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E-LEitura Sua revista digital Revista da disciplina de Leitura e Produção Textual Acadêmica, Língua Espanhola- EaD- 1ª fase.

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Revista feita com alunos do curso de letras espanhol- 1ª fase- EaD- UFSC

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Page 1: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

E-LEitura Sua revista digital Revista da disciplina de Leitura e Produção Textual Acadêmica, Língua Espanhola- EaD- 1ª fase.

Page 2: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

ANA ELISABETE ELESBÃO

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE: RESENHA CRÍTICA SOBRE O TEXTO “PRODUÇÃO DE TEXTO -RETEXTUALIZAÇÃO E AUTORIA”

Apesar de vivermos em ambientes textualizados, o conflito ocorre ao questionarmos a qualidade dos mesmos. É pelos textos que ocorre uma maior inserção dos alunos no ambiente escolar e neles que se retratam muitos sentimentos ligados aos conflitos de ordem cultural, cognitiva e ou afetiva. Para melhor diferenciarmos tipos e gêneros textuais temos Marcuschi (in Nóbrega, 2009, p.4) que esclarece:

Os tipos textuais em geral são as categorias conhecidas como narração, argumentação, exposição, descrição, injunção. Alguns exemplos de gêneros textuais seriam: telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal, romance, bilhete, reportagem jornalística, aula expositiva, reunião de condomínio, notícia jornalística, horóscopo, receita culinária, bula de remédio, lista de compras, cardápio de restaurante, instruções de uso, outdoor, inquérito policial, resenha, edital de concurso, piada, conversação espontânea, conferência, carta eletrônica, bate-papo por computador, aulas virtuais e assim por diante.

O renomado autor Marcuschi ressalta o papel fundamental do professor (nesse

caso Letras) que precisa buscar possíveis estratégias artísticas e criativas, que envolvam

o aluno nas produções textuais de forma significativa para superar conflitos

inconscientes e emoções não resolvidas na vida. O mesmo também retrata o papel do

aluno, se ele souber entender a “produção textual” como caminho de superação de

limites, como uma válvula de escape aos sentimentos, bem como uma possibilidade de

evolução em termos de conhecimentos (pois a pesquisa enriquece toda e qualquer

produção textual); certamente evoluirá consideravelmente em todas as áreas de

aprendizagem, além de promover-se na socialização.

Todo o estudo de Nóbrega relata a necessidade de senso crítico constante e um

bom nível de atualização e investigação o que conduz o ser humano a assimilação de

novos conhecimentos através da prática da intertextualidade. A expressão e a

comunicação se expandem através da produção textual, a noção de tempo e de espaço

são melhor entendidas e a interação com o mundo passa a ser ampliada.

Questões gramaticais são valiosíssimas, e, seguidamente nos saltam aos olhos,

porém não podem ser o pivô em termos avaliativos. Produzir um texto implica em

expressar-se clara e corretamente, mas não pode excluir experiências, aspectos da

oralidade, faixa etária e reais capacidades do escritor, a isto intitulamos estilo.

Page 3: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

As propostas de produções textuais de Marcuschi são de muita valia aos

profissionais da área de Letras, pois primam por viabilizar o entendimento do indivíduo

sobre o seu crescimento integrado com a vida que anseia liberdade de expressão,

promoção da coragem e da autonomia. Estas características podem, através do ato de

escrever, serem trabalhadas levando-o a progredir em sua autoestima, sentir-se seguro e

preparado para resolver seus conflitos interiores e sociais.

Referência Bibliográfica: MARCUSCHI, L.A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In; Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucena, 2003.

“COM A LINHA DE APARELHOS DE SOM PAPYS,

SUA VIDA SERÁ MAIS SUAVE E BELA!”

Ana Elisabete Elesbão

Page 4: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

ARMIDA CRISTINA VOOS

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE: 3

Gêneros textuais, “são os textos que encontramos em nossa vida diária e que apresentam

algumas propriedades funcionais e organizacionais características, concretamente

realizadas.” (Marcuschi, 2002:4). Baseado nesse autor, Abuêndia Pinto, em seu artigo

Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento

o aprendizado dos vários gêneros textuais só se da com a compreensão primeiramente

da sequência linguística e da estrutura formal que os compõem mas a imprecisão quanto

a classificação e multiplicidade dos gêneros textuais traz dificuldades para os aprendizes

de Língua Estrangeira tendo dificuldades de monitoramento das habilidades

comunicativas destinadas a compreensão e à produção de gêneros textuais.

A aprendizagem e o desenvolvimento relacionado aos gêneros textuais tem como

origem no contexto sócio-cultural e nas funções psicológicas do individuo, há um

conjunto de fatores para o desenvolvimento e aprendizagem do individuo são fatores

sociais, históricos, culturais e econômicos, o tipo de linguagem expressa o

comportamento do individuo. As habilidades de comunicação são adquiridas mediante

nossos propósitos e seu uso conforme nossa necessidade, a busca por mudanças no

aprendizado de língua estrangeira para simplificar e melhorar a comunicação entre os

povos utilizando formas linguísticas apropriadas aos contextos específicos.

O professor tem que ser o mediador do conhecimento com o aluno para que ele

compreenda os vários gêneros textuais e suas formas e aprendam a escolher os padrões

linguísticos adequados a cada produção.

A aprendizagem dos gêneros textuais é significativo para que os alunos de língua

estrangeira consigam identificar e utilizar-se da língua, pois um aluno que não

compreende sua própria língua não conseguira compreender uma nova língua, as

dificuldades são grandes no aprendizados mas cada individuo deve ser trabalhado

conforme seu nível de conhecimento.

Referências Bibliográficas:

PINTO, Abuêndia. Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco: 20??. Disponível em: www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf

Page 5: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Armida Cristina Voos

CRISTIANO BRAUN

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

RESENHA CRÍTICA:

GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUAS:

REFLEXÕES SOBRE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

Ao desenvolver o artigo Gêneros textuais e ensino de línguas, a autora Abuêndia

Padilha Pinto procura relacionar o uso de gêneros textuais, orais e escritos, entre alunos

no âmbito escolar e entre os aprendizes de língua estrangeira.

Como o desenvolvimento cognitivo está intrinsecamente relacionado com o

desenvolvimento físico, o desenvolvimento social e o desenvolvimento da linguagem, o

indivíduo adquire suas competências levando-se em consideração fatores históricos,

Page 6: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

culturais e econômicos, o que resulta na relação entre pensamento e fala. Enquanto o

pensamento deriva da internalização das relações sociais e de significados exteriores, a

fala transforma-se em uma linguagem abreviada para o pensamento. Com a ajuda da

linguagem, o indivíduo é capaz de controlar o ambiente e o próprio comportamento

(Pinto, 2011).

Segundo a autora as experiências culturais se internalizam no indivíduo e este

aprende a organizar os processos mentais utilizando-se dos seus próprios recursos

internalizados, como imagens, conceitos e representações mentais. Então, o indivíduo se

desenvolve biologicamente, mas é através do desenvolvimento social que ele interage

com o mundo. Os processos psicológicos e as formas de interagir só ocorrem devido aos

aprendizados adquiridos.

A comunicação requer habilidades, e esse processo está relacionado à linguagem

em uso e ao contexto global, cujo propósito comunicativo vai modular o gênero e lhe

dar uma estrutura interna.

Portanto, é evidente que, para um aprendiz de língua estrangeira, o

desenvolvimento dessas habilidades na comunicação torna-se mais dificultoso, pois ele

não conviveu socialmente com tal cultura, é como se lhe faltasse uma etapa contextual

no processo de construção linguística.

Pensando nisso, que os PCNs propõem mudanças significativas no ensino-

aprendizagem de língua estrangeira, buscando refletir os gêneros discursivos e levando

o aluno a construir uma competência comunicativa por meio de usos realistas, como

representação, investigação, compreensão e contextualização sócio-cultural. Faz-se

necessário que a língua também se modifique para acompanhar a expressão das novas

formas de representar a realidade.

O aprendizado de língua estrangeira acontece no contexto interno e externo da

sala de aula. Aliando-se a teoria didática à prática social é que os alunos entenderão a

forma da língua e a estrutura organizacional dos vários gêneros textuais e, assim, tornar-

se-ão confiantes na transmissão compreensiva de seus pensamentos.

Referências Bibliográficas:

PINTO, Abuêndia. Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco: 20??. Disponível em: www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf

Page 7: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Para você homem bem sucedido, de extremo bom gosto e que sabe apreciar os bons momentos da vida, seu principal adversário o relógio, as horas que passam e você nem percebe, dividindo sua vida entre afazeres profissionais, família e amigos. Quando existe tempo para sua diversão? Quando apreciar e demonstrar as coisas que realmente lhe excitam?

A resposta esta na concessionária SANDORVAL mais perto de você, nosso novo lançamento automotivo foi inteiramente projetado pensando no conforto, designer, autonomia, potência e estilo do homem que precisa sentir-se bem em toda hora do dia, deixe de lado as limusines, taxis, ou até mesmo os carros luxuosos que já conhece, o EXPERIEN ONE é diferente de tudo que você já viu.

Você ira sempre ir pelo caminho mais longo de sua casa até o trabalho, nunca foi tão bom atravessar a cidade e participar de outra reunião. Venha fazer um test-drive e deixe-se surpreender.

______________________________________________________________________Cristiano Braun

Page 8: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

DANIELA COREZOLLA

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE: RESENHA CRÍTICA

RESENHA SOBRE O TEXTO “GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUAS:

REFLEXÕES SOBRE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO”

A autora Abuêndia Padilha Pinto Doutora em Linguistica pela PUC, Mestre em

Letras pela UFPE, e formada em Letras pela Faculdade de Filosofia do Recife-FAFIRE,

defende no artigo “Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e

desenvolvimento”, que os gêneros textuais podem ser introduzidos no contexto escolar

e as práticas sócias podem contribuir pra a produção e a recepção de informações e

ideias que expressem as formas de pensar, interagir e sentir dos aprendizes. E estes

gêneros textuais devem ser sim incluídos no âmbito escolar.

A autora traz Swales (1990), Adam (1990), Bronckart (1991) e Marcuschi (2002)

para afirmar que os gêneros textuais são todos aqueles que estão em nossa vida diária.

Para uma boa produção de textos é imprescindível o aprofundamento de determinado

assunto. Não basta apenas jogar ideias na produção dos textos, mas sim aperfeiçoá-las

cada vez mais, é importante reler várias vezes e editar as ideias quando for necessário.

Com a intenção de provocar mudanças no ensino-aprendizagem, a autora traz os

PCNs para propor uma reflexão sobre os gêneros discursivos. O ensino-aprendizagem

de línguas estrangeiras no nível médio deve realmente ser aplicado e não apenas

passadas de qualquer maneira aos alunos. O que vem acontecendo com a maioria dos

alunos é que ao saírem do ensino médio, não se lembram de quase nada que ouviram

durante o percurso escolar, apenas tiveram uma língua estrangeira. Isso não deveria

acontecer os alunos deveriam sair com uma base bem ampla, para poder entrar

tranquilos no mercado de trabalho.

As línguas estrangeiras devem sim estar em nossas escolas, mas deveriam ser de

escolha própria do aluno, não sendo obrigatória determinada língua, mas sim aquela que

mais lhe chama a atenção. O trabalho de Pinto vem reafirmar para os profissionais

envolvidos com o ensino de línguas estrangeiras a importância de se ensinar de maneira

que esta língua seja cativante ao aluno usando métodos diferentes das tradicionais.

Page 9: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Referências Bibliográficas:

PINTO, Abuêndia. Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco. Disponível em: www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf

Daniela Corezolla

DENI DE ANDRADE

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE: RESENHA CRÍTICA

GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUAS

A humanidade no decorrer da história tem nos apresentado diversos cenários, que,

claramente evidenciam a evolução das relações entre seus iguais e o meio onde vivem

nos mais diversos aspectos, as quais se dão pela atuação direta ou indireta do homem.

