revista urbana nº 1 - fevereiro 2015

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Saúde & Psicologia URBANA Grande Entrevista Duarte Menezes “Não imagino a minha vida sem o meu Portugal, sem as minhas clientes, sem os meus cães, sem a minha profissão e deixar de ser vaidosíssimo.” Boyhood Passagem de ano 2015 Tendências Primavera/Verão 2015 Modelo do mês Segurança, privacidade e conteúdos maliciosos na Internet? Cliché ou problema real? Marketing & Turismo Familiar Fitness Fotografia O MUNDO DE SOFIA N.º1 Fevereiro 2015 REVISTA

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Page 1: Revista Urbana Nº 1 - Fevereiro 2015

Saúde &Psicologia

URBANA

Grande EntrevistaDuarte Menezes

“Não imagino a minha vida sem o meu Portugal, sem as minhas clientes, sem os meus cães, sem a minha profissão e deixar de ser vaidosíssimo.”

Boyhood

Passagem de ano 2015Tendências Primavera/Verão 2015Modelo do mês

Segurança, privacidade econteúdos maliciosos na Internet?

Cliché ou problema real?Marketing &Turismo Familiar

FitnessFotografia

O MunDO De SoFia

N.º1Fevereiro 2015RevistA

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Conteúdo

06

Saúde & Psicologia

As Festas da Branca

Marketing & Turismo Familiar

Cinema

Beleza & HairStyling

Futebol

Modelo do mês

A minha vida dava um livro

Informatica

em nome do Pai

educação

espelho Meu

Grande entrevista

Fitness

Desenho

Sei o que sei

Moda

Literatura

O Mundo de Sofia

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Fotografia

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Lipoaspiração 64

Cartoon67

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A Revista urbana pretende ser uma publicação actual e de destaque.este projecto surgiu de uma proposta feita pela Manuela Pereira, a actual coordenadora editorial, para refazermos a AMOL, mas na perspectiva de tornar a publicação mais visível e interessante.Assim, procuramos oferecer aos leitores artigos interes-santes, variados e úteis utilizando uma linguagem simples.este projecto surge da adaptação do projecto AMOL, uma revista digital focada na moda, fotografia e modelos, ini-ciada pelo Alfredo Miguel, continuada posteriormente pelo Pedro Cabral e mais tarde por mim, Tiago Silva.esta adaptação tem por objectivo ser acessível para vários tipos de leitores, queremos de alguma forma ter algo in-teressante para todos, por isso, acreditamos que a Revista urbana tem, sempre, artigos de interesse comum.Da mesma forma que a AMOL, a Revista urbana está dis-ponível para a participação regular ou pontual, de diversos autores.A revista conta já com um enorme número de participantes e fãs!Contamos contigo para prolongar este sucesso!

editorial

Tiago SilvaCoordenador Geral

equipaCoordenador GeralTiago Silva

Coordenadora EditorialManuela Pereira

Paginação e DesignDiana Oliveira

Colaboração EditorialAna Sofia BexigaBeatriz DâmasoBranca MatosClinica AtlantaDiana OliveiraFabio Silva

Fatima Caió (Purple Fahion)Hekim PhotographyJaime GoimesJoão Pinto CostaManuela PereiraPorto editoraRaquel Von KaminaruRicardo CampusRémulo MarquesSandra CunhaSenjuraikenTiago BritoTiago Vaz OsórioTito PintoVasco Ribeiro Santos

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omos pais… e agora nós?Ao nascer um filho, nasce também um pai e uma mãe. A chegada de um filho, mes-

mo que planeada e desejada acarreta mu-danças no dia-a-dia do casal, bem como a nível emocional.Até à sua chegada os casais vivem em função de si mesmos, quer individualmente, quer como casal, como afirma Patrícia «Antes nas-cimento da Mariana vivamos um em função do outro». Os horários, as actividades, os desejos entre outras situações são apenas dependentes do desejo de cada um, em prol do bem estar do seu relacionamento. « Toda uma vida se transforma e duas vidas passam a viver em função de uma terceira» afirma Andreia.Após o nascimento de um filho, tudo se al-tera, «Após nascimento da Mariana tudo passou a ser feito/vivido em função dela, das suas necessidades. ela passou a ser o centro das nossas atenções, confesso que ate demais... » (Patrícia). Subentende-se que um filho virá reforçar a relação do casal, no entanto nem sempre isso se verifica devido às alterações emocio-nais e de rotina que são verificadas.essa adaptação à vida a 3, no primeiro ano de vida do bebé é fundamental. É fase em

que poderá verificar-se maior distanciamen-to entre o casal, derivado à necessidade de cuidados prestados ao bebé, que em mui-tos casos é entregue quase que exclusivo à mãe, e que a dada altura a mãe se vê focada quase que em exclusivo no seu bebé, deix-ando de dar atenção ao companheiro, dis-tanciando se do seu papel de esposa. Isto aliado ao facto do marido passar a estar também menos atento ao relacionamento, leva à redução dos momentos de namoro entre o casal, que resulta num distancia-mento e desgaste da relação a dois. Quando questionamos aos membros de um casal se a relação esfriou, muitos respon-dem que sim, tal como refere Salete «Creio que isso é inevitável, até porque a certo mo-mento eu tive necessidade extrema de me “fechar numa concha”,de me isolar do mun-do, isso implicava a minha relação com o meu marido também.... »A alimentação da relação é fundamental após a chegada de um bebé. É importante que os dois percebam que a chegada de um filho, não pode inviabilizar o seu relacion-amento, Devem por isso fazer uma gestão equilibrada do seu tempo, procurando (sem qualquer sentimento de culpa) ter momen-tos a dois, delegando pontualmente os cui-dados do seu bebé a terceiros (familiares).

s

Saúde& PSicologia

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Isso muitas vezes não se verifica pois am-bos os membros do casal, ficam com o sen-timento que estão a descuidar do seu filho. Mas é exactamente ao contrário. Tendo tempo para si como casal, estão a reforçar a relação, tendo assim uma relação saudáv-el e equilibrada, que é o alicerce de cresci-mento para o bebé.Individualmente, a mulher e o homem, também vêem o seu dia-a-dia alterado.Há muitas mulheres que referem que se anularam como mulher. Que deixaram de ter tempo para si e para o que gostam de fazer. Assumem a 1000% o papel de mãe, esquecendo-se completamente de si, viv-endo apenas em função das necessidades do seu filho. Inicialmente não verificam qualquer alteração emocional em relação a isso. Contudo com o passar do tempo, estas mulheres acabam por desenvolver um sen-timento de frustração.em relação ao homem pelo papel inerente que lhe é dado, como o protector, o alicerce do casal, este ao contrário da mãe, foca-se muito no exterior, no trabalho de forma a poder ter uma base de sustentação equil-ibrada «faço um esforço incansável de acompanhar o ritmo mãe/filho com todas as oscilações emocionais que isso acarreta.» refere Ricardo. O homem emocionalmente sente-se muitas vezes sem atenção, devido ao referido anteriormente, a mulher foca-se apenas no seu bebé e isso acaba por afastar o marido.

Quando geridas devidamente, todas estas alterações, podem ser ultrapassadas «os primeiros meses não foram de todo fáceis entre nós casal, depois aos poucos e com muitas conversas conseguimos equilibrar as coisas e a vida a 3 voltou a ganhar out-ra cor » afirma Patrícia. Apesar de algum desgaste e afastamento do casal, havendo diálogo e identificando estratégias o casal consegue quer na sua relação quer a nível individual, contornar estas tendências.Para as pessoas, é muitas vezes difícil reconhecer que a chegada de um bebé, tão desejado e amado possa estar associada a questões menos positivas na vida do casal. Quando questionamos casais sobre estas alterações, verifica-se muitas vezes que a sua resposta não é imediata, e muito menos directa e objectiva. A tendência é respon-derem que …mudou, ou … não é a mesma coisa, tal como refere José Carlos «Mudou quase tudo ou mesmo tudo...», mas quan-do confrontados com a necessidade de ob-jectivarem a sua resposta, verificam que o tão simples mudou nem sempre é positivo. O que lhes provoca alguma instabilidade, pois implica o reconhecimento que nem tudo foi como planearam, mas que se con-seguiram adequar a essas alterações e mui-tas vezes dificuldades, e reconhecem que nesses momentos só com diálogo e muita compreensão as conseguiram ultrapassar.

Sandra Cunha

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O filme acompanha o cresci-mento de Mason, interpretado por ellar Coltrane, dos seis anos aos 18 anos de idade. Consigo cresce também a sua família, a mãe (Patricia Arquette), a irmã (Lorelei Linklater, filha do real-izador) e o pai (ethan Hawke).

Mason é um jovem, filho de pais separados e através de “Boyhood” vamos ver a forma como vê o mundo desde a es-cola primária até à entrada na faculdade. Vivemos com ele as suas amizades, a relação com os padrastos e com a irmã mais velha, problemas, dilemas, alegrias, escolhas, consequên-cias, responsabilidades, amores e paixões.

Ao longo dos 166 minutos da

“Boyhood” é provavelmente uma das mais am-

biciosas e originais produções cinematográficas

alguma vez realizada. Sem efeitos, artifícios ou as

habituais mudanças de actores para assinalar a

passagem do tempo, Richard Linklater resolveu

mostrar em filme a vida de um jovem entre a in-

fância e a adolescência quase como se fosse em

“tempo real”.

“Boyhood”: o álbum de família em filmeFilme de Richard Linklater é um dos favoritos aos Óscares

CiNemA

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película acompanhamos o crescimento e também a de-scoberta de Mason. Richard Linklater afirmou mesmo que com “Boyhood” preten-deu filmar “o modo como o tempo passa pelas nossas vidas”, dando ênfase aos “pequenos momentos que fazem a diferença, em vez dos ‘grandes momentos’ que se vêem sempre nos filmes”.

Sem quaisquer indicações da passagem do tempo típicas dos filmes, como “Um ano depois”, Linklater mostra-nos os sinais do tempo através do envelhecimento dos ac-tores, mas também através de pormenores como a ban-da sonora, a tecnologia e as mudanças de visual das per-sonagens. Para isso o real-

izador reuniu ao longo de 12 anos a equipa de filmagens, durante uma semana por ano, com os actores a voltar-em a encarnar a respectiva personagem sem nunca ver-em o que tinha sido filmado anteriormente, pelo que fo-ram os próprios os primei-ros a serem surpreendidos aquando da estreia do filme.

Este álbum de fotografias de família em filme que é “Boy-hood” vive de pequenos dra-mas e alegrias do quotidiano, ao contrário da grande maio-ria dos filmes que vive dos grandes eventos e feitos da vida das personagens. Mas se pensarmos bem, não são estes pequenos momentos que fazem da nossa vida algo extraordinário?

“Boyhood está nomeado para seis Óscares da Aca-demia, incluindo nomeações para Melhor Filme, Melhor Realizador (Richard Linklat-er), Melhor Actor Secundário (ethan Hawke) e Melhor Atriz Secundária (Patricia Ar-quette) e ainda para Melhor Argumento Original e Melhor edição.

