748).

Em 1890, por meio do decreto do Governo Provisório nº 36, o distrito muda o nome para Belo

Horizonte. Após parecer favorável do engenheiro Aarão Reis, vence Belo Horizonte para sediar a

nova capital de Minas Gerais. Assim, o decreto nº 716, de 5 de junho de 1894, desmembrou de

Sabará a área destinada à construção da capital, que era denominada Cidade de Minas. A

inauguração aconteceu em 12 de dezembro de 1897, com o nome de Belo Horizonte. A diocese

de Belo Horizonte foi criada em 1921, elevada a Arcebispado em 1924, com Dom Cabral no

posto.

População (IBGE, Censo 2010): 2.375.151

PIB (FJP, 2010, em mil): 51.661.760,19

Área (IGA, em km2): 330,23.

Densidade Demográfica (hab/km²): 7192,41

Betim: No despertar do século XVIII, o bandeirante paulista José Rodrigues Betim, acompanhado

de sua família, instala-se entre o ribeirão das Abóboras e o rio Paraopeba, requerendo uma

sesmaria de 3 léguas. O então Governador Antônio de Albuquerque lhe concede 2 léguas. Seu

genro Antônio Pompeu Taques cria o arraial Capela Nova - onde hoje fica a cidade – reconhecida

pela provisão episcopal em 1754, filiada à freguesia de Curral del-Rei. Em 1851, torna-se

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22

freguesia com o nome Capela Nova de Betim, integrando o município de Sabará. Em 1923, volta

a ter o nome de Capela Nova, integrando-se ao município de Santa Quitéria, atual Esmeraldas.

Em 1938, por meio do decreto-lei nº 148, o município ganha o nome de Betim, com a categoria

de cidade.

População (IBGE, Censo 2010): 378.089

PIB (FJP, 2010, em mil): 28.297.360,02

Área (IGA, em km2): 346,26.

Densidade Demográfica (hab/km²): 1091,92

Brumadinho: a região foi desbravada pelo bandeirante Fernão Dias no final do século XVII.

Torna-se sede de distrito em 1923. O Decreto-lei nº 148, de 17 de dezembro de 1938, cria o

município de Brumadinho, elevando a vila a cidade.

População (IBGE, Censo 2010): 33.973

PIB (FJP, 2010, em mil): 1.419.553,18

Área (IGA, em km²): 640,08.

Densidade Demográfica (hab/km²): 53,08

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23

Caeté: Em 1701, o bandeirante paulista Leonardo Nardez e os irmãos Antônio e João Leme

Guerra descobrem aluviões no sopé da serra da Piedade, no leito do curso d’água do atual rio

Sabará (chamado çubara-mirim pelos indígenas). Em 1714, o governador da província criou a

Vila Nova Rainha de Caeté. Com sua decadência mineradora, foi suprimida em 1840. Em 1865,

porém, através da lei nº 1258, foi reestabelecida a vila e Caeté foi elevada à categoria de cidade.

População (IBGE, Censo 2010): 40.750

PIB (FJP, 2010, em mil): 291.203,78

Área (IGA, em km²): 542,24.

Densidade Demográfica (hab/km²): 75,15

Capim Branco: em 1895, pelo Decreto nº 184, foi criado o distrito de Capim Branco no município

de Santa Luzia. Em 1923, o distrito passou a pertencer a Matozinhos, município recém criado. O

município de Capim Branco, por fim, foi criado em 1953, por meio do decreto nº 1039, sendo

elevado à categoria de cidade.

Page 26: Rmbh a região que habitamos 2

24

População (IBGE, Censo 2010): 8.881

PIB (FJP, 2010, em mil): 71.611,42

Área (IGA, em km²): 94,72.

Densidade Demográfica (hab/km²): 93,76

Confins: foi distrito de Lagoa Santa, criado pela lei nº 1.039 de 1953. Emancipou-se em 1995,

por meio da lei nº 12.030, de 22 de dezembro.

População (IBGE, Censo 2010): 5.936

PIB (FJP, 2010, em mil): 1.424.974

Área (IGA, em km²): 41,67.

Densidade Demográfica (hab/km²): 142,45

Contagem: Começou como posto de registro fiscal2, conhecido como Contagem das Abóboras,

instalado na sesmaria de João de Souza Souto Maior, na paragem Sítio das Abóboras.

Permaneceu como arraial até 1854, quando ganha foros de paróquia, por meio da lei provincial

nº 671. Em 30 de agosto de 1911, pela lei nº 556, é elevada à categoria de município,

desmembrado de Santa Quitéria, atual Esmeraldas. Em 17 de dezembro de 1938, o município é

suprimido e incorporado a Betim. Finalmente, emancipa-se em 27 de dezembro de 1948, por

meio da lei nº 336. Importante ressaltar que o distrito da Cidade industrial, cuja pedra

fundamental foi lançada em 1941, quando Contagem ainda pertencia a Betim, desenvolveu-se

2 O fisco da Coroa criou vários postos de fiscalização e cobrança para arrecadar os impostos da mineração

e a entrada das boiadas vindas da Bahia e do norte e nordeste da capitania;

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25

tanto e tão rapidamente que ensejou a criação do município de Contagem, hoje o maior polo

industrial e de arrecadação do Estado.

População (IBGE, Censo 2010): 603.442

PIB (FJP, 2010, em mil): 18.539.693

Área (IGA, em km2): 194,38.

Densidade Demográfica (hab/km²): 3104,44

Esmeraldas: Ao final do século XVII, os irmãos Coelho fixaram-se na região. Em seguida chega o

alferes Miguel da Silva Fernandes e o povoamento cresceu. Às portas da fazenda de D. Izabel

levantou-se uma capela denominada Santa Quitéria para nuclear o povoado, que acabou por

nomear-lhe. Em 1832 é criada a freguesia de Santa Quitéria pelo Regente Feijó, compreendendo

também Sete Lagoas. Foi elevado à categoria de vila em 1901, pela lei nº 893, desmembrando-

se de Sabará. Em 1925 a vila foi elevada a cidade, por meio da lei nº 893. Em 1943, por meio do

decreto-lei nº 1058, o município passou a chamar-se Esmeraldas.

População (IBGE, Censo 2010): 60.271

PIB (FJP, 2010, em mil): 342.774

Área (IGA, em km²): 909,98.

Densidade Demográfica (hab/km²): 66,23

Florestal: Em 1855, chegou às terras onde hoje se localiza Florestal, o guarda-mor Salles,

fundando uma povoação. O povoado ganhou o nome de Guarda-Mor Salles, pertencendo a

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Mateus Leme. Em 1911, tornou-se distrito, desmembrando-se de Mateus Leme e anexado a

Pará de Minas. Em 1962, por meio da lei nº 2764, o distrito foi elevado à categoria de cidade,

com o consequente desmembramento de Pará de Minas.

População (IBGE, Censo 2010): 6.600

PIB (FJP, 2010, em mil): 54.388

Área (IGA, em km²): 195,85.

Densidade Demográfica (hab/km²): 33,70

Ibirité: O povoado surgiu junto à propriedade de Manoel Galvão Pantana, por volta do século

XIX. Em 1890, foi elevado a distrito de Sabará com o nome de Vargem do Pantana. Em 1901, por

meio da lei nº 319, desmembrou-se de Sabará e foi incorporado por Santa Quitéria (atual

Esmeraldas). Em 1911, desmembrou-se de Esmeraldas e foi incorporado ao município de

Contagem. Em 1923, muda o nome para Ibirité (terra firme, segundo os indígenas), sendo

incorporado a Betim em 1948. Em 1962, emancipa-se, tendo o distrito sede e o de Sarzedo.

População (IBGE, Censo 2010): 158 954

PIB (FJP, 2010, em mil): 1.264.788

Área (IGA, em km²): 73,22.

Densidade Demográfica (hab/km²): 2170,91

Page 29: Rmbh a região que habitamos 2

27

Igarapé: No ano de 1710, inicia-se a formação do povoado primitivo de Igarapé, chamado

Barreiro, formado ao redor das fazendas Boa Vista, Duarte e Rego, reminiscências de alguma

antiga sesmaria, e assim se manteve até o final do século XIX. Com o passar dos anos surge o

nome de Pousada dos Tropeiros, pois era rota de passagem dos tropeiros que faziam o

intercâmbio entre as áreas produtoras de artigos de subsistência e as zonas de mineração. Há

relatos da localidade ter se chamado Lagoa dos Pombos. Não havia, até então, uma

preocupação governamental em habitar a área, uma vez que a atividade de hospedagem aos

tropeiros havia se extinguido. Em 1917, Alexandre Nunes torna-se legítimo dono das terras na

região onde é hoje o centro de Igarapé. Ele erigiu, com recursos próprios, uma capela primitiva

consagrada a Santo Antônio, o que provocou um aumento significativo de residências ao redor.

Em 1931, o povoado passa a denominar-se Igarapé. Em 1938, emancipa-se de Mateus Leme.

Igarapé, na linguagem indígena, significa caminho da canoa, o canal ou furo.

População (IBGE, Censo 2010): 34.851

PIB (FJP, 2010, em mil): 412.552

Área (IGA, em km²): 110,08.

Densidade Demográfica (hab/km²): 316,60

Itaguara: A região era habitada pelos índios cataguás e em 1675, com a chegada do bandeirante

Lourenço Castanho Taques, houve intensa luta, saindo este último vencedor. Futuramente a

área ganhou a alcunha de Conquista e em 1704, logo se assemelhava a um arraial. Em 1833, já

havia o distrito de Nossa Senhora das Dores de Conquista, sendo alçado a paróquia em 1870. Em

1882, o distrito de Conceição do Pará foi incorporado. Em 1901, foi incorporado a Itaúna.

Page 30: Rmbh a região que habitamos 2

28

Ganhou a nome de Itaguara por meio da lei nº843, de 7 de setembro de 1923 (seria corruptela

de itá-guaba ou itá-yguara: a comida ou poço de pedra). Foi elevado à categoria de município

em 1943.

População (IBGE, Censo 2010): 12.372

PIB (FJP, 2010, em mil): 117.638

Área (IGA, em km²): 410,62.

Densidade Demográfica (hab/km²): 30,13

Itatiaiuçu: Em 1710, Borba Gato passou pela serra de Itatiaiuçu, lavrando ouro. Em 1748,

Francisco de Araújo doou terra para a construção de uma capela, núcleo do povoado. Em 1832,

passa de povoado a curato, pertencente a Bonfim e com o nome de São Sebastião do Itatiaiuçu.

Em 1839 é alçado a distrito e em 1850 a freguesia. Emancipa-se em 1962, por meio da lei nº

2764, com o nome de Itatiaiuçu (grande penhasco cheio de pontas, a grande pedra que sua).

População (IBGE, Censo 2010): 9.928

PIB (FJP, 2010, em mil): 535.608

Área (IGA, em km²): 295,64.

Densidade Demográfica (hab/km²): 33,58

Jaboticatubas: Originou-se numa capela de porta de fazenda, construída a mando do capitão

Manoel Gomes da Mota onde, em 1724, foi celebrada a primeira missa. Em 1841, o povoado

Page 31: Rmbh a região que habitamos 2

29

ganhou grau de curato, denominado ribeirão do Raposo. Em 1858 é elevado a freguesia por

meio da Lei nº 912, com o nome de Nossa Senhora da Conceição de Jaboticatubas. Em 1859, é

elevada a paróquia. Em 1923, fica somente com o nome de Jaboticatubas. Por fim, em 1938,

emancipa-se.

População (IBGE, Censo 2010): 17.134

PIB (FJP, 2010, em mil): 108.530

Área (IGA, em km²): 1116,77.

Densidade Demográfica (hab/km²): 15,34

Juatuba: Surgiu por volta de 1910 como povoado ao redor da estação ferroviária da Rede

Mineira de Viação – futura Estrada de Ferro oeste de Minas e atual Rede Ferroviária Federal. Em

1948, pela lei nº 336, passou a distrito de Mateus Leme. A 27 de abril de 1992, emancipa-se por

meio da lei nº 10.704. Importante ressaltar que a instalação de uma cervejaria no local ensejou

seu rápido crescimento. O significado mais aceito para o topônimo Juatuba é sítio dos juás, um

fruto bastante espinhento.

População (IBGE, Censo 2010): 22202

PIB (FJP, 2010, em mil): 879.187

Área (IGA, em km²): 97,14.