Estas transformações não se limitam às mudanças físicas que ocorrem através

dos tempos, mas também no âmbito cultural, social e do desenvolvimento do intelecto

Page 10: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

humano, este por sua vez, coadjuvante, mas podendo desenvolver suas capacidades

quando alicerçado ao relacionamento ativo e constante.

Na comunicação podemos observar uma referência de grande importância ao

desenvolvimento humano, que em variadas situações implementam a relação para a

evolução constituída em um aprendizado mutuo em um processo de sinergia.

Com base em relatos de Vygotsky, Frawley e outros, podemos observar que o

desenvolvimento ocorre por diferentes processos mas nunca isoladamente, levando a

entender a importância das relações humanas tanto pela articulação da linguagem

quanto pelos aspectos sócio-culturais.

Quanto ao aprendizado de línguas estrangeiras, podemos afirmar que como em

outras experiências no exercício da busca do conhecimento, os gêneros textuais só vem

a enriquecer e facilitar a caminhada pelos campos do ensino-aprendizagem.

EDIO SPIECKER

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE 3 – RESENHA CRÍTICA

Metamorfose ou Camaleão

Embora versem sobre o mesmo assunto, nos quatro textos: Gêneros textuais,

definição e funcionalidade e Gêneros textuais emergentes (Marcuschi,2009), Gêneros

textuais e ensino de línguas (Pinto, 20xx),Gêneros textuais de ensino (Oliveira 2006)

encontramos algumas opiniões diferentes que se complementam e até divergem um

pouco, principalmente quando se trata de opinião pessoal onde alguns defendem ideias

mais flexíveis que acompanham a evolução da linguagem e da tecnologia e outros são

mais categóricos e científicos em suas observações.

Pode-se afirmar que seguindo um modelo, um conceito pré-estabelecido de

gênero textual é possível produzir um bom texto e não ficar limitado apenas à inspiração

esporádica, que pode não aparecer quando necessitarmos dela.

As regras sobre os gêneros textuais são bastante claras, mas as opiniões sobre o

assunto são amplas e pouco conclusivas, usando muitos termos vagos, que levam a mais

perguntas do que a respostas claras

Page 11: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Não gosto da Matemática, mas é uma ciência exata, onde dois mais dois sempre é

igual a quatro, mas o que dizer da posição de Vigtosky (1978) sobre aprendizagem e

desenvolvimento, considerado importante na área da educação e enaltecido por Frawley

(2000) mas que infelizmente está fora da minha esfera de compreensão, usando termos

complexos, vagos e pouco objetivos, cita Pinto(20xx).

Já Oliveira (2006) enfoca o gênero específico propaganda. Claro e objetivo,

coloca uma estrutura textual que permite explorar com sequência didática um gênero

textual, obtendo resultados organizados que permitem que sejam melhor avaliados.

Marcuschi em Gêneros textuais emergentes, com sua filosofia maleável, aberta

para a evolução dos gêneros textuais levando em consideração fatore sociais,

econômicos e inovações tecnológicas. “Novos gêneros, velhas bases”, bom senso em

manter bases antigas em gêneros atuais, o autor traz também importantes

esclarecimentos sobre gêneros textuais emergentes, os digitais (como o e-mail), no

contexto da tecnologia digital, analisando com propriedade novos gêneros criados no

meio digital que acredito ser o que vai nortear e ditar as regras doravante.

Precisamos estar atentos e abertos às mudanças evolutivas que vem à melhorar a

comunicação para que possamos utilizar das novas ferramentas e recursos disponíveis.

Referências Bibliográficas: MARCUSCHI, Luiz Antônio 2000 Gêneros textuais, definição e funcionalidade. MARCUSCHI, Luiz Antônio 2000 Gêneros textuais emergentes. OLIVEIRA, M.E de gêneros textuais e ensino. (2006) PINTO, Abuêndia Padilha (20xx) Gêneros textuais e ensino de línguas.

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Edio Spiecker

ELISÂNGELA ADRIANE CHIMIN FAORO

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE 3 – RESENHA CRÍTICA

Gêneros textuais e ensino

“Gêneros Textuais e Ensino” (Dialogia, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 83-91, 2009)

do doutor e mestre em Língua Portuguesa - PUC-SP, Manoel Edson de Oliveira, é um

artigo que traz uma proposta inovadora ao ensino da língua portuguesa, que busque

Page 13: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

desenvolver nos alunos habilidades de comunicação em seu contexto sócio-histórico.

Para isso, enfatiza o estudo da linguagem como forma de interação, através dos gêneros

textuais, em oposição ao ensino tradicional, que priorizava conceitos, regras e exceções.

Com base nessa proposta de mudança, realiza-se um estudo com alunos de 8ª

série do ensino fundamental, utilizando o gênero textual propaganda impressa.

Primeiramente o autor busca embasamento nas novas concepções teóricas de Bakhtin

(2000) e Marcuschi (2005) para demonstrar que os gêneros textuais são fenômenos

históricos, ligados à vida cultural e social e que sofrem alterações a medida que a

sociedade evolui. Como forma de auxiliar os alunos a obter êxito nesse trabalho é

elaborada uma sequência didática dividida em módulos, no intuito de sanar possíveis

problemas durante o processo.

De acordo com Oliveira, fazer com que os alunos percebam os elementos que

compõem uma propaganda não é tarefa simples. No início das atividades eles

acreditavam que para a elaboração desse gênero seria necessário apenas criatividade e

nem conseguiam conceituar criatividade ou relacioná-la à linguagem verbal e não-

verbal. Somente na etapa final, puderam perceber que devem ser utilizados recursos

para impressionar o público alvo. Há que se destacar que a escolha de um gênero que

está presente no cotidiano dos estudantes causa maior entusiasmo e motivação e, além

disso, a sequência didática facilita a compreensão dos objetivos propostos e proporciona

um aprendizado significativo na produção textual.

Trata-se, portanto, de um artigo variado, com embasamento teórico e experiência

prática, traduzindo-se em um estudo muito bem estruturado. A obra é dedicada a

professores da língua portuguesa e demais profissionais da área da educação,

demonstrando uma nova maneira para o ensino da nossa língua materna.

Referências Bibliográficas:

DE OLIVEIRA, Manoel Edson. Gêneros textuais e ensino. Dialogia, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 83-91,

2009.

Page 14: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Tudo em um só lugar, só na Feito com Amor.com

Elisângela Faoro

Page 15: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

ELISETE LUDWIG

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

RESENHA CRÍTICA

GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LINGUAS:

REFLEXÕES SOBRE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

Adam Swales (1990) descreve como os gêneros textuais podem ser introduzidos no

contexto escolar e aborda até que ponto a noção de gênero e sua relação com as práticas

sociais podem contribuir para a produção e a receptação de informações e idéias que

expressem as formas de pensar, interagir e sentir dos aprendizes. Abuêndia Pinto

mobiliza as idéias desse autor para construir seu artigo gêneros textuais e ensino de

línguas: reflexões sobre a aprendizagem e desenvolvimento.

Abuêndia Pinto destaca que os gêneros textuais são os textos que encontramos em nossa

vida diária, e que apresentam algumas propriedades funcionais e organizacionais

características concretamente realizadas. Assim quando os alunos vão ler ou escrever

eles precisão entender a estrutura formal e as sequencias lingüísticas que compões os

vários gêneros textuais. Mas a multiplicidade de gêneros textuais e a imprecisão quanto

a sua classificação levam os aprendizes de Língua Estrangeira a uma certa dificuldade

para monitorar as habilidades comunicativas destinadas a compreensão e a produção de

gêneros discursivos.

Com a leitura desse artigo, pode-se considerar que os alunos devem ser capazes de

controlar a linguagem, o contexto através de gêneros textuais que relatam experiências e

fatos que contestam e questionam.

O reconhecimento do conteúdo, da forma formal e da sequencias lingüísticas compõem

as dimensões essenciais a elaboração de um gênero, contribuem para o desenvolvimento

e a produção de um texto.

A comunicação humana atende a finalidades diferentes nos níveis pessoal e social. Ao

assumirmos e mantermos nossas posições nos vários contextos sociais, comunicamos

mediante nossos propósitos e de acordo com formas lingüísticas apropriadas,

informações, idéias, crenças, emoções e atitudes, para expressar solidariedade,

harmonia, cooperação ou desacordo, desprazer entre outros. Com a leitura do artigo

pode-se concluir que a aquisição das habilidades de comunicação constitui um longo

processo que deve estar relacionado ao discurso, ou seja, à linguagem em uso e ao

contexto global que contribui para a comunicação.

Page 16: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Referências Bibliográficas:

PINTO, Abuêndia. Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco: 20??. Disponível em: www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf

Elisete Ludwig

Page 17: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

FABIANI HOPPE

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE 3 – RESENHA CRÍTICA

GÊNEROS TEXTUAIS EMERGENTES NO CONTEXTO DA TECNOLOGIA DIGITAL

O texto Gêneros Textuais Emergentes no Contexto da Tecnologia Digital, escrito por Luis Antonio Marcuschi da Universidade Federal de Pernambuco publicado em 2004, aborda um assunto muito discutido no meio acadêmico e nos meios de comunicação, como TV escola, por exemplo. Trata-se dos novos gêneros textuais provenientes da era digital, o ambiente virtual é mais versátil e compete nas atividades comunicativas com o papel e o som. O autor defende que esse ambiente reúne em um, vários meios de comunicação como som, imagem e texto tornando assim, mais versátil os recursos linguísticos utilizados. O autor cita David Crystal (2001:169), que faz duras críticas a esse novo contexto e acusa viciados em internet que utilizam ferramentas digitais em posição indefinida, de fazerem uma “festa linguística”, ele usa esse argumento para expor a opinião de que o impacto que as tecnologias digitais causaram na sociedade por terem o poder de construir e de devastar geram dúvidas quanto ao seu benefício. Para o autor, da mesma forma como foi infundida a escrita em alguns meios e ficou conhecida como a cultura letrada, também se está induzindo por meio da escrita eletrônica, a cultura eletrônica, basta observar a quantidade de expressões que surgem nesse contexto, por exemplo, o prefixo “e”, e-mail, e-livros... outros. O autor faz uma análise dos novos gêneros desenvolvidos no contexto denominado mídia virtual, comunicação eletrônica para fins concretos quanto a normas e padrões e salienta que apesar de todos os esforços para que isso ocorra a questão de gêneros textuais eletrônicos ainda é pouco esclarecida, mas existem estudos que trabalham essa questão.Alguns exemplos de gêneros textuais emergentes do meio eletrônico, email, bate-papo virtual, agendado, reservado em aberto, bate-papo virtual em salas privadas, entrevista com convidado, aula virtual, bate-papo educacional, vídeo-conferência interativa, lista de discussão, endereço eletrônico,estes trazem com suas peculiaridades gêneros particulares do seu propósito. Marcuschi(2004,p1) cita, “os meios eletrônicos reúnem em um, três gêneros textuais, imagem, som e texto”.Porem alguns textos são “jogados” na internet muitas vezes sem correção, ao passo que nos meios de comunicação mais tradicionais isso não ocorre, este fato relacionado com o texto é importante para que haja uma reflexão, sobre a dificuldade que os brasileiros demonstram com o português como mostrou o Jornal Nacional em matéria que destacava a dificuldade dos estagiários, “a escrita”, como um problema generalizado, erros grotescos na ortografia, pessoas que saem da universidade sem capacidade de escrever palavras simples, elas são desclassificadas de seleção de estagiários para atuarem em empresas.Portanto será que esses novos gêneros são seguros e formão um cidadão capaz de ler, compreender e redigir um texto? A internet não está sendo mal usada e tirando o espaço dos livros que trás conhecimento, abre o imaginário agrega e fixa vocabulário e ortografia correta? Muitas vezes as pessoas deixam a leitura de bons livros, revistas, jornais de lado para estarem nas salas de bate-papo, se conseguíssemos conciliar os dois, usando a cultura letrada e a cultura eletrônica, estaríamos ampliando nosso conhecimento e não nos alienando a apenas um parâmetro de conhecimento. A internet liga o mundo e as pessoas, trabalho, estudo, namoro, é usada para matar a saudade de quem esta longe, e como é bom poder ver,

Page 18: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

ouvir e falar, praticar três gêneros textuais ao mesmo tempo. Portanto precisamos de um direcionamento legal para que a cultura eletrônica, seja aplicada de forma correta, organizada e unificada nos meios onde é exercida. Referências Bibliográficas: MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. Em: MARCUSCHI, L. A. & XAVIER, A. C. (Orgs.) Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2004.