(Antes do fecho desta edição ainda não tinham sido divul-gados os vencedores dos Ós-cares)

Tiago Vaz osório

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Beleza & HairStylingTem vontade de mudar de corte de cabelo mas tem receio sobre a escolha acertada do corte que se adequa melhor ao seu rosto? Este mês vou vos desvendar algumas dicas sobre como nós profissionais desenvolvemos um ac-onselhamento de visual e que corte se adequa melhor a cada formato de rosto! Assim, na vossa próxima ida ao cabeleireiro iram perceber o que estará por detrás deste primeiro olhar do profis-sional... o olhar do profissional!

Jaime GomesCabeleireiro/Hairstyle

Jaime Gomes nasceu em Paris (França), onde conclui seu curso profissional de cabeleireiro e onde traçou seus primeiros passos no mundo dos cabelos ate vir viver para Portugal, após desempenhar sua paixão pelos cabelos em vári-os sectores de actividades como salões de cabeleireiros, cinema, tel-evisão e moda, decidiu então abrir o seu espaço “elite Boss Cabeleirei-ros” situado no chiado em Lisboa.

A nossa analise para aconselhar não se ba-seia unicamente no formato de rosto! A todo um conjunto de informação que temos que captar para chegar o mais perto possível de um aconselhamento adaptado a cliente! O fundamental se baseia no seu estilo geral e após definir este estilo é que nos concen-tramos na sua necessidade.

Logo de seguida Aprofundámos o aconselha-mento com a forma e espessura do cabelo, da altura da cliente e largura dos seus om-bros e então sim finalizamos a analise com o formato do seu rosto! Após ouvir e analis-ar é conveniente aconselhar usando termos fáceis de se perceber e conseguir fazer visu-alizar o corte com técnicas adaptadas.

um dos conselhos que dou às minhas cli-entes é não mudarem repentinamente de visual, se ainda não “namoraram” a ideia ou vontade de mudar!

A cada rosto o seu corte ideal!Quadrado/rectangular, oval? Redondo? Alongado? Sim existe diferentes formatos de rostos! oito no total!Rostos ao qual nem todos os cortes de ca-belos ficam bem!Para vos esclarece melhor, aqui fica algu-mas dicas de cortes que se adequam mel-hor a cada um deles.

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TRiÂNGULo aLTo: Os cortes muito curtos são a excluir, é aconselhado reduzir a espessura sobre os maxilares e libertar o cabelo do rosto, dar volume no cimo da cabeça e nas fontes. Optar por um corte degradee e efilado sobre os maxilares e na nuca tamanhos compridos.

HEXaGoNaL: O corte tem que ser leve na parte superior da cabeça, ligei-ramente estruturado e com volumes laterais. Se gosta de uma ondulação ligeira ,este formato de rosto combina bem com estes movimentos, evitar cabelos muito lisos e cortes geométricos que dão dureza aos traços.

TRiÂNGULo BaiXo: escolher cortes lineares em cabelos curtos ou em ca-belos médios. Aplicar volumes sobre as zonas laterais superiores e uma franja para dissimular a testa. evitar cortes muito curtos e cabelos compri-dos e lisos.

QUaDRaDo: Opte por cortes estruturados, carrée , assimétricos e com um risco bem definido para suavizar o rosto, escolher dar volume na parte superior da cabeça e com madeixas a cair ao nível dos maxilares, o cabelo muito encaracolado combina bem com este rosto. evitar pentea-dos arredondados.

aLoNGaDo: O ideal neste corte é alargar as laterais do rosto com volumes laterais. Optar por um tamanho meio comprido ou cortes de cabelo com tamanhos ao nível dos maxilares. Cuidado redobrado com o estilo de franja escolhida. Desaconselhado cabelos muito compridos, lisos e os cortes muito curtos.

REDoNDo: Prefira os cortes volumosos sobre o cimo da cabeça e com madeixas efiladas e compridas ou médias sobre as bochechas. Para cor-tes curtos optar por usar caracóis largos, um degradée e franja lateral sobre o rosto combina muito bem. evitar penteados arredondados, carree

direitos e risco ao meio.

RETaNGULaR: O corte tem que ser estruturado, com volumes sobre os maxilares e franja com madeixas ao nível dos contornos do rosto. Para um corte curto, privilegiar a leveza sobre o cimo da cabeça, sem abusar dos volumes. E para os cabelos compridos o ideal fica o degradée e os cabelos lisos.

oVaL: este rosto consegue suportar todos os estilos de cortes, aposte sobretudo em cortes não estruturados, soltos e volumosos. O ideal neste formato de rosto é o tamanho meio comprido ondulado ou um corte de-gradé, com linhas arredondadas. Os cortes curto tem que ser bem efila-

dos sobre a nuca.

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As Festas da BrancaPassagem de ano 2015

Foram muitos os Looks e indumentárias vis-tas nas Passagens de Ano no nosso Pais como na rentrée das festas em 2015. Mas foram poucos que se destacaram pela originalidade, classe ou até pela elegância. Sendo o mês de Março e o mês do Pai, este meu primei-ro artigo, vai comtemplar só os homens que desfilaram nas variadas festas. Vamos colocar um “Basta” em dizer que a moda masculina é sempre igual, só será se con-tinuar a comprar as mesmas roupas sem graça e sóbrias de sempre. O que vi este fim de ano, foi Cores, texturas, novos shapes e comprimentos já dis-poníveis para homens.Um dos exemplos de elegância e irreverencia foi sem dúvida, Pedro de Carvalho, que con-segui conjugar diferentes cores e padrões, Provando, desde já que é possível ser clássico e cool ao mesmo tempo. Muito Jovial, Aproveitou a noite na estufa-fria, Festa organizada pela MOOD com casa cheia até de manhã, num cenário que combina muito bem e repleto de caras con-hecidas. Outra das casas que esteve ao rubro e com gente bonita foi o Convento do Beato, festa organizada pela Welove events. Apoiado pela Bulldog London Dry Gin, o RI-

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As Festas da BrancaPassagem de ano 2015

O´s quer colocar o seu nome entre os mel-hores espaços de Lisboa. Sendo que, no mês de Janeiro realizou o seu primeiro evento com principal objetivo de apresentar os seus RP’s. João Libério, José Moutinho, Inês Simões e Miguel Sardo serão os novos anfitriões des-ta casa lisboeta.

Para terminar, O Palácio na-cional de Mafra recebeu caras ilustres para o desfile do con-ceituado nuno Vidigal e as suas criações de vestidos de noiva e Festa! Ambiente requintado num espaço soberbo para qualquer desfile ou evento. A Passadeira do Palácio recebeu inúmeros il-ustres como Rui Andrade, Filipe Salgueiro, Paula Lopes Patuxa, entre outros, para felicitar o es-tilista na apresentação da sua Coleção e contou com a abertu-ra da Cantora Liza Veiga.

Até a Próxima festa! Bixxu B.M.

Branca Matos

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Futebol

Por estes dias tive a oportunidade de

acompanhar, juntamente com outro amigo

português, uma pequena comitiva de três

adeptos do Atlético Paranaense, o mítico

Furacão “Rubro-negro” do Paraná, numa

viagem de carro desde o Porto até Mar-

bella.

O motivo? Seguir de perto, durante três

dias, o estágio de pré-temporada do clube

brasileiro cuja paixão clubística corre acel-

erada e palpitante nas veias destes três

brasileiros que há muitos anos escolheram

a Cidade Invicta para viver.

e para isso, lá se arranjou forma de cum-

prir nesses dias as folgas que teimavam

em se atrasar nos respectivos locais de

trabalho, de se encontrar um hotel nas

imediações que não causasse demasiados

estragos no orçamento mensal e toda a

coragem do mundo para enfrentar o total

de 2.000 quilómetros a palmilhar o alcatrão

das auto-estradas e, sim, algum paralelo

(maldito GPS e as suas ideias esquisitas de

caminhos alternativos).

O caminho foi infinitamente mais fácil

porque foi preenchido com vídeos de jogos

históricos, de grandes momentos, de hi-

nos, de coreografias da incansável Torcida

os Fanáticos, da recordação do título de

Campeão Brasileiro. Alegria espelhada nos

rostos, muita ansiedade pelo momento do

primeiro contacto com a equipa, num jogo-

treino com o Lokomotiv de Moscovo.

Exactamente nesse momento percebi que

tudo aquilo valeu a pena. Todos os sac-

rifícios. Para aqueles três adeptos valeria

sempre, se é que me entendem, nem que

a viagem tivesse sido de 5.000 quilómet-

ros, até porque estes três dias foram uma

oportunidade de se sentirem mais próximo

das suas raízes, do seu país mas, essencial-

mente, porque representaram uma opor-

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tunidade de poderem fazer algo que os

adeptos que vivem longe dos seus clubes

raramente dispõem: vibrar com cada lance

e cada jogada dos seus ídolos apoiando,

ao vivo, o emblema que lhes está bordado

com o próprio sangue bem dentro do cora-

ção.

Porém, jogadores, staff técnico e de apoio

e até os directores do Atlético Paranaense

fizeram realmente valer a pena. De tal

modo que este meu texto visa, acima de

tudo, reflectir sobre dois temas.

Antes de mais, e no seguimento directo

da participação nesta jornada por terras

do Sul de espanha, que cada vez mais me

convenço que não há nada, absolutamente

nada, nenhum movimento de apoio no

mundo que se compare ao que o futebol

origina.

Que me perdoem os mais abnegados cren-

tes nos seus profetas, com todo o respeito

que a devoção de cada um me merece,

não conheço maior fé que aquela que os

“torcedores” de todo o mundo depositam

nos seus ídolos, maior fé que milhões e

milhões depositam em 90 minutos a cada

semana, maior ilusão de que nessa hora

e meia a Terra possa parar, que as preces

por intervenções divinas deixem de ser so-

bre os problemas do dia-a-dia para serem

agora dominadas pelo desejo daquele

momento mágico em que a bola beija as

redes. um momento que por vezes como

que o conseguimos imaginar, recriar, em

câmara lenta no nosso cérebro, a um pon-

to de quase sentirmos que fomos nós a dar

o último toque, que fomos nós a erguer os

braços no ar e a gritar: Goloooooo!!!!

não conheço, de verdade, maior momento

de comunhão que aquele em que adeptos

se juntam para apoiar o seu clube, sejam

30 mil nas bancadas de um estádio mítico,

ou três num morro junto a um campo de

treinos de um hotel de uma estância es-

panhola.

e por isso, percebo o quanto aqueles três

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dias valeram para o Sérgio, o Guilherme e

para o Mancha. e por isso foram também

para mim tão gratificantes. Também eu

faço parte, com muito orgulho, da tribo do

futebol, de milhões e milhões de aficiona-

dos.

