revista monte alegre

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Entrevista JULIO PIATTO FAZ BALANÇO DO PRIMEIRO ANO DA OJI EM PIRACICABA Gastronomia Tilápia à Mexicana é prato afrodisíaco Viagem Pelos mercados de Londres Marquês de Monte Alegre Uma escola chamada saudade Evento 75 anos da capela serão comemorados no bairro Setembro/Outubro | 2012 | Ano 2 | Edição n° 10 Distribuição gratuita

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Edição nº 10 - Set/Out 2012

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Page 1: Revista Monte Alegre

Entrevista

JULIO PIATTO FAZ BALANÇODO PRIMEIRO ANO DA

OJI EM PIRACICABA

Gastronomia Tilápia à Mexicanaé prato afrodisíaco

ViagemPelos mercadosde Londres

Marquês de Monte AlegreUma escola

chamada saudade

Evento75 anos da capela serãocomemorados no bairro

Setembro/Outubro | 2012 | Ano 2 | Edição n° 10

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Mil motivos pra comemorarA fábrica de papel do Monte Alegre fará 60 anos em

2013. Ao longo dessas quase seis décadas, a empresa fundada pela família Morganti, com o objetivo inicial de produzir papel a partir do bagaço da cana, foi propriedade de vários grupos empresariais importantes que, a seu modo, sempre se preocuparam em mantê-la na vanguarda da tecnologia de produção de papel.

Há um ano, a fábrica passou a ser administrada pelo grupo japonês Oji Papers, um dos maiores fabricantes de papel do mundo. Julio Piatto, presidente da empresa no Brasil, conta em entrevista exclusiva como foi a transição que transformou a fábrica do Monte Alegre em Oji Papéis Especiais, fala dos investimentos, da tecnologia, da liderança no mercado e de sua relação afetuosa com Piracicaba, onde está há 24 anos.

Outro motivo de comemoração no bairro é o aniversário de um de seus maiores ícones: a Capela de São Pedro do Monte Alegre. O pequeno templo completa 75 anos e uma intensa programação artística e cultural vai agitar o local nos dias 22 e 23 de setembro.

A capela é tão emblemática e tão intrínseca à paisagem montealegrina que já foi inspiração até mesmo para uma

canção composta pelo músico Ricardo Nogueira, que você pode ouvir acessando o site www.mbmideias.com.br do MBM Escritório de Ideias.

A saudade dos velhos tempos lembrados por ex-alunos do Grupo Escolar Marquês de Monte Alegre também é destaque nesta edição, ao lado do Ipef (Instituto de Pesquisas Florestais), que produz sementes para todo o Brasil e outros países.

Fora dos domínios do Monte Alegre, um passeio pelas principais feiras de Londres é a dica de turismo da publicitária Lívia Telles, coordenadora de criação do MBM Escritório de Ideias.

Com a Primavera dando o ar de sua graça, trazemos dicas sobre dietas, tratamentos contra celulite e tudo que possa deixar seu astral com o jeito da estação.

Aprecie esta décima edição da revista Monte Alegre sem moderação!

Um abraço

Projeto editorial voltado à valorização da cultura, da história, dos moradores e admiradores do bairro Monte Alegre, desenvolvido por Plataform@ MBM, núcleo de gestão de conteúdo do MBM Escritório de Ideias.

CNPJ 09461319/0001-99

Publicação bimestral

DiretorBruno Fernandes [email protected]

EditoraCristiane SanchesMTb [email protected]

Reportagens e textosRonaldo [email protected] [email protected]

Cristiane [email protected]

Lívia [email protected]

Colaboram nesta ediçãoGiovanna BaccarinRê Fernandes

Projeto gráfico e paginação:MBM Escritório de IdeiasAllan Felipe Dalla VillaLívia Telles

ComercialDaniela [email protected] [email protected](19) 3371-5944

Equipe MBMFabrício CoralSilvana EstevesThais Alves

Anúncios e informes publicitários são espaços adquiridos pelos anunciantes e seu conteúdo é de inteira responsabilidade de cada um deles, cabendo à Revista Monte Alegre apenas reproduzi-los nos espaços comercializados. A opinião de colaboradores não é necessariamente a opinião da revista. Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.

Rua Regente Feijó, 2387 – Vila Monteiro – Piracicaba – SP – CEP 13418-560 – Fone: 3371-5944

Tiragem 1.200 exemplaresDistribuição gratuita, exclusiva e dirigida

A Revista Monte Alegre é impressa em papel couche Gloss (brilho), 660x960mm – 115g/m2, produzido pela Oji Papéis Especiais, localizada no bairro Monte Alegre.

www.mbmideias.com.br

No jardim de estilo japonês, localizado na área externa da Oji Papéis Especiais, o presidente da companhia, Julio Piatto, posa para o fotógrafo Alessandro Maschio.

Cristiane SanchesEditora

gestão de conteúdombm

plataform

mbmideias @mbmideiasmbmideias

Page 4: Revista Monte Alegre

6 - SOM DO MONTE ALEGRE

8 - UMA ESCOLA CHAMADA SAUDADE

10 - RESPEITÁVEL IPEF

12 - PARABÉNS À CAPELA

14 - CORRIDA NO CONDOMÍNIO

15 - MORAR PERTO DO MONTE ALEGRE

16 - CAMPUS ATENTO

18 - PRODUZIR NO MONTE ALEGRE

21 - OS NOMES DAS CORES

22 - PELOS MERCADOS DE LONDRES

25 - NEGÓCIOS SOCIAIS

26 - MITOS E VERDADES SOBRE AS DIETAS

28 - UMA CASA BEM DIFERENTE

29 - QUANDO SETEMBRO CHEGAR

30 - PELO PRAZER DE ACAMPAR

32 - BYE, BYE CELULITE!

33- REFEIÇÃO ‘CALIENTE’

34- COZINHAR COM CLASSE

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ARTE

O compositor Ricardo Nogueira compõe uma música em

homenagem ao bairro

Somdo

Texto e fotos: Lívia TellesO Monte Alegre não foi apenas inspiração para centenas de quadros de artistas piracicabanos, ou de outras cidades, que procuraram retratar

suas belezas naturais. Nem apenas de documentários e até de várias teses acadêmicas. Mais recentemente, o bairro ganhou uma música, feita por Ricardo Nogueira. O compositor trata, na letra, de tudo o que chama a sua atenção quando vai para lá.

O título é direto: Monte Alegre. E a canção já vem fazendo sucesso nas apresentações ao vivo que o autor faz pela noite de Piracicaba ao lado de Alê Antunes.

A história da composição começou em 1999 e de uma maneira bem romântica. O Monte Alegre era o lugar favorito do músico, hoje com 43 anos, para namorar. Aliás, o bairro acabou dando sorte, pois ele logo se casou com Marília, mãe de seus filhos. “Eu sempre achei lindo o lugar, sempre me inspirou. Naquele tempo, então, a natureza era linda”, lembra.

Nogueira destaca, entre outras coisas, a capela que aparece majestosa no alto da paisagem, as flores do jardim à frente da igreja e a fumaça da fábrica de papel. Uma mistura que só acontece por lá, diz o músico. “Eu acho que antes o Monte Alegre era mais poético, mas muita coisa mudou. Só que também muita coisa se preservou. Não adianta ser saudosista, o mundo mudou”, destaca Nogueira.

Mesmo assim, ele conta que o Monte Alegre para ele é um pedaço diferente de Piracicaba. “Eu acho o pedaço mais mineiro da cidade. Para mim é como estar

naquelas cidades históricas de Minas Gerais, naquelas ruas e ladeiras. Por isso, até escolhi uma melodia que lembra os compositores mineiros, no estilo Milton Nascimento, Toninho Horta, Lô Borges, Beto Guedes...”, detalha.

Nascido em Sorocaba, Nogueira está na cidade desde 1994, onde começou a se apresentar no circuito boêmio de Piracicaba, que, como lembra, era muito agitado. “A gente tocava quase toda noite. Eu me lembro de começar a cantar à meia-noite de uma terça-feira. Hoje isso não existe mais”, lembra. O bar onde começou a se apresentar era o Mascote, na rua do Rosário, que marcou época. Logo depois foi para o Tambatajá, onde está até hoje. Além de Alê Antunes, já fez trabalhos em parceria com o violonista e compositor Nivaldo Santos e com a cantora Lu Garcia.

Quanto a viver apenas de música, Nogueira utiliza a frase clássica: “A gente não vive, sobrevive”. Mas não reclama e tem conseguido manter uma boa agenda de shows. Nos anos 90, conseguia conciliar a música com o trabalho nas Casas Pernambucanas, mas a arte falou mais alto. “Eu recebi a proposta de ser auditor da loja, mas para isso teria de ter dedicação exclusiva. Preferia ficar com a música”, afirma.

Agora ele diz que a cena musical de Piracicaba é mais tranquila, funcionando apenas de sexta a domingo. Mas afirma que já conquistou um público e nem pensa em fazer concessões para estilos mais populares. Sua praia é mesmo a MPB de Caetano, Gil, Djavan, João Bosco, Jorge Benjor. “E do maior de todos, Chico Buarque. Adoro todas as suas canções.”

