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Gogest a aplicação Web e Mobile de acesso ao seu ERP Mais informações na página 13 Esta revista faz parte integrante da edição 1612 do Jornal de Leiria, de 04.06.2015

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Gogest a aplicação Web e Mobile de acesso ao seu ERP

Mais informações na página 13

Esta revista faz parte integrante da edição 1612 do Jornal de Leiria, de 04.06.2015

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4 de Junho de 2015 Leiria Global 3

Apesar de todas as dificuldades, a regiãode Leiria tem sido um verdadeiro oásis nocontexto nacional no que toca aodesempenho económico das suasempresas, ao nível de desemprego e também na capacidade exportadora.Quem vive e trabalha nesta região,naturalmente com algumas excepções,tem tido a sorte de andar relativamenteafastado dos graves problemas sociais,muitas vezes de verdadeira miséria, quese vão observando noutros pontos doPaís.Por cá, apesar de tudo, a depressãoeconómica não atingiu os níveisdramáticos de outras regiões, muitocontribuindo para isso as característicasdo nosso tecido empresarial, assente emmicro, pequenas e médias empresaspouco dependentes dos negócios com oEstado e com um perfil de gestão viradopara a inovação, diferenciação do produtoe qualidade dos serviços. Com muitaperseverança, trabalho, mas tambémvisão, boa parte dos empresários da regiãode Leiria continuou a investir, a contratare a apostar na competitividade das suasempresas, tendo tido condições ecapacidade para alargar os seus negócios aoutros mercados, alguns deles de elevadaexigência. Essa estratégia tem permitido que a regiãode Leiria venha a crescer, ano após ano,acima da média nacional quer nasexportações, quer no excedente comercialcom o exterior, quer ainda nos resultadoslíquidos das suas empresas. Comoconsequência dessa dinâmica, odesemprego não atingiu níveis tãodramáticos como os de outras regiões,tendo ficado constantemente 3 a 4 pontosabaixo da média nacional, resguardandoesta zona da instabilidade social e dosproblemas que a pobreza sempre trazassociados. Nada é por acaso e, como acima foireferido, só com empresas sólidas edinâmicas é possível manter uma regiãocoesa e socialmente estável, estando deparabéns os empresários e todos os seuscolaboradores que têm feito de Leiria umexemplo a nível nacional.

João Nazário

04 Leiria mantém saldo comercial positivo

14 Resultados líquidos das 50 maiores exportadoras sobem 73%

20 Listagem:As 50 maiores exportadoras do distrito de Leiria

22 Percorrer a internacionalização pelo próprio pé

26 O mundo inteiro a fazer omoletes com ovos de Leiria

30 O doce sabor da exportação a partir de uma Confeitaria

34 A importância dos Seguros de Transporte

36 Qualificação dos recursos humanos torna empresas mais competitivas

47 Exportações são transversais nos sectores de maior sucesso

61 Fórum: O que garante o sucesso das empresas além-fronteiras

Edição: Jorlis - Edições e Publicações, Lda.Director: João Nazário Redacção: Célia Marques, Inês de Almeida, Paula Lagoa, Paula Sofia LuzServiços Comerciais: Lúcia Alves, Rui Pereira, Sandra Nicolau Paginação: Isilda Trindade, Rita Carlos Impressão: OndagrafeTiragem: 15.000 N.º de Registo 109980 Depósito Legal n.º 5628/84 Distribuição: Jornal de Leiria, edição n.º 1612, de 4 de Junho de 2015

Índice

Ficha Técnica

Editorial

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4 Leiria Global 4 de Junho de 2015

Leiria mantémsaldo comercialpositivo Investimento O saldo comercial do distrito de Leiriarecuou ligeiramente em 2014, resultado, sobretudo, doaumento de importações de equipamentos e matérias--primas. Um sinal de maior dinamismo na indústria.

Célia [email protected]

� Em 2014, o saldo comercial do distri-to de Leiria registou um excedente co-mercial de 570 milhões de euros, o querepresenta um deslize de 3% face a2013, ano em que registou o maior ex-cedente comercial de que há registo.

Este recuo fica a dever-se à subida de101 milhões de euros das importações,face ao aumento de apenas 82 milhõesde euros das exportações.

Podem não ser más notícias, mas umsinal do reforço de investimento da in-dústria do distrito, uma vez que as sec-ções cujas importações mais cresceramem valor absoluto foram as de máquinas,aparelhos e moldes, com mais 24 mi-lhões de euros (mais 12% face ao ano an-terior), os metais com mais 19 milhões de

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4 de Junho de 2015 Leiria Global 5

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A 25%é quanto representam as exportaçõesextracomunitárias, que caem pelaprimeira vez nos últimos 5 anos

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euros (uma subida de 12%), e os produ-tos das indústrias-químicas, com mais15 milhões de euros comprados ao ex-terior (um acréscimo de 14% relativa-mente a 2013).

Do lado das exportações, destaquepara o facto de estarem em alta há cin-co anos consecutivos, a uma média de11% ao ano (apesar de 2014 ter sido o anoem que subiram menos), enquanto asimportações cresceram a uma médiaanual de apenas 6% durante o mesmoperíodo.

Com esta variação, o distrito de Leiriamanteve nos 4% o peso das suas ex-portações no total nacional e em 2% opeso das importações.

O distrito mantém-se também aquémda realidade nacional, no bom sentido,uma vez que o País continua em situa-ção de défice na sua balança comercial,

tendo assistido, em 2014, a um agrava-mento do mesmo em 16%, para os 10,6mil milhões de euros.

Com uma tradição marcadamente ex-portadora, importa destacar que nosúltimos 20 anos o comércio internacio-nal do distrito de Leiria se apresentoudeficitário apenas entre 1999 e 2002,com o ano de 2003 a marcar a viragempara terreno positivo, uma tendênciaque se mantém até hoje.

Viana do Castelo aproxima-se de LeiriaO distrito de Leiria manteve, em 2014, aquinta posição no ranking dos distritoscom melhor saldo comercial, conti-nuando a ser precedido pelos distritos deBraga, Aveiro, Setúbal e Porto.

Na análise do comércio internacionalpor distrito, merece destaque a evoluçãoregistada pelo saldo comercial de Vianado Castelo, que cresceu 29% para os 563milhões de euros, ficando a apenas setemilhões de euros do saldo comercial deLeiria. Esta subida levou a que ultra-passasse Beja, apesar de este distrito tervisto crescer o seu saldo comercial em13%, para os 533 milhões de euros.

Centrando ainda a análise nos cincomelhores saldos comercias do país, ve-rifica-se que Leiria foi o distrito que re-velou a terceira melhor performanceneste indicador em 2014, a seguir a Bra-ga e Aveiro, que assistiram a melhoriasde 6% e 2%, respectivamente, e antes doPorto e de Setúbal, que viram deslizar osseus saldos em 14% e 12%, respectiva-mente.

No panorama nacional, destaque parao facto de ter subido de três para quatroo número de distritos em situação de dé-fice comercial – com Vila Real a juntar-se a Lisboa, Faro e Guarda – enquantonas regiões autónomas, os Açores man-tiveram a situação de défice e a Madei-ra avançou para terreno positivo.

Destaque também para o facto deLisboa, por si só, contribuir com 18 milmilhões de euros para o défice comercialportuguês, o que representa um agra-vamento de 5% face ao ano anterior. Énesse distrito que, naturalmente, seconcentra o maior volume de exporta-ções (11,6 mil milhões de euros), mastambém o maior volume de importações(29,7 mil milhões de euros).

Alargando a análise a todos os distri-tos, e centrando a atenção do lado dasexportações, destaca-se o facto do dis-trito de Leiria continuar a apresentar osexto maior volume de vendas ao exte-rior (a seguir a Lisboa, Porto, Aveiro, Bra-ga e Setúbal) e ter sido, neste conjuntodos seis maiores exportadores, o queapresentou a segunda maior subida dasexportações face ao ano anterior (mais5%), a seguir a Braga (que registou umasubida de 6% e ultrapassou Setúbal nes-te indicador) e acima da média nacionalque se fixou apenas nos 2%.

Aquele grupo de seis distritos foi res-ponsável por 55% do total das exporta-ções portuguesas em 2014, face aos 63%que representavam em 2013 e aos 80%relativos a 2012, o que evidencia umamenor concentração geográfica da ca-pacidade exportadora nacional, resul-tado do crescente e generalizado in-vestimento das empresas na procurade novos mercados além-fronteiras.

Leiria ultrapassa Marinha Grandeem exportaçõesÉ hora de perceber que concelhos foramresponsáveis pela descida de 18 mi-lhões de euros no saldo do comércio in-ternacional do distrito de Leiria, con-trariando a melhoria de 42 milhões deeuros registada no ano anterior.

Segundo dados cedidos pelo INE, ficaa dever-se sobretudo ao recuo nos saldoscomerciais dos concelhos da MarinhaGrande (uma descida de 12 milhões deeuros, para os 301 milhões, e que re-presenta a primeira queda desde 2011),de Alcobaça (quebrou 10 milhões deeuros, para os 69 milhões de euros), dePedrógão Grande (desceu oito milhõesde euros, para os 13 milhões de euros),de Pombal (perdeu quatro milhões deeuros, para os 34 milhões de euros), e dePeniche (deslizou três milhões de euros,para 24 milhões de euros). Se na Marinha

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6 Leiria Global 4 de Junho de 2015

Distrito Saldo Com. 2014 Var. Export. 2014 Var. Import. 2014 Var.

14/13 14/13 14/13

Braga 2.567.821.785 6% 5.206.425.411 6% 2.638.603.626 7%

Aveiro 2.394.264.835 2% 5.924.222.305 3% 3.529.957.470 3%

Setúbal 1.222.193.852 -12% 5.199.428.735 3% 3.977.234.883 9%

Porto 691.945.298 -14% 8.146.025.562 4% 7.454.080.264 6%

Leiria 569.747.804 -3% 1.868.017.445 5% 1.298.269.641 8%

Viana do Castelo 562.739.124 29% 1.534.326.275 16% 971.587.151 10%

Beja 533.260.289 13% 657.829.977 12% 124.569.688 7%

Coimbra 276.782.621 9% 1.088.486.834 2% 811.704.213 0%

Évora 233.973.916 18% 509.802.856 7% 275.828.940 -1%

Viseu 223.348.345 10% 1.311.986.205 1% 1.088.637.860 -1%

Castelo Branco 178.649.012 3% 391.568.055 3% 212.919.043 4%

Santarém 93.711.509 155% 1.337.140.936 6% 1.243.429.427 1%

Portalegre 70.605.531 -63% 268.727.202 -36% 198.121.671 -14%

Bragança 58.087.950 -13% 396.998.904 26% 338.910.954 36%

Madeira 4.296.539 116% 123.796.185 55% 119.499.646 12%

Guarda -761.188 94% 278.100.731 4% 278.861.919 -1%

Açores -29.535.509 -139% 101.961.652 -16% 131.497.161 -1%

Vila Real -29.616.652 -933% 118.227.051 23% 147.843.703 59%

Faro -68.549.240 2% 145.318.160 6% 213.867.400 3%

Estrangeiro* -2.107.786.743 -41% 1.957.967.498 5% 4.065.754.241 21%

Lisboa -18.115.642.850 5% 11.613.678.351 -6% 29.729.321.201 1%

Portugal -10.670.960.037 -16% 48.180.036.330 2% 58.850.996.367 4%

* Refere-se a informação estimada, operadores desconhecidos ou residentes no estrageiro e informação sujeita a segredo estatísticoFonte: INE; valores em euros salvo indicação em contrário, análise a preços correntes

COMÉRCIO INTERNACIONAL POR DISTRITO EM 2014

Alcobaça 206.996.084 12% 9% 127.657.982 11% 11% 79.338.102 5%Alvaiázere 1.756.354 0% 22% 1.321.128 0% -16% 435.226 451%Ansião 19.341.637 1% -21% 18.833.452 2% -16% 508.185 -76%Batalha 61.994.898 3% 3% 51.124.567 4% 5% 10.870.331 -7%Bombarral 28.973.022 2% -3% 12.505.232 1% 31% 16.467.790 -18%Caldas Rainha 95.889.782 5% 0% 83.535.383 7% 3% 12.354.399 -17%Castanheira Pêra 2.905.217 0% 21% 1.034.427 0% -25% 1.870.790 83%Figueiró Vinhos 1.153.332 0% -9% 35.594 0% -14% 1.117.738 -9%Leiria 473.559.753 27% 11% 464.703.675 39% 6% 8.856.078 165%Marinha Grande 490.279.817 27% 8% 177.673.595 15% 5% 312.606.222 10%Nazaré 6.945.823 0% 37% 17.234.331 1% -3% -10.288.508 19%Óbidos 11.281.389 1% 21% 19.363.664 2% 47% -8.082.275 -106%Pedrógão Grande 21.228.695 1% 47% 43.517 0% -90% 21.185.178 51%Peniche 112.591.533 6% -12% 70.199.705 6% -14% 42.391.828 -7%Pombal 143.524.403 8% -2% 106.673.734 9% 6% 36.850.669 -19%Porto de Mós 107.397.747 6% 10% 45.470.951 4% 21% 61.926.796 3%

Concelho Exportações % Distrito Var. Exp. Importações % Distrito Var. Imp. Saldo Com. Var. Saldo2014 2013 2014 2013 2014 Com. 2013

Fonte: INE; valores em euros salvo indicação em contrário, análise a preços correntes

EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL POR CONCELHO ENTRE 2013 E 2014

2014 Variação 2013

Exportações 1.868.017.445 5%

Peso das exportações no total nacional 4% 0%

Exportações extra-comunitárias 473.774.895 -3%

Peso das exportações extra-comunitárias no total do distrito 25% -2%

Importações 1.298.269.641 8%

Peso das Importações no total nacional 2% 0%

Saldo da Balança Comercial 569.747.804 -3%

Fonte INE; valores em euros salvo indicação em contrário, análise a preços correntes

COMÉRCIO INTERNACIONAL DO DISTRITO DE LEIRIA Grande e no Pedrógão Grande os recuosse ficam a dever sobretudo ao recuo dasexportações, em Alcobaça, Peniche ePombal justificam-se principalmentepela subida das importações.

Destaque para o facto de o saldo co-mercial do concelho de Leiria continuarpositivo (o que aconteceu em 2013 pelaprimeira vez em mais de dez anos), ten-do passado de nove para 31 milhões de eu-ros, o que representa uma subida de254%, a maior subida percentual dos sal-dos comerciais de todos os concelhos.

Aquela subida fica a dever-se ao fac-to de o volume de exportações do con-celho de Leiria ter crescido 15% para os542 milhões de euros, tendo este con-celho passado a concentrar a maior per-centagem de exportações do distrito(29%) à frente da Marinha Grande (25%),o que não acontecia desde 2007. Quan-to às importações do concelho de Leiria,avançaram apenas 10% para os 511 mi-lhões de euros, com Leiria a representar39% das importações totais do distrito,mantendo o estatuto de concelho maisimportador, que se verifica pelo menosnos últimos 15 anos.

Este avanço de importações estará re-lacionado não tanto com o consumo deprodutos finais, mas com a compra dematérias-primas, equipamentos e in-termediação comercial com vista aomercado externo, suportando o au-mento de produção que deu origem àsubida de 15% nas exportações desteconcelho, centradas essencialmente na

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244milhões de euros, é quanto vale osaldo comercial da secção de pedra,cerâmica e vidro, a que apresenta amelhor relação com o exterior

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indústria transformadora.É desde 2007 também que o concelho

de Leiria regista melhorias consecutivasno seu saldo comercial, devido sobretu-do à evolução das exportações a uma mé-dia de 9% ao ano, e ainda com o contri-buto de um recuo anual médio de 1% nasimportações. Em 2007, o saldo comercialdo concelho era deficitário em 247 mi-lhões de euros e em 2014 apresentava-se positivo em 31 milhões de euros.

A Marinha Grande continua a ser o con-celho que mais contribui, de longe, para osaldo comercial favorável de 570 milhõesde euros do distrito, ao apresentar um ex-cedente comercial na ordem dos 301 mi-lhões de euros. Representa também, comojá referido, o segundo concelho mais ex-portador (25% do total de exportaçõesface a 27% no ano anterior) e o segundomais importador (13% do total de impor-tações, face a 15% no ano anterior), logo aseguir a Leiria.

De destacar ainda que dos 16 concelhosque integram o distrito de Leiria, a Naza-ré e Óbidos mantêm a situação de défice co-mercial do ano anterior, a que se juntam,em 2014, os concelhos da Batalha e Al-vaiázere, o primeiro devido sobretudo a umaumento das importações e o segundo emresultado do recuo nas exportações.

Pedra e vidro ultrapassa máquinas e moldesOlhando para a secções do distrito de Lei-ria que apresentaram, em 2014, uma rela-ção comercial favorável com o exterior, ve-rifica-se que a secção de pedra cerâmica evidro (com um saldo comercial de 244 mi-lhões de euros, face aos 202 milhões de eu-ros do ano passado) passou à frente da demáquinas aparelhos e moldes (com um sal-do de 201 milhões de euros, face aos 226 mi-lhões de euros do ano anterior).

