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Jornal Ipanema | Sorocaba Sempre • 2013 • 1

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4 • Sorocaba Sempre • 2013 | Jornal Ipanema

Nesta edição comemorativa, o Jornal Ipanema traz exemplos de iniciativas que comprovam que o desen-volvimento passa pelo saber. Aliada à educação e à pesquisa, vemos a lógica do desenvolvimento moder-

nizando-se e mostrando-se mais ampla e mais preparada para o protagonismo local, dialogando com a realidade e transfor-mando ideias em ação. Participar ativamente da produção do conhecimento é hoje uma necessidade para o desenvolvimen-to social, político e econômico.

Ao completar 359 de sua fundação neste 15 de agosto, So-rocaba experimenta uma conjunção positiva de fatores que a projeta para um caminho cada vez mais favorável ao desenvol-vimento e a sua inserção em cenários que evidenciam posicio-namento de destaque, em níveis regional, estadual e nacional. Como toda e qualquer transformação econômica e social de grande porte começa pela evolução educacional, a cidade é privilegiada ao contar com uma excelente cadeia de faculda-des, universidades e institutos de pesquisa e de ensino. São ingredientes de uma receita preciosa que colocam o conheci-mento à disposição da sociedade.

Fomentar, construir e disseminar o conhecimento, contri-buindo para a formação do cidadão e desenvolvimento hu-mano sustentável, eis o grande desafio às instituições e aos educadores. Atividade básica da ciência na construção da so-ciedade, a pesquisa alimenta a prática do ensino e o atualiza frente à realidade do mundo. Realizada no ambiente acadê-mico, ganha amplitude e passa a ser aplicada na indústria, no comércio, nas comunidades, no dia a dia dos sorocabanos.

E D I T O R I A L

Também é por meio da pesquisa que se amplia a visão pes-soal e profissional de alunos e mestres, processo fundamen-tal para a construção do conhecimento e que faz de Soroca-ba referência em educação.

Nesta edição, convidamos você, caro leitor, a refletir sobre a produção do conhecimento. Resultado do tripé ensino, pes-quisa e extensão, a inovação tecnológica se apresenta não apenas como a tecnologia em si, mas conduz aos seus usos e a novas formas de pensar e agir. E é nesse contexto que Sorocaba contabiliza iniciativas bem sucedidas que se desta-cam na produção de saberes tanto científicos e tecnológicos, quanto artísticos e filosóficos, tornando-os cada vez mais acessíveis à população.

Diagramação e Arte:Daniel Guedes

Gerente Geral: Wilson Rossi

Textos:Cida Haddad Jomar Bellini

Coordenação:Cida Haddad

Capa produzida porDaniel Guedes

Fotos:Jomar BelliniSérgio RattoSecom/Prefeitura de Sorocaba

Revisão:Robson Camargo Súnica

Distribuição: Sorocaba e regiãoTiragem: 30 mil exemplaresImpressão: Log&Print Gráficae Logística Ltda

Direção:Francisco Pagliato NetoJuliana Pagliato

Editor:Urbano Martins MTB 36504

PORTAL DO JORNAL IPANEMA: www.jornalipanema.com.br

Av. Juscelino Kubitschek de Oliveira, 199 - Lageado - Votorantim/SPCEP 18.110-008 - Fone/Fax (15) 2102-0399

Ipanema Sistema Gráfico e Editora Ltda

SOROCABA, 359 ANOS: CONHECIMENTO À DISPOSIÇÃO DA SOCIEDADE

Biblioteca Municipal

está entre as principais fontes de estudos dos

sorocabanos

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6 • Sorocaba Sempre • 2013 | Jornal Ipanema Fonte: Site oficial da Prefeitura de Sorocaba

sistema pré-Wimax, que é a tecnologia “wireless” (sem fio), com conexão via IP (Internet Protocol) de banda larga.

O “Sabe Tudo” também tem videomo-nitoramento e telefone por Internet, o chamado “Voip” (voz sobre IP). O local é monitorado 24 horas por câmeras que enviam as imagens também pelo siste-ma “wireless”, sem a utilização de cabos. São câmeras internas e externas muni-das com sensor de presença.

digital com oferta gratuita à população de cursos de informática e acesso à inter-net. Para o gerenciamento do programa, a Prefeitura firmou convênio com a ONG “Projeto Pérola”, que é a responsável pela mão de obra qualificada, material didático e aplicação das aulas. O projeto apresenta também espaços para leitura, disponibilizando jornais e revistas.

Os computadores do “Sabe Tudo” estão em funcionamento por meio do

B U S C A D O C O N H E C I M E N T O

Sorocaba é conhecida por ser uma cidade educadora, que tem o ob-jetivo permanente de aprender, permutar, partilhar e, como re-

sultado, enriquecer a vida e melhorar a convivência de seus habitantes. Assim, os espaços públicos devem se tornar es-paços educadores.

Em Sorocaba, muitas são as ações desenvolvidas em regiões variadas da cidade. Entre os locais onde há a busca por conhecimento, estão os chamados “Sabe Tudo”, que têm como objetivo a inclusão digital.

São centros de estudos equipados

SOROCABA:CIDADE EDUCADORA

O projeto apresenta

também espaços para leitura,

disponibilizando jornais e revistas

com computadores, que utilizam a inter-net como ferramenta de pesquisa , além de disponibilizar à comunidade jornais e revistas e mirante de observação.

A inspiração para esse projeto da Se-cretaria da Educação, com o apoio da Secretaria de Governo e Planejamento, foi a “Farol do Saber”, de Curitiba, mas com diferenças como a Tecnologia da In-formação.

O Sabe Tudo é um centro de inclusão

O SABE TUDO É UM CENTRO DE INCLUSÃO DIGITAL COM OFERTA

GRATUITA À POPULAÇÃO DE CURSOS DE

INFORMÁTICA E ACESSO À INTERNET

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8 • Sorocaba Sempre • 2013 | Jornal Ipanema

meses depois, ficou em terceiro lugar no ranking, enfrentando equipes da Unicamp e FEI (que já levaram o car-ro pronto) e da Universidade Federal de Itajubá (que também apresentou um projeto). “A ideia não é só partici-par da competição, mas mostrar que, em Sorocaba, nós temos profissionais com capacidade para fazer algo que está tão em foco hoje em dia e não é em qualquer lugar que pode ser pro-

T E C N O LO G I A

Carros elétricos já estão dei-xando de ser coisa de filme futurista e se tornando reali-dade. Em Sorocaba, um grupo de estudantes da Facens (Fa-

culdade de Engenharia de Sorocaba) monta um projeto de carro elétrico para levar o nome da cidade em com-petições nacionais. Até novembro, eles pretendem apresentar o projeto para concorrer com universidades de todo o país.

E todo o grupo foi formado por calouros. A primeira ideia da equipe surgiu no primeiro ano de Engenharia Mecânica de 2012, já que estavam in-teressados em participar da criação de um kart. Foi o professor mestre Laercio Avileis Junior quem lançou a ideia do carro elétrico, uma competição nova que estava surgindo na época. No to-tal, hoje, a equipe que leva o nome de B´Energy conta com 25 alunos de vários

cursos de engenharia da Facens. Cada um com a sua função, desde uma equipe focada em divulgação e arrecadação de parceiros e verbas até os responsáveis pela parte técnica, elétrica, mecânica e elétrica. Além de Junior, o grupo tam-bém é orientado pelo professor-doutor Carlos Alberto Gasparetto.

O projeto começou na metade do ano passado e, já na primeira compe-tição, o Fórmula Elétrico SAE, poucos

PRIMEIRO CARRO ELÉTRICOFEITO EM SOROCABA DEVE FICARPRONTO EM NOVEMBRO Estudantes

da Fatec irão apresentar o

projeto que irá concorrer com

universidades de todo o país

T E C N O LO G I A

PRIMEIRO CARRO ELÉTRICO

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a pagar o preço, que ainda é alto”, diz Andrade. O estudante de Engenharia Mecânica conclui, comparando a tec-nologia dos carros elétricos com os celulares: “hoje, o carro elétrico está para a gente como celular estava no passado: extremamente caro, inviável e quase ninguém tinha. Agora ninguém vive sem. Acredito que vai seguir esta mesma tendência”.

duzido. Nós concorremos com univer-sidades extremamente conceituadas. É uma tecnologia nova tanto no Brasil quanto no exterior”, avalia o universi-tário, Kaique Andrade, de 19 anos, do curso de Engenharia Mecânica.

Ao participar do Fórmula SAE Elé-trico, o aluno se envolve com um caso real de desenvolvimento de projeto au-tomotivo, desde sua a concepção, pro-jeto detalhado, construção e testes. O

T E C N O LO G I A

Apesar de o projeto ser fechado para o evento, os estudantes acreditam que a tecnologia dos carros elétricos não deve demorar para chegar ao consumi-dor final. “O nosso projeto é o pontapé inicial para poder trazer o veículo elétri-co para o Brasil, com tecnologia e capa-citação profissional”, comenta Barros.

“Os carros já estão nas ruas, mas os motoristas ainda não estão dispostos

PARA O GRUPO, A PARTE MAIS DIFÍCIL

FOI CONHECER A TECNOLOGIA. TRÊS DELES, INCLUSIVE, FORAM CONHECER AS COMPETIÇÕES

NA ALEMANHA

Para eles, a parte mais difícil é a elétrica, já que a tecnologia é

importante

desafio agora é participar da próxima edição, em novembro, já com o carro pronto. “Estamos em busca de patro-cinadores. A parte mais difícil é a elétri-ca, já que a tecnologia é importante”, conta o estudante de engenharia elé-trica André Barros, 19, ao elencar que o custo total do projeto completo: R$ 25 mil. Para o grupo, a parte mais difícil foi conhecer a tecnologia. Três deles, inclusive, foram conhecer as competi-ções na Alemanha.

E não basta só ter um carro bonito. Cada centímetro do veículo é analisado durante as provas, desde o projeto (in-cluindo a planilha de custos), até o de-sign, aceleração, segurança e normas técnicas.

Nas ruasA autonomia do carro dos estudantes da Facens foi calculada para 22 km, o percurso mais longo da competição.

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R E S Í D U O S S Ó L I D O S

Natelatua na

caracterização e gestão de

resíduossólidos

Apreocupação com o meio am-biente está presente em áreas variadas como a engenharia, sen-do assim, estudantes e professo-

res se unem para projetos de pesquisa.Um dos exemplos dessa união está

na Unesp - campus Sorocaba - com o Núcleo de Automação e Tecnologias Limpas (Natel).

De acordo com Prof. Dr. Everson Martins, do curso de Engenharia de Controle e Automação, o Núcleo de Au-tomação e Tecnologias Limpas (Natel) é um grupo de pesquisa científica forma-do por professores dos cursos de Enge-nharia de Controle e Automação e En-genharia Ambiental, que desenvolvem projetos de pesquisa e extensão em ambas as áreas, com a participação de alunos de graduação e pós-graduação.

Segundo Martins, o Natel atua na caracterização e gestão de resíduos só-lidos, no estudo de incorporação de re-síduos industriais em cimento portland e material cerâmico, desenvolvimento de técnicas de reaproveitamento de re-síduos, manejo de recursos naturais vi-sando à análise de estoque de carbono, estudos de otimização e logística para a geração de rotas de veículos (visando em especial às cooperativas de recicla-gem das cidades).

O professor explica que, nas áreas de eletrônica e automação, o grupo atua na pesquisa de projeto de circuitos inte-grados, sistemas embarcados, robótica móvel e inteligência artificial aplicadas à logística industrial, controle fuzzy em automação industrial e automobilística, sistemas biomédicos baseados em pro-cessamento de imagens, diagnóstico auxiliado por computador e sistemas tu-

tores inteligentes baseados em padrões (design patterns).