Fabiani Hoppe

Page 19: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Fernanda Sueli Schramm Corrêa

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE: Resenha Crítica do texto: Gêneros Textuais e Ensino de Línguas: Reflexões Sobre Aprendizagem e Desenvolvimento, de Abuêndia Padilha Pinto.

Somos fruto da sociedade em que vivemos, aprendemos com o meio através das

várias práticas sociais. A fala e a escrita são as principais formas de comunicação e de

transmissão de conhecimentos de um povo.

O artigo de Abuêndia Padilha Pinto (UFP.2011??), Gêneros Textuais e Ensino de

Línguas: Reflexões Sobre Aprendizagem e Desenvolvimento , refere-se à aplicação dos

gêneros textuais no ensino da língua estrangeira, abordando os vários contextos, tanto

sociais, como culturais, históricos e econômicos, contribuindo desta maneira para que o

aprendiz consiga desenvolver suas habilidades de criação, dominando assim os vários

tipos de abordagens textuais presentes na língua estudada, auxiliando-o na escrita, na

fala, na interpretação, bem como na produção de textos.

A autora aborda algumas reflexões de Vygotsky (1978), no que se refere ao

desenvolvimento e aprendizagem, pois segundo ele, há duas linhas de desenvolvimento,

“a dos processos elementares, de origem biológica e a das funções psicológicas

superiores, de origem sócio-cultural. O desenvolvimento dos processos psicológicos

superiores ocorre como produto da vida social. Tais processos exigem a participação do

indivíduo em situações sociais específicas, pois são dependentes do contexto sócio-

cultural onde ocorrem as trocas sociais.” Portanto a aprendizagem de uma língua

estrangeira está ligada a vivência e interação que o aluno tem com a cultura dos povos

que falam determinada língua. Pois aprender uma língua estrangeira vai muito além de

somente aprender as palavras e saber pronunciá-las, é preciso também aprender o

contexto em que elas estão inseridas, ou seja, o meio sócio-histórico-cultural do povo e

esta aprendizagem deve ser adquirida através da leitura dos diversos gêneros textuais.

Segundo a autora, “...é preciso que o ensino da comunicação oral e escrita se

realize por meio da interação de três fatores: as práticas sociais, ou mais

especificamente, as mediações comunicativas, onde a produção da linguagem é feita

sobre os gêneros; as capacidades de linguagem, por meio das quais o aprendiz evoca

seu conhecimento para produzir um gênero numa situação de interação determinada e as

estratégias de ensino, que o aluno vivencia mediante atividades comunicativas

Page 20: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

diversificadas, a fim de organizar sua aprendizagem e apropriar-se de gêneros

distintos.” Pinto (20??).

Portanto é interessante salientar a importância da leitura do artigo de Abuêndia

Pinto, pois nos faz perceber que cabe então, ao professor mediador, oferecer aos

aprendizes, condições para que desenvolvam capacidades necessárias para a

aprendizagem dos vários padrões linguísticos de uma língua estrangeira para poder por

si só, falar e construir textos de maneira coerente.

Referências Bibliográficas:

PINTO, Abuêndia Padilha. 2011. Gêneros Textuais e Ensino de Línguas: Reflexões Sobre Aprendizagem e Desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco.

Fernanda Sueli Corrêa

Page 21: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

FRANCIELE HERBERT MANTOVANI

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE: RESENHA CRITICA SOBRE O TEXTO GENEROS TEXTUAIS EMERGTENTES NO CONTEXTO DA TECNOLOGIA DIGITAL.

Segundo o texto Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital,

do autor Luiz Antonio Marcuschi (2004) refere-se que:

“Esta exposição analisa as características de um conjunto de gêneros textuais que estão emergindo

no contexto da tecnologia digital. Não são muitos os gêneros emergentes nessa nova tecnologia, nem

totalmente inéditos. Contudo, sequer se consolidaram e já provocam polêmicas quanto à natureza e

proporção de seu impacto na linguagem e na vida social. Isso porque o ambiente virtual é

extremamente versátil e hoje compete, em importância, nas atividades comunicativas, ao lado do

papel e do som.

Segundo o texto: Já estamos acostumamos a usar expressões como email, bate-papo

virtual, aula virtual, listas de discussões entre outras. Mas qual a originalidade desses

gêneros em relação ou que existe? De onde vem o fascínio que exercem? (...)

Nos dias atuais podemos observar o grande fascínio que esta tecnologia exerce, pois ela

acaba se tornando uma forma mais atraente de comunicação. E com a sua existência foi

deixado de lado o hábito de escrever uma carta ou um bilhete ou até mesmo um

telegrama. Esta mudança está bem visível na nossa sociedade principalmente em

indivíduos mais jovens que não utilizam mais aqueles antigos recursos (carta, bilhete,

telegrama) eles se acostumaram a usar outros meios para se comunicar através da

internet. Nela tudo fica mais fácil e os seus recursos são ilimitados, e essa nova geração

informatizada acaba fazendo um grande uso destes recursos às vezes até

demasiadamente. Tendo em vista que o uso exagerado da internet acaba gerando uma

classe de pessoas frias e isoladas, pois preferem se comunicar através de uma máquina.

Que consequentemente deixará marcas profundas em toda a sua vida.

Porém todos estes recursos de comunicação acabam se tornando uma boa forma de

realizar pesquisas, elaborar planos de aula, interação com outras pessoas, podemos

ainda realizar compras, pagamentos de contas diversas, e inúmeras outras tarefas.

Mas lembre-se de ter um cuidado muito especial com o tempo em que ficará em frente a

um computador. Aproveite este recurso tecnológico e utilize-o ao seu favor e não contra

você.

Page 22: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Referencias bibliográficas:

MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. Em: MARCUSCHI, L. A. & XAVIER, A. C. (Orgs.) Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2004.

Franciele Herbert

Page 23: Revista LptA- São Miguel D'Oeste
Page 24: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Graciela Neumann

Page 25: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

ISOLEIDE BLANK

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE: RESENHA CRÍTICA

GÊNEROS TEXTUAIS x TECNOLOGIA DIGITAL

Gêneros Textuais Emergentes no Contexto da Tecnologia Digital (Texto da

Conferência pronunciada na qüinquagésima Reunião do GEL – Grupo de Estudos

Linguísticos do Estado de São Paulo, USP, 23-25 de maio 2002, 45 Páginas), foi escrito

pelo linguista brasileiro Luís Antonio Marcuschi, experiente na área de linguística,

Professor da Universidade Federal de Pernambuco, teve várias obras publicadas

relativas a gêneros textuais. O texto traz um conjunto de Gêneros Textuais que emergem

no Contexto da Tecnologia Digital. No primeiro tópico do texto, o autor comenta sobre

a devastação ou construção que as novas tecnologias podem fazer sobre as crianças,

jovens ou até adultos. O texto traz vários tópicos, onde o autor cita muitos dos gêneros

hoje usados no universo digital, mas, ao mesmo tempo ele escreve: “Não são muitos os

gêneros emergentes nessa nova tecnologia” (Marcuschi, 2002, Pág 01). No entanto, o

que se percebe é uma enorme gama de gêneros textuais que vem sendo apresentada

diariamente na tecnologia digital. No texto é citada a polêmica que os gêneros

provocam quanto sua natureza e proporção do seu impacto na linguagem e na vida

social. Nos primeiro e segundo capítulos, o linguista coloca que nos dias atuais estamos

sendo conduzidos a uma cultura eletrônica, com “economia da escrita”. Essa nova

cultura ou novo tipo de comunicação é conhecida como Comunicação Eletrônica. Frisa

também que o tema Gêneros Textuais vem sendo discutido desde os anos sessenta, mas

o destaque para este texto é com atenção voltada aos gêneros da mídia virtual. O tema

em questão se apresenta de várias formas segundo o professor, mas lembra que, a

tecnologia digital depende da escrita, pois o gênero bate-papo por exemplo, é realizado

em tempo real e escrito. Ele comenta também sobre as comunidades virtuais, que nada

mais são que espaços virtuais de comunicação e se destinam a debates de temas

específicos por um conjunto de pessoas com interesses em comum. No terceiro tópico, o

autor cita alguns dos gêneros emergentes no meio virtual, onde dentre os mais

conhecidos estão os e-mails, bate-papos virtuais e listas de discussão, além das aulas

virtuais através do Ensino a Distância. Diante do exposto, nós educadores, que nos

Page 26: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

servimos também dos gêneros da mídia virtual, não podemos esquecer que, “as

tecnologias atuais podem tanto construir como devastar o ser humano” (MARCUSCHI,

2002, Pág. 01). Considerando o artigo de Marcuschi, conclui-se que o ambiente virtual a

ser utilizado no ensino-aprendizagem deve ser muito bem selecionado, para que não se

corra o erro de escolher um conteúdo inadequado, o qual pode acabar prejudicando

sobremaneira o desenvolvimento intelectual de quem está aprendendo.

Referências Bibliográficas:

MARCUSCHI Luís Antonio, Gêneros Textuais Emergentes no Contexto da Tecnologia Digital, em: MARCUSCHI, L.A. & XAVIER, A.C. (Orgs) Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2004.

Isoleide Blank

Page 27: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

JEAN CARLO STAUB LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE – RESENHA CRÍTICA

REFLEXÕES SOBRE GÊNEROS TEXTUAIS: UMA RESENHA CRÍTICA DO TEXTO DE ABUÊNDIA PINTO

A comunicação humana atende a finalidades diferentes nos níveis pessoal e social.

Ao assumirmos e mantermos nossas posições nos vários contextos sociais,

comunicamos, mediante nossos propósitos e de acordo com formas linguísticas

apropriadas, informações, ideias, crenças, emoções e atitudes, para expressar

solidariedade, harmonia, cooperação ou desacordo, desprazer, entre outros. A aquisição

das habilidades de comunicação constitui um longo processo que deve estar relacionado

ao discurso, ou seja, à linguagem em uso e ao contexto global que contribui para a

comunicação. Visto dessa perspectiva da linguagem em uso, Abuêndia Pinto, através de

sua obra “Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e

desenvolvimento” defende que, uma vez que nos comunicamos por meio de gêneros,

segundo Bakhtin (1992), o propósito comunicativo do texto (Swales, 1990) é o fator

primordial relacionado ao gênero. É esse propósito comunicativo que modula o gênero e

lhe dá uma estrutura interna.

Numa perspectiva bakhtiniana, um gênero se define por três dimensões essenciais:

os conteúdos, que se tornam dizíveis através do gênero; a estrutura (comunicativa)

específica dos textos pertencentes ao gênero; e as configurações específicas das

unidades de linguagem que são, sobretudo, traços da posição enunciativa do enunciador,

conjuntos particulares de seqüências textuais e de tipos discursivos que formam sua

estrutura.

