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1 Junho 2008 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

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Revista Municipal do Montijo referente a Junho de 2008

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Junho 2008 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

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Montijo REVISTA MUNICIPAL| Junho 2008

Editorial – 3

Noites de Verão … com muita música e animação – 4

Cicloturismo em Julho e Agosto - 5

Medi@rt no CTJA – 6

Novo pólo da Biblioteca Municipal em Canha – 7

O mundo fantástico da BD… com Daniel Maia – 8 e 9

Nova vaga – o rock em Portugal, 1955-1974 – 10

1.ª Bienal Internacional de Montijo-IX Prémio Vespeira On Europe - 11

Gente da Nossa Terra Vítor Gonçalves – 12 e 13

À Descoberta das Ciências foi um êxito – 14

Uma mão cheia de sucessos – 15

Novo Parque Urbano nasce junto às Piscinas Municipais – 16 e 17

Expo Evasão – O fantástico mundo da aventura em Montijo – 18

Festas Populares de S. Pedro 2008 – 19, 20 e 21

Montijo: uma história com identidade – 22

Campeonato Nacional de Esperanças terminou em Montijo – 23

II Encontro Multicultural no Montijo– 24

Juntos pelo bem estar e pela solidariedade – 25

Empresas e EmpresáriosQualabe Alimentar – 26 e 27

Especial Maio Mês da Integração EuropeiaA União Europeia em Montijo – 28

Montijo recebeu Parlamento Europeu Jovem – 29

Vida de Eurodeputado – 30

Direitos Humanos em discussão – 31Agenda e passaporte sénior – 32

Pegões recebe nova unidade industrial - 33

Executivo Municipal visitou Freguesia de Montijo – 34

Alto Estanqueiro – Jardia recebeu executivo municipal – 35

Montijo e Alcochete criam Comissão Intermunicipal de Defesa da Floresta contra Incêndios – 36

Obras – 37 e 38

{í n d i c e }

Ficha Técnica

DirectoraMaria Amélia AntunesEditor Alcídio TorresRedacçãoAna Cantas Ribeiro, Ana Cristina Santos – Gabinete de Comunicação e MarketingFotografia Carlos RosaMiguel GervásioGrafismo e PaginaçãoDivisão de Informação e Relações Públicas PropriedadeCâmara Municipal de MontijoImpressãoGrafiponte

Publicação TrimestralDistribuição GratuitaDepósito Legal 121058/98ISSN1645-72187500ex.

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Junho 2008 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

A Presidente da Câmara

Maria Amélia Antunes

Com as últimas visitas do executivo municipal às Freguesias de Montijo e Alto Estanqueiro/Jardia terminou o primeiro ciclo de visitas às freguesias num formato diferente do anterior.Durante um ano, eu própria e os vereadores com pelouros, reunimos, logo pela manhã, com o presidente e alguns mem-bros do executivo da junta de freguesia respectiva, de forma a fazer um levantamento dos problemas existentes, almoçámos com empresários locais, visitámos os locais previamente se-leccionados e à noite ou à tarde reunimos com os munícipes da freguesia.No conjunto das oito visitas efectuadas neste novo modelo, podemos concluir que a resposta dos munícipes foi notável, não só pela sua participação maciça nas sessões, como pelo

seu interesse em questionar a presidente e os vereadores sobre inúme-ras questões de interesse público ou particular.Estas visitas às freguesias por serem feitas a uma distância considerá-vel de qualquer acto eleitoral permitem uma interacção responsável e não desconfiada entre autarcas e populações, numa concertação de esforços e vontades com vista à resolução dos problemas concretos.Pelo que pudemos constatar, os munícipes residentes nas freguesias têm perfeita consciência dos avultados investimentos e da obra que a Câmara Municipal tem realizado por todo o concelho. Sítios, sem cami-nhos asfaltados, sem esgotos, sem água, sem luz, sem infra-estruturas mínimas, sem equipamentos e apoios sociais, sem escolas de quali-

dade, sem equipamentos desportivos condignos estão hoje, dez anos depois, completamente transformados em lugares onde dá gosto viver.Do ponto de vista da cidadania, as pessoas hoje reivindicam cada vez mais, porque a capacidade de realização é fomentadora de uma nova consciência reivindicativa, o que é salutar e gratificante para quem governa.No entanto, os munícipes também sabem que este executivo municipal só pro-mete o que pode cumprir, não somos dos que prometem este mundo e o outro para calar os descontentes ou para conquistar o voto fácil.A adesão dos munícipes ao processo de modernização do concelho e das fre-guesias é inseparável de um funcionamento da administração assente na res-ponsabilidade, uma responsabilidade feita da prestação de contas dos actos e decisões do cumprimento dos prazos e procedimentos, do respeito pelo cumpri-mento das promessas feitas. Aos cidadãos devem ser proporcionadas condições de participação, de forma a escolherem os caminhos de desenvolvimento da nova sociedade, bem como acompanharem e avaliarem o potencial e as novas oportunidades geradas pela sociedade da informação. Pela nossa parte tudo faremos para dar continuidade a estas visitas às fregue-sias, incentivando a participação activa e empenhada dos munícipes e criando condições aos serviços municipais (técnicos, dirigentes e funcionários) para res-ponderem, com rapidez, competência e responsabilidade às exigências de um concelho em crescimento e desenvolvimento acelerado, por uma noca cultura e serviço público.

Montijo, Junho de 2008

Aos cidadãos devem ser

proporcionadas condições de

participação, de forma a

escolherem os caminhos de

desenvolvimento da nova

sociedade, bem como

acompanharem e avaliarem

o potencial e as novas

oportunidades geradas pela

sociedade da informação.

{e d i t o r i a l }

AS PESSOAS EM PRIMEIRO

LUGAR

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Montijo REVISTA MUNICIPAL| Junho 2008

{c u l t u r a }Este ano, em Montijo, as noites de Verão

vão estar mais animadas. Para os meses de Julho e Agosto, a Câmara Municipal de Montijo, através do Departamento Sócio-Cultural, preparou uma programação re-cheada de música, teatro e muita anima-ção.

O primeiro espectáculo está marcado para o dia 5 de Julho, às 21h30, na pra-

ça norte da zona ribeirinha. Com organização do Grupo Típico de Danças e Cantares do Afonsoeiro, o Festival de Folclore Cidade de Montijo vai reunir o grupo anfitrião, o Ran-cho Folclórico de Santiago do Lobão (Sta Maria da Fei-ra), os Hortelões da Ervideira (Mafra), o Grupo de Cantas e Cramóias de Pias (Cinfães) e o Rancho Folclórico Vale das Mós (Abrantes).

No dia 11 de Julho, às 22h00, o grupo Maré dos Sons sobe ao palco na Praça da República. Este grupo de dez pessoas, com influências

musicais diferentes, nasceu em 2006, no Montijo.

O jardim da Casa Mora recebe, no dia 12 de Julho, a partir das 22h00, o Quarteto de Clarinetes. Quatro jovens talentos, todos formados por Etienne Lamaison, procuram com este espectáculo novos horizontes musicais.

“E porque não te ris?” é o título do espec-táculo que traz ao Montijo (jardim da Casa Mora), no dia 18 de Julho, às 22h00, Carlos Areia e Cristina Areia.

No dia seguinte (19 de Julho), a partir das 22h00, na praça norte da zona ribeirinha, vai poder assistir a um desfile de carros antigos e ao concerto dos Texabilly Rockets. Com 12 anos de vida e quatro cd’s gravados, os Texabilly Rockets participaram nos maiores festivais europeus de rockabilly (um dos inú-meros subgéneros do rock n’ roll).

Numa noite de homenagem às bandas filarmónicas, a Praça da República recebe, no dia 25 de Julho, às 21h30, as bandas da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro, da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 de Alcochete e da Academia Musical União e Trabalho de Sarilhos Grandes.

Fundada em 1999, a Escola de Jazz do Bar-reiro apresenta, no dia 26 de Julho, às 22h00, no jardim da Casa Mora, um quinteto que in-terpretará temas standards na área do swing e da bossa nova de compositores como Ger-shwin, Cole Porter e António Carlos Jobim.

Se prefere a música Pop portuguesa, pode assistir ao espectáculo dos Maxi, no dia 1 de Agosto, às 22h00, na praça norte da zona ribeirinha. Os Maxi são uma das primeiras bandas trazidas à ribalta através das telenovelas da TVI.

A companhia Artelier? traz ao Montijo (Praça da República), no dia 2 de Agosto, a partir das 22h00, o espectáculo “Da Horta …With Love”, uma mistura de música, can-to, intervenção sonora, visual e multimédia.

No dia 8 de Agosto, às 22h00, a Praça da República recebe um dos projectos mais inovadores do panorama musical português: Deolinda. Um grupo formado por quatro jovens, em 2006, que procura através da pesquisa musical e do cruza-mento de diversas sonoridades, com es-pecial destaque para o fado, recriar uma sonoridade de cariz popular.

A música do mundo, também, foi con-templada nesta vasta programação das Noites de Verão. No dia 9 de Agosto, às 22h00, no jardim da Casa Mora, actuam os Korasons. O grupo tem origem em Lisboa, mas raízes em várias partes do mundo: Guiné-Bissau, Dinamarca, Senegal e Bra-sil.

A voz inconfundível de Nuno Guerreiro, as letras de João Monge e a sonoridade particular da música da Ala dos Namora-dos encerram as Noites de Verão, no Dia da Cidade (14 de Agosto), a partir das 22h00, na praça norte da zona ribeirinha.

Noites de Verão…

COM MUITA MÚSICA E

ANIMAÇÃO

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Estes passeios são acessíveis a qualquer participante, feminino ou masculino, independentemente da idade e da condição física. São aceites inscrições individuais ou por equipas. A equipa só é considerada como tal, com um mínimo de cinco elementos.

O Parque Municipal recebe no dia 28 de Junho, entre as 16h00 e as 22h00, a terceira edição do Montijo Fitness, orga-nizada pelo Evolution Wellness & Fitness Center com o apoio da Câmara Munici-pal de Montijo.

O evento, gratuito e aberto a toda a comunidade, contará com aulas/ses-sões de body balance, power jump, body combat, body pump e outras mo-dalidades desportivas disponíveis no Evolution.

O Montijo Fitness pretende proporcio-nar à população montijense um dia voca-cionado para hábitos de vida saudáveis e para a prática de actividade física.

MONTIJO FITNESS

2008

{d e s p o r t o }

Para Julho e Agosto, a Divisão de Des-porto da Câmara Municipal de Montijo convida-lhe para dois passeios de ciclotu-rismo, no âmbito do projecto Naturalmente Desporto… Sénior”.

O primeiro terá lugar no dia 20 de Julho, por ocasião das Festas de São Jorge. Inti-tulado “Rota de Sarilhos Grandes”, iniciar-se-á às 9h00, junto ao coreto.

A actividade é organizada pela Divisão Desporto, Junta de Fregue-sia de Sarilhos Grandes, Juventude Futebol Clube Sarilhense e Comissão de Festas de São Jorge.

Em Agosto, os passeios de cicloturismo da Divisão de Deporto deslocam-se até à Freguesia do Afonsoeiro, com a “III Clássica Montijo-Canha”.

Integrada nas Festas Po-pulares do Afonsoeiro, a pro-va terá lugar no dia 24 de Agosto, a partir das 9h30, junto à Igreja. A organização é do Grupo de Cicloturismo do Afonsoeiro, da Junta de Freguesia do Afonsoeiro, da Comissão de Festas e da Divisão de Des-porto.

Estes passeios são acessíveis a qual-quer participante, feminino ou masculino, independentemente da idade e da condi-ção física. São aceites inscrições individu-ais ou por equipas. A equipa só é conside-rada como tal, com um mínimo de cinco elementos.

Pode fazer a sua inscrição na Divisão de Desporto, através do telefone/fax 212 316 786, do e-mail [email protected] ou na morada: Pavilhão Municipal de Montijo, Rua das Açucenas.

Sozinho ou com um grupo de amigos, as actividades do projecto “Naturalmente Desporto” são uma oportunidade de des-frutar da natureza e de conhecer melhor a história e o património do concelho de Montijo.

Contamos com a sua presença!

