revista edital 16 dez inovacoes legislativas

50
REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 16 > JULHO 2014 > PÁG. 1

Upload: rodrigo-emanuell

Post on 22-Nov-2015

43 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 1

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 2

    EDITORIAL

    E falando sobre inovaes...Na ltima edio da Revista Edital, apresentamos o nosso novo projeto grfico e uma srie de sees estreantes, repletas de contedo claro e preciso, que vieram para ficar. Nesta 16 publicao, continuamos falando sobre inovaes, mas agora as mudanas em questo mudam de palco e se encontram no universo das leis.

    Em nossa matria de Capa vamos abordar as 10 mais importantes inovaes legislativas do ltimo semestre. A Lei Menino Bernardo, mais conhecida como Lei da Palmada, e o Marco Civil da Internet figuram nessa lista que traz normas indispensveis ao conhecimento aprofundado de todo e qualquer candidato assduo de concursos.

    E o que acontece quando concurseiros que no cumprem os pr-requisitos de um certame ingressam no processo seletivo e so aprovados? Ser que eles podem lutar pelo direito de serem nomeados? justo que colham os frutos de todo o longo perodo de Preparao? Aqui na RE voc fica por dentro dessas e outras informaes.

    O Cdigo de Trnsito Brasileiro (CTB) mudou com a Nova Lei 12.971, que discorre sobre sanes administrativas e crimes de trnsito. Em Entrevista RE, o Tenente Coronel Israel de Moura, professor de legislao e direito do trnsito, explica todas as novidades do Cdigo e quais impactos elas traro para o universo concurseiro, inclusive fazendo referncias a outras reas do direito.

    Voc est se preparando para o Exame de Ordem e no gosta de revisar os assuntos trabalhados nas aulas? Comece a revisar este conceito. Descubra que ela, a reviso, a carta coringa no jogo em prol de uma vaga na OAB. Mas agora confesse: como anda o seu portugus? Mal ou mau? Bom ou bem? No Explorando a Matria dessa edio o professor Rodrigo Bezerra veste o jaleco de mdico e tenta salvar concurseiros que ainda se sentem deficientes no quesito Lngua Portuguesa.

    Mais uma pergunta urgente: voc sabe qual a carreira jurdica que ter mais vagas criadas nos prximos anos? Se sua resposta foi Defensor Pblico Estadual, parabns! Devido aprovao de uma emenda constitucional, milhares de oportunidades surgiro e centenas j esto disponveis. Conhea mais sobre os concursos dessa rea em nosso Planto. J as Questes Comentadas so para quem sonha com uma vaga de Agente da Polcia Federal.

    Na seo Perfil, um raio-x da vida e carreira do professor Marcelo Uzeda. A RE deste ms ainda traz Sugestes de leitura, Colunas com anlises aprofundadas de temas como O regime diferenciado de contrataes pblicas e um Acontece no CERS especial sobre os projetos Super UTI e Overdose. Tem alguma sugesto a nos dar? Ento mande email para [email protected].

    Nesta 16 publicao, continuamos falando sobre inovaes, mas agora as mudanas em questo mudam de palco e se encontram no universo das leis.

    Boa Leitura! Equipe da Revista Edital

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 3

    VEJA A REVISTA EDITAL TAMBM PELO APLICATIVO

    Para acessar via Tablets

    Para acessar via WEB

  • SUMARI

    O

    DIREO GERAL Renato Saraiva

    REDAO Edio e redao: Ana

    Laranjeira, Manoela Moreira e Rodrigo Rigaud Colaboraram nesta edio: Ana Cristina, Andr Mota Maurcio Cunha, Cristiane

    Dupret, Danilo Christfaro, Geovane Moraes,

    Guilherme Rocha, Israel Moura, Luciano Rossato, Maria Augusta Marcelo

    Uzeda, Matheus Carvalho, Robrio Nunes, Rodrigo

    Bezerra, Rogrio Sanches, Lilian Felix

    Reviso: Ana Laranjeira e Amanda Fantini Bove

    EDITORA, PRODUO E DIAGRAMAO Direo Geral:

    Guilherme Saraiva

    Direo de arte e animao:

    Samira Cardoso

    Design grfico e diagramao:

    Tassa Bach, Juliana Carvalho e Euller Camargo

    AUDIOVISUAL Direo audiovisual:

    Jefferson Cruz

    Gerente audiovisual: Pedro Zanr

    PUBLICIDADE Coordenador

    de Marketing: Ivo Colen

    Criao Publicitria: Diego Pinheiro, Raphaell Aretakis e Rodrigo Souza

    COL UNAS > Lei 12.980, sobre o regime de contrataes pblicas, em anlise por Matheus Carvalho ...............................................9 > Professora Cristiane Dupret comenta a Lei Menino Bernardo, famosa Lei da Palmada..........13

    ENT REVISTA > Coronel Moura destrincha as mudanas do Cdigo de Trnsito Brasileiro ....... 22

    PRE PARAO > O concurseiro e a importncia dos pr-requisitos para a garantia da aprovao ......16

    CAP A > Saiba quais foram as 10 maiores inovaes do legislativo no primeiro semestre de 2014 .. 29

    EXA ME DE ORDEM > Repescagem: saiba como aproveitar ao mximo essa segunda chance ......26

    PER FIL > Embarque no navio de Marcelo Uzeda . 39EXP LORANDO A MATRIA > Aprenda a estudar

    portugus com o Professor Rodrigo Bezerra .....36

    PLA NTO > Como se preparar para as centenas de vagas no ramo das Defensorias Estaduais ...........43

    QUE STES COMENTADAS > Pratique o contedo do certame para Agente da Polcia Federal ..................47

    E MAIS:VOC ................................................................................5 NOT AS CURTAS ............................................................6

    SUGESTES ..................................................................35 ACONTECE NO CERS ............................................... 46

    BOLETIM DE CONCURSOS ....................................... 7

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 4

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 5

    ELOGIOS> A revista toda est excelente! Parabns CERS!

    JULIANA DUTRA RIO DE JANEIRO/RJ

    > Venho, atravs do presente e-mail, parabenizar os responsveis pela

    organizao da revista edital. Sucinta e concomitantemente de grande valia

    para todos os estudantes de planto! Uma dvida: no existe a possibilidade dos exemplares serem enviados para a

    residncia dos que mostrarem interesse?

    ILLYANA MAGALHES

    OL, ILLYANA! MUITO BOM SABER qUE VOC NOS ACOMPANHA E qUE A RE-VISTA EDITAL fAz DIfERENA NOS SEUS ESTUDOS! NOSSA PUBLICAO ExCLUSIVAMENTE DIGITAL, EM fOR-MATO INTERATIVO E PDf, ESTA L-TIMA PODENDO SER IMPRESSA EM CASA. PORTANTO, AINDA NO AVA-LIAMOS A POSSIBILIDADE DE GERAR UMA EDIO PARA DISTRIBUIO. _ ENqUANTO ISSO, VOC PODE CONTI-NUAR NOS SEGUINDO NAS REDES SO-CIAIS E NO SITE WWW.CERS.COM.BR.

    > Muito bom o material!CLAUDIA ANTONIA DO NASCIMENTO

    OL, JULIANA E CLAUDIA! fICAMOS MUITO fELIzES EM SABER qUE VOCS ACOMPANHAM A NOSSA REVISTA E qUE ESTO SATISfEITAS COM O CONTEDO. AS OPINIES DE VOCS SO DE ExTRE-MA IMPORTNCIA PARA NS. ABRAOS! EqUIPE REVISTA EDITAL

    NOSSAS REDES

    NS CURTIMOS VOC!

    SUGE

    ST

    ES

    ESCREVA PARA NS > [email protected]

    VOC

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 6

    NOTAS CURTAS

    Jeitinho brasileiro Para oito em cada dez brasileiros, fcil desobedecer s leis. O dado da segunda edio do ndice de Percepo do Cumprimento da Lei da Escola de Direito da Fundao Getulio Vargas. Na escala de zero a dez, o ndice de pessoas que admitem ilegalidades ou infraes aumentou de 6,8 para 7,3 em relao a 2013. As causas, de acordo com quem viola as regras, so falhas nas leis e o mau exemplo das autoridades. Uma parcela de entrevistados admitiu dar dinheiro a policial ou funcionrio pblico para evitar ser multado (3% para 6%), levar itens baratos de uma loja sem pagar (3% para 5%), e comprar CD ou DVD pirata (60% para 63%).

    Alternativas

    Recesso Desde o dia 2 de julho, os prazos processuais esto suspensos no Supremo Tribunal Federal. A medida vai durar at o dia 31 de julho, perodo em que o horrio de funcionamento da corte ser das 13h s 18h, conforme estabelecido pela Portaria 107/2014. Durante o recesso forense, questes urgentes sero decididas pela presidncia do STF, de acordo com o Regimento Interno. Tambm ficam suspensos, no mesmo perodo, os prazos processuais do Superior Tribunal Justia.

    o ndice depessoas que admitem ilegalidades ou infraes aumentou de 6,8 para 7,3 em relao a 2013

    Lanado no incio de julho, a Estratgia Nacional de No Judicializao (Enajud) deseja evitar que cheguem ao Poder Judicirio conflitos que podem ser resolvidos por meios alternativos. O projeto visa promover a mediao, a conciliao e a negociao. O setor pblico, empresas de telecomunicaes e bancos so partes em cerca de 95% das demandas judiciais, e por isso sero firmados acordos de cooperao com essas instituies para que desenvolvam estratgias em conjunto. Assim, ser possvel obter uma soluo mais rpida para o cidado, evitar despesas elevadas para as empresas e diminuir os gastos pblicos. A diminuio do nmero de processos vai permitir ainda que o Judicirio se concentre em questes que exigem, de fato, uma interveno.

