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1 BARROSO, Luis Roberto. --modernidade, teoria crítica e pós-positivismo). In: BARROSO, Luis Roberto (Org.). A Nova Interpretação Constitu-cional (Ponderação, Direitos Fundamentais e Relações Privadas). Rio de Janeiro: Renovar, 2003, p. 28.2 FIGUEROA, Alfonso Garcia. La Teoria del Derecho em Tiempos de Constitucionalismo. In CARBONELL, Miguel (Org.). Neoconstitucionalismo(s). 2ª ed., Madrid: Editorial Trotta, 2005, p. 161.

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3 Todos os exemplos que serão utilizados no presente parágrafo encontram-se catalogados por Dimitri Dimoulis. In: Positivismo Jurídico – Introdução a uma Teoria do Direito e Defesa do Pragmatismo Jurídico-Político. São Paulo: Método, 2006, p. 45.4 BARCELLOS, Ana Paula. Ponderação, Racionalidade e Atividade Jurisdicional. Rio de Janeiro: Renovar, 2005, p. 8.5 STRECK, Lenio Luiz. Verdade e Consenso – Constituição, Hermenêutica e Teorias Discursivas. Rio de Janeiro: Lumen Iuris, 2005, p. 6.6 VENOSA, Sílvio de Salvo. Introdução ao Estudo do Direito. São Paulo: Atlas, 2004, p. 78.7 BARROSO, Luis Roberto. --modernidade, teoria crítica e pós-positivismo). In: BARROSO, Luis Roberto (Org.). A Nova Interpretação Constitu-cional (Ponderação, Direitos Fundamentais e Relações Privadas). Rio de Janeiro: Renovar, 2003, p. 25.8 Embora as importantes contribuições de outros decanos do positivismo jurídico – como Hart e Ross – não possam ser negadas, o presente trabalho irá adotar como paradigma a Teoria Pura do Direito, de Hans Kelsen.9 MAIA, Antonio Cavalcanti. A Expansão dos Direitos Fundamentais e o Neoconstitucionalismo. Mimeografado. Có-pia gentilmente cedida pelo professor nas aulas de epistemologia jurídica no mestrado em direito constitucional na PUC/RJ. 10 BARROSO, Luis Roberto. (pós-modernidade, teoria crítica e pós-positivismo). In: BARROSO, Luis Roberto (Org.). A Nova Interpretação Constitucional (Ponderação, Direitos Fundamentais e Relações Privadas). Rio de Janeiro: Renovar, 2003, p. 28.11 MAIA, Antonio Cavalcanti. A Expansão dos Direitos Fundamentais e o Neoconstitucionalismo. Mimeografado. Có-pia gentilmente cedida pelo professor nas aulas de epistemologia jurídica no mestrado em direito constitucional na PUC/RJ.12 Sobre o tema, eis as palavras do próprio Kelsen: “a teoria usual da interpretação quer fazer crer que a lei, aplicada ao caso concreto, poderia fornecer, em todas as hipóteses, apenas uma única solução correta (ajustada), e que a justeza

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tivesse que pôr em ação o seu entendimento (razão), mas não a sua vontade, e como se, através de uma pura atividade de intelecção, pudesse realizar-se, entre as possibilidades que se apresentam, uma escolha que correspondesse ao Direito positivo, uma escolha correta (justa) no sentido do Direito positivo.” KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 2ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 391.13 MacCORMICK, Neil. Argumentação Jurídica e Teoria do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 336.14 Convém, aqui, ressaltar que, embora contenha discursos diversos, cada um deles dotados de certas peculiaridades, a expressão “neoconstitucionalismo” será utilizada, neste trabalho, com abstração a estas diferenças. Isto porque, em que pesem as diferenças entre os diversos discursos, todos eles compartilham a mesma premissa: i) uma crítica implacável ao positivismo jurídico; e ii) a necessidade de uma nova teoria, capaz de lidar com os princípios.

