revista interbuss - edição 191 - 27/04/2014

20
BANDIDOS TOCAM FOGO EM MAIS DE 30 ÔNIBUS EM GARAGEM DE SP Leia também: REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 4 • Nº 191 27 de Abril de 2014 EXAME TOXICOLÓGICO PARA EMISSÃO DE CNH “D” PASSA A SER EXIGIDO EM JUNHO Medida é considerada polêmica. Resolução já foi publicada. Confiram artigo com opinião a respeito dessa nova medida que entrará em vigor EXAME TOXICOLÓGICO PARA EMISSÃO DE CNH “D” PASSA A SER EXIGIDO EM JUNHO Medida é considerada polêmica. Resolução já foi publicada. Confiram artigo com opinião a respeito dessa nova medida que entrará em vigor

Upload: revista-interbuss

Post on 26-Jul-2016

236 views

Category:

Documents


6 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

BANDIDOS TOCAMFOGO EM MAIS DE30 ÔNIBUS EMGARAGEM DE SP

Leia também:REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 4 • Nº 191 27 de Abril de 2014

EXAME TOXICOLÓGICOPARA EMISSÃO DECNH “D” PASSA A SEREXIGIDO EM JUNHO

Medida é considerada polêmica. Resolução já foi publicada. Confiramartigo com opinião a respeito dessa nova medida que entrará em vigor

EXAME TOXICOLÓGICOPARA EMISSÃO DECNH “D” PASSA A SEREXIGIDO EM JUNHO

Medida é considerada polêmica. Resolução já foi publicada. Confiramartigo com opinião a respeito dessa nova medida que entrará em vigor

Page 2: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

A REVISTA INTERBUSS QUER LHE OUVIR! ENVIE UM E-MAIL [email protected] DÊ SUA OPINIÃO SOBRENOSSAS MATÉRIAS,COLUNISTAS, REPORTAGENS. FAÇA SUGESTÕES E CRÍTICAS. SUA PARTICIPAÇÃO NO NOSSO DIA-A-DIA É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS! PARTICIPE CONOSCO E FAÇA UMA REVISTA CADA VEZ MELHOR! AFINAL, ELA É FEITA PARA VOCÊ!

INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

Page 3: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

PEÇAS PARA BUSSCARPEÇAS PARA BUSSCAR

CONFIRA NOSSAS PROMOÇÕES!

ESPELHO RETROVISOR EXTERNO LE BUSSCAR MARTE MANUAL

R$ 1309,73

TORNEIRA SANITARIO BUSSCAR

R$ 170,00PORTA DIANTEIRA

PANTOGRAFICA LDBUSSCAR JUMBUSS 360

R$ 7419,00

LANTERNA PISCAAMARELABUSSCAR >01

R$ 37,23

Linha completa depeças de reposição Busscar.Confiram em nossa lojavirtual. Compre pela internet!www.apolloonibus.com.brRUA MÁRIO JUNQUEIRA DA SILVA, 1580JARDIM EULINA - CAMPINAS/SP

FONE: (19) 3395-1668NEXTEL: 55*113*14504

Page 4: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

Página 12

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 20 PÁGINAS

| A Semana em Revista

Funcionários daVian param maisuma vez por contade saláriosCerca de cem funcionáriosparalisaram atividades eimpediram a saída dealguns ônibus da garagem 09

Veja artigo a respeito da nova resolução, que entra em vigor nas próximas semanas

| As Fotos da Semana

Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nasredes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

16

| A Semana em Revista

Bandidos invademgaragem equeimam maisde 30 ônibusIncidente aconteceu em Osasco,e mais uma vez a Políciapaulista não age 08

A POLÊMICA DO EXAME TOXICOLÓGICOPARA EMISSÃO DE CNHs “D” E “E”

Page 5: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 16

REDE SOCIALO seu espaço na Revista InterBuss 6

MECÂNICA DE PESADOSOs novos Lubrificantes - Parte 2 14

Página 12

ANO 4 • Nº 191 • DOMINGO, 27 DE ABRIL DE 2014 • 1ª EDIÇÃO - 10h51 (S)

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 12

PÔSTERMarcopolo Viale BRT 10

Fábio Tanniguchi

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

COLUNISTAS Adamo BazaniFifa lança concurso para escolha de frases 18

| Nosso Transporte

Fifa lançaconcurso paraescolher frasespara ônibusÔnibus de cada seleção teráuma frase temática, e ostorcedores já podem escolherno site da entidade 18

| Deu na ImprensaA consolidaçãodos VUCs notransporte daGrande São PauloVeículos de menor porte sãomuito usados para otransporte de carga em SP 13

Excepcionalmente esta edição circula em versão reduzida,com menos páginas que o habitual. A partir do dia 4 de maio, volta-mos a circular com o número de páginas habitual. Agradecemos a compreensão.

A POLÊMICA DO EXAME TOXICOLÓGICOPARA EMISSÃO DE CNHs “D” E “E”

Page 6: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz,José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani,Luciano de Angelo Roncolato eFábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ail-ton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

para [email protected] e faremos o ca-dastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado.

CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

REVISTAINTERBUSS Expediente

1º • Incêndio nagaragem em Osasco

Deu o Que FalarOS ASSUNTOS SOBRE TRANSPORTE MAIS COMENTADOS NAS REDESSOCIAIS NA ÚLTIMA SEMANA

O incêndio criminoso que culminou nadestruição de 35 ônibus na garagem daViação Urubupungá, em Osasco, foi oassunto mais comentado nas redessociais na semana passada. A totalidadedos comentários, obviamente, foiatacando o ato, que deixou 20 milpessoas com o transporte prejudicado, jáque diversas linhas acabaram ficandosem ônibus. O prejuízo foi de cerca de10 milhões de reais. A ação preocupa poispode voltar a acontecer.

