revista macaco moderno #4

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Márcio Zagallo e a Jabulani! DEZEMBRO 2010 | N°4 REVISTA DIGITAL Márcio Zagallo e a Jabulani! no hit do verao Homenagem ao Beto Maine Bochicchio Monteiro Lobato a ong familia josé vai fazer você dançar a ong familia josé vai fazer você dançar Vila Carioba

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Revista Macaco Moderno #4 - Dezembro 2010

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Page 1: Revista Macaco Moderno #4

Márcio Zagallo e a Jabulani!

DEZEMBRO 2010 | N°4R

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Márcio Zagallo e a Jabulani!

nohitdoverao

Homenagem ao Beto

Maine Bochicchio

Monteiro Lobato

a ong familia josé vai fazer você dançara ong familia josé vai fazer você dançar

Vila Carioba

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SUMÁRIO

#4 Micael Silva: “Idéias Sempre Renovadas”

#5 Enquete: “Quais as maiores dificuldades na hora de planejar a carreira artística?”

#6 Complexo da Vila Carioba é tombado

#10 História do Lar Monteiro Lobato é mostra-da em exposição

#10 Agora é hora de aulas de cavaquinho via internet!

#12 Agenda Cultural

#14 Matéria de Capa: “No Hit do Verão”

#18 A Bela Obra de Beto

#20 “Sorvete de chocolate, cachorro-quente e pirulito que bate-bate” por Maine Bochicchio

#21 Ana Paula Pontes: “O Casarão e a Cultura”

#25 Jabulani com Márcio Zagallo

ERRATA

Estamos trabalhando aedição sem acidentes

EDITORIAL

É, última edição do ano! Deveria eu fazer uma edição especial por causa do Natal ou do Ano Novo? Mas peraí! Então todo mês deveria ser edição especial! Começamos em setembro, primeira edição, histórica, ou seja, super especial! Segunda: outubro! Mês das crianças! Tem algo mais divertido e gostoso do que ser criança? Novembro... Hummm... Meu aniversário, poxa! Dezem-bro, cá estamos... Natal, Ano Novo, tantas memórias do ano que se passou, tantos desejos para o ano que chega... Então, nada de edição especial em Dezembro, pois to-das as edições são especiais! Afinal, todos os artistas, eventos, projetos que passaram por aqui são especiais!

A gente fica brincando via Twitter, Face-book, até pessoalmente, mas ter a honra de conhecer, trabalhar junto, ter a am-izade de pessoas como as Marias, a Eliane, Ana Paula e Luciana, para mim, é como começar a jogar bola junto com o Ronaldo Fenômeno. Ué, trabalhar com produção cultural, quem é craque nisso? :)

Por isso, agradeço ao Papai Noel, digo que fui um bom menino, ajudei a salvar o Casa-rão e mereço o meu brinquedo dia 25.

Denis Carvalho Criador da Revista Macaco Moderno

REALIZAÇÃO: Disco1 - Produção CulturalPRODUÇÃO EXECUTIVA: Denis CarvalhoLAYOUT E DIAGRAMAÇÃO: Denis CarvalhoCOLABORADORES: Ana Paula Pontes, Micael Silva, Fábio GianfrattiPATROCÍNIO: Prefeitura Municipal de AmericanaPARCEIROS: Secretaria de Cultura e Turismo de Americana, Nova Icrol, Quecorralavoz, 3 Marias, CineClube Estação, Fábrica das ArtesTIRAGEM: Ilimitada (revista digital)

www.disco1.com.br | (19) 9277.1432

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Page 4: Revista Macaco Moderno #4

Todo artista busca inspiração e nenhuma criatividade é pura. Músicos, pintores, atores,

buscam inspiração em outras idéias, compilam e através da sua ótica fizem um novo tra-

balho. Pode ser abstrato mas foi nesta idéia que a Internet se reinventou nos últimos tem-

pos.

A mágica desta nova era, a Web 2.0, é a mágica que fez com que informações pudessem

ser facilmente transportadas de um sistema para outro: A criação da ‘linguagem’ XML que

veio consolidar posteriormente as APIs, sigla em inglês para interface de programação de

aplicação. É ela que permite sites diferentes conversarem e trocarem informações para as

mais diferentes finalidades: Jogos no Facebook e Orkut, serviço de postagem de fotos no

Twitter ou o mapeamento de zonas de crise através do Google Maps.