Em terceiro lugar mantém-se a secção demetais (com um saldo de 84 milhões de eu-ros, face aos 81 milhões de euros do ano an-

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8 Leiria Global 4 de Junho de 2015

Alcobaça Espanha 27% Máquinas, aparelhos e moldes 25%Alvaiázere Moçambique 23% Máquinas, aparelhos e moldes 62%Ansião Espanha 39% Metais 31%Batalha França 36% Pedra, Cerâmica e Vidro 29%Bombarral Brasil 44% Produtos vegetais 91%Caldas da Rainha Alemanha 65% Máquinas, aparelhos e moldes 52%Castanheira de Pêra Espanha 38% Têxteis 62%Figueiró dos Vinhos Espanha 93% Madeira 93%Leiria Espanha 32% Máquinas, aparelhos e moldes 22%Marinha Grande Espanha 32% Máquinas, aparelhos e moldes 37%Nazaré Espanha 37% Animais e produtos animais 38%Óbidos Brasil 36% Produtos vegetais 72%Pedrógão Grande Reino Unido 63% Madeira 98%Peniche França 51% Produtos Ind. Alimentar 69%Pombal Espanha 42% Produtos Ind. Química 16%Porto de Mós Espanha 21% Plástico 49%

Concelho Destino % Exp. Secção % Exp.

Fonte: INE; análise a preços correntes

Alcobaça Espanha 40% Produtos Vegetais 35%Alvaiázere Espanha 39% Plástico 42%Ansião Espanha 51% Metais 32%Batalha Alemanha 22% Material de Transporte 27%Bombarral Espanha 86% Produtos Vegetais 50%Caldas da Rainha Espanha 52% Produtos Vegetais 31%Castanheira de Pêra Itália 27% Têxteis 83%Figueiró dos Vinhos Brasil 45% Produtos Ind. Química 36%Leiria Espanha 33% Plástico 32%Marinha Grande Espanha 34% Metais 33%Nazaré Espanha 40% Animais e produtos animais 86%Óbidos Espanha 63% Produtos Ind. Química 30%Pedrógão Grande Alemanha 84% Máquinas, aparelhos e moldes 100%Peniche Espanha 33% Animais e produtos animais 54%Pombal Espanha 47% Metais 16%Porto de Mós Espanha 38% Produtos Ind. Química 40%

Concelho Destino % Exp. Secção % Exp.

Fonte: INE; análise a preços correntes

EXPORTAÇÃO | PRINCIPAIS DESTINOS E SECÇÕES 2014

IMPORTAÇÃO | PINCIPAIS ORIGENS E SECÇÕES 2014

terior), em quarto a secção de produtos ali-mentares (com um saldo de 77 milhões deeuros, face aos 78 milhões de euros do anoanterior), e em quinto a secção de calçado(com um saldo de 25 milhões de euros, omesmo de 2013). Seguem-se ainda emsexto lugar os produtos minerais (com umsaldo positivo de 20 milhões de euros,face a um negativo de 5,5 milhões de eurosem 2013) e em sétimo a madeira (com umsaldo de 13 milhões de euros, face aos 21 mi-lhões de euros do ano anterior).

Em situação de défice comercial conti-nuam a estar as secções de animais (37 mi-lhões de euros, face aos 36 milhões de eu-ros de 2013), produtos vegetais (29 milhõesde euros face aos 31 milhões de euros noano anterior), material de transporte (14 mi-

O rankingdas secções mais exportadorasregista também algumas alterações. Ape-sar de a primeira posição continuar a per-tencer às máquinas, aparelhos e moldes(que mantiveram as suas exportações nos429 milhões de euros), o segundo lugar pas-sou a ser ocupado pela secção de pedra, ce-râmica e vidro (cujas exportações subiram8% para os 268 milhões de euros), que des-tronou assim o plástico que passou a ocu-par o terceiro lugar, resultado de uma su-bida das exportações em apenas 4%, paraos 262 milhões de euros. Em quarto lugarsurge a secção de metais, com 237 mi-lhões de euros de exportações, represen-tativos de uma subida de 9% face ao ano an-terior.

Juntas, estas quatro secções representam64% das exportações totais do distrito,face aos 60% do ano anterior, o que evi-dencia um elevado nível de concentraçãodas exportações da região nos sectorescom maior tradição no comércio interna-cional.

Embora com menos expressão nas ex-portações do distrito, também os produtosalimentares, produtos das indústrias quí-micas, produtos animais, produtos vegetaise têxteis viram as suas exportações au-mentar, em 6%, 8%, 19% e 11% e 29%, res-pectivamente.

De destacar ainda que, entre as 12 secçõesmais exportadas, todas assistiram a uma su-bida das exportações face a 2013, com ex-cepção para o material de transporte, quecontinua em queda – desta feita em 20%,face ao deslize de 9% de 2013 – e para a ma-deira, que desceu 15%, contrariando a su-bida de 22% registada no ano anterior.

Matérias-primas e maquinaria representam 60% das importações A composição das importações manteve-se em 2014 face a 2013, destacando-se o fac-to de estar muito próxima da composiçãodas exportações, o que reflecte o peso da in-dústria no comércio internacional do dis-trito, que assume um modelo intra-indus-trial e segmentado.

Cerca de 60% das importações conti-nuam a respeitar ao plástico, a maquinariae moldes, metais e produtos químicos,por ordem decrescente de importância.

Destaque para a subida nas importa-ções de máquinas aparelhos e moldes(+12%), metais (+12%) e produtos das in-

60%das importações são relativas amatérias-primas e equipamentos, oque reflecte o peso da indústria nocomércio internacional do distrito deLeiria

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lhões face a um saldo positivo de 22 milhõesde euros em 2013), produtos das indústriasquímicas (11 milhões de euros, face a qua-tro milhões de euros no ano anterior),plástico (sete milhões de euros, face aos 19milhões de euros no ano anterior) e têxteis(quatro milhões de euros, face aos oito mi-lhões de euros em 2013).

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dústrias químicas (+14%), o que poderá evi-denciar um maior dinamismo das indús-trias que importam estes produtos para fa-zer face à sua actividade produtiva, que ca-nalizam depois em grande parte para osmercados externos. Em queda, entre as 12secções mais importadas, estiveram apenasas importações de pasta de madeira (-3%).

Embora com pouca expressão nas im-portações totais, destaque para a subida32% nas importações de material de trans-porte, de 17% em produtos alimentares, de15% nos têxteis, 14% em produtos animaise 6% em produtos vegetais.

Evolução das exportações extracomunitárias

No que toca a destinos de exportação, Es-panha, França e Alemanha continuam afigurar no topo do ranking de 2014, a be-neficiar da proximidade geográfica aPortugal. As exportações para Espanha eAlemanha continuam em alta, desta fei-ta com subidas de 15% e 5%, respectiva-mente (a somar às subidas de 9% e 2% de2013), enquanto para França registamuma queda de 3%, a somar ao deslize de1% registado em 2013.

No seu conjunto, estes três mercadoscontinuam a absorver perto de 60% dasexportações totais, o que evidencia umaforte concentração geográfica das vendasdo distrito ao exterior.

O tecido empresarial do distrito temvindo, no entanto, a procurar a diversi-ficação de mercados, nomeadamentepara fora da União Europeia, uma reali-dade que em 2014 se mostrou mais difí-cil. As exportações extracomunitáriascaíram 3% (contrariando as subidas de10% em 2013, 27% em 2012, 20% em 2011e 80% em 2010), passando a representar25% no total de exportações do distrito,face aos 27% que pesavam no ano ante-rior.

Este recuo reflecte essencialmente a

PESO NAS EXPORTAÇÕES DO DISTRITO DE LEIRIA POR SECÇÃO

Máquinas, Aparelhos e Moldes

23%

14%

14%13%7%

6%

4%

4%

3% 3%

Pedra, Cerâmica e Vidro

PlásticoMetais

Produtos Alimentares e Bebidas

Produtos das Ind. Químicas

Animais e prod.do reino animal

Produtos Vegetais

Material de Transporte

Têxteis

3%Calçado

2%Madeira

0%

0

8%

4%9%6%

8%

19%

11%

20%15%29%

Exportações

Variação 2013

Fonte INE

PESO NAS IMPORTAÇÕES DO DISTRITO DE LEIRIA POR SECÇÃO

Metais

12%

18

Máquinas, Aparelhos e Moldes

0%

12%

12%

Madeira

2%1%

Calçado

2%2%

Pasta deMadeira

Variação 2013

2%3%

Produtos das Ind. Químicas

9%14%

Animais e produtos do reino animal

9%14%

Produtos Alimentares e Bebidas

4%17%

Produtos Vegetais

8%6%

Material de Transporte

5%32%

Têxteis

4%Plástico

21%15%

Importações

Fonte INE

802010

202011

272012

102013

%

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4 de Junho de 2015 Leiria Global 11

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Secção Saldo Comercial Secção Saldo Comercial

Pedra, cerâmica e vidro 244.307.025 Animais e produtos do reino animal -37.026.019

Máquinas, aparelhos e moldes 200.836.479 Produtos vegetais -29.322.070

Metais 84.362.329 Material de transporte -13.992.920

Produtos das ind. alimentares 77.014.428 Produtos das ind. Químicas -11.200.626

Calçado 24.648.827 Plástico -7.382.767

Produtos minerais 20.168.659 Têxteis -3.952.239

Madeira e carvão 13.288.509

Fonte INE; * entre as secções mais exportadas; valores em euros

SALDO COMERCIAL POSITIVO E NEGATIVO 2014queda de 14% das exportações para An-gola (a contrariar o crescimento médioanual de 30% nos dois anos anteriores),resultado dos constrangimentos criadosàs empresas estrangeiras a laborar na-quele que continua a ser o maior destinoextracomunitário de exportações do dis-trito. Este país africano absorve agoraapenas 5% do total de exportações do dis-trito, face aos 7% do ano anterior.

À frente de Angola passou a estar o Rei-no Unido, que absorveu, em 2014, 6% dototal de exportações do distrito, resulta-do de uma subida de 30% neste indica-dor do comércio internacional.

Por ordem decrescente de importânciaenquanto destinos de exportação do dis-trito, destaque ainda para as subidas dasvendas para países como Venezuela (7%),Brasil (24%), Itália (2%), República Che-ca (46%), Argélia (2%) e China (8%). En-tre os 14 maiores destinos de exportação,em queda estiveram apenas as vendaspara França (-3%), Angola (-14%), PaísesBaixos (-2%) e Bélgica (-27%).

Relação comercial com Angolapassa a deficitáriaJá do lado das importações, Espanhamanteve-se, em 2014, como o mercadode onde provém a maioria das comprasdo distrito de Leria ao exterior. As im-portações daquele país aumentaram8%, representando 37% do total de im-portações do distrito, face aos 38% doano anterior.

Em alta, com mais 2%, estiveramtambém as compras do distrito à Ale-

manha e à França, países que pesam 9%cada nas importações totais do distrito.A Itália, que pesa 7% das importações,o distrito comprou também mais 3% re-lativamente a 2013.

A perder terreno entre o top 14 demaiores origens de importações, esti-veram a China (-6%) e o Brasil (-27%). Jáentre as maiores subidas percentuais,encontram-se a Finlândia (+65%), Tai-lândia (+54%) e os Estados Unidos(+39%), este último a contrariar a ten-

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12 Leiria Global 4 de Junho de 2015

País Export. 2014 Var. 2013 Peso nas Exp.Espanha 511.816.410 15% 27%

França 290.356.471 -3% 16%

Alemanha 260.548.729 5% 14%

Reino Unido 105.294.070 30% 6%

Angola 99.700.976 -14% 5%

Estados Unidos 56.290.330 0% 3%

Venezuela 49.111.224 7% 3%

Países Baixos 47.475.281 -2% 3%

Brasil 36.837.226 24% 2%

Itália 35.427.593 2% 2%

República Checa 28.384.646 46% 2%

Argélia 27.331.264 2% 1%

China 26.451.843 8% 1%

Bélgica 25.765.320 -27% 1%

Fonte INE; valores em euros salvo indicação em contrário, análise a preços correntes

MAIORES DESTINOS DE EXPORTAÇÃO DE LEIRIA

País Saldo Comercial País Saldo Comercial

França 178.445.831 Itália -57.267.898

Alemanha 139.111.302 Bélgica -28.279.693

Reino Unido 72.566.912 Países Baixos -22.467.657

Estados Unidos 33.597.793 China -21.581.106

Espanha 31.012.858 República Checa -7.495.644

Brasil 14.407.136 Argélia -7.455.680

Angola -5.126.797

Venezuela -3.900.849

Fonte INE; *Entre os maiores destinos de exportação; valores em euros

SALDO COMERCIAL POSITIVO E NEGATIVO 2014

dência do ano anterior. Falta dizer que, entre os 14 maiores

destinos de exportação, o distrito de Lei-ria apresenta um saldo comercial posi-tivo com países como França, Alemanha,Reino Unido, Estados Unidos, Espanhae Brasil, tendo com estes dois últimos in-

Exportações

Importações

Saldo Comercial

-500

0

500

1000

1500

2000

2014201320122011201020092008200720062005200420032002200120001999199819971996199519941993

438 509 580 623 687 730

736 825 868 869

893 958 8941059

1223 12761130

12591480

1685 17861868

330 384 471 526610 722

811930 923 900

847 926 8901004

1176 1165967 991

1168 1139 11971298

107125 109 97 77 7 -75 -105 -55 -3046 32 4 55 47 111 164 268 312

546 588 570

Fonte: INE; valores em milhões de euros

EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL DISTRITO LEIRIA

vertido a posição negativa em que seencontravam em 2013.

Por outro lado, o distrito apresentauma relação deficitária com Itália, Bél-gica, Países Baixos, China, RepúblicaCheca, Argélia, Angola e Venezuela,sendo que, com estes dois últimos, odistrito apresentava uma relação co-mercial positiva no ano anterior.

Espanha é o principal destino de exportação de oito concelhosNo que toca a destinos de vendas ao ex-terior, importa destacar que Espanha seassume como principal destino das ex-portações de nove dos 16 concelhos dodistrito, mais um que no ano anterior,enquanto a França e o Brasil se apre-sentam como os principais destinos daprodução de dois concelhos cada. Já Mo-çambique e o Reino Unido assumem-se como maiores destinos de exportaçãode Alvaiázere e Pedrógão Grande.

Os concelhos que apresentam maiorconcentração de exportações num úni-co mercado são Figueiró dos Vinhos(que canaliza 93% das vendas ao exte-rior para Espanha), Caldas da Rainha(que exporta 65% para a Alemanha) ePedrógão Grande (que vende 63% dasexportações ao Reino Unido)

Espanha surge também, à seme-lhança dos anos anteriores, como oprincipal mercado de importação dequase todos os concelhos (12 dos 16), se-guindo-se a Alemanha (dois conce-lhos) e a Itália e o Brasil (com dois con-celhos cada).

27%é quanto representam as exportaçõespara Espanha, o maior cliente do distrito

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14 Leiria Global 4 de Junho de 2015

Resultados líquidosdas 50 maioresexportadorassobem 73%Rentabilidade As exportações das 50 empresas dodistrito que mais vendem ao exterior estão em máximoshistóricos. Mas a grande surpresa está no acréscimo de73% nos seus resultados líquidos.

Célia [email protected]

� Manter o ritmo do crescimento das ex-portações dos últimos anos parece estarmais difícil para as 50 maiores exporta-doras do distrito de Leiria. Em 2013, o va-lor das exportações deste conjunto deempresas subiu apenas 1,7% – face aos16% do ano anterior, e à taxa de cresci-mento média anual de 12% dos últimosseis anos – e apesar da queda de 1,3% novolume de negócios total, em linha coma tendência do ano anterior.

A evolução favorável das vendas ao ex-terior das empresas do ranking levou aque o volume médio de exportaçõespor empresa registasse uma leve subida,de 134 mil euros para 145 mil euros, ten-do-se mantido nos 76% a percentagemde vendas que canalizam, em média,para o exterior.

A grande e surpreendente novidadedo ranking de 2013 está na evolução dosresultados líquidos totais, que cresceram73% para os 83 milhões de euros, a re-flectir a crescente solidez das empresasque mais têm apostado nos mercados

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4 de Junho de 2015 Leiria Global 15

externos. Com este crescimento, o lucromédio por empresa passou de 900 mileuros em 2012, para 1,7 milhões em2013.

Esta diferença explica-se sobretudopela subida de seis milhões de euros noslucros das cinco maiores exportado-ras, bem como pelo recuo de 21 milhõesde euros no somatório dos prejuízos,tendo passado de seis para três o nú-mero de empresas a laborar em terrenonegativo.

O top das empresas exportadorascom mais lucro sofreu algumas altera-ções. Se nos dois primeiros lugares semantêm a Lena Engenharia e Constru-ções (cujo lucro passou de 30 para 26 mi-lhões de euros) e a Santos Barosa (cujolucro passou de nove para 13 milhões deeuros), a terceira posição pertence ago-ra à Roca (com um lucro de sete milhõesde euros, face ao prejuízo de 21 milhõesde euros registado no ano anterior),que empurrou para quarto lugar a Ca-bopol, apesar de esta empresa ter vistosubir o seu lucro de cinco para seis mi-lhões de euros.

