rio das ostras sabino não dá mais as cartas nem dita as...

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Ano 06 - Nº 123 Estado do Rio de Janeiro 15 de abril de 2016 Nas Bancas R$2,00 www.jornaldosmunicipiosrj.com.br Sabino não dá mais as cartas nem dita as regras na Câmara Municipal Desde janeiro de fazendo o que bem entende na cidade, contando para isso com o controle sobre Poder Legislativo, o prefeito já não é mais aquela coisa toda. Quem vê as imagens dos projetos anunciados pelo prefeito Anderson Alexandre até que chega a sonhar junto com ele, mas basta uma voltinha pelo centro da cidade para deparar com a triste realidade: Como está feio! SILVA JARDIM, UMA CIDADE DE PAPEL MARCELO HORN Página Página RIO DAS OSTRAS Um palanque vazio. Foi isso o que a presidente Dilma Rous- sef teve na semana passada no Rio, onde foi inaugurar ca- sas populares na Zona Oeste. Página ARQUIVO/PMRO DIVULGAÇÃO Prefeitura de Macaé leva infraestrutura para Nova Holanda Projeto inclui redes de esgoto, de águas pluviais e água potável, pavimentação das ruas, construção de calçadas, além da estação de tratamento. Página GLAUCIO BURLE Alunos autistas e seus familiares já contam com mais es- pecialidades em escola municipal. Página EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM MERITI Casimiro prepara seus alunos para cursos ténicos O sonho de muitos estudantes em conseguir uma vaga em escolas técnicas começou a ser realizado em Barra de São João. Página Belford Roxo inaugura mais uma creche Desta a vez a comunidade atendi- da é a do bairro Sargento Roncalli, que ganhou uma unidade para atender crianças. Página Apesar da crise Magé amplia rede de saúde Foram inaugurados o Centro Cirúr- gico do Hospital Municipal, Setor de Oftalmologia da Policlínica de Santo Aleixo e várias unidades receberam novos equipamentos. Página Tribunal aponta economia de mais de R$ 300 milhões De acordo com o relatório de ativi- dades do Tribunal, somente a análi- se de editais de licitação realizada pelo órgão resultou na economia real de R$ ..,. Página O RETRATO DO FIM

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Page 1: RIO DAS OSTRAS Sabino não dá mais as cartas nem dita as ...jornaldosmunicipiosrj.com.br/wp-content/uploads/pdf/... · O prefeito Alcebíades Sabino dos Santos vem sofrendo perdas

Ano 06 - Nº 123

Estado do Rio de Janeiro15 de abril de 2016

Nas Bancas R$2,00www.jornaldosmunicipiosrj.com.br

Sabino não dámais as cartasnem dita as regrasna Câmara MunicipalDesde janeiro de 2013 fazendo o que bem entende na cidade, contando para isso com o controlesobre Poder Legislativo, o prefeito já não é mais aquela coisa toda.

Quem vê as imagens dos projetos anunciados pelo prefeito Anderson Alexandre atéque chega a sonhar junto com ele, mas basta uma voltinha pelo centro da cidadepara deparar com a triste realidade: Como está feio!

SILVA JARDIM, UMA CIDADE DE PAPEL

MARCELO HORN

Página 2

Página 3

RIO DAS OSTRAS

Um palanque vazio. Foi isso o que a presidente Dilma Rous-sef teve na semana passada no Rio, onde foi inaugurar ca-sas populares na Zona Oeste. Página 7

ARQUIVO/PMRO

DIVULGAÇÃO

Prefeitura de Macaé leva infraestrutura para Nova HolandaProjeto inclui redes de esgoto, de águas pluviais e água potável, pavimentação das ruas, construção de calçadas, além da estação de tratamento. Página 7

GLAUCIO BURLE

Alunos autistas e seus familiares já contam com mais es-pecialidades em escola municipal. Página 7

EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM MERITI

Casimiro preparaseus alunos para cursos ténicosO sonho de muitos estudantes emconseguir uma vaga em escolastécnicas começou a ser realizadoem Barra de São João. Página 7

Belford Roxoinaugura maisuma crecheDesta a vez a comunidade atendi-da é a do bairro Sargento Roncalli,que ganhou uma unidade paraatender 250 crianças. Página 5

Apesar da criseMagé ampliarede de saúdeForam inaugurados o Centro Cirúr-gico do Hospital Municipal, Setor deOftalmologia da Policlínica de SantoAleixo e várias unidades receberamnovos equipamentos. Página 5

Tribunal apontaeconomia de maisde R$ 300 milhõesDe acordo com o relatório de ativi-dades do Tribunal, somente a análi-se de editais de licitação realizadapelo órgão resultou na economiareal de R$ 300.536.021,81. Página 3

O RETRATO DO FIM

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JORNAL DOS MUNICÍPIOS 15 de abril de 20162

Sabino não é mais o “patrão”na Câmara

EXPEDIENTEEditores: Cezar Guedes e Elizeu PiresDiretor: Cezar FilhoGerente: Nayara de OliveiraDiagramador: Cosme do Nascimento BragaFundação: 1º de maio de 2011Editora Capivari Ltda. CNPJ 12.057.015/0001-75 - Inscrição Estadual: 79.395.501Inscrição Municipal: 2067-0 - Registrado na forma da leiDepartamento Comercial: Avenida Getúlio Vargas, 221/307, Centro, Araruama/RJCEP: 28970-000 - (22) 2664-2278Circulação: Região Metropolitana, Sul Fluminense, Baixada Fluminense e BaixadasLitorâneas.Gráfica: Tribuna de Petrópolis - Rua Alencar Lima, 26, Centro, Petrópolis/RJSite: www.jornaldosmunicipiosrj.com.brE-mail: [email protected] direção do JORNAL DOS MUNICIPIOS não se responsabiliza e nem endossa osconceitos emitidos por seus colaboradores em ações ou artigos assinados, sendo detotal responsabilidade do autor.

Faltando oito meses para o fimdo seu terceiro mandato comoprefeito de Rio das Ostras, Al-

cebíades Sabino dos Santos já nãoimpõe respeito a ninguém, inclusi-ve entre o seu próprio secretariado,onde muitos o criticam pelas cos-tas, enquanto outros passam maistempo se metendo em assuntos daPrefeitura de Casimiro de Abreu quetentando amenizar a situação dogoverno ao qual deveriam servir.O maior sinal da perda de força doprefeito vem da Câmara Municipal,onde ele sempre conseguiu o quequis, controlando o comportamentoda maioria dos membros da Casa.Lá Sabino conta hoje com a obe-diência de apenas dois vereadores,pois boa parte dos parlamentaresresolveu pular do barco e muitosdeles já teriam passado para o lado do ex-prefeito Carlos Augusto Bal- thazar, pré-candidato a prefeito. Atordoado com a acelerada que- da de popularidade e acuado por

uma situação jurídica extremantecomplicada, Alcebíades Sabino dosSantos vem sofrendo perdas e maisperdas, esvaziando o seu combali-do ativo político. O vice-prefeito Gel-son Apicelo, por exemplo, anda es-palhando pelos quatro cantos da ci-dade que jamais voltaria a comporuma chapa ele e que tem conversa-do com Carlos Augusto, de quem, diz,poderá até ser vice numa eventualdisputa pela sucessão de Sabino.

Sobre o possível apoio de Apice-lo Carlos Augusto diz que isso atéque poderia ser possível. Quantoa mudança de lado dos vereadoresele confirma que apenas dois dobloco de Sabino já estariam fecha-dos com ele, Vanderlam Moraes eAluizio Viana, embora tivesse sidoprocurado pela maioria do agora ex-sabinistas.

