revista ip 32 - escolainterativa.com.br · didáticos, como o material da 1ª série do ensino...

28
˝ndice Entrevista Charles Hadji fala sobre os 10 desafios da escola moderna UniExp Empresas juniores já estão funcionando Material Didático Material escolar de cara nova Tendência Criatividade faz parte da educação moderna Editorial Congresso A educação na sociedade da informação Armindo Vilson Angerer Diretor Geral da Organização Educacional Expoente 3 Nesta última edição anual da Impressão Pedagógica, não poderíamos deixar de fazer referência ao II Congresso Internacional dos Expoentes da Educação. O peso das personalidades educacionais no contexto nacional e internacional que se fizeram presentes, seguramente, além de abrilhantarem o evento, deram-nos algumas lições que todo "bom aluno" deve sempre aprender. A mensagem de Charles Hadji, filósofo francês, que definiu que os currículos devem estar a serviço das pessoas e não da economia e que a avaliação não pode existir apenas para manter a ordem na sala, mas para avaliar em que momento o educador precisa de informações específicas sobre o progresso e as dificuldades dos alunos, deu-nos subsídios para uma grande reflexão. Na mesa de debates, o alto nível dos participantes gerou uma importante conclusão: "o único valor possível é o homem". Algumas frases enunciadas merecem destaque: "A educação não é uma arte, é uma técnica que pode ser aprendida e reconstruída". "Se não colocarmos o currículo na vida, nas emoções das pessoas, ele não adianta para nada". "A tecnologia não melhora a educação, ela a potencializa". Enfim, há muito mais... Leia e releia a revista. Se você participou do Congresso, essa leitura propiciará uma revisão de algumas preciosidades, se não, certamente lamentará por ter perdido algo que, como o tempo, não volta mais. Nesta edição, estamos também abordando algumas alterações que estão sendo efetuadas no material didático para 2003. São mudanças resultantes das pesquisas que fizemos com nossos clientes por meio das visitas das nossas consultoras pedagógicas, da visita da direção geral a alguns clientes e das pesquisas respondidas por escrito pelas escolas conveniadas. Quando optamos por reformular alguns de nossos materiais didáticos, como o material da 1ª série do Ensino Fundamental, com a inclusão no no 1º volume dos conteúdos de alfabetização, material de Artes do Ensino Fundamental de 5ª . a 8ª . série e a readequação do conteúdo do Ensino Médio, não estamos fazendo nada mais do que atender às necessidades de mudança em relação à realidade escolar, com o objetivo de gerar melhores resultados para os alunos, para os professores e para toda a comunidade. Como temos feito nos últimos anos, apresentamos mais uma edição da revista Impressão Pedagógica, que traz muito conteúdo pedagógico e informações que certamente poderão contribuir para que sua escola cresça como instituição educacional. Parabenizamos toda a equipe de redatores e os nossos clientes que nos incentivam com palavras amigas, contribuições técnicas e críticas construtivas. Ensino Todo mestre sabe ensinar? 4 9 11 14 16 20 24 Em sala de aula Projetos despertam a paixão pela literatura ?

Upload: others

Post on 14-Sep-2019

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

3○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Índice

EntrevistaCharles Hadji falasobre os 10 desafiosda escola moderna

UniExpEmpresas juniores jáestão funcionando

Material DidáticoMaterial escolar decara nova

TendênciaCriatividade fazparte da educaçãomoderna

Editorial

CongressoA educação nasociedade dainformação

Armindo Vilson Angerer

Diretor Geral da OrganizaçãoEducacional Expoente

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 3

Nesta última edição anual da Impressão Pedagógica, nãopoderíamos deixar de fazer referência ao II Congresso Internacional dosExpoentes da Educação.

O peso das personalidades educacionais no contexto nacional einternacional que se fizeram presentes, seguramente, além deabrilhantarem o evento, deram-nos algumas lições que todo "bom aluno"deve sempre aprender.

A mensagem de Charles Hadji, filósofo francês, que definiu que oscurrículos devem estar a serviço das pessoas e não da economia e que aavaliação não pode existir apenas para manter a ordem na sala, mas paraavaliar em que momento o educador precisa de informações específicassobre o progresso e as dificuldades dos alunos, deu-nos subsídios parauma grande reflexão.

Na mesa de debates, o alto nível dos participantes gerou umaimportante conclusão: "o único valor possível é o homem". Algumasfrases enunciadas merecem destaque: "A educação não é uma arte, éuma técnica que pode ser aprendida e reconstruída". "Se não colocarmoso currículo na vida, nas emoções das pessoas, ele não adianta para nada"."A tecnologia não melhora a educação, ela a potencializa".

Enfim, há muito mais... Leia e releia a revista. Se você participoudo Congresso, essa leitura propiciará uma revisão de algumaspreciosidades, se não, certamente lamentará por ter perdido algo que,como o tempo, não volta mais.

Nesta edição, estamos também abordando algumas alterações queestão sendo efetuadas no material didático para 2003. São mudançasresultantes das pesquisas que fizemos com nossos clientes por meio dasvisitas das nossas consultoras pedagógicas, da visita da direção geral aalguns clientes e das pesquisas respondidas por escrito pelas escolasconveniadas. Quando optamos por reformular alguns de nossos materiaisdidáticos, como o material da 1ª série do Ensino Fundamental, com ainclusão no no 1º volume dos conteúdos de alfabetização, material deArtes do Ensino Fundamental de 5ª. a 8ª. série e a readequação doconteúdo do Ensino Médio, não estamos fazendo nada mais do queatender às necessidades de mudança em relação à realidade escolar, como objetivo de gerar melhores resultados para os alunos, para os professorese para toda a comunidade.

Como temos feito nos últimos anos, apresentamos mais uma ediçãoda revista Impressão Pedagógica, que traz muito conteúdo pedagógicoe informações que certamente poderão contribuir para que sua escolacresça como instituição educacional.

Parabenizamos toda a equipe de redatores e os nossos clientes quenos incentivam com palavras amigas, contribuições técnicas e críticasconstrutivas.

EnsinoTodo mestre sabeensinar?

4

9

11

14

16

20

24

Em sala de aulaProjetos despertam apaixão pela literatura

?

4 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Os 10 desafiosOs 10 desafios

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○4

Entrevista

O filósofo francês Charles Hadjidefende a teoria de que a escola

sozinha não pode tudo. Estudioso daCiência da Educação, preparou um

doutorado sob o tema "Problemaentre Pedagogia e Liberação",

enfatizando a questão de que a escola podecontribuir para a liberação dos alunos e por meio dosalunos. Na Universidade de Lión, Hadji desenvolveu

trabalhos de pesquisas. Nesta entrevista, concedidagentilmente durante o 2.º Congresso Internacionaldos Expoentes na Educação, o filósofo fala sobre o

resultado de suas pesquisas, avaliação, os desafios daescola e os seus riscos.

Impressão Pedagógica - Qualfoi o enfoque dado à sua pesquisa naUniversidade de Lión?

Charles Hadji - Há duas prin-cipais direções. A primeira é a questãodos problemas do tipo filosófico,causados pela empresa educativa. Asegunda é constituída pelas práticasde avaliação. Sempre me interesseipela prática de avaliação e dediqueium certo número de trabalhos a estaproblemática, com dois pólos prin-cipais: avaliação dos alunos e avaliaçãodas ações de formação.

5○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

da escola modernada escola modernaIP - O que concluiu com os estudos?

Hadji - Concluí que a escolanão pode tudo. Não se deve esperarmuito dela. Não acho que devemosesperar uma contribuição para a li-beração, seja de ordem política ou so-cial, vinda diretamente da escola. Ainstituição tem de trabalhar em seuespaço próprio que é o da aprendiza-gem. Este ponto de vista pode con-tribuir para o desenvolvimento posi-tivo das crianças e dos adolescentes,pois permite construir saberes que se-rão ferramentas de análise e de ação darealidade. De outra maneira, a escolapode fornecer ferramentas intelectuaisaos alunos para que se tornem atores,no sentido pleno da palavra, da vidasocial e política. Então, o papel da esco-la, a sua ação, no plano social e políticoé indireta. A gente não olha diretamen-te, mas indiretamente por intermédiodesses instrumentos.

IP - Aqui no Brasil, mesmo parauma ação indireta, coloca-se muito aquestão de como contribuir para queo aluno possa desenvolver essacapacidade de ser um ator no contextosócio-político. Especialmente porquena América Latina a diferença socialé muito grande. O senhor teriaalguma resposta a essa questão?

Hadji - Se eu tivesse uma res-posta operatória ou eu seria presi-dente da república na França ou

ministro da educação no Brasil. Sóposso trazer uma contribuição modes-ta à reflexão. Mas me parece que,tanto no Brasil quanto na França, aúnica maneira de agir na escola épreparando intelectualmente as cri-anças e os adolescentes. Depois, cabea eles fazer o melhor uso possíveldessas ferramentas de análise deação. Eu reconheço que é bem maisdifícil no Brasil, onde há impor-tantes disparidades sociais eeconômicas, mas a luta da escola éoferecer, se não para todos, aomenos para o maior número possívelde pessoas, o acesso ao conhecimen-to. Se isso for feito, já é muito.

IP - Nesse sentido, o currículonão tem importância preponderante?