Densidade Demográfica (hab/km²): 228,56

Page 32: Rmbh a região que habitamos 2

30

Lagoa Santa: Conta-se que o primeiro que se estabeleceu na área foi Felipe Rodrigues, por volta

de 1713, onde plantou cana e instalou um pequeno engenho e alambique. Padecendo de

chagas, relata as propriedades curativas das águas da então Lagoa Grande, que passa a ser

conhecida como lagoa santa, gerando um comércio de águas que chegou até a Portugal. Várias

pessoas instalam-se ali e forma-se um povoado a partir de 1749. Com o topônimo de Nossa

Senhora da Saúde da Lagoa Santa, passa a distrito de Sabará em 1823. Em 1847, passa a distrito

de Santa Luzia, emancipando-se em 1938 com a denominação de Lagoa Santa. Doutor Lund, que

chegou à região em 1835, projetou Lagoa Santa para o mundo com suas pesquisas e

descobertas arqueológicas.

População (IBGE, Censo 2010): 52.520

PIB (FJP, 2010, em mil): 846.448

Área (IGA, em km²): 229,45.

Densidade Demográfica (hab/km²): 228,90

Mário Campos: Era um povoado no município de Ibirité, elevado a distrito em 1982 e

emancipado em 1995.

População (IBGE, Censo 2010): 13.192

PIB (FJP, 2010, em mil): 85.153

Área (IGA, em km²): 35,06.

Densidade Demográfica (hab/km²): 376,27

Mateus Leme: Mateus Leme era genro do bandeirante Borba Gato, ambos titulares de uma

grande sesmaria entre o rio Paraopeba e a serra de Itatiaiuçu. Em 1832, deu-se provisão para a

capela do Rosário no povoado que deu origem ao atual município. Ainda nesse ano, sobe à

categoria de paróquia. Passa a distrito da atual Pará de Minas, em 1848. Posteriormente é

incorporado a Bonfim, em 1850. Emancipa-se em 1938.

População (IBGE, Censo 2010): 27.856

Page 33: Rmbh a região que habitamos 2

31

PIB (FJP, 2010, em mil): 415.329

Área (IGA, em km²): 303,13.

Densidade Demográfica (hab/km²): 91,89

Matozinhos: Em 1675, instalou-se um povoado comandado por expedição de Fernão Dias para

assegurar-se no local dada a competição com o nobre espanhol Dom Rodrigo Castelo Branco,

que morreu assassinado. Na segunda metade do século XVIII Inácio Pires de Miranda instalou no

local uma fazenda com uma capela. Em 1823, o arraial é elevado a freguesia. Emancipou-se em

1943.

População (IBGE, Censo 2010): 33.955

PIB (FJP, 2010, em mil): 651.035

Área (IGA, em km²): 253,11.

Densidade Demográfica (hab/km²): 134,15

Nova Lima: Por volta de 1700, Domingos Leme e Sebastião Raposo descobriram ouro na região.

Muitos mineiros acorreram ao local posteriormente e o local ficou conhecido como Congonhas

das Minas de Ouro. Em 1748, o arraial foi elevado a freguesia com o nome de Nossa Senhora do

Pilar das Congonhas. Em 1891, foram criados o município e a vila, com a denominação de Vila

Nova de Lima, em homenagem a Augusto de Lima.

População (IBGE, Censo 2010): 80.998

PIB (FJP, 2010, em mil): 4.163.071

Área (IGA, em km²): 428,45.

Densidade Demográfica (hab/km²): 189,05

Nova União: Iniciou como pequeno núcleo populacional ao norte de Caeté denominado Viúva.

Ao redor da capela existente se formou o povoado, também conhecido como Viúva. Tornou-se

distrito de Caeté em 1890 com o topônimo de União. Em 1962, através da Lei nº 2764 é elevado

Page 34: Rmbh a região que habitamos 2

32

à categoria de cidade, desmembrando-se de Caeté, com o nome de José de Melo. Por meio de

um referendo, os moradores escolheram o nome de Nova União.

População (IBGE, Censo 2010): 5.555

PIB (FJP, 2010, em mil): 47.484

Área (IGA, em km²): 171,78.

Densidade Demográfica (hab/km²): 32,34

Pedro Leopoldo: Originou-se em um povoado erigido ao redor da fazenda cachoeira das Quatro

Moças, mas só em 1895 começou a tomar características urbanas com a construção da estrada

de Ferro Central do Brasil, cuja estação ganhou o nome do engenheiro-chefe da seção de

construção: Pedro Leopoldo. Passou a distrito em 1901, pertencendo a Santa Luzia. Em 1923,

desmembra-se de Santa Luzia, tornando-se município.

População (IBGE, Censo 2010): 58.740

PIB (FJP, 2010, em mil): 1.050.218

Área (IGA, em km²): 292,56.

Densidade Demográfica (hab/km²): 200,78

Raposos: A nordeste de Nova Lima existia um povoado chamado arraial dos Raposos, próximo

ao rio das Velhas e também local de mineração. Este arraial estava relacionado ao bandeirante

Pedro de Morais Raposo. Há, não obstante, outra versão: o município surgiu devido à Mina

Page 35: Rmbh a região que habitamos 2

33

Espírito Santo, de propriedade do padre José Nicolau de Araújo Gouvea. A paróquia de Raposos

foi declarada subsistente em 1836; tornou-se distrito em 1891, pertencendo a Sabará até 1938,

sendo posteriormente incorporado a Nova Lima. Em 1948, foi elevado à categoria de município.

População (IBGE, Censo 2010): 15.342

PIB (FJP, 2010, em mil): 73.718

Área (IGA, em km²): 71,59.

Densidade Demográfica (hab/km²): 214,30

Ribeirão das Neves: Em 1747, começou a ser erguida uma capela em homenagem a Nossa

Senhora das Neves por sugestão do padre José Maria de Andrade, filho do capitão José Luiz de

Andrade, proprietário de uma enorme fazenda no distrito de Pindaré, próximo à atual Belo

Horizonte. Em torno desta capela começou a surgir um povoado. Em 1846, o povoado

conhecido como Neves foi elevado a distrito e incorporado a Sabará. Em 1923, passa ao

município de Contagem e em 1938 a Betim. Em 1943, já com o nome de Ribeirão das Neves, é

incorporado a Pedro Leopoldo. Em 1953, finalmente, é elevado à categoria de município.

População (IBGE, Censo 2010): 296.317

PIB (FJP, 2010, em mil): 1.926.219

Área (IGA, em km²): 154,67.

Densidade Demográfica (hab/km²): 1915,80

Page 36: Rmbh a região que habitamos 2

34

Rio Acima: Os primeiros habitantes do povoado se estabeleceram ao redor de uma capela junto

à foz do rio Santo Antônio, por volta de 1736. Em 1891, passou a integrar o município de Nova

Lima. A construção da estação da Estrada de Ferro Central do Brasil deu impulso novo ao arraial.

Em 1923, como distrito de Nova Lima, passa ao topônimo de Rio Acima, fenômeno das águas do

rio Santo Antônio que ao desembocar no rio das Velhas, correm nesse sentido.

População (IBGE, Censo 2010): 9.090

PIB (FJP, 2010, em mil): 101.068

Área (IGA, em km²): 227,84.

Densidade Demográfica (hab/km²): 39,90

Rio Manso: Integra a região desbravada pelo bandeirante Fernão Dias Pais no século XVII. Em

1832, na paróquia de Santana da Piedade do Paraopeba, criou-se o Curato de Santa Luzia do Rio

Manso. Em 1836, o curato de Rio Manso passou à paróquia de Bonfim. Em 1880, ganhou foros

de paróquia e em 1962 é elevado à categoria de município.

População (IBGE, Censo 2010): 5.276

PIB (FJP, 2010, em mil): 42.694

Área (IGA, em km²): 231,45.

Densidade Demográfica (hab/km²): 22,80

Page 37: Rmbh a região que habitamos 2

35

Sabará: Sabará foi o primeiro povoamento de Minas Gerais. Por volta de 1680, Matias Cardoso

de Albuquerque chegou ao local da atual Sabará, na confluência dos rios das Velhas e Sabará,

chamados çubara-buçu e çubara-mirim pelos índios. A roça estabelecida ficou conhecida como

Roça Grande, nucleando o povoado. Borba Gato, genro de Fernão Dias, instalou várias fazendas

na região e em 1698 assume o posto de Tenente-General do Mato. Em 1702 é elevado a

paróquia e Borba gato é nomeado Superintendente das minas do rio das Velhas. Em 1711, o

arraial passa a Vila Real de Nossa senhora da Conceição de Sabará. Em 1714, foi criada a

comarca e em 1730 a Casa da Intendência e a casa da fundição, atual Museu do ouro. Em 1838 é

elevada de vila à cidade. O nome Sabará tem várias interpretações. Uma das mais prováveis é a

corruptela do tupi-guarani çubara (enseada, curva do rio) e buçu (grande), designando o

encontro do rio Sabará com o rio das Velhas.

População (IBGE, Censo 2010): 126.269

PIB (FJP, 2010, em mil): 1.477.868

Área (IGA, em km²): 302,54.

Densidade Demográfica (hab/km²): 417,36

Santa Luzia: Por volta de 1692 surgiu o povoado. Em 1847, a freguesia é elevada a Vila e

desmembrada de Sabará. Em 1850 a vila é suprimida em represália por sediar a resistência dos

liberais e republicanos de Téofilo Otoni na revolução de 1842. Em 1856 a vila é reestabelecida.

Por fim, em 1858, é elevada à categoria de cidade.

População (IBGE, Censo 2010): 202.942

PIB (FJP, 2010, em mil): 2.099.191

Área (IGA, em km²): 234,52.

Densidade Demográfica (hab/km²): 865,35

Page 38: Rmbh a região que habitamos 2

36

São Joaquim de Bicas: O povoado era curato no início do século XIX, na paróquia de Santana do

Paraopeba. Em 1836, foi incorporado à paróquia de Mateus Leme. Era distrito pertencente a

Igarapé, do qual se emancipa em 1995. Igarapé, por sua vez, emancipou-se de Mateus Leme em

1938.

População (IBGE, Censo 2010): 25.537

PIB (FJP, 2010, em mil): 364.420

Área (IGA, em km²): 72,03.

Densidade Demográfica (hab/km²): 354,53

São José da Lapa: Joaquim de Sousa Menezes é considerado o fundador do povoado que deu

origem à atual São José da Lapa, a partir da fazenda Carrancas, onde tinha uma enorme

pedreira. Em 1870, construiu uma capela em homenagem a São José nessa mesma fazenda e o

povoado ganhou o mesmo nome da fazenda: Carrancas. Devido à capela ser em homenagem a

São José, o povoado passou a ter também esse nome. Considerando a existência de várias

grutas e lapas na região, passou, então, a São José da Lapa. A paróquia foi criada em 1968 e em

1976 foi criado o distrito, pertencente a Vespasiano. Em 1992, é elevado à categoria de

município.

População (IBGE, Censo 2010): 19.799

PIB (FJP, 2010, em mil): 318.046

Área (IGA, em km²): 48,89.

Densidade Demográfica (hab/km²): 404,97

Page 39: Rmbh a região que habitamos 2

37

Sarzedo: Distrito de Ibirité, que já pertenceu a Betim, emancipou-se em 1995.

População (IBGE, Censo 2010): 25.814

PIB (FJP, 2010, em mil): 331.113

Área (IGA, em km²): 62,34.

Densidade Demográfica (hab/km²): 414,08

Taquaraçu de Minas: Em 1759, foi construída a primeira capela e surgiu um povoado. A capela

durou cerca de 40 anos, destruída pelo tempo; foi então construída outra capela em 1798 em

outro lugar, marcando o início de novo arraial, que deu origem à atual Taquaraçu de Minas. Em

1841, com o nome de Santíssimo Sacramento do Taquaraçu, foi elevado à paróquia. Em 1962,

foi desmembrado de Caeté e elevado à categoria de cidade. O nome do município deriva de

taquaraçu, rio que corta a cidade e que significa a cana grande, a taquara grossa.

População (IBGE, Censo 2010): 3.794

PIB (FJP, 2010, em mil): 37.625

Área (IGA, em km²): 329,01.

Densidade Demográfica (hab/km²): 11,53

Vespasiano: Por volta de 1893, era uma antiga estação da estrada de ferro que veio a ser a

Central do Brasil – atual Rede Ferroviária Federal SA. A estação nesse povoado ganhou o nome

de Vespasiano em homenagem ao administrador da construção do trecho, general Vespasiano

Gonçalves de Albuquerque. Era distrito de Santa Luzia em 1915, passa a paróquia em 1921 com

o nome de Nossa Senhora de Lourdes de Vespasiano. Em 1948, emancipa-se de Santa Luzia.

População (IBGE, Censo 2010): 104527

PIB (FJP, 2010, em mil): 1.314.176

Área (IGA, em km²): 70,98.

Page 40: Rmbh a região que habitamos 2

38

Densidade Demográfica (hab/km²): 1472,63

COLAR METROPOLITANO

População (IBGE, Censo 2010): 545.999

PIB (FJP, 2010, em mil): 13.508.264

Área (IGA, em km2): 5500,01

Densidade Demográfica (hab/km²): 99,27

Barão de Cocais: Antigo arraial minerador de Morro Grande (antes São João Batista do Morro

Grande), em meados de 1700, posteriormente distrito de Santa Bárbara do qual se emancipou

em 1943. A toponímia adveio em homenagem a José Feliciano Pinto Coelho da Cunha, o Barão

de Cocais, que ali nasceu e foi, inclusive, governador de Minas Gerais.