O prefeito Alcebíades Sabino dos Santos vem sofrendo perdas e a maioria dos vereadores de Rio das Ostras resolveram pular do barco e já teriam passado para o lado da oposição

DIVULGAÇÃO/CMRO

Prefeito “salvador da pátria” perde força com vereadores de Rio das Ostras e “apanha” nas ruas

Ex-prefeito de Silva Jardim temconta bloqueada pela Justiça

Oex-prefeito de Silva Jardim,Marcelo Cabreira Xavier, o Ze-lão, o ex-vice e ex-secretário

de Educação, Fernando AugustoBastos (ambos do PT) e mais 13pessoas tiveram suas contas ban-cárias bloqueadas pela Justiça emprocesso que apura possíveis frau-des em processos licitatórios paracompra de peças e consertos de veí-culos da frota municipal no períodoentre 2009 e 2012. A ação é a se-gunda em tramitação impetrada pe-lo Ministério Público por possíveisirregularidades em licitações naárea de transporte durante a ges-tão de Zelão. Um dos processos le-vou a Justiça a suspender o con-

trato de aluguel de ônibus para otransporte de cerca de 250 estu-

dantes universitários, porque o MPapontou que a empresa Auto Viação

Esperança contratada para o ser-viço teria vencido um pregão de “car-tas marcadas”.

No dia 2 de fevereiro a empre-sa comunicou à Secretaria de Edu-cação que estaria paralisando otransporte dos universitários porconta de uma decisão judicial emação movida pelo MP, que inves-tiga o contrato e a prestação do ser-viço entre os anos de 2009 e 2012.As investigações do Ministério Pú-blico, nas duas ações, foram ba-seadas em escutas telefônicas au-torizadas pela Justiça, nas quaisteriam sido gravadas conversas en-tre alguns dos réus combinando aslicitações.

Marcelo Zelão e mais 14 pessoas são réus em processo por supostas fraudes em licitação

DIVULGAÇÃO

TSE confirma cassação de trêsvereadores em São Pedro da Aldeia

Pelo menos três suplentes devereador já podem comprar oterno da posse para assumir

em São Pedro da Aldeia. É que de-verá ser publicado nos próximos diasacórdão do Tribunal Superior Eleito-ral (TSE), com a decisão que con-firma a cassação dos vereadoresAndré Luiz Santos, o André de Gil-son (PSB), Luciano de Azevedo Lei-te, o Guga de Mica (PMDB) e JorgeAntônio Lessa Tavares, o Jorginho(PSD). Em substituição a este úl-timo quem será convocado é o se-gundo suplente da legenda, pois oprimeiro, Aguinaldo Sodré, tambémfoi atingido pela sentença. Os qua-tro foram condenados por abuso depoder econômico durante a campa-nha de 2012 e condenados a oitoanos de inelegibilidade com basena Lei da Ficha Limpa.

O grupo foi denunciado pelo Mi-nistério Público Eleitoral (MPE) porterem utilizado medicamentos quedeveriam ser fornecidos gratuita-mente em farmácias populares pa-

ra distribuir entre os eleitores, tro-cando os remédios por votos. Osquatro também foram acusados deusarem influência na SecretariaMunicipal de Saúde, conseguindoatestados médicos para os eleito-res, além de distribuírem receitasem branco.

Relator do recurso impetrado pe-la defesa dos políticos no TSE, o mi-nistro João Otávio de Noronha des-tacou em seu voto que “os docu-mentos obtidos na busca e apreen-são não são apenas indiciários, ao

contrário, revelam o completo des-virtuamento do exercício do cargopelos recorrentes, os quais se uti-lizaram de influência política para,então, distribuir a população caren-te benesses sem qualquer interme-diário, de modo a obter na eleiçãoque se aproximava o apoio das pes-soas beneficiadas”.

No julgamento a Luciana Lóssioafirmou que os quatro denunciados“não apresentaram quaisquer jus-tificativa plausíveis para armaze-namento de tamanha quantidade

de remédio e documentos relacio-nados”. Foi lembrado ainda que umdos vereadores alegou que os me-dicamentos seriam para uso própriode sua mãe. “Tal afirmação não pos-sui qualquer credibilidade quandoconfrontado com o volume de produ-tos apreendidos”, destacou, dizen-do ainda que “a situação se agravaao se constatar que a saúde públi-ca do município vem sofrendo coma deficiência de serviços médicoshospitalares. “É fato notório o verda-deiro caos instalado no município”.

André Luiz Santos (PSB), Luciano de Azevedo Leite (PMDB) e Jorge Antônio Lessa Tavares (PSD) serão substituídos por seus suplentes

DIVULGAÇÃO

Vereador de Macaé écondenado por manterassessor fantasma

Egresso do PT, o vereadorMaxwell Vaz (Solidarieda-de), é um ferrenho oposi-

tor ao governo municipal na Câ-mara de Vereadores de Macaé,onde se coloca como defensorda moralidade e da transparên-cia na gestão pública, mas umadecisão judicial sugere que o par-lamentar pode ser daqueles quese enquadram na máxima do fa-çam o que eu digo e não o queeu faço. É que Maxwell foi con-denado por ato de improbidadeadministrativa e perda do cargopúblico, por, segundo denúnciado MP, manter um funcionáriofantasma em seu gabinete. Pe-la decisão do juízo da 2ª VaraCível do município o vereador te-rá ainda que ressarcir os cofresmunicipais pelos gastos gera-dos pela nomeação do asses-sor em valor a ser calculado.

A condenação é resultado de

um inquérito aberto em 2006 pela1ª Promotoria de Justiça de TutelaColetiva de Macaé para apurar atode improbidade administrativa pelosuposto enriquecimento ilícito dePaulo Roberto Cardoso Miranda,que, de acordo com a denúncia, foinomeado assessor de Maxwell,mas não teria exercido qualquerfunção de fato. A promotoria sus-tentou na ação que Paulo Robertorecebeu salário de 1º de janeiro de2005 e 1º de novembro de 2006,sem a contraprestação de servi-ços.

No inquérito o MP ouviu váriastestemunhas que confirmaram quePaulo Roberto não comparecia aogabinete. O nomeado foi condenadocom a perda do cargo, ao paga-mento de multa e ressarcimentodos cofres públicos. O vereador eo ex-assessor ainda podem recor-rer da decisão do juízo de primeirainstância no Tribunal de Justiça.

Maxwell foi condenado por ato de improbidade administrativa e perda do cargo público

BANCO DE DADOS

De olho na Prefeitura de Rio dasFlores Vicente vai deixar o governo

Atualmente ocupando o cargode subsecretário estadual deGoverno, o ex-prefeito Vicente

Guedes vai se desligar no dia 31 demaio para cuidar de sua pré-can-didatura à sucessão da prefeitaSoraia Graça, a quem deverá en-frentar na disputa pela Prefeiturade Rio das Flores. Guedes, que tam-bém governou o município de Va-lença, foi encarregado pelo gover-nador Luiz Fernando Pezão de au-xiliar o secretário de Governo Afon-so Monnerat na reestruturação ad-ministrativa e funcional da pasta,trabalho que deverá ser iniciado napróxima semana.

Guedes, agora filiado ao PPS,confirmou que depois da reestru-turação da secretaria vai se dedi-car a articulação política visandosua pré-candidatura. “Apesar deainda faltarem quase quatro mesespara a realização das convençõespartidárias que vão indicar os no-mes dos candidatos às chapas ma-joritária e proporcional, o municípiode Rio das Flores já transpira elei-ção”, disse Vicente, revelando ain-da que pretende contar com o apoiodo governador licenciado, do gover-nador interino, Francisco Dornelles(PP) e do presidente da AssembleiaLegislativa, Jorge Picciani.Vicente conta com o apoio de Francisco Dornelles e do presidente da Alerj Jorge Picciani

BANCO DE DADOS

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JORNAL DOS MUNICÍPIOS15 de abril de 2016 3

Projetos que nunca saem do papel

Com o sexto pior Índice de De-senvolvimento Humano (IDH)entre os 92 municípios flumi-

nenses, Silva Jardim é o que podeser chamado de cidade de papel.As gavetas da Prefeitura guardamprojetos para tudo, principalmentepara enganar a população e arre-banhar eleitores crédulos em queas imagens de maquetes eletrôni-cas vão sair do mundo virtual e tor-nar realidade. É o caso, por exem-plo, da reurbanização do centro dacidade, projeto que foi apresentadono dia 30 de março de 2015 du-rante a I Conferência Municipal deMobilidade Urbana. Quem viu asimagens se deparou com uma ci-dade diferente, moderna e cheia deatrativos, mas basta um curto pas-seio pela Rua Luiz Gomes para cairna feia realidade.