Dito isto, apraz-me fazer aqui uma segunda

reflexão, que me surge como profundo

admirador e, cada vez mais, confesso es-

tudioso do fenómeno do futebol visto pela

vertente de quem decide, de quem gere os

clubes e instituições.

nestes três dias fomos recebidos caloro-

samente e de um modo genuinamente

simpático por parte de todos os integran-

tes da comitiva do Atlético Paranaense.

Resumindo, logo à chegada ao jogo-treino

com o Lokomotiv, os seus mais altos re-

sponsáveis fizeram questão de nos vir

cumprimentar, saber da viagem, trocar

impressões, agradecer o nosso apoio.

Disso fizeram, de imediato, menção através

de todos os canais oficiais do clube (TV,

sítio na internet e redes sociais). Os diri-

gentes informaram também os jogadores

da nossa presença ali, propositadamente,

para os apoiar e por isso, no segundo dia,

onde acompanhamos um treino, o capitão,

o guarda-redes Weverton Pereira, fez

questão de entregar umas luvas autogra-

fadas, de voltar a frisar o quão importante

era sentir este apoio tão longe de Curitiba.

Mais, além de vários jogadores, o próprio

treinador, Claudinei, fez um desvio do seu

percurso para nos vir cumprimentar, e

trocar uns dedos de conversa. Por fim, no

último e terceiro dia, todos os três golos da

vitória sobre o Dínamo de Bucareste foram

dedicados para o lugar da bancada onde

estavam cinco pessoas, muitas bandeiras

“atleticanas”, um pandeiro que esteve sem-

pre activo e gargantas sem descanso. Com

o apito final surgiu um “obrigado” acom-

panhado de palmas e um polegar erguido

da maioria esmagadora dos jogadores na

nossa direcção.

Contrapondo isto com aquilo que é a re-

alidade da maioria dos clubes, nomeada-

mente os portugueses, dou por mim a

pensar porque teimam tantos em entender

que fechar, fechar, fechar, seguido do limi-

Page 15: Revista Urbana Nº 1 - Fevereiro 2015

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tar, limitar e limitar o acesso a tudo e mais

alguma coisa (incluindo a informação), é a

fórmula certa.

Já sei que muitos vão dizer que é uma

questão cultural. Ok, os brasileiros são

mais calorosos, mais abertos? Sim, é ver-

dade, mas aqui não se tratou de nada

disso, porque também vimos os romenos e

os russos fazerem isso com quem os pro-

curou, e certamente que ninguém vai dizer

que os russos são particularmente expansi-

vos, pois não?

Por outro lado, surgirá, afoito, o argumento

de que neste caso eram três brasileiros e

dois portugueses, e que clubes grandes

têm nos seus estágios de pré-temporada

centenas, ou milhares a segui-los. Também

o sei reconhecer, mas também saberei

responder que continua a ser injustificável,

o quanto se fecha, o quanto se limita. e,

acreditem, bastar querer e há sempre for-

mas de fazer as coisas com equilíbrio mas

deixando claro que os clubes compreen-

dem e agradecem o apoio dos “seus”.

e se levar isto para o que é a informação

veiculada pelos clubes, que julgam que a

esta se deve cingir a lacónicas e robóticas

conferências de imprensa, onde só respon-

dem ao que querem e como querem (a

maioria das vezes com discursos redondos

e que parecem passar de boca em boca

como se cada treinador ou jogador não

fossem seres capazes de articular pensa-

mentos e análises próprias), ou às suas

tv’s oficiais e restantes canais de informa-

ção geridos internamente, fico sempre na

dúvida sobre o que disto pensam os patro-

cinadores, que gastam milhões época atrás

de época, sobre o que, inclusivamente, que

partido é realmente tirado da exploração

de imagem dos atletas.

Sentado no estádio Municipal de Mar-

bella percebo que entre os que gerem os

clubes, e muitos daqueles que “mandam”

no futebol, continuam sem o compreender

verdadeiramente, porque continuam a não

saber comungar de uma força incomensu-

rável que tanto pode (e devia) representar

para qualquer clube.

Felizmente, há bons exemplos, práticos,

de que a minha reflexão faz sentido e que

há clubes que o entendem. Veja-se o fan-

tástico trabalho que está a ser realizado na

Comunicação do Rio Ave.

Os jogadores são sem dúvida o motor do

jogo, de todo o fenómeno, mas os adeptos

são o seu combustível, e sem combustível,

não há motor que resulte, por muito bom,

por muita potência que tenha. Às vezes,

também fazia bem pensar nisto.

“Se a felicidade se resumisse numa partida

de futebol o mundo seria um lugar melhor

para se viver!”

- Tuca neves

Rémulo MarquesJornalista

Formador de Gestão de Futebol Profissional

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Grande entrevista

DUARte

meNeZes

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44 anos, arrojado, detentor de certezas profundas, com uma personalidade vincada e exigente, Duarte Menezes é uma das figuras que mais se destaca dentro da profissão que exerce: cabeleireiro.

Conheça o homem que desde os seus 16 anos tem vindo a fazer a diferença.

Quem é Duarte Menezes?Sou um homem muito trabalhador, mas não posso dizer que tenha bom feitio. Pelo contrário, tenho mesmo mau feitio, sei muito bem aquilo que eu não quero, talvez seja por isso. Sou extremamente bem estruturado (nem sempre fui as-sim) e muito bem disposto e alegre. Trabalho uma média de 12 horas por dia, o que faz de mim um homem re-alizado. É-me muito difícil acreditar nas pessoas, mas em contrapartida gosto muito de animais. Tenho 4 cães que são os filhos que penso não vir a ter. Ten-ho uma equipa fantástica atrás de mim que respeito e honro sempre os meus compromissos todos.

as suas origens são ainda algo muito reservado do público me geral. o que representam para si?nunca revelo as minhas origens, aliás, o meu nome todo é pouco conhecido. Sou filho de mãe angolana, filha de um produtor fazendeiro de café, Rui Duarte Pombo, e pai pertence a famílias de Vi-seu, Almeida Santos de Lemos e Men-ezes, descendentes directos da Casa da Trofa. A minha mãe morreu de parto da minha irmã mais nova quando eu tinha apenas cinco anos e o meu pai quando eu tinha 16 anos. nessa fase, prometi a mim mesmo que “tenho que ser alguém na vida” e, graças a Deus, conheci duas

pessoas fundamentais, o Zé Carlos cos-tureiro e Manuel João Trigo cabeleirei-ro. Os dois exerciam a sua actividade na zona de Príncipe Real a uma distância de 500 metros onde dei os primeiros passos na minha carreira. Desde os 16 anos que sempre tive pessoas que me orientaram, muito bem, diga-se, e nun-ca me faltou nada. Tive a sorte de ter bons mestres no meu percurso profis-

sional e também de começar a minha carreira de cabeleireiro à porta fechada.

Em que momento teve a sua explosão enquanto profissional?O meu início profissional deu-se com 16

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anos quando comecei a tirar o meu cur-so de cabeleireiro pela mão do senhor Renzo Carlichi. nesta altura da minha vida, o Manuel João Trigo cabeleireiro, era o cabeleireiro mais elitista da cidade de Lisboa. estive com ele 5 anos e apren-di o abecedário da profissão. Apren-di, essencialmente, as regras que me sustentam hoje. Passado esses 5 anos, mudei para a conceituada Marina Cruz, onde desenvolvi a minha parte artística durante 9 anos, assente num conceito mais comercial, um artístico mais visível,

uma clientela mais diversa. Foi aqui que me desenvolvi muito como profissional. Quer no cabeleireiro quer na moda, 50% cria-se, 50% são regras.

Quando se dá a mudança que pos-sa considerar fulcral na sua vida en-quanto profissional?Com 30 anos, e com bastante reconhec-imento público, achei que devia mudar. uma das minhas clientes, desde o tem-po do Manuel João Trigo cabeleireiro,

possuía um palácio na Lapa, tinha o rés do chão livre e sugeriu-me uma parceria. na minha abertura, recebi a Lili Caneças e a Cinha Jardim pelas mãos do David Simões da DXL moda, amigo chegado. A Cinha Jardim passou a ser a minha im-agem. Aliando as imagens das minhas clientes que fui fazendo ao longo do tem-po e das novas que começaram a che-gar, entre os meus 31 e 37 anos passei a ser uma das caras mais conhecidas em qualquer revista social da época. Aqui foi o meu auge enquanto figura pública.

Gostou dessa fase?Foi uma fase que gostei, gostei de con-hecer todas essas pessoas e ainda hoje mantenho relações de amizade e cordial-idade com muitas delas. Outras o tempo apagou por motivos diversos. Ficaram aquelas minhas clientes que me pagam. Por situações que começavam a arrastar o meu nome por circunstâncias menos positivas que me vi envolvido sem para tal ter dado consentimento, acabaria por fechar dois salões e recomeçar do 0, se assim se pode dizer. Arrendei o piso um do cabeleireiro Monteiro há cinco anos onde me encontro a atender as minhas estimadas e elegantes clientes. Onde toda a gente me pode encontrar. A nível de sociedades fechei os dois cabeleirei-ros por incompatibilidades comerciais...

Que tipo de público o Duarte penteia?As pessoas devem achar que eu só pen-teio figuras públicas. Mentira. Com as figuras públicas não se ganha dinheiro. Tenho clientes do tempo em que pentea-va à porta fechada no Manuel João Trigo e que ainda hoje fazem o favor de serem

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minhas clientes. Mas também penteio o grande público, o público massificador. E 80 % das minhas clientes de extrato social alto não gostam, por exemplo, de exposição social.

É preciso talento para se estar nesta profissão ou só o trabalho chega?eu tenho cinco regras que incuto nas minhas equipas: não ter hora de saída, ter uma belíssima apresentação, a cliente tem que ser tratada com uma diferença e nunca por Tu, tentar obter o máximo de informação dos gostos e identificação da cliente, ser delicadamente simpático, educado, o resto aprende-se. Tem-se talento ou não.Penso que isto responde à pergunta.

Vê diferenças entre o trabalho de um homem e uma mulher cabeleireira?Há diferenças na prática. um homem vai colocar uma mulher chique e glamouro-sa, bonita não só para os olhos do seu homem, marido, enfim …. mas para to-dos os homens. Já as mulheres vão colo-car a mulher muito à imagem que elas têm de si próprias. Do que elas gostam, do que preferem.

Qual é o segredo do seu sucesso?eu tenho uma clientela que me segue há mais de 20 anos, possuo gerações intei-ras. Para além da minha parte criativa, e de toda a minha informação relativa à estética da mulher, sou muito fiel a todas elas. eu só tenho uma hora, a da entrada. Só se pode angariar clientes se estivermos disponíveis.Disponibilidade, bom gosto e criativi-dade são as três coisas que me tornam

um empresário de sucesso.