Em quinto lugar surge agora a Euro->>>

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16 Leiria Global 4 de Junho de 2015

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Exportações (milhões de €) 580 615 555 819 922 1074 1092

% Vendas Totais 55 51 55 61 57 68 70

Vendas (milhões de €) 1.050 1.204 1.013 1.338 1.608 1587 1.567

Lucros (milhões de €) 375 448 12 41 22 48 83

% Média de Exp. por Empresa 78 80 nd 71 71 76 76

Número de Colaboradores 7.693 7.485 7.502 8.677 8353 7421 8.164

Fonte: Informa DB

50 MAIORES EXPORTADORAS DO DISTRITO DE LEIRIA

0

500

1000

1500

2000

Exportações (milhões de €)

Lucros (milhões de €)

Vendas (milhões de €)

2013201120092007

580

375

12 22 83

1050 1013

1608 1567

555

922

1092

Fonte: Informa DB.

EVOLUÇÃO 50 MAIORES EXPORTADORAS

pean Seafood Investments, com umlucro de quatro milhões de euros, queempurrou para fora a Bolinghaus, queem 2013 lucrou apenas 450 mil euros,face aos três milhões de 2012.

Sem alterações está o pódio das trêsempresas que mais exportam, com aLena Engenharia e Construções a con-tinuar a surgir em primeiro lugar (com159 milhões de euros de exportações,face aos 149 do ano anterior), seguida da

Santos Barosa (com 105 milhões de eu-ros de vendas ao exterior, face aos 101milhões de 2012) e da Seafood (com 68milhões de euros de exportações, faceaos 76 milhões do ano anterior).

No quarto lugar surge agora a Respol(com exportações de 47 milhões de eu-ros, face aos 46 milhões do ano ante-rior), seguida da Cabopol (com 46 mi-lhões de euros, face aos 43 milhões deeuros do ano anterior). Fora do top cin-

co ficaram a Metalmarinha (que este anovendeu apenas 41 milhões de euros,face aos 53 milhões do ano anterior) e aSchaefler, cujas exportações passaram de46 para 37 milhões de euros.

O top 5 das maiores exportadoras foiresponsável por 424 milhões de euros devendas ao exterior, pesando 39% nas ex-portações totais do ranking, em linhacom a proporção do ano anterior.

De registar ainda que o número totalde colaboradores das 50 maiores ex-portadoras do distrito subiu de 7.421 (em2012) para 8.164 (em 2013), o que justi-fica a descida do volume médio de ex-portações por colaborador de 145 mil eu-ros para 134 mil euros.

Quanto às exportações extracomuni-tárias continuam a ganhar peso, tendopassado a representar 32% das exporta-ções totais, face aos 30% do ano anterior.

Dança das cadeiras entre sectores A composição do top cinco dos sectoresmais representados no ranking das maio-res exportadoras do distrito mantém--se, mas com ordens invertidas. O plás-tico passou para primeiro lugar (com ex-portações de 184 milhões de euros, faceaos 156 milhões de euros do ano ante-rior), empurrando para segundo a cons-trução, onde apenas duas empresas fo-ram responsáveis por 171 milhões de eu-ros de exportações, face aos 159 mi-lhões de euros do ano anterior. Em altado quarto para o terceiro lugar esteve osector do vidro, onde também apenasduas empresas canalizaram para o ex-terior 148 milhões de euros de vendas,face aos 139 milhões de euros exporta-dos no ano anterior. Em quarto lugarpassou a estar o comércio por grosso,

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1,7milhões de euros foi quantolucraram, em média, as empresas doranking em 2013, face aos 900 mileuros do ano anterior

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18 Leiria Global 4 de Junho de 2015

201320122011

101

149159

105

68

101

7688

57

Santos Barosa

Lena Engenharia e Construções

European Seafood Investments

TOP 3 EMPRESAS

Fonte: Informa DB; exportações em milhões de euros

201320122011

139159156149

184171

148

124115

Vidro

Plástico

Comércio grossita

Construção

TOP 3 SECTORES

Fonte: Informa DB; exportações em milhões de euros

201320122011

338

215

86

370341

85

361

71

367

Marinha Grande LeiriaPombal

Peniche Caldas da Rainha

TOP 3 CONCELHO

Fonte: Informa DB; exportações em milhões de euros

com 117 milhões de euros exportados,face aos 149 milhões de euros que em2012 lhe garantiam a terceira posição.Quanto ao sector dos moldes manteve--se no quinto lugar, com 98 milhões deeuros de exportações, face aos 111 mi-lhões de euros registados em 2012.

Os cinco sectores mais exportadoresagregam um conjunto de 30 empresas (omesmo número de ano anterior) e umtotal de 718 milhões de euros de expor-tações, o que equivale a 66% do total doranking, em linha também com o ráciode 2012.

Em maior número no ranking dasmaiores exportadoras de 2013 estão asempresas pertencentes aos sectores docomércio por grosso e moldes (novecada), seguindo-se o sector do plásticocom oito empresas e os sectores daconstrução e do vidro com duas em-presas cada.

A indústria transformadora e a cons-trução continuam a ser responsáveis, deforma muito destacada, pela maior par-te das exportações do ranking. Este sec-tor, representado por 38 empresas, ven-deu ao exterior 924 milhões de euros, re-presentativos de 85% do total de ex-portações do ranking. Seguem-se o co-mércio (com nove empresas e 11% do to-tal de exportações), os serviços (comduas empresas e 13% das exportações)e o sector primário (com uma empresae 11% das exportações).

Marinha Grande e Leiriadisputam primeiros lugaresEntre os cinco concelhos com maiorrepresentação nas exportações do ran-king, mantém-se a tradição de disputapelo primeiro lugar entre Leiria e a Ma-rinha Grande. Em 2013 ganhou a Mari-nha Grande, com 17 empresas e 367milhões de euros de exportações (faceàs 15 empresas e 341 milhões de euros deexportações de 2012), seguido de Leiria,com 12 empresas e 361 milhões de eurosde exportações, face às 13 empresas e370 milhões de euros de exportações de2012.

Em terceiro lugar surge o concelho dasCaldas da Rainha, com três empresas e71 milhões de euros de exportações, osmesmos números do ano anterior, emque este concelho surgia em quinto lu-gar. Em quarto lugar, e a representar

uma nova entrada no top 5, está o con-celho de Porto de Mós, com três em-presas e 67 milhões de euros de expor-tações, o mesmo valor apresentado porPeniche, que no ano anterior ocupava oterceiro lugar do top 5 de concelhosmais exportadores.

No total, as 36 empresas dos cincoconcelhos mais exportadores do rankingvenderam ao exterior 933 milhões de eu-ros, correspondentes a 85% das expor-tações totais, em linha com os valores doano anterior.

De acordo com os valores de exporta-ções por concelho relativos a 2013, ce-didos pelo INE, merece destaque o fac-to de apenas uma empresa de PedrogãoGrande ser responsável por 82% dasexportações daquele concelho e duasempresas do Bombarral contribuírempara 90% das vendas ao exterior do to-tal do concelho. Na mesma linha, apenasuma empresa de Peniche e três das Cal-das da Rainha geram, respectivamente,60% e 74% das exportações totais dosconcelhos, enquanto as três empresas dePorto de Mós presentes no ranking ge-ram 63% das exportações daquele con-celho. Presentes com maior número deempresas, mas a revelar igualmenteuma elevada concentração das expor-tações nas maiores corporações estãotambém os concelhos de Leiria (12 em-presas concentram 76% das exporta-ções totais do concelho) e a MarinhaGrande (17 empresas exportam 75% dototal de vendas ao exterior daquele con-celho).

Nota metodológicaA listagem das 50 Maiores Exportadoras do

Distrito de Leiria foi construída pela Informa DB,a partir do ranking das 250 Maiores Empresas doDistrito de Leiria (por volume de negócios, em2013) que fornecem informações sobre a activi-dade exportadora.

367milhões de euros foi quantoexportaram as 17 empresas daMarinha Grande que fazem parte doranking em 2013

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20 Leiria Global 4 de Junho de 2015

1 1 LENA - ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A. Construção de edifícios (residenciais e não residenciais)

2 2 SANTOS BAROSA - VIDROS, S.A. Fabricação de vidro de embalagem

3 9 EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL, S.A. Cons. de prod. pesca, aquic. em azeite e out. óleos vegetais e out. molhos

4 16 RESPOL - RESINAS, S.A. Fabricação de matérias plásticas sob formas primárias

5 8 CABOPOL - POLYMER COMPOUNDS, S.A. Fabricação de matérias plásticas sob formas primárias

6 19 SCHAEFFLER PORTUGAL, S.A. Fabricação de rolamentos, de engrenagens e de out. órgãos de transmissão

7 17 CRISAL - CRISTALARIA AUTOMÁTICA, S.A. Cristalaria

8 15 METALMARINHA - COMÉRCIO INTERN. DE RESÍDUOS METÁLICOS, S.A. Comércio por grosso de sucatas e de desperdícios metálicos

9 28 BOLLINGHAUS STEEL, S.A. Siderurgia e fabricação de ferro-ligas

10 22 ROCA, S.A. Fabricação de artigos cerâmicos para usos sanitários

11 41 MD MOLDES, MANUEL DOMINGUES, LDA Atividades de engenharia e técnicas afins

12 26 KEY PLASTICS PORTUGAL, S.A. Fabricação de outros artigos de plástico, n.e.

13 58 BOURBON AUTOMOTIVE PLASTICS MARINHA GRANDE, S.A. Fabricação de outros artigos de plástico, n.e.

14 70 ENERPELLETS - PROD., COMERC. DE PELLETS DE MADEIRA, S.A. Serração de madeira

15 18 SOCIEDADE AGRÍCOLA DA QUINTA DA FREIRIA, S.A. Avicultura

16 64 PROMOL - INDÚSTRIA DE VELAS, S.A. Outras indústrias transformadoras diversas, n.e.

17 29 IBER-OLEFF - COMPONENTES TÉCNICOS EM PLÁSTICO, S.A. Fabricação de outros artigos de plástico, n.e.

18 90 LEIRIMETAL - EQUIPAMENTOS METALÚRGICOS, S.A. Fabricação de máquinas p/ ind. de mat. de construção, cerâmica e vidro

19 37 IBEROALPLA PORTUGAL - EMBALAG. PLÁSTICAS, UNIPESSOAL, LDA Fabricação de embalagens de plástico

20 94 GECO - GAB. TEC. E CONTROLO DE MOLDES EM FABRICAÇÃO, LDA Fabricação de moldes metálicos

21 34 BLOCOTELHA - STEEL CONSTRUCTIONS, S.A. Fabricação de estruturas de construções metálicas

22 101 TJ MOLDES, S.A. Fabricação de moldes metálicos

23 62 EIB - EMPRESA INDUSTRIAL DE BORRACHA, S.A. Fabricação de outros produtos de borracha, n.e.

24 116 MOLIPOREX - MOLDES PORTUGUESES, IMP. E EXPORTAÇÃO, S.A. Fabricação de moldes metálicos

25 78 ANIBAL DE OLIVEIRA CRISTINA, LDA Construção de edifícios (residenciais e não residenciais)

26 120 MATCERÂMICA - FABRICO DE LOUÇA, S.A. Fabricação de artigos de uso doméstico de faiança, porcelana e grés fino

27 102 SOCÉM - E.D. - FAB., ENGENHARIA E DESENV. DE MOLDES, S.A. Fabricação de moldes metálicos

28 57 MOVITER - EQUIPAMENTOS, LDA Com. por grosso de máq. p/ indústria extrativa, const. e engenharia civil

29 134 DIAMANTINO MALHO & CA., LDA Fabricação de resinosos e seus derivados

30 65 GOANVI - CENTRAL DE ENGARRAFAMENTO DE BEBIDAS, LDA Comércio por grosso de bebidas alcoólicas

31 147 MOLDETIPO II - ENGIN. MOULDS AND PROTOTYPES (PORTUGAL), LDA Fabricação de moldes metálicos

32 87 DOCEREINA - SOBREMESAS, LDA Fabricação de outros produtos alimentares diversos, n.e.

33 121 TRACTO-LENA - MÁQUINAS E CAMIÕES, S.A. Comércio de outros veículos automóveis

34 152 IMOPLASTIC - INDÚSTRIA DE MOLDES E PLÁSTICOS, LDA Fabricação de moldes metálicos

35 81 SETSA - SOCIEDADE DE ENGENHARIA E TRANSFORMAÇÃO, S.A. Fabricação de moldes metálicos

36 112 PLIMAT - PLÁSTICOS INDUSTRIAIS MATOS, S.A. Fabricação de outros artigos de plástico, n.e.

37 68 TRANSPORTES MACHADO & BRITES, LDA Transportes rodoviários de mercadorias

38 LUSOPÊRA - SOC. EXPORT. E COM. DE PROD. HORTOFRUTÍCOLAS, LDA Comércio por grosso de fruta e de produtos hortícolas, exceto batata

39 164 KLC - INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DE MATÉRIAS PLÁSTICAS, LDA Fabricação de outros artigos de plástico, n.e.

40 181 DAYTON PROGRESS - PERFURADORES, LDA Fabricação de peças sinterizadas

41 185 DRT - MOLDES E PLÁSTICOS, LDA Agentes especializados do comércio por grosso de outros produtos

42 5 MIBEPA - IMPORTAÇÃO, COMÉRCIO E EXPORTAÇÃO, LDA Comércio por grosso de outros bens intermédios, n.e.

43 88 INTERMOLDE - MOLDES VIDREIROS INTERNACIONAIS, LDA Fabricação de moldes metálicos

44 VALBOPAN - FIBRAS DE MADEIRA, S.A. Fabricação de painéis de fibras de madeira

45 189 MOLDES RP - INDÚSTRIA DE MOLDES, SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA Fabricação de moldes metálicos

46 7 SOTRAPEX - TRANSP. RODOVIÁRIOS, EXPORT. IMPORT. DE CEREAIS, LDA Com. por grosso de cereais e outras matérias-primas agrícolas

47 36 DDO - DERIVADOS DE OVOS, LDA Comércio por grosso de leite, seus derivados e ovos

48 133 SIRPLASTE - SOC. INDUSTRIAL DE RECUPERADOS DE PLÁSTICO, S.A. Valorização de resíduos não metálicos

49 163 TECFIL - TÉCNICA FABRICO DE FIOS, S.A. Fabricação de cordoaria

50 214 SOLANCIS - SOCIEDADE EXPLORADORA DE PEDREIRAS, S.A. Fabricação de artigos de mármore e de rochas similares

As 50 maiores exportadoras do distrito de LeiriaRNK Nº NOME ACTIVIDADE

ORD2013

Dados fornecidos pela

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4 de Junho de 2015 Leiria Global 21