O projeto da remodelação docentro surgiu para justificar o que-bra-quebra feito na via pelo pre-feito Anderson Alexandre, que demarreta em punho foi fazer firulapara os comerciantes insatisfeitoscom a obra iniciada na Rua Luiz

Gomes pelo ex-prefeito MarceloCabreira Xavier, o Zelão, que des-perdiçou mais de R$ 1 milhão, par-te de uma verba R$ 2,855 milhõesliberada pelo governo estadual. Oex-prefeito começou uma obra quechamou de revitalização no centrocomercial do município, pagou qua-se a metade do valor contratado enão terminou o serviço e a tal darevitalização foi um fiasco. Com asaída de Marcelo entrou Andersone este resolveu quebrar tudo parafazer de novo e mais bonito, belezae funcionalidade que ficaram ape-nas no papel.

Começar uma obra e não termi-nar foi muito comum na gestão deMarcelo Cabreira. Foi assim commuitas delas, inclusive com as re-volucionárias casas de PVC, projetoque consumiu recursos dos gover-nos federal e municipal e não re-sultou em nada. Anderson tambémé um grande realizador de coisasque não vão para frente e assim omunicípio de Silva Jardim vai ca-minhando para trás e o dinheiropúblico sendo desperdiçado.

O projeto mostra o centro da cidade de Silva Jardim bem diferente da realidade

DIVULGAÇÃO/PMSJ

Sonhos do prefeito Anderson Alexandre não se tornam realidade e ainda sangram os cofres da municipalidade

Relatório do TCE apontaeconomia de R$ 300 milhões

No atual momento de dificulda-des econômicas vividas pe-los governos estadual e mu-

nicipais, o Tribunal de Contas do Es-tado do Rio de Janeiro (TCE-RJ)tem contribuído, de forma expres-siva, para a economia dos recursospúblicos. De acordo com o relatóriode atividades do Tribunal, somentea análise de editais de licitação rea-lizada pelo órgão, ao longo de 2015,resultou numa economia real de R$300.536.021,81, somando-se a re-dução dos valores estimados e a re-vogação de vários editais pelos ór-gãos fiscalizados.

Além disso, com a contenção dedespesas e racionalização dos re-cursos orçamentários e financeiros,o próprio TCE-RJ propiciou a dis-ponibilização de R$ 40.451.589,00do seu orçamento, para serem uti-lizados em outros órgãos estaduais.Apesar de estar autorizado a utili-zar 1,316% da Receita CorrenteLíquida do Estado, o Tribunal man-teve suas despesas de pessoal empatamar inferior, utilizando 1,076%,abaixo também do limite pruden-cial de 1,250%.

O relatório do TCE-RJ revela nú-meros de produtividade e efetivi-dade crescentes em suas ações decontrole, atividade-fim da institui-ção. No exercício de 2015, foraminiciadas e concluídas 963 audi-torias governamentais, ou seja, 116a mais do que em 2014 – e em com-paração a 2011, ano em que foramrealizadas 200 auditorias, esse to-tal quase quintuplicou.

No decorrer do ano, os 829 ór-gãos, entidades, fundos jurisdicio-

nados e o TCE-RJ deram origem àformalização de 127.692 novosprocessos, mais do que o dobro donúmero de processos de 2014. OCorpo Instrutivo instruiu 211.026processos, o que representa um au-mento de mais de 37% em relaçãoao ano anterior e o Plenário exa-minou 162.936 processos – em2014, esse número foi de 123.683processos. Os 2.076 acórdãos ex-pedidos no período resultaram nototal de R$ 109.765.035,86, sendo R$12.095.577,66 em multas aplicadase R$ 97.669.458,20 em débitos im-putados. Em 2014, foram 1.754acórdãos expedidos, perfazendo ototal de R$ 87.867.649,97.

Em 2015, 441 processos deprestação ou tomada de contas fo-ram julgados irregulares pelo Ple-

nário do Tribunal, com impu-tação de débito e/ou aplicaçãode multas no valor total de R$98.738.489,18. Esse montanteé superior ao de 2014, quando359 processos de mes-ma na-tureza foram julgados irregula-res, com imputação de dé-bito e/ou aplicação de multas novalor total de R$ 81.404.514,57.

Da mesma forma, 890 pro-cessos de atos e contratos fo-ram julgados ilegais pelo Tribu-nal, com imputação de débitoe/ou aplicação de multas novalor de R$ 3.318.009,65, en-quanto em 2014 os númerosforam: 784 processos, com im-putação de débito e/ou aplica-ção de multas no valor de R$2.047.736,57.

Tribunal de Contas tem contribuído de forma expressiva para a economia dos recursos públicos

BANCO DE DADOS

OTribunal de Contas do Estadodeverá notificar o ex-prefeitode Silva Jardim, Marcelo Ca-

breira Xavier, o Marcelo Zelão, pararessarcir o Tesouro Estadual em R$1.362.649,20, total corresponden-te, em valor corrigido, ao repassede R$ 1 milhão recebido pelo mu-nicípio em 2009, a título de ajudafinanceira para recuperação deáreas atingidas pelas fortes chuvasque inundaram vários bairros. O di-nheiro foi transferido pela Assem-bleia Legislativa e Zelão - que dei-xou o governo no dia 31 de dezem-bro de 2012 - no entender dos au-ditores do Tribunal de Contas, nãocomprovou a prestação dos servi-ços que teriam sido executados como recurso doado pela Alerj.

De acordo com o processo TCE-RJ - 109.406-9/11, desde 2014 queo ex-prefeito vem tentando evitara devolução do dinheiro e chegouaté a alegar que não havia recebidonotificação da corte de contas paracomprovar as despesas, sugerindoque a comunicação havia sido re-tida na Prefeitura e que ele não teriamais acesso aos documentos, em-bora o tribunal viesse cobrandoexplicações desde o dia 13 de de-zembro de 2011, quando foi expe-dida a primeira comunicação dedeterminação. Por conta de váriosdocumentos que comprovam queZelão sabia das irregularidades naprestação de contas e dos ques-tionamentos do tribunal a alega-ção da defesa do ex-prefeito foi der-

rubada pelo TCE no seguinte des-pacho: “apesar do Sr. Marcelo Ca-breira Xavier informar que por al-gum problema administrativo nãorecebeu o expediente relativo ao

presente processo, consta à fls.106, cópia da Guia de Remessade Ofício nº 6895/2014, com o re-cebimento pelo próprio, do referidoexpediente”.

Do processo, que está em fasede conclusão, consta parecer con-trário ao ex-prefeito dado pela pro-curadora Aline Pires Carvalho As-suf, do Ministério Público Especial,

que pontua que considera o Zelão“responsável pela presente pres-tação de contas” e que a falta decomprovantes de despesas assina-dos por dois servidores (atestandoa execução dos serviços ou a rea-lização da obra) “não comprova autilização dos recursos repassadospela Assembléia Legislativa do Es-tado do Rio de Janeiro ao municípiode Silva Jardim”.

O parecer foi pela citação do ex-prefeito a apresentar, em 30 dias,uma defesa sustentada pelos do-cumentos que deixaram de ser en-tregues com a prestação de contasdo exercício de 2009 ou pelo reco-lhimento, no mesmo prazo, da quan-tia de R$ 1.362.649,20 ao TesouroEstadual.

Onde foi parar o dinheiro da enchente Zelão?

O ex-prefeito Marcelo Zelão não comprovou os gastos dos serviços que teriam sido executados com os recursos doados pela Assembleia Legislativa do Estado

BANCO DE DADOS

Mesquita paga caro porprecária coleta de lixo

“Proibido: acesso negado. Vocênão tem permissão para exibiresse diretório ou página usan-

do as credenciais fornecidas.” Esteé o aviso dado no site oficial da Pre-feitura de Mesquita aos contribuin-tes que nos últimos dias vem ten-tando acessar o Portal da Transpa-rência para exercer o controle so-cial sobre as contas da municipa-lidade garantido a todo e qualquercidadão pela legislação vigente nopaís, sem a necessidade de cadas-tro ou autorização do órgão público.Com esse impedimento o prefeitoRogelson Sanches Fontoura, o Gel-sinho Guerreiro evita, por exemplo,que os moradores da cidade - quevem sofrendo com a precariedadedos serviços essenciais - fiquem sa-bendo que Mesquita paga caro, des-de janeiro de 2013 por uma coletade lixo ineficiente, serviço de lim-peza que foi contratado sem licita-ção logo nos primeiros dias da ges-tão de Gelsinho, que não foi encon-trado para falar sobre o assunto.