Como benefícios para os sorocaba-nos, o professor cita a formação de profissionais especializados de alto nível - tanto no nível de graduação quanto de pós-graduação (especialização, mestra-do e doutorado) para trabalhar ou que estão trabalhando em Sorocaba (nas in-dústrias, poder público ou prestadores de serviço).

Para as empresas de Sorocaba e re-gião, os pesquisadores do Natel estão abertos ao desenvolvimento de proje-tos em conjunto sobre temas relacio-nados à controle e automação e temas ambientais.

PREOCUPAÇÃO COM AS TECNOLOGIAS LIMPAS

De acordo com o professor doutor Everson Martins, do cur-so de Engenharia de Controle e Automação, os problemas ambientais de Sorocaba são os comumente enfrentados pelas cidades médias e grandes do Brasil: dificuldade de garantir um suprimento de água tratável, necessidade de tratar esgoto, coletar lixo e aumentar a coleta seletiva, melhorar a drenagem de água da chuva e recarga de aquíferos, restituir áreas verdes e a fauna associada, bem como ou-tros problemas típicos como ero-são, impermeabilização do solo, qualidade dos corpos d’água (in-clusive o principal deles, o rio So-rocaba) e poluição atmosférica.

Na opinião dele, um proble-ma típico da cidade é o grande parque industrial, o que faz com que a fiscalização por parte do poder público bem como a atu-ação dessas empresas no sen-tido de diminuir seus próprios impactos tenham que ter um aprimoramento constante.

PROBLEMASAMBIENTAISEM SOROCABA

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E S T U D O S C I E N T Í F I C O S

Ogrupo de pesquisa “Biolumines-cência e Biofotônica” do câm-pus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

conseguiu desenvolver, pela primeira vez, uma enzima luciferase através de técnicas de engenharia genética. As luciferases são as enzimas que catali-sam reações biológicas transformando energia química em energia luminosa, ou seja, são responsáveis pela biolumi-nescência em organismos como vaga-lumes, lulas e larvas.

Com base em estudos anteriores, o grupo de pesquisa coordenado por Va-dim Viviani, docente do Departamento de Física, Química e Matemática (DFQM) da UFSCar conseguiu desenvolver uma nova luciferase produtora de luz laranja partindo da enzima AMP-ligase, que se trata de uma classe antiga de enzimas amplamente distribuída em todos os or-ganismos envolvida com o metabolismo de ácidos orgânicos. Esta é a primeira vez que uma luciferase é desenvolvida por engenharia genética a partir de uma outra enzima. Recentemente, o traba-lho foi aceito e publicado pela Revista Biochemistry e no portal da American Chemical Society. As pesquisas envol-veram a participação do estudante de Biologia da UFSCar, Deimison Neves; do professor convidado, Daichiro Kato, da Universidade de Hyogo (Japão), e João Barbosa, docente da Universidade de Brasília (UnB). Os estudos de desen-volvimento tecnológico foram também objeto de um pedido de patente junto

ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Segundo o professor Vadim Viviani, embora este não seja o fim da linha, pois mais estudos precisam ser feitos, esta realização, além de resultar em uma nova luciferase produtora de luz la-ranja para aplicações bioanalíticas, abre a perspectiva de se “engenheirar” luci-ferases a partir de outras AMP-ligases, o que poderia ter interessantes perspec-tivas biomédicas e biotecnológicas. Por exemplo, a técnica da bioluminescência pode monitorar em tempo real o pro-gresso de uma doença ou, ainda, pode ser uma alternativa à ressonância mag-nética e à tomografia no diagnóstico de câncer em seres humanos.

O “Bioluminescência e Biofotônica” é um grupo multidisciplinar que realiza pesquisas sobre bioluminescência com foco no estudo da estrutura, função e engenharia de enzimas luciferases e proteínas de sistemas bioluminescen-tes. O grupo é um dos líderes mundiais no estudo de luciferases. As pesquisas abrangem bioquímica de sistemas bio-luminescentes, estudo da estrutura, função e evolução das luciferases e proteínas relacionadas evolutivamente, engenharia de luciferases, e o estudo da biodiversidade de organismos bio-luminescentes brasileiros para seu uso como bioindicador ambiental. O objeto principal de estudo são besouros bio-luminescentes como vagalumes, mas outros sistemas de artrópodes, fungos e anelídeos também são investigados.

PESQUISADORES DESENVOLVEM ENZINA BIOLUMINESCENTE PORMEIO DE TÉCNICA PIONEIRA

Pesquisadores estão confiantes: estudos na área

continuam

ESTA É APRIMEIRA VEZ QUE UMA LUCIFERASE É DESENVOLVIDA POR ENGENHARIA

GENÉTICA,A PARTIR DE UMA OUTRA ENZIMA

ao Instituto Nacional da Propriedade In-dustrial (INPI).

PESQUISADORES DESENVOLVEM POR

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Projeto de reciclagemde resíduos é destaque O coordenador dos cursos de Negócios da Faculdade Esamc Sorocaba, profes-sor-doutor Antônio Carlos Silva, apresen-tou sua tese de doutorado na FCU (Flo-rida Christian University), nos Estados Unidos. A proposta levantada por ele, de política pública para geração de tra-balho e renda com a reciclagem de re-síduos residenciais produzidos em Soro-caba, mereceu votos de congratulações da Câmara de Vereadores, por intermé-dio do parlamentar Luís Santos (PMN).

No estudo, o educador sugere que exista um processo especializado de co-leta de resíduos residenciais na cidade, por meio de uma política pública que proporcione e valorize a atuação de tra-balhadores cooperados deste ramo, já que muitos encontram, na coleta, uma forma de geração de renda. O projeto visa, ainda, evitar a destinação incorre-ta do lixo e, com isso, a contaminação do meio ambiente. “Com essa ação, os trabalhadores de cooperativas de reci-clagem serão inseridos, novamente, no mercado de trabalho, além de serem reconhecidos e remunerados adequa-damente”, destaca o docente.

A Faculdade Esamc Sorocaba tem como preocupação a formação de líderes comprometidos com sua comunidade, além de pre-

parados para os desafios do mundo dos negócios.

Segundo o diretor Maurício Marra, para que isso aconteça há o apoio a im-portantes projetos de responsabilidade social, assim como os alunos são estimu-lados para que reflitam e busquem solu-ções para esses temas.

De acordo com Marra e o professor Wilson Justo, um dos exemplos de pro-jetos acadêmicos com esse propósito foi a pesquisa desenvolvida por alunos da disciplina de Prática e Pesquisa, a respeito da sensação de segurança do sorocabano para circular pela cidade à noite e a sua avaliação sobre o trânsito.

Na pesquisa, dados revelam que mais de 36% dos moradores da cidade têm medo de andar sozinhos na rua, após às 19 horas e, 61% afirmam que o trânsito não está mais organizado e res-peitoso após o início das atividades dos “amarelinhos”. O objetivo, segundo o professor responsável Wilson Justo, era saber se o sorocabano está satisfeito com a atuação desses profissionais e se os munícipes sabem quais suas reais atribuições. Para 66% dos sorocabanos entrevistados, o trânsito da cidade não é seguro e o aumento da demanda de veículos contribui para a sensação de insegurança.

Os universitários também apresen-taram propostas para melhorias da ci-dade. Uma delas é sobre a localização da rodoviária, sendo que os estudantes constataram uma divisão de opiniões. Cientes de todos os problemas, estu-

C I D A D A N I A

ATIVIDADES PARA AFORMAÇÃO DE LÍDERES

dantes de Comunicação, juntamente com colegas dos cursos de Administra-ção e Relações Internacionais, elabora-ram uma proposta para revitalizar o lo-cal. Até mesmo uma arquiteta auxiliou os estudantes, elaborando o projeto de um novo espaço para a rodoviária.

Alunos da instituição estão constantemente

envolvidos em séries de

atividades

HÁ O APOIO A IMPORTANTES PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL, ASSIM COMO

OS ALUNOS SÃO ESTIMULADOS PARA QUE REFLITAM E BUSQUEM SOLUÇÕES PARA ESSES

TEMAS

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concentração, socialização.As atividades são dirigidas por uma

equipe multidisciplinar composta de Te-rapeuta Ocupacional, Assistente Social, profissionais de Educação e alunos da Fefiso (estagiários voluntários).

dade de Educação Física da ACM/YMCA de Sorocaba com oficinas sócio-educati-vas, eventos e atividades especiais.

Outra atividade citada pelos pro-fissionais é o Grupo de Veteranos, que tem como objetivo promover uma qua-lidade de vida com atividades físicas informativas, nas quais se pode explo-rar a percepção, coordenação motora, raciocínio, capacidades, sociabilidade, tirando-os do sedentarismo.

De acordo com eles, as atividades são desenvolvidas na Associação Cristã de Moços, na unidade Jardim São Paulo.

São três dias por semana, com as seguintes atividades: ginástica, hidro-ginástica, natação, jogos adaptados e informática.

As atividades desenvolvidas são as capacidades físicas, força, velocidade, agilidade, equilíbrio, coordenação mo-tora (destreza), flexibilidade, resistên-cia muscular, resistência respiratória,

E S P O RT E S

A Faculdade de Educação Física de Sorocaba (Fefiso) desenvolve ações em série de projetos volta-dos para a melhoria da qualidade

de vida dos sorocabanos. Entre os citados pelo secretário-exe-

cutivo do Departamento de Desenvol-vimento Social, Jorge Arcanjo da Silva e pelo assistente de direção Maurício Mas-sari, está o Projeto Sementinha, criado em 1986, pela ACM Sorocaba com o pro-pósito de atender à demanda de vulne-rabilidade social do entorno da unidade.

Com o projeto, é possível oferecer um espaço inclusivo e protetivo para crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade pessoal e social por meio de atividades (desportivas, sociais, culturais, de educação e lazer).

As atividades são ministradas por profissionais de Educação Física e uma Terapeuta Ocupacional, além de contar com a participação de alunos da Facul-

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ESPAÇO INCLUSIVO DIANTE DE SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE

■ Oficina de Terapia Ocupacional■ Iniciação Esportiva: futebol, futsal, voleibol, basquete, natação, atletismo, ginástica■ Oficina Pedagógica: reforço escolar■ Balé ■ Sapateado■ Oficina de Informática■ Oficina de Primeiros Socorros■ Recreação■ Oficina de Leitura ■ Ênfase Cristã

PROJETO SEMENTINHA TEM COMO OFICINAS:

Qualidade de vida é o objetivo dos profissionais

na Fefiso

concentração, socialização.

fissionais é o Grupo de Veteranos, que

rar a percepção, coordenação motora, raciocínio, capacidades, sociabilidade,

De acordo com eles, as atividades

ginástica, natação, jogos adaptados e

ESPAÇO INCLUSIVO DIANTE DE SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADEESPAÇO INCLUSIVO DIANTE DE SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADEESPAÇO INCLUSIVO DIANTE DE

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do ar, contribuindo para a saúde da po-pulação.

A preocupação com as queimadas também é constante. Em junho deste ano, a Prefeitura de Sorocaba lançou a 8ª edição da Campanha de Prevenção e Combate às Queimadas “Patrulha Ver-de”. Neste ano, de janeiro ao dia 10 de ju-nho, antes mesmo do lançamento oficial, a equipe da campanha atendeu 58 ocor-rências de focos de incêndio na cidade. Já em 2012, a “Patrulha Verde” comba-teu 540 ocorrências, sendo 11 em março, 21 em abril, 23 em maio, 21 em junho, 58 em julho, 165 em agosto, 128 em setem-bro, 84 em outubro, 22 em novembro e sete em dezembro. Deste total, 53% ocor-reram na Zona Norte, 27% na Zona Leste, 14% na Zona Oeste e 6% na Zona Sul.