Porém mais do que uma conquista técnica, as APIs conquistaram um novo espaço na nos-

sa relação com a Internet. Deixamos de apenas consumir as ferramentas para constru-

ir serviços que atendam as nossas necessidade de vontades. Não criando do zero, mas

construindo algo novo com base do que já foi experimentado e vivido. Uma reciclagem de

idéias.

Provavelmente este não será o modelo definitivo para tratar informações, até porque nada

na internet tem um modelo final. Mas o caminho explorado é importante e promissor ex-

atamente por não ser novo. Evoluímos trocando idéias e aprimorando as que já existem,

estaremos num bom caminho enquanto esse espírito de comunicação existir.

“Idéias sempre renovadas”

Micael Silva, pouca idade para tamanha overdose de mídia. Já trabalhou com rádio e TV mas é nos 10 anos de vivência na Internet que baseia a maior parte do seu trabalho.

http://flavors.me/micael@micaelsilva

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enqueteenqueteQuais são as maiores dificuldades na hora de planejara carreira artística?

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Não acho que ser artista é mais ou menos difícil do que ser qualquer outra coisa, mas quando se é artista, é necessária uma vontade de mudança, seja do que for.

A falta de capacidade de adequação pode nos deixar frustrados e geralmente o faz. A- creditamos que nos excluir do padrão (e se encaixar em outro) é a salvação. O grande problema é que é necessário se adequar ao mercado caso se deseje não morrer de fome.

A divulgação é o maior problema, é nesse momento que deveria entrar a figura do produtor. Não aquela figura tão odiada, principalmente pelos músicos, aquele ser ma-ligno que transforma toda manifestação artística em lixo comercial. Mas a figura de al-guém que entende a arte que está sendo produzida ali e é, na verdade, um parceiro, um viabilizador, um cumplice.

O grande problema é que isso não acontece. Essa figura não aparece e você, que passou quase sua vida inteira se preparando para ser um pensador, um artista, um provocador, agora tem também que ser seu próprio produtor. Agendar shows, descobrir mídias, for-mar público, negociar cachê (isso quando ele existe), etc.

Sendo assim, julgo que a parte mais complicada na vida artística é a parte não artística, é ser obrigado a fazer funções que não nos cabem. Porque da arte damos conta!

Em um pais rico em cultura e diversidade, é estranho pensar que o inicio de uma carreira artística possa ser algo tão distante e acima de tudo desvalorizada. Porém, pequenas ações como essas de analisar e coletar informações da sua própria realidade e comuni-dade alavancam as expectativas e sonhos dos nossos novos artistas.

RicardoLupe

LucasDegrande

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A Casa de Cultura Hermann Muller Carioba foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico – CONDEPHAAT. Uma equipe liderada pela diretora do Centro de Estudos de Tombamento e Inventário de Con-junto Arquitetônico, da Secretaria Estadual de Cultura, Elisabeth Mitiko Watanabe, esteve em julho de 2009, em Carioba e fez vistorias em toda área no entorno do local, desde o grupo escolar até a Fábrica de Tecidos.

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Por Assessoria de Imprensa - Sectur

O colegiado do CONDEPHAAT se reuniu em outu-bro deste ano (2010), ata n 1600, e decidiu aprovar o tombamento do complexo de Carioba. O docu-mento do Conselho aponta o que é o complexo de Carioba. “Perímetro determinado pela altura do nº 1600 da Avenida Carioba, as margens do Robeirão Quilombo e as margens do Rio Piracicaba, cor-respondendo ao terreno de propriedade da Prefeitura”.

