rio: chuva, dor e responsabilidades

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Desastres Naturais x Tragédias Humanas

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Page 1: Rio: chuva, dor e responsabilidades

Desastres Naturais x Tragédias Humanas

Page 2: Rio: chuva, dor e responsabilidades

A Terra também

grita.E sangra, e chora.

A Terra está enferma e ameaçada.Bem como

a humanidade.

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O que está em crise é o modelo de

sociedade e o sentido de

vida que adotamos.Os tempos atuais nos urgem a buscar

mudanças e novos

paradigmas civilizatórios.

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As autoridades costumam

repetir que as tragédias não

têm uma única causa,

– seriam resultantes

de uma soma inesperada de

fatores.

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A cada temporal, os

políticos carregam nas

tintas do imponderável

.“Nunca choveu tanto”, “a água dos rios atingiu

volume recorde”,

“fomos pegos de surpresa”.

Page 6: Rio: chuva, dor e responsabilidades

No entanto, à custa de

centenas de mortes e prejuízos

incalculáveis, impõe-se outra

vez a dura realidade:

O descaso do poder público.

Page 7: Rio: chuva, dor e responsabilidades

O descaso do poder público

é o fator

primordial a explicar

a dimensão dos estragos

causados pela chuva não apenas no Rio, mas

também em São Paulo,

Minas e pelo país afora.

Page 8: Rio: chuva, dor e responsabilidades

O descaso do poder público,o desinteresse e alheamento

pelo bem coletivo. E toda a dor e todo o

sofrimento por eles

ocasionados.

Page 9: Rio: chuva, dor e responsabilidades

Salta aos olhos

a incapacidade das esferas

governamentais de

prevenir as tragédias

que se repetem,

ignorando as medidas necessárias

para proteger as populações das áreas de

risco.

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E o fato é que o assunto é

tratado no dia a dia de todas as esferas de

governo como se fosse

mais uma

banalidade a cargo da burocracia

federal.Não é.

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Até quando perdurará o

criminoso descaso

e omissão do poder público?

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Funcionários de pelo

menos cinco ministérios

–Meio Ambiente, Cidades,

Transportes, Bem-Estar

Social e Integração

Nacional–...

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...já deveriam ter passado

pelas cidades da região

serrana do estado nos

últimos anos e observado

que a ocupação

das encostas não podia

acabar bem.

Page 14: Rio: chuva, dor e responsabilidades

Um colunista do jornal

Folha de São Paulo chega a

questionar que talvez

cinco ministérios não sejam suficientes para cuidar

do assunto, e propõe a

criação de mais um, o

Ministério da Catástrofe.

Page 15: Rio: chuva, dor e responsabilidades

Qual o limite da

incompetência da gestão pública?

Page 16: Rio: chuva, dor e responsabilidades

Quantas vidas ainda haverão

de ser ceifadas pelo

descaso e pela

cegueira social que acomete nossos

políticos e governantes?

Page 17: Rio: chuva, dor e responsabilidades

Com a tolerância,

e até o estímulo

irresponsável do poder público,

áreas sob risco permanente de deslizamentos são ocupadas

desordenadamente.

Page 18: Rio: chuva, dor e responsabilidades

Normas de edificação são

ignoradas, os cuidados

com a cobertura

florestal e com a

impermeabilização do solo são considerados dispensáveis.

Page 19: Rio: chuva, dor e responsabilidades

Não se trata apenas de

incompetência técnica nem

falta de recursos.Muitas vezes, por motivos

políticos, autoridades

não se dispõem a pagar

o preço de remover

os habitantes das áreas

ameaçadas.

Page 20: Rio: chuva, dor e responsabilidades

Estas mesmas autoridades,

muitas vezes, facilitaram

a sua ocupação,

criando redutos eleitorais em

terrenos predestinados

à tragédia.

Page 21: Rio: chuva, dor e responsabilidades

A omissão das autoridades só pode ser chamada de criminosa, quando suas vítimas, mais uma vez, se contam às

centenas nestes dias.

Page 22: Rio: chuva, dor e responsabilidades

Criança de nove anos de idade, vítima dos deslizamentos, é enterrada em

Petrópolis/RJ.

Page 23: Rio: chuva, dor e responsabilidades

“O ser humano nasce para

uma vida longa e plena. E se ele

morre antes de seu

termo, que acontece

com a vida não vivida?”

Page 24: Rio: chuva, dor e responsabilidades

“Para onde vão suas alegrias e dores?

Os pensamentos que não teve

tempo de contemplar, os atos que

não cumpriu?”

Page 25: Rio: chuva, dor e responsabilidades

Cada pessoaé única.

No oceano da

existência, nenhuma gota se repete.

Page 26: Rio: chuva, dor e responsabilidades

A dor sempre lacerante de

quem perde um parente de modo

inesperado.

Page 27: Rio: chuva, dor e responsabilidades

“Meu nome? Não sou mais ninguém.”Desabafo de morador de Friburgo que carrega o caixão da filha. Atrás dele, o corpo da mulher.

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Famílias que num piscar de olhos deixaram de existir.

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Famílias como a formada pela estilista Daniela Conolly, o músico Alexandre

França, e João Gabriel, de apenas dois anos de

idade.

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O que acontece com todos os sonhos e planos abruptamente interrompidos?

Page 31: Rio: chuva, dor e responsabilidades

Quão frágil e incerta é a existência terrena...

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Algum dia talvez

venhamos a compreenderque aquilo que aflige uma parteacomete o

todo igualmente.

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“Que importa termos muitos

corpos? Nossa alma é uma só.” Mahatma Gandhi

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Neste momento de dor, dedicar orações para

as vítimas desta tragédia.

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Apoiar com doações as ações de solidariedade

em prol das 5 mil famílias que tiveramas casas devastadas pela enchente.

Page 36: Rio: chuva, dor e responsabilidades

E, principalmente, exercitar a nossa cidadania,

de modo a tentar reverter a cegueira e a surdez

que acometem políticos e governantes.

Page 37: Rio: chuva, dor e responsabilidades

Promover a cidadania, contribuindo com a nossa parcela para o bem comum e a

dignidade social.

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“Somente a participação cidadã é capaz de mudar o país.”

Betinho

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“Que a Justiça seja nosso ideal.Que a Solidariedade seja nosso ideal.”

Betinho

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Formatação: [email protected] musical: “Allegretto Scherzando”, de Beethoven

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Foto de criança, perdida em meio aos escombros. Nova Friburgo/RJ, 13/01/2011

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