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15 DIMOULIS, Dimitri. Positivismo Jurídico – Introdução a uma Teoria do Direito e Defesa do Pragmatismo Jurídico-Político. São Paulo: Método, 2006, p. 191.16 MAIA, Antonio Cavalcanti. A Distinção entre Fatos e Valores e as Pretensões Neofrankfurtianas. In: MAIA,

17 ROUANET, Sérgio Paulo. Teoria Crítica e Psicanálise. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1986, p. 286.18 MC CARTHY, Thomas. Introduction. In: HABERMAS, Jürgen. Legitimation Crisis. Boston: Beacon Press, 1975, p. X. Apud MAIA, Antonio Cavalcanti. A Distinção entre Fatos e Valores e as Pretensões Neofrankfurtianas. In:

19 Segundo Carlos Santiago Nino, uma dissecação das várias versões do direito natural demonstra as seguintes caracte-

universalmente válidos e acessíveis à razão humana; ii) uma tese sobre o conceito de Direito, segundo a qual uma norma

princípios. In Introducción al Análisis del Derecho. Barcelona: Ariel Derecho, 1999, p. 28 Apud STRUCHINER, Noel. . In: MAIA, Antonio

Cavalcanti et alli

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20 Aliás, isto é textualmente reconhecido por um dos seus grandes expoentes, Alfonso García Figueiroa. In: La Teoria del Derecho em Tiempos de Constitucionalismo. In CARBONELL, Miguel (Org.). Neoconstitucionalismo(s). 2ª ed., Madrid: Editorial Trotta, 2005, p. 179.21 O termo “Metafísica” foi cunhado por Andrônico de Rodes (por volta de 50 a.c.) para designar os tratados de Aristó-

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e que se referem ao estudo do ser enquanto ser, isto é, antes que seja determinado com a forma dos seres físicos, mate-

alemão Jacobus Thomasius, no século XVII, propôs sua substituição pelo termo “ontologia” (estudo do ser) como forma de laicizar seu estudo.22 ARANHA, Maria Lúcia de Arruda et MARTINS, Maria Helena Pires. , 2ª ed., São Paulo: Moderna, 1993, p. 273.23 Idem, p. 273.24 VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética, 24ª ed., Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 137.25 Idem, p. 137 e 138.

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26 A noção de probabilidade foi introduzida de sorte a demonstrar os limites da própria razão teórica. É que, como sem-pre ignoramos todas as causas potenciais de determinado fenômeno, apenas podemos, diante das causas conhecidas, indicar uma probabilidade da ocorrência do fato. Toda causalidade é sempre uma causalidade provável. HUME, David. Investigações sobre o Entendimento Humano e sobre os Princípios da Moral. São Paulo: Unesp, 2004, p. 91.27 HUME, David. Investigações sobre o Entendimento Humano e sobre os Princípios da Moral. São Paulo: Unesp, 2004, p. 368 e 369.28 O exemplo é fornecido pelo próprio David Hume. In Investigações sobre o Entendimento Humano e sobre os Princípios da Moral. São Paulo: Unesp, 2004, p. 368 e 369.29 HUME, David. Investigações sobre o Entendimento Humano e sobre os Princípios da Moral. São Paulo: Unesp, 2004, p. 377.

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30 HESSEN, Johannes. . Coimbra: Almedina, 2001, p. 135.31 HUME, David. Tratado da Natureza Humana. São Paulo: Unesp, 2001, p. 497.

i) a ética normativaconduta humana; ii) a ética aplicada, que se ocupa de questões concretas e vitais da ação humana, forçando uma adaptação

metaéticaos fundamentos da moral são racionais ou sentimentais, isto é, se estamos veiculando conhecimento verdadeiro ou se estamos simplesmente dando vazão aos nossos sentimentos, emoções ou preferências. Note-se que o reconhecimento de sistemas éticos (ética normativa), ou de seu desenvolvimento (ética aplicada), não depende de uma postura metaética

-mativo ético (objeto da ética normativa), ou mesmo analisar seu desenvolvimento prático (ética aplicada), o fundamento último da moral, para os não-cognitivistas (e, também, para a maioria dos positivistas), é sempre de caráter irracional (postura metaética negativa). O ceticismo da posição positivista, como bem nota Alf Ross, “(...) não se refere à moral, mas sim à lógica do discurso moral; não se refere à ética, mas sim à metaética.” Respectivamente: CARVALHO, Maria Cecília Maringoni de. Ética: uma Questão de Invenção ou de Descoberta ?. In: ROUANET, Luiz Paulo et alli (Org.). Razão Mínima. São Paulo: Unimarco, 2004, p. 12 e 13; ROSS, Alf. El Concepto de Validez y Otros Ensayos. México: Distri-buiciones Fontamara, 2001, p. 21 Apud STRUCHINER, Noel. O Debate Jusnaturalismo vs. Positivismo. In: MAIA, Antonio Cavalcanti et allido Direito, Rio de Janeiro: Lumen Iuris, 2005, p. 405.

-tema individual. Na verdade, “muitos indivíduos concordam em seus julgamentos de valor. Um sistema positivo de valores

-pecial um sistema moral com a sua ideia central de justiça, é um fenômeno social, o produto de uma sociedade e, portanto, diferente de acordo com a natureza da sociedade dentro da qual emerge. O fato de haver certos valores geralmente aceitos dentro de certa sociedade não contradiz de modo algum o caráter subjetivo e relativo desses julgamentos de valor. Que muitos indivíduos estejam em concordância quanto aos seus julgamentos de valor não é prova de que esses julgamentos estejam corretos.” KELSEN, Hans. Teoria Geral do Direito e do Estado, 3ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. 12.

do método empírico para demonstrar a verdade de suas proposições.

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35 ROUANET, Paulo Sérgio. Ética Iluminista e Ética Discursiva. In: Habermas 60 Anos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1981, p. 31.36 KELSEN, Hans. Teoria Geral das Normas. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris Editor, 1986, p. 108.37 VON WRIGHT, Georg Henrik. Ser y Deber Ser. In: AARNIO, Aulis et alli (Org.). La Normatividad del Derecho. Barcelona: Gedisa Editorial, 1997, p. 93.38 KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 2ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. 82.39 SGARBI, Adrian. Hans Kelsen – Ensaios Introdutórios (2001-2005). Rio de Janeiro: Lumen Iuris, 2007, p. 6 e 7.40 Idem, p. 7.

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41 KELSEN. Hans. Teoria Geral do Direito e do Estado, 3ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. 64.42 KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 2ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. 89.43 KELSEN, Hans. Teoria Geral das Normas. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris Editor, 1986, p. 10.44 Neste particular, faz-se importante um alerta: tal como os fatos da ordem do ser não são quer verídicos, quer inve-rídicos, mas apenas existem ou não existem, somente as sobre esses fatos podem ser verídicas ou inverídicas. KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 2ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. 83.45 KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 2ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. 83.46 Idem, p. 87.

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47 In Introducción al Análisis del Derecho. Barcelona: Ariel Derecho, 1999, p. 31 Apud STRUCHINER, Noel. Al-. In: MAIA, Antonio

Cavalcanti et alli48 STRUCHINER, Noel. -sitivismo. In: MAIA, Antonio Cavalcanti et alliIuris, 2005, p. 405.49 Idem, p. 409.50 GARDNER, John. Legal Positivism: 5 ½ Myths. The American Journal of Jurisprudence. Vol. 46, p. 200.51 DIMOULIS, Dimitri. Positivismo Jurídico – Introdução a uma Teoria do Direito e Defesa do Pragmatismo Jurídico-Político. São Paulo: Método, 2006, p. 186.

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52 GARDNER, John. Legal Positivism: 5 ½ Myths. The American Journal of Jurisprudence. Vol. 46, p. 200.53 MacCORMICK, Neil. Diritto, morale e positivismo giuridico. In MacCORMICK, Neil et WEINBERGER, Ota. Il Diritto come Istituizone. Milano: Giufreé, 1990, p. 157 a 179 Apud DIMOULIS, Dimitri. Positivismo Jurídico – In-trodução a uma Teoria do Direito e Defesa do Pragmatismo Jurídico-Político. São Paulo: Método, 2006, p. 186.

Mas como ter certeza sobre os comandos que vigoram se a validade se submete ao requisito de consonância com a digni-dade humana ou qualquer outro [valor]?”. DIMOULIS, Dimitri. Positivismo Jurídico – Introdução a uma Teoria do Direito e Defesa do Pragmatismo Jurídico-Político. São Paulo: Método, 2006, p. 145.55 Idem, p. 186.

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56 CARVALHO, Maria Cecília Maringoni de. Ética: uma Questão de Invenção ou de Descoberta ?. In: ROUANET, Luiz Paulo et alli (Org.). Razão Mínima. São Paulo: Unimarco, 2004, p. 17.57 KELSEN, Hans. . In: O que é Justiça?. São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. 230.

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58 Vide HART. Hebert. L. A. O Conceito de Direito. 2ª ed, Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1999, p. 138.59 DIMOULIS, Dimitri. Positivismo Jurídico – Introdução a uma Teoria do Direito e Defesa do Pragmatismo Jurídico-Político. São Paulo: Método, 2006, p. 142.60 Idem, p. 142.