Hadji - Essa é uma questão de-safiadora e permanente para os pro-fessores: qual o conteúdo adequado?Hoje há risco num contexto de glo-balização, em que o homem é trans-formado em mercadoria. Tem tam-bém a privatização. Quer dizer, o es-tado tem a tendência a abandonar aação que é necessária. Esse contextotem um risco de sujeitar os conteúdosà exigência da economia. Arriscamosdar privilégio a algo que seja direta-mente útil à economia, esquecendo oque é necessário para o pleno desen-volvimento da pessoa. Mas atenção:isso não quer dizer que as exigências

da economia devem ser negligencia-das, mas que não devem tornar-se he-gemônicas. É preciso resistir ao impe-rialismo da economia.

IP - Quais são os desafios da escola?

Hadji - São 10 desafios princi-pais. Quatro deles pertencem aocontexto atual, três correspondem adesafios permanentes através dahistória e os restantes estão ligadosa uma vontade de preparar o futuro,para dar à situação histórica atualuma posição positiva. Vivemos nummomento em que pode haver o de-saparecimento da escola ou a pro-moção de uma escola renovada.

Os quatro desafios que sãodevidos as particularidades docontexto atual são:

1) viver numa sociedade do saber.O desafio é permitir ao maiornúmero possível de pessoas oacesso ao saber.

2) viver numa sociedade aprendiz.Os estudos são cada vez maislongos e custam cada vez maiscaro. O desafio é fazer melhor, como menor custo possível. É um de-safio de eficiência para a escola.

3) viver numa sociedade, organi-zando uma rede. Isso pode servisto sob dois pontos de vista:social e tecnológico. No social,há uma fragmentação da socie-

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○6

dade, que é marcada pela coe-xistência de pessoas de cultu-ras diferentes, religiões diferen-tes. O desafio é permitir queas crianças vivam juntas sem sedigladiar. Isso é um desafio co-lossal. Do ponto de vista tecno-lógico, há a apropriação das novastecnologias para que se tornemferramentas de análise de açãoe não instrumentos para servir.

4) isso quer dizer que alguns vãoser excluídos da sociedade por-que não podem se conectar,não têm os meios. Falamos aíde uma fratura social entre osque têm o dinheiro e o com-putador e aqueles que não ostêm. Há esse risco. O desafio écontrolar essas ferramentas co-locando-as a serviço de todos.

IP - Quais são os desafiospermanentes?

Hadji - Desde o início, de-vemos fazer face a esses três de-safios. Definir precisamente asmissões da escola, para que serve.Na verdade, ela serve à liberdade.Encontrar os conteúdos adequa-dos, construir currículos que es-tejam a serviço das pessoas e nãoa serviço da economia. Tambémé preciso poder definir o ideal dohomem livre, plenamente desen-volvido a uma construção daqual queremos participar.

IP - E os desafios ligados àpreparação do futuro?

Hadji - Eu encontrei uma fór-mula para preparar um futuro me-lhor. Para que essa situação não nosleve para o desaparecimento da es-cola, mas para uma promoção daescola. São eles:

1) promover a ética, face à invasãoda técnica,

2) desenvolver a criatividade e avida do imaginário em vez de seperder no virtual. Porque hojenão sabemos mais a diferençaentre o real e o virtual. Então épreciso reaprender a fazer essa dife-rença que implica um esforço de cri-atividade para alimentar o vir-tual, escrevendo na descrição doprojeto. A imaginação deve ser-vir para antecipar o melhor fu-turo possível e não simplesmen-te a se perder em imagens quenão são reais. Me parece quehoje, de uma certa maneira, a re-lação entre as imagens substituiua relação com os seres humanos.Cada um está com um videoga-me, ou na frente da televisão, ouclicando, clicando, e não vê maisquem está a seu lado.

3) resistir ao movimento de trans-formação do homem em mer-cadoria devido ao contexto quenós descrevemos. Mas, ao mes-mo tempo, não se deve perderde vista que a escola não pode

tudo, é preciso perceber que elapode contribuir para organizar aresistência às forças negativas e aimplantação de condições que vãopermitir enfrentar esses desafios.

IP - Qual é a real importân-cia da avaliação?

Hadji - A avaliação tem umaimportância essencial em todosos níveis do ensino, pois o suces

7○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

so para passar de um ano a ou-tro, ou de um ciclo a outro, de-pende dela, que na maior partedo tempo é feita tradicional-mente, por meio de notas. Aavaliação deste ponto de vistatem um papel importante naorientação e na seleção escolar.Hoje uma grande minoria deprofessores tomou consciênciada necessidade de colocar mui-to mais a aval iação a ser viço

dos aprendizados e fazeruma ferramenta pedagógica.

IP - E como devemos avaliar?

Hadji - Muitos professoresutilizam a avaliação para mantera ordem na aula. Então o uso daavaliação é distorcido. A pri-meira coisa é realmente avaliarsó quando o educador precisarde informações específicas so-bre o progresso e as dificulda-des dos alunos. Avaliar com umpropósito.

IP - Os professores ou a esco-la não tendem a deixar de lado oconteúdo mais difícil de avaliar,como a ética e a cidadania, e des-sa maneira investem menos nes-ses assuntos?

Hadji - Existe uma anedotana França. Uma pessoa perde orelógio à noite, e procura por elesomente perto de uma luminária.E aí, alguém pergunta: "Por quevocê não procura do out rolado?". E a pessoa responde: "Euprocuro onde enxergo". É a mes-ma situação. Hoje avalia-se o queé mais fácil e, infelizmente, dei-xa-se de lado o que é difícil.

Colaboraram as jornalistas JoanitaRamos, do jornal Gazeta do Povo, e Cris-tiane Marangon, da Revista Nova Escola.

Opinião

A prática pedagógica está intrin-secamente relacionada com as ideolo-gias, as condições sociais, econômicas,psicológicas e políticas do educador.A avaliação está atrelada às diversasconcepções que os educadores têm daeducação e estas acabam influencian-do a sua maneira de pensar e fazer aavaliação. Cada concepção gera umadinâmica própria e desencadeia umtratamento diferenciado, um olhar,uma postura muito particular sobre oeducando. O educador muitas vezesnão se dá conta de como e por quefazer avaliação.

Há várias maneiras de avaliar oaluno. Duas bem conhecidas: a avalia-ção diagnóstica e a avaliação classifi-catória. Na avaliação diagnóstica, oeducador toma medidas preventivas nopresente, com objetivo de que o edu-cando supere suas dificuldades. Na ava-liação classificatória, o educador aplicaum valor em relação ao resultado de-monstrado. A classificação só é negati-va quando é usada como uma armapelo educador, quando separa as clas-ses sociais, quando exclui e discrimina.Não é esse o sentido de nossa reflexão.

Na instituição escolar nem tudopode ser medido, porém tudo podeser avaliado. A avaliação acontecerásegundo regras muito bem elabora-

das e posteriormente discutidas comos alunos. Há de se levar em contaainda, que os critérios têm a marca pes-soal de cada educador e que por trásdesses critérios existe uma experiênciade vida pessoal e profissional, uma re-lação de poder ou não poder com aavaliação.

Quais seriam as razões para nãose abrir mão de uma avaliação? Ora,uma avaliação justa, coerente, transpa-rente, contribui efetivamente para umaeducação de qualidade. Contribui parao desenvolvimento da cidadania e dosenso crítico, para uma visão de mun-do e de si mesmo. A avaliação fornece-rá dados atualizados sobre a extensão ea profundidade do que foi aprendidopelo aluno. O que se faz comumente,e é o que se deve evitar, é usar comoparâmetro o indivíduo em relação aogrupo. Portanto, a avaliação será sem-pre um processo, que se desenvolverágrada-tivamente durante o ano letivo,ou durante o semestre. Nesse caso é im-prescindível que o professor conheçabem os seus alunos, suas habilidades,suas competências, seus propósitos,valores e princípios.

Educar é um ato essencialmen-te humano. Avaliar e educar são atosintrínsecos. A avaliação faz parte daeducação e vice-versa. Todos nós

avaliamos e somos avaliados a todoo momento. Ao aluno também deveser oferecida a oportunidade de ava-liar o trabalho do professor, as ativi-dades desenvolvidas, os recursos uti-lizados, o tempo de aproveitamentodas aulas, a assiduidade, o cumpri-mento do horário etc. A instituiçãoonde o educador trabalha tambémdeve ser avaliada.

Já não é mais tempo de culparo aluno pelos maus resultados obti-dos. A avaliação tem como objetivodiagnosticar uma situação dada,modificá-la e determinar se está ounão havendo aprendizagem.

Existem muitas maneiras de seavaliar. A prova é apenas um dosmuitos instrumentos de medida pos-síveis de serem utilizados. Avaliar sig-nifica saber distinguir o lugar queocupa o aluno no momento atual eonde imaginamos que ele poderiaestar. Para tanto é fundamental fazerum escalonamento, uma classificaçãopara saber onde está e como está parapodermos mudar ou transformar asituação existente. Com dados comoeste em mãos é possível estabelecer acurto e a médio prazo uma reversão asituação dada.

* Marisa é mestre em educação do

Ensino Superior.

Marisa de H. Ribas *

de avaliaçãoAs várias maneiras

de avaliação

8 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Alunos-empreendedores da UniExp prestamserviços à comunidade

Empresas juniorescomeçam a funcionar

"Em um espaço tão curto de tem-po, ainda no primeiro período deaula, consideramos um grandeavanço da nossa empresa, pois sóesperávamos colocar a mão na mas-sa em 2003", diz Irajá.

Outra empresa júnior que estáem funcionamento, é a Farvel Tur,que, no primeiro semestre letivo, pro-moveu uma viagem para a Ilha doMel. Os empreendedores da FarvelTur levaram mais de 25 pessoas nes-sa viagem, num pacote turístico com-posto por: transporte (ônibus e bar-ca), cinco refeições e estadia. ParaMichelle Guerra, responsável pelo fi-nanceiro da empresa, a experiência foiprodutiva. "Aprendemos bastantecomo organizar uma viagem", diz. Já,Carlos Augusto Alves, gerente de Re-cursos Humanos da empresa, teveuma visão diferenciada da qual esta-va habituado. "A gente aprendeu,mesmo com os erros, a promover

uma viagem para várias pes-soas. É difícil agradar a to-dos, mas é fundamental",diz. Para os próximos me-ses, a Farvel Tur está progra-mando uma nova viagemenfocando o turismo rural.Com uma visão de empreen-dedor, Carlos fala da próximaviagem: "Pretendemos propor

uma idéia de vida saudável no cam-po, andando de cavalo, comendo fru-tas do pé, para relembrar as origensdos nossos avós. Para isso, divulgare-mos mais a nossa viagem e tambémpretendemos melhorar os nossos ser-viços", completa.

Segundo Fernando César deCarvalho Alves, coordenador das em-presas juniores da UniExp, até o fi-nal deste ano, o principal objetivo "éque as empresas organizem toda a do-cumentação e se estruturem para po-der colocar em prática os seus servi-ços até a metade de 2003". No pri-meiro semestre letivo, os alunos-em-preendedores tiveram palestras sobreassuntos ligados ao tema doempreendedorismo e também reali-zaram diversas visitas de campo. "Esseprimeiro momento valeu muito parao desenvolvimento do senso críticodos estudantes. Com essa nova visãode mundo, é possível resgatar o em-preendedor que existe dentro de to-dos nós", afirma Fernando.

Desde o primeiro período deaulas, os cursos da UniExp estão de-senvolvendo atividades nas empresasjuniores, que são organizações seme-lhantes às do mercado de trabalhoreal, nas quais os acadêmicos assu-mem seus papéis como empresários.Até mesmo algumas empresasjuniores já começaram a prestar osseus serviços à comunidade.

Esse é o caso da Realize Eventos.Formada por um grupo de cinco alu-nos do curso de Administração de Em-presas, "ela surgiu da busca por um seg-mento inovador, que fosse diferente daárea em que nós trabalhamos", explicao presidente, Irajá Luiz Carlos. Paraessa escolha, foi necessário o auxíliodo SEBRAE/PR, que indicou algunssegmentos de atuação. Inclusive, aRealize Eventos (para surpresa dosseus empreendedores), está partici-pando da licitação de uma formatura deescola, concorrendo com empresas reais.

UniExp

André Luiz , Irajá , Edélcio , Lúcia e Adrianesão empreendedores da Realize Eventos

Pedro, Juliana, Fernanda, Michele, Jacyara,Adelita e Carlos compõem a Farvel Tur

9○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Coleção Alfabetizaçãoensina de forma lúdica

Shopping Interativo

Atividades dinâmicas dos softwares permitem o aprendizado da escrita e da leitura

A Coleção Alfabetização é com-posta por quatro softwares educacio-nais que possibilitam a identificação dasvogais e das consoantes, reconhecimen-to e formação de palavras, de formalúdica, por meio de atividades dinâmi-cas e interativas.

Os quatro softwares da ColeçãoAlfabetização são os seguintes:

Adquirindo a Coleção Alfabetizaçãono www.shoppinginterativo.com.br, vocêganha mais os seguintes softwares: FormasGeométricas; Organização Temporal;Lateralidade e Posição no Espaço. Paraconhecer esses programas educativos, ésó acessar o site!

Aprendendo a Escrever:Os exercícios apresentados

trabalham as consoantes, permi-tindo a inclusão de palavras e figu-

ras. Eles reúnem um conjunto de ativi-dades lúdicas, que despertam o interessedas crianças pelo alfabeto e pela forma-ção de sílabas e palavras. Possuem re-cursos de música, voz e animação,

fazendo com que a criança se fa-miliarize com o aspecto fo-

nético das letras.

Combinando asVogais:

As cinco vogais são demons-tradas no começo, no meio eno fim de palavras. As criançascompreenderão o código alfa-bético por meio de exercícios

de composição de palavrase posição de letras.

Conhecendo as Vogais:As crianças, por meio de

exercícios de composição de pala-vras e posição de letras, conhecerão

o código alfabético. Esse software tam-bém possibilita que as crianças sejamcapazes de identificar as vogais. As cin-co vogais são trabalhadas em conjun-

to. Os alunos têm de localizar pa-lavras que estão com as letras

selecionadas. Formando Palavras:Esse software estimula a for-

mação de palavras, a união e a sepa-ração de sílabas. Ele ainda fixa a corre-

ta grafia, possibilitando que a criançaamplie o vocabulário. Os exercícios apre-sentados reúnem um conjunto de ativida-des lúdicas, destinadas a despertar o inte-resse da criança para a leitura, identifi-

cando palavras e separando as sílabas.Possui recursos de músicas, voz e

animação.

10 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

O momento é de mudanças!O mundo gira, a educação se transforma!

O Expoente cresce!

Material Didático

Para acompanhar tan-tas mudanças na educação,faz-se necessário o desen-volvimento de novos mate-riais didáticos que propor-

cionem aos alunos oportu-nidades de descobrirem prin-

cípios, propriedades e relaçõeslógicas e também que permitam

que eles possam experimentar suashipóteses, fazer conjecturas, demons-trar e inferir suas respostas. Com essavisão, o Centro de Excelência emEducação Expoente projeta mudan-ças, reformulações, adequações e pro-duz novos materiais didáticos para omercado nacional. Além disso, omaterial didático Expoente passa fre-quentemente por análises, sofrendoconstantemente adequações que sefazem necessárias como correções delinguagem, atualização de datas esubstituições de significado.

Os materiais didáticos há muitotempo vêm despertando o interessedos professores e atualmente é quaseimpossível que se discuta qualquermodalidade de ensino, sem fazer refe-rência a esse recurso. Desde o movi-mento da "Escola Nova", trazido porDewey, os educadores têm procuradopor um "método ativo" de aprendiza-gem; Maria Montessori e Decroly, ins-pirados nos trabalhos de Dewey, Pes-talozzi e Froëbel, criaram inúmeros

jogos e materiais que tinham comoobjetivo melhorar o ensino de manei-ra geral.

No entanto, a despeito da suafunção para o trabalho em sala de aula,seu uso não pode ser irrefletido, nãobasta a manipulação para que os alu-nos aprendam. O uso de materiais emsala deve estar atrelado a objetivos cla-ros e a processos de investigação, logo,um bom material deve apresentar tó-picos ou idéias interessantes, permitirque o aluno interaja constantementecom ele e, principalmente, deve daroportunidade ao aluno de aplicar osconhecimentos num outro contexto,de acordo com a realidade em que estáinserido. Nos materiais didáticos, aproblematização está presente em to-das as propostas de atividades a seremexploradas com os alunos, que sãocolocados num processo de "investi-gação", fazendo análise, trocando im-pressões com seus colegas, fazendoregistros individuais e coletivos, numaação e numa proposta reflexiva.

Ao selecionarmos um materialdidático, devemos ter em mente apreocupação de perceber o quantoele promoverá o envolvimento doaluno, com as noções que se pre-tende transmitir, considerando queo verdadeiro valor do material apa-recerá no modo pelo qual cada pro-posta será conduzida.

11○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

PROJETO - ALFABETIZAÇÃO:reestruturação da apostila da 1.ª sé-rie do Ensino Fundamental

O volume 1 do material de Lín-gua Portuguesa está de cara nova; foitotalmente reestruturado.

As atividades do material foramreorganizadas de modo a contemplarmelhor as relações entre os sistemasfonológico e ortográfico.

O material oferece atividades,como por exemplo, as de leitura desímbolos, fundamentais para a com-preensão da escrita como um siste-ma de representação. Alguns textosforam mantidos e outros substituí-dos, visando oferecer, já no volume1, toda a riqueza lingüística da tipo-logia textual diversificada. Há maisespaço para que o aluno faça o regis-tro e mais atividades de sistematiza-ção da escrita.

Dessa forma, pretende-se auxili-ar na passagem da Educação Infantilpara o Ensino Fundamental, fazendocom que essa transição seja agradável,acessível e principalmente apropriada,no que diz respeito à alfabetização.

A escrita é um objetivo social-mente estabelecido e a análise a res-peito do assunto deve merecer des-taque. Confira a reformulação domaterial!

PROJETO - ORIENTAÇÕES DIDÁ-TICAS para 1.ª a 4.ª série do EnsinoFundamental

Objetivando oferecer subsídios teó-ricos e práticos que ajudem no fazer peda-gógico do professor, foi anexado ao ma-terial do professor um volume deOrientações Didáticas. Esse volume au-xiliará professores e alunos na realizaçãodas atividades propostas no material di-dático. Nele, o professor encontraráorientações passo a passo para a reali-zação das atividades de cada uma das pá-ginas do material didático, textos para oprofessor, textos complementares para se-rem trabalhados com os alunos, suges-tões de experiências e de materiais deapoio, indicações para leitura e tambémpara o trabalho com a internet.

No volume 1 de cada série, o pro-fessor terá informações teóricas, objeti-vos e a programação curricular de cadadisciplina.

PROJETO - REESCRITA: Reformu-lação do material didático do EnsinoFundamental de 5.ª a 8.ª série, nas dis-ciplinas de História, Espanhol, Arte eMatemática

Em História, a leitura de documen-tos, investigando variáveis que tenhamcontribuído para a ocorrência do fato emsi e a versão dada pelo artigo é uma dasênfases do novo material, que traz vários

textos complementares em cada uma dasunidades, o que permite ao professor e aosalunos, que desejarem, aprofundar-se noestudo do assunto abordado. Além dasatividades que tratam do conteúdo prin-cipal e que se concentram no final da uni-dade, há também atividades relativas aostextos complementares e pesquisas suge-ridas ao longo de todo o material.

Em Arte, foi realizada uma seleçãode textos enfatizando os quatro eixos: tea-tro, música, dança e plástica. Dessa for-ma, a Arte, que vinha sendo abordada comênfase nas Artes Visuais, passa a ser con-templada no novo material, em sua totali-dade, pois o homem produz a Arte e ex-pressa-a por meio de diferentes linguagens.Um CD acompanha cada uma das séries,com gravações relativas às unidades demúsica e dança.

O material de Língua Espanhola foiproduzido com o objetivo de proporcio-nar aos alunos e professores a oportunida-de de comunicarem de forma interativa.Os textos são variados e abordam assun-tos do cotidiano do aluno. Os conteúdosgramaticais são apresentados de forma sim-ples e objetiva.

Além disso, os alunos terão a opor-tunidade de conhecer a cultura dos paísesem que se fala o espanhol.

Na Matemática, a Geometria, quejá fazia parte do material, foi redistribuídae integrada às atividades de 5.ª a 8.ª sériedo Ensino Fundamental. O DesenhoGeométrico que fazia parte de Artes Vi-suais foi integrado à Matemática e com-plementado com diversas atividades.

Falando sobreos novos projetos

12 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

PROJETO - ENSINO MÉDIO:Reestruturação do material didático dasdisciplinas de Matemática, Química,Biologia e Língua Portuguesa para o 1.ºe 2.º anos e material totalmente novopara o 3.º ano

Mudar, no contexto do que se pro-põe hoje para o Ensino Médio, signifi-ca abandonar alguns paradigmas sobreo que é ensinar e aprender, revitalizan-do os compromissos com a escola e como aluno.

O desafio é trabalhar de modo in-terdisciplinar e contextualizado, a fimde atender a um projeto coletivo.

Para 2003, o Expoente apresentaum material para o Ensino Médio to-talmente sintonizado com a tendênciacontemporânea, flexibilizando as pro-postas curriculares para responder àsdiversidades e exigências sociais, regio-nais, culturais, de ritmos e formas deaprendizagem.

O vestibular vem sendo modifi-cado pelas Universidades, e cada vezmais inclui questões interpretativas quelevam o aluno a refletir sobre o que lheé apresentado. O Exame Nacional doEnsino Médio também tem demonstra-do a preocupação de apresentar ques-tões que levem o aluno a pensar sobre oque, de fato, sabe e aprendeu, pois oEnsino Médio tem finalidade educati-va. Por isso, o material prepara, o alunopara vestibulares de todo o País.

A reformulação do material didá-tico do Ensino Médio tem o objetivode auxiliar os alunos a enfrentar essesnovos desafios.

Em Língua Portuguesa, literatu-ra e gramática foram integradas, au-mentando a qualidade e a eficácia dasatividades. Também foram incluídos

mais textos e testes de vestibulares dediversas universidades do País.

Na Matemática, a seqüência deconteúdos foi reordenada. Uma dasprincipais modificações foi o apro-fundamento de conteúdos como,por exemplo, a trigonometria no 1.ºano e a análise combinatória no 2.ºano. No 3.º ano, todos os conteúdossão retomados e há diversos testesde vestibulares, de diferentes regiõesdo País.

Em todas as séries foram in-cluídas mais atividades.

Em Química, houve a redistribui-ção de conteúdos ao longo das séries,com o objetivo de tornar o trabalhomais dinâmico, a atualização de váriosconceitos e a inclusão de mais ativida-des e também de testes de vestibularesde diferentes regiões.

Em Biologia, a novidade está novolume de Genética para o 2.º ano. Asugestão é que esse material seja utili-zado no 4.º bimestre, já que o conteúdode Zoologia dos cordados é trabalha-do no 3.º ano.

Houve alterações na seqüênciados conteúdos de 1.º e 2.º anos, comreadequação das atividades e comple-mentação de testes de vestibulares.

Sistema EducacionalExpoente lança Agendas eCadernos 2003

O Sistema Educacional Expoen-te está lançando para 2003, os mate-riais de apoio pedagógico, como asagendas e os cadernos escolares. De-senvolvido para suprir as necessida-des tanto do aluno como do profes-sor, o material de apoio é concebidocom capas duras e capas normaisplastificadas, resistentes ao manuseio.

Cada nível de ensino possui a suaprópria agenda, com informações per-tinentes a cada fase da vida e a agen-da do professor, com inúmeras infor-mações necessárias ao profissional domagistério.

Todas as escolas poderão obtero material de apoio Expoente, ade-quando e compondo o seu próprioproduto, ou seja, personalizando essematerial com logomarca na capa e in-formações da escola. Mais informa-ções sobre os materiais de apoio Ex-poente podem ser obtidas nowww.shoppinginterativo.com.br ouno 0800- 414424.

(...)na escola, o trabalho comunicacional com amultiplicidade de mídias presentes no mundo contemporâneo

não pode ser improvisado, e nem desarticulado de umaproposta educativa que contribua para a democratização desaberes socialmente significativos, produzidos e em produção

pela humanidade. Fusari

1994

13○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

14 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Em sala de aula

Despertando a paixão pela

Obras clássicas nem sempre são atraentes aos alunos,mas por meio de projetos uma professoracuritibana consegue bons resultados

L i t e r a t u r aA aula de literatura começa. Alu-

nos da 2.ª série do Ensino Médioolham com desconfiança para a pro-fessora, imaginando quais livros elarecomendará para ler neste semestre.No entanto, em vez de receberemuma lista de obras obrigatórias paraleitura, os estudantes recebem infor-mações de como fazer um projeto li-terário. À medida que a professoraEliane Prim, do Colégio Expoente,narra a sua importância e as respon-sabilidades de cada equipe, as expres-sões nos rostos começam a se modifi-car. Pronto, o interesse foi desperta-do. Individualmente, começam a sur-gir milhares de idéias de como o pro-jeto pode entrar em andamento ecomo fazê-lo funcionar. A essas altu-ras, a leitura de "Senhora", de José deAlencar, pedido pela professora, já

está sendo vista pelos alunos comouma atividade prazerosa. A descon-fiança inicial acabou.

A professora Eliane Prim é adep-ta a projetos que estimulem as inteli-gências múltiplas, ofereçam a intertex-tualização, interdisciplinaridade ouque agreguem valor ao aprendizado.Professora de Português há 20 anos,ela defende a interação. "A linguagemutilizada pelos autores nos livros clás-sicos nem sempre agrada o estudante.Ele acaba não se interessando pela obrae busca meios alternativos, como re-sumos, para fazer a prova. Para des-pertar o interesse é preciso fazer comque o adolescente interaja com ahistória. O projeto literário é umtrabalho de equipe que maximiza ascompetências e minimiza as fragilida-des", explica Eliane Prim.

"Os projetos são gratificantes tan-to para o professor quanto para o estu-dante. O ensino-aprendizagem torna-se mais engajado porque são feitas vá-rias relações. Na literatura é possíveltrabalhar com a contemporização ecom a pluralidade, provocando as com-petências adormecidas ou ignoradas,como a criatividade, a cidadania e asociabilidade", continua.

O livro "Senhora", que data doRomantismo, fala de amor, de dinhei-ro, de rejeição e de submissão. A perso-nagem principal, Aurélia, sofre humi-

Eliane orienta seus alunos para a execução do projeto.

15○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

lhações por ser pobre, mas após rece-ber herança deixada por seu avô passaa chamar atenção de Fernando Seixas,que antes a rejeitava. O tema, aparen-temente banal, soa mais interessantequando os problemas levantados sãolevados para o seu dia-a-dia. "Como évista a mulher atualmente? Quais osproblemas que enfrenta? Quais são osseus direitos? Os próprios alunos fo-ram em busca das respostas. Levarampara a sala de aula a delegada DarcyRafael e o advogado Marcelo VictorHerz Grycajuk, que falou dos direitosda mulher", continua.

Resultados - Dividida em equi-pes, a turma se mobilizou. Os res-ponsáveis pelo Marketing fizeramum jornal sobre o projeto, entrevis-taram professores e escreveram so-bre o livro. A equipe de Entrevistasfez pesquisas com professores decursinhos para saber um pouco maisda análise literária da obra, conver-sou com alunos que já leram "Se-nhora" e tirou suas dúvidas. O pro-jeto também contou com outrasequipes, que convidaram a delega-da e o advogado, respectivamente.Ao final do projeto um grupo deartistas encenou uma peça teatralbaseada na obra "Senhora", compersonagens de características atuais.

"Se eu tivesse pedido somente aleitura do livro, a disciplina passariadespercebida e a literatura também.Indiscutivelmente, o projeto faz dife-rença e o aprendizado será levadopara sempre porque as lições apren-didas mexeram com todos", comen-ta Eliane. A aluna Natasha Baruffi dizque o projeto foi envolvente. "Tive-mos lições de diversas áreas que voulevar comigo para sempre, principal-mente porque nós tivemos iniciati-vas e corremos atrás das informaçõese pesquisas", diz.

Para Jaqueline Seiben, de 16anos, a experiência foi totalmentenova. "Eu já havia lido o livro naescola onde estudava, mas achei di-fícil. Só li porque precisava fazer aprova. Dessa vez foi diferente, a lei-tura foi prazerosa. Você tem a opor-tunidade de ver a história sob diver-sos ângulos e além disso a turma seune muito mais. Aprendi várias coi-sas e se houver outros projetos as-sim, com certeza, terei mais dispo-sição para ler os próximos livros",fala Jaqueline.