LEIRIA 1.137 188.514.536 26.435.607 269.051 158.714.228 158.983.279 84%

MARINHA GRANDE 552 132.904.417 13.101.656 102.617.426 1.910.837 104.528.263 79%

PENICHE 671 68.040.399 4.393.712 67.691.911 378 67.692.289 99%

LEIRIA 92 49.399.341 2.594.904 43.804.046 3.073.987 46.878.033 95%

PORTO DE MÓS 100 69.579.638 5.800.837 10.965.594 35.265.553 46.231.146 66%

o CALDAS DA RAINHA 373 45.658.621 521.786 45.513.011 0 45.513.011 100%

MARINHA GRANDE 336 48.133.449 318.393 39.019.448 4.120.465 43.139.913 90%

MARINHA GRANDE 21 53.651.257 243.972 34.552.524 6.448.458 41.000.982 76%

MARINHA GRANDE 152 34.583.528 453.406 17.074.054 16.663.740 33.737.794 98%

LEIRIA 515 42.585.657 7.179.034 26.907.671 2.198.647 29.106.317 68%

LEIRIA 37 25.378.563 2.470.450 23.497.868 1.169.836 24.667.704 97%

LEIRIA 623 36.295.811 1.077.484 23.040.519 405.522 23.446.041 65%

MARINHA GRANDE 219 19.428.138 1.788.889 18.588.522 7.007 18.595.530 96%

PEDRÓGÃO GRANDE 42 17.500.067 706.915 17.340.600 0 17.340.600 99%

BOMBARRAL 202 46.320.161 985.944 17.132.123 4.394 17.136.517 37%

CALDAS DA RAINHA 137 18.494.993 477.955 16.246.680 846.212 17.092.892 92%

POMBAL 469 33.029.008 -3.296.204 13.463.573 2.561.956 16.025.529 49%

LEIRIA 58 14.076.687 351.396 9.319 13.893.015 13.902.334 99%

MARINHA GRANDE 53 28.716.832 1.012.995 12.432.641 1.085.153 13.517.793 47%

LEIRIA 79 13.561.900 111.441 10.390.894 2.889.348 13.280.242 98%

PORTO DE MÓS 190 29.823.319 1.217.924 2.501.391 10.590.364 13.091.755 44%

MARINHA GRANDE 44 13.035.639 2.345.256 12.929.278 0 12.929.278 99%

MARINHA GRANDE 113 19.026.854 1.626.945 12.528.357 16.133 12.544.490 66%

MARINHA GRANDE 26 12.623.708 472.575 10.942.455 1.368.407 12.310.862 98%

LEIRIA 83 16.521.135 8.090 6.223.996 5.875.447 12.099.443 73%

BATALHA 216 12.544.779 13.517 7.048.468 4.889.758 11.938.226 95%

ALCOBAÇA 53 13.031.653 646.366 10.888.871 667.541 11.556.411 89%

LEIRIA 58 20.174.319 1.184.473 952.863 10.277.608 11.230.471 56%

POMBAL 21 11.638.536 496.035 11.054.334 0 11.054.334 95%

ALCOBAÇA 32 18.454.840 657.228 1.339.453 9.667.466 11.006.919 60%

MARINHA GRANDE 27 11.038.799 311.312 9.048.106 1.854.615 10.902.721 99%

POMBAL 33 14.713.258 493.932 10.251.545 0 10.251.545 70%

BATALHA 13 12.488.379 211.798 86.600 10.152.354 10.238.954 82%

MARINHA GRANDE 62 10.849.295 555.856 4.895.180 5.015.196 9.910.376 91%

MARINHA GRANDE 40 15.764.111 541.184 6.003.629 3.821.963 9.825.592 62%

MARINHA GRANDE 86 12.759.898 1.187.395 7.737.372 2.063.229 9.800.601 77%

LEIRIA 297 18.093.763 489.689 2.149.269 7.183.013 9.332.282 52%

BOMBARRAL 9 11.938.904 71.077 40.338 9.170.096 9.210.434 77%

MARINHA GRANDE 234 10.403.545 -541.279 9.086.279 0 9.086.279 87%

ALCOBAÇA 82 9.057.981 928.026 8.514.842 330.016 8.844.858 98%

LEIRIA 4 8.874.547 128.120 8.676.381 126.166 8.802.547 99%

LEIRIA 10 107.447.895 718.158 8.663.596 116.214 8.779.811 8%

MARINHA GRANDE 118 14.353.669 943.382 6.588.405 2.133.241 8.721.645 61%

NAZARÉ 68 14.072.029 -426.915 6.403.908 2.003.526 8.407.434 60%

MARINHA GRANDE 60 8.793.528 533.899 4.373.474 3.868.909 8.242.383 94%

CALDAS DA RAINHA 50 74.725.992 257.605 7.410.042 801.309 8.211.351 11%

POMBAL 38 28.985.290 672.074 7.921.211 182.684 8.103.894 28%

PORTO DE MÓS 44 11.789.771 569.465 7.777.383 207.909 7.985.292 68%

MARINHA GRANDE 95 10.443.279 63.683 7.799.502 46.656 7.846.158 75%

ALCOBAÇA 90 7.981.502 324.277 5.551.326 1.966.139 7.517.466 94%

CONCELHO N.º COLA- VOL. NEG. RL EXPORTAÇÕES EXPORTAÇÕES EXPORTAÇÕES EXPORTAÇÕESBORADORES 2013 2013 COMUNITÁRIAS EXTRA-COMUNIT. TOTAL DO VN

(€) (€) (€) (€) (€)

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22 Leiria Global 4 de Junho de 2015

Percorrer a internacionalizaçãopelo próprio péExemplo Risco talvez seja o nome do meio de muitos empresários de Leiria que ousamdesafiar os limites e embarcar na exportação. A qualidade e o cumprimento de prazos,bem como o acompanhamento pós-venda abonam nessa relação de confiança que oscoloca no patamar do sucesso

Paula Sofia [email protected]

� Talvez se chame coragem, capacida-de de gestão, vontade de mudar o mun-do a partir de Leiria. Tal seja uma pre-disposição natural, que faz dos em-presários desta região um exemplo láfora. Ou talvez seja o conjunto de todasessas características que nos faz andarnas bocas do mundo, amiúde, ora por

causa dos moldes que partem da Mari-nha Grande, ora por causa dos trans-portes que levam tudo a todo o lado apartir de Pombal, ora pela pedra queparte fronteiras desde de Porto de Mós,ora porque em cada esquina há sempreum empresário pronto a arregaçar asmangas e a dar a volta às adversidadesda economia. É assim desde Ourém aCastanheira de Pera, desde Figueiródos Vinhos ao Bombarral, desde Peni-

che a Pedrógão Grande. Os números sãosempre exibidos com grande orgulho,sobretudo numa altura em que – tantasvezes – Leiria se posiciona como umaespécie de oásis no meio da crise queatravessou o país. Na verdade, nãocriámos aqui nenhuma redoma para im-pedir que chegassem aos nossos con-celhos as ondas de choque da recessãoeconómica. O nosso ADN é que é outro,na certa. Chamam-lhe carisma, muitas

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vezes, a essa predisposição de ir sem-pre mais além, de definir uma estraté-gia virada para o exterior, muito assentena capacidade de fomentar relaçõesde confiança. Depois, há aquela outracaracterística fundamental para queum negócio seja bem sucedido: o cum-primento de prazos de entrega, a qua-lidade dos produtos e a preocupaçãoconstante com o serviço pós-venda.No meio empresarial, sabe-se que esseé um caminho com dois sentidos. É pre-ciso fazer investimentos contantes,que permitam um desenvolvimentotecnológico com vista à optimização daprodução. Insistir sempre e todos osdias na qualidade, na diferenciação,evitando assim ser “engolido” pela fe-roz concorrência asiática, que faz mos-sa desde as imagens de Fátima às peçasde automóvel. Que se infiltra todos osdias em todas as áreas, reproduzindo---se à velocidade da luz e da dimensãodos populosos países. Há, no entanto,uma pecha enorme que a Europa con-segue colmatar como ninguém, que

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� Redes Estruturadas

� Telecomunicações

� Eletricidade

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Portugal manuseia com toda a distin-ção: a criatividade.

Criatividade trava concorrência asiática“O que os prejudica, grandemente, éque a esse nível são péssimos. Sobra-

-lhes em mão de obra o que lhes faltaem criatividade”. Humberto Alves ex-plica, desta forma, o facto de não sen-tir até hoje a ameaça da concorrênciaasiática no universo do calçado deluxo, que desenha a partir de Paris. Na-tural dos Milagres – onde regressa sem-pre que pode – Humberto encarna naperfeição o exemplo do leiriense global:um verdadeiro empreendedor, que umdia deixou as vendas de automóveistopo de gama para se dedicar de corpoe alma ao que sempre gostou de fazer:criar. O caminho tem sido trilhado comsucesso, o que não quer dizer de umaforma fácil. À beira dos 40 anos, emesmo depois de experimentar o êxi-to internacional, o designer equacionaabrir, em breve, a sua primeira loja emLeiria. “Gosto do Leiria Plazza. Temosandado em namoro, já há meses”, con-ta, num português quase fluente, ape-nas atropelado aqui e ali pela rapidez deraciocínio. Aponta o dedo aos preçoselevados dos espaços e das rendas,factor que considera perturbador de

Na verdade, não criámosaqui nenhuma redomapara impedir quechegassem aos nossosconcelhos as ondas dechoque da recessãoeconómica. O nosso ADN éque é outro, na certa

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24 Leiria Global 4 de Junho de 2015

uma maior expansão do comércio deLeiria. Quando em 2009 decidiu deixaro ramo automóvel e começar a idealizara marca de sapatos Toranja (nascida em2011) foi a preocupação com a qualida-de que o fez vir a Portugal e estabelecerparcerias com três fábricas – duas emSão João da Madeira e uma terceira nazona de Vila Cova de Lixa. Numa dasprimeiras, no norte, exclusivamenteorientada para o calçado masculino, sãotambém confecionados por medida ospares de sapatos que usam os futebo-listas Cristiano Ronaldo, Figo, o cantorMickael Mublé e o ex-presidente fran-cês Nicolas Sarcozy. É muita responsa-bilidade, mas também um orgulho.

Se no que toca à qualidade o produ-to que vai de Portugal para França é ir-

repreensível – os especialistas ficamsempre impressionados com a formacomo os sapatos são cozidos em vez decolados - , já no que toca ao cumpri-mento de prazos Humberto discordadessa opinião geral. “Acho que nos fal-ta ainda subir esse degrau”, diz ao Jor-nal de Leiria, ele que é um entusiasta edefensor de tudo o que é português, láfora, que nunca se esquece de se apre-sentar como “um criador francês de ori-gem portuguesa”. “Gosto imenso doslogan ‘compre o que é nosso’. Só faltaaos portugueses promoverem melhoros seus produtos”, acredita Humberto,que calça também os pés de AnselmoRalph, Mozer, do fadista Marco Rodri-gues, da DJ Rita Mendes ou de TózéSantos, a voz dos Perfume. Em França,

as suas criações estão disponíveis numamão-cheia de lojas, e são calçadas pordiversos artistas da música lusófona eda stand up comedy. Um deles é natu-ral da pequena aldeia da Casaria, noconcelho de Ourém. Chama-se Dan In-ger, dedica-se aos blues e ao jazz, can-ta em francês e inglês e tem gravadonum dos álbuns um dueto com RuiVeloso. Em Portugal, os sapatos da To-ranja estiveram até há bem pouco tem-po na loja KS, ao Chiado, e estão nestaaltura a mudar-se para Cascais, numnovo espaço.

Por estes dias, Humberto Alves andaa magicar mudar o nome da marca.“Vou percebendo que o nome Toranjanem sempre funciona bem ao nível in-ternacional. Por isso equaciono mudarpara o meu próprio nome, fazendo daminha assinatura a própria marca, ouseja, talvez lhe passe a chamar Toranjaby Humberto Alves.”. Isto numa alturaem que explora novos mercados, parajuntar a Espanha e Itália, num equilíbriode forças entre a qualidade e o preço. As-sediado algumas vezes para trabalharcom Angola e Moçambique (juntando-se a criadores portugueses conceitua-dos), coloca neste momento esses pra-tos na balança do negócio. Lida com essedilema melhor do que com a concor-rência desleal: “já fui copiado por gran-des marcas conhecidas. Daquelas quefacturam num dia o que eu facturo numano. E é difícil digerir isso”.

O que nos vale é que osasiáticos são péssimos nacriatividadeHumberto Alves, Toranja

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O mundo inteiro a fazeromoletes com ovos de LeiriaExportação Manuel Sobreiro, administrador da CAC II, acredita que só a inovação e acompetitividade permitiram à empresa chegar ao actual patamar internacional. Osovos de Leiria já voam para a Serra Leoa com a mesma facilidade com que chegam aEspanha, ao Dubai ou a Hong-Kong. Em breve, chegarão aos Estados Unidos.

SIST

EMA

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LIC

IDA

DE

Paula [email protected]

�Na sua opinião, que perfil deve ter um em-presário de Leiria que pretenda afirmar--se na internacionalização?O empresário de Leiria que pretenda afir-mar-se na internacionalização deve seruma pessoa de mente aberta, sem receio dearriscar, tendo no entanto que estar pre-parado para lidar com o risco. Deve estarpredisposto a estabelecer parcerias, que emmeu entender são um dos fatores críticosde sucesso na maior parte dos processos deinternacionalização.Que linhas orientadoras deve seguir a es-tratégia virada para o exterior?As linhas orientadoras de uma estratégia vi-rada para o exterior devem ter como basea inovação, a competitividade e uma cor-recta avaliação dos mercados alvo, com vis-ta ao desenvolvimento ou adequação dosnossos produtos a esses mercados. Sendoa nossa competitividade um dos factoresmais críticos, porque tem muito a ver coma dimensão das nossas empresas e empre-sários, deveremos ter a capacidade de es-tabelecer parcerias, sejam elas de fileira ououtras. Temos que ter presente que, paramuitas das nossas empresas, a sustenta-bilidade apenas se consegue com a inter-nacionalização.Até que ponto o sucesso desse relaciona-mento depende do cumprimento de pra-zos de entrega, qualidade dos produtos eserviço após venda? É isso que ajuda a fi-delizar clientes? É obvio que o nosso sucesso em qualquerparte do mundo depende destes factoresfundamentais, cumprimento dos prazos deentrega, qualidade do produto e serviço,sendo determinante o serviço após venda,podendo-se afirmar sem qualquer dúvida,que estes são factores fundamentais para afidelização dos clientes, sendo óbvio que

Deveremos ter acapacidade de estabelecerparcerias, sejam elas defileira ou outras

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28 Leiria Global 4 de Junho de 2015

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existe sempre um factor importante e de-cisivo que é o conseguirmos ser competi-tivos e é nisto que nos devemos empenhar.Também no vosso caso se verificam in-vestimentos constantes, que têm permi-tido desenvolvimento tecnológico e opti-mização na produção? Em que medida?O nosso caso não é diferente das demais em-presas, pois se quisermos ser competitivostemos que investir de uma forma regular,para assim dispormos das melhores tecno-logias disponíveis no mercado. Só assim po-deremos optimizar a produção quer em ter-mos qualitativos quer quantitativos, sendoque o factor quantitativo é muito determi-nante para a vertente competitividade.A aposta em produtos de qualidade e di-ferenciados tem sido fulcral para fugir àconcorrência asiática, por exemplo?Tem sido sempre a nossa maior aposta parafugir à concorrência e isto aplica-se aomercado nacional e a todos os mercados in-ternacionais onde estamos presentes, sen-do que no caso por enquanto não é notó-ria essa concorrência.

As exportações representam qualquercoisa como 38 por cento do volume denegócios da CAC II – CompanhiaAvícola do Centro, SA, que há muito fezda aldeia do Barracão o ponto departida para a globalização. À beira dos30 anos, a CAC nasceu em 1986, sob aforma de uma cooperativa. Hoje é umasociedade anónima cujos acionistas sãoprodutores de ovos, funciona emcompleta integração vertical(controlando todo o circuito desde aprodução até à colocação no mercado).Para isso conta com vários centros declassificação e embalamento, duasfábricas de rações, que asseguram osfornecimentos de rações aos seusacionistas e outros produtoresintegrados na CAC. Nasceu comocooperativa e foi crescendo até chegar àSociedade Anónima que hoje detémparticipações várias. De resto, foi ali

que germinaram embriões como o daempresa Derovo e mais tarde também aassociada Doce Reina, em Pombal.Dedica-se à inspeção, classificação eembalamento de ovos e possui trêscentros de Inspeção e classificação,com capacidade total de dois milhõesde ovos por dia. Em 2014, a facturaçãoglobal rondou os de 38 milhões deeuros. Os ovos da CAC são distribuídosem Espanha, França, Inglaterra,Alemanha, Itália, Holanda, Suíça,Angola, Congo, Cabo Verde, Gâmbia,Guiné Bissau, Guiné Equatorial, SerraLeoa, Libéria, Djibouti, Hong-Kong eDubai – U.A.E. Por estes dias, a empresadesenvolve contactos para chegar aomercado de exportação para os EstadosUnidos. Ao leme está Manuel SobreiroFerreira, 55 anos, administrador desdea constituição da empresa (entãocooperativa), em Abril de 1986.

Empresa cresce no mercado internacionalCAC, a galinha dos ovos de ouro

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O doce sabor da exportação a partir de uma ConfeitariaBolos Numa pequena aldeia às portas de Pombal há uma fábrica de doces que chega às quatro mil unidades por dia. O exemplo da Confeitaria Vale é inspirador para asempresas familiares

Paula [email protected]

� A história da Confeitaria Vale, emPombal, começa ao contrário: o negó-cio nasce no Brasil, pela mão do avô deHelena Vale, sócia-gerente da empresaque conhece, por estes dias, o apogeuna exportação. Nos anos 40, a avóhúngara e o avô transmontano retor-naram ao país de origem dele, quepercorriam a vender queijos, nas festase romarias. Pelos caminhos de Portugal,o roteiro levou-os às Festas do Bodo. Ocomboio parou, o casal saiu, e ali se es-tabeleceu para o resto da vida. A famí-lia alugou então uma pequena casa naaldeia da Charneca, bem próxima daentão vila, onde começou por fazer bo-los para vender pelas portas e pelas fei-

ras. “Eram tão bons que, por vezes, omeu avô vendia tudo pelo caminho, an-tes de chegar ao destino”. Voltava (debicicleta ou de mota) e lá em casa apri-morava a receitas das futuras “cavacas”.Um dia, decidiu aproveitar os pequenoscírculos que sobravam dessa massa,“e assim nasceram os Beijinhos dePombal”, um bolo seco, com cobertu-ra de calda de açúcar. Sem saber, o ca-sal acabara de lançar a base para um ne-gócio que haveria de empregar toda afamília, para as gerações futuras. “Naverdade, eu e a minha irmã nascemosnisto. Os meus pais seguiram o negócio.Compraram este terreno e daqui se ex-pandiu”. O terreno em causa é ondehoje coabitam duas ou três moradias ea fábrica de bolos, no lugar de ÁguasFérreas. Uma amálgama de vegetação

protege dos olhares alheios a dinastiados bolos, embora os cheiros denun-ciem a quem passa que ali se fabricamcoisas doces.