Foi por estas e outras razõesque o Tribunal de Contas do Estado,em reunião plenária realizada naúltima terça-feira, decidiu suspen-der, mais uma vez, o edital de lici-tação para o recolhimento do lixo,que apresentou várias irregulari-dades. Com o valor global de maisde R$ 11 milhões e com pelo me-nos 25 pontos obscuros, o editalfoi lançado em novembro do anopassado e apesar de notificadopelo TCE para esclarecer os pontosesquisitos o prefeito não tomou ne-nhuma providência, o que acaboulevando a corte de contas a sus-

pender a licitação mais uma vez.Alegando emergência o prefeito

Gelsinho Guerreiro dividiu os ser-viços de coleta de lixo e contratousem licitação as empresas InovaAmbiental Assessoria e Comércioe Local Rio Serviços de Limpeza pa-ra prestarem, pelo prazo de 90 dias,os serviços de coleta de resíduossólidos domiciliares e hospitalares.A primeira foi contratada por R$3.751.344,33 e a segunda por R$1.448.649,48, mas passados maisde dois anos desde estes contratossem licitação a Prefeitura não in-forma quanto está desembolsandoatualmente com a limpeza pública.Em relação a Inova Ambiental aPrefeitura publicou na semanapassada uma confissão de dívidano total de R$ 1.636.131,45, termoreferente a restos a pagar do exer-cício de 2015, mas pelo menos nocaso da caso da coleta de lixo podese dizer que administração muni-cipal não está agindo às claras epode estar até manobrando para

evitar ampla concorrência que po-deria reduzir os custos e melhoraros serviços.

Quanto ao edital suspenso naúltima terça-feira o TCE recomen-dou as alterações e apontou comofalhas graves “falta dos cálculos pa-ra aquisição de equipamentos, mãode obra e outros serviços que de-veriam integrar a estimativa orça-mentária”, além da “incompatibi-lidade entre os serviços previstose aqueles que constam da planilhaorçamentária”. Na primeira ava-liação do edital (em 26 de novem-bro) o já havia orientado a altera-ção de 25 itens e deu prazo de 30dias para as correções. O prazo ven-ceu, as alterações não foram feitase no dia 23 de fevereiro o prefeitopediu prorrogação, o que está sen-do visto como uma manobra deGelsinho Guerreiro para manter aprestação dos serviços sem o de-vido processo licitatório, alongandouma emergência alegada no dia 3de janeiro de 2013.

O Prefeito Gelsinho Guerreiro contratou serviço de limpeza, sem licitação, no início de sua gestão

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JORNAL DOS MUNICÍPIOS 15 de abril de 20164

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JORNAL DOS MUNICÍPIOS15 de abril de 2016 5

INFORME DOS MUNICÍPIOS

Candidato a deputado estadualpelo PRTB em 2014, o médico

Fábio Simões teve 5.191 votosna cidade, o que lhe despertoupara uma nova disputa, a suces-são do prefeito Alcebíades Sabinodos Santos, uma alternativa quejá começa a ser comentada nasruas. Fábio é pré-candidato aprefeito, terceiro nome local quejá assumiu essa condição. Umquarto nome, o do ex-deputadofederal Adrian Mussi, também jáestá sendo aventado, mas essapré-candidatura está sendo vistaapenas como uma aventura e háaté quem deboche das preten-sões do macaense Mussi.

Para algumas lideranças lo-cais, a pré-candidatura de FábioSimões se coloca entre as duaslideranças políticas mais fortesdo município, o prefeito Alcebía-des Sabino e o ex-prefeito Carlos Augusto Balthazar, mas ainda tem o vice-prefeito Gelson Apicelo, José Gui-marães Salvador, o Zezinho Salvador e o vereador Alberto Moreira Jorge, o Betinho, que poderá ser o homemde Sabino, se este não puder registrar candidatura por conta das pendências que tem na Justiça.

Médico se apresenta como pré-candidatoa prefeito de Rio das Ostras

Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique.Todo o resto é publicidade.

George Orwel

Professores de Araruama recebem treinamentodo Programa Caminhos para a Cidadania

Em parceria com a Prefeiturade Araruama, a Concessioná-ria CCR Via Lagos foi realizado

o 1º Encontro Pedagógico de 2016do Programa Caminhos para a Cida-dania. O evento aconteceu na Es-cola Politécnica com a participaçãode professores da rede municipal deensino.

Os profissionais de educação par-ticiparam do treinamento para apli-cação dos temas segurança de trân-sito, preservação ambiental e cida-dania, nas salas de aula do 4º e 5ºanos. Ao longo do ano, os professo-res participam de diversas ativida-des, que abordam técnicas de en-sino do conteúdo do Programa, alémde dinâmicas que estimulam o de-senvolvimento de atividades lúdi-cas com os alunos.

O projeto oferece às criançasaulas regulares de Educação parao Trânsito e Meio Ambiente, inte-

grando esses temas às disciplinascurriculares. Tem um material di-dático exclusivo, com livros para alu-

nos e educadores, e atividades com-plementares, como peças teatrais,blitz e campanhas educativas.

Os profissionais de educação participaram do treinamento para aplicação dos temas segurança de trânsito, preservação ambiental e cidadania

BANCO DE DADOS

Comunidade do Roncalliganha nova creche

Os moradores do bairro Sar-gento Roncalli já podemcontar com um local ade-

quado para deixarem seus fi-lhos enquanto trabalham. A Se-cretaria Municipal de Educaçãofez a entrega de uma nova cre-che no bairro Sargento Roncalli,projeto executado com recursospróprios. A Creche MunicipalMaria Lúcia Netto dos Santostem capacidade para atender até250 crianças, de um e dois anos,com ações didáticas, cuidadoscom a saúde, higiene, alimen-tação, educação e recreação.

Segundo a Secretaria de Edu-cação somente na atual gestão fo-ram criadas 2.800 vagas paracrianças de zero a cinco anos, coma rede contando hoje com cercade seis mil vagas. “É gratificantetrazer para a população belforro-xense mais essa conquista. Commuita garra e suor conseguimosentregar essa nova creche. Por issoque eu digo, nada é impossívelquando se tem fé. Seguimos tra-balhando com força total para tra-zer educação e saúde de qualidadepara o município”, afirmou o pre-feito Dennis Dauttmam.

Prefeito Dennis Dauttmam inaugura a Creche Municipal Maria Lúcia Netto dos Santos

BANCO DE DADOS

Crise não atrapalha investimentosna área de Saúde em Magé

Orecém-inaugurado Centro Ci-rúrgico do Hospital de Magévai funcionar com uma equi-

pe de três cirurgiões, um anestesis-ta e uma instrumentadora, profis-sionais que serão incorporados as

equipes cirúrgicas que já atuam namesma unidade geral e no HospitalMunicipal Hugo Braga, em Piabetá.O anúncio foi feito pelo prefeito Nes-tor Vidal, que apresentou um balan-ço dos investimentos feitos no se-

tor de Saúde, área que vem sendoduramente atingida pelo corte nosrepasses federais e estaduais, masque em Magé, explica o secretárioSidney Couto Sidney Couto, vem re-cebendo tratamento diferenciado.