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válida em função da sua fonte (essa regra foi criada de acordo com uma outra regra válida que atribui ao legislativo a prerrogativa de criar normas). De acordo com a Teoria Pura do Direito, quando se estabelece a regra “serão válidas apenas as regras razoáveis” apenas transfere-se para o juiz a decisão sobre a validade da norma. STRUCHINER, Noel. Algumas

. In: MAIA, Antonio Cavalcan-ti et alli

comando ou se sentem por ela intimidados; ii) quando a ordem é obedecida independentemente do juízo de valor que o -

lece quando os agentes responsáveis pela aplicação da norma se sentem vinculados a determinado ordenamento positivo. Respectivamente: RAZ, Joseph. The Authority of Law – Essays on Law and Morality. Oxford: Oxford Universtity Press, p. 3-27, 40 Apud DIMOULIS, Dimitri. Positivismo Jurídico – Introdução a uma Teoria do Direito e Defesa do Pragmatismo Jurídico-Político. São Paulo: Método, 2006, p. 136; KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 2ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 12.63 DIMOULIS, Dimitri. Positivismo Jurídico – Introdução a uma Teoria do Direito e Defesa do Pragmatismo Jurídico-Político. São Paulo: Método, 2006, p. 61.

In: O que é Justiça?. São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. 225 e segs.

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65 KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 2ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 217 e segs.; BOBBIO, Norberto. Teoria do Ordenamento Jurídico, Brasília DF: UnB, 1999, p. 71 e segs.66 Este é, por exemplo, um dos erros capitais das teorias denominadas pós-positivistas: acreditar que através da razão prática se possa encontrar uma única aplicação correta para uma norma jurídica. Embora critiquem o positivismo kelse-niano pelo afastamento do Direito do fato social (crítica improcedente, registre-se), caem nesta própria crítica, afastando o Direito de seu elemento político e, portanto, ideológico e arbitrário, impossível de ser apreendido pela razão.67 BINEMBOJM, Gustavo. A Nova Jurisdição Constitucional Brasileira, São Paulo: Renovar, 2000, p. 66.68 Deixou-se de abordar, aqui, propositalmente a questão da norma fundamental. Além de se apresentar como tema complexo na teoria kelseniana, foge aos estreitos limites do objeto do presente trabalho.69 KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 2ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 390.

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70 KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 2ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 388.

71 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Discricionariedade e Controle Judicial. 2ª ed., São Paulo: Malheiros, 2000, p. 23.

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72 MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Legitimidade e Discricionariedade. 3ª ed., Rio de Janeiro: Forense, 1998, p. 32.73 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 18ª ed., São Paulo: Malheiros, 2005, p. 68. 74 KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 2ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 389.75 Em que pese a expressão “textura aberta” ter sido originalmente desenvolvida, no campo jurídico, por Herbert L. A.

Cf., respecti-vamente, HART, Hebert L. A.. O Conceito de DireitoCapítulo VII et KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 2ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 389.76 KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 2ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 389.77 Exemplo semelhante é fornecido por Herbert L. A. Hart. In: O Conceito de Direito, 2ª ed., Lisboa: Calouste Gul-benkian, 1999, p. 138.

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78 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Discricionariedade e Controle Judicial. 2ª ed., São Paulo: Malheiros, 2000, p. 29.79 KELSEN. Hans. Teoria Geral do Direito e do Estado, 3ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. 212.80 Idem, p. 213.

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81 KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 2ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 390.82 KELSEN, Hans. Teoria Geral das Normas. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris Editor, 1986, p. 263.83 Idem, p. 281.84 Idem, p. 267.85 ROSS, Alf. Direito e Justiça. Bauru: Edipro, 2003. p. 158.

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86 KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 2ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 392.87 Este é um dos principais problemas das denominadas teorias pós-positivistas. Em regra, a aplicação da norma positi-vada ou de determinados “valores jurídicos” decorre, exclusivamente, de uma escolha arbitrária, falseada por argumentos

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88 “Se existem princípios no Direito, então o positivismo jurídico resulta inviável.” FIGUEROA, Alfonso Garcia. La Te-oria del Derecho em Tiempos de Constitucionalismo. In: CARBONELL, Miguel (Org.). Neoconstitucionalismo(s). 2ª ed., Madrid: Editorial Trotta, 2005, p. 179.89 BARROSO, Luis Roberto. (pós-modernidade, teoria crítica e pós-positivismo). In: BARROSO, Luis Roberto (Org.). A Nova Interpretação Constitucional (Ponderação, Direitos Fundamentais e Relações Privadas). Rio de Janeiro: Renovar, 2003, p. 29.90 Esta positivação será essencial, apenas, para os denominados positivistas inclusivos.91 DIMOULIS, Dimitri. Positivismo Jurídico – Introdução a uma Teoria do Direito e Defesa do Pragmatismo Jurídico-Político. São Paulo: Método, 2006, p. 143.92 Idem, p. 143.