Prefere um cabelo masculino ou fem-inino?eu tive bons mestres e tenho clientes com idades compreendidas entre os 4 e os 89 anos de idade. Adapto-me mui-to bem a qualquer cabelo ou corte. Mas gosto mais da mulher e quanto mais feminina melhor. Feminina, sensual e chique.

os animais fazem parte de si, como

nasceu essa paixão pelos animais?Sou daquelas pessoas que gosta de an-imais, mas não sou vegetariano. Isto faz toda a diferença. Adoro essencialmente cães. Sinto que não serei pai, e os meus cães são os filhos que penso que não irei ter. Tenho actualmente 4 cães, todos ra-feiros, todos abandonados que recolhi da rua. São parte da minha vida. Tenho pessoal diário, em minha casa, que es-

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tão apenas e só, dedicados ao seu bem estar. São os meus melhores amigos.

Como justifica essa paixão pelos seus animais?A minha relação com os meus cães é única, envolvente e sempre que eu che-go a casa, por exemplo, de um dia de trabalho, eles ficam desorientadíssimos. Respeitam-me imenso, há paixão que nos une e uma linguagem de afectos muito próxima.

Não imagina a sua vida sem? …não imagino a minha vida sem o meu Portugal, sem as minhas clientes, sem os meus cães, sem a minha profissão e deixar de ser vaidosíssimo.

Preocupam-no as críticas do seu pú-blico cliente?Respeito sempre aquilo que a cliente quer, raramente estou de acordo com o que a cliente me pede. Mas eu nunca pergunto como é que a cliente quer o seu cabelo porque 90% das clientes não sabe o que quer. Pergunto antes o que não quer. Mentiria se dissesse que fico contente com todos os trabalhos que faço, porque sou muito exigente. Mas de forma geral, as minhas clientes saiem su-per satisfeitas e as críticas são positivas. no entanto, aprendi a lidar com as críti-cas negativas, possuo uma outra maturi-dade hoje que me permite geri-las. não podemos agradar a todos.

Como analisa a sociedade de hoje? Uma sociedade de interesses?Tenho a certeza que algumas pessoas que se dão comigo e que se passam por

minhas amigas, fazem-no para obter alguma projecção. eu sou alguém, que devido à minha área profissional, con-heço muita gente de várias sectores da sociedade e isso pode ser um impulso para obterem mais projecção. Mas eu lido bem com isso. não vejo isto como oportunismo.

Qual o peso da palavra “Família”, ou antes, o que considera ser Família?A minha família actual são os meus 4 irmãos, os meus sobrinhos, a minha cunhada e recentemente a minha afil-

hada. É a minha família diária, que me acompanha e se ainda não me ausentei deste país, sem dúvida, que um dos mo-tivos são os meus irmãos.

O que significa para si a morte?Gosto imenso da vida, sou católico e acredito em Deus. A morte da minha mãe eu não a senti porque era muito pe-quenino, tinha 5 anos, mas com a morte do meu pai fui muito abaixo. Senti-me

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perdido. e recentemente perdi a minha melhor amiga, da minha idade, há 8 me-ses. Mas não tenho medo da morte e, se morresse hoje, aos 44 anos, poderia diz-er que vivi a vida que eu quis em todos os sentidos. Mas não queria morrer já.

Gosta de viajar?Já viajei muito até aos meus 40 anos. Aos 40 anos apanhei um susto de morte numa viagem de avião para Paris e des-de essa altura que nunca mais me meti num avião. Em breve, voltarei a essa ex-periência.

adjectivos que sustentem os seus va-lores?Quem não me conhece pensa que eu sou um homem extremamente fútil. Mas não. Sou alguém caridoso, católico, ínte-gro, honesto, trabalhador e boa pessoa.

Coisas que não perdoa?não perdoo a traição no relacionamen-to. não lido bem com ela.

Mudaria algo no seu passado?Apenas lamento não ter tido uma ex-periência profissional no estrangeiro, porque as minhas referências são mui-tas internacionais e isso poderia ter sido uma experiência cheia.

O que significa o seu espaço na Web, o seu blog?Resolvi lançar o Blog, porque tinha uma clientela especial que se perdeu de mim quando mudei de salão. na altura foi público esta minha festa, e lanceio-o ofi-cialmente com uma festa para mais de 80 pessoas. Lancei-o no dia 20 de Junho

para as mais diversas camadas da socie-dade. Hoje, o meu blog tem uma média diária de visitas que ultrapassa as 4000 pessoas, é lido em todo o mundo e con-sidero-o um sucesso. É uma ferramenta de trabalho e um meio de estar próximo da minha clientela.

Defina-me as palavras Tempo, Amor, Dinheiro.24h por dia, para mim, é pouco. estou numa nova fase da minha vida, mara-vilhosa. Gosto muito de dinheiro e não faço borlas a ninguém. não sou rico, vivo do meu trabalho. e sem dúvida que o dinheiro nos traz conforto.

Uma biografia, está nos seus planos?Já me propuseram umas 4 vezes es-crevê-la. No dia que a fizer irei revelar tudo, desde as minhas origens à parte profissional. Aliás, já um realizador, João Botelho, me disse que a minha vida dava um bom filme.

Um conselho?Não começar esta profissão com mais de 15 anos. Depois sentirem que têm gosto por mulheres. Serem criativos e disponi-bilidade para a cliente.

Para seguirem o trabalho de Duarte Me-nezes podem aceder ao seu site: www.duartemenezes.com

Manuela PereiraJornalista

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O conceito de família está geralmente asso-ciado ao barómetro do bem-estar, a nível e pessoal e social. Até que ponto ou, em que ponto, o marketing e o turismo se cruzam na esfera familiar? Transversal às mais va-riadas áreas e contextos, também o marke-ting o turismo e a família se interligam, em

múltiplas situações.O marketing deve ter um lugar cativo no seio familiar, englobando todos os elementos do agregado familiar correspondente, cons-truindo-se desta forma uma sólida geração de valor, modelada para as competências sobretudo parentais e, consequentemente,

Marketing&

Turismo Familiar

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sociais. Por seu turno, também o turismo se aplica à família, nomeadamente no concei-to de turismo familiar, onde muitos são os destinos indicados para disfrutar de férias familiares. O turismo é extensível a muitos quadrantes, de acordo com a motivação dos turistas, mas quero aqui centrar-me no familiar. Considero que os programas de férias em família assumem um papel e im-pacto preponderantes, no fortalecimento e solidez das relações intrafamiliares, através de múltiplas e diversas atividades turísticas e de lazer que, com conjunto, gozam.Hoje em dia, muitos dos comportamentos e ações despoletadas pelos jovens dependem muito do meio familiar e ainda da influên-cia exercida pelos seus progenitores. Esta ligação ao meio familiar é recíproca de pais para filhos e de filhos para pais, devendo existir uma correlação forte entre ambos. no entanto, a questão que se segue dá que pensar. Serão os pais que se têm de mol-dar aos filhos ou o inverso? Será necessário colocar a situação nestes termos? esta é a questão principal desta temática. Se no en-volvimento familiar coexistir um marketing coeso entre pais e filhos, toda a compreen-são se tornará inevitavelmente mais fluida e natural. Deste modo, não terá que haver lugar a desentendimentos de maior relevo. O marketing familiar apela ao mútuo conhe-cimento dos familiares e mais do que isso, contribui eficazmente para a promoção fa-miliar que elevem os níveis de bem-estar e felicidade. não têm de se reinventar pais ou até mesmo filhos, mas antes seremos bons marketeers familiares. Desde que nasce-mos, todos nós recebemos impulsos e te-mos necessidades completamente diferen-

tes uns dos outros, contudo, há que saber criar as melhores estratégias de marketing no ciclo de vida familiar, com vista a mol-dar o nosso comportamento, muitas vezes associado ao consumo, aliás somos uma sociedade de consumo cada vez mais emer-gente…As ferramentas de marketing privilegiam a compreensão da importância da familiariza-ção, proporcionando a satisfação e conforto familiar, posteriormente visível no exterior, aquando do processo de socialização. O marketing familiar consiste de facto, em melhorar continuamente as regras de boa conduta de modo a potenciar o desenvol-vimento de sinergias várias, numa época cada vez mais inconstante e controversa, nalguns setores da sociedade civil.Assim, deverá uma intervenção dinâmica da família e uma tendência para a diminuição de uma vida sem conteúdo, deverão ocorrer progressivamente. neste campo, a atitude de marketing caracteriza-se pela necessida-de de conhecer na íntegra aqueles que nos rodeiam e connosco coabitam, o que con-duz a uma melhor adaptação e influência mais proativa e aparente. e se ao marketing familiar juntarmos também, e em simultâ-neo, o turismo familiar, haverá com certeza um dia do pai e uma primavera com ainda mais harmonia e cortesia!

Vasco Ribeiro Santos

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Modelo do MêS

Yulia

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Meu nome é,simplesmente,Mãe! Depois de 3 anos e meio de namoro,resolvemos ofi-cializar a nossa relação. Dia 2 de Maio de 1998,foi o dia escolhido para,entre familia-res e amigos,realizarmos e celebrarmos o tão desejado momento. um momento má-gico! Passado um ano,tínhamos a notícia do primeiro positivo,da pior forma… uma dor forte ao fundo da barriga,uma ida ao hos-pital,exames e mais exa-mes e a confirmação,eu tinha sofrido um abor-tamento… Como???!!! eu nem sequer sabia que estava grávida! Fui mandada para casa com restos dentro de mim,(o corpo se encarregaria de os expulsar),tudo o que saía tresandava a podre e a notícia de que esta-va grávida ao mesmo tempo que sabia que ti-nha perdido o meu filho. Volvidos 12 dias,voltava novamente ao hospital(-com dores horríveis e perdas de sangue cada vez em maior abundância)de onde já não me deixaram sair.Depois de me ser fei-to novo teste de gravidez,eu ainda estava grávida… Exames e mais exames,análises e mais análises,ecografias e mais ecografias… Depois de algum tempo de espera,fui infor-mada de que o cenário que me esperava não era nada animador,inclusive,poderia ter mesmo poucas horas de vida… A conclu-

são do diagnóstico era de que poderia es-tar a desenvolver uma gravidez ectópica…um tumor em estado galopante ou ter uma hemorragia interna e teria que ser inter-vencionada de forma rápida…Três cenários horrivelmente assustadores que faziam de mim prisioneira daquele hospital e de mim mesma. Foi também nesse mesmo dia que escutei as piores palavras que uma mulher pode escutar: -“Perdeste o teu filho por falta

de gosto!” Palavras que estão cravadas em mi-m,até hoje.eu não mere-cia estar a ouvir aquilo… Acontece que passados 8 dias voltava para casa sem ter sido operada,en-tregue a mim mesma. Seguiram-se 4 meses de calvário entre exames,a-nálises,diagnósticos ba-seados em processos escritos e não em novos exames,um vai-vem de chamadas ao bloco ope-ratório…um sofrimento atroz tanto a nível psico-lógico como físico,duvi-das e incertezas,mas,no

final tudo acabou bem. Estava pronta para a luta,o sonho continuava lá,sufocado pelo medo e pela angústia… Seguiram-se mais 3 perdas numa caminhada dura com muitos altos e baixos,com a fuga para o abismo,a-dornada com uma depressão profunda que quase me roubou a vida. 4 perdas… 4 pe-daços de mim que tinham voado como o vento,um punhado de água que me havia fugido entre os dedos… Ai,a vontade de de-