CICLOTURISMO EM JULHO E AGOSTO

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Montijo REVISTA MUNICIPAL| Junho 2008

O Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida (CTJA) passou a dispor, desde 21 de Maio, de um novo espaço: o Medi@rt, um servi-ço de leitura e de informação audiovisual e multimédia da Biblioteca Pública Municipal, em parceria com o CTJA e a Associação para a Formação Profissional e Desenvolvi-mento de Montijo (AFPDM).

Este espaço disponibiliza diversas ma-nifestações do conhecimento humano nas áreas da música, cinema, artes e televisão. Está dividido em quatro valências, conso-ante os diferentes suportes de documenta-ção: videoteca (dvd e vídeo), fonoteca (cd

audio), ciberteca (recursos electrónicos em linha) e hemeroteca (publicações periódi-cas especializadas e obras de referência).

Na inauguração, a presidente da câ-mara, Maria Amélia Antunes, classificou o Medi@rt como “um espaço de cultura, simples mas digno que honra a câmara e a

MEDI@RT NO CTJA

{c u l t u r a }

Horário Medi@rtQuarta e Quinta-Feira: 16h00 – 19h00Sexta-Feira e Sábado: 16h00 – 21h00

Horário Cafetaria:Quarta e Quinta-Feira: 16h00 – 19h00; 20h30 – 22h00Sexta-Feira: 16h00 – 22h00Sábado: 10h00 – 13h00; 16h00 – 22h00Domingo: 15h00 – 19h00

Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento de Montijo”.

O presidente da direcção da AFPDM, João Martins, realçou que o intuito da As-sociação “é colaborar e propiciar aos nos-sos estudantes da Escola Profissional um conjunto de contactos com a realidade para facilitar a sua integração no mercado de trabalho. Isto é, para eles, mais uma ex-periência enriquecedora”.

Paralelamente à inauguração do espaço Medi@rt foi, também, aberta a cafetaria do CTJA. Este espaço foi cedido à AFPDM pela câmara, através de um protocolo que pretende reforçar os laços entre as duas instituições e constituir a equipa de suporte do CTJA.

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NOVO PÓLO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL EM CANHA

Foi inaugurado no passado dia 10 de Junho o Pólo de Canha da Biblioteca Pú-blica Municipal, situado no edifício da Co-operativa de Habitação Económica Pro-gresso Almansor.

A presidente da Câmara Municipal agra-deceu à Cooperativa por ter protocolado com a autarquia a utilização deste edifício. “Este é um espaço, por excelência, ligado à cultura e às novas tecnologias. A fregue-sia fica mais rica porque a educação e a cultura enriquecem as populações. Canha tem tudo o que a cidade tem e está pre-parada para os desafios do futuro”, referiu a edil.

Rui Neves, chefe da divisão de Biblio-tecas e Arquivo da Câmara Municipal de

Montijo, fez uma breve apresentação sobre a Cooperativa de Habitação Económica Progresso Almansor e recordou que “este espaço vem dar continuidade à política mu-nicipal de desenvolvimento da leitura pública e informação em todo o território do conce-lho, de forma a ir ao encontro das pessoas. Começámos com o edifício central, saímos de portas e construímos edifícios nas fre-guesias. Críamos ainda o Bibliobus, o servi-ço móvel, que circula pelo concelho.”

O Pólo de Canha funciona de segunda a sexta-feira das 15h00 às 18h00. Este é um horário experimental, o qual poderá evoluir, gradualmente, para um alarga-mento da oferta perante a solicitação dos potenciais utilizadores.

Como biblioteca pública, este espaço está aberto, gratuitamente, a toda a co-munidade, prestando serviços de leitura e informação (empréstimo domiciliário de livros e audiovisuais, consulta local

de periódicos, revistas, documentação audiovisual e possibilidade de trabalho em grupo) e de apoio e orientação bi-bliográfica (listas bibliográficas, catálo-gos, fotocópias e atendimento aos lei-tores).

No Pólo de Canha existe, ainda, activi-dades de animação cultural, computado-res com acesso à Internet e informação avulsa sobre a vida económica, social e cultural de Montijo.

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{c u l t u r a }Há muito que a banda desenhada

(BD) deixou de ter espaço apenas nas prateleiras de livros infantis. Os adul-tos também se deixam contagiar por este mundo de fantasia, onde qual-quer um pode ser um super-herói, viver histórias impossíveis, nos quatro cantos do mundo, na lua ou num pla-neta distante. Mas quem se atreveria a deixar de ser leitor para se tornar au-tor destas fantásticas aventuras? Da-niel Maia, do Montijo, fê-lo. Aos trinta anos, é ilustrador, autor profissional de BD e agora júri do Concurso “Jo-vens Criativos”, da Câmara Municipal de Montijo.

Desde pequeno que Daniel é fascinado por BD. A verdade é que não se consegue imaginar a fazer outra coisa. Os temas e autores favoritos do autor, e ilustrador, são demasiado diversificados para mencionar, não obstante a sua preferência ir para tra-ços a “preto-e-branco, de alto contraste.”

O Percurso

O desenhador iniciou actividade nas ar-tes gráficas em 1993, quando assinou uma BD no suplemento do jornal escolar (“O Ardina”) da Escola Secundária Jorge Peixi-nho, em seguida produziu cartazes para a Semana da Juventude da C.M. do Montijo.

“Os meus pais achavam uma coisa muito idílica, muito pouco realista”, afirma o ilus-trador, que nunca desistiu da ideia de se profissionalizar, por saber como funcionavam os bastidores do mercado e por ter conhecimento dos provei-tos económicos da profissão.

Ainda novo, com o currículo debaixo do braço, percorreu as editoras de Lisboa como se de visitas de estudo se tra-tassem, contactava/assinala-va uma editora e deixava alguns trabalhos para apreciação.

Estudou técnicas narrativas na Funda-ção Calouste Gulbenkian (1996) e desenho na Sociedade Nacional das Belas-Artes (1998), em Lisboa. E pelos veículos ama-dores do meio bedéfilo nacional começou

por fazer fanzines de BD com um grupo de colegas (Fantasia Estúdios), mas também para a Tertúlia BD de Lisboa. Participou num concurso, onde se sagrou no 3º lugar e recebeu ainda o prémio de Artista Reve-lação, e mais tarde foi distinguido pelos lei-tores com o IV Troféu Central Comics para Melhor Desenhador Nacional, em 2006.

O mercado da BD

Agora, a BD entrava na sua vida a um outro nível, a título profissional, e impunha-se um novo desafio: explorar o mercado além fronteiras. Durante a década seguinte adquiriu uma larga experiência no sector,

produzindo várias BDs e ilustrações para agências de publicidade e imprensa, até posteriormente assumir responsabilidades mais criativas e de direcção.

Entre os seus clientes figuram, entre outras, as empresas BBDO, Euro RSCG, McCaan-Erikson, Fnac Portugal, Media Capital, FP Empreendimentos, Produções Fictícias, Correio da Manhã e as editoras

O Estado de Sítio, Devir, Plati-num Studios e Marvel Comics. E desde 2004 é representado na indústria norte-americana pela agência brasileira de ta-lentos Art & Comics Interna-tional.

Em paralelo com as activi-dades no mercado internacio-nal, Daniel Maia não desiste do sector nacional e contribui frequentemente com artigos de opinião e investigação para canais informativos de

BD (portal CentralComics.com, Bedeteca de Lisboa, BDjornal, etc).

“Sou a única pessoa em Portugal a rela-tar as publicações que saem mensalmen-te”, um estudo/levantamento que permite a Daniel Maia afirmar que “o mercado de banda desenhada, em Portugal, está em

ruínas. Fora alguns Best-Sellers, vende-se muito pouco. Há actualmente uma certa agonia a nível de vendas, mas apesar da oferta ser a mais baixa do novo milénio, o sector vai recuperando…”

Integrou o projecto-revista Blazt, como co-director e editor-de-talentos (2005-2007). Em 2006 estreou o seu selo editorial, através do qual publica, a nível indepen-dente, o projecto All-Girlz, uma iniciativa vocacionada para descobrir e introduzir novos talentos portugueses femininos na comunidade da BD nacional. O nº1 da edi-ção foi nomeado para as categorias Melhor Fanzine nos V Troféus Central Comics e no Prémios Nacionais de BD, promovido pelo

CNBDI (Centro Nacional de Banda Dese-nhada e Imagem).

“Interessa-me que as pessoas adiram à profissão e, por isso, tento incentivá-las, pois o importante é criar e produzir, mais que o talento nato que a pessoa possa ter”, refere o autor, que promove e realiza eventos culturais (workshops, exposições, palestras, concursos) nesta área, assim apadrinhando jovens promissores, com vista às suas profissionalizações.

Desde 2007 que, com alguns colegas, formou o atelier de design e artes gráficas Estúdio Hydra, e actualmente desenvolve trabalho para a editora americana Marvel Comics, após ter sido o único português seleccionado na busca internacional de ta-lentos Chesterquest, que aquela conceitu-ada editora realizou no ano passado. Está previsto até ao final do ano o lançamento de um comic-book com desenho da sua auto-ria, figurando a personagem Ms.Marvel.

Daniel Maia sublinha que, nesta área, é preciso ser-se versátil para haver ganhos. “Tirar rendimentos exclusivamente da BD é raro. Já fiz ilustrações e bandas desenha-das para revistas, mas não se pode viver só disso. A única forma é trabalhar para outros países, onde o mercado de BD é encarado de outra forma e tem uma melhor fluidez,

O MUNDO FANTÁSTICO DA BD…com Daniel Maia

Montijo REVISTA MUNICIPAL| Junho 2008

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porque o nosso, por si só, não vai sustentar ninguém.”

O Concurso

A Câmara Municipal de Montijo está à ‘caça’ de novos talentos, entre os 16 e aos 35 anos, nas áreas da pintura, da fotografia e do carto-on/banda desenhada, no âmbito da I Edição do Concurso Nacional “Jovens Criativos”.

Daniel Maia é júri e está expectante. “Quando me puseram a par do assunto achei fabuloso, é uma iniciativa muito fres-ca e interessante. Só espero que seja um daqueles concursos que possam vir a ter um certo historial, a nível nacional, que se mantenha por uns anos e se torne funda-mental para o sector.”

Aos que, como Daniel, vêem na Banda Desenhada mais do que uma história aos quadradinhos, aqui fica o conselho do pro-fissional: “Envolvam-se no meio, procurem editoras e participem em concursos, mas sem se ficarem por ai. Quem concorre a prémios, por muito bom que seja, tende a tornar-se apenas um “profissional de con-cursos”, sem depois evoluir para ser um autor de BD.”

Para Daniel Maia a falta de entusiasmo no mercado nacional podia ser colmatado pelas autarquias. Nesse sentido, lança o de-safio: “Apostem em iniciativas tal como uma pequena competição de BD, onde o prémio não seja monetário mas antes uma bolsa de criação, donde resulte a projecção e uma possível profissionalização do vencedor. Ou patrocinando uma edição antológica se-mestral ou anual capaz de reunir uma série de autores conhecidos bem como novatos. A iniciativa podia, além de atrair o público, fazer nascer novos talentos”.

O Futuro

A revista municipal desafiou Daniel Maia a escolher um tema para uma BD sobre o Montijo. O autor não hesitou: debruçar-me-ia sobre as raízes de Montijo até Aldeia Galega.”

Por enquanto, e certo, está a publicação de uma BD: A “Pão-de-Law”, uma aventura de super-heroína nacional que envolve fol-clore e histórias tipicamente portuguesas, a estrear ainda este ano.

Ficamos à espera.

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Até 31 de Julho, no Museu Municipal está patente a exposição “Nova vaga – o rock em Portugal, 1955-1974”, uma produção de Edgar Raposo e Luís Futre, especialis-tas e investigadores do tema, em colabora-ção com o Departamento Sócio Cultural da Câmara Municipal de Montijo.

Esta exposição apresenta uma história sintetizada do rock em Portugal, desde o seu aparecimento, em 1955, até Abril de 1974, relacionando este género musical com a História política e cultural do país.

Durante esses anos, Portugal viu nascer dezenas de projectos musicais que divul-garam e cultivaram o rock n’ roll, desde o primeiro cantor a gravar um disco do géne-ro, Joaquim Costa, passando pelos Con-chas, Daniel Bacelar, Pedro Osório e Seu Conjunto, Conjunto Mistério, até aos Ekos, Sheiks e Quarteto 1111.