Quando o assunto é preservação, a secretária municipal do Meio Ambiente, Jussara de Lima Car-valho, e o diretor de educação ambiental Welber Senteio Smi-

th afirmam que as campanhas educacio-nais são ferramentas poderosas. Entre as principais ações desenvolvidas estão as denominadas “Blitz da Fumaça Preta”, “Queimada” e “Arborização Urbana.”

Quanto ao “Plano de Arborização”, eles explicam que o objetivo é melhorar e ampliar a arborização urbana da cida-de, por meio de um processo técnico, planejado e participativo, priorizando o uso de espécies nativas.

A distribuição de mudas é, por exem-plo, uma ação para a promoção da arbori-zação urbana descentralizada. De acordo com Jussara e Smith, a cidade tem a capa-cidade de produzir até 30 mil mudas por mês. Os especialistas adiantam que a par-tir do segundo semestre deste ano, será realizada uma pesquisa utilizando o ca-dastro das doações para a verificação do status da muda (se foi plantada, tamanho, local efetivo do plantio). Até junho deste ano, já foram seis mil mudas distribuídas.

O Megaplantio Escolar é outra ação considerada essencial para o município. O trabalho une as secretarias do Meio Ambiente, Educação, de Obras e o Siste-ma Autônomo de Água e Esgoto (Saae). Tem como objetivo a utilização de pra-

CAMPANHAS EDUCATIVAS AUXILIAM NA PRESERVAÇÃO

M E I O A M B I E N T E

ças, parques para sensibilizar as crianças sobre a importância da recomposição da vegetação nas áreas urbanas e sobre o papel de cada uma delas como cidadã atuante. Já participaram do Megaplan-tio 8.800 alunos, sendo plantadas mais de 22 mil mudas. Neste ano, até junho, foi feito o atendimento de 1.800 alunos, com o plantio de 2.500 mudas.

Como campanha, eles destacam ain-da a “Blitz da Fumaça Preta”. Em junho deste ano, por exemplo, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Ce-tesb) e a Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria do Meio Ambiente, realizaram uma Megaoperação de Con-trole de Fumaça Diesel na avenida Inde-pendência, no Éden. Foram vistoriados 499 veículos movidos a diesel, sendo

Em junho,a Prefeitura de

Sorocaba lançou a Campanha de

Prevenção e Combate às Queimadas

“Patrulha Verde”

que 17 foram reprovados e multados pela Cetesb, o que representa 3,4% do total. O objetivo é cons-cientizar os motoristas sobre a importância de manter os veículos a die-sel regulados para garan-tir uma melhor qualidade

Prefeitura promove

diversas ações de conscientização

ambiental

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A secretária municipal do Meio Ambiente, Jussara de Lima Car-valho e o diretor de Educação Ambiental, Welber Senteio Smith

enfatizam que a participação da popula-ção e parcerias são importantes para a conscientização do que acontece com o meio ambiente.

Eles citam os chamados Coletivos Educadores, como exemplo. Jussara e Smith explicam que os coletivos educa-dores são um conjunto de instituições ligadas à educação de um contexto ter-ritorial, que articuladas viabilizam a im-plementação de políticas públicas, pro-

COLETIVOS EDUCADORES TÊM PAPEL IMPORTANTE NA CONSCIENTIZAÇÃO

M E I O A M B I E N T E

MUNICÍPIO VERDE AZULNo final de 2012, Sorocaba, pelo quarto ano consecutivo conquis-tou o selo no Programa Municí-pio Verde Azul e é considerada exemplo ambiental. Na classifi-cação geral, Sorocaba ficou na 2ª posição, com 97,21 pontos. Em primeiro lugar ficou a cidade de Botucatu (127.370 habitantes), com 97,26 pontos.

O certificado “Município Ver-de Azul” garante à administração prioridade na captação de recur-sos junto ao Estado, por meio do Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição (Fecop). Para obter o selo, os municípios têm que atingir uma nota mínima de 80 (de 0 a 100). A pontuação é dada com base no desempenho em dez diretivas: Esgoto Trata-do, Resíduos Sólidos, Mata Ciliar, Arborização Urbana, Educação Ambiental, Cidade Sustentável, Uso da Água, Qualidade do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho Ambiental. As administrações municipais ainda podem pontuar com proatividades e até perder pontos, por pendências ou pas-sivos ambientais, por ter áreas contaminadas, entulhos em Áreas de Proteção Permanente (APP’s) ou pendência com licen-ciamento, por exemplo.

eles, em Sorocaba, está sendo implanta-do o primeiro coletivo educador do país fomentado pelo poder público.

Outro ponto destacado por eles é a Comissão Intersetorial de Educação Ambiental (Cisea) que tem como ob-jetivo promover a comunicação, arti-culação entre instituições públicas e privadas, com ou sem fins lucrativos, instituições educacionais, entidades de classe e organizações comunitárias. É também estimulado o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visan-do o acompanhamento, elaboração, avaliação e implementação da Política

Ambiental e do Programa Municipal de Educação Ambiental, além de ter como principal objetivo a criação de um Cole-tivo Educador.

gramas e projetos relacionados à ges-tão sustentável do território, por meio da organização de processos educa-cionais continuados para a formação de pessoas que ana-lisam e intervêm criticamente na sua realidade. Segundo

Welber SenteioSmith, diretor de

Educação Ambiental, e Jussara de Lima

Carvalho, secretária municipal do Meio

Ambiente

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de proteção permanente (APPs) das afluentes do Rio Sorocaba, nas quais não são permitidas quaisquer ativida-des ou intervenções. Trata-se de uma unidade de proteção integral, na cate-goria Parque Municipal, definida pela Lei Federal nº 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Con-servação da Natureza (Snuc).

Situado numa região de floresta es-tacional semidecidual, o parque tam-bém propiciará o desenvolvimento de pesquisas científicas em parceria com as universidades, educação ambiental, ecoturismo e lazer, além de ampliar e proteger os corredores de biodiversida-de e fragmentos de vegetação nativa na Zona Norte de Sorocaba, garantindo a conectividade e o fluxo gênico.

“Tenho certeza da importância des-se parque para a conservação da bio-diversidade do nosso município. Ele é de vital importância para assegurar a conservação ambiental em uma região de forte expansão econômica”, explica Jussara de Lima Carvalho, secretária do Meio Ambiente.

A cuíca-de-três-listras foi eleita o ani-mal símbolo do Parque de Biodiversida-de graças a um trabalho de estudo de manejo ambiental realizado pela USP, em parceria com a Prefeitura. Em feve-reiro de 2012, pela primeira vez, pesqui-sadores encontraram um exemplar da espécie na região de Sorocaba.

“Com a inauguração deste parque vamos mostrar a todo o país que o slogan que adotamos de Soroca-ba ser uma cidade susten-

tável começa a realmente acontecer. Este será um município cada vez melhor para se viver”, destacou o prefeito An-tonio Carlos Pannunzio (PSDB) durante a inauguração do Parque Natural Mu-nicipal Corredores de Biodiversidade “Marco Flávio da Costa Chaves”, em ju-

PROTEÇÃO DA FAUNA E DAFLORA TÍPICAS DA REGIÃO

M E I O A M B I E N T E

do município está localizada numa área anexa ao Parque Tecnológico, próxima ao Complexo Industrial da Toyota, na Zona Norte da cidade. O investimento total foi de aproximadamente R$ 5 mi-lhões, originários da Toyota como com-pensação ambiental da implantação do complexo industrial no município.

O Parque de Biodiversidade terá como principal função proteger inte-gralmente a fauna e a flora típicas da região, ampliando a proteção das áreas

nho deste ano. Com cerca de 60 hecta-res, a primeira unida-de de conservação

Ações comoo Megaplantio

levam à conscientização

dos alunos

O Parque de Biodiversidade

terá como principal função proteger integralmente a fauna e a flora

típicas da região

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E N T R E V I S T A

EDUCAÇÃOEM SOROCABAPANNUNZIO QUER UNIR ENSINO INTEGRADO COM TECNOLOGIA

Uma cidade inclusiva e educadora. É assim que o prefeito de Sorocaba, Antonio Carlos Pannunzio, imagina o futuro da Edu-cação na cidade. Em entrevista exclusiva para o Jornal Ipane-ma no sexto andar do Palácio dos Tropeiros, Pannunzio abre um sorriso para falar da área educacional de Sorocaba e olha

longe quando o assunto trata dos planos para os próximos anos. Hoje a prefeitura investe 25% de seu orçamento na área da educação.

São aproximadamente R$ 409,9 milhões para a manutenção das 45 es-colas de Ensino Fundamental, 87 CEIs (Centros de Educação Infantis) e

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diversas outras unidades, atividades e servidores ligados à atual pasta de Edu-cação. No total, são mais de 48 mil es-tudantes nos bancos escolares da rede municipal em Sorocaba.

“O principal desafio da prefeitura é melhorar esse trabalho”, afirma o Pan-nunzio ao comentar que o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Bási-ca) de Sorocaba já é superior à média do estado. O atual índice da cidade re-gistra 6 pontos no 5º ano, quando a mé-dia estadual é de 5,4. Já para o 9º ano, a diferença é maior: 5,6 frente a 4,4 do estado. “Mas não estamos satisfeitos e queremos melhorar”, completa. Para isso, o ex-professor da Fatec (Faculda-de de Tecnologia) pretende unir ensino integrado com inovação tecnológica.

Ensino integradoPannunzio afirma que, para preparar

as gerações futuras, será necessário extrapolar os limites das salas de aula. “A prefeitura tem uma rede escolar bem equipada quando comparada com o restante do estado e país. Nos eixos que colocamos para a nossa educação, Sorocaba é uma cidade inclusiva, edu-cadora. Isso implica em usar de todas as formas possíveis, não apenas com os recursos formais da secretaria de Educação e as atividades habituais de sala de aula, só assim é que nós iremos preparar as gerações futuras. Temos que fazer isto de forma integrada com Meio Ambiente, Saúde, Esportes, Cul-tura e todas as outras secretarias para ir além do que é a nossa obrigação”.

A ideia é que todos estes pontos se unam para tornar realidade a escola em tempo integral na cidade, que tem como principal braço as chamadas Ofi-cinas do Saber. “Estamos estudando a

formação de uma grade complementar para não repetir as atividades nos dois locais”. Apesar da proposta, Pannunzio já tem os três principais focos que de-vem ser enfatizados e que julga serem fundamentais para a vida dos cidadãos: Português, Matemática e Ciências numa maneira geral.

Há ainda a formação voltada para as áreas do esporte e das artes. “Não são apenas os conhecimentos formais. É preciso desenvolver as inteligências múltiplas. Só através da diversificação do conhecimento, a criança terá uma formação completa”.

Outro reforço na educação também está voltado para as áreas ambientais, com um foco para a preservação. “A ideia não é só trazer o tema para as sa-las de aula com o professor discorren-do, mas levar as crianças para os par-ques e levá-las às regiões próximas

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SOMOSA ÚNICA CIDADE DE SÃO PAULO

COM TRÊS ETEC’S (ESCOLAS TÉCNICAS) E JÁ PEDI MAIS UMA

PARA O GOVERNADOR GERALDO ALCKMIN

(PSDB)

“A pré-existência destes elementos deu condições de se criar o Parque, que vai propiciar o casamento entre pesquisa-dores e o universo empresarial”, analisa o prefeito ao lembrar que a tecnologia cria-da na empresa municipal não será restrita à cidade, mas que deve ser utilizada em todo o país e, quem sabe, no mundo.