Por Ronaldo VictoriaFoto: Alessandro Maschio

MonteAlegre

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A magia da capela

De onde se vê as flores

Que nascem sem tocar o solo

Crescem nas telhas da incerteza

Sentindo a fumaça da fábrica de papel

(Refrão)

Era cheiro de flores nos telhados das casas

Estrela cadente neste Monte Alegre

Estrela na capela deste Monte Alegre

Coração livre, apaixonado

Corpos jogados neste Monte Alegre

O original pecado que nos enganou

Nos trouxe o verdadeiro amor

(Refrão)

Simetria de lugar comum

Pedras no chão contando a sua história

No caminho, seus tesouros

E a paisagem que se acaba

Com o pôr-do-solMO

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‘Monte Alegre é o pedaço mais mineiro da cidade’, diz Ricardo Nogueira

Ouça a música no site www.mbmideias.com.br

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MEMÓRIA

UMA ESCOLAEx-alunos lembram com nostalgia dos tempos no

Grupo Escolar Marquês de Monte Alegre

chamada saudade

Quem estudou no Grupo Escolar Monte Alegre não se esquece. Hoje a escola permanece para várias gerações apenas de forma física, como

um prédio. A grande sorte é que este prédio, tombado pelo patrimônio histórico e cultural, mantém as suas características.

À frente, uma fileira de dez palmeiras centenárias que, contam os mais antigos, estão lá desde o começo. O edifício, onde já funcionou o Instituto Rumo, ganhou nova utilidade. Vai servir de sede para a Casa da Floresta, empresa que atua na área ambiental, que manteve o estilo e pintou em cores fortes, despertando a atenção na paisagem do Monte Alegre. Em agosto, o local foi também palco de apresentações teatrais, com a peça Marias.

Para quem estudou lá é uma boa notícia. Mas a saudade vem do convívio com os amigos. O empresário Fernando Retamero, 53, frequentou a escola no período que se chamava primário, o que hoje seria o primeiro ciclo do ensino fundamental. “O que eu me lembro daquele tempo era o fato de o ensino ser muito rígido.

Mas acho que era assim em todo lugar. Só que para mim complicava, porque minha mãe, Cinira, era merendeira, depois servente, e se aposentou como inspetora de alunos”, conta.

Isso garantia um par de olhos atentos em tudo o que ele fizesse na escola. Fora isso, ele revela que a relação entre os alunos era boa, não havia brigas, mas não se pode dizer que a turma era unida. “Na verdade, o Monte Alegre nunca foi um bairro muito unido. Sempre houve diferenças, de acordo com o lugar em que você morava. Quem morava no Açude ou no Limoeiro não era muito bem visto”, destaca.

Já os professores, segundo Retamero, só podiam receber a definição de ‘linha-dura’. “Eu já cheguei a ganhar uns tapas, uns ‘coques’ na cabeça, mas não fiquei traumatizado. Era outro tempo”, define. Ele se lembra de todas as professoras. “Eu estudei com dona Elionete, Neide, Cida Pacheco e Terezinha. Naquele tempo, tinha duas classes para cada série, uma forte e uma fraca, dependendo do aproveitamento dos alunos. Eu sempre estive na forte”, conta o empresário, que fez depois o

Por Ronaldo Victoria | Foto: Alessandro Maschio

Tonin e Retamero estudaram no grupo escolar em épocas diferentes

Monte Alegre

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curso ginasial na escola estadual Sud Mennucci. “Eu não diria que o que sinto é saudade. É lembrança. É recordar um tempo especial. Afinal, que ser humano não se lembra com carinho dos seus oito anos?”

OUTROS temposO aposentado José Luiz Tonin, 70, também dono de

um dos maiores acervos fotográficos sobre o Monte Alegre, frequentou o antigo curso primário até 1955, e de lá saiu para o Senai (Serviço Nacional da Indústria), e de lá para a usina do bairro. “Eu nasci aqui no Monte Alegre, nunca saí daqui e minha referência de escola foi o grupo escolar”, diz.

Tonin conta que o ensino era rígido, mas os alunos tinham liberdade. Só que o jeito de educar era bem diferente. “Todo dia, antes de entrar, a gente fazia a formação em fila, no pátio, e tinha de cantar o Hino Nacional”, conta.

As professoras, de acordo com suas lembranças, eram criaturas doces. Lembra-se de Dona Niobe e de Alice, irmã do famoso compositor Erotides de Campos, artista que hoje dá nome ao teatro do Engenho Central. “Mas o ensino era diferente. A gente não fazia prova todo mês, como acontece hoje, só havia o exame final. Então, você não tinha muita ideia de como estava, a não ser no fim”, conta.

O relacionamento entre os alunos também era tranquilo, e Tonin conta que não havia nada que pudesse ser parecido com bullying. Porém, uma vez ele precisou mostrar uma certa valentia. “Tinha um rapaz que era tido como valentão no recreio. Provocava todo mundo e sempre se dava bem. Uma vez ele implicou comigo. Mas acontece que eu tinha uma turma da Vila Odila e a gente costumava brincar de boxe. Dei um susto nele, que depois disso nunca mais mexeu com ninguém”, revela.

De tudo, o que fica para Tonin é a saudade dos amigos. “Tem muita gente que foi embora e nunca mais voltou”, conta. Ele guarda até hoje exemplares do Jornal da Usina, que circulou entre 1942 e 1955, e separava um espaço para o Grupo. Lembra-se do inspetor, ‘seu Luís do Grupo’, “que de vez em quando dava uns cascudos na criançada”, dos diretores Luís Grosso e Wilson Stolff, e da professora Ernesta Colli. “É também lembrança de um Monte Alegre diferente, e que passou”, completa Retamero.

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CIÊNCIA

Instituto de Pesquisas Florestais se destaca na produção de sementes

Quem está chegando, logo percebe as placas que indicam o Ipef. Mas a sede do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais fica um

pouco escondida. Ao chegar, uma surpresa: a instituição está instalada num prédio moderno e belíssimo, onde está instalada desde 17 de janeiro de 2011. Chamam a atenção também os 42 amplos canteiros de onde funcionárias e estagiárias da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) tiram sementes que vão para todo Brasil.

O Ipef, de acordo com o coordenador do setor de sementes Israel Gomes Vieira, foi transferido da sede na Esalq para o Monte Alegre por meio de um comodato com a empresa Votorantim, que cedeu a área. “É uma APP (Área de Preservação Permanente) e tivemos o compromisso de fazer uma recomposição do

terreno, e já temos efeitos bastante positivos. Com a reposição da mata, tivemos até o aparecimento de aves migratórias do Hemisfério Norte”, conta Vieira, que é formado em biologia pela Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) e fez doutorado pela Esalq.

Sem contar a recuperação do lago que fica no local, o Ipef tem, ainda, atuação marcante no manejo de capivaras. “Temos um estagiário que é encarregado de fazer esse manejo, pesquisando tudo o que se refere a esses animais”, conta. Nos últimos tempos, ele

concorda que a questão está mais calma, “porque saiu do noticiário e não morreu mais gente”, o que não fez que o Ipef se descuidasse da questão. No começo de julho, ele lembra que as chuvas ajudaram porque dispersam o vetor da febre

Respeitável IPEFPor Ronaldo Victoria

Foto: Alessandro Maschio

Dos 42 canteiros saem sementes para todo o Brasil e até para o exterior

Israel Gomes Vieira é coordenador do setor

de sementes

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maculosa, o carrapato-estrela, que usa a capivara como hospedeiro. O problema, em agosto, foi a secura total do ambiente.

Vieira lembra que o instituto tem três áreas: pesquisa, produção de sementes e editora. Na sede do Monte Alegre existe o que se chama de jardim clonal, onde são cultivadas mudas de eucalipto, da espécie urophylla e espécies nativas. Depois de todo o trabalho, que inclui a retirada das mudas e o acondicionamento, as plantas são enviadas para todo o Brasil, e até mesmo para outros países. São prefeituras, organizações não-governamentais e empresas de grande porte interessadas em reflorestamento para corte e recuperação ambiental. Todo o trabalho é focado no eucalipto, segundo ele, a planta que tem melhores condições de se desenvolver.

Dessa forma, o Ipef tem um trabalho com sementes de várias espécies, analisadas e conservadas no local e enviadas para todo o Brasil. É uma atuação que deixa o diretor orgulhoso. “Hoje, nós brasileiros somos os melhores produtores de florestas do mundo. Ninguém sabe fazer floresta como a gente. Quando se fala em floresta, sempre se lembra do brasileiro”, declara Vieira. E o Ipef, claro, tem uma importante contribuição neste sentido, já que apresenta uma atuação intensa durante seus 46 anos e conta com 2.000 clientes cadastrados.

Instituto é um dos mais respeitados na área de pesquisa florestal

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COMEMORAÇÃO

capelaParabéns à

Por Ronaldo VictoriaFoto: Alessandro Maschio

Programação artística e cultural vai celebrar o aniversário do símbolo máximo do Monte Alegre

Monte Alegre

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Os 75 anos da Capela de São Pedro do Monte Alegre vão ser comemorados em grande estilo nos dias 22 e 23 de setembro, sábado à noite (a

partir das 20h) e domingo na parte da manhã, com início às 10h. Arte variada e música de primeira qualidade estão garantidas durante todo o final de semana. “Essa programação é importante para chamar a população, não apenas do Monte Alegre, mas de toda a cidade, de volta para a capela”, conta o empresário Wilson Guidotti Jr., o Balu, proprietário do local.

De acordo com ele, a programação do evento foi crescendo. “Foi virando um conjunto de ideias. No começo, tivemos a proposta de um grupo de artistas que vai expor vários tipos de trabalho no entorno da capela. E depois tivemos a soma da Empem (Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernest Mahle), com uma programação especial”, conta Balu.

