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REVISTA NACIONAL DE EDUCACÃO IIIKISTERIO DA BDUCAÇ.lO B SAUDE PUBLICA ••em todos os lares do conforto moral da Ciencia e~:a:~ N. 8 MAIO 1988 1lU8BU NACIONAL &10 DE iJANEIRO

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Page 1: REVISTA NACIONAL DEEDUCACÃO CARDO… · Tenho presente a coleção da "Revista Nacional de Educação", devido á sua gentileza. Pela feitura de todos os numeros, observei, com aprazimento,

REVISTANACIONALDEEDUCACÃO

IIIKISTERIO DA BDUCAÇ.lOB SAUDE PUBLICA

•• em todos os lares doconforto moral da Ciencia e~:a:~

N. 8

MAIO1988

1lU8BU NACIONAL&10 DE iJANEIRO

Page 2: REVISTA NACIONAL DEEDUCACÃO CARDO… · Tenho presente a coleção da "Revista Nacional de Educação", devido á sua gentileza. Pela feitura de todos os numeros, observei, com aprazimento,

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1 - Foz do Oiapoc. 2 - Serra Tumuc-umac. 3 - Rio Tacutl1. 4 - RioMaú. 6 - Serra Parima. 6 - Cucui. 7 - Rio Uaupés -S - Ta·batinga. 9 - Rio Javarf 10 - R. Purús e seus aCluentes, S. Rosa• Chambuiaco. 11 - R. Acre. 12 - R. Madeira e seu formadorMamore. 13 - R. Guaporé. 14 - Morro Quatro Irmãos. 16 - Bala

• Negra (Rio Paragual). 16 - Rio Apa. 17 - Serra MaracaJú. 18 -Rio Iguassú. 19 - Rio Uruguai. 2 O - Rio Quarain e coxUha de S.Ana.Os nomes subllnhados são os principais es-contestados obtidos peloDrasU.P. - Plrarâ - ex-contestado obtido pele Gul<l,naInglesa.Nomes em maiúsculas verticais - RepubUcas independentes.Nomes em maiúsculas incUnadas - Colonias.Nomes em maiúsculas menores Estados e Território Federal doAcr••

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ANo I RIO DE JANEIRO, MAIO DE 1933 N.O 8

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REVISTA NACIONALDE

EDUCAÇÃO

A Revista Nacional de EducaçãoDiretoria Geral de Educação - Gabinete.

Rio de Janeiro, 5 de Maio de 1933.

Ilustre Snr , .Professor Roquette Pinto.

Atenciosos cumprimentos.Tenho presente a coleção da "Revista Nacional de Educação",

devido á sua gentileza.Pela feitura de todos os numeros, observei, com aprazimento,

que é essa uma publicação verdadeiramente seletiva e vulgarizadorado pensamento cientifico da educação em nosso país.

Se não houvesse tal orgão de publicidade, para a nossa cultura.seria necessario creá-lo , Sua feição é estética, e seu conteúdo provei-toso, como convém á sua finalidade educativa.

Notei, através de suas páginas, rigorosamente escolhidas, valo-rizadas só de materia util, o esmero e nitidez das gravuras, pelo processomais aperfeiçoado de tecnica das imagens sensíveis, e eficientes ensina-mentos de história e ciencias naturais.

E tudo isso em papel comum de impressão.Pelo que, de par com o meu agradecimento. almejo que a "R~-

vista", de sua competente direção, tenha existencia duradoura, e dignade incentivo por parte de todos os que, dedicadamente, se interessempelo desenvolvimento progressivo da cultura pedagogica no Brasil.

. ; Do patr= !A,dmor

(a.) Duleidio Cardoso.

R.N.E.8I

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2 REVISTA NACIONAL DE EDUCAÇÃO

o prof. Jonathas Serrano, dirigiu ao Prof. Roquette Pinto a se-guinte carta:

"Exmo. Snr. Presidente da Commissão de Censura Cinema-tographica.

Tendo sido designado para servir na Commissão de. CensuraCinematographica nos termos do art. 6 do Decreto n. 21. 240 de 4de Abril de 1932 e do art. 3° das Instruções baixadas em 22 de Abrilde 1932 para cumprimento do citado Decreto e' havendo terminado.com o mês de Abril expirante, o prazo daquella designação, não devo,nem quero, antes de retirar-me, deixar de exprimir-vos o meu sinceroreconhecimento e a minha viva admiração. Reconhecimento pela ma-neira fidalga e desvanecedora com que desde o inicio dos nossos traba-lhos soube~tes conduzir a delicada e difficil tarefa da Commissão deCensura, relativamente a todos e a cada um dos seus membros. Admiração viva e sincera tambem pela propria forma com que a Commissão -tem sabido corresponder á confiança nella depositada.