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 7

    BOLETIM DE CONCURSOS

    Confira concursos com inscries em todo o BrasilDefensoria Pblica do Mato Grosso do Sul

    Vagas: 35 Nvel de instruo: superior Salrio oferecido: at R$ 15.958,13 Local de trabalho: Mato Grosso do Sul Prazo para inscries: at 22 de julho

    Tribunal de Justia de So Paulo Vagas: 215 Nvel de instruo: superior Salrio oferecido: at R$ 21.657,29 Local de trabalho: So Paulo Prazo para inscries: at 25 de julho

    Defensoria Pblica da Paraba Vagas: 20 Nvel de instruo: superior Salrio oferecido: at R$ 7.109,51 Local de trabalho: Paraba Prazo para inscries: at 29 de julho

    Governo do Distrito Federal Vagas: 6.744 Nvel de instruo: todos os nveis Salrio oferecido: at R$ 10.814,50 Local de trabalho: Distrito Federal Prazo para inscries: at 30 de julho

    Aeronutica Vagas: 84 Nvel de instruo: superior Salrio oferecido: no informado Local de trabalho: Rio de Janeiro, So

    Paulo - Guarulhos (SP), Belm, So Luis - Alcntara (MA), Natal Parnamirim (RN), Campo Grande, Santa Maria (RS), Boa Vista, Manaus, Porto Velho, Braslia Gama (DF), Pirassununga (SP) e So Jos dos Campos (SP)

    Prazo para inscries: at 05 de agosto

    Defensoria Pblica do Rio de Janeiro Vagas: 26 Nvel de instruo: superior Salrio oferecido: no informado Local de trabalho: Rio de Janeiro Prazo para inscries: at 31 de julho

    Marinha (vrios certames) Vagas: 823 Nvel de instruo: fundamental/

    mdio e superior Salrio oferecido: no informado Local de trabalho: Rio de Janeiro Prazo para inscries: at 31 de julho

    Exrcito Vagas: 65 Nvel de instruo: superior Salrio oferecido: no informado Local de trabalho: Bahia Prazo para inscries: at 08 de agosto

    Secretaria da Fazenda de Pernambuco Vagas: 25 Nvel de instruo: superior Salrio oferecido: at R$ 16.300,00 Local de trabalho: Pernambuco Prazo para inscries: at 18 de agosto

    Polcia Militar de Minas Gerais Vagas: 120 Nvel de instruo: superior Salrio oferecido: at R$ 5.991,49 Local de trabalho: Minas Gerais Prazo para inscries: at 28 de agosto

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 8

    BOLETIM DE CONCURSOS

    Outros concursos previstos aguardando edital:Advocacia-Geral da Unio (AGU)Agncia Brasileira de Inteligncia (Abin)Agncia de Defesa Agropecuria do Paran (Adapar)Agncia Espacial Brasileira (AEB)Agncia Estadual de Metrologia de Mato Grosso do SulAgncia Estadual de Regulao dos Servios Pblicos de Mato Grosso do SulAgncia Nacional de Transportes Aquavirios (Antaq)Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), em So PauloCmara Municipal do RecifeCorreiosDefensoria Pblica da Unio (DPU)Governo de So PauloHospital das Clnicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (SP)Hospital das Foras ArmadasImprensa Oficial do Rio de JaneiroInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (Ibama)

    Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi)Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)Instituto Paranaense de Assistncia Tcnica (Emater)Instituto de Previdncia dos Servidores do Estado do Esprito SantoInstituto de Proteo Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam)Ministrio da EducaoMinistrio da Previdncia SocialMinistrio da SadeMinistrio do Trabalho e EmpregoPolcia Civil do Distrito Federal Polcia Civil do Rio de JaneiroPolcia Civil de So PauloPolcia Civil de TocantinsPolcia FederalPolcia Militar do AcrePolcia Militar do Distrito FederalPolcia Militar da ParabaPolcia Militar do Rio de Janeiro

    Polcia Rodoviria FederalPrefeitura de TeresinaSecretaria da Administrao Penitenciria de So PauloSecretaria de Administrao Pblica do Distrito FederalSecretaria da Cultura do Distrito FederalSecretaria de Educao de ManausSecretaria da Educao do Rio de JaneiroSecretaria de Estado da Educao de So PauloSecretaria da Fazenda do MaranhoSecretaria de Infraestrutura do CearSecretaria Municipal de Educao de So PauloSecretaria de Sade do Mato Grosso do SulSecretaria de Segurana do PiauTribunal de Justia do PiauTribunal de Justia de SergipeTribunal Regional Eleitoral de Rondnia

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 9

    A Lei 12.462 e o Regime Diferenciado de Contrataes Pblicas

    Falemos sobre algumas das alteraes trazidas pela Lei 12.462, de 28 de maio de 2014, que ensejam algumas discusses no mbito jurdico:

    A princpio, a lei repete muitas das definies e institutos regula-mentados pela legislao geral de licitaes e contratos. Sendo assim, apontam-se como peculiaridades da lei, no que tange s licitaes e aos contratos a ela submetidos:

    A) INDICAO DE MARCASNas licitaes realizadas nos moldes do RDC, admitida a indi-

    cao de marcas, desde que isso seja especificado e decorra de neces-sidade de padronizao do objeto a ser contratado, ou quando deter-minada marca ou modelo comercializado por mais de um fornecedor for a nica capaz de atender s necessidades da entidade contratante.

    Tambm ser admitida a indicao de marca, em situaes nas quais a descrio do objeto a ser licitado puder ser mais bem compre-endida pela identificao de determinada marca ou modelo aptos a servir como referncia, situao em que ser obrigatrio o acrscimo da expresso ou similar ou de melhor qualidade. Nesta ltima hi-ptese, o poder pblico no seleciona a marca que pretende adquirir e somente utiliza a mesma como forma de auxiliar os licitantes a enten-derem claramente as especificaes do bem que interessa entidade promotora do certame.

    Diferentemente do quanto estipulado na lei 8.666/93, os critrios de escolha se dividem em cinco diferentes opes

    POR MAThEUS CARVALhO*DIREITO ADMINISTRATIVO

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 10

    B) CRITRIOS DE SELEO DAS PROPOSTAS E CRITRIOS DE DESEMPATE

    O edital da licitao definir o critrio de julgamento a ser utilizado para escolha do vencedor no certame, que ser efetivado pelo emprego de parmetros objetivos definidos no instrumento convocatrio. Diferentemente do quanto esti-pulado na lei 8.666/93, os critrios de escolha se dividem em cinco diferentes opes. Sendo assim, podem ser definidos como critrios de julgamento.

    1) menor preo ou maior desconto, no qual o poder p-blico considerar o menor dispndio para a administrao pblica, atendidos os parmetros mnimos de qualidade de-finidos no instrumento convocatrio, incluindo os custos in-diretos, relacionados com as despesas de manuteno, uti-lizao, reposio, depreciao e impacto ambiental, entre outros fatores.

    2) tcnica e preo, utilizado quando a avaliao e a pon-derao da qualidade tcnica das propostas que superarem os requisitos mnimos estabelecidos no instrumento convocat-rio forem relevantes aos fins pretendidos pela administrao pblica, e destinar-se- exclusivamente a objetos de nature-za predominantemente intelectual e de inovao tecnolgi-ca ou tcnica, ou que possam ser executados com diferentes metodologias ou tecnologias de domnio restrito no mercado, pontuando-se as vantagens e qualidades que eventualmente forem oferecidas para cada produto ou soluo. Neste caso, a lei permite a atribuio de fatores de ponderao distintos para valorar as propostas tcnicas e de preo, sendo o percentual de ponderao mais relevante limitado a 70% (setenta por cento).

    3) melhor tcnica ou contedo artstico, utilizado para a contratao de projetos, inclusive arquitetnicos, e traba-lhos de natureza tcnica, cientfica ou artstica, excluindo-se os projetos de engenharia, sendo que devem ser consideradas exclusivamente as propostas tcnicas ou artsticas apresen-tadas pelos licitantes com base em critrios objetivos previa-mente estabelecidos no instrumento convocatrio, no qual ser definido o prmio ou a remunerao que ser atribuda aos vencedores.

    DIREITO ADMINISTRATIVO

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 10

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 11

    4) maior oferta de preo, no caso de contratos que resultem em receita para a administrao pblica. Nesses casos, os requisitos de qualificao tcnica e econmico-financeira podero ser dispensados, conforme dispuser o regulamento, podendo ser exigida a comprovao do recolhimento de quantia a ttulo de garantia, como re-quisito de habilitao, limitada a 5% (cinco por cento) do valor ofertado.

    5) maior retorno econmico, utilizado exclusi-vamente para a celebrao de contratos de eficincia, quando ento as propostas sero consideradas de forma a selecionar a que proporcionar a maior economia para a administrao pblica decorrente da execuo do contrato. De acordo com o art. 23, 1 da lei 12.462/11, O contrato de eficincia ter por objeto a prestao de servios, que pode incluir a realizao de obras e o fornecimento de bens, com o objetivo de proporcionar economia ao contratante, na forma de reduo de des-pesas correntes, sendo o contratado remunerado com base em percentual da economia gerada.

    Em todos os casos, assim como ocorre nas licita-es geridas pela lei geral de licitaes e contratos, no pode ser considerada, para fins de escolha e definio do vencedor do certame, nenhuma vantagem no pre-vista no instrumento convocatrio, inclusive financia-mentos subsidiados ou a fundo perdido.

    No que tange aos critrios de desempate na licita-o, a lei define que, em casos de condies idnticas de propostas, ser primeiramente realizada disputa fi-nal, em que os licitantes empatados podero apresen-tar nova proposta fechada em ato contnuo classifica-o. Mantendo-se a situao de empate, ser realizada a avaliao do desempenho contratual prvio dos li-citantes, desde que exista sistema objetivo de avalia-o institudo e, somente depois destas medidas, sero utilizados, sucessivamente, os critrios de desempate regulamentados no art. 3, 2, da lei 8.666/93 e, por fim, ainda ser possvel a efetivao de sorteio, caso as medidas anteriores no sejam aptas a definir o vence-dor do procedimento licitatrio.

    DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 11

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 12

    C) PROCEDIMENTO DA LICITAOO procedimento da licitao regulamentado pela lei 12.462/11 observar as

    seguintes fases, nesta ordem:

    I. fase preparatria, nos mesmos moldes em que se desenvolve a fase in-terna no procedimento licitatrio regulamentado pela lei geral.

    II. publicao do instrumento convocatrio, no Dirio Oficial da Unio, do Estado, do Distrito Federal ou do Municpio, ou, no caso de consrcio pblico, do ente de maior nvel entre eles, sem prejuzo da possibilidade de publicao de extrato em jornal dirio de grande circulao e em stio eletrnico oficial centra-lizado de divulgao de licitaes ou mantido pelo ente encarregado do procedi-mento licitatrio na rede mundial de computadores. Ressalte-se que, para con-trataes de valores mais baixos, ou seja, que no ultrapassem R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) para obras ou R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) para bens e servios, inclusive de engenharia, dispensada a publicao no Dirio Oficial, sendo a divulgao realizada, exclusivamente, no stio eletrnico.

    III. apresentao de propostas ou lances, sendo que sero desclassificadas as propostas que contenham vcios insanveis, no obedeam s especificaes tcnicas pormenorizadas no instrumento convocatrio, apresentem preos manifestamente inexequveis ou permaneam acima do oramento estimado para a contratao, no tenham sua exequibilidade demonstrada, quando exi-gido pela administrao pblica ou apresentem desconformidade com quais-quer outras exigncias do instrumento convocatrio, desde que insanveis.

    IV. julgamento, mediante aplicao dos critrios previamente definidos no instrumento convocatrio.

    V. habilitao, desde que o edital no preveja a inverso de fases, hipteses nas quais a habilitao dos licitantes ser realizada antes da apresentao de propostas.

    VI. recurso, a ser interposto, no prazo de 5 (cinco) dias teis contados a partir da data da intimao ou da lavratura da ata, sendo assegurado aos lici-tantes vista dos elementos indispensveis defesa de seus interesses.

    VII. encerramento.

    Estes so apenas alguns dos tpicos indicados pelo professor. Para saber mais acerca do tema, conhea a ISOLADA DE LICITAES E CONTRATOS, IN-CLUINDO O REGIME DE CONTRATAES DA COPA DO MUNDO.

    * Matheus Carvalho Procurador da Fazenda Nacional; Ps Graduado em direito pblico; Professor da Escola de Magistrados da Bahia (EMAB); Professor convidado da Ps Graduao da EMAB e da Faculdade Baiana de Direito; Professor convidado da Fundao de Direito da Universidade Federal da Bahia; Professor do CERS Cursos Online; e

    Autor de vrias obras jurdicas.