Aliado ao conhecimento dessas três dimensões essenciais a um gênero, Pinto

ressalta que é preciso que o ensino da comunicação oral ou escrita se realize por meio

da interação de três fatores: as práticas sociais, ou mais especificamente, as mediações

comunicativas, onde a produção da linguagem é feita sobre os gêneros; as capacidades

de linguagem, por meio das quais o aprendiz evoca seu conhecimento para produzir um

gênero; e as estratégias de ensino, que o aluno vivencia mediante atividades

comunicativas diversificadas, a fim de organizar sua aprendizagem e apropriar-se de

gêneros distintos.

Page 28: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Ao interagir oralmente ou por escrito no contexto escolar, os alunos precisam

entender como a forma da língua e a estrutura organizacional dos vários gêneros

textuais fornecem recursos para apresentar a informação e interagir com outros.

Aprendem, portanto, a escolher os padrões linguísticos apropriados aos significados que

tentam criar. Uma das metas do professor consiste, então, em ajudar os alunos a

reconhecer e a usar tais padrões linguísticos. Isso significa que, nas situações escolares,

os alunos não só aprendem a construir o significado, como os criam, por meio do uso do

discurso, através da construção de textos. Com esse artigo, a autora nos faz perceber que

é extremamente importante tais noções para que os alunos, principalmente àqueles de

licenciatura e que provavelmente tornar-se-ão professores, tenham condições de

expressar-se, tanto oralmente quanto na escrita, para transmitir exatamente aquilo que se

pretende.

Referências Bibliográficas: PINTO, Abuêndia. Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco. Disponível em: www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf

Jean Carlo Staub

Page 29: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

JOÃO ANTONIO FAORO

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE 3 – RESENHA CRÍTICA

Gêneros textuais e ensino

O artigo escrito na revista Dialogia no ano de 2009 por Manoel Edson de

Oliveira, doutor e mestre em Língua Portuguesa pela PUC-SP, procura abordar o ensino

da língua portuguesa além da forma tradicional, com normas e conceitos, dando ênfase

aos gêneros textuais com o objetivo de gerar competência comunicativa nos estudantes.

O autor traz opinião de estudiosos como Bakhtin e Marcuschi, os quais ressaltam

que o surgimento de novos gêneros textuais não estão exclusivamente ligados ao

desenvolvimento tecnológico, mas sim em como as tecnologias interferem na rotina das

pessoas. Fazem ainda, diferenciação entre gêneros e tipos textuais, estes se referindo à

narração, argumentação, descrição, injunção e exposição. Já os gêneros muito mais

abrangentes, apresentando características que são definidas por conteúdos, propriedades

funcionais, estilo e composição, variando de acordo com o meio sócio-cultural, podendo

ser escrito ou oral, através de textos com ou sem imagens.

Para dar suporte ao estudo exposto no presente artigo, foi realizado um trabalho

com alunos da 8ª série do ensino fundamental do Colégio Santo Américo, no estado de

São Paulo, sendo empregado o gênero propaganda impressa, por ser um gênero que

atrai a atenção de estudantes desta faixa etária. O autor do artigo usou da orientação da

sequência didática de J. Dolz, M. Naverraz e B. Shneuwly (2004) a qual seguiu a

seguinte estrutura: apresentação da situação, primeira produção, módulo 1, módulo 2,

módulo “n” e produção final. Ao findar os trabalhos, verificou que o fato de utilizar um

gênero que faz parte do cotidiano dos estudantes, os motivou e envolveu o que resultou

em uma melhoria no desempenho de produção textual. Há que se ressaltar também, que

a sequência didática os levou a compreender melhor as fases do processo, tendo um

grande avanço entre a primeira produção, onde eles não conseguiam compreender a

importância da linguagem e nem identificar os elementos presentes na propaganda e a

produção final, na qual eles conseguiram fazer uma leitura crítica das propagandas com

que se deparam diariamente. O artigo mostra aos professores uma nova forma de

ensinar a língua materna, respaldado em um estudo com alunos, buscando temas atuais

para que o aluno sinta-se motivado e parte do projeto.

Page 30: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Referências Bibliográficas:

DE OLIVEIRA, Manoel Edson. Gêneros textuais e ensino. Dialogia, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 83-91,

2009.

João Antonio Faoro

JORGE UBIRAJARA SCHNEIDER

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE: RESENHA CRÍTICA

Gêneros Textuais – Aprendizagem e Desenvolvimento no Ensino de Línguas

A autora Abuêndia Padilha Pinto em seu texto: “Gêneros Textuais e Ensino de

Línguas: Reflexões sobre Aprendizagem e Desenvolvimento” começa citando

Page 31: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Marcuschi (MARCUSCHI, 2002 apud PINTO) e dando uma ótima definição sobre

gêneros textuais: “são os textos que encontramos em nossa vida diária e que apresentam

algumas propriedades funcionais e organizacionais características, concretamente

realizadas.” E, logo se percebe uma preocupação da autora com relação ao emprego dos

gêneros textuais na aprendizagem de línguas estrangeiras. Já que há uma multiplicidade

deles e uma imprecisão quanto a sua classificação. O que vem a dificultar o

monitoramento das habilidades comunicativas que se destinam à compreensão e à

produção de gêneros discursivos por parte dos aprendizes de Língua Estrangeira. E, para

que eles tenham um maior planejamento e melhoria da produção textual é necessário

um reconhecimento do conteúdo, da estrutura formal e das sequências linguísticas

(DOLZ e SCHNEUWLY, 1996 apud PINTO).

Nos parágrafos subsequentes Abuêndia aborda algumas definições pertinentes de

Vygotsky (1978), cuja obra oferece uma grande contribuição à área da educação já que

expõe como se dá a integração entre aprendizagem e desenvolvimento. E define através

das palavras vygotskyanas os processos elementares de origem biológica que provocam

o desenvolvimento, distinguindo-os das funções psicológicas superiores que são de

origem sócio-cultural. Explora ainda a definição de contexto de Frawley (2000) que

sugere o contexto como sendo um ambiente real. Fornece uma dedução conveniente a

partir de Vygotsky: a de que o desenvolvimento cognitivo não ocorre isoladamente, mas

relaciona-se com outros desenvolvimentos: linguístico, social e físico. A autora

continua fomentando os leitores com definições interessantes quando acessa novamente

Frawley: “a fala não causa o pensamento, mas o informa ou o media” (FRAWLEY

2000 apud PINTO). Dessa maneira nesses parágrafos citados a autora norteia os leitores

com definições de autores consagrados sempre contrapondo a importância do

desenvolvimento da linguagem, da aprendizagem, do pensamento valorizando a

importância do uso correto de gêneros textuais no ensino de línguas.

Por fim, a autora conclui que é possível ter-se aprendizes de línguas autônomos,

sendo necessária uma reflexão contínua e profunda sobre uma aplicação exata dos

gêneros textuais na sala de aula. Pensando-se também que o aluno não aprende somente

em sala, e forma seu caráter a todo o momento.

Referências Bibliográficas:

DE OLIVEIRA, Manoel Edson. Gêneros textuais e ensino. Dialogia, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 83-91,

2009.

Page 32: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

JUSSARA CENTENARO MUCHA

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

RESENHA CRÍTICA

Gêneros textuais e ensino

Os gêneros orais e escritos são bastante heterogêneos e, por essa razão, não podem ser

estudados de forma única Bakhtin (2009), trataremos do gênero textual propaganda. Os

Gêneros textuais são fenômenos históricos ligados a vida cultural e social e ajudam a

ordenar as atividades comunicativas do cotidiano. (Marcuschi, 2005). Segundo

Marcuschi os gêneros novos apresentam uma identidade própria, mas não são inovações

absolutas, pois houve uma adaptação de um gênero antigo. A partir desses pressupostos

teóricos, Manoel Oliveira tece seu artigo `Gêneros textuais e ensino´, publicado na

revista Dialogia (2009).

Para trabalharmos com gêneros textuais é necessário seguir alguns procedimentos, nesse

sentido, oliveira (2009) traz a contribuição de: Ensinar um gênero textual é levar o

aluno a dominá-lo para depois poder produzi-lo. As sequências didáticas estabelecem

uma primeira relação entre um projeto de apropriação de um gênero, ao elaborarmos

uma sequência didática, tem-se o objetivo de levar o aluno a dominar, de maneira mais

satisfatória, um gênero textual, permitindo-lhe escrever uma determinada situação de

comunicação.

Para elaboração da sequência didática com o gênero propaganda o autor orienta que

devemos verificar como a linguagem não-verbal se relaciona com a linguagem verbal,

observar, na linguagem verbal a língua em seu contexto de uso, atentar ao fato de que a

língua se adapta às situações de comunicação e reconhecer que os gêneros textuais é que

definem o que se pode dizer, por meio de que estruturas e com que meios linguísticos.

O gênero propaganda hoje não se limita apenas a informar, possui a função de vender de

persuadir alguém de levar alguém a um comportamento, fazer com que as pessoas

venham a tomar decisões e modificar atitudes, sua linguagem tende a ser direta

acessível e original.

O artigo de Oliveira é uma leitura especial, pois demonstra que as sequências didáticas

levam o estudante a compreender melhor o processo de produção textual de um

determinado gênero conseqüentemente sua aprendizagem torna-se mais significativa.

Page 33: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Podemos dizer que os gêneros textuais são fenômenos históricos os quais devemos

adaptar ao momento em que estamos vivendo.

Referências Bibliográficas:

OLIVEIRA, Manoel E. de. Gêneros textuais e ensino. Dialogia, São Paulo,v.8,n.1,p.83-91, 2009.

Jussara Centenaro Mucha

KARINE BEDIN

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE III: RESENHA CRÍTICA

A multiplicidade dos gêneros textuais

É fato que os alunos devem conhecer a estrutura linguística dos textos para

compreenderem os vários gêneros textuais existentes e conseguirem interagir por meio

do uso destes, permitindo uma melhora na produção textual. No texto intitulado

Page 34: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento,

a autora Abuêndia Padilha Pinto, (s/d), traz reflexões sobre o pensamento de Vygotsky

(1978) e Frawley (2000), em relação aos gêneros textuais. Conforme a autora, o

primeiro autor defende a idéia de que a aprendizagem e o desenvolvimento da

linguagem acontece por meio de um "contexto sócio-cultural'. Em seguida ela diz que

para Frawley o pensamento surge devido as "relações sociais". Dessa forma, por meio

de informações e conhecimentos adquiridos, ela afirma que o individuo organiza os

próprios processos de desenvolvimento, sendo ações possibilitadas devido ao

aprendizado.

Existem diversas formas de comunicação, e para cada situação deve-se agir

conforme a maneira apropriada. A autora expõe que "as habilidades de comunicação

constitui um longo processo que deve estar relacionado ao discurso, ou seja, à

linguagem em uso e ao contexto global" (Pinto, s/d, p. 03). No ensino-aprendizagem de

língua estrangeira, segundo a autora, os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais)

propuseram uma análise sobre gêneros discursivos, para facilitar o aprendizado por

meio de situações "realistas". Ela cita algumas "competências e habilidades" para serem

aplicadas no ensino da língua estrangeira: Representação e comunicação, Investigação e

compreensão e Contextualização sócio-cultural. Por meio da linguagem ocorre todo o

processo de comunicação e a transmissão de conhecimentos numa sociedade, assim ela

explica (p. 04) que a língua também sofre modificações, daí a importância de ensinar

tendo como base situações reais e verdadeiras.