2º • Chegada dosnovos ItapemirimA chegada dos novos MarcopoloParadiso G7 da Viação Itapemirim causou um grande alvoroço nasredes sociais por conta da surpresa, jáque muita gente ainda não sabia que aempresa ia receber mais carros novos, edesta vez também estão para chegarmodelos leito no serviço Rodonave, jáconsagrado na tradicional empresa.

R E D E S O C I A LA Foto da Semana

AQUI PUBLICAMOS A FOTO MAIS BONITA DA SEMANA, PUBLICADA NAS REDES SOCIAIS. A FOTO COLHIDA PODE SER PUBLICADA EM GRUPOS ABERTOS, EM PERFIS PESSOAIS OU EM PÁGINAS OFICIAIS. LINKS PARA OUTRAS PÁGINAS EXTERNAS NÃO SÃO CONSIDERADAS PARA ESTA SONDAGEM

TIAGO DE GRANDEComil Svelto Scania K270 - CS BrasilPublicada no perfil pessoal do autor

Page 7: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

• G1 SP [email protected] Pelo menos seis homens fortemente armados, entre eles dois adolescentes, invadi-ram a garagem de apoio da viação, renderam um manobrista e um segurança e atearam fogo aos ônibus. O pátio fica na Rua Águas da Prata, uma travessa da Avenida Presidente Médici. Horas antes, dois coletivos da em-presa, que opera 21 linhas em Osasco, sofre-ram tentativas de ataque, mas não chegaram a ficar danificados. De acordo com Albuquerque, pelo menos um dos funcionários foi obrigado pe-los criminosos a ajudar a incendiar os cole-tivos. “Todos estavam fortemente armados. Eles renderam os funcionários. Dois garotos, que a gente acredita serem menores, foram jogando [o combustível nos ônibus]. Como os menores estavam demorando, eles manda-ram dois irem lá jogar também. A ação de-morou de três a quatro minutos”, afirmou. Um funcionário que estava em outra garagem e foi chamado a prestar socorro con-tou que um dos colegas, obrigado a atear fogo nos coletivos, chegou a ter uma queimadura no braço. A Viação Urubupungá, que teve 38 veículos incendiados neste ano, informou que não tinha seguro dos veículos e o prejuízo com os ataques pode passar dos R$ 10 mil-hões. Na madrugada desta terça-feira (22), 34 veículos da empresa foram destruídos em uma garagem de apoio. “Historicamente, os empresários do ramo não pensavam em seguro para a frota, mas creio que, por conta dos casos cor-riqueiros de ataques a ônibus, isso passe a ser a ser levado em conta. Só que os preços são altíssimos, incalculáveis”, disse Miguel de Albuquerque, gerente geral da empresa. Segundo João Gongora, represent-ante do Sindicatos do Coretores de Seguro de São Paulo, nenhuma apólice prevê cobe-rtura para incêndio ou vandalismo no país. “Há no mercado contratos para incêndio, mas em casos acidentais. Os incêndio provocados intencionalmente ou por vandalismo não são cobertos. É o tipo de sinistro que não é pos-sível prevenir. Economicamente falando, se-ria inviável. É o mesmo que ter um ônibus e pagar por dois. Imagina isso em uma frota de

Destaque

A S E M A N A R E V I S T ADE 20 A 26 DE ABRIL DE 2014

REVISTAINTERBUSS • 27/04/14 07

Bandidos incendeiam 38ônibus dentro de garagem

G1

ônibus.” De acordo com o gerente da Urubu-pungá, o custo para recuperação das carcaças dos ônibus destruídos pode variar de R$ 6 mil a R$ 200 mil. “Tudo depende da circunstân-cia do evento. Ficamos suscetíveis aos preços de mercado. Sai mais barato montar um ôni-bus novo do que recuperar o estrago feito”, afirmou Albuquerque. O tempo para concluir a recuperação de um ônibus pode chegar a 150 dias. “Isso se precisarmos colocar motor novo, pintar, mexer no chassis, nos bancos, revestimen-tos, isolamento térmico. Fazemos tudo isso em nossas oficinas. É mais rápido fazermos assim do que esperarmos o processo todo de uma seguradora, como perícia, análise de apólice, burocracias. Dessa forma também conseguimos recolocar carros nas linhas em menos tempo, além de usarmos a reserva téc-nica”, explicou o gerente da viação. De acordo com Albuquerque, o se-guro que é feito pela maioria das empresas de ônibus são os com “apólice de responsabi-lidade civil, com relação à vida de pessoas e atendem a casos de pequenos sinistros nos trânsito, para atender a demanda originada por terceiros ou algo que possa colocar a vida de passageiros ou outras pessoas em risco. São apólices com valores altos.” Albuquerque é porta-voz da Viação Urubupungá e de outras três empresas (San-ta Brígida, Cidade Caieiras e Urubupungá

Transporte e Turismo), que integram o gru-po NSO. Ele explica que pensar em seguro para toda a frota do grupo pode inviabilizar a saúde financeira das viações. Nenhuma delas possui apólice de seguro para os ônibus. “Temos uma frota de 2.239 carros. Imagina o custo para segurar cada um dos ônibus para proteger a empresa em casos de vandalismo e incêndio? Nunca pensamos em segurar ônibus contra roubo e furto, porque seria fácil localizar um ônibus, mas esse tipo de situação, que vem se tornando constante, nunca tínhamos pensando que seria preciso.”Nesta quarta-feira, a Viação Urubupungá co-locou em circulação ônibus novos, ainda sem placas, para atender a população prejudicada pelo incêndio, cerca de 20 mil usuários. Dos 38 veículos queimados, 23 ficaram total-mente destruídos. Albuquerque disse que as empresas do grupo registraram ônibus incendiados des-de 2006. Apenas em 2007, 2008 e 2011 que não foram computados casos de ataques. Segundo levantamento feito pelo grupo NSO, 16 ônibus foram incendiados em 2006, outros oito foram destruídos da mesma maneira em 2009. Em 2010, seis veículos foram incendiados. Em 2012, o grupo regis-trou quatro ônibus incendiados. No ano pas-sado, duas das empresas registraram oito in-cêndios. Neste ano, a conta chega a 38 ônibus da Viação Urubupungá incendiados e outros três da Viação Santa Brígida também.

ATAQUE CRIMINOSO • Parte dos mais de trinta ônibus destruídos na garagem da empresa

Page 8: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

• G1 MGa@terra. com.br

Novos terminais de RibeirãoPreto vão atrasar mais uma vez

A S E M A N A R E V I S T ASão Paulo

• G1 Ribeirão e Francaa@terra. com.br Os novos terminais de ônibus ur-bano na Avenida Jerônimo Gonçalves e na Praça das Bandeiras, em Ribeirão Preto (SP), previstos para começar a funcionar em maio, deverão ser entregues à população apenas em janeiro de 2015. O novo prazo foi estipula-do pelo Ministério Público e consta em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que deve ser assinado entre o consórcio Pró-Urbano, representante das permissionárias, e a Transerp, empresa que administra o trânsito e o transporte público na cidade. Em reunião na tarde de terça-feira (23), a Transerp já manifestou ser favorável à readequação do cronograma previsto em contrato. Já o Pró-Urbano, informou que as cláusulas do documento serão analisadas até a próxima sexta-feira (25). A alegação das empresas de ônibus é que o início das obras não depende do consórcio, mas da liberação dos terrenos por parte da administração mu-nicipal. “Os prazos colocados pelo MP são factíveis e, dentro de um cenário de nor-malidade, serão cumpridos sem nenhum problema. Agora, para iniciar essas obras precisamos que a Prefeitura disponibilize os terrenos. Não há como iniciar a construção de um terminal, de uma estação, se não há o terreno disponibilizado. Então, tem que haver um esforço também do poder público”, criti-cou o advogado Paulo César Braga, que rep-resenta o Pró-Urbano. O TAC foi proposto pela Promo-

PAULO BRAGA • Sem terrenos

27/04/14 • REVISTAINTERBUSS08

G1

toria, após uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Câmara de Ri-beirão Preto apontar que o consórcio desre-speitou ao menos 15 itens contratuais, entre eles a contratação de 98 agentes de cobrança e a instalação de 1,4 mil placas informativas nos pontos de ônibus, que deveriam ter sido cumpridos em 2013 - o primeiro dos 20 anos a que as empresas terão direito de explorar o transporte público na cidade. Quando venceu a licitação, o Pró-Urbano assumiu o compromisso de investir R$ 23,4 milhões em obras e melhorias no transporte de Ribeirão - deste total, R$ 17,4 milhões deveriam ser usados para a con-strução de terminais e estações: um na Ave-nida Jerônimo Gonçalves e outro na Praça

das Bandeiras. O TAC proposto pelo MP, no entan-to, não prevê multas ou penalidades ao Pró-Urbano pelo desrespeito ao cronograma, mas o promotor Sebastião Sérgio da Silveira já afirmou que entrará com uma ação na Justiça caso as partes não aprovem o documento. “Nós queremos a definição dessa questão o mais urgente possível. O grande ganho que a gente tem com a possível assi-natura desse termo é que a gente passa a ter, a partir daqui, obrigações fixas para todas as partes. Existem penas para eventuais descum-primentos e existe, inclusive, a possibilidade de execução dessas obrigações que estarão sendo assumidas”, disse Silveira. A Transerp já demonstrou interesse no acordo. Durante a reunião no MP, o su-perintendente da empresa, William Latuf, se comprometeu, inclusive, a fazer a revisão do equilíbrio econômico do contrato de con-cessão, reivindicação antiga do Pró-Urbano.O resultado do levantamento, segundo Latuf, deve sair em julho e levará em consideração os investimentos que estão previstos no con-trato, mas que até agora não foram realizados pelas empresas de ônibus urbano. “Tudo aq-uilo que o consórcio fez a mais ou a menos vai ser levado em conta no estudo”, afirmou Latuf. Um possível aumento na tarifa do transporte público também será calculado na revisão. Hoje, o preço da passagem em Ribeirão Preto é de R$ 2,80, mas consórcio pede que a cobrança fique em torno de R$ 3,20.

DER-MG apreende 24 ônibus do grupo Saritur por irregularidades

Minas Gerais

O Departamento de Estradas e Ro-dagem de Minas Gerais (DER-MG) infor-mou, nesta sexta-feira (25), que 24 ônibus do transporte metropolitano, que rodavam em Esmeraldas e Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram tira-dos de circulação. Os veículos apresentavam diversas irregularidades, como vazamento de

óleo, vidros trincados, latarias danificadas e problemas relativos à condição de higiene. De acordo com o DRE-MG, a fis-calização foi feita depois de uma série de reclamações de usuários nos últimos três meses. A ação de verificação dos ônibus se concentrou nos pontos iniciais das linhas, nas cidades da Região Metropolitana, e finais, no Centro da capital. Os ônibus foram multados e tiveram

que voltar para a garagem do grupo Saritur, responsável pelas linhas, segundo o departa-mento. Os veículos só podem voltar a rodar depois que as irregularidades forem solucio-nadas e houver nova vistoria do DER-MG. O valor das multas não foi divul-gado. O site de notícias G1 tentou contato por telefone com algum representante da empresa de transporte, mas ninguém foi encontrado.

Page 9: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

REVISTAINTERBUSS • 27/04/14 09

Centro-Oeste

Funcionários da Vian paralisam atividades por salário atrasado• G1 GOa@terra. com.br Cerca de 100 funcionários da em-presa Viação Anapolina (Vian), responsável pelo transporte interestadual de cidades do Entorno do Distrito Federal, se reuniram em frente à garagem da companhia, em Luziâ-nia, para protestar contra o atraso no paga-mento dos salários. Motoristas e cobradores dizem que a remuneração não é paga há dois meses. Eles afirmam que no dia 8 deste mês a empresa fechou a porta das garagens com cadeado e não deu satisfações aos trabalha-dores. Os empregados também questio-nam a falta de informações por parte dos representantes da Viação Anapolina, que, até hoje, não deram nenhuma explicação. “O pagamento está atrasado e nós temos contas pra pagar e nada de resposta da empresa”, afirmou o cobrador Anderson Júnior. Na manhã de quarta-feira (23), os funcionários da Vian se reuniram no prédio a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília, para cobrar do órgão uma solução para o problema enfrentado pela companhia. Porém, a resposta não sat-isfez os trabalhadores: “eles falaram que a empresa fechou as portas e que a única coisa que eles podiam fazer era liberar o Fundo de Garantia [por Tempos de Serviço] (FGTS)”,

PARALISAÇÃO • Alguns ônibus nem chegaram a sair da garagem da empresadisse o motorista José Pereira Porém, os empregados dizem que a Vian descontava o FGTS do salário deles, mas nunca fazia o depósito, o que agrava ainda mais a situação enfrentada pelos mo-toristas, cobradores e mecânicos. Com a paralisação, os empregados impediram al-guns ônibus de seguirem viagem. Outros não chegaram nem a sair do local.

A situação precária do transporte coletivo já levou moradores a interditarem trechos da BR-040 e GO-520 para protestar. Os passageiros já chegaram até a incen-diar veículos que apresentaram problemas mecânicos durante as viagens. Nenhum representante da empresa atendeu às ligações para se pronunciar sobre o atraso no pagamento dos salários.

• Panrotasa@terra. com.br

Um ônibus-balada para agentes de viagensTurismo

A Flytour Viagens apresentou no se-gundo dia da WTM seu mais novo produto, exclusivo para os agentes de viagens. Trata-se do Walking Party, um ônibus balada que percorrerá, todas as sextas-feiras, um trajeto pré-determinado levando um grupo de agentes de viagens para cofraternização. A bordo do “busão” música tocada por DJ, comida, bebida e azaração. A ideia do projeto nasceu há dois dias e a Flytour correu para lançar o novo produto durante a WTM. Na próxima semana Claiton Armelin e Michael Barkoczy, respectivamente, presidente e vice da Flytour Viagens, irão for-matar melhor o projeto, incluindo o roteiro, tempo de viagem e qual dos dois modelos de ônibus será usado – o menor, de 60 pessoas, ou

o ônibus articulado com capacidade para 110 pessoas. “Assinamos um contrato de seis me-ses, mas poderemos prorrogar por uma prazo maior e até levar esta ideia para outras praças onde a empresa Walking Party opera”, expli-cou Michael Barkoczy antes de embarcar no ônibus balada. No primeiro dia de balada foram

convidados fornecedores, mas a ideia é que as próximas viagens já sejam realizadas com agentes de viagens. Cada profissional que vender um produto da Flytour Viagens ganhará automaticamente um ingresso, que poderá ser usado em qualquer saída desde que haja vaga. Se ele comprar mais de um produto ganhará mais de um ingresso e poderá levar para balada quem ele quiser.

Page 10: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

REVISTAINTERBUSSFÁBIO TANNIGUCHICAMPINAS/SP • ITAJAÍ

Page 11: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014
Page 12: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

27/04/14 • REVISTAINTERBUSS12

• Do Site da Transpo [email protected]

Artigo: A polêmica da obrigatoriedade do teste toxicológico para obter CNH D ou EPor Lolita Tsanaclis A partir de junho, entrará em vigor a Resolução 460, criada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), e que exigirá de motoris-tas de caminhões, ônibus e vans a apresentação de testes toxicológicos como condição para ob-ter ou renovar a carteira de habilitação. Isso significa mais uma polêmica, principalmente porque causou surpresa nas empresas envolvidas no assunto. Certamente não foi feita nenhuma consulta com os espe-cialistas da área de toxicologia para discutir os itens da resolução, como fez a ANAC (Agên-cia Nacional de Aviação Civil) para implantar o programa de álcool e drogas nas companhias aéreas. Como atuo desde o final da década de 1990 em análises de drogas em cabelo e saliva, vejo muita desinformação no mercado sobre as nuances e implicações desses testes, inclusive a presença do álcool em amostras de cabelo. Em primeiro lugar, cito a questão da acreditação, uma vez que a ISO 17025 é a norma padrão internacional de análises forens-es. Entretanto, foi uma surpresa ao saber que a resolução demanda que o laboratório envolvido nessas análises seja restrito ao credenciamento pelo Colégio Americano de Patologistas (CAP), isto é, por um país estrangeiro. A exigência da Resolução 460 solici-tando que o laboratório seja acreditado é cor-reta, mas ignora totalmente que acreditação de laboratórios no Brasil é feita pela Divisão de Acreditação de Laboratórios (Dicla), de acordo com os requisitos da norma ABNT NBR ISO/IEC 17025, o que leva a crer que ocorreu uma falta de consulta a autoridades profissionais da área na execução do documento. Quanto aos méritos na utilização de amostras de cabelo, julgo também que faltou participação de indivíduos profissionais com conhecimento comprovado no assunto durante a execução e aprovação de partes do documen-to. Claro que a intenção da resolução é a melhor possível em decorrência do grande número de pessoas que morrem nas estradas brasileiras (a estatística mostra que no Brasil em 2012 ocor-reram 60 mil fatalidades), sendo o álcool e dro-gas fatores significantes nas causas desses aci-dentes. Assim, diante disso, a primeira

D E U N A I M P R E N S ATranspoOnline

questão que coloco é: qual seria o objetivo da Resolução 460? Ela pretende identificar todos os motoristas profissionais que fazem uso de drogas e dessa forma eliminá-los completa-mente da profissão? Ou pretende iniciar um processo harmonizado envolvendo vários seg-mentos profissionais para conjuntamente atuar na redução dos acidentes nas estradas devido ao álcool e drogas? No mundo inteiro esta formulação esta sendo discutida e também implementada em vários países. Por exemplo, na União Europeia existe um projeto de grande magnitude com o intuito de harmonizar a legislação e combater o uso de veículos automotivos por motoristas que estejam sob a influência de álcool e drogas, chamado de projeto DRUID (Driving under the Influence of Drugs, Alcohol and Medicines). O projeto surgiu decorrente dos números exor-bitantes de fatalidades nas estradas da Europa, semelhantes aos números no Brasil. A União Europeia é praticamente do tamanho do Brasil e com a mesma escala de diversidades. Neste projeto foi feito um levan-tamento com a análise de sangue ou saliva de 50 mil motoristas em 13 países participantes do projeto. O álcool foi a substância que mais causou acidentes com ou sem fatalidades (me-dia de 3,5%). As drogas ilícitas tiveram uma participação menor (1,9%); foram detectadas principalmente em jovens do sexo masculino, principalmente em finais de semana. Além dis-so, também foram encontrados medicamentos em mulheres da meia idade. A prevalência média do uso de medi-camentos foi de 1,4% e a mistura de álcool com drogas foi de 0,37%. Um número alto de motor-istas envolvidos em acidentes com ou sem fa-talidades estavam sob influência de estimulan-tes como a ecstasy ou cocaína. Estas estatísticas compelem a prevenção de acidentes voltada ao uso do álcool, porém sem deixar de se preocu-par com o uso de drogas e medicamentos. Alguns países introduziram a tolerân-cia zero para drogas em motoristas. A legisla-ção, embora ainda não harmonizada é tal que, em alguns países, os indivíduos têm a carteira de motorista suspensa por períodos que depen-dem da sua participação em cursos de reabilita-ção, exames médicos e psicológicos associados a testes toxicológicos frequentes em sangue urina ou cabelo para demonstrar abstinência. A reincidência após o participação nos programas de reabilitação chegou a ser reduzida em media

de 45%. Nos Estados Unidos, onde ocorre uma fatalidade em um acidente nas estradas a cada 48 minutos, a maioria dos estados proíbe a presença de qualquer substância ou drogas enquanto conduzindo veículos automotivos. Os indivíduos que foram envolvidos em acidentes relacionados ao uso de álcool são obrigados a instalar em seus veículos sistemas que fazem o teste do bafômetro, que não irá permitir a par-tida do veículo se o teste for positivo. Quanto à detecção do uso de drogas existem varias recomendações e variações entre os diferentes estados quanto aos testes de de-tecção, limites de tolerância, punições e trata-mento. A aplicação dos testes toxicológicos varia nos diferentes países da Europa, bem como no Canadá e Estados Unidos. Por exemplo, na Alemanha, a análise para a detecção de drogas e do uso de álcool (através de um biomarcador direto de álcool ETG – ethyl glucuronide, em amostras de ca-belo dos 3 cm proximais ao couro cabeludo) é uma opção para comprovar abstinência para a restituição da carteira de habilitação nos ca-sos relacionados ao álcool. O exame de ETG em amostras de cabelo permite a diferenciação de uso excessivo de álcool do uso ocasional. Porém os exames são realizados em conjunto com a avaliação clínica dos indivíduos e out-ros exames bioquímicos entre eles CDT um biomarcador indireto de álcool (carbohydrate deficient transferrin) em amostras de sangue. Outra opção utilizada na Alemanha quanto à avaliação da abstinência do uso de ál-cool por um ano de motoristas com cartas de motoristas suspensas é através de seis exames de ETG na urina, randomizados ou quatr exam-es do biomarcador ETG para cobrir aproxima-damente um ano. Ainda na Alemanha a triagem de drogas é feita em amostras de urina utilizan-do-se cut-offs cerca de 10 vezes mais baixos, que os utilizados normalmente são utilizados. Na Suécia, a abstinência de álcool não é compulsória para um indivíduo reaver a carteira de habilitação e os testes bioquímicos em sangue são utilizados para o monitoramento do uso do álcool, porém, abstinência do uso de drogas através da análise de drogas em cabelo é compulsória. A Itália tem um sistema de remoção da carteira de habilitação e a sua restituição é também abalizada pela combinação dos testes

Page 13: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

REVISTAINTERBUSS • 27/04/14 13

Artigo: A polêmica da obrigatoriedade do teste toxicológico para obter CNH D ou E

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

• Do Site da Transpo [email protected]

Artigo: VUCs, modeloconsolidado em SPPor Luiz Vicente Figueira de Mello Filho,professor do Mackenzie

O que iniciou se como um experi-mento em 2008, foi efetivado em 2012 e hoje a cidade de São Paulo colhe os frutos do novo modelo de transporte. Esta categoria já havia sido criada em 1997, coincidentemente ou não na mesma data da implantação do rodízio ur-bano de veículos automotores, mas somente nos últimos anos intensificou-se o seu papel na metrópole. Em 1916 uma norma já definia a lar-gura mínima para as ruas de São Paulo de 16 metros e 30 para as avenidas, mas apesar do planejamento urbano se antecipar ao futuro, na prática, não foi o que houve. A maioria das vias não chegam a ter 10 metros de largura. Os veículos pesados que fizeram ao longo de décadas um papel fundamental na cidade ficou diante das vias estreitas e muitas vezes com aclives, declives e sinuosas, tor-nando uma barreira na fluidez, que impacta uma série de congestionamentos pontuais nas regiões de São Paulo decorrente do número de veículos no dia a dia. A Zona Máxima de Restrição de Cir-culação (ZMRC) foi criada em 1986 e incor-pora o centro expandido, mesma área utilizada ao rodízio municipal, impede a circulação de veículos pesados, salvo exceções. Região esta em torno de 100 quilômetros quadrados, que estuda atualmente a ampliação, delimitados pelas Marginais Tietê e Pinheiros, Avenidas Salim Farah Maluf e Bandeirantes, e, Com-plexo Viário Maria Maluf. Para os VUCs é necessário o cadastramento no website da prefeitura e a restrição também se estende aos sábados. A necessidade de regulamentação e a vinda dos chamados VUCs (Veículos Urbanos de Carga) nas vias urbanas mudou positiva-mente este cenário com a agilidade e menos interrupções no trânsito. Dotados de uma lar-gura de 2,2 metros e um comprimento de até 6,3 metros com uma capacidade superior a 1,5 toneladas, se adequou com facilidade entre os automóveis e as vias restritas da cidade. Como a capacidade dos VUCs só há restrição do mínimo, fica a critério das fabri-cantes a criatividade em aumentar o número de

TranspoOnline

eixos para ampliar esta capacidade de acordo com a demanda exigida. Outro benefício está nos VUCs com capacidade de até 3,5 tonela-das, que não exige carteira de habilitação es-pecial para condução e favorece a busca de pessoas aptas a ingressar nesta atividade. Para concluir, pode-se desenhar 3 cenários para o futuro, um em cada momento na utilização dos VUCs. Em curto prazo é importante uma reg-ulamentação para a definição da idade máxima dos VUCs na circulação da metrópole, assim como já é feito com os ônibus municipais, que obriga que este meio de transporte essencial, tenha um plano estruturado na renovação da frota, com a chegada de motores mais eficien-tes e de acordo com as normas do Proconve P7 (Programas de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores – fase P7), com in-centivo ao uso de combustíveis alternativos e consequentemente, menores emissões de polu-entes. A volta da inspeção ambiental veicular e a inclusão da inspeção técnica são fundamen-tais para o controle da frota existente. De curto à médio prazo a inauguração completa do Rodoanel favorecerá a condução dos veículos pesados, ponto chave na entrega dos terminais de carga e início das operações de redistribuição pelos VUCs. Em longo prazo se projeta um novo conceito de VUCs como, por exemplo, o apre-sentado no final do ano de 2013 no Salão de Tóquio pela marca Daihatsu, modelo FC Deck, que já traz um motor a hidrogênio, dotado de um gerador elétrico e que para o outro lado do mundo, inicia-se as vendas ainda este ano.

em urina e cabelo. Por exemplo, uma urina pos-itiva e cabelo negativo para drogas a carteira é suspensa por apenas três meses, desde que o in-divíduo passe novamente no teste de cabelo. Se a urina e o cabelo forem positivos para drogas, a suspensão da carta de motorista é por seis me-ses. Em ambos os casos, os testes no cabelo de-verão ser realizados por um, dois ou três anos. Na França, a análise de drogas em amostras de cabelo também e empregada na restituição da carta habilitação de forma semel-hante à Alemanha e Itália. O fato é que no Brasil, semelhante a outras partes do mundo, ações de prevenção e de tratamento devem ser implementadas para diminuir os números elevados de acidentes fa-tais nas estradas. Cada país está em uma etapa diferente na escala desta longa empreitada. Seus administradores são responsáveis pela imple-mentação de medidas que se adaptem a cada uma de suas culturas e alcance econômico, en-tre outros pontos. Concordo que a análise de drogas em amostras de cabelo possam fazer parte do pro-cesso de renovação da carteira de motoristas, porém também acho que a análise de drogas e álcool em amostras de cabelo não deve ser uti-lizada isoladamente, mas em associação a um conjunto de avaliações clínicas e outros testes específicos aos casos relacionados tanto ao uso do álcool bem como para drogas ilícitas e medi-camentos. Não existe uma fórmula mágica que possa abranger todas as situações, mas um con-junto de ferramentas. No Brasil esses trabalhos administrati-vos e discussões já começaram o que é um bom sinal. A Resolução 460 é um exemplo, porém na sua forma atual, ela apresenta múltiplos er-ros textuais e de conceituação para que a sua implementação seja viável. Esse trabalho de aprimoramento da resolução tem que ser um trabalho aberto, públi-co, envolvendo todos os especialistas relevantes relacionados às diferentes esferas de ação, para que seu aprimoramento evolua corretamente, nos moldes dos trabalhos já em progresso em outras partes do mundo. Este grupo de trabalho deve ser caracterizado pelo profissionalismo e ética dos seus integrantes. Mesmo assim não será fácil.

- Lolita Tsanaclis é diretora científica da Cans-ford Laboratories e diretora da Chromatox. É farmacêutica bioquímica formada pela USP,

Page 14: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

27/04/14 • REVISTAINTERBUSS14

M E C Â N I C A D E P E S A D O S

Cuidado na troca! Apesar de atenderem a requisi-tos específicos, os óleos para motores Euro V disponíveis no Brasil, em geral, podem abastecer motores Euro III. Mas, de acordo com consultor da Gerencia de Tecnologia da Rede de Postos da Petrobrás, Antonio Alex-andre Ferreira, não deveria ser assim. “Os óleos para motores Euro V não deveriam ser utilizados em motores Euro III já que, nor-malmente, possuem baixa reserva alcalina, o que não é compatível com combustíveis de alto teor de enxofre. Entretanto, baseado na realidade brasileira, a Petrobrás desenvolveu o Lubrax Advento de forma que o mesmo possa ser utilizado tanto em veículos Euro V quanto Euro III”, esclarece Antonio. Já Soares, da Mobil, afirma que o lubrificante Euro V pode sim ser aplicado em caminhões mais antigos, “com a vantagem de que possui aditivos com teores mais baixos de enxofre, fósforo e cinza sulfatada e de ter dispersância e resistência à oxidação superior ao encontrado nos óleos atuais”. Entretanto, amigo mecânico, não espere que o veículo do seu cliente vire um Euro V da noite para o dia apenas trocando óleo e combustível. Cada veículo possui suas limitações. No caso contrário, entretanto, tome cuidado. Preste bastante atenção ao trocar o óleo de um caminhão Euro V: siga estrita-mente a indicação da montadora na classifi-cação do óleo e, mais ainda, se há um produto aprovado especificamente citado no manual de reparação do veículo. “A orientação é sempre utilizar o óleo lubrificante recomen-dado pelo fabricante do veículo, além de res-peitar o período de troca do produto também recomendado pelo fabricante do veículo”, observa Viscardi, da Ipiranga. “Se não for utilizado o produto cor-reto ou, ainda, se a troca for feita fora do pra-zo, corre-se um sério risco de degradação ex-

OS LUBRIFICANTES EVOLUÍRAM JUNTO COM O EURO V - PARTE 2Confira a segunda e última parte da matéria sobre os lubrificantes e a tecnologia empregadaapós o lançamento dos veículos com motor Euro V no Brasil. Saiba como usar o lubrificante

cessiva do óleo (oxidação, espessamento por fuligem, aumento de viscosidade), além da possibilidade do desgaste acentuado de motor e transmissão. Todas estas ocorrências com-binadas podem levar a uma falha irreversível dos equipamentos”, alerta Soares, da Mobil. Para os Euro V, vale lembrar mais uma vez que é imperativo também o uso de diesel S10 ou S50 para o correto funcionamento do mo-tor. Além de observar a recomendação do fabricante do veículo quanto ao tipo do óleo, respeitar o período de troca é impor-tantíssimo para manter o motor em ordem. “Quem determina o tempo de troca dos lu-brificantes são os fabricantes dos veículos, e não os dos lubrificantes”, declara Edmilson, da Castrol. Na troca do óleo, ele aconselha que a verificação de nível do óleo seja real-izada com o veículo em local plano, e com o motor frio. “O baixo nível de óleo no motor faz com que o óleo sofra uma maior solici-tação térmica, sofrendo oxidação (envelheci-mento) prematuro, que tende a aumentar ex-cessivamente a viscosidade, a acidez e gerar maior quantidade de resíduos (borra) no mo-tor”, aponta o consultor técnico. Já Antônio, da Petrobrás, ressalta que a troca do óleo em si deve ser feita com motor ainda quente “para facilitar o es-coamento do óleo” e sempre fazer a troca do filtro na mesma operação.

Evite completar o nível Outro ponto polêmico é o ato de completar o nível de óleo ao invés de trocá-lo por completo. Edmilson afirma que a mistura de lubrificantes Euro V “não é recomenda-da”, porém, em sua situação de emergência, o óleo complementar deve atender aos níveis de desempenho (API) e de viscosidade (SAE) conforme a recomendação do manual do veí-culo, e volta a apontar o período de troca

como um fator importante. “O tempo de troca da mistura de lubrificantes deverá ser contado a partir da colocação da primeira carga, não importando o volume reposto na complemen-tação do nível”, adverte o consultor técnico da Castrol. Mais um aspecto que deve ser leva-do em consideração: misturar dois lubrifi-cantes diferentes, mesmo que equivalentes,

Page 15: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

REVISTAINTERBUSS • 27/04/14 15

OS LUBRIFICANTES EVOLUÍRAM JUNTO COM O EURO V - PARTE 2Confira a segunda e última parte da matéria sobre os lubrificantes e a tecnologia empregadaapós o lançamento dos veículos com motor Euro V no Brasil. Saiba como usar o lubrificante

altera suas características técnicas e diminui seu desempenho, como detalha Otávio, da Shell Lubrificantes. “Em uma necessidade emergencial, os novos óleos para motores Euro V podem ser eventualmente misturados. No entanto, não é recomendada a mistura de produtos com especificações diferentes. O produto da mistura não terá características definidas e apresentará desempenho inferior

ao dos produtos com suas fórmulas origi-nais”, explica o supervisor técnico da marca. Marcelo Beltran, da Total, é cat-egórico: “O ideal é colocar apenas um tipo de óleo de cada vez”. Viscardi, da Lubrificantes Ipiranga, também faz coro. “Não é recomen-dado misturar óleo Euro V com outro óleo diferente, pois poderá não haver o beneficio que o motor Euro V requer”, afirma. Por isso,

mesmo que o óleo Euro V seja mais caro, recomende ao seu cliente que faça a troca completa e, além disso, sempre mantenha o tanque abastecido com o combustível correto. Assim, todas as características de manuten-ção e desempenho do motor serão mantidas – e o caminhão não voltará para a oficina por um longo tempo.Apoio: Revista O Mecânico

Page 16: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

27/04/14 • REVISTAINTERBUSS16

A S F O T O S D A S E M A N ASem Fronteiras • www.semfronteirasfotos.com

WEILLER GONTIJOBusscar Panorâmico DD Scania K124 • RealBus

JOÃO VICTORMarcopolo Paradiso G6 1200 MBB O-500RSD • Itapemirim

RAYLLANDER ALMEIDAMascarello GranMini MBB LO-916 • Piracicabana

RAYLLANDER ALMEIDAMascarello Roma 370 MBB O-500RSD • Helios

WEILLER GONTIJOMarcopolo Paradiso G7 1200 Scania K310 • Progresso

WEILLER GONTIJOMarcopolo Viaggio G6 1050 Scania K310 • Real Alagoas

Page 17: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

REVISTAINTERBUSS • 27/04/14 17

Paixão, Câmera e Ônibus • www.paixaocameraeonibus.blogspot.com

SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

OCD Holding • www.ocdholding.com

DIVULGUE SUA GALERIA E/OU SITE AQUI!Envie o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos a divulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para [email protected] com os dados e aguarde! Toda edição, são 12 fotos!