    DIREITO ADMINISTRATIVODIREITO ADMINISTRATIVO

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 12

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 14

    ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 14

    j consagrada no direito contemporneo, que pune expres-samente a utilizao de violncia contra criana ou adolescente, ainda que utilizada para fins pedaggicos. A ttulo de exemplo, pode ser citada a legislao Sueca, que em 1979 adotou a lei An-ti-spanking Law, que proibiu a punio corporal ou qualquer outro tratamento humilhante contra crianas. A Comisso Eu-ropeia de Direitos Humanos j decidiu que a punio corporal de crianas constitui violao aos direitos humanos. A lei da fa-mlia e da juventude, aprovada na ustria, no fim da dcada de 80, evita a punio corporal direcionada educao. No mesmo sentido podemos ainda citar a legislao da Dinamarca, Norue-ga, Alemanha, Itlia, Canad, Reino Unido, Mxico e Nova Ze-lndia. No ano de 2000, a Suprema Corte de Israel reconheceu a inadmissibilidade de utilizao da punio corporal de crianas por seus pais e responsveis.

    Transformado na lei ordinria 13010/14, o texto original sofreu alguns vetos.

    A lei inclui no Estatuto da Criana e do Adolescente (Lei 8069/90) os artigos 18 A, 18 B e 70 A e altera seu artigo 13, assim como altera o artigo 26 da Lei 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional). A alterao do artigo 245 do Estatuto da Criana e do Adolescente foi vetada.

    O artigo 18A estabelece que A criana e o adolescente tm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo fsi-co ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de cor-reo, disciplina, educao ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da famlia ampliada, pelos responsveis, pelos agentes pblicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, trat-los, educ-los ou proteg-los.

    Nos parece que a nomenclatura da lei realmente precisava ser trocada, com abandono da expresso lei da palmada. Isso porque a lei passa a descrever qual seria o castigo fsico proibi-do, como ao de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da fora fsica sobre a criana ou o adolescente que resulte em sofrimento fsico ou leso. Tambm conceituado o trata-mento cruel ou degradante, como conduta ou forma cruel de tratamento em relao criana ou ao adolescente que humi-lhe, ameace gravemente ou ridicularize.

  • PR

    RC

    PE

    AAAO

    Entrelinhas No basta apenas passar na prova para assumir o cargo. preciso compreender e

    atender a todos os requisitos definidos no edital

    POR MANOELA MOREIRA

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 16

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 17

    PREPARAO

    Antes de definir qual concurso p-blico prestar, os candidatos preci-sam avaliar uma srie de fatores. O tempo de preparao, as disci-plinas exigidas, o cargo almejado, a remune-rao, e claro, os requisitos do edital. E esse ltimo deve ser analisado a partir de critrios objetivos e bem definidos, pois por mais que se queira conquistar a vaga, e at mesmo pas-se na prova, a nomeao s ser possvel caso o candidato atenda aos requisitos indicados no documento.

    O edital definir as caractersticas de cada fase do concurso pblico, os requisitos de escolaridade, a formao especializada e a experincia profissional, os critrios elimina-trios e classificatrios, bem como eventuais restries e condicionantes decorrentes do ambiente organizacional ao qual sero desti-nadas as vagas. (Lei n. 11.233/05 art 9, 2)

    Alguns tpicos so bsicos e esto con-templados nos editais da grande maioria dos certames. Como sabido, o concurso pbli-co deve ser realizado com observncia lei e princpios regentes da atividade administrati-va, nos termos do art. 37, II da Constituio Federal de 1988.

    Art. 37() II- a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na for-ma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao.

    Nesse contexto, as exigncias previstas no edital do concurso, por consequncia, de-vem estar amparadas em lei.

    O candidato a servidor pblico deve preencher determinados requisitos que podem variar de acordo com o cargo pretendido. Confira as exigncias mais comuns nos editais:

    estar em dia com obrigaes eleitorais;

    se do sexo masculino, estar quite com obrigaes militares;

    ser brasileiro nato ou naturalizado;

    na data de nomeao, contar com idade igual ou superior a dezoito anos;

    no ter sido demitido por justa causa por ato de improbidade no servio pblico ou exonerado a bem do servio pblico, mediante deciso transitada em julgado;

    apresentar, no ato da nomeao, a certido negativa de antecedentes criminais fornecida pelo Cartrio Distribuidor do Frum, quando solicitado;

    possuir, na data da nomeao, o grau de escolaridade para o exerccio do cargo;

    entre outros requisitos que devem estar especificados no edital do concurso.

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 17

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 18

    PREPARAO

    ExIGNCIASSob esta perspectiva, muitos candidatos possuem dvidas quanto legitimi-

    dade da exigncia de experincia profissional, por exemplo, como pr-requisito ao ingresso no cargo pblico. Inicialmente, vale destacar que a exigncia de ex-perincia plenamente justificvel, j que o concurso visa selecionar o candidato melhor preparado para as atribuies da funo.

    A Administrao livre para estabelecer as bases do concurso e os critrios de julgamento, desde que o faa com igualdade para todos os candidatos, para melhor atendimento do interesse pblico. Em suma, legtima a exigncia de experincia profissional nos concursos pblicos, desde que esta seja condizente com a natureza e complexidade do cargo pleiteado e, ainda, esteja prevista na lei que regulamente a carreira, no sendo suficiente a mera previso no edital.

    Por oportuno, destaque-se que para carreiras jurdicas, tais como a Magis-tratura e Ministrio Pblico, h expressa previso constitucional quanto a exi-gncia de comprovao de trs anos de atividade jurdica como requisito para ingresso no cargo, nos termos dos artigos 93, inciso I e 129, 3, da CF/88, a partir da edio da Emenda Constitucional n 45/2004.

    Sendo assim, mesmo antes das provas escritas, o candidato j tem conheci-mento de que haver de satisfazer todas as exigncias do edital para ser conside-rado aprovado e posteriormente nomeado.

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 18

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 19

    PREPARAO

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014

    DESTRINCHANDO O EDITALA pessoa interessada no concurso deve ler minuciosamente e

    compreender o edital por completo, o que muitas vezes no acontece. Alm dos candidatos apenas pescarem as informaes que julgam ser relevantes data da prova, prazo de inscrio, nvel de escolaridade exigido alguns textos so mal elaborados.

    No raro, o documento escrito de forma densa e pouco atrativa. Existem editais que chamamos de mal-assombrados. Voc l repe-tidas vezes e no entende. As informaes no esto claras, deixando brechas para diferentes interpretaes, explicou Rodrigo Bezerra, coordenador do CERS Cursos Online.

    Ele tambm chama ateno para os candidatos reprovados que recorrem ao Poder Judicirio em busca de liminares que garantam sua participao em outras fases da disputa pelo to sonhado cargo p-blico. Em alguns casos, o motivo pode ser a exigncia de requisitos manifestamente ilegais ou no razoveis. Em outros, falta de ateno ao que est previamente escrito no edital.

    A Administrao livre para estabelecer as bases do concurso e os critrios de julgamento, desde que o faa com igualdade para todos os candidatos, para melhor atendimento do interesse pblico. em suma, legtima a exigncia de experincia profissional nos concursos pblicos

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 19

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 20

    PREPARAO

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014

    CADA CASO UM CASOO candidato aprovado em primeiro lugar

    no concurso do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de So Paulo (IFSP) teve a nomeao cancelada por no ter comprovado experincia prvia, exigida no edital. Ele ingres-sou com um mandado de segurana na Justia Federal, alegando que a experincia prvia exi-gida no edital no constava como sendo em rea especfica para a qual o candidato concorria.

    A deciso declarou que ao exigir-se em certame para provimento de cargos pblicos experincia prvia, tem-se por objetividade selecionar candidatos habituados com as ativi-dades a serem desenvolvidas, em observncia ao princpio da eficincia. Por isso, constar do edital experincia na rea especfica a que se refere o cargo afigura-se desnecessria.

    Outra situao que ainda causa dvidas so os testes psicotcnicos e psicolgicos. No con-curso para agente penitencirio federal, a Quin-ta Turma considerou ilegal a exigncia de exame psicolgico por falta de previso legal. A relatora destacou que a Lei n. 10.693/2003, que criou a carreira, no exige a realizao do exame.

    J o mesmo exame obrigatrio para quem quer ingressar na carreira policial. Isso porque o artigo 4, inciso III, da Lei n.

    10.826/2003 que disciplina o registro, posse e comercializao de armas exige a compro-vao de aptido psicolgica para manuseio de arma de fogo. Diante da circunstncia de que o policial, invariavelmente, ir manusear arma de fogo, no se pode falar em inexistn-cia de previso legal para a exigncia de apro-vao em exame psicolgico em concurso p-blico para ingresso na carreira policial.

    Uma concurseira, candidata no certame para papiloscopista da Polcia Federal, entrou na justia aps ser reprovada no Teste de Apti-do Fsica do processo seletivo. Seu argumen-to foi de que o teste de barra fixa no deveria ser exigido para as mulheres inscritas no cer-tame. Aps analisar o caso, a Quinta Turma do rgo chegou deciso unnime favorvel candidata, que conquistou o direito de conti-nuar na seletiva e tambm excluiu a exigncia do teste para as mulheres.

    O relator do processo no TRF instituiu que a exigncia do teste de barra fixa viola os princpios da isonomia, da razoabilidade e da proporcionalidade, pois clara a diferena entre homem e mulher em suas constituies e aptides fsicas e desproporcional a exign-cia do teste nesta modalidade para candidatas do sexo feminino.

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 20

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 21

    PREPARAO

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014

    POR SUA CONTA E RISCONo entanto, so comuns casos de candidatos que ainda no possuam os requisitos solicitados,

    como idade mnima ou nvel de escolaridade, e optaram por arriscar. Isto , sabendo da demora na convocao para apresentao de documentos comprobatrios, realizaram a prova e foram aprovados na expectativa de serem chamados apenas aps efetivamente conclurem o curso de graduao superior, por exemplo.

    Mas e se o concurso chamar antes? Por via de regra, perdeu! Para exercer o cargo necess-rio preencher todos os requisitos previstos no edital. Estar perto de concluir o curso no d direito posse, nem reserva de vaga, at porque se trata ainda de mera expectativa a concluso do curso.

    Mas at que ponto vale a pena no seguir o edital e arriscar garantir a vaga por meio de liminar? No h resposta certa. Essa deciso precisa ser avaliada com muito cuidado. Estudar para concurso pblico demanda tempo e dedicao quase absolutos. E ningum quer ver tanto esforo ser perdido.