População (IBGE, Censo 2010): 28.442

PIB (FJP, 2010, em mil): 699.034

Área (IGA, em km²): 340,56.

Densidade Demográfica (hab/km²): 83,52

Belo Vale: Antigo povoado de São Gonçalo da Ponte, por volta de 1750. Em 1914, alterou-se o

nome do povoado para Belo Vale, que ganhou destaque com a inauguração da estação

ferroviária em 1917. Em 1938, é alçado à categoria de município, ficando Santana do Paraopeba

– antigo povoado rival – como seu distrito.

Page 41: Rmbh a região que habitamos 2

39

População (IBGE, Censo 2010): 7.536

PIB (FJP, 2010, em mil): 54.930

Área (IGA, em km²): 367,17.

Densidade Demográfica (hab/km²): 20,52

Bom Jesus do Amparo: Na primeira metade do século XIX, o português João da Mota Teixeira se

estabeleceu nas terras do atual município, erguendo uma capela. Ao redor da capelinha formou-

se um aglomerado, conhecido como Bom Jesus do Rio São João. Em 1842, foi criado o distrito, já

com o nome de Bom Jesus do Amparo. Em 1858, o distrito é elevado a paróquia, com o nome de

Senhor Bom Jesus do Amparo do Rio São João. Em 1875, houve o desmembramento de Caeté e

incorporação ao município de Santa Bárbara e em 1943 houve a incorporação a Barão de Cocais.

Em 1953 é elevado à cidade.

População (IBGE, Censo 2010): 5.491

PIB (FJP, 2010, em mil): 36.773

Área (IGA, em km²): 195,16

Densidade Demográfica (hab/km²): 28,14

Bonfim: Povoado que ganhou uma imagem do Senhor do Bonfim, entre outras imagens

mandadas trazer de Portugal pelo português F. Sobreira. Em 1832, ganha foros de freguesia,

passando a vila em 1839, englobando Santana do Paraopeba e Mateus Leme. Em 1860, é

elevada à categoria de cidade, com o nome de Bonfim do Paraopeba; o uso popular consolidou

apenas Bonfim.

População (IBGE, Censo 2010): 6.818

PIB (FJP, 2010, em mil): 49.167

Área (IGA, em km²): 301,63.

Densidade Demográfica (hab/km²): 22,60

Page 42: Rmbh a região que habitamos 2

40

Fortuna de Minas: No início do século XVIII formava um só território com Sete Lagoas, tendo

como primeiros colonizadores João Leite da Silva Ortiz e Antônio Pinto de Magalhães. No

começo do século XX surgiu o povoado que ficou conhecido como Fortuna, por influência do

local onde funcionou o Registro das Sete Lagoas; esse povoado se tornou distrito de Sete Lagoas

em 1911. Em 1948, o distrito foi incorporado a Inhaúma. Por fim, o município foi criado em 1962

com o nome de Fortuna de Minas.

População (IBGE, Censo 2010): 2.705

PIB (FJP, 2010, em mil): 25.951

Área (IGA, em km²): 196,08.

Densidade Demográfica (hab/km²): 13,80

Funilândia: Antigo povoado do Alegre e posterior distrito de Jequitibás, que mudou o nome

para Funilândia por imposição de movimento popular e emancipou-se em 1962. Jequitibás

pertenceu a Sabará, Santa Luzia e Sete Lagoas.

População (IBGE, Censo 2010): 3.855

PIB (FJP, 2010, em mil): 31.676

Área (IGA, em km²): 200,66.

Densidade Demográfica (hab/km²): 19,21

Inhaúma: Próximo à segunda metade do século XIX surgiu um povoado da família Ribeiro em

um local conhecido como Inhaúma – denominação de uma ave e também, segundo os

indígenas, nhae-u, ‘o barro de rolar’, de fazer panelas. Em 1875, torna-se distrito na freguesia de

Sete Lagoas. Em 1878, cria-se o curato e em 1880 a paróquia. Em 1948 é emancipado.

População (IBGE, Censo 2010): 5.760

PIB (FJP, 2010, em mil): 77.569

Page 43: Rmbh a região que habitamos 2

41

Área (IGA, em km²): 245,51.

Densidade Demográfica (hab/km²): 23,46

Itabirito: Originou-se a partir de um povoado que se formou ao redor da mina Cata Branca do

Aredes, no sopé de um pico de minério de ferro, onde foi erigida uma capela em homenagem a

São Sebastião. A freguesia de Itabira do Campo (seu antigo nome) foi criada em 1745 e em 1752

o povoado foi elevado a distrito de Ouro Preto. Em 1884, com a decadência aurífera, destacou-

se a riqueza ferrífera, fixando-se ali a Usina Esperança, pioneira em siderurgia. Em 1923, é

elevado à categoria de cidade com o nome de Itabirito.

População (IBGE, Censo 2010): 45.449

PIB (FJP, 2010, em mil): 1.778.126

Área (IGA, em km²): 544,15.

Densidade Demográfica (hab/km²): 83,52

Itaúna: Surgiu como capela de fazenda e logo passou a nuclear o povoado de Santana do Rio São

João, que foi incorporado à paróquia de Espírito Santo de Itapecerica, atual Divinópolis, em

1839. Em 1841, passa à paróquia no município de Pitangui, passando a Bonfim, voltando a

Pitangui e permanecendo, por fim, em Pará de Minas em 1874. Em 1901, emancipa-se com o

nome de Itaúna. Etimologicamente de origem indígena, itá-una significa pedra preta, o minério.

População (IBGE, Censo 2010): 85.463

PIB (FJP, 2010, em mil): 1.492.251

Área (IGA, em km²): 495,75.

Densidade Demográfica (hab/km²): 172,39

Moeda: Por volta de 1720 alguns portugueses montaram ali uma fundição de ouro e fabricação

de moedas clandestinas, cuja matéria prima provinha das lavras e minas de Ouro Preto, Itabirito

e Bonfim. O negócio foi descoberto e fechado por volta de 1729. O povoado inicialmente foi

denominado de Conceição da Barra, integrado no distrito de São Caetano da Moeda, no

Page 44: Rmbh a região que habitamos 2

42

município de Ouro Preto. Em 1918, com o nome de Coco, ficou no município de Bonfim. Um ano

depois foi inaugurada a Estação de Moeda e o povoado cresceu rapidamente. É alçado à

categoria de município em 1938 e de cidade em 1953.

População (IBGE, Censo 2010): 4.689

PIB (FJP, 2010, em mil): 32.601

Área (IGA, em km²): 154,49.

Densidade Demográfica (hab/km²): 30,35

Pará de Minas: Às margens do Ribeirão da Paciência estabeleceu-se o português Manoel Batista

– apelido de Pato Fofo – que comerciava com os sertanistas que ali paravam para se

restabelecer de largas viagens. Formou-se, então, um povoado que recebeu o nome de Patafufo

– corruptela de Pato Fofo. Em 1832, é criado o curato, desmembrado da Paróquia de Mateus

Leme e incorporado a Pitangui. O município foi instalado em 1859 com a denominação de Pará e

em 1877 é elevado de vila a cidade. Em 1921, ganhou o nome atual de Pará de Minas, sendo que

Pará deriva de Y-pa-rá, que significa rio volumoso, o colecionador de águas.

População (IBGE, Censo 2010): 84.215

PIB (FJP, 2010, em mil): 1.651.742

Área (IGA, em km²): 543,57.

Densidade Demográfica (hab/km²): 154,93

Prudente de Morais: O povoado que lhe deu origem surgiu ao redor das Fazendas do Cercado e

da Lagoinha - pertencentes a Matozinhos – com o nome de Povoado da Lagoa do Cercado. Em

1896, inaugura-se ali uma estação da Estrada de Ferro Central do Brasil com o nome de

Prudente de Morais. Emancipou-se em 1962.

População (IBGE, Censo 2010): 9.573

PIB (FJP, 2010, em mil): 74.192

Page 45: Rmbh a região que habitamos 2

43

Área (IGA, em km²): 124,81.

Densidade Demográfica (hab/km²): 76,70

Santa Bárbara: Surgiu a partir de povoado aurífero de Santo Antônio do Rio Abaixo que, ao

passar a freguesia em 1724, ganhou o nome de Santa Bárbara do Mato Dentro. Em 1858 é

elevado à categoria de cidade com o nome de Santa Bárbara.

População (IBGE, Censo 2010): 27.876

PIB (FJP, 2010, em mil): 291.113

Área (IGA, em km²): 684,71.

Densidade Demográfica (hab/km²): 40,71

São Gonçalo do Rio Abaixo: Era um dos 10 distritos que formavam Santa Bárbara em 1858,

localizado bem ao norte deste. Foi formado a partir do curato da matriz de Santa Bárbara, sendo

elevado a paróquia em 1850. Em 1962, o distrito foi alçado a município.

População (IBGE, Censo 2010): 9.777

PIB (FJP, 2010, em mil): 1.415.972

Área (IGA, em km²): 364,75

Densidade Demográfica (hab/km²): 26,80

São José da Varginha: Surgiu oriundo de um povoado da antiga Vila de Nossa Senhora da

Piedade do Patafufo, ao norte da sede de onde hoje é Pará de Minas, entre os córregos do Sítio

e do Capão Cavalo, com o nome de São José. Devido às várias roças de arroz que se plantavam

na várzea, acrescentou-se o nome Varginha, corruptela de várzea. O distrito foi criado em 1881

no município de Pará de Minas. Em 1962, emancipa-se.

População (IBGE, Censo 2010): 4.198

PIB (FJP, 2010, em mil): 63.274

Page 46: Rmbh a região que habitamos 2

44

Área (IGA, em km²): 201,46.

Densidade Demográfica (hab/km²): 20,84

Sete Lagoas: Iniciou como ponto escolhido para contagem de registros3 e o Quartel Geral das

Sete Lagoas superintendeu vários registros: do Pará, das Abóboras, da Lontra, do Zabelê, dos

Macacos, da Barra, do Jequitibá e do ribeirão da Areia. Mais tarde, com a reorganização de um

novo Regimento de Cavalaria, ficou sob comando do Ten. Cel. Francisco de Paula Freire

Andrade, tendo como comandante da 6ª companhia o alferes Joaquim José da Silva Xavier, o

Tiradentes, entre 1780 e 1781. Até 1820, o povoado pouco cresceu. Foi curato do Curral del Rei

(Belo Horizonte) e de Santa Quitéria (Esmeraldas) e paróquia de Sabará. Em 1847, tornou-se

distrito de Santa Luzia. Em 1867, o arraial foi elevado a vila e em 1880 passou a cidade com o

nome de Sete Lagoas em referência às lagoas ali existentes.

População (IBGE, Censo 2010): 214.152

PIB (FJP, 2010, em mil): 5.733.894

Área (IGA, em km²): 539,55.

Densidade Demográfica (hab/km²): 396,91

3 O fisco da Coroa criou vários postos de fiscalização e cobrança para arrecadar os impostos da mineração

e a entrada das boiadas vindas da Bahia e do norte e nordeste da capitania.

Page 47: Rmbh a região que habitamos 2

Cap

ítu

lo 0

2

Page 48: Rmbh a região que habitamos 2

DemografiaDemografia

Page 49: Rmbh a região que habitamos 2

47

A população da RMBH vem experimentando acréscimo significativo em números

absolutos ao longo das décadas, apesar da diminuição de seu ritmo de crescimento a partir de

1980. Em termos da participação na população total do Estado continua crescente, passando de

14% em 1970 para 24,3% em 2000 e de 24,92% em 2010. A taxa de crescimento anual da

população da RMBH, em 2010, foi de 1,15% e do Colar Metropolitano, de 1,41%.

Deve-se ressaltar a estabilização da expressão de Belo Horizonte: entre 2000 e 2010

houve um crescimento de 6,10% na sua população, sendo que a taxa de crescimento anual

encontra-se em 0,59%. Nos municípios do seu entorno, porém, especialmente Betim e

Contagem, com populações superiores a 350.000 habitantes, as taxas de crescimento anual

continuavam elevadas (2,12% e 1,15% ao ano, respectivamente, em 2010). A maior taxa de

crescimento populacional da região é observada em Sarzedo, com 4,10% ao ano, seguida de São

Joaquim de Bicas, Igarapé e Lagoa Santa, com 3,47%, 3,45% e 3,32%, respectivamente. A

população de Baldim, ao contrário, decresceu 2,97% entre 2000 e 2010 e tem uma taxa de

crescimento anual negativa de – 0,30%. Observa-se, portanto, um deslocamento do centro de

atração dentro da RMBH, com os municípios do entorno da capital mineira ampliando sua

participação.

