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A REVISTA DOS SUPERMERCADOS DO RN ANO VI . Nº 53 . FEV 2011 CONFETE, SERPENTINA E LUCROS NO CARNAVAL É HORA DE EVITAR PERDAS O VALOR DA CASTANHA DE CAJU

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Matérias sobre Vendas no Carnaval, o valor da castanha de Caju para o Rio Grande do Norte, ginástica laboral e rotisserias.

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Page 1: Revista MIX de Fevereiro

A R E V I S T A D O S S U P E R M E R C A D O S D O R N

ANO VI . Nº 53 . FEV 2011

CONFETE, SERPENTINAE LUCROS NO CARNAVAL

É HORA DE EVITAR PERDAS

O VALOR DA CASTANHA DE CAJU

Page 2: Revista MIX de Fevereiro
Page 3: Revista MIX de Fevereiro

DIREÇÃO DE CRIAÇÃO Paulo Moreira [email protected] EDIÇÃO E

REPORTAGEM Helouise Melo [email protected] REPORTAGEM Maria Clara

[email protected] FOTOGRAFIA Alex Fernandes [email protected]

DIREÇÃO DE ARTE E TRATAMENTO DE IMAGENS Verônica Barbosa veronica@

firenzze.com COMERCIAL Ubiratan Bezerra (84) 9988.4310 e Edson Nascimento (84)

9115-1344 PRODUÇÃO/TRÁFEGO Melina Kassimati [email protected]

FINANCEIRO Gerisvaldo Filho [email protected]

A revista MIX é uma publicação da ASSURN, editada pela Firenzze Comunicação

Estratégica Tiragem 3.000 Impressão Impressão Gráfica Correspondência Av.

Romualdo Galvão, 1703 - Ed. Trade Center, Lojas 06/07 CEP 59056-105. Natal-RN. (84)

3344-5240. www.firenzze.com - [email protected]

Associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte

Presidente da ASSURN Geraldo Paiva dos Santos Júnior Vice-Presidente Eugênio

Pacelli de Medeiros Delegado junto à ABRAS José Geraldo de Medeiros Secretário

Geral Venício Gama Pacheco Diretor Administrativo Jorge Luiz de Medeiros Diretor

Financeiro Marinaldo da Silva Vice-Presidentes Regionais Antônio Ferreira Júnior,

Paulo Márcio Medeiros e Maria da Conceição V. Moura

E D I T O R I A L

A nossa revista MIX traz este mês um tema de grande importância ao setor

supermercadista: as perdas nos supermercados. A matéria mostra dados sobre

esta realidade no Brasil, bem como ações fundamentais que devem ser tomadas

pelos empresários do setor para evitar este problema que tanto afeta o varejo.

Apresentamos também algumas dicas sobre ginástica laboral, mostramos a

realidade dos supermercados do Estado para a comercialização de itens no

Carnaval e falamos sobre a importância das rotisserias e de um produto que

agrada o paladar de muitos brasileiros e estrangeiros, a castanha de caju.

Desejo a todos uma excelente leitura.

Um abraço,

Geraldo Paiva Júnior, Presidente da Assurn

Fotógrafo:

Alex Fernandes

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AUMENTO DA PRODUTIVIDADE COM A GINÁSTICA LABORAL

ROTISSERIAS COM ACONCHEGO E VARIEDADE

A FORÇA DO REBOUÇAS

MORAES NETO

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E N T R E V I S T A

CONTE-NOS UM POUCO SOBRE A SUA HISTÓRIA COMO EMPRESÁRIO DO SETOR SUPERMERCADISTA.