Os artistas fazem parte do grupo Vila Feito à Mão, e vão exibir seus trabalhos no sábado e no domingo, das 11h às 19h. Formado por 20 artistas, o grupo tem organização de Érica Porto e Juliana Mesquita. “É a segunda vez que iremos nos apresentar, a primeira foi em maio, também no Monte Alegre, e tivemos sucesso”, conta Érica. Os expositores mostram trabalhos em várias técnicas como patchwork, papelaria, seda artesanal, vela, cerâmica, fotografia e gourmet. No domingo, no final da tarde, por volta das 17h, o grande destaque é a apresentação da cantora Pa Moreno, que mora no Monte Alegre.

Durante os dois dias, haverá visita guiada à capela, das 14h às 19h, com apresentação de um vídeo criado pelo

fotógrafo Paulo Heise, também morador do bairro. Heise também fará uma exposição de fotografia no entorno da igreja. Outras atrações são um workshop de dança circular com Carla Vasconcellos (domingo, às 14h30), um almoço no jardim com cardápio a cargo do TRE Ristorante e Vinoteca.

A programação musical, prevista para o interior da capela, terá participação de integrantes da Empem e do

coro gregoriano SCSMA (Schola Cantorum Sancte Michael Archangele), de Santos, dirigido pelo professor Antonio Pessotti, além do Grupo de Flautas da Escola.

No sábado, o SCSMA, especializado em canto gregoriano, abre a apresentação, marcada para as 20h. Na sequência, o Coro da Empem interpreta obras sacras variadas que vão de Schubert (Ave Maria) a

Andrew Lloyd Webber (Pie Jesu). O ‘gran finale’ tem Jesus, Alegria dos Homens, de Bach. O recital de domingo, a partir das 10h, tem início com o SCMA. Outros destaques são Ave Verum, de Mozart, e a Ave Maria, de Caccini. A duração prevista para o sábado é uma hora e meia e, para o domingo, uma hora.

A Capela de São Pedro do Monte Alegre foi projetada, em 1930, pelo arquiteto Antonio Abronte e inaugurada em setembro de 1937 para atender aos trabalhadores da usina, residentes no bairro. Seu grande destaque são os afrescos de Antonio Volpi no interior, uma das únicas mostras dessa primeira fase do pintor. A igreja é uma réplica de um templo existente em Siena, na Itália.

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Monte Alegre

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FITNESS

Caminhada e corrida no Residencial Monte Alegre reuniram mais de 200 pessoas

Uma ocasião especial, um domingo diferente. Foi o que aconteceu no dia 1ª de julho, quando ocorreu a 1ª Corrida e Caminhada

Monte Alegre, no condomínio do bairro. O evento contou com a participação de mais de 200 pessoas, entre moradores e seus convidados.

Foi um grande momento de confraternização entre os condôminos por meio do esporte, na avaliação dos organizadores. A prova, que começou às 9h, teve organização da empresa EPJ Corridas, juntamente com o condomínio.

Os inscritos escolheram entre duas provas. A caminhada teve extensão de 2,5 quilômetros,

entre as ruas do residencial. E a corrida envolveu o dobro do percurso.

O vencedor da prova de corrida foi o morador Sérgio Ivancko. No final, todos os concorrentes receberam água, açaí e frutas de uma barraca especialmente montada para a ocasião, além de medalha pela participação.

No final, houve almoço especial, realizado no clube do condomínio, com cardápio elaborado por Vado Benites, da família Mirante. O evento contou com o patrocínio da Amistà Empreendimentos e Participações, que está lançando o Joy Residence; da Claro e Fale Fácil, além de outros parceiros.

Corrida no condomínioPor Ronaldo Victoria

Foto: Alessandro Maschio

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Page 15: Revista Monte Alegre

Morar perto do Monte AlegreProjeto de edifício segue as tendências dos grandes centros mundiais

O Monte Alegre tem destaque na mais popular rede social da internet, o Facebook. O bairro é tema de ao menos três grupos na rede. O mais

frequentado foi criado há dois meses pela professora Vanesca Quadros, de 43 anos.

Ela saiu do Monte Alegre, onde morava toda a família, aos 14 anos. Mas, nesses quase 30 anos de distância, a saudade nunca a deixou. E Vanesca conta que o objetivo maior é traduzir justamente esse sentimento. “É como uma corrente de lembranças”, ela define.

Vanesca conta que se surpreendeu com a adesão das pessoas à sua ideia. Afinal, em dois meses o grupo já conta com quase 500 membros. “Percebi que as pessoas estão carentes de recordações. A maioria não mora mais lá, cada um foi para o seu lado, mas ninguém se esquece do tempo bom que viveu por lá”, destaca a professora, que hoje é bibliotecária da Escola Estadual João Guidotti, no Piracicamirim.

A época da usina, as brincadeiras na rua, a igreja pintada por Volpi, a Teixeirada (espécie de clube), as vilas operárias, as festas patrocinadas pelo comendador Pedro Morganti, o time de futebol, o Grupo Escolar Monte Alegre. Não falta assunto para os integrantes da comunidade, e o grupo tem uma média de dez posts diários.

“Ninguém reprime nada, todo mundo é livre, mas, sinceramente eu não gosto de polêmica. Não é esse o objetivo”, conta Vanesca. O que eles querem é trocar informações, identificar as pessoas de uma determinada foto, saber de um ou de outro. Resumindo: matar saudades. “Isso é o que conta. Depois desse grupo, eu retomei vários contatos e parece que nunca deixei de estar ao lado do pessoal”, afirma. Encontro grande aconteceu em 8 de julho, durante a Festa de São Pedro, no Monte Alegre.

Quem participou foi a técnica de laboratório Ana Cristina Tonin, 36. Ela está no grupo desde o começo e é uma das mais assíduas. “Eu tenho uma vantagem que é ser filha de José Luiz Tonin, um apaixonado pelo Monte Alegre e por fotografia”, explica.

Como o pai (que já foi matéria de capa da Revista Monte Alegre) não ‘mexe’ com internet, Ana Cristina ficou com a incumbência de escanear uma parte do rico acervo que Tonin acumulou ao longo de muitos anos. “Como o pessoal sabe que sou filha dele, sempre me pede uma foto ou outra. E eu gosto muito de ver como estão curtindo”, garante.

As saudades também são dela. “Eu morro de saudade de estudar naquele prédio lindo da escola, do tanque que atravessava o campo de futebol, da Teixeirada, de tanta coisa”, revela Ana Maria, que saiu do bairro, onde ainda moram seus pais, aos 22 anos, para se casar. Pelo tanto de saudade e pela quantidade de fotos disponíveis, o grupo do Facebook certamente terá assunto para muito tempo.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Por Ronaldo Victoria

Viver num apartamento de frente para a Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) e tendo vista para toda a região do Monte Alegre.

A paisagem é uma grande vantagem do novo edifício Joy One Residence, que começa a ser construído na rua Bela Vista, esquina da avenida Pádua Dias.

Localização mais que privilegiada, reconhece José Luiz Guidotti Junior, o Junior Guidotti, da Amistà Incorporadora e Empreendimentos Imobiliários. “Escolhemos a região do Monte Alegre, pois encontramos a tranquilidade deste simpático bairro aliada à sua localização estratégica. Já que está situado ao lado do maior vetor de crescimento de toda a nossa região: o Parque Tecnológico e Automotivo”, afirma Guidotti.

O Joy One Residence foi concebido pelo escritório de arquitetura Roberto Leme & Associados, de Campinas. O projeto tem apartamentos de um e de dois dormitórios, e vários itens de lazer: piscina, espaço grill, restaurante e bar, além de serviços como sala office (com internet banda larga), lavanderia e serviços de arrumação básica dos apartamentos pelo sistema pay-per-use. “Está voltado para pessoas que buscam qualidade de vida, morando em um lugar de excelente localização, em frente à Esalq, e, principalmente, morando em um espaço concebido, seguindo as tendências dos grandes centros mundiais”, diz o empresário.

A construção começou em julho deste ano e a previsão de entrega é para outubro de 2015. Quanto à comercialização, Guidotti explica que está em processo de finalização do registro de incorporação, mas acredita que efetuará o lançamento até outubro deste ano.

A Amistà atua no mercado de Piracicaba há quatro anos. “Mas seus sócios-proprietários estão no segmento imobiliário e da construção civil há quase 30 anos, tendo neste tempo incorporado e construído apartamentos, casas, loteamentos residenciais, galpões industriais e hotéis”, salienta Guidotti. No momento, a

empresa está concentrada no lançamento do Joy One Residence, mas tem outros projetos em andamento. Para ele, é uma área de desafios constantes. “Acredito que os desafios estão na concepção de projetos inovadores e sustentáveis.”

O Joy One Residence será construído próximo à Esalq

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Monte Alegre

Page 16: Revista Monte Alegre

Serviço de informações na Esalq pretende aproximar instituição da comunidade

Por Cristiane BoninFoto: Alessandro Maschio

Campusatento

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Monte Alegre

Se você frequenta a Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), anote este número na agenda do celular para tirar dúvidas, fazer denúncias ou prestar informações à universidade: 3447-8616.

Em julho deste ano, o serviço chamado Campus Atento foi lançado com o objetivo de responder prontamente às dúvidas da comunidade usuária do espaço da instituição e de seus alunos, assim como o público de uma forma geral. Além de responder aos amplos questionamentos, a linha direta com a universidade também surgiu com o intuito de embasar a readequação da sinalização de orientação no campus Luiz Queiroz.