Sendo assim, os gêneros textuais equivalem às diversas formas de expressão e

englobam todas as produções realizadas por usuários de uma língua. Nisso a autora

orienta que os aprendizes devem conhecer e dominar todas as formas dos gêneros

como parte do processo de ensino. O professor precisa ser um orientador para que os

alunos obtenham maior conhecimento em relação às características dos gêneros, que

podem ser percebidas por meio do conteúdo, da estrutura e das especificidades das

unidades de linguagem de cada texto. Ela argumenta ainda que a comunicação oral e

escrita é realizada por meio das práticas sociais, da capacidade de linguagem e das

estratégias de ensino, assim os alunos devem entender os recursos para apresentar as

informações de modo que consigam interagir com os demais, utilizando corretamente os

gêneros para cada situação. Desta forma, os estudantes aprendem a reconhecer os

padrões linguísticos, construindo significados por meio da escrita, este é um importante

Page 35: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

passo, pois assim, tem a possibilidade de distinguir cada tipo de texto e situação,

adequando-os conforme o estilo de texto exigido.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: PINTO, Abuêndia Padilha. Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco, (s/d). Disponível em: http://ead.moodle.ufsc.br/mod/resource/view.php?inpopup=true&id=43674. Acesso em 05 jul. 2011.

Karine Bedin

Page 36: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

LAÉRCIO WAGNER LORO

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE: RESENHA CRÍTICA

ARTIGO: GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUAS, REFLEXÕES SOBRE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

Nos últimos anos vimos que teve uma maior atenção sobre a noção de gêneros

textuais, no entanto quando utilizamos esse termo, temos em mente uma definição já

estabelecida, onde se refere às diferentes formas de expressão de texto, de uma forma

mais simples, são tipos específicos de textos sendo eles literários ou não-literários que

empregamos no dia a dia, por exemplo, poesia, prosa, conto, uma carta pessoal, email

ou até mesmo uma conversa telefônica. De acordo com a escritora Abuêndia Padilha

Pinto, que em seu artigo de 2002 para a Universidade Federal de Pernambuco e

publicado na revista do GELNE (Grupo de Estudos Lingüísticos do Nordeste) sobre

gêneros textuais e ensino de línguas, retrata algumas reflexões sobre o aprendizado e o

seu desenvolvimento, colocando alguns pontos sobre este tema que é muito mais

complexo do que se imagina, a multiplicidade desses gêneros dificulta a interação com

os alunos, eles devem entender que os gêneros textuais são fundamentais para o

processo de aprendizagem e a interação com os outros colegas. A incerteza quando a

sua classificação também leva ao estudante de outras línguas maior dificuldade na

compreensão e a produção de gêneros discursivos, eles devem saber como controlar

essa linguagem e qual o seu propósito, que são itens de suma importância para a

elaboração de um gênero. Para complementar seu artigo e para justificar as suas

argumentações a autora destaca algumas citações sobre o tema aprendizagem e

desenvolvimento escrito pelo psicólogo L.S. Vygotsky (1978), deixando o leitor com

maior variedade de opiniões sobre o mesmo tema, onde um dos conceitos do psicólogo

é o resultado do desenvolvimento cognitivo, que não acontece isoladamente, mas

concomitantemente com o desenvolvimento da linguagem, do desenvolvimento social e

do desenvolvimento físico, sendo eles diretamente ligados a origem biológica do

indivíduo, mas com a alteração de fatores externos que o mesmo recebe do mundo,

contribuindo para a sua estrutura psicológica. A autora foi muito feliz em sua colocação

ao defender o assunto de que o aprendizado acontece tanto dentro da sala de aula

quando fora dela, e que a maior dificuldade esta em como ajudar o aluno a utilizar as

Page 37: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

informações externas, onde o professor tem um papel essencial para a aprendizagem

mediando e filtrando essas informações, para posteriormente repassá-las aos alunos.

Outro fator primordial em que a autora frisa de forma clara e positiva é que a

aprendizagem e a maneira como o ser humano se comunica está diretamente ligado a

sua cultura e vida social, todos seus atos, idéias, crenças, emoções e atitudes, são formas

de gêneros que podem ser alterados devido à utilização desses itens.

Referências Bibliográficas:

PINTO, Abuêndia. Gêneros textuais.... Universidade Federal de Pernambuco. Disponível em:

www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf

Page 38: Revista LptA- São Miguel D'Oeste
Page 39: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

LEONDINA MARIA ALVES DE OLIVEIRA

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE: RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO “GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO”

O presente artigo foi publicado na revista Dialogia, em 2009, e tem como autor Manoel

Edson de Oliveira, Doutor e Mestre em Língua Portuguesa – PUC, SP. Este artigo

apresenta uma abordagem acerca do ensino da Língua Portuguesa e seu

desenvolvimento em determinado contexto histórico.

Oliveira, inicialmente, traz uma pequena introdução sobre a atenção dispensada à

ortografia, à sintaxe e ao texto como um produto. Em contrapartida, traz à tona a ideia

das novas teorias (1980), as quais foram inspiradas no sociointeracionismo, na teoria da

enunciação e do discurso e na linguística textual. Por meio destas a linguagem é

considerada uma forma de interação dos sujeitos, e o texto é o resultado desta interação,

despertando assim um olhar para a importância do estudo do uso e do funcionamento da

língua em um determinado contexto sócio-histórico, surgindo assim novas propostas

acerca das diferentes práticas discursivas ou dos diferentes gêneros discursivos.

Motivado pela importância do estudo dos gêneros, e amparado pelas questões

publicadas nos PCNs desde 1998, o autor desenvolveu uma proposta de trabalho em

forma de oficinas, com alunos da 8ª série do Ensino Fundamental, do Colégio Santo

Américo, em São Paulo. E, tomando como base o trabalho desenvolvido nestas oficinas

sobre gêneros textuais, Oliveira escreveu o presente artigo.

O autor nos traz um apanhado geral acerca do desenvolvimento das referidas oficinas,

as quais tiveram início com a apresentação de uma concepção de gênero que se baseou

em Mikail Bakhtin (2000), que concebe a língua como instrumento de comunicação

utilizado em todos os âmbitos, nos mais diversos contextos sociais, variando sua

utilização entre oral ou escrita, conforme a atividade humana que a utiliza. A partir

desta concepção de língua, Oliveira trabalhou com os alunos a concepção dos gêneros e

sequências didáticas. Ressalta-se o fato de que Manoel Edson de Oliveira baseou-se

também nos escritos de Bernard Schneuwly e Joaquim Dolz (2004) que, entre outras

coisas, defendem o respeito às demandas, como o ensino da oralidade e da escrita; A

proposição de uma concepção que englobe o conjunto da escolaridade obrigatória; entre

outros...

Page 40: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Manoel Edson de Oliveira aborda também a importância do Gênero “propaganda” em

uma sequência didática. Após esta breve introdução o autor passa a relatar o

desenvolvimento das oficinas, as quais dividiram-se em: Oficina 1: Apresentação do

gênero propaganda; Oficina 2: Relação entre a linguagem verbal e não verbal na

propaganda; Oficina 3: Gênero e Contexto; Oficina 4: Para quem estou escrevendo?

Dentre as considerações finais apresentadas, algo interessante, principalmente, para

professores de línguas, é a forma como foram desenvolvidas as oficinas, apresentando

uma evolução progressiva na aquisição dos conceitos acerca dos gêneros, sendo que

cada oficina desenvolvida complementou a anterior, podendo sugerir atividades

desenvolvidas a partir de algo comum ao dia-a-dia dos alunos, como as propagandas.

Referências Bibliográficas:

OLIVEIRA, Manoel Edson de. GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO. São Paulo: Dialogia, v.8, n 1, p.83 -91, 2009.

Leondina Alves de Oliveira

Page 41: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

LIDIANE BRUNETTO

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

TÓPICO III: O PROCESSO DE ELABORAÇÃO TEXTUAL

GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUAS:

REFLEXÕES SOBRE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

Analisando-se o texto Gêneros Textuais e Ensino de Línguas: Reflexões Sobre

Aprendizagem e Desenvolvimento de Abuêndia Padilha Pinto, pode-se dizer que sob o

ponto de vista do aprendizado, é indispensável a comunicação verbal pois, só desta

forma o cérebro humano é capaz de assemelhar o aprendizado com a sabedoria.

Conforme sustenta a autora as idéias de Frawley (2000) baseado na teoria vygotskyana

(2000) há quatro linhas de pensamentos fundamentais: o desenvolvimento, os processos

de controle, mediação e de internalização pelos quais o desenvolvimento é realizado; o

contexto de desenvolvimento e os correlatos neurológicos do desenvolvimento, que são

as bases cerebrais do pensamento superior, e podem compreender que só é possível

aprender se houver uma comunicação verbal.

Entende-se então que a língua falada é o intermédio para que o aprendizado aconteça,

pois ela amplia e motiva o conhecimento e faz com que os alunos interagem de forma

mais visível participando, tirando suas dúvidas expondo suas opiniões e dividindo

idéias, porém para ocorrer um melhor aprendizado faz-se necessário que se pratique a

comunicação verbal, levando sempre em conta suas idéias, pois desta maneira ativará as

funções cerebrais fixando o aprendizado na linguagem verbal.

Em relação ao gênero textual, baseado na autora é de fundamental que as pessoas

pratiquem essa modalidade, pois eles contribuem para organizar as nossas atividades

comunicativas e sem os gêneros seria impossível a nossa comunicação, e também para

melhor fixação do aprendizado, pois desta forma utilizaríamos áreas do nosso cérebro

que afixam a memória ocorrendo assim um aprendizado constante.

Referências bibliográficas:

PINTO, Abuêndia. GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LINGUAS: REFLEXÕES SOBRE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO. Universidade Federal de Pernambuco: 20?? Disponível em: www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf

Page 42: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Lidiane Brunetto

LUCIVANE FERREIRA AMARO

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

RESENHA CRÍTICA

GÊNEROS TEXTUAIS DE ENSINO DE LÍNGUAS: REFLEXOS SOBRE

APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO - ABUÊNDIA PADILHA PINTO

Os gêneros textuais, conforme Swales (1990), Adam (1990), Bronkarth (1999) e

Marcuschi (2002), “são formas textuais escritas ou orais estabilizadas, histórica e

socialmente situadas.” Esses pressupostos teóricos foram utilizados por Abuêndia Pinto

no artigo Gêneros Textuais de Ensino de Línguas: Reflexos sobre Aprendizagem e

Desenvolvimento.

De acordo com a autora, os alunos precisam entender que os gêneros textuais

possibilitam interagir e apresentar informação, mas para uma boa produção textual é

Page 43: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

necessário conhecer a estrutura formal e a sequência linguística e cabe ao professor

ajudar a reconhecer esses padrões.

Pinto traz Vygotsky (1978) para falar sobre dois processos do desenvolvimento: o

biológico e o de origem sócio-cultural. Este último ressalta a importância do convívio

social no progresso do desenvolvimento, sendo que esse acontece ao indivíduo

internalizar as experiências vividas em sociedade.

Falando sobre gêneros textuais, podem ser citadas competências e habilidades a

serem desenvolvidas para construir uma competência comunicativa, sendo elas:

representação e comunicação, em que se escolherá o vocábulo apropriado, utilizará a

coerência e coesão na produção e se usará estratégias verbais e não-verbais;

investigação e compreensão - como as expressões serão interpretadas em razão de

aspectos sociais e culturais; contextualização sócio-cultural - saber distinguir as

variedades linguísticas.

Pinto emprega Bakhtin (1992) para definir um gênero por três dimensões: os

conteúdos, que se tornam dizíveis através do gênero; a estrutura (comunicativa)

específica dos textos pertencentes ao gênero; as configurações específicas das unidades

de linguagem que são, sobretudo, traços da posição enunciativa do enunciador e os

conjuntos particulares de sequências textuais e de tipos discursivos que formam sua

estrutura.