A professora comenta as mudan-ças que percebeu nos alunos durantee após a execução de projetos já reali-zados. "Lembro que um rapaz muitotímido me disse como ele se sentia.Falou que o projeto havia superado asua timidez e que estava pensando atéem ser o orador da turma em sua for-matura. O aluno é muito receptivo.Basta saber como despertar essa recep-tividade. O professor precisa entenderque a escola mudou e que o saber pe-dagógico não está mais centralizadona figura do educador. É precisoinovar", finaliza.

Alunos homenageiam a advogada Darcy Rafael.

"O único valor possívelé o homem"

Participantes da Mesa de Debates do 2.º CongressoInternacional dos Expoentes na Educação concluem que épreciso inovar a escola tendo em mente que o computadoré nada sem o ser humano

Entender que o computador éuma ferramenta indispensável para aeducação e que colabora com o apren-dizado é um avanço tão grandiosoquanto a própria tecnologia. No en-tanto, não se pode esquecer de que,sem o homem e seus valores, a má-quina não produz nem ensina. Essafoi a conclusão a que chegaram ospales-trantes durante a Mesa de De-bates do 2.º Congresso Internacionaldos Expoentes na Educação, ocorri-do entre 15 e 17 de julho, em Curiti-

ba. Sob o tema "A Educação na Socie-dade da Informação: Desafios e Supe-rações", o evento reuniu cerca de 1700parti-cipantes, de 299 cidades de 23estados brasileiros.

"O único valor possível é o ho-mem", disse Charles Hadji, filósofofrancês e professor da Universidadede Grenoble, um dos componentesda mesa. Para ele, os professores te-mem a tecnologia devido às perspec-tivas negativas que ela traz, como orisco da "hipertrofia da informação"."Vemos um risco para a escola, quepode desaparecer e ser uma presa domercado (veja matéria sobre o assuntona página 4). Ou seja, essas perspec-tivas negativas explicam o medo e aresistência dos educadores sobre atecnologia. É preciso vencer as bar-reiras para chegar à revolução educa-cional", diz.

Mas também há perspectivaspositivas, na visão do filósofo, que sãoas novas tecnologias que permitemtranspassar territórios (como a educa-ção a distância) e conhecer o intercâm-bio de diálogo. "Os educadores devemaproveitar o momento para repensaruma nova escola".

E ve n t o

Gebran, Guiomar, Joanita Ramos (mediadora), Hadjie Venturelli na Mesa de Debates.

16 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

A mesma opinião tem a mestreem Psicologia da Educação, Guio-mar Namo de Mello, que defende areinvenção da escola. "Estamos numponto de irreversão. Surgiu uma redeviável tecnologicamente que une amassificação da informação com ve-locidade. Não podemos abrir mão datecnologia, mas devemos nos adap-tar a ela, construindo, por exemplo,uma inteligência coletiva entre as es-colas. O importante é sair da socie-dade da informação e ir para a socie-dade do saber", explica. Para ela, épreciso acabar com a relação de amore ódio entre os professores e os com-putadores. "As pessoas se perguntamse os micros vieram para roubar olugar dos educadores ou para resol-ver seus problemas. Na verdade, aescola é o reino do significado, ela cons-trói significados, enquanto a ciência osdivide", comenta.

Paulo Venturelli, mestre em li-teratura, vai além. "Louvar ou la-mentar a tecnologia é retroagir aotempo do domínio dos deuses mas-culinos e devoradores (mitologia).Educamos hoje para as respostas,quando deveríamos educar para asperguntas. O ensino se faz quandoo homem é o centro e por isso deve--se entender que a máquina é ape-nas um meio e que sozinha não temne-nhuma eficiência", afirma.

Para finalizar o debate, o pro-fessor de tecnologia educacionalMaurício Gebran acrescentou que ainformática não melhora a educa-ção, mas a potencializa. "O papel daescola não é armazenar informação,mas mostrar o conhecimento e ondeencontrá-lo".

(Leia nas páginas a seguir alguns dos as-suntos abordados durante o Congresso).

Além da Mesa de Debates,o 2.º Congresso Internacional dosExpoentes contou com confe-rências, cursos, palestras e painéisilustrativos. Entre os palestran-tes presentes estavam CelsoAntunes, Celso Vasconcellos,Vasco Moretto, Lucília Macha-do, Celso Sisto, Hélio Barbosa,Yves de La Taille, Isabel Alar-cão (Portugal), Tânia Zagury,Guiomar Namo de Mello,Charles Hadji (França) e PedroPernías (Espanha).

A próxima edição doevento, que acontece a cadadois anos, está marcada para osdias 19, 20 e 21 de julho de2004.

17○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

18 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

destacaramFrases que se destacaramno congresso

18 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

O Congresso dos Expoentes na Educação, com o tema A Educação na Sociedade da Informação:Desafios e superação, abordou muitos assuntos polêmicos e de interesse de todos os educadores. Confiraalgumas frases dos "mestres" em educação que participaram do evento:

"A televisão é a antítese da escola. É impossível que milhões de pessoasrecebam a mesma informação, sem que se desencarne a informação".

"Precisamos utilizar a tecnologia para ensinar o professor. No cursobásico de formação de professores, não adianta apenas ensinar atécnica e sim desenvolver o hábito de usar o computador".Guiomar Namo de Mello

"Pensar que a internet vai substituir o livro é retroagir. ALiteratura é capaz de dialogar com as novas tecnologias. O livro

faz parte da identidade humana. O computador agiliza o uso dodicionário, de enciclopédias mas não substitui o livro. Com as

novas tecnologias, o livro se aperfeiçoará, se tornará mais bonito".

"Nós educamos dizendo que a literatura é hábito e gosto, mas não, a leitura é a prática.Um povo bem alimentado, bem vestido, que come bem e é influenciado pela escola, lê.

O problema no Brasil é o que o professor não lê. Temos que adquirir essa prática".Paulo Venturelli

19○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 19○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

"A tecnologia é tudo aquilo que o ser humano cria para expandir oseu conhecimento".

"A tecnologia não melhora a educação, ela potencializa".

"O importante não é a memorização das informações, massim, saber onde encontrá-las".

"O papel da escola não é armazenar informações e sim democratizar ainformação".

Maurício Gebran

"A educação não é uma arte, é uma técnica que pode seraprendida e reconstruída" .

"O professor tem de lembrar que qualquer palavra oufrase que saia da sua boca é muito mais importante doque qualquer informação lida ou ouvida na televisão".Pedro Pernías

"O professor ‘caveirinha’ é aquele que morreu e não sabe".

"Inferno é abrir mão da nossa capacidade de lutar".Celso Vasconcellos

"As escolas estão preocupadas apenas com assuntos que os alunos ‘precisam’ saber e não sepreocupam em desenvolver as habilidades".

"Ser professor é aprender com os próprios passos a caminhar".

"Trabalhar a mente de uma criança é essencialmente fazer um projeto".

"Se não colocarmos o currículo na vida, nas emoçõesdas pessoas, não adianta para nada".

Celso Antunes

Tendência

O educador que ensina baseado em memorização deve rever seus conceitos e seaprimorar para continuar no mercado

Durante muito tempo, achou-seque apenas o professor podia ser umeducador e que a função de educarera privilégio da escola. Hoje sabe-seque não é assim que funciona o pro-cesso de aprendizagem. De acordocom Max Haetinger, mestre em Edu-cação Plena, a aprendizagem aconte-ce de dentro para fora e não de forapara dentro, como se pensava há 20anos. “O professor deixou de ser um‘semideus’ com o avanço da tec-nologia, quando as pessoas começa-ram a pensar em sua própria realida-de. Em 1980, a revolução da infor-mação colocou a educação contra aparede. O computador estabeleceuuma nova forma de relação social eaí, então, ensinar deixou de ser ex-clusividade da escola”, explica.

Para Haetinger, a revoluçãoeducacional é tão importante quan-to a revolução industrial, pois cria aera do pensar. “O mercado passa aprocurar um novo profissional que,diferente daquele do passado, não vaiser valorizado pela capacidade dememorizar, mas por saber pensar, porser diferente e fazer diferente. Volta-sea valorizar a pessoa pela sua humani-dade, pela capacidade de gerar novassaídas e idéias”, diz. Nesse contexto,a criatividade pode ser uma excelen-

te ferramenta, pois aprimora a aula, fazdo aluno um ser crítico e pensante, quecontribui com o crescimento da socie-dade. “O profissional que só sabe me-morizar e só sabe seguir regras estácom os dias contados”, afirma.

Na explicação do mestre, oadulto pode ser tão (ou mais) criati-vo quanto a criança, mas não alimen-ta isso. Pára-se de cantar, de desenhar,de fazer esculturas e quando chega omomento de ser criativo, não háqualquer referência. “A criatividadepode ser retomada em qualquer ida-de. Temos que aceitar o desafio semmedo de experimentar a derrota oua vitória”, diz. Faça um experimen-to: quando for levar um objeto dife-rente para a sala de aula, dê um certotempo para que seus alunos possammanuseá-lo e conhecê-lo. Dessa ma-neira, quando a atividade começar,você terá toda a atenção de que pre-cisa, pois a curiosidade inicial já terápassado e haverá maior interesse porparte dos estudantes sobre o que seráfeito com aquele objeto. E o mais im-portante: enquanto os alunos obser-vam a novidade e se questionam,você, como educador, pode ter idéi-as novas de como trabalhar a ativi-dade de forma que chame a aten-ção da turma.

“Quando eu entendo e sou cri-ativo, eu respeito. O professor do fu-turo ouve mais, presta mais atençãoe fala menos. Na ansiedade de ajudaro aluno em determinada tarefa, oprofessor passa a dar exemplos decomo fazê-la e limita a criatividadedo aluno”, continua.

O desafio da educação é ser cria-tivo e diferente. “Ou a escola muda omodo de agir, ou não conseguirá con-tribuir para a sociedade. Hoje o educa-dor tem de ser transformador porquedaqui a 10 anos vamos estar falandosozinhos. Vinte e cinco por cento dosalunos dos EUA já estudam em casa. Éisso que queremos?”, finaliza.

C r i a t i v i d a d efaz parte da educação moderna

C r i a t i v i d a d e

Max Haetinger

20 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Um conjunto derecursos essenciaisO professor competente precisa dominar conteúdosespecíficos, possuir habilidades, linguagens, valoresculturais e administração emocional

Ser um professor competente éo sonho de todo educador. Podertransmitir conhecimentos de manei-ra eficaz, com a certeza de que o alu-no absorveu a informação, foi bem naprova e se formou com honras podedar uma sensação de dever cumpridoa muitos professores. No entanto, apalavra competência, dentro da áreaeducacional, para o mestre e especia-lista em avaliação institucional, VascoMoretto, é muito mais do que apenaster conteúdo. "Existem vários exem-plos de profissionais muito competen-tes em sua área de atuação que resol-vem dar aulas, mas não conseguembons resultados. É uma prova de queter conhecimento não basta para serum bom professor", explica Moretto.

Partindo do conceito do soció-logo Philippe Perrenoud de que "com-petência é a capacidade de mobilizarrecursos (cognitivos) visando abordaruma situação complexa", VascoMoretto apresenta cinco recursos queacredita serem essenciais num profes-sor competente. São eles: conteúdosespecíficos, habilidades/procedimen-tos, linguagens, valores culturais e ad-ministração do emocional. Quem de-termina qual recurso será utilizado é asituação complexa.

"Se a situação complexa for 'in-terpretar um texto', é preciso que o

sujeito tenha o conhecimentoespecífico relativo à abordagemde um texto. O que se busca éque esses conteúdos sejam re-levantes, isto é, que tenhamsentido para o sujeito, dentrode seu contexto. Vê-se assim uma cer-ta inversão entre o que a escola tradi-cional fazia, que era primeiro listar osconteúdos e depois buscar uma situa-ção em que, possivelmente, eles pu-dessem ser aplicados", explica.

Já as habilidades/procedimentosestão ligados ao saber fazer. Muitas pes-soas confundem habilidade com com-petência, mas na visão de Moretto,habilidade é apenas um dos recursosque formam a competência. O tercei-ro elemento é a linguagem. "Quandoo professor corrige o aluno, não devedizer a ele que o seu jeito de falar estáerrado, deve dizer que está apenas forade contexto. O principal é mostrar asdiferentes linguagens", continua.

Para Moretto, um professorcompetente sabe ir em busca de valo-res culturais e deve, acima de tudo,saber administrar as emoções. "Se fal-tar esse último recurso, o professor nãotem nada", diz. Saber controlar o ladoemocional é importante, pois o que oprofessor sente é refletido na sala deaula. Se ele entra empolgado, terá umaturma empolgada.

Avaliação - Entre as situaçõescomplexas que o educador enfrenta, naopinião do especialista, estão: planejara aula, dar aula e avaliar o aprendiza-do. Enfocando a avaliação em sua aná-lise, ele diz que é preciso resignificar oconceito de como avaliar. O que inte-ressa ao professor é formar um cida-dão pensador e não uma máquina.Então por que não formular questõesque façam o estudante pensar? "Se aprova envolve cálculo, permita o usode uma calculadora, dê subsídios paraque seu aluno não se prenda a fórmu-las e 'decorebas' e tenha tempo para re-fletir", diz.

Mas é preciso tomar cuidadocom a linguagem que, segundo ele, éum dos problemas mais graves quan-do se trata de avaliação. "Tem profes-sor que faz do texto um pretexto e nãoum contexto. Saiba como pedir o quevocê quer numa prova e dê subsídiospara que o aluno entenda o seu obje-tivo", finaliza.

Competência

Vasco Moretto

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

21○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

contar históriasNarrativa

A arte de contar histórias

Infelizmente, essa forma de secontar histórias não é mais tão frequen-te pois, hoje, muitas vezes as históriassão transmitidas pela televisão que jápossui imagens prontas que pouco es-timulam a imaginação.

Mas, segundo Celso Sisto, escri-tor e contador de histórias, “contar his-tórias é uma arte sem lugar no séculoXXI”. E ele ensina algumas formas dedespertar o contador de histórias queexiste dentro de cada um de nós. Oprimeiro passo é convidar algumas pes-soas a formar um semicírculo, pessoasque, segundo ele, ainda podem ouviralgo mais que as suas próprias vozes eque são capazes de acolher palavras, nosilêncio preenchido por uma pausa, umgesto, um olhar. “Esse é o primeiropasso para acordar a imaginação”. De-pois, contar as histórias do jeito dequem viu ou viveu o que fala e ainda

A

repetir a história com emoção renova-da. O local para ouvir histórias vai de-pender muito de quem conta. Pode serna sala de aula, transformada em pá-tio de castelo, pode ser na sala da casa,transformada em sala do trono, podeser embaixo de uma árvore, transfor-mada na torre mais alta da fortaleza.

“Ler muito: os livros, as placas, osgestos, as pessoas e a vida, é a grandedica, segundo Celso Sisto, para serum bom narrador de contos. E com-plementa “não ter pressa: o contadorde histórias tem que ter paixão pela pa-lavra pronunciada e contar a históriapelo prazer de dizer, mas igualmentedeve ser sua paixão pelo silêncio: sóquando o silêncio se torna insuportá-vel, é que o contador está pronto paracontar uma história”.

Outro fator fundamental para setornar um bom contador de histórias

é se reconhecer no próprio texto, ouseja, tentar imaginá-lo como se esti-vesse vivendo a história “Se eu nãome reconheço na minha história, nãoconsigo contá-la”, completa.

Há mais de 12 anos, Celso Sistoparticipa do grupo de contadores dehistórias Morandubetá que tem comoobjetivo multiplicar os contadores dehistórias por todo o Brasil.

À luz de lamparina, as crianças de todasas idades, desde pequeninos com chupetas atéos que já vestem calça comprida, sentados emroda, ouvem as palavras, se surpreendem comas caricaturas, prestam atenção nos gestos dasenhora analfabeta que conta a história queviveu há muito tempo, detalhando cada mo-mento como se estivesse vivendo tudo aquilonovamente nesse instante.

Celso Sisto22 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Conteúdo é o que não fal-t a . Tex to s , f o tog r a f i a s , ima -gens, curiosidades, l inks inte-ressantes e notícias . Está tudon o p o r t a l E s c o l a In t e r a t i v a(www.escolainterativa.com.br)dentro do link Vestibular. Professo-res que estão em busca de novas idéi-as e querem sair da rotina em salade aula, encontrarão o que precisam.Clique em "Estude!" e usufrua dasidéias que são oferecidas nas disci-plinas de História, Biologia, LínguaPortuguesa, Inglês, Geografia, Físi-ca, Química e Matemática.

De acordo com o professor LuizBorges Neto, autor do canal temáticode Biologia, no Estude! "o educadorencontra resumos da disciplina, com

ferramenta para o professor, na sua prá-tica diária, e um elemento que possafacilitar para o aluno interessado umamelhor fixação dos conteúdos exigidosna maioria das provas vestibulares doPaís", explica.

O Estude! faz parte do site "QueroPassar", que atende alunos aos vestibula-res. Cada assunto escolhido, cada figurapublicada passa por uma minuciosa aná-lise sobre a sua verdadeira pertinência noaprendizado. "O aluno sabe que vai en-contrar conteúdos de ponta, contex-tualizados, atuais e que facilitam a suacompreensão. Tudo isso certamente re-sultará em maior segurança para o alu-no, quanto ao seu preparo, para enfren-tar o desafio das provas de vestibular",complementa Borges Neto.

fotos ou figuras, que podem enrique-cer uma pesquisa ou até mesmo aaula. O professor também pode orien-tar seus alunos para que ali navegueme observem os links relacionados aostópicos da disciplina, os quais pode-rão servir de apoio a um estudo maisaprofundado ou ainda a uma pesqui-sa". Existem cinco opções de conteú-do: Miscelânia, Temas para Estudo,Simulado, News e Links.

"Como autor de um dos canaistemáticos, publico os assuntosconceituais e passo uma visão dife-renciada da biologia, com dicas parao estudo, com atualidades, com fo-tos, figuras ou esquemas inéditos, re-sumos de fácil assimilação etc. Oobjetivo é fazer do canal mais uma

Portal

O conteúdo que inova

O link Estude! é uma ferramenta importante para professores quebuscam complementar o conteúdo em sala de aula

o aprendizado

23○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

24 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Ensino

Mestre, segundo um dos signi-ficados que o Dicionário Aurélioapresenta é o homem que ensina. Etodo professor, como sabemos, é oque proporciona a arte do ensinar(a didática). Mas será que todo pro-fessor que é intitulado mestre sabeensinar ou é apenas mais um diplo-ma que não lhe confere a arte doensinar?

A pessoa que procura fazer oMestrado, geralmente é a pessoacom grande interesse em ensino e/ou pesquisa . Mas segundoWladimir Kourganoff, no livro "AFace Oculta da Universidade", vo-cação para ensino não significanecessariamente o mesmo que paraa pesquisa e vice-versa. O título demestre é importante para ensinara técnica e selecionar no mercadode trabalho, mas, além disso, é ne-

Mestrado nem sempre proporciona a didática ao professor

?cessário que se descubra se o pro-fessor realmente influencia na de-mocratização da informa-ção e se contribui paramelhorar a qualidade doensino na escola.

Características Pesso-ais

Para ser profes-sor, como em outrasprofissões, são necessá-rias algumas caracterís-ticas pessoais favorá-veis à prática profissio-nal. Sônia AzambujaFonseca, no artigo "AFormação dopsicopedagogo: análise e re-flexão", publi-cada no volu-me 13 da RevistaPsicopedagogia cita algumasdelas:

1- Ser capaz de construir vín-culos baseados na confian-ça recíproca e no respeitomútuo, favorecendo o de-senvolvimento da autono-mia, tanto quanto possí-vel;

2- Ser "continente" da ansie-dade da criança, do profes-

Professor orientando alunos de informática

24 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Todo mestre

25○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

ensinarsabe ensinar?

sor e demais membros da escola,assim como da família,

3- Ser capaz de desenvolver razoáveltolerância às situações de frustração,algumas delas inevitáveis na prática;

4- Estabelecer objetivos e limitesclaros em cada etapa da sua práxise princípios éticos condizentes;

5- Ter desenvolvido umbom nível operacional de pen-samento, que lhe possibiliteflexibilidade para lidar com si-tuações complexas e muitasvezes inesperadas;

6- Sensibilidade para captar as-pectos emocionais (Ex: senti-mentos, interesses, emoções,entre outros) expressos objeti-

vamente ou não.

E sem dúvida alguma, paraser um "Mestre de verdade", énecessário ter amor e sensibilida-de pela educação, qualidades quesão fundamen-tais para melhoraro ensino em todo o País.

Didática modernaAquelas longas fórmulas para

memorizar, teoria em cima de teo-ria, foram substituídas pela didáticamoderna que trabalha com proble-mas envolvendo várias disciplinas

(interdiscipli-naridade), com o lúdico ecom o exercício da pratica. A palavradecorar significa reter na memória e oser humano só aprende o que passoupelo seu coração, o que sentiu evivenciou. Segundo a pedagoga e dire-tora de escola, Maria Luiza Pick, o tra-tamento didático atual reflete o olharpara o ensino em que se busca uma for-mação mais voltada para o desenvolvi-mento das habilidades, competências edisposições de condutas, do que para umacúmulo infindável de informações. Paraela, os professores precisam desenvolver noaluno três itens fundamentais: "a disposi-ção para aprender a pensar, a capacidadede relacionar os conhecimentos com aexperiência cotidiana e a fundamentaçãoda critica argumentada em fatos". Para queisso ocorra, efetivamente, elacomplementa, "o professor precisapriorizar o desenvolvimento das compe-tências e habilidades mais gerais e adotarestratégias de ensino diversificadas, quemobilizem menos a memória e mais o ra-ciocínio, além de organizar projetos de tra-balho e aproveitar as relações entre os con-teúdos e o contexto, estimulando o prota-gonismo e a autonomia do aluno".

Mestre também ajuda a estudar para ovestibular

25○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

26 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Curtas

"A preparação de docentes para educação infantil é de extremaimportância. Por isso, deve-se acabar com o conceito assistencial e deguarda neste período da escola." Com essa afirmação, a deputada EstherGrossi (PT-RS) justifica o projeto de lei 1635/99, em tramitação naComissão de Constituição e Justiça e de Redação, que tem como um dosobjetivos formar professores para o novo conceito de desenvolvimentointegral de crianças de 0 a 6 anos. A deputada acredita que faltam nocurrículo dos professores de educação infantil disciplinas comoaprendizagem dramática, na qual se estuda agressividade e sexualidade;aprendizagem corporal, na qual se discute alimentação e sono; e aaprendizagem lógica, com o estudo de línguas, matemática, ciências e artes.O projeto já foi aprovado na Comissão de Educação, Cultura e Desporto edeve ser analisado na CCJR no próximo semestre legislativo.

Fonte: Agência Câmara

Formação específica para educação infantil

Paraná ganhaprimeiro núcleo deeducação alimentarpara crianças do Brasil

Um espaço de 7 mil metrosquadrados, voltado especialmente para odesenvolvimento de atividades ligadas àsaúde e à educação alimentar infantil,funciona pioneiramente no Brasil, em SãoJosé dos Pinhais, Região Metropolitana deCuritiba (PR). O Núcleo de EducaçãoAlimentar da Criança Turma daMarianinha é o primeiro projeto temáticocriado para combater problemas graves desaúde como desnutrição e obesidade nainfância.

Segundo a nutricionista AngelaMaria Freitas, idealizadora do projeto,o objetivo é criar um espaço onde ascrianças possam aprender a importânciada alimentação saudável de maneiradescontraída. Inicialmente o núcleoTurma da Marianinha recebe grupos dealunos de creches e escolas particularese públicas. Informações pelo telefone0800-6452030 ou 41-282-6583.

Fonte: Site Nota 10

Programa Esporte na Escola recebe recursos

A Secretaria Nacional de Esporte, do Ministério do Esporte e Turismo,assinou convênios no valor de R$ 7,5 milhões, pelo Programa Esporte naEscola. Os recursos serão destinados à implantação de núcleos esportivos nasescolas dos estados do Acre, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, MatoGrosso, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande doSul, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal.

O Esporte na Escola é um programa que leva o esporte para instituiçõespúblicas de Educação Fundamental, beneficiando cerca de 163.937 escolas e36 milhões de crianças e adolescentes. A previsão de investimentos para esteano é de R$ 87 milhões.

Fonte: Folha Online/Ministério do Esporte e Turismo

27○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Escolas Conveniadas

A cultura pernambucana pediu passagem eestudantes de um colégio da Região Metropolitana doRecife venceram o XIII Prêmio de Segurança no Trân-sito. Com o projeto Soletrânsito, alunos do ColégioSoledade, de Maranguape I, em Paulista, foram pre-miados na categoria Escola. O Prêmio Volvo, realiza-do no Paraná, é de âmbito nacional e tem repercussãointernacional. Elege apenas um ganhador por catego-ria e esse foi o único trabalho vitorioso que representao Estado.

Este ano, o número de trabalhos inscritos no Prê-mio Volvo foi de 322, oriundos de 137 municípios de22 estados brasileiros. A entrega dos prêmios aconte-cerá dia 13 de agosto, em Belo Horizonte. Os vence-dores receberão o Troféu Volvo de Segurança no Trân-sito, o correspondente em reais a mil dólares e umaviagem à Suécia por 10 dias. A escola receberá o valordo prêmio em material de apoio didático.

O Projeto Soletrânsito - A Cultura Pernambucanapede passagem, focaliza aspectos essencialmente pernam-bucanos, ressaltando seus principais elementos (maraca-tu, caboclo-de-lança, Mateus e Catirina, bumba-meu-boi),com a finalidade de obter uma melhor educação para otrânsito e contribuir para a redução do número e da seve-ridade dos acidentes envolvendo pessoas e veículos. O Pro-jeto Soletrânsito também participou, em Curitiba, do 2.ºCongresso Internacional dos Expoentes na Educação, reali-zado de 15 a 17 de julho.

Projeto de alunos dePaulista vence prêmionacional

Trabalho dos estudantes do ColégioSoledade, de Maranguape I, focaliza elementosdo folclore, com o objetivo de obter melhores

resultados na educação para o trânsito

"De forma didática e divertida, nossos alunosestudam a Constituição Brasileira, o Código de Trânsi-to, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ProgramaUniversal dos Direitos Humanos, o Código Penal, entreoutros e procuram, inserindo esses elementos nas figurasrepresentativas do folclore pernambucano, ajudar a di-minuir o número de acidentes e incentivar a obediênciaà regulamentação. A Soletrânsito Cia de Dança é o eloentre escola e sociedade", afirma Cassia Negromonte.

(Matéria publicada no Jornal do Commercio, de Re-cife, em 21 de julho de 2002).

Armindo Angerer, diretor geral do Expoente, prestigia o projeto.

27○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

28 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

A utilização de materiais como sucatas, tintas,pincéis e o desenvolvimento de atividades como jogosdramáticos e teatro permitiram às crianças da EscolaEvangélica Ágape, de Goiânia (GO), se expressaremartisticamente, preparando-as para o exercício da vida.

Essas atividades fizeram parte do projeto "A artee a magia do fazer na escola". E em quase dez dias, osalunos "arteiros" puderam desenvolver, na própriaescola, o hábito de observar, a imaginação e acriatividade, despertando a capacidade individual decada um e também o interesse pela arte.

Crianças "arteiras" de Goiânia Sugestões de Atividades(extraídas do Projeto "A arte e a magia do fazer na escola")

Dobradura de papel – fazer animais, flores e personagensde histórias.

Colagem – Enfeitar tampas de caixas com florzinhas, fazercartazes, recortar formatos de objetos e colar em fundoescuro, recorte e colagem com revistas e jornais, colagemcom raspa de giz de cera e com retalhos de tecidos.

Modelagem – Utilizar massa de modelar, argila e massa defarinha de trigo.

Sucatas – Com garrafa de plástico descartável fazer Vai-vem. Com latas de alumínio e barbante é possível produzirum telefone sem fio e também pesos para apoio de porta.