O serviço funciona 24 horas por dia, e em todos os dias da semana. De segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 18h, o atendimento da linha é feito pela Ouvidoria da Esalq. Nos finais de semana, e durante os períodos noturno e da madrugada, as informações são prestadas pelos guardas do campus, que também estão aptos a orientar a população a qualquer hora do dia nas guaritas das entradas da universidade.

A principal questão respondida, segundo o diretor da Esalq, José Vicente Caixeta Filho, está relacionada à localização dos departamentos da escola. “Muita gente vem à faculdade para eventos ou atividades e necessita encontrar determinados departamentos. Esta é uma das principais dúvidas que atendemos no Campus Atento, que recebe uma média de dez ligações ao dia”, conta o professor Caixeta.

• PRINCIPAIS DEMANDAS

Galhos caídos e a necessidade de manutenção nos jardins também figuram entre as principais informações recebidas pelo serviço telefônico. O abandono de animais domésticos e a sua circulação na faculdade completam o ‘top três’ do Campus Atento. Conforme o professor Caixeta, no caso dos cães e gatos, a faculdade possui canil e gatil para socorrê-los. “Mas quando o animal se mostra agressivo, por vezes, chegamos a ter de solicitar o apoio da equipe do zoológico e do Corpo de Bombeiros. Como o campus é muito grande, precisamos contar com a ajuda de informantes para

melhorar a rotina dos trabalhos e o atendimento prestado pela universidade”, comenta o diretor da Esalq.

Denúncias sobre pessoas suspeitas andando pela escola, localização de sanitários e permissão para uso do campus como área de lazer, como as práticas de andar de bicicleta, patinete ou skate, também podem ser feitas pelo número telefônico.

Casos emergenciais como alagamento, pessoas passando mal e incêndio também podem ser comunicados via telefone. Pelo Campus Atento a Esalq também presta informações sobre os cursos de graduação da universidade.

• APROXIMAÇÃO

Conforme Caixeta, o serviço telefônico faz parte de uma linha maior de gestão administrativa, que pretende aproximar a população da instituição. “É uma forma de fazer valer, e fazer chegar até nós enquanto instituição, as diferentes opiniões de diferentes públicos que frequentam a Esalq.”

Caixeta relata entender que cada informação recebida pode proporcionar uma posição diferenciada da instituição. “Isso implica quase sempre em um desafio instalado para uma tomada de providências ou medidas. De outra forma, nada mudaria ou melhoraria no campus se recolhêssemos todas essas informações e as arquivássemos. Portanto, esse é um meio relativamente simples e barato para melhorarmos sempre a nossa escola”, diz o diretor.

O Conselho Gestor do Campus Luiz de Queiroz foi responsável pela criação do programa. Placas com o número telefônico do Campus Atento foram instaladas em pontos estratégicos da faculdade para facilitar a divulgação do serviço e o conhecimento da linha.

De acordo com a assessoria de imprensa da Esalq, circulam diariamente pelo campus cerca de 5.000 pessoas, 4.000 mil carros e 400 bicicletas. A área do campus Luiz de Queiroz possui 914,5 hectares, tendo a área construída um total de 231,02 mil metros quadrados. A universidade conta hoje com 12 departamentos e 150 laboratórios.

Page 18: Revista Monte Alegre

ENTREVISTA

Aos 62 anos, Julio Piatto trabalha há mais de duas décadas na fábrica de papéis localizada no Monte Alegre, onde hoje é presidente. Ele passou por quatro mudanças desde o início de sua carreira em Piracicaba, e a fábrica completa em outubro um ano de gestão comandada por um grupo

japonês. Já a adaptação de Piatto a Piracicaba foi ainda mais tranquila. Nascido em São Bernardo do Campo, a família tem raízes na cidade e voltar a viver aqui pareceu algo natural.

Nesta entrevista, Piatto detalha a grande variedade de papéis produzida atualmente na Oji Papéis Especiais. O grupo hoje comanda o setor de papéis térmicos e tem 100% do mercado nacional de loterias. Foi a Oji que desenvolveu o comprovante de débito na cor amarela para dificultar a falsificação, e hoje é a única a fazer na cor azul. A fábrica é tão relevante no mercado que, a cada dez vezes que você passa seu cartão, há possibilidade de nove vezes o comprovante ter sido feito em Piracicaba.

Revista Monte Alegre - Como o senhor analisa esse primeiro ano da presença da Oji Papéis Especiais?

Julio Piatto - A fábrica mesmo existe desde 1953, está indo para 60 anos. E a Oji completa um ano dia 1º de outubro.

Como foi essa mudança?

Quando a Fibria vendeu, foi uma operação muito bem-sucedida porque esse ‘casamento’ veio após um ‘namoro’ de muitos anos. Desde 1988, temos muito contato com o Japão na área de tecnologia de papéis auto-copiativos e térmicos.

Até porque a Oji é gigante nesse ramo, não?

A Oji é a empresa que tem maior capacidade de produção de papéis especiais do mundo e a primeira em volume. No mundo todo, a Oji produz 6 milhões de toneladas ao ano.

E quanto produz aqui?

Aqui é pequeno porque a Oji tem muitos setores. Ela faz papel jornal, papel couchê, papel cartão para embalagem. Somos a primeira empresa 100% Oji no Brasil e ela tem ações na Cenibra (Celulose

Nipo Brasileira) há mais de 30 anos.

A transição da Fibria para a Oji foi natural?

Muito tranquila. E outra coisa importante é que nós já nos conhecíamos, tanto as pessoas quanto as empresas. Tínhamos

relações comerciais há muitos anos.

Não houve trauma, corte de pessoal?

Não teve troca porque o ponto importante dessa negociação foi reforçar ainda mais a participação da Oji no mercado. Era uma empresa que eles conheciam.

Produzir no Monte AlegrePor Ronaldo Victoria

Foto: Alessandro Maschio

‘Produzimos em torno de 48 mil t de papéis

térmicos ao ano’

Monte Alegre

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Page 19: Revista Monte Alegre

Produzir no Monte AlegreQue tipos de papéis são produzidos na fábrica do Monte Alegre?

Vários tipos. Fazemos o papel térmico, que tem

uma infinidade de aplicações. No Brasil, o papel térmico começou com o fax.

Ainda se produz papel de fax?

Ainda se produz, mas é muito pouco. Alguns setores ainda utilizam, principalmente despachantes, que usam remessas de documentos. Mas a tendência é sumir. O principal da produção são todos os papéis de comprovantes bancários. Chamamos de linha printer. Os primeiros a desenvolver os papéis amarelos fomos nós. Não existia papel térmico colorido. Nós desenvolvemos o amarelo porque tinha um problema muito sério no Brasil, no passado...

A falsificação?

Exatamente. Com o papel branco isso se tornava mais fácil. Por isso desenvolvemos o amarelo, para evitar que o pessoal tire fotocópia e falsifique. Nós desenvolvemos o amarelo e o mundo inteiro copiou. E só nós é que fazemos o azul.

Qual a porcentagem dos papéis térmicos da Oji?

O azul é 100% e o amarelo próximo de 75%.

Isso significa na prática que de 10 vezes que eu passo o cartão, em nove o comprovante foi feito em Piracicaba...

Sim. E temos 100% dos papéis da loteria. Hoje a lotérica faz tudo, é um mini-banco, você paga contas, faz apostas. E em todas as operações feitas, o papel é nosso. Estamos há sete anos e antes não existia um papel que pudesse preservar a segurança das apostas.

Mais uma vez evitar risco de falsificação.

E também de evitar danos no bilhete. Hoje o papel de loteria tem uma resistência a café, a gordura.

Por que a pessoa precisa guardá-lo para receber o prêmio.

Você não pode correr esse risco. É um papel especial que passa três vezes na máquina. A primeira para o impermeabilizante, a outra para a tinta e a terceira é uma camada de proteção. Temos também o papel printer que é usado para cupom fiscal, voto eletrônico, recibos em geral.

Como é feito o papel do voto eletrônico?

É um papel que a gente faz e vai dentro da urna. Ele não pode dar problema, e a gente simula aqui todas as condições ambientais, do Brasil todo, quando é muito seco, muito úmido. É o mesmo papel, mas ele se adapta a todas as condições de clima. Se você coloca um

papel que enrosque, vai perder registro.

Então vocês estão em tudo, no banco, na urna, na loteria?

De todos esses processos de alta tecnologia a gente participa. Hoje produzimos de papel térmico em torno de 48 mil toneladas ao ano.

Tem previsão de mais investimento?

Temos previsão para chegarmos, no final de 2013, a 60 mil toneladas. Temos também papéis para extratos, códigos de barras, ticket para contas de luz e de água, ingressos de espetáculos, comprovante de embarque e o mais antigo, que é o especial para fax. Esses são os térmicos. Temos o couchê para revistas, rótulos (as páginas internas da revista Monte Alegre são feitas em papel couchê da OJI).

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Monte Alegre

Page 20: Revista Monte Alegre

E como é a relação da fábrica com o Monte Alegre?

Com o Monte Alegre a gente tem uma relação histórica muito forte. São muitos anos e essa fábrica começou como uma usina fazendo papel, como uma extensão da usina de açúcar e álcool. E a comunidade do Monte Alegre ajudou a construir essa fábrica.

Quantos funcionários são do Monte Alegre?

Não sei o número exato, mas sempre foi grande. Mesmo depois de o Silva Gordo vender, aí veio a Simão que era uma empresa familiar. Depois a Votorantim, a Fibria, e agora a Oji. Muda quatro ou cinco vezes e continua no mesmo lugar.

Como são os projetos sociais da empresa?

Temos parceria com a Fundação Avistar e o Projeto Formar. O que a gente busca é sempre participar de projetos que sejam sustentáveis. Hoje está na moda falar em sustentabilidade, mas isso vem para nós há tempos. A maneira como você coloca sua responsabilidade social em projetos que sejam duráveis e auto-sustentáveis. Nossa participação em projetos comunitários não é para financiar eventos e sim financiar projetos que consigam sobreviver depois.

E isso traz retorno para a própria empresa, não?

Claro. A Oji, os valores que ela pratica, são muito parecidos com o que a Votorantim e a Fibria praticavam. Não tivemos muita mudança de roteiro, trabalhamos na mesma sintonia.

O senhor é nascido aqui?

Sou cidadão piracicabano. Estou aqui há 24 anos. Nasci em São Bernardo do Campo, mas meu pai

nasceu aqui. Voltei porque tinha parentes aqui. Estou todo este tempo na fábrica.

O que Piracicaba tem de especial?

Sou piracicabano por tabela, visito a cidade desde que nasci. Já sabia por que queria voltar. Quando vim, a Simão fazia as entrevistas de recrutamento e já disse que mudaria para cá. Minha casa já estava pronta, e tinha a certeza de que nunca mais sairia daqui. Tenho duas filhas que não nasceram aqui. Mas são mais piracicabanas do que eu. Aqui tem muito calor humano. Você se adapta muito rapidamente com as pessoas. Tenho facilidade para me relacionar. Quando chego, rapidamente me adapto. Piracicaba é assim, é fácil.

‘Temos com o Monte Alegre uma relação histórica muito forte’

Monte Alegre

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Page 21: Revista Monte Alegre

Os Nomes das Cores

O Monte Alegre tem destaque na mais popular rede social da internet, o Facebook. O bairro é tema de ao menos três grupos na rede. O mais

frequentado foi criado há dois meses pela professora Vanesca Quadros, de 43 anos.

Ela saiu do Monte Alegre, onde morava toda a família, aos 14 anos. Mas, nesses quase 30 anos de distância, a saudade nunca a deixou. E Vanesca conta que o objetivo maior é traduzir justamente esse sentimento. “É como uma corrente de lembranças”, ela define.

Vanesca conta que se surpreendeu com a adesão das pessoas à sua ideia. Afinal, em dois meses o grupo já conta com quase 500 membros. “Percebi que as pessoas estão carentes de recordações. A maioria não mora mais lá, cada um foi para o seu lado, mas ninguém se esquece do tempo bom que viveu por lá”, destaca a professora, que hoje é bibliotecária da Escola Estadual João Guidotti, no Piracicamirim.

A época da usina, as brincadeiras na rua, a igreja pintada por Volpi, a Teixeirada (espécie de clube), as vilas operárias, as festas patrocinadas pelo comendador Pedro Morganti, o time de futebol, o Grupo Escolar Monte Alegre. Não falta assunto para os integrantes da comunidade, e o grupo tem uma média de dez posts diários.

“Ninguém reprime nada, todo mundo é livre, mas, sinceramente eu não gosto de polêmica. Não é esse o objetivo”, conta Vanesca. O que eles querem é trocar informações, identificar as pessoas de uma determinada foto, saber de um ou de outro. Resumindo: matar saudades. “Isso é o que conta. Depois desse grupo, eu retomei vários contatos e parece que nunca deixei de estar ao lado do pessoal”, afirma. Encontro grande aconteceu em 8 de julho, durante a Festa de São Pedro, no Monte Alegre.

Quem participou foi a técnica de laboratório Ana Cristina Tonin, 36. Ela está no grupo desde o começo e é uma das mais assíduas. “Eu tenho uma vantagem que é ser filha de José Luiz Tonin, um apaixonado pelo Monte Alegre e por fotografia”, explica.

Como o pai (que já foi matéria de capa da Revista Monte Alegre) não ‘mexe’ com internet, Ana Cristina ficou com a incumbência de escanear uma parte do rico acervo que Tonin acumulou ao longo de muitos anos. “Como o pessoal sabe que sou filha dele, sempre me pede uma foto ou outra. E eu gosto muito de ver como estão curtindo”, garante.

As saudades também são dela. “Eu morro de saudade de estudar naquele prédio lindo da escola, do tanque que atravessava o campo de futebol, da Teixeirada, de tanta coisa”, revela Ana Maria, que saiu do bairro, onde ainda moram seus pais, aos 22 anos, para se casar. Pelo tanto de saudade e pela quantidade de fotos disponíveis, o grupo do Facebook certamente terá assunto para muito tempo.

CORES

Desde pequena, sempre tive verdadeira fascinação pelas cores. Nunca me contentava com os poucos nomes que me ensinavam,

nem com os limites colocados entre aqueles nomes. Assim, por exemplo, a fruta laranja podia ser amarelada enquanto que uma manga podia ser cor de laranja, avermelhada ou até meio verde. Um limão podia ser verde-escuro, verde-claro ou até amarelado e ainda assim existia uma cor chamada verde-limão! De qual limão? Outra coisa que me confundia era o nome da rosa. Afinal, só um tipo de rosa é realmente cor-de-rosa, ainda assim tem diferentes rosas. O rosa-claro, o rosa-choque ou magenta, o rosa-bebê, o rosa-chá (chá de quê?). Sem falar das outras rosas que nem cores de rosa são, podem ser amarelas, vermelhas e até mesmo brancas. Que tremenda confusão!

Meu nome quase foi Rosário porque nasci no dia de Nossa Senhora do Rosário. Dizem que rezar o rosário é como dar rosas para Nossa Senhora. Mas meu pai preferiu me chamar Maria Regina, dizendo que

também era uma homenagem à Mãe de Jesus, e que Regina em italiano significa rainha! Mas não sou rainha de reino algum. Então, cada nome dado a cada coisa deve ter suas razões? Não deve ser diferente com as cores.

Comecei a prestar mais atenção aos nomes das cores e descobri coisas muito interessantes. Azul-da-prússia, será que essa cor veio de tão longe? E maravilha, pink ou fuxsi que são iguais à cor magenta, sabia? A cor gelo é gelada? Verde-petróleo não deveria ser a cor da gasolina? E azul-piscina...? Podemos mergulhar nela?

São tantos os nomes das cores que acho que nem cabem todos na caixa de cores da vovó Rê!

Re Fernandes é piracicabana, mora no Rio, é artista multimídia,

designer, professora e pesquisadora das linguagens artísticas. É autora

do livro Da Cor Magenta – Um Tratado Sobre o Fenômeno da Cor e Suas

Aplicações, pela editora Synergia, RJ.

[email protected]

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Monte Alegre

Page 22: Revista Monte Alegre

TURISMO

Os famosos ‘markets’ são passeio obrigatório para quem está na capital britânica

PELOS MERCADOS de Londres

Texto e fotos: Lívia Telles

O colorido das casas em

Notting Hill

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Page 23: Revista Monte Alegre

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Os markets (mercados) de Londres, assim como os parques, foram alguns dos locais que mais me encantaram. A cidade possui ‘feiras’ de todo tipo,

a céu aberto, em lugares fechados, que vendem roupas novas ou usadas, comidas de diversas nacionalidades, jóias, obras de arte, vinil, antiguidades, decoração, música, serviços de saúde e beleza... E tudo o que se imaginar.

Alguns são mais alternativos, com peças diferentes e customizadas, vintage, exclusividades de cada ‘tribo’, como é o caso do Camden Lock Market. O Camden é

o market punk, com tons rock e cibernético. Mas em Camdem é possível encontrar todo tipo de produto, como uma barraca com instrumentos africanos, ou uma tenda indiana de tecidos. Talvez seja o lugar mais eclético que visitei.

A loja CyberDog é um dos principais atrativos da feira. É um espaço enorme com vários ambientes, decoração futurista escura com neon, quase como uma visita a uma galeria. Na porta, o visitante já é abordado por um ‘recepcionista cibernético’ de cabelo colorido e figurino prateado. Ao passear pelos ambientes da loja-conceito, podem ser encontradas roupas, acessórios, robôs, vestido estilo ‘Os Jetsons’, camisetas fluorescentes, e até uma camiseta com desenho de ondas sonoras, que ascendem conforme o ruído do local.

O Portobello Market, em Notting Hill, é bem diferente. Acontece ao longo da famosa Portobello Road. É uma elegante feira de antiguidades das mais diversas, na qual comprei uma lembrança especial: um colar vintage com pingente de rosa de madrepérola. Um bom dia para ir ao Portobello Market é aos sábados. É um market mais tranquilo que o Camdem, as casas e construções são diferentes de outros bairros de Londres, são harmonicamente coloridas.

O Covent Garden Market é um dos corações turísticos de Londres. O centro do local, originalmente, era o jardim de um convento ligado à Abadia de Westminster. Hoje, o mercado ‘coberto’ se expandiu e já se tornou bem mais que uma feira, com lojas de grandes marcas.

A arquitetura é linda e me fez lembrar a Estação da Luz, de São Paulo. O local é rodeado de pubs e cafés charmosos, com mesas a céu aberto. Ali acontecem muitas manifestações artísticas, performances, música, teatro, como num dos dias em que fui ao local, seis mulheres tocavam violino na praça de alimentação, transmitiam muita alegria. Uma das minhas opções preferidas para comer no Covent Garden era a ‘super paella’: um simpático casal ficava no centro do market

NOTTING hill

Artistas expõem seus

trabalhos

A ‘super paella’ no Covent Garden

Monte Alegre

Page 24: Revista Monte Alegre

com duas panelas enormes de uma saborosa paella, que você poderia pegar em porção grande ou pequena. Acontece também, esporadicamente, uma feira de comida na área externa do local, com quitutes da melhor qualidade, pães, salgados, bolos, frutas... Tudo artesanal e orgânico.