A exposição traz ao público inúme-ras peças e materiais pertencentes aos próprios artistas, a coleccionadores e ao espólio do Cinema Teatro Joaquim d’Almeida. Destacam-se centenas de discos (hoje já raros), fotografias inédi-

tas, revistas, posters, instrumentos uti-lizados pelas bandas, gravadores, fitas magnéticas com gravações das bandas, artigos e postais.

Integrada na história do rock em Portu-gal, a exposição dedica um olhar particu-lar ao Montijo, às suas bandas, como Os Neptunos, e aos espectáculos realizados

ExposiçãoNOVA VAGA – O ROCK EM

PORTUGAL, 1955-1974

Horário da Exposição:

Terça a Sexta-Feira: 10h00-12h30 e 14h00-17h30Sábados, Domingos e Feriados: 16h00-19h00 Nos meses de Junho e Julho: Sextas-Feiras e Sábados também à noite, das 21h00 às 23h00

no Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida. O Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida foi

vivo promotor do novo e animado género musical, com sonoridades por vezes vio-lentas saídas do frenesi das guitarras. À música foi associada a dança e a moda. Um modo de vestir e de estar de que a juventude foi protagonista.

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A Câmara Municipal de Montijo vai rea-lizar a 1.ª Bienal Internacional de Montijo – IX Prémio vespeira, este ano designada “On Europe” dirigida a artistas plásticos residentes na União Europeia, integrando as modalidades de pintura, desenho, foto-grafia, vídeo e instalação.

A exposição, com os trabalhos seleccio-nados, será inaugurada a 14 de Agosto, dia em que serão atribuídos os Prémios Vespeira, nas antigas instalações do Bin-go, junto à zona ribeirinha. A mostra po-

derá ser apreciada até 31 de Outubro de 2008.

Recorde-se que a Câmara Municipal de Montijo promove, desde 1985, o Prémio Vespeira. Este ano, pela primeira vez, a Bienal de Montijo assume uma projecção internacional.

Aos vencedores desta 1.ª Bienal Inter-nacional de Artes Plásticas serão atribu-ídos prémios de aquisição no valor de 15.000,00 euros na modalidade de pintu-ra, de 7.500,00 euros para instalação, de 4.000,00 euros no caso do desenho e de 3.000,00 euros para as categorias de foto-grafia e de vídeo.

À semelhança das edições anteriores será organizada uma exposição de home-nagem a um artista português de mérito re-conhecido, no caso, o pintor João Vieira.

O júri, constituído pela presidente da Câmara Municipal de Montijo, Maria Amé-lia Antunes, pelo comissário da Bienal e director da Galeria Municipal de Monti-jo, pintor Jaime Silva, pela representante da AICA - International Association of Art

1.ª Bienal Internacional de MontijoIX Prémio Vespeira

ON EUROPE

Critics (secção portuguesa), Cristina de Azevedo Tavares, pelo representante da AR.CO – Centro de Arte e Comunicação visual, o fotógrafo José Soudo e ainda o pintor José Mouga seleccionará as obras a concurso e atribuirá os prémios de aqui-sição.

Para mais informações contactar a Gale-ria Municipal de Montijo, na Rua Almirante Cândido dos Reis n.º 12 em Montijo, atra-vés dos números 21 232 83 00, 21 232 83 05 (fax) ou do e-mail [email protected].

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{g e n t e d a n o s s a t e r r a }

“É um mundo de lobbies, de jogos de interesses. Há cavaleiros que toureiam com todos os colegas. Há outros que não e impõe com quem querem tourear. Os empresários das praças também têm os seus interesses. Isto está tudo errado. É na praça, durante a lide, fazendo o melhor que sei e posso, que contrario estas ideias. Lá dentro é que os cavaleiros devem mostrar o seu valor”

Vítor Gonçalves

“SINTO-ME ESQUECIDO NA MINHA TERRA”

“Os primeiros registos conhecidos sobre a actividade tauromáquica em Montijo datam do reinado de D. Manuel I (1495-1521)”1. Terra de longa tradição tauromáquica, Montijo viu nascer muitos cavaleiros, toureiros, bandarilheiros e for-cados.

Vítor Gonçalves, 47 anos, é disso exem-plo. No ano em que assinala 30 anos de carreira, este cavaleiro montijense afirma existirem jogos de interesses na tauroma-quia e sentir-se esquecido na sua terra.

“É um mundo de lobbies, de jogos de interesses. Há cavaleiros que toureiam com todos os colegas. Há outros que não e impõe com quem querem tourear. Os empresários das praças também têm os seus interesses. Isto está tudo errado. É na praça, durante a lide, fazendo o me-lhor que sei e posso, que contrario estas ideias. Lá dentro é que os cavaleiros de-vem mostrar o seu valor”, realça.

Para o cavaleiro, a festa brava foi per-dendo algum do seu vigor. A culpa é de todos os intervenientes. “Os toiros já não têm a mesma agressividade. Sem ser maldoso, o toiro deve transmitir perigo para haver emoção nas bancadas. An-tigamente, o público, também, era mais entendedor e exigente e os toureiros ti-nham mais respeito pelo público”.

Ao longo de 30 anos, Vítor Gonçalves foi construindo uma carreira discreta, mas com pontos de destaque. “Tenho toureado sempre com as grandes figuras e tem corrido bem, graças à minha dedi-cação e trabalho”.

Na Figueira da Foz, a 19 de Agosto de 1990 tirou a alternativa. A apadrinhar o acto esteve Luís Miguel da Veiga, uma das suas grandes referências juntamente com José Mestre Baptista e José Samuel Lupi.

“Posso não ter sido muito bom aluno, mas tive os melhores mestres. Estive toda a minha vida na Barroca d’Alva com o Eng.º Samuel Lupi e alguns anos com José Mestre Baptista. O pouco que sei aprendi com eles”.

O gosto pelos cavalos é um denomi-nador comum entre todos os cavaleiros tauromáquicos. “Sempre gostei de andar e de trabalhar os cavalos. Cresci neste ambiente. Fiz-me toureiro à minha custa, numa altura em que era muito difícil por-que eram necessárias qualidades como a humildade, a honestidade, o espírito de sacrifício e muito trabalho. Essas quali-dades foram-se perdendo. Hoje andam todos a tentar ‘passar a perna’ uns aos outros”, afirma.

Este ano, o cavaleiro acredita na sua contratação para uma corrida na praça do Montijo, apesar de algumas contra-

1 – in catálogo da exposição “Praça de Toiros Amadeu Augusto dos Santos, 50 anos de tradição: entre o passado e o presente”, Agosto 2007.

riedades. “A empresa da praça quer que toureie em Setembro. É uma corrida de 30 anos de carreira. Não vou fazê-la no final da temporada, até porque o público não estará tão disponível, mas sim satu-rado de tantas corridas, quase sempre com os mesmos toureiros. Um cavaleiro do Montijo, com provas dadas, não tem valor para tourear numa data melhor?”.

“Sinto-me um pouco esquecido na mi-nha terra. Penso que este ano me vão contratar. Gostava imenso de voltar a tourear em Montijo”, acrescenta. A esta eventual corrida em Montijo juntar-se-ão outras 20 durante a temporada de 2008, em Espanha e Portugal.

Esta corrida em Montijo é, aliás, o ob-jectivo imediato de Vítor Gonçalves. Para as comemorações dos 20 anos de alter-nativa, em 2010, o cavaleiro sonha parti-lhar a arena com um dos seus filhos.

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“À DESCOBERTA DAS CIÊNCIAS”

FOI UM ÊXITONa entrada do Parque de Exposições

de Montijo podia ler-se: “Não cuides de aprender, antes de experimentar”. A frase de Pedro Nunes, matemático e cosmó-grafo português do século XVI, revela a essência da iniciativa “À Descoberta das Ciências” promovida pela Câmara Munici-pal de Montijo, entre 5 e 16 de Maio.

Durante duas semanas, os alunos do pré-escolar e do ensino básico experi-mentaram, descobriram e adquiriram no-vos conhecimentos sobre diversas áreas científicas.

No laboratório de Química, o Renato e o Marco da EB1 do Alto Estanqueiro desco-briram um novo método para encher ba-lões. “Numa garrafa mistura-se água com vinagre e bicarbonato de sódio. Começa a aparecer uma espuma, colocamos o ba-lão no gargalo da garrafa e o balão come-ça a encher. Estamos a aprender muitas coisas novas”.

Ao mesmo tempo, no laboratório de zo-ologia, alunos do 4.º ano da mesma esco-la aprendiam a conhecer os animais e os

seus habitats. No laboratório de biologia, outras crianças descobriam o corpo hu-mano, os seus órgãos e funções.

Os alunos tiveram, ainda, à sua disposi-ção laboratórios de matemática, de física, de ciências da saúde, da terra, do univer-so, do ambiente e da alimentação, exposi-ções, filmes didácticos e um herbário.

Para a professora Maria Ascensão Car-valho, “esta iniciativa é muito interessante e importante para a aprendizagem dos alunos, sobretudo ao nível das ciências. Aprendem diversas experiências e a lidar correctamente com o meio ambiente. Vi-vem tudo isto com muito entusiasmo e curiosidade”.

No total, o evento contou com 2800 visitantes, entre alunos e professores de todas as escolas e jardins-de-infância da rede pública do concelho de Montijo.

“À Descoberta das Ciências”, organiza-da pelo Gabinete de Apoio ao Ensino da Divisão Social, Cultural e de Ensino, pre-tendeu estimular nas crianças a curiosi-dade e a interrogação sobre o mundo cir-cundante, promover uma aprendizagem activa das ciências, fomentar a aquisição de novos saberes, propiciar a introdução de conceitos com rigor científico e promo-ver atitudes de pesquisa e de análise.

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5.ª Edição

UMA MÃO CHEIA DE SUCESSOSDe 28 de Abril a 2 Maio esteve patente

no Fórum Montijo, a exposição dos tra-balhos candidatos ao concurso hortas escolares, realizados por 30 turmas de várias escolas do concelho. Uma inicia-tiva do pelouro do Ambiente da Câma-ra Municipal de Montijo que, através da Casa do Ambiente, desde 2003, coorde-na o “Projecto Hortas Escolares”. O júri do concurso, composto pelo vereador Nuno Canta, pela vereadora Maria Cla-ra Silva e por Carla Ferreira, directora de Marketing do Fórum, atribuiu o primeiro prémio ao canteiro elaborado pela turma J do 4.º ano da EB1 Luís de Camões. A turma vencedora ganhou uma visita ao Oceanário. Os 2.º e 3.º lugares foram atribuídos à Cercima e à turma de Am-biente da Universidade Sénior. Para além destas escolas participaram ainda as seguintes escolas: EB1 Luís de Camões (4.º M, 2.º D e 1.º A), Escola Profissional de Montijo – Curso de Gestão de Am-biente, Jardim de Infância do Afonsoei-ro (Sala 2 e 3) e a EB n.º 2 de Sarilhos Grandes.

{a m b i e n t e }EB1 Luís de Camões vence concurso Hortas Escolares

De 28 de Abril a 2 Maio esteve pa-tente no Fórum Montijo a exposição dos trabalhos candidatos ao concur-so Hortas Escolares realizada por 30 turmas de várias escolas do concelho. Uma iniciativa do pelouro do Ambiente da Câmara Municipal de Montijo que, através da Casa do Ambiente, desde 2003, coordena o “Projecto Hortas Es-colares”.

O júri do concurso, composto pelo vereador Nuno Canta, pela vereadora Maria Clara Silva e por Carla Ferrei-ra, directora de Marketing do Fórum, atribuiu o primeiro prémio ao canteiro elaborado pela turma J do 4.º ano da EB1 Luís de Camões. A turma vence-dora ganhou uma visita ao Oceanário. Os 2.º e 3.º lugares foram atribuídos à Cercima e à turma de Ambiente da Universidade Sénior.

Para além destas escolas participa-ram ainda as seguintes escolas: EB1 Luís de Camões (4.º M, 2.º D e 1.º A), Escola Profissional de Montijo – Curso de Gestão de Ambiente, Jardim de In-fância do Afonsoeiro (Sala 2 e 3) e a EB n.º 2 de Sarilhos Grandes.

No dia 21 de Maio teve lugar, pelo quinto ano consecutivo, a “Eco-Feira de Projectos Escolares 2007/2008”, na Praça da Repúbli-ca. Uma iniciativa organizada pela Casa do Ambiente, do pelouro do ambiente da Câ-mara Municipal de Montijo. Este ano estive-ram presentes mais de 1500 pessoas, entre alunos, professores, pessoal auxiliar e outros participantes.

