revista inclusão

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Incluir é evoluir! Revista Inclusão Instituto Moreira de Sousa Educação Especializada. pág. 03 Projeto de inclusão em Praias do Litoral. pág. 07 Superação: Jovem sem braços e sem pernas. Conheça Nick Vujicic, exemplo de vida! pág. 08 Projeto de Voluntariado: Sociedade de Assistência aos Cegos -SAC. pág.04

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Trabalho acadêmico da disciplina de Computação Gráfica e Editoração Eletrônica tendo como supervisão Professor Eugênio Furtado.

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Page 1: Revista Inclusão

Incluir

é

evoluir!

Revista Inclusão

Instituto Moreira de SousaEducação Especializada.pág. 03

Projeto de inclusão em Praias do Litoral.pág. 07

Superação: Jovem sem braços e sem pernas. Conheça Nick Vujicic, exemplo de vida!pág. 08

Projeto de Voluntariado: Sociedade de Assistência aos Cegos -SAC. pág.04

Page 2: Revista Inclusão

Expedição

Coordenação editorial:Gerlane Silva

Fotografia:Instituto Moreira de Sousa

Criação e obra: Gerlane Silva

Jornalista: Gerlane Silva

Agradecimentos: Instituto Moreira de Sousa

Fisioterapeuta Augusta Coordenadora de estagiários do Instituto Moreira de Sousa

Professor Eugênio Furtado.

EditorialCom o intuito de discutir e informar a respeito de inclusão social

para portadores de deficiência este informativo visa contribuir para esclarecer dúvidas e levar às pessoas a reflexão dos problemas en-frentados no cotidiano dessas pessoas especiais. Inclusão significa em termos gerais ações que englobam, incorporam ou envolve. Em

contra partida a não inserção dessas pessoas na sociedade é algo existente, estas, são privadas de viver sadiamente por falta de equi-pamentos adequados para a sua locomoção ou até mesmo fazer um simples passeio nas ruas da nossa cidade, são essas questões que torna o deficiente um verdadeiro vencedor, pois mesmo diante de tais circunstâncias não desistem de sorrir e depositam na inclusão social a esperança de uma sociedade mais flexível e que acolhe o

deficiente não como um estorvo, mas sim como alguém passível de convivência com as suas limitação é claro respeitadas e amparadas pelo seu direito de ir e vir livremente. Também abordaremos assun-tos relacionados ao voluntariado, e para além dessas questões mos-

traremos notícias, curiosidades, informações e de como a super-ação está presente em cada dia vivido por esses guerreiros. Tudo

o que é colocado em discussão em torno da inclusão é bem-vindo, pois apenas dessa forma teremos um dia a menos na luta pela in-

clusão social tão esperada.

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Page 3: Revista Inclusão

Instituto Moreira de Sousa Desenvolve Atividades de Atendimento Educacional Especializado.

O Instituto Moreira de Sousa desenvolve suas atividades há exatos 41 anos. O projeto inicial foi idealizado pela sen-hora Dagmar Moreira Leitão (fundadora) que desejava de alguma forma contribuir para uma melhoria na condição de vida de pessoas portadoras de alguma deficiência, o trabalho teve início com uma média de apenas três a quatro crianças vinculadas a entidade. Em 1º de fevereiro de 1972 foi oficialmente inaugurada a instituição que por sua vez funcionava como escola de ensino regular voltada para alunos com deficiência, nesse período os serviços prestados a comunidade eram de ordem particular, o que dificultava o acesso ao tratamento adequa-do e a devida escolarização a pessoas de baixo poder aquisitivo e que apresenta al-guma natureza de deficiência física ou mental, atualmente a instituição não funciona mais como um órgão particular e sim como uma OGN (Organi-zação Não Governamental) trata-se de um orgão filant-rópico, sem fins lucrativos. O ensino regular que foi o sistema inicialmente adotado foi substituído pelas salas de letramento que contam com profissionais especializados em pedagogia para ajudar na alfabetização primária de crianças e jovens, ou seja, não se trata de uma escola convencional como as do ensino regular a qual temos conhecimento e sim de uma entidade que oferece ativi-dades e tratamento especifico e direcionado de acordo com a limitação física ou mental de cada paciente. Devido a grande demanda de procura por atendimento ambulato-rial ou de reabilitação hoje a OGN( Organização Não Governamental) está vincu-lada ao Sus (Sistema Único de Saúde) e não restringe-se apenas ao sistema público de saúde, a mesma também está associada a planos de saúde particulares. Suas ações têm a finalidade de estimular o desenvolvimento potencial de seus alunos/pacientes e visa minimizar problemas físicos, mentais, sensoriais ou a combinação dos mesmos, o que possivelmente pode gerar problemas de ordem educa-cional, de desenvolvimento

ou de ajuste emocional e social. A entidade atende um público de aproximadamente 300 pessoas com Síndrome de Down, Deficiência In-telectual ou Dificuldade de Aprendizagem a partir dos 06 anos de idade. Possui uma Infra-estrutura que dispõe de salas temáticas e equipamen-tos adequados na qual são realizadas atividades a fim de reabilitar as funções motoras do paciente, tal acompanha-mento ambulatorial ou de rea-bilitação não está disponível em redes públicas de saúde. A equipe é composta por profis-sionais de várias especiali-zações tais como Assistentes Sociais Médicos (Clínico Geral, Psiquiatra e Neu-rologista), Fonoaudiólogas, Fisioterapeutas, Pedagogas, Brinquedistas, Psicomotri-cistas, Psicólogas, Terapeu-tas Ocupacionais, Docentes Especializados, Instrutores de Curso e Recreadores. A insti-tuição é considerada de Utili-dade Pública a nível Federal, Estadual e Municipal e possui certificações que mostram o comprometimento dessa ONG no acompanhamento e trato de seus alunos, dentre elas estão: Conselho Na-cional de Assistência Social – CNAS, Entidade Beneficente de Assistência Social (Certifi-cado de Filantropia), Fichário Central de Obras Sociais do Ceará, Conselho Mu-nicipal de Assistencia Social- CMAS, Conselho de Defesa da Criança e do Adolescente- COMDICA, Conselho de Educação do Estado do Ceará Aprovação EJA e Registro Sánitário. Todas essas certi-ficações visam assegurar o bem- estar das crianças, ado-lescentes e adultos que utili-zam os serviços do Instituto Moreira de Sousa, o trabalho desenvolvido é fato sério e transparente.É percepivel que a ideologia da ONG é dá ao portador de deficiência as ferramentas necessárias para a sua inserção na sociedade para que ele consiga viver de maneira independente.

“Inclusão é o privilégio de

conviver com as diferenças!”

Atividades de pintura realizada na visita por alunos de uma facul-dade particular de Fortaleza, a instituição admite visitas e doações.

Alunos dispõem de aulas de informática com o devido acompanhamento.

Av. Dedé Brasil, nº 4142 Serrinha - Fortaleza - Ceará. Telefone: 3299-1089 Ajude doando suas notas fiscais, a entidade faz parte do programa “Sua Nota

Vale Dinheiro”.

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Page 4: Revista Inclusão

Sociedade de Assistência aos Cegos – SAC promove ação de voluntariado através do pro-

jeto Livro Falado.

Projeto Livro Falado difunde a educação entre Deficientes Visuais.

Dedicar tempo a uma ativi-dade não remunerada e cunho inteiramente solidário é o que jovens e adultos desti-nam a fazer no seu tempo de ociosidade. De acordo com as Nações Unidas, voluntário é o jovem, adulto ou idoso que, devido a seu interesse pessoal e seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração, a diversas formas de atividades de bem estar social ou outros campos. O voluntariado traz benefíci-os tanto para a sociedade em geral como para o indivíduo que realiza tarefas volun-tárias. Ele produz importantes contribuições tanto na esfera econômica como na social e contribui para a uma socie-dade mais coesa, através da construção da confiança e da reciprocidade entre as pessoas. Ele serve à causa da paz, pois abre oportuni-dades para a participação de todos. Ser voluntário é um verdadeiro ato de amor ao próximo, tendo em vista que as pessoas que recebem estes serviços muitas vezes neces-sitam de cuidado e de uma nova perspectiva de vida. Em Fortaleza podemos encon-trar instituições que abrem espaço para o voluntariado, a despeito disso temos o Instituto Hélio Góes, setor da SAC que cuida da educação

e integração social, pessoas que desejam ser voluntárias podem fazer parte do Pro-jeto Livro Falado, que tem como finalidade oferecer obras literárias e didáticas aos seus associados, pes-soas com deficiência visual. A Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC) desenvolve um belo trabalho há 71 anos, colocando em prática o seu pensamento de que Só o Amor Constrói, trata-se de uma entidade filantrópica e é referência na área da saúde e educação, em 1943 ainda intitulada por Instituto dos Cegos do Ceará foi a escola pioneira em todo estado para a educação de deficientes visuais. Para participar do voluntariado da instituição é necessário assinar um termo de compromisso afirmando que atividades propostas serão exercidas até o término previsto. O serviço voluntário é definido pela Lei como o trabalho realizado por pessoas físicas, não remu-nerado, sem gerar nenhum tipo de vínculo empregatí-cio, obrigações trabalhistas, previdenciárias ou afins. A lei do voluntariado foi criada visando dar segurança às relações entre as entidades e os voluntários, a lei 9.608/98 criou o Termo de Adesão, que é um instrumento ou contrato

mediante o qual a entidade formaliza a relação com o voluntário. É por meio da assinatura de um Termo de Adesão que a pessoa se torna voluntário junto à entidade, renunciando aos direitos tra-balhistas e previdenciários do empregado assalariado. No Termo de Adesão deve con-star o objeto e as condições de exercício do trabalho voluntário.

Sociedade de Assistência aos Cegos – SAC Av. Bezerra de Menezes, 892 - São Gerardo - Fortaleza - Ceará. Telefone: 3206-6800

“A história da Sociedade de As-sistência aos Cegos - SAC, é feita

de inúmeros atos de amor, coragem e acima de tudo, da crença de que todos os seres foram criados por Deus, não importando sua cor,

raça, credo ou limitações. Fundada em 1942, vivia o mundo

sob os auspícios da 2ª Grande Guerra Mundial, época em que a marca qualitativa da valorização do homem dava-se em razão de

determinados requisitos estéticos hereditários e não em razão de seus

valores morais.”

“SAC, uma história que Só o Amor

Constrói.”

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Page 5: Revista Inclusão

Deficiência Intelectual x Doença MentalDo que se trata?

Muita gente confunde Deficiência Intelectual e doença mental, mas é importante esclarecer que são duas coisas bem diferentes.Na Deficiência Intelectual a pessoa apresenta um atraso no seu desenvolvimento, dificuldades para aprender

e realizar tarefas do dia a dia e interagir com o meio em que vive. Ou seja, existe um comprometimento cognitivo. Seg-undo a Associação Americana Sobre Deficiência Intelectual do Desenvolvimento (AAIDD) a Deficiência Intelectual é o

funcionamento intectual significamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos de idade e limitações as-sociadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação, cuidado pessoal, vida no lar, adaptação social, uso de recursos da cominudade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho. Já a doença men-tal engloba uma série de condições que causam alteração de humor e comportamento e podem afetar o desempenho da

pessoa na sociedade. Essas alterações acontecem na mente da pessoa e causam uma alteração na sua percepção da realidade. Em resumo, é uma doença psiquiátrica, que deve ser tratada

por um psiquiatra, com uso de medicamentos específicos para cada situação.

Nordeste lidera o ranking de pessoas defi-cientes no Brasil e Fortaleza possui alto índice

de pessoas com algum tipo de deficiência.

“A cada 100 habitantes

de Fortaleza, 26 possuem algum tipo de deficiên-cia, seja ela visual, audi-tiva, motora ou mental, de acordo com dados do último censo de-mográfico

do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).”

Mais de 45,6 milhões de brasileiros declararam ter alguma deficiência, segundo dados do Censo Demográfico 2010. O número representa 23,9% da população do país. A deficiência visual foi a que liderou o lista e

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE).

chegou a 35,7 milhões de pessoas. Pelo estudo, 18,8% dos entrevistados afirmaram ter dificuldade para enxergar, mesmo com óculos ou lentes de contato. Entre as pes-soas que declararam ter deficiência visual, mais

de 6,5 milhões dis-seram ter a dificuldade de forma severa e 6 milhões afirmaram que tinham dificuldade de enxergar. Mais de 506 mil infor-maram serem cegas.

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Deficiência Visual, dicas de como se portar no convívio com essas pessoas.

- Não fale sobre a cegueira como se fosse a pior desgraça do mundo. Lembre-se que um deficiente visual com uma orientação adequada, a educação especial, a reabilitação e a profis-sionalização con-seguem ter sua vida independente e em muitos casos sustentar a família com o fruto de seu trabalho.

- A cegueira não é contagiosa, pode deixar seu filho brin-car com uma criança cega. Como toda cri-ança, a criança cega gosta de brincar, pula, jogar bola, tomar banho de piscina, usar o computador e fazer tudo o que a criança vidente (criança não cega) gosta de fazer. Desta forma você pode deixar seu filho brincar e também faz-er amizade com uma criança cega, pois o deficiente visual é um ótimo exemplo de pessoa que sabe superar barreiras.

- Cumprimente seu vizinho, amigo ou colega de trabalho cego, identifique-se, pois ele não o enx-erga. Muitas vezes o deficiente visual dá a mão como qualquer outra pessoa, pode ap-ertá-la normalmente, você irá observar que ele não estende a mão com precisão em sua direção, pois ele não sabe com exatidão a distância que você está dele no momento, não tenha nenhum receio, pode apertá-la. Quando necessitar afastar-se, comunique-o. Com isso você evitará a desagradável situação de deixá-lo falando sozinho, chamando a atenção dos outros sobre si.

- Ao dirigir-se a uma pessoa cega chame-a

pelo seu nome. Chamá-la de cego ou ceguinho é falta elementar de educação podendo mes-mo constituir ofensa chamar-se alguém pela palavra designativa de sua deficiência física.

- Quando conversar sobre a cegueira com quem não vê, use a pa-lavra cego sem rodeios.

- Hoje o deficiente visual, acessa a Internet através de programas que sonorizam os computadores, gosta de ouvir rádio, televisão e ir ao teatro, desta forma não tenha medo de falar sobre atualidades com ele. Porém, quando ele perguntar, descreva a cena, a ação e não os ruídos e diálogos, pois estes ele escuta muito bem.

- Não pense que todas as pessoas cegas são iguais, não general-ize aspectos positivos e negativos de uma pessoa cega que você conheça, estendendo-os aos outros cegos. Não se esqueça de que a natureza dotou a todos os seres de diferenças individuais mais ou menos acentuadas. O que os cegos têm em comum é a cegueira, porque cada um tem sua própria maneira de ser.

- Pelo fato do cego não enxergar as expressões fisionômicas e os gestos das pessoas, quando você estiver conver-sando com ele fale sobre seus sentimentos e emoções, para que haja um bom relaciona-mento.

- A pessoa cega tem condições de consultar o relógio (próprio para cego), discar o telefone, assinar o nome e andar na rua sozinho, não havendo motivo para que se exclame “que extraordinário” ou “que maravilha”.

- Ao ajudar a pes-soa cega a sentar-se, basta pôr-lhe a mão no espaldar ou no braço da cadeira, que isto indicará sua posição, sem necessidade de segurá-la pelo braço ou rodar com ela ou até puxá-la para a cadeira, lembre-se apenas que você tem de deixar a cadeira na posição que o deficiente visual deve sentar, porque inicial-mente ele ainda não sabe a posição que as outras pessoas estão no recinto.

- Ao guiar a pessoa cega basta deixá-la segurar seu braço que o movi-mento de seu corpo lhe dará a orientação de que ela precisa. Nas pas-sagens estreitas, tome a frente e deixe-a seguí-lo, com a mão em seu ombro. Nos ônibus e escadas basta pôr-lhe a mão no corrimão.

- O uso de óculos escuros para os cegos tem duas finalidades: de proteção do globo ocular e estética.

- Ao notar qualquer incorreção no vestuário de uma pessoa cega comunique-lhe, para que ela não se veja na situação desagradável de suscitar a piedade alheia.

O Deficiente Visual pode realizar inúmeras atividades, no entanto é necessário que haja uma adequação para a prática que deseja ser exercida. Calçadas adapta-das e equipamento que auxilia na educação matemamática devem fazer parte na

vida cotidiana.

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Page 7: Revista Inclusão

Projetos de inclusão social permitem o aces-so ao laser e esporte para deficientes.

Iniciativas nas praias brasileiras têm tornado possível a acesso ao banho de mar, mais atraentes as praias litoranêas dispõem de equipa-mentos que auxiliam um simples banho de praia algo impos-sível para pessoas com algum tipo de deficiência. A ação inclusiva é parte de uma união de esfor-ços. Com esteiras de acesso ao mar, cadeiras de rodas an-fíbias e profissionais qualificados para o banho assistido, gru-pos de organizações, Ongs e secretarias de turismo têm unido forças para incluir

quem tem algum tipo de limitação na realizaçõa de atividades físicas.Praias em Olinda e Fernando de Noronha, Porto de Galinhas e Boa Viagem, todas em Pernambuco,

oferecem apoio para entrar no mar com apoio do projeto Praia Sem Fronteira. Sem dúvidas os beneficiados pelo projeto sente-se verda-deirameite incluídos na

sociedade por meio de uma atitude que permite a inclusão. Para muitos é algo normal o ato de passear, praticar esportes, correr ou simplesmente caminhar, porém a uma

parcela significativa da população Brasileira que requer maiores cuidados e políticas de inclusão social.Dá ao deficiente o direito a vida digna e inclusiva é algo que

deve ser diariamente alcançado por mérito dos apoiadores que abraçam a causa.

Outra iniciativa inclu-siva é um projeto que coloca a parceria em prática literalmente.Criado em 2004 em Brasília, o projeto DV na Trilha é um exem-plo de como parcerias entre voluntários e instituições locais podem juntar esforços para que deficientes visuais possam prati-car atividades físicas, o intuito é andar de bicicleta. Com 20 bicicletas Tandem, que possuem dois lugares um para o condutor, o outro para o deficiente visual o grupo não poupou esforços para a inserção de defi-cientes no mundo do esporte, as reuniões do grupo ocorrem quinzenalmente no Jardim Botânico de Brasília. O grupo não somente pratica a modalidade por laser

como também participam de eventos esportivos na cidade. O desfio é grande mas os resultados são sigificativos e prazerosos, além da prática de pedalar por hobby a alguns que se

destacaram, e passaram a competir profissional-mente um feito que é considerado estimulante para os demais deficientes, Adauto Belle deficiente visual completou com

seu parceiro Leandro Macedo a prova Brasil Ride, os dois percorreram de mountain bike, numa Tandem, mais de 600 quilômetros na Chapada Diamantina, em sete dias.

Com os últimos resulta-dos, Adauto e Leandro estão se preparando para as Paralimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

Leandro Macedo e Adauto Belli no Campeonato Capital de Ciclismo

Voluntários do Projeto Praia Sem Fronteira ajudam criança deficiente no banho de mar.

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Page 8: Revista Inclusão

Superação não tem limite, Nick Vujicic o jovem palestrante sem braços e sem pernas.

Tratando-se de superação Nicholas James Vujicic, nascido sem pernas nem braços devido a uma rara doença chamada síndrome Tetra-amelia é um exemplo de vida.Vu-jicic viveu uma infância cercada de dificuldades e preconceito, foi proibido por lei estadual de assis-tir aulas em uma escola regular devido a sua defi-ciência física. Durante a sua escolaridade, as leis foram mudadas, e Vu-jicic foi um dos primei-ros estudantes deficientes físicos a ser integrado em uma escola. Ele aprendeu a escrever usando os dois dedos no pé esquerdo, e um dispositivo especial que deslizou sobre seu dedão do pé que usa para agarrar. Ele tam-bém aprendeu a usar um computador, jogar bolas de tênis, pentear o ca-belo, escovar os dentes, atender o telefone, fazer a barba… trata-se de um verdadeiro exemplo de como podemos superar nossos limites e nos adaptarmos as circuns-tâncias que qualquer ser humano é passível de adquirir ou já nas-cer com tal deficiência. Nascido em dezembro de 1982, é um pregador, um palestrante motiva-cional e diretor de uma organização cristã sem fins lucrativos chamada “Life Without Limbs” (em português significa: Vida sem Membros). Cresceu muito deprimido pelo fato de não possuir braços nem pernas, ele constantemente tinha pensamentos de suicídio, mais precisamente aos oito anos de idade já pensava em tirar a sua própria vida. Vujicic

implorava a Deus para que seus braços e pernas crescessem, tinha uma vida muito depressiva, foi quan-do sua mãe lhe mostrou um artigo em um jornal que noticiava a vida de uma homem que portava uma grave deficiência, aquilo o tocou e lhe fez refletir sobre o propósito de sua vida. Ele então percebeu que não era o único com problemas. Aos dezessete anos de idade começou a dá palestras e então formou a sua insti-tuição sem fins lucrativos. Nick formou-se na uni-versidade aos 21 anos de idade no curso de Contabi-lidade e Planejamento. Ele regularmente dá palestras sobre a questão da defi-ciência e da esperança. Além de todos esse feitos Nick já lançou dois livros, o primerio foi entitulado de “Uma vida sem limites” e em seu segundo livro chamado de “Indomável” ele expõe tudo o que é necessário para con-quistar o equilíbrio entre corpo e mente; coração e espírito, um conheci-mento que Nick tem de sobra e que faz questão de compartilhar. Em julho do ano passado Nick e Kanae Miyahara ficaram noivos. E no dia 12 de fevereiro desse ano eles se casaram e a cerimônia de casamento foi realizada na Califórnia.Nick recente-mente se tornou pai e vive intensamente ao lado de sua família e amigos, ele tinha tudo para desistir mas preferiu lutar e tornar sua vida um exemplo para todos que o conhecem, sua superação é incrível.

“Não há sentido em ser comple-to do lado

fora quando se esta que-

brado no interior.”

Nick, sua esposa Kanae e o seu filho Kiyoshi James Vujicic.

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