Um dos meus encantos foi uma loja de bonecos e modelos tradicionais do teatro, a Benjamin Pollock’s Toyshop. Nesta loja, encontram-se bonecos, maquetes, caixinhas de música e outras miniaturas do teatro antigo, clássicos personagens como ‘o bobo da corte’.

A feira que não poderia deixar de citar é a de Brick Lane. A região de Tower Hamlets é conhecida pelo aglomerado de restaurantes indianos, o local do curry, e também lugar de um dos primeiros ‘bagel shops’ (baguetes judaicas) de Londres. Mas Brick Lane se tornou espaço de novos artistas, bares, arte de rua, antiguidades, comida, roupas etc.

Aos domingos, a feira possui barracas por nacionalidade, com comida de diversos cantos do

mundo. Fica tudo exposto no fogo, pronto para ser levado na ‘marmitinha’ e degustado pelo market, cheio de expositores interessantes, peças exclusivas customizadas. O local fica cheio e é muito gostoso passar o domingo passeando pelos cantos de Brick Lane, descobrindo lojas, barracas, arte e até salão de beleza a céu aberto.

O Cafe 1001 é um local bem interessante: funciona como café durante o dia e um bar/club à noite, com muita arte contemporânea e música, um espaço conectado com o que é tendência (seja novo ou

vintage) e de qualidade. Uma proposta descontraída e aconchegante, com mesas no andar de baixo e almofadas no andar de cima.

Esses markets são locais nos quais a individualidade de cada um pode ter vazão. Onde arte e cultura de todo tipo e para todos os gostos borbulham em cada canto e a cada olhar, sem julgamentos e preconceitos. Espaços onde podemos nos deparar com um quadro, objeto, uma comida ou com alguém, e isso mexer conosco de alguma forma, porque nos identificamos. São locais nos quais a proposta é não ter vitrines (de nenhum tipo), onde tudo está ali, exposto, ‘nu’ e orgânico.

BRICK lane

Lívia Telles é publicitária, pós-graduanda em artes visuais, intermeios e educação pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e coordenadora de criação do MBM Escritório de [email protected]

Loja de placas antigas na Portobello Road

Barraca africana no Camden Market

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Page 25: Revista Monte Alegre

Quando falamos em trabalho social, imediatamente pensamos em empreendimentos que focam o aspecto

econômico dessa esfera. No geral, são iniciativas voltadas à diminuição da miséria e da desigualdade econômica, do acesso a produtos pelas classes desfavorecidas, da capacitação profissional ou, ainda, da ajuda psicológica em questões de violência (física ou psicológica) ou de inclusão.

A inovação nessa área, porém, é o empreendedorismo social que extrapola o conceito de assistencialismo. Tratam-se de empresas voltadas a criar empreendimentos sociais que atendam aos problemas enumerados acima a partir de iniciativas de mercado, somando ajuda e negócios. É um trabalho pioneiro que permite avançar os limites enfrentados pelas instituições que dependem de doações e editais, assim como criar para empresas um novo caminho diferente da simples busca pela acumulação de capital e crescimento a qualquer custo.

É um trabalho grandioso com ambições de transformação social e que deve ser incentivado.

Falamos disso nesta coluna, pois o Universo Digital fornece hoje ferramentas de baixíssimo custo

para que iniciativas empreendedoras deste tipo possam entrar no mercado com pouco investimento, testando e corrigindo caminhos e criando mudanças impensáveis fora deste universo. A união do espírito que empreende com a vontade de mudar o mundo e atender necessidades sociais urgentes tem sido o mote de criação de mais e mais startups pelo mundo.

Conheça alguns projetos e pense nesta ideia:• www.artemisia.org.br: organização referência em negócios sociais no Brasil;• www.ashoka.org.br/: pioneira na criação do conceito e na caracterização do empreendedorismo social como campo de trabalho;• www.rumoinstituto.org.br/espaco-artesao/: desenvolve ações de capacitação artesanal e geração de renda com mulheres das comunidades de

bairros carentes de Piracicaba;• www.cdilan.com.br: empresa cujo objetivo é transformar lan houses em centros para educação à distância e inclusão econômica e tecnológica;• www.solidarium.com.br: empresa de ‘comércio justo’, que atua com uma rede de criação, produção e distribuição de produtos por meio de

grandes redes varejistas em todo o território nacional e nos EUA;• Entenda melhor o conceito: www.artemisia.org.br/entenda_o_conceito.php

Giovanna [email protected]

Onde o trabalho social se torna auto-sustentável

Giovanna Baccarin é webdesigner, jornalista e palestrante. Especializada em marketing on-line e presença digital, é diretora da oficina22.com.br.

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Page 26: Revista Monte Alegre

NUTRIÇÃO

Saiba o que é fato e o que é ‘folclore’ quando o assunto é emagrecimento

MITOS E VERDADES

Para emagrecer é preciso comer várias vezes ao dia?

Sim, sendo que o ideal é que se coma de três em três horas, além de manter hábitos alimentares saudáveis. Para os lanches intermediários, recomendam-se frutas, barras de cereais, torradas e lanches naturais.

As dietas da moda, como as da sopa e da proteína, são mesmo eficientes para perder peso?

Sim, para quem deseja perder peso essas dietas são consideradas eficientes, porém, como se restringe um grupo de alimentos específicos, no caso da dieta das proteínas cortam-se os carboidratos, a maioria das pessoas não consegue mantê-la por muito tempo. Logo, quando ingerir carboidratos novamente, o ganho de peso é muito rápido e o famoso efeito sanfona acontece. Além disso, é contra-indicada, pois pode causar problemas de concentração, já que o cérebro não funciona sem glicose, que é proveniente dos carboidratos, além de insônia, tontura e alteração de humor. Vale lembrar que a maior parte do que se perde na dieta das proteínas é massa magra, ficando a perda de gordura corporal com uma pequena parcela. Não existe milagre, uma vez que

o organismo necessita de todos os grupos de alimentos para funcionar corretamente. O ideal é a reeducação alimentar.

Beber água ajuda a emagrecer?

A água é um grande aliado no processo de emagrecimento, mas, por si só, não faz milagre. Um estudo americano verificou que uma dieta de baixas calorias aliada à ingestão de água antes das refeições promoveu uma perda de peso 25% maior do que no grupo que fez apenas uma dieta de baixas calorias. Vale lembrar que apenas um copo durante as refeições já é suficiente. Devemos ingerir, por dia, em torno de 1,5 a 2 litros de água, que é o que se perde nas fezes, suor e urina.

Evitar o jantar ou fazer jejum ajuda a perder peso?

Não, pois pular refeições faz com que o organismo crie um sistema de defesa para os momentos de estresse. Logo, quando muito tempo em jejum, o organismo passará a estocar esse alimento na forma de gordura, para que, quando houver outra ‘ameaça’, como o jejum prolongado, ele tenha reservas, além do que no jejum o metabolismo diminui fazendo o corpo gastar menos energia. Porém, não se deve exagerar no jantar, pois à noite o metabolismo é naturalmente mais lento e, se não tivermos gastado essas calorias durante o dia, consequentemente elas virarão reserva na forma de gordura.

sobre as dietas

Muito se fala sobre dietas, mas quais informações são realmente válidas? Como perder peso, o que é verdade, mentira, o que se deve comer, qual dieta é mais eficiente?

Os anos passam e as dúvidas só aumentam. Para muitos, vale tudo em busca do corpo ideal.

A nutricionista Rafaela Isis Reis Allevato, do Hospital San Paolo, em São Paulo, esclarece algumas das dúvidas mais comuns sobre dietas, alimentos e hábitos alimentares.

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Page 27: Revista Monte Alegre

Dormir mal ajuda a ganhar peso?

Sim, pois uma boa noite de sono está ligada à liberação de serotonina, um neurotransmissor ligado ao prazer. Esse neurotransmissor também é liberado quando ingerimos açúcar, assim o organismo tende a compensar a falta de serotonina pela noite mal dormida, ingerindo açúcar. Além disso, uma noite de sono ruim desregula a produção do hormônio que ajuda a adormecer, a melatonina. A falta desse hormônio aumenta a produção de grelina, hormônio esse que aumenta o apetite.

Comer apenas alimentos light e diet emagrece?

Primeiramente, é importante saber a diferença entre diet e light. Os alimentos diet são voltados para as pessoas que possuem alguma restrição alimentar devido a algum problema de saúde, como é o caso dos diabéticos.

Porém, não é porque o chocolate diet não tem açúcar é que é mais saudável e tem menos calorias, pois no caso desse alimento, ele contém mais gordura. Já os alimentos light têm que ter 25% a menos de calorias do que os alimentos tradicionais. Esses podem ser aliados no processo de emagrecimento se ingeridos de maneira e na quantidade corretas. Muitas vezes, o individuo exagera no consumo de um alimento pelo simples fato dele ser light.

Beber durante as refeições engorda?

Nenhuma bebida engordará mais se ingerida durante as refeições ou após elas. Acontece que a ingestão de líquidos em excesso dilata o estômago, prejudicando a digestão, principalmente as bebidas gaseificadas.

Comer assistindo televisão engorda?