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 21

  • EN

    VS

    RT

    EITA

    Cdigo

    O especialista em trnsito Tenente Coronel Moura responde o que

    voc precisa saber sobre a Lei n 12.971/2014

    POR MANOELA MOREIRA

    deBrasileiro

    Trnsito

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 22

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 23

    ENTREVISTA

    P ara entender melhor as alteraes ocorridas no Cdigo de Trnsito Brasileiro, entrevistamos o Te-nente Coronel Moura, consultor de Legislao e Direito de Trnsito e pro-fessor do CERS. A Lei 12.971/2014 dever entrar em vigor apenas em novembro, mas voc j deve ir atualizando o seu material de estudo para o prximo concurso

    1. De forma geral, como o senhor avalia o Cdigo de Trnsito Brasileiro? A Lei 9.503/1997 - Cdigo de Trnsito Bra-sileiro - trouxe importantes mudanas para os comportamentos dos usurios das vias terrestres pblicas e, por conseguinte, para o trnsito brasileiro. Podemos citar o trn-sito em condies seguras como sendo um direito de TODOS (Art. 1,2), a muni-cipalizao do trnsito (art. 8), a educa-o para o trnsito como direito de todos e dever dos rgos integrantes do Sistema Nacional de Trnsito (Art. 74), e a crimina-lizao de algumas condutas (Arts. 302 ao 312 - crimes de trnsito). A legislao de trnsito brasileira como complexa, dinmica e com falhas, necessita, sim, ser aprimorada. Podemos dizer assim, que o CTB, o cdigo cidado, eficien-te em parte. Contudo, podemos comprovar que a falta de educao dos usurios o fa-tor principal para que a violncia no trnsito continue aumentando, a cada ano.

    2. qual foi o objetivo da Lei 12.971/2014?Em uma primeira anlise, o objetivo do le-gislador atravs do aumento dos valores das multas de trnsito previstas em algumas in-fraes constantes na Lei 9.503/97 (art.s 173, 174, 175, 192, 202 e 203), bem como o aumen-to de penas privativas de liberdade e a criao de qualificadoras para alguns tipos penais de trnsito, foi tentar inibir condutas considera-das perigosas, objetivando combater a violn-cia do trnsito.Medidas imediatistas, como as alteraes atra-vs de Leis, podero momentaneamente atin-gir seu objetivo, porm, como j foi dito, sem educao para o trnsito, no conseguiremos reduzir a mortandade no trnsito brasileiro.

    3. A Lei 12.971/2014 altera infraes de trnsito e modifica alguns artigos que tratam sobre crimes previstos no CTB. quais pontos o senhor destacaria? A Lei 12.971/2014 foi a 21 alterao na Lei 9.503/97, em 16 anos de sua vigncia. Pos-suindo apenas dois artigos, a nova legislao modifica dois captulos do CTB (XV e XIX), alterando a parte administrativa e a parte cri-minal (geral e especial). Na parte administrativa constatamos o aumento dos valores das multas de trnsito previstas em (06) seis infraes constantes no captulo XV. O CTB possua apenas infraes com valores das multas agravadas em (x1), (x3), (x5), tendo ape-nas uma exceo, o artigo 246, sendo agravada

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 24

    ENTREVISTA

    (x1), (x2), (x3) (x4) e (x5). A Lei 12.971/2014 al-terou os artigos 173, 174, 175 e 191, passando os fatores multiplicadores para (x10).Essa alterao trar consequncias complexas, quando da aplicao da penalidade de trnsi-to de suspenso do direito de dirigir, pois no h previso de agravante (x10) na Resoluo 182/2005 do Conselho Nacional de Trnsito, o que poder impedir a aplicao da penalida-de pelas autoridades executivas estaduais de trnsito, os diretores dos DETRANs.A Lei 12.971 tambm alterou a parte criminal do CTB, sendo 01 (um) artigo na Parte Geral e 04 (quatro) artigos alterados na Parte Especial dos Crimes de Trnsito. Na Parte Geral do Ca-ptulo XIX do CTB, o artigo 292 foi modificado. A pena de suspenso judicial e proibio judi-cial para se obter a permisso ou a habilitao para dirigir veculo automotor, previstas para alguns crimes de trnsito (artigos 302, 303, 306, 307, 307, pargrafo nico e 308), no pode mais ser aplicada, como pena principal, aos crimes de trnsito.Na Parte Especial do Captulo XIX, que trata dos Crimes em Espcie tivemos o aumento de penas privativas de liberdade de alguns crimes de trnsito, bem como a introduo de qualifi-cadoras em alguns tipos penais, o surgimento da pena de recluso, o que, certamente, no ir frear o cometimento dos crimes de trnsito.

    4. Em quais situaes a punio penal dos condutores que cometem crimes de trnsito foi ampliada?A pena prevista para o crime previsto no artigo 302 era deteno, sendo, agora, recluso. No havia a forma qualificada para o homicdio culposo de trnsito, o que aconteceu atravs da Lei 12.971/2014, introduzindo o pargrafo 2 ao artigo 302. Contudo, essa alterao trou-xe um srio problema embutido, causando uma situao complexa, pois promoveu um conflito de normas entre o artigo 302,2 e o artigo 308 do CTB.Vejamos o exemplo: um cidado que cometer um homicdio culposo de trnsito, compro-vando-se que estava com sua capacidade psi-comotora alterada em razo da influncia de lcool ou de outra substncia psicoativa que determine dependncia, dever ser responsa-bilizado pelo delito tipificado no 2, do art. 302 do CTB, ou seja, ser beneficiado, pois, em muitos casos, os causadores respondiam por homicdio doloso (Dolo Eventual). Pode-ro ser beneficiados, tambm, os que j foram condenados, o que um retrocesso.No crime do artigo 308, vulgarmente conhe-cido como racha, o legislador promoveu vrias mudanas. Antes da Lei 12.971/2014, esse tipo penal era um crime de perigo abs-

    (...) A legislao de trnsito brasileira como complexa, dinmica e com falhas, necessita, sim, ser aprimorada. Podemos dizer assim, que o cTB, o cdigo cidado, eficiente em parte.

    TC Moura

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 25

    sendo que o normal, nessas hipteses, o afastamento do perigo e a responsabilizao pelo resultado;(b) Enquanto o crime do artigo 308, 1 do CTB, com leso corporal grave culposa, prescreve pena de recluso de 03 a 06 anos; o crime do artigo 129, 1, leso corporal grave dolosa, tem pena de 01 a 05 anos de recluso. Novamente temos uma conduta culposa com pena superior a de uma dolosa; (c) A redao do artigo 308, 2 do CTB idnti-ca a do artigo 302, 2, colocando-os em ntido conflito, tornando a primeira figura inaplicvel.

    6. As alteraes no CTB podem ser con-sideradas um avano? Podemos dizer que houve um pequeno avano. Houve uma tentativa de melhora, que poderia ser bem mais objetiva e eficaz. Precisamos ter um Cdigo Penal de Trnsito separado do Cdigo de Trnsito Brasileiro, com ocorre na Espanha, por exemplo.

    7. quais dicas voc deixa para os concur-seiros sobre essas modificaes?Os concurseiros devem ficar atentos para to-das as alteraes promovidas na Lei 9.503/97. Como dica, recomendo o estudo mais deta-lhado dos captulos (todos do CTB): III, VII, IX, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII XIX.

    ENTREVISTA

    trato, necessitando gerar um perigo poten-cial a incolumidade pblica ou privada, para que houvesse o enquadramento no tipo penal do artigo 308 do CTB, pois do contrrio, seria apenas uma infrao administrativa, descrita no artigo 174 do CTB. O caput do artigo foi al-terado, sendo acrescido gerando situao de risco incolumidade pblica ou privada.O legislador tambm ampliou a pena pri-vativa de liberdade do caput do artigo 308. Assim, os artigos 306 e 308 caput passam a ser os nicos crimes de trnsito com a pena privativa de liberdade, com o mximo de trs anos de deteno, sem agravante. Ainda fo-ram inseridas duas formas qualificadoras, previstas nos pargrafos 1 e 2, com suas respectivas penas aumentadas em relao aos demais crimes de trnsito.

    5. Alguns juristas contestam a redao da nova lei. qual o possvel equvoco?O legislador no foi feliz ao promover a redao do 2 do artigo 302 do CTB. Em um mesmo dispositivo legal aglutinou os crimes previstos nos artigo 306 e 308 do CTB, o que poder tra-zer problemas para a interpretao correta do crime cometido. Assim, a inovao introduzi-da pela legislao causa questionamentos: (a) No artigo 308, estamos diante de um cri-me de perigo que se qualifica pelo resultado,

    Confira aqui a redao da Lei n 12.971/2014 na ntegra: A Lei n 12.971/2014, que altera o Cdigo de Transito Brasileiro, est contemplada no Curso Legislao Penal Especial, com aulas ministradas pelo Tenente Coronel Moura.

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 26

    EXAME DE ORDEM

    AA

    ganhar o jogo!Revisar paraSimulados, Overdoses, Super UTIs, vdeos explicativos, livros com dicas, e muito mais contedo. Tudo isso sinnimo de reviso, e reviso a carta curinga para se dar bem

    na 1 Fase do Exame de OrdemPOR ROdRIgO RIgAud

    A repetio, com correo, at a exausto, leva perfeio

    A mxima acima j comum entre quem faz Exame de Ordem. Repetir para corrigir, para exaurir, para aperfeioar. As revises sur-gem, para todos os que se debruam sobre o extenso contedo das 17 disciplinas que constam nas provas de 1 fase, como um meio de anular dvidas, reforar principais pontos estudados, trazer mente itens importantes, antes esquecidos, fixar passos esquemticos que sero essenciais para a resoluo de questes, enfim, fortalecer todo o conhecimento adquirido durante a preparao.

    como em uma partida de cartas. Um dos participantes pode at estar indo bem no jogo, construindo uma estratgia slida e eficaz, mas ao conseguir ter acesso carta curinga, suas chances de sair vitorioso, que j eram grandes, aumentam ainda mais. A reviso este instru-mento especial de quem objetiva o ingresso na Ordem dos Advogados.

    Mas cabe ao aluno estar disposto a desfazer-se de quaisquer resqucios de indisposio e comprometer-se com anlises mi-nuciosas, densas, do que foi apresentado durante a exposio das matrias pelos professores. Vamos conhecer algumas das princi-pais alternativas de reviso disponveis e necessrias a quem faz a 1 fase do Exame de Ordem.

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 27

    AA

    ANOTAES DAS AULASAteno e disciplina por parte do aluno so requisitos b-

    sicos para que este consiga desenvolver anotaes e resumos que faam a diferena na preparao para as provas da 1 fase. importante estar atento s inmeras dicas que so transmitidas pelos professores nas aulas, transcrev-las e constantemente relembr-las. Tambm essencial registrar por escrito todas as dvidas que surgirem durante o curso para que estas possam ser revistas e sanadas com o auxlio dos docentes. Os cursos online trazem a vantagem do controle do aluno sobre a aula. Podendo repetir a mesma informao mais de uma vez, ele pode fazer anotaes cada vez mais profundas e acuradas, que possibilita-ro revises precisas e com resultados diretos no processamen-to das informaes durante a prova.

    RESOLUO DE qUESTES unnime o fato de que a resoluo de questes a manei-

    ra mais eficaz de revisar os assuntos para as provas da 1 fase. Em complemento s aulas tericas, atravs da observao e re-soluo de problemas lanados por Exames anteriores, ou at mesmo de novos quesitos elaborados pelos professores, o aluno se depara com dificuldades reais e que exigiro um apanhado mental do conhecimento pr-existente e ainda evidente, ou ento a recapitulao de informaes antigas, outrora latentes. Esse instrumento de reviso ainda til para que o candidato ganhe agilidade na prtica da resoluo de questes, sabendo como administrar o tempo em paralelo ao fluxo de processa-mento mental dos problemas sugeridos. Para uma experincia ampla nesse segmento de revises para a 1 fase, indicamos:

    Curso de Resoluo de Questes: Os professores do Portal Exame de Ordem comandam um material de estudo com mais de 80 horas de aulas voltadas exclusivamente para a an-lise e explanao de questes de todas as disciplinas do Exame;

    Simulados: Todos podem baixar, de forma gratuita, os

    EXAME DE ORDEM

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 28

    EXAME DE ORDEM

    JOKER

    J

    O

    K

    E

    R

    simulados desenvolvidos pela equipe do Portal Exame de Or-dem. Antes de cada primeira fase, trs simulados so lanados no PEO, seguindo o perfil das provas da FGV. Os professores lanam gabaritos comentados e vdeos explicativos que tambm podem ser acessados gratuitamente por parte dos alunos.