A minha vida dava um livroMeu Anjo de Resgate… Meu Ponto de Luz

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sistir de tudo era tão enorme! Agarrei-me às soluções mais fáceis…Tentar esquecer era a solução,mas,no dia seguinte num momento de uma lucidez sóbria,parecia ter uma gui-lhotina apontada ao pescoço. Afinal,quem era eu,o que era eu? Simplesmente nada.era uma falhada,um farrapo,uma coisa.Sen-tia-me a pior de todas as mulheres,o pior de todos os seres humanos. em todo este percurso,tinha encontrado a ARTÉMIS,onde reaprendi a viver,onde compreendi que não tinha perdido os meus filhos,apenas os ti-nha ganho de outra forma,onde encontrei forças para seguir o caminho e a luta de ca-beça bem erguida e com o coração cheio. Onde aprendi que desistir não é solução e isso ajudou a que reunisse todas as minhas forças e junto com o meu marido nos agar-rássemos ao sonho de um novo positivo,u-ma nova esperança. em junho de 2011,des-cobri que estava novamente grávida,não tirei os pés do chão,não entrei em euforias.Vivi 9 meses com o coração nas mãos,com 2 sustos pelo meio. O emanuel nunca me-xia,para o sentir,voltava minha prece para os céus,onde estavam os meus Anjos e pe-dia um sinal.O emanuel parecia escutar-me e encostava seu corpinho à palma da minha mão. Ó meu Deus,o sonho estava ali,den-

tro de mim. no dia 8 de Março de 2012 ali estava ele a olhar para mim,o meu Anjo de Resgate,o Meu Ponto de Luz,aquele ser tão pequenino que me trouxe de novo à vida. O filho que cravou em mim a tatuagem mais bela,a alegria de viver. A caminhada foi longa e dura mas no final aprendi uma grande lição,desistir nunca é solução. nun-ca devemos abandonar os nossos sonhos.

Salete Matos

Convidamos a conhecer o nosso projecto em:http://aminhavidadavaum-livro.blogspot.pt/

https://www.facebook.com/pages/A-minha-vida-dava-um-livro/296581607160218

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Problema:Todos nós já ouvimos histórias de terror evol-vendo crianças consequentes do uso da Inter-net: “Bullying”, exposição a conteúdos prejudi-ciais, quebras de privacidade e até situações de violência sexual. Privacidade, Controle parental de conteúdos e Segurança são tópi-cos que estão todos de mão dada e é preciso analisá-los como um todo, pois atacar um deles apenas, simplesmente não surte o efeito desejados: Proteger as nossas crianças (e a nós próprios) de efeitos nefastos de uma socie-dade cada vez mais globalizada e interligada.Infelizmente, estes três pontos são, nas nossas mentes, relativamente obscuros e nem sempre temos tempo para olhar para a nossa segurança e das nossas crianças no uso do dia a dia da Internet. Para agravar, hoje já não estamos só confinados ao uso de um com-putador para aceder à “net”. Telemóveis, Smartphones, Tablets e até relógios e óculos estão todos “online”1. Não existe uma única solução para este tema. Há que considerar um conjunto de sugestões técnicas e comportamentais para minimizar os impactos negativos de uma sociedade digital.

Comportamento:

Há alguns pequenos ajustes e cuidados comportamentais que deveremos considerar e irão ajudar a reduzir os riscos de se usar frequentemente a Internet.

● Fotos: escolha com cuidado as fotos que se colocam em “sites”2 sociais (Facebook, Instagram, Twitter, etc.).

1 Ligado a um ou mais sistemas informáticos. Hoje, é um termo muito utilizado para caracterizar um dispositivo ligado à internet, ou mesmo uma pessoa activamente a usá-la2 Conjunto de páginas de web e/ou aplicação disponível na Internet, acessível via “browser”

INFoRMÁTICASegurança, privacidade e conteúdos maliciosos na Internet? Cliché ou problema real?

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uma única foto pode revelar um conjunto de informações sobre a pessoa, sobre a sua morada e/ou localização, posses e, pior, pode arruinar uma reputação. Há também que haver o cuidado, dada a grande proliferação de pedofilia que usa a Internet como fonte de informação, de evitar publicar fotos de crianças.

● Linguagem: Como não existe a componente de linguagem não verbal associada a uma presença física entre interlocutores, há uma grande facilidade de uma conversa via internet degenerar em insultos e “bullying”, que causam grandes níveis de stress e/ou depressão em pessoas mais sensíveis. (Existem até casos conhecidos de suicí-dos causados por estas situações)Se se sentirem desconfortáveis com o rumo que uma interacção digital tem, corte logo a conversa.

● “Passwords”3: As palavras-chave de acesso aos variados “sites” e aplicações nunca devem ser partilhadas com ninguém (familiares, amigos). Devem também respeitar boas práticas para não serem fáceis de descobrir/descodificar. 4

● Conteúdos maliciosos: Existem “sites” que exibem conteúdos que podem não ser ad-equados à idade, personalidade ou crenças morais, sociais e religiosas.não há uma solução concreta para este tema. Aconselho aqui a uma abertura de espírito para com as crianças, explicando-lhes muito abertamente o que existe na internet que não é adequado para elas, como detectar esses temas e o que devem fazer para evitá-los.

Aspectos técnicos

Existem muitas maneiras de reduzir risco, recorrendo a ferramentas e acções que inci-dem sobre os dispositivos que são usados para aceder à internet.Há alguns tópicos que são avançados e poderá ser necessário recorrer a um espe-cialista em tecnologias de informação

● “updates”: Mantenha sempre o seu sistema operativo actualizado. Os principais sistemas (Windows, MacOS, Linux, Android e iOS) têm opções que permitem actualiza-

ções automáticas assim que as mesmas são disponibilizadas pelo fabricante.

● Anti-virus5: A forma mais básica de protecção que deve existir em quase todos os

3 Palavras e/ou conjuntos de letras, números e caracteres especiais que servem para provar que uma pessoa é quem diz ser perante um sistema informático.4 http://imasters.com.br/artigo/16288/seguranca/boas-praticas-para-criar-senhas-seguras/5 Vírus em informática são pequenos programas que executam nos dispositivos sem

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dispositivos, sobretudo PC’s a correr Windows e “Smartphones” ou “Tablets” An-droid. Os Apple Mac, a correr Mac OS X não estão tão expostos, mas pode apenas ser uma situação temporária.“Software” aconselhado grátis:

● PC com Windows - Microsoft Security essentials: http://windows.microsoft.com/en-us/windows/security-essentials-download

● “Smartphone” ou “Tablet” com Android: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.qihoo.security

● Mac com Mac OS Xhttps://www.avast.com/free-mac-security

● Controle Parental: Técnica de restringir acessos e acções num dispositivo controlável por uma pessoa com autorização para tal:

● Smartphone ou tablet com iOS (Apple iPhone, Apple iPad)http://support.apple.com/en-us/

HT201304● Smartphone ou tablet com Android

http://www.pcadvisor.co.uk/how-to/google-android/3461359/parental-control-on-android/

● PC com Windowshttp://windows.microsoft.

com/en-us/windows/set-parental-controls#1TC=windows-7

● Mac com Mac OS X http://support.apple.com/kb/PH14414

● Limite o uso de contas com privilégio de administrador.Se tem crianças ou outras pessoas a aceder ao seu dispositivo, crie contas no mesmo sem privilégios de administrador para que não seja possível modificar aspectos críticos do sistema operativo e instalar aplicações que possam comprom-eter a segurança do mesmo.

● Codificação de dadosNum computador portátil (PC ou Mac), codifique o disco com as funcionalidades do próprio sistema operativo (BitLocker no Windows e FileVault no MacOS X). Isto per-mitirá, em caso de roubo ou perca do dispositivo, que não seja possível aceder aos seus dados.

o conhecimento da pessoa e que podem fazer estragos e/ou usar o equipamento para efetuar acções maliciosas em outros.

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● Segurança da rede

● Certifique-se que, quando estiver a utilizar uma rede “wireless” a mesma é protegida por um esquema de codifi-cação WPA2 (WeP e WPA já foram con-siderados inseguros, pelo que nunca se deverão utilizar).Cuidado também com as redes oferecidas por aeropor-tos, hoteis, restaurantes,etc. pois estas normalmente não têm qualquer tipo de protecção. Isto significa que todas as informações sensíveis circulam “pelo ar” sem qualquer tipo de codificação, o que permite a uma pessoa maliciosa obter todas as suas informações, como por exemplo “passwords”.

● Em casa, certifique-se que o seu “router Wi-Fi”6 está correctamente configu-rado com as seguintes recomendações:

● A “password” de acesso ao Wi-Fi foi mudada (os “routers” normalmente têm a chave impressa atrás ou por baixo do próprio dispositivo)

● O esquema de codificação é WPA2

● Sempre que for necessário colocar “passwords”, informação de cartões de crédito ou outra informação que seja considerada sensível, verificar que no “browser”7, as comunicações são encriptadas. Isto consegue-se usando o protocolo HTTPS, e pode verificar-se no endereço do “site” que se quer aceder se há a seguinte informação

Google Chrome: Mozilla Firefox: Apple Safari:

Como tudo o que envolve segurança (digital ou física), um equilíbrio de bom-senso e com-petência é necessário. Não existe o conceito de “totalmente seguro” na nossa sociedade. A única coisa que podemos esperar conseguir é minimizar o risco para aqueles que nos são próximos.

6 Dispositivo que permite a ligação sem fios à Internet7 Aplicação que permite aceder á internet e consultar “sites” Fabio Silva

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O dia do pai é uma porcaria. Para começar este dia é uma invenção dos comerciantes, essa máfia que tenta a todo custo vender as gravatas, canetas e postais que desde o natal não há forma de desa-mpararem as lojas. O dia do pai é um triste expoente da nossa sociedade de consumo sempre pronta a lograr o seu objectivo cap-italista atingindo-nos onde é mais fácil. no coração. e sabem os Deuses do multibanco, como é curto e directo o caminho que vai do nosso órgão mais importante ao bolso onde está a carteira. O dia do Pai é uma aberração. A não ser que tenhas o teu pai vivo. A não ser que sejas pai.

Quem tiver a sorte destas dois factos ser-em uma realidade simultânea (e o azar de ter poucos escrúpulos) pode sempre fazer como um amigo meu, cujo nome não revelo por razões óbvias, e fintar a fatalidade de gastar dinheiro neste dia oferecendo ao pai a prenda que o filho lhe der. e o André Fernandes Silva não fez isto ap-enas uma vez, mas sim durante vários anos consecutivos. A prenda que o filho do André lhe dava de manhã era, invariavelmente, a prenda que o pai do André recebia à noite. Após cinco anos consecutivos a receber de-senhos mal feitos e deformados bonecos de plasticina o pai estranhou e descobriu tudo. O pai nada lhe disse e continuou a mostrar a mesma alegria sempre que recebia do An-dré a prenda que ele sabia que tinha sido feita pelo neto.