Dir-se-ia, a priori, impossivel um accordo sereno entre elementosde credos diversos e differentes escolas philosophicas, no terreno novo eparticularmente accidentado da Cinematographia educativa. Ora, aocabo de um anno de trabalho diario, tendo sido censurados mais de mile duzentos filmes, 'verifica-se esta surprehendente verdade: rarissimos oscasos de divergencia fundamental. Cada qual com o seu coefficientepróprio de cultura, com os seus "angulos de camera", digamos assim,diante da realidade humana! mas todos unidos no plano superior daspreoccupações educacionaes, - não foi diciffil, ao contrario facillirno,que se entendessem desde o primeiro ao ultimo dia deste anno de tra-balho.

O registo deste facto é um acto de justiça.E esta atmosphera de serena cordialidade, posto que tambem de

inflexivel proposito de julgar sem a mínima influencia de quaesquercircumstancias de caracter não educativo, foi devida em parte conspi-cua á acção firme e bem orientada do digno Presidente da Commissãode Censura.

A,s criticas superficiais feitas alguma vez ao trabalho da Com-missão já agora não resistem a leve analyse. Fez-se alguma coisa emum anno . Fez-se muito, em verdade, attendendo-se ás condições do

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REVISTA NACIONAl: DE EDUCAÇÃO

meio e do momento e ás próprias falhas ou deficiencias da respectivalegislação,

A Commissão já realizou pelo menos este beneficio apreciavel:classificar os filmes realmente educativos, cortar ou prohibir o que seapresentou de absolutamente máu e declarar impropríos para criançasou para menores certos filmes que ha um anno eram ou teriam sidoexhibidos sem restricções ás familias de todo o Brasil,

Na verdade os grandes responsaveis, mais do que os exhibido-res, são os productores de máus filmes, Pena é que até agora, por moti-vos 'que ignoro, não tenham sido officialmente publicadas as propostasapprovadas no Convenio Cinematographico Educativo, de Janeiro desteanno . Entre ellas estão as que tive a honra de' apresentar e defender,sobre vesperaes infantis e sobre isenção de taxas de educação, no casode ser a exhibição da pellicula inteiramente interditada (n. v, do art.7 do Dec , 21. 241), Seria assim o productor, mais que o exhibidor,attingido com a prohibição e consequente rejeição dos seus maus filmese procuraria porventura melhorar a produção,

Determinando o art , 24 das Instrucções de 22 de Abril de 1932flue no Diario Official, quinzenalmente, seja feita a apuração da listados filmes censurados, com suas características e o resumo do julga-mento da Commissão de Censura, propuz, foi approvado, e logo provi-denciastes para que se effectuasse, a publicação dessas listas em folhasdiárias, como o Jornal do Commereio, o Jornal do Brasil, o Correio daManhã, o Globo etc . e ainda em revista especializada de cinema - o('in earte , '

nem sabemos quão difficil é fazer chegar ao grande publicouma informação qualquer, só através de orgãos officiaes , Pusestes oproprio radio a serviço dessa obra de orientação educativa, na RadioSociedade, opportuna e desinteressadamente. Nem posso olvidar o pre-cioso concurso da "Revista Nacional de Educação", a que ides dando omelhor da vossa cultura scientifica, artistica, literaria e superiormentebrasileira,

Oxalá não desfaleça a energia de quantos comvosco trabalhamnessa obra de sadio patriotismo. E que Deus ilumine os paes de famíliana escolha dos espectaculos para seus filhos, os espectadores em gerale tambem os que têm as responsabilidades da direcção da coisa publica,esquecidos ás vezes todos da força formidavel, para o bem ou para omal, da mais jovem das artes,

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4 REVISTA NACIONAL' DE EDUCAÇÃO

iAssimjá o dizia eu em 1929, ao inaugurar a 1a Exposição de Ci-nematografia Educativa. Assim o repeti em livro em 1930 e em confe-rencia na IV Semana Nacional de Educação em 1931. Assim o conti-nuarei a repetir, esperando que vença afinal, tambem no Brasil, a gran-de causa do Cinema a serviço da Educação.

Reitero os protestos de reconhecimento e admiração.

Rio de Janeiro, 30 de Abril de 1933.

(a .) Jonathas Serrano.