A Eco Feira contou com a participação do Agrupamento de Escolas do Montijo (EB1/JI n.º 1 e 2 de Montijo, EB1 N.º3 de Monti-jo, EB1/JI n.º 5 de Montijo – Bairro do Areias, EB1/JI n.º 6 de Montijo – Bairro da Liberdade EB1/JI da Caneira), incluindo a coordena-ção dos Cursos de Educação e Formação de Adultos. Cada escola teve direito a uma bancada sombreada para a venda dos seus produtos e a um outro espaço destinado à exposição de trabalhos escolares.

Alciane, de 11 anos, tentava circular entre as várias centenas de pessoas, acenando com sacos de batatas, cativando-as com o slogan “Batata barata”. A aluna da EB N.º2 garantia, orgulhosa, à Revista Montijo que os produtos eram de confiança. “Vêm da horta da escola. Fomos nós, os alunos, que a fize-mos”. Um trabalho desenvolvido ao longo do ano que deu agora os seus frutos. “Estamos a juntar todo o dinheiro realizado na feira para comprar material escolar e, no final do ano, vamos ter uma saída grátis.”

Também a Ana Catarina, de dez anos, da EB1 N.º 1 entoava bem alto: “Olha a salsa fresquinha”. O efeito não se fez esperar e a meio da manhã já tinha a banca quase vazia. “Adoro vender legumes” dizia a menina entu-siasmada. “Já temos pouco para vender, mas vou continuar. Gosto mais de vender do que comprar” retorquiu.

Como entidades convidadas estiveram presentes a UNISETI – Universidade Sénior,

a CERCIMA, a Escola Profissional (Curso de Gestão de Ambiente e Curso de Animador Socio-Cultural / Desporto) e o Fórum Montijo.

A Universidade Sénior esteve presente na feira pelo segundo ano consecutivo, com uma banca onde se assegurava que todos estavam a par das regras amigas do ambien-te. A empresa “Urze – Agricultura Biológica” também marcou presença com a apresen-tação de uma oferta variada de frutas da época, produzida por métodos biológicos certificados. À disposição de todos os par-ticipantes e visitantes estiveram insufláveis, pinturas faciais e diversos ateliers.

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{p r o j e c t o }O desenho urbano é, na sua essência, o instrumento pelo qual damos expressão à configuração das cidades e dos espaços urbanizados. Através dele podemos definir as formas, delimitar os contornos e cons-truir a relação mais ou menos harmoniosa entre espaços edificados e não edificados, entre espaços ocupados e espaços vazios. De uma forma simples poderemos dizer que o desenho urbano é o molde com que fazemos bonitas ou feias, harmoniosas ou agressivas, funcionais ou complicadas, à escala humana ou fora dela, as paisagens onde vivemos.

Na verdade, é através do desenho urbano que se constrói a cidade, o que equivale a dizer todas as situações urbanas, indepen-dentemente da sua hierarquia administrativa, da sua qualidade urbana ou arquitectónica, da sua relação com as áreas envolventes, do seu funcionamento ou organização inter-na.

No entanto, sem um planeamento urba-nístico coerente e eficaz, sem estratégias de gestão do território capazes de integrar uma concepção ambiental e social do uso do es-paço, o desenho urbano é um instrumento inútil e perverso. Inútil, porque não resolve as questões de fundo; perverso, porque mascara situações de risco e faz crer, num simplismo saloio, que se está a construir o melhor dos mundos. Ou seja, para concluir, um mau desenho urbano, ou a sua ausên-cia, também é um factor de risco.

É com estas preocupações ambientais e urbanas que a Câmara Municipal de Montijo vai construir na zona adjacente às Piscinas Municipais um parque urbano, um espaço de lazer com vários equipamentos despor-tivos e uma ampla zona verde. Um investi-mento de 240 mil euros.

O Parque Urbano das Piscinas, com conclusão prevista para 2009, irá dinamizar um espaço que se encontra desaproveita-do mas que é utilizado como trajecto pela

NOVO PARQUE URBANO NASCE JUNTO ÀS

PISCINAS MUNICIPAIS

população, nomeadamente a estudantil visto se situar perto de estabelecimentos de ensino. A norte serão criados caminhos que percorrem todo o espaço do Parque, interligando entre si todos os equipamentos existentes, sem pôr em causa as trajectórias previamente estabelecidas pela população. Do lado esquerdo das Piscinas (Oeste) será implementado um Parque Radical e no lado direito (Este) um Polidesportivo que ficará próximo das escolas.

O projecto deste parque contempla a im-plementação de equipamentos específicos tais como um polidesportivo, um parque

radical, um parque infantil aventura e um mini-golfe. No centro do parque, e rodeado por extensos relvados multifuncionais, será implantado um parque infantil aventura, que servirá faixas etárias entre os quatro e os 12 anos. Os equipamentos deste espaço serão construídos com troncos de robina, onde se proporcionará às crianças múltiplas oportu-nidades de aprendizagem e brincadeira. A pensar em actividades para toda a família, o parque urbano conta ainda com um mi-ni-golf de 18 buracos, inserido num exten-so relvado e ensombrado com árvores de grande porte.

A nível de espécies vegetais privilegia-se a introdução de espécies autóctones e com bai-xo custo de manutenção, sendo o sistema de rega automatizado a abastecido por um furo, garantindo-se uma solução de gestão susten-tável da água. Este é, aliás, o primeiro espaço verde municipal construído de raiz onde existe a separação da água de abastecimento públi-co e a água de rega. Esta solução, avançada pelo vereador Nuno Canta, resulta do estudo das condições geológicas onde se insere o território montijense e permite a salvaguarda e gestão do recurso mais básico do desenvolvi-mento humano, a água.

O projecto do Parque Urbano prevê o tratamento e requalificação de toda a envol-vente do quarteirão das Piscinas Municipais,

com a construção de novos estacionamen-tos e requalificação da iluminação pública, o que permitirá a melhoria da qualidade de vida e a garantia de uma excelente capaci-dade de estacionamento público no Bairro do Saldanha.

O grande objectivo do Município de Monti-jo é criar um novo espaço de lazer e recreio, agradável e funcional, que proporcione mais qualidade de vida aos seus utilizadores e moradores do Bairro do Saldanha.

O Parque Urbano das Piscinas, com conclusão prevista para 2009, irá dinamizar um espaço que se encontra desaproveitado mas que é utilizado como trajecto pela população, nomeadamente a estudantil visto se situar perto de estabelecimentos de ensino. A norte serão criados caminhos que percorrem todo o espaço do Parque, interligando entre si todos os equipamentos existentes, sem pôr em causa as trajectórias previamente estabelecidas pela população. Será implementado um Parque Ra-dical e no lado direito (Este) um Polidesportivo.

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EXPOEVASÃOO Fantástico Mundo

da Aventura no MontijoNos dias 6, 7 e 8 de Junho, o fantástico

mundo da aventura voltou ao Montijo com a Expoevasão no Parque de Exposições de Montijo. Uma iniciativa organizada pela Associação dos Amigos do Campo e da Aventura e pela Câmara Municipal de Montijo.

A Expoevasão contou com a presença de mais de 65 expositores ligados a acti-vidades 4x4 (e outros veículos), ao Ecotu-rismo e a acessórios de aventura e claro muita animação.

Rui Simão, da Associação dos Amigos do Campo e da Aventura, ficou satisfeito com os resultados obtidos. “Apesar de ter coincidido com um dia de jogo da se-lecção nacional e com os primeiros dias em que o calor convidava à praia, conse-guimos ter cerca de cinco mil visitantes. Houve mesmo o caso de algumas pesso-as que vieram de Madrid só para a Expo-evasão, o que para nós é um motivo de orgulho.”

No recinto, durante três dias, os visi-tantes puderam participar num passeio nocturno de BTT, em jogos sem fronteiras, ainda tiveram à sua disposição uma pis-ta test drive 4x4, uma Pista trial 4x4, uma rampa RTI 4x4 e várias actividades, como escalada, rappel, slide e canoagem.

A Expoevasão contou também com um espaço denominado ECO CO2 Zero que promoveu um conjunto de actividades desportivas associadas ao conceito e sus-tentabilidade ambiental.

Este espaço deu a conhecer veículos amigos do ambiente movidos a energia eléctrica e/ou a pedal, entre outras ener-gias alternativas e amigas do ambiente. Todos estes veículos estiveram disponí-veis para test drive.

O Challenge CO2 Zero, duas provas de veículos não poluentes como skates, bi-cicletas e motos eléctricas contou com a participação de 23 equipas, no total.

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{f e s t a s }

FESTAS POPULARES DE S. PEDRO

2008As ruas de Montijo voltam a

encher-se de animação, música, cor, luz e tradições. De 27 de Junho a 3 de Julho, a cidade recebe mais uma

edição das Festas de São Pedro.No primeiro dia destaque para a

habitual corrida de toiros, às 22h00, na Praça Amadeu Augusto

dos Santos.A procissão fluvial em honra de São

Pedro, ponto alto das festas, está agendada para as 10h00 do dia 29 de Junho. A procissão nocturna sairá da

Igreja Matriz às 22h00.Quim Barreiros subirá ao palco da

Praça da República no dia 30 de Junho, às 22h30. No dia seguinte, no

mesmo local e hora, será a vez de José Cid.

A marcha luminosa percorrerá as principais artérias da cidade no dia 2

de Julho, a partir das 22h30.No último dia, 3 de Julho, às 22h30,

no palco da frente ribeirinha actuarão os Da Weasel. A entrada

para todos os concertos é gratuita. As Festas de São Pedro 2008

terminarão com o tradicional fogo de artifício e queima do batel.

Para saber todos os detalhes das Festas Populares de São Pedro 2008

consulte o Programa nas páginas seguintes.

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27 de Junho – Sexta Feira

19h00 Abertura Oficial das FestasRecepção às entidades oficiais junto aos Paços do ConcelhoHastear das Bandeiras com a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Montijo e desfile pelas principais artérias da cidade com Entidades Oficiais

19h30 Encerro de toirosLocal: Da Rua Miguel Bombarda à Praça de Toiros Amadeu Augusto dos Santos 21h30 Danças e Cantares do Nosso ConcelhoRancho do Alto EstanqueiroRancho Juventude AtalaienseLocal: Palco da Avenida dos Pes-cadores 22h00 Corrida de ToirosLocal: Praça de Toiros Amadeu Augusto dos Santos

22h30 Concerto com Marés de SomLocal: Palco da Praça da República 01h00 Grande Noite de Comes e BebesLocal: Rua Miguel Bombarda e Rua Joaquim D’Almeida 02h00 Fados e FadesticeLocal: Junto ao Cinema Teatro Joaquim d’Almeida 1ª Largada de Toiros (Após a grande noite de comes e bebes)Local: Rua Miguel Bombarda e Rua Joaquim D’Almeida

28 de Junho – Sábado

08h00 Alvorada com salva de 21 mor-teiros

09h00 Arruada com Bombos pelas arté-rias das Festas (várias vezes ao dia)

09h30 BasquetebolLocal: Praça da Republica Organização: Montijo Basket

11h00 Encontro de Barcos TradicionaisLocal: Cais das Faluas

16h00/22h00 Montijo FitnessLocal: Parque Municipal de MontijoOrganização: EVOLUTION wellness & fitness center 17h00Cortejo Marialva pelas artérias da CidadeLocal: Saida da Praça de Toiros Ama-deu Augusto dos SantosOrganização: Tertúlia S. Pedro

17h00Animação do Projecto TU KON-TAS

Organização: ASSIMLocal: Jardim Municipal da Casa Mora20h00Sessão de GinásticaGinástica, trampolins, HipHopOrganização: Ginásio Clube de MontijoLocal: Praça da República

22h00Noite de FadosManuela Cavaco Convida…Local: Palco da Praça da República

23h30 Fados com Fadistas da SCUPACom: José António Aranha; Francisco Quendera; Manuela Cavaco; João Feijão; António João; Catarina Sofia Ramos; Francisco Nunes; Manuela de Almeida; Gabriel de Jesus; Luciano Ca-vaco; Manuel Aranha e Deolinda RochaÀ Viola: Emílio HeitorÀ Guitarra: Victor Lopes Local: Varanda da SCUPA

01h30 Noite do Pescador com Comes e Bebes e conjunto Musical Pão com ManteigaLocal: Frente á SCUPA