Porque ser pai é ser magnânimo.

este ano, sou pela primeira vez personagem principal deste dia. A minha Maria ainda não tem dinheiro para me comprar uma prenda pelo que conto ser enganado pela mãe, que certamente me vai comprar algo. Segue-se um pequeno teatro onde terei de fingir que acredito que a prenda é dada pela bebé e agradecer-lhe na forma de muitos beijos na careca e apertões nas bochechas. Conto receber ainda dezenas de gargalha-das, palavras sem nexo, fraldas para mudar, olhares de admiração, acenos, mais fraldas para mudar, sorrisos cúmplices, umas bir-ras (poucas), ainda mais fraldas para mudar, alegria contagiante na hora de lhe dar ban-ho, exigência do biberão pronto a horas e a última fralda do dia para mudar.Com tanta fralda suja, não tem como este dia não ser uma porcaria.uma porcaria que não trocava por nada deste mundo.

em nome do pai

João Pinto Costa

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Seymour Papert o grande impulsiona-dor da robótica educativa, percebeu des-de cedo que o computador atraía as cri-anças e isso poderia facilitar o processo de aprendizagem. O mundo da robótica tor-nou tudo mais interessante, uma vez que o aluno poderia criar e personalizar o seu próprio robô. Mais do que educacional, a robótica educativa é considerada “edutain-ment” termo que sugere que as crianças podem ser educadas ao mesmo tempo em que se divertem, onde o ato de aprender torna-se uma atividade prazerosa.

A grande vantagem do uso de robôs no ensino é a sua multidisciplinarie-dade, onde equipas de alunos, conduz-idos por um enigma ou problema ini-cial, vivenciam uma aventura onde cada obstáculo é um momento de reflexão e aprendizagem. um mini cenário de aprendizagem que costumo utilizar é a história de um menino de que um acor-da e vê que se transformou num robô, dai, dando asas à imaginação cada equipa construi o seu guião de história.

A indústria LeGO® no seu vasto leque de produtos contém uma gama especial para as escolas e o ensino, denominada LeGO® MInDSTORMS® education. este kit possui um conjunto variado de peças denomina-das bricks usadas para a construção dos robôs. Contem igualmente um nXT Intel-ligent Brick [i-Brick] com um microcontro-lador de 32-bits e com módulo de comu-nicação por bluetooth, três servo-motores, dois sensores de toque, um sensor de som, um sensor ultrassónico e um sensor de luz e cor.

Para além disso, inclui sete cabos conetores RJ12 para ligar os motores e sensores ao i-Brick; um cabo uSB para ligar o i-Brick ao computador; um CD com o software nXT-G; um guia de utilizador com instruções sobre hardware, software e construção de robôs e um Teste Pad para testar os robôs.

Destaco as fases de progressão do projeto, associando a pluralidade de objetivos de

educação

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A não esquecer que apesar de a robótica ter grande potencial para auxiliar o ensino, a aprendizagem dos alunos não é garantida apenas pela sua simples aplicação em contex-to de sala de aula, existindo fatores que podem influenciar o seu sucesso, entre eles a es-colha de um robô apropriado, o domínio do professor sobre a robótica, as salas de aula terem espaço suficiente para a experimentação e movimentação do robô, a aplicação de metodologias de aprendizagem adequadas e a boa organização das equipas de trabalho.

Bibliografia:Oliveira, D. (2013). A Robótica educativa no ensino e Aprendizagem de Conceitos de Pro-gramação e Algoritmos. Tese de mestrado apresentada à universidade de Lisboa, Lisboa.

aprendizagem e a multidisciplinariedade de disciplinas abordadas:• Português: criar uma história• TIC: criar banda desenhada animada• Robótica: montar do robô• Programação: programar o robô em nXT-G com e sem sensores• Matemática: converter centímetros em rotações • Física: movimentar o robô em difer-entes tipos de solos e com inclinações difer-entes• Competências transversais: estimu-lar pensamento crítico e criatividade

Diana oliveiraFormadora de Informática

Docente profissionalizada do Grupo 550

Contacto:

[email protected]

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eSPelHo MeuComo colocar cor numa maquilhagem neutra?

Com a chegada da primavera tudo fica mais colorido! Será que podemos fazer de uma maquilhagem neutra algo mais divertido?Vamos dar asas à imaginação e colocar cor em pontos chaves na nossa maquilhagem. É importante focar somente num ponto do nosso rosto (olhos ou lábios), caso contrário fi-camos com um aspeto bastante pesado e nada harmonioso.estas são algumas de inúmeras hipóteses de colorir as vossas maquilhagens neutras. Bas-ta escolherem um dos pontos anteriormente referidos e utilizar estas dicas de maneira a que se sintam confortáveis.

Lábios com cores vibrantes, como por exemplo: batom ver-melho, rosa choque, laranja ou roxo, deixando apenas os ol-hos com sombras iluminadoras ou até mesmo só com uma máscara de pestanas. Às vezes o nada é tudo!

Beatriz Dâmaso

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Na maquilhagem acima o foco está no olhar, destacando a pálpebra in-ferior. Podem utilizar todos os pig-mentos coloridos da vossa paleta de sombras.

Voltando novamente para os olhos, vamos utilizar um lápis de cor e fazer o famoso “risco” na linha d’água. A maquil-hagem fica muito clean e complexa ao mesmo tempo.

Ainda centralizando na maquilhagem dos ol-

hos, somos capazes de realçar um simples

delineado, mas colorido no nosso dia-a-dia.

Podemos executá-lo com o eyeliner em gel ou

com as canetas próprias para o fazer. Para

uma opção mais económica, podemos mistu-

rar as nossas sombras com um pouco de vase-

lina ou de óleo de amêndoas doces e traçar a

pálpebra com a ajuda de um pincel angular.

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Fitness

Iniciamos a nossa rubrica de fitness abor-

dando um tema associado ao mês de Fe-

vereiro, mês dos namorados, por isso ire-

mos falar do treino a pares.

Se tens companhia tens também uma

grande oportunidade para fazer um tre-

ino completo, motivante e muito diverti-

do. O trabalho com o peso do corpo e a

ajuda de um companheiro/a com algo tão

simples como um “stick” ou uma bola são

grandes possibilidades para uma sessão

de treino diferente e igualmente intensa.

No mês dos namoradostreine com o seu campanheiro(a)!!

Tiago BritoPersonal Trainer

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Exercício 2 Para trabalhar o dorsal faz uma remada enquanto o outro faz bicí-pete curl- 2 a 3 séries de 8 a 12 repetições

Exercício 1 Faz um agachamento em simultâneo- 2 a 3 séries de 8 a 12 repetições

Exercício 3 Faz push- up com as pernas afastadas enquanto o companheiro/a faz um skipping entre as pernas- 2 a 3 séries de 30 a 45 segundos

Exercício 4 Com um “stick” ou barra, faz um press para trabalhar peitoral, o teu colega será a carga- 2 a 3 séries de 8 a 12 repetições

Exercício 5 Prancha frontal, tocando alternadamente na mão oposta do companheiro- 2 a 3 séries de 8 a 12 repetiçõesNota: Duas variáveis do exercício, podendo colocar somente antebraço e ponta dos pés no chão ou usando os joelhos também como ponto de apoio

Exercício 6 Realiza abdominais frontais passando a bola para o colega- 2 a 3 séries de 15 a 20 repetiçõesNota: descanso aproximadamente 1min entre cada série

Vamos optar por exercícios compostos que trabalham muitos músculos e que dão enfase aos grandes grupos musculares.

Descrição dos exercícos:

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Fotografia

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46Raquel Von Kaminaru

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desenhoSenjuraiken

http://senjuraiken.deviantart.com/

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Sei o que sei

em Los Angeles (euA), Madonna mostrou o rabo aquando da sua chegada aos Grammy Awards. É normal, pois o rabo dela chegou primeiro que ela ao red carpet.

José Carlos Pereira, que estava internado há me-ses para se libertar do vício de álcool e droga, voltou a casa. À saída, os companheiros da clínica revelaram cartazes com uns singelos: “Até já!”

Yanis Varoufakis, o min-istro das finanças da Gré-cia disse que se a Grécia sair da união monetária esta irá "desmoronar-se como um castelo de cartas". Depende do ponto de vista, pois julgo que a Grécia já não tem assim tantas cartas para ir a jogo… só se safará se conhecer o árbitro.

Por outro lado, Alexis Tsipras, o primeiro-min-istro grego, já afirmou ser "obrigação moral" da Alemanha o paga-mento de indemnizações pelas vítimas gregas do nazismo, com valores a rondar os 162 mil mil-hões de euros, tendo em conta os juros de mora. Finalmente resolvi o meu problema, pois tendo em conta esta lógica, basta ir cobrar os cinquenta escu-dos que fui emprestando aos meus amigos na escola para comprarem o pequeno-almoço. Adios crise!

Paula Teixeira da Cruz, a ministra da Justiça de Portugal, sugeriu a despenalização das dro-gas leves. Compreendo tais palavras, pois será mais fácil ao povo en-carar a realidade se viver numa realidade para-lela com minotauros e elefantes cor-de-rosa. Por outro lado, Passos Coelho já disse que “esta matéria não consta no programa do governo” o que só vem provar que o dealer dos membros do Governo é diferente.

não se sabe o que fazer ou o que dizer para a situação ser o menos embaraçosa possível, mas o objectivo é que no final, ambas as partes gostem do que fizeram. Tenta-mos criar o melhor clima possível e ser o mais directos possíveis, pois a experiência não é algo que faça parte do nosso curriculum. É assim a primeira vez!O meu nome é Tito Pinto e tenho como função revelar-lhe os acontecimentos importantes do país/mundo de uma forma que todos entendamos. Como? Simples! De uma forma minuciosa farei análises a diver-sas situações/notícias para que o estimado leitor se veja envolvido numa relação séria com o humor. Por isso, sente-se confortavelmente e prepare-se para os resumos das notícias de forma a podermos ser todos cul-tos durante uma conversa. E sim, tentarei deixar a Casa dos Segredos fora disto.

Tito Pinto

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tendências

primavera/Verão

2015

moDA

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1. Estilo Lady Likeem bucas do romant-ismo e da delicadeza está em destaque o es-tilo lady like. estes looks inspiram-se nos anos 50/60, com saias lápis e rodadas com compri-mento midi.

2. Extreme ripped jeans (Jeans extrema-mente rasgados)Como já devem ter perce-bido nesta nova estação as calças de ganga com rasgões enormes na zona dos joelhos e na coxa são aposta certa, tal como as irmãs Kardashian e Sele-na Gomez têm exibido. não tenham medo de ad-quirir já as vossas.