Vem sendo um aprendizado de vinte anos. Sou formado em História pela UERN, mas sempre tive atração pelas atividades em-preendedoras na área comercial. A história do Supermercado Quei-roz tem uma série de etapas que revelam um trabalho incessante em busca de muitos objetivos. Junto com minha família busquei sempre o desa� o, nunca gostei da ideia de que já havia alcançado as metas a que me propus. Iniciei com uma loja pequena no bairro Belo Horizonte, há vinte anos. Foi preciso muito trabalho para con-quistar a clientela, estruturar a loja e criar novos horizontes. Veio, então, a loja da Boa Vista, que logo de início conquistou a con� ança e se tornou a loja âncora da rede. Fomos sempre nos superando até a abertura do primeiro hipermercado de Mossoró, na Leste Oeste. Essa foi outra iniciativa vitoriosa. Como disse, foram desa� os novos a cada etapa e estamos seguindo em frente.

COMO ESTÁ SENDO A EXPERIÊNCIA EM FAZER UM MBA EM VAREJO PELA ABRAS?

Embora tenha uma experiência de vinte anos como supermer-

cadista de empreendimentos concretizados e de desa� os superados, achei importante que ela pudesse ser acrescida através dos estudo de grandes economistas, das estratégias modernas de mercado, dos cases bem sucedidos. Por isso decidi fazer o MBA em São Paulo e tem sido muito enriquecedora a experiência das aulas, das pesqui-sas e dos trabalhos, que têm me ajudado a superar novos desa� os e manter o foco na rede de supermercados Queiroz, num mundo globalizado e que exige cada vez mais atualização e dinamismo.

O SUPERMERCADO QUEIROZ HOJE É REFERÊNCIA EM MOSSORÓ. A QUE SE DEVE ESTE CRESCIMENTO EM SUA OPINIÃO?

Não foi apenas um fator que contribuiu para isso. Foram vá-rios. Chegamos a um estágio em que contratamos as pesquisas e elas mostraram mais da metade da população mossoroense apontando o Queiroz como o seu supermercado favorito e foi para isso que trabalhamos. Nesse ramo supermercadista, vários fatores precisam estar agregados: preço, atendimento, sortimento, interação social, atendimento de expectativas, pesquisas de mercado e nós sempre procuramos estar antenados com isso. Estamos em quase todos os bairros de Mossoró e procuramos oferecer sempre diferenciais nos

A revista MIX conversou com Jair Queiroz, idealizador doSupermercado Queiroz, em Mossoró

MOTIVADO PORGRANDES DESAFIOS

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nossos serviços e construir parcerias que permitam trabalharmos com preços mais baixos. Tudo isso resultou numa boa aceitação das nossas lojas.

O HIPER QUEIROZ POSSUI HOJE UM PROJETO INOVADOR, COM A TV QUEIROZ. FALE SOBRE O PROJETO E OS BENEFÍCIOS QUE ELE TRAZ AOS CLIENTES.

A TV Queiroz foi criada a partir do fato de termos dentro das nossas lojas, todos os dias, milhares de clientes fazendo suas compras e a necessidade de nos comunicarmos melhor com eles nesses mo-mentos em que eles estão conosco. Criamos uma programação útil, que vai desde dicas das promoções do dia, para que comprem os produtos mais baratos, até informações importantes e necessárias ao seu dia a dia. Através da TV Queiroz, estamos criando essa interação com os nossos visitantes e levando até eles todas as informações sobre os nossos serviços. Tem sido uma iniciativa de muito sucesso.

QUAIS OS PROJETOS FUTUROS PARA O SUPERMERCADO?Desa� os não faltam. Projetos também não. Nos últimos anos,