Mas não basta pensar apenas fora da sala de aula. É preciso investir no ambiente escolar. Para isto, a prefeitura vem equipando as escolas com lousas digitais e salas para informática.

A inovação mesmo deve se dar nos próximos meses, quando o Exe-cutivo finalizar a instalação de um anel de fibra ótica com 240 km de perímetro, cobrindo a maior parte da área urbana de Sorocaba e permi-tindo as ramificações que dão acesso a todos os próprios da prefeitura, incluindo escolas.

Com isto, as unidades poderão ter uma internet de alta velocidade. A implantação está na fase de licitação. O investimento será de R$ 23 milhões, com financiamento do Programa de Modernização da Adminis-tração Tributária e Gestão dos Setores Sociais Básicos (PMAT III).

COM TECNOLOGIApara conhecerem as características de vegetação do lugar em que vivem”.

Mercado de TrabalhoPannunzio comenta também o cresci-mento da cidade em outros setores da educação que não são de competência da prefeitura, como as universidades e escolas técnicas. “Em todas as áreas, Sorocaba tem se desenvolvido”.

Ele enumera, por exemplo, o Senai instalado na cidade e que agora cons-trói sua segunda unidade na Zona Nor-te e as escolas do Centro Paula Souza. “Somos a única cidade de São Paulo com três Etec’s (Escolas Técnicas) e já pedi mais uma para o governador Ge-raldo Alckmin (PSDB)”, conta.

E N T R E V I S T A

Com esta evolução, veio também outra conquista para Sorocaba: o Par-que Tecnológico. De acordo com Pan-nunzio, a proposta só pode se tornar realidade com o desenvolvimento do ensino superior e tecnológico na cida-de aliado com o avanço industrial do município.

O prefeito ainda compara o número de universidades existentes hoje na ci-dade com a época em que esteve no co-mando de Sorocaba pela primeira vez. “A cidade cresceu e muito na área de ensino superior. Há 20 anos, quando terminei meu mandato, não tínhamos universida-des plenas”, compara ao lembrar princi-palmente da existência de duas federais: Unesp e UFSCar. “A somatória destes equipamentos todos permite, à nossa juventude, viabilizar o seu potencial das mais diferentes formas e áreas possíveis sem precisar sair do município”.

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de trabalho. A pesquisa é feita por meio de contato direto com ex-alunos, entre 30 e 40 dias após a conclusão do curso.

Outro fator positivo é que o quadro mostra uma evolução no volume de alu-nos contratados: em 2010, 47% dos entre-vistados estavam trabalhando quando da realização da pesquisa; em 2011, 54% e no ano passado foi de 56%. Dos 614 con-tratados, 47% fizeram cursos voltados ao setor industrial, como: Inspetor da Quali-dade, Sistema Toyota de Produção, Con-ferente na Área de Logística e Soldador.

Para a realização dos cursos, a Uniten firma parcerias com entidades como o Senai, Sesi, Sest / Senat, Universidades, Sindicatos, empresas privadas, Fundo Social de Solidariedade, Comissão Muni-cipal de Emprego e outros. A Prefeitura arca com as despesas de contratação dos monitores (nenhum deles é servidor público) e ainda propicia vale transporte aos alunos que estão desempregados e utilizam ônibus para vir ao curso.

REQUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA ATENDER ÀS DEMANDAS DO MERCADO

Levantamento feito pela Uniten indi-ca que 56% dos alunos que concluem al-gum dos cursos de capacitação profissio-nal conseguem colocação no mercado A Uniten (Universidade do Traba-

lhador Empreendedor e Negó-cios) promove cursos gratuitos de qualificação e/ ou requalificação

profissional, bem como de geração de renda e empreendedorismo.

Os cursos desenvolvidos pela Univer-sidade são relacionados às necessidades do mercado de trabalho local, levantadas pelo PAT – Posto de Atendimento ao Tra-balhador e outros indicadores.

Segundo informações divulgadas no mês de julho pela Secretaria de Comu-nicação da Prefeitura, a Uniten, com 62 cursos, estava em fase de conclusão da capacitação de mais 1.336 sorocabanos para o mercado de trabalho. A qualifica-ção se dá em áreas como: Conferente na Área de Logística, Assistente de Recursos Humanos, Corte e Costura, Sistema Toyo-ta de Produção, Inspetor de Qualidade e Operador de Empilhadeira, entre outros. O índice de aproveitamento (candidatos que concluem os cursos) atingiu 81%.

U N I V E R S I D A D E D O T R A B A L H A D O R Os cursos desenvolvidos

pela Universidade são relacionados às necessidades do mercado de trabalho local

56% DOS ALUNOS QUE CONCLUEM

ALGUM DOS CURSOS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL CONSEGUEM

COLOCAÇÃO NO MERCADO DETRABALHO

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O espaço físico, recursos humanos e materiais para o desenvolvimento das ações de acompanhamento do Progra-ma são financiados pelo poder público municipal. Entre os objetivos, está aco-lher, acompanhar e motivar os jovens, favorecendo a convivência familiar e co-munitária, assim como a continuidade no sistema educacional.

J U V E N T U D E

A educação não-formal tem es-paço no chamado Território Jovem, que foi criado pela Se-cretaria de Juventude com o objetivo de garantir ao jovem,

em especial, um local para a educação não formal, cursos profissionalizantes e experiências de lazer em geral.

É um espaço aberto para as mani-festações culturais e artísticas propos-tas pelos próprios jovens. Por isso, ele pode ser usado para ensaios, eventos de grupos musicais, danças e apresen-tações em geral.

Quando o assunto é qualificação dos jovens, o programa “Primeira Chance”, realizado em parceria com a Associação “Bom Pastor”, é uma ação de cidadania que ajuda os adolescentes de 18 e 19 anos a se qualificarem e a encontrarem o caminho para o primeiro emprego.

São oferecidas palestras e aulas técni-cas, como cursos de metrologia, informá-tica e recepção, além de rodas de conver-sas, visitas a empresas, testes vocacionais e incentivos ao trabalho como agentes comunitários, atendendo a crianças dos bairros mais carentes da cidade.

Jovem Cidadão eProjovem AdolescenteHá também o Projeto Jovem Cidadão. Realizado em parceria com a Associa-ção “Bom Pastor”, o programa “Jovem Cidadão” é destinado ao atendimento de jovens de 16 e 17 anos de maior vul-nerabilidade social.

Pelo período de um ano, os adoles-centes têm encontros semanais sobre desenvolvimento profissional, com palestras e cursos. Paralelamente, os jovens são preparados para desenvol-ver trabalhos de ação comunitária em seus bairros, buscando atender as suas necessidades.

O programa ProJovem Adolescente é um serviço socioeducativo destinado a jovens entre 15 e 17 anos de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família e jovens vinculados ou egressos da pro-teção social especial.

Adolescentes têm encontros semanais sobre

desenvolvimento profissional, com

palestras ecursosOPORTUNIDADE DA

EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL

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Fonte: Site oficial da Prefeitura de Sorocaba

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cação, em tópicos como a alfabetização e o meio ambiente. É essencial ir além das normas e conhecimentos técnicos, mas sim ampliar a visão do papel de cidadão, da realidade”, comenta.

Ele lembra ainda que a universidade não tem compromisso restrito à uma ideologia, mas o compromisso de fazer com a que sociedade cresça em valores, que forme e transforme uma pessoa, tudo sem esque-cer do papel da família que, em sua opi-nião, é a guardiã dos valores básicos da condição humana.

Em 60 anos de atuação, Vannucchi faz questão de destacar que o trabalho da educação é sempre feito com o aluno “real”, e não com uma personagem per-feita. “O professor é antes de tudo um educador, tem que ter a vocação, pois transformamos uma pedra bruta em uma joia rara e não deve existir o medo diante da diferença entre os alunos”, garante.

O processo de desenvolvimento de uma cidade está relacionado ao conhecimento e o ensino su-perior tem papel importante nes-

te processo. Com 60 anos de atuação na área edu-

cacional, o professor e assessor especial da reitoria, Aldo Vannucchi, da Univer-sidade de Sorocaba (Uniso) afirma que representantes de uma universidade ou faculdade não devem pensar somente na população que estuda na instituição, mas sim na totalidade da sociedade.

Segundo ele é preciso trabalhar na direção da pesquisa, razão da essência da universidade. “O conhecimento não pode ser para um público privilegiado,

C O N H E C I M E N T O

A CONTRIBUIÇÃO DO ENSINO SUPERIOR PARA O DESENVOLVIMENTO

mas para a sociedade como um todo. So-rocaba recebe muito das universidades, se analisarmos setores como saúde, edu-

ProfessorAldo Vannucchi, da Universidade

de Sorocaba

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Hoje se tornando o metro quadrado mais caro de Sorocaba.

A família Campolim ficou com 50% dos lotes para ser comercializados. Naquele momento os terrenos eram muito bara-tos, se comparados com outra região. Os negócios eram feitos à vista ou apenas a compra pela palavra ou seja, pagava-se como podia. O loteamento foi concluído em 1985, com venda ainda lenta.

Segundo dados do trabalho, em 1990, a ocupação da área foi acelerada radicalmente através da instalação do Hi-permercado Carrefour, ao sul do bairro, e na sequência, em anexo, o Esplanada Shopping Center. Dias antes das inaugu-rações, foi entregue a ponte de ligação entre a Avenida Carlos Cômitre e a Ave-nida Gisele Constantino, atravessando a Rodovia Raposo Tavares.

Após estes acontecimentos, houve

D E S E N V O LV I M E N T O U R B A N O

O desenvolvimento da região sul de Sorocaba foi tema de tra-balho de pós-graduação em Especialização em Arquitetura Comercial de alunos do Senac

Sorocaba. Os alunos Ana Andrézia de Barros

Barbosa, Eduardo F. da Silva e João Car-los Valim Boldori apresentaram o traba-lho da disciplina Referências Históricas da Arquitetura Comercial do professor--doutor Ilson Juliano Barreto.

Entre os pontos destacados está a his-tória da região. De acordo com as pesqui-sas apresentadas, antes da formação do bairro Parque Campolim, havia no local

uma chácara de propriedade do Achiles Campolim, que a adquiriu no ano de 1917. A área era utilizada para criação de gado leiteiro e cultivo de gêneros agrícolas para sustento da família.

Após o falecimento do patriarca Achi-les na década de 1950, assume os negó-cios da família seu filho João Campolim até meados da década de 1970. A família Campolim, em conjunto com a Constru-tora Júlio & Júlio, dotam o local de toda infraestrutura para, posteriormente, co-mercializar os terrenos. A primeira fase ficou pronta em 1981, momento em que os lotes menos desvalorizados eram os da avenida central, hoje a Carlos Comitre.

UM RETRATO DA ZONA SUL

O boom imobiliário e econômico

tornou esta região a mais nobre e valorizada da

cidade

ANTES DA FORMAÇÃO DO

BAIRRO PARQUE CAMPOLIM, A ÁREA

ERA UTILIZADA PARA CRIAÇÃO DE GADO

LEITEIRO E CULTIVO DE GÊNEROS

AGRÍCOLAS PARA SUSTENTO DA

FAMÍLIA

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ele também o maior canteiro de obras da região. No início do seu desenvolvimento com prédios de quatro pavimentos e sem elevador. Hoje com prédios com mais de dez pavimentos e de alto padrão.

um boom imobiliário e a construção de edifícios nesta região cresceu muito.