Não é o fato de comer assistindo televisão que engorda. Quando estamos assistindo TV e comendo, tendemos a comer mais, pois o cérebro não está concentrado na refeição, o que retarda a produção do hormônio que dá a sensação de saciedade. Porém, não é somente a televisão que faz isso: comer lendo ou mexendo no computador também tem o mesmo efeito.

Tomar chá verde ou água fria com limão pela manhã ajuda na perda de peso?

O chá verde pertence à classe de alimentos termogênicos, ou seja, o corpo precisa gastar mais calorias para absorver seus nutrientes, além disso, é um alimento diurético, ajuda a eliminar toxinas e consequentemente a desinchar. Para obter os benefícios dessa erva, deve-se consumir no mínimo 4 xícaras de chá por dia, além de ter que ser feito com a própria erva. Quanto à água fria com limão, não existe nenhuma comprovação cientifica sobre a sua ingestão e a perda de peso. Existe a crença de que alimentos ácidos queimam gorduras, o que não é verdade.

Está certo substituir alimentos por suplementos ?

Como nutricionista, seria ironia da minha parte dizer que não existem suplementos capazes de satisfazer a necessidade de nutrientes de uma pessoa. Porém, shakes e suplementos são acrescidos de diversos conservantes, corantes e aromatizantes para melhorar a palatabilidade e aumentar o prazo de validade. De uma maneira geral, são consumidos indiscriminadamente sem qualquer indicação ou acompanhamento nutricional. Além disso, os alimentos têm outra ligação com o indivíduo: o aspecto emocional que um alimento é capaz de levar a um ser humano. Portanto, digo que a alimentação é qualidade de vida, e como ter qualidade de vida alimentando-se de cápsulas e shakes? O alimento integra o indivíduo à sociedade, além de satisfazer suas necessidades nutricionais.

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Page 28: Revista Monte Alegre

INOVAÇÃO

Projeto de Bia Coury para a Bauma Containers mostra que é possível viver bem num container

Uma casa

Você já pensou em morar num container? Claro que a pergunta não é bem essa, pois é preciso esclarecer que o container é totalmente adaptado

para adquirir condições de ser moradia. Mesmo assim, continua dizendo não? Antonio Carlos Leão, da Bauma Containers, empresa que já está presente há dois anos em Piracicaba, reconhece que ainda existe muito preconceito. Mas isso é o que o tem estimulado a mostrar para o público da cidade que o container pode ser, sim, uma opção interessante.

Para isso, a Bauma vem mantendo várias ações. A mais visível, em todos os sentidos, é deixar à mostra um projeto de casa, elaborado pela arquiteta Bia Coury, a partir de outubro, num terreno do final da avenida Dois Córregos, um pouco antes do atacadista Makro e do Sindicato dos Metalúrgicos.

Segundo Leão, o público, poderá conferir a casa montada e deixar alguns preconceitos para trás. “Fizemos

com esse objetivo”, revela. Além do bom gosto do projeto, Leão conta que uma casa adaptada num container tem uma vantagem das mais consideráveis nos dias atuais: o custo.

“A grande vantagem começa pelo preço, pois é possível fazer uma casa na faixa dos R$ 25 mil e com um espaço compacto. Além de ser móvel, o que é outra vantagem”, explica. Outra questão ainda levantada pelo público é a seguinte: será que uma casa-container não é muito quente? Mas, Leão conta que não tem razão de ser. “Nós adaptamos. Todo o espaço passa por um processo de instalação de um revestimento com isopor. E também conta com isolamento acústico.”

A Bauma está presente em Piracicaba há dois anos e já tem mais de 200 containers na cidade toda, em vários bairros. “Estamos em diversas empresas, de pequenas a grandes. Já temos presença marcante no setor empresarial, agora estamos investindo em casas”, conclui Leão.

Por Ronaldo Victoria

A casa feita em container recebe

tratamento térmico e acústico

Monte Alegre

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QuandosetembrochegarBasta falar de Primavera no cinema, que a gente pensa

em grandes romances, em paixões que acontecem em lugares paradisíacos, certo? Sim, mas não somente. Essa

seleção de filmes ligados à estação (que o clichê garante ser a mais romântica do ano) tem sim histórias emocionantes, mas também traz um toque de comédia e de humanismo.

Por Ronaldo [email protected]

A Primavera de uma Solteirona – O drama deu o Oscar de melhor atriz para Maggie Smith. Ela vive Jean Brodie que, em 1932, numa escola para moças em Edimburgo, forma um grupo de estudos artísticos. Seria uma Sociedade dos Poetas Mortos não fosse um detalhe: a mestra admira o fascismo.

A Insustentável Leveza do Ser – Aqui se fala de uma Primavera metafórica. É a Primavera de Praga, de 1968, quando a então Tchecoslováquia quis sair do domínio comunista. Os acontecimentos políticos influenciam a vida de quatro pessoas. Daniel Day-Lewis e Juliette Binoche estão ótimos.

Primavera, Verão, Outono, Inverno... e Primavera – O filme dirigido pelo coreano Kim-duk Kim fala da essência do budismo. Um jovem vive com um monge num templo flutuante à beira de um lago. Cada estação que passa traz uma fase da vida do pupilo. Além da história, o visual é belíssimo.

Primavera para Hitler – E também uma Primavera de mentira, por que não? Esse engraçadíssimo filme de Mel Brooks foi exibido em 1968 no Brasil com o título da peça que dois vigaristas montam para ter fracasso. E têm enorme sucesso. Foi refilmado em 2003, agora com o título Os Produtores.

Monte Alegre

Programas de atividade físicapara boa forma, qualidade de vida,manutenção da saúde, tratamento

e prevenção de doenças.

Professor de Educação Físicaexperiente, graduado pela UNESP.

Cursou 4 anos do curso de Medicina na UNICAMP, optando pela atividade

física para intervir na saúde.Integrante do grupo de estudos

de ATIVIDADE FÍSICA e SAÚDEda UNIFESP e UNICAMP.

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PAULO LACÔRTEPersonal Trainer

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DIVERSÃO

Acampamento nas férias garante a diversão da criançada dos 5 aos 15 anos

A empresa Acampamentos Paruru, que tem uma atuação de mais de 20 anos em Piracicaba, já fechou a programação para as

férias de janeiro de 2012. Serão duas semanas, logo no começo do ano, e existe a possibilidade de fazer o programa completo ou então escolher apenas uma semana. As turmas vão acampar de 14 a 20 de janeiro e, depois, de 21 a 27.

O local, segundo a proprietária da empresa, Marta Rabioglio, é deslumbrante. Trata-se do sítio Rio Selvagem, localizado em Juquitiba, na Grande São Paulo. “É lindo, com muitas árvores e o rio Juquiá passa no meio do sítio”, conta Marta.

A faixa etária atendida vai dos 5 aos 15 anos, mas algumas atividades costumam ser divididas entre as crianças e os adolescentes, para terem maior aproveitamento. “Mas boa parte envolve a turma toda. A ideia é fazer atividades diversificadas para que eles aproveitem o dia inteiro. São várias atividades esportivas e também oficinas bem variadas”, explica.

Enquanto estiverem no acampamento, as crianças e adolescentes pintam em tela ou em camiseta, além de fazerem trabalho com material reciclável. “Fazemos em rodízio, entre os maiores e os menores. E acontecem geralmente logo depois do almoço, quando o clima fica mais quente”, conta Marta. Já a programação esportiva inclui enduro, corrida, caminhada, balsa e jangada, entre outros. Os maiores fazem arvorismo e os menores têm caça ao tesouro.

Marta explica que, teoricamente, haveria espaço até para 150 participantes, mas ela prefere não passar de 80, como no ano passado. A programação não começa ao raiar do sol, mas por volta das 7h30, durante o Verão, e às 8h, se for Inverno. Depois do café da manhã, eles vão arrumar as camas e, a seguir, partem para uma caminhada, seguida por um jogo coletivo. Eles podem escolher entre várias opções.

Em relação aos monitores, a proprietária conta que escala um para cada cinco crianças, número

Pelo prazer de acampar

Por Ronaldo VictoriaFotos: Tiago Liu

O sítio fica Juquitiba, na Grande São Paulo

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que considera ideal. Marta revela que é raríssimo o caso de alguma criança desistir e voltar para casa. “No máximo elas estranham na primeira noite, mas logo entram no ritmo”, diz. Ela conta que trabalha com acampamento há mais de 30 anos, tem uma boa experiência e fez o programa CISV (Children International Summer Village). “Eu já levei duas gerações para acampamento, o que é muito interessante. É uma atividade de muita responsabilidade, pois você fica com os filhos dos outros. Mas o fundamental é gostar de crianças”, conclui.

Mais informações a respeito do Acampamentos Paruru podem ser obtidas pelo telefone 3413-1197 ou pelo email [email protected]

A prática da tirolesa está entre as atividades

nas férias

Crianças se divertem com o ‘jogo do pirata’

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ESTÉTICA

Dieta, exercícios e tecnologia juntos dão um basta no problema

Bye, bye

Se você perguntar para uma mulher qual é o seu maior pesadelo no quesito estética, ela responderá, sem sombra de dúvida, que é a celulite. Poucas coisas são capazes de deixar uma mulher tão

irritada quanto aqueles malditos ‘furinhos’ que aparecem nas coxas, bumbum e barriga, principalmente.