As irmãs Helena e Rute Vale tinhamoutros planos, nos anos 80, quandoemigraram para a Suíça. Mas a prema-tura morte do pai, João do Vale, aos 51anos, traído pelo coração no início dosanos 90, precipitou o regresso de ambasa Portugal e ao negócio de família. Noentanto, as ligações à Suíça acabarampor estabelecer a primeira ponte para aexportação. “Quando viemos para Por-tugal, ajudar a minha mãe, ficámoslogo com um cliente naquele país”, re-lação comercial que ainda hoje se man-tém. “Percebemos logo nessa alturaque aquele era um caminho a seguir.Começámos a frequentar feiras inter-

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Agregar para Desenvolver

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nacionais na área alimentar e percebe-mos que tínhamos muito para andar. Ainternacionalização é lenta e difícil depercorrer”, considera Helena Vale,quando olha para todo esse trajecto per-corrido. Entretanto, a pequena fábricade cavacas e beijinhos ia crescendo.Ainda nos anos 90 a família apostanoutros produtos, de modo a satisfazeras necessidades do mercado, que como tempo vai crescendo desde as mer-cearias até às grande superfícies, in-cluindo cadeias de supermercados naeuropa. Estabelece parcerias com al-guns concorrentes, no sentido de alar-gar a oferta. Às broinhas da aldeia e àsdelícias de canela junta-se então umagama com 12 variedades de “bolos deavó”. E começa a exportar essa varie-dade, também. Mas havia duas épocasbaixas muito sentidas na produção enas vendas: o Natal e a Páscoa. “Há cin-co anos atrás percebemos que o bolo-reiseria um bom produto para exporta-ção”, recorda Helena Vale, quando re-

bobina o filme da Confeitaria, que ha-veria de conhecer o sucesso com estanova aposta. Ainda hoje a família agra-dece à tentativa falhada de produzir, emmassa, umas miniaturas daquela igua-ria para uma das multinacionais, comquem trabalha há anos. Porque foi aíque começou a aventura. A partir daí, “onosso Natal começa em Outubro”, re-fere. O bolo-rei revelou-se um sucessoestrondoso lá fora, com um crescentevolume de encomendas para França,Luxemburgo, Suíça, Alemanha, Ingla-terra, Holanda Estados Unidos da Amé-rica e Canadá. Pontualmente exportamtambém para Moçambique e Angola. Deresto, é para esta antiga colónia portu-guesa que segue a primeira remessa debolos, para integrar cabazes de natal dealgumas empresas.

Cortar o travo amargo da concorrênciaA competitividade da Confeitaria Vale sóé possível graças a uma permanente ac-

50%A exportação representa 50% novolume de negócios da marca. No anopassado a empresa fechou acontabilidade com um milhão deeuros de facturação. Por dia, sãoproduzidos naquela pequena fábricacerca de quatro mil bolos. A maiorparte dos funcionários trabalha com afamília há muitos anos, assumindo-secomo peça fundamental nestaengrenagem.

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tualização do equipamento de produ-ção. Muito do trabalho que outrora erafeito à mão é hoje realizado pela ma-quinaria instalada na unidade. Há, noentanto, muito trabalho que continua aser manual. “A colocação de frutas nobolo-rei, por exemplo, é um trabalho deminúcia que tem de ser forçosamentemanual, e ainda bem”, sublinha Hele-na Vale, realçando o contributo para acriação de algum emprego na zona.Ali trabalham regularmente 17 pessoas,

às quais se juntam cinco da família, nosdiversos sectores – desde a adminis-tração à produção. De resto, para vercomo tudo se processa, basta ir ao you-tube e procurar pela Confeitaria – pro-grama “Escolha Portugal”.

A concorrência feroz nesta área da do-çaria vem sobretudo da vizinha Espa-nha. “Eles fazem preços que nós nãoconseguimos acompanhar, de maneiranenhuma”. Para travar esse sabor amar-go, a Confeitaria insiste na qualidade.

De resto, o crescimento tem sido feitocom base nesse pressuposto. “Consi-dero que crescemos de forma consis-tente, sem embarcar em grandes aven-turas, com o risco calculado”, diz He-lena, que não desiste do sonho de ex-portar para Macau, por exemplo. Ajuntar a esse destino com peso históri-co, há o outro, onde tudo começou, afi-nal – o Brasil. Porém, as taxas alfande-gárias revelam-se aqui o maior obstá-culo: “é outro campeonato…”

Para a família Vale a crise económicados últimos anos transformou-se emoportunidade. No entanto, deixa o aler-ta aos governantes, que lhe advém daprópria experiência: “sempre que op-tam por falar de retoma, os mercadoscontraem-se”. Por outro lado, fica umelogio à investigação e ao trabalho dasuniversidades, também nesta área dadoçaria. Ainda falta percorrer algum ca-minho, sobretudo na procura de con-servantes saudáveis, que permitamalongar os prazos dos produtos, e faci-litar assim a chegada a novos destinos.

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A importância dos Seguros de TransportePrevenir No caminho para as exportações incluem-se as empresas seguradoras,responsáveis por calcular os riscos no mercado internacional

Paula Sofia [email protected]

� “O transporte marítimo é a espinha dor-sal do comércio internacional e um motorda globalização. Cerca de 80% do comérciomundial em volume e mais de 70% em ter-mos de valor, é transportado por mar e dis-tribuído pelos portos e economias de todoo mundo”. Sérgio Rodrigues sabe bem doque fala. Esta é o seu universo desde há 23anos, quando iniciou a sua atividade na In-dústria Seguradora, em 1992. Só mais tar-de, em 2005, acabaria por lançar a SR Se-guros. Para quem vinha da indústria de mol-des, não foi difícil perceber até onde era pre-ciso ir para oferecer as melhores soluções

de seguros para aquele emblemático sector.Sendo a Indústria metalúrgica e meta-

lomecânica da região actualmente um sec-tor virado essencialmente para os mer-cados externos, é também essa que ne-cessita de uma proteção ao nível das mer-cadorias que exporta. “Afinal, o transportede mercadorias, nomeadamente o marí-timo, é um tema vasto e abrangente, cominformação valiosa dispersa por várias ins-tituições e stakeholders, o que por vezes di-ficulta ao cidadão/empresário comumacompanhar a evolução em termos de em-prego, segurança, eficiência, impacto am-biental e crescimento económico, “as-sim como a ter acesso a uma visão pros-petiva da sua importância num futuro

cada vez mais globalizado”. Quando há cinco anos veio a crise fi-

nanceira, as empresas da região [e do país]viraram-se para os mercados externos.Nessa altura, já Sérgio Rodrigues percebe-ra o quanto o mundo estava em mudança,estabelecendo diversas parcerias com Se-guradoras e Coverholders Internacionais, deforma a poder garantir uma resposta efi-ciente aos novos desafios, nomeadamen-te ao nível dos Seguros de Transporte deMercadorias. O seu principal parceiro na-cional é a LusitaniaMar - uma marca da Lu-sitania Companhia de Seguros, SA. Ac-tualmente, passa por aquele rés-do-chão darua João XXI a responsabilidade de seguraruma grande parte dos bens que saem da re-

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gião com destino a todo o mundo. O papelde Sérgio Rodrigues e da sua equipa é fazerperceber ao empresário “que hoje em diaexistem soluções de cobertura para tudo”no universo dos seguros, até para os casosmais assombrosos que acontecem, porexemplo, nos transportes marítimos. Por es-tes dias será efetuada a regulação num tri-bunal londrino de uma “Avaria Grossa” queaconteceu em Junho de 2014, com um na-vio carregado de mercadoria em carga livre,com destino à Venezuela. “O sistema depropulsão parou e o barco andou à derivaem alto mar, sendo rebocado para a ilha daMartinica, onde se encontrava o porto comdoca seca mais próximo. Tripulação e car-ga estiveram na doca cerca de 15 dias “comtudo o que isso representa”, lembra o me-diador, ao mesmo tempo que frisa umpormenor que a maioria dos empresáriosdesconhece: “nestes casos, a responsabili-dade não é do armador. É repartida entre osdonos da carga” conforme as leis interna-cionais. E pode custar milhões. É claroque, havendo a cobertura certa, a Segura-dora emite uma Average Garantee para

que as mercadorias possam seguir o seudestino. Neste caso, a responsabilidadedo empresário termina ali.

Por essa razão, muitas empresas da regiãooptam atualmente por efetuar seguros deMercadorias, Apólices flutuantes ou combase na faturação. “O importante é ter a co-bertura certa e um broker que perceba donegócio”. Porque a responsabilidade nostransportes marítimos é um mundo, só porsi. Não faltam relatos de casos de avaria dosnavios em que o comandante decide man-

dar fora parte da carga (alijamento da car-ga) e nessa altura, alguém tem de pagar oprejuízo.

Sérgio Rodrigues trabalha em parceriacom diversas seguradoras nacionais e in-ternacionais. Essa abrangência reveste-sede particular importância no que respeitaao mercado da exportação e aos respetivostransportes. Nos registos da SR Seguros omaior transporte já alguma vez efetuado as-cende aos seis milhões se euros. Nesses ca-sos, o risco deve ser repartido, “pois é lógicoque uma seguradora não deve assumirisso tudo sozinha o valor tem de ser divi-dido em co-seguro. Nunca devemos colo-car os ovos todos na mesma cesta”.

Sendo a SR Seguros líder (na região) noque concerne às empresas de metalúrgicae metalomecânica, o seu negócio envolvetodas as atividades e nichos de mercado. “Onde for necessária proteção e segurançaestamos lá para arranjar uma solução quera nível empresarial, individual e/ou fami-liar. ”Tudo isso sem fazer prospeção”, ga-rante Sérgio Rodrigues, pois “o nosso clien-te vende por si”.

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3134É o número de clientes registado naSR Seguros. Destes, estão activos1641. Em vigor contam-se nestemomento 2.622 apólices, que geraramno ano passado quase dois milhõesde euros. Para sermos precisos:1.973.000

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Qualificação dosrecursos humanostorna empresas maiscompetitivasCompetitividade As empresas estão cada vez maiscientes da importância da qualificação dos recursoshumanos. E, simultaneamente, as escolas têm actuadono sentido de adequarem a formação ao mercado de trabalho. Essa articulação nota-se, cada vez mais,na região de Leiria.

Inês de [email protected]

� “Dotar os recursos humanos com co-nhecimento para optimizar processos emétodos deve fazer parte da política dequalquer empresa para poder competirno mundo actual”, afirma convicta-mente João Faustino, presidente da di-recção da Cefamol (Associação Nacio-nal da Indústria de Moldes). “Houve nosúltimos dois anos, na nossa região, umdespertar para a esta realidade, tantopor parte das entidades que prestam aformação como pelas empresas quesão as maiores interessadas na apren-dizagem prática destes alunos.”

Para o empresário, falta mais forma-ção de carácter prático, especialmentena área dos moldes. “Temos de terconsciência que muitos dos jovens quesaem das universidades têm conheci-mentos teóricos genéricos”, afirma.João Faustino considera, no entanto,que as mentalidades estão a mudar eque há cada vez mais “acordos cele-brados entre as empresas e as escolasprofissionais e institutos superiores”,que visam a “integração dos alunos nocontexto real de trabalho”.

O presidente da direcção da Cefamolafirma que também é importante “haverpor parte das empresas a abertura parao conhecimento académico ser com-plementar aos conhecimentos dos re-cursos já existentes”. Diz valorizar, si-multaneamente, a humildade, a flexi-bilidade, a auto-confiança e a estimanum colaborador, assim como o conhe-cimento teórico. Para o empresário, osrecursos humanos não se avaliam ape-nas pelos conhecimentos teóricos e téc-nicos, valorizando “profissionais dedi-cados e com espírito inovador”.

“A região não dispõe em quantidadesuficiente dos recursos necessários”,afirma João Faustino. Para o empresá-rio, fazer acções de sensibilização nasescolas para cultivar o gosto dos jovenspela área industrial poderá ser umasolução, já que “as áreas das engenha-rias serão, porventura, as áreas commaior empregabilidade no futuro”. Sa-lienta que estas acções poderão serainda mais proveitosas, caso sejamacompanhadas de visitas regulares aempresas dos vários ramos de ativida-

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de e apresentações sobre as saídasprofissionais com empregabilidade.

Guida Figueiredo, directora comercialda Carfi, fábrica de plásticos e de mol-des da Marinha Grande, é da opiniãoque “a actual percentagem de desem-

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prego reside em recursos humanos de-sajustados das necessidades das em-presas/instituições”. Para a empresária,agora mais do que nunca “existe maisprocura de recursos humanos especí-ficos, com capacidade de iniciativa e va-

lor acrescentado”. Nesse sentido, con-sidera que a formação ainda é dema-siado “generalista” e que é necessárioum plano de formação “à medida decada empresa”, que vise “colmatar ne-cessidades específicas”.

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A actual percentagem dedesemprego reside emrecursos humanosdesajustados dasnecessidades dasempresas/instituiçõesGuida Figueiredo, directoracomercial da Carfi

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A empresária considera fundamen-tal ter recursos humanos diferencia-dores. “De nada servem os equipa-mentos mais sofisticados se os recur-sos humanos não os souberem utili-zar”, afirma. “O capital humano gera-dor de valor é o que nos permite ga-nhar e manter mercado.” Nesse senti-do, Guida Figueiredo valoriza espe-cialmente a flexibilidade dos colabo-radores. “Pessoas flexíveis tornam aempresa flexível e ser flexível nummercado volátil, acelerado e global éfundamental”, explica. “A região temuma boa oferta de ensino superior fo-cado na realidade empresarial exis-

tente, mas penso que a nível de for-mação específica devia estar maisadaptada às necessidades de cada em-presa”, conclui.

“Neste momento, uma empresa temde conhecer o mercado, produzir o queele quer, conseguir vender e ter capa-cidade para manter os clientes”, ex-plica Neusa Magalhães, secretária ge-ral da Nerlei – associação empresarialda região de Leiria. “O desenvolvi-mento económico levou à necessidadede apostar na contratação de recursoshumanos qualificados, quer seja emáreas mais técnicas quer seja nas áreasmais comerciais.”

Relativamente à cooperação entreinstituições de ensino e empresas, Neu-sa Magalhães considera que tem vindoa ser intensificada nos últimos anos.“Vamos continuar a trabalhar no sen-tido de aprofundar ainda mais essacoordenação”, assegura. Relembra acriação da D. Dinis Business School, im-pulsionada pela Nerlei, Câmara Muni-cipal de Leiria e IPLeiria e o protocoloIPL – Indústria, que “já tem resultadosbem visíveis ao nível de uma melhorcoordenação entre as necessidades dasempresas e a formação ministrada pe-las instituições de ensino”.

Para a secretária geral da Nerlei, a re-gião dispõe de recursos qualificados,contudo, deve-se apostar mais nasqualificações intermédias, “áreas emque as empresas começam a ter cadavez mais dificuldade em recrutar pes-soas qualificadas, tendo muitas vezesque as formar já em contexto de traba-lho”. Considera, também, que deve serfeita uma reflexão sobre a estrutura doscursos, tanto a nível do ensino secun-dário como superior, “no sentido de osmelhor adaptar às necessidades domercado de trabalho”. Neusa Maga-lhães sublinha que “deve ser dadamaior ênfase à vertente prática devi-damente acompanhada, para que osalunos tenham uma noção mais real docontexto de trabalho que os aguarda”,pois “a formação académica muitasvezes não basta para fazer um bomprofissional”.

Deve ser dada maiorênfase á vertente práticadevidamenteacompanhada, para que osalunos tenham uma noçãomais real do contexto detrabalho que os aguardaNeusa Magalhaes,Secretária geral da Nerlei

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Publireportagem Empresa de mobiliário focada nos mercados asiático e africano

Moverel, há 34 anos a construir solidez Depois de sólidos anos no mercado na-cional a Moverel, empresa produtora demobiliário, com sede na Batalha, voltou-se para o mercado externo. Hoje, os clien-tes além-fronteiras representam 80% da ac-tividade da empresa e o mercado da ho-telaria assumiu grande importância, nummomento em que a Moverel se reinventoue apostou num futuro mais consistente.

Este caminho foi pensado, resultadode uma auto-análise que apontou as solu-ções para o crescimento da empresa. “Fi-zemos uma reflexão, colocando-nos in-terrogações, fazendo observações que nosdireccionaram para a internacionaliza-ção”, explica a administradora Sandra Ma-tias. Colocada de parte a “ideia de prevero futuro” definiram, “com convicção, a es-tratégia a seguir, ajustando a mentalidadee a atitude para vender o que está associa-do ao produto, ou seja, vender qualidade,diferenciação e serviço”.

Hoje, a administração da Moverel sus-tenta a sua actuação respondendo a trêsquestões. “O que são empresas competi-tivas? São as empresas mais eficientes. Oque acontece às empresas mais competi-tivas? São obrigadas a procurar novos pro-dutos, novos métodos de organização egestão, novos mercados. Que mercados?Maduros e emergentes”.

Neste sentido, foram os mercados afri-cano e asiático que assumiram maior re-levância, “com as inúmeras oportunidadesfornecidas, impulsionaram a Moverel aapostar, também, no mercado de hotela-ria”. Antes um mercado residual na acti-vidade da empresa, hoje “uma aposta cer-ta”, já com vários hotéis mobilados e de-corados.

Com foco na “criatividade e originali-dade” o departamento Moverel Contract(cuja responsável é a arquitecta Cátia Ma-tis), dedica-se exclusivamente ao mercadoda hotelaria e a obras “chave na mão”, per-mitindo “a distinção, cada vez mais a ten-dência contemporânea na decoração”,afirma Sandra Matias, convicta de que“se as pessoas são todas diferentes os ho-téis não podem ser todos iguais”.

As parcerias assumem um papel de

A Moverel-Indústria de Mobiliário, SA.,localizada no Concelho da Batalha, foifundada em 1981 pelo sócio-gerenteJorge António Ferreira Matias, iniciandoa produção de móveis num pavilhão de450 m2, implantado num terreno de1500 m2. A empresa hoje dispõe de12.000 m2, onde se inclui a áreaadministrativa e show-room,implantada numa área de 30.000 m2 eemprega 80 colaboradores. Criadainicialmente para colmatar uma lacunano mercado local, conseguiu desde logosucesso, tornando a aposta na expansãopara o mercado nacional inevitável. Nofinal da década de 80, do século passado,a Moverel estava representada nasprincipais lojas de venda de mobiliáriodoméstico de todo o País. O crescimentono mercado nacional em mobiliáriodoméstico, encaminhou a empresa auma especialização na área dos

aglomerados folheados comcomponentes de madeira maciça,adaptando-se às exigências, ásnecessidades das pessoas,reinventando-se e adaptando-seconstantemente ás mudanças técnicas,sociais e financeiras. Para crescer cadadia, todos os dias sobre uma óptica degestão ampla desenvolveram processoseficientes, capazes de atender,eficazmente, às exigências do mercadoatravés de um processo árduo, para oqual contribuem o conhecimento, aexperiência profissional e o emprego detécnicas que facilitam a abordagem dosproblemas. A partir dos meados dadécada de 90 a internacionalizaçãotornou-se um objectivo através dométodo mais directo, a exportação.Apresentam-se em feiras, desenvolvemparcerias com grupos europeus,asiáticos e africanos.

Há mais de 30 anos a crescer

grande relevancia na atuação da Moverel.São para a diministração da empresa “umaferramenta de gestão num mundo cada vezmais global”. “Nos mercados domésticosas empresas podem ganhar tamanho eforça através de parcerias, de forma a seremmais competitivas. Já nos processos de in-ternacionalização as parcerias com em-presas locais permitem recolher co-nhecimentos sobre o dito mercado, es-tabelecer redes de contactos, reduzir orisco do processo de internacionalizaçãoe ganhar maior credibilidade. Entende-

mos a nossa concepção de negóciocomo uma realidade dinâmica em queelementos exteriores á empresa podemacrescentar mais valias”, salienta a ad-ministradora.

E porque para empresas como a Mo-verel o tempo não pára e a necessidadede constante actualização é uma reali-dade cada vez mais presente foi feito uminvestimento recente em equipamentoprodutivo com vista à inovação e melhorrentabilidade. Para breve está aindaprogramado o Rebranding da Marca.

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por parte das empresas com o que se pas-sa na escola e vice-versa”. E que há mui-tas firmas que “recorrem ao Politécnicode Leiria como parceiro privilegiado paraa resolução de problemas ou processos deinovação”.

Para Nuno Mangas, “o fim último doensino é o exercício de uma actividade”,portanto todo o conhecimento “deve

contribuir para essa finalidade”. Nessesentido, o presidente da instituição con-sidera que o ensino deverá ser sempreprofissionalizante, “ter em conta o seupotencial de aplicabilidade”. De acordocom o presidente “a aposta na formaçãodos recursos humanos é mais impor-tante do que nunca”. No entanto, não serefere apenas à formação técnica, mastambém à internacionalização. “Se asempresas querem de facto atuar nummercado cada vez mais global, preci-sam de pessoas com esta experiência in-ternacional”, explica. “No mundo dos ne-gócios e na política o diálogo intercultu-ral é fundamental.”

“Penso que somos uma instituiçãoque se pode orgulhar das taxas de em-pregabilidade que consegue alcançar”,afirma Nuno Mangas. O presidente ex-plica que quase toda a área de engenha-rias do instituto tem uma empregabili-dade que raia os 100%, em segundo lu-gar surgem as áreas de Gestão, Marketing,Turismo, Saúde e Design, com valores na

Formação direccionada para as necessidades do mercado de trabalho

Numa época em que grassa o desem-prego jovem, em que empresas fechamportas diariamente e que a balança eco-nómica do País é deficitária, urge tomaroutras medidas. É neste sentido que asescolas do distrito de Leiria têm actua-do. Através de uma coordenação estrei-ta com as empresas da região, formaçãoe emprego andam de mãos dadas, dan-do um novo fôlego ao tecido empresarial.“Direccionar a oferta formativa para asempresas não é um estado mas sim umpercurso que se deve percorrer e afinarpermanentemente”, afirma Nuno Man-gas, presidente do Instituto Politécnicode Leiria (IPLeiria). Para o presidente,este percurso passa por adequar a “ofer-ta formativa às empresas” e fornecer co-nhecimentos às empresas que lhes per-mitam “desencadear processos de mu-dança indispensáveis”. Acrescenta ain-da que há uma “preocupação crescente

Direccionar a ofertaformativa para asempresas não é um estadomas sim um percurso quese deve percorrer e afinarpermanentementeNuno MangasPresidente do IPL

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DEordem dos 85%, e em terceiro lugar os

cursos das áreas sociais, com cerca de70% de empregabilidade.

Também a oferta formativa da Esco-la Profissional de Leiria tem em contaas necessidades das empresas. Quem odiz é Susana Nogueira, a directora doinstituto de ensino. “Anualmente a es-cola consulta aproximadamente 260empresas, na sua maioria empresasda região de Leiria. Através de inqué-rito a escola ausculta as necessidadesde mão de obra técnica das empresas.”A directora explica que as turmas e oscursos propostos em cada ciclo de for-mação, “são propostos de acordo comos resultados obtidos no inquérito”.

Existe um ajustamento directo entrea formação concedida pelo Escola Pro-fissional de Leiria e as necessidades dasempresas da região. “A escola não vivesem as empresas e sem a possibilidadeque estas dão para a realização de umaparte muito importante do percursoformativo dos jovens, que são os está-gios curriculares. A nossa ligação àsempresas não é maior nestes últimosanos, apenas se alargou o leque deinstituições com as quais vamos esta-belecendo novos protocolos, em funçãodos novos cursos que a escola vai mi-nistrando.”

O curso com maior taxa de emprega-bilidade disponibilizado pela Escola Pro-fissional de Leiria é o de Técnico de Co-zinha/Pastelaria, com 98 a 100% de ga-rantia de emprego. Mas também os res-tantes cursos, de informática, eletro-tecnia e energias renováveis apresentamníveis de empregabilidade na ordemdos 80%. “Isto apesar da crise financei-ra e económica que o país atravessa e quetambém se reflecte no mercado de tra-balho”, faz notar Susana Nogueira.

Tal como na Escola Profissional deLeiria, também no Instituto SuperiorDom Dinis (ISDOM) se tem “a preocu-pação de efectuar o levantamento dasnecessidades formativas das empresasda região e adaptar a oferta a essas ne-cessidades”, explica Cristina Simões,directora do instituto. “Os nossos cur-sos têm uma taxa de empregabilidadeelevadíssima exatamente porque sãocursos que respondem às necessidadesdas empresas e entidades da região”,acrescenta.

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Procuramos que os alunosformados pelo ISDOMsaiam dotados, não só dacapacidade de 'saber', mastambém da real vantagemcompetitiva de 'sabercomo fazer'Cristina Simõesdirectora do ISDOM

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Como exemplo de sucesso, CristinaSimões aponta a licenciatura em Enge-nharia de Produção Industrial, que temoriginado a recepção de muitas ofertasde emprego no instituto. “Neste mo-mento temos os nossos alunos todos co-locados e alguns estão ainda no pri-meiro ano e já os conseguimos colocarno mercado de trabalho, o que me per-mite dizer que a taxa de empregabili-dade é actualmente de 100%”, afirmaconvictamente. A directora do ISDOMconsidera que os jovens devem apostarfortemente na área de engenharia, pois“a procura é superior à oferta”. Acres-centa que são os protocolos que o IS-DOM tem com as empresas que têm“permitido integrar os nossos alunos nomercado de trabalho”.

“Procuramos que os alunos formadospelo ISDOM saiam dotados, não só dacapacidade de 'saber', mas também dareal vantagem competitiva de 'sabercomo fazer'. A qualificação e compe-tências adquiridas pelos nossos alu-nos são reconhecidas pelos empresários

e pelas entidades empregadoras, sendocrescente a procura de alunos a termi-nar o curso.” A directora do ISDOMconsidera que uma das mais valias doestabelecimento de ensino que dirige éjustamente “a oferta de um ensinoprofissionalizante que vai ao encontro

das necessidades das empresas”. Nes-se sentido, a relação do ISDOM com otecido empresarial é “cada vez mais for-te”, afirma.

“Os protocolos com as empresas pro-porcionam aos alunos estágios no localde trabalho, disponibilizando labora-

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tórios e oficinas para desenvolvimentode modelos e protótipos”, explica Cris-tina Simões. Para a directora, esta rela-ção também é “muito enriquecedora”para os alunos, pois “ permite o desen-volvimento de sinergias em várias ver-tentes com o meio envolvente”, o queem última instância se tem traduzidoem oportunidades de emprego.

Mesmo numa época de crise, em queinvestir na formação pode não ter comoconsquência directa a obtenção de umemprego estável e bem remuneradocomo antigamente, Cristina Simõesconsidera que o investimento vale sem-pre a pena. “A aposta na formação su-perior é um investimento importantís-simo, cada vez mais necessário nummundo global e tecnológico, com cres-centes desafios e adversidades, que sócom competências conseguiremos ven-cer.” Para a directora, quem tem com-petências “facilmente atingirá os seusobjectivos” e quem as ignora “ficará de-finitivamente para trás”.

No ISDOM, há um contacto perma-nente com os empregadores da região.“Queremos conhecer as competênciasde que necessitam nas suas organiza-ções e, dessa forma, formarmos os nos-sos alunos tendo em conta as necessi-dades do mercado de trabalho”, expli-ca Cristina Simões.

Fátima e Ourém fazem apostaforte no ensino profissional“Nos últimos quatro anos, temos feitoum esforço de reorientação estratégicada oferta formativa, tendo assumido oconceito de escola oficina e apresenta-do anualmente um novo curso”, afirmaJosé Luís Pegada, director da EscolaProfissional de Ourém. “Pretendemosrecriar na escola um ambiente o mais se-melhante possível ao vivido nas em-presas e apresentar uma oferta forma-tiva que resulte das necessidades aus-cultadas junto das empresas, dos índi-ces de empregabilidade anualmenteverificados e das expectativas dos jo-vens.”

Na Escola Profissional de Ourém, ocurso com maior empregabilidade éum dos mais antigos do instituto, ocurso de Gestão, uma oferta perma-nente da escola ao longo dos últimos 25anos. “Continua a ser um curso que res-

ponde às necessidades das micro e pe-quenas empresas que são a base es-magadora do nosso tecido empresa-rial”, explica o director do estabeleci-mento de ensino. Dos alunos que tiramo curso de Gestão, 80% tem emprego naárea. Dos novos cursos da Escola Pro-fissional de Ourém, o de Metalomecâ-nica – Programação e Maquinação jádeu provas de ser uma boa aposta,com níveis de empregabilidade acimados 95%.

José Luís Pegada considera que oensino se deverá tornar cada vez mais

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Pretendemos recriar naescola um ambiente o maissemelhante possível aovivido nas empresasJosé Luís Pegadadirector da EscolaProfissional de Ourém

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tada com as necessidades das empre-sas” e que se prepara até para abrir umnovo curso, de Pastelaria/Padaria. Ocurso de Cozinha/Pastelaria é o quegranjeia maiores taxas de empregabi-lidade, com valores a rondar os 90%.

O director da Escola de Hotelaria deFátima é taxativo: “não tenho dúvidasquanto à necessidade urgente de o en-sino ser tornar cada vez mais prático eajustado ao mercado”. Para RenatoGuiomar, “As empresas procuram cadavez mais mão de obra qualificada eajustada às reais necessidades de mer-cado”.

Na opinião de Renato Guiomar, estetipo de ensino, mais profissionalizan-te, “desenvolve nos jovens o sentido deempreendedorismo e de livre iniciati-va” e poderá ser determinante para ofuturo do País. “Tem sido notória aolongo dos recentes anos a aproximaçãode ambas as partes no sentido de haverum ajuste efectivo entre a oferta for-mativa e as necessidades de formação.O caminho que se tem vindo a percor-rer será sem dúvida a chave do suces-so para escolas e empresas.”

profissionalizante e estruturado deacordo com as necessidades das em-presas. “Esse é um objetivo nacionalque persegue, com algum atraso, os ní-veis existentes nos países ricos da UniãoEuropeia”, afirma. O director conside-ra que, para alcançar esse objectivo, énecessário garantir “práticas pedagó-gicas cada vez mais ajustadas às ne-cessidades de mão-de-obra especiali-zada sentidas nas empresas”. Salientaainda que “devemos ter capacidadepara vencer o preconceito e assumir oensino profissional como uma oferta vá-lida para o percurso de vida de qualquerjovem”.

“Cada vez mais as escolas estão aber-tas às empresas e cada vez mais as em-presas colaboram com as escolas”, afir-ma José Luís Pegada. “Acredito até quenão existirá outro caminho”, conclui.Para o director, é esta preocupação queconcedeu prestígio à Escola Profissionalde Ourém. “No passado ano letivo asEscolas Insignare atingiram o seu maiornúmero de alunos em formação (601) oque nos transforma num fundamentalparceiro estratégico para as empresas e

A Escola de Hotelaria deFátima aposta na formaçãode recursos qualificadosque possam atender àsnecessidades das empresas da região

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para o desenvolvimento económico esocial do concelho e da região.”

“A qualificação dos recursos huma-nos é um factor importante e, nessesentido, a Escola de Hotelaria de Fáti-ma aposta na formação de recursosqualificados que possam atender àsnecessidades das empresas da região”,afirma Renato Guiomar, director daEscola de Hotelaria de Fátima. O di-rector afirma que a oferta formativa doinstituto se encontra “totalmente ajus-

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Na última década a região de Leiria tem sido um exemplo ao nível das exportações, tendo crescidosucessivamente acima da média nacional e contribuído para uma melhoria da balança comercial com oexterior. 1. Quais os principais factores que têm sido mais determinantes para este desempenho?2. Que aspectos diferenciam a região de Leiria face ao restante País?

FórumLeiria destaca-se no mapa internacional

1. O desenvolvimento tecnológico eorganizacional das empresas, a sua capacidade deinovação, cooperação e internacionalização têmsido fatores fundamentais para este sucesso,permitindo apresentar no mercado soluçõesdiferenciadoras, de maior complexidade e demaior valor acrescentado. Flexibilidade e rapidezsão outras características cada vez maisrequisitadas no mercado internacional a que asempresas da região têm dado uma resposta muitopositiva.2. A dinâmica empresarial, a capacidadeempreendedora e a diversidade setorial existentesna Região de Leiria são aspetos claramente

diferenciadores. A sua internacionalização,promovida através de empresas que, em algunscasos, competem nos mercados mais sofisticadose exigentes a nível mundial, origina umaconsistente e frutuosa aposta na inovação, noI&D, no relacionamento com o sistema científico etecnológico, mas também na geração e inserçãode recursos humanos altamente qualificados.Esta envolvente, indutora da criação de novosnegócios e áreas de desenvolvimento, tempermitido às empresas crescer nas suas cadeias devalor, conquistar novos mercados e ser um fatordecisivo para a captação de investimentoestrangeiro para o nosso País.

ManuelOliveiraCefamol

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DE 1. Como principal factor, destaco a determinação dos

empresários que, em muitos momentos, remaram contra amaré e não baixaram os braços. Além disso, continuaram ainvestir na modernização das suas empresas, de forma apoderem competir num mercado cada vez mais global.Também investiram em formação, pois os recursos humanossão cruciais, investiram em tecnologia de ponta e na imagemdos produtos portugueses. As empresas familiares souberamdar continuidade formando os seus sucessores, maispreparados e vocacionados para um única mercado: 'omundo'.2. Leiria tem um tecido empresarial altamente dinâmico. Defacto, Leiria está de parabéns, assim como todo o sectorempresarial consciente que exportar a marca 'Portugal' éessencial.

Pedro RosadoPaço das Cortes

1. Além de uma dinâmica empresarial muito acima da médianacional, podemos apontar uma oferta educacional dequalidade, a excelência do trabalho de investigaçãodesenvolvido na Região e ainda um forte apoio dasassociações comerciais e industriais como factoresdeterminantes para o aumento progressivo das exportações.2. A Região de Leiria possui, desde há largos anos, um tecidoempresarial robusto, financeiramente sustentável e com umasignificativa veia exportadora. Assume-se como um territóriodiferenciado, fruto da sua posição central em termosnacionais e estratégica em termos de ligações europeias etranseuropeias. Leiria é o berço dos fundadores do GrupoLusiaves e a casa da nossa sede, sendo a partir daqui que anossa presença se estende por território nacional e além-fronteiras.

NunoMaurício, adjunto dopresidente doGrupo Lusiaves

1. Como principais fatores, consideramos:Política económica do País - As empresas foram obrigadas atomar medidas que lhe permitissem reduzir a dependênciadas vendas do mercado interno;2. Estratégia das empresas – A internacionalização passou aser um dos fatores críticos de sustentabilidade da maioria dasempresas. A resiliência que a maioria dos empresários danossa região tem demonstrado nestes últimos anos crise.A região de Leiria, em termos empresariais, caracteriza-se donosso ponto de vista pela diversidade na oferta de produtos eserviços que se complementam.Há sectores industriais naregião com elevado potencial, nomeadamente na inovação eque contribuem fortemente para os indicadores deexportação, como é o caso da indústria dos moldes. Este é umsector com uma longa história na região que tem vindo aevoluir nos últimos anos em termos tecnológicos, com umelevado reconhecimento a nível internacional.

Nélia Saraiva,, administradorada Vigobloco

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Exportações são transversais nos sectores de maior sucessoPerformance Muitas empresas da região perceberam cedo que o sucesso das suasactividades passaria, obrigatóriamente, pela exportação. Muitas das que não o fizeramficaram pelo caminho, quem o fez, tem contribuído para a boa performance de algunssectores de actividade que aqui encontram alguns players de extrema importância paraum desempenho de destaque na economia portuguesa. Falamos do sector dosmoldes, dos plásticos, do vidro e da cerâmica que lideram o ranking dos maioresexportadores da região.

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Paula [email protected]

�“A Indústria de Moldes é um sector in-fra-estruturante e transversal que se en-contra no caminho estratégico de de-senvolvimento e criação de novos pro-dutos. Tendo por base factores como oknow-how e experiência existentes nomercado internacional, a cooperação in-

ter empresas e entre estas e universi-dades e centros de saber ou a sua agres-sividade e competitividade, conseguiuangariar uma grande notoriedade pelaqualidade, flexibilidade e soluções com-petitivas que apresenta no mercado”,quem o diz é João Faustino, presidenteda direcção da CEFAMOL- AssociaçãoNacional da Indústria de Moldes e pre-sidente do Conselho de Administração

da TJ Moldes, da Marinha Grande.Para este empresário, cuja carreira

profissional sempre esteve ligada à in-dústria dos moldes “este posiciona-mento, construído ao longo de 70 anos,permitiu ultrapassar as vicissitudes ine-rentes às mais variadas conjunturas eco-nómicas e políticas”. “Reconhecemosque a imagem e a credibilidade da nos-sa indústria a nível internacional é ex-

RICARDO GRAÇA

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tremamente forte e um factor de valoracrescentado para as empresas nacio-nais.”

Sobre os aspectos-chave do êxito des-te sector João Faustino refere ainda que“hoje em dia as capacidades das em-presas não residem apenas na constru-ção de moldes, mas incorporam cada vezmais engenharia, concepção e desen-volvimento de produto, fabrico de aces-sórios e dispositivos de controlo ou aprópria produção de peças e compo-

e significativo da produção e exportaçãona indústria de moldes ao longo dos úl-timos anos – as exportações aumenta-ram 72% nos últimos quatro anos, em2014 registram-se 560 milhões de pro-dutos exportados, dados da Cefamol.

Para o empresário a conquista domercado externo assenta no facto de aindústria ter desenvolvido uma estra-tégia consistente de consolidação da suapresença no mercado internacional.“Exportando mais de 90% da sua pro-dução, o sector tem-se distinguido dasua concorrência internacional pelaoferta de soluções competitivas de altovalor acrescentado.”

Na procura constante de soluções competitivasCom base nesta experiência, na inova-ção que incorpora, no investimento emtecnologia de última geração e na coo-peração empresarial existente, a in-dústria tem concebido e participadoem parcerias e projectos com clientes,fornecedores, universidades e centrosde saber nacionais e internacionais.“Este factor tem permitido às empresasportuguesas adquirir e construir umaevolução qualitativa dos seus produtose serviços, permitindo encontrar novase mais competitivas soluções para osseus clientes, atingindo uma posição dedestaque a nível internacional”, sa-lienta o presidente da Cefamol.

A indústria de moldesportuguesa contribuidecisivamente para ademonstração de Paíscomo fornecedor desoluções inovadoras e de elevado valoracrescentadoJoão Fautino, CEFAMOL

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nentes, situação que abre todo um novoleque de oportunidades de negócio”.

A capacidade de lidar e cooperar comalgumas das principais empresas e cen-tros de inovação internacionais tempossibilitado igualmente ao este sectordesenvolver novas capacidades e com-petências alicerçados em novas tecno-logias e numa mão de obra altamentequalificada.

Fruto desta conjugação de factores ve-rificou-se um crescimento generalizado

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DEAlém disso, João Faustino refere que

“a aposta na inovação, I&D e o reco-nhecimento da imagem internacional dosector têm vindo a gerar novas oportu-nidades para as empresas, nomeada-mente na redução do time to market dosseus clientes, no desenvolvimento denovos produtos, na utilização de novosmateriais e tecnologias, que permitamsoluções mais rápidas e eficientes, noalargamento da cadeia de valor do sec-tor, originando novas áreas de negócioa montante e a jusante da produção demoldes, mas também a entrada em no-vos mercados, quer geográficos, quersectoriais, como sejam o caso da in-dústria médica, aeroespacial, da energia,do ambiente e em novas áreas de sec-tores mais tradicionais, como sejam ocaso do automóvel, da eletrónica ou daembalagem”.

Esta dinâmica, em conjunto com a suapreponderância na cadeia de valor nolançamento de novos produtos tornaramo sector “uma alavanca fundamentaljunto dos seus clientes para a criação denovos negócios e novos serviços, comoé o caso do design, da prototipagem, darobótica ou a injecção de plásticos. Fac-tores que tornaram Portugal uma refe-rência nesta indústria a nível mundial”,refere João Faustino.

A indústria de moldes portuguesa éuma referência internacional que mui-to prestigia Portugal, contribui decisi-vamente para a demonstração de Paíscomo fornecedor de soluções inovado-ras e de elevado valor acrescentado, es-tratégico para o desenvolvimento denovos produtos e conceitos de algumasdas principais marcas e empresas de re-nome internacional.

É um sector de alta intensidade tec-nológica, detentor e gerador de empre-go qualificado e indutor da criação denovos negócios e vertentes de atuaçãoque se encontram no caminho criticopara o desenvolvimento de novos pro-dutos nas mais diferentes áreas indus-triais.

Utilizando as tecnologias mais evo-luídas, e detentor de uma carteira declientes que engloba empresas de refe-rência internacional, como a BMW, Mer-cedes, Porsche, Rolex, Airbus, Samso-nite, Phillips, Bosch, o sector tem pro-gressivamente conseguido aumentar a

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de moldes e aos dilatados prazos de pa-gamento por parte dos clientes, as em-presas são obrigadas a desenvolver umaautêntica engenharia financeira para semanterem activas e com tecnologia ac-tualizada para fazer face às exigências domercado”. “O acesso ao financiamentoe a capitalização das empresas são fac-tores primordiais para manter um cres-cimento e investimento contínuo nasempresas”, explica o presidente da Ce-famol, que refere ainda o problema da“forte concorrência internacional e des-localização de alguns dos clientes da in-dústria de moldes portuguesa para mer-cados com menores custos de produção.

Entre as barreiras à exportação JoãoFaustino destaca: O acesso aos Mercados– face às oscilações económicas e sociais

sua penetração em diferentes áreas denegócio, com reflexo claro no aumentodas exportações e na interacção com osgrandes centros de desenvolvimentointernacional, que valorizam o nome dePortugal a nível global, sendo os princi-pais destinos das suas exportações ospaíses da União Europeia, a América doNorte e América do Sul.

Ainda há barreiras por derrubarMas para dar continuidade a todo o tra-balho que vem sendo desenvolvido épreciso ultrapassar barreiras, entre elasa da “sensibilização e atracção de jovenstécnicos qualificados para a indústria. Épreciso também criar soluções de ordemfinanceira: face aos longos ciclos deprodução que caracterizam o fabrico

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72%Houve um crescimento generalizadoe significativo da produção eexportação na indústria de moldes ao longo dos últimos anos – asexportações aumentaram 72% nos últimos quatro anos, em 2014 registram-se 560 milhões deprodutos exportados

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vividas actualmente em diferentes paí-ses e regiões, temos de ter presente queestes factores influenciam e condicio-nam determinantemente o crescimen-to ou consolidação das indústrias nossasclientes e, consequentemente, a tipolo-gia de negócio em que estamos inseri-dos.

A Concorrência Internacional: na me-dida em que coloca no mercado inter-nacional novos modelos e condiçõesde negócio, principalmente pela deslo-calização de alguns dos nossos clientespara estes países, havendo automatica-mente uma diminuição das encomendasdaqueles que desenvolvem localmentenovos fornecedores.

A excessiva dependência do mercadoautomóvel e concentração das exporta-ções em alguns países europeus: podemoriginar constrangimentos a médio pra-zo no desenvolvimento das empresas,como tivemos ocasião de verificar re-centemente.

As barreiras alfandegárias: o protec-cionismo verificado em alguns merca-dos, como é o caso do Brasil, é um fac-tor limitativo do crescimento do sectore da sua diversificação de mercados.

As relações cambiais: a existência deum Euro forte limita a capacidade dasempresas se tornarem mais competitivasem mercados fora da União Europeia. Osúltimos tempos mostram uma ligeira in-versão desta situação o que se poderátornar um elemento valioso para o cres-cimento do sector.

Plásticos: ligação estreita ao sector dos moldes dá força às empresas da regiãoA seguir aos moldes é o sector dos plás-ticos que mais se tem evidenciado nasrelações comerciais com o mercado ex-terno. Dados do INE apontam para 111milhões de euros em produtos exporta-dos em 2013. Empresas da região comoa Plasgal, Baquelite Liz, Plásticos SantoAntónio, KLC, Iber-Oleff estão entre asque mais contribuem para a boa perfor-mance do sector e sua realção com omercado externo.

“O sector dos plásticos do distrito deLeiria tem conseguido singrar nos seusmercados porque tem vencido a batalhada actualização dos processos produti-vos e da sua gestão”, explica Pedro Co-

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laço. O vice-presidente da direcção daAPIP - Associação Portuguesa da In-dústria de Plásticos salienta que “o pro-cessamentos dos plásticos é um sectorextremamente competitivo, a nível in-ternacional, e um negócio de margensrelativamente pequenas. Por isso, osaspectos da sua gestão que se prendemcom a eficiência são fundamentais paraasegurar a rentabilidade”. Por outrolado, refere, “este tem sido um sectorque tem conseguido atrair investimen-

to e convivido com algumas transmis-sões geracionais com sucesso”.

As exportações que são feitas a partirda região “têm de ultrapassar os custosde sermos periféricos na Europa. Por issoos produtos de maior valor acrescenta-do têm sido aqueles que mais facil-mente têm aumentado as suas ven-das”, explica Pedro Colaço.

Existe um conjunto de competenciasnas peças técnicas que permite à regiãode Leiria começar a ser reconhecida, não

111Dados do INE apontam para 111milhões de euros em produtosexportados em 2013

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apenas como um produtor de moldespara injeção de termoplásticos de exce-lência, mas também como um potencialprodutor de peças. Neste caso, os plás-ticos podem aproveitar a excelente re-putação que os moldes portuguesestêm no exterior. “Este é seguramente umfactor diferenciador do resto do Pais”, re-mata.

No que respeita às dificuldades comque o sector e as empresas locais se de-param Pedro Colaço diz que não serãomuito diferentes das que se sentemnoutros pontos do pais. “Existe um as-pecto penalizante que tem vindo a serbastante reclamado pelas empresas daregião no que diz respeito à qualidade dofornecimento da energia eléctrica. Têmexistido melhorias mas continuam apersistir problemas que já não se justi-ficam nesta era. As outras dificuldadestambém são conhecidas e são aquelasque impactam mais directamente a es-trutura de custos e, por consequência,a competitividade. A carga fiscal é ex-

internacionais que exijem algumas exi-gências a este nível.

Concretamente sobre a exportaçãoPedro Colaço diz que “existe a necessi-dade de desburocratizar e acelerar osprocessos dos reembolsos do IVA. Me-lhorar a vias de carga alternativas aotransporte rodoviário. Criar um estatu-to de prioridade nas decisões adminis-

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“O sector dos plásticos quetem conseguido atrairinvestimento e convividocom algumas transmissõesgeracionais com sucesso”Pedro Colaço, APIP

cessiva, cortezia de um Estado sobredi-mensionado que deixa ao trabalhadorapenas 30 a 50% de rendimento dispo-nível do custo que estes têm realmentepara as empresas, leis laborais ultra-passadas, justiça lenta, burocracia. In-ternamente as empresas encontram,muitas vezes, limitações na sua dimen-são quando querem entrar em mercados

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trativas conducentes a um aumentoefectivo do valor das exportações. Umapolitica de fomento que faça com que asempresas tenham um acesso mais faci-litado a crédito que se destine ao seuequilibrio financeiro e capacidade de in-vestimento.

E o futuro? O vice-presidente da APIPdiz que “existe espaço para crescer”.“Acredito que este sector será dos que vainaturalmente crescer nos próximosanos. Existem novas empresas que sur-giram por osmose, existirão fusões,aquisições para consolidação e aumen-tode dimensão. Existirá de tudo um

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pouco, mas o sector recomenda-se e seráum contributo sólido para o aumentodas nossas providênciais exportações nodistrito e região de Leiria”.

Vidro: sector actualizou-se nos últimos 10 anos com investimento de 500 milhões de eurosCom cerca de 56 milhões de euros tran-sacionados em exportações pelas em-presas do distrito de Leiria no ano de2013, o sector do vidro é o terceirocom mais peso na região, subdivididoentre o vidro de embalagem e a crista-

56Com cerca de 56 milhões de eurostransacionados em exportações pelasempresas do distrito de Leiria no anode 2013, o sector do vidro é o terceirocom mais peso na região, subdivididoentre o vidro de embalagem e acristalaria automática

laria automática (agregada à cerâmica).Santos Barosa, Ricardo Gallo (embala-gem) e Crisal (critalaria automática)são os nomes mais sonantes das em-presas instaladas na região com fortecontributo para o desempenho do sec-tor na economia nacional.

Isabel Valente, secretária-geral daAIVE - Associação dos Industriais de Vi-dro de Embalagem refere que “tem ha-vido, nos últimos 30 anos, uma apostana construção de um sector competiti-vo, que possa enfrentar os desafiosque se lhe levantam, quer no mercadodos produtos alimentares, quer no mer-cado das bebidas e dos refrigerantes”.Por esta via “têm sido feitos investi-mentos de grande volume, não só na re-construção de fornos, de modo a que,em cada período, a estrutura produti-va possa responder com maior eficiên-cia, incluindo a eficiência energética, àsnecessidades cada vez mais exigentese mais competitivas dos mercados,quer dos seus clientes tradicionais,quer dos novos mercados de exporta-ção, que entretanto começaram tam-bém a fazer parte do negócio do vidrode embalagem”.

Ao compatibilizar as novas exigênciasem termos de qualidade e preço, comestruturas de custo, quer a nível pro-dutivo, quer a nível das actividades desuporte, progressivamente mais com-petitivas, o vidro de embalagem, emPortugal, tem sido capaz de enfrentar,os ciclos mais desfavoráveis da activi-dade económica, quer em Portugalquer na União Europeia, destinos na-turais das suas vendas, explica a diri-

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gente da AIVE.Dados desta associação mostram

que em 20 anos (1994-2014) o vidro deembalagem cresceu 128%, no vidrofundido, aumentando de 738 toneladaspara 1 681 toneladas e 125% nas emba-lagens produzidas, de 2580 toneladaspara 5800 no ano passado.

Mas para aqui chegar houve um ca-minho exigente que teve de ser per-corrido. Isabel Valente explica que “atéà adesão do País à CEE, o mercado dovidro de embalagem, em Portugal, eraum mercado praticamente fechado,que vendia fundamentalmente para omercado interno. A partir de 1986,com a adesão de Portugal à CEE, equase em simultâneo com a entrada dogrupo Saint Gobain no País, resultan-te da falência da Vidreira da Fontela -entrada essa muito focada no mercadonacional - surge o mercado externo,como oportunidade para o escoamen-to da produção. E é assim que se ini-ciam, de uma forma permanente, as

vendas para clientes em Espanha eFrança, passando as exportações a sero destino directo de 60% das embala-gens de vidro produzidas em Portugal.

Os principais clientes do vidro deembalagem são as empresas de produ-tos alimentares e bebidas. “A adopçãodo state-of-art, no fabrico das embala-gens de vidro portuguesas permite,por um lado, garantir competitividade,tanto a nível europeu como em países

terceiros, por outro, as exigências de se-gurança alimentar, uma questão pre-sente permanentemente”, salienta Isa-bel Valente.

Para a representante da AIVE “hápreocupação constante em investirpara satisfazer o cliente em termos deconcepção do produto e do respectivodesign, o cumprimento das melhorespráticas no fabrico do vidro, com a in-trodução constante de tecnologias e demelhorias, quer a nível da produção eda logística, da certificação e do cum-primento das normas europeias de qua-lidade, quer do ambiente, da seguran-ça alimentar e outras, são seguramen-te a base da evidência do negócio in-ternamente e no exterior”.

Nos últimos dez anos, o sector do vi-dro de embalagem, investiu mais de500 milhões de euros para adequar asua actividade às exigências dos clien-tes, dos mercados e das autoridades na-cionais, dados da AIVE.

O reconhecimento do trabalho reali-

O orgulho que osempresários têm no seuproduto é o que os leva aserem exigentes com o queproduzemIsabel Valente, AIVE

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teriais alternativos, como o plástico, ometal e papel multicamadas, somos re-conhecidos como fabricantes de qua-lidade e cumpridores dos prazos de en-trega. Com esta fórmula, tornou-sepossível encontrar uma garrafa de vi-dro fabricada por empresas portugue-

500Nos últimos dez anos, o sector dovidro de embalagem, investiu mais de500 milhões de euros para adequar asua actividade às exigências dosclientes, dos mercados e dasautoridades nacionais

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zado pelas empresas da região, tantoem Portugal como no exterior, paraIsabel Valente, assenta no “orgulhoque os empresários têm no seu produ-to, o que os leva a serem exigentes como que produzem”.

As empresas portuguesas fabricantes

de embalagens de vidro, de que as daregião não são excepção, têm comoclientes as maiores empresas mundiaisdos ramos da alimentação e bebidas e“isto só é possível porque num merca-do em que é feroz a concorrência comoutros fabricantes de vidro ou de ma-

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sas em qualquer parte do mundo”, sa-lienta Isabel Valente.

“Qualidade e responsabilidade” sãoas palavras escolhidas pela represen-tante da AIVE para caracterizar a ima-gem do sector lá fora.

Cerâmica: volume de negócios dosector ultrapassa os 897 milhões“Portugal tem factores que o tornamquase único no panorama europeu noque concerne à indústria cerâmica:matérias-primas de excelente qualida-de, um saber tecnológico enraizadoem mão-de-obra especializada, uni-dades de produção com equipamentosmodernos e layouts optimizados”,quem o diz é Albertina Sequeira, vice-presidente executiva da APICER - As-sociação Portuguesa da Indústria de Ce-râmica, que defende que “sendo umsector com tradição, a indústria cerâ-mica tem conseguido harmonizar oknow how, tecnologia, design e pro-cessos mais eficientes”.

Dados da APICER mostram que a in-dústria portuguesa de cerâmica repre-sentou em 2013 um volume de negóciosde 897,8 milhões de euros, um valoracrescentado bruto de 327,6 milhões deeuros com 15.657 trabalhadores. De re-ferir que, actualmente a APICER não re-presenta apenas a indústria de cerâ-mica, tendo recentemente agregado acriatalaria, subsector da indústria do vi-dro.

Para Albertina Sequeira o que o temlevado o sector a evidenciar-se no ex-terior é a capacidade de acrescentar va-lor aos produtos de cerâmica. E como?“O sector dispõe de um Centro Tecno-lógico (CTCV - Centro Tecnológico daCerâmica e do Vidro) que tem sido ca-paz de levar até às indústrias factoresde inovação e um Centro de Formação(CENCAL - Centro de Formação Proto-colar para Indústria de Cerâmica) comformação específica para os colabora-dores das empresas, jovens e outros in-teressados. Existem igualmente centrosuniversitários de pesquisa, que se têmdedicado a acrescentar saber a estesector. Acreditamos que estes factorespodem contribuir para que os produtoscerâmicos possam competir cada vezmais pela afirmação do design, quali-dade e multifuncionalidade do produ-

to e não apenas pelo preço”, respondea representante da APICER.

O facto desta Associação ser “uma en-tidade que tem a força de um sector deextrema relevancia para o PIB nacionale que representa um sector de alta em-pregabilidade, confere-lhe a responsa-bilidade de ser um player que actue emáreas que são de primordial importân-cia para a vida do seu tecido empresa-rial. Por isso, tem identificado algumasdificuldades que encara como desa-fios”, com destaque para: os custos da

energia, mais concretamente do gásnatural, que representam, em média,cerca de 30% dos custos totais de pro-dução; A necessidade de uma melhorgestão das matérias-primas para a in-dústria de cerâmica, enquanto recursonatural; E por fim, mas não menos im-portante, falta de mão de obra qualifi-cada, devido a uma maior apetência dosnossos jovens pelas ofertas relacionadascom serviços, “fruto do discurso dadesindustrialização que se vem verifi-cando”, defende Albertina Sequeira.

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No que toca, concretamente, à ex-portação, a APICER aponta ainda cons-tangimentos de logística, nomeadamentena relacção valor do produto / valor dotransporte e nas “elevadas taxas de en-tradas em alguns países”, outro factor deconstrangimento que a APICER está atentar solucionar junto da Cerame-Unie,focadas em questões de política de co-mércio externo, revela a dirigente da

Associação, revela a dirigente.Pode concluir-se que há vontade e con-

dições para continuar a crescer? Sim, querpor parte das empresas, ou da APICERcom as empresas, há a procura de novosmercados. Resultado disso foi o trabalho de-senvolvido no âmbito da Comissão Te-mática da Internacionalização, da API-CER. Foi desenvolvido um trabalho inter-no junto das empresas associadas com oapoio de um Consultor / Facilitador que per-mitiu identificar novos mercados alvo paraa Industria de Cerâmica. Consequente-mente, as conclusões deste trabalho foramenviadas à AICEP e por sua vez a APICERtem vindo a fazer um trabalho de promo-ção junto de novos mercados, tais como al-guns países do Magreb, dos PALOP, Índia,Singapura, Suécia, responde a vice-presi-dente da AICEP.

Números apontam para futuro Em 2014, as exportações de produtos ce-râmicos atingiram os 633,1 milhões de eu-ros, repartidas por 158 mercados, contra100,9 milhões de euros de importações. Da-qui resultou uma contribuição positivapara a balança comercial portuguesa nomontante de 532,2 milhões de euros euma taxa de cobertura das importações pe-las exportações que ascendeu a 627%, o queconstitui um dos registos mais elevados de

633Em 2014, as exportações de produtoscerâmicos atingiram os 633,1 milhõesde euros, repartidas por 158mercados, contra 100,9 milhões deeuros de importações.

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4 de Junho de 2015 Leiria Global 59

entre os 99 capítulos da nomenclaturacombinada.

No que toca à cristalaria, as exportaçõesascenderam a 68.801.688 euros no con-junto do ano de 2014, o que representa umavariação de 1,1% face ao ano de 2013 e cons-titui o registo mais elevado dos últimos 15anos. Enquanto as importações registaramo valor acumulado de 37.308.796 euros noano de 2014, representando uma variaçãode 15,1% em relação a 2013. O saldo da ba-lança comercial de cristalaria no conjun-to do ano de 2014 cifrou-se nos 31.492.892euros e a taxa de cobertura das importaçõespelas exportações ascendeu a 184,4%, da-dos fornecidos pela AICEP.

“Temos vindo a crescer”, salienta al-bertina Sequeira, que refere que “os dadospreliminares divulgados pelo INE em 11 deMaio de 2015, continuam a indicar essecrescimento: o valor das exportações por-tuguesas de produtos cerâmicos ascendeua 161.825.266 euros no período acumula-do janeiro/março de 2015, o que representauma variação de 3,5% face ao período

homólogo anterior.No mesmo período, o conjunto das ex-

portações nacionais de bens registou umavariação de 4,0% face aos 3 primeiros me-ses de 2014.

As importações de produtos cerâmicosregistaram o valor acumulado de 26,2 mi-lhões de euros nos 3 primeiros meses de2015, o que representa uma variação de

0,8% em relação ao período homólogo de2014.

O saldo da balança comercial de produ-tos cerâmicos ao fim do 1.º trimestre de2015 cifrou-se nos 135.621.415 euros e a taxade cobertura das importações pelas ex-portações ascendeu a 617,6% (a taxa de co-bertura média para o conjunto de bens foide 86,1%), revela ainda a AICEP.

“Sendo um sector comtradição, a indústriacerâmica tem conseguidoharmonizar o know how,tecnologia, design eprocessos mais eficientes”Albertina Sequeira,APICER

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60 Leiria Global 4 de Junho de 2015

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TeresaSimõesPrimacis, SA

Ofoco de actuação da Primacis é, desde a suaorigem, o mercado internacional. Cabo Verde,Angola, Moçambique e, mais recentemente,Espanha são neste momento os mercados nos

quais marcamos presença permanente, através deempresas constituídas em cada um destes países. A áreade actuação comum a todos eles é a implementação desistemas informáticos de apoio à gestão. Nodesenvolvimento do negócio em cada um dos sites estesabsorvem o modelo de funcionamento da Primacis, umamais valia determinante para o sucesso da operação. Aestratégia de cooperação, o elevado know-how eexperiência da Primacis e das suas empresas parceiras sãopontos fortes que permitem acautelar alguns riscosinerentes ao processo de internacionalização. Asferramentas de gestão, as metodologias e instrumentosde trabalho, são comuns a todas as localizações eresultam da aplicação de um vasto conhecimento queadvém da experiência dos parceiros da Primacis nomercado português e da actuação da própria Primacis nos

mercados internacionais. O sistema de gestãocentralizado e a utilização de uma solução de gestãodocumental de fácil acesso em qualquer localizaçãopermite ter informações sobre o negócio em tempo real,quer ao nível operacional e comercial, quer ao nível dosresultados de cada empresa. A partilha da experiência naárea das tecnologias de informação, o intercâmbio derecursos humanos nas equipas de Projecto – que sedeslocam em missão aos vários países, a existência desistemas integrados de gestão entre as empresas, acertificação ISO 9001:2008 Gestão da Qualidade daPrimacis, e a incorporação de boas prácticas das normasISO 27000 e 20000, através da parceira com a inCentea –Tecnologia de Gestão, SA, as experiências que osparceiros locais incorporam na organização e adiversidade que advém das particularidades de cada umdestes mercados conferem à Primacis característicasmuito particulares e que marcam de forma desafiante odia-a-dia e estimulam o desejo de crescer para novosmercados.

OpiniãoPrimacis, Um Projecto, vários Mercados

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4 de Junho de 2015 Leiria Global 61

JoaquimMenezesPresidente da SETsa, GrupoIberomoldes

SectorMoldesConcelhoMarinhaGrandeExportações62%

1 - Alemanha, Bélgica, Hungria, Brasil eIsrael são os principais, e da indústriaautomóvel, que absorve a maioria da nossaexportação.2 - A responsabilidade assumida decumprir com o contratado, tentandosempre suplantar as expectativas dosnossos clientes. Alguns trabalham com anossa empresa há décadas e comencomendas em permanência. Penso que éa melhor prova. Contudo, a capacidade deinovar e antecipar as necessidades etendências tecnológicas e da nossa ofertaintegrada, são sem dúvida uma marca deágua do Grupo, a par com a capacidade dedesenvolver parcerias, quer a montante,quer a jusante da cadeia de valor. Tambémo compromisso com a disseminação e odesenvolvimento permanente doconhecimento (know-how) das nossasequipas, desempenha um papel marcantena confiança que transmitimos no e aomercado.3 – Dado o nosso maior mercado estardirectamente associado ao sectorautomóvel, somos naturalmente"forçados" a estar predominantemente epermanentemente presentes no mercadoglobal. Desde a nossa origem que temoscomo filosofia trabalhar no mundo e para omundo. A inovação, a tecnologia, astendências da economia e asoportunidades de negócio são aspreocupações dominantes no dia-a-dia dasnossas empresas. É em função disto, e dasnecessidades que acompanhamos empermanência com os nossos clientes, quevamos desenvolvendo a estratégia donosso desenvolvimento e de investimento.

Aníbal CristinaGerente do GrupoAníbal OliveiraCristina (AOC)

SectorConstruçãoConcelho LeiriaExportações73%

1 - Para além do mercado português, osmercados externos são efectivamentemuito importantes para o nossocrescimento, garantindo grande eficiênciaoperacional. Internacionalmente a AOCtem actuado em mercados como Espanha,França, Suécia, Israel, Colômbia eMoçambique. Actualmente, estamosprincipalmente focados no mercadofrancês e moçambicano, onde nosencontramos fisicamente sediados. O anocorrente integra a AOC SARL (França) nalista de empresas certificadas pela Qualibat,o que traduz qualidade, competência ecapacidade técnica. 2 - O mercado global é muito exigente. Osucesso depende sobretudo da qualidadedos serviços prestados e de capacidadefinanceira que suporte a actividade emmercados onde não nos conhecem. Noentanto a internacionalização não seriapossível sem o envolvimento, dedicação e vontade de crescer dos nossostrabalhadores. São eles o motor do sucesso.Para além disso, considero que acapacidade de adaptação é um factorfulcral quando nos queremos estabelecernum mercado externo. Diferentesmercados significam diferentes culturas,diferentes leis, diferentes sistemas defuncionamento e diferentes formas detrabalhar. A resiliência e persistência são,por estas razões, factores imprescindíveispara vingar em mercados externos.3 - A exportação de Estrutura Metálica é umdos objectivos do Grupo AOC. Alcançámosa certificação neste sector em Fevereirodeste ano ao obter a Marcação CE paraexecução de construções metálicas naclasse de execução EXC3. Pretendemosapostar em projectos que nos façam crescer e desenvolver.

Empresários e gestores explicam os factores que justificam o sucesso das suas empresas no planointernacional. E revelam os projectos em carteira a esse nível. Na primeira pessoa. 1 – Quais os principais mercados internacionais onde marca presença? 2 - Quais os principais factores que justificam o sucesso da empresa a nível internacional?3 – Tem em curso, ou previstos, novos projectos para o mercado internacional, ou mercados quepretenda abordar?

FórumO que garante o sucesso das empresas além-fronteiras

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62 Leiria Global 4 de Junho de 2015

Paulo FigueiredoSales Manager SouthernEurope da Crisal, Grupo Libbey

SectorVidroConcelhoMarinhaExportações 90%

Gustavo Soares Responsável Comercialda Bourbon AutomotivePlastics

SectorPlásticoConcelhoMarinhaExportações 96%

1 –A Libbey Portugal /Crisal está presenteem mais de 100 países nos cincocontinentes. 2 - Os principais factores de sucesso são onosso foco no cliente, desenvolvimentocontínuo, trabalho de equipa, bem como adiversidade e versatilidade da nossa vastagama de produtos.3 – Neste momento concentramo-nos nosmercados em que já operamos, estandosempre à procura de novas oportunidadesde negócio em mercados emergentes.

1 – Espanha e França, por via deexportações.2 - A excelência dos nossos colaboradores,o facto de sermos parte de um grupomultinacional, a estratégia global,investimento sustentado em tecnologia ecolaboradores. O sucesso deve-se ainda àagressividade e compreensão do mercadoonde estamos inseridos, ao aumento dovalor acrescentado nos produtos quefazemos e ao rigor e confiança.3 – O mercado alemão é prioridade para ogrupo, tal como a continuidade e sucessono mercado espanhol.

José Antóniodos Santos Administrador da Soc. Agrícola Quintade Freiria

SectorAviculturaConcelhoBombarralExportações37%

1 – Médio Oriente, Norte de África eEuropa do Leste.2 - Qualidade e Competitividade.3 – Temos novos mercados previstos: Ásiae África Subsariana.

Jorge VieiraDirector-geral da Rocaem Portugal

SectorCerâmica parauso sanitário ConcelhoLeiriaExportações68%

1 – A rede comercial da Roca estende-se pormais de 135 países abastecidos pelas suas77 fábricas em quatro continentes e maisde 20 mil colaboradores em todo o mundo.Enquanto empresa em Portugal, somosmaioritariamente exportadores para aUnião Europeia, tendo em 2006, iniciado aactividade comercial nos PALOP. A partirdessa data, e mais concretamente emAngola, começou a ser criada uma rede dedistribuidores que hoje está implementadano país desde o Soyo até ao Lubango. Omercado de Angola é fundamental paranós pelas oportunidades que oferece emtermos de construção nova, e ondepodemos oferecer uma gama vasta e muitocompleta de produtos, abrangendo todosos segmentos, desde o económico até aosegmento de luxo.2 - As linhas de orientação da Roca são ofactor chave de sucesso da marca. Apesquisa e inovação constantes, a apostano design e na sustentabilidade estão nabase do nosso negócio. A interacção com aágua, cores e formas naturais são as fontesde inspiração para uma linha de produtosque representa formas orgânicas, anatureza e a própria imaginação. Odesenvolvimento contínuo de potenciaissoluções viáveis tem sempre por base asustentabilidade na criação de produtosinovadores no consumo de água eprocessos de fabrico sustentáveis. Todoeste trabalho é sustentado por umprofundo processo de investigação eidentificação de novas tendências deconsumo, tendo em conta um novo perfilde consumidor: mais informado, maisexigente e sobretudo mais consciente dassuas reais necessidades.3 – A contracção do mercado interno obrigaas empresas a priorizarem cada vez mais asexportações. Continuaremos na busca deoportunidades, intensificando a nossapresença nos mercados externos em queactuamos desde Portugal, como os deAngola e Moçambique, que sãoactualmente fundamentais para aconcretização da nossa estratégia pelasoportunidades que possuem em termos deconstrução nova e de reabilitação e porquevalorizam e reconhecem critérios dequalidade, design e inovação.

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