O boom imobiliário e econômico tor-nou esta região a mais nobre e valoriza-da da cidade. Partindo do cruzamento das avenidas Washington Luiz e Barão de Tatuí, foram contabilizados 115 prédios. Desse total, 88 prédios são residenciais, 19 em construção e 8 são voltados ao co-mércio. Contam com uma população de aproximadamente 20 mil pessoas e 4,5 mil famílias, sem contar a quantidade de condomínios residenciais horizontais e casas existentes no local.

Outro fator em destaque no tra-balho é a ligação da avenida Carlos Comitre com a cidade de Votorantim, proporcionada pela ponte. Por meio dela, o mercado na Avenida Gisele Constantino está aquecido com vários condomínios residenciais, edifícios re-sidenciais e em construção o Iguatemi

Shopping com um edifício comercial.Sendo o principal corredor comercial

do bairro e sustentando este comércio direcionado à avenida Carlos Comitre, é hoje o m2 mais caro da região. Sendo

• A cidade é um tecido vivo. Em constante transmutação. Direcionado pelo poder público e pelo capital de interesse.

• A história nem sempre consegue guardar sua memória, pois as construções são constantemente alteradas.

• O desenvolvimento segue um fluxo direcionado unilateral e normal.

• Há dificuldade de se prever um futuro regional, porém a região demonstra as suas características especificas.

COMO CONCLUSÃO DO TRABALHO,ESTÃO OS SEGUINTES PONTOS

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EMPTS, Vitor Lippi, ao afirmar que dez instituições foram convidadas e aceita-ram participar do projeto. E os nomes são de peso. Já existem projetos de implantação de universidade como a PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista), UFScar (Universi-dade Federal de São Carlos) e Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo). Fatec (Faculdade de Tecno-logia do Estado de São Paulo), Facens (Faculdade de Engenharia de Soroca-ba), Uniso (Universidade de Sorocaba) e Mauá estão na fase de execução do projeto. Completam a lista Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e FEI, que já elaboram a vinda para o Parque Tecnológico.

Lippi vê o papel das universidades como fundamental para que a poten-

D E S E N V O LV I M E N T O

A educação tecnológica em Soro-caba promete aquecer os mo-tores nos próximos anos. Isto porque até o final de 2013, pelo

menos seis universidades devem estar instaladas e atuando na EMPTS (Em-presa Municipal Parque Tecnológico).

O Parque Tecnológico é um espaço criado pela Prefeitura de Sorocaba para abrigar laboratórios de desenvolvimen-to e pesquisa que serão ocupados por empresas e universidades que tenham o objetivo de desenvolver produtos ou serviços inovadores. Ou seja, o Parque Tecnológico é um espaço que tem a

EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

finalidade de auxiliar no desenvolvi-mento da indústria através do apri-moramento tecnológico. As principais áreas de atuação serão a automotiva,

o Parque Tecnológico con-tribuirá para que a educação chegue a um novo patamar, tanto em Sorocaba como nos demais municípios da re-gião”, avalia o presidente da

Vitor Lippié presidente

do Parque Tecnológico

Espaçoabriga

laboratórios de desenvolvimento

e pesquisa

metal -mecânica, eletroeletrônica, TIC (Tecnologias Integradas de au-tomação e Comu-nicação) e energias alternativas.

“O desenvolvi-mento educacional do município será altamente impac-tado. Certamente,

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cial proposta da EMPTS se torne realidade e possa impactar o desenvolvimento in-dustrial de toda a região. “A proposta do Parque Tecnológico é transformar conhe-cimento em riqueza. As universidades, que detêm o conhecimento, terão, através de seus laboratórios, a oportunidade de aplicar suas pesquisas científicas no mercado por meio das empresas que demandam novas soluções em termos de tecnologia”.

Um exemplo que pode ser dado é o pro-jeto em conjunto entre a Scania (montadora de veículos de grande porte) e a Faculdade Politécnica da USP, que farão pesquisas com o objetivo de desenvolver um motor menos poluente. Com quatro anos de dura-ção, o projeto prevê investimentos de apro-ximadamente R$ 6 milhões, envolvendo o trabalho de 26 pessoas, coordenadas pelo professor Marcelo Massarani, do Centro de Engenharia Automotiva da Poli.

A iniciativa da EMPTS deve colocar So-rocaba em evidência também no cenário internacional. Segundo dados da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da

EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

O PARQUE TECNOLÓGICO TEM A FINALIDADE DE AUXILIAR NO DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA ATRAVÉS DO APRIMORAMENTO TECNOLÓGICO. AS PRINCIPAIS ÁREAS DE ATUAÇÃO SERÃO A AUTOMOTIVA, METAL-MECÂNICA, ELETROELETRÔNICA, TIC (TECNOLOGIAS INTEGRADAS DE AUTOMAÇÃO E COMUNICAÇÃO) E ENERGIAS ALTERNATIVAS

Ciência), hoje o Brasil ocupa o 58ª colocação entre os paí-ses mais inovadores do mundo e é responsável por 2,7% da produção científica mundial.

A perspectiva é de que, com a vinda destas dez insti-tuições, cerca de mil pessoas devam estar trabalhando e realizando pesquisas no Parque Tecnológico até 2016. Para este ano, a previsão é de 150 pesquisadores até dezembro.

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I N T E R C Â M B I O

As instituições de ensino superior em Sorocaba recebem estudan-tes de outros países que, além do conhecimento em uma deter-

minada área, aprendem uma cultura di-ferente e ensinam sobre seus costumes.

A Universidade de Sorocaba (Uniso) recebeu, recentemente, estudantes da China, entre elas, Melissa, nome brasieliro de Qiuxia Zheng, que veio estudar corpo e movimento (Curso de Teatro).

Ela conta que a escolha pela Uniso foi devido a um projeto entre a univer-sidade e seu país de origem. Questiona-da sobre a diferença no ensino, Melissa afirma que na China há mais teoria e no Brasil as aulas são mais práticas. “Eu aprendi que os brasileiros são muito legais, simpáticos e educados. Eles gos-tam muito de doce enquanto nós gosta-mos de pratos mais picantes”, diz.

Quem também veio para estudar es-tética e maquiagem foi Sophia, nome

CIDADE ATRAI ESTUDANTES DE OUTROS PAÍSES

A CIDADE DE SOROCABA FOI UMA RECOMENDAÇÃO DE UM DOS MEUS PROFESSORES DA ESPANHA. ELE DISSE QUE OS SOROCABANOS SÃO MUITO LEGAIS E QUE A CIDADE CRESCE, A CADA ANO

brasileiro de Mei Yang. Ela diz que entre os motivos da escolha pelo Brasil, está o fato do país ser muito bonito e há troca de experiências entre China e Brasil em várias áreas, o que mostra a importância do aprendizado do idioma português.

Sophia diz que conheceu conceitos diferentes quanto à maquiagem e apren-deu a ser positiva como são os brasileiros.

Educação ambiental A parceria com a Universidade de Vigo, da Espanha trouxe Paula Martínez para So-rocaba, na Uniso. Ela veio para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Engenha-ria Industrial. “O trabalho está relaciona-do à Usina de Biodiesel Móvel da Prefei-tura de Sorocaba, que tem parceria com a Uniso. A finalidade da usina é a educação ambiental, permitindo que o processo de conversão seja visível às pessoas. O biodiesel é produzido a partir de óleo de cozinha usado e é utilizado para abaste-cer os caminhões do Programa de Coleta Seletiva de Sorocaba”, explica Paula.

Quem também veio da Espanha foi Andrea Pintado Garcia. Formada em En-genharia Industrial, foi estudante de in-tercâmbio para a realização do Trabalho de Conclusão de Curso. De acordo com ela, no Brasil há a possibilidade de estu-dar todas as fontes de energia renovável: sol, ar, calor e água.

“A cidade de Sorocaba foi uma reco-mendação de um dos meus professores da Espanha. Ele disse que os soroca-banos são muito legais e que a cidade cresce, a cada ano, em desenvolvimen-to e qualidade de vida”. Ela diz que conheceu muitas religiões e aprendeu a respeitar a opinião de cada um. “O brasileiro faz da casa dele a nossa casa”, complementa.

Melissa e Sophia, estudantes chinesas na

Universidade de Sorocaba

ANDREA PINTADO

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meio de suas respectivas instituições de fomento – CNPq e Capes –, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnoló-gico do MEC.

Até 2015, a meta do governo é ofe-recer 101 mil bolsas de estudo para es-tudantes brasileiros. Somente na moda-lidade “graduação sanduíche”, da qual fazem parte os alunos da Facens, estão sendo oferecidas 24.600 bolsas. Esta mo-dalidade compreende um ano de estudo em instituição estrangeira durante o perí-odo de graduação iniciada no Brasil.

O programa Ciência sem Fronteiras é a chance para muitos alunos es-tudarem fora do Brasil. De Soroca-ba, muitos são os que participam

da experiência considerada “excelente” por eles.

Um desses alunos é o estudante do quarto ano de Engenharia Mecânica, da Facens, Guilherme Mariano, que está na Hungria. “Estou na cidade de Debrecen e atualmente faço cursos de Inglês e Ale-mão pagos pelo governo brasileiro, antes do início das minhas aulas acadêmicas na Universidade de Debrecen”, conta.

Segundo Mariano, o Ciência sem Fronteira é um excelente programa, pois são proporcionados aos estudan-tes todos os subsídios durante os me-ses de estudos no exterior. “Já tive outra experiência internacional, fiz um trabalho de verão durante três meses em Washington, nos Estados Unidos, trabalhei como vendedor de produtos eletrônicos em um shopping em 2011, mas as expectativas aqui são muito boas, já que nunca havia estudado no exterior, em função de alguns possíveis obstáculos, como: o alto custo que isso teria, a distância dos meus familiares e a adaptação de uma cultura totalmente diferente do Brasil”, diz.

Consolidação, expansãoe internacionalizaçãoAustrália, Canadá, Coréia do Sul, Espa-nha, Estados Unidos, Hungria e Reino Unido são os destinos de alunos da Fa-

C I Ê N C I A S E M F R O N T E I R A S

Guilherme Mariano, estudante do quarto ano de Engenharia

Mecânica, da Facens, faz intercâmbio

na Hungria

PROGRAMA INCENTIVA O INTERCÂMBIO CULTURAL

cens que irão participar do Programa Ciência sem Fronteiras, promovido pelo governo federal.

O Programa possui acordos e parce-rias com diversas instituições de ensino, programas de intercâmbio e institutos de pesquisa ao redor do mundo. O objeti-vo é promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecno-logia, inovação e competitividade brasi-leira por meio do intercâmbio e da mo-bilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por

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de 2004 com o nome de Fanfarra Mar-cial Senai Sorocaba.

No início de sua formação, a Fanfarra utilizou instrumentos que estavam dis-poníveis de outras unidades do Senai. Em 2008, após ter recebido o incentivo fiscal, no valor de R$60 mil, pelo Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet, a Banda pode renovar alguns de seus instrumen-tos musicais e passou a se chamar Banda Marcial Senai Sorocaba.

Em 2010, em parceria com o Sesi, re-cebeu o nome de Banda Marcial Sesi - Se-nai Sorocaba.

No final do ano de 2011, o Senai-SP realizou um investimento de R$ 600 mil em novos instrumentos musicais. As apresentações são em desfiles cívicos, comemorativos e culturais, empresas e entidades, concertos, além de participa-ção em concursos e campeonatos, ten-do como principal objetivo incentivar a cultura através da música e desenvolver em seus componentes atitudes como: trabalho em equipe, competitividade, ética e educação.