Em relação ao Colar Metropolitano da RMBH, criado em 2002 e ampliado em 2012, com

seus 16 municípios, Sete Lagoas tem a maior população, com 214.152 habitantes em 2010,

destacando-se, ainda, Itaúna, com 85.463 habitantes e Pará de Minas, com 84.215 habitantes.

De toda maneira, a população de Belo Horizonte, Betim e Contagem corresponde a 61,81% da

população total da RMBH e colar metropolitano.

Historicamente, durante a década de 70, no vetor norte, destacou-se o crescimento

populacional de Ribeirão das Neves (21,36% ao ano), acompanhado pelos municípios de

Vespasiano e Santa Luzia. Na década de 80, o município da região que mais cresceu foi Ibirité

(8,47% ao ano), localizado no vetor oeste. Em 90, mesmo confirmando a tendência de retração

do crescimento populacional da capital (1,07% ao ano) e da própria RMBH (2,29% ao ano),

verificaram-se taxas expressivas de crescimento na direção norte-oeste, com destaque para os

municípios de Esmeraldas (7,83% ao ano), Mário Campos (7,64% ao ano) e São José da Lapa

(8,84% ao ano). Em 2008, Belo Horizonte, Contagem, Betim e Ribeirão das Neves representavam

75,7% da população total da RMBH. Segundo o censo demográfico de 2010, as 4 maiores

populações dentre os municípios da região são Belo Horizonte, Contagem, Betim e Ribeirão das

Neves, esta última com 296.317 habitantes, tendo apresentado crescimento demográfico de

20,04% entre 2000 e 2010 e taxa de crescimento anual de 1,84%.

Page 50: Rmbh a região que habitamos 2

48

1950/60 1960/1970 1970/1980 1980/1991* 1991/2000** 2000/2010***

Belo Horizonte 7,0 6,1 3,7 1,1 1,5 0,59

Restante da RMBH 6,2 7,5 4,8 3,89 1,70

População total 6,2 6,1 5,0 2,5 2,39 1,15

Quadro 1: Crescimento Demográfico Anual médio (%) Fontes: IBGE, Censos Demográficos. Para 1950 e 1960, In FJP/Plambel (1974); para 1970,1980 e 1991. In Rigotti e Rodrigues (1994). * RMBH com a composição existente em 1991. ** Com composição em 2000.***Com a composição existente em 2010.

Page 51: Rmbh a região que habitamos 2

49

Tabela 1: População dos municípios da RMBH e Colar Metropolitano, 2000 e 2010

Fonte: IBGE, 2010; FJP, 2010.

População

RMBH 4.883.970 89,94% 4 357 942 12,07% 1,15%

Baldim 7.913 0,16% 0,15% 8 155 -2,97% -0,30%

Belo Horizonte 2.375.151 0,4863 43,74% 2 238 526 6,10% 0,59%

Betim 378.089 7,74% 6,96% 306 675 23,29% 2,12%

Brumadinho 33.973 0,007 0,63% 26 614 27,65% 2,47%

Caeté 40.750 0,83% 0,75% 36 299 12,26% 1,16%

Capim Branco 8.881 0,0018 0,16% 7 900 12,42% 1,18%

Confins 5.936 0,12% 0,11% 4 880 21,64% 1,98%

Contagem 603.442 0,1236 11,11% 538 017 12,16% 1,15%

Esmeraldas 60.271 1,23% 1,11% 47 090 27,99% 2,50%

Florestal 6.600 0,0014 0,12% 5 647 16,88% 1,57%

Ibirité 158.954 3,25% 2,93% 133 044 19,47% 1,80%

Igarapé 34.851 0,0071 0,64% 24 838 40,31% 3,45%

Itaguara 12.372 0,25% 0,23% 11 302 9,47% 0,91%

Itatiaiuçu 9.928 0,002 0,18% 8 517 16,57% 1,54%

Jaboticatubas 17.134 0,35% 0,32% 13 530 26,64% 2,39%

Juatuba 22.202 0,0045 0,41% 16 389 35,47% 3,08%

Lagoa Santa 52.520 1,08% 0,97% 37 872 38,68% 3,32%

Mário Campos 13.192 0,0027 0,24% 10 535 25,22% 2,27%

Mateus Leme 27.856 0,57% 0,51% 24 144 15,37% 1,44%

Matozinhos 33.955 0,007 0,63% 30 164 12,57% 1,19%

Nova Lima 80.998 1,66% 1,49% 64 387 25,80% 2,32%

Nova União 5.555 0,0011 0,10% 5 427 2,36% 0,23%

Pedro Leopoldo 58.740 1,20% 1,08% 53 957 8,86% 0,85%

Raposos 15.342 0,0031 0,28% 14 289 7,37% 0,71%

Ribeirão das Neves 296.317 6,07% 5,46% 246 846 20,04% 1,84%

Rio Acima 9.090 0,0019 0,17% 7 658 18,70% 1,73%

Rio Manso 5.276 0,11% 0,10% 4 646 13,56% 1,28%

Sabará 126.269 0,0259 2,33% 115 352 9,46% 0,91%

Santa Luzia 202.942 4,16% 3,74% 184 903 9,76% 0,94%

São Joaquim de Bicas 25.537 0,0052 0,47% 18 152 40,68% 3,47%

São José da Lapa 19.799 0,41% 0,36% 15 000 31,99% 2,81%

Sarzedo 25.814 0,0053 0,48% 17 274 49,44% 4,10%

Taquaraçu de Minas 3.794 0,08% 0,07% 3 491 8,68% 0,84%

Vespasiano 104.527 0,0214 1,93% 76 422 36,78% 3,18%

Colar 545.999 10,06% 474 625 15,04% 1,41%

Barão de Cocais 28.442 0,0521 0,52% 23 391 21,59% 1,97%

Belo Vale 7.536 1,38% 0,14% 7 429 1,44% 0,14%

Bonfim 6.818 0,0125 0,13% 6 866 -0,70% -0,07%

Fortuna de Minas 2.705 0,50% 0,05% 2 437 11,00% 1,05%

Funilândia 3.855 0,0071 0,07% 3 281 17,49% 1,63%

Inhaúma 5.760 1,05% 0,11% 5 195 10,88% 1,04%

Itabirito 45.449 0,0832 0,84% 37 901 19,92% 1,83%

Itaúna 85.463 15,65% 1,57% 76 862 11,19% 1,07%

Moeda 4.689 0,0086 0,09% 4 469 4,92% 0,48%

Pará de Minas 84.215 15,42% 1,55% 73 007 15,35% 1,44%

Prudente de Morais 9.573 0,0175 0,18% 8 232 16,29% 1,52%

Santa Bárbara 27.876 5,11% 0,51% 24 180 15,29% 1,43%

São José da Varginha 4.198 0,0077 0,08% 3 225 30,17% 2,67%

Sete Lagoas 214.152 39,22% 3,94% 184 871 15,84% 1,48%

Bom Jesus do Amparo 5.491 0,0101 0,10% 4 817 13,99% 1,32%

São Gonçalo do Rio Abaixo 9.777 1,79% 0,18% 8 462 15,54% 1,45%

Total 5.429.969 4 832 567 12,36% 1,17%

% populacional

relativa à RMBH e

ao Colar

Taxa de

crescimento pop.

anual

% populacional

relativa ao total

Taxa de

crescimento pop.

2000-2010

População 2000Municípios

Page 52: Rmbh a região que habitamos 2

50

Municípios

População Residente

Urbana Rural

Total % do total Total % do total

RMBH 4 794 935 98,10% 93 047 1,90%

Baldim 5 067 64,03% 2 846 35,97%

Belo Horizonte 2 375 151 100,00% - 0,00%

Betim 375 331 99,27% 2 758 0,73%

Brumadinho 28 642 84,31% 5 331 15,69%

Caeté 35 436 86,96% 5 314 13,04%

Capim Branco 8 090 91,09% 791 8,91%

Confins 5 936 100,00% - 0,00%

Contagem 601 400 99,66% 2 042 0,34%

Esmeraldas 56 215 93,27% 4 056 6,73%

Florestal 5 504 83,39% 1 096 16,61%

Ibirité 158 590 99,77% 364 0,23%

Igarapé 32 661 93,72% 2 190 6,28%

Itaguara 9 526 77,00% 2 846 23,00%

Itatiaiuçu 6 221 62,66% 3 707 37,34%

Jaboticatubas 10 740 62,68% 6 394 37,32%

Juatuba 21 827 98,31% 375 1,69%

Lagoa Santa 48 949 93,20% 3 571 6,80%

Mário Campos 12 458 94,44% 734 5,56%

Marliéria 2 844 70,89% 1 168 29,11%

Mateus Leme 24 679 88,59% 3 177 11,41%

Matozinhos 30 877 90,94% 3 078 9,06%

Nova Lima 79 232 97,82% 1 766 2,18%

Nova União 2 872 51,70% 2 683 48,30%

Pedro Leopoldo 49 953 85,04% 8 787 14,96%

Raposos 14 552 94,85% 790 5,15%

Ribeirão das Neves 294 153 99,27% 2 164 0,73%

Rio Acima 7 944 87,39% 1 146 12,61%

Rio Manso 2 810 53,26% 2 466 46,74%

Sabará 123 084 97,48% 3 185 2,52%

Santa Luzia 202 378 99,72% 564 0,28%

São Joaquim de Bicas 18 599 72,83% 6 938 27,17%

São José da Lapa 11 400 57,58% 8 399 42,42%

Sarzedo 25 532 98,91% 282 1,09%

Page 53: Rmbh a região que habitamos 2

51

Taquaraçu de Minas 1 755 46,26% 2 039 53,74%

Vespasiano 104 527 100,00% - 0,00%

Colar RMBH 498 404 91,28% 47 595 8,72%

Barão de Cocais 25 786 90,66% 2 656 9,34%

Belo Vale 3 295 43,72% 4 241 56,28%

Bom Jesus do Amparo 2 516 45,82% 2 975 54,18%

Bonfim 3 332 48,87% 3 486 51,13%

Fortuna de Minas 1 865 68,95% 840 31,05%

Funilândia 2 029 52,63% 1 826 47,37%

Inhaúma 4 206 73,02% 1 554 26,98%

Itabirito 43 566 95,86% 1 883 4,14%

Itaúna 80 451 94,14% 5 012 5,86%

Moeda 1 789 38,15% 2 900 61,85%

Pará de Minas 79 599 94,52% 4 616 5,48%

Prudente de Morais 9 199 96,09% 374 3,91%

Santa Bárbara 24 794 88,94% 3 082 11,06%

São Gonçalo do Rio Abaixo 4 649 47,55% 5 128 52,45%

São José da Varginha 2 372 56,50% 1 826 43,50%

Sete Lagoas 208 956 97,57% 5 196 2,43% Quadro 2: População Residente Rural e Urbana RMBH e Colar – 2010 Fonte: IBGE

Page 54: Rmbh a região que habitamos 2

52

-11,56%

-12,19%

-11,84%

-10,29%

-17,78%

-13,80%

-9,46%

-6,27%

-4,17%

-2,00%

-0,63%

10,95%

11,55%

11,38%

10,17%

17,91%

14,15%

9,56%

6,54%

4,56%

2,33%

0,90%

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 29 anos

30 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 59 anos

60 a 69 anos

70 a 79 anos

80 anos e mais

Pirâmide Etária - Brasil - 1991

FEMININO

MASCULINO

-9,96%

-10,05%

-10,50%

-10,79%

-17,78%

-14,74%

-11,17%

-7,18%

-4,54%

-2,40%

-0,88%

9,33%

9,44%

9,94%

10,35%

17,55%

15,04%

11,52%

7,55%

5,09%

2,91%

1,28%

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 29 anos

30 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 59 anos

60 a 69 anos

70 a 79 anos

80 anos e mais

Pirâmide Etária - Brasil - 2000

FEMININO

MASCULINO

-7,51%

-8,16%

-9,34%

-9,16%

-18,30%

-15,51%

-12,86%

-9,35%

-5,64%

-2,95%

-1,21%

6,96%

7,55%

8,67%

8,66%

17,73%

15,56%

13,18%

9,94%

6,25%

3,64%

1,85%

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 29 anos

30 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 59 anos

60 a 69 anos

70 a 79 anos

80 anos e mais

Pirâmide Etária - Brasil - 2010

FEMININO

MASCULINO

Page 55: Rmbh a região que habitamos 2

53

-11,13%

-11,74%

-11,81%

-10,25%

-17,95%

-14,15%

-9,49%

-6,51%

-4,31%

-2,04%

-0,63%

10,59%

11,19%

11,34%

10,06%

17,97%

14,33%

9,60%

6,81%

4,76%

2,43%

0,94%

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 29 anos

30 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 59 anos

60 a 69 anos

70 a 79 anos

80 anos e mais

Pirâmide Etária - Minas Gerais - 1991

FEMININO

MASCULINO

-9,27%

-9,64%

-10,21%

-10,67%

-17,59%

-15,05%

-11,80%

-7,48%

-4,89%

-2,50%

-0,90%

8,78%

9,14%

9,71%

10,20%

17,19%

15,32%

11,98%

7,81%

5,45%

3,05%

1,35%

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 29 anos

30 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 59 anos

60 a 69 anos

70 a 79 anos

80 anos e mais

Pirâmide Etária - Minas Gerais - 2000

FEMININO

MASCULINO

-6,74%

-7,53%

-8,90%

-9,00%

-17,90%

-15,40%

-13,48%

-10,27%

-6,13%

-3,33%

-1,32%

6,30%

7,06%

8,34%

8,55%

17,20%

15,34%

13,75%

10,69%

6,69%

4,04%

2,03%

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 29 anos

30 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 59 anos

60 a 69 anos

70 a 79 anos

80 anos e mais

Pirâmide Etária - Minas Gerais - 2010

FEMININO

MASCULINO

Page 56: Rmbh a região que habitamos 2

54

Figura 1: Pirâmides Etárias Brasil, Minas Gerais e RMBH 1991, 2000 e 2010 Fonte: DataSUS