O centro cirúrgico conta com mo-nitores multiparâmetros, respirado-res, desfibriladores, incubadoras neo-natal, mesa ginecológica, detecto-res fetais, monitores cardiotocógra-fo, aparelhos de ecodoppler e ultras-sonografia, ventilador pulmonar,ventilador neonatal, ventilador pul-monar de transporte e kit cpap na-sal adulto. Ao todo, informa Nestor,foram investidos mais de R$ 3 mi-lhões na compra dos equipamen-tos, que foram distribuídos para osdois hospitais, três unidades depronto atendimento e para a Poli-clínica de Santo Aleixo, que tambémganhou uma Sala de Oftalmologiana Policlínica de Santo Aleixo, pas-sando a oferecer serviços de con-sultas e exames oftalmológicos. Deacordo com a Secretaria de Saúdea rede tem atualmente 62 leitos deinternação.

Foram investidos mais de R$ 3 milhões na compra de equipamentos distribuídos para os dois hospitais, três unidades de pronto atendimento e para a policlínica

BANCO DE DADOS

Uma decisão monocrática to-mada pelo ministro Luiz Fux

em março e publicada na sema-na passada pelo Tribunal Supe-rior Eleitoral pode dificultar ascoisas para o pré-candidato aprefeito de Guapimirim pelo PDT,Jocelito Pereira de Oliveira, o Ze-lito Tringuelê. Fux rejeitou agravointerposto pela defesa de Zelitoem uma ação penal eleitoral, naqual o Tribunal Regional Eleitoraldo Rio de Janeiro - depois de Ze-lito pleitear a extinção do pro-cesso com possibilidade de sefazer uma transação penal paraevitar o prosseguimento da ação- abrir vista ao Ministério PúblicoEleitoral. O ministro entendeuque não cabia um recurso es-pecial contra a decisão do TRE-RJ e o processo voltará a seranalisado pelo MPE e depois re-tornará para julgamento.

Em perigo

Tem concerto

Para quem aprecia música dequalidade, não pode perder o

Concerto de Violinos que aconte-ce nesta sexta-feira, ás 19h, naCasa de Cultura José GeraldoCaú. A apresentação será feitapelos alunos do Projeto Renascer,que existe há cerca de 10 anosno município de Saquarema e con-ta com dezenas de alunos comidades entre 6 e 18 anos, sob aregência do Professor e MaestroGilmar Costa. O evento é uma rea-lização da Prefeitura de Ara-ruama, através da Secretaria deCultura. A entrada é gratuita.

Tecnologia a serviço da lei

ASecretaria de Fazenda de Japerisegue na vanguarda quando o as-

sunto é fiscalização tributária. Graçasà aprovação da Lei Municipal 1319/2015, que estabelece a criação doDFC (Domicílio Fiscal do Contribuinte),os fiscais tributários contam com umaimportante ferramenta de trabalho.Agora é possível os agentes aplicaremeletronicamente o TIAF (Termo de Iní-cio de Ação Fiscal), notificações e au-to de infração. De dentro da secretariaé possível enviar as sanções tributá-rias aos contribuintes que possuemAlvará de Licença de Funcionamentoe que estão em atraso com relação aalguma contribuição municipal, comoa Taxa de Localização de Estabeleci-mento (TLE), Tava de Fiscalização de

Estabelecimento (TFE) ou Imposto So-bre Serviço de Qualquer Natureza(ISSQN). Já aqueles contribuintes semo alvará, os fiscais poderão, dentro dequalquer estabelecimento não licen-ciado, efetuar o início de ação fiscalgraças a um tablet e uma impressora

portátil similar a que é utilizada pelaPolícia Rodoviária Federal. Tambémserá possível notificar ou até mesmomultar os estabelecimentos irregula-res emitindo as sanções na hora eefetuar a entrega imediata da açãopunitiva ao comerciante infrator.

Em honra a grana

Osenador Marcelo Crivella esteveem Cabo Frio para receber mo-

ção de aplausos conferida pela Câ-mara de Vereadores, motivada pelaajuda que o parlamentar dado paraque o município receba a liberaçãoda verba referente às perdas com orepasse dos royalties do petróleo.Contando centavos para pagar ascontas o prefeito Alair Correa só fal-tou chorar na hora do discurso. “Em46 anos de vida pública, jamais seviu, jamais passei por um momentotão difícil. Tem dois anos que estouperegrinando, tem horas que recuo,me recolho para depois avançar.Quem, lá atrás, foi capaz de realizar,transformar e mudar uma cidade,não pode perder sua essência deseu conhecimento, da sua experiên-

cia, da sua capacidade realiza-dora. É preciso que a populaçãopudesse entender que, foram ti-rados os recursos, por mais ca-paz que eu fosse, por mais inte-ligente, por mais competente,não poderia traduzir a vontade,o sentimento em promover rea-lizações para o povo. SenadorCrivella está sendo um anjo queestá passando em nossas vi-das”, disse Alair.

Multa salgada

Opresidente do Consórcio Noroeste Fluminense, Alfredo Paulo MarquesRodrigues, e os seus gestores têm 15 dias para apresentar as alte-

rações determinadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro(TCE-RJ) no edital de concorrência, de 2014, lançado para realização deconcessão pública de serviços de gerenciamento de resíduos sólidosurbanos naquela região do estado. Os custos dos serviços estão estimadosem R$ 112.262.402,40 pelo prazo de 20 anos. O contrato com a empresavencedora da concorrência incluirá o manejo de resíduos sólidos urbanose decorrentes de serviços de saúde e de construção civil. A empresaficará responsável, também, pela operação e manutenção de centro detratamento e de destinação final de resíduos sólidos.

Em tempos de dureza...

Embora quase a metade dos seus servidores esteja pendurada com ainstituição, a Prefeitura de Campos e a Caixa Econômica Federal

(CEF) assinaram a renovação de convênio que permite aos servidoresativos e inativos obterem empréstimos consignados em folha de paga-mento com taxas de juros de menos de 2% ao mês. O convênio foi as-sinado pelo secretário de Gestão de Pessoas Contratos, Fábio Ribeiro, epela gerente geral da agência Caixa do Centro de Campos, Ana Paula deAraújo Madureira Bastos. O contrato permite a obtenção de crédito pelofuncionário junto ao banco com parcelas normalmente abaixo daquelaspraticadas pelo mercado. Mais de oito mil servidores já têm empréstimoscom a Caixa, o que representa um universo de quase 50% do quadro deservidores efetivos. “Neste tempo de crise é importante que o servidortenha uma oportunidade de ter acesso a crédito com taxas bastante re-duzidas”, destaca Fábio Ribeiro.

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JORNAL DOS MUNICÍPIOS 15 de abril de 20166

Atualmente quando se fala em“beleza” fatalmente o que selembra logo em primeiro lu-

gar é o peso, ou seja, mulheres ehomens só são considerados bo-nitos e na moda se foram magros,se tem o bumbum durinho ou bar-riga de tanquinho ou se as rugas fo-rem apenas aquelas “de expressão”.

Isso virou uma espécie de ob-rigação e criou uma neura na ca-beça de algumas e de alguns, fa-zendo com que busquem este pa-drão de beleza a qualquer preço.A saúde ficou em segundo plano.Vale emagrecer, a qualquer preço.

É comum ver pessoas “se ma-tando” na malhação; quando so-bem na esteira ficam de olho nascalorias perdidas a cada passadaao invés de prestarem atenção setanto impacto não está fazendomal as articulações dos joelhosou aos músculos; alimentam-sede tudo o que a mídia oferece pa-ra emagrecer sem se importaremcom a composição de determina-dos produtos e o quanto isto lhesfaz mal para o organismo.

Na busca pelo corpo e pelasaúde perfeita, muitos homens emulheres dedicam boa parte deseus dias e semanas trancadosem academias e clubes. Treinandoaté a exaustão, alguns considerama falta de exercícios físicos o prin-cipal problema para a insatisfa-ção com o próprio corpo ou coma saúde. Entretanto, poucas pes-soas dão o devido valor para a im-portância da alimentação ade-quada na busca pelo bem-estare pela qualidade de vida.

Especialistas em Nutrição ex-plicam que a alimentação mo-derna está fazendo com que o serhumano, aos poucos, prejudique

seu próprio corpo e sua saúde.Quando as pessoas decidem ema-grecer acabam fazendo da formaincorreta, cortando da alimenta-ção itens indispensáveis para oequilíbrio do corpo. O mesmoacontece com quem deseja sealimentar melhor e, por contaprópria, define o próprio cardápio,o qual muitas vezes está inade-quado para seu estilo de vida.