M E R C A D O D E T R A B A L H O

A Escola Senai iniciou seu funciona-mento em Sorocaba no ano de 1959 e em 1974, recebeu patro-no e nova denominação: Escola

Senai “Gaspar Ricardo Júnior”. Entre os cursos há os de aprendizagem industrial, técnico, superior e de formação inicial e continuada.

De acordo com o coordenador de atividades pedagógicas, Luiz Carlos Mo-retti, o objetivo do trabalho desenvolvi-do no Senai está na formação total do profissional, ou seja, não somente para executar as funções necessárias para cada cargo, mas sim a formação quanto à postura ética.

Para conhecer mais sobre o que é exi-gido no mercado de trabalho é feito um perfil profissional durante o comitê técni-

ESCOLA FOCA A FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS

FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS

FORMAÇÃO

co setorial. Novamente, Moretti comen-ta, o profissional pode ser um “excelente fazedor de coisas”, mas é preciso simpa-tia, honestidade, ética e esses conceitos são trabalhados, entre outras formas, com dinâmicas em sala de aula.

Atualmente, o Senai passa por uma fase de investimentos em troca de ma-quinários.

Em recente entrevista ao Jornal Ipa-nema, o diretor da unidade Jocilei Olivei-ra comentou sobre a futura unidade do Senai na Zona Norte, estará localizada na avenida Itavuvu e oferecerá cursos na área de metalurgia, caldeiraria, cons-trução civil, automobilística, manutenção mecânica e mecatrônica.

Outro destaque do Senai é a Banda Marcial, que foi fundada em 15 de maio

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A FUTURAUNIDADEDO SENAI NA ZONA NORTE OFERECERÁ CURSOS NA ÁREA DE METALURGIA, CALDEIRARIA, CONSTRUÇÃO CIVIL, AUTOMOBILÍSTICA, CIVIL, AUTOMOBILÍSTICA, CIVIL,

MANUTENÇÃO MECÂNICA E MANUTENÇÃO MECÂNICA E MANUTENÇÃO

MECATRÔNICA

O objetivo do trabalho

desenvolvido no Senai é a

formação total do profissional

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Jornal Ipanema | Sorocaba Sempre • 2013 • 45

relações entre a olericultura e os nu-trientes para o seu desenvolvimento (hidroponia)”, comenta o professor.

Ribeiro afirma que uma vez instalada a central, também a Secretaria de De-senvolvimento Econômico do Município poderá dispor de dados locais para aná-lises do seu Business Intelligence. “Ob-viamente, o Inemet - Instituto Nacional de Meteorologia (que tem uma estação na FATEC) é o responsável por dados ofi-ciais de meteorologia, mas essa central terá funções complementares e pontuais para uso local, além, obviamente, da fun-ção educativa dos parques”, diz.

A Faculdade de Tecnologia José Crespo Gonzales, a Fatec, conhe-cida pelos seus projetos em áreas como Análise e Desenvolvimento

de Sistemas, Eletrônica Automotiva, Fa-bricação Mecânica, Polímeros, Processos Metalúrgicos, Projetos Mecânicos e Siste-mas Biomédicos, teve seu primeiro proje-to pelo Conselho Nacional de Desenvolvi-mento Científico e Tecnológico (CNPq).

Segundo o professor Francisco Car-los Ribeiro, que é doutor em Economia, o projeto aprovado trata-se de uma es-tação meteorológica digital. “É um pro-jeto que ajudei a coordenar, projeto de autoria do professor-doutor José Carlos Ferreira, doutor em Engenharia Agríco-

D E S E N V O LV I M E N T O C I E N T Í F I C O E T E C N O L Ó G I C O

PROJETO AUXILIA NO CONHECIMENTODAS VARIÁVEIS METEOROLÓGICAS

la (que se aposentou da Fatec), o Eco-nat - Escola da Natureza. Nós, em 2009, conseguimos uma verba do CNPq, de R$ 40.000, para a aquisição de uma central meteorológica e equipamentos de hi-droponia e, recentemente, concluímos o relatório e estamos em fase de depósito dos equipamentos que irão funcionar no parque Chico Mendes ou no Parque da Biodiversidade”, explica.

De acordo com Ribeiro, o local será um ponto de instrução ecológica com os alunos da rede básica sobre intera-ções e explicações sobre a utilidade de saber sobre as variáveis meteoro-lógicas, tanto para a agricultura como para a Defesa Civil. “Também mostrará

Representantes da Fatec tiveram projeto aprovado

pela CNPq

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fluxo de tráfego, os polos de origem e destino das viagens, a participação dos modos de transporte por motivo, idade, renda, residência e escolaridade. Todos os dados são sigilosos. No sistema, os resultados de uma entrevista são jun-tados a outras respostas. Desse modo, nenhuma informação individual será identificada.

Questionado se o projeto “Para cada carro vendido, uma árvore será planta-da”, proposto pela cidade, tem a ver com a mobilidade urbana, Gianolla afirma que esse projeto, uma iniciativa inovado-ra, não está diretamente relacionado à questão da mobilidade urbana, mas sim com a melhora do ambiente em que vi-vemos. Com mais árvores é possível me-lhorar o ar que respiramos, assim como através do uso racional do automóvel.

M O B I L I D A D E U R B A N A

A Mobilidade Urbana é um novo conceito que abrange todas as questões que envolvem o trân-sito e o transporte coletivo, notadamente nas condições

em que se realizam os deslocamentos das pessoas e cargas no espaço urbano, fatores que interferem diretamente na rotina e na qualidade de vida de todos os cidadãos.

De acordo com o presidente da Urbes – Trânsito e Transporte, Renato Gianolla, esse tema tem suscitado dúvidas e emba-tes em todo o mundo. Como uma cidade deve crescer, gerar renda, emprego e, ao mesmo tempo, renovar suas estruturas de meios de transporte? “Esta deverá ser a prioridade de muitos governantes para os próximos anos, que deve ser definida por meio da realização de um Plano Dire-tor de Transporte e Mobilidade Urbana, que em Sorocaba está em fase de desen-volvimento. As diretrizes determinadas pelo plano deverão subsidiar técnicos e gestores para nortear ações e políticas públicas, viabilizando a mobilidade urba-na nas cidades”, explica Gianolla.

PesquisaEstá sendo realizada a “Pesquisa de Mobilidade da Cidade de Sorocaba”. Se-gundo Gianolla, ela teve início em março deste ano com o objetivo de compreen-der como as pessoas se movimentam pela cidade e entender os motivos e os modos de transportes utilizados.

De acordo com ele, os dados coleta-dos pela pesquisa servirão para a análise do atual cenário do trânsito e dos trans-portes da cidade, além de colaborarem nos estudos de planejamento futuro, melhorando a qualidade de vida de to-dos os cidadãos.

CIDADE DESENVOLVE NOVOCONCEITO PARA O PLANO DIRETOR

Ao todo, quatro mil domicílios das 59 zonas que formam a cidade foram pesqui-sados num prazo de quatro meses. Para isso, pesquisadores percorreram toda a cidade a fim de ouvir os moradores. As casas selecionadas para responder à pes-quisa foram informadas, antecipadamen-te, por meio de carta oficial assinada pela Urbes e pela Prefeitura de Sorocaba.

Gianolla explica que, ao serem apu-rados, os dados coletados pela pesquisa levantarão várias informações sobre o porquê dos deslocamentos, incluindo o tempo das viagens, os meios de deslo-camento que as pessoas usam (carros, taxis, bicicletas, ônibus, dentre outros), quais são os transportes mais utilizados e qual é a frequência desse uso.

Os resultados apontarão ainda os locais e horários que apresentam maior

46 • Sorocaba Sempre • 2013 | Jornal Ipanema

As diretrizes determinadas pelo

plano deverão subsidiar técnicos e

gestores para nortear ações e políticas

públicas

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Jornal Ipanema | Sorocaba Sempre • 2013 • 47

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M O B I L I D A D E U R B A N A

não motorizados de transporte. O PDTM deverá definir, de acordo

com o presidente da Urbes – Trânsito e Transportes, Renato Gianolla, de manei-ra clara e com base nas metodologias e procedimentos científicos de planeja-mento de transportes urbanos, as dire-trizes e princípios da mobilidade urbana

■ Avaliação das condi-ções gerais da mobilida-de da população;

■ Avaliação das condi-ções de circulação na área urbana;

■ Avaliação das condi-ções gerais de circulação de mercadorias e cargas em geral na área urbana;

■ Avaliação das condi-ções de organização e prestação dos serviços de transporte público;

■ Avaliação das condi-ções do plano cicloviário, notadamente aquelas relacionadas às ciclovias;

O PLANO DIRETOR CONTERÁ EM LINHAS GERAIS:■ Avaliação das con-dições do transporte suburbano e interurbano no âmbito municipal;

■ Avaliação prospectiva do cenário futuro da mobilidade e transporte da cidade;

■ Diretrizes gerais e es-pecíficas para a mobilida-de e transporte;

■ Plano de ações;

■ Programa de investi-mentos em infraestrutu-ra, tecnologias e serviços.

O Plano Diretor de Transporte e Mobilidade - PDTM constitui um instrumento básico de planeja-mento e gestão do sistema de

transporte e circulação da cidade, de-vendo orientar, dentro de uma perspec-tiva de médio e longo prazo, os investi-mentos públicos e as parcerias público/privadas no setor de transporte urbano, visando obter uma melhor relação cus-to/ benefício aos usuários. Incorporar a mobilidade urbana no Plano Diretor é priorizar, no conjunto de políticas de transporte e circulação, a mobilidade das pessoas e não somente dos veícu-

sustentável, a concepção preliminar de ações imediatas, de médio e longo pra-zos que devem orientar a elaboração posterior de estudos e projetos visando proporcionar o acesso amplo e demo-crático ao espaço urbano, através da priorização dos modos não motorizados e coletivos de transporte, de forma efe-

CENÁRIO FUTURO PASSA POR ANÁLISE

O Plano Diretor constitui um

instrumento básico de planejamento e

gestão do sistema de transporte e circulação

da cidade

los, o acesso amplo e democrático ao espa-ço urbano e aos meios

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Jornal Ipanema | Sorocaba Sempre • 2013 • 49

tiva, focado principalmente nas pessoas.Os trabalhos em desenvolvimento

têm caráter técnico, fundamentado na aplicação de conceitos e práticas co-muns de planejamento urbano, enge-nharia de transporte e de tráfego com o

objetivo de apresentar à Administração Pública e à sociedade de Sorocaba um Plano Diretor de Transporte e da Mobili-dade – PDTM.

Os objetivos das diretrizes, ações e investimentos propostos deverão estar

adequados aos objetivos da política ur-bana do município, à sua legislação, em particular ao Plano Diretor Urbano, e aos conceitos fundamentais de susten-tabilidade, inclusão social e desenvolvi-mento da cidade.

Renato Gianolla, presidente da Urbes – Trânsito e Transportes, define como prioridade

os modos não motorizados e coletivos

de transporte

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M O B I L I D A D E U R B A N A

AUrbes tem investido muito para melhorar a mobilidade urbana da cidade, afirma o presidente da Urbes – Trânsito e Transporte.

“Fato este comprovado com os diversos projetos executados ao longo dos anos. São seis Áreas de Transferência que evitam que os passageiros precisem se deslocar até o centro da cidade para se locomoverem e Linhas Interbairros, que também cumpre este papel”, comenta.

Gianolla lembra que há ainda o sistema de informações em tempo real de chega-da dos ônibus nos terminais através das TV Indoors instaladas naquele espaço pú-blico. Enquanto esperam, os passageiros podem acompanhar quanto tempo falta para a chegada de seu ônibus.