Segundo a médica Alessandra Nalin, especialista em medicina estética, sob nossa pele há sempre uma placa de tecido adiposo (gordura), que pode ser maior ou menor, dependendo da região e o do estado nutricional do indivíduo. “Abaixo desta placa de gordura encontra-se o músculo, que fica conectado à pele por fibras elásticas de tecido fibroso, que atravessam o tecido gorduroso. Quando estas fibras conectivas apresentam baixa elasticidade e, ao mesmo tempo, há um acúmulo de gordura nesta região, a pele torna-se irregular. Isso ocorre porque as fibras tracionam a pele em direção ao músculo enquanto que a gordura a empurra para cima. A celulite é, portanto, uma espécie de herniação da gordura em direção à pele”, explica a médica.

O problema tem várias causas. A primeira delas é que é um mal tipicamente feminino. Mulheres tendem a ter acúmulo de gordura nos quadris, nádegas e coxas. O excesso de peso é outra razão, já que o excesso de gordura é crítico para o surgimento de celulite. Com avançar da idade, a pele torna-se menos elástica, favorecendo o aparecimento do problema. A lista prossegue com o sedentarismo e o estresse, que interferem no metabolismo; e com os anticoncepcionais hormonais, que favorecem o acúmulo de gordura.

“Encontrar maneiras rápidas e milagrosas para estes problemas é o sonho de qualquer um, porém sabemos que tudo se inicia com a autodisciplina em estabelecer uma dieta saudável e manter a pratica de exercícios físicos regulares”, diz Alessandra. “E, além disso, os

tratamentos corporais estéticos e a suplementação oral com nutracêuticos são fundamentais para a efetividade dos resultados”, afirma.

Segundo Alessandra, os tratamentos corporais estéticos têm como objetivo dar uma melhor definição aos contornos corporais por meio da redução de medidas, além de combaterem a flacidez, a gordura localizada e todos os outros transtornos que comprometem a silhueta.

“A grande novidade hoje em tratamentos estéticos são os aparelhos que, por meio da radiofrequência, quebram as células de gordura, ativam a formação de colágeno e, com isso, promovem o tão esperado lifting”, salienta Alessandra.

APOLLO TripollarEntre esses aparelhos, a médica menciona o Apollo

Tripollar. “É a escolha perfeita para quem precisa enrijecer e reduzir depósitos de gordura localizada, sendo inclusive indicado pós-lipoaspiração e também pós-gravidez, com excelentes resultados”, assegura.

O FDA, órgão americano que regula a venda de remédios e equipamentos médicos, comprovou a eficácia do Apollo Tripollar nos tratamentos propostos. Segundo estudos, explica a especialista, a celulite pode diminuir em até 80% e a textura e firmeza da pele também responderam de forma satisfatória.

“Somando-se a estes tratamentos , podemos utilizar, ainda, os nutracêuticos/nutricosméticos, que são formulações elaboradas em concentrações e associações específicas para cada caso, com foco na bioquímica e expressão genética individual, obtendo respostas ainda mais promissoras”, finaliza.

celulite!

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Refeição‘caliente’O Monte Alegre tem destaque na mais popular

rede social da internet, o Facebook. O bairro é tema de ao menos três grupos na rede. O mais

frequentado foi criado há dois meses pela professora Vanesca Quadros, de 43 anos.

Ela saiu do Monte Alegre, onde morava toda a família, aos 14 anos. Mas, nesses quase 30 anos de distância, a saudade nunca a deixou. E Vanesca conta que o objetivo maior é traduzir justamente esse sentimento. “É como uma corrente de lembranças”, ela define.

Vanesca conta que se surpreendeu com a adesão das pessoas à sua ideia. Afinal, em dois meses o grupo já conta com quase 500 membros. “Percebi que as pessoas estão carentes de recordações. A maioria não mora mais lá, cada um foi para o seu lado, mas ninguém se esquece do tempo bom que viveu por lá”, destaca a professora, que hoje é bibliotecária da Escola Estadual João Guidotti, no Piracicamirim.

A época da usina, as brincadeiras na rua, a igreja pintada por Volpi, a Teixeirada (espécie de clube), as vilas operárias, as festas patrocinadas pelo comendador Pedro Morganti, o time de futebol, o Grupo Escolar Monte Alegre. Não falta assunto para os integrantes da comunidade, e o grupo tem uma média de dez posts diários.

“Ninguém reprime nada, todo mundo é livre, mas, sinceramente eu não gosto de polêmica. Não é esse o objetivo”, conta Vanesca. O que eles querem é trocar informações, identificar as pessoas de uma determinada foto, saber de um ou de outro. Resumindo: matar saudades. “Isso é o que conta. Depois desse grupo, eu retomei vários contatos e parece que nunca deixei de estar ao lado do pessoal”, afirma. Encontro grande aconteceu em 8 de julho, durante a Festa de São Pedro, no Monte Alegre.

Quem participou foi a técnica de laboratório Ana Cristina Tonin, 36. Ela está no grupo desde o começo e é uma das mais assíduas. “Eu tenho uma vantagem que é ser filha de José Luiz Tonin, um apaixonado pelo Monte Alegre e por fotografia”, explica.

Como o pai (que já foi matéria de capa da Revista Monte Alegre) não ‘mexe’ com internet, Ana Cristina ficou com a incumbência de escanear uma parte do rico acervo que Tonin acumulou ao longo de muitos anos. “Como o pessoal sabe que sou filha dele, sempre me pede uma foto ou outra. E eu gosto muito de ver como estão curtindo”, garante.

As saudades também são dela. “Eu morro de saudade de estudar naquele prédio lindo da escola, do tanque que atravessava o campo de futebol, da Teixeirada, de tanta coisa”, revela Ana Maria, que saiu do bairro, onde ainda moram seus pais, aos 22 anos, para se casar. Pelo tanto de saudade e pela quantidade de fotos disponíveis, o grupo do Facebook certamente terá assunto para muito tempo.

GASTRONOMIA

Que tal preparar um jantar com ingredientes afrodisíacos? Itens como o abacate e condimentos como a pimenta contidos nesta receita são comprovadamente estimulantes sexuais, seja pelo seu aroma ou pelos

seus componentes.

Essa tilápia à mexicana é de fácil preparo, com ingredientes existentes em todo Brasil e que vai deixar seu par de boca e coração abertos. A dica é da Nutrimar.

TILÁPIA À MEXICANAINGREDIENTES

- 1kg filé de tilápia

- 2 colheres de azeite

- 2 pimentas, sem sementes e cortadas em fatias médias

- ½ xícara de sementes de abóbora torradas

- ¼ xícara de vegetais diversos

- ½ cebola média

- ½ xícara de folhas frescas de coentro, folhas e parte do caule, reserva alguns para enfeitar

- ¼ colher de chá de orégano seco

- ¼ colher de chá de sal

- ¼ colher de chá de pimenta-do-reino

- 1 abacate descascados e cortado em pequenos cubos (opcional)

- ½ xícara de alface fresca em fatias finas

- 4 a 6 tortilhas mexicanas

MODO DE PREPARO

1 - Polvilhe uma pitada de sal e pimenta no filé de tilápia.

2 - Adicione 2 colheres de sopa de azeite de oliva em uma frigideira antiaderente e refogue.

3 - Frite o filé de tilápia em fogo médio por cerca de um minuto de cada lado.

4 - Retire o filé de tilápia do fogo e reserve em um prato.

5 - Levemente refogue a pimenta por cerca de 2 minutos e combine com o filé de tilápia.

6 - Misture as sementes de abóbora, cebola picada, coentro, orégano, sal e pimenta no liquidificador e bata até ficar homogêneo.

7 - Transferir a mistura de molho em uma panela pequena e cozinhe o molho por 10 minutos em fogo médio-baixo, mexendo ocasionalmente.

8 - Coloque o molho com o filé de tilápia.

9 - Para servir, coloque um punhado de peixe, pimenta, abacate e alface em uma tortilha e dobre em um taco.

Serve 2 pessoas

Crédito: Cozinha Nutrimar

Foto: Cozinha Nutrimar

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VITRINE

Há um espaço em Piracicaba para quem deseja fazer da gastronomia mais que um hobby: uma arte. Para esse público gourmet, a Padan Eletro funciona há um ano num simpático espaço no Bairro Alto. O gerente, Paulo Dante, já atua há 15 anos com elétricos e para o novo empreendimento escolheu a especialização na cozinha. Confira alguns dos produtos que você vai encontrar na Padan.

Cozinharcomclasse

ChurrasqueiraEspecial, e de fabricação americana, pode fazer todo tipo de carne e também pizza. Atua no sistema “bafo”. Tem espeto giratório e fogão lateral.

CubaDa marca Mikal, tem um trio de aço inox escovado. A bandeja perfurada, ideal para carnes ou saladas, também é móvel. A torneira também pode ser utilizada de forma fixa ou móvel.

Foto: Alessandro MaschioFogão Cook TopDiferenciado, tem 1,10m de largura e duas triplas chamas, além de quatro bocas. São dois tipos de chama. O forno, com grelha e espeto giratório, tem revestimento em inox.

A Padan Eletro fica na rua Regente Feijó, 1548.O telefone é 3432-3684 e o e-mail [email protected]

CoifaÉ usada em dupla, o que garante sucção total. O comando é eletrônico, com soft touch. Tem uma vazão de 800 metros cúbicos e funciona com um nível de ruído de até 30 decibéis. Ou seja, é imperceptível.

BatedeiraDa marca KitchenAid, é um ícone do design, mantido igual há 90 anos, quando era utilizada por soldados em campo de batalha. É a mas usada por chefs do mundo todo e mantém a mesma potência.

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