02h00 2ª Largada de ToirosLocal: Rua Miguel Bombarda e Rua Joaquim D’Almeida

29 de Junho – Domingo

08h00 Alvorada com salva de 21 mortei-ros

08h00 CicloturismoSaida Frente à SCUPA

08h00/14h00 Torneio Internacional de Judo Cidade de MontijoLocal: Pavilhão Desportivo Municipal nº 2Organização: Centro Cultural e Desporti-vo de Montijo09h00 Arruada com Bombos pelas

PROGRAMA

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artérias das Festas(várias vezes ao dia)

09h00 Romagem ao CemitérioHomenagem aos Pescadores e elementos da Comissão de Festas já falecidos.Local: Junto ao Monumento no Cemitério do Fidalgo

10h00 Saída da Procissão Fluvial do Cais dos Vapores rumo à BA6

11h00 Saída da Procissão Fluvial da BA6 rumo ao Cais das Faluas

12h00 Recepção da Procissão no Cais das FaluasSeguido de procissão até à igreja acompa-nhada pela fanfarra dos Bombeiros Voluntá-rios de Montijo

12h30 Missa Solene de São PedroLocal: Igreja Matriz

19h00 Actuação da Banda 1º de DezembroLocal: Palco da Praça da República

22h00 Procissão Nocturna de São PedroCharanga da Guarda Nacional RepublicanaFanfarra Bombeiros Voluntários de MontijoBanda da Sociedade Filarmonica Progresso e Labor SamouquenseBanda da Sociedade Filarmonica 1º Dezem-bro

00h00 Concerto Gritos Mudos – Tributo Xutos & PontapésLocal: Palco Avenida dos Pescadores

30 de Junho – Segunda-feira

08h00 Alvorada com salva de 21 morteiros

08h30 Tradicional lavagem com Bailes de Roda à Capela do Senhor dos Afilitos e regresso à SCUPALocal: Saida Frente à SCUPA e junto à

Capela do Senhor dos Afilitos (Quinta do Saldanha)

09h00 Arruada com Bombos pelas artérias das Festas(várias vezes ao dia)

10h00 Tradicional Arrematação de Bandei-ras e ImagensLocal: Frente à SCUPA

13h00 Tradicional Almoço da Classe Pisca-tóriaLocal: SCUPA19h00 3ª Largada de ToirosLocal: Rua Miguel Bombarda e Rua Joaquim D’Almeida

21h00 Concerto com Banda da MusiMusaLocal: Palco Avenida dos Pescadores

22h30 Espectáculo com Quim BarreirosLocal: Palco da Praça da República

1 de Julho – Terça-feira

08h00 Alvorada com salva de 21 morteiros

09h00 Arruada com Bombos pelas artérias das Festas(várias vezes ao dia)

19h00 4ª Largada de ToirosLocal: Rua Miguel Bombarda e Rua Joaquim D’Almeida

21h00 Baile com Paulo GamitoLocal: Jardim Municipal da Casa Mora

21h00 Concerto com Moe’s ImplosionLocal: Palco Avenida dos Pescadores

22h30 Espectáculo com José CidLocal: Praça da República

2 de Julho – Quarta-feira

08h00 Alvorada com salva de 21 morteiros

09h00 Arruada com Bombos pelas artérias das Festas(várias vezes ao dia)19h00 5ª Largada de ToirosLocal: Rua Miguel Bombarda e Rua Joaquim D’Almeida

21h00 Actuação de Variedades pela 1.º DezembroLocal: Palco Avenida dos Pescadores

22h30 Marcha LuminosaLocal: Pelas artérias das Festas

3 de Julho – Quinta-feira

08h00 Alvorada com salva de 21 morteiros

09h00 Arruada com Bombos pelas artérias das Festas(várias vezes ao dia)

19h00 6ª Largada de ToirosLocal: Rua Miguel Bombarda e Rua Joaquim D’Almeida

21h00 Espectáculo de Fado com 4 Marias Local: Palco da Praça da Republica

22h30 Espectáculo Da WeaselLocal: Palco Zona Ribeirinha (traseiras da discoteca In Loco)

00h00 Encerro das Festas – Fogo de Artifício e Queima do BatelLocal: Zona Ribeirinha

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{b r e v e s }Exposição de artesanato S. Pedro 2008

Estará patente, de 27 de Junho a 12 de Julho, na Biblioteca Municipal Manuel Giraldes da Silva, uma exposição de artesanato dedicada ao santo padroeiro dos pescadores.

A exposição, organizada pelo terceiro ano consecutivo pelo Gabinete de Tu-rismo da Câmara Municipal de Montijo, inclui diversas peças de artesanato rea-lizadas por artesãos da Área Metropoli-tana de Lisboa.

A tradição aliada à originalidade e à criatividade são elementos preponde-rantes nas peças expostas.

O objectivo é divulgar o rico e variado património artesanal da região e, simul-taneamente, homenagear o santo de devoção da comunidade montijense.

Pode não só visitar esta exposição como, também, adquirir algumas das peças expostas, que estarão disponí-veis para entrega no Posto de Turismo, a partir do dia 14 de Julho.

Horário da Exposição:Segunda e Sábado: 14h00-19h00Terça a Sexta-Feira: 10h00-19h00

Durante as Festas de São PedroSegunda e Sábado: 14h00-19h00; 20h30-23h00Terça a Sexta-Feira: 10h00-19h00; 20h30-23h00Domingo: 20h30-23h00

Na frente ribeirinha está patente, até ao final do ano, a exposição “Montijo: uma história com identidade”, organizada pelo Departamento Sócio-Cultural da Câmara Municipal de Montijo.

A exposição pretende consolidar e di-fundir a identidade cultural do concelho, através da divulgação do seu património, e animar, como espaço de diálogo, de no-tícia e de convívio a frente ribeirinha recen-temente requalificada.

A mostra encontra-se estruturada em quatro núcleos temáticos: “O nosso traba-

EXPOSIÇÃOMONTIJO: UMA HISTÓRIA COM

IDENTIDADElho” (Praça Norte), “As casas que habitá-mos” (junto ao Moinho de Maré), “Movi-dos pela fé” (próximo da ponte) e “Tempos de lazer” (junto ao Cais dos Vapores).

Desde o forno de cal ao ofício de sapa-teiro, passando pelos azulejos das facha-das (que ainda hoje animam a cidade), pelos frescos de Artur Bual ou pelos core-tos são muitas as referências do patrimó-nio concelhio presentes nesta exposição.

Uma mostra que é o retrato do que fo-mos e um ponto de partida para aprofundar o que somos e o que queremos vir a ser!

{c u l t u r a }

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CANOAGEMCAMPEONATO NACIONAL DE ESPERANÇAS

TERMINOU EM MONTIJO

A frente ribeirinha de Montijo recebeu, no dia 14 de Junho, a terceira e última prova do Campeonato Nacional de Esperanças em canoagem.

No total, cerca de 500 atletas de 40 clubes de todo o país deslocaram-se ao Montijo para participar nesta prova orga-nizada pela Federação Portuguesa de Canoagem, Associação de Canoagem da Bacia do Tejo e Clube Atlético do Monti-jo, com o apoio da Câmara Municipal de Montijo.

Na classificação geral, o Clube Náutico de Ponte de Lima (56 atletas em compe-tição) alcançou o primeiro lugar, seguido pela Liga-Dura CEC (40 atletas presentes). A terceira posição do pódio foi ocupada pelos 24 atletas do GDCR Gemeses.

O Clube Atlético de Montijo classificou-se em 15.º lugar. Dos seis atletas presen-tes, destaque para Ana Cruz que alcançou o 2.º lugar no escalão K1 infantil feminino.

Fábio Caramelo e João Ribeiro classifi-caram-se em 8.º lugar (escalão K2 inicia-dos), tal como Marisa Elias (categoria K1 cadetes femininos). O atleta Pedro Rapo-sa obteve o 17.º lugar na prova de K1 in-fantil e João Ricardo o 24.º no escalão de K1 cadetes.

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{a c ç ã o s o c i a l }

II Encontro Multicultural no Montijo

A Rede Social local e a Câmara Mu-nicipal de Montijo organizaram uma ca-minhada dedicada ao Ano Europeu do Diálogo Intercultural, no dia 25 de Maio. O mau tempo não demoveu os cerca de 100 participantes que completaram o iti-nerário de cinco quilómetros, na cidade de Montijo.

O desafio de uma caminhada conjunta, unidos pelos valores da diversidade, da inclusão social e do diálogo intercultu-ral, surgiu do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, ao qual responderam 20 concelhos do país.

Maria Amélia Antunes, presidente da Câmara Municipal de Montijo, Maria Cla-ra Silva, vereadora do pelouro de Acção Social, e Teresa Vinagre, representante do ACIDI (Alto Comissariado para a Imi-gração e o Diálogo Intercultural) do Gabi-nete de Coordenação dos CLAII (Centros Locais de Apoio à Integração de Imigran-tes) participaram nesta iniciativa.

Recorde – se que o ano de 2008 foi es-colhido pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da UE como Ano Europeu do Diálogo Intercultural (AEDI). Um dos ob-jectivos gerais da designação do AEDI é o de sensibilizar os cidadãos, em especial os jovens, para a importância do desen-volvimento de uma cidadania europeia activa, aberta ao mundo e que respeite a diversidade cultural.

Contudo, estes objectivos só serão al-cançados com o empenho de todos os cidadãos nacionais bem como de todos os residentes em Portugal, assim como de to-das as entidades públicas e da sociedade civil, para juntos contribuírem para uma so-ciedade mais justa, solidária e inclusiva.

No âmbito do projecto Tu Kontas, em arti-culação com o Centro Local de Apoio ao Imigrante da Câmara Municipal de Monti-jo, realiza-se no Jardim da Casa Mora, dia 28 de Junho, o II Encontro Multicultural, das 16h00 às 23h00.

UMA CENTENAADERIU À

CAMINHADA

O II Encontro Multicultural, enquadra-do nas Festas Populares de São Pedro, pretende ser um momento de partilha e encontro entre residentes e as várias co-munidades imigrantes mas, também, uma oportunidade para que todos possam contribuir para o crescimento da Asso-ciação de Imigrantes de Montijo (ASSIM), recentemente constituída.

O Encontro inclui uma mostra gas-tronómica, cultural e musical, expres-siva das comunidades imigrantes mais representativas do concelho, africana,

brasileira, moldava, romena e ucrania-na.

Recorde-se que a Câmara Municipal de Montijo (entidade promotora) e a Associa-ção para a Formação Profissional de Mon-tijo (entidade gestora) estão a implementar o projecto “Tu Kontas”, no âmbito do Pro-grama Escolhas (iniciativa do ACIME – Alto Comissariado para a Migração e Minorias Étnicas), com o objectivo de reduzir desi-gualdades, combater o abandono/insuces-so escolar, prevenir comportamentos de risco e integrar a comunidade imigrante.

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A FEIRA DE PROJECTOS

Nos dias 12, 13 e 14 de Setembro realiza-se a Feira de Projectos “Juntos pelo Bem Estar e pela Solidariedade”, na zona ribei-rinha de Montijo.

A Feira de Projectos, ligada à temática do Ano Europeu do Diálogo Intercultural, pretende ser um espaço de convívio so-cial e cultural entre instituições e muníci-

pes aberto à partilha, à troca de ideias e de aprendizagem formal e informal.

A iniciativa tem como objectivos melho-rar o conhecimento da população, resi-dente e/ou que trabalha no concelho de Montijo, sobre as valências, projectos e programas locais e nacionais no domínio da saúde (e sua promoção) e da solida-riedade social, fomentar o espírito de me-lhoria contínua, através do benchmarking organizacional, e estimular a complemen-taridade entre projectos e programas.

O programa da feira conta, ainda, com actividades desportivas, gastronomia, workshops temáticos, música, folclore, dança e outros tipos de animação.

Nesta feira espera-se a presença de instituições/estruturas da Rede Social e do Projecto Montijo Saudável, bem como de organismos e instituições parceiras da administração central. Foram, ainda, con-vidados outros municípios da Rede Portu-guesa de Cidades Saudáveis e outras câ-maras municipais da Área Metropolitana de Lisboa (AML).

PSP comemora aniversário com idosos do concelhoA população idosa do Montijo tem recebido formação para prevenir a criminalidade. Os mais graúdos têm reuniões, na esquadra, onde são ex-postos os vários conselhos para auto-protecção e dada informação para mi-nimizar eventuais situações de risco.