Adesivos com informações sobre as principais rotas dos ônibus nos pontos de espera também mantêm os passa-geiros mais informados, além do APP “Infobus Sorocaba”, lançado em março de 2013 para celulares que trazem horá-rios e itinerários das linhas, além de es-tudos avançados para implantação do BRT (Ônibus Rápido), que interligará as regiões norte/sul e leste/oeste com rapi-dez, conforto e eficiência.

Segundo Gianolla, Sorocaba é ainda uma das dez cidades do país a possuir o sistema “Como Chegar” do Google Maps, disponível no site da Urbes.

Para ele, o conceito de Mobilidade Sustentável tem seu foco principal em priorizar o uso do transporte coletivo e dos modos não motorizados, notada-mente a bicicleta e o modo a pé. “Nesse sentido, nossa cidade se destaca no ce-nário nacional, visto que a política públi-ca cicloviária, implantada em Sorocaba

nos últimos anos, tornou-se referen-cia em nosso país”, garante.

Na opinão dele, o grande desa-fio da Mobilidade Urbana consiste em implantar alternativas atraentes para o transporte coletivo, integra-das entre todos os modais envol-vidos, com o objetivo de facilitar e possibilitar aos usuários o comple-mento de suas viagens, com o uso de mais de um modo de transporte num único sistema.

Oprincipal projeto da Prefeitura de Sorocaba, desenvolvido por meio da Urbes, é o que contem-pla o BRT (Bus Rapid Transit)

apresentado pelo município ao Minis-tério das Cidades e que, conforme ex-plica o presidente da Urbes – Trânsito e Transporte, Renato Gianolla, compre-ende a implantação de 35 km de corre-dores e faixas exclusivas para ônibus em sistema BRT, interligando as regiões Norte e Sul e Leste e Oeste do municí-Norte e Sul e Leste e Oeste do municí-Norte e Sul e Leste e Oeste do município. A proposta contempla ainda a ins-talação de bicicletários e/ou estações do sistema Integrabike, anexos às estações dos corredores, conjuntos de sinaliza-ção com semáforos, bem como a aces-sibilidade e paisagismo.

No projeto, afirma Gianolla, Soroca-ba é dividida em dois eixos: Norte/Sul e Leste/Oeste. “A ação pretendida pela Prefeitura de Sorocaba vai ao encontro aos critérios definidos pelo Ministério das Cidades já que prevê a ampliação e qualificação do sistema de mobilidade urbana; promove a integração opera-cional do sistema de transporte coletivo e o dá prioridade”, diz.

Sorocaba já tornou alguns desses ele-mentos de mobilidade urbana em reali-dade. A cidade soma 106 quilômetros de ciclovias, que cortam a cidade de Leste a Oeste e de Norte a Sul, com predomi-nância na Zona Norte da cidade, sendo que 103 quilômetros são para uso exclu-sivo de ciclistas e três quilômetros são de ciclofaixas. Elas estão interligadas e

SISTEMA DE INFORMAÇÕESEM TEMPO REAL É

INFORMAÇÕES É

INFORMAÇÕESEM TEMPO REAL É EM TEMPO REAL

INFORMAÇÕESEM TEMPO REAL

INFORMAÇÕES É

INFORMAÇÕESEM TEMPO REAL

INFORMAÇÕES

FERRAMENTA ESSENCIAL

50 • Sorocaba Sempre • 2013 | Jornal Ipanema

ADESIVOS COM INFORMAÇÕES SOBRE AS PRINCIPAIS ROTAS DOS ÔNIBUS NOS PONTOS DE ESPERA TAMBÉM MANTÊM OS PASSAGEIROS MAIS INFORMADOS

Sobre a questão da inspeção veicular, assunto frequente em se tratando de trânsito, Gianolla afirma que é um tema que se arrasta desde a entrada em vigor do atual Código de Trânsito Brasileiro – CTB. “Para que ela se torne realidade e cumpra real-mente seus efeitos, é necessário que todo o país venha a adotá-la. O muni-cípio está atento às questões que en-volvem esse tema e quanto à forma pela qual ela deverá ser realizada. A seu tempo, irá tomar as providências cabíveis para cumprir o que determi-na a lei”, diz.

PROJETO BUSCA INTEGRAÇÃOTOTAL DO ATUAL SISTEMA DE TRANSPORTE COLETIVO DA CIDADE

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Jornal Ipanema | Sorocaba Sempre • 2013 • 51

não são segmentadas. O Plano Cicloviá-rio de Sorocaba começou a ser implan-tado em 2006.

A cidade também possui 50 paraciclos (estacionamentos de bicicletas), sendo um deles no Terminal Santo Antonio

Projeto prevê implantação de 35 km de corredores e

faixas exclusivas para ônibus

■ Consolidação de sistema estrutural com inte-gração total do atual sistema de transporte coleti-vo da cidade, bem como com o sistema cicloviário existente;■ Afirmação dos princípios da política de mobi-lidade do município, com a reserva de espaços viários para a circulação de forma prioritária e exclusiva do transporte coletivo, e a qualificação dos espaços de circulação não motorizada;■ Afirmação do transporte coletivo como modo prioritário de circulação motorizada no municí-pio, mediante a promoção de um padrão de ima-gem elevado;■ Redução dos tempos de viagem da população;■ Redução da emissão de gases na atmosfera;■ Melhoria global do conforto e segurança para os usuários do serviço.

OS OBJETIVOS DESTE EMPREENDIMENTO SÃO:

(com capacidade para 60 bicicletas), oito módulos comerciais (quiosques), com capacidade de aco-plar entre 40 e 60 bicicle-tas cada um.

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M O B I L I D A D E U R B A N A

O Programa Integrabike, de em-préstimo gratuito de bicicletas, disponibiliza os veículos para pes-soas com mais de 18 anos e que

tenham pelo menos um dos cartões do transporte coletivo, possibilitando assim a integração de modais. O sistema conta com 19 estações espalhadas na região

central da cidade e na zona norte, soman-do 152 bicicletas disponíveis à população. São mais de 15 mil usuários cadastrados, e a média mensal de utilização é de cerca de 10 mil deslocamentos, onde 25% tam-bém utilizam o transporte coletivo.

De acordo com o presidente da Ur-bes – Trânsito e Transportes, Renato Gia-nolla a estimativa é que existam 300 mil bicicletas na cidade. O número é baseado em pesquisa de preferência declarada na qual se verificou que a cada dois habitan-tes da cidade possuem uma bicicleta.

Não se descarta, com a preservação da malha ferroviária, que corta a cidade de leste a oeste (após a construção de novo ramal ferroviário para cargas) um estudo de viabilidade para implantação de sistema de transporte de massa so-bre trilhos, notadamente o VLT, veículo leve sobre trilhos.

A frota de ônibus possui atualmente 402 veículos, sendo destes 377 da frota operacional, que atendem 102 linhas do sistema. São atendidos mensalmente cerca de 5 milhões de passageiros, sen-do destes, aproximadamente 4,5 mi-lhões de pagantes.

A ESTIMATIVA É QUE EXISTAM 3OO MIL BICICLETAS NA CIDADE

Outros tantos passageiros são bene-ficiados pela política de gratuidade, que representam 14,6% dos usuários do siste-ma. Os idosos a partir dos 60 anos, que não pagam passagem, graças à uma lei municipal (em outros municípios a idade para obter a gratuidade é de 65 anos), representam 2,9% dos passageiros.

A idade média dos ônibus que aten-dem a população possuem, em média, 2,4 anos, uma das frotas mais jovens do país, sendo que destes, 90% dos veículos possuem elevadores para cadeirantes. A frota também é totalmente monito-rada por GPS, o que garante melhor fis-calização no cumprimento dos horários das viagens. Trata-se também de uma frota com sistema de segurança, já que 67% dela possuem câmeras de videomo-nitoramento. O Serviço de Transporte Especial possui 17 microonibus.

O Sistema de Integração ou Bilhe-te Único existente permite a utilização de mais de um ônibus sem pagamento de uma nova tarifa, o que representam 5,3% do uso. Há ainda a Tarifa Reduzida aos domingos e feriados, o que propor-ciona uma economia a 4,7% aos passa-geiros que possuem o Cartão Cidadão do passe social.

As calçadas e a acessibilidade tam-bém fazem parte da preocupação do governo municipal, como exigências aos novos empreendimentos e as adapta-ções às áreas mais antigas da cidade.

152 bicicletas disponíveis e mais de 15 mil usuários

cadastrados no Programa Integrabike

A cidade soma 106 quilômetros de ciclovias, que

cortam a cidade de Leste a Oeste e de

Norte a Sul

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Jornal Ipanema | Sorocaba Sempre • 2013 • 53

teira de aventura, diversão e surpresas que receberá 30 meninos e meninas, com idades entre 8 e 10 anos, na quarta-feira (14), no primeiro acantonamento que a Biblioteca Municipal “Jorge Guilherme Senger” vai fazer, aproveitando a ce-lebração dos 359 anos de fundação de Sorocaba. As vagas foram preenchidas durante sorteio.

De acordo com a coordenadora da Biblioteca, Tânia Maria Bernardi Kalil, as atividades terão início às 18 horas do dia 14, com a recepção das crianças. Após isso, muita coisa bacana deve acontecer, o que inclui brincadeiras, contação de his-tórias e várias surpresas. Os participantes vão dormir na biblioteca e vivenciar uma noite diferente, recheada de emoção.

Saiba mais sobre a programação dos 359 anos de Sorocaba, que conta com mais de 200 ações em vários locais, aces-sando: http://agencia.prefeiturasoroca-ba.com.br/site/sorocaba359anos.

As comemorações pelos 359 anos de fundação de Sorocaba reser-vam muitas opções. A agenda apresenta mais de 200 interven-

ções plurais em parques, praças, feiras livres e espaços públicos, além de ocupar, também, áreas como o Sesi, Sesc, a Fun-dec e a Oficina Grande Otelo, parceiros da Secretaria da Cultura e Lazer e da Prefei-tura na comemoração.

Parceria, aliás, é a base da realização dos eventos que conta com a partici-pação da maior parte das secretarias municipais; em especial as de Cidadania, Juventude, Meio Ambiente, Educação Esporte e Relações do Trabalho.

O então secretário da Cultura, José Simões de Almeida Junior, disse que este

P R O G R A M A Ç Ã O

MAIS DE 2OO ATIVIDADES MARCAM AS COMEMORAÇÕES DE ANIVERSÁRIO

processo colaborativo é que tem deter-minado resultados positivos e apontado o quanto a população, enquanto produ-tora de cultura, está disposta a agir.

Sinergia encampada pela secretária da Juventude, Edith Di Giorgi e do Meio Ambiente, Jussara de Lima Carvalho, que ressaltaram a importância de ações em todos os setores para que uma cidade possa vivenciar qualidade de vida.

“Estamos pensando Sorocaba jun-tos”, reiterou Jussara completando o pensamento de Edith Di Giorgi para quem “a vida das pessoas não pode ser dividi-da”, exigindo que todos os organismos atuem para fazê-la melhor no seu cotidia-no social.

Entre as atrações, está uma noite in-

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54 • Sorocaba Sempre • 2013 | Jornal Ipanema

ZOOLÓGICO É RECONHECIDONACIONAL E INTERNACIONALMENTENACIONAL E INTERNACIONALMENTE

Um dos cartões-postais de Soro-caba é o Parque Zoológico Muni-cipal “Quinzinho de Barros”. O chefe da Seção de Biologia e Ve-

terinária, Rodrigo Teixeira, afirma que entre os desafios dos profissionais está o de manter a excelência nos serviços e sempre inovar. “Posso dizer que nós lutamos pelo pódio, em busca de estar nos primeiros lugares entre os zoológi-cos do Brasil”, comenta.

Pioneiro no país na área de Educação

Ambiental, o Zoo de Sorocaba iniciou suas atividades educativas no final da década de 1970. Foi reconhecido por vá-rias entidades nacionais e internacionais e recebeu apoio do Fundo Nacional para a Natureza (WWF- Estados Unidos), Fish and Willdlife Service, Fundação o Boticá-rio de Proteção à Natureza, entre outros.

Entre as parcerias, Teixeira cita a Unesp de Botucatu (com a primeira residência médica brasileira na área de medicina veterinária), com o Ibama, Semedicina veterinária), com o Ibama, Se-

C A RT Ã O - P O S T A L

CUIDADOS COM OS ANIMAIS EM EXTINÇÃO

| Jornal Ipanema

A PREOCUPAÇÃO com animais em extinção faz parte do dia a dia dos profissionais. No início de 2013, as pessoas viram pela primeira vez dois filhotes de arara-de-testa--vermelha (Ara rubrogenys). Os dois exemplares da espécie nasceram no parque em novembro do ano passado, no final da primavera.

Entre os habitantes que mais cha Entre os habitantes que mais cha-mam a atenção estão três exemplamam a atenção estão três exempla-res de lêmures-de-cauda-anelada res de lêmures-de-cauda-anelada (Le-mur catta), sendo duas fêmeas e um sendo duas fêmeas e um macho, provenientes do Zoológico macho, provenientes do Zoológico Aticca Zoo Park, da Grécia. “O ‘QuinAticca Zoo Park, da Grécia. “O ‘Quin-zinho de Barros’ é o único zoológico zinho de Barros’ é o único zoológico do Brasil a abrigar essa espécie. Isso do Brasil a abrigar essa espécie. Isso é fantástico”, comenta Jussara de é fantástico”, comenta Jussara de Lima Carvalho, secretária do Meio Lima Carvalho, secretária do Meio Ambiente.

Tratam-se de primatas endêmiTratam-se de primatas endêmi-cos da Ilha de Madagascar, no concos da Ilha de Madagascar, no con-tinente africano. Lá, eles vivem em tinente africano. Lá, eles vivem em florestas que vêm sendo destruídas florestas que vêm sendo destruídas pelo homem, ocasionando a dimipelo homem, ocasionando a dimi-

nuição de sua população a cada ano. “É um animal que se encontra em estado de vulnerabilidade segundo a classi-ficação da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Esse fato comprova a importância da manu-tenção desses animais em cativeiro”, completa Jussara.

Três exemplares de muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides) (Brachyteles arachnoides) do “Quinzinho do “Quinzinho de Barros” foram transferidos, este ano, ao Zoológico de São Paulo, considerado o maior do país. Em todo o Brasil, exis-tem apenas 19 indivíduos em cativeiro. Desse total, nove estavam em Sorocaba, sendo oito machos e uma fêmea.

“Sorocaba enviou, por meio de uma

permuta, três machos adultos do maior primata das Américas para o zoológico da capital. Essa é nossa contribuição para a conservação da espécie, um dos animais em maior risco de extinção do mundo”, expli-ca Rodrigo Teixeira.

Informações variadas sobre esses animais são divulgadas em progra-mas oferecidos à comunidade como Zoo vai à Escola, onde equipe do Zoo visita a escola levando animais vivos, taxidermizados, jogos e pôsteres para uma animada exposição ecoló-gica. Há ainda o tradicional Tranzoo, com gincanas, exposições e temas variados.

Lêmures-de-cauda-anelada estão entre as novidades do

zoo

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Jornal Ipanema | Sorocaba Sempre • 2013 • 55

Morumbi, três dentistas da Universidade de São Paulo (USP), quatro veterinários e um biólogo do Zoológico, realizaram o preparo dos dentes e moldagem de toda a boca da onça-pintada para receber futu-ramente duas próteses metálicas. “A ideia foi de devolver o formato e a função dos dentes do felino, que os anos de cativeiro cobraram dele”, explicou Teixeira.

cretaria Estadual e Municipal do Meio Ambiente, USP e PUC Sorocaba. Ele cita também a troca de experiência recente em Dortmund, na Alemanha.

Teixeira explica que Sorocaba for-nece material biológico para alimentar linhas de pesquisas para laboratórios brasileiros e mundiais.

Recentemente, o zoo foi destaque na mídia por procedimentos com animais e a chegada de novos habitantes.

Neste ano, um macho de onça-pintada (Panthe-ra onca), mais conhecido como Vagalume, de 16 anos, passou por um tra-tamento dentário no Se-tor de Veterinária do Zoo.

A equipe, formada por quatro anestesistas da Universidade Anhembi

Macho deonça-pintada passa por um tratamento

dentário no Setor de Veterinária

do Zoo

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56 • Sorocaba Sempre • 2013 | Jornal Ipanema

Bento de Sorocaba é o único da congre-gação beneditina no Brasil que mantém a originalidade e seu prédio é tombado como patrimônio histórico.

O Mosteiro guarda algumas preciosi-dades, como o altar-mor esculpido com madeira, com lâminas de ouro aplicadas no retábulo, trazido de Portugal no sé-culo XVIII. Em frente ao local fica o Mo-numento a Baltazar Fernandes.

■ EndereçoLargo de São Bento, 62 - Centro

P A T R I M Ô N I O

AS RIQUEZAS DASIGREJAS SOROCABANASMosteiro de São Bento Construída pelos escravos do fundador de Sorocaba, Baltazar Fernandes, em 1654, foi a primeira capela de Nossa Senhora da Ponte, padroeira da cida-de. Doada aos monges beneditinos de Santana de Parnaíba, em abril de 1660, passou à igreja de Sant’Ana, com a cons-trução de uma nova matriz.

As paredes de taipa da Igreja de Sant’Anna são as mesmas que foram levantadas com barro socado pelos es-cravos. A clausura e outras instalações foram construídas de taipa de pilão e de torrão, em 1667. O Mosteiro de São

Catedral Metropolitanade SorocabaA Catedral Metropolitana de Sorocaba é a segunda matriz da cidade. É a primeira obra edificada em pedras do município, sendo que a primeira missa foi realiza-da em 11 de fevereiro de 1783. Em 1841, inaugurou-se o relógio, adquirido no Rio de Janeiro, que hoje funciona na torre da Igreja de São Carlos Borromeu.

Na fachada estão quatro evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João), o brasão da Arquidiocese de Sorocaba e a inscrição D.O.M, do latim Deo Optimo Maximo (em português, “Ao Deus Supremo”).

A imagem da padroeira Nossa Se-nhora da Ponte, presente no altar, data de 1771, trazida da cidade do Porto, em Portugal. Hoje a imagem fica sob um afresco de Cristo Todo Poderoso (Pan-tocrator), pintada na parte superior do prédio. Em 13 de janeiro de 1924, a Igreja deixou de ser matriz para se tornar Ca-tedral, tendo como primeiro bispo Dom José Carlos de Aguirre.

■ EndereçoPraça Coronel Fernando Prestes- Centro

Mosteirode São Bento

é tombado como patrimônio

histórico

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Jornal Ipanema | Sorocaba Sempre • 2013 • 57

Capela Senhor doBonfim João de CamargoHomem dotado de dons espirituais e de cura, João de Ca-margo era um escavo negro e filho de uma benzedeira, nas-cido em 1858, em Sarapuí (SP). Veio para Sorocaba após a Abolição, em 1888. Em busca de sustento, trabalhou para diversas famílias, em serviços gerais.

Numa noite de tempestade, em 1906, segundo a tradi-ção, teve a visão do menino Alfredinho, falecido alguns anos antes. O Monsenhor João Soares do Amaral o orientou a er-guer uma igreja e auxiliar as pessoas.

Com a ajuda de familiares e de pessoas simples, João de Camargo ergueu a capela às margens do Córrego da Água Vermelha. Conseguia curar doenças com o uso de óleos e ervas, sem nenhum outro artifício. Sua igreja foi fechada por diversas vezes e ele preso, mas continuou humildemente o seu trabalho, mesmo com as perseguições.

João de Camargo morreu em 28 de setembro de 1942 e, até hoje, a capela atrai um expressivo número de pessoas do Brasil e do exterior, assim como seu túmulo, no Cemité-rio da Saudade.

■ Endereço - Avenida Barão de Tatuí, 1.083- Jardim Vergueiro

Catedral Metropolitana,

a primeira obra edificada em pedras do

município

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58 • Sorocaba Sempre • 2013 | Jornal Ipanema

P A T R I M Ô N I O

O QUE ENSINA A HISTÓRIA DE SOROCABA Museu da Estradade Ferro SorocabanaO acervo é composto por peças, biblio-tecas e material documental importante para o público interessado em pesquisa sobre ferrovia. Merecem destaque a Sala do Império, a efígie de Dom Pedro II, es-culpida por Goterrot e o quadro com o Decreto Imperial, autorizando a cons-trução da ferrovia, entre outros.

O Museu da Estrada de Ferro Soroca-bana está sediado no casarão em estilo inglês, localizado no jardim Maylasky, onde também encontra-se o Monumen-to a Luiz Matheus Maylasky, voltado de frente para a Estação Ferroviária, na Av. Afonso Vergueiro.

Engenheiro, Maylasky nasceu na Áus-tria e participou da criação da Compa-nhia Sorocabana, em 2 de fevereiro de 1870, com o objetivo de construir uma estrada de ferro ligando Sorocaba a São Paulo. Em 18 de junho de 1875, chegava a Sorocaba a primeira locomotiva vinda da capital: a locomotiva Ipanema.

O Jardim Maylasky abriga também o Chalé Francês, que foi restaurado. Cons-truído em 1910, com padrões arquitetô-nicos ingleses e telhado em estilo fran-cês, o imóvel serviu de moradia para os engenheiros chefes da Estrada de Ferro Sorocabana.

Em frente ao Chalé Francês, fica ain-da a antiga casa de Matheus Maylasky, construída no século XIX, e que atual-mente abriga a sede da Academia Soro-cabana de Letras (ASL).

■ EndereçoRua Álvaro Soares, 553 - Centro

Casarãoestilo inglês

sedia o Museu da Estrada de Ferro

Sorocabana

Estação FerroviáriaA Estação Ferroviária foi inaugurada em 1875, como o ponto final da Estrada de Ferro Sorocabana que, não por acaso, tem esse nome: a ideia original dos do-nos era ligar Sorocaba a São Paulo pelo caminho mais curto. A Sorocabana teve grande importância para o desenvol-vimento econômico de Sorocaba e do Brasil, principalmente entre o final do século XIX e o início do XX.

A Prefeitura de Sorocaba recebeu o direito de uso do prédio histórico e dos dois armazéns anexos à estação da an-tiga Rede Ferroviária Federal, em 2006.

■ EndereçoAvenida Afonso Vergueiro - Centro

Palacete Scarpa Um dos mais importantes patrimônios históricos da cidade e um dos cartões--postais de Sorocaba, o Palacete Scarpa é sede da Secretaria da Cultura e Lazer (Secult). O prédio em estilo neoclássico com linhas greco-romanas possui um amplo Espaço de Exposições e salas para oficinas culturais.

O Palacete Scarpa começou a ser construído em 1921, sendo a primeira agência bancária de Sorocaba, além do primeiro edifício da cidade a ter três pavimentos e elevador, do tipo gaiola. Ao longo das décadas, o prédio deixou de ser banco e já abrigou um hotel, Cor-reios e a Delegacia Regional Tributária, da Secretaria Estadual da Fazenda.

■ EndereçoRua Souza Pereira, 448 - Centro

Fonte: Site oficial da Prefeitura de Sorocaba

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