3. Macacões, Jar-dineiras e salopetes

Os macacões vão ser outra tendência, tanto o macacão calça, como o macacão calção bem curtinho. Podem ser usa-dos no dia-a-dia com es-tampados florais, como em festas. As jardineiras em calça e calção podem ser de gan-ga, couro, renda ou seda, quem não está doido por as usar. Salopetes, igual à jardineira mas com saia na parte de baixo.

4. Cores Candy Colors: O sucesso desta estação estará nas cores suaves, doces e del-icadas, como é o caso do rosa clarinho, azul bebe, lilás e salmão.em contraste com estas cores suaves temos o laranja forte e o amare-

lo, duas cores quentes e cheias de energia que vão fazer abanar qualquer guarda-roupa.

5. Estampados Flo-rais e ListrasA natureza está incor-porada no guarda-rou-pa para esta estação, através dos estampados. As roupas são ilustradas com elementos da na-tureza, nomeadamente maxiflores, paisagens, desenhos tropicais.As listras não irão ficar de fora da primavera verão 2015, no entanto vêm bem alegres e super col-oridas para acompanhar-em o clima quente.

6. Tecidos FluídosO romantismo também estará presente através

Veja as nossas tendências e sigam o estiloA coleção Primavera/Verão já está nas nossas lojas e com ela as tendências para esta es-tação.

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dos tecidos fluidos, trans-parentes e esvoaçantes, que trazem às peças uma leveza que combinam com as temperaturas al-tas. estes tecidos voltam em forma de camisolas, crops, pantalonas e vesti-dos longos.

7. PantalonasAs pantalonas vêm leves e fluidas com ou sem pa-drões, possibilitam criar vários looks diferentes, desde looks elegantes a looks estilo boho chic e

não é demais frisar que são ótimas para disfarçar alguns quilos a mais.

8. Estilo Desportivo ChicPara as mulheres que gostam deste estilo, te-mos os vestidos despor-tivos e os calções com elásticos. estas peças bem combinadas fazem um look desportivo e chic ao mesmo tempo.

A estação está repleta de cores e tecidos fluidos, fa-

zendo referência a peças dos anos 50, onde as rou-pas que a mulher usava eram super femininas. Roupas disponíveis em lojas Purple Fashion, vis-item-nos no facebook através do seguinte link https://www.facebook.com/PurplleFashion e venham disfrutar da fem-inilidade da nossa página.

Roupas disponíveis em lojas Purple Fashion, visitem-nos no facebook através do seguinte link https://www.face-book.com/PurplleFashion e venham disfrutar da feminil-idade da nossa página.

Modelo: Lília PintoFotógrafos: Luís Novais - https://www.facebook.com/Lu-isFilipePhotography Fátima CaióPurple FashionLoja online - https://www.facebook.com/PurplleFashion

Fátima CaióPurple Fashion

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Literaturanovo romance de Maria Dueñas

Recomeçar é o sucessor do bestsellerinternacional o tempo entre Costuras

Recomeçar é o título do novo romance de Maria Dueñas e o sucessor do bestseller internacional O tempo entre costuras. A obra é publicada em Portugal a 6 de novembro, com chancela da Porto editora.A autora apresenta o livro da seguinte forma: «Três anos depois da publicação de O Tempo entre Costuras, volto a bater à porta dos leitores com a história e a voz de uma mulher. uma mulher contemporânea, cuja estabilidade, aparentemente invulnerável, se desvaneceu no ar. Chamase Blanca Perea e decidiu fugir».Recomeçar é também um romance que atravessa fronteiras e épocas para nos falar de perdas, coragem, segundas oportuni-dades e reconstrução. uma história luminosa que desenrola intrigas imprevistas, amores entrecruzados e personagens cheias de paixão e humanidade. O tempo entre Costuras, que integra o Plano nacional de Leitura, foi publicado pela Porto editora em se-tembro de 2010 e exibido em 2014 como série televisiva na TVI.

SInOPSeBlanca é professora, com uma carreira consolidada, dois filhos jovens. Confusa e devastada com o fracasso do seu casamento, decide deixar a sua atual vida para trás e ruma a Santa Cecília, na Califórnia, com a missão de organizar o espólio deixado por Andrés Fontana à universidade; fechada num sótão sombrio, Blanca vê- se a braços com uma tarefa aparentemente hercúlea e cinzenta, mas que acabaria porrevelar-se uma empreitada emocionante. Amores cruzados, certezas e interesses silenciados que acabam por vir à tona, viagens de ida e volta entre espanha e euA, entre o presente e o passado de duas línguas e dois mundos em permanente reen-contro.

FICÇÃO eSTRAnGeIRA22/10/2014

Título: RecomeçarAutor: Maria DueñasTradução: Carlos RomãoPágs.: 440Capa: molePVP: 18,80 €

Informações adicionais:Rui CouceiroTel.: (+351) 22 608 83 42Tlm.: (+351) 91 322 64 37email: [email protected]

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a aUToRaDoutorada em Filologia Inglesa, Maria Dueñas é professora titular da universidade de Murcia depois de ter já passado pela docência em várias universidades norte-americanas.É autora de trabalhos académicos e de muitos projetos edu-cativos, culturais e editoriais.Maria Dueñas nasceu em Puertollano (Ciudad Real) em 1964, é casada, tem dois filhos e reside em Cartagena.O Tempo entre Costuras foi o seu primeiro romance, publi-cado pela Porto editora, tendo sido adaptado à televisão, e exibido em Portugal pela TVI.

O novo romance de Dueñas é brilhantemente executado, mov-endo-se habilmente entre décadas e revelandoverdades sobre a história e a humanidade.- Publishers Weekly

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Valter Hugo Mãe para os mais novos

O Paraíso são os outros inaugura coleção decontos do escritor

A 3 de novembro, a Porto editora publica um novo livro de um dos principais escritores portugueses contemporâne-os. O Paraíso são os outros, que parte da inocência pueril e toca também a sabedoria dos mais crescidos, inaugura uma coleção de contos de Valter Hugo Mãe. nesta obra, narrada com o estilo singular do autor e ilustrada por esgar Acelera-do (ver página 3 do presente documento), a personagemprincipal, uma menina fascinada pelo amor, usa a imagi-nação para antever e descobrir o que é a felicidade. Distin-guido com o Prémio José Saramago, o Grande Prémio Por-tugal Telecom para melhor livro do ano e o Prémio Portugal Telecom para melhor romance, Valter Hugo Mãe tem vindo a ser cada vez mais reconhecido em Portugal e no estrangei-ro. em setembro de 2013, a Porto editora publicou o mais recente romance de Valter Hugo Mãe, intitulado A Desuman-ização, já na 5.ª edição.

SInOPSeO amor constrói. Gostarmos de alguém, mesmo quando esta-mos parados durante o tempo de dormir, é como fazer prédios ou cozinhar para mesas de mil lugares. O Paraíso são os outros é a história que nos conta uma menina que observa como são os casais. Casais de pessoas e casais de animais. uma menina a quem o amor intriga e fascina. Ao imaginar a vida dos outros, sonha com a sua pessoa desconhecida que um dia há de amar. Pode até ser o Miguel ou não – há tanta gente maravilhosa! Ao inventar a felicidade, ela já sabe tudo o que é preciso para se ser casal.um livro que parte da inocência pueril e toca também a sabedoria dos mais crescidos.

LITeRATuRA InFAnTIL23/10/2014

Título: O Paraíso são osoutrosAutor: Valter Hugo MãeIlustrador: esgar AceleradoPágs.: 48Capa: duraPVP: 12,20 €

Informações adicionais:Rui CouceiroTel.: (+351) 22 608 83 42Tlm.: (+351) 91 322 64 37email: [email protected]

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o aUToR

Valter Hugo Mãe nasceu em Saurimo, Angola, no ano de 1971.Licenciou-se em Direito e é pós-graduado em Literatura Por-tuguesa Moderna e Contemporânea.Publicou os romances: o nosso reino; o remorso de baltazar serapião, Prémio José Saramago em 2007; o apocalipse dos trabalhadores; a máquina de fazer espanhóis, Grande Pré-mio Portugal Telecom, categoria melhor livro do ano, e Pré-mio Portugal Telecom, categoria melhor romance do ano, em 2012; O Filho de Mil Homens e, recentemente, A Des-umanização. A sua poesia encontra-se reunida no volume contabilidade.escreveu diversos livros ilustrados para os mais novos, entre os quais: Quatro Tesouros; O Rosto e As mais belas coisas do mundo.Valter Hugo Mãe é vocalista do grupo musical Governo(www.myspace.com/ogoverno), projeto que editou o eP Propaganda Sentimental, com cinco canções, através do selo Optimus Discos.Escreve as crónicas Autobiografia imaginária, no Jornal de Letras, e Casa de papel, na revista de domingo do jornal Pú-blico.Outras informações sobre o autor podem ser encontradas no Facebook (Valter Hugo Mãe – Pag. Oficial) ou em: www.valterhugomae.com

Mais tarde, também eu arrancarei o coração do peito para o secar como um trapo e usar limpando apenas as coisas mais estúpidas.Passado nos recônditos fiordes islandeses, este romance é a voz de uma menina diferente que nos conta o que sobra depois de perder a irmã gémea. um livro de profunda deli-cadeza em que a disciplina da tristeza não impede uma certa redenção e o permanente assombro da beleza. O livro mais plástico de Valter Hugo Mãe. um livro de ver. uma utopia de purificar a experiência difícil e maravilhosa de se estar vivo.

© Mário Santos/Porto editora

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A alguns dias da Primavera, não há como não fazer o balanço da nossa introspeção. A estação que ainda está vigente leva-nos para dentro, a falta de sol, o frio e a chuva são para mim “ferramentas” para falarmos com o nosso interior que, muitas vezes, não só nos fala de alegrias como tristezas, há sem dúvida um trabalho a fazer nesta estação, um trabalho de introspeção, um trabalho dirigido ao que queremos e ao que não queremos, que habita em nós…há tempo para isso…a seguir vem a Primave-ra, a estação espelho do que trabalhamos na estação ante-rior, vamos colher as semen-tes do que trabalhamos, do que deitamos fora e do que queremos que fique connos-co para colher.A estação da Primavera esta ligada à acção, à materializa-ção, olhar as nossas sementes que já estão a germinar e a pegar nelas para as viver!escolhi falar no Reiki por isso mesmo, por ser uma ferramenta de transformação e limpeza daquilo que queremos deixar, o Reiki para mim é algo único, abre uma nova consciência para caminharmos mais livres, mais calmos, mais confiantes, ho-nestos e tolerantes. É, sem duvida, um tra-balho diário embora quando olhamos para ele com olhos de ver entramos no mundo encantado de finalmente conseguirmos ser quem queremos ser!

entrar no mundo do Reiki é começar a viver uma aventura apaixonante de des-cobertas interiores jamais visitadas por nós, é conhecer mais de nós, é começar a aceitar que somos assim, igual a todos e que podemos ser melhores a cada dia. É iluminar o Amor e a Compaixão que reside no coração de todos e compreender que somos todos uM.