A autora traz ainda três fatores necessários para o ensino da comunicação oral ou

escrita: mediação comunicativa; as capacidades de linguagem (uso do conhecimento

para produzir um gênero) e as estratégias de ensino.

Sendo assim, o aluno precisa conhecer e saber usar os diferentes gêneros

textuais, sendo que esses são uma forma de expressão e comunicação dentro da

sociedade.

Referências Bibliográficas:

PINTO, Abuêndia. Gêneros textuais de Ensino de Línguas: Reflexos sobre Aprendizagem e

Desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco: 20?? Disponível em:

www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf

Page 44: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Lucivane Amaro

Page 45: Revista LptA- São Miguel D'Oeste
Page 46: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

MARA SIMONE BERGMANN

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE – RESENHA CRÍTICA

Produção de texto: retextualização e autoria

Nos últimos dois séculos foram as novas tecnologias, em especial as ligadas à área

da comunicação, que propiciaram o surgimento de novos gêneros textuais. Esses novos

gêneros não são inovações absolutas sem uma ancoragem em outros gêneros já

existentes. O fato foi notado por Bakhtin [1997] que falava na 'transmutação' dos

gêneros e na assimilação de um gênero por outro gerando novos. A tecnologia favorece

o surgimento de formas inovadoras, mas não absolutamente novas. Como o caso do

telefonema, que apresenta similaridade com a conversação que lhe pré-existe, mas que,

pelo canal telefônico, realiza com características próprias. Daí a diferença entre uma

conversação face a face e um telefonema, com as estratégias que lhe são peculiares.

Essas questões são explanadas por Marcuschi (2003) no artigo Gêneros textuais:

definição e funcionalidade. In; Gêneros textuais e ensino.

Aspecto teórico e terminológico relevante é a distinção entre duas noções nem

sempre analisadas de modo claro na bibliografia pertinente. Trata-se de distinguir entre

o que se convencionou chamar de tipo textual, de um lado, e gênero textual, de outro

lado. Essa posição, defendida por Bakhtin [1997] e também por Bronckart (1999) é

adotada pela maioria dos autores, entre ele Marcuschi, que tratam a língua em seus

aspectos discursivos e enunciativos, e não em suas peculiaridades formais.

A expressão tipo textual é usada para designar uma espécie de construção teórica

definida pela natureza linguística de sua composição {aspectos lexicais, sintáticos,

tempos verbais, relações lógicas}. Em geral, os tipos textuais abrangem cerca de seis

categorias conhecidas como: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção.

Usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga para referir

os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam

características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais,

estilo e composição característica. Existem seis tipos textuais e inumeros gêneros.

O maior conhecimento do funcionamento dos gêneros textuais é importante tanto

para a produção como para a compreensão. Em certo sentido, é esta ideia básica que se

acha no centro dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), quando sugerem que o

trabalho com o texto deve ser feito na base dos gêneros, sejam eles orais ou escritos. No

Page 47: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

ensino de uma maneira geral, e em sala de aula de modo particular, podem ser tratados

gêneros na perspectiva aqui analisada e levar os alunos a produzirem ou analisarem

eventos linguísticos os mais diversos, tanto escritos como orais, e identificarem as

características de gênero em cada um. É um exercício que, além de instrutivo, também

permite praticar a produção textual. Seria produtivo pôr na mão do aluno um jornal

diário ou uma revista semanal com a seguinte tarefa: "identificar os gêneros textuais

aqui presentes e dizer quais são as suas características centrais em termos de conteúdo,

composição, estilo, nível lingüístico e propósitos" Bakhtin [1997]. É evidente que essa

tarefa pode ser reformulada de muitas maneiras, de acordo com os interesses de cada

situação de ensino. Mas é de se esperar que por mais modesta que seja a análise, ela será

sempre muito promissora.

Pode-se dizer que o trabalho com gêneros textuais é uma extraordinária

oportunidade de se lidar com a língua em seus mais diversos usos autênticos no dia-a-

dia. Pois nada do que fizermos linguisticamente estará fora de ser feito em algum

gênero. Referências Bibliográficas: MARCUSCHI, L.A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In; Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucena, 2003.

Mara Bergmann

Page 48: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Márcia Regina Bauer

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE: Resenha Crítica

Texto: Gêneros textuais e ensino de línguas

Gêneros Textuais e A Linguagem Falada e Escrita

Segundo Vigotski, podemos distinguir duas linhas diferentes de desenvolvimento - a

dos processos elementares, de origem biológica e a das funções psicológicas superiores,

de origem sócio-cultural. Esse último ocorre como resultado da vida social do

indivíduo, esse processo precisa da participação do mesmo, pois depende do contexto

sócio-cultural onde ocorrem as trocas sociais.

Isto faz com que o contexto deixe de ser visto como um conjunto de idéias compartilhadas e sim como uma oportunidade comum, um ambiente real e autêntico para os indivíduos descontarem suas diferenças, afim de aperarem como se houvesse um conhecimento partilhado (Pinto, 20??).

Toda criança aprende a linguagem falada independentemente do tipo de sociedade ou

grau de sofisticação da organização sócio-cultural da meio onde vive, porém é na

sociedade letrada que ela aprende a ler e escrever. Isso mostra como o domínio da

linguagem escrita é intimamente associada a fatores de ordem sócio-cultural,

percebemos assim, a distância entre a linguagem falada e a escrita. Uma acontece de

forma natural no desenvolvimento humano- é universal, enquanto que a outra acontece

de forma cultural-é historicamente determinada.

A comunicação humana atende a finalidades diferentes nos níveis pessoal e social.

Percebemos então que a comunicação do individuo é um longo e continuo processo e

está diretamente ligado a linguagem falada e escrita, e a diferentes gêneros textuais, e

diria ainda, a diferentes formas de comunicação.

Concluímos, então, que tanto uma língua estrangeira, quanto uma língua materna deve

ser ensinada e explorada da forma mais próxima possível da realidade do aprendiz, ou

da sociedade onde ele vive. Vimos também que o aprendiz deve dominar as formas dos

diferentes gêneros como parte, e enriquecimento, de seu aprendizado da fala e da

escrita, ou seja, de sua comunicação com o universo onde vive.

Referências Bibliográficas:

PINTO, Abuêndia Padilha. 2011. Gêneros Textuais e Ensino de Línguas: Reflexões Sobre Aprendizagem e Desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco.

Page 49: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

MARCOS PAULO CARVALHO

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

RESENHA CRÍTICA

Produções textuais e conflitos de opiniões

“Gêneros textuais e ensino” (Dialogia, São Paulo, v.8, n. 1, p. 83-91, 2009.)

do doutor e mestre em Língua Portuguesa - PUC - SP, Manoel Edson de Oliveira, quer

nos mostrar que é possível desenvolver nos estudantes uma competência comunicativa

abrangente, ao contrário do tradicional, baseada apenas em conceitos e normas. Porém

ainda existe uma grande preocupação com a distinção de gêneros, vemos isso

claramente quando o autor cita L. A. Marcuschi (2005), “gêneros textuais são

fenômenos históricos ligados à vida cultural e social (...) é preciso definir o gênero com

certo cuidado.” Não seria, então, o oposto a ideia do tradicional? Pois se é preciso ter

cuidado com uma simples classificação de gêneros textuais, como vamos ter coragem

de ousar, de inovar a língua portuguesa num contexto geral?

Schneuwly (2004 apud Oliveira, 2009) “é em razão das mediações

comunicativas que as significações sociais são gradativamente reconstruídas e, por isso,

o domínio da produção da linguagem deve ser feita por meio de gêneros.” A partir dessa

ideia entendemos que o termo “reconstruir” tem um importante significado na formação

de críticos, porque quem reconstrói alguma coisa já está colocando uma boa parcela de

opinião própria, de argumentos, conclusões que servirão para um novo conceito.

Projetos de estudos foram feitos para testar se os alunos estão realmente

conhecendo e diferenciando os diversos gêneros, mas Mikail Bakhtin (2000), citado por

Oliveira, diz que “os gêneros do discurso apresentam uma variedade que não se esgota,

em razão de ser essa também uma característica da atividade humana da qual eles

decorrem”.

Talvez as sequências didáticas apresentadas por Oliveira, em seu artigo, podem

até levar o estudante a compreender melhor o processo de produção textual de um

determinado gênero, mas para que a sua aprendizagem se torne mais significativa, é

preciso ousar e ousar com sabedoria, não ficar num mero conflito de opiniões, passados

de geração para geração. Pois como disse um grande compositor “Quem sabe faz a hora,

não espera acontecer”!

Page 50: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Referências Bibliográficas:

OLIVEIRA, Manoel Edson de. Gêneros textuais e ensino. Dialogia, São Paulo, v.8, n.1, p.83-91, 2009.

Marcos Paulo Carvalho

Page 51: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

MARGARETE GUBERT

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE: RESENHA

Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões

sobre aprendizagem e desenvolvimento

A partir da leitura do artigo ‘Gêneros textuais e ensino e ensino de línguas:

reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento’, escrito por Abuêndia Padilha Pinto,

sabemos que os gêneros textuais são formas textuais, escrita ou oral, que estão presentes

no nosso dia a dia, em forma de notícias, cartas, mensagens eletrônicas, palestra, numa

conversa no ambiente de trabalho ou em casa, numa receita, etc. Cada lugar, cada povo,

tem cultura e linguagem próprias, assim como cada indivíduo desenvolve a própria

forma de expressão, não de forma isolada, mas dependendo de fatores culturais, sociais,

históricos e econômicos do meio onde vive.

Com a fala, o indivíduo controla o ambiente onde vive. É através da língua

que um povo passa sua cultura, tradições, conhecimento e história de geração para

geração. Daí a importância do controle da linguagem e do pensamento, ativados pelo

aprendizado. Em sala de aula, são muitas as dificuldades dos alunos no que diz respeito

ao desenvolvimento da leitura e compreensão de texto, e não esquecendo leitura é

extremamente fundamental para o desenvolvimento educacional e pessoal. Mas, não

basta só ler, tem que interpretar e entender o que leu, além da troca de informações com

outras pessoas. Não esquecendo que é dever também da escola ensinar o aluno a utilizar

a linguagem como instrumento de aprendizagem. É importante que os alunos em sala de

aula, ao interagir oralmente ou por escrito, precisam entender como a forma da língua e

a estrutura de organização dos gêneros textuais oferecem recursos para apresentar

informações e para interagir com outros grupos.

Segundo Abuêndia Pinto, a partir daí poderemos pensar na formação de um

aprendiz autônomo, consciente dos fatores que compõem a diversidade de gêneros

textuais e discursivamente confiante. A língua é uma forma de interação entre as

pessoas, independente de crença religiosa, idade ou classe social. Por isso também

queremos aprender outros idiomas, outras formas de escrita, já que cada texto é

direcionado um público distinto, e cada pessoa que o ler, irá interpretá-lo de uma forma

diferente.

Page 52: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

A produção de textos tornou-se muito difícil, não só para os alunos, que tem

uma sensação de incapacidade de produzir bons textos, mas tem também uma decepção

para os professores, que veem textos mal redigidos. Cabe ao aluno esforço e dedicação

no aprendizado, e ao professor ensinar de forma clara, para que os alunos aprendam

com mais facilidade. O texto de Abuêndia Pinto ajuda estudantes e professores neste

impasse, bem como, o público em geral, já que gêneros textuais são extremamente

importantes para todos, pois fazem parte de nosso dia a dia.