abrimos a loja do Supermercado Queiroz em Pau dos Ferros e do Hiper Queiroz no Mossoró West Shopping. Trabalhamos a pa-Hiper Queiroz no Mossoró West Shopping. Trabalhamos a pa-dronização de imagem em todas as nossas lojas. Fizemos muitos dronização de imagem em todas as nossas lojas. Fizemos muitos investimentos na qualidade do nosso atendimento, passando por investimentos na qualidade do nosso atendimento, passando por capacitação de funcionários e estratégias de marketing. Estamos capacitação de funcionários e estratégias de marketing. Estamos agora lançando a campanha promocional dos 20 anos da rede. Será agora lançando a campanha promocional dos 20 anos da rede. Será a maior campanha de prêmios já realizada em Mossoró com 100 a maior campanha de prêmios já realizada em Mossoró com 100 prêmios - 20 motos, 20 geladeiras, 20 notebooks, 20 TVS LCD 42 prêmios - 20 motos, 20 geladeiras, 20 notebooks, 20 TVS LCD 42 polegadas e 20 fogões – que serão sorteados durante toda a promo-polegadas e 20 fogões – que serão sorteados durante toda a promo-ção. Quanto à ampliação das lojas, estamos fazendo alguns projetos ção. Quanto à ampliação das lojas, estamos fazendo alguns projetos e no tempo certo anunciaremos todas as novidades.e no tempo certo anunciaremos todas as novidades.

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C O N S U M I D O R

As perdas representam um dos mais im-portantes tópicos para gerenciamento no se-tor. A 10ª avaliação de Perdas no Varejo Bra-sileiro Supermercadista 2010, elaborada pela Abras em parceria com a Nielsen e o GPP/Provar-FIA, mostrou que as perdas nos su-permercados brasileiros alcançaram 2,33% do faturamento em 2009 e a principal causa disto continua sendo a quebra operacional, sendo este o responsável por 51,50% do to-tal das perdas. De acordo com Jonas Alves,

gerente de loja do supermercado RedeMais Daterra, a avaria acontece também pelos próprios clientes, em sua maioria jovens, que consomem alguns produtos como bis-coitos, refrigerantes e iogurtes e acabam não pagando. “O setor de hortifruti também é muito prejudicado quando algumas pesso-as manipulam os alimentos indevidamen-te, muitas vezes quebrando ou amassando. Observamos isto com frequência no dia de maior movimento do supermercado, a

quinta-feira, quando o sistema de câmeras e seguranças percebe pequenos furtos, degus-tação e manipulação indevida. Outra causa de perda é a colocação de caixas pesadas em cima de produtos”, revela o gerente, que res-salta ainda a política de orientação feita pelo supermercado para os clientes, divulgando a proibição em se consumir produtos dentro da loja. Isto é feito através do sistema de som e pan� etos educativos.

Os principais fatores de perdas no setor

MONITORAMENTOE CONSCIENTIZAÇÃO PARA EVITARPERDAS

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supermercadista divulgados na avaliação da Abras são: avarias e que-bras identi� cadas ou não, furtos internos e externos, fraudes, falhas no recebimento e registro, degustação indevida e manipulação de produ-tos perecíveis, principalmente de frutas, verduras e legumes (FLV). A pesquisa revela também que as perdas nos setores de perecíveis repre-sentam 54% do total dos danos (28,2% identi� cáveis e 25,8% não identi� cáveis). Em 2009, as perdas totais foram de 2,33% e o lucro de 2,30%, ou seja, as perdas superaram os lucros, dados que revelam a ur-gência do setor em investir numa área de prevenção. Algumas medidas como o recebimento de perecíveis com a supervisão do encarregado do setor para veri� cação de datas e qualidade dos produtos, lavagem das câmaras frias (no mínimo uma vez por semana) e organização dos lotes sem excessos de peso, além da ar-rumação das câmaras diariamente, evitando a contaminação cruzada de alimentos, podem evitar as per-das neste setor.

Já para impedir que os danos atinjam a área de FLV é importan-te orientar os repositores quanto a fragilidade e manipulação correta dos produtos. Para Jonas, quando somamos separadamente as perdas causadas por origens de fraudes e aquelas motivadas pela falta de e� ciência, constatamos que estas últimas superam as primeiras, ao contrário do que se imagina. “A solução das perdas causadas por ine� ciência interna passa pela cons-cientização das pessoas e monitoramento dos processos operacionais e administrativos”, diz o gerente, que cita ainda os itens mais furtados em supermercados que são as bebidas alcoólicas, chocolates, aparelhos de barbear, carnes, perfumaria e calçados.