O Reiki é uma filosofia de vida e um méto-do de cura natural que promove o equilí-

brio físico, mental, emocional e espiritual da pessoa. Criado por Mikao usui em Março de 1992 após retiro de 21 dias no Monte Kurama. É com-posto por 21 técnicas para auto tratamento e tratamen-to aos outros. É uma terapia integrativa complementar e

holística.

O Reiki baseia-se em 5 princípios: Só por hoje, sou Calmo, Confio, sou Grato, Traba-lho Honestamente, sou Bondoso.O Reiki baseia-se em chacras energéticos que são receptores e emissores energéti-cos, onde cada um deles trabalha questões nossas, com o nosso crescimento e nossa vida vamos carregando esses chacras e bloqueando quando não resolvemos as questões por nos passadas durante a vida.Com a Iniciação de Reiki nivel I esses

O MunDODe SoFia

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chacras são abertos, são limpos e muitas questões ficam resolvidas e outras vêm à tona para que nos possamos curar. Curar as nossas questões passa a estar nas nos-sas mãos porque o Reiki é feito através da energia das nossas mãos que passaram a estar ligadas e muito à energia universal do Reiki, uma energia de Amor Incondicio-nal. A postura na vida passa a ser outra e as questões que não resolvemos ou que nem tínhamos consciência que estavam den-tro começam aos poucos a virem à flor da pele… Começamos a entender mais de nós, dos nossos sentimentos, emoções e começamos a trabalhar no que queremos. Claro está que temos de praticar, por si só o Reikiano é uma grande bênção mas acredito que sem a pratica diária, ou prati-car quando algo acontece e nos faz pensar, não levamos a cura onde precisamos, tal como falei é uma filosofia de vida para mu-dar a nossa vida e se mantivermos a mes-ma forma de pensamento, de acção, não há Reiki que nos valha! A pratica do Reiki é vivida interiormente para depois ser visível

a nível exterior. Não é uma corrida apesar de ter três níveis ou graus, temos momen-tos que conseguimos avançar mais que outros, temos momentos que precisamos de parar, temos momentos de reflexão. Só compreendendo o nosso interior é que atingimos a clareza de espírito para saber a altura de avançar, parar ou apenas traba-lhar com o adquirido.O momento certo de aprender a Filosofia do Reiki cabe a cada um de nós, devemos sentir que está na hora, que estamos preparados para trabalhar na nossa trans-formação, temos de querer muito evoluir e nos conhecer a outros níveis e uma coisa é certa, quando o aluno estiver pronto, o Mestre aparece.Para se tornar num canal de Reiki e apren-der a usar esta energia, é necessário ser iniciado por um Mestre de Reiki. este processo cria um canal para a energia Cósmica fluir, criando uma ligação entre o Iniciado e a Fonte do Reiki. A partir do momento da iniciação, abrem-se os canais energéticos (chakras) da pessoa, levando-a para uma nova realidade energética vibra-

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cional. A aprendizagem do Reiki, faz-se em três níveis ou Graus Características Principais Reiki I - Shoden Neste nível o aluno fica apto a curar-se a si próprio e aos outros. Reiki II - Okuden Torna-se possível enviar Reiki no espaço e no tempo. Reiki III - Shinpiden este é o nível de Mestre/Professor de Reiki. O aluno fica capacitado a transmitir os En-sinamentos e Iniciações do Reiki. As Iniciações/Sintonizações A Iniciação em qualquer nível de Reiki é uma experiência única. O processo de Iniciação (sintonização energética) é uma cerimónia sagrada. É um momento em que se realizam movimentos

e atitudes capazes de proporcionar uma abertura no padrão energético do aluno e que perduram por toda a sua vida. em cada nível do Reiki recebem-se sím-bolos através de sintonização específica, podendo após, trabalhar com o aspecto da energia Reiki que ela representa. Desde o momento da Iniciação e pela vida fora, tudo o que o praticante precisa fazer para se conectar com a energia Reiki é co-locar as mãos sobre si mesmo ou em outra pessoa, com a intenção de curar. e com isto, a energia fluirá naturalmente através de si. não estando ligado a qualquer religião e com a vibração do Amor Incondicional, o Reiki não tem limitações. Qualquer ser vivo pode ser sintonizado no Reiki. É por isso que é um sistema de cura energética uni-versal, por estar ao alcance de todos. O primeiro nível do Reiki também e chama-do de Físico, por a transmissão da energia produzir-se através do contacto directo das mãos do praticante com o receptor.neste nível, o aluno passa por um processo de purificação física, os canais de energia são desbloqueados e harmonizados. A

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partir deste nível, o aluno torna-se num canal de Reiki, ficando habilitado a tratar-se a si próprio, outras pessoas, animais e plantas.Existem 7 chacras principais no Reiki, são eles de baixo para cima, o chacra da raiz, o cha-cra sexual, o chacra do plexo solar, chacra cardíaco, o chacra da garganta, chacra da tercei-ra visão e o chacra da croa.O chacra da Raiz está ligado a sobrevivência, ao estar presente aqui e agora, ligado a Terra, a comunidade, é através dele que realizamos os nossos objetivos, é nele que reside a vitali-dade, a forca de viver destemida, é nele que reside a confiança de que nada nos vai faltar e que é aqui que pertencemos.O chacra sexual está inerente a Criatividade, a alegria, responsabilidade e sexualidade, aqui vamos buscar o desbloqueio das emoções, vamos-nos realizar a nível sexual com o nosso companheiro, vamos beber da união com o outro e a reprodução com o outro, aqui temos ou não uma boa relação com o nosso corpo.O Chacra do plexo solar esta ligado à liderança, poder pessoal e carisma, um bom equilí-brio deste chacra traz-nos o poder do eu, a simpatia, as emoções bonitas e favorece o bom funcionamento do chacra acima, o sexual.O chacra Cardíaco está ligado ao Amor Incondicional, a empatia, o dar e receber, a capa-cidade de amar e ser amado, um bom equilíbrio deste chacra conseguimos uma boa auto estima, conseguimos uma boa ligação com o outro, sem carências afetivas, sem mágoas, há confiança no outro porque essa habita naturalmente em nós. É o chacra que devemos estar muito atentos pois bloqueia com facilidade.O Chacra da garganta está ligado à comunicação seja ela interior, exterior ou superior. É aqui que esta depositada toda a responsabilidade das palavras, sejam elas dirigidas a nós próprios, sejam elas dirigidas aos outros pois para nós voltam, há palavras que doem mais que alguns gestos e podem ferir muito mais que um objecto cortante.O chacra da terceira visão está ligado à visão para lá do concreto, é aqui que são abertas novas realidades, ver verdadeiramente aquilo que é importante e que os olhos não vêem! Aqui moram as dúvidas, decisões erradas, confusões mentais se o chacra estiver em dese-quilíbrio.O chacra da coroa diz respeito à união, à Ligação com planos superiores de pensamento e de energia. Aqui trabalhamos a Fé, a existência de algo superior a nós que nos alimenta e nunca nos vai deixar cair, aqui moram os insights e as ideias “luminosas” que nos apare-cem pela intuição, aqui vemos, ouvimos e sentimos aquilo que muitas vezes não se explica por ser de uma energia tão elevada.Para terminar deixo-vos uma reflexão de Rudyard Kipling:“Se consegues ter confiança em ti, quando todos duvidam de ti, e aceitas as tuas duvidas…Se consegues sonhar, sem fazeres dos sonhos teus mestres…Se consegues falar para mul-tidões, e permaneceres com as tuas virtudes, ou andares entre reis e pobres e agires na-turalmente…Tua é a Terra, e tudo o que nela existe, e mais ain-da, tu serás um Homem, meu filho!” – “Se” – Rudyard KiplingO Reiki mudou a minha vida, e a vossa? Querem que também mude a vossa?

Ana Sofia Bexiga

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A Lipoaspiração permite retirar a gordura indesejada de áreas definidas, com uma cânu-

la ligada a uma maquina de vácuo.

O Dr. J. Seixas Martins usa geralmente a técnica tumescente de Lipoaspiração. Nes-

ta técnica procede a infiltração de uma solução salina contendo um anestésico local e

adrenalina para diminuir a perda de sangue. Os benefícios desta técnica de lipoaspiração

incluem o aumento da segurança, mais fácil remoção de gordura e diminuição do des-

conforto pós-operatório. Também reduz hematomas pós-operatórios e inchaço.

Os locais mais comuns para a lipoaspiração são o queixo e pescoço, bochechas e parte

superior do braço, axilas, abdómen, nádegas, cintura, coxas, joelhos, pernas e tornoze-

los.

Melhora os contornos faciais e do corpo, retirando a gordura inde-sejada.

liPoaSPiração

Fig .1 – Lipoaspiração da face e pescoço

Fig.2 - Lipoaspiração da cintura, coxa e joelho

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A duração da cirurgia depende da área a tratar e pode ir desde uma a duas horas ou

mais.

Embora muitos cirurgiões recorram a anestesia geral o Dr. J. Seixas Martins prefere a li-

poaspiração sob anestesia local com ansiolise. esta situação permite ao paciente colabo-

rar na cirurgia posicionando-se facilmente, reduz de forma significativa os riscos e permi-

te obter melhores resultados estéticos. não há necessidade de internamento, o paciente

vai para casa pelos seus próprios meios, janta em casa e toma banho no dia seguinte,

com desconforto mínimo.

Alguns dos efeitos colaterais pos operatórios temporários são nodoas negras (raras),

inchaço, dormência, dor ou sensação de queimadura.

Os riscos bastante reduzidos pelo uso da anestesia local e pelo facto de apenas áreas

parciais serem tratadas são principalmente de ordem estética. Como assimetria, ondula-

ção da pele, alterações da pigmentação (hipo / híper) pode também ocorrer retenção de

líquidos (seroma) e excecionalmente perda excessiva de sangue e de fluidos.

Geralmente, o paciente retorna ao trabalho depois de dois a três dias. Atividade físicas

intensas podem ser retomadas após duas a quatro semanas. A recuperação esta con-

Fig.3 - Lipoaspiração do culote e joelhos

Fig.4 – Lipoaspiração da mama

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cluída a cerca de 80% em cerca de um mês mas a recuperação total de inchaço residual

podem levar de dois a seis meses, dependendo da quantidade de gordura que é removida

e as áreas que foram tratados.

Os resultados são permanentes e deve ser melhorado e mantido com uma dieta equilibra-

da e exercício físico regular.

A lipoaspiração como forma de modelar o corpo deve ser entendida como mais um ele-

mento dentro de um contexto de melhoria da qualidade de vida incluindo uma alimenta-

ção saudável e equilibrada, prática de exercício fisico e redução do stress diário.

Fig.3 – Lipoaspiração da cintura e coxas

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Ricardo Campus

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