Referências bibliográficas: PINTO, Abuêndia. Gêneros textuais e ensino e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco: 20??. Disponível em: www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf

Margarete Gubert

Marilde Martinelli

Leitura e Produção Textual Acadêmica

Atividade 3 - Resenha crítica

Linguagem e meio social

Nascemos, vivemos e crescemos formando nossa identidade social. Somos seres

em constante desenvolvimento, e dependemos da comunicação para nos relacionar e

viver em sociedade. Não conseguimos viver isoladamente e nosso desenvolvimento,

Page 53: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

tanto físico quanto psicológico, depende das relações interpessoais. Este

desenvolvimento ocorre em partes biologicamente, porém não podemos deixar de

destacar a influência do contexto sócio-histórico na construção do ser humano.

Abuêndia Padilha Pinto, que possui graduação e mestrado em Letras, e doutorado

em linguística; relata muito bem em seu texto Gêneros Textuais e Ensino de Línguas:

reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento, pag. 3, 3° parágrafo; a influência da

linguagem em nossa vida, no nosso dia-a-dia, no convívio em sociedade. Durante a leitura

deste texto, é possível perceber a importância da linguagem em relação ao contexto

sócio-histórico, levando em consideração todas as etapas do nosso desenvolvimento.

Assim como nós nos desenvolvemos de acordo com o meio em que estamos

inseridos, nossa linguagem também evolui e se adapta a esse meio. A linguagem, por

sua vez, é constante e a cada dia surge uma nova gíria, um novo jeito de falar e se expressar.

Assim como o estudo da língua estrangeira, esta pode ser compreendida de diversas formas não

somente diante de um professor, de uma sala de aula, mas também no meio em que estamos

inseridos. Assim, os educadores precisam estar atentos a estas mudanças, para se adaptar a elas

e poder intermediar a relação entre aluno e a linguagem, que se dá, segundo Pinto, através das

práticas sociais, capacidade de linguagem e estratégias de ensino (Pinto; 20??, pag. 5).

A linguagem tanto pode ser aprendida, como construída, transformada. Com

isso é de suma importância que os educadores e professores em formação leiam este texto para

melhor entender a relação entre a linguagem e o desenvolvimento. Assim todos vão ao

encontro de uma linguagem cada vez mais ampla, diversificada e culturalmente rica.

Referências Bibliográficas: Pinto, Abuêndia Padilha; Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento; Universidade Federal de Pernambuco; 20?? Disponível em: http://www.pgletras.com.br/abuendia-padilha-peixoto.htm

Marilde Martinelli

Page 54: Revista LptA- São Miguel D'Oeste
Page 55: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Marina Sagaz

Page 56: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Najara Reolon Jardim

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE: 3 resenha critica

Gêneros textuais

Acontecem muitas transformações na qual o meio de hoje muitas vezes acaba

sendo passageiro, por exemplo, a carta era muito usada e passou para o email, do Orkut

para o facebook, do telefone fixo para o celular, assim pode-se dizer que o mundo está

em uma constante mudança. A mesma coisa acontece com os gêneros textuais eles

surgem, situam-se e se expandem a cada criação tecnológica.

O surgimento de novos gêneros deve-se inicialmente a criação de novas formas

de comunicação e a intensidade do uso dessas tecnologias, não são necessariamente

inovações absolutas, mas com suas identidades próprias.

No texto Gêneros textuais: definição e funcionalidade de MARCUSCHI

L.A..Rio de Janeiro: Lucena, 2003 faz um estudo dos gêneros emergentes, no qual

resalta que esses novos gêneros interferem no uso da linguagem instaurando novas

relações, principalmente entre a oralidade e a escrita, apontando aspectos de interesse

para o trabalho em sala de aula.

Segundo Marcuschi(2003) para se determinar um gênero é preciso ver as

formas, funções e o ambiente onde está inserido, porem muitas vezes engana-se na hora

de distingui-los por existir intertextualidade inter-gêneros que é um gênero com a

função de outro e heterogeneidade tipológica, um gênero com a presença de vários

tipos, basicamente são definidos por seus propósitos (funções, intenções, interesses) e

não por suas formas. Abrangendo muitas categorias como: narração, argumentação,

descrição, injunção e exposição, por isso se enfatiza uma produção e utilização

adequada.

No texto o autor diz que existem uma diversidade muito grande de gêneros

textuais, são artefatos culturais construídos historicamente pelo ser humano, e que não

há como fazer uma lista fechada de todos esses gêneros. São textos que circulam no

mundo, que têm uma função específica, para um público específico e com

características próprias. E com ele pretende mostrar como analisar e tratar alguns dos

gêneros mais praticados nos diversos meios de comunicação.

Page 57: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Podem-se definir então gêneros textuais, como modelos comunicativos, com

diferentes formas de expressão textual como, por exemplo, uma poesia, um conto,

notícia, discurso, um jornal, outdoor, bula de remédio, ou também uma conversa

telefônica, um email, videoconferência, bate papo e assim por diante. Todo tipo de texto

materializado que encontramos em nossa vida.

O texto de Marcuschi(2003) é importante para se observar questões sobre a

linguagem, sobretudo para todos aqueles que se interessam ou trabalham de alguma

forma com textos das mais diferentes tipos. Pois quando se trabalha com gêneros, você

acaba lidando com a língua nos mais diversos usos e criando-os com grande incidência

na nossa vida diária.

Referências Bibliográficas: MARCUSCHI, L.A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In; Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucena, 2003. Acessado em 8 de julho de 2011.

Najara Reolon Jardim

Page 58: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

PEDRO ADOLFO AMBROS WARPECHOWSKI

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE 3 - Resenha crítica

No artigo GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUAS: REFLEXÕES SOBRE

APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO, Abuêndia Padilha Peixoto Pinto, professora da

Universidade Federal de Pernambuco, descreve que os gêneros textuais são “formas textuais

escritas ou orais estabilizadas, histórica e socialmente situadas” segundo Marcuschi, (2002:4).

Diz que ao interagirem oralmente ou por escrito no contexto escolar, os alunos precisam

entender como a forma da língua, a estrutura formal e as sequências linguísticas fornecem

recursos para apresentar a informação e interagir. Ensina que a multiplicidade de gêneros

textuais e a imprecisão quanto à sua classificação levam a certa dificuldade à compreensão e à

produção de gêneros discursivos. Os alunos devem ser capazes de controlar a linguagem, o

propósito da escrita, o conteúdo e o seu contexto durante a produção de gêneros textuais que

relatam experiências e fatos, que expõem, que contam estórias, que contestam e questionam.

Cita a posição de Vigotsky (1978), fundamentada em mudança e crescimento, que insere

elementos importantes para a compreensão de como se dá a integração entre aprendizagem e

desenvolvimento. Do citado por Abuêndia, deduz-se que o desenvolvimento cognitivo

relaciona-se com o desenvolvimento da linguagem, com o desenvolvimento social e com o

desenvolvimento físico do indivíduo, que ocorre num contexto sócio-cultural. Pensamento e

linguagem dão origem aos processos psicológicos superiores. Com a ajuda da linguagem, o

indivíduo controla o ambiente e o próprio comportamento, daí a importância da linguagem para

o desenvolvimento do pensamento. Não ignorando os processos de origem biológica, se vale de

Vigotsky, que atribui uma enorme importância à dimensão social que possibilita a mediação do

indivíduo com o mundo, diz que o aprendizado se realiza num determinado grupo cultural, a

partir da interação do indivíduo com outros. A autora percebe que Vigotsky considera o

aprendizado como fundamental para o desenvolvimento pleno do ser humano, pois possibilita e

ativa o processo de desenvolvimento.

Abuêndia apresenta um quadro de competências e habilidades a serem desenvolvidas, propondo

mudanças significativas no ensino-aprendizagem de língua estrangeira. Cita que à luz dos

PCNs, o ensino-aprendizagem de língua estrangeira no nível médio deve ser pensado em termos

de competências abrangentes e não estáticas. Sendo a língua o veículo de comunicação de um

povo, é através de sua forma de expressar-se que esse povo transmite sua cultura, suas tradições

seus conhecimentos. No entender da autora, o aprendizado de uma língua estrangeira ocorre

tanto no contexto da sala de aula como fora dela. Essa leitura nos mostra que podemos ajudar

Page 59: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

nossos alunos através de uma reflexão mais aprofundada sobre o ensino dos gêneros textuais e

das práticas sociais, aliados ao papel do professor como sendo mediador nas tarefas de

aprendizagem, formando um aprendiz autônomo e consciente dos fatores que compõem a

diversidade de gêneros textuais e discursivamente confiante.

Referências Bibliográficas:

PINTO, Abuêndia. Gêneros textuais e Ensino de Línguas: Reflexões sobre aprendizagem e Desenvolvimento. Universidade Federal de Pernambuco. Disponível em: www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no1_20.pdf

Pedro Ambros

Page 60: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Regina Wundrack do Amaral Aires

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

Resenha crítica: Gêneros textuais e ensino

Manoel Edson de Oliveira, doutor e mestre em língua portuguesa, propõe neste

artigo escrito em 2009, que o ensino da língua portuguesa seja fundamentado no

contexto sócio-histórico, e não em conceitos e normas como no ensino tradicional. O

autor argumenta que a linguagem é uma forma de interação entre os sujeitos e deve

estar inserido no contexto sócio-histórico. Marcuschi (2009, p.01) corrobora com

Oliveira (2009) ao afirmar que: “os gêneros textuais são fenômenos históricos,

profundamente vinculados à vida cultural e social”.

Na sequência, o autor apresenta a concepção de gênero textual, explicando que

em cada tipo de gênero é usado um estilo estável de emprego das regras gramaticais,

léxicas, verbais e fraseológicos, fatores que acabam identificando o gênero. A

concepção de gêneros textuais existe desde a época dos filósofos Aristóteles e Platão.

Os gêneros evoluíram com o passar do tempo e estão ligados a evolução social e

cultural do cotidiano das pessoas. Oliveira (2009) e Marcuschi (2009, p.02) concordam

que a evolução das tecnologias não é a única razão da evolução dos gêneros textuais,

mas sim, a intensidade que estas novas tecnologias são usadas no cotidiano das pessoas.

Mais adiante o autor chama a atenção para a diferença entre gêneros textuais e

tipos textuais, o segundo se refere a sequência lingüística conhecidas como: narração,

argumentação, descrição, injunção, exposição. Já os gêneros textuais são a apresentação

dos textos no nosso cotidiano que apresentam forma sócio-comunicativa definidas por

conteúdos, estilos e composição característica.

Oliveira (2009) sugere que para o ensino da produção de textos deve ser usados

os gêneros textuais, pois, segundo o autor,

[...] ao se elaborar uma sequência didática, tem-se o objetivo de levar o aluno a dominar, de maneira satisfatória, um gênero textual, permitindo-lhe escrever ou falar de forma mais apropriada em uma determinada situação de comunicação. (OLIVEIRA, 2009, p.87)

A sequência sugerida pelo autor consiste em: definir o destinatário do texto;

investigar, produzir e revisar o tema do texto e produção final.

Observando o relato do autor de uma experiência da aplicação da sequência

didática do gênero propaganda aplicado em uma turma de 8a série. Percebeu-se que os

alunos conseguiram apreender que neste gênero textual o discurso deve ser persuasivo e

Page 61: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

usar apelos visuais, onde gestos e expressões fazem toda a diferença, bem como, a

analise do público alvo ao qual a propaganda pretende atingir, outra constação

importante refere-se que os alunos conseguiram fazer uma análise crítica da atividade.

Observou-se que usar um gênero textual do cotidiano dos alunos potencializou o

aprendizado.

Referências Bibliográficas:

OLIVEIRA, Manoel Edson de. Gêneros textuais e ensino. Dialogia, São Paulo, v.8, n.1, p83-91, 2009.

Regina Aires

RICARDO RODRIGUES LEZONIER

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

RESENHA CRÍTICA

Gramática ou Gêneros Textuais? O que ensinar?

O ser humano é um ser social, que interage, ensina, aprende e que se apropria do

saber, através da comunicação. Assim, torna-se fundamental o estudo da língua neste

contexto, a fim de viabilizar o sucesso deste processo sócio-comunicativo. Todavia, se

no passado o ensino da língua se baseava apenas em normas e conceitos, com exagerada

ênfase à gramática, hoje se faz necessário o estudo dos gêneros textuais, a fim de

desenvolver nos alunos uma competência comunicativa.

Page 62: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Qualquer manifestação comunicativa do ser humano é um gênero, que pode ser

oral ou escrito. Conforme Marcuschi (2003, p.4), enquanto os tipos textuais se referem

ao aspecto rígido e formal da linguística, preocupando-se, entre outras coisas, com a

construção lexical e sintática do texto, podendo ser separados em apenas seis categorias

(narração, argumentação, exposição, descrição e injunção), já os gêneros são inúmeros,

maleáveis e dinâmicos, pois acompanham o contexto sócio-cultural e “apresentam

características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais,

estilo e composição característica”. Assim, podem ser uma carta, um e-mail, uma

imagem, uma bula de remédio, uma notícia, um bilhete, uma aula virtual, etc...

Com isso, para Oliveira (2009, p. 86), Doutor e Mestre em Língua Portuguesa e

autor do artigo Gêneros Textuais e Ensino (Dialogia - SP), é importante que os gêneros

textuais sejam apresentados aos nossos alunos, de modo que eles os conheçam e se

apropriem deles, visando o êxito em seu discurso em qualquer situação. Oliveira se

apóia em Schneuwly e Dolz (2004) para quem “ensinar um gênero textual é levar o

aluno a dominá-lo para depois produzi-lo na escola ou fora dela”. Oliveira também

lembra que os Parâmetros Curriculares Nacionais sugerem a sua inclusão no ensino da

Língua Portuguesa, trazendo a noção de gênero para o ensino de leitura e produção de

textos escritos e orais. Da mesma forma defende a utilização de seqüências didáticas -

criadas por Schneuwly e Dolz - como estratégia de ensino dos gêneros aos alunos, onde

em uma primeira etapa ele apresenta o gênero, preparando o educando para a sua

produção inicial e final, tendo as demais etapas divididas em módulos que servem para

reflexão e correção das imperfeições, finalizando com a produção final, onde o aluno já

se apropriou do gênero, bem como das técnicas para sua utilização.

Na verdade, tão importante quanto o estudo gramatical da língua, conhecendo

suas especificidades normativas, é o estudo dos gêneros textuais, pois abordam sobre a

flexibilidade da linguagem, que é fundamental para o relacionamento sócio-interativo

dos cidadãos. E isso pode ser visto neste artigo de Oliveira.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

OLIVEIRA, Manoel Edson de. Gêneros textuais e ensino. São Paulo: Dialogia, v. 8, 2009.

Page 63: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Ricardo Lezonier

ROSANE CAROLINA BAUMGRATZ

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

RESENHA CRÍTICA

Gêneros textuais e ensino

A escola tradicional, na matéria de língua portuguesa sempre direcionou-se ao

ensino da ortografia, a sintaxe e ao texto como um produto.

Já nos anos 80 esse tipo de ensino passou a ter um ponto de vista diferente. A

linguagem se tornou uma forma de interação dos sujeitos, e o texto é o resultado dessa

interação.

Conforme o autor do texto gêneros textuais e ensino, Manuel Edson de Oliveira

(2009) doutor e mestre em língua portuguesa da PUC-S.P. o ensino da língua materna

passa ser determinada por um contexto sócio-histórico.

Na introdução do artigo o escritor comenta sobre as diretrizes curriculares do

ensino fundamental que também passaram por atualizações necessárias em 1998 sobre o

tema, e encontraram-se os Parâmetros Curriculares Nacionais tendo como principal

Page 64: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

preocupação a noção de gênero por abranger de uma forma mais ampla, não somente a

língua em funcionamento, comenta o autor baseado em Marcuschi (2005).

Oliveira fundamentado em Bakhtin (2000) afirma: “A língua é utilizada em

todos os âmbitos da atividade humana e por isso,é tão variado o modo como é usada.”

Onde os gêneros do discurso surgem com uma variedade imensa e os gêneros orais e

escritos são bastante distintos.

O texto ainda traz sugestões de oficinas, para serem trabalhadas em sala de aula

passando a seguinte idéia: Torna-se importante estudar inovadoras e interessantes

maneiras para ensinar tal conteúdo para os alunos, fazendo com que busquem mais

informações sobre o assunto, de uma forma prazerosa. Trazendo situações mais

próximas do cotidiano deles, como o gênero propaganda. Podendo isso ser feito em

parceria: aluno, professor e tecnologia.

Pessoalmente vejo nem todos os alunos tem essa oportunidade de aprender e

aprender para saber, não só por obrigação, por notas. Os gêneros textuais são uma

matéria bem complexa, que exige muita leitura e atenção, mas quando ensinado com

técnicas inovadoras isso os cativa a buscar mais e mais sobre o conteúdo. Tornando-os

aptos a dominar essa área, com segurança.

Este texto dirige-se ao público geral na área de educação tanto professores como

alunos, por se tratar de um vocabulário de fácil compreensão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

OLIVEIRA, M. E. de. Gêneros textuais e ensino. Dialogia, São Paulo, v.8, n.1,p.83-91, 2009.

Page 65: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

Rosane Baumgratz

SANDRA BATAGLIN DALLA COSTA

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE 3: RESENHA CRÍTICA

ARTIGO RESENHADO: GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO

Page 66: Revista LptA- São Miguel D'Oeste

O artigo Gêneros Textuais e Ensino, Dialogia, escrito por Edson de Oliveira,

2009, se constitui de pontos fundamentais priorizando o uso e o funcionamento da

língua referenciada, valorizando a realidade do aluno, partindo do seu cotidiano, do que

o aluno já traz consigo para o avanço de seu conhecimento em sala.

Oliveira, primeiramente, traça um paralelo entre o ensino tradicional,

desmotivado nas escolas, voltado à pura e simplesmente configuração normativa e

conceitual com a nova abordagem educacional, a qual valoriza o funcionamento da

língua nos diferentes gêneros textuais inserido no contexto sócio histórico.

Posteriormente, Oliveira aborda os pressupostos teóricos, que fazem um resgate

histórico centrados nas idéias de Baktin (2000) e Marcuschi (2005), reforçando a

questão dos gêneros textuais serem fenômenos históricos ligados diretamente a vida do

povo, para que se possa compreender suas necessidades, principalmente quanto a

questão das diferenças entre os gêneros textuais e tipos textuais.

Nesse contexto, que difere os gêneros, Oliveira ressalta a importância das

sequências didáticas, as quais à medida que o aluno passa a conhecer e a fazer uso da

escrita e da fala, o autor mostra que é importante que o professor, a partir de situações

naturais e trocas verbais, forneça instrumentos necessários que desenvolvam o

reconhecimento da estrutura dos textos e das características específicas dos vários

gêneros textuais, pois o texto é o produto de atividade discursiva oral e escrita, que

forma um todo significativo, qualquer que seja sua extensão. É uma sequência verbal

constituída por um conjunto de relações que se estabelecem a partir da coesão e da

coerência.

Para comprovar a importância das sequências didáticas, o autor apresenta o

gênero propaganda para uma turma de oitava série, a escolha desse gênero foi baseada

de acordo com o contexto escolar que estes alunos estavam inseridos. Foram realizadas

quatro oficinas, com os seguintes temas: oficina 1, apresentação do gênero propaganda,

para que se perceba e analise o conhecimento prévio do aluno, trabalhando questões não

observadas e ainda desconhecidas por eles, na oficina 2 trabalhou-se com a relação entre

linguagem verbal e não verbal inseridas no gênero propaganda, na oficina 3 o gênero e o

contexto e na oficina 4 o questionamento de para quem estou escrevendo.

A oficina apresentada por Oliveira demonstra o significativo estudo/uso

relevante dos gêneros textuais de Marcuschi, Baktin, entre tantos outros estudiosos.

Trabalhar com a realidade do aluno, fazendo com que o aluno goste da aula, obtenha

conhecimento de uma forma lúdica, a qual ocorre de uma forma significativa e

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compreendida pelos alunos é o ponto principal do uso dos gêneros textuais e das

sequências didáticas.

Referências Bibliográficas:

Oliveira, Manoel Edson de: Gêneros textuais e ensino, Dialogia, SP, v 8, n.1, p 83-91, 2009.

Sandra Bataglin Dalla Costa

VERENICE TRESSOLDI

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

ATIVIDADE: RESENHA CRÍTICA

GÊNEROS TEXTUAIS DEFINIÇÃO E MODERNIDADE

Partindo do estudo realizado por Marcuschi (2003) em seu artigo Gêneros

textuais: definição e funcionalidade e de outros autores que trabalham e estudam as

formas de linguagem e comunicação “é impossível se comunicar verbalmente a não ser

por algum gênero, assim como é impossível se comunicar verbalmente a não ser por

algum texto”. Marcuschi nos faz notar que os gêneros textuais não são recentes, são

fenômenos históricos e estão associados à vida social e cultural.

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Os gêneros textuais surgem num primeiro momento só de forma oral, limitando

a quantidade de gêneros. Mas, com o surgimento da escrita por volta do século VII A.C

multiplicam-se os gêneros textuais. Mas foi na fase industrial no século XVIII que os

gêneros evoluíram. Hoje tudo é dominado pelas tecnologias, percebemos o surgimento

de novos gêneros e muitas formas de comunicação. Entretanto Marcuschi (2003, p.01)

afirma que “não são propriamente as tecnologias que originam os gêneros e sim a

intensidade dos usos...”, isso pressupõe que a internet entrou em nossa vida, e aderimos

a muitas maneiras práticas e rápidas para nos comunicar.

Conforme salienta Marcuschi (2003 p.04) “os Gêneros textuais se constituem

como ações socio-discursivas para agir sobre o mundo”. A leitura desse texto nos ajuda

a diferenciar entre Gêneros textuais e Tipos textuais. Com o texto de Marcuschi é

possível entender que os gêneros são eventos lingüística mas não são definidos por

características lingüísticas porque seria muito difícil sua classificação pelo fato de

existirem aproximadamente 4000 gêneros conforme o autor sustentou Adamzik (1997).

Marcuschi traz Bronchart (1999) para dizer que “a apropriação dos gêneros é um

mecanismo fundamental de socialização, de inserção práticas atividades comunicativas

humanas”. Essa citação nos mostra que os gêneros foram construídos historicamente

pelo ser humano, e que ele ainda, apesar das tecnologias mantém algumas

características, pois Marcuschi compreende que os gêneros têm sua estrutura conforme

as formas culturais e sociais de cada sociedade.

Esse artigo ressalta o trabalho com os gêneros textuais, e mostra aos estudantes

a importância de seu estudo, principalmente em sala de aula, conforme determina os

Parâmetros Curriculares Nacionais. Mas com o desenvolvimento e a modificação de

alguns gêneros textuais com o avanço do mundo virtual, alguns gêneros estão sendo

esquecidos.

Os estudos dos gêneros textuais são de extrema importância, apesar de sua

complexidade, os mesmos auxiliam no desenvolvimento de competências que são

fundamentais para a nossa vida. E em relação ao artigo de Marcuschi, privilegia os

leitores sobre as mais diversas formas de gêneros textuais e aspectos formais da língua.

Referências Bibliográficas:

MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In; Gêneros textuais e ensino. Rio de

Janeiro: Lucena, 2003.

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Verenice Tressoldi

E-LEitura. Sua revista digital. Disciplina de Leitura e Produção Textual Acadêmica. Curso de Letras Espanhol – EAD/UFSC. Março a julho de 2011.