    REVISES EM REDEMaurcio Gieseler, responsvel pelo Blog do Portal Exame de

    Ordem, um dos responsveis por postar diariamente vrias novi-dades e contedos para reviso por parte dos candidatos do Exame. Segui-lo nas redes sociais, alm de acompanhar sempre o blog, certeza de ter sempre fontes novas para revisar assuntos que po-dem estar adormecidos na mente. Mas ele no o nico a prestar esse servio gratuito a todos os alunos. A equipe de professores do PEO ativa nas redes sociais e est sempre revisando os assuntos dados em aula, tirando dvidas e postando novidades para os can-didatos, assim como a prpria Fanpage do Portal no Facebook, que disponibiliza regularmente novos instrumentos gratuitos de revi-so para quem sabe da importncia dessa carta curinga.

    SUPER UTI + OVERDOSE O Portal Exame de Ordem ainda apresenta estes dois proje-

    tos desenvolvidos para entregar aos alunos as melhores e mais in-tensas revises para a 1 Fase. O primeiro um super aulo (pre-sencial e online) reunindo toda a equipe do Portal com as maiores dicas para a prova. O ltimo na semana que antecede o Exame. Estes dois so tema da seo CERS Acontece, desta edio da RE. Confira ao final da revista mais detalhes sobre como ter acesso carta que pode mudar o jogo de sua preparao.

    ACESSE:

    www.cers.com.br/blog.portalexamedeordem.com.br

  • CAAP

    Atualizematerialestudosseu

    de

    notciaquente

    Confira 10 inovaes legislativas do 1 semestre que vo fazer

    diferena no contedo programtico de importantes certamesPOR ANA LARANjEIRA E dANILO ChRIstfARO

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 29

    O primeiro semestre de 2014 foi agitado no Palcio do Pla-nalto. A atual presidente da Repblica, Dilma Roussef, assinou uma srie de novas leis. A maioria delas alteran-do cdigos e artigos j existentes e desatualizados. Desta forma, ganharam novas e diferentes linhas o Cdigo Penal, o Cdigo de Trnsito Brasileiro (CTB), o Cdigo Civil e o Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA), por exemplo.

    As inovaes legislativas costumam ser tema de provas de con-cursos elaborados pelas mais tradicionais bancas, precisando assim protagonizar o material de estudos dos candidatos. Para ajudar voc, leitor e estudante, a fazer as mudanas cabveis nos seus resumos e contedo didtico, a Revista Edital reuniu junto ao advogado e con-sultor Danilo Christfaro as 10 mais importantes mudanas legislati-vas deste primeiro semestre no Brasil. Acompanhe por ordem crono-lgica nas prximas linhas.

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 30

    MATRIA DE CAPALEI 12.962 Sancionada no dia 08 de abril de

    2014, a lei visa alterar a Lei 8.069 (Estatu-to da Criana e do Adolescente) e assegu-rar a convivncia da criana e do adoles-cente com os pais privados de liberdade.

    Com a nova Lei, o Estatuto passa a determinar, no 4, do art. 19, que ser garantida a convivncia da criana e do adolescente com a me ou o pai pri-vado de liberdade, por meio de visitas pe-ridicas promovidas pelo responsvel ou, nas hipteses de acolhimento institucio-nal, pela entidade responsvel, indepen-dentemente de autorizao judicial.

    A finalidade das modificaes justamente a de incrementar o esforo j iniciado com a Lei 12.010/2009, qual

    seja, repetir que a famlia natural o local adequado para a permanncia da criana e do adolescente, as quais so-mente podero ser inseridas em famlia substituta em situaes excepcionais, esclareceu o Professor Luciano Rossato.

    Importante frisar que o delito no tem qualquer relao com maus tratos com a criana, mas decorre de fato ex-terno que no compromete por com-pleto o seu carter ou a possibilidade de que volte a cuidar da criana quando em liberdade, destacou Luciano.

    Por fim, vale observar que agora a prpria entidade de acolhimento dever conduzir a criana s visitas, sem neces-sidade prvia de autorizao judicial.

    O chamado Marco Civil da Internet foi sancionado em 23 de abril de 2014 e funciona como uma Constituio para o uso da rede no Brasil, estabelecendo princpios, garantias, direitos e deveres para internautas e empresas.

    Um dos principais pila-res do Marco Civil a chamada neutralidade de rede. Com ela, os provedores de internet ficam proibidos de ofertar conexes di-ferenciadas a partir do contedo que o usurio for acessar, como e-mails, vdeos ou redes sociais.

    A lei diz ainda que prove-dores de conexo e aplicaes na

    internet no sero responsabili-zados pelo uso que os internau-tas fizerem da rede e por publi-caes feitas por terceiros, mas, sero responsabilizadas por da-nos gerados por terceiros se no acatarem ordem judicial exigin-do a retirada dessas publicaes.

    Alm disso, o sigilo das co-municaes dos usurios da in-ternet no pode ser violado. Provedores de acesso internet agora devem guardar os registros das horas de acesso e do fim da conexo dos usurios pelo prazo de seis meses, mas isso deve ser feito em ambiente controlado. A responsabilidade por esse con-

    trole no dever ser delegada a outras empresas.

    A coleta, o uso e o armaze-namento de dados pessoais pelas empresas s podero ocorrer des-de que especificados nos contra-tos e caso no sejam vedados pela legislao. Assim, as empresas de acesso esto proibidas de moni-torar, filtrar, analisar ou fiscalizar o contedo dos pacotes, salvo em hipteses previstas por lei.

    Estes so apenas os princi-pais pontos. Para saber todos os direitos e deveres abordados na lei, recomenda-se a leitura com-pleta do documento.

    12

    LEI 1

    2.962

    LEI 12.965 (MARCO CIVIL DA INTERNET)

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 31

    MATRIA DE CAPA

    A Lei alterou, em 09 de maio de 2014, 11 artigos do Cdigo de Trnsito Brasileiro. As alteraes so relacionadas ao aumento dos valores das multas, aumento de penas, criao de qualificadoras para alguns tipos penais, etc.

    Dentre as diversas alteraes (sugerimos a leitura acurada da lei), destaca-mos a polmica que se instalou com as mudanas ocorridas nos artigos 302 e 308.

    O artigo 302 pune o homicdio culposo com pena de deteno de 2 a 4 anos. Com as alteraes, que entraro em vigor somente em novembro, se o homi-cdio resultar de racha ou embriaguez ao volante, apesar de ter a mesma pena do caput (2 a 4 anos), ser punido com recluso (e no deteno), admitindo, portanto, regime inicial fechado.

    Como bem observado por Rogrio Sanches Cunha, o legislador, num mo-mento de extrema infelicidade, alterou tambm o artigo 308 (crime de racha), qualificando sua pena quando ocorrer leso grave ou morte (5 a 10 anos) cul-posas. Se voc parar para observar os dois crimes, perceber onde se insta-la a celeuma: ambos descrevem a mesma situao. Resta a dvida: quando de um racha resultar morte culposa, o condutor dever responder pelo artigo 302 (pena de 2 a 4 anos) ou 308 qualificado (pena de 5 a 10 anos)?

    Rogrio Sanches explica as duas correntes que surgiram a respeito do tema:

    1 corrente: deve responder pelo artigo 302 do CTB, j que mais benfico ao ru.

    2 corrente: deve responder pelo artigo 308 do CTB, pois primeiro o agente consuma o delito do artigo 308 (participar de racha), para, depois, qualific-lo pela morte culposa.

    Como trata-se de uma nova lei, os Tribunais ainda no foram provocados a se manifestar sobre o tema.

    Inicialmente, a Lei alterou o nome jurdico do artigo 218-B do Cdigo Penal, que de Favorecimento da prostituio ou outra forma de explorao sexual de vulnervel passou a chamar Favore-cimento da prostituio ou de outra for-ma de explorao sexual de criana ou adolescente ou de vulnervel.

    Alm disso, a Lei acrescentou o in-ciso VIII ao artigo 1 da lei 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos), passando a considerar como hediondo o favoreci-mento da prostituio ou de outra for-

    ma de explorao sexual de criana ou adolescente ou de vulnervel.

    A inovao legislativa mais gravo-sa, portanto, irretroativa, ou seja, quem praticou o referido delito antes do dia 21 de maio de 2014, no sofrer as consequncias penais e processuais inerentes aos crimes hediondos. Porm, necessrio ficar aten-to s modalidades permanentes do crime, que de acordo com a smula 711 do STF sero punidas conforme a nova lei (mais gravosa) se a cessao da permanncia for posterior a entrada de sua vigncia.

    3

    4

    LEI 1

    2.971

    (MUD

    ANA

    S N

    O C

    D

    IGO

    DE

    TRN

    SITO

    BRA

    SILE

    IRO

    )

    LEI 12.978 ALTERA O CDIGO PENAL E A LEI DOS CRIMES HEDIONDOS

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 32

    MATRIA DE CAPA

    A Lei N 12.986, de 2 de junho de 2014, transforma o Conselho de Defe-sa dos Direitos da Pessoa Humana em Conselho Nacional dos Direitos Hu-manos CNDH e revoga as Leis 4.319 e 5.763. A nova lei disciplina a finali-dade, composio, competncia, prer-rogativas e estrutura organizacional do CNDH, e conta com 17 artigos, que esto divididos em cinco captulos, sendo: I Disposies preliminares; II Com-posio, competncia e prerrogativas; III Sanes e crimes; IV Estrutura organizacional; V Disposies finais.

    Segundo o Procurador e professor do CERS Robrio Nunes, a necessida-de de reformulao do antigo Conse-lho j havia sido identificada h algum tempo e com a sano da lei e uma nova

    composio, com a participao de re-presentantes da sociedade civil organi-zada, a expectativa se tornou mais real. A grande diferena (descrita nos Artigos 5 e 6 da lei) que o CNDH tem maior au-tonomia para impor sanes, aplicar ad-vertncias e censuras. Agora esperamos do Conselho uma maior assertividade na apurao dos Direito Humanos no pas, j que ele est autorizado a solicitar documentos, expedir recomendaes a entidades pblicas, realizar procedi-mentos investigatrios, requisitar pro-vas e requerer determinadas medidas, como vistorias e inspees. De qualquer forma, a lei ainda muito recente para sabermos se, por si s, ela ser suficien-te. preciso testar na prtica para que nossas expectativas se confirmem.

    No dia 17 de junho, foi publicada a Lei 12.993, que alterou a lei 10.826, conhecida como Estatuto do de-sarmamento, que trata da concesso de porte de arma funcional. De acordo com a nova lei, os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais podero portar arma de fogo de propriedade particular ou forne-cida pela respectiva corporao ou instituio, mesmo fora de servio, o chamado porte de arma funcional.