“São símbolos de uma Americana dos séculos XIX e XX”

Complexo de VilaCarioba é tombado

José Vicente de NardoSecretário de Cultura

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Em seguida o documento lista os bens que estão tom-bados: Igreja, situada na Av Carioba; Indústria Fiomatex, antiga fábrica de fitas e elásticos s/a, situada a Av Carioba; Antiga grupo escolar, antiga sede da Associação de Mútuo Socorro; Residência Hermann Muller (integral), incluindo casa do caseiro, antiga garagem e antigo celeiro, tratamento pai-sagístico da piscina e terreno vizinho – que abrigará o orquidário munici-pal; Remanescente de residência do conjunto da vila operária; açougue da caixa d’água; usina cariobinha e conjunto de galpões de fábricas têxteis. Em Americana já são tombados: Estação Ferroviária, Museu do Salto Grande, Colônia do Sobrado Velho e Capela Nossa Senhora Aparecida.

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VILACARIOBA“A Casa de Cultura e o complexo ao seu redor é um marco histórico. São nossas raízes históricas, culturais e econômicas. São símbolos de uma Americana dos séculos XIX e XX”, disse o Secretário de Cultura e Turismo, Sectur, José Vicente De Nardo, destacando a importância do tombamento para a preservação de toda a Carioba. “Este é um belo presente para Americana. É um Natal an-tecipado”, festejou.

É projeto da Secretaria de Cultura procurar apoio de empresas e comerciários para realizar a res-tauração do Casarão, a fim de preservar a memória do local, revitalizando um dos maiores pat-rimônios culturais que compõe o complexo remanescente da antiga Vila Industrial Carioba.

A diretora Watanabe disse, em 2009, quando esteve em Carioba, que o tombamento dá a dimensão do valor histórico do prédio. “Com isto melhora a captação de recursos para investimentos no local”, revelou. A finalidade do CONDEPHATT é proteger, valorizar e divulgar o patrimônio cultural no Estado de São Paulo. Os bens tombados pelo órgão excedem a 300. Eles formam um conjunto de representações da história, e da cultura no Estado de São Paulo entre os séculos XVI e XX, composto de bens móveis, edificações, monumentos, bairros, núcleos históricos e áreas naturais.

A fábrica de tecidos Carioba foi construída em 1875 por Antonio de Souza Queiroz e pelo enge-nheiro Willian Ralston. Em 1882 a fabrica é vendida aos irmãos ingleses Clement Wilmot e Jorge Wilmot, iniciando assim a construção da Vila Operária de Carioba. Em 1901 o Comendador Franz Müller, compra a Fábrica com apoio de seu irmão Hermann e de uma firma inglesa chamada Raw-linson.

Ano passado a Secretaria de Cultura comemorou com palestras, shows e passeios os 100 anos da Casa de Cultura Hermann Muller Carioba. Pesquisa feira pelo diretor de Cultura, Melquesedec Ferreira, a partir do livro “Carioba”, de Brigitte Maria der Leyenpietzschke, mostra que 9 de julho de 1909 foi o dia em que Hermann Muller, casado dias antes, em São Paulo, com Erna Bormann, se mudou para o Casarão.

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VILACARIOBA

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O tombamento é um ato administrativo realizado pelo Poder Público, com o

objetivo de preservar para a população, por intermédio da aplicação de legis-

lação específica, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e

até afetivo. A intenção é impedir que esses bens venham a ser destruídos ou

descaracterizados.

O tombamento pode ser promovido pelas esferas federal, estadual ou munici-

pal. O órgão federal é o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico

Nacional). No caso do Estado de São Paulo, o órgão é o CONDEPHAAT (Con-

selho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).

No caso da cidade de São Paulo, é o CONPRESP (Conselho Municipal de

Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São

Paulo), sendo que inúmeras outras cidades também vêm criando seus consel-

hos municipais.

Texto do CONDEPHAATO

que

é to

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to?

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Ihistoria do larmonteiro lobatoe mostrada em

exposicaoI

II

Por Assessoria de Imprensa - Sectur

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A história do Lar Escola Monteiro Lobato de Americana poderá ser acompanhada a partir de 60 fotos que estão em exposição na Casa de Cultura Hermann Muller Carioba. A mostra “Recontando e Contando” será aberta nesta sexta-feira, (3/12), na sala de exposição. O apoio é da Secretaria de Cultura e Turismo de Americana. A entrada é franca.

Esta será a primeira exposição aberta na Casa de Cultura depois que o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico – CONDEPHAAT -, ligado à Secretaria Estadual de Cultura, anunciou o tombamento do complexo da Vila Carioba.