Pintura – Trabalhar técnicas de desenho: - Abstrato: desenhocom tema livre.

• Lápis preto (de escrever) sobre lápis de cera: pintar a folhacom giz de cera de várias cores, depois com o lápis preto épossível desenhar sobre o papel.

• Lápis de cera e barbante: molhar o barbante na tinta guachee passar no papel à vontade, depois de seco, completar odesenho com lápis.

• Giz de quadro molhado: molhar o giz e colorir.

• Tinta guache e esponja: molhar a esponja na tinta de váriascores separadas.

Pintura espontânea – Álcool com papel crepom/ Colocar ocrepon no álcool de um dia para o outro. Então, molhar amão e deixar escorrer a água sobre o papel.

Pintura de sopro – Com canudo, soprar a tinta guacheno papel.

Aluno aprende a ter qualidade de vida

Convencer uma criança a comer legumes, verduras efrutas nem sempre é tarefa fácil. Ofereça alface ou beterraba.Você vai receber em troca muita cara feia, choro e manha.Pensando nisso, a escola Magister (antiga O Golfinho), deLondrina (PR), desenvolveu o projeto Nutrição, que abrangeda Educação Infantil ao Ensino Fundamen-tal. "Iniciamos os trabalhos em 2001 eestamos dando continuidade pelaimportância do assunto", diz José RobertoLazarini, diretor da escola.

"Temos envolvido os alunos com otema, o qual nos tem aberto um leque deoportunidades, dando origem a novosprojetos multidisplinares. No dia-a-dia da

Míriam Gonçalvez da Costa, Educ. Infantil II.

sala de aula, trabalhamos a "qualidade de vida" nas maisvariadas formas: avaliação física, gráficos, cardápios(incluindo critérios na escolha dos alimentos), entrevistascom os pais, manipulação de alimentos, palestrasenfatizando que o local físico da refeição é tão importantequanto a atmosfera emocional", explica.

Com o andamento do projeto,percebeu-se que os estudantes aprenderama optar por frutas, sanduíches naturais esucos na hora do lanche. "Depoimentos depais que mudaram sua alimentação emfunção da cobrança dos filhos, levam-nosa crer no sucesso do trabalho", diz. Oprojeto é assessorado por uma empresaespecializada em nutrição e saúde.

28 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

29○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Uma redação saborosa em Salvador

Sob a mesa escolar, pão, presunto, queijo, tomate eoutros ingredientes que deveriam estar na cantina da escola.A sala virou cozinha ou a cozinha virou sala de aula? Areceita é simples. Com um pouco de criatividade,produções textuais e aprendizado garantido, as aulas deredação da professora Claudia Cely, do ColégioAcadêmico, em Salvador, tornam-se uma delícia. Nessadivertida aula, ensinar e aprender é, literalmente, gostoso.

Trabalhando com uma turma de 7.ª série do EnsinoFundamental, a professora teve que inovar para chamar aatenção. "Aliar adolescente e redação parece quaseimpossível, pois é uma luta árdua convencê-lo a escreverou a ler alguma coisa, talvez até mesmo por falta deincentivo, ou pela condição sócio-econômica do País", diz.Mas Claudia conseguiu. Encontrouuma maneira de fazer com que os alunosse interessassem pelo projeto, enquantoela poderia atingir seus objetivos comoprofessora de redação. "Observandomeus alunos em seus horários de folga,percebi que um dos momentos que eles

mais apreciam é a hora do lanche. Então, resolvidesenvolver o projeto Sanduichique", explica.

Os alunos, divididos em grupos, tiveram que inventarsanduíches inéditos, e escrever textos sobre o trabalho.Claudia diz ter ficado surpresa com os resultados, pois"não imaginava que alunos que já confessaram seu ódio aleitura e a escrita, pudessem render-se aos caprichos delas".Ela conta que, no momento da construção dos sanduíches,as idéias variaram e que esse foi um dos episódios maisimportantes porque nas aulas anteriores desenvolveu-seuma atividade que instigou, por exemplo, a criatividade,o respeito, o senso comum, a organização e a limpeza.

A comissão julgadora sobre o melhor sanduíche chegouà conclusão de que houve empate, devido à diversidade de

idéias. "Tenho certeza de que todos osalunos descobriram que podem fazer ascoisas que julgam 'chatas' de umamaneira mais alegre, interessante eprazerosa", finaliza Claudia. Ostextos e as receitas feitos pelos alunosserão publicados num livro.

A luta contra a dengue na escola

A fase crítica passou, mas nem por isso devemosesquecer da ameaça que o mosquito da dengue representapara a população brasileira. Com a chegada do inverno,os casos diminuíram e as notícias na mídia também.Porém, os alunos da 1.ª série do Ensino Fundamental doCentro Educacional Rio Branco, de Sobradinho (DF),não dão trégua. Com a orientação da professora ShirleneA. F. da Silva, eles participaram do projeto Crianças xDengue no primeiro semestre letivo.

O primeiro passo foi pesquisar tudo sobre a doençae seu transmissor. A partir daí, especificaram o quehaviam descoberto: que o mosquito coloca os ovos eque neles implica a transmissão da doença, que podematar; que alguns dos sintomas são febre e cansaço; eque não se deve deixar água limpa e parada, pois ali osovos são colocados. Também elaboraram perguntassobre as formas de se evitar a doença; do que o mos-quito se alimenta; de onde ele veio; seu tempo de vida;como a doença é transmitida e o nome do transmissor.

O projeto envolveu diversas disciplinas comoGeografia (mostrando a origem do mosquito), História(como chegou ao Brasil), Matemática (número de casos,

soma de casos em duas capitais etc.) e Literatura(produção coletiva de uma paródia). "Ao final de duassemanas, nós montamos um folder, com todas asinformações que os alunos tinham sobre o assunto. Nocontraturno, a turma foi à escola para distribuir o ma-terial aos colegas, para dessa maneira alertá-los sobre osperigos da dengue", diz a professora.

Vou falar um pouquinho sobre a dengueEla é uma doença perigosaQue é causadaPor um mosquito

Quando não tem água paradinhaEla bota as larvinhasQuando as fêmeas crescem entãoElas picam de montão

Nossa turma vai te ensinarComo a dengue evitarBasta cuidados terSó depende de você

Tire dos vasos toda águaE as garrafas deixe deitadasFazendo isso a gente acabaCom essa doença enjoada

29○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Anúncio

Integração

conhecer sua escola!A sua escola também pode ser notícia

na Impressão Pedagógica! Em todaedição há um espaço paraque as escolas conveniadasExpoente possam divulgarseus projetos e atividades. A

revista é quadrimestral e temcomo público docentes e pro-

fissionais da área educacional.

As instituições interessadas emparticipar da seção, podem encami-nhar textos e fotos para oe-mail [email protected] preferirem, poderão encaminhar omaterial, por Sedex, para o endereço:

O Brasil quer

Mais informações podem ser obtidaspelos telefones (41) 304-4011 ou

(41) 304-4000.

Não perca a chance de mostrar aoPaís as iniciativas de sua escola!

Organização Educacional Expoente

A/C Jornalista Joanelise Brandão

Departamento de Marketing

Av. Sete de Setembro, 4476

4º. andar – CEP 80250-210Curitiba – PR

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○30

CONSELHO EDITORIALDireção Geral: Armindo Vilson AngererDireção CEEE: Sandra AngererDireção de Ensino: Ana Tereza Bergmann PaesGerente da Expoente Informática: Simone Werneck Andrade Lassen

MARKETINGGerente de Marketing: Silmara Luz de AlbuquerqueJornalista Responsável: Joanelise Brandão (MTb 4574 / 19/14)Redação: Sandra Doss (MTb 3498 / 13/69)

Joanelise Brandão (MTb 4574 / 19/14)

IMPRESSÃO EXPOENTEDireção de Gráfica: Antônio BothGerente Pré-Impressão: Paulo César NiehuesArte: Adriana Rocha Dias e Wilson Emílio CecchiFotografias: Sílvio AurichioIlustrações: Eliane Cássia Ramos e Edson Luiz Farias

FOTOLITOS E IMPRESSÃOEditora Gráfica Expoente Ltda.Avenida Maringá, 350 – Pinhais – Paraná – CEP 83324-000Fone: (41) 668-2244 – Fax: (41) 668-2433

CENTRO DE EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃOEXPOENTE – CEEERua Madre Maria dos Anjos, 1141 – Curitiba – PRCEP 80250-090 – Fone/Fax: (41) 334-5556http://www.expoente.com.bre-mail: [email protected]

TIRAGEM16.000 exemplares. Impressão Pedagógica é uma publicaçãoquadrimestral, de circulação nacional, dirigida a diretores de escolas,coordenadores e professores, sendo distribuída por mailingpersonalizado. Não nos responsabilizamos por opiniões expressasnos artigos assinados. Todos os direitos reservados.

Expediente

DIVULGUE A SUA EMPRESAna comunidade educacional brasileira

A Impressão Pedagógica informa e atualiza seus milhares deleitores por todo o Brasil. Distribuída nos principais centroseducacionais, hoje proporciona a todos os educadores umreferencial na atualização da prática pedagógica, das atividadesdocentes e curriculares e das inovações tecnológicas.

Tiragem: Público: Periodicidade:16.000 exemplares 52.000 pessoas Quadrimestral

Não deixe de aproveitar essa oportunidade!Reserva de espaço pelo telefone (41) 304-4011ou pelo fax (41) 304-4005 ou ainda peloe-mail [email protected].