    Vale observar que, para tanto, a lei estabelece al-gumas exigncias. Conseguiro o porte desde que es-tejam: I) sujeitos a regime de dedicao exclusiva; II) sujeitos a formao funcional, nos termos do regula-mento; III) subordinados a mecanismos de fiscalizao e de controle interno.

    A Presidenta vetou disposio que estendia o porte de armas fora do servio tambm para os agen-tes porturios.

    LEI 1

    2.986

    (CN

    DH

    )

    LEI 12.993 (ESTATUTO DO DESARMAMENTO)

    5

    6com a nova lei, os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais podero portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporao ou instituio, mesmo fora de servio

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 33

    MATRIA DE CAPA

    As leis 12.966 e 13.004 ampliam as fina-lidades e os legitimados da Lei da Ao Civil Pblica (7.347).

    O artigo 5 da referida lei (7.347) passa a conter os incisos VII e VIII, com a finalidade de proteger a honra e a dignidade de grupos raciais, tnicos ou religiosos (inciso VII, da Lei 12.966) e o patrimnio pblico e social (inciso VIII da Lei 13.004).

    O rol de legitimados para propor a ao principal e a cautelar agora conta com a par-ticipao das associaes que, concomitan-temente inclua, entre as suas finalidades ins-titucionais, a proteo aos direitos de grupos raciais, tnicos ou religiosos (Lei 12.966) e ao patrimnio pblico e social (Lei 13.004).

    A nova norma alterou o C-digo Penal, mais especificamente os crimes de contrabando e des-caminho. Vale lembrar que as al-teraes prejudiciais aos rus so todas irretroativas.

    Antes, contrabando e des-caminho, apesar de configurarem condutas claramente distintas, eram punidas no mesmo artigo com a mesma pena. No contraban-do so importadas ou exportadas mercadorias absoluta ou relativa-mente proibidas de circularem no pas; j no descaminho, o agente age fraudulentamente, com o in-tuito de se furtar ao recolhimento de tributos inerentes circulao da mercadoria, explicou o Pro-fessor Rogrio Sanches Cunha.

    Agora, a nova lei colocou cada conduta em um artigo e diferenciou suas penas. O descaminho perma-nece no artigo 334 e o contrabando passa a ser punido no artigo 334-A, criado pela lei em comento. Des-caminho, pena de 1 a 4 anos, ad-mite suspenso do processo; con-trabando, pena de 2 a 5 anos, no admite. Os Tribunais Superiores admitem princpio da insignificn-cia no descaminho, mas no para o contrabando, lembra Rogrio.

    Na antiga redao do artigo 334, punia-se em dobro quem praticas-se contrabando e descaminho em transporte areo. Com a nova reda-o, a pena ser aplicada em dobro se os crimes forem praticados em trans-porte areo, martimo ou fluvial.

    7

    8

    LEIS 12.966 E 13.004 AMBAS ALTERARAM A LEI DA AO CIVIL PBLICA

    LEI 1

    3.008

    (C

    RIM

    ES D

    E CO

    NTR

    ABAN

    DO

    E DES

    CAM

    INH

    O)

    Antes, contrabando e descaminho, apesar de configurarem condutas claramente distintas, eram punidas no mesmo artigo com a mesma pena

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 34

    MATRIA DE CAPA

    A presidenta Dilma decretou no dia 26 de junho de 2014 a instituio do Sistema Nacional de Informaes de Registro Civil (Sirc). O novo sistema tem a finalidade de captar, processar, arquivar e disponibilizar dados relativos a re-gistros de nascimento, casamento, bito e natimorto, produzidos pelas serven-tias de registro civil das pessoas naturais (Art. 1).

    O Sirc contar com um comit gestor, composto por representantes de di-versos ministrios, rgos e entidades, que ficar responsvel pelo estabeleci-mento de diretrizes para funcionamento, gesto e disseminao do sistema e pelo monitoramento do uso dos dados nele contidos, com apoio de um grupo tcnico executivo (Art. 3, 4 e 5).

    Segundo o Art. 8 do Decreto, os dados contidos no Sirc podero ser dispo-nibilizados, aps autorizao do comit gestor, aos rgos e entidades da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios que os solicitarem, observado o disposto no art. 31 da Lei n 12.527, de 18 de novembro de 2011.

    A Lei 13.010, antigamen-te conhecida como Lei da Pal-mada e agora denominada como Lei Menino Bernardo, acaba de ser sancionada e al-tera o Estatuto da Criana e do Adolescente. Vrias so as ob-servaes a serem feitas, den-tre as quais, destacamos:

    Com a grande repercusso que gerou a ideia de que qual-quer palmada seria punvel (o que no verdade), o proje-to sofreu algumas adaptaes. Conforme explicou o Professor Luciano Rossato, a palmada propriamente dita no est proi-bida, e sim o castigo fsico que resulte em sofrimento fsico ou

    leso, bem como o tratamento cruel ou degradante, que impor-te em humilhao, ameaa gra-ve ou ridicularizao.

    Dentre as novidades, vale destacar que o Estatu-to passou a prever medidas pertinentes aos pais, inte-grantes da famlia ampliada, responsveis, agentes pbli-cos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianas ou adolescen-tes. Tais medidas esto pre-vistas no artigo 18-B, sendo: I - encaminhamento a pro-grama oficial ou comunit-rio de proteo famlia; II

    - encaminhamento a trata-mento psicolgico ou psiqui-trico; III - encaminhamen-to a cursos ou programas de orientao; IV - obrigao de encaminhar a criana a tra-tamento especializado; V - advertncia.

    Por fim, destaca Rossato: essas medidas sero aplica-das pelo Conselho Tutelar, que teve agora aumentado o seu leque de atribuies. Alis, o conselho dever ser comuni-cado nos casos de suspeita ou confirmao de castigo fsico, de tratamento cruel ou degra-dante e de maus-tratos contra criana e o adolescente.

    9DECRETO 8.270 (SIRC)

    LEI 13.010 (CONHECIDA COMO LEI MENINO BERNARDO) 10

  • SUGESTES

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 35

    LIVRO: Coleo Tribunais - Processo Civil (Analista e Tcnico)AUTORES: Andr MotaEDIO: 2NMERO DE PGINAS: 398EDITORA: CERS Editora

    NO AR

    EVENTOS

    AULO DE REVISO DE VSPERA PARA JUIZ SUBSTITUTO DO TRIBUNAL DE JUSTIA DE SO PAULO (TJ/SP) Dia 13/09/2014 das 9h s 17h30 Novotel So Paulo Center Norte So Paulo/SPNeste evento, candidatos a uma das 215 vagas para Juiz Substituto do TJ/SP podero revisar presencialmente todo o contedo cobrado pela banca (Vunesp) em edital. Uma experiente equipe de professores, dentre eles Cristiano Chaves, Luciano Rossato, Matheus Carvalho, Maurcio Cunha, Renato Brasileiro, Robrio Nunes e Rogrio Sanches, ir repassar dicas e resoluo de questes especficas para esta prova. As inscries custam R$ 69,32 e as vagas so limitadas. Todos os inscritos tero direito, alm das 07 horas de reviso presencial, a um bnus de mais 05 horas de contedo online, disponvel a partir do dia 10 de agosto.

    Sinopse: A Coleo Tribunais traz livros digitais voltados preparao para concursos de Tcnico e Analista do TRT, TRE, TRF e Tribunais Superiores, reunindo doutrina direcionada aos principais editais, resumos esquematizados ao final de cada captulo, alm de questes comentadas de concursos recentes. O 1 volume, de autoria do professor Andr Mota, exclusivamente voltado para a disciplina de Processo Civil, e aborda temas de Jurisdio, Ao e Processo.

    Comentrio do autor: O diferencial deste livro a forma de abordagem e organizao do contedo. Decidimos utilizar a mesma linguagem dos principais editais de concursos de Tribunais para a montagem do Sumrio. Assim, o aluno ter mais facilidade em encontrar o contedo a ser estudado, uma vez que identificar no livro exatamente as mesmas expresses redigidas em edital.

    Abaixo voc confere programas que so destaque do CERS TV, a maior TV online de contedo jurdico do pas:

    INfORMATIzANDO TUDO SOBRE BACKUP

    RAIO x DA CARREIRA DEfENSOR PBLICO

    BOTEqUIM JURDICO 2 TEMPORADA CONVIDADO: ISRAEL MOURA

    LEITURA

    fACEBOOK.COM/CERSTV

  • EXPLORANDO A MATRIA

    Presente em todos os editais de concursos pblicos,

    a disciplina pode trazer surpresas

    e cascas de banana nas provas elaboradas pelas

    mais diversas bancas

    POR ANA LARANjEIRA

    APortuguesa Lngua Socorro!

    BEZERRARODRIGO

    COM

    Lngua materna dos brasileiros, o Portugus pode parecer simples para quem ouve, mas na hora de mer-gulhar em suas nuances, no contedo gramatical e interpretao de texto, o bicho pega! Presente em todos os editais de concursos, as regras e excees da lngua portuguesa precisam ser dominadas por todos aqueles que tentam uma chance no servio pblico. Para montar um panorama geral de como a disciplina pode atrapalhar ou ajudar nas notas finais, conversa-mos com o professor do CERS Cursos Online Rodrigo Bezerra. Nas prximas linhas, voc acompanha as di-cas e sugestes que ele dividiu conosco.

    me pegou

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 36

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 37

    EXPLORANDO A MATRIA

    O BICHO PAPOTodo estudante teme regn-

    cia. A frase do professor Rodri-go foi categrica quando pergun-tamos o assunto que mais inco-moda os concur-seiros. Segundo ele, dominar to-dos os casos e regras que versam so-bre o conjunto de relaes entre as palavras quase impossvel. Muitas vezes, para responder uma pergun-ta sobre regncia, se faz necessria consulta ao dicionrio, pois co-mum se deparar com uma regncia que voc nunca viu antes, completa Bezerra.

    CASCAS DE BANANA O professor atenta ainda para um

    detalhe importante: as bancas ten-dem a fazer pegadinhas com os as-suntos referentes sintaxe de concor-dncia. preciso ter muito cuidado. Muitos candidatos costumam con-fundir o sujeito com outros termos da orao, caindo nas cascas de banana armadas pelas bancas, diz ele.

    O JEITO CERTOVoc sabia que existe um

    jeito certo de estudar Por-tugus? Segundo Bezerra, a aprendizagem da lngua e sua gramtica exige uma sequncia lgica. preciso come-ar pelo contedo de morfologia e caminhar at chegar sintaxe, tentando correlacionar os assuntos para enten-d-los em sua completude, afirma o professor. Dessa forma, o estudante consegue criar um mapa mental da estrutura das palavras e frases, o que vai ajud-lo a resol-ver questes mais complexas.

    O RARO E O COMUMDentro do amplo contedo de Lngua Portugue-

    sa cobrado em provas, questes com interpretao de texto estaro presentes em 100% dos casos. As ban-cas sempre introduzem enunciados com interpreta-o de texto. Lembro-me apenas de um caso, uma prova do Tribunal de Justia da Bahia em 2005, em que a banca deu preferncia quase absoluta s ques-tes de gramtica, mas ainda assim a interpretao de texto se fez presente. Fora este caso especfico, as bancas costumam equilibrar, lembra Bezerra.