-10,84%

-11,33%

-11,64%

-9,95%

-19,43%

-15,61%

-9,77%

-6,07%

-3,45%

-1,48%

-0,44%

9,83%

10,37%

10,81%

9,77%

19,46%

15,93%

10,04%

6,51%

4,30%

2,15%

0,84%

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 29 anos

30 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 59 anos

60 a 69 anos

70 a 79 anos

80 anos e mais

Pirâmide Etária RMBH - 1991

FEMININO

MASCULINO

-9,46%

-9,21%

-9,59%

-10,48%

-19,53%

-15,97%

-12,10%

-7,12%

-4,07%

-1,85%

-0,63%

8,57%

8,40%

8,84%

10,02%

18,93%

16,23%

12,62%

7,64%

4,88%

2,67%

1,21%

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 29 anos

30 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 59 anos

60 a 69 anos

70 a 79 anos

80 anos e mais

Pirâmide Etária RMBH - 2000

FEMININO

MASCULINO

-6,70%

-7,32%

-8,61%

-8,64%

-19,22%

-16,79%

-13,50%

-10,01%

-5,51%

-2,72%

-1,00%

5,99%

6,58%

7,80%

7,97%

18,37%

16,55%

14,00%

10,83%

6,39%

3,63%

1,88%

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 29 anos

30 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 59 anos

60 a 69 anos

70 a 79 anos

80 anos e mais

Pirâmide Etária RMBH - 2010

FEMININO

MASCULINO

Page 57: Rmbh a região que habitamos 2

55

Figura 2: População Residente RMBH e Colar -2010 Fonte: IBGE

Page 58: Rmbh a região que habitamos 2

56

Figura 3: Taxa de Crescimento Anual entre 2000 e 2010 Fonte: IBGE

Page 59: Rmbh a região que habitamos 2

57

Figura 4: Densidade Demográfica RMBH e Colar Metropolitano 2010 Fonte: IBGE e IGA

Page 60: Rmbh a região que habitamos 2

Cap

ítu

lo 0

3

Page 61: Rmbh a região que habitamos 2

SocioeconômicoSocioeconômico

Page 62: Rmbh a região que habitamos 2

60

A distribuição espacial da produção em Minas Gerais manteve-se bastante concentrada

ao longo da série 1999-2010. A diversidade espacial da economia da RMBH reflete-se no

Produto Interno Bruto (PIB) gerado na RMBH, o que pode ser comprovado pelos dados deste: a

RMBH gerou 34,52% do PIB estadual em 2006.

A contribuição dos cinco maiores municípios de Minas Gerais em termos do PIB variou

de 35,1% em 2004 a 37,8% em 2009, distribuídos entre uma população que oscilou entre 22,5%

e 23,7% da população total do Estado. Estes cinco municípios acumularam 35,6% do PIB

estadual em 2010 e 22,8% da população. São eles: Belo Horizonte (14,7%), Betim (8,1%),

Contagem (5,3%), Uberlândia (5,2%) e Juiz de Fora (2,4%). A população desses municípios

representou, respectivamente, 12,1%, 1,9%, 3,1%, 3,1% e 2,6% da população total do Estado.

Como se pode notar, os três primeiros pertencem à RMBH.

Novamente a contribuição para o PIB da região metropolitana e colar é bastante

concentrada nos três municípios de maior população: o PIB de 2010 é de 51.661.760.000 para

Belo Horizonte, 28.297.360.000 para Betim e 18.539.693.000 para Contagem. Somados,

equivalem a 81,51% do PIB da RMBH.

Participação no PIB de MG

RMBH 34,39%

Colar RMBH 3,84%

RMVA 3,02%

Colar RMVA 0,72%

Total (RMBH + Colar) 38,23%

Total (RMVA + Colar) 3,74%

Total RM´s 41,97% Quadro 1: Participação no PIB de MG - 2010 Fonte: FJP

Page 63: Rmbh a região que habitamos 2

61

Tabela 1: PIB e Taxa de Crescimento da RMBH e Colar Metropolitano - 2008 e 2010

Especificação PIB 2008 PIB 2010 Taxa de Crescimento no Período

RMBH 98.739.627 120.833.976 22,38%

Baldim 63.052 67.482 7,03%

Belo Horizonte 42.255.583 51.661.760 22,26%

Betim 25.281.114 28.297.360 11,93%

Brumadinho 834.524 1.419.553 70,10%

Caeté 235.210 291.204 23,81%

Capim Branco 44.935 71.611 59,37%

Confins 1.057.790 1.424.974 34,71%

Contagem 14.963.434 18.539.693 23,90%

Esmeraldas 276.366 342.774 24,03%

Florestal 43.934 54.388 23,79%

Ibirité 988.956 1.264.788 27,89%

Igarapé 289.043 412.552 42,73%

Itaguara 130.981 117.638 -10,19%

Itatiaiuçu 372.250 535.608 43,88%

Jaboticatubas 90.531 108.530 19,88%

Juatuba 635.505 879.187 38,34%

Lagoa Santa 626.369 846.448 35,14%

Mário Campos 71.460 85.153 19,16%

Mateus Leme 321.646 415.329 29,13%

Matozinhos 568.777 651.035 14,46%

Nova Lima 2.494.984 4.163.071 66,86%

Nova União 35.212 47.484 34,85%

Pedro Leopoldo 837.361 1.050.218 25,42%

Raposos 56.266 73.718 31,02%

Ribeirão das Neves 1.499.412 1.926.219 28,46%

Rio Acima 74.695 101.068 35,31%

Rio Manso 31.384 42.694 36,04%

Sabará 1.077.595 1.477.868 37,15%

Santa Luzia 1.704.758 2.099.191 23,14%

São Joaquim de Bicas 276.604 364.420 31,75%

São José da Lapa 251.715 318.046 26,35%

Sarzedo 220.277 331.113 50,32%

Taquaraçu de Minas 29.744 37.625 26,50%

Vespasiano 998.163 1.314.176 31,66%

Colar 10.305.434 13.508.264 31,08%

Barão de Cocais 478.823 699.034 45,99%

Belo Vale 44.554 54.930 23,29%

Bom Jesus do Amparo 32.754 36.773 12,27%

Bonfim 40.061 49.167 22,73%

Fortuna de Minas 23.061 25.951 12,53%

Page 64: Rmbh a região que habitamos 2

62

Funilândia 25.479 31.676 24,32%

Inhaúma 70.698 77.569 9,72%

Itabirito 1.068.610 1.778.126 66,40%

Itaúna 1.366.109 1.492.251 9,23%

Moeda 26.456 32.601 23,23%

Pará de Minas 1.191.528 1.651.742 38,62%

Prudente de Morais 86.741 74.192 -14,47%

Santa Bárbara 214.271 291.113 35,86%

São Gonçalo do Rio Abaixo 847.547 1.415.972 67,07%

São José da Varginha 52.685 63.274 20,10%

Sete Lagoas 4.736.056 5.733.894 21,07%

Total 109.045.061 134.342.241 23,20%

Fonte: FJP

Tabela 2: PIB per capita 2010

Especificação PIB PER CAPITA 2010

(em R$mil)

RMBH 24,74

Baldim 8,53

Belo Horizonte 21,75

Betim 74,84

Brumadinho 41,78

Caeté 7,15

Capim Branco 8,06

Confins 240,06

Contagem 30,72

Esmeraldas 5,69

Florestal 8,24

Ibirité 7,96

Igarapé 11,84

Itaguara 9,51

Itatiaiuçu 53,95

Jaboticatubas 6,33

Juatuba 39,60

Lagoa Santa 16,12

Mário Campos 6,45

Mateus Leme 14,91

Matozinhos 19,17

Nova Lima 51,40

Nova União 8,55

Pedro Leopoldo 17,88

Raposos 4,80

Ribeirão das Neves 6,50

Page 65: Rmbh a região que habitamos 2

63

Rio Acima 11,12

Rio Manso 8,09

Sabará 11,70

Santa Luzia 10,34

São Joaquim de Bicas 14,27

São José da Lapa 16,06

Sarzedo 12,83

Taquaraçu de Minas 9,92

Vespasiano 12,57

Colar 24,74

Barão de Cocais 24,58

Belo Vale 7,29

Bom Jesus do Amparo 5,39

Bonfim 18,18

Fortuna de Minas 6,73

Funilândia 5,50

Inhaúma 1,71

Itabirito 20,81

Itaúna 318,25

Moeda 0,39

Pará de Minas 172,54

Prudente de Morais 2,66

Santa Bárbara 69,35

São Gonçalo do Rio Abaixo 6,61

São José da Varginha 11,52

Sete Lagoas 586,47

Total 24,74

Fonte: FJP

Percebe-se, pois, que a atividade econômica de Minas Gerais concentra-se na RMBH,

um espaço geográfico de dimensão relativamente pequena, correspondendo a 1,6% do

território mineiro. Apesar de sua dimensão, a RMBH possui uma economia de grande densidade

e diversificação. Esta diversificação é refletida na desagregação de seu PIB, conforme veremos a

seguir.

O setor terciário é representativo na metrópole, destacando-se os serviços de saúde,

educação, instituições bancárias, lazer, cultura e comunicação. A Região ocupa uma posição de

liderança estadual em quase todas essas modalidades de serviços. Entre 2006 e 2011, a RMBH

aumentou de 9.765 para 15.033 o número de empregos formais no setor de turismo.

Page 66: Rmbh a região que habitamos 2

64

Além da concentração das atividades de serviços e comércio, merece destaque seu

parque industrial diversificado, com empreendimentos de fomento à indústria automobilística

de alta tecnologia e a presença de um pólo de biotecnologia muito importante.

A mineração, uma das principais atividades econômicas e fontes de arrecadação do

estado, é outra atividade econômica característica da região, que fornece os principais minerais

da pauta de exportação estadual (ferro, ouro, calcário, dolomito, entre outros).

Quanto à agropecuária, que será melhor especificada no capítulo 4, destaca-se a

presença de um cinturão verde nas bordas da região, predominando a agricultura familiar, que é

responsável pelo abastecimento de produtos hortifrutigranjeiros na RMBH.

As quatro maiores receitas totais da RMBH e seu colar metropolitano são:

Belo Horizonte: R$ 6.436.365.281,92

Betim: R$ 1.207.307.706,07

Contagem: R$ 1.073.081.741,98

Sete Lagoas: R$ 381.471.594,80

Tabela 3: Arrecadação de ICMS (R$ bilhões - valores correntes)

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Minas Gerais 10,8 12,8 15,1 16,7 19,0 22,4 22,0 26,3 28,8 31,6

RMBH 6,2 7,2 8,4 9,3 10,7 12,3 12,0 13,4 14,4 15,3

Fonte: Caderno de Indicadores 2013 com base em dados da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF-MG)

O Índice Mineiro de Responsabilidade Social de 2008, por sua vez, índice que expressa o

nível de desenvolvimento de cada município mineiro, representado por informações de

educação, saúde, segurança pública, emprego e renda, demografia, gestão, habitação,

infraestrutura e meio ambiente, cultura, lazer e desporto - tendo, portanto, maior amplitude

que o IDH - desses municípios apresenta a média de 0,625 para a RMBH e de 0,628 para o colar

metropolitano.

Tabela 4: IMRS 2008

Município RMBH + Colar IMRS -2008 RMBH

Baldim 0,604

Belo Horizonte 0,720

Betim 0,672

Page 67: Rmbh a região que habitamos 2

65

Brumadinho 0,707

Caeté 0,657

Capim Branco 0,590

Confins 0,671

Contagem 0,655

Esmeraldas 0,536

Florestal 0,602

Ibirité 0,619

Igarapé 0,626

Itaguara 0,630

Itatiaiuçu 0,648

Jaboticatubas 0,642

Juatuba 0,597

Lagoa Santa 0,679

Mário Campos 0,548

Mateus Leme 0,594

Matozinhos 0,660

Nova Lima 0,729

Nova União 0,572

Pedro Leopoldo 0,665

Raposos 0,606

Ribeirão das Neves 0,571

Rio Acima 0,680

Rio Manso 0,585

Sabará 0,623

Santa Luzia 0,625

São Joaquim de Bicas 0,566

São José da Lapa 0,569

Sarzedo 0,635

Taquaraçu de Minas 0,573

Vespasiano 0,583

Média 0,625

COLAR

Barão de Cocais 0,731

Belo Vale 0,613

Bom Jesus do Amparo 0,566

Bonfim 0,592

Fortuna de Minas 0,628

Funilândia 0,613

Inhaúma 0,628

Itabirito 0,753

Itaúna 0,635

Moeda 0,590

Pará de Minas 0,644

Prudente de Morais 0,648

Page 68: Rmbh a região que habitamos 2

66

Santa Bárbara 0,678

São José da Varginha 0,596

São Gonçalo do Rio Abaixo 0,704

Sete Lagoas 0,643

Média 0,628

MÉDIA TOTAL 0,630 Fonte: FJP

Verifica-se que o IDH médio da RMBH e do Colar Metropolitano é superior ao estadual, em

1991, 2000 e em 2010.

Page 69: Rmbh a região que habitamos 2

67

Tabela 5: IDH Municipal Evolução 1991 a 2010

Município IDHM (1991) IDHM (2000) IDHM (2010)

Brasil 0,493 0,612 0,727

Média MG 0,391 0,548 0,668

RMBH

Baldim 0,430 0,592 0,671

Belo Horizonte 0,602 0,726 0,810

Betim 0,450 0,612 0,749

Brumadinho 0,477 0,627 0,747

Caeté 0,501 0,661 0,728

Capim Branco 0,479 0,588 0,695

Confins 0,464 0,634 0,747

Contagem 0,512 0,651 0,756

Esmeraldas 0,380 0,538 0,671

Florestal 0,441 0,637 0,724

Ibirité 0,390 0,562 0,704

Igarapé 0,399 0,573 0,698

Itaguara 0,415 0,572 0,691

Itatiaiuçu 0,373 0,528 0,677

Jaboticatubas 0,374 0,524 0,681

Juatuba 0,397 0,614 0,717

Lagoa Santa 0,511 0,656 0,777

Mário Campos 0,355 0,545 0,699

Mateus Leme 0,464 0,605 0,704

Matozinhos 0,480 0,647 0,731

Nova Lima 0,523 0,684 0,813

Nova União 0,376 0,551 0,662

Pedro Leopoldo 0,536 0,670 0,757

Raposos 0,447 0,635 0,730

Ribeirão das Neves 0,396 0,577 0,684

Rio Acima 0,401 0,552 0,673

Rio Manso 0,304 0,501 0,648

Sabará 0,488 0,621 0,731

Santa Luzia 0,442 0,608 0,715

São Joaquim de Bicas 0,405 0,532 0,662

São José da Lapa 0,459 0,621 0,729

Sarzedo 0,412 0,588 0,734

Taquaraçu de Minas 0,390 0,515 0,651

Vespasiano 0,438 0,598 0,688

Média RMBH 0,439 0,598 0,713

Page 70: Rmbh a região que habitamos 2

68

Colar RMBH

Barão de Cocais 0,459 0,613 0,722

Belo Vale 0,373 0,560 0,655

Bom Jesus do Amparo 0,410 0,555 0,683

Bonfim 0,356 0,515 0,637

Fortuna de Minas 0,399 0,560 0,696

Funilândia 0,414 0,546 0,655

Inhaúma 0,425 0,573 0,702

Itabirito 0,490 0,629 0,730

Itaúna 0,538 0,685 0,758

Moeda 0,379 0,525 0,638

Pará de Minas 0,487 0,643 0,725

Prudente de Morais 0,460 0,600 0,690

Santa Bárbara 0,432 0,605 0,707

São Gonçalo do Rio Abaixo 0,368 0,521 0,667

São José da Varginha 0,403 0,576 0,704

Sete Lagoas 0,511 0,660 0,760

Média Colar RMBH 0,432 0,585 0,696

Média RMBH + Colar RMBH 0,436 0,594 0,708 Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano 2013

A renda média per capita tem aumentado com o passar dos anos; as maiores rendas

médias da RMBH para o ano de 2010 foram Nova Lima, com R$ 1709,89, Belo Horizonte, com R$

1455,52, Lagoa Santa, com R$ 1064,73 e Brumadinho, com R$ 853,61. No Colar Metropolitano,

as duas maiores rendas per capita são as de Itaúna, com R$ 836,25 e Sete Lagoas, com R$

801,73. De acordo com o Boletim de Conjuntura Econômica de Minas Gerais (ano 6, n.2, junho

2013), elaborado pela Fundação João Pinheiro, no primeiro trimestre de 2013, o rendimento

médio do trabalho principal foi de R$1.822 (preços de março de 2013). Se comparado ao

primeiro trimestre de anos anteriores, nota-se uma ampliação do rendimento médio real

habitual, superior em 4,4% ao de 2012, em 12,3% ao de 2011 e em 16,1% ao de 2010.

A média do índice de Gini1 para a RMBH e colar metropolitano – este instrumento afere

o grau de concentração de renda de uma dada população, variando entre 0 e 1, sendo que

quanto mais próximo de 1, mais concentrada é a renda – abaixou entre 1991 e 2010 sendo que,

a partir deste último, já está abaixo de 0,50.

1 Importante mencionar que este índice, para melhor qualidade de análise e avaliação, deve ser

combinado com a algum outro, por exemplo, o PIB.

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69

Relativamente às taxas de homicídio, entre 2008 e 2010, não houve aumento das taxas

em 67,65% dos municípios que compõem a RMBH. No que concerne à criminalidade, os dados

apontam uma diminuição na taxa de crimes violentos entre 2005 e 2010 em quase 90% dos

municípios. Baldim figura como grande exceção, com um aumento de 168,45% da taxa entre

2008 e 2010. Florestal, com 55,18%, Jaboticatubas, com 11,34% e Taquaraçu de Minas, com

72,22%, também registraram aumentos na taxa de crimes violentos.

A taxa de analfabetismo da RMBH tem decrescido ao longo dos anos, sendo que as

menores taxas - ano de referência 2010 - são encontradas em Belo Horizonte com 2,8%, Nova

Lima com 2,9%, Contagem com 3,4%, Lagoa Santa e Santa Luzia, ambas com 4,6%. No Colar

Metropolitano, as menores taxas de analfabetismo são as de Barão de Cocais, Itabirito, Itaúna,

Pará de Minas e Sete Lagoas, com 3,6%, 3,7%, 3,8%, 3,8% e 3,9%, respectivamente.

Tabela 6: Escolaridade média da população de 25 anos ou mais de idade

Fonte: Caderno de Indicadores 2013 a partir de dados da PNAD

Tabela 7: Taxa de desocupação dos jovens de 15 a 24 anos de idade (%)

Fonte: Caderno de Indicadores 2013 a partir de dados da PNAD

Tabela 8: Taxa de mortalidade infantil por mil nascidos vivos:

Fonte: Caderno de Indicadores 2013

2 Em 2010, ano de Censo Demográfico, a PNAD não é realizada

3 Em 2010, ano de Censo Demográfico, a PNAD não é realizada

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 20102 2011

Minas Gerais 5,9 6,1 6,2 6,4 6,6 6,8 6,9 7,0

RMBH 7,3 7,4 7,6 7,8 7,8 8,1 8,2 8,4

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 20103 2011

RMBH 23,65 25,14 25,30 21,49 17,80 14,92 19,31 16,21

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Minas Gerais 17,6 16,9 16,5 16,3 14,9 14,7 14,0 13,1 13,0

RMBH 15,9 14,3 15,0 13,3 12,2 11,8 11,8 11,7 10,4

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Figura 1: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 2010 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano 2013

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Cap

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4

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ProduçãoProdução

AgropecuáriaAgropecuária

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73

Em que pese seu desenvolvimento industrial e do setor de serviços, a RMBH e seu colar

metropolitano partilham seu espaço, também, com a agricultura, dentro e no entorno das

cidades. Ela é praticada tanto em espaços privados – familiares e/ou institucionais – e públicos.

Nas zonas rurais dos municípios, a produção é encontrada em assentamentos de reforma

agrária, em propriedades de agricultores(as) familiares e em comunidades quilombolas. A

agricultura desenvolvida nessas áreas abrange, principalmente, a produção e o beneficiamento

de hortaliças, verduras, frutos e grãos, formando um cinturão verde; a criação de animais de

pequeno, médio e grande porte; e a produção, o extrativismo e o beneficiamento de plantas

medicinais.

Acerca da lavoura permanente na RMBH e colar metropolitano, de acordo com dados da

Produção Agrícola Municipal - PAM (IBGE), analisando-se a série histórica entre 1990 e 2010,

tem-se:

Em 19901, as maiores produções da lavoura permanente de:

abacate: Santa Bárbara (1.650), Pará de Minas (1.000), Jaboticatubas (800),

Baldim (600) e Moeda (520).

banana: Sabará (2.764), Nova União (616), Jaboticatubas (579), Taquaraçu de

Minas (565) e Santa Luzia (275).

café (em grão): Jaboticatubas (662), Caeté (540), Mateus Leme (540), Pará de

Minas (396) e Santa Bárbara (325).

laranja: Belo Vale (33.935), Moeda (32.014), Sete Lagoas (9.604), Itabirito

(6.103) e Funilândia (4.802).

manga: Santa Bárbara (7.200), Lagoa Santa (3.600), Jaboticatubas (3.250), Barão

de Cocais (2.800) e Baldim (2.400).

tangerina: Brumadinho (12.000), Betim (4.000), Lagoa Santa (3.100), Fortuna de

Minas (2.366) e Jaboticatubas (1.800)

Em 2010, as maiores produções de:

abacate: Baldim (144), Pedro Leopoldo (135), Mateus Leme (80), Sete Lagoas

(63) e Rio Manso (40)

1 Nos anos anteriores a 2001, as quantidades eram expressas em mil frutos à exceção da banana, para a

qual era utilizado mil cachos. A partir desse ano, as quantidades passaram a ser expressas em toneladas. Até 2001, café em coco, a partir de 2002 café beneficiado ou em grão.

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banana: Nova União (23.000), Caeté (3.256), Taquaraçu de Minas (2.730),

Sabará (1.500) e Santa Luzia (816)

café: Esmeraldas (273), Pará de Minas (82), Caeté (71), Mateus Leme (48) e

Santa Bárbara (45).

laranja: Itabirito (1.749), Belo Vale (1.200), Jaboticatubas (840), Caeté (304) e

Moeda (280).

manga: Baldim (900), Jaboticatubas (825), Funilândia (380), Sete Lagoas (190) e

Lagoa Santa (180)

tangerina: Brumadinho (17.938), Belo Vale (6.422), Bonfim (1.600),

Jaboticatubas (700) e Itabirito (560).

Em 2010, na região, percebem-se vários municípios com produção permanente de

maracujá (inexistente em 1990) e também mais locais com produção de uva em relação a 1990.

Já a produção permanente de mamão decaiu no período.

De acordo com relatórios da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas

Gerais - Emater, referentes ao ano de 2012, na RMBH e Colar Metropolitano, destaca-se a

produção agrícola dos seguintes produtos: cana-de-açúcar, alface, mandioca, abóbora, acelga,

agrião, berinjela, beterraba, brócolis, cenoura, couve-flor, jiló, salsa, melancia, milho verde,

moranga, morango, mostarda, pepino, pimenta, pimentão, quiabo, rabanete, repolho, tomate,

vagem, cebolinha, abobrinha, palmito, amendoim, arroz, feijão, goiaba, limão, café, lichia.

Considerando-se a quantidade de municípios produtores, tem-se:

cana-de-açúcar: Betim, Igarapé, Itaguara, Itatiaiuçu, Nova União, São Joaquim

de Bicas, Baldim, Capim Branco, Esmeraldas, Florestal, Jaboticatubas, Juatuba, Mateus Leme,

Matozinhos, Ribeirão das Neves, Santa Luzia na RMBH e Bonfim, Bom Jesus do Amparo,

Itabirito, Moeda, Fortuna de Minas, Funilândia, Inhaúma, Prudente de morais, São José da

Varginha e Sete lagoas no colar metropolitano.

alface: Betim, Bom Jesus do Amparo, Contagem, Igarapé, Itaguara, Mário

Campos, Moeda, Rio Manso, São Joaquim de Bicas, Sarzedo, Capim Branco, Esmeraldas,

Florestal, Juatuba, Mateus Leme, Matozinhos, Ribeirão das Neves, Santa Luzia e Sete Lagoas.

brócolis: Betim, Bom Jesus do Amparo, Caeté, Contagem, Igarapé, Itatiaiuçu,

Mário Campos, Rio Manso, Sarzedo, Capim Branco, Juatuba, Ribeirão das Neves e Sete Lagoas.

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abóbora: Betim, Bonfim, Brumadinho, Igarapé, São Joaquim de Bicas,

Esmeraldas, Florestal, Jaboticatubas, Juatuba, Pedro Leopoldo, Santa Luzia e Sete Lagoas.

beringela: Belo Vale, Brumadinho, Igarapé, Itatiaiuçu, Rio Manso, São Joaquim

de Bicas, Florestal, Juatuba, Mateus Leme e Pedro Leopoldo

A Pesquisa Pecuária Municipal – PPM (IBGE), revela que, em 1990, as maiores produções

de leite (em mil litros) estavam em Pará de Minas (16.194), Itaúna (13.860), Sete Lagoas

(13.351) e Esmeraldas (12.600). De mel de abelha (em kilos), as maiores produções foram em

Caeté (32.000), Santa Bárbara (24.800) e Pará de Minas (19.106). A produção de ovos de galinha

(mil dúzias) se destacou em Pedro Leopoldo (6.091), Pará de Minas (3.629) e Vespasiano (1.685).

Já em 2011, as maiores produções de leite (em mil litros) estavam em Esmeraldas

(31.578), Itaúna (30.000), Inhaúma (28.851), e Pará de Minas (23.509). A produção de mel de

abelha (em kilos) nesse ano foi maior em Santa Bárbara (39.865), Itaúna (12.800), Caeté

(10.892) e Barão de Cocais (9.800).

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Figura 1: Produção na RMBH e Colar de Alimentos de Origem Animal (2011) Fonte: IBGE

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Figura 2: Produção Agrícola na RMBH e Colar Metropolitano de até 3000 toneladas

2

Fonte: Emater / IBGE

2 Por Outras Frutas foram considerados Abacate (2010), Banana (2010), Goiaba (2010), Mamão (2010),

Manga (2010), Maracujá (2010), Uva (2010) e Tomate (2012). Por Cítricos (2010) foram considerados: Laranja, Limão e Tangerina. Por Grãos foram considerados: Café (2010), Arroz (sequeiro, várzea e/ou irrigado)(2012) e Feijão (2012). Por Hortaliças (2012) foram considerados: Alface, Acelga, Agrião e Couve. Por Legumes (2012)foram considerados: Brócolis, Abóbora, Berinjela, Mandioca (mesa), Repolho, Pimentão, Quiabo, Beterraba, Cenoura e Abobrinha. O ano de referência dos dados de Cana de Açúcar é de 2012.

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Figura 3: Produção Agrícola na RMBH e Colar Metropolitano de até 4500 toneladas

3

Fonte: Emater / IBGE

3 Por Outras Frutas foram considerados Abacate (2010), Banana (2010), Goiaba (2010), Mamão (2010),

Manga (2010), Maracujá (2010), Uva (2010) e Tomate (2012). Por Cítricos (2010) foram considerados: Laranja, Limão e Tangerina. Por Grãos foram considerados: Café (2010), Arroz (sequeiro, várzea e/ou irrigado)(2012) e Feijão (2012). Por Hortaliças (2012) foram considerados: Alface, Acelga, Agrião e Couve. Por Legumes (2012)foram considerados: Brócolis, Abóbora, Berinjela, Mandioca (mesa), Repolho, Pimentão, Quiabo, Beterraba, Cenoura e Abobrinha. O ano de referência dos dados de Cana de Açúcar é de 2012.

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Figura 4: Produção Agrícola na RMBH e Colar Metropolitano de até 4500 toneladas

4

Fonte: Emater / IBGE

4 Por Outras Frutas foram considerados Abacate (2010), Banana (2010), Goiaba (2010), Mamão (2010),

Manga (2010), Maracujá (2010), Uva (2010) e Tomate (2012). Por Cítricos (2010) foram considerados: Laranja, Limão e Tangerina. Por Grãos foram considerados: Café (2010), Arroz (sequeiro, várzea e/ou irrigado)(2012) e Feijão (2012). Por Hortaliças (2012) foram considerados: Alface, Acelga, Agrião e Couve. Por Legumes (2012)foram considerados: Brócolis, Abóbora, Berinjela, Mandioca (mesa), Repolho, Pimentão, Quiabo, Beterraba, Cenoura e Abobrinha. O ano de referência dos dados de Cana de Açúcar é de 2012.

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Figura 5: Produção Agrícola na RMBH e Colar Metropolitano de até 4500 toneladas

5

Fonte: Emater / IBGE

5 Por Outras Frutas foram considerados Abacate (2010), Banana (2010), Goiaba (2010), Mamão (2010),

Manga (2010), Maracujá (2010), Uva (2010) e Tomate (2012). Por Cítricos (2010) foram considerados: Laranja, Limão e Tangerina. Por Grãos foram considerados: Café (2010), Arroz (sequeiro, várzea e/ou irrigado)(2012) e Feijão (2012). Por Hortaliças (2012) foram considerados: Alface, Acelga, Agrião e Couve. Por Legumes (2012)foram considerados: Brócolis, Abóbora, Berinjela, Mandioca (mesa), Repolho, Pimentão, Quiabo, Beterraba, Cenoura e Abobrinha. O ano de referência dos dados de Cana de Açúcar é de 2012.

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Tabela 1: Renda domiciliar per capita no meio rural, urbano e total (a preços correntes) e razão entre as rendas (rural/total) na RMBH.

2004 2005 2006 2007 2008 2009 20106 2011

Rural 169,40 221,69 267,51 289,75 383,74 357,14 494,43

Urbano 476,20 540,82 629,76 669,69 748,45 827,44 1024,47

Total da RMBH 472,70 536,75 625,09 664,82 744,62 823,02 1009,97

Rural/Total (%) 35,84 41,30 42,80 43,58 51,53 43,39 48,96

Fonte: Cadernos de Indicadores 2013 a partir da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

6 Em ano de Censo Demográfico, a PNAD não é realizada.

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Saneamento, Saneamento, Meio Ambiente e Meio Ambiente e

Recursos HídricosRecursos Hídricos

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Na RMBH e colar metropolitano, não há ottobacia de nível 1, uma vez que nenhum rio

que nasce e/ou corta a região deságua diretamente no mar. Como ottobacias de nível 2 tem-se

o Rio das Velhas e o rio Paraopeba e o rio Pará.

Figura 1: Rede de Drenagem de Nível 2 da RMBH Fonte: IGAM

As unidades de conservação, em Minas, podem ser de proteção integral ou de uso

sustentável. As primeiras se dividem em Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Estadual,

Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre; as segundas em Área de Proteção Ambiental,

Florestas Estaduais, Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reservas Particulares do

Patrimônio Natural. O mapa abaixo apresenta as unidades de conservação municipais, estaduais

e federais, inclusive as RPPN’s (reserva particular do patrimônio natural) localizadas nos

municípios que compõem a RMBH e seu respectivo colar metropolitano, incluindo um destaque

para o município de Belo Horizonte.

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Figura 2: Unidades de Conservação RMBH- foco em Belo Horizonte - 2012 Fonte: IEF MG

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Figura 3: Unidades de Conservação da RMBH e Colar Metropolitano - 2012 Fonte: IEF MG

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Com relação ao percentual da população atendida com tratamento de esgoto, tem-se:

Figura 4: Porcentagem da população atendida por esgotamento sanitário -2013 Fonte: FEAM

Por fim, sobre a disposição final de resíduos sólidos urbanos, nos municípios da RMBH e

colar metropolitano no ano de 2012:

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Figura 5: Tipo de disposição final dos RSU adotada pelos municípios da RMBH e Colar Metropolitano, 2012. Fonte: Agência RMBH (2012), a partir de dados levantados junto aos municípios.

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6

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Transporte e Transporte e MobilidadeMobilidade

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A frota total de veículos nos últimos três anos, na RMBH, aumentou de 22.371.032 de

veículos em 2010 para 26.880.891 em 2012. Os automóveis aumentaram, sozinhos, de

15.213.741 para 17.924.124 e as motocicletas de 3.244.657 em 2010 para 4.019.418 em 2012.

Na RMBH, em 2010, as maiores concentrações de automóveis estavam em Belo

Horizonte, Juatuba, Betim, Ribeirão das Neves e Santa Luzia. Em 2012, as maiores concentrações

de automóveis na RMBH, estavam em Belo Horizonte, Contagem, Juatuba, Betim e Ribeirão das

Neves.

No colar metropolitano, a frota total de veículos, por sua vez, aumentou de 2.454.974

em 2010 para 2.981.983 em 2012, sendo que os automóveis e as motocicletas aumentaram de

1.018.256 e 501.053 para 1.228.042 e 610.963, respectivamente.

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Figura 1: Rodovias federais e estaduais que cortam a RMBH e Colar Metropolitano Fonte: DER MG

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Figura 2: Rodovias federais e estaduais que cortam a RMBH Fonte: DER MG

Tabela 1: Taxa de mortalidade por acidentes de trânsito (por 100.000 habitantes)

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

RMBH 18,2 18,6 18,0 20,1 19,1 18,7 18,1 18,6 18,4

Fonte: Caderno de Indicadores 2013, baseado no Datasus/Ministério da Saúde (MS) e Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG)

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A RMVAA RMVA

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A RMVA está inserida na mesorregião do Vale do Rio Doce, de acordo com divisão do

IBGE, e foi instituída pela Lei Complementar nº 51, de 30 de dezembro de 1998, sendo composta

por 4 municípios: Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo. Seu colar

metropolitano, por sua vez, é composto por 24: Açucena, Antônio Dias, Belo Oriente, Bom Jesus

do Galho, Braúnas, Bugre, Caratinga, Córrego Novo, Dom Cavati, Dionísio, Entre-Folhas, Iapu,

Ipaba, Jaguaraçu, Joanésia, Marliéria, Mesquita, Naque, Periquito, Pingo d'Água, São José do

Goiabal, São João do Oriente, Sobrália e Vargem Alegre.

Figura 1: RMVA e Colar Metropolitano Fonte: Elaboração Própria

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Figura 2: Níveis de Integração da RM Vale do Aço e Colar Metropolitano Fonte: Observatório das Metrópoles (2010)

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Breve caracterização histórica dos municípios da RMVA

RMVA

População Total (IBGE, Censo 2010): 451.670

PIB (FJP, 2010, em mil): 10.594.969

Área (IGA, em km2): 807,43

Densidade Demográfica (hab/km²): 559,39

Coronel Fabriciano: Em 1822, com a chegada de topógrafos incumbidos de fazer a locação da

via férrea Vitória-Minas em construção, começaram os primeiros movimentos da embrionária

cidade de Coronel Fabriciano, que a 9 de julho de 1924 nascia com a inauguração de sua estação

ferroviária de Calado - o primeiro nome do lugar era Barra. Por achar-se localizado na

confluência do ribeirão Caladão, passou a denominar-se Calado, com a inauguração da Estação

Ferroviária. Por pouco tempo, foi denominado Raul Soares, voltando novamente o nome de

Calado.

População (IBGE, Censo 2010): 103.694

PIB (FJP, 2010, em mil): 825.227

Área (IGA, em km2): 222,08

Densidade Demográfica (hab/km²): 466,92

Ipatinga: Adveio de uma estação ferroviária intermediária, inaugurada em 1922. Em 1930, José

Fabrício Gomes apossou e desmatou terras no local para prática agrícola. Em 1934, após mudar

de propriedade duas vezes, a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira adquiriu a propriedade,

atraindo vários operários que passaram a habitar o local formando um povoado. Em 1953 passa

a distrito de Coronel Fabriciano. Com a construção e inauguração da usina Intendente Câmara –

USIMINAS, o distrito cresceu em maior ritmo. Assim, em 1964, emancipou-se. Ipatinga vem do

tupi e significa pouso de água limpa.

População (IBGE, Censo 2010): 239.468

PIB (FJP, 2010, em mil): 7.391.669

Área (IGA, em km2): 166,09

Densidade Demográfica (hab/km²): 1441,80

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Santana do Paraíso: No final do século XIX, o local onde se construiu a cidade era um ponto de

tropeiros que faziam a rota ligando a região do Calado, atual Coronel Fabriciano, ao município

de Ferros. As tropas, vindas geralmente de Antônio Dias, passavam pelo Calado e por Barra

Alegre (atual distrito de Ipatinga) e, para seguir até o Achado, tinham que passar pelo então

povoado de Taquaraçu, subindo a Serra do Chico Lucas e seguindo viagem em direção a Ferros.

A Cachoeira do Engelho Velho, ou Taquaraçu, no centro da cidade, próximo ao local onde hoje

se situa o prédio da Prefeitura Municipal, era a preferida pelos tropeiros para o seu descanso.

Ao longo dos anos as tropas foram aumentando e a margem da cachoeira acabou se

transformando num importante centro comercial.

População (IBGE, Censo 2010): 27.265

PIB (FJP, 2010, em mil): 236.109

Área (IGA, em km2): 275,27

Densidade Demográfica (hab/km²): 99,05

Timóteo: Seu primeiro morador foi Francisco de Santa Maria, que chamou o povoamento de

São Francisco de Santa Maria. Posteriormente o povoado ganhou o nome de São Sebastião do

Alegre. Em 1915, o comerciante Manuel Timóteo estabeleceu-se na área e o povoado passou a

ser conhecido como Timóteo. Em 1932 foi elevado a distrito de São Domingos do Prata. Em

1938 passou a distrito de Antônio Dias. Em 1948, anexa-se ao município de Coronel Fabriciano,

recém-criado. Finalmente, em 1964, instala-se o município.

População (IBGE, Censo 2010): 81.243

PIB (FJP, 2010, em mil): 2.141.965

Área (IGA, em km2): 143,99

Densidade Demográfica (hab/km²): 564,23

Colar RMVA

População (IBGE, Censo 2010): 264.230

PIB (FJP, 2010, em mil): 2.543.729

Área (IGA, em km2): 7741,5

Densidade Demográfica (hab/km²): 34,13

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101

Demografia

Tabela 1: População dos municípios da RMBH e Colar Metropolitano, 2000 e 2010

MUNICÍPIOS POPULAÇÃO 2010

% Pop. Relativos aos totais de,

respectivamente, RMVA e Colar

% Populacional relativo ao Total (RMVA + Colar)

POPULAÇÃO 2000

Taxa de Crescimento Populacional 2000-2010

Taxas de Crescimento

(anual)

RMVA 451 670 63,09% 399 580 13,04% 1,23%

Coronel Fabriciano 103 694 22,96% 14,48% 97451 6,41% 0,62%

Ipatinga 239 468 53,02% 33,45% 212496 12,69% 1,20%

Santana do Paraíso

27 265 6,04% 3,81% 18155 50,18% 4,15%

Timóteo 81 243 17,99% 11,35% 71478 13,66% 1,29%

COLAR 264 230 36,91% 257 455 2,63% 0,26%

Açucena 10 276 3,89% 1,44% 11489 -10,56% -1,11%

Antônio Dias 9 565 3,62% 1,34% 10044 -4,77% -0,49%

Belo Oriente 23 397 8,85% 3,27% 19516 19,89% 1,83%

Bom Jesus do Galho

15 364 5,81% 2,15% 16173 -5,00% -0,51%

Braúnas 5 030 1,90% 0,70% 5408 -6,99% -0,72%

Bugre 3 992 1,51% 0,56% 3949 1,09% 0,11%

Caratinga 85 239 32,26% 11,91% 77789 9,58% 0,92%

Córrego Novo 3 127 1,18% 0,44% 3638 -14,05% -1,50%

Dionísio 8 739 3,31% 1,22% 10191 -14,25% -1,53%

Dom Cavati 5 209 1,97% 0,73% 5473 -4,82% -0,49%

Entre Folhas 5 175 1,96% 0,72% 5054 2,39% 0,24%

Iapu 10 315 3,90% 1,44% 9718 6,14% 0,60%

Ipaba 16 708 6,32% 2,33% 14531 14,98% 1,41%

Jaguaraçu 2 990 1,13% 0,42% 2855 4,73% 0,46%

Joanésia 5 425 2,05% 0,76% 6617 -18,01% -1,97%

Marliéria 4 012 1,52% 0,56% 4044 -0,79% -0,08%

Mesquita 6 069 2,30% 0,85% 6771 -10,37% -1,09%

Naque 6 341 2,40% 0,89% 5601 13,21% 1,25%

Periquito 7 036 2,66% 0,98% 7445 -5,49% -0,56%

Pingo-d'Água 4 420 1,67% 0,62% 3820 15,71% 1,47%

São João do Oriente

7 874 2,98% 1,10% 8492 -7,28% -0,75%

São José do Goiabal

5 636 2,13% 0,79% 6009 -6,21% -0,64%

Sobrália 5 830 2,21% 0,81% 6284 -7,22% -0,75%

Vargem Alegre 6 461 2,45% 0,90% 6544 -1,27% -0,13%

TOTAL 715 900 657 035 8,96% 0,86%

Fonte: IBGE, 2010; FJP, 2010.

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102

Municípios Urbana Rural

Total % do total Total % do total

RMVA 445 738 98,69% 5 932 1,31% Coronel Fabriciano 102 395 98,75% 1 299 1,25% Ipatinga 236 968 98,96% 2 500 1,04% Santana do Paraíso 25 251 92,61% 2 014 7,39% Timóteo 81 124 99,85% 119 0,15%

Colar RMVA 194 890 74,89% 65 328 25,11% Açucena 4 805 46,76% 5 471 53,24% Antônio Dias 4 672 48,84% 4 893 51,16% Belo Oriente 19 682 84,12% 3 715 15,88% Bom Jesus do Galho 10 024 65,24% 5 340 34,76% Braúnas 1 593 31,67% 3 437 68,33% Bugre 1 531 38,35% 2 461 61,65% Caratinga 70 474 82,68% 14 765 17,32% Córrego Novo 2 038 65,17% 1 089 34,83% Dionísio 7 165 81,99% 1 574 18,01% Dom Cavati 4 607 88,44% 602 11,56% Entre Folhas 3 889 75,15% 1 286 24,85% Iapu 7 164 69,45% 3 151 30,55% Ipaba 15 028 89,94% 1 680 10,06% Jaguaraçu 2 138 71,51% 852 28,49% Joanésia 2 062 38,01% 3 363 61,99% Mesquita 3 819 62,93% 2 250 37,07% Naque 5 961 94,01% 380 5,99% Periquito 5 289 75,17% 1 747 24,83% Pingo-d'Água 4 035 91,29% 385 8,71% São João do Oriente 6 325 80,33% 1 549 19,67% São José do Goiabal 3 689 65,45% 1 947 34,55% Sobrália 4 129 70,82% 1 701 29,18% Vargem Alegre 4 771 73,84% 1 690 26,16%

Quadro 1: População Residente na RMVA e Colar Metropolitano – 2010 Fonte: IBGE

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103

Sócioeconômico

O município de Ipatinga tem a maior receita total da Região e Colar, com R$

485.404.411,41, seguido de Timóteo com R$ R$ 141.984.821,53 e Coronel Fabriciano com R$

114.798.657,00.

Tabela 2: PIB e Taxa de Crescimento da RMVA e Colar Metropolitano - 2008 e 2010

Especificação 2008 2010 Taxa de Crescimento no Período

RMVA 9.344.849 10.594.969 13,38%

Coronel Fabriciano 660.494 825.227 24,94%

Ipatinga 6.169.205 7.391.669 19,82%

Santana do Paraíso 168.272 236.109 40,31%

Timóteo 2.346.878 2.141.965 -8,73%

Colar 2.009.562 2.543.729 26,58%

Açucena 46.401 57.740 24,44%

Antônio Dias 59.353 76.856 29,49%

Belo Oriente 531.369 640.776 20,59%

Bom Jesus do Galho 74.840 89.280 19,29%

Braúnas 65.577 67.091 2,31%

Bugre 20.655 21.169 2,49%

Caratinga 611.764 899.424 47,02%

Córrego Novo 24.081 26.455 9,86%

Dionísio 43.398 54.036 24,51%

Dom Cavati 30.781 31.888 3,59%

Entre Folhas 24.360 28.000 14,94%

Iapu 51.314 56.147 9,42%

Ipaba 56.738 70.699 24,60%

Jaguaraçu 39.460 45.622 15,62%

Joanésia 43.417 48.889 12,60%

Marliéria 18.906 24.470 29,43%

Mesquita 28.154 30.057 6,76%

Naque 37.978 32.929 -13,29%

Periquito 43.393 45.328 4,46%

Pingo-D'Água 20.446 27.298 33,51%

São João do Oriente 44.919 53.595 19,31%

São José do Goiabal 28.269 38.063 34,65%

Sobrália 31.038 35.836 15,46%

Vargem Alegre 32.952 42.082 27,70%

Total 11.354.411 13.138.697 15,71%

Fonte: FJP

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104

A renda média per capita tem aumentado com o passar dos anos; as maiores rendas

médias da RMVA para o ano de 2010 foram Ipatinga, com R$ 840,44, e Timóteo, com R$ 777,81.

A média do índice de Gini para a RMVA e colar metropolitano – este instrumento afere o

grau de concentração de renda de uma dada população, variando entre 0 e 1, sendo que quanto

mais próximo de 1, mais concentrada é a renda –abaixou entre 1991 e 2010 sendo que, a partir

deste ano, já está abaixo de 0,50.

A taxa de analfabetismo da RMVA tem decrescido ao longo dos anos, sendo que as

menores taxas - ano de referência 2010 - são encontradas em Timóteo com 4,0%, Ipatinga com

4,7%, Coronel Fabriciano com 6,2 Santana do Paraíso com 9,7%. No Colar Metropolitano, as

menores taxas de analfabetismo são as de Dionísio, Jaguaraçu e Caratinga, com 9,3%, 9,3% e

9,8%, respectivamente.

Page 107: Rmbh a região que habitamos 2

105

Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos

A RMVA e seu colar metropolitano possuem uma bacia de nível 1, a do rio Doce, que

desagua no oceano atlântico. O mapa abaixo ilustra esta ottobacia de nível 1 e seus tributários,

de nível 2.

Figura 3: Rede de Drenagem da RMVA Fonte: IGAM

Com relação ao percentual da população atendida por tratamento de esgoto na região, tem-se:

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106

Figura 4: Porcentagem Populacional atendida por tratamento de esgoto – 2013 Fonte: FEAM

Relativamente às áreas protegidas tem-se:

O Parque Estadual do Rio Doce está situado na região do Vale do Aço, inserido nos

municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo. A unidade de conservação abriga a maior floresta

tropical de Minas, em seus 35.970 hectares e é a primeira unidade de conservação estadual

criada em Minas Gerais. O Decreto Lei nº 1.119 , que criou oficialmente o Parque, foi assinado

14 de julho de 1944. Possui importante sistema lacustre, composto por quarenta lagoas

naturais, dentre as quais destaca-se a Lagoa Dom Helvécio, com 6,7 Km2 e profundidade de até

32,5 metros.

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107

Figura 5: Unidades de Conservação RMVA e Colar Metropolitano -2012 Fonte: IEF MG

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108

Sistema de Transportes

A frota total de 2012 para a RMVA foi de 2.229.627 de veículos, destes, 1.228.042 eram

automóveis. Para o mesmo ano, referente ao Colar Metropolitano, eram 835.150 veículos,

sendo 386.337 automóveis.

A Ferrovia Vitória Minas possui estações nas seguintes cidades: Antônio Dias, Timóteo,

Ipatinga, Belo Oriente, Periquito e Açucena.

O Vale do Aço conta com o Aeroporto da Usiminas, em Santana do Paraíso, próximo ao

centro de Ipatinga.

Figura 6: Rodovias federais e estaduais que cortam a RMBH e Colar Metropolitano Fonte: DER MG

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109

BIBLIOGRAFIA AZEVEDO, Aroldo. Vilas e cidades do Brasil colonial (Ensaio de geografia urbana retrospectiva) In: TERRA LIVRE Associação dos Geógrafos Brasileiros. Sagres Editora. Faperj, 1994 MINAS GERAIS. Escritório de Prioridades Estratégicas. Caderno de Indicadores. Escritório de Prioridades Estratégicas. Belo Horizonte, 2013. ______________. Enciclopédia dos Municípios Mineiros /vol 1. Idealizador e organizador: André Carvalho; Redação: Carlos Olavo da Cunha Pereira e Pedro Paulo Taucce. Belo Horizonte: Armazém de Ideias, 1998. 512. :il. ______________. Enciclopédia dos Municípios Mineiros /vol 2. Idealizador e

organizador: André Carvalho; Redação: Alencar Abujamra e Ivani Cunha. Belo

Horizonte: Armazém de Ideias, 1998. 424. :il.

OBSERVATÓRIO DAS METRÓPOLES - INCT/CNPq/CAPES/FAPERJ. Níveis de integração dos municípios brasileiros em RMS, RIDES e AUS à dinâmica da metropolização. Observatório das Metrópoles. Rio de Janeiro, 2012.