“Era uma vez um grupo de pessoas que acreditavam ser possível mudar o mundo servindo a uma causa. Estas pessoas atraíram alguns amigos, que atraíram outros os quais até hoje, carregam a mesma dedicação dos primeiros”, disse a Coordenadora Pedagógica do Lar Escola Monteiro Lobato, Maine Fonseca. “A história do Lar Escola Monteiro Lobato é repleta de doações. Venha conhecer o caminho que percorremos para chegar até aqui e ajude a continuar escrevendo esta história repleta de amor e caridade”, convidou Maine.

Serviço: Exposição: “Recontando e Contando” Casa de Cultura Hermann Müller Avenida Carioba, n º 2001 * Bairro: Carioba * Americana-SP De 02/12 a 30/12 – Terças a sextas-feiras das 9 às 17hs Sábados das 10 às 16hs. Maine (Monteiro Lobato) - 34681709Débora (Maximus) - 7801-3599/3468-2605

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nohitdoverao

ong familia joseapresenta

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O PROJETOO Projeto “ESTAÇÃO CULTURA NO HIT DO VERÃO” é um projeto desenvolvido pela Secretaria

Municipal de Cultura e Turismo em parceria com a ONG Família José que promoverão 09 espe-

táculos musicais na Estação Cultura, antiga Estação Ferroviária.

O local foi utilizado durante o ano todo para as apresentações do Projeto “Estação Vitrine” , e

por ocasião das festas de fim de ano é sabido que a região central da cidade recebe milhares de

freqüentadores todos os dias. Assim, a Sectur buscou o reforço da ONG Família José para desen-

volver esse projeto e oferecer uma opção de lazer e cultura aos freqüentadores da área central da

cidade.

O projeto contará com a participação de dezenas de músicos e bandas da cidade e da região, dos

mais diferentes estilos musicais, oferecendo ao mesmo tempo uma oportunidade impar a esses

artistas de divulgarem seus trabalhos e cultura de alto nível gratuita a população. MPB, Rock n

Roll, Reggae, Black Music, E-music e VJ´s formam a programação, além da participação de artistas

plásticos e fotógrafos que também incrementarão o evento realizando a exposição de seus tra-

balhos.

Teremos também a participação de entidades parceiras da ONG Família José como ABADÁ CA-

POEIRA e CINECLUBE ESTAÇÃO, que também utilizarão do espaço para apresentação de seus tra-

balhos.

Além da parte musical e artística, o projeto também terá a sua parte social, já que durante as apre-

sentações serão disponibilizados aos freqüentadores POSTOS DE COLETA de alimentos – pela

Campanha do Riso 2010 (Medicina do Riso), brinquedos, livros infantis – pelo projeto “Doe um

Livro 2010” – e roupas, que serão encaminhados pela ONG Família José a entidades parceiras e

famílias assistidas pela entidade, além de uma campanha de doação de sangue que será realizada

pelo ABADÁ CAPOEIRA durante o período do projeto.

música

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O Macaco Moderno fez uma entrevista com Jamil

José e Karine Sallati da ONG Família José que falam

um pouco mais sobre o projeto

Macaco Moderno – Como surgiu a idéia do projeto?

O Projeto “ESTAÇÃO CULTURA NO HIT DO VERÃO” foi

desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura

e Turismo (SECTUR) em parceria com a ONG Família

José com 09 espetáculos musicais na Estação Cultura,

antiga Estação ferroviária de Americana.

O local foi utilizado durante o ano todo para as apre-

sentações do Projeto “Estação Vitrine” e por ocasião

das festas de fim de ano é sabido que a região central

da cidade recebe milhares de freqüentadores todos

os dias. Assim, a SECTUR buscou o reforço da ONG

Família José para desenvolver esse projeto e oferecer

uma opção de lazer e cultura aos freqüentadores da

área central da cidade.

MM – O que a ONG busca realizando projetos neste

formato?

O objetivo da ONG Família José é a busca constante

em proporcionar cidadania e cultura à população.

Este projeto se encaixa perfeitamente com nossos

objetivos, uma vez que estamos utilizando do espaço

público em parceria com o poder público e atenden-

do a todas as camadas sociais de Americana, com um

evento de classificação livre e grátis.