O treinamento efetivo dos pro� ssionais da área de prevenção de perdas (seguranças) quanto aos tipos de abordagem é uma ação impor-tante para se evitar furtos nos supermercados. Outra medida é treinar os colaboradores desta área sobre as políticas, normas e procedimentos da empresa sobre o tema, além da implantação de um circuito fechado de TV e de uma espécie de caixa de denúncias de fraude ou falta de ética de algum empregado. Para o gerente do RedeMais Daterra, “Não basta investimento em segurança sem treinar adequadamente quem vai utilizar estes equipamentos. Devemos sempre identi� car o per� l adequado do segurança que está na área de vendas, pois ele representa a empresa no momento da abordagem e é preciso ter controle emocio-nal, saber conversar e solucionar os problemas sem usar de agressivida-de perante os clientes.

54% É O PERCENTUAL DE PERDAS NOS SETORES DE PERECÍVEIS, SENDO ESTAS 28,2% IDENTIFICÁVEIS E 25,8% NÃO IDENTIFICÁVEIS

As frutas, verduras e legumes são itens que se perdem com frequência nos supermercados

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S A Ú D E

OS BENEFÍCIOS DE UMA ROTINA SAUDÁVEL

GINÁSTICA LABORAL:

O bem-estar pode ser uma boa moeda de tro-ca para a sua empresa. O investimento em um ambiente de trabalho motivador e saudável reduz o prejuízo com despesas médicas e aumenta a pro-dutividade dos colaboradores. A Ginástica Labo-ral é uma importante ferramenta nesse novo con-texto, onde ganha mais quem trabalha melhor.

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O setor de supermercados ocupa o segundo lugar no grupo de em-presas que mais gasta com despesas médicas e indenizações devido aos danos por lesões no trabalho. Os funcionários de caixas (checkouts), por exemplo, passam muito tempo sentados e executam movimentos repetitivos ao passar produtos na esteira de compras. Com isso, eles correm o risco de desenvolver doenças como artrite e artrose devido ao mau posicionamento dos braços e mãos, bem como escoliose pela pos-tura inadequada na cadeira. Já os carregadores, que geralmente trans-portam produtos de grande peso, estão expostos ao risco de hérnia de disco e problemas na articulação do joelho.

Para o professor de educação física e pesquisador em Ergonomia do Traballho, Francisco Augusto de Negreiros Freire, é fundamental conhecer a rotina dos funcionários. “Analiso as ações motoras mais frequentes e, assim, posso diagnosticar quais grupos de músculos eles devem exercitar”. O professor lembra que as sessões devem ser acompanhadas e elaboradas por um pro� ssional. “Os exercícios são organizados em grupos e de acordo com a demanda. Eles podem ser preparatórios, compensatórios e de relaxamento”, explica Augusto.

A Ginástica Preparatória é realizada antes da jornada de traba-lho. Ela deve ser feita diariamente, preparando os funcionários para a jornada com mais disposição, evitando contraturas e prevenindo distensões musculares. Os exercícios realizados são de alongamento,

aquecimento e mobilidade articular.

A Ginástica Compen-satória é feita como uma pausa durante no trabalho. São aplicados exercícios de alongamento, descontração e soltura. Ela é indicada para tarefas repetitivas de muita concentração e pressão.

A Ginástica de Relaxa-mento acontece após o ex-pediente. São exercícios de relaxamento, respiração e massagem, provocando uma sensação de bem-estar.

As atividades são geral-mente feitas em grupo, levam entre 15 a 25 minutos e não devem ocupar o horário de almoço ou intervalo dos fun-cionários.

A má postura acarreta sérios danos à saúde

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C A P A

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VENDAS E FESTEJOS NO

As vendas são sempre animadas durante o período momesco. A festa mais famosa do Bra-sil aquece o comércio e fecha o verão sempre com bons indicativos. O Rio Grande do Norte entra na rota dos festejos e é para o interior que a maioria dos foliões se desloca.