    Outro tema recorrente e indispensvel sintaxe. Para quem no se sente vontade com as regrinhas para a construo de frases, o professor afirma que no tem para onde correr, ao abrir a prova, a sintaxe estar l. Em con-traponto, as teorias sobre fontica, fo-nologia e figuras de linguagem rara-mente aparecem.

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 38

    EXPLORANDO A MATRIA

    INTERPRETAO DE TExTO E REDAO

    Ler constantemente, todos os estilos de textos, so-bre os mais diversos assuntos. Essa a dica do mestre para quem pretende se sair bem nas questes de inter-pretao de texto e nas redaes para concurso. E a vale ler de tudo, jornais, revistas, romances e at bula de re-mdio! Brincadeiras parte, isso servir para que a pro-va no te surpreenda com estilos de textos que voc no domina. Por isso, preciso estar sempre praticando.

    Sobre os temas da redao, Rodrigo observa que as bancas costumam assumir diferentes abordagens entre selees de nvel mdio e superior. Para chances de ana-lista, comum que tpicos relacionados aos conhecimen-tos especficos do cargo virem tema. J em provas para tcnicos, as organizadoras geralmente pedem ao candida-to que discorra sobre assuntos da atualidade, afirma ele.

    ESTEJA NO DOMNIO Estudar e dominar a Lngua Portuguesa exige tempo,

    mas com uma boa orientao e bons materiais didticos possvel construir uma base slida. Acredito que com uma dedicao diria, cerca de duas horas, e resoluo de questes, em seis meses o candidato j consegue enfrentar a prova do concurso com relativa segurana. Mas o estudo da lngua precisa ser constante, frisa Bezerra.

    Para fugir das armadilhas que a disciplina pode criar para o candidato, o CERS oferece o Curso de Lngua Por-tuguesa Comeando do Zero, e ainda o programa gra-tuito do CERSTV Caf com Letras, ambos comandados pelo professor Rodrigo Bezerra. Confira todo o contedo disponvel no site do CERS Cursos Online e boa prova!

    preciso comear pelo contedo de morfologia e caminhar at chegar sintaxe, tentando correlacionar os assuntos para entend-los em sua completude

    Rodrigo Bezerra

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 39

    PE

    LFR

    I

    rotas do Nas Direito

    Marcelo Uzeda ingressou na Marinha aos 15 anos, mas foi na Defensoria Pblica que ele encontrou o seu porto seguroPOR MANOELA MOREIRA

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 39

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 40

    SonhoS de crianaSe a Copa do Mundo do Brasil tivesse ocorrido na poca em

    que Marcelo Uzeda era criana, os rumos de sua profisso pode-riam ter sido outros, se no fosse um detalhe: Cresci vendo a ge-rao de Zico jogar, ficava sonhando em ser jogador de futebol, mas sempre fui perna de pau, confessa o professor de Direito Pe-nal do CERS Cursos Online.

    Carioca da gema, Marcelo despertou para os estudos a partir dos 12 anos. Na adolescncia, as brincadeiras deram asas realidade. Pen-sei em ser piloto da aeronutica. At passei para a Escola Preparatria de Cadetes, mas fui convencido por meus professores e amigos a optar pelo Colgio Naval (na Marinha tambm existia aviao).

    Mudana de rotaAos 15 anos, Marcelo passou em seu primeiro concurso. No,

    ainda no entramos na rea do Direito. Ele ingressou na Marinha, onde seguiu para a formao superior na Escola Naval. A forma-o acadmica na Marinha era muito focada nas cincias exatas - minha habilitao foi em eletrnica, mas sempre tive pendor para a rea de cincias humanas. Aos 22 anos, foi nomeado segundo tenente do Corpo de Fuzileiros Navais e serviu quatro anos como oficial da Marinha. Uma carreira promissora. At ele decidir dar um novo rumo vida profissional.

    Considero que o meu direcionamento para a carreira jurdi-ca foi meio tardio, afirma Marcelo. Mas iniciar os estudos j com alguma experincia de vida tambm lhe fez bem. Ele foi aprovado no concurso para o cargo de Analista Judicirio do Tribunal Re-gional Federal da 2 Regio em 1998. No ano seguinte, j visando novos horizontes no campo do Direito, prestou vestibular e in-gressou na Faculdade de Direito da UERJ.

    Aos 22 anos, foi nomeado segundo tenente do Corpo de Fuzileiros Navais e serviu quatro anos como oficial da Marinha. Uma carreira promissora. At ele decidir dar um novo rumo vida profissional.

    PERFIL

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 41

    PERFIL

    Defensoria Pblica e MagistraturaNessa caminhada entre leis e prticas jurdicas, Marcelo atuou no escritrio mo-

    delo da Universidade e acabou descobrindo a sua vocao para a Defensoria. A grande conquista veio alguns anos depois. Em 2004, ele foi aprovado no concurso para a De-fensoria Pblica da Unio. O dia a dia na DPU muito gratificante porque a instituio um importante canal de acesso justia para milhes de brasileiros, explica. Atu-almente, ele exerce suas funes perante o Tribunal Regional Federal da 2 Regio e as Turmas Recursais Federais do Rio de Janeiro.

    Para completar a sua paixo pelo Direito, ele realizou outra ideia adormecida. Sempre desejei ser professor. Desde os bancos escolares alimentava esse sonho, acrescenta. Marcelo leciona para concursos desde 2007, quando um amigo pediu para substitu-lo numa turma em curso preparatrio em Niteri, na regio metropolitana do Rio de Janeiro. Da, as pessoas foram conhecendo o seu trabalho e as oportunidades surgindo, at ser convidado pelo CERS. Acho que o papel do professor mais do que passar conhecimento. O professor tem que ser um incentivador do aluno, uma inspira-o com sua prpria histria de vida, define.

    Marcelo tem dois livros publicados pela editora JusPodivm: Leis Especiais para Concursos - Execuo Penal (2014); e Sinopses para Concursos - Direito Penal Militar.

    Segundo palavras dele, a alegria de ver publicado um livro de sua autoria quase com-parvel ao nascimento de um filho. Ao escrever um livro, honestamente, pro-curo me colocar no lugar do leitor, registrando contedo que lhe seja re-levante e objetivo. Para Marcelo, o grande desafio manter a obra constantemente atualizada diante da dinmica evoluo legisla-tiva e jurisprudencial.

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 42

    Uzeda por MarceloEntre as atividades de professor e defensor pblico,

    Marcelo Uzeda tambm busca encontrar tempo para rela-xar. Apesar de toda a correria da agenda de trabalho, pro-curo conciliar momentos de lazer para que toda a famlia esteja reunida. A opo encontrada foi fazer natao duas vezes por semana e pedalar sempre que possvel. Outro hobbie so as viagens, com direito a coleo de pratinhos das cidades que visita. E, para completar, est aprendendo francs apenas por prazer. Acho que posso me descrever como uma pessoa disciplinada. Procuro enfrentar os desa-fios da vida pessoal e profissional com muito otimismo e f, mas sem tirar os ps do cho, conclui.

    Atualmente, o professor Marcelo Uzeda ministra au-las nos cursos para Defensoria Pblica, Tribunal Regional Federal da 4 Regio, Curso de Prtica Penal, entre outros.

    Defensoria TRF4 Prtica Penal

    PERFIL

  • PLANTO

    EstaduaisDefensoriasdasvezA

    Vrios concursos j se encontram abertos e muitos outros esto por vir. a hora certa

    para quem sonha com a vaga de Defensor

    Pblico EstadualPOR ROdRIgO RIgAud

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 43

  • Planto

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 44

    No basta o conhecimento tcnico, mas tambm o envolvimento e interesse necessrio preservao e tutela das garantias da enorme clientela criminal

    UMA DEMANDA GIGANTEFaltam Defensores Pblicos no pas. Esta foi a concluso

    do IBGE aps pesquisa comprovando que dentre 160 milhes de brasileiros, potenciais usurios dos servios de defensoria, apenas 45 milhes - algo prximo de 28% possuem acesso a esta instituio. Segundo profissionais da rea, esse nmero ainda menor. O Defensor Pblico pernambucano Jos Antnio Fonseca afirmou no CERSCAST N 03 - Vida e Atuao de um Defensor que ser necessria a criao de, no mnimo, trs mil vagas funo nos prximos anos para, ao menos, atenuar a completa falta destes profissionais em diversas regies e cida-des do pas. Como boa notcia, no incio de junho o Congres-so Nacional promulgou a Emenda Constitucional 80, atravs da qual fixa o prazo de oito anos para que todas as unidades juris-dicionais do pas tenham pelo menos um defensor pblico. Ou seja, dezenas de concursos vista.

    ATENO REDOBRADAH diferenas cruciais entre as disciplinas requeridas em cada

    concurso. Dentre as matrias fixas e cobradas em todos os proces-sos seletivos esto as de Direito Constitucional, Direito Civil, Direi-to Penal, Diretos Humanos, Processo Civil e Processo Penal.

    Sobre a ltima disciplina mencionada, a professora Ana Cristina destaca os assuntos que so comumente cobrados e alguns pontos que merecem ainda mais ateno por parte dos candidatos: Processo Penal , certamente, uma das disciplinas mais cobradas. No basta o conhecimento tcnico, mas tambm o envolvimento e interesse necessrio preservao e tutela das garantias da enorme clientela criminal, historicamente hipos-suficiente. Exatamente por tal motivo, verificamos a cobrana acirrada nos diversos concursos para as Defensorias Estaduais de pontos relacionados ao exerccio da ampla defesa, seja no to-cante a auto defesa, seja no tocante ao papel da defesa tcni-ca. Questes relativas s garantias do indiciado, do acusado e do condenado tm sido papel comum, j que no podemos nos esquecer tambm dos aspectos relacionados execuo penal. Assim, priso cautelar, nulidades, recursos e execuo so te-mas para os quais os candidatos devem reservar tempo especial em seu cronograma de estudos.

  • Planto

    REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 45

    PROCESSO CIVILOutra disciplina de muito peso em certa-

    mes na rea de defensoria a de Processo Civil. E sobre a matria, o professor Maurcio Cunha identifica pontos em comum dentre os prin-cipais concursos j abertos: relativamente ao Direito Processual Civil, recomendaria, para alm de uma leitura sempre atenta ao teor da Lei Complementar 80/94, que no deixassem de focar em alguns temas que so recorren-tes na primeira fase e que tambm podem ser questionados na fase dissertativa de todos os concursos j abertos, a saber, jurisdio, com-petncia, interveno de terceiros, atos proces-suais, recursos, processo de execuo, medidas cautelares e os procedimentos especiais nas le-gislaes extravagantes, afirma o professor.

    Maurcio Cunha ainda recomenda algu-mas dicas para a formao de um plano de es-tudo eficiente para qualquer certame de de-fensoria: utilize suas anotaes pessoais para a reviso, faa resumos num caderno enquan-to assiste aos vdeos, objetivando uma melhor preparao para as provas dissertativa e oral, conciliando, de preferncia, com a resoluo de questes especficas para a Defensoria P-blica. Diria que hora de uma boa preparao e que nada resiste a um planejamento bem es-truturado, bem focado numa grade horria que permita alocar todas as matrias principais.