THIAGO SIONECaio Apache Vip MBB OF-1721 • Salutran

MARCOS ANDRÉMarcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD • Cometa

MARCOS ANDRÉMarcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RS • União Transporte

THIAGO SIONECaio Apache Vip MBB OF-1519 • N. S. Amparo

THIAGO SIONECaio Apache Vip MBB OF-1721 • Vera Cruz

THIAGO SIONECaio Apache Vip MBB OF-1721 • Vera Cruz

Page 18: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

27/04/14 • REVISTAINTERBUSS18

NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

A Mercedes-Benz informou nesta terça-feira, dia 22 de abril de 2014, que con-cluiu a entrega de 1 mil 170 chassis de ônibus para o sistema de transportes de Santiago, no Chile. Todos os veículos são do modelo O-500 U, de piso baixo e motor traseiro, para aplicações urbanas. Somente neste ano, foram entregues 440 unidades do modelo. De acordo com Ricardo Silva, dire-tor geral de Ônibus América Latina da Mer-cedes-Benz, em nota à imprensa, o volume representa o fortalecimento da marca na capi-tal Chilena.“Isso reafirma, mais uma vez, a expressiva aceitação dos produtos da marca neste tradicional mercado de exportação da nossa Empresa”. Ainda segundo a nota Ricardo Silva diz que a forte presença dos veículos Mer-cedes-Benz no transporte coletivo urbano da capital chilena ganha ainda mais evidência pelo fato da Transantiago operar num regime de alta demanda, com grande volume de pas-sageiros. “O chassi O 500 U demonstra ver-

satilidade, força, robustez e resistência para encarar o trabalho pesado e isso tem feito a

diferença para as empresas operadoras e para os gestores do sistema”, destaca Ricardo.

Somente neste ano, foram 440 unidades

Mercedes-Benz conclui a entregade 1.170 ônibus para o Chile

O-500U • Mercedes-Benz conclui a entrega de 1 mil 170 unidades para o Chile. – Divulgação

Eles já se tornaram personagens das Copas do Mundo. Tanto é que na Alemanha em 1974, tiveram direito até mesmo a desfi-larem no estádio de abertura.Sim, são os ônibus. VEJA O VÍDEO COM O DESFILE DOS ÔNIBUS ENTRE 38 MINUTOS E 44 MINUTOS: http://youtu.be/eiVwXrty4Dk Na lembrança daqueles que já vi-ram as estrelas do futebol brilhar, há imagens como gols, estádios, torcidas, os jogadores preferidos, mas também, puxando um pouco mais pela memória, vão aparecer os ônibus das seleções. Coloridos, com as bandeiras estam-padas nas latarias, com frases e sinais do fol-clore de cada País, eles se destacam e deixam mais próximos jogadores e torcedores. Muitos conseguem fotografar, ver de perto e até tocar em seus ídolos dos grama-dos no acesso para o ônibus. O ônibus também serve de local de medição para os jogadores antes e depois das partidas. Pelas janelas dos ônibus, os astros da bola vêem a cidade e se dão conta de que as atenções estão voltadas para eles. Na Copa do Mundo passada, em

2010, na África do Sul, as frases de estímulo para cada seleção nos ônibus foram mar-cantes.E nesta edição da Copa no Brasil, em 2014, a tradição das mensagens nos ônibus promete se consolidar. Nesta terça-feira, dia 22 de abril de 2014, a Fifa divulgou em seu site as três fra-ses finalistas para estampar os ônibus de cada uma das 32 seleções. E o internauta pode escolher a frase

de preferência. Para o Brasil as três opções são:- Engata a 6ª, Brasil!- Não na nossa Casa!!!- Preparem-se! O Hexa está chegando. É possível votar para todos os países, em apenas alguns ou só em um ônibus. O site para a escolha da frase é: http://pt.fifa.com/worldcup/games/be-there-with-hyundai/vote-slogan/index.html?cid=facebook_2014fifaworldcupbrazil

Cada País tem três slogans para serem escolhidos

Fifa abre concurso para a escolhadas frases nos ônibus das seleções

DESFILE • Em 1974, ônibus das seleções chegaram a desfilar na apresentação

Page 19: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

ESTÁ COM DIFICULDADE PARA VER ESTE TEXTO? NÃO DEIXE

SEUS PASSAGEIROS PASSAREMPELO MESMO. ANUNCIE NA

REVISTA INTERBUSS E CRESÇA!

ENVIE SEU E-MAIL [email protected]

E SAIBA COMO ANUNCIAR!

Page 20: Revista InterBuss - Edição 191 - 27/04/2014

ESTE ESPAÇO ESTÁRESERVADO PARA VOCÊ E PARA O SEU PRODUTO! ANUNCIE NA REVISTAINTERBUSS E ENTRE NA CASA DE MILHARES DEPESSOAS DIARIAMENTE!

ENVIE SEU E-MAIL [email protected] SAIBA COMO ANUNCIAR!É RETORNO GARANTIDO!

INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS