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Revista_Imprensa_15_Julho_2020

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Revista_Imprensa_15_Julho_2020

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Revista de Imprensa

1. Apoios a empresas, Correio da Manhã, 15/07/2020 1

2. Concorrência quer pôr fim às fidelizações, Correio da Manhã, 15/07/2020 2

3. Conta, peso e medida, Correio da Manhã, 15/07/2020 3

4. Utentes em risco por falta de enfermeiros, Correio da Manhã, 15/07/2020 4

5. Lei orçamental - riscos relevantes, Correio da Manhã, 15/07/2020 5

6. PCP não dá a mão ao PSD e ao PS para acabar com debates quinzenais, i, 15/07/2020 6

7. Geringonça. Costa aposta na esquerda para a estabilidade, i, 15/07/2020 8

8. Câmara assumem RSI e atendimento a famílias vulneráveis, Jornal de Notícias, 15/07/2020 9

9. Costa fará o que Costa faz sempre, Jornal de Notícias, 15/07/2020 10

10. EDP antecipa fecho da central de carvão de Sines para 2021, Negócios, 15/07/2020 11

11. TAP vai receber a primeira ajuda de 250 milhões na próxima semana, Negócios, 15/07/2020 15

12. Acesso à habitação é um novo risco social, Negócios, 15/07/2020 17

13. Costa: questão húngara não deve atrapalhar acordo na UE, Negócios, 15/07/2020 20

14. Sustentabilidade - Primeiro bairro solar do país estreia-se em Belas, Negócios, 15/07/2020 21

15. Banca negou mais pedidos de crédito na pandemia, Negócios, 15/07/2020 24

16. Covid-19 - Incentivos para o SNS “não são suficientes”, diz Catarina Martins, Público, 15/07/2020 29

17. Resposta em 10 dias para apoio após layoff, Correio da Manhã, 15/07/2020 30

18. Salários sobem 3,4%, Correio da Manhã, 15/07/2020 32

19. Incentivos para recuperação de consultas, Correio da Manhã, 15/07/2020 33

20. Protesto contra a não progressão, Correio da Manhã, 15/07/2020 34

21. Profissionais de lar, Correio da Manhã, 15/07/2020 35

22. Sobe e desce, Correio da Manhã, 15/07/2020 36

23. Sobe e desce, Correio da Manhã, 15/07/2020 37

24. IEFP promete acelerar apoio, i, 15/07/2020 38

25. Duas entrevistas ao Mundo da Aviação - Entrevista a José Sousa e Henrique Louro Martins, i, 15/07/2020 39

26. Novos funcionários só devem chegar após início das aulas, Jornal de Notícias, 15/07/2020 46

27. Incentivos para a saúde chegam a dobrar valor, Jornal de Notícias, 15/07/2020 47

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28. ACT, administração e precários de Serralves vão à AR, Público, 15/07/2020 48

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 28

Cores: Cor

Área: 4,86 x 4,74 cm²

Corte: 1 de 1ID: 87566528 15-07-2020

CASTELO DE PAIVA

APOIOS A EMPRESAS O Governo terá ontem garan-tido ao autarca de Castelo de Paiva, Gonçalo Rocha, apoios às empresas afetadas por um incêndio que coloca em risco cerca de 600 empregos no concelho. O fogo danificou oito empresas.

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A2

Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 35

Cores: Cor

Área: 22,49 x 21,97 cm²

Corte: 1 de 1ID: 87566819 15-07-2020

PORMENORES

5G A AdC lembrou as recomenda-ções, enviadas em finais do ano passado ao Governo, quanto a regras no 5G que permitam a entrada de novos operadores, a fidelização que cria barreiras à mobilidade dos consumidores e Impede a concorrência efetiva, defendendo uma reserva de es-petro nas faixas do 5G "mais in-teressantes e se possível com desconto" final.

Anacom O presidente da Anacom, João Cadete de Matos, disse, há um mês, que Portugal compara mal com outros países "quanto aos preços" e também "quanto ao número de operadores".

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PARLAMENTO

-

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Preços das telecomunicações em Portugal são mais elevados do que na União Europeia

Concorrência quer pôr fim às fidelizações CUSTO O Famílias portuguesas gastam uma média de 700 euros por ano em telecomunicações

SóNIA DIAS

Apresidente da Autoridade para a Concorrência de-fendeu (AdC) ontem, no

Parlamento, que o fim das fideli-zações deve ser ponderado. Ou-vida na comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Ha-bitação, apedido do BE, Marga-rida Matos Rosa disse, citando dados oficiais, que os gastos mé-

dios com telecomunicações são de 700 euros por ano por família, valor que considerou "muito" elevado e que leva a uma neces-sidade de se promover uma "pressão" sobre os custos e a qualidade do serviço.

"No caso das fidelizaç'ões dos serviços de telecomunicações, identificámos várias vulnerabi-lidades em termos de concor-

rência. Preços mais elevados do que na União Europeia, comum gasto médio por família de 700

REGULADOR SALIENTOU A IMPORTÂNCIA DO SETOR DAS TELECOMUNICAÇÕES euros por ano, uma reduzida mobilidade dos consumidores com práticas opacas muito se-

melhantes entre operadores e um elevado número de reclama-ções", afirmou.

"É essencial aproveitar" o mo-mento, disse, depois de salientar a importância do setor das tele-comunicações para a economia e famílias, e que o processo de di-gitalização se tornou essencial com apandemia, o teletrabalho e o ensino à distância. •

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 29

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Área: 25,70 x 16,61 cm²

Corte: 1 de 1ID: 87566535 15-07-2020

ASSIS E O CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL

Caminho Aberto eleição de Francisco Assis para Presidente do Conselho Eco-nómico e Social (CES) foi muito positiva. Com natureza consti-

tucional, o CES é o órgão de consulta e concertação no domínio das políticas eco-nómica e social e participa na elaboração dos planos de desenvolvimento económi-co e social. No CES têm assento represen-tantes das diferentes regiões do país, do governo e de praticamente todos os secto-res da sociedade portuguesa, constituin-do-se por isso na principal plataforma de diálogo interinstitucional no nosso país.

Compete à Assembleia da República ele-ger o Presidente do Conselho Económico e Social. A maioria de dois terços exigida para essa eleição traduz bem a importân-cia que a Constituição e a Lei atribuem àquele órgão e à personalidade escolhida para essas funções. A eleição de Assis veio

pôr fim ao impasse institucional que dura-va desde o início da legislatura, demons-trando que, afinal, a Assembleia da Repú-blica é capaz de construir soluções para as coisas verdadeiramente importantes, so-bretudo se considerarmos o contexto dos

alvores de uma profunda crise económica e social, que se agudizará de sobremaneira a partir do próximo outono.

Ao propor o nome de Francisco Assis, António Costa sabia estar a apresentar uma personalidade conhecida pela sua capacidade de diálogo e de compromis-so e cuja autonomia e estatura intelec-tual constituem garantias de indepen-dência no exercício das funções. Não admira por isso que tenha sido eleito à primeira tentativa.

Assis é também um político corajoso que num cenário adverso, recorde-se, foi já candidato a Secretário-Geral do PS contra António José Seguro, tendo então sido apoiado por António Costa. Talvez sem in-tenção, António Costa veio baralhar ou-tras cartas que na opinião pública e publi-cada pareciam marcadas - as cartas do fu-turo do PS. •

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CONTA, PESO E MEDIDA

A SEMANA

ÉPOCA BALNEAR Foi num contexto de grande exigência que a época bal-

near se Iniciou este ano, com ra-zões de sobra para preocupar os responsáveis políticos e operacio-nais. A normalidade com que tudo está a decorrer é digna de nota.

FOGOS Uma desgraça que chega sempre com o verão e que

exige sacrifícios a milhares de homens e de mulheres. Ainda agora começou e já temos um morto e vários feridos a lamentar.

MARCOS PERESTRELLO Deputado do PS

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 22

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Área: 16,59 x 21,41 cm²

Corte: 1 de 1ID: 87566464 15-07-2020

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Associação alerta para o défice de profissionais das UCCI e lançou petição

CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

Utentes em risco por falta de enfermeiros ALERTA() Há unidades de CCI que podem fechar por falta de profissionais PROBLEMA O Encerramento obriga a enviar os doentes para os hospitais

EDGAR NASCIMENTO

AidiLci de enfermeiros e o subfinanciamento estão a colocar em risco as uni-

dades de Cuidados Continuados integrados e os serviços a mi-lhares de utentes. A denúncia é de José Bourdain, presidente da Associação Nacional dos Cuida-dos Continuados, entidade que lançou uma petição para levar o assunto ao Parlamento.

"Este ano está pior, pois oGo-verno está a contratar muitos enfermeiros para os hospitais, devido à Covid, e muitos alunos

ASSOCIAÇÃO DEFENDE MAIS VAGAS NOS CURSOS E ESTÁGIOS NAS UCCI não conseguiram terminar os cursos por não ter havido está-gios", diz ao CM. Há unidades sem enfermeiros nos quadros. "Há um caso no Algarve em que os enfermeiros são contratados à hora, o que é um risco, pois os cuidados devem ser continua-dos e assim podem não ser feitos como deve ser". A Rede Nacio-nal de Cuidados Continuados Integrados é composta por cer-ca de 400 instituições, com 9215 camas. A Covid-19 veio piorar a

situação: desde o início da pan-demia já foram enviados dos hospitais para as UCCI mais de 6600 doentes, para libertar ca-mas no SNS. "Basta que feche uma unidade, são 100 ou mais pessoas que têm de ir para os hospitais, criando um problema

adicional", frisa José Bourdain. A solução passa por colocar os alunos de enfermagem a fazer estágios nas UCCI, abrir portas à imigração e mais vagas nos cur-sos de enfermagem. • NOTÍCIA EXCLUSIVA DA EDIÇÃO EM PAPEL

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 28

Cores: Cor

Área: 4,54 x 4,47 cm²

Corte: 1 de 1ID: 87566512 15-07-2020

LEI ORÇAMENTAL RISCOS RELEVANTES O presidente do Tribunal de Contas, Vítor Caldeira, diz que a proposta de alteração do Governo à Lei de Enqua-dramento Orçamental "não considera os riscos relevan-tes" identificados pelo TdC.

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 4

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Área: 22,60 x 31,50 cm²

Corte: 1 de 2ID: 87565793 15-07-2020

"1111114111~ 111Là.,;

PCP votará contra alterações do PSD e do PS sobre debates com o primeiro-ministro

O Radar //

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arlamento. PCP não dá a mão ao PSD e ao PS para alterar debates quinzenais

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CRISTINA RITA [email protected]

Os debates quinzenais podem ter os dias contados e desapa-recerem das regras do regimen-to no Parlamento. Mas, a serem uma realidade, só terão o apoio do PS e do PSD. O PCP colocou-se fora desta equação. António Filipe, deputado comunista, diz ao i que os comunistas não vão votar a favor da alteração des-te tipo de discussão.

"Não, não vamos [votar a favor]. Achamos que não se deve mexer nessa matéria". Contudo, Antó-nio Filipe lembra que não con-corda com tudo o que tem sido dito sobre o assunto. "Não con-cordo com muitas coisas que tem sido ditas, do género de acu-sações de que é o fim da demo-cracia. Não é verdade. A demo-cracia não nasceu com os deba-tes quinzenais e conviveu bem com os debates mensais como convive bem com os debates quinzenais. Agora, não vale a pena estar a alterar. Pelos vis-tos, a alteração não é pacífica e, portanto, é preferível manter como está", declarou ao i o depu-tado. Para o PCP "não se justifi-ca" estar a fazer esta mudança quando o tema não é pacífico no Parlamento. "Da nossa parte não estamos desconfortáveis com os debates quinzenais", concluiu.

Já Catarina Rocha Ferreira, deputada do PSD, diz ao i que os sociais-democratas "estão sempre numa perspetiva de melhorar o regimento o melhor possível. Não temos uma pro-posta estanque•de que tem de

ser a nossa obrigatoriamente" a vingar e a ser aprovada.

A parlamentar reconhece, con-tudo, que a proposta do PS "é muito semelhante" à do PSD, acreditando ser possível "che-gar a um consenso". Porém, a deputada afiançou que é preci-so avaliar este assunto em reu-nião do grupo de trabalho cria-do para o efeito.

A versão dos sociais-democra-tas prevê quatro debates com o primeiro-ministro em setem-bro, janeiro, março e maio de cada sessão legislativa, mais qua-tro debates, a saber: Orçamen-to do Estado, Estado da Nação e dois debates sobre assuntos europeus. Na prática serão oito presenças obrigatórias, preven-do-se ainda debates setoriais no Parlamento, com diferentes ministros. Na versão socialista, o primeiro-ministro iria ao Par-lamento a cada dois meses fazer uma intervenção e responder aos deputados. Na prática, a redação do texto é diferente da do PSD, mas converge com o número de presenças obrigató-rias previstas pelos sociais-demo-cratas. Os socialistas advogam ainda que, em substituição dos debates quinzenais, haveria o Debate com o Governo, além da presença obrigatória do primei-ro-ministro para o debate do Estação Nação e matérias sobre a União Europeia.

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duar-te Cordeiro, disse ontem, numa entrevista à Lusa, que "a quan-tidade não faz necessariamen-te a qualidade".

Ontem, o grupo de trabalho reuniu-se para debater várias propostas e a discussão nem entrou na votação propriamen-te dita. A redução do número de plenários por semana ( de três para dois) como propõe o PSD acabou por gerar polémica, com o PCP, o CDS, o PAN, a Iniciati-va Liberal e a deputada Joaci-ne Katar Moreira a contestarem a proposta. O BE também é con-tra a medida, afiançou ao i fon-te do partido. O PS mostrou tam-bém reservas sobre esta medi-da, segundo a Lusa e a TSF, e Teimo Correia, líder parlamen-tar do CDS, não poupa críticas a esta iniciativa, tal como a da alteração dos debates quinze-nais. Em declarações ao i, Tei-mo Correia disse que "é contra tudo o que reduzir a capacida-de de escrutínio, de debate ou de fiscalização do Governo".

Mais, contesta a "filosofia" das propostas do PSD de colocar os deputados como "uma espécie de burocratas". Em causa está a redução do número de plená-

rios semanais, tendo como con-traponto, o reforço do trabalho e horas nas comissões. Para o CDS esta proposta vem na linha das propostas do PSD, designa-damente, dos debates quinze-nais ou a redução das idas do primeiro-ministro ao Parlamen-

Telmo Correia, do CDS, contra tudo o que seja

reduzir fiscalização ao Governo

Medidas de alteração

regimental votadas no próximo

dia 23 de julho

tou para debater a construção europeia.

"Se fosse o líder do maioria opo-sição, o que eu estaria a exigir, neste momento, ao primeiro-ministro, que não vai há mais de um mês ao Parlamento , é que aparecesse lá para explicar o que está a acontecer com o descon-finamento em Lisboa", atirou Tei-mo Correia. O conjunto destas propostas do PSD ( redução do número de plenários semanais e do número de debates com o primeiro-ministro) mereceram um ataque ainda mais duro de Teimo Correia: "Estas propostas só poderiam vir de um partido de oposição, porque se viessem do partido do Governo era um escândalo de tal ordem que nem oDr..Cavaco Silva no auge de sua governação se lembraria de uma coisas destas". No limite, se PS e PSD estiveram de acordo, os deba-tes com o primeiro-ministro vão mesmo ser alterados. A votação das alterações está prevista para 23 de julho, o último dia de ple-nário da sessão legislativa.

António Filipe diz ao i que os comunistas não se sentem desconfortáveis com os debates quinzenais. Redução do número de plenários isola PSD.

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 4,75 x 4,35 cm²

Corte: 2 de 2ID: 87565793 15-07-2020

Bru

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1,59E // Quarta-feira, 15 julho 2020 // Ano 11 // Diário // Número 3252 // Diretor: Mário Rarnires // Dir. exec.: Vítor Ranho // Dir. exec adjunto: José Cabrita Saraiva // Subdir. exec.: Mata F. Reis // Dir de arte: Francisco Alves

RICARDO SALGADO ACUADO DE ASSOCIAÇÃO J. CRIMINOSA E CORRUPÇAO MP acusa 25 arguidos pela queda do Grupo Espírito Santo e defende que causaram prejuízos de 11,8 mil milhões. Defesa do ex-banqueiro cli7 que acusação "falsifica" a história do BES //PÁG. 32

Na Grande Lisboa, casos de covid-119 só não diminuíram na capital DGS voltou a publicar dados por concelho. Capital registou 439 novos casos desde 4 de julho, mantendo-se no mesmo patamar do final de junho. Sintra, Loures, Amadora e Odivelas melhoraram /, PÁGS. 2-3

DUAS ENTREVISTAS AO MUNDO DA AVIAÇÃO

José Sousa, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos f.

"Rui Moreira foi o político português que mais defendeu as low-cost contra a TAP" "Comparar a TAP ao Novo Banco é simplesmente uma patetice"

Henrique Louro Martins, presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil

"Há pessoas na TAP a receberem 300 euros" "Nos aviões, os tripulantes têm receios"

"O valor pago a David Neeleman pela parte que detinha na TAP [55 milhões] foi exagerado perante o prejuízo

que este acionista deixou na empresa" // PÁGS. 16-21

Luís Filipe Vieira constituído arguido e CMVM suspende ações do Benfica

PCP não dá a mão ao PSD e ao PS para acabar com debates quinzenais

EDP antecipa fecho das centrais a carvão. Sines encerra já em 2021

EUA estão a deportar para os países de origem infetados com covid-19

Supremo diz-se incompetente na providência cautelar contra Centeno

// PÁG. 7 // PÁG. 4 // PÁG. 9 // PÁG. 10 // PÁG. 32

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Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 5

Cores: Cor

Área: 13,99 x 29,98 cm²

Corte: 1 de 1ID: 87565819 15-07-2020

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Nt;i,

Geringonça. Costa aposta na esquerda para a estabilidade Para o primeiro-ministro, o PSD "não tem peste", mas o Bloco Central empobrece a democracia.

O primeiro-ministro foi ontem a Budapeste, Hungria, para falar com o seu homólogo Viktor Órban, um conservador de direita que pode fazer a diferença num acor-do para o próximo conselho euro-peu. Porém, no final do encon-tro, e à margem do debate euro-peu, António Costa também abordou a situação política inter-na do país. Para que não restem dúvidas é à esquerda que preten-de prosseguir para o Orçamento de 2021. Hoje, recebe o PCP e o BE. "Não há ra710 para que não seja assim depois de cinco anos de sucesso para o país, declarou ochefe de Governo numa entre-vista à RU'.

Para António Costa, a "demo-cracia vive da existência de alter-nativas. Pelas maiorias à direita lideradas pelo PSD e à esquerda pelo PS. Uma solução de Bloco Central seria fator de empobre-cimento da democracia. Os por-tugueses sempre que quiseram mudar de maioria, mudaram. Quando quiserem mudar, têm de ter alternativa Eu não tenho pres-sa, espero que eles também não tenham pressa". Recados dados aos parceiros de esquerda da ante-rior legislatura, Costa também quis esclarecer que "é um roman-

ce que não vale a pena continuar a alimentar porque não tem fim, ninguém caminha para ai", leia-se de aproximação entre PS e PSD.

Se é certo que os sociais-demo-cratas "não têm peste", o primei-ro-ministro quis contextualizar o registo de colaboração do PSD se deve inserir no combate à pan-demia. E advogou que perante o grau de incerteza sobre o que vai acontecer no outono e no inver-no. Ou seja, Costa aludia a uma possível segunda vaga.

Neste cenário, o desejável é ter sempre entendimentos o mais alargados possíveis, para o país estar preparado e resistir (dis-pensando um novo estado de emergência).

Sobre a reunião do Conselho Europeu, Costa mostrou-se um "otimista impenitente". Mais, "não vejo nenhuma razão, desde que

"Não vale a pena alimentar

o romance do Bloco Central", diz António Costa

"Sou um otimista impenitente",

assumiu o primeiro-ministro

sobre acordo na UE

haja política, para que não haja acordo" após o encontro de 17 e 18 de julho. E deixou um aviso: "Não conseguirei perceber por-que é que não haverá vontade política face a esta situação dra-mática que todos estamos a sofrer, não apenas do ponto de vista sani-tário, mas também económico e do emprego". Dito de outra for-ma, o mercado interno está para-lisado e "se isto não arrancar, nada arranca".

Sobre a polémica com a Hungria e o cumprimento do Estado de Direito, Costa preferiu remeter essa discussão para os tratados euro-peus. "Os valores não se compram. Se há um problema de valores, deve ser tratado com está previs-to no artigo 7.'2 da UE (dota a UE da capacidade de intervir em caso de risco manifesto de violação gra-ve dos valores comuns, e que de resto já foi acionado na Hungria)", declarou António Costa.

Ora, Duarte Marques, deputado do PSD, já reagiu a esta posição de Costa "Na Comissão de Assun-tos Europeias da Assembleia da República, o PSD acabou de repu-diar estas declarações de António Costa para quem, ao que parece, há valores que se compram".

Na véspera, o primeiro-minis-tro já tinha estado em Haia, Paí-ses Baixos. Entretanto, o presi-dente do Conselho Europeu, Char-les Michel, vai prosseguir a ronda de contactos telefónicos na vés-pera da reunião e falará também com o primeiro-ministro portu-guês. Cristina Rita

-

António Costa foi ontem a Budapeste falar com Viktor Orban rwi ITER AKIÚNIO COM

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 16

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Área: 14,12 x 25,99 cm²

Corte: 1 de 1ID: 87565451 15-07-2020

Mf

Refeições de crianças no pré-escolar é nova área

Câmaras assumem RSI e atendimento a famílias vulneráveis

Governo e Associação de Municípios fecham transferência da Ação Social. Competência pode ser delegada em IPSS

Alexandra Figueira [email protected]

DESCENTRALIZAÇÃO As câ-maras vão acompanhar os contratos de inserção assi-nados por quem tem rendi-mento social de inserção (RSI), e receber famílias vulneráveis ou em exclusão social. A Associação Nacio-nal de Municípios (ANMP) e Governo chegaram a acor-do sobre a transferência de competências na Ação So-cial, pela qual deverão rece-ber 50 milhões de euros, ad-mitiu já a ministra da tute-la, Alexandra Leitão.

Trinta dias depois de o de-creto-lei entrar em vigor, a Segurança Social dirá a cada município quanto dinheiro e trabalhadores vai receber. Depois, o município terá também trinta dias para se pronunciar - se não o fizer, deduz-se que está de acordo.

De seguida, o Governo terá outros trinta dias para publicar o mapa do Fundo de Financiamento da Des-centralização, para pagar a área do RSI e do atendimen-to e acompanhamento so-cial. Por último, acrescem outros 60 dias para que a câ-mara recuse esta competên-cia para o ano de 2021.

No limite, todas as compe-

tências já acordadas serão transferidas até 31de março de 2022. A Ação Social foi a última e, a par da Educação e Saúde, é a que envolve mais dinheiro e pessoal.

MELHORAR CASA DE IDOSOS

No RSI, continua a ser a Se-gurança Social quem decide se a pessoa tem direito ao subsídio, mas a elaboração e acompanhamento do con-trato de inserção que os be-neficiários assinaram fica na esfera das câmaras. A lei permite-lhes delegar esta competência em Institui-ções Particulares de Solida-riedade Social (IPSS).

O atendimento e acompa-nhamento de famílias vul-neráveis também deixará

de ser feito pelos centros da Segurança Social e passa para as câmaras (ou IPSS). E ficam a seu cargo os relató-rios feitos quando uma fa-mília recebe uma ajuda em dinheiro eventual.

As câmaras também terão competência para melhorar as condições das casas de idosos, pelas refeições e ani-mação de crianças no pré--escolar e executar os con-tratos locais de desenvolvi-mento social. Vão, ainda, fa-zer cartas sociais munici-pais, uma lista dos equipa-mentos sociais existentes. Se o Estado quiser criar um novo equipamento, terá que ouvir a câmara. Se o seu parecer se for negativo, será vinculativo. •

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Costa fará o que Costa faz sempre

POR Pedro Ivo Carvalho Diretor-adjunto

Deve haver poucos politicos na Europa com uma capacidade tão grande de adapta-ção às circunstâncias como a demonstrada nos últimos anos por António Costa. O pri-meiro-ministro é capaz de acordar com Deus e deitar-se com o Diabo exibindo o mesmo sorriso confiante e inabalável. Onde muitos veem um talento natural na difícil arte da sobrevivência política, ou-tros identificam apenas uma prova de que opragmatismo ainda é o melhor salvo--conduto de um líder. Estou com os segun-dos. Os estados de alma não decidem. O PS, que hoje começa a discutir com o BE e o PCP os contornos de um entendimen-to no âmbito do Orçamento do Estado do próximo ano, já não está amarrado ao pas-sado da geringonça, mas continua refém de um futuro próximo que ameaça ser de-sastroso para a economia do país e para a vida de uma fatia considerável dos portu-gueses. Costa não quer alimentar o "ro-mance" com o PSD, partido que, sublinha, "não tem peste", mas sabe que tem em Rui Rio um opositor que apenas ocasio-nalmente mostra as garras. Pode, por isso e para já, fazer tímidas juras de amor aos partidos de Esquerda, uma vez que o espí-rito patriótico de Rui Rio (sem ironias) acabará por prevalecer caso haja necessi-dade de manobrar algumas peças no tabu-leiro partidário. A maior fragilidade do primeiro-ministro (o contexto económico tenebroso) é tam-bém o seu maior trunfo. O país precisa de alternativas e de espírito crítico, mas não carece definitivamente de uma crise. O regresso do fantasma do Bloco Central agitado pela Esquerda dá certamente bons títulos de jornal, mas apenas isso. É uma discussão bizantina. Porque, na verdade, ele já existe. E não são dois partidos. São dois homens: António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa. A estabilidade conjuntu-ral do país está diretamente ligada à lon-gevidade política de ambos. Amparado pelo presidente da República, Costa fará o que Costa faz sempre: negociará com quem for preciso para ganhar.

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ENERGIA

EDP fecha central de Sines em 2021 se Estado aprovar A elétrica agora liderada por Stilwell d' Andrade anunciou que vai pedir para encerrar a central a carvão de Sines em janeiro de 2021. Mas o Governo vai dizendo que tem de se analisar se o abastecimento sem essa central está garantido. EDP argumenta com a pouca atividade que a central tem tido.

ALEXANDRA MACHADO*

[email protected]

MARIA JOÃO BABO

mbabo®negocios.pt Ad EDP, afinal, preten-

e fechar a central a carvão de Sines em janeiro de 2021, face

pretensão do Go-verno de a fechar até 2023, tendo logo inscrito no calendário 2021 mas para o fecho da central do Pego, da Trustenergy e Endesa.

A EDP anunciou que a central que aquece as águas de São Tor-pes vai continuar a produzir só para queimar o carvão que tenha ainda em stock. Aliás, a central está parada desde janeiro, depois de em 2019 a geração de energia elétrica a partir do carvão ter caí-do cerca de 50% face a 2018. Além de estar parada desde janeiro, não tem, segundo disse ao Negócios a EDP, atividade regular desde ju-lho de 2019. Daí que, no último ano, a produção líquida tenha fi-cado nos 8.067 GWh em 2018, caindo para 4.030 GWh no ano seguinte. Este ano ainda só pro-duziu 47 GWh.

Governo quer garantia de abastecimento A EDP entregou à Direção- Geral de Energia e Geologia (DGEG) uma declaração de renúncia à li-cença de produção para que pos-sa encerrar a sua atividade em ja-neiro de 2021. Só que não basta isso. Como já avisou o Governo, nas palavras de João Pedro Ma-tos Fernandes, no Parlamento, a DGEG tem agora seis meses para avaliar o pedido, e ainda que o anúncio seja "uma boa notícia", suscita, no entanto, "inquieta-ções". É que o encerramento da central de Sines não pode pôr em

causa a segurança do abasteci-mento. Em sua opinião, "a situa-ção ideal seria o encerramento da central acontecer já com as barra-gens do Alto Tâmega a funciona-rem e com a construção da linha 400 kV que ligará Ferreira do Alentejo a Tavira concluída".

É por isso que Matos Fernan-des deixa já o aviso de que se o en-cerramento em janeiro de 2021 for rejeitado, não haverá lugar a "qualquer tipo de compensação à empresa" para que a central con-tinue a produzir. A EDP realça que o encerramento também não irá levar a compensações.

No entanto, pelo facto de não estar a produzir desde janeiro de 2020 e não ter atividade regular desde julho de 2019, a EDP diz que, daqui, se pode concluir que "o sistema elétrico nacional já não necessitou da capacidade de Sines deste período".

Matos Fernandes também fala, aliás, da existência de outras redundâncias. Por isso, "é uma matéria que estamos a estudar. Treinos verificar se este objetivo, que consideramos uma boa notí-cia, será concretizável no prazo proposto pela EDP".A central, em produção há 35 anos, tem 1.180 IVIW de potência.

Mais custos no ano para a EDP Com o anúncio da EDP de que iria antecipar o encerramento das suas centrais a carvão - além da de Sines, a elétrica tem mais duas em Espanha, a de Soto da Ribera e a de Aboilo -veio também o va-lor da fatura.A EDP terá um "cus-to extraordinário de cerca de 100 milhões de euros (utes de impos-tos) em 2020", isto depois de játer contabilizado impatidades de 200 milhões em 2019 pelas centrais a carvão, que, revelou, estavam já a perder competitividade, o que, se-

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66 Iremos verificar se este objetivo, que consideramos uma boa notícia, será concretizável no prazo proposto pela EDP.

JOÃO PEDRO MATOS FERNANDES

Ministro do Ambiente

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gundo explicou então, resultou da "deterioração material das pers-petivas de rentabilidade das cen-trais elétricas a carvão no merca-do ibérico", da "vontade política de antecipação dos prazos de encer-ramento destas centrais" e da "ma-nutenção de uma elevada carga fis-cal sobre estes ativos".

Agora, a decisão prende-se também "como crescente aumen-to do custo da produção a carvão e do preço das licenças de emissões

de CO2, aliado a um agravamento da carga fiscal, e com a maior com-petitividade do gás natural". Com isto, "as perspetivas de viabilidade das centrais a carvão diminuíram drasticamente". Esta segunda-fei-ra, leMbra a elétrica, as licenças de emissão de CO2 atingiram o má-ximo dos últimos 14 anos.

O custo de 100 milhões é pelo encerramento das centrais a car-vão na Península Ibérica, não ten-do sido divulgado o valor só tendo

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A EDP quer agora fechar a central a carvão de Sines em janeiro de 2021.

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ECONOMIA AZUL

Lota digital "inunda" portos com 1 milhão

RENOVÁVEIS O objetivo do plano nacional de energia é que as renováveis contribuam com 80% da produção elétrica no horizonte 2030.

CARVÃO O carvão contribuiu com 10% da produção elétrica em 2019, ano em que 51% da produção foi por fontes renováveis.

A Bitcliq é a primeira empresa de economia azul a ter o investimento do Fundo de Investimento social. Objetivo é trazer a digitalização à pesca.

Luís Guerreiro

A EDP compromete-se também a cumprir todas as obrigações laborais com os 107 trabalhadores da central. EDP

Comunicado

em conta Sines. "Esses valores estão a ser estimados a nível ibé-rico", diz fonte oficial da empre-sa ao Negócios.

Como encerramento dacen-tral em janeiro de 2021, a EDP projeta que "os trabalhos de des-comissionamento e desmantela-mento da central deverão iniciar--se após o fecho da central, de-vendo durar cerca de cinco anos".

Ainda que a EDP garanta es-tara avaliarem Sines o desenvol-vimento de um projeto de pro-

Pré-reformas e mobilidade

A EDP promete "cumprir todas as obrigações laborais com os 107 trabalhadores da central". O pre-sidente da Câmara Municipal de Sines, N uno Mascarenhas, tam-bém já fez saber que se reuniu com a EDP "para encontrar solu-ções que minimizem os impactos" do encerramento da central. Ao Negócios, fonte oficial da elétrica garante que tem já estudada a si-tuação dos 107 colaboradores: "Uma parte preenche requisitos de reforma e pré-reforma pelo que poderá ser acordada a passa-gem a essa condição, e os restan-tes terão acesso a oportunidades de mobilidade no grupo EDP." A elétrica diz-se "ativamente com-prometida para que, em parcerias com instituições nacionais e tam-bém promovendo o acesso ao Fun-do para a Transição Justa, se pos-sa fomentar a requalificação do emprego e criação de novas opor-tunidades e projetos na região". A EDP espera, ainda, durante o período de desmantelamento, que deverá durar cinco anos, usar prestação de serviços de terceiros.

dação de hidrogénio verde, a em-presa assegura que "as avaliações feitas não apontam para uma re-conversão da central, tanto por motivos técnicos como econó-micos, mas sim para o aprovei-tamento de infraestruturas as-sociadas à central para este pro-jeto de hidrogénio verde", que, espera a empresa, possa "ser um novo polo de dinamismo para a economia local e do país". E o que a EDP fala de um "novo ci-clo" para Sines.• *com Aso

A start-up Bitcliq, criadora de uma "lota digital", prepara-se para fe-char urna ronda de investimento de um milhão com o contributo fi-nal do Rindo de Investimento So-cial (FIS). Esta é a primeira vez que o FIS investe em economia azul, e fá-lo no sentido de ajudar a digitalizar o setor das pescas de norte a. sul.

O FIS decidiu atribuir 350 m i 1 euros à Bitcliq, a qual junta desta forma um milhão em investimen-to, depois de ter recebido apoio dos fundos de capital de risco Indico Capital Partners e LC Ventures.

Com esta quantia, a Bitcliq vai poder sai?' de Peniche, onde lan-çou um piloto da lota digital ainda em 2019, e alargar as operações, ao mesmo tempo que pretende melhorar a tecnologia e a gestão da cadeia logística. O fundador da start-up, Pedro Manuel, avança que, nos próximos três meses, a Bitcliq deverá chegar a um porto a sul de Lisboa e, depois disso, a outros na zona da Grande Lisboa e do Grande Porto.Além disso, es-tão "a ser desafiados" por empre-sas do setor a entrar em Espanha ainda este ano.A Docapesca, a en-tidade estatal que é responsável pela primeira venda de pescado em território continental, vai aju-dar na expansão.

Para já, a experiência em Pe-niche, que conta com uma rede de 30 barcos, demonstrou, segundo os responsáveis, que, com o auxí-lio desta plataforma, os pescado-res conseguem um ganho adicio-nal de 20% na sua atividade.

O FIS investe em projetos de impacto social e justifica a aposta na Bitcliq com a "maior rentabili-dade" que traz aos pescadores e a segurança alimentar para o consu-midor, já que a aplicação permite rastrear o peixe através da tecnolo-gia "blockchain", dando informa-ção sobre a sua origem.Aplatafor-

66 É impressionante como os pescadores usam agora smartphone para rentabilizar o seu trabalho. MARCO FERNANDES

Presidente PME Investimentos

ma faz também a ponte com em-presas da restauração, peixarias, su-permercados e grandes grossistas como a Nialcro, facilitando o escoa-mento do pescado. Os pescadores, logo que têm o produto disponível, podem colocá-lo online.

Marco Fernandes, presidente da PME Investimentos, que é a en-tidade pública que gere o FIS, clas-sifica a plataforma da Bitcliq como "disruptivo para a comunidade". "É impressionante como os pesca-dores, que ao longo de tantos anos trabalharam de determinada for-ma, usam agora um smartphone para rentabilizar o seu trabalho".

O FIS, que só investe em par-ceria com privados, confia na In-dico para ajudar a levar este pro-jeto a bom porto. Este fundo so-cial ainda só investiu cerca de 1,5 milhões de um total de 41 milhões de euros de capital disponível, mas está a avaliar16 candidaturas, que podem merecer cerca de um mi-lhão cada.

O "managing general partner" da Indico, Stephan Morais, afirma que este investimento se enquadra na "aposta em investimento social-mente responsável" dentro dos princípios das Nações Unidas que ofundo tem vindo a fazer. •

ANA BATALHA OLIVEIRA

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ENERGIA RENOVÁVEL

Sines pode captar fábrica de projeto solar de 1,9 mil milhões Embora os planos ainda não estejam fechados, Portugal está a ser encarado como uma localização "natural" para integrar uma cadeia de valor europeia na indústria do solar. Sines pode ter uma nova fábrica já em 2021.

João Miguel Rodrigues

7 4775.7.5.

Marc Rechter, CEO do Resilient Group, é também o dinamizador da indústria do hidrogénio verde em Portugal.

66 Portugal e Espanha são mercados naturais para o solar. O porto de Sines é bastante competitivo em termos de exportação, pelo que é um bom sítio para estabelecer uma fábrica. MARC RECHTER

CEO do Resilient Group

e fundador da MCPV

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15 PRODUÇÃO O objetivo é criar uma capacidade agregada de produção de módulos e células fotovoltaicas de 15 gigawatts anuais.

70 DOMÍNIO CHINÊS A China controla 70% do mercado de painéis solares globalmente, pelo que a Europa se quer impor.

ANA BATALHA OLIVEIRA

[email protected]

stá a nascer um novo

Fji projeto de energia solar a nível europeu, que pressupõe um investi-

mento de1,9 mil milhões de euros. Sines é uma das localizações que estão em consideração para er-guer urna das fábricas do projeto.

Estes planos nascem no seio de uma nova empresa, a MCPV, criada por Marc Rechter, CEO do Resilient Group e dinamizador da indústria do hidrogénio verde em Portugal. O objetivo da MCPV é atingir urna capacidade agregada de produção de módulos e células fotovoltaicas com capacidade de 15 gigawatts por ano até 2026. Para isso, considera implementar

uma estratégia de cadeia de valor integrando seis países: Portugal, Alemanha, Bélgica, Holanda, França e Áustria.

"Portugal e Espanha são mer-cados naturais para o solar. Quan-do olhamos para o mercado ibéri-co podemos ver que ainda têm de ser construídas muitas dezenas de gigawatts", afirma Rechter, em de-clarações ao Negócios, salientan-do ainda que "o porto de Sines é bastante competitivo em termos de

A MCPV pretende criar uma cadeia de valor integrada em seis países europeus.

exportação, pelo que é um bom sí-tio para estabelecer urna fábrica". Se tudo continuar a desenvolver-se como previsto, pode iniciar-se a construção de uma fábrica de célu-las e módulos fotovoltaicos nesta localidade ainda em 2021, estima.

Neste momento, Rechter diz estar "em discussão com urna va-riedade de empresas internacio-nais para a implementação desta estratégia" e em processo de an-gariar o financiamento, de 1,9 mil milhões de eu os. No total, o pro-jeto deve criar mais de 9.000 em-pregos espalhados pelas diferen-tes localizações.

O plano foi apresentado, na se-mana passada, junto da Comissão Europeia, num evento do setor, a Solar ManufacturingAccelerator Conference. Nessa ocasião, esti-veram presentes ministros e legis-ladores europeus assim corno o vice-presidente do Banco Euro-peu de Investimento (BEI), An-

drew McDowell. No rescaldo, McDowell afirmou que o BEI compromete-se a apoiar o desen-volvimento da nova geração de tecnologia solar na Europa.

"Renascer" de uma indústria O Solar ManufacturingAccelera-tor, no âmbito do qual foi apresen-tada a MCPV, é uma iniciativa para relançar a indústria da ener-gia solar. Esta necessidade, de acordo com Rechter, coloca-se depois de no início do milénio a China ter investido a fundo no so-lar, até passar a ter o domínio e a fabricar 70% dos painéis.

Contudo, o empresário acredi-ta que já se deu um salto na tecno-logia:as células fotovoltaicas PERC (Passivated Emitter Rear Cell), nas quais os chineses se impuseram, es-tão a ficar para trás em termos de eficiência face às produzidas com a tecnologia deheterojunção (HJT). "Neste campo, temos a oportuni-

dade de competir de novo com a China", sublinha Rechter, ao mes-mo tempo que relembra que o in-vestimento no solar é "muito im-portante" para suportar a evolução da indústria do hidrogénio verde. "Quase todo o equipamento solar que compramos vem da China. Se a China aumentar os preços vai en-carecer enormemente a transição energética", afirma.

Desta forma, acredita o CEO do ResilientGroup,"temos de con-seguir massa crítica o mais rapida-mente possível para conseguirmos uma posição competitiva nos pró-ximos 5 a 10 anos". Além disso, é preciso fazê-lo com elevados pa-drões de sustentabilidade ecológi-ca, que já estão a ser trabalhados ao nível das diretivas europeias, asse-gura. O objetivo é construir uma in-dústria que, de raiz, se preocupe com apegada de carbono e que in-clua processos de economia circu-lar, como será o caso da MCPV. •

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Justiça

Ministério Público acusa 18 pessoas pelo caso Espírito Santo

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EMPRESAS I.

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Banca negou mais pedidos de crédito na pandemia Proporção de empréstimos rejeitados a particulares aumentou 1 Restrições ao crédito vão ser ainda maiores 1 Roland Berger diz que a banca irá perder, no mínimo, três mil milhões este ano. PRIMEIRA LINHA 4 a 7

TAP vai receber primeira ajuda de 250 milhões na próxima semana Apoio servirá para pagar salários e despesas com os fornecedores. EMPRESAS 18

CMVM vai comparar comissões

MERCADOS 22 e 23

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EDP antecipa fecho da central de carvão de Sines para 2021 Cidade alentejana pode captar fábrica de projeto solar de 1,9 mil milhões Elétrica pediu autorização para encerrar esta unidade, mas o Governo avisa que a decisão depende da garantia de abastecimento de energia,

Estudo

Acesso à habitação é um novo risco social Esta é uma das conclusões de um trabalho que será divulgado hoje.

ECONOMIA S e 9

Sustentabilidade

Primeiro bairro solar do país nasce em Belas

EMPRESAS 14 a 16 EMPRESAS 20 e 21

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Corte: 1 de 2ID: 87565454 15-07-2020

AVIAÇÃO

Primeiros 250 milhões previstos chegar à TAP na próxima semana O acordo para a saída de David Neeleman está em vias de ser fechado e a assembleia-

-geral que a companhia brasileira Azul marcou para 10 de agosto não trava a injeção da primeira tranche da ajuda à TAP, aprovada por Bruxelas há já mais de um mês.

Mário Cruz/Lusa

MARIA JOÃO BABO

[email protected] AIR P ccr

TUGAL cr r c- cs

Administração deve diminuir se

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Aprimeira tranche do empréstimo de 1.200 milhões de euros à TAP está prevista ser

libertada na próxima semana, sabe o Negócios, o que permitirá à companhia aérea receber 250 milhões de euros para fazer face ao pagamento de salários a traba-lhadores e a compromissos com fornecedores.

Depois de a 2 de julho o Gover-no ter anunciado o acordo para a compra, por 55 milhões de emos, de direitos devoto, direitos econó-micos e direitos de saída de David Neeleman e da Azul, no final da semana passada toda a documen-tação ficou fechada.Assim, prevê--se que ainda esta semana sejam formalizadas as assinaturas, reu-nindo-se, assim, as condições para realizar a injeção.

Apesar de a companhia brasi-leira Azul ter agendado para 10 de agosto a assembleia-geral que irá aprovar o acordo obtido com o Governo português, a entrada de dinheiro na TAP "não está depen-dente" dessa reunião de acionis-tas, garantiu ao Negócios fonte ofi-cial do Ministério das Infraestru-turas. A Azul, de que Neeleman é "chainnan" e acionista, vai rece-ber 10,6 milhões, dos 55 milhões por que foi feito o negócio, pela participação que tinha na Atlan-tic Gateway, tendo, ao mesmo tempo, abdicado do direito de conversão do empréstimo obriga-cionista de 90 milhões de euros que fez à TAP em 2016, que lhe poderia dar 6% da companhia, comprometendo-se assim a man-tê-lo até à maturidade, em 2026.

cc

Para a ajuda à TAP ser liberta-da era necessária, segundo o Exe-cutivo, a concretização formal do acordo, a reformulação da estru-tura acionista e a revisão do acor-do parassocial.

Com a operação, o Estado fi-cará com 72,5% da TAP, enquan-to a Atlantic Gateway, de Hum-berto Pedrosa, responderá por

1.200 AUXÍLIOS Dos 1.200 milhões que

o Estado pode injetar na TAP, 946 milhões entrarão até dezembro, havendo um "buffer"

até fevereiro.

SE-

22,5%. No acordo obtido com Da-vid Neeleman e a Azul estes re-nunciam à litigância com o Esta-do português.

David Pedrosa indisponível para suceder a Antonoaldo Depois dc. na conferência dc im-prensa em que anunciou o acor-do, o ministro das Infraestruturas ter afirmado que o presidente exe-cutivo da transportadora, Anto-noaldo Neves, será substituído de imediato, o gestor não apresentou até agora a sua renúncia ao cargo nem foi contactado por ninguém.

Em entrevista ao Negócios, publicada a 6 de julho, Pedro Nuno Santos adiantou ter ideias para a sua sucessão, que seria fei-ta internamente, mas sem revelar quais. David Pedrosa, que já inte-gra a comissão executiva da TAP, foi um nome avançado pelo Jor-nal Económico como possível su-

C1). - e

cessor deAntonoaldo Neves, mas oNegócios sabe que o gestor, filho de Humberto Pedrosa, já manifes-tou não estar disponível para as-segurar essas funções nesta fase transitória.

O ministro das Infraestrutu-ras garantiu já que, para a gestão futura, será contratada uma em-presa especializada para procurar gestores profissionais com com-petênci a na área da aviação.

Aprovação de Bruxelas foi há mais de um mês Com todas as decisões que tive-ram de ser tomadas na companhia aérea, que parou praticamente toda a sua operação devido aos impactos do novo coronavírus, passou já mais de um mês desde que a Comissão Europeia apro-vou, a 10 de junho, o auxflio de emergência de Portugal à TAP até ao montante de1.200 milhões de

A diminuição do número de mem-

bros do conselho de administração da TAP está em cima da mesa com a reformulação da estrutura acionis-ta da empresa. Atualmente são 12 os

administradores da companhia aé-rea, seis indicados pelo Estado e seis pela Atlantic Gateway, mas a concre-tização da saída de David Neeleman

ditará desde logo a sua renúncia a

este órgão social. O ministro das In-

fraestruturas também já disse que o CEO, Antonoaldo Neves, irá sair. O Es-tado, que ficará com 72,5% da trans-portadora, e a Atlantic Gateway de Humberto Pedrosa, com 22,5%, es-

tarão a equacionar essa redução. O mandato do conselho de administra-ção termina no final deste ano.

euros para responder às necessi-dades imediatas de liquidez. Como foi já admitido que a com-panhia não tem condições para pagar o empréstimo em seis me-ses, como determina Bruxelas, que entendeu que o grupo já esta-va numa débil situação financeira antes dapandemia, não sendo as-sim elegível para receber uma aju-da estatal com regras mais flexí-veis, terá de ser feito neste prazo um plano de reestruturação. Um plano que irá envolver reduções de rotas, da frota e de pessoal.

O mandato do conselho de ad-ministração da TAP termina no fi-nal deste ano e, sabe o Negócios,An-tonoaldo Neves, que liderou aAzul e é próximo de David Neeleman, não tem intençãode sairda compa-nhia pelo seu pé. Pedro Nuno San-tos admitiu já que o gestor, numa saída antecipada, terá direito a re-ceber os salários vincendos. ■

~fiai

A escolha do CEO para a fase de transição na TAP ainda não está fechada.

Página 15

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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Área: 20,65 x 11,64 cm²

Corte: 2 de 2ID: 87565454 15-07-2020

Justiça

Ministério Público acusa 18 pessoas pelo caso Espírito Santo

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EMPRESAS I.

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Banca negou mais pedidos de crédito na pandemia Proporção de empréstimos rejeitados a particulares aumentou 1 Restrições ao crédito vão ser ainda maiores 1 Roland Berger diz que a banca irá perder, no mínimo, três mil milhões este ano. PRIMEIRA LINHA 4 a 7

TAP vai receber primeira ajuda de 250 milhões na próxima semana Apoio servirá para pagar salários e despesas com os fornecedores. EMPRESAS 18

CMVM vai comparar comissões

MERCADOS 22 e 23

• .... .

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EDP antecipa fecho da central de carvão de Sines para 2021 Cidade alentejana pode captar fábrica de projeto solar de 1,9 mil milhões Elétrica pediu autorização para encerrar esta unidade, mas o Governo avisa que a decisão depende da garantia de abastecimento de energia,

Estudo

Acesso à habitação é um novo risco social Esta é uma das conclusões de um trabalho que será divulgado hoje.

ECONOMIA S e 9

Sustentabilidade

Primeiro bairro solar do país nasce em Belas

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País: Portugal

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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Alexandre Azevedo

O estudo encomendado pela Gulbenkian pretende deixar pistas e lançar a discussão sobre a necessidade de rever as políticas públicas na área da habitação.

ESTUDO

Acesso à habitação é "um novo risco social" Um trabalho sobre diferenças intergeracionais, encomendado pela Gulbenkian, vem demonstrar que os jovens millennials estão em grande desvantagem no que toca ao acesso à habitação. Dependentes do mercado, a casa própria é uma miragem para a maioria.

FILOMENA LANÇA filomenalanca©negocios.pt

m Portugal, apenas uma fatia de 25% dos proprietários de habitação própria tem menos de 30

anos, sendo que no início do sé-culo chegaram a ser 64%. Em contrapartida, a percentagem de jovens adultos (18-34 anos) a vi-ver em casa dos pais tem vindo a aumentar, chegando aos 64% em 2018. Tudo isto num país em que o peso da habitação na despesa

anual média das famílias mais do que duplicou em 26 anos e em que, em pouco mais de duas dé-cadas, a despesa pública com ha-bitação diminuiu 42%. Estas são algumas das principais conclu-sões do estudo "Habitação Pró-pria em Portugal numa Perspeti-va Intergeracional" encomenda-do pela Fundação Calouste Gul-benkian. Os autores não têm dú-vidas: em matéria de habitação, o país enfrenta um problema de justiça intergeracional e as políti-cas públicas que chegarem ao ter-reno terão de ter isso em conside-ração.

Verifica-se "um peso crescen-te da despesa com habitação" e se os jovens não compram casa "não

é por falta de interesse", o proble-ma é que "as pessoas começam a comprar casa mais tarde, poden-do chegar à idade da reforma ain-da com esses encargos", destaca Luís Lobo Xavier, coordenador do projeto Justiça Intergeracio-nal. Nesse sentido, alerta, "é im-portante pensar em políticas que sejam justas para as atuais gera-ções, mas também para as futu-ras".

Romana Xerez, que realizou oestudo em conjunto com Elvira Pereira e Francielli Dalprá Car-doso (do Centro de Administra-ção e Políticas Públicas do ISCSP), não tem dúvidas: "Os re-sultados desta investigação suge-rem que o acesso à habitação

66 O acesso à habitação constitui um novo risco social, pelo facto de os jovens estarem numa posição de desvantagem. ROMANA XEREZ Investigadora

constitui um novo risco social pelo facto de os jovens millennials estarem numa posição de desvan-tagem em relação às gerações an-teriores". Uma desvantagem que "a pandemia e a crise que dela irá resultar deverão ainda reforçar", acrescenta a investigadora.

E se é certo que os problemas relacionados com a habitação são transversais a todas as gerações que tenham de enfrentar este en-cargo, os jovens estão em particu-lar desvantagem, na medida em que as suas disponibilidades fi-nanceiras têm vindo a reduzir-se em comparação com o que acon-tecia com pessoas das mesmas idades há algumas décadas .

Não espanta, por isso, que de

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Uma vida inteira para pagar a casa ao banco

Mais de metade das pessoas que se endivida para comprar casa chega à idade da reforma sem ter conseguido pagar todo o empréstimo.

acordo com um estudo da OCDE, citado neste trabalho, em 2019, para cerca de 40% dos jovens, en-tre os 25 e os 29 anos, o principal risco que enfrentavam era a falta de habitação a preços acessíveis.

Já num estudo da OCDE, de 2014, quase metade dos 35 países envolvidos, incluindo Portugal, identificou a habitação a preços acessíveis corno um objetivo po-lítico fundamental. Passados seis anos, começa agora a apostar-se por cá nessa modalidade, mas os resultados não são rápidos e os fo-gos disponíveis estão muito lon-ge de chegar para as encomendas.

Para os mais novos, sublinha otrabalho agora apresentado pela Gulbenkian, "o acesso à habita-ção agravou -se, estão mais de-pendentes do arrendamento a preços de mercado, têm menos respostas de habitação pública, permanecem mais tempo em casa dos pais".

Em Portugal, "esta situação não tem sido muito divulgada, apesar de o país ter um dos valo-res mais elevados de jovens adul-tos (18 -34 anos) a viver em cada dos pais, e de a percentagem dos mesmos ter aumentado cerca de oito pontos percentuais, entre 2004 e 2017", prosseguem os in-vestigadores.

Como resolver isto? O obje-tivo do estudo não é tecer reco-mendações, mas sim dar pistas e fornecer elementos para debate e para a formulação de políticas públicas, sublinha Luís Lobo Xa-vier. Não há dúvidas, porém, de que há muito o que fazer. "A par-tir de 2018 começamos a ver uni foco da dimensão pública na área da habitação", afirma Romana Xerez, dando como exemplo a Lei de Bases da Habitação ou a Nova Geração de Políticas de Habitação. Porém, acrescenta, "precisamos é de perceber o im-pacto dessas medidas" que, no-meadamente para os jovens, é ainda ""muito residual", como acontece com o programa Porta 65, que é "de apenas três anos de apoio, um período muito curto na vida das famílias" que depois também não cumprem em regra os requisitos para aceder a uma habitação social. "Os dados suge-rem que, a este nível, a interven-ção pública deve ser diferente, deve ser maior". Afinal, "o Esta-do social serve também para urna questão de bem-estar" e temos de definir "que Estado é que nós queremos para as gerações futu-ras", remata. ■

TOME NOTA

Custos elevados e pouco investimento público na habitação em Portugal

As famílias têm vindo a gastar cada vez mais em habitação, um problema identificado pelo Governo, que quer reduzir para 27% o peso desta despesa nos orçamentos das famílias.

GASTOS DUPLICAM EM 26 ANOS Peso da despesa anual média das famílias com habitação

Entre 1990 e 2016, o peso da despesa anual média das fa-mílias com habitação relativamente à despesa total do agre-gado aumentou 156%, para os 32%.

1990 1995 2000 2006 2011 2016

ESTADO INVESTIU CADA VEZ MENOS Evolução da despesa pública

Enquanto as famílias gastavam mais, o Estado investia cada vez menos e entre 1995 e 2017 a despesa pública com habi-tação diminuiu 42%.

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saúde Educação Proteção social

JOVENS NÃO SAEM DE CASA DOS PAIS Jovens adultos ainda sem casa própria

Em 2018, 64% dos jovens entre os 18 e os 34 anos viviam ainda com os pais. Olhando para a Europa, só na Grécia (68%) e em Itália (66%) essa percentagem é mais elevada.

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Fonte: Estudo "Habitação Própria em Portugal numa Perspetiva intergeracional"

Cada vez mais os encargos com a habitação se estendem no tempo, tendendo a temei liar já depois da idade da reforma. Na prática, e olhando para os casos em que a casa é adquirida com recurso a crédito bancário, cerca de 50% das pessoas só acabam de pagara sua dívida já depois dos 68 anos.

Os dados são do Banco de Por-tugal e foram coligidos no âmbito do estudo "Habitação Própria em Portugal numa Perspetiva Inter-geracional" encomendado pela Fundação Calouste Gulbenidan e apresentado esta terça-feira. Os investigadores - Romana Xerez, Elvira Pereira e Francielli Dalprá Cardoso, do Centro de Adminis-tração e Políticas Públicas do ISCSP - olharam para a idade das pessoas envolvidas, para os mon-tantes em dívida e para a maturi-dade dos contratos e concluíram que, cumprindo-se o contratado e não havendo pagamentos ante-cipados, "urna parcela muito rele-vante que só vai ser paga depois dos 67 ou dos 68 anos" uma evi-dência que nos "alerta para um risco relevante", refere Luís Lobo Xavier, coordenador do projeto Justiça Intergeracional da Gul-benkian.

Portugal é um dos países euro-peus com o valor mais elevado da maturidade média dos créditos à habitação, chegando a 33 anos no final de 2016 e, na prática, temos uma "vulnerabilidade" acrescida

PROPRIETÁRIOS Parcela das pessoas entre os 30 e os 40 anos com hipotecas para habitação.

para estas famílias, na medida em que, além de os créditos serem normalmente a taxa variável e a tendência atual seja de subida, agravando potenciais dificulda-des, no período de reforma das fa-mílias verifica-se, em regra, uma redução de rendimentos, suscetí-vel de contribuir para constrangi-mentos financeiros.

Por outro lado, refere o estu-do, "esta questão tem implicações para o papel da habitação própria como complemento dos rendi-mentos na fase da reforma". Isto porque a propriedade pode ser considerada "como um 'trade off em relação às pensões, ou seja, "para as pessoas mais idosas, já proprietárias de habitação sem hi-poteca, a habitação satisfaz as ne-cessidades de alojamento a um custo baixo e, ao ser refinanciada ou vendida para a mudança para uma casa menor, pode comple-mentar o valor baixo das pensões" refere o estudo. Ora, "isto é espe-cialmente relevante para os ido-sos que são "ricos em ativos (ha-bitação) e pobres em rendimen-tos".

Pelo contrário, quem ainda possua encargos com a compra da habitação, em vez de a casa fun-cionar como um complemento dos rendimentos, "corresponde-rá a uma despesa cujo valor de-penderá das condições do em-préstimo contratado". ■

FILOMENA LANÇA

ANOS Duração média dos contratos de crédito para compra de habitação.

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Habitação

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Justiça

Ministério Público acusa 18 pessoas pelo caso Espírito Santo

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Banca negou mais pedidos de crédito na pandemia Proporção de empréstimos rejeitados a particulares aumentou 1 Restrições ao crédito vão ser ainda maiores 1 Roland Berger diz que a banca irá perder, no mínimo, três mil milhões este ano. PRIMEIRA LINHA 4 a 7

TAP vai receber primeira ajuda de 250 milhões na próxima semana Apoio servirá para pagar salários e despesas com os fornecedores. EMPRESAS 18

CMVM vai comparar comissões

MERCADOS 22 e 23

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EDP antecipa fecho da central de carvão de Sines para 2021 Cidade alentejana pode captar fábrica de projeto solar de 1,9 mil milhões Elétrica pediu autorização para encerrar esta unidade, mas o Governo avisa que a decisão depende da garantia de abastecimento de energia,

Estudo

Acesso à habitação é um novo risco social Esta é uma das conclusões de um trabalho que será divulgado hoje.

ECONOMIA S e 9

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UNIÃO EUROPEIA

Costa: questão húngara não deve atrapalhar acordo na UE

Governante aplaude "diferenciação regional"

O primeiro-ministro defendeu, no final de uma reunião com o homólogo húngaro, que o cumprimento das regras do Estado de direito na Hungria não deve atrapalhar a discussão com vista a um acordo para uma resposta conjunta da UE à crise.

DAVID SANTIAGO

[email protected]

António Costa cumpriu mais uma etapa do pé-riplo iniciado para aproximar posições a

fim de que seja possível ao Conse-lho Europeu de 17 e 18 de julho chegar a acordo sobre a recupera-ção da União Europeia.

Em Budapeste, após uma con-versa com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, o chefe do Governo português deixou claro não querer que a discussão em tor-no do cumprimento das regras do Estado de direito pela Hungriacon-tamine a a negociação em curso de um acordo quanto ao fundo de re-cuperação e ao próximo orçamen-to comunitário de longo prazo.

Numa altura em que vários Es-tados-membros pretendem condi-cionar o acesso aos apoios euro-peus para a retoma ao cumprimen-to das regras do Estado de direito -intenção sobretudo direcionada a punir violações na Hungria e na Po-lónia -, o primeiro-ministro portu-guês defende que essa é uma ques-tão que deve ser tratada tendo em conta os tratados da UE, em con-creto o artigo 7.°, e não ser de con-dicionalidade à alocação de apoios.

"Os valores não se compram. Se há um problema de valores, deve ser tratado com está previs-to no artigo 7° [da UE]", defendeu já depois de ter reconhecido que, "com a Hungria, há um problema particular que tem a ver com a questão do Estado direito e a rele-vância que deve ter nesta condi-cionalidade".

"Para nós a liberdade, demo-cracia e Estado de direito são questões centrais que devem ser

resolvidas nos termos próprios dos tratados", acrescentou. Com oeclodir da pandemia, Orbán viu oparlamento húngaro aprovar o reforço dos poderes do primeiro--ministro, medida que renovou re-ceios em Bruxelas quanto ao rumo cada vez mais centralizado e auto-ritário do regime húngaro, que o líder húngaro classifica de "demo-cracia iliberal".

Mas no entender de António Costa, "aquilo que importa asse-gurar é um adequado controlo do uso dos fundos europeus, o que é absolutamente razoável, [algo que] todos aceitamos e creio que a Hungria também aceita".

Por seu turno, o líder nacional--autoritário Orbán já avisou que se os líderes europeus insistirem na tentativa de condicionar o aces-so a apoios com vista à recupera-ção da UE ao tema do Estado de direito. O governante português reiterou a importância de se alcan-çar um acordo na UE e disse não ver qualquer "razão para que, des-de já, não haja vontade política pe-rante a situação dramática que a Europa está a vier". Para reforçar este argumento, Costa recordou as mais recentes, e mais pessimis-tas, previsões da Comissão Euro-peia, que proteja uma queda de quase 10% do PIB nacional em 2020 e uma taxa de desemprego em torno dos 10%.

Segue-se agora a cimeira euro-peia da próxima sexta-feira e sába-do. Esta segunda-feira, depois de um jantar de trabalho com o con-génere holandês, Mark Rutte, em Haia, ficou claro que os Países Bai-xos mantêm as objeções à propos-ta em cima da mesa para a recupe-ração da União, rejeitando a preva-lência de verbas a fundo perdido (dois terços dos 750 mil milhões de euros) e exigindo que o Conselho assegure direito de veto para auto-rizar desembolsos e monitorizar as

Zoltan Fischer/EPA

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A cimeira europeia está prevista para sexta-feira e sábado.

reformas e investimentos que os países terão de fazer para refor-

çar o seu potencial de crescimen- O Parlamento

to económico. Oposição que per- húngaro siste apesar de a "negotiatingbox" avançada pelo líder do Conselho aprovou o Europeu, Charles Michel, servis-

reforço dos ta como mais um contributo no sentido de um "compromisso",

poderes do até porque se aproxima das pre-

tensões do bloco dos países fru- primeiro-gais (Países Baixos, Áustria, Sué-

cia e Dinamarca),como sublinha -ministro. António Costa..

António Costa confirmou aos jornalistas presentes na capi-tal húngara ter conversado com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, sobre as restrições aplicadas aos ci-dadãos que queiram viajar en-tre Portugal e aquele país.

O primeiro-ministro adiantou ter tido oportunida-de de "explicar bem a especifi-cidade regional da situação que se vive em Portugal". "O primeiro-ministro [Orbán] fi-cou de considerar todos os da-dos que lhe forneci e de fazer uma apreciação", revelou, es-pecificando que essa avaliação deverá acontecer já na reunião que o executivo húngaro tem prevista para amanhã.

António Costa recordou que a grande maioria dos no-vos casos de covid-19 regista-dos em Portugal está concen-trada na Área Metropolitana de Lisboa, pelo que "não faz sentido" penalizar regiões como o Algarve, a Madeira ou os Açores, onde a situação da pandemia está sob controlo.

Como tal, o governante aproveitou para se regozijar pelo facto de "muitos países", como já fez a "Bélgica e a Ho-landa", estarem agora na dispo-sição de "aceitar a diferencia-ção regional" pretendida por Portugal, penalizado pelo facto de o critério determinante es-colhido na UE dizer respeito ao número de novos contágios por cada100 mil habitantes.

Desde as 00:00 desta ter-ça-feira, a Hungria colocou Portugal na "lista laranja", o que significa que aqueles que viajem para solo húngaro te-rão de ficar de quarentena.

No conjunto dos 27 Esta-dos-membros da UE, há 15 que determinaram que os ci-dadãos or i ti ndos de Portugal não podem entrar nos respeti-vos territórios, ou então po-dem somente fazê-lo sob me-didas restritivas e de conten-ção da pandemia. E os

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A EDP registou a primeira comunidade de partilha de energia solar em Portugal. Uma alternativa que vem gerar poupanças na fatura dos clientes e acelerar a transição energética.

AUTOCONSUMO COLETIVO

Primeiro bairro solar do país estreia-se em Belas

ANA BATALHA OLIVEIRA

anabatalha®negocios.pt

PRIMEIRO "bairro solar" em Portugal já está registado. É em Belas, no em-preendimento Lis-

bon Green Valley, que vai nas-cer a primeira comunidade de partilha de energia solar do país.

São duas moradias as prota-gonistas deste projeto: estas vão poder partilhar com as doze ca-sas que as rodeiam toda a ener-gia que produzam, através dos seus painéis solares, mas que não cheguem a utilizar.

"Quando foi legislada a ques-tão do autoconsumo vimos que éramos um match perfeito", ex-plica Gilberto Jordan, presiden-te da Pla it belas, a gestora do Be-las Clube de Campo, onde se lo-caliza este empreendimento. "Os compradores reconhecem que é um fator diferenciados:"

Este é o primeiro exemplo a

nível nacional de Comunidade de Autoconsumo Coletivo de Energias Renováveis (CACER), um regime que está previsto na lei desde o início do ano, e den-tro do qual a EDP criou o pro-duto "bairro solar".

A proposta da EDP é assu-mir o investimento dos painéis solares e instalá-los. Depois, passa a vender a eletricidade produzida pelos painéis com desconto, tanto para os produ-tores como para os vizinhos. A

NOVOS BAIRROS A EDP planeia que num prazo de cinco anos o número de bairros solares no país ascenda aos 15.000, ou seja, um total de 150 megawatts.

energia que não for consumida por nenhuma das partes vai ser injetada na rede. Para agilizar o processo, a EDP compromete--se a gerir a comunidade, iden-tificando vizinhos para cada produtor. Os clientes interessa-dos em assumir qualquer um destes papéis já se podem ins-crever no site da elétrica, e ter acesso a uma simulação dos eventuais consumos.

O processo de Belas está ago-ra nas mãos da Direção-Geral de

DESCONTO Os produtores vão ter uni desconto de 40% sobre a energia solar consumida, além da isenção de custos que pesam 30% na fatura.

Energia e Geologia (DGEG) e, assim que chegar a aprovação, passa a estar operacional. De-pois, o objetivo é que passe a abranger 100 lares do empreen-dimento até ao final do próximo ano. Para já, o perímetro máximo de um bairro vai ser definido caso a caso pela DGEG, mas em Es-panha o raio é de 500 metros.

Além Belas Nos próximos cinco anos, a EDP quer espalhar cerca de 15.000 bairros solares pelo país, corres-pondentes a 150 megawatts. "Gostava de ter alguns para anunciar até ao final do ano", afirma a CEO da EDP Comer-cial, Vera Pinto Pereira. Mora-dias, prédios ou até empresas podem tornar-se produtores. "Já temos cerca de 90 megawatts de instalações solares em clientes

em Portugal e, muitas vezes, se a empresa ampliasse um pouco a sua instalação, podia alimentar a comunidade à volta", explica Pinto Pereira. Além disso, esta lógica "dá uma resposta muito positiva aos condomínios" que, até agora, tinham no autoconsu-mo individual apenas a possibi-lidade de partilhar consumos co-muns, como os elevadores.

O investimento futuro é difi-cil prever, tendo em conta a rá-pida evolução da tecnologia. Mas para já, a estimativa é que o investimento em Belas che-gue aos 120 mil euros, à medida que o bairro for crescendo.

No poupar está o brilho Os ganhos são para os clientes mas também para a sustentabi-lidade, realça a EDP. Os produ-tores vão ter direito a um des-

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O Lisbon Green Valley é o primeiro exemplo a nível nacional de uma comuni

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conto de 40% sobre a energia solar consumida, enquanto para os vizinhos o desconto é de 20%. Para as moradias que estreiam o bairro em Belas, as poupanças deverão rondar os 400 a 500 eu-

66 Quando foi legislada a questão de autoconsumo vimos que éramos um match perfeito.

GILBERTO JORDAN

Presidente da Planbelas. gestora

do Belas Clube de Campo

ros ao ano, mas este valor depen-de do quanto o produtor ajusta o consumo para tomar partido das horas de sol.

Além deste beneficio, o Gover-no aprovou em junho a isenção to-

66 Com os bairros, com menos instalações, podemos alimentar muito mais pessoas a energia solar.

VERA PINTO PEREIRA

CEO da EDP Comercial

e administradora na EDP

tal dos custos de interesse econó-mico geral (CIEG) nos projetos de autoconsumo coletivo que se-jam aprovados até ao final de 2021, por um período de sete anos. Estes custos pesam 30% no valor total da fatura, de acordo como re-gulador da energia.

No que toca à sustentabili-dade, as duas unidades de Belas devem poupar uma tonelada de emissões de CO2 por ano. "Com os bairros, com menos instala-ções, vamos conseguir alimen-tar muito mais pessoas a ener-gia solar", realça Vera Pinto Pe-reira, alinhando com a meta do Governo de aumentar a produ-ção solar no país em 7 gigawatts até 2030. "É natural e desejável que parte desta ambição seja concretizada através de energia solar descentralizada", conclui Vera Pinto Pereira. •

de 40% sobre a energia solar consumida. Produtores vão ter direito a um desconto 4 o "

Para os vizinhos o alívio da fatura será de 20%. o

As empresas europeias conse-

guiram poupar quase 41 mil milhões de euros em custos operacionais depois de terem investido 24 mil milhões de euros em tecnologias eficien-tes e com baixas emissões de carbono.

Os dados são de uma aná-lise da consultora Oliver Wyman, que se debruça sobre a forma como as estratégias utilizadas pelas empresas para sobreviver à pandemia de co-vid-19 podem ter o efeito po-sitivo de ajudar a combater as alterações climáticas.

"A redução de custos é ur-gente, tendo em conta as pro-jeções de que a economia leva-rá vários meses - potencial-mente anos - a recuperar de-pois de o vírus desaparece?, escrevem os autores da análi-se. A consultora realça que o distanciamento social ditou "mudanças radicais" na ativi-dade das empresas que leva-ram a reduzir "significativa-mente as emissões de dióxido de carbono. Só na China, o maior emissor do mundo, es-tima-se que o confinamento feito de janeiro a março tenha reduzido as emissões em 25% no primeiro trimestre.