    Abaixo voc confere algumas das princi-pais dvidas enviadas professora Ana Cris-tina, referentes aos certames para defensoria:

    1) Como a jurisprudncia se posiciona so-bre o art. 322 do CPP que elevou o limite de pena para quatro anos para a concesso de

    fiana pelo delegado?

    No existe ainda um posicionamento pa-cificado da jurisprudncia aps a reforma de 2011. Contudo, a doutrina vem sustentando que o quantum total de pena, levando-se em considerao o concurso material, bem como os aumentos decorrentes do concurso formal e da continuidade delitiva, devem ser levados em considerao. Acreditamos que este deva ser o posicionamento adotado pelas ban-cas quanto a possibilidade do delegado arbi-trar a fiana e conceder a liberdade provisria na forma do art. 322 do CPP.

    2) O que colocar em prova de defensorias acerca do arquivamento do inqurito policial por excludente de ilicitude e culpabilidade?

    Em relao a atipicidade e extino da pu-nibilidade, faz coisa julgada material. J no caso da excludente de ilicitude e culpabilidade a ju-risprudncia ainda controversa. Mas, numa prova de defensoria, discursiva, no h dvida sobre defender que faz coisa julgada material.

    Atualmente j esto abertos os certames das Defensorias do Rio de Janeiro, Paran e Minas Gerais. O CERS Cursos Online oferece cursos para cada um dos rgos e ainda conta com um material de estudo que agrega a ex-planao das disciplinas e assuntos mais re-correntes em editais da rea de defensoria.

    Saiba mais: Defensoria do Rio

    Defensoria do Paran

    Defensoria de Minas Gerais

    CERSCAST N 03 - Vida e Atuao de um Defensor

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 46

    ACONTECE NO CERS

    Uma preparao mais que completa para a OAB

    O Exame de Ordem uma prova quase sempre complexa e requer preparao bastante intensa e aprofundada. Neste contexto, os projetos Super UTI e Overdose chegam para auxiliar os bacharis nesta batalha. Todas as revises so promovidas pelo CERS e Portal Exame de Ordem, reconhecidamente os melhores portais de cursos online para o Exame de Ordem do pas. So aulas, dicas e revises eficazes e completas para quem sonha em ser advogado. Confira mais detalhes sobre cada um dos projetos:

    SUPER UTIO Super UTI uma reviso de vspera presencial, com transmisso ao vivo, que conta com dicas valiosas da melhor equipe de professores especialistas em Exame de Ordem do Brasil. O projeto completamente voltado para a prova objetiva (1 fase) da OAB. Com quase 10h de aulas, a prxima edio do Super UTI acontecer em Belm, no dia 26 de julho, e alm das aulas, sero realizados sorteios de livros e bolsas de estudo para os alunos presentes no evento.

    Super UTI e Overdose formam a dupla de preparatrios que mais auxiliam alunos brasileiros na aprovao no Exame de OrdemPOR LILIAN FELIX

    CIDADES qUE J RECEBERAM O SUPER UTI

    Recife Salvador So Paulo Belo Horizonte Fortaleza Goinia

    OVERDOSE Conhecida por ser uma superdosagem de conhecimentos, o projeto Overdose do Portal Exame de Ordem uma reviso de todas as disciplinas cobradas na 1 fase da OAB. O projeto tem durao de uma semana e a prxima edio acontecer entre os dias 28 de julho e 1 de agosto. Dicas, informaes relevantes e muito contedo oferecido gratuitamente. Os interessados podem acompanhar as aulas pelo hotsite do Overdose, que ter o link divulgado na Fanpage do Portal Exame de Ordem no Facebook dias antes da reviso.

    Saiba mais em www.portalexamedeordem.com.br!

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 47

    QUESTES COMENTADAS > AGENTE DA POLCIA FEDERAL

    Gabarito comentado:Resposta: CERTOA embriaguez voluntria, ainda que completa, no elide a punibilidade do agente. A nica hiptese de embriaguez que isenta a pena, nos termos do art. 28 do CP, em seu pargrafo primeiro, a proveniente de caso fortuito ou fora maior, quando completa.Segundo Rogrio Greco, citando o mestre Narclio de Queiroz, devemos entender por actio libera in causa os casos em que algum, no estado de no imputabilidade, causador, por ao ou omisso, de algum resultado punvel, tendo se colocado naquele estado, ou propositadamente, com a inteno de produzir o evento lesivo, ou sem essa inteno, mas tendo previsto a possibilidade do resultado, ou, ainda, quando podia ou devia prever. Rogrio Greco, Cdigo Penal Comentado, Ed. 2013, Ed. Impetus, pag. 89.

    Direito PenalProf Geovane MoraesqUESTO 1 Considere Bartolomeu, penalmente capaz e mentalmente so, tenha praticado ato tpico e antijurdico, em estado de absoluta inconscincia, em razo de estar voluntariamente sob a influncia de lcool. Nessa situao, Bartolomeu ser apenado normalmente, por fora da teoria da actio libera in causa.

    qUESTO 2Considere que um estuprador, no momento da consumao do delito, tenha sido agredido pela vtima que antes tentara subjugar. A vtima, ento, de posse de uma faca, fere e imobiliza o agressor, mas, pensando ainda estar sob o influxo do ataque, prossegue na reao, infligindo-lhe graves ferimentos. Nessa situao, no cabvel ao estuprador invocar legtima defesa em relao a vtima da tentativa de estupro, porquanto aquele que deu causa aos acontecimentos no pode valer-se da excludente, mesmo contra o excesso.

    Gabarito comentado:Resposta: ERRADONeste caso poderia o estuprador arguir a hiptese de legtima defesa sucessiva.A legtima defesa sucessiva vai ocorrer em reao ao excesso da legtima defesa. Em outras palavras, caso A esteja originariamente agindo amparado pela excludente de ilicitude da legtima defesa real, contra B, mas A passar a agir em excesso desta legtima defesa, B poder se valer da legtima defesa sucessiva para fazer cessar tal excesso.Segundo o posicionamento doutrinrio majoritrio, a legtima defesa sucessiva ser sempre decorrente do excesso da legtima defesa, em que o agressor inicial se transforma em vtima e a vtima, a seu turno, se transforma em agressora.sem essa inteno, mas tendo previsto a possibilidade do resultado, ou, ainda, quando podia ou devia prever. Rogrio Greco, Cdigo Penal Comentado, Ed. 2013, Ed. Impetus, pag. 89.

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 48

    QUESTES COMENTADAS > AGENTE DA POLCIA FEDERAL

    Gabarito comentado:Resposta: CERTO A presena do acento grave deve-se regncia do substantivo contribuio e do artigo definido feminino a, antes de conciso. Dessa fuso, deu-se o acento grave em conciso. Temos a um caso de regncia nominal.

    Lngua PortuguesaProf Maria AugustaqUESTO 3 Na linha 15, O prprio microblogue Twitter, intensamente debatido na mdia por sua contribuio conciso, de certa forma cristalizou a tendncia escrita de textos enxutos, o uso do sinal indicativo de crase em conciso deve-se regncia do substantivo contribuio e presena do artigo feminino determinando conciso.

    qUESTO 4 O prprio microblogue Twitter, intensamente debatido na mdia por sua contribuio conciso, de certa forma cristalizou a tendncia escrita de textos enxutos. Anos antes de o microblogue cair na preferncia de internautas no mundo inteiro, os blogues j ocupavam um lugar privilegiado na Internet, que pela primeira vez oferecia aos usurios a possibilidade de escrever, editar e publicar seus prprios textos.

    A partir da, navegar pela Internet deixou de ser um ato solitrio, em que o usurio apenas entrava nas pginas e lia seus contedos. Com os recursos de interao cada vez mais expandidos, qualquer stio um convite a comentrios, crticas e observaes, o que obrigou os internautas a desenvolverem discursos de improviso e a defender seus pontos de vista.

    Os trechos a tendncia escrita a textos enxutos, um ato solitrio e discursos de improviso desempenham a mesma funo sinttica nas oraes em que esto inseridos.

    Gabarito comentado:Resposta: ERRADOO termo a tendncia escrita a textos enxutos objeto direto de cristalizou.O termo um ato solitrio predicativo do sujeito oracional navegar pela internet.O termo discursos de improviso objeto direto de desenvolverem.

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 49

    QUESTES COMENTADAS > AGENTE DA POLCIA FEDERAL

    Isidoro proprietrio da empresa CIFRAS LTDA, voltada segurana privada de vigilncia patrimonial de estabelecimentos privados e do transporte de va-lores destes estabelecimentos. No tocante empresa CIFRAS LTDA. pode-se afirmar corretamente que: Isidoro pode ser estrangeiro; o capital integralizado no pode ser inferior a 200.000 UFIRs; a empresa precisar de autorizao para funcionamento concedida exclusivamente pelo Ministrio da Justia; seus vigi-lantes podero ser brasileiros ou estrangeiros maiores de 18 anos, e tero porte de arma de fogo de uso permitido ou restrito quando em servio de transporte de valores, sendo que a propriedade e a responsabilidade do armamento devem recair sobre os prprios vigilantes; caso a empresa viole o disposto na Lei n. 7.102/83, poder sofrer as penalidades de advertncia, multa de quinhentas at cinco mil UFIRs, e proibio temporria de funcionamento, mas no pode ser imposta a penalidade de cancelamento do registro para funcionar.

    Legislao EspecialProf Guilherme Rocha

    Mais questes e dicas, voc encontra no CURSO PARA AGENTE DA POLCIA FEDERAL 2014.

    Gabarito comentado:Resposta: ERRADO

    1) Isidoro NO pode ser estrangeiro. o que expressamente reza o art. 11. Logo, a questo j estampa um erro.2) Outro erro: o capital integralizado, segundo o art. 13, no deve ser inferior a 100.000 UFIRs, sendo errado o calor de 200.000 UFIRs.3) Quanto afirmao de que a empresa precisar de autorizao para funcionamento concedida exclusivamente pelo Ministrio da Justia, isto est correto, de acordo com os arts. 14, I, e 20, I, a e b, e pargrafo nico.4) Os vigilantes NO podero ser estrangeiros, e devero ser maiores

    de 21 anos. o que determina o art. 16, I e II. Logo, a questo apresenta mais estes erros.5) No verdade que os vigilantes podero, quando em servio de transporte de valores, ter porte de arma de uso restrito, nem que a arma pode ser de fabricao estrangeira (art. 22, pargrafo nico).6) A propriedade e a responsabilidade sobre o armamento no devem recair sobre os vigilantes, seno sobre a prpria empresa (art. 21, I).7) A questo tambm est errada quanto s penalidades, pois alm daquelas corretamente relacionadas (art. 23, I, II e III) o art. 23, IV, permite, sim, o cancelamento do registro para funcionar.

  • REVISTA EDITAL > EDIO 16 > JULHO 2014 > PG. 50

    Button 3: Button 4: Button 2: Button 5: Button 6: Button 7: Button 8: Button 41: Button 9: Button 42: Button 10: Button 11: Button 12: Button 13: Button 14: Button 15: Button 16: Button 17: Button 18: Button 19: Button 20: Button 21: Button 22: Button 23: Button 24: Button 25: Button 26: Button 43: Button 27: Button 28: Button 29: Button 30: Button 31: Button 32: