revista Élégant 12 - heloísa périssé

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Humor e talento em suas veias PÉRISSÉ Heloísa E mais... Moda, saúde, comportamento, entrevistas e outras surpresas! Economia Concursos públicos, entrevista de emprego e finanças para as crianças Cultura As facetas de Fernanda Takai Vida Ativa Atletas que representaram o Brasil nas Olimpíadas Profissão Vida de mágico edição 12 2012 revistaelegant.com.br

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A edição traz assuntos diversificados e grandes nomes do cenário nacional da cultura, do entretenimento e do esporte, como: Fernanda Takai, Karina Bacchi, alguns atletas que representaram o Brasil nas olímpiadas 2012, entre outros. Além disso, matérias sobre saúde, moda e beleza, economia e negócios, turismo, bem-estar e muito mais completam essa publicação que tem a belíssima e talentosa Heloísa Périssé na capa.

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Page 1: Revista Élégant 12 - Heloísa Périssé

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Humor e talento em suas veiasPÉrissÉHeloísa

E mais...Moda, saúde, comportamento, entrevistas e outras surpresas!

EconomiaConcursos públicos, entrevista de

emprego e finanças para as crianças

CulturaAs facetas de Fernanda Takai

Vida Ativa Atletas que representaram o Brasil nas Olimpíadas

ProfissãoVida de mágico

edição 12 • 2012

revistaelegant.com.br

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48 Editorial 04 Moda&BElEza

Aqueça-se no inverno 06por Jéssicaq Tokarski

Maquiagem:aliada ou inimiga? 10

por Débora D. Dornella

CorpoQue tal afinar a cinturabrincando com obambolê? 11

por Débora D. Dornella

Pele revigorada 12por Jéssica Tokarski

Kangoo jumpum jeito divertido dese exercitar 14

por Débora D. Dornella

Depilação masculina 16por Emerson Roberto

Para envelhecer bem 17por Solange Frazão

Caspa: problema inconveniente,mas muito comum 18

por Jéssica Tokarski

EtiquEtaA etiqueta do frio 19

por Fabio Arruda

Quem bate?Chegou aquela visita quevocê não estava esperando 20

por Fabio Arruda

BEM-EstarOs problemas da baixa autoestima 22

por Emerson Roberto

O uso e os cuidadoscom os aparelhos de ar condicionado 24

por Ana Tuttoilmondo

dECoraçãoLareiras paraaquecer o inverno 26

por Luiz Maganhotto e Daniel Casagrande

Vida atiVaraciocínio, lógica e concentração 28

por Emerson Roberto

Garra e determinação no nado sincronizado 30

por Ana Tuttoilmondo

A luta do momento 32por Jéssica Tokarski

saúdEJogando com Adenízia 34

por Débora D. Dornella

Hiperidrose 38por Emerson Roberto

Queimação no estômago?Pode ser gastrite 40

por Jéssica Tokarski

Má postura:a vilã das costas 42

por Jéssica Tokarski

A dor da câimbra 44por Débora D. Dornella

CuriosidadEPor que bocejamos? 46

por Déboraq D. Dornella

aniMaisA vida e as curiosidades dos cavalos-marinhos 48

por Emerson Roberto

CapaUm bate-papo com Lolôo humor e o talento que correm nas veias da atriz Heloísa Périssé 50

por Emerson Roberto e Débora D. Dornella

aMor & sExoTerapia de casal: aprenda com o seu relacionamento e, acima de tudo, conheça a si próprio 54

por Débora D. Dornella

romance? Ele ainda existe? 56por Débora D. Dornella

CoMportaMEntosíndrome de Estocolmo:o inconsciente em ação 58

por Jéssica Toksarski

Constelação familiar 60por Emerson Roberto

GastronoMiaBrigadeiro: o docinhopara todas as festas 62

por Emerson Roberto

Estação fria e prato quente 64por Rayalla Simão

ViaGEMQue tal um passeio pelo Oriente Médio 66

por Emerson Roberto

EConoMia & nEGóCiosO sonho da carreira pública 70

por Débora D. Dornella

saiba educar financeiramente as crianças 72

por Emerson Roberto

Entrevista de emprego: primeiropasso para o sucesso profissional 74

por Jéssica Tokarski

MotiVaçãoOuse 77

por Rui Ventura

Cultura“Eu queria tanto encontrar... 78

por Jéssica Tokarski

EntrEVistaAmor e dedicação pelo que faz 85

por Emerson Roberto

De portas abertas para o sucesso 87por Emerson Roberto

O charme e o talento de Karina Bacchi 90

por Emerson Roberto

profissãoProfissão mágica 93

por Jéssica Tokarski

CrôniCaPor um caminho possível:fé e felicidade 96

por André Mantovanni

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Diretor Presidente Beto Ferreira

Editora ChefeDébora Dreyer Dornella DRT0009144/PR

Coordenação de matériasEmerson Roberto e Jéssica Tokarski

Estagiária de JornalismoAnna Tuttoilmondo

Diretor FinanceiroMarcelo Scheliga

Editor de Arte/AnúnciosJr. Milek

Departamento de MarketingThais Costa

[email protected]

Departamento de MídiaJhonatan Schroeder

ColaboradoresFábio Arruda, Solange Frazão, André

Mantovanni e Rayalla Brandão

RevisãoYohan Barczyszyn

Redação 41 3078-5634 [email protected]

Departamento Comercial [email protected]

Projeto gráfico e direção de arte Marcelo Winck

Os textos assinados ou afirmações contidas nessa revista são de responsabilidade de seus autores não

refletindo a opinião política dos editores.

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@revistaelegant

Quando eu era pequena, não entendia por que nas festas de virada do ano as pessoas pediam paz. Achava isso tão sem graça. Em minha casa tínhamos a cultura de estourar os balões por ordem do que se desejasse primeiro. Cada um tinha uma cor diferente e representava um significado. Eu deixava o que tinha a cor branca, que significava paz, por último. Queria uma vida agitada e acreditava que, se pedisse paz, ia ser um marasmo só.

Mas os anos vão passando e o amadurecimento e os novos pensamentos lhe tomam a consciência. Hoje, vejo que tanto eu quanto quem está à minha volta, e até mesmo o mundo, aprendemos a dar mais valor a essa palavra tão pequena, mas que possui uma força e um significado enorme: PAZ.

Paz ao mundo, que não se tenha guerra, que as pessoas possam viver dignamente, sem medo, sem violência. Paz entre as crenças, “eu vos dou a paz, eu lhes deixo a minha paz”. E, principalmente, paz para si próprio. Acredito que a felicidade está unida a esse sentimento tão sereno. Como o compositor e cantor Almir Sater diz em sua melodia: “É preciso paz para poder sorrir”.

E é esse sentimento que eu desejo a você, querido leitor. Que o seu coração, espírito e consciência possam estar em paz, pois os outros sentimentos bons surgem depois. Coloque esse sentimento dentro de você e, com certeza, fará a melhor história da sua vida. Para encerrar, cito novamente um trecho da música “Tocando em Frente”, de Almir Sater:

“Cada um de nós compõe a sua históriaCada ser em siCarrega o dom de ser capazE ser feliz”

Uma ótima leitura!!!Débora Dreyer Dornella

Humor e talento em suas veiasPÉrissÉHeloísa

E mais...Moda, saúde, comportamento,

entrevistas e outras surpresas!

EconomiaConcursos públicos, entrevista

de emprego e finanças para as crianças

CulturaAs facetas de Fernanda Takai

Vida Ativa Atletas que representaram o Brasil nas Olimpíadas

ProfissãoVida de mágico

edição 12 • 2012

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primavera 2012

Editorial

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Moda&Beleza

Aqueça-seizem que as pessoas costumam se vestir melhor no inverno. É uma estação que requer mais

roupas e também um momento em que se pode ousar, utilizando peças diferentes. Nas regiões mais frias, uma prática comum é utilizar luvas, gorros e cachecóis, pe-ças que sem dúvida esquentam os meses frios. A tendência desses acessórios para o inverno de 2012 enfatiza os modelos. “O que faz a diferença são os modelos e teci-dos que estão em alta nesta temporada. E, é claro, como cada um faz as suas combi-nações”, revela a gerente da loja Maison Capoani, Carine Bozza.

por Jéssica Tokarski

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Para manter as mãos muito bem aquecidas, pode-se apostar nas luvas de couro, que são as mais utilizadas neste ano. Além disso, segundo Carine, alguns estilistas internacionais resgata-ram o glamour das luvas longas. “Elas aparecem em modelos de couro, cetim ou pele, tornando a combinação do visual uma das mais sensuais.” As mulheres mais descontraídas podem utilizar luvas estampadas sem medo, já que, neste inverno, es-tampas de animais e texturas de cobras estão em alta. Outra opção são aplicações de tachinhas de todos os tipos, que conferem mais delicadeza às peças. E, para quem prioriza o modelo, as alter-nativas são muitas: “Com dedos, sem dedos, com espaços apenas para as unhas e até com espaços para a parte superior na mão e nos ossos dos de-dos”, comenta a especialista. Os tons predomi-nantes são, além do preto básico, branco, azul, vermelho e todos os terrosos como amarelo, mar-rom e amarelo escuro.

O pescoço é outra parte do corpo que merece atenção no inverno. Por isso, os cachecóis e len-ços são ótimas pedidas. Feitos principalmente em algodão ou lã, além de estarem totalmente na moda, são perfeitos para a estação. São encon-trados lisos e estampados, com animal print, com estampas geométricas, f loridos, coloridos ou de uma cor só. Os pretos são os mais utilizados. Para acertar nos modelos, é preciso combiná-los com seu biótipo. “Mulheres que possuem quadris lar-gos e ombros estreitos devem investir em cache-cóis volumosos. Já as pessoas de pescoço curto devem optar pelos modelos mais estreitos e evitar tecidos volumosos, mas sempre criando harmonia com o restante do look”, explica Carine, que ainda

dá a dica de uma forte tendência: o modelo snood. “É o cachecol enrolado em volta do pescoço como um anel, ficando ‘gordinho’ e ‘fofinho’, caindo pelo tórax.”

Já os gorros devem ser escolhidos pela cor, que influencia muito para o acerto da combina-ção. “Os homens devem escolher as cores neutras como preto, marinho, café e bege. As mulheres podem brincar mais com as cores, sempre har-monizando com o restante do visual”, recomen-da a especialista, que também faz um alerta para as mulheres com mais idade: “Elas devem evitar certos tons de rosa ou estampas muito infantis de bicho, pois podem passar uma impressão de falta de maturidade”. Além das tonalidades, os gorros e chapéus tradicionais ganharam estampas e tex-turas. Neste inverno, eles vieram com orelhas imi-tando as de animais, além de plumas e pedrarias. As boinas são acessórios que podem ser usados tanto por homens quanto por mulheres, marcan-do uma tendência unissex para 2012.

Depois desses conselhos, é fácil ficar quenti-nho e bonito nesta estação fria – mas que pode ser também muito aconchegante. Carine lembra que, ao usar três acessórios juntos, é interessante variar as cores e tecidos. “Por exemplo, se o ca-checol e o gorro são de lã, opte por uma luva de couro. As cores também devem ser diferentes para que o look não fique com um aspecto de conjun-to”, orienta. Outras tendências que estão em alta nesse inverno são os tecidos metalizados, o velu-do, o visual preto total, os tons terrosos e pastéis, o mix de materiais, a barra no joelho e as aplica-ções. Espero que, com essas dicas, você tenha um inverno quente e com estilo.

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lantes porque eles removem a maquiagem com mais eficácia que os sabonetes.

Para que as condições naturais da pele sejam mantidas, lave-a com sabonetes que tenham pH neu-tro, pois isso faz com que sejam evitadas dermatites locais. “Peles oleosas requerem sabonetes com pH ácido para remover adequadamente o excesso de ole-osidade”, salienta o médico. Depois de limpar a pele, caso ela fique ressecada, deve-se hidratá-la. Algu-mas pessoas sentem os lábios ressecados quando vão dormir. Nesse caso, de acordo com o especialista, o indicado é usar hidratante labial, e não o brilho, pois este apresenta efeito apenas estético.

Além dos cuidados com a sua pele, também tome precauções com a maquiagem. Não a utilize em crianças e faça uso de produtos que apresentam boa qualidade. Outro conselho do especialista é sempre prestar atenção na data de validade da maquiagem: “Produtos vencidos podem acarretar reações alérgi-cas”, finaliza.

spelho, espelho meu, como estou?- Está linda.- E como está minha maquiagem?

- Está maravilhosa, mas, para ficar ainda mais bo-nita, não esqueça de removê-la quando for dormir, para manter sempre a beleza e um aspecto saudável em sua pele. Com esse cuidado você será a dama com a pele mais bem tratada do reino.

Como seria bom se nos contos de fadas o espelho nos desse esse conselho, não é mesmo? Maquiagem e espelho são os aliados de qualquer mulher. No en-tanto, é essencial que nunca se esqueça de remover a “pintura” antes de dormir .

O dermatologista Leandro Neme explica que dor-mir com ela obstrui os poros da pele, podendo acar-retar em acne e reações alérgicas. Deve-se sempre utilizar um bom demaquilante para retirá-la. “Em seguida, usar um sabonete adequado ao tipo de pele para remover o resíduo deixado pelo demaquilante”, orienta o médico. Ele recomenda o uso dos demaqui-

por Débora D. Dornella

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Maquiagem:Maquiagem:aliada ou inimiga?

Moda&Beleza

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bambolê, além de ser divertido, pode ser ótimo para deixar você com aquela cin-turinha desejada. E quem nos conta um

pouco sobre essa brincadeira que modela o corpo é a personal trainer Fernanda Andrade.

Segundo ela, esse objeto trabalha muitas mus-culaturas. Entre elas estão as da cintura, abdômen, quadril e coluna. Com isso, as partes mais trabalha-das do corpo são as da região abdominal e a muscu-latura que envolve glúteos, coxas e os braços.

A personal indica exercitar-se com o bambolê três vezes na semana. “Assim, consegue-se elevar a frequência cardíaca para os benefícios de me-tabolizar gordura. O importante é praticá-lo por

que tal afinar a cintura brincando com o

O mais de 30 minutos.”Além de brincar e queimar calorias, você pode

ganhar um gingado, pois o bambolê deixa o qua-dril mais solto, aumentando sua f lexibilidade e mobilidade. Mas atenção: segundo Fernanda, essa brincadeira é contraindicada a quem apre-senta algum tipo de inflamação na região lombar.

Para quem quiser virar adepto dessa brinca-deira, a profissional sugere fazer o movimento típico de bambolear. Se preferir, pode também fa-zer exercícios de saltos, com o objeto no solo. Mas a principal regra da brincadeira é a diversão. “Use a criatividade e faça dos exercícios algo diverti-do”, conclui Fernanda.

por Débora D. Dornella

bambolê?

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Corpo

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Corpo

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por Jéssica Tokarski

P ele macia, clareamento de manchas, suavização das marcas de expressão e cútis renovada. Dentre outras, essas são algumas das principais pro-messas de um tratamento dermatológico chamado peeling. Nessa téc-

nica é realizado um procedimento que provoca a descamação da pele. Segundo o médico dermatologista Juliano Schmitt, a forma mais tradicional de realização do peeling é através da aplicação de fórmulas cáusticas na pele, provocando uma queimadura química controlada. “Após a avaliação médica, geralmente é reali-zada uma preparação, algumas semanas antes, com o uso de cremes específicos. Depois disso, o procedimento é feito em consultório. Nos dias seguintes, a pele descamará. Durante esse período, o paciente deve evitar exposição solar, irrita-ções ou traumas na área tratada”, explica.

O objetivo do peeling é proporcionar uma regeneração da pele. Ao causar uma cauterização ou remoção das camadas superficiais da pele, ocorre o estímulo para que isso aconteça. “Nesse processo a pele se renova de forma mais uniforme e rápida, reduzindo irregularidades de cor e textura e, também, estimulando a produção de colágeno na pele, podendo ainda reduzir a f lacidez”, esclarece o der-matologista. O tratamento é comumente mais indicado para manchas, cicatrizes de acne, f lacidez e rugas finas. Os jovens são os que mais procuram o procedi-mento, justamente por sofrerem com a acne.

As formas de peeling mais conhecidas são: as químicas (com produtos cáusti-cos) e as de cristal ou diamante (forma física em que se realiza um suave lixamen-to da pele). De acordo com Schmitt, dependendo do tipo do procedimento, pode ocorrer dor. “Ela normalmente dura de dois a três minutos, mas pode ser aliviada com o resfriamento da pele naquele momento.” Desde que seja mais leve, o méto-do pode ser reaplicado com maior frequência. Porém, para o dermatologista, esta decisão deve ser tomada junto com o médico. “Comparado a outros procedimen-tos cosmiátricos, o peeling não tem custo elevado.”

Muitas pessoas preferem fazer uma espécie de peeling caseiro, considerado mais sutil. Para isso, se utilizam de grânulos como o açúcar para causar uma leve abrasão na pele. Contudo, Schmitt acredita que não há como chegar a uma conclusão a respeito dessa técnica, uma vez que não existem estudos científicos sobre ela. “De qualquer forma, os ‘peelings caseiros’ parecem ter um efeito seme-lhante a uma limpeza ou lavagem mais intensa da pele.”

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um jeito divertido de se exercitar

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Kangoo jump

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ue tal ficar em forma em cima dos pa-tins? O kangoo jump é uma das grandes novidades no mercado de fitness. É um

calçado suíço semelhante a botas que se pare-cem com patins. Essa atividade faz com que as pessoas malhem mais e, é claro, percam calorias, trabalhando com toda a musculatura das pernas e abdômen. Thiago Mocelin, professor e coorde-nador de fitness da Academia Espaço do Corpo, explica que esse calçado absorve 80% do impacto que ocorre nas atividades físicas e protege as ar-ticulações mais importantes do corpo, presentes nos joelhos, tornozelos, coluna e quadril.

As atividades físicas executadas com o kangoo jump potencializam os benefícios dos exercícios, pois ajudam a melhorar a circulação, promovem maior elasticidade da pele, oferecem ganho de massa muscular, estimulam o sistema linfático e proporcionam rápida queima de gordura. “Com ele, a água é eliminada através do suor e a gor-dura entra em processo de circulação.” O kan-goo jump também é uma boa forma de ajudar a eliminar as tão indesejadas celulites. “O uso do calçado evita que as células gordurosas voltem a se reunir, impedindo o surgimento de novas on-dulações.”

Segundo o profissional, as botas são produzi-das com um plástico muito resistente e com mo-las que formam o sistema IPS (Impact Protection System), fator responsável pela grande absorção do calçado. Ele diz que o equilíbrio não é difícil. “O aluno iniciante ou experiente só deve tomar o cuidado para controlar o seu peso pelos calca-nhares e procurar ficar sempre em movimento, no início, até adquirir certo grau de confiança.” As aulas de kangoo jump geralmente têm dura-

Q ção de 30 a 45 minutos. O calçado pode ser usado em vários tipos de pisos, como ruas e areias. Mas, normalmente, é utilizado em pisos de madeira, dentro das academias.

A farmacêutica Inara Barcaro buscou por au-las de kangoo jump, pois tinha como principal objetivo emagrecer. “Cheguei a um ponto que não conseguia apenas com a dieta, precisava fazer uma atividade cardiorrespiratória. Fiquei sabendo desta modalidade e resolvi fazer. Na primeira aula eu consegui realizar apenas dez minutos e me apaixonei.” Além de perder peso, ela conta que escolheu essa atividade também por não causar muito impacto nos joelhos. “Fiz duas cirurgias nos dois joelhos, recentemente, e voltei a fazer kangoo jump há três semanas. Fiz a aula inteira e não incomodou nada.” O coordenador de fitness salienta que o calçado ajuda na prevenção e no tratamento de lesões. “O kangoo jump começou como um tratamento pós-cirúrgico visando a recuperação e preven-ção de lesões. A redução de impacto pode che-gar até 80%, diminuindo totalmente o risco de elas acontecerem.”

Para finalizar, Inara conta que se diverte nas aulas, principalmente porque elas têm o aspecto lúdico, acompanhado com muitas brincadeiras. “Você faz a aula e nem sente, de repente já aca-bou.” Além disso, a farmacêutica gosta porque nem sempre a aula é feita em sala. Quando o tem-po está bom, ela e o resto da turma praticam na rua ou em parques. E Inara indica essa atividade para todas as pessoas: “Senti muita diferença des-de que comecei a realizá-las. Emagreci bastante e senti melhora na celulite. Acho que todos deve-riam fazer kangoo jump”.

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ato de se depilar já não é mais coisa apenas de mulher. Esse procedimento se torna cada vez mais comum entre os

homens. Hoje, eles se preocupam em exibir uma aparência bem cuidada, são vaidosos e muito mais exigentes em relação à imagem.

De acordo com o responsável pelo sistema de informação e marketing da Não+Pelo PR, Daniel Peniche, a vaidade masculina já não é mais no-vidade para ninguém. “Sabemos que os cuidados com o corpo estão cada vez mais presentes na vida dos homens. Em grande parte, esse aumen-to se deve à utilização da fotodepilação, que é indolor e duradoura”, afirma.

Os motivos que levam os homens a optarem em se livrar dos pelos são os mais variados. “Al-guns dizem que é para minimizar o suor, por uma medida de limpeza ou, então, para obter a sensação de uma pele lisa”, conta Peniche. O di-retor artístico Flávio Valle, adepto da depilação há dez anos, conta que a faz por higiene e estéti-ca: “Acho que o homem tem que se cuidar tanto quanto a mulher. E depilação é um item funda-mental para a beleza e o bem-estar masculino”, observa.

Peniche alega que existem diversos métodos de depilação disponíveis no mercado. “Vão des-de o uso da lâmina aos tratamentos que exigem acompanhamento profissional. Porém, poucos

DEPiLAÇÃOmasculinaOpor Emerson Roberto

Corpo

se comparam com a eficácia e durabilidade ofe-recida no tratamento da fotodepilação.” O pro-cedimento utilizado por Valle é o uso da cera quente de mel. “Acho mais prático. O processo dura em torno de 45 minutos e já não é dolorido como era no começo”, constata.

A barba, o peito e as costas são as áreas que os homens mais escolhem para depilar. Segundo o diretor artístico, as axilas, a nuca e o peito são as partes do corpo que ele depila.

De acordo com Peniche, durante o tratamen-to para a retirada de pelos, os intervalos entre as sessões devem ser de 30 dias. “Mas é difícil determinar a quantidade de sessões que cada pessoa deverá fazer até que o resultado seja sa-tisfatório. Isso dependerá de diversos fatores. Dentre eles estão o tipo da pele, área a se tratar, as características do pelo, o sexo, a idade e o es-tado hormonal”, explica.

Atualmente não existe nenhum procedimen-to definitivo para a depilação. Porém, a fotode-pilação e o laser são métodos duradouros. “Por isso, é preciso retornar à unidade onde foram feitas as depilações e fazer as sessões de ma-nutenção. Em média, esse período pode variar entre um ou dois anos”, ressalta Peniche. E, por fim, Valle recomenda e garante a todos: “Vai me-lhorar a autoestima. Além de facilitar a hidrata-ção da pele e a higiene”.

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Corpo

solange Frazão

solangefrazao.com.br

Marco M

aximo

omo vocês sabem, neste ano eu com-pletarei 50 anos. Meio século de vida. Mas, para ter uma aparência jovem,

além das atividades físicas e cuidados com a ali-mentação, eu também faço tratamentos médicos e estéticos. Conheci há algum tempo a Dra. Tatia-na Amorim Guimarães da Cunha, em São Paulo, pós-graduada em Endocrinologia e com forma-ção em antienvelhecimento, e passei a fazer este tratamento com ela, para aliar todas as práticas saudáveis com os avanços da medicina.

Eu sempre me cuidei, pois me preocupo com a saúde. Como completarei 50 anos em dezembro, já estou me preparando para a virada que é com-plicada para as mulheres devido às alterações hormonais. Sempre procuro médicos com indi-cações e faço tratamentos estéticos e o que for possível para me manter bem, seja por dentro ou por fora. Gosto muito de fazer os indicados pela Dra. Tatiana, porque os resultados são visíveis.

C Não podemos parar o tempo. Não podemos impe-dir que ele passe e não deixe marcas. Mas podemos identificar precocemente quais funções estão mais comprometidas pelo envelhecimento e atuarmos corrigindo essas carências de imediato, para que o organismo mantenha suas habilidades funcionais e o envelhecimento chegue de forma amena, saudá-vel, com menos doenças e mais qualidade de vida.

Quero chegar na velhice bem, com saúde e podendo exercer as atividades que tanto gosto. Portanto, lembrem-se: prevenir é melhor do que remediar.

SÔ FRAZÃO

Para envelhecer

bem

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CAsPA:problema inconveniente, mas muito comum

les insistem em aparecer, os floquinhos brancos, inimigos dos cabelos, causando constrangimento e mal-estar e impedindo

que o problema passe despercebido. A caspa é uma das formas de manifestação de uma doença cha-mada dermatite seborreica e é um incômodo muito comum. Segundo o médico dermatologista Andrei Nonino, ela caracteriza-se por descamação crônica e recorrente no couro cabeludo. “Pode ser acompa-nhada ou não por outros sintomas como coceira, irri-tação, inflamação e secreção, de acordo com a serie-dade. Além disso, dependendo do caso, a dermatite seborreica pode incluir outras áreas de acometimen-to como orelhas, tórax e virilhas”, explica.

A causa exata da caspa ainda não é conhecida. Mas, segundo Nonino, acredita-se que ela ocorra por uma associação de fatores como aumento da oleosidade da pele, suscetibilidade individual e presença de um fungo chamado Malassezia sp. “Tal fungo existe, habitualmente, em todas as pessoas, mesmo nas que não possuem caspa. Entretanto, na presença de certos componentes específicos da oleosidade da pele, ele provoca uma resposta infla-

por Jéssica Tokarski

E matória, contribuindo para o surgimento da caspa. Fatores como clima seco e frio, banhos quentes, estresse emocional, alterações hormonais e uso de certos medicamentos podem piorá-la”, comenta o dermatologista, salientando também que o proble-ma não é contagioso.

Os acometidos podem recorrer ao tratamento à base de xampus com atividade anti-inflamatória e antifúngica. Já os casos mais graves requerem o uso de medicamentos tópicos à base de corticoi-des, sempre com orientação médica. “É importante ressaltar que a caspa não tem cura, tem somente controle”, revela Nonino.

Mesmo o problema sendo crônico, é possível evitá-lo ou reduzi-lo seguindo as orientações do dermatologista: “Recomenda-se fugir de banhos muito quentes, pois estimulam o aumento da oleo-sidade no couro cabeludo. É importante, também, evitar o uso de condicionadores ou cremes oleosos diretamente no couro cabeludo”, adverte. Através de um tratamento bem orientado e de certas prá-ticas específicas, é possível tornar esse pesadelo menos incômodo.

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A etiqueta do frio

N E o vestir e desvestir de um casaco também tem suas regras. Espero que sempre exista um cava-lheiro por perto, pronto para auxiliar uma dama a colocar seu casaco, primeiro oferecendo um braço e depois o outro. Afinal, não é uma camisa de for-ça. Este é o procedimento a ser seguido também na hora de tirar o casaco.

Dica importante: não pendure seus casacos nas costas da cadeira. Uma gota de vinho ou algum res-pingo de fondue ou raclette podem significar a ru-ína total. Portanto, dobre-o do avesso — em geral os forros são belíssimos — e coloque-o sobre uma cadeira adicional. Tudo isso fica mais prático se o lugar possuir uma chapelaria.

Sem extremismos: use o que você tem com res-ponsabilidade; não compre jamais um casaco de pele sem o certificado de permissão; faça uso dos sintéticos que estão “um arraso” e, por fim, não po-demos esquecer dos lindos mantôs de cashmere, os sobretudos de alpaca e as peças criativas e mara-vilhosas que podem ser feitas com duas agulhas e alguns novelos de lã. Bom inverno!

Fabio Arrudafabioarruda.com.br

Etiqueta

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divulgação

o inverno, existem maneiras apropriadas de portar casacos e acessórios para o frio. Então, nada de colocar um cachecol em volta do pescoço como se fosse uma sucu-

ri lhe estrangulando. Ou um gorro enterrado até as orelhas como se você estivesse no frio dos Andes ou dos Alpes. Mãos enluvadas e aquela pose de quem está tiritando de frio o tempo inteiro não dá! Estas peças servem para nos proteger do frio, mas tam-bém para nos enfeitar.

Vale prestar atenção às tendências dos últimos nós de cachecóis e echarpes e lembrar que boinas, chapéus e gorros saem e voltam de moda e têm a forma apropriada de serem colocados na cabeça — sempre saindo da mesma ao entrar em ambiente fechado. Lembre-se que jamais cumprimentamos alguém com as mãos vestidas (a não ser que você pertença a alguma família real).

Se existe aquele casaco que você comprou um dia numa viagem e morre de vontade de usar quan-do dá uma esfriadinha, não deve e não pode ser alvo de preocupação ou crítica. Quando estamos fora do Brasil, os casacos de pele são usados mui-to mais por necessidade do que por uma questão estética. Afinal, o frio é de matar. Porém, nestes mesmos lugares, existe a calefação funcionando a todo vapor dentro de todos os estabelecimentos, o que nos permite tirar o casaco em cada lugar onde chegamos e ali estar com uma roupa totalmente meia-estação. Aqui já não é bem assim — portanto, muitas pessoas continuam portando seus casacos em recintos fechados. E tenho que ser justo com vocês: isto não é elegante. Esteja prevenida com uma roupa quente e agradável, composta de sué-teres, echarpes ou pashminas, mas que lhe permita sempre tirar um casaco mais pesado ao entrar em algum recinto.

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Etiqueta

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Quem bate?por Débora D. Dornella

abe aquele dia que você tira para descansar, ficar em casa de pijama e se esparramar no sofá? Então, de repente, toca a campainha:

alguém resolveu te visitar. E agora, como agir nes-sa situação?

O consultor de etiqueta Jefferson Adriano Mo-raes aconselha sempre àquele que fará a visita que avise antecipadamente, pois pode-se correr o ris-co da pessoa não estar em casa ou não estar pre-parada para recebê-lo. Já para o dono da casa, o conselho é receber a visita de forma natural e não se preocupar em se desculpar por sua aparência ou pela organização da casa, pois não estava espe-rando ninguém — por isso, certamente o visitante irá compreender. Caso você já esteja de saída ou tenha outros planos, é importante que exponha isso para o visitante. “Embora pareça falta de edu-cação, o mais correto a se fazer nesse caso é não demonstrar muito interesse à pessoa. Sem muitas explicações, diga que tem um compromisso, algo marcado naquele momento e que precisa sair”, aconselha Moraes. Além disso, você pode comple-mentar convidando a pessoa para voltar outro dia.

Mas atenção: não é uma boa ideia querer levar sua visita inesperada para um restaurante, a não ser que seja para assuntos profissionais. “Para nossos amigos e familiares, não há melhor lugar do que o aconchego de nossa casa. Se por algum motivo você levar sua visita para um restaurante ou lanchonete, pelo menos não esqueça sua car-teira em casa e faça a gentileza de pagar a conta dos dois. Contudo, se estiverem em muitas pes-soas, combine para dividirem a conta”, enfatiza o consultor de etiqueta.

Nunca deixe de oferecer um lanche para a sua visita. A dica do profissional não é fazer um ban-quete, mas preparar algo simples, porém de cora-ção. Mas fique atento também ao gosto da pessoa: não ofereça algo que ela não aprecie ou que não possa comer. Já a visita deve levar alguma coisa, mas nada que apresente muito trabalho para o anfitrião cuidar. “Doces são uma ótima escolha, mas certifique-se de que a pessoa não tenha ne-nhuma restrição. Flores apenas se a pessoa gostar, do contrário não são muito aconselháveis, porque pode não ter lugar na casa para elas. Além disso,

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Quem bate?Chegou aquela visita que você não estava esperando

a pessoa pode ser alérgica, então é melhor evitá--las. Outra dica é levar um bom livro ou um filme, mas sempre pensando em agradar a pessoa que irá recebê-lo.”

Se você adora fazer visitas sem avisar, é melhor visitar pessoas mais idosas, pois elas geralmente gostam de receber visitantes. Por serem mais so-zinhas, isso faz com que elas se sintam lembradas. Portanto, se elas se oferecerem para preparar um lanche, aceite, pois isso as deixa com a sensação de serem úteis.

Se você estiver perto da casa de alguém e re-solver passar só para dar um “oi”, não faça isso na hora do almoço ou jantar. “Não prolongue sua vi-sita, apenas dê um ‘olá’ rapidamente, ‘mate’ sua vontade de ver a pessoa e marque outro dia com mais tempo para conversarem.”

Uma dúvida muito comum relacionada à ques-tão surge quando você está de pijama: deve tro-car de roupa ou não? Segundo Moraes, não há necessidade de sair correndo para mudar de rou-pa e receber alguém que acabou de chegar. “Pior

ainda é deixar a pessoa esperando na porta, não é mesmo?” Por isso, o pijama está liberado, afinal de contas a casa é sua e você tem o direito de po-der ficar mais à vontade. “Agora, se for seu chefe ou um cliente, aconselho a trocar de roupa rapi-dinho.”

Para finalizar, o anfitrião nunca deve demons-trar que não gostou de receber a visita. O profis-sional recomenda sempre ser educado, fazer com que ela sinta-se bem, mas ao mesmo tempo pro-curar alertá-la sobre as regras que você gostaria que fossem respeitadas dentro da sua casa. Seja sempre cuidadoso com suas palavras para não perder a amizade e nem causar constrangimento. Quanto à visita, por sua vez, não deve abusar da hospitalidade do dono da casa. “Mantenha o ‘des-confiômetro’ ligado e esteja atento às reações do anfitrião. Ponha-se no lugar dele, assim poderá compreendê-lo melhor.” Agora você já sabe como agir e como visitar alguém da maneira correta. “Lembre-se: educação é moeda de ouro, em toda parte tem valor”, conclui Moraes.

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Bem-Estar

AautoestimaOs problemas da baixa

por Emerson Roberto

baixa autoestima consiste na falta de con-fiança e de respeito por si mesmo. A pessoa não acredita em suas capacidades e não

reconhece as suas habilidades. O pessimismo go-verna os pensamentos que limitam as ações diante das dificuldades e desafios da vida. Esse problema gera ansiedade, medo, depressão e fobias.

Segundo a psicóloga Aracy Katzinski, a au-toestima é construída com o desenvolvimento da personalidade da pessoa e por meio da forma como a criança foi educada, acolhida e reconhe-cida pelos pais e pela sociedade. “Podemos ci-tar, por exemplo, uma criança que foi rejeitada

por uma das figuras parentais ou que tenha sido agredida, humilhada ou preterida. A sua autoes-tima será naturalmente baixa.”

O professor de línguas Cleverson Souza já passou por esse problema. “Desde pequeno eu apanhava do meu pai. E, muitas vezes, sem moti-vos. Eu sabia que isso não era normal e, de fato, verificou-se que ele tem esquizofrenia mediana irreversível. Essas surras frequentes roubaram minha alegria de viver. Isso fez com que eu me fechasse para as pessoas, pois não queria ser to-cado por ninguém, nem mesmo receber abraços de um amigo”, lembra ele.

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Outras questões eventuais que podem causar a baixa autoestima são: términos de relaciona-mentos, demissão, perdas financeiras, envelhe-cimento, etc. “Fiquei três anos desempregado e, durante praticamente todo esse período, ficava enclausurado no meu quarto. Não tinha vontade de fazer nada. Meus amigos compravam carros, tinham roupas bonitas, saíam, se divertiam, ti-nham namoradas e eu, nada disso. Doía muito”, ressalta Souza.

Também é comum que os problemas da baixa autoestima apareçam na adolescência, momento em que as mudanças físicas e psíquicas são in-tensas. “Quando eu era adolescente, tinha um cabelo lindo e cacheado. Por volta dos 18 anos, ele começou a cair. Não me conformava com a minha calvície. Às vezes as pessoas tiravam sarro de mim, o que baixava ainda mais a minha auto-estima”, acrescenta Souza.

Os indivíduos com esse problema tendem a ser perfeccionistas e não sabem aceitar seus erros. “Todo ‘erro’ é considerado pelo acometido como fracasso e não aprendizagem. Esta forma negativa de pensar acentua o ‘defeito’ e resulta numa falsa noção de incapacidade”, explica Aracy.

De acordo com a psicóloga, existem várias técnicas e exercícios para aumentar a autoesti-ma. “O primeiro deles é tornar-se consciente das próprias emoções, sentimentos, sensações, ne-cessidades corporais e psíquicas. Desenvolvendo a consciência de si mesmo é possível reforçar os aspectos positivos da própria personalidade e mi-nimizar os negativos.” A respiração profunda e o relaxamento também são métodos que ajudam a baixar a ansiedade e a desenvolver a percepção de si mesmo. Além disso, é importante cuidar de si, tanto física quanto emocionalmente. “O acometi-do precisa desenvolver o amor próprio, gostar do que é bom em si mesmo e reconhecer e minimizar

o que não é. E também abandonar o ‘vitimismo’ e parar de culpar os outros pelas suas mazelas”, acrescenta Aracy. Segundo Souza, ele se consi-derava vítima das situações. “Eu me vestia muito mal. Usava roupas que me desvalorizavam, como uma sandália velha e rasgada. Não fazia a barba e, por não aceitar a calvície, estava sempre de boné”, relata Souza.

Um dos tratamentos indicados para superar o problema é a psicoterapia. “Muitas vezes não con-seguimos superar nossas dificuldades sozinhos e entender que precisamos de ajuda é uma atitude positiva e corajosa”, afirma a psicóloga. “Eu acho que, para se curar, antes de tudo você tem de tomar consciência do que está acontecendo e dizer para si mesmo: ‘Eu tenho esse problema’. Já é um gran-de passo para a cura”, constata Souza.

“Há um ano e meio eu iniciei a terapia. Com ela tomei consciência de que antes eu me desvalo-rizava. Inconscientemente, me afastava das coisas maravilhosas que a vida oferece, por não me achar digno de merecimento. A terapeuta me fez perce-ber os aspectos positivos que tenho. Passei a me valorizar. Comecei a me vestir melhor. No trabalho até dizem que eu sou elegante, chique. Outra situ-ação que me marcou positivamente é o fato de eu ter tirado o boné. Me aceito como sou e gosto de ser assim. Não queria ser diferente”, emociona-se o professor.

De acordo com a psicóloga, a pior consequên-cia da baixa autoestima, quando não tratada, é a insatisfação com a própria vida. “Viver constante-mente com a sensação de mal-estar consigo mesmo é, no mínimo, insuportável.” Por isso, quanto mais um indivíduo se conhecer, mais facilidade ele terá para superar suas dificuldades e vencer desafios. O autoconhecimento gera a sabedoria e a confian-ça para assumir escolhas que resultarão numa vida mais saudável em todos os sentidos.

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por Anna Tuttoilmondo

Bem-Estar

ar condicionadoO uso e os cuidados com osaparelhos de

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oje em dia é praticamente inevitável o constante uso do ar-condicionado. Com as inúmeras mudanças climáticas,

que chegam a ser radicais na maioria das vezes, o uso do aparelho popularizou-se a ponto de estar presente em praticamente todos os ambientes. Sendo assim, é importante a manutenção e os cuidados adequados do ar-condicionado. Porém, seu uso contínuo, ao longo do ano, levanta ques-tões acerca dos seus benefícios.

Daniella Porfírio Nunes, pneumologista do Hospital Vita Brasil, alerta que em ambientes climatizados, se a qualidade do ar não obedecer aos parâmetros de manutenção dos fabricantes ou normas da Anvisa, pode ocorrer o desenvolvi-mento de sintomas como: lacrimejamento, cori-za, obstrução nasal e tosse, entre outros.

Embora os cuidados básicos do ar-condicio-nado dependam das orientações do fabricante e da Anvisa, Daniella dá algumas dicas para a lim-peza e conservação das torres de resfriamento: “Deve-se higienizar os reservatórios e bandejas de condensado ou manter tratamento contínuo para eliminar as fontes de bactérias, fungos, protozoários e algas; corrigir a umidade am-biental; manter sob controle rígido vazamentos, infiltrações e condensação de água e higienizar os ambientes e componentes do sistema de cli-matização”.

Segundo a pneumologista, é preciso ficar atento à quantidade de componentes químicos e biológicos presentes nos ambientes climatiza-dos. “Há uma infinidade de componentes quí-micos e biológicos emitidos por diversas fontes

H e que, dependendo das condições físicas (umida-de, temperatura, ventilação inadequada), podem estar interagindo entre si e tornando estes am-bientes mais poluídos em relação ao ar externo.” O problema é que o estilo de vida da população urbana mudou rapidamente, fazendo com que o indivíduo passe mais tempo em recintos inter-nos. Sendo assim, a qualidade do ar interior afe-ta a qualidade de vida e o bem-estar da popula-ção em geral. Quanto ao tempo de exposição, não há um mínimo estimado, uma vez que as popula-ções estudadas geralmente cumprem jornada de trabalho de, no mínimo, seis horas.

Porém, a transição do indivíduo de um am-biente climatizado com temperatura baixa para o calor, por exemplo, pode acarretar problemas para a saúde. “Em pessoas com asma, pode ocor-rer o desencadeamento de crises de falta de ar, chiado e dor no peito, além da tosse. Já as pesso-as que apresentam rinite alérgica podem ter cri-ses de coriza, congestão nasal, espirros e coceira no nariz. E até mesmo pessoas saudáveis, sem histórico de problemas respiratórios, em vigên-cia de doenças virais, como o resfriado, podem ter as vias aéreas sensibilizadas pela infecção e ficar mais sensíveis a mudanças de temperatura”, revela Daniella.

De acordo com a especialista, a temperatura indicada para ajustar o ar-condicionado varia de 23ºC a 26ºC no verão e de 20ºC a 22ºC no inverno. Os parâmetros de temperatura e umidade relativa do ar, em ambientes climatizados artificialmen-te, devem ser mantidos em condições nas quais 80% dos indivíduos sintam-se confortáveis.

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Lareiraspara aquecer

o inverno

Decoração

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As lareiras podem ser acolhedoras e atem-porais e proporcionam beleza e elegância aos espaços, independentemente da li-nha trabalhada em seu décor. Podem ser desde os estilos mais clássicos, passando

pelos modernos, até os mais futuristas, e são ele-mentos atraentes, que valorizam e dão destaque à decoração, seduzindo olhares com seu design, vi-vacidade e elegância.

As lareiras são um “must have” para a tempo-rada de inverno. Para os dias mais frios do ano, é fundamental um ambiente aconchegante para receber e aquecer os amigos mais íntimos. Seja para um simples bate-papo ou para um jantar mais sofisticado, uma lareira faz toda a diferença. Con-tudo, construir ou reformá-la, dentro de casa ou apartamento, não é uma tarefa muito tranquila. Porém, com um projeto adequado e o auxílio do profissional do seu gosto, tudo fica mais prático, rápido e fácil.

Os acessórios, como as telas de proteção e os kits de limpeza, são itens importantes na hora de escolher os materiais e acabamentos da lareira. Elas podem ser de pedra natural, com textura, de mármore, de aço, de resina, de madeira ou de gra-nito. Seja como for, a lareira sempre fez parte das casas e da história.

Abastecidas com lenha, com pedra vulcânica, com gás ou até mesmo com álcool etanol, como as mais ecológicas, as lareiras estão presentes em vários ambientes do lar, como nas salas de estar, nos escritórios, nos quartos ou em espaços cria-dos exclusivamente para estas grandes atrações do inverno.

Como exemplo, é possível observar, na imagem ao lado, a sala de estar com lareira à lenha reves-tida em mármore italiano Nero Marquina. Tal arte-fato confere charme e um requinte todo especial para esse apartamento de alto padrão, localizado na região sul do Brasil.

luiz Maganhoto e daniel Casagrandecomandam um dos maiores escritórios de Arquitetura e Interiores do Brasil, com projetos em todo o território nacional e em cidades como Miami, Londres, Porto, Paris, Buenos Aires e Cidade do Panamá. www.maganhoto.arq.brro

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á várias teorias sobre a origem do xa-drez. A mais difundida delas diz que o jogo teve início na Índia, porém com regras diferentes das atuais. Antes, era

jogado com dados, que determinavam qual peça de-veria ser movimentada. Depois, com a forte influên-cia da igreja na Idade Média, foram introduzidas ao jogo peças ligadas ao Clero, como o bispo e o rei, que representavam as classes dominantes da época.

De acordo com o diretor da Federação de Xadrez do Paraná, Leandro Salles, trata-se de um dos jogos mais democráticos que existem. “Não é preciso alu-gar quadra, ter equipamentos caros ou uniformes. Basta um tabuleiro com o jogo de peças, que pode ser encontrado em lojas populares. E, é claro, não pode faltar um parceiro para o jogo”, diz.

O objetivo é dar o xeque-mate em seu adver-sário, ou seja, quando o rei fica sem casa de fuga. Quem conseguir vence a partida. A princípio pare-

raciocínio, lógica e concentração:unidos pelo xadrez

H

Vida Ativa

por Emerson Roberto

ce simples, mas, como as peças possuem movimen-tos variados, os métodos para ganhar são infinitos. “Um estudo já mostrou que existem mais possibili-dades para ambos os lados do que átomos no uni-verso.” O jogo possui 16 peças brancas e 16 negras. São oito peões, duas torres, dois bispos, dois cava-los, um rei e uma dama para cada jogador. Quem está com as peças brancas inicia a partida — é uma das regras do xadrez.

Os jogadores são denominados enxadristas. De acordo com o diretor, no Brasil é difícil encontrar alguém que viva exclusivamente das suas partici-pações em torneios e premiações. “A maioria dos que escolhem o xadrez como meio de vida comple-mentam sua renda com outras atividades. Porém, na Europa ou nos Estados Unidos é mais comum encontrarmos esses jogadores, pois nesses lugares o jogo é mais difundido e incentivado”, afirma o diretor.

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A enxadrista Daiane Hornes aprendeu a movi-mentar as peças e começou a conhecer um pouco sobre as regras quando tinha 11 anos. “Mas passei a jogar efetivamente quando tinha 14”, recorda. Hoje ela compete profissionalmente. “Atualmente represento a cidade de Joinville.”

As partidas chamadas “pensadas” duram em média entre três e quatro horas. Existem, porém, modalidades mais rápidas, como o jogo “rápido” e o “relâmpago”. Neste último caso, uma partida dura entre cinco e dez minutos. Segundo a enxa-drista, a partida que durou mais tempo para ela aconteceu no ano passado. “Joguei cerca de cinco horas e meia contra uma atleta também de Santa Catarina. Foi num torneio universitário brasileiro, bastante disputado, no qual obtive a quinta colo-cação”, diz.

É um jogo desprovido do elemento sorte. Para ganhar, o jogador depende exclusivamente de suas habilidades. “Ganha uma partida aquele que comete menos erros”, explica Salles. Daiane já dis-putou vários torneios, mas o mais importante para ela foi em 2005. “Ganhei o campeonato brasileiro escolar feminino”, conta orgulhosa.

Atualmente existem sites nos quais é possível jogar xadrez on-line. Mas, para Salles, a melhor maneira de se iniciar é jogando com alguém cara a cara. “É muito mais divertido e você acaba toman-do gosto pelo jogo. Além disso, existem clubes de xadrez em quase todas as cidades de grande porte. É só querer.”

O jogo estimula o raciocínio lógico e melhora a concentração — esses são os benefícios mais notó-rios. Também melhora a percepção espacial, o cál-culo matemático e o pensamento abstrato. “Além de ser uma diversão e tanto”, afirma o diretor. De acordo com Daiane, o motivo que a fez decidir pra-ticar xadrez foi uma limitação física que a impedia de praticar outros esportes. “Mas, posteriormente, esse jogo passou a me interessar pelos efeitos po-sitivos que me proporcionou, como o desenvolvi-mento do raciocínio lógico e a concentração.”

E, por fim, Daiane aconselha para quem deseja jogar xadrez: “Compre um livro de iniciação bási-ca, jogue com os amigos ou a família e se divirta. Mesmo com toda a seriedade e concentração en-volvidas, é o esporte que mais me anima hoje. Não o trocaria por nada”.

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las integram o mundo do atletismo desde pequenas e já praticaram esportes varia-dos, mas foi pelo nado sincronizado que surgiu o amor e determinação que as mo-

vem até os dias atuais.Lara Teixeira e Nayara Figueira entraram juntas

na seleção brasileira de base, em 2001, disputando campeonatos sul-americanos e mundiais juniores. Em 2007, uniram-se para disputar os Jogos Pana-mericanos, e em 2008 classificaram-se para as Olimpíadas de Pequim.

Quatro anos se passaram desde a última Olimpí-ada e as nadadoras mostraram-se mais maduras e confiantes do que nunca ao prepararem-se inten-samente para mais uma competição, a de Londres. Com o país todo vibrando por elas, a dupla lutou pelos melhores resultados para mostrar que o Bra-

no nadosincronizadoGArrA E DETErMiNAÇÃO

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Vida Ativa

por Anna Tuttoilmondo

sil é muito mais do que o “país do futebol”.Mesmo com a intensa rotina de treinamentos,

Lara e Nayara concederam à Revista Élégant uma entrevista falando sobre a carreira no atletismo, a preparação para a Olimpíada e os planos para o futuro.

A dupla vem trabalhando com duas treinadoras, e Lara conta como é o relacionamento entre elas. “Dea (Andréia Curi) é a melhor técnica do Brasil e nossa relação é muito afinada. Ela nos conhece muito bem e sabe exigir o nosso máximo nos trei-nos. Na minha opinião, ela sabe ser muito profis-sional e ao mesmo tempo amiga. Acho fundamen-tal esse tipo de relacionamento quando se trata de uma relação tão próxima como a nossa.” As nada-doras também foram treinadas pela canadense Les-lie Sproule, que as acompanhou nas Olimpíadas.

fotos: Satiro Sodré (CBDA)

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Sobre as Olimpíadas de Londres, elas contam que o treinamento foi exaustivo, mas a pressão, ao contrário do que muitos pensam, só as deixou mais confiantes e com vontade de mostrar garra. “Estávamos treinando como nunca treinamos an-tes e vimos nosso crescimento a cada treino. Essa pressão só nos deu força para entrar mais confiante na competição, sabendo que todo o país estaria ao nosso lado”, diz Nayara.

A rotina de exercícios, calculadamente prepa-rada, foi de segunda-feira a sábado, com sete a oito horas diárias, em dois períodos. Além do trei-namento na água, faziam aulas de pilates e dança, preparação física, acompanhamento nutricional, acompanhamento psicológico e sessões semanais de fisioterapia. Queríamos fazer o nosso melhor e pôr todo o treinamento em prática na hora da com-petição”, explica Lara.

Com tantos pensamentos e esforços direciona-dos para as competições desse ano, as atletas, não sabem o que farão quando o ano acabar. Mas, planos para o futuro já estão programados. Nayara conta que agora, depois da Olimpíada, pretende voltar para a faculdade de Educação Física e continuar a trabalhar com nado sincronizado. Já Lara, que ter-minou a faculdade de Administração em 2010, quer fazer pós-graduação e trabalhar com administração esportiva, dando continuidade ao projeto já exis-tente da escolinha de nado sincronizado.

Com tanta garra e determinação, nada mais justo do que apoiar e torcer pela vitória da dupla, dentro e fora das piscinas.

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Vida Ativa

sigla está na boca do povo. O MMA (Mixed Martial Arts) tornou-se febre nacional de uma maneira surpreendente. Apesar de

já ser praticado há bastante tempo e de ser muito reconhecido no exterior, foi recentemente que o esporte passou a ser disseminado, de forma mais abrangente, no Brasil.

O MMA mistura diversas artes marciais, crian-do uma nova modalidade de luta. O esporte tem a finalidade de encontrar o melhor lutador em cada categoria, independentemente da arte marcial que este pratica.

A lutado momento

A

por Jéssica Tokarski

O esporte também é conhecido como vale--tudo, mas, segundo o treinador de atletas Ales-sandro Zanon, o MMA apresenta regras diferentes. “O vale-tudo era praticado sem luvas e valia qualquer golpe, como pisões no rosto, chutes na cabeça e jo-elhadas enquanto o outro atleta estava no chão. No MMA, para preservar a integridade física dos lutado-res, esses golpes foram proibidos, bem como se tornou obrigatório o uso de luvas específicas que diminuem a possibilidade de cortes e sangramentos. Além disso, foi criada uma comissão atlética e avaliações médicas são realizadas antes e depois dos combates”, revela.

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Os atletas podem ser praticantes de qualquer modalidade de arte marcial, mas as mais eficientes para esse esporte são o Muay-Thai (socos, chutes, joelhadas e coto-veladas em pé), o boxe, o Jiu-Jitsu (luta no chão, imobilizações, torções e estrangula-mentos) e o Wrestling (derrubar e evitar ser derrubado no chão).

O objetivo do esporte é derrotar o opo-nente. Isso pode ser feito através de no-caute ou de pontuação (três juízes marcam os placares dos rounds). “Os combates são realizados em três rounds de cinco minutos cada, com um minuto de intervalo entre eles. Nas disputas de títulos são realizados cinco rounds. A luta termina por nocaute quando o atleta não se encontra mais em condições de continuar lutando”, afirma Zanon. Os equipamentos utilizados para a proteção dos atletas compreendem: luvas próprias para o MMA, protetor bucal e prote-tor genital. Para nivelar os competidores, a modalidade é dividida nas categorias: Peso Galo (até 61 kg), Peso Pena (até 66 kg), Peso Leve (até 70 kg), Meio Médio (até 77 kg), Peso Médio (até 84 kg), Meio Pesado (até 93 kg) e Peso Pesado (até 120 kg). Dessa for-ma, os confrontos são sempre entre atletas da mesma categoria.

O treinamento dos lutadores é pesado e exige disciplina e empenho em várias atividades. “Aque-les de alto nível treinam em torno de quatro a sete horas diárias. Há os treinos individuais, depen-dendo da arte marcial em que o esportista é espe-cialista, os treinos específicos para o MMA e ainda a parte física, musculação, natação, corrida e trei-namento específico para aumento de velocidade, velocidade de reação, resistência, flexibilidade e recuperação”, comenta o treinador.

Atualmente há muitos eventos relacionados ao MMA, principalmente nos Estados Unidos. Entretanto, os principais do segmento são: UFC, Bellator e Striker Force. Todos são reconhecidos como grandes shows e são transmitidos através da televisão para mais de 150 países. Essas trans-missões a nível mundial foram uma das maiores responsáveis pelo sucesso do esporte. Os eventos geralmente podem ser acompanhados em canais especializados da TV a cabo. Contudo, foi com o início das difusões na TV aberta que os brasilei-ros começaram a ter maior acesso e conhecimen-to a respeito dessa modalidade.

Apesar do sucesso com a torcida brasileira ser relativamente recente, os atletas do Brasil têm um destaque extremamente grande nessas competi-ções. Segundo Zanon, os brasileiros são muito re-conhecidos e respeitados mundialmente. “Na mi-nha opinião, isso se deve ao ótimo nível técnico de jiu-jitsu e de boxe no país, além da garra e do estilo dos lutadores daqui.” Entre eles, os principais são: Anderson Silva, Wanderlei Silva, Maurício Shogun, Junior Cigano, José Aldo, Minotouro e Minotauro, além de outros que estão crescendo muito dentro do evento. “Tenho certeza que os brasileiros vão ganhar cada vez mais espaço dentro do esporte. Acredito também que, quando os empresários apoiarem mais o MMA, dando condições para que mais eventos sejam realizados no Brasil, teremos um incrível número de atletas daqui aptos para da-rem grandes shows.”

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saúde

por Débora D. Dornella

Jogando com

Adeníziafotos: CBV

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metros de altura. Mas não é só no tamanho que ela é enorme. A sua garra e de-

terminação também são. Essa guerreira chama-se Adenízia Ferreira da Silva, uma das atletas do vô-lei brasileiro que, junto com uma equipe de feras, representou o Brasil nas olímpiadas de 2012 e nos

1,87 trouxe uma medalha de ouro.Ela iniciou sua carreira aos 11 anos de idade.

Dentre tantos esportes que poderia praticar, o vô-lei foi o que lhe despertou a atenção. Isso aconte-ceu quando ela viu o jogo Brasil x Cuba pela pri-meira vez. Nesse momento, a “pequena” Adenízia se encantou com a garra das atletas.

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“Foi o dia mais feliz da minha

vida, nem acreditava. Comecei a

dedicar a minha vida ao vôlei.”

No início, a mãe não aprovava muito a es-colha da carreira da filha, pois a achava muito nova e não queria que ela ficasse longe de casa. Mas, com o passar do tempo, ficou mais tran-quila. Adenízia queria ir adiante em sua esco-lha, por isso se mudou para São Paulo e come-çou a jogar no BCN/Osasco. “Eu via as meninas do time adulto e queria chegar aonde elas che-garam”, comenta a atleta.

Um dos momentos mais felizes em sua tra-jetória foi quando recebeu o convite para jogar na seleção brasileira. “Foi o dia mais feliz da minha vida, nem acreditava. Comecei a dedicar a minha vida ao vôlei.” Segundo ela, jogar com as outras meninas na seleção é algo muito posi-tivo, pois existe uma troca de experiências en-tre as atletas e, consequentemente, um grande aprendizado. E é claro que ela se inspira em al-gumas jogadoras também. “Gosto muito do jogo da Walewska e da Fabi. Tento ser igual a elas.”

Com uma rotina corrida, a atleta tem pouco tempo para a família. “O que me conforta são as medalhas, as amizades e o crescimento que fica.” Adenízia treina oito horas por dia. O res-tante do tempo ela tenta administrar para ficar

em casa e descansar. “Quando tenho folga, fico bastante tempo com meu marido.” Além disso, ela tem uma série de cuidados, pratica ioga e tem uma boa educação alimentar. “A alimenta-ção é tudo na vida do atleta. Eu estou me edu-cando. Como bastante verduras, evito gordura e não tomo refrigerante.”

A jogadora se preparou muito para cada jogo das olimpíadas. Conta que sentia frio na barriga só de saber que estava lá. “Abri mão de tudo, fiquei extremamente focada, treinava como se fosse o último treino da minha vida. O esporte é isso.” E agradece a todos aqueles que torceram pela seleção, que vibraram junto com elas, pois elas jogam dedicadamente e de coração.

E para quem pensa em seguir o mesmo ca-minho que a nossa guerreira, o conselho dela é ter certeza do que você realmente deseja. “E saber que vai precisar abrir mão de mui-ta coisa, pois você não terá uma vida normal, ter dedicação total e lembrar sempre de nun-ca deixar alguém falar que você não sabe fa-zer alguma coisa. Quando alguém disser isso, treine muito para saber que você é capaz.”

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saúde

por Emerson Roberto

HiperidroseHiperidrose

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ocê já ouviu falar de alguém que sofre com o suor excessivo? Ele pode ocorrer nas mãos, nos pés, nas axilas ou, então, na

face. Esse problema é denominado hiperidrose. Segundo o especialista em tratamento cirúrgi-

co da hiperidrose e rubor facial João Bosco Vieira Duarte, essa doença pode ser classificada como primária ou secundária. A primária é causada por uma disfunção do centro sudomotor, região do cé-rebro responsável pelo controle da temperatura do nosso corpo. “Não se sabe o porquê, mas em de-terminadas pessoas o centro sudomotor envia estí-mulos para que ocorra uma transpiração excessiva em determinadas áreas do corpo, independente da temperatura ambiente ou exercício físico”, expli-ca. Já a secundária é decorrente de alguma pato-logia. “Dentre elas estão as que podem levar a um aumento da taxa de metabolismo do nosso corpo, como o hipertireoidismo, infecções, sequela de acidente vascular cerebral (derrame), etc. Em ge-ral, acontece quando o problema afeta a região do centro sudomotor.”

De acordo com o especialista, nos portadores de hiperidrose palmar e plantar o problema aparece logo ao nascer ou na infância, e raramente a partir da puberdade. Já a axilar surge a partir da adoles-cência, mas pode se manifestar até os 35 anos. E a facial passa a existir entre os 20 e 40 anos. Essa incidência pode ocorrer tanto nos homens quan-to nas mulheres. Não se sabe se a doença pode ser um problema genético recessivo. “Entretanto, ain-da não foi encontrado um ‘gene’ responsável pela causa da hiperidrose primária”, diz Duarte.

Basicamente existem dois tipos de tratamento para esse problema: os paliativos e os definitivos. No primeiro, pode-se tentar o uso de medicamen-

V tos que bloqueiam a produção de suor, seja por administração sistêmica ou aplicação tópica. Tam-bém existe a opção de incluir a toxina botulínica – botox. Ela bloqueia o estímulo nervoso que faz a glândula transpirar. “Quando bem aplicada, fun-ciona, em média, por sete meses. É indicada para a hiperidrose axilar.”

Enquanto isso, o tratamento definitivo é o ci-rúrgico. “A cirurgia mais eficaz para a hiperidro-se que ocorre nas mãos, nas axilas e na face é a simpatectomia torácica por via endoscópica. Ela é feita sob anestesia geral, através de quatro pe-quenas incisões no tórax e dura, em média, cerca de 30 minutos. O resultado é imediato. O paciente quase sempre retorna às suas atividades habituais no dia seguinte”, comenta o especialista. “O gran-de inconveniente desta cirurgia é a possibilidade de ocorrer um aumento da transpiração em outras áreas do corpo. Geralmente ocorre no abdômen, na região lombar e nas pernas. É a chamada sudo-rese compensatória. A frequência desta irá variar conforme a localização da área de suor tratada e de qual segmento de nervo cortado”, completa. É im-portante ressaltar que não existe cura espontânea da doença, apenas cirúrgica.

Ninguém morre por causa da hiperidrose, mas as pessoas sempre morrem com ela se não recorre-rem ao tratamento indicado. “Raramente ela desa-parece ao longo da vida. E, quando excessiva, cau-sa enorme desconforto e limitação na vida social e profissional de seus portadores”, diz Duarte.

Portanto, se você se identificou com o proble-ma, o aconselhado é procurar um especialista. Pode ser o clínico geral, o endocrinologista ou o derma-tologista. “Esses são os profissionais recomendados para uma primeira avaliação da hiperidrose.”

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zia, queimação e desconforto estomacal são sintomas bem co-nhecidos por aqueles que sofrem

com a gastrite. Através da inflamação da mucosa (camada interna da parede do ór-gão) do estômago, a gastrite se manifesta pelo aumento de f luxo de sangue. Segun-do o gastroenterologista do Hospital Vita Batel, Sergio Brenner, a doença pode ser crônica ou aguda. “A crônica é de longa duração, enquanto a aguda caracteriza-se por ser algo recente, de dias”, explica.

O aparecimento da gastrite acontece por consequência à ação do ácido clorídri-co sobre a mucosa gástrica. Este ácido é muito importante no processo de digestão dos alimentos, mas pode ser corrosivo. “No estômago existem mecanismos de defesa que são alcalinos. Assim, há um equilíbrio entre o ácido e os mecanismos de defesa. Um aumento na produção de ácido ou uma diminuição dos mecanismos de defesa de-sencadeia a gastrite”, esclarece Brenner.

De acordo com o gastroenterologista, em qualquer momento poderá ocorrer a hi-perprodução de ácido, que é controlada por três importantes mecanismos: “Pela ação do nervo vago, que é estimulado por fatores

sensitivos como fome, odor e visão de alimentos; estímulo direto pelo contato dos alimentos com o estômago (algumas substâncias são estimulantes à produção de ácido, como cafeína, pimenta, bebi-das alcoólicas, doces, etc.) e mecanismo hormonal, pela secreção de um hormônio chamado gastrina, que estimula a secreção de ácido”. Dessa forma, qualquer fator que favoreça uma destas situações aumenta a produção de ácido e, consequentemen-te, pode produzir a gastrite.

A analista de comunicação Érica Santos des-cobriu que sofria com o problema após notar que tomava muito café na empresa em que trabalhava e que, após a ingestão, sempre passava mal. Além do consumo de alimentos que aumentam a se-creção gástrica, também deve-se levar em conta que os alimentos neutralizam o ácido produzido no estômago. “Dessa forma, é imprescindível ali-mentar-se a cada três a quatro horas”, esclarece Brenner. Para Érica, os sintomas não só se agra-vam quando ela come alimentos com muito molho vermelho, pimenta, pratos com temperos fortes, limão, laranja ou quando bebe refrigerante, café e cerveja preta, como também ao passar por al-gum estresse emocional. O gastroenterologista afirma que o estresse pode ser um agravante do problema e ressalta a importância de uma alimen-tação adequada: “É importante evitar as refeições

Queimação no estômago?

Apor Jéssica Tokarski

Pode ser gastrite

saúde

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Queimação no estômago?

muito volumosas e ter horário correto para se alimentar”.

Érica acredita que a gastrite afeta demasia-damente seu cotidiano, pois, além de ter difi-culdades para trabalhar, ela não consegue dor-mir direito. “Se eu tiver crise à noite, só posso dormir do lado esquerdo e com um travesseiro embaixo da coluna, para elevar a posição do esô-fago e não ter refluxo”, comenta. Para diagnos-ticar com exatidão a enfermidade, é necessário relacionar os sintomas ao resultado de um exa-me endoscópico, que visualiza se há um aspecto mais avermelhado na mucosa do estômago.

Segundo Brenner, o tratamento da gastrite é feito com base em dieta, uso de antiácidos e administração de drogas bloqueadoras da produção de ácido. Mas é uma doença que tem melhora ou piora conforme o momento. “Ela apresenta períodos de acalmia intercalados por períodos de exacerbação dos sintomas (recru-descência). Eventualmente, com a modificação dos hábitos da alimentação, das condições de vida e do comportamento emocional, a gastrite poderá ser considerada curada.” Para prevenir um futuro aparecimento da afecção, recomen-da-se dieta balanceada, refeições em horários adequados e uma melhora na qualidade emo-cional de vida.

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saúde

Má postura:a vilã das costaspor Jéssica Tokarski

egundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que mais de 80% da po-pulação mundial sofrerá com a tão temi-

da dor nas costas em algum momento da vida. Um dos fatores que podem levar a essas terríveis dores é a má postura. Para a coordenadora do serviço de fisioterapia e reabilitação postural do Instituto Paulistano de Neurocirurgia e Cirurgia da Coluna Veretebral, Jaqueline Bertagna, antes de falar so-bre postura incorreta é necessário compreender o que é uma postura adequada. “Podemos dizer que a postura ideal é aquela que adapta, da melhor forma possível, o sistema musculoesquelético aos desequilíbrios que surgem a todo momento, permi-tindo a melhor distribuição do esforço realizado na execução das atividades cotidianas e minimizando as sobrecargas em cada uma das partes do corpo”, explica. Sendo assim, pode ser considerada má pos-tura qualquer posição que o corpo assuma no espa-ço, em um determinado período que propicie estes desequilíbrios, e que cause uma sobrecarga em de-terminado segmento do corpo.

s

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Para Jaqueline, um dos principais motivos para que a maioria das pessoas tenha uma postura incor-reta é a gravidade. “Ela atua de forma perene sobre o corpo, fazendo com que, após um período de tempo, assumamos uma postura que nos parece mais con-fortável, mesmo que não seja adequada.” Além des-se elemento natural, há ainda o sedentarismo, esti-lo de vida muito adotado atualmente e que favorece o surgimento dos vícios posturais. “Se antigamente nossas atividades diárias eram praticamente sempre executadas alternando posturas de pé e sentadas, hoje passamos longos períodos sentados, seja nos momentos de lazer ou durante o trabalho”, revela.

Mesmo aqueles que têm o hábito de praticar exer-cícios físicos devem estar atentos à postura, uma vez que a falta de orientação ou a má orientação duran-te essas práticas ajudam no surgimento de alterações posturais, além de perpetuar padrões posturais ina-dequados. Este é um problema que pode ocorrer em qualquer momento, até mesmo ao dormir, já que, na maior parte das vezes, não se percebe a sobrecarga feita em determinada parte do corpo.

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SIntoMASOs problemas posturais não são característicos

apenas de pessoas com mais idade. Eles também podem afetar adolescentes e crianças. Nestes ca-sos, é imprescindível que pais, pediatras e educa-dores físicos tenham um olhar atento aos vícios posturais que as crianças e adolescentes estão adquirindo, para que eles possam ser corrigidos já no início, evitando problemas mais graves. Ape-sar disso, a médica recorda que, à medida que as pessoas envelhecem, ocorrem fenômenos reduto-res da força e da f lexibilidade da coluna. “Quando isso ocorre, podem ser comprometidas estruturas como articulações (desgaste) e ligamentos (calci-ficação). Além disso, há as ossificações que cres-cem para dentro e para fora da coluna vertebral (conhecidas como bicos-de-papagaio).”

Além das constantes observações acerca do posicionamento corporal, outra forma de re-conhecer o problema é pela dor nas costas per-manente, durante a realização das atividades diárias. “Cefaleia, limitação dos movimentos, di-ficuldade para respirar e especialmente questões estéticas podem ainda dar bons indícios de uma alteração postural”, lembra Jaqueline. É preciso atenção constante a esses indicativos, além do parecer de um especialista para diagnosticar o quadro com exatidão.

ConSequênCIASAo longo do tempo, os hábitos posturais in-

corretos geram consequências que afetam desde as costas até a posição original de ossos e arti-culações. “Os problemas iniciam com encurta-mentos musculares. As sobrecargas musculares mais comuns trazem problemas conhecidos como tendinites. As alterações ao nível das articulações podem gerar bursites. Ao considerar a coluna ver-tebral, é possível ter lesões tão graves quanto uma hipercifose, dor cervical por uma retificação da curva fisiológica (perda da curvatura natural do pescoço), ou uma hiperlordose, relacionada à coluna lombar”, comenta a médica.

Outras implicações do mau posicionamento corporal são a Lesão por Esforço Repetitivo (LER) ou a Doença Ocupacional Relacionada ao Traba-lho (DORT). Tais doenças têm relação direta com o tipo de atividade exercida, as quais, juntamente com a má postura, podem potencializar um pro-

blema já existente ou desencadear um novo.Além da região das costas, outras partes do

corpo que constantemente sofrem por causa da postura incorreta são os ombros e os joelhos. “Em uma visão mais abrangente, esse costume errado também pode trazer consequências indesejáveis para a autoestima do acometido, como é o caso de pacientes que têm hipercifose com os ombros rodados internamente (ombros voltados para o peito) ou aqueles que têm um aumento do volume abdominal (ptose abdominal)”, adverte Jaqueli-ne.

SoLuçãoDepois de adquirido um mau hábito dessa na-

tureza, a correção imediata de postura é bastan-te complicada. Segundo a especialista, somente através de técnicas apropriadas de fisioterapia, alongamentos ou Reeducação Postural Global (RPG) é possível dar o passo inicial para a rever-são deste quadro. “É preciso ter em mente que todos os padrões posturais e de movimentos, se-jam eles corretos ou não, são aprendidos e, pos-teriormente, automatizados. Por isso, conclui-se que, para readquirir posturas adequadas, é preci-so submeter-se a um treinamento, para que estes movimentos sejam incorporados à rotina.” Em al-guns casos mais graves, dependendo do grau de comprometimento das articulações ou segmentos afetados, o médico ortopedista pode identificar a necessidade de um tratamento medicamentoso ou, até mesmo, uma correção cirúrgica.

A massagem é uma solução muito comum, en-contrada pela população, para amenizar as dores nas costas. Para Jaqueline, o recurso pode atuar como um coadjuvante no tratamento das altera-ções posturais, uma vez que, através dela, é pos-sível aumentar a vasodilatação e, assim, promo-ver o relaxamento da musculatura. “Contudo, a massagem por si só não é capaz de reverter uma alteração postural. Além disso, essa técnica deve ser empregada por um profissional capacitado e com conhecimento das limitações da técnica para esse tipo de tratamento”, esclarece.

Ficar atento e policiar simples hábitos diá-rios podem evitar problemas graves de saúde ou auxiliar na melhora deles. Ter uma boa postura, além de ser muito elegante, é essencial para o bem-estar.

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câimbrapor Débora D. Dornella

saúde

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A dor da

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s e há algo que dá até medo de pensar é a famosa câimbra. Só de falar essa palavra parece que o corpo todo já quer se con-torcer. Afinal, quem já sentiu alguma vez

isso, tem medo de sentir novamente. Para saber so-bre esse assunto, a Élégant entrevistou o João Luiz Carneiro, clínico do Hospital VITA.

AFINAL, O QUE É A CâIMBRA?O médico explica que a câimbra é um espas-

mo ou contração involuntária dos músculos, e geralmente é muito dolorosa. Ela pode atin-gir um ou mais músculos de uma vez e ter du-ração de segundos ou até de vários minutos. POR QUE ELA OCORRE?

“As câimbras podem ser causadas por uma irri-gação sanguínea inadequada dos músculos”, expli-ca o especialista. Entre alguns dos motivos estão:

- Pode-se ter câimbra durante ou após as ativi-dades físicas.

- A desidratação (principal causa nos idosos e em quem usa diuréticos).

- Alterações hidreletrolíticas, principalmente depleção de sódio, potássio, cálcio e magnésio.

- Na gravidez (normalmente a câimbra é secun-dária a níveis baixos de magnésio).

- Fratura óssea (como autoproteção, os músculos ao redor da lesão se contraem involuntariamente).

- Alterações metabólicas como diabetes, hipoti-reoidismo, alcoolismo e hipoglicemia.

- Doenças neurológicas como Parkinson, doen-ças do neurônio motor ou doenças primárias dos músculos (miopatias).

- Insuficiência venosa e varizes nas pernas. - Longos períodos de inatividade (ficar sentado

em posição inadequada, por exemplo). - Alterações estruturais, como pé-chato e o

genu recurvatum (hiperextensão do joelho). - Hemodiálise.- Cirrose hepática.

- Deficiência de vitamina B1, B5 e B6. Além desses fatores, alguns medicamentos

também podem contribuir para causar câimbras.O médico ainda alerta que pessoas acima

de 60 anos que apresentam câimbras preci-sam verificar a razão disso acontecer. “Câim-bras frequentes podem ser sinal de ateros-clerose, que leva à diminuição da circulação sanguínea para determinado grupamento muscu-lar por obstrução do fluxo por placas de colesterol.”

QUAIS PARTES DO CORPO SÃO AFETADAS?“Qualquer músculo de controle voluntário pode

apresentar essas contrações.” Porém, o especia-lista explica que é mais comum observá-las em panturrilhas ou gemelares (batata da perna), mús-culos anteriores e posteriores da coxa, pés, mãos, pescoço e abdômen.

É COMUM ESCUTAR AS PESSOAS FALAREM QUE CâIMBRA É CAUSADA PELA FALTA DE POTáSSIO E QUE PARA EVITá-LA É INDICADO COMER BANANA. SERá QUE ISSO É VERDADE?

Baixos níveis de potássio até podem causar con-trações involuntárias, mas o principal sintoma é a fraqueza ou a paralisia muscular. “O sódio, o cálcio e o magnésio são causas mais importantes e co-muns de câimbras. Durante muitos anos, o potás-sio levou a culpa das câimbras, quando o principal culpado é o sódio.” Contudo, segundo Carneiro, a banana é uma fruta rica em potássio, carboidratos e água. “Por isso pode ajudar nas câimbras, pois hi-drata e fornece energia como muitas outras frutas.”

ATLETAS E SEDENTáRIOS DE PLANTÃO: QUEREM SABER COMO EVITAR A CâIMBRA?

O médico aconselha a evitar a prática de ati-vidades físicas após as refeições, realizar alonga-mentos antes e depois dos exercícios e hidratar-se corretamente. “E beba cerca de dois litros de água por dia.”

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Curiosidade

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ó em ler esse título você já sentiu vontade de abrir a boca, não é? Mas não pense que o bocejo significa só preguiça. Segundo

a chefe do serviço de neurologia do Hospital VITA Batel e responsável pelo Laboratório do Sono do Hospital, Ester London, existem três teorias sobre o motivo pelo qual bocejamos.

A primeira é uma teoria física, que defende que o bocejo é um processo induzido pelo organismo na tentativa de obter mais oxigênio e fazer com que o dióxido de carbono produzido em excesso seja eli-minado. A segunda é a da evolução, que sustenta a possibilidade de que o bocejo iniciou-se com o ho-mem primitivo, que tinha o ato de bocejar para mos-trar os dentes.

Ficou cansado dessas explicações? Se sim, gos-tará dessa: a terceira teoria é a do tédio, que tem como fator desencadeador o cansaço, a sonolência. Mas, além do sono, outras causas podem contribuir para o bocejo. Segundo Ester, bocejar é algo invo-luntário e bocejamos antes mesmo de ter nascido, pois pesquisas mostram que fetos de 11 semanas têm tal atitude.

Também somos influenciados quando vemos uma pessoa bocejando.Automaticamente queremos

POr QUE

spor Débora D. Dornella

bocejamos?fazer igual. Por isso, pode-se dizer que o bocejo é contagiante, mas não se sabe a explicação para isto. O bocejo não acontece só entre os seres humanos, mas também com gatos e cachorros.

Se for inevitável chegar ao final do texto sem bo-cejar, nada de interromper a abertura de boca. Tal ato é involuntário e não é passível de controle. Além disso, até onde se sabe, não existe nenhum mal em bocejar. Pelo contrário: “Pesquisas mostram que bocejar seria um mecanismo de resfriar o cérebro e, sendo assim, este funcionaria melhor”, ressalta a especialista.

Quando bocejamos, várias partes do nosso cor-po participam desse processo. “Primeiro abrimos a boca e o queixo cai, fazendo com que inalemos uma maior quantidade de oxigênio. Nossos pulmões se expandem ao máximo e, então, expelimos gás car-bônico”, explica Ester.

Chegamos ao final do texto e, se você ainda es-tiver bocejando muito, beba algo ou molhe o rosto com água fria. De acordo com a neurologista, esses artifícios ajudam a despertar e afastar a sonolência quando os bocejos acontecem devido à fadiga. En-tão, que tal tomar uma providência para continuar lendo o resto da revista?

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Animais

cavalos-marinhospor Emerson Roberto

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a vida e as curiosidades dos

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ua aparência lembra muito a de um cavalo. Seu nome científico vem do grego “hippo-campus”, um ser mítico com cabeça de ca-

valo e corpo de golfinho. De acordo com o consul-tor de aquarismo Thiago de Sabóya Bérgamo, esses animais costumam viver em estuários, mangues e recifes de regiões tropicais dos oceanos Atlântico, Pacífico, Índico e Mediterrâneo. “Eles são encon-trados em uma profundidade de um a 50 metros”, afirma.

Atualmente, estão catalogadas cerca de 50 es-pécies de cavalo-marinho e o tamanho deles varia conforme a espécie a que pertencem. “Temos ani-mais com 20 centímetros e outros que não passam de 2,5 centímetros. As classes brasileiras atingem até 15 centímetros e o peso gira em torno de 50 a 90 gramas”, ressalta o consultor de aquarismo.

Possuem nadadeiras na cabeça e nas costas, o que os permite nadar por entre os corais atrás das suas presas. “Em correntezas fortes, se agar-ram com as suas caudas a corais e rochas”, conta Bérgamo. Costumam se alimentar de camarões, artemia salina, pequenos peixes e crustáceos.

Durante a época de reprodução o macho muda sua cor, deixando-a mais forte para atrair a fê-mea. Depois disso, o casal se entrelaça e ocorre a fecundação e incubação dos ovos em uma bolsa na barriga do macho. “Talvez isso aconteça pelo macho possuir uma estrutura mais forte que a fêmea.” A bolsa na barriga do macho é adapta-da para isso e há um aumento da vascularização nessa região. Na natureza, a reprodução ocorre

cavalos-marinhos

s durante a primavera. “Mas, em cativeiro, pode ocorrer o ano todo”, completa Bérgamo. O tem-po de gestação varia conforme a temperatura da água. Pode ocorrer durante 20 a 50 dias.

Mas os cavalos-marinhos não mudam de cor apenas durante esse período. A situação pode acontecer dependendo do seu humor ou do am-biente em que estejam, para se camuflar. “Isto se chama mimetismo e é feito por células cutâneas especiais ligadas ao sistema nervoso do peixe”, explica o consultor de aquarismo.

Se forem criados em aquários, são necessários cuidados especiais, já que esses animais são frágeis. Para começar, um aquário de 50 litros é o suficiente para criar cinco ou seis cavalos-marinhos. O movi-mento de água dentro desse espaço deve ser mo-derado. Plantas marinhas como a caulerpa e corais moles de couro são bem-vindos à decoração. “E lem-bre-se: evite anêmonas e peixes como Baiacu, que podem predar os cavalos-marinhos. E nunca, em hi-pótese alguma, retire-o da água. Isso poderá matá-lo lentamente através da embolia”, previne Bérgamo. O cavalo-marinho vive em média três anos.

Por estar em extinção, no Brasil esse animal é legalizado apenas pelo IBAMA, com registro RGP (Registro Geral de Pesca da Loja) e GTA (Guia de Transporte Animal). Portanto, ao adquirir o cava-lo-marinho, certifique-se desse fator. Se ele não estiver dentro das leis, pode ter sido coletado em áreas protegidas ou pego sem os devidos cuida-dos. “Cuide bem deles e os verá felizes e intera-gindo com você.”

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Um bate-papo com Lolôo humor e o talento que correm nas veias da atriz Heloísa Périssé

Capa

reportagem Débora D. Dornellatexto Emerson Roberto

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H eloísa Périssé já interpretou diversos papéis em sua carreira. Dentre eles está a adolescente Tati, da “Escolinha do Professor Raimundo”, personagem que caiu no gosto do público e, principal-mente, da garotada. O sucesso foi tão grande que, nesse ano, foi lançado nos telões dos cinemas o filme “O Diário de Tati”, com o roteiro baseado no livro de mesmo nome escrito pela atriz.

É impossível, também, esquecer das suas grandes interpretações na peça “Cócegas”, que está em cartaz há mais de 10 anos. Nela, Lolô, como é carinhosamente chamada por todos, atua ao lado da grande amiga Ingrid Guimarães.

No início desse ano, Helóisa deu vida também à personagem da irreverente Dercy Gonçalves na minissérie “Dercy de Verdade”, da Rede Globo. Atualmente ela é uma das protagonistas da novela das nove, “Avenida Brasil”, da mesma emissora, e a cada cena conquista ainda mais a admiração do público brasileiro, por meio de sua personagem Monalisa.

Para saber mais sobre a carreira da atriz, conhecer algumas curiosidades e descobrir quais são os seus próximos projetos — como diria Tati: “Alô-ou, tipo assim” —, não deixe de conferir esse bate-papo imperdível com Heloísa Périssé (ou, se preferir, com a nossa querida Lolô).

Élégant Por que decidiu ser atriz?

Heloísa Sempre soube que seria atriz. Desde nova eu já tinha até nome artístico.

Élégant Sua família sempre te incentivou?

Heloísa Não foi bem assim. Meu pai era militar e muito tradicional. Ele sonhava que eu seguisse uma profissão mais convencional. Mas sempre se orgulhou muito de mim. Embora, no começo, tive que batalhar sozinha e provar que ser atriz também era uma profissão digna.

Élégant Qual a relação do humor com a sua atu-ação?

Heloísa O humor sempre foi uma veia natural em mim e não um caminho que tracei conscien-temente. As coisas foram acontecendo nesse sen-tido. Toda comediante é uma atriz. Nunca gostei muito desse rótulo tão específico.

Élégant Como é fazer a Monalisa?

Heloísa Uma delícia, me divirto muito. Mona-lisa é uma personagem solar, de bom humor e com verdade. Eu sou apaixonada por ela (risos).

Élégant Em que ator/atriz você se inspira?

Heloísa Em muitos. Tento pegar para mim o me-lhor de cada um. E me inspiro também no cotidia-no, no que vejo, ouço e observo por aí. O trabalho de composição do ator é feito desses momentos.

Élégant Sonha em contracenar com algum ar-tista que ainda não teve a oportunidade? Heloísa Queria muito ter contracenado com a Dercy Gonçalves. Mas tive a honra de representá-la há pouco tempo. Isso me deixou muito feliz.

Élégant Como se preparou para interpretá-la?

Heloísa Assisti a muitos filmes dela. Estudei seus trejeitos e seu andar. “Vivi” Dercy por meses.

“sempre soube que seria atriz.”

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Élégant Como foi ver a sua filha, Luiza, inter-pretando em “Dercy de Verdade”? Deseja que ela siga a mesma carreira que você?

Heloísa Quero que ela seja feliz, independente do que escolher como carreira. Mas meu palpite é que ela vai mesmo seguir a carreira de atriz. Foi uma emoção ver a Luiza em “Dercy”. Me emocionei muito.

Élégant No teatro, “Cócegas” é um grande su-cesso até hoje. Como foi a ideia de montar esse es-petáculo?

Heloísa Surgiu há mais de dez anos, nos basti-dores de um show que fiz com a Ingrid Guimarães. Conversamos sobre personagens que já existiam e criamos outros baseados na observação de pessoas comuns pelas ruas.

Élégant Você e a Ingrid Guimarães viraram íco-nes de atrizes humorísticas. Como é essa parceria entre vocês?

Heloísa Somos quase irmãs. Foram dez anos correndo o Brasil com “Cócegas”. Muita intimida-de, não é?

Élégant Você tem algum projeto para o teatro, fora “Cócegas”?

Heloísa Tem um monólogo que estou louca para encenar. Mas, agora, não consigo pensar em nada, a não ser em Monalisa e no meu filme “O Diá-rio de Tati”, que estreou nacionalmente em agosto desse ano, nos cinemas.

Élégant E o que as pessoas podem esperar desse filme?

Heloísa É um longa infantojuvenil divertido, leve, que fala de questões adolescentes atempo-rais. Tenho certeza que a criançada vai amar!

“sou otimista e feliz.”

Élégant O filme está pronto desde 2008. Por que a demora para o lançamento?

Heloísa O cinema no Brasil ainda é uma indús-tria morosa. Dependemos de patrocínios, apoios e muita burocracia. Mas, enfim, ele nasceu, e para mim chegou na melhor hora. Nada é por acaso.

Élégant O filme teve o roteiro baseado no seu livro “O Diário de Tati”, que foi um grande sucesso comercial. Você pensa em lançar mais livros?

Heloísa Tati virou bestseller nas livrarias. Foi um livro adotado por várias escolas e consultórios de psicanálises infantis. É um sucesso mesmo! Isso é um orgulho, porque ela é super autoral. E “O Diá-rio de Tati 2” já está em produção.

Élégant Como você consegue conciliar a carrei-ra com a família?

Heloísa Sou mil e uma utilidades. Minha vida é uma loucura! Mas, até hoje, tem dado certo. São duas filhas, meu marido, o funcionamento da mi-nha casa, meus textos, a carreira e a vontade de sempre fazer mais coisas.

Élégant Você costuma ver as coisas da vida com uma visão bem-humorada?

Heloísa Com certeza! Sou otimista e feliz, se-não a gente não aguenta.

Élégant Após o fim de “Avenida Brasil”, você pretende tirar férias ou já tem outros projetos?

Heloísa Pretendo fazer uma longa viagem com as minhas filhas. Vamos ver se consigo.

Élégant Qual o recado que você deixa para os seus fãs?

Heloísa Só tenho a agradecê-los. É muito ca-rinho que recebo nas ruas, principalmente com a Monalisa. Sou apaixonada pelos meu fãs.

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“O humor sempre foi uma veia natural em mim e não um caminho

que tracei conscientemente.”

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Terapia de casal:

E

Amor&sexo

squecer de se ajudar, ser egoísta com você mesmo e achar que ainda dá tempo são atitudes que devem ficar somente na mú-

sica “Ainda é Cedo”, interpretada pela banda Legião Urbana. Afinal, quando passamos por um problema devemos logo buscar uma solução, principalmente quando a questão envolve relacionamentos. Afinal, quem não quer uma relação duradoura e saudável?

Para o psicólogo Rafael Leitoles Remer, a tera-pia de casal é um processo de autoconhecimento, recomendada para todas as pessoas. E, se já é difícil conhecer você mesmo, imagine quando se trata de um casal e cada um precisa conhecer o outro e en-tendê-lo. Todo casal, apesar do seu relacionamento, sua intimidade e suas ideias em comum, passa em algum momento a discordar de várias coisas, afinal

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aprenda com o seu relacionamento e, acima de tudo, conheça a si própriopor Débora D. Dornella

“Mas, egoísta que eu sou, Me esqueci de ajudar A ela como ela me ajudou E não quis me separar Ela também estava perdida E por isso se agarrava a mim também E eu me agarrava a ela Porque eu não tinha mais ninguém E eu dizia: ainda é cedo cedo, cedo, cedo, cedo.”

Legião Urbana

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nem tudo são “flores”. Todos passam por momentos difíceis e precisam percorrer um caminho cheio de obstáculos. “Quando essas dificuldades, que são co-muns a todos os casais, começam a se tornar um far-do, motivo de estresse, brigas mais acentuadas e até mesmo agressões em gestos, palavras ou omissões, é o momento do casal se perguntar: ‘Será que preci-samos de ajuda?’ Caso o casal decida que precisa, aí sim, a terapia de casal é indicada.”

O papel do psicólogo na terapia de casal é analisar a situação, de um ponto de vista de fora, e sugerir dicas, mas nunca respostas prontas para resolver o conflito. “Quando fazemos assim, percebemos que quem resolve o conflito não é o psicólogo e sim o ca-sal, pois não existem respostas prontas.”

Ainda segundo o psicólogo, quem busca a terapia é só uma das partes do casal. “Até pouco tempo atrás, as mulheres eram quem mais procuravam. Hoje isso se encontra muito mais nivelado e vemos muitos homens tomando a frente e tentando salvar uma relação.”

Júlia e Leandro (nomes fictícios) são persona-gens dessa história. Eles estavam passando por uma fase difícil em seu relacionamento. “Acho que caímos na rotina, havia dias em que nem nos falá-vamos, era uma coisa de ‘oi’ e ‘tchau’. Mas, quando resolvíamos conversar, não tinha jeito, essa con-versa se tornava uma briga, os ânimos se exalta-vam e já se instaurava a gritaria, então voltávamos à indiferença”, conta Leandro.

Quem resolveu dar o pontapé inicial e mudar essa situação foi Júlia, que procurou o psicólogo Rafael. “Um dia eu convenci Leandro a marcarmos um ho-rário e irmos até o consultório. No caminho ele não proferiu sequer uma palavra. Quando chegamos, Leandro foi extremamente grosso com o psicólogo, o que me deixou constrangida, afinal não o conhecí-amos pessoalmente. Trocando em miúdos, essa pri-meira sessão foi bem complicada e eu temia que não houvesse uma segunda”, relata Júlia.

Leandro conta que não queria ir pois não acredi-tava que alguém de fora pudesse ajudar. “Hoje da-mos risada, quando recordamos da primeira sessão. Eu tive um comportamento bastante infantil e quan-to mais eu o ‘agredia’ parecia que ele ficava mais cal-mo, não alterava o tom de voz e isso foi me deixando muito irritado. Dessa forma, ele me mostrou que esse não era um espaço para brigas.”

Segundo o psicólogo, percebe-se que quem pro-cura a terapia é a parte que ainda tem o desejo de salvar o relacionamento. “Tentam assim trazer seu

companheiro para outro ambiente, no qual, muitas vezes, acreditam que acontecem verdadeiros mila-gres. Mas bem sabemos que isso não é verdade. A mudança começa de dentro para fora, ou seja, cada uma das partes, individualmente, necessita estar disposta a encarar esse processo de mudanças.”

Leandro conta que, para ele, foi complicado tra-tar de certos assuntos nas sessões, pois às vezes se sentia constrangido. “Mas o psicólogo falava de uma maneira muito natural o que, para mim, ainda era um tabu. Hoje posso dizer que temos intimidade su-ficiente para tratar de qualquer assunto sem cons-trangimentos. O vínculo que formamos foi muito for-te.” Ele ainda agradece à sua esposa por ter insistido para ele ir naquela primeira consulta, pois isso mu-dou muito a sua vida. “Eu sou feliz, eu amo a minha esposa, amo os meus filhos e tenho muito orgulho de conseguir demonstrar isso.”

Para Rafael, o papel do psicólogo é tentar acres-centar informações que levem o casal a um caminho para viver bem. “Neste ponto acabamos por abando-nar a ideia do correto, da ‘doença’ e dos culpados. Buscamos algo que possa melhorar a qualidade de vida do casal especificamente. Partindo desse prin-cípio, pender para um dos lados, por mais tentador que seja, seria no mínimo constrangedor, pois vem a questão: ‘O seu correto é o meu correto?’” Além dis-so, ele destaca que não há como saber a duração de um tratamento, pois quem comanda esse tempo é o casal e não o terapeuta.

Júlia e Leandro recomendam a terapia. “Foi mui-to bom para o nosso relacionamento e para o rela-cionamento com os nossos filhos. Melhoramos fora também, não só entre o casal e a família. Parece que tudo ficou mais leve. Só posso dizer que crescemos muito estando juntos aqui,” conclui ela.

Ela falou: - Você tem medo. Aí eu disse: - Quem tem medo é você. Falamos o que não devia Nunca ser dito por ninguém Ela me disse: - Eu não sei mais o que eu sinto por você. Vamos dar um tempo, um dia a gente se vê.”

Legião Urbana

Caso esteja passando por um problema desses, tente não deixar o final ser igual ao retratado na canção. Quem sabe Júlia e Leandro inspirem em você uma nova melodia?

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Amor&sexo

romanceele ainda existe?por Débora D. Dornella

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sperar um príncipe que chegue de cavalo branco e coloque você na garupa para vi-verem felizes para sempre. Essa era uma

ideia de romantismo para as personagens dos contos de fadas. Já para a mulher do mundo real e atual, o romantismo está em outras formas. Além disso, não é só o sexo feminino que procura por esse comporta-mento — os homens também.

Mas, afinal, o que é o romantismo? Será que nos dias de hoje, em que tudo é tão corrido e as pessoas se enjoam facilmente umas das outras, ainda exis-tem aqueles que acreditam em romance e são os ver-dadeiros “últimos românticos”?

Para tratar desse assunto, que às vezes parece ser tão despercebido, mas que todos gostam, a Élégant contou com a opinião da psicoterapeuta Anna Cristi-na De Filippo. Segundo ela, romantismo está relacio-nado a referências culturais, já que cada cultura tem sua forma de expressão sobre esse comportamento. Além disso, também se deve dar importância à refe-rência pessoal. “Não acredito que mandar rosas, por exemplo, quando se está precisando de uma visita e um bom papo, seja algo romântico, pois não substi-tui a presença da pessoa. Acredito, particularmente, que cuidar do outro, naquilo que ele precisa, sem re-clamar ou jogar na cara o que se está fazendo, é uma atitude romântica.”

E atenção, “príncipes” e “princesas” do dia a dia: não se pode deixar a praticidade ser a desculpa para o não romantismo. Isso não significa que você preci-se achar um cavalo branco ou duelar pela donzela, e nem a princesa ficar em uma torre esperando o seu amado vir lhe buscar. Basta cuidar da outra pessoa de uma forma que ela se sinta protegida. “Entender a linguagem do outro é muito importante. Não posso

E partir do princípio que o outro gosta exatamente do que eu gosto.” Além disso, segundo Anna, esse com-portamento não está relacionado a uma época. O que pode variar é a expressão desse cuidado conforme o período.

Deixe a parte exagerada apenas para os contos de fadas e nunca para o seu relacionamento, pois o exagero pode atrapalhar muito a sua história feliz. “É preciso ter limite e bom senso. Para tudo, aliás”, aler-ta a psicoterapeuta. Ela também aconselha, a quem não estiver contente no relacionamento e achar que precisa ter mais romantismo, a conversar com o seu parceiro. Comentar o que lhe incomoda é muito im-portante. “A partir daí é uma questão de se chegar a um acordo sobre o que é bom para ambos.”

A boa notícia para os românticos de plantão e aqueles que sempre defenderam o romantismo é que eles, provavelmente, terão um relacionamento mais duradouro, pois é muito difícil manter uma relação sem tal comportamento. “Um relacionamento sau-dável pede que um cuide do outro, portanto não vejo como ser durável sem cuidados.” Além disso, tal ato não é exibido apenas pelo sexo feminino. “Não penso que as mulheres sejam mais românticas do que os ho-mens. Talvez mais expressivas, em função da educa-ção feminina que incentiva mais algumas expressões românticas. Porém, se traduzirmos romantismo como cuidado, não há razão para pensarmos que há uma diferença.”

E, para fazer a sua história ser bem sucedida, não se esqueça de cuidar do outro, sem exageros. E se atente a ter uma linguagem comum entre ambos, para que se tenha uma relação saudável e equilibrada. De acordo com a psicoterapeuta, essa é a dica para que você tenha um “final feliz” em seu relacionamento.

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Estocolmo:o inconsciente em ação

Comportamento

por Jéssica Tokarski

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cenário é de um sequestro. A vítima e o raptor estão no cativeiro. De repente, a pessoa sequestrada se mostra condes-

cendente com a situação e passa a apresentar si-nais de afeto pelo sequestrador, identificando-se emocionalmente com ele. Esse é um caso típico em que se pode perceber o desenvolvimento dos sin-tomas da Síndrome de Estocolmo. Segundo a psi-cóloga Vivian Petry, esse é um estado psicológico particular que geralmente ocorre quando uma pes-soa, inconscientemente, se identifica com o agres-sor, muitas vezes assumindo a responsabilidade da agressão à qual foi submetida. “A aproximação afetiva e emocional com o captor tem o objetivo de proporcionar um afastamento emocional da reali-dade perigosa e violenta pela qual o indivíduo está passando”, revela.

Normalmente, esta ação de complacência e afeição pelo sequestrador caracteriza um gesto desesperado e, em geral, inconsciente de preser-vação pessoal. Para a psicóloga Vanessa Ramirez, a princípio esse mecanismo funciona como ele-mento de defesa para a vítima. “Pequenos gestos gentis por parte dos captores são frequentemente amplificados porque, do ponto de vista do refém, é muito difícil, senão impossível, ter uma visão cla-ra da realidade nessas circunstâncias”, explica. A psicóloga ainda justifica essas atitudes como sen-do parte de uma tática. “O complexo e paradoxal comportamento de afetividade e ódio simultâneos junto aos captores é considerado uma estratégia de sobrevivência por parte das vítimas.”

O Segundo Vivian, nessa situação os reféns podem desenvolver um laço afetivo forte com seus raptores, fazendo com que esta solidariedade se transforme em uma verdadeira cumplicidade. “Muitas vezes, as vítimas chegam a defender seus sequestradores e até mesmo ajudá-los a fugir do cumprimento da lei.” Entretanto, mesmo que o indivíduo esteja agindo in-conscientemente, ele não se torna totalmente alheio à situação. “Parte de sua mente conserva-se alerta ao perigo e é isso que faz com que a maioria das ví-timas tente escapar em algum momento, mesmo em casos de cativeiro prolongado”, comenta a psicólo-ga. Já para Vanessa, as pessoas podem até tentar ou pensar em escapar, mas não veem vantagem nisso. “Elas apresentam sentimentos dúbios. Temem mago-ar o agressor como se a culpa de toda a circunstância fosse delas mesmas”, relata.

Para detectar a Síndrome de Estocolmo, Vivian destaca que duas condições são necessárias: “Em primeiro lugar, a pessoa deve ter assumido, incons-cientemente, uma notável identificação nas atitu-des, comportamentos ou modo de pensar dos cap-tores, quase como se fosse o próprio. Além disso, é preciso prestar atenção se as manifestações ini-ciais de gratidão e apreço se prolongam ao longo do tempo, mesmo quando a vítima já esteja integrada novamente às suas rotinas habituais”. Na maioria dos casos conhecidos, os reféns continuam a de-fender e a gostar de seus raptores mesmo depois de escaparem do cativeiro, como evidencia Vanes-sa: “Depende da história de vida de cada um e de como aprenderam a lidar com situações de estresse.

síndrome de

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A síndrome pode continuar após o trauma, como também aumentar depois do final da situação, per-cebendo-se nas vítimas atitudes que tentam desta-car os motivos e as razões que levaram os seus agres-sores a praticarem tal fato”. A psicóloga ressalta que esta doença é reconhecida pela antropologia cultural como sendo inerente ao ser humano, ou seja, qual-quer pessoa sadia pode desenvolvê-la.

Em alguns quadros mais graves pode ocorrer perda de identidade, esquizofrenias ou psicose. “Mas só há a chance de isso ocorrer em pessoas que já tinham potencialmente essas tendências. A sín-drome normalmente é passageira, mas pode acon-tecer, em raros casos, de a vítima aproximar-se do sequestrador, passando também para o mundo do crime, como o clássico caso da americana Patty Hearst, em 1974.” Na famosa ocorrência, Patty foi sequestrada por membros do Exército de Liberta-ção Simbionesa. Depois da sua libertação, a moça juntou-se aos seus raptores, tornando-se cúmplice em assaltos a bancos.

Além de poder acometer as vítimas de raptos,

a síndrome pode se desenvolver em pessoas que vivem em cenários de guerra, sobreviventes de campos de concentração, escravos, indivíduos que vivem em prisão domiciliar por familiares e sujei-tos que sofrem abusos pessoais, como mulheres e crianças submetidas a violência doméstica. Vivian dá algumas dicas de como lidar adequadamente com alguém que sofra com este problema: “Procu-re entender que a síndrome se trata de um meca-nismo de defesa da mente da própria pessoa. Não é uma doença grave, mas sim uma confusão emocio-nal à qual qualquer um está suscetível”.

A maioria das vítimas não desenvolve comple-xos e o principal tratamento pode ser a retomada de consciência da real situação, com o término do cativeiro. “O acompanhamento psicológico é sempre indicado para que o trauma da vivência seja minimi-zado”, aconselha Vivian. Vanessa também acredita que a psicoterapia seja bastante efetiva para estes casos: “Ela pode vir acompanhada de tratamento psiquiátrico, principalmente se, devido à síndrome, outros transtornos estejam associados”.

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ConstelaçãoComportamento

por Emerson Roberto

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desenvolvimento do método terapêu tico sistêmico chamado Constelação Familiar é o resultado de uma longa caminhada.

Seu idealizador é o alemão Bert Hellinger. Em seu currículo, possuía as seguintes formações: Filoso-fia, Teologia e Pedagogia. “Durante 16 anos de sua vida foi missionário de uma Ordem Católica na áfrica do Sul. Ainda, ao longo da trajetória em que se dedicou à sua formação terapêutica, tornou-se psicanalista, estudou sobre Dinâmica de Grupos, Terapia Primal, Análise Transacional, Hipnotera-pia, PNL e Terapia Familiar”, explica o constelador familiar Aldo Galicioli Junior.

Assim, diante dessas abordagens, pode-se dizer que as Constelações Familiares são um meio que permite a observação do movimento do campo ou da alma. É um procedimento sistêmico fenomeno-lógico que se propõe a desatar os emaranhamentos existentes no sistema de um indivíduo. “Entende--se por sistema o conjunto de circunstâncias que permeiam a vida do sujeito. São as relações fami-liares, sociais, de trabalho, de saúde, entre outras. E, quando me refiro à família, esta pode ser a atual (esposa e filhos) ou a de origem (pais, avôs, bisa-vôs e assim por diante).”

Nas Constelações Familiares, através das atua-ções dos representantes (pessoas que se dispõem a “encenar” o campo apresentado pelo cliente), tem-se a possibilidade de identificar ou apontar a emergente questão ou situação que se apresenta como um possível ponto que obstrui o andar dos

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familiaracontecimentos. Primeiramente, o cliente traz o seu tema e o expõe de forma reservada ao cons-telador. “Na minha prática, procuro criar um con-texto no qual os representantes sequer têm aces-so ao conteúdo que o constelado traz. Cuida-se, com isto, que algum representante caia na tenta-ção de querer ajudar, interferindo de acordo com suas próprias convicções e discernimento frente ao caso. Ao mesmo tempo, durante a exposição do tema evita-se que o cliente conte histórias a respeito do assunto a ser trabalhado, pois nesta ocasião muitas resistências e fantasias justifica-tórias das mazelas sofridas vêm à tona.” Ultrapas-sada a fase da apresentação do tema, o constela-dor aponta um número de pessoas que considera necessário para representar e, assim, iniciar a Constelação. Essas pessoas se dispõem a “ence-nar” o campo apresentado pelo cliente. “Por isso é importante a inexistência de vinculação entre os representantes e o constelado. Tal cautela evita a ajuda, pois, neste trabalho, a melhor ajuda é a não ajuda”, ressalta o constelador. Depois da escolha, o cliente, estando centrado na questão, posiciona os representantes na área predestinada ao proce-dimento e volta para o seu lugar para observar. “A partir deste ponto, o constelador observa os movimentos dos representantes e age, quando e se for necessário. Terminada a colocação, um ou outro aspecto é falado sobre o ato. Porém, em mo-mento algum se discute sobre os detalhes e pecu-liaridades referentes ao que veio à luz.”

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O atendimento geralmente é feito em gru-po, mas existe a possibilidade de ser feito indi-vidualmente. “Mas, em minha opinião, é ideal a presença do constelador, do constelado e dos representantes. Assim, o constelador acompanha o movimento, o constelado observa e os repre-sentantes apenas se ‘emprestam’ para trabalhar o tema proposto.”

Deve-se evitar a criação fantasiosa de atribuir a este método a capacidade de resolver qualquer problema. No desenrolar de uma Constelação, o que é mostrado é somente um indicativo. Ou seja, um ato que deveria ser praticado e não foi, ou en-tão a necessidade de se olhar para uma postura que vem sendo praticada inadequadamente.

Este método está bastante difundido, embora seja pouco conhecida a sua eficácia. “Por isso, a melhor maneira de encontrá-la é conversando com quem entende do assunto”, sugere Junior. A Cons-telação pode durar alguns minutos, uma hora ou mais. “Cada caso tem a sua necessidade.” Segundo o constelador, não há um perfil específico de pes-soas que procuram por este trabalho. Todas que o

fazem possuem um tema e isso é o que basta. “To-davia, quanto à especificidade dos temas, aqui se observou uma multiplicidade de situações. Proble-mas conjugais, com os filhos, com os pais, com os negócios, com a saúde, etc.”

De acordo com o constelador, é impossível que os resultados deem errado. O que existe são Cons-telações inócuas, nas quais o foco direciona-se para temas inadequadamente relevantes. Assim, os efeitos são mais fracos ou inexistentes. “E, in-teressantemente, todos os participantes percebem isso. Tanto o constelador quanto o constelado e os representantes. Mas dizer que deu errado, isso não é possível.”

Portanto, Constelação Familiar não é uma téc-nica, mas sim o preciosismo na observação do “movimento da alma”. Assim, um bom constelador tem, dentro de si, a reverência ao outro e o recolhi-mento próprio necessário para agir. Este renuncia todas as suas ideias e abstêm-se de toda e qualquer forma de julgamento. Colocar uma constelação é muito fácil. O difícil é saber como e quando agir diante das situações que se fizerem presentes.

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Brigadeiro:

Gastronomia

por Emerson Roberto

o docinho para todas as festas

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ípico do Brasil, ele está praticamente pre-sente em todas as ocasiões especiais como aniversários e casamentos. É difícil encon-

trar quem não goste ou recuse essa iguaria. Sobre a sua história de origem, que tal voltar

ao passado, junto com a Élégant, e descobrir como surgiu esse quitute? Pois bem, em 1945, Eduardo Gomes, um aviador que ocupava o título de tenente--brigadeiro dentro da aeronáutica, candidatou-se às eleições presidenciais. E, em reuniões com o seu eleitorado, costumava servir um irresistível docinho coberto com chocolate granulado, cujo nome ficou conhecido, é claro, como brigadeiro. Gomes perdeu as eleições, mas, sem dúvidas, o Brasil ganhou um dos grandes ícones da nossa gastronomia.

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Um dos motivos que fazem as pessoas gosta-rem tanto desse doce é o fato de ele causar nelas a chamada memória gustativa. Segundo a sócia--proprietária da marca Bárbara Trevisani, Bárbara Trevisani, essa iguaria está enraizada em nossa afetividade e nos traz lembranças de comemora-ções tão importantes como aniversários e outras ocasiões. “Diante de um bom brigadeiro fazemos, inconscientemente, uma viagem à infância e aos bons momentos que vivemos. Há, sem dúvidas, uma presença lúdica neste produto”, diz.

Além da receita original, baseada no leite con-densado e chocolate e preparada na panela, também há novas versões desse doce. São os brigadeiros de pistache, avelã, goiaba e coco, entre outros. “Exis-tem ainda algumas experiências mais exóticas fei-tas com manjericão, gengibre ou curry que vêm ins-tigando paladares e demonstrando desdobramentos interessantes da sua versão original”, destaca Bár-bara. “A criatividade anda em alta no mundo dos brigadeiros.”

Ficou com vontade? Então corra para a cozinha e siga a receita desse delicioso brigadeiro ensinada por Bárbara Trevisani. Ao prepará-lo, não se esqueça de acrescentar uma pitada de amor, para dar um sa-bor ainda mais especial a esse quitute.

BRIGADEIRO DE GENGIBRE E MEL

- 1 lata de leite condensado cozido.- 20 gramas de chocolate em pó.- 15 gramas de manteiga.- 1 gema de ovo.- 10 ml de mel silvestre. - 5 gramas de gengibre picado.

Misture todos os ingredientes em uma panela e leve ao fogo, mexendo constante-mente até desgrudar. Leve à geladeira por uma hora. Depois, enrole no tamanho de-sejado, passando em chocolate granulado ou raspas de chocolate. Para uma versão mais exótica, pode-se envolvê-lo em ger-gelim torrado previamente.

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entre as estações do ano, para muitos o inverno não é a favorita. Em um país tropical como o Brasil, abrir o guarda--roupa e vestir um agasalho não é a

melhor escolha. Em alguns meses do ano, chuvas e baixas temperaturas fazem muita coisa sair do lugar. No inverno as pessoas ficam mal-humoradas e indispostas e tendem a comer mais, também por conta da instabilidade do humor.

Um estudo divulgado pela BBC Brasil em 2008 e publicado na revista especializada Archives of Gene-ral Psychiatry afirma que cientistas canadenses, da Universidade de Toronto, atribuem o mau humor à baixa exposição à luz e aos dias mais curtos e es-curos do inverno. Tudo isso pode causar depressão, falta de energia e uma tendência maior para dormir.

Segundo a pesquisa, durante os meses do ou-tono e inverno a serotonina (proteína conhecida como neurotransmissor e que é responsável pela condução das células nervosas) fica mais ativa, causando um aumento da proteína, da fadiga, da alimentação e do sono.

Mas, nesta época do ano, uma coisa é certa: as pessoas se vestem melhor e comem muito bem. Pratos, geralmente servidos quentes, que enfei-tam as mesas e deixam o gostinho do inverno mais saboroso, fazem a alegria de qualquer pessoa, até de quem não gosta tanto do frio. Uma das iguarias

mais apreciadas na estação é a sopa, que pode ter os mais variados sabores, como a tradicional abo-brinha com carne seca, o caldo verde, a canja ou uma simples sopa de macarrão com legumes. Elas se tornam pratos essenciais para serem servidos no almoço e no jantar.

A auxiliar financeira Hélida Matarelo vê na es-tação prós e contras. “A melhor opção no inverno é ficar embaixo do cobertor vendo TV. É uma estação preguiçosa que remete a isso. Em compensação, as mulheres ficam mais elegantes. Um prato que gosto muito de fazer no inverno é a sopa de ervi-lha. É rápido e saudável.” A sopa é feita de ervilha, bacon, água e cebola, com tirinhas finas de couve e, para acompanhar, um item fundamental: o pão.

A canjica também combina perfeitamente com esta época, embora nas festas do mês de junho ela roube muita atenção dos apreciadores do tradicio-nal prato feito à base de milho. Tem sabor marcan-te e acompanhamentos que variam da canela até o amendoim. Servida em pratos, copos e xícaras, o que importa é que esteja quente ou morna. Pode ser saboreada a qualquer hora do dia, seja no café da manhã, no lanche da tarde ou no jantar, como sobremesa. A canjica pode ser preparada com o mi-lho amarelo, mas a preferência do brasileiro é pelo milho branco. Com certeza, esta é uma receita de-liciosa e simples para o cardápio.

Estação friaConheça as receitas saborosas e fáceis de fazer para aquecer o seu inverno

D

Gastronomia

por Rayalla Brandão

e prato quente

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Outra ótima opção, proveniente da cozinha italiana, é o risoto, um prato saboroso e servi-do quente que agrada qualquer paladar. Além de ter um sabor leve, é feito a base de arroz, um dos ingredientes favoritos do brasileiro. A variedade de ingredientes e os aromas que cada combina-ção provoca transformam o ingrediente num pra-to saboroso. Uma das receitas mais tradicionais e simples de fazer é feita com frango, ideal para ser

Chic

o A

udi

servida entre a família e os amigos. Sirva acom-panhada de farofa de banana, salada verde e um bom vinho tinto.

Comer bem em qualquer estação é o ingre-diente certo para o bom humor e a felicidade, e embora o inverno deixe as pessoas mais intros-pectivas e acomodadas, nada como uma boa receita para alegrar o dia de qualquer um. Bom apetite!

Sopa de ervilha500 gramas de ervilha.2 paios.2 linguiças calabresa.200 gramas de bacon.500 ml de água.Alho.1 cubo de caldo de bacon.Sal a gosto.Óleo.

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Modo de preparo: Coloque um fio de óleo no fundo de uma panela de pressão,

doure o alho e misture o bacon e as linguiças, refogando bem. Em seguida, coloque as ervilhas e o caldo de bacon e cubra com a água. Deixe cozinhar por 20 minutos, abra a panela e mexa para soltar do fundo, voltando à pressão por mais 20 minutos.

Se você não é profissional de gastronomia, mas conhece receitas deliciosas e quer dividir com a Élégant, envie um e-mail para nossa equipe. Na próxima edição pode ser que o seu quitute seja divulgado.

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Viagem

Oriente Médiopor Emerson Roberto

que tal um passeio pelo

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Oriente Médio

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A Élégant, desta vez, segue destino para o Líbano, país situado no Oriente Médio. Atualmente, ele possui três milhões e

meio de habitantes e o idioma oficial é o árabe. As regiões montanhosas presenteiam a população e os turistas por meio das belas paisagens que ofe-recem, principalmente no inverno, período em que a neve cobre seus cedros. Sua capital é Beirute, conhecida por suas modernidades e, é claro, pelas belezas naturais.

A administradora Gihan Fauaz Murad visitou al-guns lugares do Líbano, dentre eles Tibnin, Balbek e Beirute. A capital foi o local que a jovem mais gostou. “É uma cidade muito intensa. Lá as montanhas e o mar são próximos e as pessoas são muito receptivas.”

Gihan tem familiares no país e esse foi o motivo que a fez viajar para lá. Aproveitando esse fator, a jovem pôde conhecer a localidade, que possui casas muito bonitas e bares ao ar livre. E, por não saber fa-lar em árabe, o modo que utilizou para se comunicar com os habitantes foi através do inglês ou francês. “Lá, a maioria das pessoas fala três idiomas.”

De acordo com a administradora, a gastronomia é muito variada e os pratos famosos dependem de cada região. “No sul tem o kibe cru. Enquanto no norte, o mais comum é o kechec.” Os preços da ali-mentação são muito parecidos com os do Brasil.

Além disso, atrações pelo local não faltam para se visitar. “Tem a cidade histórica Balbek. Há tam-bém a Gruta de Jeita, composta por pedras calcá-rias, situada 20 quilômetros ao norte de Beirut. São lugares belíssimos”, afirma Gihan.

O Líbano é um país onde grande parte da po-pulação é muçulmana. Por isso, muitas pessoas acreditam que as mulheres precisam usar o véu ou trajes específicos. “Mas, por ser um lugar que também é cristão, não existe essa obrigação. Até mesmo quem é muçulmana só usa o véu se achar necessário”, explica a administradora.

Gihan indica o Líbano para quem deseja via-jar: “É um excelente local para visitar. E lá pode--se comprar bastante coisas de grifes famosas e também ouro, por ser muito mais acessível que no Brasil”. Então, boa viagem!

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por Débora D. Dornella

stabilidade financeira”. O signi-ficado dessas duas palavras tem sido cada vez mais procurado. Para conseguir atingi-lo, muitas

pessoas acreditam que o melhor caminho é o dos concursos públicos. Para o candidato que se atrever a ir em busca desse longo trajeto, é preciso levar na bagagem muito estudo, dedicação e determinação.

Esse foi o rumo que Thales Beraldo escolheu se-guir. A vontade de ir atrás desse desafio surgiu antes mesmo de ele iniciar a sua graduação. “Vários fato-res me atraíram no serviço público, como estabili-dade, qualidade de vida e bons salários iniciais, que superam os da iniciativa privada”, conta ele, que com apenas dois anos de preparação já foi aprovado para o cargo de Técnico do Seguro Social do INSS, cargo que ocupa atualmente. Mas a “viagem” dele não para por aí. Beraldo está sempre à procura de novos concursos, principalmente os da área fiscal.

Assim como ele, vários outros “aventureiros” es-tão em busca desse caminho. O Diretor de Recursos Humanos da central de concursos José Luis Romero Baubeta conta que essa procura tem tido um cresci-mento médio de 30% nos últimos três anos. Segun-do ele, além das pessoas buscarem a estabilidade profissional e bons salários, são atraídas pela forma democrática de seleção, pois não existe preconceito de raça, idade, religião ou classe social.

Para percorrer esse trajeto, é indicado que se compre uma “passagem” para cursinhos. “Vamos lembrar que no mundo todo é o mestre quem en-sina em sala de aula, e que o conhecimento é o fa-tor essencial na vida das pessoas. Ele vai estar em um ambiente apropriado que atenda às necessida-des e exigências de cada edital”, ressalta Baubeta.

O sONHO DA

“E Outro fator importante é a qualidade do material. Segundo Beraldo, muitas pessoas adquirem vários materiais para a mesma matéria e isso torna o es-tudo mais complicado, por isso deve-se optar por ter apenas um material de qualidade e completo ao invés de vários autores. “Atualmente, me preparo da seguinte maneira: leio determinado capítulo de um livro, faço um resumo dele e depois respondo mui-tos exercícios. A resolução de questões de provas de concursos anteriores é muito importante, pois fixa o conhecimento e mostra como a matéria é cobra-da por certa banca examinadora (instituições que organizam os concursos)”, acrescenta. Ele também acredita que o mais importante não são as horas de estudo, mas sim a qualidade deste. “A quantidade de horas é muito relativa, depende da etapa de pre-paração e do foco. Quando estava focando a área fiscal, sem edital previsto, estudava uma média de quatro a cinco horas diárias. Quando saiu o edital do concurso do INSS, passei a estudar de seis a sete horas líquidas por dia. Agora que assumi um cargo e trabalho oito horas por dia, estudo de três a quatro horas diárias.”

O diretor de recursos humanos atenta que a ca-pacidade de fixação de cada pessoa é bastante va-riável. “Contudo, a leitura imediata, cerca de uma hora após o assunto ter sido compreendido, ajuda muito a absorção, e após algumas repetições do con-teúdo virá a consequente memorização.” Ele tam-bém aconselha ao estudante dar uma atenção espe-cial à boa e velha gramática, ao raciocínio lógico e à capacidade de ter uma análise ampla dos assuntos e os correlacionar, pois isso tem sido exigido cada vez mais nas provas multiconcentuais e interdisci-plinares.

Economia&Negócios

carreira pública

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E, para quem conseguiu chegar ao fim desse percurso, passando em um concurso, é importante saber que pode ter que ficar um tempinho a mais na “estrada”, pois ainda não se pode definir em quanto tempo será chamado para ocupar a vaga. Tudo de-penderá da necessidade do órgão ou entidade pú-blica. “A constituição estabelece que a validade de um edital possa ser de até dois anos prorrogáveis por igual período. Mas, em média, os candidatos aprovados e classificados são chamados em até seis meses. Este prazo vai depender das normas publica-das em cada edital. Exemplo: podem ser seis meses prorrogáveis por mais seis meses ou dois anos pror-rogáveis por mais dois”, ressalta Baubeta.

E para quem resolver insistir nesse rumo, Beral-do alerta que é preciso ter muita vontade de entrar para o serviço público, além de uma meta definida. “Muita disciplina, força de vontade e paciência, já que a preparação é longa e os resultados não apare-cem de um dia para o outro.” Deve-se iniciar os es-tudos antes da saída do edital, pois não é nada fácil conseguir chegar a um bom nível de preparação em um curto espaço de tempo. “A pessoa deve decidir qual área focar e estudar as matérias de editais pas-sados, que são as mais prováveis de aparecerem em um novo concurso”, comenta o técnico do serviço social.

Aos “aventureiros”, só resta desejar sucesso ao longo dessa caminhada e oferecer o último conse-lho: não esquecer de levar na bagagem a felicidade. “Necessidade e felicidade têm que andar juntos. O candidato tem que saber que, além da estabilidade e dos bons salários, ele precisa encontrar a sua feli-cidade e a empatia pela sua responsabilidade”, con-clui Baubeta.

DICAS Ao eStuDAnte:

Estudar com antecedência, planejamento e comprometimento, baseando-se em provas de concursos anteriores e, preferencialmente, não esperar a publicação do edital para estudar, em curto espaço de tempo, até as datas das provas.

Se houver possibilidade, fazer um curso pre-paratório com aulas 100% presenciais. Isso faz toda a diferença no dia do concurso.

Utilizar de outros recursos como internet, au-las telepresenciais, aulas on-line e apostilas.

PRInCIPAIS MAtéRIAS PARA eStuDAR:

Para nível médio: português, matemática, informática, noções de direitos e a disciplina es-pecífica de cada concurso.

Para nível superior: português, matemática, informática, raciocínio lógico, contabilidade, di-reito e a disciplina específica de cada concurso.

ConCuRSoS PÚBLICoS MAIS PRoCuRADoS:

Todos os concursos públicos federais, com o maior número de vagas e melhores salários em todo país. Entre eles: Banco do Brasil, Caixa Eco-nômica Federal, Tribunais de Justiça (para nível médio), Receita Federal (auditor e analista), Banco Central do Brasil (analista) e Polícia Fede-ral (todos os cargos de nível superior).

FONTE: Diretor de Recursos Humanos da central de concursos José Luis Romero Baubeta.

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A TERCEIRA REVOLUÇAO INDUSTRIALComo o Poder Lateral está Transforman-do a Energia, a Economia e o Mundo.

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saiba educar financeiramente as crianças

educação, em um sentido mais amplo, visa preparar as crianças para a vida, para a relação com seus semelhantes e para os desafios em sociedade. Como o dinheiro

se faz presente em quase todos os tipos de relações com as quais elas vão se deparar, nada mais natu-ral do que ensiná-las a conhecer e a fazer bom uso desse instrumento.

Segundo o especialista em educação financeira álvaro Modernell, pode-se dizer que dinheiro tam-bém é assunto para os pequenos. “Eles comem, es-tudam, se vestem, viajam e consomem. Tudo custa dinheiro. É importante que percebam desde cedo a relação do dinheiro com essas situações e ativida-des”, relata.

Especialistas divergem sobre a época ideal para dar início à educação financeira, de forma mais fo-cada, para as crianças. “Alguns dizem, exagerada-mente, que se deve começar a ensiná-las enquanto ainda são bebês.” Mas, no geral, há um consenso de que o correto para se fazer isso é quando elas iniciam o Ensino Fundamental, aos seis anos de idade, e passam a ser alfabetizadas e ensinadas a lidarem com os cálculos.

De acordo com Modernell, quando a criança tiver quatro ou cinco anos, os pais devem ficar atentos e aproveitar as oportunidades do cotidia-no para trabalhar com ela certas questões, como: ensinar a diferença entre as necessidades reais e o simples querer; oferecer oportunidades para ma-nuseio de dinheiro, como pagar ou pegar o troco; dosar os sins e os nãos conforme o pedido e a situ-

ação financeira da família; mostrar que o dinheiro é importante, mas que não se deve sobrepô-lo a outros valores e estimular e cobrar da criança que ela cuide e valorize o próprio patrimônio. “Esses ensinamentos fazem parte dos fundamentos da educação financeira”, ressalta o especialista.

Outra forma de educá-las é por meio da mesada. “Isso permite que a criança experimente a admi-nistração dos próprios recursos. Assim, ela poderá aprender a conviver com limites, esperas, planeja-mentos, escolhas, erros e acertos comuns no trato com o dinheiro.” A periodicidade para a entrega da mesada deve ser proporcional à idade da criança. Até os oito anos, recomenda-se que seja semanal. Entre nove e dez anos, quinzenal. A partir dos dez e 11, a maioria delas consegue se organizar em um ciclo mensal. “Mas é bom ficar atento ao nível de maturidade de cada criança para calibrar esse ci-clo”, recomenda Modernell.

Em relação ao valor da mesada, não há como es-tabelecer parâmetros, considerando a diversidade socioeconômica e cultural do povo brasileiro. Para o especialista, os pais devem observar as neces-sidades e hábitos dos seus filhos para estipular a quantia. “Até os dez anos as crianças não costu-mam ter necessidades financeiras e sim desejos. Na dúvida entre dez e 15 reais por semana, o in-dicado é dar o valor menor. Isso porque a escassez ensina mais do que a fartura e o objetivo é que elas aprendam a manusear o próprio dinheiro. Também é preciso respeitar o orçamento e o padrão de vida da família”, ressalta.

por Emerson Roberto

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A TERCEIRA REVOLUÇAO INDUSTRIALComo o Poder Lateral está Transforman-do a Energia, a Economia e o Mundo.

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Conforme Modernell, outra questão relevante é o domínio da ansiedade e dos impulsos das crian-ças. “Às vezes é saudável fazê-las esperarem alguns dias ou alguma data para atender aos seus pedidos, mesmo que possam ser atendidos de imediato. Isso ajudará a serem mais pacientes e menos impulsivas no consumo”, aconselha.

Ao se tratar de poupança, é fundamental que os pais estimulem desde cedo os pequenos a pouparem uma parte do valor financeiro que recebem. “E que as crianças associem isso a objetivos que queiram alcançar: um passeio, um game, uma bicicleta nova, uma boneca, uma bola, etc. O bom é que sejam itens que as motivem a guardar dinheiro e que consigam conquistar o que desejam”, completa Modernell. A poupança, assim como outros bons hábitos, deve ser cultivada desde sempre.

Liberdade é algo que os pequenos conquistam à medida que se mostram responsáveis. Mas, ainda assim, é importante que os pais sempre os orien-tem e estabeleçam regras dentro de certos parâme-tros, para deixá-los livres para escolherem o que fazer com o dinheiro.

Fique atento a algumas dicas valiosas, ce-didas por Álvaro Modernell, de como educar financeiramente uma criança:

- Não inclua o valor do lanche da escola no valor da mesada. Devem ser tratados sepa-radamente.

- Não vincule o valor ou o pagamento da mesa-da ao desempenho escolar.

- Não vincule a mesada ao bom comportamen-to ou atitudes como arrumar o próprio quar-to e guardar os próprios brinquedos.

- Cumpra os combinados em termos de valores e prazos. Nem antes, nem depois. Nem mais, nem menos.

- Estimule as crianças a pouparem sempre uma parte da mesada e a terem objetivos finan-ceiros.

- Pague a mesada com notas menores, para facilitar a administração do dinheiro pelas crianças.

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por Jéssica Tokarski

momento da entrevista de emprego é muito temido pela maioria da popu-lação. Antes do referido momento, é comum surgir dúvidas, insegurança

e apreensão. Portanto, é essencial guiar-se por al-gumas dicas básicas para não errar nessa hora tão importante.

Segundo a gerente de recursos humanos do Hos-pital do Trabalhador/Funpar, Marília Sebben, o can-didato está sendo avaliado a partir do momento em que chega à instituição. “Ao solicitar informações ou durante a espera para a entrevista, essa primeira imagem passada já reflete o seu comportamento”, comenta. Por isso, é imprescindível tratar com sim-patia todos os funcionários da linha de frente da empresa, bem como aqueles que encontrar no am-biente.

Um fator bastante relevante para causar uma boa impressão logo de início é vestir-se corretamen-te. Para a consultora de etiqueta empresarial Maria Aparecida Araújo, o pretendente à vaga deve primar pela ótima aparência, procurando seguir o dress code adotado pela empresa. “De uma maneira geral, aceita-se o padrão clássico negocial. Para homens, o ideal é o terno escuro. Os tons de marrom devem ser evitados por muitos o repelirem. As mulheres podem optar por tailleur, sempre em cores neutras. Usa-se pouca maquiagem e mínimas bijuterias”, indica. Há alguns segmentos específicos como publicidade, informática, promoções artísticas, academias de gi-nástica, etc., em que o dress code pode ser mais des-contraído. Contudo, ainda assim não é muito bom exagerar na informalidade.

Já no momento da entrevista, deve-se esperar a iniciativa do entrevistador para o aperto de mão e

Entrevista de emprego:

O o convite para sentar. Marília considera como uma das piores gafes que um candidato pode cometer o cumprimento com gestos além de um aperto de mão, como beijos no rosto e abraços. “A entrevista é um processo formal que deve ter um padrão de comportamento com bom-senso. O indivíduo está sendo avaliado e deve evitar intimidades”, revela. Ainda na questão do relacionamento, a consultora empresarial Maria Aparecida aconselha a memoriza-ção do nome do entrevistador, para que ele seja tra-tado assim. “Também não é recomendado utilizar o primeiro nome, nem o pronome ‘você’. Só é possível agir dessa maneira depois de devidamente autoriza-do.” Outra dica sobre como agir durante a conversa está relacionada às expressões corporais. “O aperto de mão tem que ser firme, é importante manter os braços soltos e nunca cruzá-los, olhar sempre nos olhos do entrevistador e, se forem muitos entrevis-tadores, olhar para todos enquanto fala”, sugere a consultora empresarial que recrimina severamente o emprego de gírias e palavrões.

As maiores preocupações afetam os candidatos tímidos, que têm certa dificuldade para comunicar--se, principalmente em momentos de nervosismo. Dessa forma, é essencial lutar, com pequenas ações diárias, para combater esse sentimento. Maria Apa-recida apresenta uma dica bastante interessante para esses casos: “Sempre sugiro a formulação de uma pergunta inteligente sobre a empresa, fazen-do com que o entrevistador a responda e, assim, o candidato desfrute de um intervalo de tempo para reduzir a tensão acumulada”. A dinâmica é outro episódio muito preocupante para grande parte dos aspirantes à vaga. Nesta atividade, destacam-se aqueles que participam ativamente, têm entrosa-

Economia&Negócios

primeiro passo para o sucesso profissional

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mento, agregam as pessoas do grupo e as lidera, os que conseguem entender com facilidade o que está sendo proposto e sabem ler e seguir com atenção as instruções, bem como aqueles que demonstram saí-das criativas para as situações.

Perguntas a respeito do trabalho anterior do candidato são inevitáveis. Sendo assim, é importan-te descrever, de forma objetiva, o trabalho desen-volvido, dando ênfase aos bons resultados obtidos. “É possível destacar o que foi bom e o aprendizado conquistado, evitando comentários depreciativos e indiscrições. Caso tenha tido algum problema de re-lacionamento, pode falar a verdade, porém é preciso poupar demonstrações de ressentimento e radicalis-mo”, explica a consultora empresarial.

Os questionamentos mais comuns aos entrevis-tadores são: por que o candidato escolheu aquele trabalho e aquela empresa; aspirações salariais; ex-pectativas de crescimento; metas de curto, médio e longo prazo; razões que o levaram a deixar o em-prego anterior e como o próprio candidato se define (pontos fortes e fracos, defeitos e qualidades). Para esse momento, Maria Aparecida sugere algumas ati-tudes: “Dizer quais tarefas mais o atraem e em que área pode produzir com mais eficácia. Ao falar de pontos fracos, deve-se sempre mostrar os esforços para neutralizá-los. O motivo da demissão tem que ser explicado de uma forma verdadeira, devendo o candidato explanar o que aprendeu com esta expe-riência. Ao ser perguntado sobre as razões por ter escolhido aquele cargo e empresa, o aspirante tem que mostrar todo o seu preparo e conhecimento sobre o ambiente, missão, valores e o negócio do empreendimento no qual pretende trabalhar”. No que diz respeito ao salário, é essencial fazer uma pesquisa prévia sobre as faixas de remuneração para o encargo que deseja, deixando claro que as conhe-ce. Entretanto, indica-se que o candidato demons-tre que o dinheiro não é um fator preponderante no momento.

Para a gerente de recursos humanos, o que mais é levado em conta durante a entrevista é o desem-penho comportamental e a postura, considerando também a maneira de falar. “O comportamento que o profissional tem durante aquele encontro será o mesmo em seu trabalho. Lógico que, às vezes, podem ocorrer falhas nessa avaliação. Mas, de ma-neira geral, a conversa é o momento em que o pro-fissional vai expor seu currículo, demonstrando a sua experiência. Aspectos físicos, como roupas,

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normalmente vão refletir em sua maneira de falar”, esclarece Marília.

Dessa forma, para ter um bom desempenho nas entrevistas de emprego é imprescindível: pontuali-dade, informação, gentileza, elegância, discrição, objetividade, simplicidade, naturalidade e tranqui-lidade. Para Marília, as principais recomendações são: “Ser educado; ter uma postura séria e profis-sional; não falar mentiras ou gírias; não interrom-per o entrevistador e falar somente o necessário”. Portanto, o segredo para não deixar que o nervosis-mo ou pequenas falhas atrapalhem uma ocasião tão importante e decisiva é a preparação. É de suma im-portância estar por dentro dos assuntos que dizem respeito àquela empresa e área de trabalho, estando pronto para qualquer tipo de situação.

Maria Aparecida Araújo dá algumas dicas para a elaboração de um bom currículo:

Não acrescentar detalhes, cores, fotos extra-vagantes e desenhos.

Não adotar modelos padronizados. Para cada empresa deve-se particularizar um currículo, le-vando em conta, principalmente, a atividade da empresa.

Nunca mentir sobre formação e qualifica-ções. Tudo será checado.

O currículo adequado é o que alia um exce-lente conteúdo a uma apresentação discreta, só-bria e elegante.

Dados obrigatórios em qualquer currículo: data de nascimento (melhor do que a idade), endereço, telefone com código de área, e-mail e informações funcionais e acadêmicas.

As empresas preferem homens casados e mu-lheres solteiras. Sendo o caso, o candidato deve explicitar no currículo. Não sendo, só deve-se mencionar ao ser solicitado.

Destacar experiências internacionais e idio-mas, sendo fiel ao nível de domínio destes.

Fornecer referências que possam pesar favo-ravelmente. No caso do candidato ser estudan-te sem experiência, deve indicar professores ou colegas já formados que possam recomendá-lo bem.

Mais dicas da consultora empresarial podem ser encontradas em seu site, www.etiquetaem-presarial.com.br, e no livro “Etiqueta Empresa-rial – Ser Bem Educado É...”.

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oucos são os que se arriscam a uma vida de sucesso negando a mediocridade. A maioria das pessoas acomoda-se em sua

tão adorada zona de conforto. Pessoas que, em sua maioria, levam uma vida insossa, sem aventuras, sem dúvidas e sem riscos. É fato que muitas vezes chega a ser agradável sentir um calafrio na espinha ou um frio no estômago. Estes sentimentos fazem parte de nossa natureza. Cada vez que nos privamos de uma destas sensações, nos encrostamos mais em nosso conformismo.

Não nascemos para chafurdar na lama. Nasce-mos para ter êxito. Mas, você está preso nesta pe-numbra onde nada é emocionante, nem novo. Eu o desafio: Ouse!

Desafio você a enfrentar seus medos, a fazer aquele investimento, a tentar aquela nova carreira. Te desafio a ser mais do que você já é, a fazer mais pela sua vida do que você tem feito até então, eu o desafio a abrir aquela porta no fundo da sua men-te, aquela que sempre te deu medo, eu o desafio a enfrentar de cabeça erguida todos os “monstros“ que estão lá dentro, quero ver você vencê-los um a um. Eu desafio você a enfrentar seus medos mais profundos, e mirar alto como uma águia, e não mais escarafunchar no chão por migalhas como uma ga-linha. Te desafio a desengavetar seu sonho mais absurdo, aquele que todos disseram ser impossível. Tenho novidades para você: eles mentiram. Seu so-nho é totalmente possível, ele só se enterrou por-que você decidiu ouvir os “ladrões” de sonhos, os medíocres sem fé em nada. Eu o desafio a ousar. É exatamente ali que está a alegria da vida. Sonhe alto, não há nada pior do que um sonho pequeno que se torna realidade. Te desafio a voar tão alto que não possa ser visto pela multidão. Vamos lá! OUSE! Tenha um diferencial, seja “o” diferencial. Eu

estou te desafiando a tornar-se você mesmo, a ser reconhecido pelo seu nome e não como “o filho de fulano”, “a mãe de beltrano”, “o irmão do”, “a filha do”, “o amigo do”. Assuma sua identidade perante a vida! Nada como uma vida plena e independente, onde todos te chamam pelo nome, onde você não é “um cara legal”, onde você é simplesmente “O Cara”. Eu desafio você a não dar ouvidos àquela voz que te diz “esquece, todo mundo é igual!” MENTI-RA! O fato de você ler este texto me prova que você é diferente, que você quer fazer a diferença. Você é único e perfeito, e isso nunca ninguém pode ne-gar. Ouse viver além da expectativa, ouse levar uma vida plena, onde não há obstáculos, mas desafios. E para você, desafios são apenas divertimento, pois você foi ousado. Você é mais do que a média. Você é simplesmente FAN-TáS-TI-CO!

Parafraseando Wilfred Petterson:“Pouco resta a fazer, além de enterrar um

homem, quando o último de seus sonhos está morto.”Eu acredito em você! Eu sei que você vai dar tudo de si para ser cada vez melhor, acredito nisso cegamente! Parabéns por decidir tomar o controle da sua vida. Bem vindo ao sucesso!

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Cultura

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“Eu queria tanto encontrar uma pessoa como eu, a quem eu

possa confessar alguma coisa sobre mim”

Pato Fu

por Jéssica Tokarski

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Vocalista de banda de rock, Fernanda takai con-quista a todos com o seu jeitinho de menina mei-ga. Por trás da feição doce, ela revela a grande ar-tista que é. A arte corre em suas veias e Fernanda demonstra todo o seu talento através das linhas pelas quais jorram suas palavras. escrevendo crô-nicas, livros e compondo, os textos dela sempre tocam e cativam. também cantora de voz suave, é vocalista da banda Pato Fu e ainda desbrava o mundo da música com uma carreira solo em que interpreta sucessos que não são de sua autoria, mas que emocionam na mesma intensidade. Com vocês, Fernanda takai e todas as suas facetas.

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Élégant Cantora, compositora, guitarrista e cronista — a arte é intrínseca a você. Acredita que o talento artístico é um dom que nasce com a pes-soa ou ele pode ser desenvolvido ao longo da vida? Como foi para você? Fernanda Takai Algumas pessoas nascem com talento natural, outras podem aprender e o ta-lento pode se desenvolver lindamente. Eu sempre gostei de música, mas não exatamente de cantar. Não pensava em viver de música. Também nunca pensei que fosse ter uma coluna em dois jornais por seis anos, escrever para revistas e lançar dois livros. Fui me lapidando com o tempo e ainda te-nho um caminho grande pela frente para aprimorar minhas atividades. Só posso dizer que sou muito atenta a tudo que me cerca. O cotidiano e a arte, em geral, são os melhores ingredientes para quem quer produzir muita coisa.

Élégant Suas inspirações para a música vieram, em grande parte, do rock e do pop rock. Como resol-veu produzir um álbum em homenagem à cantora de MPB Nara Leão? Fernanda Takai Essa MPB de base vem de infância, quando eu escutava os discos que meus pais escutavam. Embora tenha ficado conhecida no segmento do pop rock, eu sou uma ouvinte sem fronteiras de tempo ou espaço. Gosto de música do mundo todo, não importa a época, ela precisa me tocar, me emocionar, despertar algum sentimento forte em mim.

Élégant Como foi essa experiência? Fernanda Takai Muito boa! Tanto que até hoje ela repercute demais. Ampliei meu público enormemente. Essa minha carreira solo é total-mente intérprete, pois as canções autorais eu gra-vo nos discos do Pato Fu.

Élégant Como cantora você alcançou a posi-ção de uma das dez melhores do mundo, em lista realizada pela revista “Time”. Qual foi a sensação? Acredita que, depois desse título, ainda há outros para conquistar?

Fernanda Takai A lista citou as dez ban-das não-americanas mais interessantes em 2001. Não foi um destaque meu, como cantora, foi o conjunto todo. Claro que foi uma honra estar en-tre Radiohead, U2, Porstishead, Aterciopelados, etc. Somos fãs deles e a imprensa de fora ter nos notado cantando rock em português é algo raro.

Élégant Depois de muitos anos cantando apenas com o Pato Fu você resolveu, concomitantemente, desenvolver uma carreira solo. Qual a diferença desses dois trabalhos e por que sentiu a necessida-de de realizar um projeto à parte da banda? Fernanda Takai O Pato Fu completa 20 anos em setembro e todos os outros integrantes sempre tiveram outras atividades musicais. Só eu ficava me policiando para não chamar atenção demais. Mas o Nelson Motta (produtor do disco solo) me fez acreditar que isso não era um problema, na re-alidade. Foi muito bom mostrar que canto outras coisas além do repertório da banda. Todo mundo saiu ganhando. Tive mais reconhecimento e isso ajuda a todos os envolvidos com a minha carreira.

Élégant Como tem sido o retorno dos fãs a esse projeto? Fernanda Takai Maravilhoso, em sua maioria absoluta. Alguns fãs mais tradicionais reclamaram que eu não deveria fazer esse tipo de coisa, que a banda acabaria. Mas, na verda-de, esse tipo de respiradouro é o que promo-ve uma espécie de sanidade sonora e mental em um grupo que está junto há tanto tempo.

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“Gosto de música do mundo todo, não importa a época,

ela precisa me tocar, me emocionar, despertar algum sentimento forte em mim.”

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Élégant Em 2007 você lançou seu primeiro li-vro, “Nunca Subestime uma Mulherzinha”, um conjunto de crônicas e contos que foram escritos para jornais para os quais você colaborava. Sobre o que falam essas crônicas e contos e como você se inspirou para escrevê-los? Fernanda Takai Falam sobre o meu cotidia-no de mãe, filha, cantora, cidadã, leitora. Eu quis me comunicar com um público bem maior do que aquele que me escuta. Escrevo de forma muito sim-ples e bem-humorada, isso foi fundamental para eu conquistar um lugar perto dos leitores cativos. Mesmo os contos que têm um bocado de coisa in-ventada têm sua gênese em alguma imagem ou fato que presenciei. Foi preciso muita disciplina para entregar um texto decente, a tempo, toda semana.

Élégant Ano passado você publicou mais um li-vro: “A Mulher Que Não Queria Acreditar”. Também é uma reunião de contos publicados em um jornal de Minas Gerais. Como foi o processo de produção desse livro? Fernanda Takai Eu mesma selecionei os textos e o conselho editorial da editora Pan-da, que já tinha lançado o primeiro livro, apro-vou. Convidei uma artista plástica de Curitiba, a Sandra Hiromoto, para cuidar do projeto grá-fico, e o Laerte para escrever a orelha sob for-ma de quadrinhos. O meu editor do jornal Es-tado de Minas fez um prefácio muito tocante.

Élégant Seus fãs da banda Pato Fu, das suas performances solo e dos seus livros são os mesmos ou trata-se de um público que varia de acordo com cada gênero?

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“Esse tipo de respiradouro é o que promove uma espécie de sanidade sonora e mental em um grupo que

está junto há tanto tempo.”

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Fernanda Takai Varia só um pouquinho. Vejo muita gente em todos os eventos e isso é bom porque no fim das contas eu sou a mesma pessoa. Canto do mesmo jeito nos projetos musicais, só muda o repertório, a banda, etc. Tem gente que não me ouvia, mas por causa dos textos nos jornais e revistas ficou com vontade de me conhecer mais musicalmente.

Élégant Como seu público da carreira musical recebeu seus livros e qual o retorno deles? Fernanda Takai Lancei os livros justamen-te para que eles pudessem ler os meus textos, que só saiam nos jornais físicos ou estavam dis-poníveis como conteúdo on-line para assinantes. Então, quem não estava em Minas ou no Distrito Federal não podia lê-los. E quem me leu nesses anos todos acabou me conhecendo muito melhor!

Élégant Tem projetos para escrever mais livros? Fernanda Takai Sim, estou finalizando um infantil. Deve sair este ano ainda.

Élégant E com relação à carreira musical, quais são as novidades? Fernanda Takai Em julho, saiu meu disco em parceria com Andy Summers (The Police). É um disco de músicas inéditas, foi gravado em Venice Beach, Los Angeles. Mais para o final do ano, o Pato Fu também vai começar a gravar um novo disco.

Élégant Deixe um recado para seus fãs.

Fernanda Takai Fiquem atentos à página do Pato Fu (www.patofu.com.br) e à minha (www.fernandatakai.com.br). Obrigada por terem estado comigo aqui.

“O cotidiano e a arte, em geral, são os melhores

ingredientes para quem quer produzir muita coisa.”

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AMOr E DEDiCAÇÃO PELO QUE FAZ

por Emerson Roberto

Entrevista

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Entrevista

eu trabalho costuma exigir que ela viaje pelo mundo afora e traga informações e curiosidades de outros países, em pri-

meira mão, para os telespectadores. Essas notícias são apresentadas pela jornalista Thalita Morete no quadro “Giro do Domingão” no programa “Domin-gão do Faustão”, da Rede Globo. E hoje a Élégant traz para você uma entrevista exclusiva sobre a carreira dessa jovem. Confira!

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Élégant Por que decidiu ser jornalista? Talitha Porque eu gosto de escrever e sempre fui muito curiosa. Élégant Você apresentou o quadro de comerciais do programa “Domingão do Faustão”, da Rede Glo-bo, substituindo a apresentadora Adriana Colin. Como foi esse trabalho?Talitha Não entrei no merchandising pensando em ficar muito tempo. Foi ótimo, aprendi bastante, mas um ano foi o suficiente para aprender.

Élégant Como é trabalhar ao lado do Faustão? Talitha É maravilhoso! Eu tenho 27 anos e o “Do-mingão do Faustão” tem 23. Portanto, cresci assis-tindo o programa e sempre admirei o Faustão como apresentador. Depois de conhecê-lo pessoalmente, passei a admirá-lo ainda mais. É uma honra traba-lhar e aprender com ele no programa ao vivo. Élégant Atualmente, você apresenta o quadro “Giro do Domingão”. Como é esse trabalho? Talitha O quadro é sobre curiosidades internacio-nais. Viajo pelo mundo afora em busca de curiosi-

dades de todos os tipos para o público. O quadro já existia e me chamaram para apresentar. Élégant Como você vê o cenário da televisão bra-sileira atualmente?Talitha Acho que a televisão aberta está cada dia melhor. Na Rede Globo, você consegue assistir pro-gramas para todos os gostos e com uma qualidade excelente!

Élégant O que você mais gosta na sua carreira? Talitha De gravar, fazer ao vivo, entrevistar. En-fim, trabalhar!

Élégant Você se inspira em alguém? Talitha Tem algumas pessoas que eu admiro muito. São elas: Glenda Koslowsky, Patrícia Poeta e até mes-mo o Faustão. Mas acho que cada um tem a sua per-sonalidade. Tento sempre fazer o meu trabalho com o meu jeito, meu sotaque, mostrando a minha identi-dade. É preciso ter atitude e personalidade, acho que falta isso hoje em dia. As pessoas sempre querem fa-zer igual, copiar alguém, mas nunca funciona. Élégant Quais são seus próximos planos? Talitha Por enquanto os meus projetos e a minha dedicação são para o quadro. Mas sou contratada da casa e estou à disposição para o que eles preci-sarem.

Élégant Deixe um recado para seus fãs: Talitha Gostaria de agradecer pelo carinho. É mui-to bacana ver o quanto eles torcem por mim. É o reconhecimento do meu trabalho!

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De portas abertas para o sucesso

os sete anos de idade ela já fazia ballet. Depois, tornou-se modelo. Em seguida começou a fazer teatro. Admirava outras profissões, como a de médico, professor, etc., mas o seu inte-

resse sempre foi pelo mundo artístico. E ela realizou o seu sonho. Ficou conhecida quando interpretou a Dona Gegé no programa “Zorra Total”, da Rede Globo. E, dentre tantas personagens que já fez, hoje dá vida à publicitária Cláudia Prado, na novela “Máscaras”, da Rede Record. Co-nheça mais sobre a carreira e os sonhos da bela Franciely Freduzeski.

por Emerson Roberto

Entrevista

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“Temos que saber colher os frutos que plantamos.”

Entrevista

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Entrevista

Élégant Como você se preparou para ser atriz? Franciely Estudando. Em Curitiba fiz curso no tea-tro Lala Schneider e no Rio de Janeiro fiz na Casa da Gávea e CAL. Fiz aulas com Camila Amado e Fátima Toledo e aulas de canto com Vera Canto Mello. E nun-ca estou parada. Estou sempre fazendo cursos.

Élégant Você ficou mais conhecida pelo público quando interpretou a Dona Gegé no quadro “Profes-sor de Mitologia”, do programa “Zorra Total”. Como foi esse trabalho? Franciely O quadro do programa “Zorra Total” foi um grande aprendizado. Maurício Sherman foi um professor e Agildo Ribeiro uma pessoa maravilhosa comigo. Foi um momento único, pois lá me tornei conhecida e outras portas se abriram.

Élégant Em sua carreira, qual o seu personagem preferido e por quê?Franciely Amo todos os personagens que já fiz. Cada um tem uma história, um momento. Aproveito cada um de forma intensa e completa. Aprendo com todos.

Élégant Você participou do reality show “A Fazen-da”. Como foi essa experiência? Franciely Quando recebi o convite, fiquei analisan-do até onde tamanha exposição poderia ser benéfi-ca, afinal, era um trabalho que seria importante na minha vida. Entrei em “A Fazenda” porque queria fazer novelas na Record e consegui. Temos que saber colher os frutos que plantamos. Mas saí do programa com a sensação de dever cumprido. Élégant Com quem você gostaria de dividir a cena? Franciely Fernanda Montenegro.

Élégant Qual seu ator/atriz preferido? Franciely Francisco Cuoco.

Élégant O que você mais gosta em sua carreira? Franciely É uma carreira difícil e que oscila muito. O que mais gosto é dessa capacidade de poder me tornar “outras pessoas”. Essa transformação é belís-sima.

Élégant E o que ainda pretende realizar? Franciely Pretendo fazer cinema. Queria uma opor-tunidade, mas até agora não pintou.

Élégant Você se inspira em alguém? Franciely Eu me inspiro em tudo: filmes, livros e pessoas. Depende muito do que estou fazendo. Élégant Atualmente você interpreta a publicitária Cláudia Prado, na novela “Máscaras”, da Rede Re-cord. Conte um pouco sobre ela.Franciely A Cláudia é totalmente diferente de mim. Ela só pensa em trabalhar. Está fechada para o amor, não quer compromisso e acha o casamento uma per-da de tempo. Élégant Você tem algum cuidado com a voz, o corpo e a alimentação?Franciely Malho duas horas por dia. Faço trabalho de tônus para ficar com o braço definido e a barriga sequinha. Não quero ficar forte, apenas enrijecer. Quanto à alimentação, não faço dieta, mas tenho alguns cuidados: não tomo refrigerante, evito fritu-ras e carnes vermelhas. Já que me exercito bastante, como doces que dão energia. E bebo mais de três li-tros de água por dia. Élégant Deixe um recado para os seus fãs.Franciely Primeiro quero agradecer o carinho de sempre. E peço que continuem acompanhando o meu trabalho.

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Entrevista

por Emerson Roberto

O CHArME E O TALENTO DE KAriNA BACCHi

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arina Bacchi iniciou sua carreira cedo, quando tinha quatro anos de idade. Naquela época, já tinha intimidade

com as câmeras. Atualmente, não diferente de quando era criança, continua espalhando char-me, beleza e simpatia por onde passa. E não são apenas essas as qualidades que a jovem apresen-ta. Dentre elas, também se pode encontrar muito talento. Ela já participou de novelas, seriados e foi vencedora de um reality show. Em sua ba-gagem cultural traz ainda livros de sua autoria. Quer saber mais? Então, confira a entrevista.

Élégant: Você começou sua carreira de modelo aos quatro anos de idade. Isso atrapalhou o seu desen-volvimento na infância ou foi uma experiência que só a fez evoluir?Karina: Começar cedo na carreira nunca atrapalhou minha infância. Sempre foi algo natural para mim. Já gostava de posar para as câmeras e desfilar. Era uma brincadeira e não uma obrigação. Morei em São Manuel (interior de São Paulo) e tive uma infância maravilhosa. E aprendi desde cedo, por conta da pro-fissão, a lidar com vitórias e derrotas de forma posi-tiva e também a ter responsabilidade. Só vejo pontos positivos.

Élégant: Você também tem uma carreira bem satis-fatória na televisão. Participou de novelas, seriados e um reality show. Como foi a experiência de participar de “A Fazenda”? Karina: Participar de um reality show como “A Fa-zenda” é uma grande exposição. Na minha opinião, é preciso gostar muito de si mesmo e ter equilíbrio emocional para ter coragem de se expor desta forma para todo o Brasil. Foi um grande desafio pessoal que, com certeza, me fez crescer e fortalecer as mi-nhas convicções. E não há comentários por eu ter sa-ído vencedora. Só tenho a agradecer o público por ter me dado esta vitória.

Élégant: Com o livro “Felizka”, você foi premiada. De onde surgiu a inspiração para escrevê-lo e por que escolheu o público infantil? Karina: O livro foi inspirado na minha própria infân-cia, no lado mais puro, infantil e feliz que alimento em mim. A proximidade com as crianças da ONG Flo-

K rescer (SP) e com o grande público infantil conquis-tado por meio da novela “Da Cor do Pecado” me fez ter a vontade de escrever para eles. Mas a mensagem que o livro aborda é para todas as idades.

Élégant: E quanto ao “Código K”? Por que resolveu publicar seu diário pessoal?Karina: Após o livro “Felizka”, que abordava o sor-riso como fonte transformadora de tudo o que é po-sitivo, muitas adolescentes me perguntavam: “Você é sempre tão feliz? Nunca teve medo ou nunca se chateia?” Estas e outras perguntas frequentes fize-ram com que eu tivesse a vontade de dividir com elas meus diários pessoais de infância e adolescência, nos quais descrevo meus medos, meu primeiro amor, mi-nhas frustrações e também minhas conquistas. As-sim surgiu o “Código K”, meu segundo livro.

Élégant: Você sempre esteve envolvida com ativis-mo social e ecológico. Em todos esses anos, qual foi o momento que mais a marcou e emocionou? Karina: Sempre estive engajada em diversas causas sociais e filantrópicas. E, até hoje, sempre me emo-ciono quando estou em contato com as crianças. Se-jam elas portadoras de alguma doença ou carentes, o carinho que elas expressam com olhar de gratidão sempre toca meu coração. Cada momento é único e marcante.

Élégant: Quais são os seus atuais projetos? Karina: Atualmente apresento o programa “Pop Up”, na MIX TV. É um programa que fala sobre as ce-lebridades nacionais e internacionais. Tem sido uma grande realização.

Élégant: Há algum trabalho que você sonha em re-alizar?Karina: Tenho vontade de apresentar um programa com auditório para estar mais em contato com o pú-blico. Adoro essa proximidade.

Élégant: Deixe uma mensagem para os seus fãs. Karina: Vivam cada dia com gratidão e focados no que é positivo. Os grandes momentos são aqueles mais simples que, às vezes, deixamos passar. Então, celebre a vida em cada minuto.

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Entrevista

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“Os grandes momentos são aqueles mais simples que, as vezes, deixamos passar. Então, celebre a vida em cada minuto.”

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por Jéssica Tokarski

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duardo Braz, popularmente conhecido como “Mágico Ed”, é um mágico desses de corpo e alma. Sempre se interessou

pela mágica e fez de tudo para se aprofundar nessa arte, fazendo com que ela se tornasse fundamental em sua vida. Atualmente, Ed é um mágico famo-so. Referência internacional na área de mágica e tecnologia, ele é um dos profissionais mais requi-sitados do ramo. Sua agenda está sempre lotada e é possível encontrá-lo demonstrando seu talento em grandes eventos e em diversos programas de televisão.

Élégant Como e quando você se interessou pela mágica? Ed Desde criança sempre gostei de ver mágicos na televisão, sempre acompanhava, entusiasmado, as apresentações do David Copperfield. Em 1998, conheci dois irmãos que faziam mágicas, eles me ensinaram algumas coisas bem legais e isso me im-pulsionou a seguir aprendendo.

Élégant Como foram suas primeiras experiências com a mágica?Ed Comecei fazendo shows em casa e para a famí-lia. Lembro que meus primos descobriam as mági-cas e ficavam tirando sarro depois. Acredito que todo mágico passa por isso no início.

Élégant Como funciona a formação nessa área? Ed Como toda profissão, precisa de estudo, plane-jamento e investimento. Se você decidiu que quer ser mágico, vai precisar procurar cursos, grupos de estudos, terá de participar de congressos mági-cos, comprar uma série de equipamentos e estudar marketing pessoal, talvez teatro, oratória, etc. O bom mágico nunca para de aprender, está sempre buscando inovar. Muitos aprendem hoje uma dú-zia de mágicas na internet e já pensam que podem ser “mágicos”. Começam a fazer shows e, muitas vezes, se decepcionam. Fazer mágica é uma profis-são como qualquer outra. Da mesma forma que um médico estuda cinco anos para trabalhar, o mágico também deve se preparar.

Élégant O que se pode considerar mais atraente no mundo da mágica? Ed A mágica me possibilita muitas coisas, como conhecer pessoas, cidades, países e estar presente em eventos muitos importantes. Adoro, também,

E ver as reações das pessoas. Sempre após um núme-ro apresentado as pessoas falam: “Meu Deus, como é que pode?” ou “Uau, incrível, impressionante!”. No final do show elas me parabenizam pela apre-sentação e fazem elogios. Tudo isso é muito bom.

Élégant Mágica, de certa forma, é algo que mui-tas pessoas gostariam de fazer. Como é estar mais perto desse desejo tão comum? Ed Quando criança, eu perguntava ao meu avô: “Como faço para ser mágico?” E ele dizia: “Ah, só se você for filho de um mágico ou nascer dentro de um circo”. Eu ficava desapontado, mas ainda bem que ele estava errado, não é? Eu vejo que muitas pessoas querem fazer mágica, mas poucas levam a fundo, com determinação. Quem quer mesmo se dedica e consegue.

Élégant O que é necessário para ser um mágico de sucesso? Ed Acima de tudo, o mágico deve ser uma empre-sa. Você deve ter um produto de qualidade (parte técnica e artística) e saber administrar e vender seu produto (parte de gestão e marketing). O se-gredo do sucesso é a inovação. Se você faz apenas o mesmo, ficará para trás.

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Élégant Você se especializou em mágica com tecnologia e faz apresentações com tablets e smartphones. Como isso funciona? Ed Sempre gostei de tecnologia, leio muito e es-tou sempre informado sobre as grandes novidades da área. Após a chegada dos tablets e smartphones, percebi que poderia utilizá-los em minhas apresen-tações. Uso o tablet ou o celular em praticamente todos os meus números. Muitas vezes uma bolinha sai da minha mão e entra no tablet e do tablet vai para a mão do espectador. Ou então, uma carta as-sinada que estava nas mãos do espectador aparece dentro da tela do tablet, etc.

Élégant Por que escolheu esse segmento? Ed Pela inovação, por querer sair do tradicional e buscar um diferencial para mim. Misturei duas coi-sas que gosto muito: mágica e tecnologia. Quando se trabalha com o que gosta e entende, tudo funciona.

Élégant Você é criador e presidente da “Liga dos Mágicos”, no Brasil. O que é a Liga? Ed A “Liga dos Mágicos” é uma agência de mági-cos que criei para poder atender a todos os clientes que solicitavam nosso trabalho. Muitas vezes eu não tinha agenda para o evento, mas não queria deixar de atender o cliente. Procurei formar um grupo com profissionais altamente capacitados para atendê-los com o mesmo padrão de qualidade.

Élégant Como funciona a agência? Ed Nós trabalhamos com mágicos já profissionais. O que fazemos é conversar bastante, trocando ex-periências para manter todos os mágicos da equipe no mesmo nível.

Élégant Quais dicas você dá para aqueles que de-sejam seguir seu caminho? Ed Comece comprando esses kits de mágica vendi-dos em shoppings ou na internet. Estude bastante e depois apresente as mágicas para seus amigos. Se perceber que leva jeito e tem vontade de seguir, procure fazer parte do meio mágico, entrar em fó-runs de mágica e até mesmo procurar uma asso-ciação perto de você. Para aqueles que já estão se-guindo o caminho, a dica é: procure um diferencial relevante em você e o explore bastante. Esse é o ca-minho mais curto para o sucesso na profissão.

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Por um caminho possível: fé e felicidade

empre acreditei que as coisas e as pessoas não ocorrem ou se encontram ao acaso e que somos guiados por uma energia lumi-

nosa de amor, alegria, sabedoria e bondade, não importa o nome ou a classificação.

A fé, combustível necessário para todos os ca-minhos que percorremos – religiosos ou não – nos traz a sustentação necessária nos momentos de cri-se, perdas ou diante de uma situação de impotência que, no limite da possibilidade, não se concretiza – amor, emprego, oportunidades e conquistas que ficam desesperadamente fora de nosso plano ideal de vida.

Confio em mim, mas também confio na força mo-triz geradora de nossos sonhos, possibilidades e paz para cumprir o destino.

Claro, muitas vezes nos perdemos no meio da estrada, não nascemos com manual de instrução. Porém, temos sempre uma bússola que nos aponta para o norte preciso, e a ela podemos chamar de alma, coração. Se a seguirmos atentamente, sere-mos capazes de compreender nossa vida passada, presente e futura e, o mais importante, sermos fe-lizes mesmo que as tristezas façam sua morada por um tempo em algum trecho escuro.

Mas o divino se manifesta sempre, por vezes misteriosamente, outras vezes de maneira mais su-til – um livro que aparece de repente, uma ligação de alguém que nos oferece um colo, conforto ou até um convite inesperado que nos ajuda a mudar o rumo de nossas histórias pessoais, um poema, uma canção, um encontro que não foi marcado, uma viagem não prevista, um atraso não esperado, mas necessário, enfim: surpresas vindas como pos-sibilidade de reinvenção, de encontro com o que é definitivamente seu.

Dias atrás, assistindo a um programa de televi-são apresentado por Cissa Guimarães – Viver com Fé –, vi depoimentos belíssimos de famosos e anôni-mos que não sabem viver sem praticar sua fé, não só em momentos transitórios e difíceis, ou como um

s “quebra-galho” nas horas de angústia, mas como um princípio no qual encontram o que desejam, se-jam respostas ou confiança plena, algo pertencente ao cotidiano delas, como respirar e amar natural-mente, sem esforço. Achei lindo e me senti tocado, encantado com as histórias e a maneira de cada um professar sua devoção.

Em tempos tão difíceis, de caos que enfrentamos nos quatro cantos do mundo, é quase impossível pensar em coisas simples como paz, fé, delicadeza, alegria e contemplação, e se deixar levar pela beleza da vida que se manifesta em um pôr do sol, num ria-cho de água fresca e limpa, no mar cor de céu, numa árvore de sombra fresca, na chuva que tudo lava, no vento que varre os infortúnios ou num sorriso sin-cero. Mas tenho a convicção de que tudo isso seja possível.

Para mim é necessário, urgente, elegante, um luxo que todos podemos ter a qualquer momento – viver com fé.

Decidi trazer essa reflexão porque só através dela é que podemos nos transformar, renascer, flo-rescer e ser felizes com plenitude, mesmo em meio aos altos e baixos que todos enfrentamos.

Se a fé para alguns é banal ou ilusória, para muitos ela é a base que, acompanhada de bom senso, lucidez e inteligência, transforma-se em sabedoria.

Felicidade se acha em horinhas de descuido...Guimarães Rosa

André Mantovanni Escritor, apresentador de rádio e televisão,

mestrando em Literatura e Crítica Literária (PUC-SP), especializado em

Estudos Literários e formado em Artes Visuais. Autor de 17 livros voltados ao

autoconhecimento, poesia e literatura, ficou conhecido em todo o Brasil por ter

apresentado e participado de quadros em programas femininos e revistas eletrônicas

de grande importância na internet e na televisão: UOL, IG, TERRA, Rede Globo,

Rede TV!, SBT, Band e TV Gazeta.andremantovanni.com.br

Crônica

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Jade Stickel

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