Para comemorar o sucesso desta iniciativa e o 141.º Aniversário da es-quadra de Montijo, a PSP reuniu, no dia 16 de Junho, no Parque Municipal, cerca de 1000 idosos, numa tarde re-cheada de actividades lúdicas mas também com momentos didácticos onde se falou de segurança para ido-sos.

A animação ficou a cargo do grupo musical “Os Cavaquinhos”, da Tuna da Universidade Sénior, de um Con-junto de Acordeonistas, da Banda de Música da PSP, da Classe do Hip-Hop do Ginásio Clube de Montijo e o do Grupo Cinotécnico da PSP.

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QUALABE ALIMENTAR“A qualidade é uma

responsabilidade com o consumidor”

Em 1992, um conjunto de profissionais com larga experiência no sector da quali-dade alimentar fundou a Qualabe. 16 anos depois, a empresa é uma referência na-cional no mercado de laboratórios e con-sultoria em qualidade alimentar.

“Nascemos por necessidade do merca-do. Não havia quem respondesse às exi-gências das médias e grandes empresas na área do controle de qualidade, quer ao nível de análises laboratoriais quer de consultoria”, afirma Silva Marques, sócio e director geral da Qualabe.

A área da consultoria é, aliás, o gran-de referencial da Qualabe. “Realizamos análises físicas, químicas, sensoriais e microbiológicas, prestamos formação aos nossos clientes, mas o nosso grande

know-how é a consultoria de implementa-ção de sistemas de qualidade. É a nossa base”.

Desde indústrias transformadoras e produtoras, passando por empresas de restauração e hotelaria, às grandes ca-deias de distribuição alimentar, a carteira de clientes da Qualabe tem aumentado gradualmente, tendência seguida pela facturação.

“Estamos a crescer na ordem dos 13 por cento ao ano. Em 16 anos, há duas coisas que me orgulho: não temos perdi-do clientes e não temos crédito mal para-do”, salienta Silva Marques.

O crescimento actual está directamen-te relacionado com algumas exigências da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). “Não é por imposição de um decreto-lei que se faz qualidade. As empresas devem fazer controle de quali-dade porque é um valor acrescentado e é a defesa da saúde pública”.

Em 2005, a falta de espaço obrigou à transferência da Qualabe da Pontinha para o Montijo. Um investimento de mais de um milhão de euros nas novas insta-lações no Pau Queimado, pois “o Montijo era a localização mais estratégica e com os melhores acessos”.

Para além deste investimento inicial, realizado sem qualquer tipo de apoios, a Qualabe aposta constantemente na me-lhoria de equipamentos. Nesta área, a tecnologia, ao nível do software informá-tico para o laboratório, está sempre em evolução.

A aposta na formação é outra das ca-racterísticas da empresa. Para 2008 estão contempladas mais de 800 horas de for-mação para os 36 funcionários.

Há 29 anos ligado à área da qualida-de alimentar, Silva Marques considera que “houve uma evolução significativa das grandes empresas, provocada pela mudança de mentalidade dos quadros dirigentes e pelo hard discount, que veio exigir qualidade aos produtos que uma marca coloca no mercado. O consumidor, também, está cada vez consciente e pro-fissional. A qualidade é uma responsabili-dade com o consumidor”.

A actual conjuntura internacional, com a subida constante do preço do petróleo e a anunciada escassez de alguns alimen-tos fundamentais, é desfavorável para as

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empresas. “O grande problema são os pagamentos. No nosso caso, trabalha-mos com muitas empresas que, por sua vez, trabalham para o Estado e sabemos quanto tempo leva o Estado a pagar”.

A receita para contrariar as dificuldades passa por muito trabalho, dedicação, dis-ponibilidade para os clientes e constante evolução. “Cada cliente é um parceiro de negócio. Não diferenciamos clientes e não somos impessoais. Neste momento, pensamos na internacionalização para Espanha. É um desafio muito grande. Gostaríamos, ainda, de abrir uma delega-ção no Algarve, mas no Sul continua-se a trabalhar cinco meses por ano e não sei se o investimento se justifica”, confessa o director geral da Qualabe.

Licenciado em engenheira química, Silva Marques foi ‘obrigado’ a deixar a posição de técnico para assumir a de gestor. “Entrei como sócio e técnico res-ponsável pelo laboratório e consultoria e acabei como director geral. Em todas as empresas onde trabalhei, fui sempre para a administração. Não faço nada para isso nem tenho formação. Passo aqui 12 horas por dia, com gosto, mas um dia vou ter de largar isto”.

Sobre a cidade de Montijo considera

“Estamos a crescer na ordem dos 13 por cento ao ano. Em 16 anos, há duas

coisas que me orgulho: não temos perdido clientes

e não temos crédito mal parado”, salienta Silva

Marques.

que “nos últimos cinco anos, sofreu uma evolução extraordinária. A requalificação da zona ribeirinha e do Moinho de Maré, por exemplo, foi muito positiva. Havia coi-sas sobre a cidade que não eram conheci-das das pessoas e que agora estão a ser reavivadas”.

“Quanto às potencialidades da cidade para a instalação de empresas, neste mo-mento a única contrariedade são os pre-ços proibitivos dos terrenos, em virtude da câmara não ter terrenos próprios. As condições de acessibilidades e a posição geo-estratégica do Montijo permanecem tal como há cinco anos”, conclui.

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A UNIÃO EUROPEIA

EM MONTIJODurante o mês de Maio, em Montijo,

a União Europeia foi o tema de todas as conversas. A culpa foi da vasta programa-ção da iniciativa “Maio Mês da Integração Europeia”, promovida pelo Gabinete de Desenvolvimento Associativo e Cidada-nia.

O primeiro momento marcante aconte-ceu com as comemorações do Dia da Eu-ropa, 9 de Março, na Praça da República.

“Todos juntos construímos a Europa”. “A Europa é um exemplo de cooperação para o mundo”. “Gostava que todos os países fossem mais unidos”. Estas foram algumas das mensagens para a União Europeia (UE) escritas por alunos do 1.º ciclo e transportadas, no dia 9 de Março, simbolicamente, por pombos-correios até Bruxelas. Neste dia foi, ainda, inaugurada uma bandeira da UE manufacturada com flores.

No dia 16, na Galeria Municipal, decor-reu o Fórum “Portugal – 23 Anos de Inte-

gração Europeia”. Na sessão de abertura marcaram presença Margarida Marques, chefe da representação da Comissão Eu-ropeia em Portugal, e Paulo Sande, direc-tor do Parlamento Europeu no nosso país.

Para Margarida Marques, a UE tem sido construída através de “pequenos passos e entendimentos. O Tratado de Lisboa pode ser mais um passo na construção europeia. É um instrumento que introduz um conjunto de mecanismos para o fun-cionamento da UE. Uma forma de respon-der aos desafios do futuro”.

Paulo Sande definiu a UE como “uma organização internacional baseada no consenso dos Estados. É o maior bloco comercial do mundo, o maior operador de ajuda ao desenvolvimento do mun-do. É um emissor de padrões interna-cionais”, acrescentado que a “Europa dos cidadãos e das oportunidades é real”.

Ambos concordaram que a integração portuguesa na União Europeia foi um be-nefício, “sobretudo para o desenvolvimen-to económico do país, o que não significa que tudo esteja feito”.

O Fórum “Portugal – 23 Anos de Integra-ção Europeia” continuou durante todo o dia com debates sobre a mobilidade juve-nil na Europa e sobre direito comunitário, entre outros temas.

Alargar e descentralizar o debate sobre diversas questões europeias a toda a co-munidade montijense foi o principal objec-tivo do “Mês da Integração Europeia”, que inclui, ainda, exposições, teatro, outras conferências e o Fórum Regional do Parla-mento Europeu Jovem.

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MONTIJO RECEBEUPARLAMENTO EUROPEU JOVEM

Uns mais descontraídos. Outros com um ar mais sério. Todos com a mesma disposição: aprender e partilhar ideias sobre questões fundamentais da União Europeia.

Foi com este espírito que trinta jovens de cinco escolas da Área Metropolitana de Lisboa (AML) participaram no Montijo PEJ – Fórum Regional do Parlamento Europeu Jovem, entre 9 e 11 de Maio.

A sessão de abertura, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, serviu para o contacto institucional entre os jovens e a autarquia. A presidente de câmara, Maria Amélia Antunes, deu as boas-vindas aos participantes, referindo-se aos mesmos como “a geração que tem condições para prosseguir o sonho de Jean Monet e Ro-bert Schuman”.

No auditório da Casa do Ambiente, os participantes discutiram temas da agenda europeia como o ambiente, a educação, o desenvolvimento sustentável, a democra-cia e os direitos humanos.

Os jovens organizaram comités de tra-balho e simularam o funcionamento do Parlamento Europeu. O Comité para a Cultura e Desporto ficou a cargo da Se-cundária de Santa Maria (Sintra), o Comité para a Democracia e Direitos Humanos fi-cou com a Secundária Forte da Casa (Vila Franca de Xira) e o Comité para o Ambien-te e Desenvolvimento Sustentável ficou entregue à Secundária de Alcochete.

As escolas secundárias Jorge Peixinho e Poeta Joaquim Serra ficaram respon-sáveis pelo Comité para a Educação e Qualificação e Comité para as Relações Externas, respectivamente.

Dumitru Tîra, 18 anos, participou pela primeira vez num Fórum do Parlamento Europeu Jovem. “Debatemos questões ligadas ao ambiente, à democracia, aos direitos humanos e à educação. Serviu para partilhar ideias, aprender mais sobre estes temas e, também, para saber falar em público. Foi muito positivo”.

A experiência no Montijo PEJ revelou-se de grande utilidade para Carolina Breme-jo, 17 anos. “Como sou um pouco tímida foi útil para conhecer novas pessoas. O convívio foi positivo. Os trabalhos corre-ram bem. Serviu para nos apercebermos do nosso papel na União Europeia. Partici-param jovens que defenderam muito bem as suas ideias”.

Carolina deixa um conselho para futu-ros participantes no Parlamento Europeu Jovem: “é uma experiência a não perder pelos debates inteligentes e pelo convívio. Quem puder participar, não deve perder a oportunidade”.

O Montijo PEJ pretendeu impulsionar a participação cívica juvenil e promover a di-mensão europeia nos jovens.

Pela qualidade da sua participação, a Escola Secundária de Santa Maria foi pre-miada com a inclusão num dos projectos internacionais promovidos pela Câmara Municipal de Montijo, através do progra-ma Juventude em Acção da Comissão Europeia, e na sessão nacional do Parla-mento Europeu de Jovens.

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{E s p e c i a l – M a i o M ê s d a I n t e g r a ç ã o E u r o p e i a }Montijo REVISTA MUNICIPAL| Junho 2008

VIDA DE EURODEPUTADO

“Sou europeísta”. Foi, talvez, a frase mais ouvida na Galeria Municipal, no dia 10 de Maio. A iniciativa “Encontro com Eurodeputados” reuniu Ana Gomes, Joel Hasse Ferreira, Pedro Guerreiro e Miguel Portas.

A conciliação deste conceito com as diferenças ideológicas e partidárias dos diversos grupos políticos do Parla-mento Europeu estiveram no centro do debate entre os eurodeputados e os jo-vens participantes no Montijo PEJ - Fó-rum Regional do Parlamento Europeu Jovem.

“Sempre fui europeísta, mas não é ne-nhum voto de fé. Sou europeísta por duas

razões: primeiro porque a Europa pertence ao primeiro Mundo e os países do tercei-ro Mundo precisam de aliados que aca-bem com a ordem global imposta pelos norte-americanos e segundo porque, hoje em dia, não é possível encontrar soluções individuais para determinados problemas sociais”, defendeu Miguel Portas.

Ana Gomes acrescentou que “ser euro-peísta não é ser seguidista. Pelo contrário! É ser-se exigente e crítico em relação à União Europeia e à sua actuação. A nossa perspectiva enquanto eurodeputados é ul-trapassar as nossas ideologias para fazer o que achamos correcto”.

Para não destoar, Pedro Guerreiro tam-

bém se afirmou europeísta, tal como Joel Hasse Ferreira. Este último considerou que os “22 anos da União Europeia são dos melhores anos de Portugal. A UE não é perfeita, mas tem mecanismos sociais e de solidariedade que não existem em ne-nhum outro espaço económico do mun-do”.