A Oliver Wyman reco-nhece que os valores retira-dos durante o tempo de pan-demia são temporários, mas sublinha que esta disrupção deve servir para adaptar os planos de negócio.

As mudanças da covid-19 Um exemplo prático de mu-dança são as cadeias de abas-tecimento, que foram "subs-tancialmente" repensadas du-rante o confinamento e que

414 A redução de custos é urgente, tendo em conta as projeções [para a retoma da economia]. OLIVER WYMAN

Consultora

são "uma das maiores fontes da pegada de carbono". Face às novas condicionantes, vá-rias empresas adicionaram fornecedores domésticos ao seu leque ou reforçaram as en-comendas àquelas com quem já trabalhavam. O reforço de relações pode aumentar o po-der de influência das empre-sas nos processos, de forma a exigirem práticas mais susten-táveis Houve ainda casos em que foram utilizadas impres-sões 3D para substituir certos componentes em falta.

Outra solução avançada pela consultora para que os ga-nhos ambientais não desvane-çam durante a retoma é a in-tervenção dos governos atra-vés dos pacotes de estímulo. A sugestão é anexar algumas condições "amigas do ambien-te" à atribuição dos estímulos, beneficiando, por exemplo, as empresas com modelos de ne-gócios de baixo carbono e aquelas que canalizam inves-timentos para infraestruturas verdes. •

ANA BATALHA OLIVEIRA

Empresas europeias ganham 41 mil milhões com métodos mais sustentáveis

A Oliver Wyman aponta ganhos relevantes na adoção de tecnologias mais amigas do ambiente e acredita que, após a pandemia, pode manter-se a tendência.

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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Corte: 3 de 3ID: 87565461 15-07-2020

Justiça

Ministério Público acusa 18 pessoas pelo caso Espírito Santo

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Banca negou mais pedidos de crédito na pandemia Proporção de empréstimos rejeitados a particulares aumentou 1 Restrições ao crédito vão ser ainda maiores 1 Roland Berger diz que a banca irá perder, no mínimo, três mil milhões este ano. PRIMEIRA LINHA 4 a 7

TAP vai receber primeira ajuda de 250 milhões na próxima semana Apoio servirá para pagar salários e despesas com os fornecedores. EMPRESAS 18

CMVM vai comparar comissões

MERCADOS 22 e 23

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EDP antecipa fecho da central de carvão de Sines para 2021 Cidade alentejana pode captar fábrica de projeto solar de 1,9 mil milhões Elétrica pediu autorização para encerrar esta unidade, mas o Governo avisa que a decisão depende da garantia de abastecimento de energia,

Estudo

Acesso à habitação é um novo risco social Esta é uma das conclusões de um trabalho que será divulgado hoje.

ECONOMIA S e 9

Sustentabilidade

Primeiro bairro solar do país nasce em Belas

EMPRESAS 14 a 16 EMPRESAS 20 e 21

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PRIMEIRA LINHA A SITUAÇÃO DA BANCA

4, 4

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EZ 1.

p. a do' ar-

A procura de crédito por parte das empresas vai continuar a aumentar, mas os critérios de concessão serão ainda mais restritivos.

Banca negou mais pedidos de crédito na pandemia No período em que a economia foi mais afetada pela pandemia, a proporção de pedidos de empréstimo rejeitados pelos bancos aumentou. Mesmo assim, em maio, o novo crédito às empresas atingiu máximos de 2012, graças às linhas de crédito garantido pelo Estado.

CRÉDITO Em maio, a banca concedeu 4,9 mil milhões de euros em crédito a empresas, o valor mensal mais elevado desde 2012.

RAFAELA BURD RELVAS

rafaelarelvas®negocios.pt

Num período mar-cado pela para-gem quase total de boa parte da eco-nomia, e em que a

procura de crédito por parte das empresas disparou, a proporção de pedidos de financiamento que

foram rejeitados pela banca au-mentou. Esta tendência verificou--se tanto para empresas como para particulares, mas, sobretudo, no crédito à habitação, numa al-tura em que o setor imobiliário re-gista quebras acentuadas. A Cai-xa Geral de Depósitos (CGD). maior banco português, garante que, no seu caso, não houve qual-quer alteração no número de pe-didos rejeitados.

Estas são as conclusões do in-quérito aos bancos sobre o merca-do de crédito, relativo ao segundo

trimestre de 2020, publicado na terça-feira pelo Banco de Portu-gal (BdP). Os resultados do inqué-rito apontam para aquela que já era a expectativa dos bancos em relação aos meses mais afetados pela pandemia: neste período, houve um forte aumento da pro-cura de crédito por parte das em-presas, em particular as pequenas e médias empresas (PME), e uma queda acentuada da procura de crédito por parte dos particulares, sobretudo no segmento destina-do ao consumo.

Já do lado da oferta, "os crité-rios de concessão de crédito a em-presas e particulares tornaram-se mais restritivos face ao trimestre anterior, especialmente nos em-préstimos de longo prazo, no caso das empresas, e no crédito ao con-sumo, nos particulares", tendo em conta "a perceção de riscos asso-ciada à situação, as perspetivas económicas gerais", bem como "a qualidade creditícia do mutuário e, ainda, os riscos associados às ga-rantias exigidas".

Neste cenário, reconheceram

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os bancos que participaram no inquérito, "a proporção de pedi-dos de empréstimo rejeitados au-mentou". O relatório não indica, contudo, qual a dimensão dos pe-didos rejeitados, detalhando ape-nas que essa tendência foi verifi-cada tanto em relação a empre-sas como a particulares, "mas es-pecialmente no caso dos particu-lares, tanto para habitação como para consumo".

Este movimento acontece num período em que, apesar de já ter sido conseguida alguma re-cuperação, foram registadas que-das acentuadas no setor imobi-liário. No final de junho, e consi-derando a média dos três meses anteriores, o número de vendas de casas em Portugal estava 35% abaixo do que era registado em janeiro, antes de o país ser atin-gido pela pandemia, segundo os dados adiantados pela Confiden-cial Imobiliário ao Negócios. Ainda assim, os preços têm-se mantido estáveis, aumentando em 0,8% neste período.

Questionados os maiores bancos sobre se esta tendência se verifica na sua instituição, só a

CGD respondeu, esclarecendo que "o número de pedidos rejei-tados permaneceu ao mesmo ní-vel dos meses e anos anteriores". Assim, diz fonte oficial, "não hou-ve qualquer alteração significa-tiva deste indicador em nenhum dos segmentos".

Crédito às empresas em máximos de oito anos A maior restritividade nos crité-rios de concessão de crédito vai acentuar-se no terceiro trimes-tre, antecipa a banca. Contudo, nem por isso a procura deverá cair. Pelo contrário: haverá nova subida da procura de crédito por parte de empresas e uma esibi-lização no caso dos particulares.

Isso mesmo, aliás, já foi notó-rio no segundo trimestre. Em maio, último mês para o qual já existem dados disponíveis, as no-vas operações de crédito conce-dido às empresas totalizaram 4.910 milhões de euros, valor que representa praticamente o dobro daquele que foi registado em maio de 2019. É preciso recuar a meados de 2012 para encontrar um valor mensal tão elevado.

A procura de crédito por parte das empresas aumentou fortemente e, em contraste, diminuiu fortemente no caso dos particulares.

Os critérios de concessão de crédito a empresas e particulares tornaram-se mais restritivos.

A proporção de pedidos de empréstimo rejeitados aumentou em ambos os segmentos. BANCO DE PORTUGAL Inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito

99 Este movimento é explicado

com a forte procura pelas linhas de crédito garantido pelo Esta-do, que vieram disponibilizar mais de 6 mil milhões de euros, indica ainda o inquérito realiza-do pelo BdR "A procura dos em-préstimos que não estavam abrangidos com garantia públi-ca diminuiu ligeiramente", pode ler-se no relatório.

Em breve, anunciou já o mi-nistro da Economia, Pedro Siza Vieira, o Governo vai lançar uma nova linha de crédito, no valor de mil milhões de auts. Esta medi-da deverá contribui• para o já an-tecipado aumento da procura de crédito no terceiro trimestre.

Em sentido contrário, o crédi-to concedido às famílias registou quebras acentuadas. Em maio, o novo crédito à habitação totalizou 792 milhões de euros, uma que-bra superior a 14% em relação ao mesmo mês do ano passado e o montante mais baixo registado desde agosto do ano passada Já o crédito ao consumo totalizou 232 milhões de euros no mês de maio, valor que representa uma queda homóloga de 46%. ■

O Banco Central Europeu (BCE) tinha emprestado um to-tal de 31,561 mil milhões de eu-ros aos bancos portugueses em junho deste ano, um aumento superiora 10 mil milhões de eu-ros face ao mês anterior, segun-do os dados do Banco de Portu-gal.Abanca portuguesa aprovei-tou o ambiente atual de taxas de juro negativas para aumentar o financiamento junto do BCE para um valor que não se verifi-cava desde dezembro de 2014.

Este aumento em junho sur-ge depois de a banca portuguesa ter participado no empréstimo concedido pelo BCE à banca eu-ropeia em meados do mês, um fi-nanciamento com condições mais vantajosas, mas fazendo de-pender a taxa mais baixada con-cessão de crédito à economia

A atual taxa dej tiro de -0,5% definida pelo BCE nos emprés-timos aos bancos - que pode eventualmente baixar para -1%, caso os bancos cumpram deter-minados objetivos - significa que a instituição liderada por Christine Lagarde está a pagar aos bancos para emprestarem este dinheiro, que terá como destinatário final as empresas e famílias portuguesas.

O reforço dos empréstimos deveu-se ao programa de opera-ções de refinanciamento de pra-zo alargado (TLTRO III, na si-gla em inglês).

Antes dessa linha, o montan-te em maio tinha ficado nos 21,241 mil milhões de euros e em junho do ano passado era de 18,674 mil milhões de euros, menos quase 13 mil milhões em relação ao valor atual.

No final de 2012, com o pla-no de resgate financeiro a Por-tugal em curso, o montante que os bancos tinham jtmto do BCE chegou a atingir 60 mil milhões.

Na altura o financiamento da banca portuguesa estava quase totalmente dependente do BCE, um cenário diferente do que se verifica atualmente.

Abancaportuguesa, como a de outros países europeus, está a aproveitar as condições histo-ricamente favoráveis dos em-préstimos do BCE.

Nessa linha TLRO III de ju-nho, a estimativa do Capital Economics apontava para que a banca nacional tivesse ido bus-car qualquer coisa como 13 mil milhões de euros, o que repre-sentaria cerca de1% do montan-te total de 1,3 biliões de euros que o BCE emprestou aos ban-cos do Velho Continente.

De acordo com os dados di-vulgados na altura pelo BCE existiram 742 bancos na Zona Euro a solicitar empréstimos junto da entidade. Do total de 1,3 biliões que chegaram aos co-fres dos bancos europeus, 760 mil milhões de euros seriam para reembolso de emprésti-mos. E, de acordo com o Finan-cial Times, a restante quantia (549 mil milhões) é que se des-tinaria à compra de obrigações emitidas pelos governos.. ■

GONÇALO ALMEIDA

1,5 EMPRÉSTIMOS A banca portuguesa tinha 31,561 mil milhões de euros de créditos junto do BCE, mais 10 mil milhões que em maio.

Financiamento do BCE à banca portuguesa dispara

O Banco Central Europeu emprestou mais 10 mil milhões à banca nacional em junho deste ano do que em maio. A exposição é agora superior a 31 mil milhões de euros.

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Z.Z

Em qualquer dos cenários, o nível de imparidades constituídas pelos bancos deverá mais do que duplicar este ano.

PRIMEIRA LINHA A SITUAÇÃO DA BANCA

No melhor cenário, banca perde 3 mil milhões este ano

A Roland Berger estima que, em conjunto, os bancos portugueses registem prejuízos entre os 3 e os 4 mil milhões de euros no final deste ano. A recuperação pode acontecer até 2022 ou, no pior dos cenários, nunca antes de 2025.

Miguel Baltazar

RAFAELA BURD RELVAS

[email protected]

Num ano em que as im-paridades de crédito poderão mais do que duplicar e em que os

resultados operacionais serão for-temente penalizados pela crise ge-rada pela pandemia, a banca na-cional deverá ser arrastada para prejuízos pesados. No melhor dos cenários, o resultado líquido dos bancos vai reduzir-se em mais de 3 mil milhões de euros em 2020. No pior, as perdas podem ultra-passar os 4 mil milhões.

As estimativas são da Roland Berger, que, num estudo sobre o impacto que a pandemia terá so-bre a atividade dos bancos em Por-tugal, traça dois cenários possíveis.

No primeiro, que descreve como um cenário de "cura atrasa-da", a consultora vê12 semanas de fortes perturbações económicas, que conduzirão a urna forte con-tração das econom ias da Europa e do resto do mundo, mas em que a recuperação deverá concretizar--se até 2022.

Neste cenário, em que o PIB recua 9% em 2020 e o desempre-go sobe 5 pontos percentuais, a atividade bancária sofre um forte impacto este ano e mantém-se sob pressão até 2021. A consultora an-tecipa que a margem financeira do setor bancário, que já tem sido pressionada pelas taxas de juro em níveis historicamente baixos, caia 19%, ao mesmo tempo que o pro-duto bancário recua 16%. Feitas as contas, os resultados líquidos do conjunto da banca deverão re-duzir-se 116%, o que se traduzi-riam em prejuízos de 3,4 mil mi-lhões de euros.

66 A situação atual mostra uma clara necessidade de os bancos pensarem em medidas ambiciosas para a fase de retoma. ROLAND BERGER

No cenário mais pessimista, de recessão profunda, a Roland Ber-ger prevê seis meses de perturba-ções económicas a nível mundial, com o desemprego a aumentar si-gnificativamente. Aqui, os níveis económicos anteriores à crise não serão atingidos antes de 2025.

Neste caso, o PIB já cairia12% e o desemprego agravar-se-ia em 7 pontos percentuais, um contex-to que levaria a margem financei-ra dos bancos a recuar 22% e o produto bancário a reduzir-se em 19%. Neste cenário, os resultados líquidos da banca derrapam145%, o equivalente a perdas de 4,3 mil

milhões de euros. Estas estimativas são feitas

num cenário de base em que o conjunto dos bancos reportou um resultado líquido (antes de impos-tos) de 2,9 mil milhões de euros em 2019. Recorde-se que, no ano passado, só a Caixa Geral de De-pósitos (CGD), o BCP, o Santan-der, o BPI e o Montepio alcança-ram, juntos, lucros superiores a1,9 mil milhões. Aexceção foi o Novo Banco, que reportou prejuízos de 1.058 milhões de euros.

Imparidades duplicam Em qualquer dos cenários, as im-

paridades constituídas pelos ban-cos para cobrir perdas com os cré-ditos concedidos vão aumentar exponencialmente.

No cenário mais otimista, as imparidades, contabilizadas pela Roland Berger em 1,6 mil milhões de euros no contexto atual, au-mentam em 117%, o que equivale a mais 1,9 mil milhões. No mais pessimista, crescem 152%, ou seja, mais 2,4 mil milhões.

O aumento do risco de incum-primento de crédito já tem sido, por várias vezes, apontado pelos supervisores financeiros, que têm apelado a que as medidas de apoio

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CENÁRIOS

RESULTADOS PODEM DERRAPAR ATÉ 145% Valores em milhares de milhões e em percentagem

A Roland Berger traça dois cenários para o impacto da pandemia nos bancos portugueses. No mais otimista, a banca regista prejuí-zos de 3,4 mil milhões de euros este ano e os resultados operacio-nais mantêm-se sob pressão em 2021. No mais pessimista, as per-das serão de 4,3 mil milhões e só em 2025 haverá recuperação.

Valor Base Cura Atrasada Impacto Valor

Recessão profunda Impacto Valor

Margem financeira 6,5 -19% -1,2 -22% -1,4

Margem complementar 3,0 -9% -0,3 -12% -0,4

Produto bancário 9,7 -16% -1,5 -19% -1,8

Despesas de exploração 5,7 0% 0,0 0% 0,0

Resultado operacional 4,0 -38% -1,5 -46% -1,8

Rácio Cost Incarne 59% +11 pp

+14 pp

Res. de Risco - Imparidade -1,6 -117% -1,9 -152% -2,4

Res. antes de impostos 2,9 -116% -3,4 -145% -4,3

Rácio de Solvabilidade 14% -2,5 pp

-2,8 pp -

Fonte: Roland Berger

à liquidez de famílias e empresas, em particular as moratórias sobre os créditos, sejam mantidas até que a economia recupere.

Num relatório recente sobre as medidas adotadas para mitigar os impactos da pandemia, o Con-selho Nacional de Supervisores Financeiros (CNSF) alertou que "o término das moratórias sobre capital e juros ou a eliminação de aspetos de flexibilização do regi-me de pagamento dos prémios de seguros numa fase precoce da re-cuperação da economia levará a que parte destes mutuários não te-nha condições para cumprir o ser-

viço de dívida". Desde que a medida passou a

estar disponível, e até ao final de maio, segundo os dados do Banco de Portugal, os bancos nacionais receberam mais de 780 mil pedi-dos de moratória no crédito, ten-do aprovado mais de 688 mil des-tes pedidos, enquanto os restan-tes não preenchiam as condições de acesso a esta ferramenta. Nes-sa altura, as moratórias concedi-das abrangiam contratos de cré-dito que totalizavam 39 mil mi-lhões de euros, o equivalente a cer-ca de 22% da carteira total de cré-dito dos bancos. ■

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Justiça

Ministério Público acusa 18 pessoas pelo caso Espírito Santo

II r , dosRica ar cd uosSaadl og sa dA

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Banca negou mais pedidos de crédito na pandemia Proporção de empréstimos rejeitados a particulares aumentou 1 Restrições ao crédito vão ser ainda maiores 1 Roland Berger diz que a banca irá perder, no mínimo, três mil milhões este ano. PRIMEIRA LINHA 4 a 7

TAP vai receber primeira ajuda de 250 milhões na próxima semana Apoio servirá para pagar salários e despesas com os fornecedores. EMPRESAS 18

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EDP antecipa fecho da central de carvão de Sines para 2021 Cidade alentejana pode captar fábrica de projeto solar de 1,9 mil milhões Elétrica pediu autorização para encerrar esta unidade, mas o Governo avisa que a decisão depende da garantia de abastecimento de energia,

Estudo

Acesso à habitação é um novo risco social Esta é uma das conclusões de um trabalho que será divulgado hoje.

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Corte: 1 de 1ID: 87565563 15-07-2020Covid-19

Incentivos para o SNS “não são suficientes”, diz Catarina MartinsA coordenadora do BE afirmou ontem que os incentivos para o Serviço Nacional de Saúde “não são suficientes”, sendo preciso vincular os contratados temporariamente e contratar mais profissionais. Catarina Martins falava à margem de uma reunião com a Administração Regional de Saúde do Norte.

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Candidaturas serão feitas junto do Instituto de Emprego, que terá de analisá-las num prazo de 10 dias úteis

TRABALHO

Resposta em 10 dias para apoio após layoff CANDIDATURAS OMedida visa ajudar as empresas na retoma da atividade após paragem ditada pela pandemia APOIOS ®Auxílio financeiro poderá chegar até dois salários mínimos por cada trabalhador JOÃO MALTEZ

As candidaturas das empre-sas ao apoio estatal de nor-malização da atividade,

após terem recorrido ao layoff simplificado, terão de ser alvo de uma decisão por parte do Insti-tuto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) no prazo de 10 dias. Este auxílio financeiro, anunciado pelo Governo na se-quência da crise económica cau-sada pela pandemia, poderá chegar até dois salários mínimos por trabalhador, determina uma portaria já publicada em Diário da República.

Para acederem a este apoio, as empresas terão de preencher um formulário que irá ser clisponibi-lizado no portal do IEFP, em data a definir por esta entidade. Será também necessário juntar à can-didatura uma declaração que comprove a inexistência de dívi-das à Segurança Social e ao Fisco ou, em alternativa, dar autoriza-ção à consulta offline da situação contributiva e tributária.

Tal como determina a portaria já referida - 170-A/ 2020, de 13 de julho -, o IEFP terá de emitir uma decisão, favorável ou não, "no prazo de 10 dias úteis a con-tar da data de apresentação do requerimento". Este período poderá estender-se se houver necessidade de pedir "esclareci -mentos ou in-formações adicionais" às empresas.

Esta medida contempla apoios que podem oscilar entre um salário mínimo por cada trabalhador, que será pago de uma só vez no prazo de 10 fl ias úteis após a aprovação da candidatura, ou dois salários mí-nimos por funcionário, a pagar ao longo de seis meses.

As empresas que recorram à segunda modalidade têm ainda "direito a dispensa parcial de 50% do pagamento de contri-buições para a Segurança Social

a cargo da en-

RATOS SEM tidade empre-

ENÇÃO DE 2 gadora". As empresas abrangidas

beneficiam também da isenção total do pagamento de contri-buições por dois meses, nos ca-sos em que sejam criados postos de trabalho que envolvam con-tratos sem termo. •

NOVOS CONT TERMO DÃO IS MESES EM CONTRIBUIÇÕES

NOTICIA EXCLUSIVA DA EDIÇÃO EM PAPEL

CORREIO

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www.cmjornal.pt

CORREIO DIRETOR-GERAL EDITORIAL: OCTÁVIO RIBEIRO DIRAERAIS EINT. ADJS: ARMANDO ESTEV ES PEREIRA E ALFREDO LEITE da manhã DIRETOR-EXECUTIVO: CARLOS RODRIGUES DIR.-ADJUNTOS: JOSÉ CARLOS CASTRO E PAULO JOÃO SANTOS

DESVIAM 1,9 MILHOES DO .•›; oi4.' e.

A EMPRESAS Z PORTUGUÊS DENUNCIA ARMADILHA

ADVOGA TORRIDAIN

MANDAI.' COM JESW O TÉCNICO nega ligação sentimental com jurista e culpa manobras obscuras P.38 E 39

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ADEPTOS DO FLAMENGO

ATRIBUEM SAÍDA

DO TREINADOR A PAIXÃO PROIBIDA

CASCAIS P.19

Mulher com Alzheimer morta junto a hospital

TRABALHO P.27

Resposta em 10 dias para apoio após layoff

Grátis írti4 GRAVURAAMALIA

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Valores 808 (Zfa WWW.VA1.0RES.PT

DESASTRE DO BES P.10 Ell

SALGADO E MAIS ONZE

ACUSADOS R ASSOCIAÇÃO

CRIMINOSA

QUARTA-FEIRA 15/07/2020 1 DIÁRIO 1 €1,20 (C/IVA)

BENFICA 210 V. GUIMARÃES P.6 E 7

RECEBE SPORTING P.8 E 9

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ADIA FESTA DO DRAGÃO

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CLÁSSICO FC PORTO PROCURA

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VIEIRA ARGUIDO POR SUSPEITAS DE FRAUDE FISCAL P.4 E 5

MIRANDA DO CORVO P.12 E 13

CENTENAS NO ADEUS A BOMBEIRO MORTO

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QUEIMADOS EM FOGO COM FARDAS DE 2014

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TREINADOR DO RIO AVE P.14

CARLOS CARVALHAL AGREDIDO POR TRIO EM ASSALTO

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CONTRATAÇÃO COLETIVA

Salários sobem 3,4% e Os salários negociados em contratação coletiva entre os trabalhadores e as empresas tiveram um aumento real de 3,4% no ano passado, des-contando a inflação.

Segundo o Relatório sobre a Evolução da Negociação Co-letiva, apresentado ontem pelo Centro de Relações La-borais, esta subida compara com os reforços reais de 2%, 1,8% e 0,6% registados nos anos de 2018, 2017 e 2016, respetivamente. A.P.*

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Incentivos para recuperação de consultas 13 Foi publicada ontem, em Diário da República, a porta-ria com os incentivos para a recuperação de consultas e cirurgias adiadas devido à Covid -19 . As equipas passam a receber mais pela produção adicional interna. As primei-

ras consultas serão pagas até 95% e as cirurgias até 75%. O Sindicato Independente dos Médicos considera que o in-centivo é melhor do que o re-gime atualmente em vigor, mas lembra que o problema não está resolvido. •

CONSULTA EXTERNA

\\=

e

Atos médicos serão pagos até 95%

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 22

Cores: Cor

Área: 8,25 x 8,85 cm²

Corte: 1 de 1ID: 87566436 15-07-2020

HOSPITAL DE SÃO JOSÉ, LISBOA

c;Z:EliVOIVIMENTO

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PROTESTO CONTRA A NÃO PROGRESSÃO Dirigentes do Sindicato dos Enfermeiros Portu-gueses protestaram ontem para exigir "a resolução das injustiças" provocadas pela não contagem de pontos para efeitos de progressão na carreira.

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A35

Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 22

Cores: Cor

Área: 4,74 x 4,99 cm²

Corte: 1 de 1ID: 87566452 15-07-2020

R. DE MONSARAZ

PROFISSIONAIS DE LAR O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses quer conhecer as condições em que os pro-fissionais deslocados pres-tam cuidados no lar de Re-guengos de Monsaraz com um surto de Covid-19. Esta "deveria contratar enfermei-ros diretamente", defende.

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 19

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Corte: 1 de 1ID: 87566453 15-07-2020

O SOBE FRANCISCA VAN DUNEM MINISTRA DA JUSTIÇA

;•

Sindicato dos Ofi-ciais de Justiça considera "posi-tivo" que o Gover-no tenha mantido sem alterações o período de fé-rias judiciais.

O DESCE ROSA VALENTE DE MATOS PRES. ADMIN. DO CHULC

Sindicato dos Enfermeiros Por-tugueses exige contagem de pon-tos para efeitos de progressão na carreira no Hos-pital de São José.

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A37

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País: Portugal

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O SOBE CARLOS SILVA SEC.-GERAL DA UGT

Plano de recupe-ração deve ser "a maior prioridade social, económica e política" da UE, diz o líder da UGT em carta enviada ao Governo.

REN ZHENGFEI PRES.-EXEC. DA HUAWEI

Governo britâni-co decidiu banir a chinesa Huawei da rede de tele-móvel 5G. Medida entra em vigor a partir de 1 de ja-neiro de 2021.

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 9

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IEFP promete acelerar apoio

PORTUGAL As empresas que con-corram ao apoio criado pelo Governo para a retoma da ati-vidade, após terem estado em layoff, verão os seus pedidos res-pondidos pelo Instituto do Empre-go e da Formação Profissional (IEFP) no prazo de dez dias. A portaria já foi publicada em Diá-rio da República e o requeri-mento do apoio será feito atra-vés do preenchimento de um formulário online.

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O Zoorn // Entrevista

Henrique Louro Martins. "Pagar a Neeleman 55 milhões foi exagerado perante os prejuízos que causou"

O presidente do SNPVAC admite que existem situações sociais "muito graves" no seio da TAP. E exige uma auditoria à gestão da empresa nos últimos anos.

JOÃO AMARAL SANTOS (Texto) [email protected] BRUNO GONÇALVES (Fotografia) [email protected]

Henrique Louro Martins, presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), confirma que muitos tripulantes de cabine continuam com receio de ficarem contaminados dentro dos aviões lotados. O sindicalis-ta diz-se satisfeito com o negócio entre Estado e privados, mas considera que os 55 milhões pagos a David Neeleman foram exagerados face aos prejuízos causados pela sua administração. O responsável admite que nunca teve uma boa relação com Antonoaldo Neves e considera a sua saída da comissão executiva como boa notícia para os sindicatos

A maioria dos trabalhadores da TAP está em layoff desde abril. Com quase três meses e meio a suportarem cortes nos rendimentos, que ambiente se vive no seio da empresa e em particular entre os tripulantes de cabine? Neste momento, o mais urgente é mes-mo a saída dos tripulantes do layoff. Os tripulantes de cabine precisam de regres-sar urgentemente ao regime normal. Existem, de facto, situações de enorme gravidade, com pessoas que perderam os seus rendimentos, em alguns casos marido e mulher, o que está a complicar muito a vida das famílias. As despesas têm por base os ordenados e existem na TAP situações sociais muito graves. Uma das queixas do SNPVAC diz respeito à forma como estão a ser contabilizados os salários no âmbito do layoff. O sindicato diz existirem casos de trabalhadores que nem sequer estão a receber o salário mínimo. É mesmo assim? Houve uma interpretação muito pouco

correta da TAP, mais propriamente da comissão executiva, daquilo que são as vertentes dos ordenados que deveriam ser apresentados à Segurança Social no âmbito do layoff Esta situação já está em tribunal e esperamos que seja rapidamen-te resolvida, a bem dos trabalhadores. O i teve conhecimento de ordenados entre os 300 e os 400 euros por mês. A TAP tem vindo a assegurar os 2/3 terços do salário acima do teto definido pela lei do layoff , mas por outro lado, há trabalhadores que recebem estes valores. Como se explica esta situação? A TAP não quis incluir para os cálculos do layoff algumas vertentes que fazem parte da tabela salarial normal dos seus trabalhadores. Existem, de facto, essas desigualdades. A TAP não aplicou um teto máximo ao layoff, o que foi um ato de gestão da empresa, mas que não me parece coerente tendo em conta a situa-ção financeira atual da empresa, para mais quando depois acaba por optar por não aplicar um teto mínimo. Como é pos-sível haver pessoas a receberem abaixo do ordenado mínimo? Há pessoas na TAP a receberem atualmente 300 e 400 euros por mês, há quase quatro meses. Não podemos de maneira nenhuma estar satisfeitos com esta situação. Como tem sido encarada esta discrepância entre salários entre trabalhadores? Com revolta Hoje em dia, as redes sociais são um veículo de transmissão de tudo e mais alguma coisa e, obviamente, estas questões são faladas e discutidas. As pes-soas estão cientes da grave crise que se vive, mas é necessário que se sintam da parte da empresa e que lhes é dada a importância devida porque se não se sen-tirem valorizadas é mais difícil que os tripulantes de cabine e os outros traba-lhadores vistam a camisola e puxem pela

empresa. Todos temos de lutar pelo futu-ro da TAP, mas a TAP também tem de ajudar as pessoas neste momento. E, para já, isso não está a acontecer. A retoma da operação é desejada, mas, ao mesmo tempo, existe a preocupação pelo facto de não ter sido definido um limite máximo de passageiros no interior dos aviões, como acontece noutros transportes coletivos. Existe receio entre os trabalhadores? Como vai ser o regresso à atividade neste contexto de pandemia? As regras de ocupação dos aviões já tive-ram algumas mudanças nos últimos três meses, e talvez ainda venham a ter mais nos próximos tempos. O que é incompreen-sível, neste momento, é que nos aeropor-tos haja várias regras, todas elas impor-tantes para conseguirmos conter a pan-demia e depois entramos dentro de um avião e parece que já não há vírus. Viaja-mos todos juntos, sentados lado a lado, sem distanciamento nenhum. Era impor-tante que esta situação fosse acautelada e o Estado também deveria ser chamado a ajudar as companhias aéreas nesta maté-ria, uma vez que travando a propagação

"Houve um interpretação muito

pouco correta [do layoft]. Há pessoas na TAP

a receberem 300 euros"

"Esta situação já está em tribunal e esperamos

que seja rapidamente resolvida, a bem

do trabalhadores"

do vírus dentro dos aviões também está a ajudar a própria sociedade. Obviamente, que isto se reflete entre os tripulantes de cabine, que vão trabalhar e têm receios, como todos os profissionais que estão mais expostos a esta doença. Apesar da neces-sidade, devido à quebra de rendimento, há, de facto, algum receio em ir trabalhar. O sindicato propôs à comissão executiva da TAP alguma solução que permitisse garantir a segurança dos tripulantes? Pedimos várias vezes que esta situação fosse acautelada, mas não obtivemos qual-quer resposta. Numa altura, em que as próprias organizações internacionais de aviação recomendam o menos contacto possível a bordo, entre tripulantes e pas-sageiros, a TAP investiu num serviço em género de Iow-cost, dando aos passagei-ros produtos alimentares, como amen-doins, obrigando que os tripulantes este-jam na cabine muito mais tempo do que era desejável, no meio dos passageiros. A retoma da TAP tem sido lenta, comparando com outras companhias

e

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Corte: 2 de 7ID: 87566144 15-07-2020

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O presidente do SNPVAC assume que trabalhadores

da TAP estão revoltados com desigualdades salariais

BRUXO Cf ).W.11VES

aéreas. Esta demora pode colocar em risco a operação no futuro, devido ao risco da companhia perder quota de mercado nesta fase? Inexplicavelmente, a TAP deixou mesmo de voar na operação de médio curso. Enquanto outras companhias aéreas nun-ca deixaram de vir a Lisboa, a TAP pura e simplesmente deixou de fazer os seus voos, o que representa grandes proble-mas, pois os passageiros vão naturalmen-te começar à procura de alternativas. Os passageiros que continuam a voar vão deixar o dinheiro noutras empresas e a TAP será deixada de parte - o que preju-dica gravemente a sua quota de merca-do. Mas esta situação já acontece desde o início de todo este processo, desde I de abril. E tem provocado enorme nervosis-mo e ansiedade entre os trabalhadores. O plano de retoma de voos da TAP para junho e julho foi polémico, levantando uma onda de protestos de entidades e pessoas do Porto e Norte, que até incluiu uma providência cautelar da Associação Comercial do

Porto com o objetivo de travar a ajuda do Estado à companhia. Que avaliação faz das escolhas da comissão executiva e das reações que surgiram? O Porto é um mercado bom, com um potencial enorme. E é muito importan-te para a TAP. Não me parece, porém, que colocar providências cautelares seja uma forma de ajudar a resolver os pro-

[Nos aviões] os tripulantes têm

receios, como todos os profissionais que estão mais expostos à doença"

"Os passageiros que continuam a voar vão

deixar o dinheiro noutras empresas e a TAP

fica de parte"

blemas. Acho que a comissão executiva deveria ter ouvido os representantes de todas as regiões e depois ter tido outra sensibilidade em relação a esta matéria. A TAP tem aviões e pessoal no Porto e o que falta é apenas decisão. Mas o que importa agora é avançar rapidamente com esta retoma o mais rapidamente possível para que a TAP possa voltar a afirmar-se no mercado como uma das mais importantes companhias aéreas a nível europeu. O presidente do conselho de administração, Miguel Frasquilho, disse, pouco depois, que o plano iria ser alterado. A verdade é que estamos em meados de julho e as rotas no Porto não aumentaram. Porque tarda esta mudança? Neste momento não temos qualquer con-tacto com a comissão executiva. Reuni-mos, recentemente, com o conselho de administração, com Miguel Frasquilho, com quem abordámos estas questões, mas da parte da comissão executiva nin-guém nos diz nada. A operação não arran-

ca e não há mais explicações. Acho que há aqui um grave problema de tomada de decisões, mas a verdade é que os tra-balhadores nunca são tidos nem acha-dos neste processo. Aliás, as informações chegam todas a conta-gotas e, atualmen-te, existe um profundo desconhecimen-to sobre o que será o futuro da empresa e dos trabalhadores. Isso já acontece des-de 1 de abril, quando começou o layoff. De vez em quando vamos ouvindo algu-mas novidades, mas nada em concreto. E não podemos viver assim para sem-pre, em total ignorância. A solução para a TAP - que garantiu um empréstimo do Estado de até 1,2 mil milhões de euros - foi encontrada através da compra por parte do Estado dos 22,5% de capital da empresa que pertenciam a David Neeleman. Como avalia este negócio? Parece-me que foi o desfecho possível. A TAP era um empresa à beira da rutu-ra, com capitais próprios negativos à vol-ta dos 580 milhões de euros no final do

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Zoom // Entrevista

Henrique Louro Martins revela que o clima interno

na TAP já não era bom antes da pandemia e, nessa altura,

estava a ser pensada a realização de uma Assembleia-Geral que

tinha na mira agendar uma greve

» continuação da página anterior

ano passado. E era importante o Estado voltar a controlar a empresa, para resol-ver esta situação e criar um plano para o futuro da companhia No entanto, acho que o valor pago a David Neeleman pela parte que detinha na TAP [55 milhões] foi exagerado, perante o prejuízo que este acionista deixou na empresa. O sindicato nunca concordou com a privatização da TAP. Quando David Neeleman chega à empresa, em 2015, traz promessas e ambição. E a TAP, de facto, cresceu, com mais rotas, frota e postos e trabalho. Mas rapidamente também se começaram a ouvir críticas. Hoje, diz-se que a TAP cresceu demasiado depressa. Do ponto de vista dos trabalhadores, o que falhou? Nos últimos anos, e como é público, a TAP cresceu muito, mas este crescimen-to deveria ter sido consolidado. É do conhecimento geral que o plano estra-tégico da empresa foi ultrapassado em termos de frota e rotas, e por isso dize-mos muitas vezes que a empresa não cresceu, mas insuflou. Faltou um projeto sólido e a longo prazo... Faltou. E faltou também que o Estado, como principal acionista da empresa, estivesse mais atento a tudo o que esta-va a acontecer ao longo destes últimos anos. Assim, talvez os prejuízos pudes-sem ter sido menores. Uma das exigências do SNPVAC é que seja feita uma auditoria à gestão de David Neeleman na TAP... Exatamente. Achamos fundamental que seja realizada uma auditoria à gestão da TAP nos últimos anos, para perceber-mos tudo o que se passou. Disse que os trabalhadores estão sem informações desde 1 de abril, sem contactos da parte dos responsáveis da empresa. Mas como era a relação entre o sindicato e a comissão executiva liderada por Antonoaldo Neves antes da crise? Desde que começou o nosso mandato, em dezembro de 2019, nunca consegui-mos trabalhar muito bem com o presi-dente da comissão executiva, Antonoal-do Neves. Estivemos sempre em perma-nente conflito. Em relação aos tripulantes de cabine, a comissão executiva adotou sempre uma postura de "quero, posso e mando", desrespeitando o nosso acordo de empresa. Esta postura sempre me pareceu inadmissível, para mais peran-te aqueles que são a linha da frente da

empresa, que diariamente dão a cara junto dos passageiros. Aliás, é importan-te dizer que antes desta crise provocada pela covid-19, o descontentamento já era generalizado, e até já tínhamos agenda-da uma assembleia geral cuja ordem de trabalhos era partir para uma greve, jus-tamente na sequência destas atitudes da comissão executiva. A exigência do Governo para a saída imediata de Antonoaldo Neves do cargo parece-lhe, então, uma boa notícia para os sindicatos... Do ponto de vista dos sindicatos, sem dúvida. O apoio de até 1,2 mil milhões do Esta-do chega com o anúncio de um plano de reestruturação, que deverá incluir a redu-ção de rotas, frota e postos de trabalho. Em entrevista ao SOL, o presidente do conselho de administração, Miguel Fras-quilho, disse que este "é um processo que não será feito sem sacrificios nem dor". Qual é a expectativa do sindicato em relação a este processo? Essa reestruturação já chegou ao grupo profissional dos tripulantes de cabine. Estamos a falar cerca de mil colegas que não viram, ou não vão ver até setembro,

A saída imediata de Antonoaldo Neves

da comissão executiva? "É uma boa notícia para os sindicatos"

"Falar constantemente da TAP também é feito para desviar a atenção

de outros assuntos da nossa sociedade"

os seus contratos a termo renovados. Já há muitas vidas destruídas na sequên-cia deste processo. Mas desde que foi anunciado o acordo do Estado com os privados, ainda não tivemos mais infor-mações sobre o que se vai passar. Os dias decorrem e as pessoas vão ficando cada vez mais nervosas e ansiosas. E é urgen-te que se tomem decisões, que é o que não acontece na TAP há muito tempo. O empréstimo do Estado à TAP tem dividido a opinião pública - têm sido muitos os comentários a criticar esta solução. Como encara estas críticas? E algo que prejudica a imagem da empresa? Falar constantemente da TAP, mandar abaixo a companhia, também é feito para desviar a atenção de outros assuntos da nossa sociedade. Gostava de ouvir esses comentadores dizer como a TAP é fun-damental para o país, como é um dos maiores compradores de produtos nacio-nais, ou uma das maiores exportadoras e que, só no ano passado, contribuiu com cerca de 300 milhões de euros em impos-tos para o Estado português. Acho que era importante ter um bocadinho mais de consideração e tento nas expressões que se usam. Isso retira valor à empre-sa e torna a retoma ainda mais difícil. A ajuda do Estado à TAP tem servido para fazer um paralelo com a situação do Novo Banco, onde o Estado português já injetou muitos milhões. O investimento que o Estado vai fazer na TAP pode ser comparável? Podemos estar a falar de um investimento sem retorno? Penso que não. Temos de estar conscien-tes da fase que vivemos atualmente no setor da aviação civil, não só em Portu-gal, mas a nível mundial. O mercado de longo curso da TAP é aquele que mais dinheiro dá à empresa, e neste momen-to está a ser seriamente afetado pela covid-19, devido à situação nos Estados Unidos e no Brasil. Mas temos de ter

esperança. Tenho fé que tudo irá ao sítio em breve e que a TAP vai recuperar, com todo o potencial para se tornar viável e rentável, sem se transformar num novo Novo Banco. Na mesma entrevista ao SOL, Miguel Frasquilho afirmou que "os portugueses falam mal da TAP porque gostam dela". Concorda? Acho que é verdade. Há um sentimento de muito orgulho no país em relação à TAP, que é uma empresa com crédito em todo o mundo e constituída por exce-lentes profissionais. Acho que o senti-mento geral do país em relação à empre-sa é de muito carinho. O SNPVAC defende a solução do novo aeroporto do Montijo. O atual contexto de crise pode atrasar ou mesmo fazer recuar o projeto do novo aeroporto? Este assunto do aeroporto do Montijo não pode voltar para trás, nem a crise pode servir de justificação para colocar um travão num projeto que» devia estar concluído há muitos anos. E público que a TAP tem tido problemas de crescimen-to porque o aeroporto de Lisboa está totalmente sobrelotado. Nestas alturas de crise também é preciso tomar deci-sões, ir ao encontro do investimento, e é necessário tomá-las para que quando tudo se normalize a opção Montijo pos-sa contribuir para o crescimento das companhias aéreas e do turismo em Por-tugal, como alternativa ao Aeroporto Humberto Delgado. Mas como se pode justificar um novo investimento público neste contexto de crise e com uma TAP, em princípio, mais pequena? Não sabemos o que será a nova TAP, mas a empresa terá de voltar a crescer nova-mente. E, neste caso, não falamos só da TAP. Há outras empresas que precisam de usar uma alternativa ao aeroporto de Lisboa para que tenhamos boas soluções quanto tudo isto voltar ao normal. Página 41

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J.

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Secretário-geral do Sitava diz que não podem ser feitas reestruturações por catálogo

José Sousa. "Comparar TAP ao Novo Banco é simplesmente uma patetice"

JOÃO AMARAL SANTOS (Texto)

[email protected] MAFALDA GOMES (Fotografia)

mafalda.gomes®ionline.pt

José Sousa, secretário-geral do Sindica-to dos Trabalhadores da Aviação e Aero-portos (Sitava), considera que a pande-mia não criou a crise na TAP, mas ape-nas a colocou "à luz do dia". O representante do sindicato dos pilotos continua preocupado com a retoma len-ta das operações e espera que a TAP seja capaz de colocar no ar entre 40% e 50% dos seus voos até ao final de julho. O res-ponsável prefere falar em não renova-ção de contratos em vez de despedimen-tos. Ainda assim, quando estes termina-rem, em setembro e outubro, o grupo terá perdido mais de 2500 postos de tra-balho desde abril.

O Sitava defendia há muito que o Estado deveria recuperar o controlo da gestão estratégica e financeira da TAP. O acordo para a saída de David Neeleman, principal acionista privado da companhia, permite exatamente isso. Que avaliação faz do desfecho deste negócio? A avaliação que faço do negócio é posi-tiva. Acredito que este desfecho vai per-mitir trazer paz à empresa e contribuir para que a TAP volte a fortalecer-se, na medida em que o mercado o permita. O que falhou, do ponto de vista dos trabalhadores, nesta relação entre a TAP e Neeleman? Em 2015, o objetivo do parceiro privado era fazer crescer a companhia aérea, com mais aviões, rotas e postos de trabalho, e isso veio precisamente a acontecer. Quando passou o parceiro privado a ser um problema, ao ponto de o sindicato defender a sua saída imediata da empresa? Nunca exigimos que houvesse alterações

no quadro acionista, mas fomos sempre alertando, desde 2015, para aquilo que considerávamos ser um crescimento demasiado rápido da empresa, tendo em conta as características do setor da avia-ção - que, como se sabe, é de alto risco, por depender de muitas variáveis não controláveis. As coisas têm sempre de ser encaradas com alguma parcimónia, sem que se deem passos maiores que a perna. E acho que foi isso que aconteceu na TAP: um crescimento demasiado rápi-do e pouco sustentado. Aquando da pri-vatização foi feito um plano de negócios que previa o crescimento da empresa, a diminuição dos capitais próprios nega-tivos e a obtenção de lucros nos anos de 2018 e 2019, na ordem dos 50 milhões de euros por ano. A verdade é que isso nunca aconteceu, o que só se explica por dois motivos: ou o plano estratégico esta-va mal desenhado ou o crescimento indu-zido foi demasiado repentino, causando danos. Julgo que foi esse crescimento acelerado que nos fez chegar a este pon-to, com uma frota com mais 17 aviões do que os previstos e uma situação líquida da empresa ainda mais negativa do que em 2015. A pandemia veio agravar as contas da TAP, já no vermelho. O acordo com o Estado prevê injetar na empresa até 1,2 mil milhões de euros, mas também um plano de reestruturação que deverá reduzir frota, rotas e postos de trabalho. O ministro Pedro Nuno Santos já afirmou que não pode garantir "que não haverá despedimentos". Como encara esta declaração? A pandemia não veio agravar a situação, mas sim colocá-la à luz do dia. Com a interrupção da atividade e consequente ausência de receitas, a TAP precisou de uma intervenção, seguindo o exemplo do que aconteceu com todas as compa-nhias do mundo. No futuro terá de se

encontrar uma estabilidade acionista para a empresa e, depois, tudo depende-rá do que for a retoma da atividade. Hoje fala-se muito de um plano de reestrutu-ração que inclui despedimentos, mas essas declarações parecem-me negativas para a própria estabilidade da empresa. As empresas não podem fazer reestrutura-ções por catálogo; o que é necessário é adequar a TAP ao presente e ao futuro. E isso já se está a fazer desde abril, pois não podemos ignorar que, com muita pena

"Acredito que este desfecho vai pei mitir trazer paz à empresa e contribuir para que

se fortaleça"

"Deu-se um passo maior do que a perna. ATAP

registou um crescimento demasiado rápido

e pouco sustentado"

minha, têm saído trabalhadores da empre-sa desde essa altura. Não consideramos despedimentos, pois resultam da não reno-vação de contratos a termo ou de contra-tos com as empresas de trabalho tempo-rário, nomeadamente no call center. Por-tanto, o que vemos não são despedimentos, mas a adequação da força de trabalho à imagem do atual mercado. Está a dizer que a saída dos trabalhadores com contrato a termo ou vinculados às empresas de trabalho temporário será suficiente para redimensionar a companhia, como pretende o Estado e é exigido por Bruxelas no âmbito do empréstimo? Penso que sim. E já estamos a falar de milhares de trabalhadores que, atualmen-te, estavam ligados ao grupo TAP, alguns há dois ou três anos. Quando todos estes contratos terminarem, em setembro e outubro, o grupo TAP terá perdido mais de 2500 postos de trabalho desde abril. O setor da aviação possui, ao contrário do que muitas pessoas pensam, uma reali-dade sazonal e de grande precariedade que nunca foi possível terminar. Portan-to, a redução já está a fazer-se e tem sido desta forma Lamentavelmente, não pode-mos fazer nada contra isso.

continua na página seguinte »

O secretário-geral do Sitava tece duras críticas à anterior administração da TAP e apela a que a retoma da atividade seja feita o mais rápido possível, alegando que está a perder terreno para a concorrência.

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Zo o m // Entrevista

José Sousa garante que os cortes salariais estão

a criar "situações sociais graves" e diz que não é verdade que

os trabalhadores da TAP ganhem muito bem. E dá como exemplo

muitos trabalhadores que ganham menos de mil euros por mês

» continuação da página anterior

Mas também estamos a falar da redução da frota e de rotas. Ao referir que a TAP cresceu rápido demais, desde 2015, que tipo de companhia teremos no futuro? Este plano de reestruturação coloca em risco competitividade da companhia, num futuro próximo e num setor tão competitivo? Penso que não. As opções terão sempre de partir do Governo, mas o país, ao lon-go dos anos, já foi perdendo a sua indús-tria, a sua agricultura e muitas outras atividades, acabando por apostar forte-mente no turismo. Hoje, uma grande fatia do PIB português depende deste setor. Eu pergunto: o Estado também vai abdicar desta atividade? Vamos dedi-car-nos a quê? Se o turismo é aquilo que nos resta, até mesmo numa perspetiva de desenvolvimento geral, este terá de continuar a ser o setor determinante para a economia nacional. É, portanto, impossível pensar numa TAP que não seja sequer capaz de sustentar esta ati-vidade. E para isso é necessário manter frota, rotas e, naturalmente, força de tra-balho. E também slots, continuar a voar. É sobretudo vital manter o hub em Lis-boa, pois mais de 50% do tráfego da TAP no aeroporto de Lisboa é precisamente do hub, de rotação, feito por passageiros que nem sequer saem do aeroporto em Lisboa. Se perdemos isso, perdemos tudo: o turismo e o país. E, pesem as dificul-dades, a nossa convicção é que a TAP esteja já com 70% da sua operação até final dc 2020, que é o que nos dá a garan-tia de que a companhia continuará a ter uma dimensão adequada para cumprir a sua tarefa. Agora, vai ter, naturalmen-te, menos aviões, mas isso até era algo que já estava previsto, pois há aviões anti-gos que vão sair. Fala de uma operação a 70% até ao final do ano, mas a retoma da TAP tem sido lenta em comparação com companhias... É verdade. Temos números de outras companhias com 40% a 60% das suas operações nos aeroportos de Lisboa e Porto, enquanto a TAP continua perto dos 20% da sua operação habitual. Mas a responsabilidade deste atraso é da atual administração. Sabemos que há fronteiras fechadas, mas essas frontei-ras também estão fechadas para a Lufthansa, para a KLM, para a Swiss e para todas as outras. E essas compa-nhias já estão a voar. A Swiss, por exem-plo, está a voar para Lisboa com aviões

A330 e não está a transportar suíços, mas sim portugueses com autorização de residência no destino. A TAP tem ficado de fora e estamos preocupados que esta opção esteja a contribuir para a perda de clientes. Esta retoma lenta explica-se apenas pelas negociações entre Estado e privados e pelas alterações que ocorreram na estru-tura acionista? Não. Aquilo a que assistimos nos últimos anos foi à tentativa de transformar a TAP numa low-cost. A TAP não pode ser uma companhia de baixo custo e tem mesmo de diferenciar-se dessas companhias. Quando a TAP pede mais dinheiro por um bilhete de avião tem de comprovar a qualidade do seu serviço, seja por trans-portar a mala, seja por não cobrar as refeições. E a atual gestão andava a ten-tar transformar a TAP em mais uma com-panhia destas, devido às opções da dire-ção de controlo de receitas e redes, lide-rada por Arik De, um gestor estrangeiro, detentor de um currículo pouco aconse-lhável e que tem prestado um péssimo serviço à empresa. Esperamos que a nova administração comece a colocar as coi-sas nos sítios certos, pois consideramos que é essencial que a TAP se reorganize e comece a colocar voos no mercado. É, aliás, fundamental que a TAP seja capaz de retomar a sua operação entre 40% e 50% até final de julho. Se isso não acontecer, como ficará a situação da empresa? Estamos a falar de que quanto mais tempo demorar a retoma, mas dificil será a recuperação? Claro. Quanto mais tarde se iniciar a reto-ma, mais difícil será atingir os níveis dc operação dignos para que a TAP volte a ser uma companhia aérea robusta, com

"Aquilo a que assistimos nos últimos anos foi à tentativa de

transformar a TAP numa low-cost"

"Rui Moreira foi o político português que mais defendeu

as low-cost contra a TAP"

capacidade de intervenção no tecido eco-nómico e social português. Falando ainda da retoma, o plano de voos para junho e julho fez estalar uma polémica entre o Norte e a TAP. O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, foi incisivo nas críticas à companhia e à forma como tem tratado o Porto e a região. Estas críticas fazem sentido? A TAP tem menosprezado o Aeroporto Francisco Sá Carneiro? Rui Moreira foi o político português que mais defendeu as /ow-cosi contra a TAP. Toda a gente sabe que essas companhias de baixo custo são subsidiadas para trans-portar passageiros para os destinos. E as opções do presidente da Câmara do Por-to retiraram clientes à TAP em toda a região Norte. Mas, mesmo assim, em 2019, a TAP conseguiu liderar o núme-ro de movimentos, com cerca de 27%, e de passageiros, com cerca de 20%, no aeroporto do Porto. Convivemos bem com as low-cost, pois achamos que têm o seu lugar no mercado, mas também achamos que eqsas empresas devem ope-rar em aeroportos secundários, sem sub-sídios que criam uma falsa concorrên-cia e que apenas servem para baixar os custos do trabalho. Veja, por exemplo, o que acontece em alguns casos nestas companhias, com trabalhadores a terem de vender raspadinhas a bordo, o que não dignifica o transporte aéreo. Mas que avaliação faz das escolhas da comissão executiva em relação a este plano de voos? Partilhamos a opinião de muitas pessoas que criticaram este plano de retoma de voos. Mas é exatamente a falta de conhe-cimento da realidade nacional da dire-ção de controlo de receitas e redes e do gestor Arik De, e o facto de ignorar com-pletamente a lei que levaram ao planea-mento de uma retoma curta e assimé-trica. A TAP cresceu no Aeroporto Sá Carneiro, conquistou quota de mercado e, portanto, a retoma deveria ter sido fei-ta proporcionalmente à capacidade que cada companhia pode suportar. Este pla-no de rotas foi mais um erro. E, entretanto, com a operação a níveis tão baixos, a maioria dos trabalhadores continuam cm layoff desde abril. São três meses e meio nestas condições... É uma situação impensável. Os cortes salariais estão a criar situações compli-cadíssimas, situações sociais graves. Não é verdade, como se costuma dizer, que os trabalhadores da TAP ganham mui-

to bem. Há muitos milhares de trabalha-dores da TAP, talvez mesmo a maioria, que ganham menos de mil euros por mês - e isto é um salário baixo para Portu-gal. É verdade que dentro da companhia existem profissões mais competitivas, com remunerações mais elevadas, em linha com o que se paga internacional-mente. Mas isso é apenas uma pequena parte dos trabalhadores do grupo. Nes-te momento existe uma necessidade imperiosa de terminar com o layoff e fazer regressar as pessoas aos seus locais de trabalho. Já não se justifica a manu-tenção deste "castigo" que se tem abati-do sobre as pessoas, e não vemos como é possível manter esta situação de cor-te por muito mais tempo. Colocar milha-res de pessoas a ganhar o salário míni-mo nacional durante quase quatro meses parece-me surreal. Ao 1 chegaram denúncias de trabalhadores da TAP que estão a receber ordenados entre os 300 e os 400 curos por mês, o que significaria ainda maiores discrepâncias remuneratórias dentro da empresa. A TAP não definiu um teto máximo no layoff, pagando a diferença aos Página 43

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trabalhadores que recebem acima do previsto pela lei deste mecanismo -três salários mínimos nacionais (1905 euros ilíquidos) -, mas não está a respeitar o teto mínimo de 635 euros brutos. Esta situação confirma-se? Esse é um assunto polémico e mal expli-cado. O mecanismo de layoff prevê que ninguém está a receber abaixo do salá-rio mínimo nacional e não temos conhe-

"Salários de 5 a 6 mil euros seriam muitíssimo reduzidos com o layoff,

o que seria injusto para estas pessoas"

"É fundamental retirar as companhias low-cost do aeroporto de Lisboa, deslocando-as para um aeroporto secundário"

cimento de casos de pessoas a recebe-rem 300 ou 400 euros. Em relação às categorias mais bem remuneradas, a empresa decidiu pagar os dois terços do salário, como está previsto na lei, com-pensando o restante quando é ultrapas-sado o limite máximo definido pelo Gover-no. Parece-me justo. Estamos a falar, sem quaisquer problemas, de salários na ordem dos cinco mil a seis mil euros que, neste caso, seriam muitíssimo reduzi-dos, o que seria extremamente injusto para estas pessoas. Fazendo as contas, a uns cortariam um terço do salário e a outros, como é o caso de pilotos e de outros, dois terços. Neste caso, penso que a medida foi bem aplicada. O processo de apoio à TAP tem sido discutido apaixonadamente na opinião pública. Muitos comentários vão no sentido de comparar a injeção de dinheiro feita na companhia com a ajuda à banca e, em particular, ao Novo Banco. Que leitura faz desta comparação? Esse tipo de comparações, que oiço demasiadas vezes, feitas por pessoas que deveriam ter outra noção das coi-sas, é simplesmente uma patetice. O

dinheiro que o Estado coloca no Novo Banco nem sequer é para Portugal, mas para um fundo internacional. A TAP é um ativo do Estado português; portan-to, qualquer injeção de dinheiro que se faça não pode ser vista como um cus-to, mas como um investimento. Não há aqui dinheiro deitado fora. Pode even-tualmente dizer-se que o facto de a TAP estar parada obriga o Estado a ter de suportar a tesouraria da empresa. É verdade. Mas, com toda a certeza, esse valor será integrado na contabilidade da TAP e, de alguma forma, terá de ser pago. Não há aqui nada que se pareça com a injeção de dinheiro na banca e os valores nem sequer são compará-veis. É bom que as pessoas, de uma vez por todas, tenham consciência de que este caso não é exclusivo de Portugal e que todas as companhias aéreas do mun-do que deixaram de voar precisaram de ajuda, de dinheiros dos respetivos Estados, para se manterem vivas. Nos últimos anos, a discussão em torno do setor da aviação em Portugal focou-se sobretudo no novo aeroporto. Depois de tantos avanços e recuos, este contexto pode voltar a atrasar o

processo. Teme que o projeto do aeroporto do Montijo volte a cair? Espero que não. Como se sabe, há uma enorme controvérsia sobre o aumento da capacidade aeroportuária na região de Lisboa mas, do nosso ponto de vista, este processo já deveria estar concluído há muitos anos. Digo, com humildade, que não tenho conhecimentos técnicos para avaliar qual a melhor solução. Pare-ce-me apenas que a opção de manter o Aeroporto Humberto Delgado é a mais correta. Portanto, do nosso ponto de vis-ta, a opção Portela+1 é a mais adequada neste momento, com o Montijo a poder ser, de facto, uma boa solução - embo-ra admita que pudessé existir outra Mas, qualquer que seja a opção, o mais impor-tante é se tomem decisões rapidamen-te, até porque é fundamental retirar as companhias de baixo custo do aeropor-to de Lisboa, deslocando-as para esse aeroporto secundário e deixando o aero-porto principal dedicado ao hub e aos voos intercontinentais. Portugal é o úni-co país do mundo que eu conheço a man-ter as empresas no seu aeroporto prin-cipal, a retirar espaço ao hub da sua com-panhia aérea nacional.

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1,59E // Quarta-feira, 15 julho 2020 // Ano 11 // Diário // Número 3252 // Diretor: Mário Rarnires // Dir. exec.: Vítor Ranho // Dir. exec adjunto: José Cabrita Saraiva // Subdir. exec.: Mata F. Reis // Dir de arte: Francisco Alves

RICARDO SALGADO ACUADO DE ASSOCIAÇÃO J. CRIMINOSA E CORRUPÇAO MP acusa 25 arguidos pela queda do Grupo Espírito Santo e defende que causaram prejuízos de 11,8 mil milhões. Defesa do ex-banqueiro cli7 que acusação "falsifica" a história do BES //PÁG. 32

Na Grande Lisboa, casos de covid-119 só não diminuíram na capital DGS voltou a publicar dados por concelho. Capital registou 439 novos casos desde 4 de julho, mantendo-se no mesmo patamar do final de junho. Sintra, Loures, Amadora e Odivelas melhoraram /, PÁGS. 2-3

DUAS ENTREVISTAS AO MUNDO DA AVIAÇÃO

José Sousa, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos f.

"Rui Moreira foi o político português que mais defendeu as low-cost contra a TAP" "Comparar a TAP ao Novo Banco é simplesmente uma patetice"

Henrique Louro Martins, presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil

"Há pessoas na TAP a receberem 300 euros" "Nos aviões, os tripulantes têm receios"

"O valor pago a David Neeleman pela parte que detinha na TAP [55 milhões] foi exagerado perante o prejuízo

que este acionista deixou na empresa" // PÁGS. 16-21

Luís Filipe Vieira constituído arguido e CMVM suspende ações do Benfica

PCP não dá a mão ao PSD e ao PS para acabar com debates quinzenais

EDP antecipa fecho das centrais a carvão. Sines encerra já em 2021

EUA estão a deportar para os países de origem infetados com covid-19

Supremo diz-se incompetente na providência cautelar contra Centeno

// PÁG. 7 // PÁG. 4 // PÁG. 9 // PÁG. 10 // PÁG. 32

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Artur Sequeira Dirigente FNSTFPS

"O ME só está a gerir os seus agrupamentos. As escolas sob tutela das autarquias ão excluídas"

Manuel Presidente ANDE

"A fórmula é cega -são atribuídos H funcionários a 450 alunos de 1.° Ciclo numa escola ou em oito separadas por quilómetros"

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1114 111‘ Os soo assistentes operacionais e 200 assistentes técnicos vão ingressar nos quadros

Alexandra Inácio [email protected]

ANO LETIVO As escolas receberam ontem luz verde para lançarem os concursos para recrutamento de mais funcionários não docentes. O ministro da Educação anunciou há duas semanas, no Parlamento, o reforço de 500 assistentes opera-cionais e 200 assistentes técnicos. A diretora-geral da Administração Escolar (DGAE) pediu "urgência" na abertura dos procedimentos. Mas o presidente da associação na-cional de diretores (ANDAEP) de-fende "que muito dificilmente" o prometido reforço chegará aos agrupamentos "antes do arranque do ano letivo".

Os 700 lugares são por tempo in-determinado o que exige - à seme-lhança da entrada nos quadros, no ano passado, de 1067 assistentes operacionais - a realização de pro-vas de conhecimento e avaliação psicológica a cada candidato, a de-signação de um júri e a publicação em "Diário da República" dos avi-

sos de abertura. "É um processo muito moroso e burocrático que ainda por cima apanha a pausa de agosto", frisa Filinto Lima.

Na nota informativa enviada às escolas, é sublinhado que quando os candidatos estejam a desempe-nhar funções nas escolas, o méto-do de seleção é a avaliação curricu-lar e a entrevista para avaliação de competências. Uma "agilização" que permite poupar dias mas que, ainda assim, pode não chegar para os processos estarem concluídos antes de setembro, garante o pre-sidente da ANDAEP.

42o APOSENTADOS ESTE ANO

Além das 500 entradas no quadro, mais de 100 contratos de assisten-tes operacionais também serão re-novados. O reforço não abrange os cerca de 350 agrupamentos que já passaram e vão passar em setem-bro para a tutela das autarquias, o que suscita a crítica da Federação Nacional dos Sindicatos dos Traba-lhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) e do presiden-

te da Associação Nacional dos Di-rigentes Escolares (ANDE). "Si-gnifica que nesses agrupamentos a escassez de funcionários vai manter-se", lamenta Manuel Pe-reira (ANDE).

Artur Sequeira, dirigente da FNSTFPS, considera o reforço "in-suficiente" para suprimira falta de não docentes, agravada por, no próximo ano letivo, as funções de higienização e vigilância serem ainda mais exigentes por causa da pandemia. "A solução vai conti-nuar a passar pelos trabalhadores contratados à hora", prevê.

Desde janeiro, aposentaram-se 309 assistentes operacionais e 111 assistentes técnicos, de acordo com as listas publicadas mensal-mente pela Caixa Geral de Apo-sentações. São mais 86 do que em igual período do ano passado. Em 2019, aposentaram-se 479 opera-cionais e 131 técnicos. Até ao final da legislatura, está prometida nova revisão da portaria de rácios (que define o número de funcio-nários por cada agrupamento). •

Novos funcionários só devem chegar após início das aulas Autorização para concursos "com urgência" despachado ontem, mas diretores temem burocracia e agosto. Nem todas as escolas abrangidas

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Incentivos para a saúde chegam a dobrar valor

Portaria aumenta limites máximos a atribuir às equipas, mas hospitais desconhecem orçamento

Milene Marques [email protected]

SNS As "primeiras consul-tas" não realizadas por for-ça da situação epidemioló-gica provocada pela covid--19 vão ser pagas às equipas no máximo a 95% e as cirur-gias até 75%, segundo a por-taria que aprova o regime excecional de incentivos à recuperação da atividade as-sistencial, publicada ontem. Até agora a produção adicio-nal interna era paga entre 35% e 55%.

O regime excecional esta-rá em vigor até ao final do ano. Contudo, os hospitais ainda não sabem quanto vão receber para pagar este trabalho suplementar. "É necessário os hospitais sa-berem qual é o volume orça-mental que lhes cabe para poderem negociar com as equipas", frisa Alexandre Lourenço, presidente da As-sociação Portuguesa de Ad-ministradores Hospitalares.

Face ao impacto que a pan-demia causou em diferen-tes graus nas diversas áreas nos hospitais, que "traba-lham em rede", Alexandre Lourenço também defende que deve ser a tutela a defi-nir, a nível nacional, as áreas a priorizar na recupe-ração da atividade.

De acordo com a portaria n. ° 171/2020, a produção adicional realiza-se fora do horário de trabalho das equipas, nomeadamente

aos fins de semana, e tem especial atenção às primei-ras consultas e cirurgias não realizadas com maior volu-me de doentes em lista de espera e maior grau de in-cumprimento dos tempos máximos de resposta, sem especificar especialidades.

Também o presidente do Sindicato Independente dos Médicos, Roque da Cu-nha, já veio dizer que o pa-gamento extra para recupe-rar a atividade suspensa terá uma repercussão muito li-mitada, pois os médicos es-tão esgotados e a grande maioria já ultrapassou as 150 horas extraordinárias.

De acordo com os admi-nistradores hospitalares, há mais de um milhão de con-sultas em atraso e mais de cem mil cirurgias.*

À LUPA

Primeiras consultas O valor a pagar às equipas pelas primeiras consultas adicionais (até 95%) no Serviço Nacional de Saúde tem por base o valor fatu-rado pelas instituições ao Estado por estas sessões, 34,1 euros.

Horas extra sobem 17% Até junho, o número total de horas suplementares trabalhadas pelos profis-sionais do SNS aumentou 17% face a igual período de 2019, mais 1,163 milhões, como o JN noticiou ontem.

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Pretende-se incentivar trabalho em horas extra Página 47

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A Autoridade para as Condições do

Trabalho (ACT), a administração e os

trabalhadores precários da Fundação

de Serralves vão ser ouvidos no Par-

lamento, na sequência de um reque-

rimento do Bloco de Esquerda (BE),

ontem aprovado na comissão de Cul-

tura e Comunicação.

O partido afirma que, “logo no iní-

cio das medidas de distanciamento

social, em Março, a Fundação de Ser-

ralves descartou trabalhadores a reci-

bos verdes do serviço educativo, bem

como todos os técnicos externos res-

ponsáveis pela montagem das expo-

sições, sem aviso prévio e no próprio

dia em que a instituição suspendeu

actividade”.

Em Abril, o BE já tinha acusado a

Fundação de “descartar” trabalhado-

res a recibo verde, questionando o

Governo sobre se ia interceder junto

da administração. Na altura, Serralves

assegurou que estava a “cumprir

todas as suas obrigações” e “todas as

regras decretadas no âmbito do esta-

do de emergência” para com os seus

trabalhadores.

No requerimento, o BE, citando

um “comunicado público”, relata que

“os trabalhadores que denunciaram

esta situação em Março estão agora a

sofrer retaliações”, nomeadamente o

seu afastamento, pelo conselho de

administração, “das actividades e

exposições na reabertura de Serral-

ves”. “Mais grave, sabemos agora

também que a administração estará

a entrevistar novos educadores para

as mesmas funções”, sustenta o par-

tido. Em Junho, a Fundação de Ser-

ralves reiterou que, “à medida que a

actividade da fundação vai sendo

retomada, vários prestadores de ser-

viços externos têm vindo a ser con-

tactados para prestação de serviços

concretos”.

O BE acusa o conselho de admi-

nistração de Serralves de, “à seme-

lhança do que aconteceu na Casa da

Música, comportar-se de forma

autoritária com os seus trabalhado-

res, com violações grosseiras e into-

leráveis da lei do trabalho, e ofensas

graves aos direitos laborais mas

ACT, administração e precários de Serralves vão à AR

também de direitos constitucionais

básicos”.

A 30 de Junho, numa audição par-

lamentar, requerida pelo PCP sobre

a Casa da Música, a ministra da Cul-

tura, Graça Fonseca, a rmou que a

ACT zera uma inspecção e não

haviam sido apurados indícios de

situações de precariedade em Ser-

ralves. A Fundação de Serralves con-

rmou que a ACT realizou uma acção

inspectiva na instituição a 15 de Abril,

relacionada com os trabalhadores do

serviço educativo, e que foi informa-

da, a 6 de Maio, de que o processo

havia sido “concluído sem que tives-

sem sido adoptados outros procedi-

mentos inspectivos”. No dia 5 de

Julho, cerca de uma centena de pes-

soas participou numa manifestação

pública de educadores do serviço

educativo de Serralves, que exigem

ser tratados de “forma digna e ter

um contrato de trabalho”. Este ser-

viço educativo existe desde o início

da Fundação de Serralves, ou seja,

desde 1989, e, segundo os manifes-

tantes, alguns educadores trabalham

ali desde 1992, “sempre a recibos

verdes”.

A directora nanceira de Serral-

ves, So a Castro, e também o direc-

tor do museu, Philippe Vergne, escla-

receu que os educadores a trabalhar

há 27 anos na instituição a recibos

verdes “são professores, trabalham

noutras entidades, são directores

artísticos de outros projectos”. “Não

sei como podem vir dizer que são

dependentes de Serralves ou que

deveriam colaborar doutra manei-

ra”, sublinhou. Lusa

Educadores de Serralves protestaram a 5 de Julho

Política cultural

Requerimento do BE foi ontem aprovado na Comissão de Cultura e Comunicação

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