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93 DIMOULIS, Dimitri. Positivismo Jurídico – Introdução a uma Teoria do Direito e Defesa do Pragmatismo Jurídico-Político. São Paulo: Método, 2006, p. 61; SANCHÍS, Luis Pietro. Neoconstitucionalismo y Ponderação Judicial In CARBONELL, Miguel (Org.). Neoconstitucionalismo(s). 2ª ed., Madrid: Editorial Trotta, 2005, p. 136.94 DIMOULIS, Dimitri. Positivismo Jurídico – Introdução a uma Teoria do Direito e Defesa do Pragmatismo Jurídico-Político. São Paulo: Método, 2006, p. 61.95 MacCORMICK, Neil. Argumentação Jurídica e Teoria do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 306.

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96 BARCELLOS, Ana Paula de. Ponderação, Racionalidade e Atividade Jurisdicional. Rio de Janeiro: Renovar, 2005, p. 23.97 BARROSO, Luis Roberto. (pós-modernidade, teoria crítica e pós-positivismo). In: BARROSO, Luis Roberto (Org.). A Nova Interpretação Constitucional (Ponderação, Direitos Fundamentais e Relações Privadas). Rio de Janeiro: Renovar, 2003, p. 33.98 SARMENTO, Daniel. A Ponderação de Interesses na Constituição Federal. Rio de Janeiro: Lumen Iuris, 2000, p. 74.99 “A política como arte de governar, isto é, como prática de regulamentar a conduta social dos homens, é uma função da vontade e, como tal, uma atividade que necessariamente pressupõe a assunção consciente ou inconsciente de valores, cuja realização é o propósito dessa atividade.” KELSEN, Hans. Ciência e Política. In: O que é Justiça?. São Paulo: Malheiros, 1998, p. 349.

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100 KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 2ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 390.101 KELSEN, Hans. Teoria Geral das Normas. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris Editor, 1986, p. 263.102 Idem, p. 281.103 Idem, p. 267.104 Não obstante, não pode fazê-lo de forma ilimitada, uma vez que o mesmo documento normativo limita, de modo negativo, o conteúdo da norma a ser criada, através da vedação de penas de morte, de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento ou de caráter cruel (art. 5ª, XLVII), e de modo positivo, através da previsão das espécies de penas que podem ser adotadas (art. 5ª, XLVI).105 MacCORMICK, Neil. Argumentação Jurídica e Teoria do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 334.

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106 MacCORMICK, Neil. Argumentação Jurídica e Teoria do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 336.107 KELSEN. Hans. Teoria Geral do Direito e do Estado, 3ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. XXVIII.108 GAINO FILHO, Itamar. Positivismo e Retórica – Uma Visão de Complementariedade entre o Positivismo Jurídico de Hans Kelsen e a Nova Retórica de Chaïm Perelman. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2004, p. 70.109 Nas palavras do próprio Kelsen, “são tema de uma teoria geral do Direito as normas jurídicas, os seus elementos, a

do Direito na pluralidade das ordens jurídicas positivas”. In: Teoria Geral do Direito e do Estado, 3ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. XXVIII.

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110 Devo esta constatação ao dileto mestre João Guilherme de Moraes Sauer, em debates travados no blog de um grande amigo, o professor Letácio Jansen. In: http://letacio.com/blog/?p=189, com acesso em 08 de dezembro de 2006.

In: Introdução ao Estudo do Direito – Técnica, Decisão, Dominação. 4ª ed., São Paulo: Atlas, 2003, p. 263. 112 SANCHÍS, Luis Pietro. Neoconstitucionalismo y Ponderação Judicial In CARBONELL, Miguel (Org.). Neoconstitucionalismo(s). 2ª ed., Madrid: Editorial Trotta, 2005, p. 184.

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113 SGARBI, Adrian. Teoria do Direito (Primeiras Lições). Rio de Janeiro: Lumen Iuris, p. 602.114 Todas as idéias desenvolvidas nos próximos parágrafos foram originalmente estabelecidas pelo professor Adrian Sgarbi. In: Teoria do Direito (Primeiras Lições). Rio de Janeiro: Lumen Iuris, no prelo, p. 602 e seguintes.

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115 BAKHTIN, Mikhail. . 11ª ed., São Paulo: Hucitec, 2004, p. 41.116 WALTON, Douglas N.. Lógica Informal. São Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 160. 117 Idem, p. 151.

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118 SAGAN, Carl. O Mundo Assombrado pelos Demônios. São Paulo: Companhia das Letras, 2005, p. 208.119 MacCORMICK, Neil. Argumentação Jurídica e Teoria do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 346.

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120 WALTON, Douglas N.. Lógica Informal. São Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 162.

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121 Para uma lista completa dessas falácias, cf. SGARBI, Adrian. Teoria do Direito (Primeiras Lições). Rio de Janeiro: Lumen Iuris, p. 665 e seguintes.

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122 MacCORMICK, Neil. Argumentação Jurídica e Teoria do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 331.123 HUME, David. Investigações sobre o Entendimento Humano e sobre os Princípios da Moral. São Paulo: Unesp, 2004, p. 226.124 MacCORMICK, Neil. Argumentação Jurídica e Teoria do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 349. Sobre

In: As Razões do Direito. 3ª ed., São Paulo: Landy, 2003, p. 20125 MacCORMICK, Neil. Argumentação Jurídica e Teoria do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 349 e 350.126 SAGAN, Carl. O Mundo Assombrado pelos Demônios. São Paulo: Companhia das Letras, 2005, p. 208.

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127 SGARBI, Adrian. Teoria do Direito (Primeiras Lições). Rio de Janeiro: Lumen Iuris, no prelo, p. 575.128 Idem, p. 576.129 ALEXY, Robert. Teoria da Argumentação Jurídica. São Paulo: Landy, 2001, p. 212.

conhecimento do seu objeto, ela não pode tomar qualquer decisão entre as possibilidades por si mesma reveladas, mas tem de deixar tal decisão ao órgão que, segundo a ordem jurídica, é competente para aplicar o Direito.” E continua adiante: “a

sempre e em todos os casos, uma só interpretação: a interpretação ‘correta’.” KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 2ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 396.

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131 POZZOLO, Susanna. Un Constitucionalismo Ambiguo. In: CARBONELL, Miguel (Org.). Neoconstitucionalismo(s). 2ª ed., Madrid: Editorial Trotta, 2005, p. 205.132 MacCORMICK, Neil. Argumentação Jurídica e Teoria do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 354.133 ALEXY, Robert. Teoria de la Argumentación Jurídica. Centro de Estudos Constitucionales: Madrid, 1989, p. 38 Apud SGARBI, Adrian. Teoria do Direito (Primeiras Lições). Rio de Janeiro: Lumen Iuris, no prelo, p. 595.134 No processo judicial, por exemplo, temos as normas sobre capacidade processual, legitimação processual e capacidade postulatória. No processo legislativo, por sua vez, são consagradas regras de tramitação dos projetos de lei, distribuindo-se

-cesso administrativo, a capacidade de fala é atribuída genericamente a qualquer cidadão, em virtude do direito de petição.135 Veja-se, por exemplo, a norma processual que estipula a revelia daquele que não aduz oportunamente as suas razões ou as normas atinentes à preclusão consumativa, lógica e temporal.136 Como exemplo, as normas sobre o conteúdo necessário da petição inicial e de outras peças de postulação, como os recursos.137 Vide a Parte II deste trabalho.

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138 SGARBI, Adrian. Teoria do Direito (Primeiras Lições). Rio de Janeiro: Lumen Iuris, no prelo, p. 584.139 Obviamente, nos sistemas em que a prática do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal está razoa-velmente assentada, é difícil que isso venha a ocorrer. Não obstante, mesmo nos sistemas em que normas desta natureza integrem a estrutura do Direito Positivo, a abertura ao procedimento argumentativo não obriga que a autoridade com-petente os observe. Esta necessidade decorre de uma construção social acumulada, e não de uma simples previsão num documento normativo. 140 É o que sugere, por exemplo, Robert Alexy. In: Teoria da Argumentação Jurídica. São Paulo: Landy, 2001, p. 269.

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141 Vide item 8.1. do presente trabalho.142 Vide item 8.2.1. do presente trabalho.143 Vide itens 8.2.2. e 8.2.3. do presente trabalho.144 KELSEN, Hans. Teoria Geral do Direito e do Estado. 3ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. XXXIII.

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