A alimentação equilibrada, de

um modo geral, deve ter elemen-tos que previnam deficiências nu-tricionais, tais como o Licopeno,encontrado na cenoura, mamão,manga e couve; a Fibra presentenas frutas, legumes, verduras eaveia; Flavonóide que tem nossucos naturais de uva, morangoe ameixa ou no repolho; Isoflavo-na encontrada principalmente nasoja em grão; incluir peixes, ricosem ácidos graxos e Ômega 3.

Continuando com a palavra osespecialistas em Nutrição, o nossocorpo para trabalhar de formaadequada, necessita de todos osmacros nutrientes (carboidratos,proteínas, gorduras) e micros nu-trientes (vitaminas e sais mine-rais). A reeducação alimentar tema finalidade de aprendermos acomer de tudo sem exageros, deuma forma equilibrada, com ali-mentos que garantam uma boanutrição, respeitando a individua-lidade de cada pessoa. Um ali-mento por si só não tem a capa-cidade de fazer emagrecer, masaprendendo a se alimentar deforma adequada e respeitando oshorários conseguimos atuar naredução e na própria manutençãodo peso.

A celulite tira o sono de muitasmulheres e envolve fatores hor-monais, vasculares, neuroendó-crinos, erros alimentares e se-dentarismo, levando a umaalteração do relevo cutâneo. Paraajudar a amenizar estas altera-ções, é aconselhável diminuir oconsumo de sal, enlatados, ali-mentos em conserva, frituras,embutidos e alimentos industria-lizados, pois aumentam o acú-mulo de toxinas. Dar preferênciaa consumo de frutas, alimentosintegrais, verduras e legumes -crus ou cozidos ao vapor – e tem-peros naturais.

A dor de cabeça tira o ânimode qualquer um. Quem tem von-tade de se produzir e encarar umabalada se a cabeça “martela”sem parar? Muitos fatores podempiorar este grande mal que afetaos brasileiros, entre eles: o usode analgésicos em excesso, lon-gos períodos de jejum, tabagismo,

uso de contraceptivos orais, sonoinadequado, estresse, falta daprática de exercícios físicos re-gulares e, principalmente, o com-ponente alimentar, que é muitoimportante.

Não se esquecer de que a prá-tica de exercícios físicos regularese modificações do estilo de vida,como tabagismo, etilismo e se-dentarismo evitam diversos pro-

blemas de saúde e contribuem –muito – para alcançar os resul-tados esperados, ou seja, a tãoalmejada beleza.

Ficou confuso? Não sabe poronde começar a montar o seuprato? Consulte um médico nu-tricionista e depois vá a uma aca-demia e converse com o personaltrainer, que vai te orientar e teajudar a sair do sedentarismo.

A água é ingredientefundamental para o bom

funcionamento doorganismo

FOTOS: GB IMAGEM

Malhação e alimentação de mãos dadasQuando se pensa em beleza, não dá para descuidar da saúde; quanto melhor o funcionamento do organismo, mais belo o corpo será

Os exercícios físicos são poderosos agentes de beleza, desde que praticados de forma adequadae respeitando os limites do corpo. O ideal é sempre consultar um profissional qualificado

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JORNAL DOS MUNICÍPIOS15 de abril de 2016 7

Macaé agiliza obras na Nova Holanda

Instalação das redes de esgoto,de águas pluviais, de água po-tável, pavimentação das ruas e

becos, construção de calçadas einstalação de meios-fios, além daEstação de Tratamento de Esgoto(ETE) Nova Holanda, em terreno decerca de cinco mil metros quadra-dos próximo à Avenida HildebrandoAves Barbosa são os trabalhos emexecução. Quem visita hoje a co-munidade Nova Holanda pode cons-tatar os benefícios que o bairro re-cebe para oferecer aos cerca de 25mil moradores melhor qualidade devida. Hoje, todas as ruas estão pa-vimentadas, com redes de esgota-mento sanitário, pluvial e de águapotável, faltando apenas a Rua 1,que se localiza em frente ao Canalda Nova Holanda.

“Todas as ruas são atendidas,inclusive os becos com as redes ea pavimentação. As obras da Esta-ção de Tratamento de Esgoto tam-

bém continuam, depois que o pro-jeto da ETE foi readaptado, passan-do do tratamento secundário pre-visto inicialmente para o tratamen-

to terciário, dentro das normas am-bientais”, destacou a engenheira AnaPaula Paiva, que fiscaliza as obras,explicando que da rede de esgoto

já foram executados 9.007 metros,faltando apenas 821 metros paraa conclusão. A rede pluvial contacom 6.663 metros executados, fal-

tando 111 metros. No total, 8.676metros da rede de água potável jáestão instalados e para conclusãofaltam 1.042 metros.

Estão em processo de execuçãoas três elevatórias que vão atenderà drenagem, que tem como receptoro Canal Macaé-Campos, e tambémas duas elevatórias. Para coletar aágua pluvial do bairro, a Nova Ho-landa vai contar com dois piscinões,um dos quais localizado próximo àponte de entrada no bairro e quevai receber a rede de drenagem econtará com bombas que vão levara água recolhida para o Canal Ma-caé-Campos.

As obras da ETE Nova Holanda,com a mesma tecnologia da ETEMutum, também continuam, no pro-cesso de montagem do costado(parede externa) e dos comparti-mentos internos. Essa ETE vai cap-tar e tratar 55 litros de esgoto porsegundo, com capacidade para aten-der cerca de 40 mil pessoas da NovaHolanda e Nova Esperança. A redede esgotamento sanitário é instala-da com 6.550 metros de tubulação.

Comunidade Nova Holanda pode constatar os benefícios que o bairro recebe para oferecer aos cerca de 25 mil moradores melhor qualidade de vida, com redes de esgoto, pluvial e de água potável e a pavimentação

GUGA MALHEIROS

Segundo a Secretaria de Obras Públicas, faltam apenas 5% dos serviços que contemplam todo o bairro com infraestrutura urbana

Mil famílias de baixa rendaganham novas moradias

Mil famílias do Rio de Janeiroreceberam as chaves dosimóveis nos condomínios

Mikonos e Santorini, do programaMinha Casa Minha Vida, da CaixaEconômica Federal, na Zona Oesteda cidade. Os empreendimentos, lo-calizados em Santa Cruz, foram en-tregues pela presidente Dilma Rous-seff, o governador em exercício,Francisco Dornelles e o prefeitoEduardo Paes. As moradias benefi-ciam famílias com renda de até R$1,6 mil, sorteadas pela Prefeitura doRio entre pessoas preferencialmen-te transferidas de áreas de risco.

Os apartamentos têm sala, doisquartos, cozinha, banheiro e áreade serviço. Os condomínios contam

ainda com acessibilidade e equi-pamentos como quadras de es-porte, salão de festas e estaciona-mento. O local onde foram cons-truídos os empreendimentos temainda terminal rodoviário, uma es-tação de trem e do BRT Transoeste,ligando Santa Cruz à Barra.

“Cumprimento cada uma das fa-mílias que hoje recebem a chave dacasa própria. Esses imóveis signi-ficam uma mudança muito boa pa-ra todas essas pessoas. Esse pro-grama também é uma fonte de em-prego muito importante na constru-ção civil. Já beneficiamos mais de 2,6milhões de famílias”, disse Dilma.

Cada morador pagará por mêsapenas 5% do valor de sua renda

mensal pelos apartamentos. NoEstado do Rio de Janeiro, o pro-grama Minha Ca-sa MinhaVida já beneficiou 404,8 milpessoas com a entrega de101,2 mil unidades habitacio-nais. Atualmente, o municípioconta com 77.365 unidadescontratadas (entregues ou emconstrução) do programa,sendo 35.023 para famílias debaixa renda.

“É uma grande felicidadeparticipar de inaugurações im-portantes para a população ca-rioca. Construções como essasgarantem a qualidade de vidade milhares de famílias”, afir-mou Dornelles.

As moradias foram entregues pela presidente Dilma Rousseff e o governador em exercício Francisco Dornelles

MARCELO HORN

Escola para autistas oferecenovas especialidades

AEscola Municipal ProfessoraMariza Azevedo Catarino ini-ciou o ano letivo de 2016 am-

pliando seus atendimentos. Agora,a unidade de ensino especial paraautistas oferece os serviços de fi-sioterapia, psicologia e fonoaudiolo-gia, como complementos educacio-nais na perspectiva da educaçãoinclusiva.

Apesar dos serviços serem vol-tados para os alunos, a psicologiatambém atuará junto a família doestudante, caso seja necessário.Porque os resultados educacionais,com a parceria da família, são maiseficazes e favorecem a prática emsala de aula.

“A escola trabalha a especifici-dade de cada aluno e faz um acom-panhamento com a família paramelhorar o desenvolvimento da cri-ança. O nosso atendimento é vol-tado para todo o universo do au-tista. Trazer a família para dentro daescola é fundamental nesse pro-cesso de aprendizagem deles. Nósinstruímos os responsáveis para quedêem continuidade em casa a tudoque é ensinado na escola”, explicaa psicóloga Helena Maria da SilvaSantos.

O trabalho vem ajudando o edu-cador a refletir e conhecer sobre odesenvolvimento humano e os pro-cessos ensino/aprendizagem combase nos fundamentos teóricos quesustentam sua prática. Com isso,ele pode compreender e encaminhar,

com clareza, o percurso de escola-rização de seus alunos, evitandoos excessivos encaminhamentos.

A fisioterapeuta Magda Fernan-des afirma que o principal objetivoda fisioterapia é reabilitar, promo-ver a saúde e estabelecer uma vidamais saudável, estando compreen-didos os atendimentos aos jovense adultos.

Magda também destaca que afisioterapia deve contribuir, inicial-mente trabalhando no desenvolvi-mento motor e, posteriormente, ati-vando áreas da concentração e dainteração social. Ela ainda contribuicom atividades para a eliminaçãode barreiras arquitetônicas; melhorada acessibilidade; adaptações demobiliários e materiais; bem comohabilitar a pessoa com deficiência

com posturas e movimentos favo-ráveis para o desempenho do corpodiscente.

Segundo a chefe da Divisão deEducação Especial, Denise Pereira,o serviço de fisioterapia é de sumaimportância, por ser mais uma açãoque visa favorecer o desenvolvi-mento das habilidades dos nossosalunos na perspectiva da educaçãoinclusiva. Não apenas para o de-senvolvimento físico, mas tambémpara o engajamento social.

Os pais dos alunos aprovaramas novidades da escola, que é umareferência na Baixada Fluminense.A dona de casa Francisca Cordeiro,de 39 anos, tem duas filhas comautismo que estudam na Mariza esó tem elogios a fazer a unidade deensino para alunos com deficiência.

A fisioterapeuta Magda Fernandes realiza seu trabalho com um aluno autista

GLAUCIO BURLE

Curso prepara alunos de Barrapara ingresso em cursos técnicos

Osonho de muitos estudantesem conseguir uma vaga emescolas técnicas começou a

ser realizado em Barra de São João.Cerca de 30 jovens iniciaram ocurso preparatório para o ingressoem diversas instituições públicas eprivadas. O curso faz parte do pro-jeto “Apontando caminhos e cri-ando possibilidades”, desenvolvidono CIEP 406 Municipalizado Lude-vis Teixeira Bastos e, atende gratui-tamente, além dos alunos dos 8ª e9ª anos do Ensino Fundamental, acomunidade em geral. A ação é rea-lizada pela Prefeitura, por meio daSecretaria Municipal de Educação.

Apesar deste ser o segundo anode funcionamento desta iniciativa,os resultados já apareceram. Em2015, dos 17 alunos que fizeramprovas para processos seletivos,13 foram classificados com a notaexigida. “Nossa intenção é fornecersubsídios para que possam resol-ver estas provas e, ao mesmotempo, colaborar para a realizaçãodo sonho de cada um”, disse umdos coordenadores do projeto, Ro-

gério Augusto. O curso conta com professores

qualificados que repassam conhe-cimentos das disciplinas exigidasnestas avaliações. “Desde o pri-meiro momento incentivamos estainiciativa que acrescenta muitopara o engrandecimento destes es-tudantes. É com muito conheci-mento que eles poderão vencer osdesafios da vida”, disse a secre-tária da pasta, Sonia Coêlho.

A jovem Danielle Caetano aindanão sabe qual curso técnico querseguir, mas disse ter afinidade paraáreas relacionadas a informática.“Procurei aqui para ter um conhe-cimento melhor na hora de fazer a

prova. Isso que vai me ajudar tam-bém nas aulas do ensino regular”.Já a estudante, Suellen Ferraz querfazer o curso Técnico em Meio Am-biente. “Diante do cenário das pro-fissões, um curso técnico vai meajudar muito”.

O curso oferece 60 vagas, por-tanto, quem ainda quiser participardeve procurar a secretaria do CIEP406, que fica localizado na Rua Je-rônimo Gonçalves, 1831, BairroVila Nova, e preencher o formulário.Os menores de idade devem terautorização dos pais. As aulasacontecem de segunda a sexta-feira, de 18 às 20h15min, e se-guem até o final de novembro.

O curso preparatório faz parte do projeto “Apontando caminhos e criando possibilidades”

MAGNO LOPES

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JORNAL DOS MUNICÍPIOS 15 de abril de 20168

Para quem gosta de novelas deépoca, “Liberdade, Liberdade”será uma boa opção. A trama

estreiou na segunda passada natela da Globo e deverá ser exibidana faixa das 23 horas, infelizmenteum horário ingrato para quem temque levantar cedo para trabalharno dia seguinte.

A novela está sendo escritapor Mario Teixeira baseada em ar-gumento de Marcia Prates e temdireção artística de Vinicius Coim-bra. O enredo vai viajar no tempoe voltar ao Brasil do Século XVIII,mais precisamente em Vila Ricana capitania de Minas Gerais. Ahistória começa no período da In-confidência Mineira, de JoaquimJosé da Silva Xavier – o Tiraden-tes –, e se desenvolve na épocaem que a família real portuguesavem para a colônia, nas Améri-cas. Mas não se engane. Esta nãoé mais uma história sobre Tira-dentes, figura que marcou o país.Esta é uma história ficcional so-bre Joaquina (Mel Maia/AndreiaHorta), a filha de Tiradentes (TiagoLacerda) e Antônia (Leticia Saba-tella). A menina nascida no Brasil,que fica órfã e é criada por um amá-vel estranho em Portugal. Ao longoda trama, ela retorna ao Brasil,onde seus pais morreram para setornar o símbo-lo da luta contra acoroa portuguesa.

O calor na pele é quase insu-portável. O suor externa o que o cor-po já não consegue aguentar. Ho-mens e mulheres negros carregampeso, carregam pessoas, carregamsuas almas vendidas aos brancos.Poeira, marcas do tempo, manchase cicatrizes maculam tudo e todos.Os olhos acostumados ao luxo dou-

rado da Coroa Portuguesa, em Lis-boa, se deparam com uma realidadehá muito esquecida por ela. Aslembranças dos últimos dias noBrasil, ainda criança, trazem adura imagem do enforcamento dopai. Um sonhador, um herói. Nãopara os outros, mas para ela.

“Rosa”, alguém a chama. É Ra-poso (Dalton Vigh), o homem que asalvou do infortúnio. A volta ao Bra-sil, vinte anos depois, traz à tonatodo o passado e o nome que car-

rega escondido: Joaquina. A mu-lher que carrega no sangue a lutapela revolução de um país. A mu-lher que carrega a coragem pararevolucionar a si mesma.

“Essa é a história de uma mu-lher que vive nesse período con-turbado do país, em que o Brasildeixa de ser colônia e passa aser a capital da Coroa Portuguesa.É um período de revolução, domovimento da Inconfidência Mi-neira e de outros movimentos que

desembocaram na Independênciado Brasil”, define o autor Mario Tei-xeira. “O que mais me interessa emcontar a história de Joaquina é aemoção que às vezes me assaltalendo o texto. É o Brasil, o amor quetemos por essa terra”, pontua Vi-nícius Coimbra, diretor da trama.

No início deste ano a equipede “Liberdade, Liberdade” come-çou os encontros e preparaçõespara recriar o Brasil colônia. Alémde consultar livros, filmes e obras

de arte sobre o período, a equipeparticipou de palestras, leiturasde capítulos em grupo e diversasaulas. Luta, esgrima, equitação,condução de charrete e etiquetaforam algumas das atividades ex-perimentadas pelo elenco.

Depois desse momento inicial,cerca de 90 pessoas viajarampara Diamantina, Minas Gerais,onde deram início às gravaçõesda novela. Já as gravações danovela no Rio de Janeiro come-

çaram na primeira semana de fe-vereiro. O Forte de São João, naUrca, foi transformado no cais doporto do Brasil colônia. O cenáriomarca o primeiro capítulo da tra-ma, onde Tiradentes recebe o li-vro da independência norte-ame-ricana e de onde Raposo partepara Portugal levando a pequenaJoaquina. É lá também onde acon-tece a chegada de Raposo, Joaqui-na, André (Caio Blat) e Bertoleza(Sheron Menezes) quando retor-nam ao Brasil, no segundo capítulo.

Para finalizar a primeira faseda trama, a equipe da novela sereuniu no Paço Imperial, locali-zado no Centro do Rio de Janeiro.Lá gravaram as cenas do julga-mento e enforcamento de Tira-dentes.

Para reconstruir o Brasil de1792 e 1808, anos em que sedesenrola a trama de “Liberdade,Liberdade”, as equipes de ceno-grafia, produção de arte, carac-terização e figurino tiveram de em-barcar em uma viagem no tempo.“Ninguém sabe exatamente comoera a vida privada no Século XVIIIno Brasil. Existem textos, algumasilustrações, mas a história é con-tada por pessoas que podemeditá-la ou estilizá-la. Portanto, nosbaseamos na história, mas tam-bém demos a nossa contribuição”,explica Vinícius Coimbra. A partirdessa pesquisa sobre o universodo Brasil Colônia, as equipes sereuniram para costurar os ele-mentos que, juntos, dão cor eforma à novela em um trabalhominucioso e detalhado e que opúblico poderá conferir a partirdesta segunda em mais esta es-treia global, que promete sucesso.

PAULO BELOTE-RG

ONepal é um país que temum turismo exótico. Bompara aventureiros que que-

rem viver novas emoções. A che-gada ao país é única. A visão daimponente cordilheira do Hima-laia com o Everest, e outras mon-tanhas, é estarrecedora.

Na chegada Katmandu o visi-tante tem uma profusão de coresfortes e odores inebriantes querevelam uma atmosfera mística,mágica e poderosa. Impossívelnão se deixar impressionar pelaextrema espiritualidade que estáno ar, em todos os lugares, nosbelíssimos templos hindus e bu-distas espalhados pela cidade,ou ainda nos mitos e lendas quecompõem a cultura local.

Muitos turistas vão ao Nepalsó para conhecer Lumbini, cidadeonde Buda nasceu em 563 A.C.Buda nasceu em Lumbini comoPríncipe Sidarta e seus seguido-res acredi-tam que ele deixou suafamília e seu reino para meditarnas selvas do Nepal e da Índia,antes de alcançar a iluminação.Por isso o local tem grande im-portância para o turismo, sendoreconhecido pela UNESCO devidoao seu grande valor histórico.

O Nepal também oferece op-ções para esportistas e aventu-reiros. É a meca dos alpinistasque sonham com a conquista doEverest, o pico mais alto do pla-neta. Num país onde a vastamaioria das pessoas mora emáreas rurais, o Nepal agregagrande importância no turismorural. Nessa modalidade os tu-ristas descobrem os principaistesouros do país: cultura, costu-mes e tradições. O turismo ruralpermite que os visitantes conhe-çam a rotina e a cultura dos re-sidentes locais. O turista não irá

apenas observar a vida na vila,mas também poderão participardiretamente dela. O Nepal é umlugar de magia e mistério, tendocomo cenário as montanhas maisaltas do mundo. A população lo-cal não teme a pobreza e ensinacomo encontrar a paz interior.

Indo ao Nepal, não deixe demaneira alguma de fazer um sa-fari ecológico em uma das deze-nas de parques nacionais, admi-rando a fauna e flora local, sendoconduzidos confortavelmente nolombo de elefantes. Com certeza,uma experiência única!

País asiático dos Himalaiascom a mais alta cadeia monta-nhosa do mundo, o Nepal ao nortefaz divisa com o Tibete, provínciacontrolada pela China e ao sul eoeste com a Índia. A sua capitalé Katmandu e é no Nepal que estáo Monte Everest, o pico mais alto

da Terra, com 8.848 metros dealtura, localizado na fronteira coma China.

Cidades de destaques do Ne-pal são, além da capital, a ci-dade-lago de Pakhara e Lumbini.Considerado um país pobre, o Ne-pal tem uma das maiores densi-dades demográficas do Conti-nente, com 184 habitantes porquilometro quadrado. A popula-ção nepalesa é composta de 12etnias que convivem harmonio-samente. A agricultura emprega90% da mão de obra, tornando opaís grande fornecedor de arrozpara a região. Em vez de cons-trução de estradas, conter a ero-são do solo há séculos tem sidoa principal ocupação dos gover-nantes, sendo que o sistema deterraços usados na irrigação doarroz é um desafio aos meiosusados no ocidente para contero mesmo tipo de erosão.

Antes uma monarquia, namaior parte de sua história, o Ne-pal tornou-se uma república par-lamentarista em 2008, após umacordo entre os partidos políticose as facções guerrilheiras rebel-des, tendo como pano de fundoa crescente insatisfação popularcom o autoritarismo do último rei,Gyanendra.

A cultura nepalesa é muito va-riada, refletindo as diferentes ori-gens étnicas de seu povo. Comocerca de 80% da população éhinduísta, a cultura tem muitoscostumes, crenças e tradiçõeshindus. Entretanto a influência dobudismo, que abrange cerca de10% da população, é grande. Asduas religiões coexistem e ritoshinduístas e budistas que acom-panham o nascimento, o casa-mento e a morte são praticadosconjuntamente.

O folclore é uma parte inte-grante da sociedade nepalesa.Contos folclóricos estão enraiza-dos na realidade do dia a dia.Contos de amor e de batalhas,bem como demônios e fantas-mas, refletem o estilo de vida lo-cal, como suas culturas e cren-ças. Muitos contos folclóricosnepaleses são contados mediantea integração de dança e música.

Como os hinduístas são emgrande maioria vegetarianos, à se-melhança do que se passa na vi-zinha Índia, a culinária nepalesareflete uma dieta natural. Um pra-to tipicamente nepalês é o dal bhat,cuja base é uma porção de arrozbranco cozido e uma sopa ou mo-lho muito pouco espesso de len-tilhas. Usualmente pode incluir ou-tros molhos e outros ingredientes.

A maior parte das casas naárea rural do Nepal é constituídacom uma estrutura de bambumuito resistente e paredes reco-bertas de barro misturado comesterco de vaca. Este tipo de ha-bitação permanece fresca no ve-rão e mantém o calor no inverno.As casas nas colinas são nor-malmente feitas de tijolo cru ecobertas com telhas.

A melhor época para ir ao Ne-pal é entre os meses de outubroe abril. É que de maio a setembroocorrem às monções, que sãoventos carregados de umidadeque invadem o Vale Katmandu.Ou seja, chove o tempo todo.

Com certeza o Nepal é umdestino turístico bem diferente ese você gosta de conhecer novoslugares e se aventurar pelomundo o Nepal será uma boa op-ção. Consulte seu agente de via-gens, faça as suas malas e tenhauma belíssima experiência devida“

GB IMAGEM

É no turismo rural que se descobre os principais tesouros do país: cultura, costumes e tradições. O passeio permite que os visitantes conheçam arotina e a cultura dos residentes locais. O turista não irá apenas observar a vida na vila, mas também poderão participar diretamente dela

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