Pedro Guerreiro fez questão de ressal-var que apesar de pertencermos à UE, “o desenvolvimento de Portugal está nas nossas mãos. Ninguém o vai fazer por nós”.

Os eurodeputados partilharam, ainda, um pouco do seu dia-a-dia no Parlamento Europeu e explicitaram o modo de funcio-namento deste órgão.

Miguel Portas realçou a importância do trabalho desenvolvido nas comissões e em representação oficial da União Euro-peia face aos trabalhos parlamentares.

Joel Hasse Ferreira referiu-se ao Par-lamento Europeu como “um espaço de negociação”, opinião partilhada por Ana Gomes.

O “Encontro com Eurodeputados” inte-grou o programa do Fórum Regional do Parlamento Europeu Jovem que decorreu em Montijo, entre 9 e 11 de Maio.

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{E s p e c i a l – M a i o M ê s d a I n t e g r a ç ã o E u r o p e i a }Junho 2008 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

DIREITOS HUMANOS EM DISCUSSÃO

“Portugal tem sido um mau cumpridor da Convenção Europeia dos Direitos do Homem”. A afirmação é de Fausto Qua-dros e foi proferida na conferência “Direi-tos Humanos na Europa”, no dia 13 de Maio, na Galeria Municipal.

“O nosso país já foi condenado vá-rias vezes, sobretudo por infracção do artigo 6.º, que impõe um julgamento equitativo e célere, e do artigo 1.º do protocolo n.º 1 da Convenção, que consagra o direito de propriedade e a uma indemnização justa, o que em Portugal nem sempre se paga”, acres-centou.

Tendo como pano de fundo as expro-priações da reforma agrária, em 1975, em que apenas um caso (de cidadãos ingleses) foi resolvido, por intervenção de Margaret Tatcher, e paga a respectiva in-demnização, Fausto Quadros realçou que “não podemos ser cidadãos de segunda classe no nosso próprio país. E isso deve-se aos nossos governantes não defende-rem os seus cidadãos”.

Sob a mesa esteve em particular evidên-cia a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. “É o texto mais avançado do mundo em matéria de direitos funda-mentais. Consagra não só os direitos ci-vis e políticos como, também, os direitos

sociais, culturais e económicos”, referiu o conferencista.

Fausto Quadros apelou à consciência e à cidadania de cada membro da assistên-cia por considerar que não existem ape-nas direitos fundamentais. “A cada direito que temos corresponde um dever, quanto mais não seja o dever de respeitar igual direito ao meu vizinho”.

“Sem direitos fundamentais não há esta-do de direito democrático. Não podemos ter meios direitos. Temos direitos e deve-res fundamentais. É neste diálogo, estou certo, que vamos construir o Portugal de-mocrático”, concluiu.

Fausto Quadro é professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Foi professor convidado de universidades francesas, alemãs e norte-americanas.

Aconselha regularmente governos e cor-porações em matéria de direito europeu, público e/ou institucional. Foi consultor da Áustria e da Polónia na preparação do seu acesso à União Europeia.

É, ainda, membro de várias associa-ções científicas em países europeus e da América Latina. É o representante oficial do Governo português no Alto Conselho do Instituto Universitário Europeu (Floren-ça) e no Comité Consultivo da Academia de Direito Comunitário (Trier).

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AGENDA E PASSAPORTE

SÉNIOR

No dia 13 de Maio, a Câmara Municipal de Montijo, através do Gabinete de Saúde e Acção Social (GSAS), procedeu a uma sessão de esclarecimento/ informação so-bre a Agenda e o Passaporte Sénior, do projecto “Outros Olhares”, na Biblioteca Municipal. A iniciativa foi apresentada pela vereadora do pelouro de Saúde e Acção Social, Maria Clara Silva.

O projecto “Outros Olhares” oferece aos idosos do concelho a possibilidade de aprofundarem conhecimentos sobre a história, a cultura e o património con-celhio. No âmbito deste projecto, a Agen-da Sénior disponibiliza a calendarização anual de todas as actividades dirigidas à população sénior, sempre com quatro ini-ciativas mensais.

“Achámos importante calendarizar as ac-ções que a autarquia vai desenvolver para que os seniores possam ter uma panorâ-mica geral do que vai decorrer e organizar as suas vidas. Por outro lado, para que não sejam acontecimentos avulsos, que não se interliguem entre si, tentámos fazer uma se-quência lógica e temática destas activida-des culturais”, explicou a vereadora.

Associado às actividades da Agenda está o Passaporte Sénior que pretende

validar a presença dos idosos nas iniciati-vas. Os três idosos mais participativos nas actividades vão ser premiados, no final do ano, na Festa de Natal.

Para a vereadora “é importante criar es-tilos de vida saudáveis para as pessoas que abandonam o local de trabalho ainda numa idade em que estão capazes para desenvolver muitas actividades”.

Esta iniciativa integra o projecto Monti-jo Saudável, coordenado a nível europeu pela Organização Mundial de Saúde, e pretende responder a um dos desafios lançados por esta organização: propor-cionar um envelhecimento saudável.

Se tem mais de 50 anos e gosta de con-viver, participe no projecto “Outros Olha-res”. A Agenda Sénior informa que, no próximo dia 27 de Junho, sexta-feira, in-tegrado nas Festas Populares, vai realizar-se o Baile de São Pedro, pelas 15h00, no Jardim da Casa Mora.

Para participar nas actividades da Agen-da “Outros Olhares” é necessário proce-der à respectiva inscrição. Os interessados devem dirigir-se ao Gabinete de Saúde e Acção Social na Praça da República, n.º 52, 1.º andar, ou contactar através do tele-fone 21 232 78 55/56.

O GI comemora uma década de existência

O Gabinete do Idoso (GI) criado em 1998, integrado no Gabinete de Saúde e Acção Social, oferece um conjunto de serviços e projectos, dirigidos às pessoas com 50 ou mais anos, visando melhorar a sua saúde e qualidade de vida, através do fomento de um envelhecimento saudável.

Uma das primeiras iniciativas foi o Cartão do Idoso que vigora até hoje. Este cartão oferece vantagens (descontos na conta da água, no acesso às piscinas municipais, nas inscrições em actividades do GI) a sé-niores, maiores de 65 anos, residentes no concelho de Montijo, de acordo com o seu rendimento per capita.

Na mesma altura, um grupo restrito de idosos dava ínicio aos Voluntários Visita-dores que, em defesa do não isolamen-to, visitam desde 1998 outros idosos que se encontram sozinhos, oferecendo-lhes companhia. A iniciativa cresceu e foi criado o Banco Local de Voluntariado (BVL), um local de encontro entre pessoas que ex-pressam a sua disponibilidade e vontade para serem voluntárias e entidades que re-únam condições para integrar voluntários/as.

Outro projecto do GI, que vigora desde 1998, é o “Saudável 65”. Esta iniciativa permite e incentiva a prática desportiva de modalidades como a ginástica e a hidrogi-nástica. O Saudável 65 proporciona ainda apoio psicológico, acções de formação / informação, colónias balneares e sessões temáticas sobre a saúde e bem-estar.

Em 2006, o GI lançou um novo desafio, a Universidade Sénior de Montijo. Uma es-trutura, em parceria com a Uniseti de Setú-bal, que alia cultura, educação e convívio, num ambiente informal e inter-geracional.

A Universidade Sénior conta com 117 alunos, não tem requisitos de admissão, nem avaliações obrigatórias, e está aber-ta a séniores com 50 ou mais anos, com tempo livre e vontade de adquirir novos saberes e competências.

A Agenda e o Passaporte Sénior são as mais recentes novidades do Gabinete do Idoso e fazem parte do projecto “Outros Olhares”, que contempla actividade lúdica e culturais como bailes, festas temáticas, vi-sitas ao património local e outros convívios.

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PEGÕES RECEBE NOVA UNIDADE INDUSTRIAL

Até ao final do ano vai ser construída, em Pegões, uma fábrica de pellets, com uma capacidade produtiva de 85 mil to-neladas/ano (95 por cento destinadas à exportação), que criará 30 postos de trabalho directos, 40 por cento dos quais deverão ter um nível de escolari-dade igual ou superior ao 12.º ano. Esta fábrica representa um investimento de 8.000.000,00 euros.

A freguesia de Pegões foi o local se-leccionado pelos investidores tendo em conta a proximidade de fornecedores de matéria-prima, as acessibilidades rodoviárias, a actratividade da região para a instalação de indústrias (devi-do ao novo aeroporto de Lisboa) e a possibilidade de criação de centrais de biomassa para a produção de energia eléctrica.

Os pellets, tal como a lenha, são uma fonte de energia renovável. Pertencen-tes à classe da biomassa, são produ-zidos a partir da limpeza das florestas e dos desperdícios da indústria de ma-deira. Este material é recolhido, tritu-rado e seco, originando um composto

100 por cento natural, com um elevado poder calorífico.

A biomassa (e, consequentemente, os pellets) quando produzida de forma sustentável, pode reduzir significativa-mente os valores de emissões de ga-ses de efeito estufa quando comparado com os combustíveis fósseis.

Os pellets, tal como a lenha, são uma fonte de energia renovável. Pertencentes à classe da biomassa, são produzidos a partir da limpeza das florestas e dos desperdícios da indústria de madeira. Este material é recolhido, triturado e seco, originando um composto 100 por cento natural, com um elevado poder calorífico.

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EXECUTIVO MUNICIPAL

VISITOU FREGUESIA

DE MONTIJOA presidente da Câmara Municipal de

Montijo e os vereadores Nuno Canta, Maria Clara Silva e Renato Gonçalves realizaram, nos dias 22 e 23 de Abril, uma extensa visita pela Freguesia de Montijo.

No dia 22, o executivo municipal reuniu com o presidente da junta, Francisco dos Santos, e outros autarcas, para debater questões como a recuperação das EB1’S n.º 2 e n.º 3, a cons-trução do JI da EB1 n.º 2, o Parque Desportivo Municipal, a reabilitação de imóveis devolutos, a ligação da rotunda da Cova da Loba à Praça da Liberdade e a construção da Escola Inte-grada do Areias/Esteval.

A visita incluiu deslocações à frente ribeiri-nha, ao edifício da Quinta do Páteo D’ Agua (onde futuramente funcionará a junta de fre-guesia), ao Parque Municipal, aos bairros da Calçada, do Mouco, da Liberdade, da Canei-ra, do Esteval, do Areias e da Cova da Loba.

Numa reunião com o director do Agrupa-mento de Centros de Saúde de Barreiro e o

coordenador do Centro de Saúde de Montijo, os executivos da câmara e da junta constataram as melhorias introduzidas, através de um novo sis-tema informático, da reorganização dos serviços e da implementação de um elevador, na Unidade 1201 do Centro de Saúde de Montijo.

No dia 22, na Sociedade Filarmó-nica 1.º de Dezembro, e no dia 23, no Centro Social do Esteval, os mu-nícipes colocaram as suas dúvidas, deram sugestões e questionaram o executivo municipal e o presidente da junta.

Dois moradores no Bairro da Dis-córdia (Corte das Cheias) confronta-

ram o executivo com a inexistência de rede de esgotos e de asfaltamento de algumas ruas daquele bairro.

“Algumas moradias não têm essas infra-estruturas porque tecnicamente não é pos-sível devido as quotas do terreno. Com a construção da urbanização junto ao Moinho de Vento foi possível ligar algumas casas à rede de esgotos. Para as restantes temos de arranjar uma solução”, afirmou a presidente.

O vereador Nuno Canta, responsável pelo pelouro das obras e meio ambiente, acres-centou que “a solução é a construção de uma estação elevatória de esgotos no bair-

ro. O asfaltamento da rua principal será feito através da obra da Segunda Circular, após a implementação de uma conduta de grandes dimensões para o abastecimento de água”.

O comércio tradicional e os imóveis de-volutos na cidade, também, estiveram em destaque. Para a edil, “os imóveis são pro-priedade particular. É muito difícil a câmara ter mecanismos e recursos financeiros para reconstruí-los. A nossa obrigação é facilitar os licenciamentos no centro histórico e criar condições para os proprietários revitalizarem os seus imóveis.”