MM – Quem deve ser beneficiado com a realização

dos eventos?

O projeto abrange todas as faixas etárias e todas as

classes sociais, beneficiando a toda a população que

é para quem a ONG Família José desenvolve os trabal-

hos. Uma parcela deste ganho vai diretamente aos ar-

tistas e músicos que tem se apresentado, um espaço

onde podem contar com estrutura de palco e equipa-

mento de som mostrando seu trabalho numa época

em que a região central da cidade está cheia.

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MM – Quais foram as maiores dificuldades encontradas na elaboração até a execução do projeto?

Nosso tempo para elaboração foi relativamente curto, porém com a produtiva parceria entre o Administrador da

Estação Cultura, Pablo de Godoy e as pessoas envolvidas da ONG puderam contatar artistas da cidade e da região

que trouxeram para a Estação muita qualidade nas apresentações.

Como todo evento voltado para a cultura em Americana, fomos testados do início ao final de todo o processo, mas

temos plena consciência de que este momento foi um passo de avanço para a cena cultural e para todo o trabalho

que a ONG pode e desenvolverá ao longo da sua existência. Esperamos que todas as partes envolvidas façam como

nós: que não corram para guerra, e sim para o abraço.

MM – É possível observar que há várias apresentações artísticas em vários dias em que o projeto acontece. Quais

são os critérios adotados para escolha destes artistas?

Parceiros e amigos de longa data fazem parte da programação que foi montada para satisfazer a todos os públicos

desde MPB, Samba, Reggae, Rock, além da intervenção artística feita pelo grande profissional e amigo Adriano

Sobral, que desenvolve um trabalho ímpar como artista plástico da cidade. A programação é composta por artistas

com certa visibilidade na região e outros que começaram seu trabalho há pouco, seguindo a proposta de fornecer

espaço aos artistas que a ONG batalha já há 06 anos e com muitos outros pela frente.

MM – O que podemos esperar da ONG Família José para 2011? Já existe um planejamento para o próximo ano?

Temos um planejamento base sendo finalizado para o ano de 2011. Mas, assim como a vida, só poderemos ter

certeza de tudo que acontecerá com o decorrer dos passos e das conquistas. Entre o planos deste novo ano, está um

projeto que dá continuidade ao E.U.A – Escolas Unidas de Americana além da expectativa de novas parcerias como

frutos desta relação entre Estação Cultura, SECTUR e ONG Família José. Ideias não faltam, mas teremos paciência e

perseverança para que tudo aconteça no momento certo.

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O diretor e ator do grupo teatral Macamã Arte e Cultura, Antônio Roberto da Silva, mais conhecido como Beto, tem uma trajetória extensa e brilhante no teatro. E é por isso que será homenageado como Cidadão Emérito de Americana, no próximo dia 15 de dezembro de 2010 às 19h30 na Câmara Municipal, no Plenário “Dr. Antonio Álvares Lobo”.

A história do Beto se confunde com as histórias do grupo Macamã, que há 27 anos vem juntos for-mando platéias, divulgando cultura através de suas apresentações e desenvolvendo arte popular e eclética. Com diversas montagens e projetos, Beto tem seu trabalho reconhecido e vem con-quistando ao longo desses anos vários prêmios em festivais estaduais e nacionais, como é o caso dos espetáculos: “O Caixeiro da Taverna” de Martins Pena, “Bumba Meu Boi” de Antonio da Silva, “O Lixão” de Cláudia Dalla Verde, “O Saci-Pererê” baseado na obra de Monteiro Lobato, “Mexe-rendengos” de Erico Gomes, entre outros.

A bela obra de BetoPor Fábio Gianfratti

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Atualmente é diretor artístico de alguns espetáculos, dentre eles: “Boi Macamã” de Antonio da Silva; “O Pastelão e a Torta” de autor desconhecido; “O Mendigo ou o Cachorro Morto” de Bertolt Brecht. O Beto conquista ao público e a todos que tra-balham com ele, “é uma pessoa extraordinária, que detém muitos conhecimentos e tem um poder de liderança invejável. É uma pessoa inteligentíssima que têm muitos talentos, é diretor, professor, escritor, artista plástico, iluminador, produtor, e por incrível que pareça uma de suas grandes qualidades é a humildade. Além de ser um exímio diretor artístico, é um amigo para vida toda”, afirma o ex-aluno Bruno Smanioto de Souza, que hoje é também ator do grupo Macamã Arte e Cultura.

Com uma trajetória que agrada tanto a público quanto a toda classe artística da cidade e da região, nada mais justo do que esta homenagem, e que sirva pra mais inspiração refletida em forma de arte.

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“Não sei se um dia quero ser gente grande. Gente que não gosta de pique - esconde, que não ri gigante e que não gosta de nada. Gente que não assopra o cata-ven-to, que tem medo de molhar o cabelo, que não se banha na chuva e não deixa gente pequena brincar.

Essa gente bem triste que acha uma tremenda criancice esticar os braços pra que te peguem no colo e te façam dormir. Gente que engana gente porque vê a inocência nos olhos e não revela a vontade pelo último pedaço de torta de chocolate com muita calda da vovó.

Gente que acha que não tem asas, que tem medo de voar de olhos fechados e não anda descalço porque tem medo de pousar em lugar desconhecido. Essa gente é muito estranha, não se lambuza com sorvete e conta as calorias das borboletas que fazem cócegas no es-tomago.

Será que se eu for gente grande vou acenar ao invés de abraçar bem forte sem medo do que vão pensar e me tornar insensível? Será que vou enterrar meus sonhos antes de ver germinar sementes de ‘vai dar tudo certo’? Será que meus olhos não refletirão mais o brilho das estrelas e tudo será como um céu acinzentado?

Ah não, se for pra ser assim eu não quero. Vou continu-ar com olhos bem grandes para as coisas bem pequeni-nas. Vou continuar desenhado em giz de cera um futuro bonito, bordando os dias com linhas de muitos sonhos, dando um toque mágico em tudo que eu vejo, arruman-do os borrões de tinta com carinho e me lambuzando no sorvete de chocolate do tio que passa toda a tarde com seu carrinho de felicidade. “

Maine Bochicchio

Sorvete de chocolate, cachorro-quente e pirulito que bate-bate

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O CASARÃOE A CULTURA

“A transformação da sociedade brasileira se dará, sem dúvida, pela Cultura.”

Leonardo Brant

PorAna Paula Pontes

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Tenho ouvido os noticiários explorando a disputa por ministérios (em Brasília) e secretarias (em São Paulo): partido tal terá cinco ministérios; dois partidos brigam pela mesma secretaria... E nada, absolutamente nada, sobre o Ministério Cultura e a Secretaria de Estado da Cultura. Fala-se muito das pastas da Fazenda, do Planejamento e dos Transportes. Depois vem Saúde, Educação, Segurança... Cultura nem precisa ficar fa-lando, pois não tem muita importância. Pelo menos essa é a impressão que tenho! Aí vejo pessoas que vão para a Europa, por exemplo, e na volta não destacam a economia daquela região, mas sim a cultura daquele povo! Que ironia! E olha que no mundo a Cultura movimenta cerca de US$ 1,3 trilhão ao ano. Os Estados Unidos controlam 50%. O Brasil não chega a 0,5%, mesmo diante dessa imensa diversidade cultural existente em nosso país. Esse desinteresse reflete também aqui, no nosso ter-ritório, no nosso dia a dia! A falta de investimento na cultura local é um caso. E olha que temos as leis de incentivo que permitem que as empresas invistam a custo zero!

Recentemente estive numa empresa da região (para falar do Casarão do Salto Grande) e a pessoa que me atendeu disse: “nós aqui usamos a Lei Rouanet, mas para eventos lá na Sala São Paulo”. Ele é chique, bem! Mas como uma servidora da Secretaria de Estado da Cultura me disse essa semana: “em tudo temos que ver o lado bom!” Então, ainda bem que essa empresa investe em Cultura. Muitos não têm nem essa capaci-dade, ainda! Permito-me fazer uma ressalva aqui ao Conpacel que, mesmo diante das mudanças na em-presa (antes Ripasa), não deixou de investir em Amer-icana, com destaque para os projetos CineConpacel e Clássicos em Cena. Outro dia, num evento, tive o privilégio de ouvir o Sr. Paulo Bassetti defendendo o investimento no Casarão (lembrando que o Conpa-cel já investiu 20% do valor do projeto de restauro aprovado pela Lei Rouanet). Agradeço!

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Ana Paula é jornalista e produtora cultural da empresa 3 Marias

E falando em Casarão, quero abordar, nesse último artigo de 2010, aqui na revista Macaco Moderno, o Movimento Salve o Casarão. Confesso que estava bem desanimada na batalha por investimento no projeto de restauro, mas essa turma chegou e, simplesmente, “deu gás” pra que a 3marias continuasse na luta! Esses “meia dúzia de gatos pingados” como fomos chamados, foram gigantes e no dia da panfletagem, no calçadão, vimos o milagre da multiplicação! Viramos muitos, num dia que marcou a minha vida! Não conseguimos os recursos, ainda, mas conseguimos promover a união de várias entidades, produtores e artistas em prol da Cultura. Não era nossa intenção, mas muitos se sentiram incomodados com o movimento. E o movimento foi persistente! #Garra! Valeu pessoal! O movimento deve continuar atuante e lutando para que eventos que já fazem parte do calendário cultural de Americana recebam investi-mentos, como o Festival de Teatro; lutando para que os projetos con-templados pelo Fundo de Cultura aconteçam, de fato; lutando para que haja melhorias na Estação Cultura, que hoje abriga projetos como o Cine Estação e o Vitrine. Acima de tudo, que o movimento seja par-ceiro para mudar essa realidade da cultura ficar sempre por último. E “Salveee, o Casarão do Salto grannnndeeeeeeeee”!

Twitter: 3mariasprodanapaula@3mariasprodutora.com.brwww.3mariasprodutora.com.br#movimento

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Jabulani com MÁRCIO ZAGALLO

1 - Nome que teu pai te deu:Márcio Tadeu Seriacopi

2 - Nome artístico:Márcio Zagallo

3 – Data de nascimento:09/02/1974

4 – Data que gostaria de ter nascido? Por quê?09/02/1974 (a mesma)

5 – Por que gostaria de ter nascido nessa época?Signo da nova Era

6 – Qual seu brinquedo favorito na infância?Atari

7 – Qual seu maior trauma de quando era criança?Baratas

8 – Programa de TV e filme favorito na infância.Bozo e “Os Trapalhões e a Árvore da Juventude”

9 – Agora, música e artista favorito da infância“Os Saltimbancos” e Rony Cócegas

10 – Torce para algum time de futebol?SE Palmeiras, Rio Branco EC e Americana FL

11 – Qual a maior alegria que teu time te deu? E a maior frustração?A maior alegria foi em 1993 Campeão Paulista, a frustra-ção foi a perda da Libertadores de 2000.

12 – Seu livro favorito?“Gestão sem máscaras” de Paulo C. Bassetti

13 – Sua música favorita e artista?It’s So Easy (GN´R) e The Rolling Stones

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14 – Ator, atriz, filme e programa de TV fa-voritos?Selton Mello, Fernanda Montenegro, filmes inteli-gentes e Globo Esporte

15 – Qual sua comida favorita?Macarone da Mamma

16 – Qual a última vez que deu tanta risada que até chorou?Com a minha amada, Bebel

17 – Como em “Friends”, qual o seu Top 5 de celebridades com quem ficaria? Ou 5 é muito pouco?Pouquíssimo

18 – Complete a frase: “Amor é...”um sofrimento gostoso!

19 – Veio para esse planeta para quê?Evoluir

20 – Na sua área, quem é seu ídolo e qual foi seu melhor trabalho na sua opinião?Não tenho ídolo e o meu melhor trabalho, foi ter colaborado na retomada do CineClube Estação.

Márcio Zagallo é atual vice-presidente da ONG CineClube Wagner de Oliveira e vice-presidente da Câmara Setorial de Artes Visuais do Conselho de Cultura de Americana

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Produzido por Disco1 - Produção Cultural e Comunicação Direcionada | www.disco1.com.brPatrocinado pela Prefeitura Municipal de Americana

Dezembro | 2010

INVISTA EM SUA MARCA!

INVISTA NA CULTURA!