Caicó defende o título de melhor Carnaval da região. A cidade, que � ca a 256 km da ca-pital, arrasta multidões nos dias de folia, com seu Carnaval singular. Respeitando as tradições das marchinhas e blocos puxados por bandas de frevo, os caicoenses movimentam o comér-cio local, que é alavancado pela chegada dos turistas. “A maioria dos clientes são daqui. Eles compram frios, pães, carnes e produtos para churrasco”, a� rma o gerente da Rede Seridó, Dilvan de Lima Bezerra. O supermercadista garante que as vendas sobem em até 30% e al-guns produtos chegam a mais de 50%.

O carro-chefe da diversão é o setor de be-bidas. O gerente de administração da Bel Co-mércio e Representações, Lincoln Leonardo Batista, comemora o sucesso de vendas no se-tor: “Representamos várias marcas no Brasil e

� camos animados com o espaço que os desti-lados estão ganhando no mercado. A venda de vodka pode crescer em até 80%”, festeja. Ele lembra que as negociações desse período cos-tumam ser bastante agressivas e que, por isso, é importante que os supermercadistas se progra-mem para que não faltem produtos nas lojas. Gildson Neri, sócio-diretor da Ligzarb Dis-tribuidoras de Alimentos, reforça os cuidados com os pedidos: “Depois das festas de � m de ano, o Carnaval é o período mais complicado. Não se consegue fazer estoque por causa do ve-rão”, ele lembra.

Para Antônio Ferreira Júnior, da Rede 10 Supermercados em Mossoró, vale a pena inves-tir no layout da loja e nos arranjos para atrair o cliente. “A decoração faz parte da festa. O supermercado é ornamentado com confete e serpentina, a música ambiente é selecionada de acordo com o tema, e os funcionários podem aderir ao clima mais descontraído”, explica.

Indo contra o � uxo carnavalesco, as lojas de Natal devem � car atentas ao público que rece-bem nessa época. O natalense segue a tendên-

CARNAVALFOTOS: ALEX FERNANDES

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cia de viajar para as praias, e os turis-tas chegam à cidade com o intuito de descansar. “Voltamos a nossa atenção para produtos de higiene pessoal, que nessa época tendem a sair bastante”, explica André Rodrigues Ribeiro, ge-rente de marketing do supermercado Favorito da Avenida Roberto Frei-re, em Natal. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte mostram que a ocupação dos hotéis na capital deve chegar aos 90% no Carnaval, e que é justamente a ausência de grandes agitos que atrai o turista para Natal. “Não chegamos a ter prejuízos, mas o lucro é tímido, nada comparado aos 40% que alcançamos no Carna-tal”, explica. É preciso conhecer bem quem vai à festa, � car atento ao esto-que e se fantasiar, para não perder as comemorações.

TOUROS

Localizado a 89 km de Natal, o Localizado a 89 km de Natal, o

carnaval de Touros é um dos mais carnaval de Touros é um dos mais

importantes do litoral norte. importantes do litoral norte.

PARNAMIRIM

As folias de Parnamirim se

concentram na praia de Pirangi. O

Bloco das Virgens e os trios elétricos

atraem milhares de foliões.

MACAU

A cidade disputa o posto de melhor

Carnaval do Estado e sempre

oferece uma programação extensa

para os visitantes.

CAICÓ

A região do Seridó se rende a

Caicó e leva alegria ao interior do Caicó e leva alegria ao interior do

RN. Cotado como um dos maiores

Carnavais do Nordeste, a cidade

traz a rivalidade de blocos como

atração principal.

MOSSORÓ

A Estação das Artes de Eliseu

Ventania recebe os foliões para o

Carnaval “Venha com a Gente”.

O local promove bailes e o

clima carnavalesco invade as ruas

mossoroenses.

O Roteiro O Roteiro da Folia no da Folia no Rio Grande Rio Grande do Nortedo Norte

Mossoró Macau Touros

Natal

Caicó

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M E R C A D O

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A rotina agitada da vida moderna fez com que os hábitos alimentares das pessoas mudassem à medida em que o tempo foi � cando cada vez mais escasso. A comodida-de da comida congelada e a variedade dos restaurantes self-service foram substituídas pela conveniência das rotisserias, que agra-dam os consumidores que preferem levar comida pronta para casa. O segredo do su-cesso está na escolha de um ambiente acon-chegante, disposição agradável dos produ-tos na vitrine, e claro, um cardápio atrativo e variado.

Para Helen Lara Martins, gerente de desenvolvimento de padaria e rotisseria do Extra, o supermercado busca atender a famí-lia brasileira, com um sortimento de comida

caseira e receitas tradicionais que facilitem a vida da dona de casa. “Em momentos sazo-nais, como Páscoa, Dia das Mães e Natal, nós oferecemos um cardápio alternativo, com re-ceitas especiais para cada ocasião”, explica.

Segundo o Sebrae, a estrutura básica de uma rotisseria deve contar com uma área mínima de 120m², distribuídos entre a co-zinha e o balcão. A primeira deve ser proje-tada para que os odores e o barulho de seu interior não � quem expostos aos clientes e também para que ofereça espaço su� ciente para a circulação dos funcionários. Além disso, deve-se reservar uma área para a ad-ministração e estocagem dos produtos.

O quadro de funcionários deve ter, ini-cialmente, cerca de seis pro� ssionais, sendo

eles um consultor gastronômico, um co-zinheiro, dois auxiliares de cozinha e dois atendentes. O trabalho de caixa pode ser feito por um dos atendentes, ou até mesmo pelo próprio dono do negócio. O Sebrae es-tima um investimento em torno de R$ 130 mil em equipamentos, mobília, instalações e capital de giro, além das despesas com a manutenção do ponto.

Quem for montar uma rotisseria deve ter em mente, além das especi� cações téc-nicas, as peculiaridades locais, respeitando sempre os hábitos alimentares da região onde se está abrindo o negócio. Em terras brasileiras, vale sempre a lembrança de in-cluir no mix de produtos, artigos como car-nes, frango, arroz e feijão.

ROTISSERIAS: CONVENIÊNCIA À MODA DA CASA

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D E S T A Q U E

O Rebouças Supermercado nasceu há dezenove anos a partir do sonho do Sr. Jú-nior Rebouças, que apostou no potencial econômico de Mossoró e região. Por isso, o nome faz referência direta ao idealizador des-se projeto, que logrou êxito pela visão em-preendedora, garra, simplicidade e coragem. E foi para realizar esse desejo que o empre-sário apostou no investimento do negócio.

Em 1992, a história do supermercado iniciou no bairro Santo Antônio, um dos mais populosos da cidade, em uma área de 50 m². A loja começou com apenas dois funcionários que, com muito esforço e determinação, contribuíram para o cresci-mento da empresa.

O sucesso da primeira loja proporcio-nou a inauguração da segunda loja, na Rua

Marinho Dantas, no bairro Belo Horizon-te, em fevereiro de 1995, seguindo os mes-mos padrões de atendimento diferenciado, entrega em domicílio, melhor preço e di-versidade de produtos.

Todas essas vitórias e conquistas pare-ciam não ser su� cientes para um homem destemido e inovador, que nunca parou de sonhar e realizar. Com isso, Júnior Rebouças apostou mais uma vez na força do varejo em Mossoró com a inauguração da loja na Ave-nida Alberto Maranhão, em 2000.

Em janeiro de 2003, a expansão conti-nuou com a inauguração da quarta loja em Assu, com serviços que se estendem para todo o Vale e cidades vizinhas.

Em recente pesquisa mercadológica en-tre os seus clientes, fornecedores e associa-

ções varejistas, o Rebouças Supermercados foi considerada a empresa mais lembrada pelo consumidor na hora de fazer as suas compras, e em 2009, a empresa alcançou o seu melhor momento com a promoção de uma grande reforma na loja da Alberto Ma-ranhão. Surge, então, um supermercado mo-derno, amplo e arrojado, com grande diver-sidade de produtos e maior estacionamento.

O próximo desa� o da empresa é a inau-guração da quinta loja em dezembro de 2011, na Avenida Presidente Dutra, com uma área de venda de 3.000.00 m² e 350 vagas de estacionamento.

A visão de futuro faz o Rebouças Su-permercados crescer cada vez mais no mercado. Além do aumento da estrutura física, com quatro lojas, 600 funcionários,

O CLIENTE EM PRIMEIRO LUGAR

WELISON ALEXANDRE

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Page 15: Revista MIX de Fevereiro

em uma área total de 6.800 m² e 60 che-ckouts, a empresa inovou com a moderni-zação da estrutura de serviços, processos de sua gestão quali� cada, recursos humanos e materiais, além do investimento em trei-namentos dos funcionários, garantindo a qualidade no atendimento.

Diante disto, o Rebouças Supermerca-dos concretiza suas principais metas que são: e� ciência na garantia dos produtos, melhor preço, comodidade, crescimento de vendas aliado ao desenvolvimento sustentável, so-lidi� cação do Programa de Capacitação de seus funcionários, responsabilidade social e geração de emprego e renda.

De acordo com o idealizador da em-presa, Júnior Rebouças, “Esse sucesso é a consolidação de um projeto feito com amor

e dedicação. Trabalho solidi� cado no indissociável tripé que sustenta toda a nossa história: clientes; equipe e forne-cedores. Os muitos anos de trabalho resultaram na conquista do respeito e credibilidade da população de Mossoró e de toda a região do Oeste potiguar a este grande supermercado.”

O empresário Júnior Rebouças, proprierário do Rebouças Supermercados.

O Rebouças Supermercados conquistou o respeito e credibilidade dos mossoroenses

WELISON ALEXANDRE

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P R O D U T O

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FRUTODA TERRA

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O aroma doce, as cores quentes e o visual exótico incorporam o verão brasileiro e transformam o caju na fruta símbolo da tropicalidade do nor-deste. A popularidade da polpa não esconde a valorosa pérola da fruta, a cas-tanha, que virou a sensação da culinária e também da economia na Região.

O Rio Grande do Norte exportou cerca de 6 mil toneladas de castanha de caju em 2010. O produto ocupa a primeira posição no ranking de ex-portações do Estado, gerando uma receita anual em torno de 30 milhões de dólares ao setor. A produção da castanha in natura e o bene� ciamento da amêndoa se destacam como as atividades mais importantes para a agroin-dústria norte-rio-grandense, perdendo apenas para o Ceará, e ocupando o segundo lugar no Brasil. A atividade também proporciona o desenvolvimen-to de indústrias potiguares de pequeno e médio portes, assim como a agri-cultura familiar, empregando mais de 200 mil pessoas em todo o Nordeste.

Produtos Lucena é um exemplo desse tipo de empreendimento que sur-giu nas últimas décadas no interior do RN. A empresa de vendas e bene� -ciamento de castanha de caju atua há 30 anos, e abastece o mercado interno com produtos derivados da fruta. “É um artigo regional que conquistou todo o país, tem adeptos cativos e ainda funciona como um atrativo turísti-co, já que muitos procuram a amêndoa para levar de presente”, a� rma João Marcos de Figueiredo Lucena, o João da Castanha, um dos proprietários do grupo. A empresa trabalha em conjunto com 60 famílias em Serra do Mel,

A castanha de caju traz

grandes benefícios para a

saúde das pessoas. Por isso,

os nutricionistas incentivam o

uso da castanha como parte

do cardápio diário. Além

de saboroso, o fruto é rico

em magnésio, sais minerais,

carboidratos, vitamina B

(B1, B2 e B5), entre outros

componentes. A ingestão da

castanha aumenta o HDL

(colesterol bom) e produz

ácido nítrico, ajudando a

reduzir a pressão sanguinea, e

diminuindo o risco de ataques

cardíacos. Além disso, uma

dieta rica em castanhas tem

efeito antioxidante e ajuda o

organismo a assimilar melhor

o cálcio.

Os segredos da castanha

João da castanha, um dos proprietários da empresa Produtos Lucena

R E V I S TA M I X • 1 7

Page 18: Revista MIX de Fevereiro

onde se concentra a maior produção da cas-tanha in natura do Estado. O município possui cerca de 30 mil hectares destinados à cajucultura, com mais de 2,5 milhões de pés de cajueiro.

Estimativas feitas pela Conab – Com-pania Nacional de Abastecimento para 2011, sugere que a castanha in natura seja comercializada esse ano a R$ 1,50/Kg. Da-dos do setor de processamento indicam que o preço � nal da amêndoa se situe em torno de R$ 40. A cada 5kg do produto é gera-do 1kg de amêndoa, totalizando um lucro bruto de mais de 400%. “Ainda fabricamos castanhas doces com valor agregado”, diz João da Castanha.

O estímulo ao uso e à exploração da castanha de caju apresenta-se como uma importante solução para o progresso na qualidade de vida do sertanejo e na mesa de todos os brasileiros.

Page 19: Revista MIX de Fevereiro

S Í N T E S E J U R Í D I C A

A proposição de reclamação traba-lhista contra empresa gera a obrigatorie-dade de esta comparecer em audiência na Justiça do Trabalho, sob pena de ser considerada revel no processo, onde o magistrado terá como verdadeiras as a� rmações do obreiro reclamante.

Na audiência a parte patronal pode ser representada pelo sócio-proprietário ou pelo preposto por ele indicado atra-vés de “carta de preposição” devidamen-te acompanhada do contrato social da empresa que comprove que o signatário tem poderes para outorgar a represen-tação.

O preposto tem papel fundamental no deslinde da causa, posto que será a própria personi� cação da empresa no processo, ou seja, suas palavras irão obrigar o proponente (empresa) e serão usadas para a análise do caso. Outros-sim, por esta característica de represen-tação, é importante que o preposto se apresente de forma condizente com a sua função – vestimentas ou acessórios

podem impressionar negativamente, lembrando sempre que o Fórum é um ambiente bastante formal.

Por ser um ambiente formal, é ne-cessário que o tratamento com as de-mais pessoas no decorrer da audiência também o seja, excluindo da comunica-ção gírias e tratamentos informais.

Noutro ponto, ressaltamos que o preposto deverá ser empregado da em-presa – exceto no caso de micro e pe-queno empresário e de empregador do-méstico (Súmula 377 TST), e deverá ter conhecimento dos fatos discutidos no processo, sob pena de con� ssão. Nesta toada, temos que o mesmo deve estar portando sua CTPS no intuito de com-provar a condição de empregado, quan-do necessário, e o desconhecimento da matéria fática irá comprometer a defesa da � rma reclamada.

Não precisamos discorrer que a pontualidade é imprescindível, posto que o atraso de poucos minutos pode implicar em prejuízo de grande monta.

Assim, orientamos que aqueles que não conhecem a Justiça do Trabalho, procu-rem ver aonde a mesma se localiza e em qual vara ocorrerá a audiência com pelo menos um dia de antecedência para evi-tar aborrecimentos desnecessários.

No transcorrer da audiência o pre-posto somente poderá falar quando lhe for concedida a palavra pelo magistrado, não podendo neste momento ter qual-quer comunicação com o advogado que o acompanha e não pode levar “cola” do que vai falar, o que vale também para o trabalhador/reclamante.

Por � m, concluímos que um pre-posto despreparado para o encargo im-plicará em comprometimento da defesa da empresa e, por conseqüência, preju-ízos que di� cilmente poderão ser rever-tidos no futuro.

O PAPEL DOPREPOSTO NA JUSTIÇA DO TRABALHO

* Advogado [email protected]

R O D R I G O M E N E Z E S D A C O S T A C Â M A R A *

CEDIDA

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Page 20: Revista MIX de Fevereiro