A frequência dos transportes públicos no Esteval e no Areias foi outra preocupação ex-posta pelos moradores destes bairros. “Ape-sar das melhorias introduzidas com a carreira para o Cais do Seixalinho, ao fim de sema-na é mais complicado. Vamos falar com os Transportes Sul do Tejo. A partir de Julho, as carreiras do Esteval vão passar na urbaniza-ção do Moinho de Vento”, referiu o vereador Nuno Canta.

Os munícipes revelaram, ainda, a necessi-dade de uma farmácia e de um posto dos CTT para servir os bairros do Areias, do Este-val e da Cova da Loba.

“O ano passado tentámos abrir uma dele-gação de uma das farmácias existentes em Montijo, no Esteval ou no Areias. Falámos com os directores de algumas farmácias e estamos a aguardar uma solução”, afirmou o presidente da junta.

A situação do posto dos CTT afigura-se de difícil resolução. “Os CTT afirmam já existir duas estações na cidade do Montijo. É uma luta da junta desde o primeiro dia. O proble-ma agrava-se em Julho e Agosto quando é interrompida a distribuição do correio efectu-ada pela carrinha dos CTT, devido as férias do motorista. Propusemos pagar esse servi-ço, mas não aceitaram. De qualquer modo, ainda não perdemos a esperança”, acres-centou.

Para além destes assuntos, os munícipes manifestaram a necessidade de um novo es-paço para o Museu do Pescador, de um local para a implementação de um parque indus-trial e de um novo acesso à Ponte Vasco da Gama. Colocaram, ainda, questões relativas à requalificação das ruas Joaquim de Almei-da e José Joaquim Marques e à construção da Igreja do Areias.

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A presidente da Câmara Municipal de Mon-tijo, Maria Amélia Antunes, e os vereadores Nuno Canta, Maria Clara Silva e Renato Gonçalves visitaram no dia 3 de Junho a fre-guesia do Alto Estanqueiro-Jardia.

Durante a manhã, o executivo muni-cipal reuniu com o presidente da junta, Tolentino Gomes, e outros autarcas,

para aferir os principais problemas da freguesia.

Entre os temas abordados destaque para o embelezamento do espaço entre a esta-ção das águas e a estação de serviço, junto à rotunda do Apeadeiro; a pavimentação da entrada ao Bairro das Carvalhas; os arranjos exteriores do polidesportivo; a ligação dos esgotos ao Bairro Miranda e à Jardia; o cal-cetamento da Rua do Pinheiro e da Rua dos Pomares no Bairro Miranda.

Após um almoço com empresários locais, de forma a sensibilizá-los para a responsabi-lidade social das empresas, seguiu-se uma visita por alguns locais da freguesia como a EB1 da Jardia, o Bairro Miranda, a Quinta das Tílias, o polidesportivo e a EB1/JI do Alto Estanqueiro.

À noite, a sede da junta registou lotação esgotada. Os munícipes responderam afir-mativamente ao apelo da câmara e da junta, confrontando o executivo com as suas preo-cupações relacionadas com a freguesia.

Muitos munícipes colocaram questões relativas ao asfaltamento e à ligação à rede pública de esgotos de algumas artérias da freguesia, como a Estrada do Pinheiro, as ruas das Gaivotas, das Águias, das Andori-nhas e dos Pomares.

A este propósito, a presidente relembrou as mudanças significativas que o Alto Estan-queiro-Jardia sofreu nos últimos dez anos, acrescentando que “a câmara vai continuar a fazer essas obras, mediante os recursos financeiros”.

A insegurança originada por indivíduos de

etnia cigana, que se encontram acampados na Baixa da Jardia, foi outra das reclama-ções dos munícipes. “Não é um problema de fácil resolução. A competência não é da câ-mara, mas temos um papel de cooperação intensa com as autoridades policiais. Vamos ver o que pode ser feito”, referiu a edil.

A necessidade de transportes públicos

no Bairro Miranda, também, esteve em destaque. O vereador Nuno Canta salientou que “um dos objecti-vos das obras de infraestruturação da rede viária do Bairro Miranda foi a criação de condições para os transportes públi-cos. Vou falar com os Transportes Sul do Tejo para averiguar a situação”.

Luís Silva, presi-dente do Águias Negras Futebol Clube, expressou a sua preocupação com o futuro da sede da colectividade e solicitou infor-mações sobre as alterações previstas na revisão do PDM para a freguesia do Alto Estanqueiro-Jardia.

Relativamente à sede do clube, Maria Amélia Antunes afirmou que “efectivamente o terreno onde está localizada é urbanizável. De acordo com a lei, o proprietário é obri-gado a ceder área para equipamento social e espaços verdes. Quando se desenvolver o loteamento, a câmara salvaguardará es-paço para o Águias Negras manter a sua sede”.

Para a autarca, a revisão do PDM é “um objectivo estratégico para o concelho. Na freguesia do Alto Estanqueiro-Jardia existe espaço para urbanização, junto a sede do Águias Negras. Há, também, boas perspec-

tivas para a instalação de indústrias. A fre-guesia vai albergar dois novos investimen-tos, um no sector da cortiça, com a Ganau, e outro da Teixeira Duarte, que pretende instalar os seus estaleiros e oficinas no Alto Estanqueiro”.

Moradores na Quinta das Tílias mostra-ram-se preocupados com o Imposto sobre

o Património (IMI) que é aplicado às suas habitações, por considerarem o valor injus-to tendo em conta a localização e à falta de alguns serviços básicos, como transportes públicos.

“É uma Comissão da Direcção Geral de Impostos que fixa o zonamento e atribui o respectivo valor. Não é responsabilidade da autarquia. Relativamente à taxa de IMI, assu-mimos a aplicação da taxa máxima permiti-da por lei. Precisamos de um nível de recei-tas para fazer os investimentos necessários no concelho e oferecer uma gestão de qua-lidade aos munícipes”, afirmou a edil.

Para além destes assuntos, os munícipes colocaram questões relativas à construção da igreja, à recolha de lixo na freguesia e expressaram a necessidade de arranjos ex-teriores, de balneários e de uma vedação no polidesportivo.

ALTO ESTANQUEIRO - JARDIA RECEBEU EXECUTIVO MUNICIPAL

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{p r o t e c ç ã o c i v i l }

MONTIJO E ALCOCHETECRIAM COMISSÃO

INTERMUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA

CONTRA INCÊNDIOSAs câmaras municipais de Montijo e Alcochete

constituíram, formalmente, a Comissão Intermu-nicipal de Defesa da Floresta contra Incêndios, no dia 27 de Março, na Casa do Ambiente.

A proximidade geográfica, a continuidade florestal dos concelhos, as espécies flores-tais e a necessidade de racionalizar recursos e de agilizar procedimentos na prevenção e

combate aos fogos florestais estiveram na base da criação desta Comissão.

A Comissão é constituída pelos presiden-tes das duas autarquias, presidentes das juntas de Pegões e de Alcochete (em repre-sentação das respectivas Assembleias Mu-nicipais), representantes da GNR, da PSP, dos Bombeiros Voluntários de Alcochete, de

Montijo e de Canha, entre outros organis-mos ligados à defesa da floresta.

Para além da constituição da Comissão e da aprovação do seu regulamento inter-no, foi também deliberado o envio do Plano Intermunicipal de Defesa da Floresta contra Incêndios Alcochete – Montijo à Direcção Geral dos Recursos Florestais (DGRF), para apreciação e aprovação oficial.

Para dar exequibilidade às decisões da Comissão e executar as políticas de preven-ção e de combate aos fogos florestais con-signadas no Plano, foi constituído o Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal Alcochete – Montijo, que opera em instalações cedidas pela Câmara do Montijo com uma técnica florestal, de acordo com o protocolo assina-do entre ambas as câmaras e a DGRF.

Este Gabinete desenvolverá acções de sensibilização e prevenção junto das popu-lações das áreas florestais de maior risco e assegurará a aplicação dos instrumentos obrigatórios por lei, de modo a garantir um baixo índice de risco de incêndio.

No dia 26 de Maio, na Casa do Ambiente, a Comissão reuniu em sessão extraordiná-ria para aprovar os planos operacionais dos munícipios de Montijo e de Alcochete. Estes instrumentos são necessários para o plane-amento do combate aos incêndios e para a organização do dispositivo operacional de defesa da floresta contra incêndios.

A área florestal do município de Montijo corresponde a 17.501 hectares. 50 por cento dessa área está localizada na Freguesia de Canha. As espécies predominantes são o sobreiro e o eucalipto.

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{o b r a s }Museu Agrícola da Atalaia

Está em fase de acabamento a remodelação do Museu Agrí-cola da Atalaia, a sua conclusão está prevista até ao final do ano. Uma obra no valor de 560 mil euros.

A antiga Quinta dos Santos Fernandes, espaço outrora cons-truído para apoio a actividades agrícolas, contém uma adega, um palheiro e um lagar de azeite.

A autarquia pretende que o Museu seja um espaço museoló-gico moderno e com capacidade expositiva.

A empreitada contemplou a recuperação total dos edifícios, incluindo arranjos exteriores, as coberturas e a remodelação da adega e do lagar, de modo a que possam ser colocados em funcionamento. Foi ainda criado um pequeno auditório.

Para a Atalaia está em fase de projecto o arranjo da zona envolvente ao cruzeiro. A obra deverá arrancar em 2009.

Ampliação da EB1 N.º2 do Bairro do MoucoA Câmara Municipal de Montijo vai proceder à construção do pré-escolar do Bairro Mouco. Esta obra é para a autar-quia de extrema importância por se tratar de uma zona ca-renciada da cidade. O facto de os terrenos não serem do domínio público atrasou o processo. A construção deste edifício vai permitir o acolhimento de 75 alunos, desde os três anos de idade. Também para EB n.º 2 do Bairro do Mouco foi lançado um concurso para a construção de mais quatro salas do en-sino básico. A escola ainda funciona com horário duplo, com a ampliação poderá vir a funcionar no horário manhã/tarde.

ETAR’s do Afonsoeiro e do Seixalinho Já estão em funcionamento as ETAR’s do Seixalinho e do Afon-soeiro, que vão tratar os efluentes das freguesias de Sarilhos Grandes, Afonsoeiro e Montijo. Uma obra da SIMARSUL pouco visível, mas que vem melhorar em muito a saúde pública das populações, permitindo o fim das descargas dos esgotos da cidade para a bacia do Tejo e devolver o rio à população, para usufruto de actividades de lazer, náuticas e de recreio.

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Rua Marcelino VespeiraEstá em construção a estrada da Rua Marcelino Vespeira, localizada junto do Samouco. Esta obra vem favorecer as várias quintas agrícolas ali instaladas e o acesso à rede viária do Samouco.

A Câmara Municipal de Montijo proce-deu à pintura de passadeiras de peões na cidade de Montijo, nomeadamente, na Avenida Luis de Camões e na Avenida Infante D. Henrique. A medida pretende aumentar a segurança rodoviária e melho-rar a circulação dos peões no centro da cidade.

Para garantir o bom estado de conser-vação da sinalização horizontal uma em-presa vai assegurar a manutenção das

Autarquia remodela sinalização

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passadeiras. A autarquia prevê que dentro de seis anos a rede esteja toda remode-lada.

Desde 1998 que a autarquia tem vindo a adoptar politicas para aumentar a fluidez do trânsito, combater a poluição e asse-gurar a segurança rodoviária, exemplo dessa acção são as vias de sentido úni-co e a sinalização vertical, que foram to-talmente remodeladas de acordo com as novas regras do Código da Estrada.

O preço da águaEm cumprimento da Lei nº 12/2008, de 26 Fevereiro, o Município de Montijo aboliu a Taxa de Aluguer de contadores. Os custos com os serviços comerciais foram traduzi-dos no preço da água, por meio de um preço fixo. Os Serviços Muni-cipalizados de Água e Saneamen-to decidiram não alterar os preços praticados para os contadores de menor calibre, enquanto que os grandes consumidores irão pagar mais. A alteração aprovada por unanimidade cumpre os desígnios da utilização eficiente da água e da equidade social.

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MontijoUma História com IdentidadeEXPOSIÇÃO FRENTE RIBEIRINHA

NÚCLEOS TEMÁTICOS

O Nosso TrabalhoAs Casas que HabitámosMovidos Pela FéTempos de Lazer

Um retrato do que fomos, ponto de partida de um diálogo – caminhando à beira-rio - sobre o que somos e o que queremos vir a ser!

A Exposição decorre até 31 de Dezembro de 2008

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